Discente: Elber Ferreira das Neves

Matrícula: 202003155
Matéria: Administração da Produção e Operações

Introdução

O avanço da tecnologia está mudando a forma como as pessoas trabalham e se

relacionam com o mundo. A era da digitalização está nos desafiando a encarar a nova
realidade, nos fazendo experimentar novas transformações que implicam em novas
formas de execução. No âmbito organizacional, estamos vivenciando mudanças
complexas não apenas no processo produtivo, como também no desenvolvimento de
soluções que envolvam diversos stakeholders (SCHWAB, 2017). Assim, inicia-se uma
nova Revolução Industrial, denominada como "Indústria 4.0”. O termo ficou conhecido
em 2011 na Alemanha, após a realização de um evento voltado para discussão de
estratégias tecnológicas com poder de transformar as indústrias através de “fábricas
inteligentes” (BUHR, 2017; DRATH; HORCH, 2014; SCHWAB, 2016).

Competências e habilidades profissionais exigidas na era da Indústria 4.0

Segundo (SENGE, 2012), o trabalhador encontrará desafios para atender as

demandas das fábricas inteligentes, tendo em vista que será necessário o desenvolvimento
de novas competências e habilidades. Desse modo, a valorização da aprendizagem
contínua precisa estar presente na cultura organizacional.

Destacam-se cinco competências fundamentais para funcionários e gestores,

consideradas essenciais para atividades nos processos de fabricação: comunicação,
colaboração, criatividade, autogestão, pensamento na resolução de problemas e
aprendizado constante. É necessário treinamentos adaptados e ministrados no local de
trabalho para que as exigências futuras da Indústria 4.0 sejam atendidas (KIESEL;
WOLPERS, 2015).

(TEIXEIRA FILHO, 2000), afirma que com a inovação tecnológica um novo

perfil de profissional é exigido no mercado, principalmente no tocante a conhecimentos
e habilidades para lidar com a nova tecnologia e defende que a verdadeira vantagem
competitiva está na capacidade e velocidade do aprendizado das pessoas nas
organizações.

Desafios para a implantação da Indústria 4.0 no Brasil

As indústrias inteligentes demonstram diversas vantagens e desvantagens,

entretanto, sua implementação exige vários desafios desde a qualificação de mão de obra
e investimentos consideráveis em digitalização (CNI, 2016).

Investimento em educação profissional, juntamente com políticas públicas

voltadas para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, são os principais fatores
estruturantes para o Brasil, pois ao observar os países que adotaram esses dois aspectos é
perceptível que houve aumento de oferta de profissionais com competências técnicas e
socioemocionais para atuarem nas empresas, desempenhando funções que exigem
conhecimentos técnicos atualizados, como informática, matemática, tecnologia da
informação e robótica (Silva, 2015).
 Nesse sentido, para atingir os níveis de conhecimentos necessários será preciso
superar os problemas que impactam na qualificação de mão de obra no país, são eles:

A má qualidade da educação brasileira e as limitações históricas do

ensino técnico, combinados com o aquecimento da economia brasileira nos
últimos anos, que levou a uma queda progressiva das taxas de desemprego,
parecem justificar uma preocupação generalizada na sociedade brasileira a
respeito de um suposto ‘apagão de mão de obra’.
Há outro aspecto que atrapalha a educação profissional. Para ser mais
efetiva, esta deve estar associada a uma experiência prática no setor produtivo
que proporcione à pessoa uma vivência com o mundo real do trabalho, e
permita adquirir a experiência que é tão valorizada pelos empregadores
(SOUZA e VIEIRA, 2020, p. 10 apud Schwartzman & Christophe, 2009, p.
600).

Para (CNI, 2017), são muitos os desafios para a implantação da Indústria 4.0 no
Brasil, sendo destaque a falta de investimentos em equipamentos que possibilitem a
utilização de novas tecnologias, na mudança de layouts de produção, na transformação
dos processos produtivos, em informação e comunicação. Os processos devem ser
integrados, permitindo o cruzamento de informações desde o pedido até a distribuição.
Dessa forma, fará com que sejam implementadas novas formas de gestão e de engenharia,
com a finalidade de atender às exigências do novo modelo de produção.

Conclusão

No tocante às competências e habilidades exigidas na Indústria 4.0, deixou-se

claro que para atingir as demandas exigidas pelas fábricas inteligentes é necessário um
novo perfil de profissional capaz de manusear as ferramentas da nova tecnologia
(TEXEIRA, 2000). Além disso (KIESEL; WOLPERS, 2015), defende que funcionários
e gestores de pessoas devem ter alguns conhecimentos considerados essenciais, como
comunicação, colaboração, criatividade, autogestão, pensamento na resolução de
problemas e aprendizado constante. Outro fator semelhante evidenciado pelos autores
supracitados (SENGE, 2012), é que para suprir a necessidade de competências e
habilidades exigidas pela I4.0, as empresas precisam fornecer educação corporativa
voltadas para as exigências requeridas e que a aprendizagem seja contínua.

Diversos fatores são desafiantes para implantar a Indústria 4.0 no Brasil, para
(SILVA, 2015) o investimento em educação e o apoio das políticas públicas seriam
fatores que impulsionariam a implantação da I4.0, tendo como exemplo os países que
adotaram essas ações e obtiveram êxito através de novas habilidades tecnológicas
adquiridas pelos funcionários. Para (Schwartzman & Christophe, 2009), a falta de prática
das pessoas no setor produtivo é um aspecto limitante da implantação da I4.0 no Brasil,
somente através da experiência que o trabalhador conseguirá adquirir as competências
exigidas pelas empresas. Entretanto, a falta de investimentos em equipamentos, produção,
na transformação dos processos produtivos, em informação e comunicação e necessidade
de integração dos processos entre o pedido, a produção e a distribuição são fatores
desafiantes para a implantação da indústria 4.0 (CNI, 2017)
REFERÊNCIAS

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