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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE EDUCAÇÃO
FICHA DE PLANEJAMENTO DE AULA
ESCOLA:__________________________________________________________________________________

Professor/a: Natália Crivellaro Couto


Disciplina: Geografia
Turma: 2º ano do Ensino Médio
Trimestre: 2º trimestre
Tema: Relações entre trabalhador e empregador nos períodos de Industrialização, Urbanização e Expropriação de
terras e Modernização do Campo.
Período de realização: 4 aulas de 50 minutos (de preferência geminadas)

Objetivos  Desenvolver e aperfeiçoar as noções de escala a partir dos exemplos Europa, Brasil e
(AQUILO QUE O ALUNO Unidades Federativas;
PRECISA APRENDER)  Saber destrinchar os trechos do Capitulo XXIV d’O Capital percebendo que “traduzindo” fala-
se sobre relações trabalhistas do próprio cotidiano
 Reconhecer e extrair dos trechos, justificativas que podem ajudar a explicar os conceitos
vistos anteriormente.
 Fixar os conhecimentos adquiridos anteriormente

Conteúdos Será retomado os conceitos que o aluno aprendeu em aulas anteriores como industrialização e
urbanização brasileira, mas também retomando esses acontecimentos em escala global que foi
(AQUILO QUE SERÁ
estudada no 1º ano do ensino médio. Tais conceitos são: industrialização, Urbanização e
ENSINADO PARA O Expropriação e Modernização do Campo. Será salientado as diferenças entre esses processos na
ALUNO) Europa e no Brasil, mas também as características comum aos dois.
Nas duas primeiras aulas, nos 15 minutos iniciais, será feito uma breve retomada dos termos
industrialização, urbanização, expropriação de terras e modernização do campo para os alunos
relembrarem. Também será estimulado a participação deles aconselhando que olhem as anotações
do caderno, livro didático e até mesmo consultem o celular, caso a escola em questão permita.

Passado esse primeiro momento será entregue para eles as cópias do capítulo XXIV d’O Capital de
Karl Marx (explicar brevemente quem ele foi) e o(a) professor(a) indicará quais frases em quais
paginas estão grifadas e juntos farão uma espécie de tradução para melhor entendimento dos
alunos. Podem ser utilizados dicionários para saber significado de alguns termos, ou pesquisar no
celular, caso a escola permita o uso do mesmo. O professor também deverá estar atento ao
significado de alguns termos que possa surgir para contextualizar da melhor forma.

A partir dos trechos selecionados pelo(a) professor(a) e após entendimento pelos alunos sobre o que
está escrito, será debatido sobre as relações trabalhistas por vezes respaldadas por um governo
tirano e que abusa do poder para que tais relações estivessem dentro da legalidade. Abaixo segue
os trechos trabalhados:

“Assim, o povo do campo, tendo sua base fundiária expropriada à força e dela sendo expulso e
transformado em vagabundos, foi enquadrado por leis grotescas e terroristas numa disciplina
necessária ao sistema de trabalho assalariado, por meio do acoite, do ferro em brasa e da tortura.”
Metodologia (p.358).
(DESCREVER COMO
SERÁ DESENVOLVIDO “No século XVI, como se sabe, piorou muito a situação dos trabalhadores. O salário monetário subiu,
mas não em proporção à depreciação do dinheiro e à correspondente elevação dos preços das
O TRABALHO)
mercadorias. O salário, portanto, caiu de fato.” (p.360).

“A revolução agrícola, no último terço do século XV, que prossegue por quase todo o século XVI (com
exceção de suas últimas décadas) enriqueceu o arrendatário com a mesma rapidez com que
empobreceu o povo do campo.” (p.364).

“A intermitente e sempre renovada expropriação e expulsão do povo do campo, como foi visto, forneceu
à indústria urbana mais e mais massas de proletários, situados totalmente fora das relações
corporativas [...]” (p.365).

“Apesar do número reduzido de seus cultivadores, o solo proporcionava, depois como antes, tanta ou
mais produção, porque a revolução nas relações de propriedade fundiária foi acompanhada por
métodos melhorados de cultura, maior cooperação, concentração dos meios de produção etc., e porque
os assalariados agrícolas não apenas foram obrigados a trabalhar mais intensamente, mas também o
campo de produção, sobre o qual trabalhavam para si mesmos, se contraía mais e mais. Com a
liberação de parte do povo do campo, os alimentos que este consumia anteriormente também são
liberados. Eles se transformam agora em elemento material do capital variável.”(p.365).

“De fato, os acontecimentos que transformam os pequenos camponeses em trabalhadores


assalariados, e seus meios de subsistência
e de trabalho em elementos materiais do capital, criam, ao mesmo tempo, para este último seu
mercado interno. “(p.367).

“Antes, a família camponesa produzia e processava os meios de subsistência e as matérias primas que
depois, em sua maior parte, ela mesma consumia. Essas matérias-primas e esses meios de
subsistência tornaram-se agora mercadorias o grande arrendatário as vende e nas manufaturas
encontra ele seu mercado.” (p.367).

“A violência é a parteira de toda velha sociedade que está prenhe de uma nova. Ela mesma é uma
potência econômica.” (p.370)

“Com a diminuição constante do número dos magnatas do capital, os quais usurpam e monopolizam
todas as vantagens desse processo de transformação, aumenta a extensão da miséria, da opressão,
da servidão, da degeneração, da exploração, mas também a revolta da classe trabalhadora, sempre
numerosa, educada, unida e organizada pelo próprio mecanismo do processo de produção
capitalista.”(p.381).

Ao fim dessa aula o(a) professor(a) pedirá aos alunos para entrevistarem familiares e conhecidos a
cerca desses processos que estudamos e relembramos e trazerem na próxima aula para debatermos
mais a fundo as particularidades ou igualdades entre os processos europeu e brasileiro.

Nas próximas duas aulas os alunos trarão as entrevistas para compartilhar com os demais. Espera-se
que com elas consiga retratar como se deu essas relações no Brasil mostrando o quão perto das
vivências dos estudantes elas estão. Será montado um círculo e cada um, quem se sentir a vontade,
irá ler seu relato para ser debatido pela turma. O(a) professor(a) será o mediador do debate e tirará
dúvidas ou usará outros exemplos para que fique destacado como se deu as relações na
industrialização, urbanização, êxodo rural, expropriação de terras, revolução agrícola e movimentos
migratórios no Brasil.
Como a própria aula será utilizada para exemplificação e melhor contextualização de assuntos
estudados, ela própria poderá ser um instrumento de avaliação feito pelo professor notificando se os
alunos conseguiram alcançar uma melhora a respeito dos conteúdos estudados.
Sugere-se que o professor peça aos alunos que entrevistem algum familiar ou conhecido a respeito
Avaliação de vivências sobre industrialização, urbanização, êxodo rural, expropriação de terras, revolução
(PROCEDIMENTO agrícola e movimentos migratórios seja de um país, estado ou cidade para outro(a). Essas
DIAGNÓSTICO) entrevistas serão compartilhadas com os alunos na próxima aula para retratar como se deu essas
relações no Brasil e também para exemplificar uma realidade mais comum aos estudantes.
Observação: Essa sequencia didática também poderá ser utilizada próxima ao ENEM das turmas
finalistas a fim de relembrar e reforçar os estudos.

Livro didático
Recursos Didáticos Xerox do Capítulo XIV d’O Capital
Dicionários
(MATERIAIS, XEROX,
Quadro Branco e Pincel Atômico
MULTIMÍDIAS, ETC)

MARX, K. A assim chamada acumulação primitiva (excerto). In: O Capital – crítica à Economia
Política. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 1996, p. 339 - 381
Referências
Bibliográficas

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