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Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais

Disciplina: Iniciação Científica – ‘’Chile – Do asilo contra a opressão à rejeição’’

Docente: Emilio Peluso Neder Meyer


Discente: João Fernando Prescinotti
Artigo: Protestos e Desordem Política e Social no Chile 2019: Crise de Legitimidade do
Modelo Neoliberal e Possível Saída Política através de Acordo sobre Mudança
Constitucional

FICHAMENTO
Referência:
-(Questões de pesquisa/objetivo)
O artigo busca compreender a posição dos protestos de Outubro dentro da conjuntura global
de movimentos que teve início em 2011, sobretudo na perspectiva da crise do modelo
político e econômico imposto pela constituição de 1980

(referencial teórico – principais autores e repartição do artigo)


O referencial teórico foi dividido em 1 subseções foram citadas diversas pesquisas na
área como jornais e gráficos de análise .

(método- qual o método adotado na pesquisa? Quem são os participantes? Como foram
escolhidos? Qual o procedimento para a coleta e analise dos dados?)

Análise de dados numéricos e do contexto social. Produzido por Alberto Mayol

(resultados – principais achados do estudo com a discussão)

Os principais resultados apontaram que a crise de 2019 pode ser entendida como a evolução
de um processo que estava em constante edificação ao menos desde 2011 Ademais consta o
fato de que as revoltas chilenas estão crescendo rapidamente e de maneira quantitativamente
exacerbada.

(contribuição)
Introdução
Os protestos sociais que ocorrem ao redor do mundo desde 2011 possuem variadas causas,
entretanto, poucos deles não possuem convergência com uma crise da elite social do país.
Esse é o caso do Chile, que apesar de apresentar causas distintas, possui como principal a
qualidade de vida e a garantia da mesma. Além do mais, o caso chileno pode ser explicado
por uma hipertrofia das instituições estatais, que ao serem limitadas pelo sistema neoliberal,
levaram a um descontentamento generalizado da população, o que converge com a
incapacidade de gestão da Igreja católica sobre a vida cotidiana.
Dessa forma, faz-se necessário o entendimento de que os protestos de 2019 estão
intimamente ligados às turbulências de 2011, ano que marcou no Chile graves revoltas
estudantis acerca do aumento no preço dos vestibulares, o que rapidamente se alastrou para
questionamentos do modus operandi de outras instituições, o que deveria ter sido entendido
como um alerta em um país tão institucionalizado.
Nesse sentido, ao entender os processos como pertencentes a um mesmo ciclo, devemos nos
atentar ao fato de que eles vêm crescendo cada vez mais rapidamente e durando cada vez
mais tempo. Isso se evidencia ao passo em que em 2011 foi necessário 4 meses de
mobilização, em 2016 (contra o sistema de pensões) foram 1 mês, em 2018 (movimentos
feministas) menos de um mês e duraram 3 meses, enquanto em 2019 levaram uma semana e
apenas cessaram frente aos acordos constitucionais.
Em 2019, os protestos se iniciaram por um reajuste de 5% nas tarifas de metrô, que tinha
apenas a aderência de estudantes, mas que em 10 dias fez com que o presidente decretar
estado de emergência, pois os protestos em todo o país somavam, diariamente, um total de
20% da população nas ruas. O que foi tido como inesperado, dado que 10 dias antes dos
primeiros protestos o Presidente Piñera disse ao Financial Times que o Chile se encontrava
como um oásis frente a turbulenta América latina.
Entretanto, a classificação de que os protestos foram uma surpresa não deve prevalecer, pois
na mesma medida em que as famílias tiveram um aumento percentual de 12 pontos em suas
dívidas no período de 2014 a 2017, o Estado cumpria seus objetivos operacionais e
aumentava seus lucros, o que configurou um “desequilíbrio normativo”, ou seja, o que
acontecia em uma esfera não apresentava tradução na outra.

—--------------LINHA CRONOLÓGICA—--------------

Após um mês de extrema turbulência social é apresentado um pacto político que aprova a
criação de uma nova constituição, a qual seria aprovada por um plebiscito em 2020,
entretanto, em virtude da pandemia de covid-19, o plebiscito é adiado.
Mas a importância em se alterar a carta constitucional permanece, isso pois a carta de 1980
foi elaborada como forma de assegurar o Estado como um novo tipo de empreendimento
financeiro, que passaria a ser comandado pela antiga oligarquia chilena, que mantém a
capacidade de controle econômico e cultural no país

(Limitação)
O artigo apresenta uma argumentação superficial se comparada aos demais

(Sugestões para futura pesquisas)


A linha do tempo apresentada pode nos ajudar muito se for necessário reconstruir os
protestos
Palavras-chave: CHILE. NEOLIBERALISMO. PROTESTOS. AGITAÇÃO SOCIAL.
CRISE DE LEGITIMIDADE

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