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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..........................................................................................................pág 02
HISTÓRIA
Planejamento 1: República, símbolos e contexto ............................................. pág 03
Planejamento 2: A representação negra na república e seus reflexos na
atualidade .................................................................................................... pág 12
Planejamento 3: Processos de Urbanização e Modernização da Sociedade
Brasileira ...................................................................................................... pág 18
Planejamento 4: O Papel do Trabalhismo como Força Política, Social e Cultural
no Brasil ...................................................................................................... pág 22
Planejamento 5: Indígenas, política e contexto ............................................... pág 27
Planejamento 6: A Primeira Guerra Mundial – contexto, texto e pesquisa ......... pág 32
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MATERIAL PARA O ESTUDANTE ........................................................................pág 41
APRESENTAÇÃO..........................................................................................................pág 42
HISTÓRIA
Atividade 1: República, símbolos e contexto ................................................... pág 43
Atividade 2: A representação negra na república e seus reflexos na
atualidade .................................................................................................... pág 45
Atividade 3: Processos de Urbanização e Modernização da Sociedade
Brasileira ...................................................................................................... pág 50
Atividade 4: O Papel do Trabalhismo como Força Política, Social e Cultural
no Brasil ...................................................................................................... pág 52
Atividade 5: Indígenas, política e contexto ...................................................... pág 54
Atividade 6: A Primeira Guerra Mundial – contexto, texto e pesquisa ................ pág 56
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4
Prezado(a) Professor(a),
No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno
com muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já
previsto em seu planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os
Planos de Curso 2024, que foram elaborados a partir das competências e habilidades
estabelecidas na BNCC e no CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as
unidades escolares da rede pública de Minas Gerais. Aborda os diversos componentes
curriculares e para facilitar a leitura e manuseio foi organizado de forma linear. Contudo
ao implementá-lo em sala de aula, você poderá recorrer aos planejamentos de forma
não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas dos estudantes. É preciso
atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos, ou seja, aqueles que
foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser retomados com os
estudantes para a construção do novo conhecimento em questão.
1
CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999.
2
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA
REFERÊNCIA
2024
UNIDADE TEMÁTICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: República, símbolos e contexto.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), a habilidade EF09HI01X permite trabalhar o conceito de República bem como as
características que a consolidaram no Brasil. Com este planejamento, propõe-se o exercício de
desenvolver conjuntamente a habilidade EF09HI02, pois ela oportuniza a investigação dos
elementos da história local ou regional que permitam relacionar com aspectos da República
brasileira do período: instalações urbanas da primeira metade do século XX (estação ferroviária,
escola, prefeitura, farmácia, etc.), nomes de ruas e praças que rememoram personagens ou
fatos republicanos, famílias tradicionais e sua relação com o poder local e regional, moradores
parentes de pessoas que participaram de revoltas urbanas ou movimentos sociais (cangaço,
messianismo, etc.), bem como relatos orais de idosos sobre fatos ou personagens da história
republicana.
Para desenvolver as habilidades mencionadas, explore as seguintes conexões:
− Analisar como a emergência da República no Brasil foi influenciada por fatores sociais,
como as tensões entre a elite agrária e a classe trabalhadora e a busca por maior
participação política, contextualizar o movimento abolicionista e a luta pela libertação dos
escravos como parte dos movimentos contestatórios que contribuíram para a emergência
da República e para
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a construção da identidade nacional e discutir as desigualdades econômicas e sociais que
persistiram após a Proclamação da República, ressaltando como a concentração de poder
e riqueza nas mãos das elites aprofundou a disparidade entre elas e a população pobre e
explorar os diferentes ciclos da história republicana no Brasil, como a República Velha, o
Estado Novo e a República Populista, destacando suas características políticas, econômicas
e sociais.
− Investigar as particularidades da história local e regional durante esses ciclos, analisando
como as decisões políticas e econômicas tomadas em nível nacional afetaram diferentes
regiões do país de maneiras distintas.
− Analisar os eventos e movimentos sociais que marcaram cada ciclo da história republicana,
como a Revolução de 1930 e o movimento tenentista, buscando compreender suas causas
e consequências históricas.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Sugere-se iniciar a aula com uma atividade de sensibilização para os estudantes. Peça que os
estudantes observem as imagens abaixo:
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Professor(a), faça a análise da imagem acima com os estudantes a partir de questões como: Você
conhece essa imagem? O que mais chamou sua atenção nela? Quais informações ela traz? Você
imagina os motivos da criação dessa imagem? Consegue estabelecer laços com quais períodos
da história do Brasil?
Em seguida, apresente as bandeiras do império e da bandeira da república.
2º MOMENTO
Imagem 2 - Bandeira Imperial do Brasil: a primeira do Imagem 3 - Bandeira provisória da República durou
país independente apenas quatro dias
Professor(a), sugere-se que você problematize junto aos estudantes as simbologias contidas nas
bandeiras, explique que elas foram produzidas com intuito de despertar um sentimento de
pertencimento. Apresente aos estudantes uma versão curta da história das bandeiras. A bandeira
do Império brasileiro foi substituída pela bandeira republicana em 19 de novembro de 1889, por
meio do Decreto no 4, de autoria do presidente Deodoro da Fonseca
Em seguida, oriente os estudantes que reflitam sobre as seguintes questões: Qual seria a função
das bandeiras nacionais para a construção da identidade de um país? Por que foi importante,
após a Proclamação da República, em 1889, criar uma bandeira? Por que demorou para a nova
bandeira ser aceita pelo povo brasileiro?
3º MOMENTO
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Professor(a), nesta atividade de sensibilização, apresente aos estudantes a obra “A pátria”. Em
seguida, façam uma leitura compartilhada do trecho do texto de Isabel Sanson Portella – A Pátria
Pedro Bruno, 1919. Provoque os estudantes a associarem os elementos que constituem essa
pintura com a simbologia das bandeiras apresentadas anteriormente.
Imagem 4 - A Pátria
4º MOMENTO
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Análise da obra - A PÁTRIA PEDRO BRUNO (1919)
Numa temática extremamente simbólica, Pedro Bruno utilizou-se de vários artifícios da
pintura para a elaboração dessa tela que hoje se encontra numa das paredes do salão
Ministerial do Museu da República. Todos os que observam a obra, mesmo os menos
iniciados apreciadores de arte, não podem deixar de se impressionar. Percebe-se, em um
primeiro momento, a construção de uma cena familiar. A confecção da primeira Bandeira da
República remete à construção de uma nova Nação. Rica em detalhes, a tela é invadida por
uma luz intensa, que ilumina a criança com a bandeira, figura central do quadro. A cena,
formada principalmente por mulheres, nos traz à mente Marianne, o símbolo feminino da
Revolução Francesa. Contrastando com áreas de sombra, a iluminação utilizada coloca em
evidência a mãe que alimenta o bebê (este representando a República que nasce), as várias
crianças, as distintas gerações que formam uma nação onde todos se empenham em
oferecer contribuições. Quase dissolvido nas sombras, o velho representa o passado.
Pedro Bruno, em sua obra, não poderia deixar de mencionar as figuras de heróis e
mártires, símbolos da luta pela sobrevivência da Nação brasileira, representados ao fundo
da tela: Tiradentes, Marechal Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant.
Tiradentes aparece em seu derradeiro momento, de camisolão e com a forca ao lado;
Marechal Deodoro da Fonseca num típico retrato oficial e Benjamin Constant trajando a
farda que usou na Guerra com o Paraguai.
O esplendor e o fausto da época do império cedem espaço à simplicidade do ambiente da
casa popular brasileira. A esteira de palha onde repousa o bebê e as damas (filhas e esposa
de Benjamin Constant) sentadas ao chão, costurando, expressam o ideal de uma nação que
se constrói sobre bases mais sólidas e realistas.
Fonte: (Portella, 2015)
Após realizada a análise comparativa das fontes sugeridas, espera-se que os estudantes
compreendam a importância da criação de símbolos de pertencimento para as nações modernas.
5º MOMENTO
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República: 4 pontos para entender o conceito!
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6º MOMENTO
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os limites da Constituição de 1891, que impedia o voto das mulheres, dos analfabetos, mendigos,
soldados e membros de ordens religiosas. Retome o texto trabalhado acima “República: 4 pontos
para entender o conceito!”, reafirmando a ideia de que nem sempre uma República é
democrática.
Solicite que os estudantes produzam uma síntese dos conceitos discutidos na aula.
7º MOMENTO
Professor(a), inicie a aula indagando os estudantes sobre o que eles pensam da obrigatoriedade
do voto. Solicite a abertura de uma roda de conversa, na qual sejam apontadas questões como:
1 - Vocês sabem dizer o nome de alguns representantes políticos atuais (vereadores, senadores,
deputados estaduais e federais)?
2 - Indague sobre a função de cada um deles e a duração dos mandatos.
Em seguida, esclareça que nas eleições atuais o voto é secreto, mas que nem sempre foi assim.
Esse foi um processo instituído em 1932. Solicite que os estudantes se dividam em grupos para
análise das fontes baixo:
República e o Coronelismo
A república foi proclamada em 1889 e não contou com a participação popular e não garantiu
melhorias no que tange os direitos sociais. A república velha foi marcada por um sistema
político dominado pelas oligarquias estaduais, que só buscavam a manutenção dos interesses
econômicos e políticos dos estados (São Paulo e Minas Gerais). Além disso, a constituição
de 1891 marginalizou o voto de mulheres, homens com idade inferior a 21 anos, analfabetos,
mendigos, soldados e membros de ordens religiosas agregadas de fraudes nos sistemas
eleitorais. Dando origem a uma política que dependia da figura dos coronéis para arrebanhar
votos para os candidatos que possuíam apoio do governo estadual ou mesmo federal. Esse
arrebanhamento se dava por meio de intimidação, coação e é necessário esclarecer que o
voto durante a República Velha não era secreto, o que permitia um maior controle dos
coronéis sobre as votações. A partir do aliciamento de votos, os coronéis garantiam uma
série de favores que poderiam ampliar seu controle político e/ou econômico local, mas que
também poderiam incluir favores simples como um par de sapatos, uma vaga no hospital ou
uma dentadura.
Fonte: (Texto escrito para esse material por Glenda Aparecida Martins.2023)
Professor(a), analise com os estudantes a charge e elaborem uma explicação para o que ocorre
nela a partir da leitura do texto “A República e o Coronelismo”, podendo então interpretar que a
ilustração é uma crítica ao voto de cabresto. O texto aponta que a Proclamação da República não
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significou uma participação popular efetiva, nem mesmo ganhos de direitos sociais. A imagem
apresenta essa fraude habitual das eleições, na qual um coronel, em companhia de seu jagunço,
orienta em qual político o representante do povo deve votar.
Procure chamar a atenção para que os estudantes entendam, por meio do texto e da charge, a
relação entre as personagens representadas. É importante situar a figura do Coronel, do jagunço
e do representante do povo nessa eleição. Peça que respondam aos questionamentos: Com o
auxílio do texto “A República e o Coronelismo”, elaborem uma explicação para o que ocorre na
imagem. Qual é o tema da charge? O que o autor quis representar? Segundo o texto, quem
poderia votar na Primeira República? Como essa limitação ao direito do sufrágio causou a
manutenção de privilégio e modelos político e econômico e a exclusão de grande parte da
população.
Com o intuito de trazer a discussão histórica para atualidade, após a análise das fontes sugeridas,
proponha que os estudantes façam a leitura compartilhada da reportagem “Entenda a polêmica
em torno da PEC do voto impresso”. Leia o texto de forma compartilhada, realizando intervenções
e questionamentos no auxílio da compreensão dos estudantes. Em seguida, trabalhe com um júri
simulado, em sala de aula, para que os estudantes possam se posicionar, defendendo as ideias
de que se opõem ao uso do voto impresso e um outro grupo que defenda a forma como as
eleições são realizadas no Brasil.
Professor(a), a partir do diálogo construído em cima dos materiais apresentados, conduza
perguntas mobilizadoras para que a turma possa desenvolver as argumentações como “por que
o voto em papel é seguro e o das urnas eletrônicas não? “Por que existem países que ainda
utilizam o voto em cédulas? “O coronelismo é uma prática que pode voltar a ser utilizada para
influenciar as eleições na atualidade”? Lembre-se que as metodologias ativas são estratégias
que oportunizam ao estudante o protagonismo no processo de aprendizagem. Na proposição da
atividade - júri simulado, o estudante é estimulado a promover a reflexão crítica sobre um tema,
aprimorar a capacidade argumentativa, trabalhar em grupo, organizar ideias e resolver
problemas, desenvolver a habilidade de expressão verbal e refletir sobre os conteúdos.
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UNIDADE TEMÁTICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A representação negra na república e seus reflexos na atualidade.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), destaque que a população negra não permaneceu passiva e distante da vida
nacional, esperando concessões do governo. É importante ressaltar que a abolição da escravidão
não ocorreu devido à generosidade da Princesa Isabel, mas foi resultado de intensos movimentos
sociais nos quais escravos, libertos e pessoas livres de diversas origens étnicas participaram
ativamente.
Para que os estudantes compreendam plenamente essa questão, é necessário que eles entendam
que a mudança do status de escravo para homem livre não alterou a mentalidade social que
perpetuava a inferioridade do negro, nem apagou o legado da escravidão. É fundamental
contextualizar o processo de abolição e o surgimento da República no contexto das teorias
racialistas, do discurso da inferioridade racial e do ideal de branqueamento, que eram vistos como
projetos nacionais. A partir dessa contextualização, pode-se inferir a construção do mito da
democracia racial, que contribuiu ainda mais para a exclusão das populações negras.
Além disso, é possível estabelecer uma conexão entre a situação de pobreza e abandono
enfrentada pela maioria da população negra nas cidades e as revoltas populares ocorridas nesse
período. Essas revoltas foram manifestações legítimas de uma população marginalizada que
lutava por melhores condições de vida e por igualdade de direitos.
Ao abordar a participação da população negra durante a primeira metade do século XX, é
importante destacar a luta contra o racismo e a discriminação racial, bem como as conquistas e
avanços alcançados. É fundamental ressaltar a atuação de líderes e movimentos negros, como a
Frente Negra Brasileira e a luta por direitos civis, como o acesso à educação, ao trabalho e à
representatividade política.
Em suma, abordar essas diferentes perspectivas permitirá aos estudantes compreenderem a
complexidade da história da população negra no Brasil, reconhecendo sua resistência, lutas e
contribuições para a sociedade, ao mesmo tempo em que se confrontam com as injustiças
históricas e as desigualdades presentes.
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B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
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Ao analisar a letra do hino da Proclamação da República peça aos estudantes que procurem o
significado das palavras grifadas, e analisem a estrofe em negrito procurando estabelecer
conexões entre o contexto da Proclamação da República 1889 e o contexto de abolição da
escravatura pela Lei Áurea (Lei 3.353 de 13 de maio de 1888). Procure destacar que, embora a
lei tenha concedido liberdade às pessoas em situação de escravidão no Brasil, essa lei não
assegurou nenhum direito para a população cativa nem integração social.
2º MOMENTO
Professor(a), analise com os estudantes o contexto social que desembocou na vigência da Lei
Áurea (Lei 3.353 de 13 de maio de 1888). Dê destaque para pontos importantes como, os
principais motivos que levaram à abolição, quais foram as condições sociais, econômicas e
culturais que a população escravizada obteve com a abolição da escravatura no Brasil.
Em seguida, apresente o documento abaixo, no qual a Lei N.3353 é publicada em jornal –
principal veículo de comunicação na época. Solicite que os estudantes reflitam sobre essa forma
de comunicação. Será que a população escravizada sabia ler? Será que a publicação da Lei N.
3353 garantia à população liberta a plena cidadania? A situação mudou no período de sanção da
lei até o evento da república em 1889?
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Imagem 1 - Brasil Livre: extinção da escravidão
É importante que os estudantes percebam que, após abolição (13 maio de 1888), não houve uma
preocupação ou movimentos de integração para a população negra à sociedade brasileira, ou
seja, a liberdade não foi acompanhada, minimamente, com condições sociais que ajudasse a
população a exercer a cidadania. Além disso, houve por parte do governo, um incentivo para a
vinda de imigrantes europeus para o Brasil, o que agravou a situação da população recém liberta,
que não foi orientada a integrar a nova sociedade, baseada no trabalho assalariado, gerando
segregação e os empurrando às periferias. Por trás disso, havia um projeto de modernização
conservadora que não tocou no regime do latifúndio e acentuou o racismo como forma de
discriminação.
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3º MOMENTO
Dialogue com os estudantes sobre a acelerada transformação que o Brasil sofreu nas últimas três
décadas do século XIX. O desenvolvimento da cafeicultura vinha ganhando protagonismo
econômico desde 1840. O setor exportador estava se tornando o polo da economia, constituindo-
se no principal elo do País com o mercado mundial. E nesse contexto é de fundamental
importância que os estudantes percebam que a população negra não foi integrada aos conceitos
de trabalho assalariado, mão-de-obra livre. Questione os estudantes: quais as relações de
trabalho foram produzidas nesse contexto? Quais os sujeitos históricos desse processo?
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4º MOMENTO
Em uma roda de conversa, os grupos devem compartilhar os relatos produzidos na aula anterior.
Avalie as inconsistências possíveis, chamando atenção para o contexto histórico estudado.
Saliente possíveis anacronismos. Faça conexões entre os relatos, demarcando os possíveis
trabalhos e formas de vida dessa senhora.
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UNIDADE TEMÁTICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Processos de Urbanização e Modernização da Sociedade Brasileira.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), ao abordar a habilidade, é importante considerar alguns pontos-chave. Essa
habilidade permite aos estudantes compreenderem a dinâmica das transformações urbanas e
refletirem sobre suas consequências sociais, econômicas e ambientais. Aqui, você pode destacar
a história de uma capital ou da cidade em que vive o estudante, mapeando as reformas e
transformações pelas quais ela passou (abertura de ruas e avenidas, praças, calçamentos, rede
de luz, telefone, agência de correios e telégrafo, salas de cinema, entre outros) e identificando
que grupo social era beneficiado pela política modernizadora e a contradição entre urbanização
e expansão da pobreza e do subemprego.
À essa habilidade é importante destacar eventos-chave que contribuíram para essas
transformações. Dois exemplos significativos: a reforma de Pereira Passos e a política de
valorização do café.
A reforma de Pereira Passos, também conhecida como "bota-abaixo", foi um importante marco
na modernização urbana do Rio de Janeiro no início do século XX. Durante o mandato de Pereira
Passos como prefeito da cidade (1902-1906), foram implementadas medidas radicais para
transformar o Rio de Janeiro em uma metrópole moderna e cosmopolita. Essas medidas incluíram
a demolição de cortiços e favelas, a abertura de avenidas largas, a construção de palacetes e a
remodelação do porto da cidade. A reforma teve como objetivo tornar o Rio de Janeiro uma
vitrine do progresso e da modernidade, mas também resultou na remoção forçada de milhares
de pessoas, especialmente das camadas mais pobres da população, gerando desigualdades
sociais e problemas de habitação.
Outro acontecimento importante para entender a modernização da sociedade brasileira foi a
política de valorização do café. Durante o período conhecido como "Economia Cafeeira" (final do
século XIX até meados do século XX), o Brasil tornou-se o maior produtor e exportador de café
do mundo. Para impulsionar a produção e os lucros do café, o governo brasileiro implementou
políticas de incentivo, como a construção de estradas de ferro, o estabelecimento de linhas de
crédito e a imigração de mão de obra europeia. Essas medidas contribuíram para o
desenvolvimento de importantes centros urbanos, como São Paulo, Campinas e Santos, e para a
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modernização das infraestruturas, como ferrovias e portos. No entanto, a dependência econômica
do café gerou desigualdades sociais e regionais, além de problemas ambientais, como o
desmatamento em larga escala.
Ao apresentar esses acontecimentos é importante ressaltar que eles são apenas exemplos, e que
há muitos outros eventos e processos que contribuíram para a modernização da sociedade
brasileira. Incentive os estudantes a explorarem outros momentos históricos relevantes para a
região em que vivem, como a industrialização, a implementação de políticas públicas de
desenvolvimento urbano, as migrações internas e externas, entre outros. Essa compreensão do
contexto histórico permitirá uma análise mais completa e crítica dos processos de modernização
e de seus impactos na sociedade brasileira.
Lembre-se de adaptar essas sugestões à realidade da sua região e ao nível de ensino dos
estudantes. Estimule-os a usar diferentes fontes de pesquisa, como documentos históricos,
estatísticas, entrevistas com moradores locais e visitas a locais relevantes. Ao explorar os
processos de urbanização e modernização e seus impactos na região, os estudantes serão
capazes de desenvolver uma consciência crítica sobre a realidade em que vivem e contribuir para
o debate sobre o desenvolvimento urbano sustentável e socialmente justo.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
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URBANIZAÇÃO MODERNIZAÇÃO
2º MOMENTO
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Solicite aos grupos que leiam e discutam os textos, identificando as contradições e impactos
desses processos na sociedade brasileira. Cada grupo deve produzir um mapa mental e
apresentá-lo aos demais colegas.
Em seguida, apresente reflexões sobre o processo de modernização em Minas Gerais, discuta
como a modificação do espaço contribui ativamente nas dinâmicas sociais em suas inúmeras
esferas, mudanças e permanências, capacidades de atração e repulsão, e como através delas
houve suporte para a configuração da lógica das trocas em diferentes contextos. Aponte para o
processo no qual a vocação agropecuária de Minas Gerais foi superada por uma industrialização
originária de uma articulação política e econômica iniciada pelos inconfidentes, ao final do século
XVIII, e consolidada apenas a partir da segunda metade do século XX.
2º MOMENTO
21
UNIDADE TEMÁTICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
O período varguista e suas (EF09HI06) Identificar e discutir o papel do trabalhismo como
contradições. força política, social e cultural no Brasil, em diferentes escalas
A emergência da vida urbana
(nacional, regional, cidade, comunidade).
e a segregação espacial.
O trabalhismo e seu
protagonismo político.
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: O Papel do Trabalhismo como Força Política, Social e Cultural no Brasil.
A) APRESENTAÇÃO:
Para o desenvolvimento da habilidade você pode sugerir fontes diversas, sobre o movimento
operário na Primeira República e o trabalhismo na Era Vargas. Há oportunidade, também, para
refletir as relações no campo onde foi mantida a dominação dos coronéis sobre os trabalhadores
rurais (excluídos das leis trabalhistas). Pode-se, ainda, relacionar a implantação das leis
trabalhistas da Era Vargas com a recente reforma da CLT (2017), considerando seus contextos
históricos, interesses envolvidos, perdas e ganhos.
Durante a Primeira República (1889-1930), ocorreu o fortalecimento do movimento operário no
Brasil. Os trabalhadores urbanos organizaram-se em sindicatos e associações para lutar por
melhores condições de trabalho, salários e direitos. Esse movimento foi marcado por greves e
manifestações, sendo um dos principais exemplos a Greve Geral de 1917 em São Paulo. Essa
mobilização operária contribuiu para a formação de uma consciência de classe e abriu espaço
para a ascensão do trabalhismo como força política.
Ressalte que durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1945; 1951-1954), o trabalhismo se
consolidou como uma força política importante. Vargas implementou uma série de medidas que
beneficiaram os trabalhadores urbanos, como a criação da legislação trabalhista, que introduziu
direitos como a jornada de trabalho de oito horas, férias remuneradas e a criação da Justiça do
Trabalho. Além disso, Vargas também criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, com
o objetivo de regulamentar as relações de trabalho. No contexto da Era Vargas, é importante
destacar que as leis trabalhistas não foram aplicadas de forma efetiva no campo. Os trabalhadores
rurais, muitos dos quais eram submetidos ao poder dos chamados coronéis, não foram incluídos
nas proteções trabalhistas, permanecendo excluídos desses direitos. Essa exclusão aprofundou
as desigualdades sociais no campo e perpetuou a dominação dos coronéis sobre os trabalhadores
rurais.
Para alinhar o estudo à realidade do estudante, explique que a consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), em 2017, trouxe mudanças significativas nas relações trabalhistas no Brasil. É importante
relacionar essa reforma com o contexto histórico, considerando os interesses envolvidos. A
reforma foi implementada durante um período de crise econômica e política no país, com
22
argumentos de flexibilização das leis trabalhistas para estimular a geração de empregos. No
entanto, críticos da reforma apontam que ela pode precarizar as condições de trabalho e
enfraquecer os direitos trabalhistas conquistados ao longo dos anos.
Ao explorar esses aspectos históricos, os estudantes terão a oportunidade de compreender a
importância do trabalhismo como força política, social e cultural no Brasil, em diferentes escalas.
Além disso, poderão refletir sobre as relações no campo, a dominação dos coronéis sobre os
trabalhadores rurais e as implicações da reforma da CLT no contexto histórico atual.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
2º MOMENTO
23
Trabalhismo:
Analise o conceito acima destacando seus principais pontos e esclarecendo-os aos estudantes:
Explique que, no Brasil, a primeira legislação trabalhista foi criada em 1934 pelo Decreto-Lei nº
5. 452, de 1º de maio de 1943, no governo de Getúlio Vargas, garantindo aos trabalhadores
direitos básicos, como salário-mínimo, jornada de trabalho como conhecemos hoje, de 8 horas
diárias, férias e liberdade sindical. Também tiveram perdas. A principal perda sofrida pelos
trabalhadores foi o fim da Liberdade dos sindicatos. Para atuar legalmente, os sindicatos deveriam
ser reconhecidos oficialmente pelo Ministério do trabalho, que podia fiscalizar sua atividade, e,
inclusive, destituir a diretoria, além disso os sindicatos foram proibidos de fazer propaganda
política.
3º MOMENTO
Professor(a), divida a turma em grupos e distribua cópias do texto abaixo. Façam uma leitura
compartilhada e solicite aos grupos que leiam e discutam o texto, identificando o papel do
trabalhismo no contexto apresentado pelo texto.
A Consolidação das Leis Trabalhistas na Era Vargas foi uma das principais ações político-sociais
tomadas após o período da República Velha (1889-1930).
"Getúlio Vargas foi o governante que fez da política trabalhista uma forma de controle social e
política. Inspirado no modelo fascista italiano, Vargas procurou controlar a massa de
24
trabalhadores urbanos, sobretudo aqueles ligados à então crescente industrialização do país,
por meio da legislação trabalhista, como a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho – ou das
Leis Trabalhistas), decretada em 1º de maio de 1943.
Uma das principais características da Era Vargas (1930-1945) foi a promoção de transformações
estruturais no setor econômico, com o investimento em indústrias de base, como a siderúrgica,
a metalúrgica e o setor de energias. Como medida político-social para acompanhar essa
característica no âmbito econômico, Vargas priorizou a questão da legislação relativa ao
trabalho. O objetivo era duplo, como demonstram as historiadoras Heloisa Starling e Lilia
Schwarcz:
25
dos métodos e processos de trabalho, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais,
estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
Vale ressaltar que outras medidas o Estado Novo passou a implementar a fim de reforçar o
controle sobre a massa de trabalhadores. Entre essas medidas, estavam as grandes
comemorações do Dia do Trabalho, em 1º de maio – mesmo dia do decreto-lei da CLT – e a
exaltação do regime varguista por meio do rádio e do cinema."
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UNIDADE TEMÁTICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Indígenas, política e contexto.
A) APRESENTAÇÃO:
Ao problematizar a formação da sociedade brasileira, é fundamental abordar aspectos como o
questionamento sobre a existência de um brasileiro típico, pois nos leva a refletir sobre a
diversidade cultural e étnica que permeia o país. Não há um único tipo de brasileiro, pois somos
uma nação formada por uma multiplicidade de povos, culturas, etnias e histórias. Quando
falamos sobre características físicas e culturais, tipicamente brasileiras, é importante ressaltar a
variabilidade e a complexidade desse aspecto. A miscigenação entre diferentes grupos étnicos,
como indígenas, africanos, europeus e asiáticos, ao longo da história, resultou em uma rica
diversidade física e cultural no Brasil. É nessa diversidade que encontramos a essência do povo
brasileiro.
É fundamental desconstruir estereótipos e preconceitos que possam surgir ao pensar em um
brasileiro típico. A valorização do que nos diferencia, é uma perspectiva importante a ser
considerada. Reconhecer e respeitar as diferenças culturais, étnicas, religiosas e sociais é crucial
para construir uma sociedade mais inclusiva e justa.
A abordagem histórica também deve levar em consideração as transformações na concepção de
nacionalidade ao longo do tempo. O discurso da mistura predominou até a década de 1970,
enfatizando a miscigenação como elemento central na formação da sociedade brasileira. No
entanto, é importante ressaltar que essa visão muitas vezes foi marcada por hierarquias raciais,
com o branco sendo colocado como protagonista e o indígena e o negro como coadjuvantes.
27
Atualmente, a ideia de nacionalidade evoluiu para uma perspectiva que valoriza as diferenças e
reconhece a diversidade étnica e cultural do Brasil. A compreensão de que somos uma nação
multirracial e pluriétnica é fundamental para promover o respeito mútuo e combater preconceitos.
Nesse contexto, é importante estimular o diálogo e a reflexão sobre as diferenças, sem medo ou
preconceito, buscando uma sociedade mais inclusiva e igualitária. Discutir as desigualdades
sociais e as formas de opressão presentes em nossa sociedade também é essencial para promover
uma transformação positiva.
Ao enriquecer a abordagem da aula com esses aspectos, os estudantes terão a oportunidade de
compreender melhor a formação da sociedade brasileira, a diversidade cultural e étnica, e a
importância de valorizar e respeitar as diferenças como elementos fundamentais para a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
28
Trechos- Discurso da Ministra de Estado dos Povos Indígenas do Brasil - Sonia
Guajajara
(...)Quero saudar de forma especial, todas as lideranças indígenas, que com muito esforço
chegaram aqui, e dedico este momento a todos os povos indígenas do Brasil (...)Agradeço a
presença da primeira Dama, nossa querida Janja e do nosso ilustre presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o qual parabenizo pela coragem e ousadia de reconhecer a força e o papel dos povos
indígenas, neste momento em que é tão importante o reconhecimento deste protagonismo dos
povos indígenas frente a preservação do meio ambiente e justiça climática, ao criar este
Ministério inédito na história do Brasil. Povos esses, que resistem há mais de 500 anos, a diários
ataques covardes e violentos, tão chocantes e aterrorizantes como vimos neste último Domingo
aqui em Brasília, porém sempre menos visibilizados. A partir de agora, essa invisibilidade não
pode mais nos camuflar a nossa. (...)população do Estado de São Paulo que, pelas urnas, me
elegeram Deputada Federal, afirmando a todos os brasileiros e brasileiras, que uma mulher
indígena é plenamente capaz de contribuir com a reconstrução da democracia neste país.
(...)talvez nem todas as pessoas que estão me ouvindo saibam que a existência dos povos
indígenas do Brasil é cercada por uma leitura extremamente distorcida da realidade. Ou nos
romantizam, ou nos demonizam. Nós não somos o que, infelizmente, muitos livros de História
ainda costumam retratar. Se, por um lado, é verdade que muitos de nós resguardam modos
de vida que estão no imaginário da maioria da população brasileira, por outro, é importante
saberem que nós existimos de muitas e diferentes formas. A invisibilidade secular que impacta
e impactou diretamente as políticas públicas do Estado é fruto do racismo, da desigualdade e
de uma democracia de baixa representatividade, que provocou uma intensa invisibilidade
institucional, política e social, nos colocando na triste paisagem das sub-representações e
subnotificações sociais do país. São séculos de violências e violações e não é mais tolerável
aceitar políticas públicas inadequadas aos corpos, às cosmologias e às compreensões indígenas
sobre o uso da terra.
Fonte: (Uol, 2023)
2º MOMENTO
29
Projete ou distribua os conceitos de inclusão e exclusão social: promova um debate no qual os
estudantes reflitam sobre: Quais são os grupos mais afetados pela exclusão social? Qual é a
importância da inclusão social? Como é o cenário da inclusão social no Brasil?
3º MOMENTO
Solicite a formação de grupos e distribua textos que retratem a história dos povos indígenas nos
contextos republicano e atual. Oriente os estudantes a realizarem a análise dos textos e
observação das imagens e discutam em seus grupos.
Sugere-se a os sites para pesquisa do material:
Política indigenista.
Disponível em: http://antigo.museudoindio.gov.br/educativo/pesquisa-escolar/241-
politica-indigenista.
30
Professor(a), após a leitura, solicite que cada grupo compartilhe com a turma as principais pautas
dos povos indígenas nesse período, destacando suas lutas por reconhecimento, demarcação de
terras, preservação cultural, entre outros.
Registre no quadro as principais pautas mencionadas pelos grupos e promova uma discussão
sobre como essas demandas foram atendidas ou negligenciadas pela sociedade e pelo Estado.
Deixe espaço para perguntas e dúvidas dos estudantes.
Solicite aos estudantes que produzam um texto individual, destacando as principais pautas dos
povos indígenas no contexto republicano, considerando as particularidades regionais e locais.
31
UNIDADE TEMÁTICA:
OBJETO(S) DE
HABILIDADE(S):
CONHECIMENTO:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: A Primeira Guerra Mundial – contexto, texto e pesquisa.
A) APRESENTAÇÃO:
Professor(a), ao contextualizar a habilidade é necessário abordar os seguintes aspectos
históricos:
− Dinâmicas do capitalismo: O capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade
privada dos meios de produção e na busca pelo lucro. Ao longo da história, o capitalismo
passou por diversas fases e dinâmicas, como a Revolução Industrial, que impulsionou o
desenvolvimento das indústrias e o crescimento econômico. No entanto, o capitalismo
também é marcado por crises, como a Grande Depressão de 1929 e a crise financeira de
2008, que evidenciaram as contradições e instabilidades inerentes ao sistema.
− Grandes conflitos mundiais: Os grandes conflitos mundiais, como a Primeira e a Segunda
Guerra Mundial, tiveram forte influência das dinâmicas do capitalismo. A Primeira Guerra
Mundial, por exemplo, foi motivada por disputas imperialistas entre as potências europeias
pelo controle de territórios e mercados. Já a Segunda Guerra Mundial, teve origem em
rivalidades geopolíticas e na ascensão de regimes totalitários, como o nazismo e o
fascismo, que se aproveitaram das crises econômicas para ganhar apoio popular.
− Conflitos vivenciados na Europa: A Europa vivenciou diversos conflitos ao longo do século
XX, relacionados às dinâmicas do capitalismo e aos desafios geopolíticos enfrentados na
região. Além das duas guerras mundiais, a Guerra Fria dividiu a Europa entre os blocos
capitalista e socialista, gerando tensões e conflitos indiretos, como a Guerra da Coreia e a
Guerra do Vietnã. Além disso, a desintegração da União Soviética no início dos anos 1990
também gerou conflitos e instabilidades em países do leste europeu.
Ao abordar esses aspectos históricos, os estudantes terão a oportunidade de compreender sobre
as relações entre as dinâmicas do capitalismo, as crises econômicas, os grandes conflitos
mundiais e os conflitos vivenciados na Europa. Além disso, poderão refletir sobre as
consequências desses eventos históricos, como as transformações sociais, políticas e econômicas
que moldaram o mundo contemporâneo.
Sugere-se que você elabore uma atividade com pesquisa para que o estudante possa explorar os
seguintes conteúdos: invenções e descobertas do período, a Segunda Revolução Industrial, a
Belle Époque, a vida nas grandes cidades europeias, fluxos migratórios europeus para a América,
movimentos nacionalistas e separatistas europeus, entre outros.
32
B) DESENVOLVIMENTO:
1º MOMENTO
Professor(a), faça uma conversa inicial com a turma, verificando os conhecimentos que os/as
estudantes possuem em relação à Primeira Guerra Mundial, introduza questões como:
• Você sabia que a Primeira Guerra era conhecida como a Grande Guerra?
Até aquele momento, era a primeira vez na história que uma guerra envolvia países em várias
partes do mundo. Anos mais tarde, quando ocorreu outra guerra, também mundial, e ainda mais
destrutiva é que surgiram as atuais expressões Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e Segunda
Guerra Mundial (1939-1945).
A Primeira Guerra Mundial foi um divisor de águas na História Ocidental, cujos efeitos perduram
até hoje em termos de territórios, povos e nações, pelas grandes mudanças culturais e nos
padrões sociais, ao colocar milhões de mulheres na força de trabalho, pela ascensão da
hegemonia mundial dos Estados Unidos.
2º MOMENTO
Professor(a), para a realização desta aula, sugere-se o uso da sala de informática. Destaque a
presença dos “impérios” (Áustro-Húngaro, Turco Otomano, Alemão e Russo). Dê um panorama
geral dos contextos político e econômico, vigentes na Europa, na década que antecedeu a
Primeira Guerra. A compreensão do conflito ocorrido entre 1914 e 1918, que marcou a História,
configura-se também como uma relação entre avanço e crise dentro da dinâmica do capitalismo.
Naquele momento, havia uma disputa territorial marcada pelo interesse em matérias-primas, e
não se dava apenas em território europeu, mas estendia-se ao continente africano. Além disso,
diversas áreas do conhecimento haviam se desenvolvido. Identifique elementos do grande avanço
industrial e a repercussão nos hábitos de consumo e culturais ocorridos no período anterior à
guerra, conhecido como Belle Èpoque.
Apresente o Mapa “Comparação da divisão política do Continente Africano em 1880 e 1913”,
tecendo a relação entre a partilha da África e os processos que levaram à primeira Guerra
mundial.
33
Imagem 1 - Comparação da divisão política do Continente Africano em 1880 e 1913
Professor(a), analise o mapa junto aos estudantes sublinhando o avanço da conquista territorial
da África pela Europa. Em seguida, se possível, reproduza o vídeo:
A primeira Guerra Mundial – Parte 1.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eQ70hLd0r5E.
Disponibilize, para os estudantes, endereços nos quais possam buscar mais informações sobre o
trabalho que apresentarão na próxima aula.
Abaixo sugestões de sites para pesquisa:
34
BEZERRA, J. Fases da Primeira Guerra Mundial. Toda Matéria.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/fases-da-primeira-guerra-
mundial/.
Alianças para a Primeira Guerra Mundial. Brasil Escola.
Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/aliancas.htm#:~:text=No%20ano%20de
%201882%2C%20a,quest%C3%B5es%20militares%20ficaram%20pr%C3%A9%
2Destabelecidas.
8 tecnologias inventadas para a guerra que fazem parte do nosso cotidiano. Instituto
de engenharia.
Disponível em: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2018/09/10/8-
tecnologias-inventadas-para-a-guerra-que-fazem-parte-do-nosso-cotidiano/.
Propaganda e a Primeira Guerra Mundial. Brasil Escola.
Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-
ensino/propaganda-primeira-guerra-mundial.htm.
A Primeira Guerra Mundial trouxe uma grande a mudança para as mulheres. Isto E,
2018.
Disponível em: https://istoe.com.br/a-primeira-guerra-mundial-trouxe-uma-
grande-mudanca-para-as-mulheres/.
Consequências da Primeira Guerra Mundial. Politize!
Disponível em: https://www.politize.com.br/consequencias-da-primeira-guerra-
mundial/.
3º MOMENTO
Professor(a), oriente os grupos sobre a forma como farão a apresentação das pesquisas para
seus colegas da turma. Deverá ser de maneira objetiva, clara e criativa, por meio de um vídeo,
um podcast, uma apresentação de slides, um documentário, uma reportagem ou um cartaz com
um mapa conceitual (mesclando ideias e imagens).
1º Organize os grupos, separando-os por estações.
2º Deixe espaço no centro da sala para as apresentações.
3º Cada grupo selecionado para apresentar seu tema deve dirigir-se ao centro da sala. As
apresentações serão feitas de acordo com a proposta de cada grupo e, ao final, os(as)
estudantes que estiverem assistindo podem interagir com o grupo que está expondo o
trabalho, para contribuir e tirar dúvidas.
35
Para finalizar a aula crie um mural expondo as produções realizadas pelos grupos.
4º MOMENTO
Se possível, projete a citação acima, ou a escreva no quadro branco e solicite aos estudantes
que, a partir do texto e dos conhecimentos adquiridos durante as pesquisas e aulas, elaborem
um cartaz, uma frase ou uma charge que demonstre a importância de uma cultura de paz.
36
REFERÊNCIAS
8 tecnologias inventadas para a guerra que fazem parte do nosso cotidiano. Instituto de
engenharia.[s.l.] 2018. Disponível em:
https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2018/09/10/8-tecnologias-inventadas-para-a-
guerra-que-fazem-parte-do-nosso-cotidiano/. Acesso em: 17 set. 2023.
A PRIMEIRA Guerra Mundial trouxe uma grande mudança para as mulheres. Isto E, [s.l.] 2018.
Disponível em: https://istoe.com.br/a-primeira-guerra-mundial-trouxe-uma-grande-mudanca-
para-as-mulheres/. Acesso em: 17 set.2023.
A PRIMEIRA guerra mundial. [S. l.: s. n.]. 15 mai. 2017. 1 Vídeo (5min). Publicado pelo canal
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AGOSTINI, Angelo. Alegoria da República Brasileira, homenagem da Revista Illustrada
.1889 e 1898.Wikimedia commos. Gravura 1. Disponível em:
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ALIANÇAS para a Primeira Guerra Mundial. Brasil Escola. [s.l.] Copyright ©2023 Disponível
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https://brasilescola.uol.com.br/historiag/aliancas.htm#:~:text=No%20ano%20de%201882%2C
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BESSA, Lisa. O que é inclusão social? Politize! [S. l.], 2019. Disponível em:
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BEZERRA, J. Fases da Primeira Guerra Mundial. Toda Matéria.[s.l.].Copyright ©2011 - 2023
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/fases-da-primeira-guerra-mundial/
BEZERRA, Juliana. Hino da Proclamação da República. Toda Matéria, [s. l.], 2023. Disponível
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MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental -
anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais,
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http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=f87b7d1f666a0a1d . Acesso em: 08 set. 2023.
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propostas. São Paulo Contexto, 2003.
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vídeo (3min). Publicado pelo canal Descomplica. Disponível em:
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WIKIMEDIA COMMONS. Uma ex-escrava, ainda em sua plantação. 1941. Gravura 2. Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_Female_Ex-slave,_Still_on_her_Plantation.jpg.
Acesso em: 12 set.2023.
40
41
Olá, estudante!
Convidamos você a conhecer e utilizar os Cadernos MAPA. Esse material foi elaborado com todo
carinho para que você possa realizar atividades interessantes e desafiadoras na sala de aula ou
em casa. As atividades propostas estimulam as competências como: organização, empatia, foco,
interesse artístico, imaginação criativa, entre outras, para que possa seguir aprendendo e
atuando como estudante protagonista. Significa proporcionar uma base sólida para que você
mobilize, articule e coloque em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades
importantes na relação com os outros e consigo mesmo(a) para o enfrentamento de desafios, de
maneira criativa e construtiva. Ficou curioso(a) para saber que convite é esse que estamos
fazendo para você? Então não perca tempo e comece agora mesmo a realizar essa aventura
pedagógica pelas atividades.
Bons estudos!
42
Prezado(a) estudante,
Agora, está na hora de você testar os conhecimentos desenvolvidos em sala de aula! Leia o texto
abaixo:
No início da República no Brasil, o novo modelo político interessava às elites civis-militares que
derrubaram a monarquia. Eles buscavam consolidar seus interesses e exercer controle sobre o
sistema político e econômico do país.
O Brasil estava pautado por um modelo econômico agroexportador, com o café como principal
produto. Esse modelo visava à industrialização do país, impulsionada pela implementação de
indústrias e ferrovias.
Belle Époque é um termo que se refere a um período de prosperidade e avanços tecnológicos na
Europa. No caso do Brasil, a Belle Époque brasileira foi impulsionada pela cafeicultura,
proporcionando melhorias na qualidade de vida para alguns, mas não para a maioria da
população, o que gerou tensões e conflitos sociais.
O sistema político da Primeira República no Brasil estava relacionado ao poder exercido pelos
"coronéis", que eram líderes políticos locais com grande influência sobre as eleições. A maioria
da população entendia a política desse período como um sistema marcado por fraudes eleitorais,
voto de cabresto e exclusão de grande parte da população nas eleições.
As atividades abaixo darão oportunidade para você consolidar os conhecimentos relativos à
construção da república brasileira por meio da reflexão sobre as desigualdades socioeconômicas
do período e as relações existentes entre os grupos que compõem a sociedade brasileira, bem
como a importância do conceito de nação.
ATIVIDADES
1 – Elabore, em seu caderno, um glossário histórico com os conceitos que se referem à Primeira
República, visando a construção conceitual e compreensão de termos específicos da emergência
da Primeira República no Brasil. Para isso, identifique termos e terminologias que se refiram a
esse período.
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O Início da República
A Proclamação da República no Brasil, em 1889, deu início a um novo modelo político que se
consolidou a partir dos interesses das elites civis-militares que derrubaram a monarquia. Uma
das heranças dessa forma de governo foi o sufrágio, direito previsto pela Constituição de 1891
aos cidadãos alfabetizados. A partir de 1891 o sufrágio passou a ser universal e masculino; a
exclusão das mulheres e dos analfabetos deixava de fora das eleições grande parte da população
brasileira.
O monopólio do sistema político e econômico pelas oligarquias regionais, evidenciado pela
política dos governadores e do coronelismo, levava a fraudes eleitorais e ao voto de cabresto.
A população brasileira, em 1919, girava em torno de 29.700.000 pessoas, das quais 1.766.000
poderiam votar. No entanto, compareceram às urnas somente 418.000, representando 1,41%
da população brasileira.
Nesse mesmo período, iniciava-se a implementação de indústrias e ferrovias no Brasil, pautadas
por um modelo econômico agroexportador, tendo o café como principal produto e mola
propulsora do modelo de industrialização que se iniciava. Em um período conhecido na Europa
como Belle Époque, as melhorias na qualidade de vida proporcionadas pelo avanço tecnológico,
no caso do Brasil, foram impulsionadas pela cafeicultura, que oportunizou um momento áureo
da economia brasileira. No entanto, a “Belle Époque brasileira” não foi estendida a maioria da
população, impulsionando inúmeras tensões e conflitos sociais na época, inclusive aqueles
ocasionados pela emergência do movimento operário de trabalhadores imigrantes.
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Prezado(a) estudante,
Espera-se que, após as aulas, vocês consigam compreender que, no contexto apresentado, a
população negra no Brasil não ficou passiva e distante da vida nacional, esperando por
consentimentos do governo. A abolição da escravidão não foi resultado da generosidade da
Princesa Isabel, mas sim de movimentos sociais nos quais escravos, libertos e pessoas livres
participaram ativamente. É fundamental entender que a mudança do status de escravo para
homem livre não alterou a mentalidade social de inferioridade em relação aos negros, nem
apagou o legado da escravidão.
A história do Brasil está intrinsecamente ligada à trajetória dos negros, desde o período da
escravidão até os dias atuais. Após a abolição da escravatura em 1888, a sociedade brasileira
enfrentou desafios relacionados à inserção e exclusão dos negros, bem como às lutas de
resistência e à busca por igualdade. É importante destacar os mecanismos de inserção/exclusão
dos negros na sociedade brasileira pós-abolição e os resultados dessa realidade.
Os mecanismos de inserção/exclusão dos negros na sociedade pós-abolição incluem
discriminação e racismo estrutural, ausência de políticas públicas efetivas, limitações educacionais
e acesso limitado a oportunidades, restrições econômicas e desigualdades sociais, além de
estereótipos e preconceitos arraigados.
Os resultados dessa inserção/exclusão incluem desigualdades socioeconômicas persistentes, sub-
representação em cargos políticos e de poder, violência racial e criminalização da população
negra, dificuldades no acesso à educação de qualidade e baixa representatividade nos meios de
comunicação e na cultura. Além disso, é fundamental destacar a importância da participação da
população negra na formação econômica, política e social do Brasil, valorizando a diversidade e
o multiculturalismo, ampliando a representatividade nos espaços de poder, fortalecendo a
democracia e a igualdade de oportunidades, contribuindo para o desenvolvimento
socioeconômico do país e reconhecendo e valorizando a cultura afro-brasileira.
As lutas de resistência das comunidades quilombolas e dos movimentos negros são fundamentais
para a preservação da identidade e cultura afro-brasileira, a mobilização contra o racismo e a
discriminação, a reivindicação de políticas públicas específicas, a promoção da igualdade racial e
justiça social, bem como o empoderamento e a conscientização da população negra.
A compreensão dos mecanismos de inserção/exclusão dos negros na sociedade brasileira pós-
abolição e a avaliação de seus resultados são fundamentais para uma reflexão crítica sobre a
realidade racial no Brasil. A participação da população negra na formação econômica, política e
social do país é de extrema importância para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária. As lutas de resistência das comunidades quilombolas e movimentos negros fortalecem
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a busca por igualdade, superação de estigmas e a valorização da diversidade cultural. É
necessário promover a conscientização e ações efetivas para combater o preconceito e a
discriminação, garantindo assim um futuro mais inclusivo e equitativo para todos os cidadãos
brasileiros, independentemente da sua origem étnica.
Mãos à obra!
ATIVIDADES
1 – Analise a imagem abaixo, que consiste em uma representação da população Brasileira
divulgada pelo ministério da Agricultura, indústria e comércio da década de 1920.
2 – Leia o texto:
Podemos dizer que atualmente houve uma ampliação considerável com relação ao debate acerca
das diferenças e combate ao racismo na sociedade brasileira. No entanto, mesmo após a sua
inclusão, a lei n. 10.639/2003 ainda encontra dificuldades para sua concretização no âmbito
escolar, pois ainda se considera que a lei só interessa aos negros, considerados erradamente
como parcela, e não maioria, da população brasileira.
Fonte: (Fernandes, 2016)
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3 – Após a leitura do trecho acima, escreva um texto refletindo sobre o processo de ocupação e
representação social do povo negro na sociedade brasileira.
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Na sua opinião, fatos como o acima relatado são reflexos do racismo estrutural? Você se
lembra de alguma reportagem denunciando fatos como esse no Brasil?
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A música de Caetano Veloso aborda dois fatores importantes que ajudam a explicar as
desigualdades existentes no Brasil. São eles:
A) cor e classe.
B) cor e nacionalidade.
C) cor e gênero.
D) classe e nacionalidade.
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Prezado(a) estudante, você estudou sobre os processos de modernização e industrialização no
Brasil. Teve uma aula contextual e se deparou com análise de fontes e vídeos explicativos.
A modernização e industrialização no Brasil tiveram um grande impacto na sociedade brasileira
ao longo do tempo. Desde a descoberta do Brasil, pelos portugueses, a colonização trouxe
consigo uma nova cultura, língua e sistema econômico, que influenciaram profundamente a
sociedade.
Com a independência do Brasil, o país adquiriu autonomia política, mas também enfrentou
desafios associados à urbanização e modernização. Apesar dos avanços na infraestrutura urbana,
muitos brasileiros continuaram vivendo em condições precárias, persistindo as desigualdades
sociais e a exclusão urbana.
No século XX, ocorreu a industrialização do país, com a expansão do setor industrial, crescimento
das cidades e diversificação da economia. A urbanização trouxe tanto benefícios quanto desafios,
como o aumento da demanda por serviços públicos e infraestrutura.
Um aspecto comum nos processos de urbanização é a expansão das áreas urbanas e o
surgimento de periferias. Essas áreas concentram atividades econômicas e enfrentam desafios
como falta de planejamento urbano adequado e desigualdade na distribuição de recursos.
Além disso, a modernização urbana também traz impactos negativos, como a degradação
ambiental e a falta de acesso a serviços básicos. O rápido crescimento das cidades pode resultar
em problemas ambientais, como poluição e destruição de áreas naturais, além de afetar a
qualidade de vida das pessoas devido à falta de infraestrutura adequada.
É essencial avaliar as contradições e impactos da urbanização e modernização, a fim de identificar
problemas e buscar soluções mais inclusivas e sustentáveis. Reconhecendo as desigualdades
sociais, ambientais e econômicas, podemos trabalhar para mitigar esses problemas e promover
um desenvolvimento urbano mais equitativo.
Para enfrentar os desafios urbanos, é importante enfatizar o planejamento urbano centralizado,
considerando as necessidades da população e garantindo um desenvolvimento sustentável. Focar
apenas no crescimento econômico, ignorando as desigualdades sociais, não seria uma abordagem
adequada. Devemos promover uma visão realista e equilibrada do crescimento das cidades,
visando um futuro mais justo e sustentável.
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ATIVIDADES
1 – Qual dos seguintes eventos históricos contribuiu, significativamente, para a urbanização e
modernização da sociedade brasileira?
A) Descoberta do Brasil pelos portugueses.
B) Independência do Brasil.
C) Industrialização do país.
D) Chegada dos imigrantes europeus.
5 – Quais são alguns dos impactos negativos da modernização urbana na região em que vivemos?
A) Aumento da participação cidadã e empoderamento da população.
B) Redução das desigualdades sociais e econômicas.
C) Degradação ambiental e falta de acesso a serviços básicos.
D) Preservação do patrimônio histórico e cultural.
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Prezado(a) estudante!
Você explorou, durante as aulas, aspectos históricos, e teve possibilidade de compreender a
importância do trabalhismo como força política, social e cultural no Brasil, em diferentes escalas.
O trabalhismo surgiu com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, durante a Era Vargas (1930-
1945). Vargas implementou políticas trabalhistas, como a criação da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), que garantia direitos e proteções aos trabalhadores. Essa abordagem voltada
para o trabalhador marcou uma mudança significativa na política brasileira.
A força política do trabalhismo foi evidente na criação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB),
fundado por Vargas em 1945. O PTB representava os interesses dos trabalhadores e das classes
populares, buscando melhorias nas condições de trabalho, salários justos e inclusão social. O
partido teve um papel importante na luta pelos direitos trabalhistas e na defesa dos
trabalhadores.
Além de sua relevância política, o trabalhismo também teve um impacto social e cultural no Brasil.
As políticas trabalhistas de Vargas contribuíram para a construção de uma identidade trabalhista
no país, valorizando o trabalho como elemento central na sociedade. O trabalhismo promoveu a
ideia de solidariedade entre os trabalhadores, fortalecendo a consciência de classe e a união em
busca de melhores condições de vida.
No campo cultural, o trabalhismo influenciou as representações artísticas e literárias da época. A
figura do trabalhador e suas lutas foram retratadas em diversas obras, destacando a importância
da classe trabalhadora na construção do Brasil.
No entanto, é importante destacar que o trabalhismo também enfrentou críticas e desafios ao
longo do tempo. Algumas críticas apontavam para a falta de representatividade de grupos
marginalizados e a concentração de poder nas mãos de líderes políticos. Além disso, o trabalhismo
foi impactado por transformações políticas e econômicas, perdendo força ao longo dos anos.
Em resumo, o trabalhismo desempenhou um papel fundamental como força política, social e
cultural no Brasil. Suas políticas trabalhistas e defesa dos direitos dos trabalhadores tiveram um
impacto significativo na sociedade brasileira. Ao estudar o trabalhismo, podemos compreender
melhor a história do país e refletir sobre a importância do trabalho e da busca por justiça social.
Agora, resolva as questões abaixo para expandir os seus conhecimentos!
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ATIVIDADES
1 – O que é trabalhismo? Responda com as suas palavras
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Qual reflexão você pode fazer, diante do atual cenário de desmonte da legislação trabalhista
brasileira e da Previdência Social, ambas construídas nos tempos de Vargas e, sobretudo, após a
aprovação pelo Congresso nacional, em 22 de março de 2017, da lei de terceirização?
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Prezado(a) estudante, as aulas que desenvolveram as habilidades acima foram bastante ricas em
informações sobre a diversidade e composição do povo brasileiro, abordou questões importantes
sobre a composição da sociedade brasileira.
ATIVIDADES
1 – Em 1910, com o objetivo de proteger os indígenas, o governo federal criou o serviço de
proteção aos índios (SPI), dirigido pelo militar sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-
1958), que ficou conhecido como Marechal Rondon. A criação do SPI ocorreu ao mesmo tempo
em que as atividades econômicas se expandiam pelo interior do país. Por isso, havia muitos
conflitos por terras envolvendo posseiros e indígenas. Na sua opinião, houve mudança nos
aspectos políticos, culturais e sociais direcionados aos povos indígenas?
2 – Em “O Povo Brasileiro” (1995), Darcy Ribeiro afirma que o brasileiro surge enquanto uma
“nova etnia” a partir da relação estabelecida entre diferentes etnias e culturas, que estiveram
presentes e em contato, desde o descobrimento do Brasil. Assinale a alternativa correta sobre
quais etnias foram as principais no processo de formação do povo brasileiro:
A) Indígenas de tronco Tupi, europeus e negros trazidos do continente africano.
B) Indígenas de tronco Tupi, europeus e japoneses.
C) Indígenas de tronco Tupi, negros do continente africano e árabes.
D) Indígenas de tronco Tupi, europeus e chineses.
“[…] uma das principais causas da dizimação dos índios, afora as doenças trazidas pelos
europeus, foram os massacres e a eliminação deliberada dos nativos pelos portugueses. Isso
resultou no fato de que apenas aproximadamente 300.000 índios, cerca de 5 por cento dos 6
milhões que compunham a população indígena em 1500, sobreviveriam para as
“comemorações” dos quinhentos anos da chegada de Cabral a suas terras”.
JANCSÓ, István (Coord.) Rebeldes brasileiros – homens e mulheres que desafiam o poder. São Paulo: Casa
Amarela, [s.d.]. fasc. 9. p. 261 (Caros amigos)
“Entre os dias 26 de março e 22 de abril [de 2016], os indígenas Aponuyre, Genésio, Isaías e
Assis Guajajara, todos da Terra Indígena (TI) Arariboia, no Maranhão, foram assassinados. Com
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pouca fiscalização e sem sinal de investigação dos culpados, os indígenas Guajajara que vivem
na área – já demarcada e habitada também por índios Awá isolados – sofrem com a constante
pressão de madeireiros e temem por sua segurança”.
COMISSÃO PASTORAL DA TERRA – CPT. Em um mês, quatro indígenas Guajajara foram assassinados no
Maranhão. Publicado em 27 de abril de 2016. Acesso em 11 de maio de 2023. Disponível em:
https://www.cptnacional.org.br/index.php/publicacoes/noticias/conflitos-no-campo/3191-em-um-mes-quatro
indigenas-guajajara-foram-assassinados-no-maranhao
A) os conflitos que ainda ocorrem entre indígenas e população não indígena se dão
exclusivamente pela ação predatória, promovida pelos índios, sobre os recursos naturais
protegidos por lei.
B) as tensões geradoras dos massacres e a dizimação da população nativa brasileira ainda
perduram nos tempos atuais, apesar da atual proteção do Estado sobre as populações
indígenas.
C) o interesse dos capitalistas em obter maiores lucros com a exploração da terra dos índios
e de seus recursos nunca foi motivação para os conflitos que dizimaram e ainda diminuem
a população indígena.
D) os eventos de violência contra a população indígena, em diversas áreas do país, se dão
porque essa população não é aceita pelo Estado quando tenta integrar-se ao modelo
social, justo e inclusivo, do mundo civilizado.
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Prezado(a) estudante,
Você pode durante as aulas, consolidar conhecimentos importantes sobre o contexto geral da
Primeira Guerra Mundial. Vamos relembrar?
A Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), foi a primeira guerra do século XX e o primeiro conflito
em estado de guerra total, que pode ser entendido como a mobilização de uma nação sobre
todos os seus recursos para possibilitar o combate, foi resultado das transformações que
aconteceram na Europa, como: a rivalidade econômica, ressentimentos por acontecimentos
passados e questões nacionalistas e teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco
Ferdinando e sua esposa, Sofia, em Sarajevo, na Bósnia, em junho de 1914.
A primeira Guerra Mundial teve duas fases diferentes: a primeira conhecida como Guerra de
Movimento e a segunda como Guerra de Trincheira. A última fase é a mais conhecida por ter sido
a mais extensa (de 1915 a 1918) e por ter uma altíssima taxa de mortandade entre os soldados
envolvidos.
O resultado da Primeira Guerra Mundial além de um número imenso de soldados mortos - 10
milhões foi uma geração de jovens traumatizada com os horrores da guerra.
Agora chegou a hora de consolidar suas aprendizagens. As atividades abaixo irão ajudá-lo!
ATIVIDADES
1 – A Belle Époque foi um período marcado por um intenso progresso científico e tecnológico
que, de forma acelerada, apontava para um período de prosperidade e paz. Todavia, sob a
aparente tranquilidade e segurança desse cenário, desenrolavam-se inúmeros fatores de
insatisfação, que acabaram por levar à Grande Guerra de 1914. A respeito dos precedentes que
levaram ao conflito mundial, é incorreto afirmar que
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D) os países europeus tinham necessidade de expandirem seus mercados consumidores e,
na disputa pelos mesmos, fizeram surgir diversas zonas de tensão, além de despertarem
o sentimento cívico e patriótico, nas regiões sob o domínio estrangeiro. e) o atentado de
Sarajevo acabou se tornando o estopim para o início da guerra, não tanto pela gravidade
do fato em si, mas, sobretudo, devido à série de acordos e alianças, que foram
estabelecidos entre vários países, que se comprometiam a se auxiliarem mutuamente
2 – Leia o texto:
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do ângulo de visão. Entram em cena as novas criações da tecnologia humana: os navios a
vapor, os trens, as máquinas e as indústrias podem estar no centro das telas, falando do
progresso. Nem faltam, obviamente, os motivos violentos da história: a Revolução Francesa,
a sanguinária invasão napoleônica da Espanha (num quadro inesquecível de Goya),
escaramuças entre árabes. Em contraste, paisagens bucólicas e jardins harmoniosos
desfilam ainda pelo desejo de realismo e fidedignidade na representação da natureza. Mas
sobrevém uma crise do realismo, da submissão da pintura às formas dadas do mundo
natural. Artistas como Manet, Degas, Monet e Renoir aplicam-se a um novo modo de ver,
pelo qual a imagem externa se submete à visão íntima do artista, que a tudo projeta agora
de modo sugestivo, numa luz mais ou menos difusa, apanhando uma realidade moldada
mais pela impressão da imaginação criativa do que pelas formas nítidas naturais. No
Impressionismo, uma catedral pode ser pouco mais que uma grande massa luminosa, cujas
formas arquitetônicas mais se adivinham do que se traçam. Associada à Belle Époque, a
arte do final do século XIX e início do XX guardará ainda certa inocência da vida provinciana,
no campo, ou na vida mundana dos cafés, na cidade. Desfazendo-se quase que inteiramente
dos traços dos impressionistas, artistas como Van Gogh e Cézanne, explorando novas
liberdades, fazem a arte ganhar novas técnicas e aproximar-se da abstração. A dimensão
psicológica do artista transparece em seus quadros: o quarto modestíssimo de Van Gogh
sugere um cotidiano angustiado, seus campos de trigo parecem um dourado a saltar da tela.
A Primeira Grande Guerra eliminará compreensões mais inocentes do mundo, e o século XX
em marcha acentuará as cores dramáticas, convulsionadas, as formas quase irreconhecíveis
de uma realidade fraturada. O cubismo, o expressionismo e o abstracionismo (Picasso,
Kandinsky e outros) interferem radicalmente na visão “natural” do mundo. Por outro lado,
menos libertário, doutrinas totalitaristas, como a stalinista e a nazifascista, pretenderam que
os artistas se submetessem às suas ideologias. Já Mondrian fará escola com a geometria das
formas, Salvador Dalí expandirá o surrealismo dos sonhos, e muitas tendências
contemporâneas passam a sofrer certa orientação do mercado da arte, agora especulada
como mercadoria. Em suma, a história da pintura nos ensina a entender o que podemos ver
do mundo e de nós mesmos. As peças de um museu parecem estar ali paralisadas, mas
basta um pouco da nossa atenção a cada uma delas para que a vida ali contida se manifeste.
Com a arte da pintura aprenderam as artes e técnicas visuais do nosso tempo: a fotografia,
o cinema, a televisão devem muito ao que o homem aprendeu pela força do olhar. Novos
recursos ampliam ou restringem nosso campo de visão: atualmente muitos andam de cabeça
baixa, apontando os olhos para a pequena tela de um celular. Ironicamente, alguém pode
baixar nessa telinha “A criação do homem”, que Michelangelo produziu para eternizar a
beleza do forro da Capela Sistina.
Fonte: (BATISTA, Domenico In.: Kuadro, 2022)
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O texto de História da pintura, história do mundo, de Domenico Batista, faz menção à Primeira
Guerra Mundial. Uma das principais consequências dessa guerra é
A) o confronto entre os dois blocos liderados pela URSS e os Estados Unidos, em busca da
hegemonia, denominado Guerra Fria.
B) o surgimento de novos Estados-nações em que foram respeitadas as tradições e
instituições dos povos antes reunidos nos impérios que desapareceram com a Grande
Guerra Mundial.
C) os Tratados de Paz e os Tratados das Minorias restabeleceram, no mundo contemporâneo,
uma convivência harmoniosa e a integração entre as minorias e as maiorias nacionais.
D) o fim da hegemonia inglesa sobre o mundo e a manutenção de um sentimento revanchista
em função da severidade dos tratados impostos aos vencidos, especialmente à Alemanha.
E) a ocorrência de diversos conflitos em várias partes do mundo, como a Guerra do Vietnã,
a Guerra da Coreia, conflitos em torno da descolonização, a guerra entre árabes e
israelenses.
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REFERÊNCIAS
BATISTA, Domenico. História da pintura no mundo. In.: Kuadro, [S. l.], 2022. Disponível em:
https://www.kuadro.com.br/gabarito/puc/2016/historia/puc-camp-2016-leia-atentamente-o-
texto-abaixo-para/13491. Acesso em: 23 nov. 2023
GIL, Gilberto, Veloso, Caetano. Haiti. Tropicália 2. ©2012 Universal Music ltda.
RÊ, Eduardo de. Et al. O que é racismo estrutural. Politize! [s.l.] 2021. Disponível em:
https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/o-que-e-racismo-estrutural/. Acesso em: 14 set.
2023.
VAINFAS, Ronaldo. (et al.). História.doc, 9° ano: ensino fundamental anos finais/ 2.ed.- São
Paulo: Saraiva, 2018.
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