Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
*ATENÇÃO!
Como atualização pós-edital, disponibilizamos o presente material
para complementar a apostila anteriormente disponibilizada.
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Sobre o valor do dinheiro no tempo, três aspectos importantes devem ser considerados:
- O dinheiro disponível hoje pode ser investido, proporcionando rendimentos futuros
- O poder de compra do dinheiro pode mudar em função da inflação. A rentabilidade de
uma aplicação financeira pode ser inferior à inflação do período.
- Os rendimentos, em algumas aplicações, não são garantidos, ou seja, são incertos,
como aplicação em fundos de ações.
Capital
O capital (valor presente ou principal) é o valor monetário presente a ser aplicado ou
tomado por empréstimo.
Juros
Juro é a remuneração do capital emprestado. Representa os recebimentos auferidos
por quem aplica ou a despesa de quem toma emprestado recursos financeiros.
Taxa de juros
É a relação entre os juros gerados num certo período e o capital inicial investido.
Capitalização
A capitalização diz respeito à frequência e forma com que os juros são incorporados ao
capital.
Regimes de capitalização
Regime de capitalização é a forma como se verifica o crescimento do capital, este pode
ser pelo regime de capitalização simples ou composta.
No regime de capitalização simples os juros são calculados utilizando como base o
capital inicial. Já no regime de capitalização composta as taxas de juros são aplicadas
sobre o capital acumulado dos juros, ou seja, são aumentos sucessivos.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 65
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Fluxo de caixa
Fluxo de caixa é uma ferramenta que projeta para períodos futuros todas as entradas e
saídas de recursos financeiros, indicando o saldo para o período projetado.
B) Gráfico com setas, onde setas para cima representam as entradas (ou
recebimentos) e as setas para baixo representam as saídas (ou pagamentos).
A representação gráfica abaixo corresponde ao fluxo de caixa de um projeto de
investimento com a escala horizontal em anos e taxa interna de retorno igual a 10% ao
ano:
R$ 2.200,00 R$ 3.630,00 R$ 6.655,00
1 2 3 anos
R$ 10.000,00
Equivalência Financeira
Dois ou mais fluxos de caixa (capitais) são ditos equivalentes a uma determinada taxa
se seus valores presentes, em uma determinada data forem iguais.
66 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Capitais equivalentes
Dois ou mais fluxos de caixa (capitais) são ditos equivalentes a uma determinada taxa
se seus valores presentes, em uma determinada data forem iguais.
O conceito de equivalência de capitais, em geral, é aplicável em regime de juros
compostos, usando o cálculo de valor atual líquido (VAL) e taxa interna de retorno (TIR).
Mas também existem problemas de equivalência de capitais em regime de juros
simples, como já resolvemos anteriormente.
Equivalência Simples
Substituir um pagamento à vista por um a prazo, usando juros simples, é um problema
de equivalência de capitais.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 67
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Equivalência Composta
Na aplicação prática, juros compostos são muito mais frequentes do que juros simples,
assim a equivalência de capitais pode ser usada na renegociação de empréstimos ou
financiamentos, em particular, na substituição de uma série de pagamentos por outra
que seja equivalente à anterior.
220 228,80
1,04
Multiplicamos por 1,04 para obter o valor com acréscimo de 4% e, portanto, dividimos
por 1,04 para voltar ao valor inicial.
É este raciocínio usado para levar todos os valores para uma mesma data. Multiplicar
para capitalizar e dividir para descapitalizar.
Como juros compostos são aumentos sucessivos, para mais de um aumento usamos
potências.
1. Observe fluxo de caixa abaixo, com taxa de 10% ao ano, juros compostos:
R$ 2.200,00 R$ 3.630,00 R$ 6.655,00
1 2 3 anos
R$ 10.000,00
68 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
1 2 3 anos
R$ 10.000,00
R$ 2.200,00 que está na data 1, precisa descapitalizar 1 período, então dividimos por
1,1.
2.200
= 2.000
1,1
R$ 3.630,00 que está na data 2, precisa descapitalizar 2 períodos, então dividimos por
(1,1)2.
3.630 3.630
= = 3.000
1,12 1,21
R$ 6.655,00 que está na data 3, precisa descapitalizar 3 períodos, então dividimos por
(1,1)3.
6.655 6.655
= = 5.000
1,13 1,331
Veja que a soma das entradas (valor atual das receitas) é igual ao valor inicial (valor
atual das despesas).
VAR = 2.000 + 3.000 + 5.000 = 10.000
WWW.ANDRESAN.COM.BR 69
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
COMENTÁRIO:
x x
1.889,00
Como, nesta prova, as tabelas financeiras foram fornecidas, levar para a data zero é
uma solução simples:
Na data zero:
x
1889 = x +
(1,04)3
1889 = x + x.(1,04)-3
1889 = x + x. 0,889
1889 = 1,889.x
x = 1.000,00
Sem tabela, ou para facilitar as operações, levar para a data 3 é outra sugestão de
solução:
Na data 3:
1889 (1,04)3 = x.(1,04)3 + x
1889 1,1249 = x.1,1249 + x
2124,9361 = 2,1249.x
x = 1.000,00
ALTERNATIVA B
70 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplos:
1. Um financiamento de R$ 4.213,00 é amortizado em 3 prestações anuais iguais
a R$ 2.000,00, à taxa de 20% ao ano, pelo Sistema Francês. Fazer a planilha do
financiamento.
- Os juros são calculados sempre sobre o saldo devedor.
- A prestação é composta por juros e amortização. Assim, sabendo o valor da prestação
(fixa) e dos juros, calculamos a cota de amortização.
- Só é descontado do saldo o valor correspondente à amortização.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 71
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
t Jt R At Ct
0 ____ ____ ____ 4.213,00
1 842,60 2.000,00 1.157,40 3.055,60
2 611,12 2.000,00 1.388,88 1.666,72
3 333,34 2.000,00 1.666,67 ____
COMENTÁRIO:
t Prestação Juros Amortização Saldo
0 ---- ---- ---- R$ 20.000,00
1 R$ 5.509,80
2 R$ 5.509,80
72 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplo:
(CESGRANRIO) Um empréstimo de R$ 300,00 será pago em 6 prestações mensais,
sendo a primeira delas paga 30 dias após o empréstimo, com juros de 4% ao mês
sobre o saldo devedor, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). O valor,
em reais, da quarta prestação será
(A) 50,00
(B) 52,00
(C) 54,00
(D) 56,00
(E) 58,00
C
A=
n
300
A= → A = R$ 50,00
6
J1 = 4% de 300 = 12,00
R1 = A1 + J1
R1 = 50 + 12 → R1 = 62,00
WWW.ANDRESAN.COM.BR 73
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
74 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplos:
1. (FGV – Banestes 2018) Um financiamento no valor de R$ 8.000,00 foi contratado e
deverá ser quitado em 5 prestações mensais e consecutivas, vencendo a primeira delas
um mês após a data da contratação do financiamento. Foi adotado o Sistema de
Amortizações Constantes (SAC) a uma taxa de juros efetiva de 4,5% ao mês.
O valor da 2ª prestação será:
(A) R$ 1.960,00;
(B) R$ 1.888,00;
(C) R$ 1.816,00;
(D) R$ 1.744,00;
(E) R$ 1.672,00.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 75
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
5. (FCC) Uma dívida no valor de R$ 20.000,00 vai ser paga em 30 prestações mensais,
iguais e consecutivas, vencendo a primeira prestação 1 mês após a data de formação
da dívida. Utilizou-se o sistema de amortização francês com uma taxa de 2% ao mês.
Pelo quadro de amortização, obtém-se que o saldo devedor imediatamente após o
pagamento da primeira prestação é de R$ 19.507,00.
O valor da cota de amortização incluído no valor da segunda prestação é de
(A) R$ 502,86
(B) R$ 512,72
(C) R$ 522,58
(D) R$ 532,44
(E) R$ 542,30
76 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Fatorial
Seja n um número natural, chama-se de fatorial de n e representamos por n! o produto
de todos os números naturais de n a 1. Isto é, n! = n.(n − 1).(n − 2). ... .2.1
0! = 1
1! = 1
2! = 2.1 = 2
3! = 3. 2.1 = 6
4! = 4. 3. 2.1 = 24
Princípio Aditivo
Se uma decisão A pode ser tomada de x maneiras, uma decisão B pode ser tomada de
y maneiras e as decisões são independentes, então o número de maneiras de se
tomarem as decisões A ou B é x + y.
1. Ana foi ao mercado para escolher entre um tipo de doce ou tipo de massa salgada.
Sabendo que havia 17 produtos doces e 20 produtos de massa salgada, o número de
modos diferentes que ela poderia escolher esses produtos é:
(A) 340.
(B) 240.
(C) 40.
(D) 37.
2. Carlotta decidiu comprar uma unidade de vinho para seu marido. Na loja, ela podia
escolher entre 8 vinhos brancos distintos e 19 vinhos tintos diferentes. Com base nessa
situação, o número de modos que ela pode escolher um desses vinhos é:
(A) 152.
(B) 120.
(C) 96.
(D) 54.
(E) 27.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 77
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
78 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
10. Quantos anagramas podem ser formados com as letras da palavra CURSO, em que
as letras R e S ficam juntas, nessa ordem?
WWW.ANDRESAN.COM.BR 79
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
11. Quantos anagramas podem ser formados com as letras da palavra CURSO, em que
as letras R e S ficam juntas?
12. Quantos anagramas podem ser formados com as letras da palavra ESTUDAR, em
que as vogais ficam juntas?
Arranjos Simples
Chamamos de arranjos simples de n elementos distintos tomados p a p, a todos os
agrupamentos que podem ser formados de modo que cada agrupamento difira de um
outro qualquer através da ORDEM em que os elementos são mencionados ou através
da NATUREZA de, pelo menos, um de seus elementos.
n!
A n,p = ,np
(n − p)!
80 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Permutação Simples
Chamamos de permutação simples de n elementos distintos a todos os agrupamentos
que podem ser formados, com esses n elementos, de modo que cada agrupamento
difira de um outro qualquer, exclusivamente, através da ORDEM em que os elementos
são mencionados.
Pn = n!
Traduzindo:
WWW.ANDRESAN.COM.BR 81
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Combinação Simples
Chamamos de combinação simples de n elementos distintos tomados p a p, a todos os
agrupamentos que podem ser formados de modo que cada agrupamento difira de um
outro qualquer, exclusivamente, através da NATUREZA de, pelo menos, um de seus
elementos.
n!
Cn,p =
p! (n − p)!
Exemplos:
1. (OBJETIVA) Pedro vai viajar e quer levar 3 camisas. Sabendo-se que ele possui 7
camisas para escolher, ao todo, de quantos modos distintos Pedro pode fazer essa
escolha?
(A) 105
(B) 70
(C) 90
(D) 35
(E) 210
82 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
WWW.ANDRESAN.COM.BR 83
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Medidas de Comprimento
Transformação de Unidades
km hm dam m dm cm mm
DECÍMETRO (dm)
Submúltiplos CENTÍMETRO (cm)
Para transformar hm em m (duas posições à
MILÍMETRO (mm)
direita) devemos deslocar a vírgula duas
unidades para a direita. Portanto, 16,584hm =
1.658,4m
Medidas de Massa
Transformação de Unidades
QUILOGRAMA (kg)
Para transformar de uma unidade para outra,
Múltiplos HECTOGRAMA (hg)
deslocaremos a vírgula uma casa para esquerda,
DECAGRAMA (dag)
quando desejarmos em unidade superior, ou
para a direita, quando se deseja em unidade
inferior.
Unidade fundamental: GRAMA (g)
kg hg dag g dg cg mg
DECIGRAMA (dg)
Submúltiplos CENTIGRAMA (cg)
MILÍGRAMA (mg) Para transformar kg em dag (duas posições à
direita) devemos deslocar a vírgula duas
unidades para a direita. Ou seja: 4,627kg =
462,7dag
84 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Medidas de Capacidade
QUILOLITRO (kl) Transformação de Unidades
Múltiplos HECTOLITRO (hl)
Para transformar de uma unidade para outra,
DECALITRO (dal)
deslocaremos a vírgula uma casa para esquerda,
quando desejarmos em unidade superior, ou
para a direita, quando se deseja em unidade
Unidade fundamental: LITRO (l) inferior.
kl hl dal l dl cl ml
DECILITRO (dl)
Submúltiplos CENTILITRO (cl)
Para transformar l para ml (três posições à
MILILITRO (ml)
direita) devemos deslocar a vírgula três casa
para a direita, ou seja, 3,19l = 3.190ml.
Medidas de Superfície
Transformação de Unidades
QUILÔMETRO QUADRADO (km2)
Múltiplos HECTÔMETRO QUADRADO (hm2) Para mudar de uma unidade para
DECÂMETRO QUADRADO (dam ) 2 outra, deslocaremos a vírgula duas
para casas para a esquerda ou para a
direita, conforme se queira uma
unidade superior ou inferior.
Unidade fundamental:
2,36m2 = 2.360.000mm2
WWW.ANDRESAN.COM.BR 85
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Medidas de Volume
QUILÔMETRO CÚBICO (km3) Transformação de Unidades
2,45 m3 = 2.450dm3
Unidades de Tempo
40
Observe: 2,40h = 2h + h = 2h e 24 minutos
100
40
. 60 minutos = 24 minutos
100
86 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
União de Conjuntos
Dados os conjuntos A e B, define-se como união dos conjuntos A e B ao conjunto
formado por todos os elementos que pertencem a A ou a B, ou seja:
A B = {x x A x B}
A B
Propriedades da união
Sendo A, B e C três conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades:
1) A A = A
2) A = A
3) A B = B A
4) (A B) C = A (B C)
Intersecção de Conjuntos
Dados os conjuntos A e B, define-se como intersecção dos conjuntos A e B ao conjunto
formado por todos os elementos que pertencem a A e a B, simultaneamente, ou seja:
A B = {x x A x B}
A B
Propriedades da intersecção
Sendo A, B e C três conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades:
1) A A = A
2) A U = A
3) A B = B A
4) (A B) C = A (B C)
WWW.ANDRESAN.COM.BR 87
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Conjuntos disjuntos
Quando A B = , isto é, quando os conjuntos A e B não têm elementos em comum,
A e B são chamados conjuntos disjuntos.
Exemplo: A = {1, 2} e B = {4, 5, 6} → A B =
Diferença de Conjuntos
Dados os conjuntos A e B, define-se como diferença entre A e B ao conjunto formado
por todos os elementos que pertencem a A, mas que não pertencem a B, ou seja,
A − B = {x / x A x B}
A B
Exemplo:
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 7} e B = {4, 5, 7}, determine:
AB=
AB=
A−B=
B−A=
Complementar de B em A
Dados dois conjuntos A e B, tais que B A, chama-se de complementar de B em relação
a A, o conjunto A − B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.
CBA =A−B
Exemplo:
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {2, 4}, determine o complementar de B em
relação a A.
88 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Importante:
Se A é um conjunto finito com n elementos, então P(A) tem 2 n elementos.
Exemplo: Sendo A = {1, 2, 3, 4, 5}, o conjunto das partes de A terá 2 5 = 32 elementos.
Exemplos de enunciados
1. (FUNDATEC) Dois conjuntos formados por números naturais, A e B, estão sendo
observados e descobre-se que A B = {1, 3, 5, 7, 8, 10, 11, 12}, A B = {7, 8, 10} e
B – A = {1, 12}. Os elementos que formam o conjunto A são:
A) 1, 3, 5, 7, 8, 10.
B) 3, 5, 7, 8, 10, 12.
C) 3, 5, 7, 8, 10, 11.
D) 1, 3, 5, 8.
E) 1, 3, 5, 7.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 89
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
3. Neste período do ano, uma grande papelaria faz uma pesquisa de mercado entre três
produtos. Os produtos escolhidos para a pesquisa foram a caneta esferográfica azul, a
pasta com elástico e clips. A pesquisa verificou as compras de 1.500 clientes. Ficou
constatado que:
• 800 clientes compraram caneta esferográfica azul;
• 400 clientes compraram clips;
• 150 clientes compraram clips e pasta de elástico;
• 50 clientes compraram clips, pasta de elástico e caneta esferográfica azul;
• 200 clientes compraram pasta de elástico e caneta esferográfica azul;
• 400 clientes não compraram nenhum dos três itens; e,
• 250 clientes compraram caneta esferográfica azul e clips.
Quantos clientes compraram somente pasta de elástico?
A) 150
B) 250
C) 350
D) 400
E) 550
4. (Instituto AOCP) Quantos subconjuntos são possíveis formar com um conjunto B que
possui 3 elementos?
(A) 10
(B) 8
(C) 7
(D) 5
90 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Considerando dois conjuntos, A e B, não vazios, dizemos que função é uma relação que
associa a cada elemento x do conjunto A um único elemento y do conjunto B.
A B
f
0 1
1 3
Notação: y = f(x)
Exemplos:
f(x) = x + 1
f(x) = 3x2 + 1
Dom = {x / x 3}
WWW.ANDRESAN.COM.BR 91
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Exemplo:
x +2
f(x) = x+20x−2
6
Dom = {x / x − 2}
Dom = {x / x 5}
Imagem de um elemento
A cada elemento x pertencente ao domínio de uma função y = f(x) corresponde um único
valor de y do contradomínio dessa função, denominado imagem de x pela função f.
Exemplo:
Dada a função f(x) = 2x − 3, temos:
f(0) =
f(2) =
f(−3) =
92 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
PLANO CARTESIANO
FUNÇÃO DE 1° GRAU
Gráfico
O gráfico de uma função do 1º grau é uma reta.
a 0 → Reta crescente a 0 → Reta decrescente
WWW.ANDRESAN.COM.BR 93
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Exemplos:
1) Construir o gráfico da função y = 2x − 6.
• Raiz:
• Declividade:
x
1
94 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
EQUAÇÕES DO 1° GRAU
Denomina-se equação do 1° grau na incógnita x, toda equação da forma ax + b = 0; com
a e b R e a 0. Nas equações escritas na forma ax + b = 0, chamamos a e b de
coeficientes.
Exemplos:
3x − 21 = 0 18 − 3x = 0 3x − 4 = 5x + 8
SISTEMAS DE EQUAÇÕES
A resolução de um sistema de duas equações com duas variáveis consiste em
determinar um par ordenado que torne verdadeiras, ao mesmo tempo, essas equações.
Método da Substituição
x + y = 4
2x − 3y = 3
Solução
Isolamos x ou y em uma das equações. → x = 4 − y
Substituímos esse valor na outra equação.
2.(4 − y) − 3y = 3
Resolvemos a equação formada.
8 − 2y −3y = 3
− 2y − 3y = 3
− 5y = − 5
5y = 5
y=1
Substituimos o valor encontrado de y, em qualquer uma das equações, determinando x.
x+1=4
x=4−1x=3
A solução do sistema é o par ordenado (3, 1). → V = {(3, 1)}
WWW.ANDRESAN.COM.BR 95
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Método da Adição
Observe a solução do sistema a seguir, pelo método da adição:
Adicionamos, membro a membro, as equações, com o objetivo de eliminar uma das
incógnitas:
x + y = 10
x − y = 6
2x = 16 → x = 8
Substituímos o valor encontrado de x, em qualquer das equações, determinado y:
8 + y = 10
y = 10 − 8 y = 2
A solução do sistema é o par ordenado (8, 2)
FUNÇÃO DE 2° GRAU
Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2° grau, qualquer função dada
por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0.
Exemplos:
f(x) = 3x2 − 4x + 1, onde a = 3, b = −4 e c = 1
f(x) = x2 − 1, onde a = 1, b = 0 e c = − 1
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 2° grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva
chamada parábola.
• a 0: côncava para cima • a 0: côncava para baixo
]
Intersecção com o eixo Oy
x = 0 a.02 + b.0 + c = y y = c
96 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplo:
x2 − 10x + 21 = 0
Vértice da Parábola
O vértice V de uma parábola é representado pelo ponto de intersecção do eixo de
simetria com a própria parábola. As coordenadas do vértice podem ser calculadas:
b x' + x"
xv = − e yv = − ou xv = e yv = f(xv)
2a 4a 2
WWW.ANDRESAN.COM.BR 97
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Exemplo:
f(x) = x2 − 2x − 3
Observação:
A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o
discriminante:
• quando é positivo, há duas raízes reais distintas
98 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
FUNÇÃO EXPONENCIAL
Dado um número real a, tal que a 0 e a 1, chamamos função exponencial de base a
a função f: R → R que associa a cada x real o número ax.
Exemplos:
x
1
1) f(x) = 2x
2) f(x) =
2
Gráfico:
a1 0a1
Equações exponenciais
Para resolver equações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes:
1°) redução dos dois membros da equação a potências de mesma base;
2°) aplicação da propriedade: a m = an m = n (a 1 e a 0)
Exemplos:
3x = 81 9x = 1 23x-1 = 322x
81 = 34 9x = 1 23x-1 = 322x
3x = 34 9x = 90 23x-1 = (25)2x
x=4 x=0 23x-1 = 210x
3x − 1 = 10x
1
x=−
7
WWW.ANDRESAN.COM.BR 99
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
LOGARITMOS
Sendo a e b números reais e positivos, com a 1, chama-se logaritmo de b na base a
o expoente que se deve dar à base a de modo que a potência obtida seja igual a b. Em
loga b = x, a é a base do logaritmo, b é o logaritmando e x é o logaritmo.
Condições de existência: a 0 e a 1, b 0
Definição: loga b = x ax = b
Exemplos:
log2 8 = 3, pois 23 = 8
1 1
log3 = − 2, pois 3−2 =
9 9
Consequências da definição
• Logaritmo de 1, em qualquer base, é igual a zero. → loga 1 = 0
• Logaritmo do Quociente
b = loga b − loga c
log a
c
𝟓
Exemplo: log ( ) = log 5 − log 2
𝟐
• Logaritmo da Potência
loga b = . loga b
Exemplo: log 8 = log 23 = 3. log 2
100 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
Dado um número real a (a 0 e a 1), chamamos função logarítmica de base a a função
que associa a cada x o número log a x.
Exemplos:
1) f(x) = log2 x
3) f(x) = log 1 x
3
Gráfico:
a1 0a1
(A) − 2
(B) − 1
(C) 0
(D) 1
(E) 2
WWW.ANDRESAN.COM.BR 101
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Definição: Dados dois números m e n naturais e não nulos, chama-se matriz m por n
(indica-se m n) toda tabela M formada por números reais distribuídos em m linhas e n
colunas.
2 −1 5
A= 1 → A é uma matriz do tipo 2 3.
3 0
2
4 3
B = 5 − 7 → B é uma matriz do tipo 3 2.
1 2
As linhas de uma matriz são enumeradas de cima para baixo e as colunas são
enumeradas da esquerda para a direita. Um elemento genérico de uma matriz A é
denotado por aij. Os índices i e j indicam, respectivamente, a linha e a coluna às quais
esse elemento pertence. Por exemplo, a 23 denota o elemento que se encontra na
segunda linha e terceira coluna:
7 4 3 5
6 8 11 9
2 − 2 1 6
LEI DE FORMAÇÃO
2i + j se i = j
Considere a matriz A23, cujos elementos são dados por: aij = .
2 2
i + j se i j
102 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
MATRIZES ESPECIAIS
• Matriz linha: é toda matriz do tipo 1 n, isto é, é uma matriz que tem uma única
linha.
A = 0 9 − 1 7 → A é uma matriz do tipo 1 4
• Matriz coluna: é toda matriz do tipo m 1, isto é, é uma matriz que tem uma única
coluna.
7
2
B = → B é uma matriz do tipo 4 1
− 5
0
• Matriz nula: é toda matriz em que todos os elementos são iguais a zero.
0 0 0
C= → C é a matriz nula do tipo 2 3
0 0 0
• Matriz quadrada de ordem n: é toda matriz do tipo n n, isto é, é uma matriz que
tem igual número de linhas e colunas.
a11 a12 a13 a1n
a 21 a 22 a 23 a 2n
a 31 a 32 a 33 a 3n
a a nn
n1 a n2 a n3
• Matriz diagonal: é toda matriz quadrada em que os elementos que não pertencem
à diagonal principal são iguais a zero.
4 0 0
M = 0 − 2 0 → M é a matriz diagonal do tipo 3 3.
0 0 3
WWW.ANDRESAN.COM.BR 103
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
• Matriz identidade (ou matriz unidade) de ordem n (indica-se In): é toda matriz
diagonal em que os elementos da diagonal principal são iguais a 1.
1 0 0 0
0 1 0 0
I4 = → I4 é a matriz identidade do tipo 4 4.
0 0 1 0
0 0 0 1
IGUALDADE
Definição: Duas matrizes A = (aij)m n e B = (bij)m n são iguais quando aij = bij para todo
i (i {1, 2, 3, ..., m}) e todo j(j {1, 2, 3, ..., n}). Isto significa que para serem iguais duas
matrizes devem ser do mesmo tipo e apresentar todos os elementos correspondentes
(elementos com índices iguais) iguais.
Exemplos:
1 − 3 1 − 3
1) = pois a11 = b11, a12 = b12, a21 = b21 e a22 = b22.
7 − 4 7 − 4
1 − 3 1 7
2) pois a12 b12 e a21 b21.
7 − 4 − 3 − 4
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Definição: Dadas duas matrizes A = (aij)m n e B = (bij)m n, chama-se soma A + B a
matriz C = (cij)m n tal que cij = aij + bij, para todo i e todo j. Isto significa que a soma de
duas matrizes A e B do tipo m n é uma matriz C do mesmo tipo em que cada elemento
é a soma dos elementos correspondentes em A e B.
Exemplos:
1 2 3 4 −1 1 1 + 4 2 − 1 3 + 1 5 1 4
1) + = =
4 5 6 − 4 0 − 6 4 − 4 5 + 0 6 − 6 0 5 0
11 9 8 1 0 0 1 1 11 9 7 0
2) − =
− 1 4 7 1 4 7 8 −1 − 5 − 3 − 1 2
104 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplo:
1 7 2 3 .1 3.7 3. 2 3 21 6
3 = =
5 − 1 − 2 3 . 5 3 . ( − 1) 3 . (− 2) 15 − 3 − 6
MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
• O produto AB existe somente se o número de colunas de A for igual ao número de
linhas de B, pois A é do tipo m n e B é do tipo n p.
• O produto AB é uma matriz que tem o número de linhas de A e o número de colunas
de B, pois C = AB é do tipo m p.
Exemplo:
1 2 5 6
Dadas A = eB= , calcular AB.
3 4 7 8
Sendo A do tipo 2 2 e B do tipo 2 2, decorre que existe AB e é do tipo 2 2. Fazendo
AB = C, temos:
c c (1ª linha de A 1ª coluna de B) (1ª linha de A 2ª coluna de B)
C = 11 12 =
c 21 c 22 (2ª linha de A 1ª coluna de B) (2ª linha de A 2ª coluna de B)
1 5 1 6
2 7 2 8
C =
3 5 3 6
4 7 4 8
5 + 14 6 + 16 19 22
C= → C =
15 + 28 18 + 32 43 50
WWW.ANDRESAN.COM.BR 105
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
MATRIZ TRANSPOSTA
Definição: Dada uma matriz A = (aij)m n, chama-se transposta de A a matriz At = (a’ji)nm
tal que a’ji = aij, para todo i e todo j. Isto é, as linhas da matriz transposta A t são,
ordenadamente, iguais às colunas da matriz A.
Exemplos:
1
3
1) A = 1 3 5 7 → A =
t
5
7
1 2
1 7 − 3
2) A = → A = 7 4
t
2 4 8 − 3 8
MATRIZ SIMÉTRICA
Chama-se matriz simétrica toda matriz quadrada A de ordem n, tal que
At = A
1 2 3
1 − 3
e 2 − 4 5 são simétricas.
7 − 4 3 5 7
Exemplo:
2 2x 10
(FUNDATEC) A matriz A = 4 14 − 8 é considerada simétrica.
2y 2z − 6
A partir disso, é correto afirmar que o produto dos valores de x, y e z é igual a
(A) − 40.
(B) − 10.
(C) 15.
(D) 20.
(E) 22.
106 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplo:
3 −1
= 3 . 2 − 4 . (− 1) = 10
4 2
WWW.ANDRESAN.COM.BR 107
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Exemplo:
1 3 4
5 2 − 3 = 4 − 9 + 80 − 8 + 12 − 30 = 49
1 4 2
1 3 4 1 3
5 2 −3 5 2
1 4 2 1 4
2) Fila nula
Se os elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) de uma matriz M de ordem n
forem todos nulos, então det M = 0.
3 1 4
Exemplo: 0 0 0 = 0
a b c
108 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
7) Teorema de Jacobi
Adicionando a uma fila de uma matriz M, de ordem N, uma outra fila paralela,
previamente multiplicada por uma constante, obteremos uma nova matriz M’, tal que det
M’ = det M.
Exemplo:
1 3 5 1 0 5
4 2 7 = 4 − 10 7
4 1 −6 4 − 11 − 6
8) Matriz triangular
O determinante de uma matriz triangular é o produto dos elementos da diagonal
principal.
3 0 0
Exemplo: 2 1 0 = 3 1 2 = 6
4 5 2
9) Teorema de Binet
Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então:
det (A B) = (det A) (det B)
WWW.ANDRESAN.COM.BR 109
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Exemplo:
2 3 2 4
Dadas as matrizes A = e B = , calcule o determinante do produto A.B.
1 3 1 3
(A) 8
(B) 12
(C) 9
(D) 15
(E) 6
Exemplo:
3 1
A inversa da matriz é
5 2
2 − 1
(A)
− 5 3
3 − 1
(B)
− 5 2
2 − 5
(C)
− 1 3
− 2 1
(D)
5 − 3
− 3 1
(E)
5 − 2
110 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
2 − 5
Matriz incompleta do sistema:
1 4
1 − 5
Matriz de x: (A partir da matriz incompleta substitua os coeficientes de x pelos
7 4
termos independentes)
2 1
Matriz de y: (A partir da matriz incompleta substitua os coeficientes de y pelos
1 7
termos independentes)
WWW.ANDRESAN.COM.BR 111
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Regra de Cramer
Regra de Cramer é um método de resolver sistemas lineares através de determinantes.
Para cada incógnita xi do sistema, tem-se que:
Di
xi =
D
2x − 5y = 1
Exemplo:
x + 4 y = 7
A partir das matrizes do sistema, calcula-se os respectivos determinantes:
2 −5
D= = 2.4 − 1. (− 5) = 8 + 5 = 13
1 4
1 −5
Dx = = 1.4 − (− 5). 5 = 39
7 4
2 1
Dy = = 2.7 − 1.1 = 13
1 7
Dx 39
x = → x= =3
D 13
Dy 13
y = → y= =1
D 13
• POSSÍVEL E INDETERMINADO
O sistema é possível e indeterminado quando admite infinitas soluções.
Quando um sistema linear n n é possível e indeterminado, o determinante D
da matriz incompleta é igual a zero e Dx = Dy = ... = 0.
D = 0 e Dx = Dy = ... = 0
112 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
• IMPOSSÍVEL
O sistema é impossível quando não tem solução.
Quando um sistema linear n n é impossível, o determinante D da matriz
incompleta é igual a zero e Di é diferente de zero para, pelo menos, um i (x, y, z, ...).
D = 0 e Di 0
WWW.ANDRESAN.COM.BR 113
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
an = a1 + (n − 1).r
Exemplos:
1. Determine o décimo termo da progressão aritmética (3, 7, 11, 15, ...).
114 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
WWW.ANDRESAN.COM.BR 115
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
3. (OBJETIVA) Sabendo-se que a soma dos dez primeiros termos de certa progressão
aritmética é igual a 345 e que o seu primeiro termo é igual a 3, qual a razão dessa
progressão?
A) 7
B) 8
C) 9
D) 10
Propriedades
1. Três termos consecutivos
Numa PA, qualquer termo, a partir do segundo, é a média aritmética do seu antecessor
e do seu sucessor.
(2, 5, 8, 11, 14, ...)
2. Termo Médio
Numa PA qualquer de número ímpar de termos, o termo do meio (médio) é a média
aritmética do primeiro termo e do último termo.
(2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26)
3. Termos Equidistantes
A soma de dois termos equidistantes dos extremos de uma PA finita é igual à soma dos
extremos.
(2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, 23, 26)
116 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
an = a1 . qn−1
Exemplos:
1. O oitavo termo de uma PG é 256 e o quarto termo dessa mesma PG é 16. Calcule
seu primeiro termo.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 117
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Propriedades
1. Termo médio
Em toda PG, um termo é a média geométrica dos termos imediatamente anterior e
posterior.
(2, 6, 18, 54, 162, ...)
2. Termos Equidistantes
O produto dos termos equidistantes dos extremos de uma PG é constante.
(1, 3, 9, 27, 81, 243, 729)
• INFINITA
a1
S =
1− q
Exemplos:
1. Uma pessoa resolve guardar um dinheiro obedecendo a uma progressão geométrica
de razão 2. Considerando que no primeiro mês ela irá poupar R$ 15,00, qual será o
valor poupado no sétimo mês e o total guardado no período?
118 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
1 1 1 1
2. (CESGRANRIO) O valor da soma infinita 2 + 1 + + + + ... é
2 4 8 16
A) 4
B) 2
11
C)
8
4
D)
3
2
E)
8
Exemplos de enunciados:
1. (LA SALLE) Em uma progressão aritmética, a3 = 8 e a10 = 43. Então, é correto afirmar
que o primeiro termo dessa progressão é igual a:
A) −2.
B) −1.
C) 3.
D) 5.
E) 7.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 119
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
120 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
PROPOSIÇÃO
Considera-se proposição qualquer sentença declarativa (afirmativa ou negativa), à qual
pode ser atribuído, sem ambiguidade, um dos valores lógicos: falso (F) ou verdadeiro
(V). Uma proposição é uma frase com verbo (oração).
Exemplos:
O Canadá fica na Europa.
Osório não é a capital do Rio Grande do Sul.
2 + 3 = 6.
Sabendo que proposições são frases declarativas, qualquer outro tipo de frase não é
uma proposição.
Assim, não são proposições:
Interrogativas: apresentam perguntas
- Quando será a prova?
Paradoxos:
Esta frase é falsa.
Eu sou mentiroso.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 121
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
122 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
CONECTIVOS LÓGICOS
Conectivos lógicos são palavras ou símbolos usados para formar novas proposições a
partir de outras.
Os conectivos usuais são: “não”, “e”, “ou”, “se... então...”, “se e somente se”, “ou... ou...”.
Negação: ou (não)
Conjunção: (e, mas, porém, entretanto, …)
Disjunção inclusiva: (ou)
Disjunção exclusiva: (Ou... ou ...)
Condicional: → (se... então...)
Bicondicional: (se e somente se)
Não
Negação Não é verdade que
É falso que
Disjunção Inclusiva Ou
Observação:
A negação é um conectivo unário pois não liga duas proposições, apenas nega a
afirmação da proposição que o precede. Os outros conectivos (conjunção, disjunção,
condicional e bicondicional) são conectivos binários, pois ligam duas proposições.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 123
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
TABELA VERDADE
O número de linhas da tabela verdade é determinado pelo número de proposições
simples componentes da proposição dada. A tabela-verdade de uma proposição
composta com n proposições simples contém 2 n linhas.
Exemplos:
1. Para 2 proposições simples, p e q, a tabela terá: 2 2 = 4 linhas
p q
V V
V F
F V
F F
124 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
OPERAÇÕES LÓGICAS
Outras formas de expressar uma negação: não é verdade que..., é falso que...
Tabela-verdade
p q pq
Exemplo:
V V V
João é inteligente e Pedro é alto.
V F F
F V F
F F F
Tabela-verdade
p q pq
Exemplo:
V V V
João é inteligente ou Pedro é alto.
V F V
F V V
F F F
WWW.ANDRESAN.COM.BR 125
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Tabela-verdade
p q pq
Exemplo:
V V F
Ou João é inteligente ou Pedro é alto.
V F V
F V V
F F F
Tabela-verdade
p q p→q
V V V Exemplo: Se tiver férias, então viajo.
V F F
F V V
F F V
Exemplo:
“Se Ana é gaúcha, então Ana é brasileira”.
p: Ana é gaúcha
q: Ana é brasileira
Ana ser gaúcha é condição suficiente para que Ana seja brasileira.
Ana ser brasileira é condição necessária para que Ana seja gaúcha.
126 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Tabela-verdade
p q pq
V V V
Exemplo: Viajo se e somente se tenho férias.
V F F
F V F
F F V
WWW.ANDRESAN.COM.BR 127
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Negação da Conjunção: (p q) p q
p q pq (p q) p q p q p q
V V V F F F F F
V F F V F V F V
F V F V V F F V
F F F V V V V V
Exemplos:
João é inteligente e Pedro é alto.
Negação: João não é inteligente ou Pedro não é alto.
Exemplos:
João é inteligente ou Pedro é alto.
Negação: João não é inteligente e Pedro não é alto.
128 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Negação da Condicional: (p → q) p q
p q p→q (p → q) q p q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F
p q pq (p q) pq
V V V F F
V F F V V
F V F V V
F F V F F
WWW.ANDRESAN.COM.BR 129
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
OBSERVAÇÃO:
A negação da bicondicional é a disjunção exclusiva e a negação da disjunção exclusiva
é a bicondicional.
A negação de “Ou estudo ou trabalho” é “Estudo se, e somente se, trabalho”.
130 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
2. (LA SALLE) A negação da proposição lógica “Ana é médica se, e somente se, Bruno
é professor” é dada por
(A) Ana não é médica e Bruno não é professor.
(B) Ou Ana é médica, ou Bruno é professor.
(C) Ana é médica e Bruno não é professor.
(D) Ana não é médica e Bruno é professor.
(E) Se Ana não é médica, então Bruno não é professor.
4. (FGV) Considere a afirmação: “Se o peixe é fresco então não tem cheiro.” Assinale a
opção que apresenta a negação lógica dessa sentença.
(A) “O peixe é fresco e tem cheiro.”
(B) “Se o peixe não é fresco então não tem cheiro.”
(C) “Se o peixe não é fresco então tem cheiro.”
(D) “Se o peixe tem cheiro então é fresco.”
(E) “O peixe não é fresco e tem cheiro.”
WWW.ANDRESAN.COM.BR 131
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
Exemplos:
1. Verificar se as proposições (p → q) e ( q → p) são equivalentes.
p q q p p→q q → p
V V
V F
F V
F F
p p q p→q pq
V V
V F
F V
F F
EQUIVALÊNCIAS IMPORTANTES
p → q q → ~p p → q p q
1. (FCC) Do ponto de vista da lógica, a proposição “se tem OAB, então é advogado” é
equivalente à
(A) tem OAB ou é advogado.
(B) se não tem OAB, então não é advogado.
(C) se não é advogado, então não tem OAB.
(D) é advogado e não tem OAB.
(E) se é advogado, então tem OAB.
132 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
2. (FCC) Um economista afirmou, no telejornal, que “se os impostos não sobem, então
a receita fiscal não cresce”. Do ponto de vista da lógica, uma frase equivalente a essa
é
(A) se a receita fiscal cresce, então os impostos sobem.
(B) se os impostos sobem, então a receita fiscal cresce.
(C) se a receita fiscal não cresce, então os impostos não sobem.
(D) ou o imposto não sobe, ou a receita cresce.
(E) o imposto sobe sempre que a receita fiscal aumenta.
3. (FCC) Observe a afirmação a seguir, feita pelo prefeito de uma grande capital.
Se a inflação não cair ou o preço do óleo diesel aumentar, então o preço das passagens
de ônibus será reajustado.
Uma maneira logicamente equivalente de fazer esta afirmação é:
(A) Se a inflação cair e o preço do óleo diesel não aumentar, então o preço das
passagens de ônibus não será reajustado.
(B) Se a inflação cair ou o preço do óleo diesel aumentar, então o preço das passagens
de ônibus não será reajustado.
(C) Se o preço das passagens de ônibus for reajustado, então a inflação não terá caído
ou o preço do óleo diesel terá aumentado.
(D) Se o preço das passagens de ônibus não for reajustado, então a inflação terá caído
ou o preço do óleo diesel terá aumentado.
(E) Se o preço das passagens de ônibus não for reajustado, então a inflação terá caído
e o preço do óleo diesel não terá aumentado.
4. (FGV) Considere a sentença “Se o casaco é de couro, então está frio”. Uma sentença
logicamente equivalente à sentença dada é
(A) “Se o casaco não é de couro, então não está frio.”
(B) “Se está frio, então o casaco é de couro.”
(C) “Se não está frio, então o casaco é de couro.”
(D) “O casaco é de couro e não está frio.”
(E) “O casaco não é de couro ou está frio.”
WWW.ANDRESAN.COM.BR 133
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
PROPOSIÇÕES QUANTIFICADAS
Proposição categórica é uma sentença que estabelece uma relação entre duas
categorias e atribui (ou nega) uma qualidade a um indivíduo ou grupo de indivíduos.
Exemplos:
Todo sapo é verde.
Nenhum economista é otimista.
Algumas pessoas entendem Raciocínio Lógico.
QUANTIFICADORES
Quantificadores são operadores lógicos que restringem as funções proposicionais, de
forma que elas se refiram a todo o conjunto ou a uma parte dele. Os quantificadores,
universais ou existenciais, transformam uma sentença aberta em proposição.
Exemplo:
A expressão “x + 5 = 8” é uma sentença aberta.
“Existe x tal que x + 5 = 8” é uma proposição.
134 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplos:
Todo sapo é verde.
Negação:
WWW.ANDRESAN.COM.BR 135
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
DIAGRAMAS LÓGICOS
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Exemplo 1:
Todos os gaúchos são estudiosos.
Alguns gaúchos são alegres.
Logo, alguns estudiosos são alegres.
136 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Exemplo 2:
Nenhum advogado é mentiroso.
Algum médico é mentiroso.
Logo, algum médico não é advogado.
Exemplo 3:
Todos os gaúchos são estudiosos.
Alguns estudiosos são alegres.
Logo, alguns gaúchos são alegres.
Exemplo 4:
Nenhum advogado é mentiroso.
Algum médico é mentiroso.
Logo, nenhum médico é advogado.
Exemplo 5:
(ESAF) Caso ou compro uma bicicleta.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 137
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
RACIOCÍNIO SEQUENCIAL
Sequência ou sucessão é um conjunto de elementos organizados segundo um
determinado padrão.
1. (VUNESP) Na sequência numérica 2, 3, 5, 9, 17, 33, 65, 129, ..., mantida a ordem
preestabelecida, o próximo elemento é
(A) 273.
(B) 257.
(C) 249.
(D) 281.
(E) 265.
138 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
5. (FCC) Na sequência 2−1; 3−1; 4−1; 5−1; ... , que é ilimitada e segue um padrão, a
diferença entre o 8º termo e o 11º termo é igual a
(A) 3−1.
1
(B) ∙
3
1
(C) ∙
9
1
(D) ∙
36
(E) 12−1.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 139
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
140 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
12. (LA SALLE) Artur, Bernardo e Carlos viajaram em suas férias para locais diferentes.
Sabe-se que:
• Um deles foi para Porto Alegre, outro para Gramado e outro para Torres.
• Cada um deles utilizou uma locomoção diferente. Um deles viajou de moto, outro de
carro e o outro de ônibus.
• Quem foi para Porto Alegre viajou de moto.
• Carlos foi para Torres.
• Artur não foi para Porto Alegre.
• Quem viajou de carro não foi Carlos.
Assim, é correto afirmar que:
(A) Quem foi para Gramado viajou de carro.
(B) Artur viajou de ônibus.
(C) Bernardo foi para Gramado.
(D) Carlos viajou de moto.
(E) Quem foi para Torres viajou de moto.
WWW.ANDRESAN.COM.BR 141
BANRISUL – TEÓRICO – DANIELA ARBOITE
13. (FCC) Ana, Beatriz e Célia moram com suas avós Sandra, Adélia e Maria em
Franca, Campinas e em Araras, não necessariamente nas ordens indicadas. Além
disso, sabe-se que:
− Beatriz não é neta de Maria.
− Ana não mora em Araras e é neta de Sandra.
− A menina que mora em Franca é neta de Adélia.
Desse modo, é correto afirmar que:
(A) Maria mora em Campinas.
(B) Adélia é avó de Célia.
(C) Sandra mora em Franca.
(D) Célia mora em Campinas.
(E) Beatriz mora em Franca.
14. (FCC) Na sala de espera do consultório de um pediatra há três mães, Ana, Beatriz
e Cláudia, acompanhadas de seus respectivos filhos. Elas vestem blusas de cores
diferentes (azul, verde e vermelho), usam calçados diferentes (bota, sandália e tênis) e
têm quantidades de filhos diferentes (apenas um, dois e três). Ana veste uma blusa
vermelha; a que veste blusa azul calça bota; Beatriz tem mais filhos do que Ana; a que
usa tênis tem dois filhos. Sabendo que Cláudia não calça bota e tem apenas um filho, é
correto afirmar que
(A) Ana tem dois filhos e Beatriz calça sandália.
(B) Ana calça tênis e Cláudia usa blusa verde.
(C) Beatriz calça bota e Cláudia usa blusa azul.
(D) Beatriz usa blusa verde e Cláudia calça sandália.
(E) Ana calça sandália e Beatriz tem três filhos.
142 WWW.ANDRESAN.COM.BR
BANRISUL – MATEMÁTICA E MAT FINANCEIRA – TEÓRICO
Caso você tenha alguma dúvida, sobre este material, entre em contato:
WWW.ANDRESAN.COM.BR 143