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Relatório da lista de exercícios MEF A

Lucas Miranda de Macedo


Universidade Federal de Santa Catarina
Departamento de Engenharia Mecanica,
Florianópolis, SC, Brasil

July 10, 2023

04/07/2023

Abstract
O objetivo desse relatorio é aplicar as formulações teóricas do MEF em um exemplo simples bidimen-
sional de treliça

Contents
1 Trabalho 1 1

1 Trabalho 1
1.1 Resolver o problema indicado da lista de exercício de treliças (Exercicio 15.10)
Determinar:
A) Matriz de rigidez de cada elemento
B) Sobreponha as matrizes elementares e obtenha a matriz de rigidez global, mostrando o procedimento
da sobreposição do elemento 1
C) Identi…que e aplique no sistema as condições de contorno, de compatibilidade e as forças nodais
aplicadas
D) Obtenha os deslocamentos nodais
E) Indique o processo de cálculo das reações nos apoios e faça sua determinação
F) Determine dos esforços e tensões em cada elemento e mostre o detalhamento para o elemento 1
G) Faça análise de falha por início de escoamento
Considere todas as barras com seção retangular A = 10x10mm2 , E = 200 GPa, L=1m, F=1kN, = 45o

1
Resolução:
Analisando a geometria da situação mostrada na …gura a seguir, é possivel determinar a distância
horizontal (no eixo x) entre todos os nós. Visto que = 45o e L=1m, temos:

Lh23
tan 45o = ) Lh23 = 1m
L
L 2
cos 45o = ) L2 = = 1; 4142m
L2 2
L 2
cos 60o = ) L1 = = 2m
L1 1

Elemento Ângulo Le (m)


1=5 30o 2
2=4 45o 1; 4142
3 90o 1
Assim é possivel construir uma tabela com as coordenadas x e y de cada nó, mostrada a seguir.

No Coor. X Coor. Y
1 1,732050 0
2 3,4641 1
3 2,732050 1
4 1,732050 1
5 0,732050 1
6 0 1
A função de interpolação utilizada para elemento de barra será linear. Para um elemento genérico e, sua
forma e suas derivadas são, para seus dois nós, mostrada a seguir:

e xe2 x xe2 x
1 = =
xe2 xe1 Le
e x xe1 x xe1
2 = =
xe1 xe2 Le

2
d e1 1
=
dx Le
d e2 1
= +
dy Le
Os termos da matriz de rigidez do elemento podem ser calculadas segundo a seguinte expressão. Como
a estrutura é simétrica, os elementos 4 e 5 são iguais aos elementos 2 e 1, respectivamente.

Z e
e d ei d j
Kij = AE dx
dx dx
e
Z Z Z
e d e1 d e1 1 1 1 1
K11 = AE dx = AE ( ):( )dx = AE ( ):( )dx
dx dx Le Le Le Le
e Le Le
Z e e Z Z
e d d
1 2 1 1 1 1
K12 = AE dx = AE ( ):(+ )dx = AE ( ):( )dx
dx dx Le Le Le Le
e Le Le
Z e e Z Z
e d d
2 1 1 1 1 1
K21 = AE dx = AE (+ ):( )dx = AE ( ):( )dx
dx dx Le Le Le Le
e Le Le
Z Z Z
e d e2 d e2 1 1 1 1
K22 = AE dx = AE (+ ):(+ )dx = AE ( ):( )dx
dx dx Le Le Le Le
e Le Le
AE 1 1
Ke =
Le 1 1

Similar ao desenvolvimento para a barra, no caso da treliça, teremos 4 graus de liberdade por elemento
ao invés de 2, ou seja, 2 graus de liberdade por nó, referente às coordenadas “x” e “y”.

Logo, a matriz Ke pode ser reescrita da seguinte forma:


2 3
1 0 1 0
6
AE 6 0 0 0 0 7
Ke = 7
Le 4 1 0 1 0 5
0 0 0 0

3
Na análise matricial de um elemento inclinado, como é visto em treliça, deseja-se obter o elemento em
dois eixos de coordenadas simultâneos. Isso pode ser feito através da matriz rotacional. Ela é útil no
manuseio de dados e resultados correspondentes ao elemento. A sua formulação é apresentada a seguir

K = R T Ke R
A matriz de rotação é mostrada a seguir:

cos sin 0 0
R=
0 0 cos sin
Logo, a matriz de rigidez K do elemento nas direções globais x e y é mostrada a seguir:
2 3
cos 2 cos sin cos 2 cos sin
AE 66 cos sin sin 2 cos sin sin 2 7
7
Ke = 4 2 2 5
Le cos cos sin cos cos sin
cos sin sin 2 cos sin sin 2

A matriz de rigidez para cada elemento é mostrada a seguir:

2 3 2 3
0; 75 0; 433 0; 75 0; 433 7500 4330 7500 4330
10 4 :2:108 6
6 0; 433 0; 25 0; 433 0; 25 7 6
7 = 6 4330 2500 4330 2500 77 kN
K1 = K5 = 4 5 4
2 0; 75 0; 433 0; 75 0; 433 7500 4330 7500 4330 5 m
0; 433 0; 25 0; 433 0; 25 4330 2500 4330 2500
2 3 2 3
0; 5 0; 5 0; 5 0; 5 7071; 14 7071; 14 7071; 14 7071; 14
10 4 :2:108 6
6 0; 5 0:5 0; 5 0:5 7 6
7 = 6 7071; 14 7071; 14 7071; 14 7071; 14 7
7k
K2 = K4 = 4 5 4
1; 4142 0; 5 0; 5 0; 5 0; 5 7071; 14 7071; 14 7071; 14 7071; 14 5 m
0; 5 0:5 0; 5 0:5 7071; 14 7071; 14 7071; 14 7071; 14
2 3 2 3
0 0 0 0 0 0 0 0
10 4 :2:108 66 0 1 0 1 7 6 0
7=6 20000 0 20000 kN 7
7
K3 = 4 5 4
1 0 0 0 0 0 0 0 0 m 5
0 1 0 1 0 20000 0 20000

A relação entre a numeração local e local dos graus de liberadde é dado pela relação de incidencia
mostrada a seguir. O índice K representa a numeração global do grau de liberdade, é o numero do nó na
estrutura no referencial global e i possui o valor 1 se for no eixo x e valor 2 no eixo y. Para o elemento 1,
que possui os nós 1 e 2 globais, a sobreposição é mostrada a seguir:

k = 2( 1) + i
Uk = ui
k = 2(1 1) + 1 = 1 ) U1 = u1x
k = 2(1 1) + 2 = 2 ) U2 = u1y
k = 2(2 1) + 1 = 3 ) U3 = u2x
k = 2(2 1) + 2 = 4 ) U4 = u2y

A matriz de rigidez global virá da sobreposição das matrizes dos 5 elementos em uma matriz só, 12x12,
mostrada a seguir.

4
2
29273:27 9:09e 13 7500 4330:12 7071:06 7071:06 0 0 7071:06 7071:06
6 9:09e 13 39142:14 4330 2500 7071:06 7071:06 0 20000 7071:06 7071:06 433
6
6 7500 4330:12 7500 4330:12 0 0 0 0 0 0
6
6 4330:12 2500 4330:12 2500 0 0 0 0 0 0
6
6 7071:06 7071:06 0 0 7071:06 7071:06 0 0 0 0
6
6
6 7071:06 7071:06 0 0 7071:06 7071:06 0 0 0 0
K=6
6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6
6 0 20000 0 0 0 0 0 20000 0 0
6
6 7071:06 7071:06 0 0 0 0 0 0 7071:06 7071:06
6
6 7071:06 7071:06 0 0 0 0 0 0 7071:06 7071:06
6
4 7500 4330 0 0 0 0 0 0 0 0 7
4330:12 2500 0 0 0 0 0 0 0 0 43

Obtida a matriz de rigidez, passa-se para a solução do sistema mostrado a seguir:

F = KU
A força nodal aplicada é no nó 1, na direção x. Seu vetor global é mostrado a seguir:
2 3
0:5
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 7
6 0 7
F=6 7 kN
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
4 0 5
0
As condições de contorno da estrutura são referentes aos nós 2 a 6. Neles, tanto o deslocamento na
direção x quanto na direção y estão restrito. A seguir é mostrado o sistema em forma aberto a ser resolvido,
já com as condições de contorno aplicadas.
2 3 2 32 3
0:5 29142:13 9:09e 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 U1
6 0 7 6 9:09e 13 39142:14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 6 U 7
6 7 6 76 2 7
6 0 7 6 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 6 7
6 7 6 7 6 U3 7
6 0 7 6 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 7 6 U4 7 7 6
6 7 6 7
6 0 7 6 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 76 U 7
6 7 6 76 5 7
6 7 6 76 7
6 0 7 6 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 7 6 U6 7
6 7 6= 76 7
6 0 7 6 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 7 6 U7 7
6 7 6 76 7
6 0 7 6 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 7 6 U8 7
6 7 6 76 7
6 0 7 6 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 7 6 U9 7
6 7 6 76 7
6 0 7 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 7 6 U10 7
6 7 6 76 7
4 0 5 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 5 4 U11 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 U12
Os deslocamentos nodais são então obtidos e seus valores são mostrados a seguir.

5
2 3
1:7157e( 5)
6 3:9866e( 22) 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 7
6 0 7
U=6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
6 0 7
6 7
4 0 5
0
O processo de calcula das reações é necessário utilizar a matriz K sem as alterações das condições de
contorno. Esse vetor é apresentado a seguir:
2 3
0
6 0 7
6 7
6 0:1286 7
6 7
6 0:0742 7
6 7
6 0:1213 7
6 7
6 7
6 0:1213 7
R =6 7 kN
6 0 7
6 7
6 7:97e( 18) 7
6 7
6 0:1213 7
6 7
6 0:1213 7
6 7
4 0:1286 5
0:074

Para o calculo das deformações, devido às hipoteses geométricas adotadas, basta veri…car a diferença
entre os deslocamentos dividido pelo tamanho do elemento. Para o calculo das tensões, como estamos no
regime elástico linear, basta utilizar a lei de Hook que relaciona a deformação com tensão. Ambos são
mostrados a seguir

Elemento Deformação(m) Tensão(kN/m2 )


1 -7.4293e-6 1485.86
2 -8.57e-6 -1715.72
3 3.9866e-22 7.9732
4 8.57e-6 1715.72
5 7.42e-6 1485.86

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