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CULTURA DE SEGURANÇA E

ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Dimensões de uma organização

ESTRUTURA

ESTRATÉGIA GESTÃO TECNOLOGIA

PESSOAS
Cultura Organizacional x Cultura de Segurança

Instituição • A cultura de segurança pode ser


entendida como uma
Cultura particularidade da cultura
organizacional
organizacional.

Cultura de • Ela existe na organização quando


segurança
a cultura organizacional atribui a
ela aspectos que a valorizam e
impactam.
Cultura de segurança

• Uma cultura de segurança estabelecida é crucial para o


florescimento, o sucesso e o bom desempenho da instituição,
pois é nesse contexto que as atitudes e o comportamento
dos indivíduos relativos à segurança se desenvolvem e
persistem.

(MEARNS; WHITAKER; FLIN, 2003).


Modelo Mental

• Os trabalhadores com a mentalidade na cultura de segurança:

• Desejam trabalhar com segurança (estão motivados);

• Acreditam que é possível trabalhar com segurança (estão convencidos);

• Sabem Ver e Julgar os riscos competentemente (têm as habilidades).

• Sabem como trabalhar com segurança (têm as competências para fazê-


lo);
• Software mental – só é possível expandir e reprogramar.
Maturidade da Cultura de Segurança

ACHAR UM CULPADO
NÃO É O SUFICIENTE
PARA ENCONTRAR
UMA SOLUÇÃO OU
PARA EVITAR A
RECORRÊNCIA DO
ERRO.
REFLEXÃO CRÍTICA
• Era da Segurança.

“atenção, o mais próximo possível, ao problema da


segurança de pacientes e o fortalecimento de evidências
científicas necessárias para melhorar a segurança dos
pacientes e a qualidade do cuidado em saúde”.
A Portaria GM/MS nº 1.377, de 9 de julho de 2013 e a
Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovam
os protocolos básicos de segurança do paciente:

1. Identificação do paciente
2. Prevenção de úlcera por pressão
3. Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos
4. Cirurgia segura
5. Prática de higiene das mãos
6. Prevenção de quedas
Quem está certo
quando há um erro?
• Erro de medicação é qualquer evento evitável que, de
fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado
de medicamento. Isso significa que o uso inadequado
pode ou não lesar o paciente, e não importa se o
medicamento se encontra sob o controle de
profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor.
13 CERTOS
1. Prescrição correta
2. Paciente certo
3. Medicamento certo
4. Validade
5. Forma / apresentação
6. Dose
7. Compatibilidade
8. Orientação ao paciente
9. Via certa
10. Horário certo
11. Tempo de administração certo
12. Ação (ou indicação) certa (garantindo a resposta certa)
13. Documentação (ou registro) certa;
Prescrição correta
• Todos os medicamentos devem ser prescritos no prontuário,
inclusive as intercorrências. Medicamentos prescritos, se
necessário, devem ter indicação clara – ex.: se dor, se febre,
se hiperglicemia e conter as informações do paciente:
• Nome completo do paciente;
• Data de nascimento;
• Número do atendimento;
• Número da prescrição;
• Data atualizada.
Paciente certo

• A pulseira de identificação deve ser verificada toda a vez


que o paciente for submetido a algum procedimento ou
receber algum medicamento.

• Deve-se checar a pulseira de identificação e também


confirmar os nomes verbalmente.

• Pode-se pedir para que o paciente diga dois de seus


identificadores, como nome e data de nascimento.
Medicamento certo

• Verificar se o medicamento a ser administrado é aquele


prescrito pelo médico.

• Um dos passos mais importantes para prevenir erros de


medicação é a verificação tripla do nome do
medicamento ou do fármaco, em caso de prescrição pelo
nome genérico:
• (1) antes de removê-lo do local de armazenamento ou do
carrinho de medicação;
• (2) antes de preparar ou medir a dose prescrita; e
• (3) imediatamente antes de administrá-lo ao paciente.
Validade

• Observe a data de validade antes de administrar o


medicamento (momento da leitura do frasco)
Forma / apresentação correta

• Sempre verifique se o medicamento está na sua forma de


apresentação correta
Dose (e duração) certa

• Verifique se a dose prescrita e a duração do tratamento estão


dentro dos limites especificados na literatura do medicamento.

• Em relação às unidades utilizadas para expressar as doses, deve-


se utilizar o sistema métrico. No caso de microgramas, esta
unidade deve ser escrita por extenso. No caso de doses com
números fracionados, deve-se verificar o posicionamento correto
e claro da vírgula (por exemplo, 3,5 mL não pode ser confundido
com 35 mL). Outra recomendação é não utilizar medidas que
tenham zero antes da vírgula. Por exemplo, ao invés de
prescrever “0,5 g”, o recomendado é utilizar “500 mg” para
evitar confusão com “5 g”
Compatibilidade

• Veja se a medicação administrada é compatível com


outra que o paciente já recebe, pois existem algumas
drogas que não podem ser administradas juntas.
Orientação ao paciente

• Comunique o paciente quando você for medicá-lo, avisando


qual é o medicamento e a via, pois é um direito do mesmo
saber o que está recebendo.
Via de administração correta

• Via de administração refere-se a forma (ou caminho) pela


qual o medicamento entrará em contato com o organismo,
exercendo sua atividade farmacológica.

• A via deve ser especificada na prescrição e a forma


farmacêutica certa deve ser utilizada. Nunca substitua a
via ou forma farmacêutica sem consultar o prescritor. Isto
porque pode haver uma grande variação na taxa de
absorção do fármaco dependendo da via de administração
utilizada, afetando o tratamento.
HORÁRIO CERTO

• Horário de administração padronizado: para garantir a


segurança do paciente, alguns medicamentos devem ser
administrados em horários específicos e que podem ser
padronizados nos diversos setores da instituição.

• Manutenção da concentração plasmática: do ponto de


vista da Farmacocinética (área da Farmacologia que estuda
as ações do organismo sobre o fármaco), o horário da
administração do medicamento deve ser planejado para
manter a concentração plasmática dentro da janela
terapêutica e garantir a efetividade do tratamento.
TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO

• É de extrema importância que o medicamento seja


infundido no tempo certo, pois existem alguns
medicamentos que precisam de um tempo X para fazer
o efeito esperado, como por exemplo, os antibióticos.
Ação (ou indicação) certa

• O enfermeiro tem a responsabilidade de verificar o motivo


pelo qual o paciente está recebendo determinado
medicamento, podendo se recusar a administrá-lo caso
identifique algum erro ou problema na prescrição.

• É importante entender a indicação do tratamento, pois


está intimamente relacionada com o diagnóstico. Em caso
de dúvidas, o enfermeiro deve verificar a prescrição antes
de administrar o medicamento.
Documentação correta

• A documentação preenchida pelo enfermeiro deve incluir as seguintes


informações: data e horário em que o medicamento foi administrado,
nome do medicamento, dose, via e local de administração.

• Além disso, deve-se documentar a ação do medicamento ao longo do


tempo com possíveis mudanças nos sintomas apresentados pelo
paciente.

• Efeitos adversos devem ser registrados imediatamente.

• Outras informações que devem ser registradas incluem quando e porque


algum medicamento não foi administrado.

• Não registre a medicação até que tenha sido administrada.


Atenção!

A administração de medicamentos é uma


responsabilidade do enfermeiro, mesmo que
esteja sendo executada por outro membro da
equipe de enfermagem, conforme o Decreto
lei 94.406/87 que regulamenta a lei do
Exercício da Enfermagem.
Muito obrigada
REFERÊNCIAS

ATKINSON, L.D.;MURRAY, M.E. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1989.
CABRAL, I. E. Administração de Medicamentos. Rio de Janeiro: REICHMANN &
AFFONSO EDITORES, 2002.
DU GAS, B. W. Enfermagem Prática. 4 ed. Rio de Janeiro: GUANABARA, 1998.
GIOVANI, A. M. M. Enfermagem: Cálculo e administração de medicamentos. 13 ed. São
Paulo: Rideel, 2011.
KOCH, R.M. et al. Técnicas Básicas de Enfermagem. 22 ed. Curitiba: Ed. Século XXI,
2004.

PERRY, Anne G.; POTTER, Patricia A . Enfermagem prática. 3 ed. São Paulo: SANTOS,
1998.
TRALDI, M. C. Fundamentos de Enfermagem na assistência primária de saúde.
Campinas: Editora Alínea, 2004.
Aizenstein ML, Tomassi MH. Problemas relacionados a medicamentos;
reações adversas a medicamentos e erros de medicação: a necessidade de
uma padronização das definições e das classificações. Rev Cienc Farm
Básica Apl. 2011;32(2):169-73.

Miasso AI, Silva AEBC, Cassiani SHB, Grou CR, Oliveira RC, Fakih FTO. O
processo de preparo e administração de medicamentos: identificação de
problemas para propor melhorias e prevenir erros de medicação. Rev. Latino
am Enfermagem. 2006 maio-junho; 14(3):354-63.

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