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Engenharia Microestrutural de

Materiais Cerâmicos

EET 471
Prof. Celio Costa
Comportamento Mecânico

Teoria de Weibull
Ductilidade em Materiais
Limite de Limite de Resistência
Escoamento
Resistência
à Fratura

Região
Elástica Região Plástica
Ductilidade em Materiais

Fratura Tipo
Taça-Cone

Origem do comportamento ductil ?

5 sistemas de deslizamento independentes.


Este cenário é encontrado em metais (CCC e
CFC) e cerâmicos com simetria cúbica (LiF, NaCl,
MgO, etc)
Fragilidade em Materiais
Resistência
à Fratura

Menos de 5 sistemas de
deslizamento
independentes.
Exemplo: metais HC e
maioria dos cerâmicos.
Sistemas de Deslizamento
Propriedades Mecânicas de
Resistência
Interesse Primário
à Fratura

Módulo de
Elasticidade
Módulo de Elasticidade (E)

E = f (Tipo de ligação
atômica, distância entre
planos atômicos,
densidade)
E x Tipo de Ligação Química
E x Tipo de Ligação Química x Temperatura
E x Distância Interplanar

E<111> > E<110> EFe-Medido = 197 GPa


d<111> < d<110> EFe-Calc = 202 GPa
E x Porosidade (ou Densidade)
-MacKenzie (1950)
(
E = E0 1 − 1,9 V p + 0,9 V p
2
)
Validade :  0,3 e Vp  50%
E 0 = Modulo de elasticidade do material100% denso
Vp = Fração volumétrica de poros
-Springs (1960)
− CV p
E = E0 e
C = Constante (P/ Al 2 O 3  4)
Vp → 100% Não Funciona
E x Porosidade (ou Densidade)
-Hasselman (1962)
 D Vp 
E = E0 1 + 
 1 − ( D + 1) V 
 p 
P/ Al 2 O3  D  4

-Artigo: Boccaccini e Fan


E x Porosidade (ou Densidade)
Medição de E
-Ultrasom

E =C D f 2
C → Constante = f ( tamanho, geometria, ...)
D → Densidade do Material
f → Frequencia de Vibração
Medição de E
2
 VT 
1 − 2  
=  VL 
2
 VT 
2 − 2  
 VL 

(
E =  VL
2
) (1 +  ) (1 − 2 )
(1 −  )

E
G=
2 (1 +  )
Medição de E
-Extensometria
Medição de E
-Extensometria
L
R=
A
R → Resistência do condutor
 → Resistividade do metal
R
= Sg .  L
R
T = −   L
 → Razão de Poisson
Resistência Mecânica de Cerâmicos
- Resistência Teórica E 
1/ 2

 TEORICA =  
 a0 
 → Energia Superficial de Fratura
a 0 → Distânia Interatômica

Então, para o materiais cerâmicos:


E E
  TEORICA 
5 10

Porém, na prática (realidade) :


E E
  REAL 
100 1000 Por que ?
Resistência Mecânica de Cerâmicos
Resposta A:

Materiais cerâmicos possuem defeitos:

- Poros
- Inclusões
- Trincas

- Monofásico
Resistência Mecânica de Cerâmicos
Resposta B:
- Fase intergranular
- Geometria dos grãos
- Distribuição das Fases
- Poros
- Inclusões
- Trincas
Resistência Mecânica de Cerâmicos
Resposta C:
- Geometria dos Grãos
- Fase intergranular
- Geometria dos grãos
- Distribuição das Fases
- Poros
- Inclusões
- Trincas
Resistência Mecânica de Cerâmicos

Inglis
 2a
M =  1 + 
 b 
Resistência Mecânica de Cerâmicos

Conforme b  a
1/ 2
M a
= 2  
 
0 M
 = a0 ( 2 A) e a = 5 m  = 316

M
 = 0,1 m e a = 5 m  = 14

Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos (~ 1% deformação)
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
-Ensaio de Tração
Não é um teste normalmente utilizado para se
testar cerâmicos. Razões:
i) Alto custo de fabricação dos corpos de
prova
ii) Requer preciso alinhamento do trem de
carregamento durante o teste. Qualquer
desalinhamento introduz dobramento,
resultando em concentradores de tensão
na superfície do corpo de prova.
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
-Ensaio de Tração - Aqui
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
-Ensaio de Compressão
Normalmente utilizado em blocos refratários e
construção civil, dado que o estado de tensão
ser compressivo.

Todavia (ex do SiC):

Compressão ~ 3900 MPa

Tração ~ 490 MPa


Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
-Ensaio de Compressão
comp

2
t t
 a
1 + 
tens a  t =  Comp
tens
 b
, quando  Tens = 0
a
b 4
b
t t

comp
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
comp

t t

tens a tens
b

t t

 2 a 
 t =  Tens 1 + , quando  Comp = 0
comp

 b 
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
-Ensaio de Compressão  2a
comp  t =  Tens 1 + , quando  Comp = 0
 b 

t 2
t
 a
 1 + 
tens a tens  = 
 b
, quando  Tens = 0
t Comp
b a
4
b
t t
a 2a
4 1 + 
b b 
R= 2
comp  a 
 1 + 
 b
R é a razão σcomp/σtens que produz a mesma tensão local
trativa σt.
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos comp

-Ensaio de Compressão
t t
a  2a
4  1 +  tens a tens

R=
b  b  b
2
 a
 1 +  t t

 b
comp

Quando a = b, R=3.

Quando a/b→, R = 8, significando que a tensão compressiva


necessita ser 8 vezes maior do que a trativa para produzir a
mesma tensão local (σt), a qual controla o processo de
fratura.
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
-Ensaio de Flexão (Módulo de Ruptura ou MOR)
Medição de Resistência Mecânica
de Cerâmicos
-Ensaio de Flexão (Módulo de Ruptura ou MOR)

MOR 3Pontos > MOR 4Pontos


Resistência Mecânica de Cerâmicos
GERAL - VOLUME
3-Point Bending

4-Point Bending

103

9
Mean Strength [MPa]

6 Tension
7

14 Tension

5 SSN-A2 : m = 15
SSN-B : m = 15
SSN-A1 : m = 15
4 SiC : m = 11
10 Tension
Slope = -1/m

20 Tension

3
10-1 2 3 100 2 3 101 2 3 102 2 3 103 2 3 104 2 3 105

Effective Volume [mm3]


Resistência Mecânica de Cerâmicos
GERAL – NO MESMO LOTE
Resistência Mecânica de Cerâmicos

CONCLUSÃO:
A resistência mecânica de um dado material
cerâmico depende do tipo de teste executado e
da quantidade, distribuição, tamanho, forma e
orientação dos defeitos em relação às tensões
trativas atuantes.
Avaliação da Resistência Mecânica
de Materiais Frageis

Como trabalhar com um material que não


possuí parâmetros de resistência mecânica
como propriedade, dado que esta é função
do tipo de teste, do volume testado e dos
defeitos internos ?
Teoria Estatística de Weibull
Weibull (1951) propôs uma função de distribuição
empírica. Nesta, a ocorrência de um evento em
qualquer parte de um objeto poderia ser
considerado como se o evento tivesse ocorrido no
objeto como um todo.
Ele demonstrou que a função considerou o efeito
do volume sobre o processo de fratura e, desta
forma, forneceu uma expressão matemática para
“teoria do ligamento mais fraco” (weakest link
theory).
Teoria de Weilbull
Uma corrente possui N elos (ou elementos).
A falha de um único élo (ou elemento) representa a
falha da corrente (ou componente) como um todo.
Se Fi é a probabilidade de falha
do i-ésimo elo (ou io)
e
F é a probabilidade de falha de
todos os componentes (elos),

ENTÃO
então

a probabilidade de sobrevivência da
corrente (ou do componente) é dada
por:
1 - F = ( 1 - F1 ) ( 1 - F2 ) ( 1 - F3 ) ....( 1 - FN )

Multiplicando ambos os lados pelo


logaritmo natural (ln) temos:
ln(1- F) = ln (1 - F1 ) (1 - F2 ) (1 - F3 ) ....(1 - FN ) 

Assim, troca - se multiplicação por adição

ln (1 - F) = ln (1 - F1 ) + ln (1 - F2 ) + ln (1 - F3 ) + ..
N
... + (1 - FN ) =  (1 - Fi )
i =1
Expandindo o termo ln (1 - Fi ) em série
de MacLaurin, tem - se :

2 3 4
Fi Fi Fi
ln (1 - Fi ) = − Fi − − − − .....
2 3 4

Se Fi é pequeno, então os termos superiores


podem ser desprezados, tal que :

ln (1 - Fi )  − Fi
Importante : a aproximação ln (1 - Fi )  − Fi
só é válida para um único ( Fi ), mas não para F .

Quando toda a corrente(componente) é levada


em consideração, tem - se :

N N
ln ( 1 - F) =  ln ( 1 - Fi ) =  ln - Fi
i =1 i =1
O próximo passo foi a escolha da uma função
que representaria Fi , e WEILBULL a fez
de forma ARBITRÁRIA E EMPÍRICA,
m
 − u 
Fi =  
 0 
m
 − u 
Fi =  
 0 
Importantes considerações sobre esta
função:

-A função é simples e satisfaz as


condições de contorno observadas nos
limites de baixa e alta tensão.

-Entretanto, ela não é fundamentada em


nenhum conceito de densidade de
defeitos, sua severidade, ou critérios de
mecânica da fratura.
Para a estrutura como um todo:
m
N N
 − u 
ln (1 − F ) =  − Fi =  −  
i =1 i =1  0 

Conforme o tamanho de cada elemento


aproxima - se do tamanho infinitesimal,
tem - que :
m
 − u 
ln ( 1 − F ) =  −   dV
V  0 
m
 − u 
ln ( 1 − F ) =  −   dV
V  0 
  − u 
m

F = 1 − exp −    dV 
 V   0  
Para o caso do componente estar submetido
à uma tensão trativa UNIFORME em seu
volume, como nos casos de corpos de prova
de tração, pode - se fazer uma simplificação :
  − u 
m

F = 1 − exp − V   
  0  
  − u  
m

F = 1 − exp − V   
   0  
Definição dos termos da equação:

F = Probabilidade de falha associada a


um tensão . Doravante: F = Pf

= Tensão trativa aplicada

V = Volume submetido à tensão 


  − u 
m

Pf = 1 − exp − V   
  0  
Continuação:

U (Threshold Stress) = Tensão abaixo da


qual nunca ocorrerá falha. Conceitualmente,
é o tamanho máximo de defeito permitido.
Na prática, U = 0 (há poucas exceções).

0 = Resistência característica por volume


unitário (.V1/m). Indica se a resistência do
volume unitário está baixa ou alta, tendo
u = 0. É calculada para Pf = 63,2% ou
Pf = 1 - exp(1,0).
  − u 
m

Pf = 1 − exp − V   
  0  
Continuação:

m = Módulo de Weibull (adimensional), é o


fator que determina a dispersão da
resistência mecânica.

- Louças e tijolos: 3 < m < 5


- Cerâmicos mais desenvolvidos: 6 < m < 12
- Cerâmicos muito desenvolvidos: m  25
- Se m > 30  A resistência mecânica pode
ser considerada como valor determinístico.
Distribuição de Weibull de 3 parâmetros
  − u 
m

Pf = 1 − exp − V   
  0  

Distribuição de Weibull de 2 parâmetros

u = 0
  
m

Pf = 1 − exp − V   
 0  
Teoria de Weilbull - Aqui
100

90

80
Probabilidade de Falha [%]

70

60

50

40

30

20

10

0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Tensão Trativa [MPa]

V=1em=5 V = 10 e m = 5 V = 1 e m = 30 V = 1 , m = 5 e Su = 100
Aplicação da Teoria de Weibull
   m 
Pf = 1 − exp  −   
   0  

1   
m

= exp    
1 − Pf   0  
m
1  
ln =  
1 − Pf  0 
 
 ln ln 1  = m (ln  ) − (m ln  0 )
 1 − Pf 
 
Aplicação da Teoria de Weibull
 
 ln ln 1  = m (ln  ) − (m ln  0 )
 1 − Pf 
 

Y =m x − b
 
 ln ln 1 
 1 − Pf 
 

m
(m ln  0 )
(ln  )
Aplicação da Teoria de Weibull
 
 ln ln 1  = m (ln  ) − (m ln  0 )
 1 − Pf 
 

Y =m x − b

“parâmetro conhecido”

Desconhecido Desconhecido

? Distribuição de
Dados de teste probabilidade
Aplicação da Teoria de Weibull
Conversão através Distribuição de
Dados de teste
de funções, chamadas de probabilidade
funções estimadoras

ni ni − 0,5
Pf = ; Pf =
N +1 N

ni − 0,3 ni − 3 / 8
Pf = ; Pf =
N + 0,4 N + 1/ 4

ni = Localizador do corpo de prova na amostra (ordem crescente)


N = Número de corpos de prova da amostra
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaio Mecânicos
Identificação do CP Tensão de Ruptura Ensaio mecânico
CP4 508
CP10 401
CP7 552
CP1 455
CP5 420
CP6 510
CP15 470
CP8 420
CP9 540
CP2 563
CP11 423
CP12 632
CP13 584
CP14 612
CP7 544
… ...
CP N 478
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaio Mecânicos – Ordem Crescente
Identificação do CP Tensão de Ruptura ni
(Ordem Crescente) (Localizador)
CP10 401 1
CP5 420 2
CP8 420 3
CP11 423 4
CP1 455 5
CP15 470 6
CP16 478 7
CP4 508 8
CP6 510 9
CP9 540 10
CP7 544 11
CP7 552 12
CP2 563 13
CP13 584 14
CP14 612 15 Qual deve ser o
CP12 632 16
… … … tamanho da
CP X 634 N
amostra (N)?
Aplicação da Teoria de Weibull
Funções Estimadoras
Identificação do Tensão de ni Pf Pf
CP Ruptura (estimador) (estimador) ni − 0,5
CP10 401 1 (1-0,5)/30 0,017 Pf =
CP5 420 2 (2-0,5)/30 0,050 N
CP8 420 3 0,083
CP11 423 4 0,117
CP1 455 5 0,150
CP15 470 6 0,183
CP16 478 7 0,217
CP4 508 8 (8-0,5)/30 0,250
CP6 510 9 0,283
CP9 540 10 0,317
CP7 544 11 0,350
CP7 552 12 0,383
CP2 563 13 0,417
CP13 584 14 0,450
CP14 612 15 0,483
CP12 632 16 0,517
… … …
CP X 634 30 (30-0,5)/30 0,983
Identificação Tensão de Ruptura ni Pf ln ln (1/(1-pf))
do CP (estimador)
CP10 401 1 0,017 -4,094
CP5 420 2 0,050 -2,996
CP8 420 3 0,083 -2,485
CP11 423 4 0,117 -2,148
CP1 455 5 0,150 -1,897
CP15 470 6 0,183 -1,696
CP16 478 7 0,217 -1,529
CP4 508 8 0,250 -1,386
CP6 510 9 0,283 -1,261
CP9 540 10 0,317 -1,150
CP7 544 11 0,350 -1,050
CP7 552 12 0,383 -0,959
CP2 563 13 0,417 -0,875
CP13 584 14 0,450 -0,799
CP14 612 15 0,483 -0,727
CP12 632 16 0,517 -0,660
… … …
CP X 634 30 0,983 -0,017
Identificação Tensão de Ruptura ni Pf ln ln (1/(1-pf)) ln (TR)
do CP (TR) (estimador)
CP10 401 1 0,017 -4,094 5,994
CP5 420 2 0,050 -2,996 6,040
CP8 420 3 0,083 -2,485 6,040
CP11 423 4 0,117 -2,148 6,047
CP1 455 5 0,150 -1,897 6,120
CP15 470 6 0,183 -1,696 6,153
CP16 478 7 0,217 -1,529 6,170
CP4 508 8 0,250 -1,386 6,230
CP6 510 9 0,283 -1,261 6,234
CP9 540 10 0,317 -1,150 6,292
CP7 544 11 0,350 -1,050 6,299
CP7 552 12 0,383 -0,959 6,314
CP2 563 13 0,417 -0,875 6,333
CP13 584 14 0,450 -0,799 6,370
CP14 612 15 0,483 -0,727 6,417
CP12 632 16 0,517 -0,660 6,449
… … …
CP X 634 30 0,983 -0,017 6,452
 
 ln ln 1  = m (ln  ) − (m ln  0 )
 1 − Pf 
 

Y =m x − b

ln ln (1/(1-Pf)) ln (TR)
-4,094 5,994
-2,996 6,040
-2,485 6,040
-2,148 6,047
-1,897 6,120
-1,696 6,153

-0,017 6,452
Aplicação da Teoria de Weibull (parei)

m
População de
defeitos é
unimodal.
b = (m ln  0 )

Tensão de Ruptura (MPa)


Considerações Importantes para
Aplicação da Teoria de Weibull
Efeito de 0
 N  − u  Vi 
m

Pf = 1 − exp −    
 i =1  0  V0 
0 = Resistência característica por volume unitário.
Isto é, significa a tensão característica na qual um
volume de material (V0) falharia em tração uniaxial.
Nesta condição, todo volume V0 está submetido a
mesma tensão trativa e 0 é propriedade do material.
Considerações Importantes para
Aplicação da Teoria de Weibull
Efeito de 0
Por simplicidade matemática, Weibull escolheu
V0 = 1. Consequentemente, V0 sai da equação.
 N  − u 
m

Pf = 1 − exp −    Vi 
 i =1  0  

Para que 0 possa ser usada em qualquer sistema


de unidade, a equação dimensional deve ser
(.V1/m).
Considerações Importantes para
Aplicação da Teoria de Weibull
Efeito de 0, m e u

Materiais frágeis são muito susceptíveis a defeitos


de superfície e, por isso, diferentes valores de 0, m
e u podem existir para superfície e para o volume.
Uma preparação muito cuidadosa da superfície do
corpo de prova aproxima os valores dos parâmetros
da superfície daqueles do volume.
Considerações Importantes para
Aplicação da Teoria de Weibull
Tipo de Ensaio
  − u 
m

Pf = 1 − exp  − V   
  0  

0 só é propriedade do material se o teste for


realizado sob tração uniaxial.
- MAS A MAIORIA DOS TESTES DE RESISTÊNCIA
MECÂNICA É REALIZADO EM FLEXÃO !!!
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
  MOR − MORu 
m

Pf = 1 − exp  − V   
  MOR0  

Neste caso, somente a fibra mais externa está


submetida a maior tensão trativa e o volume
submetido à esta tensão é muito pequeno.
Então …
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
  MOR − MORu 
m

Pf = 1 − exp  − V   
  MOR0  

- MOR0 não é mais propriedade do material !!!!!!


- Mas continua representando a tensão trativa
que causaria falha nas barras de teste 63,2%
das vezes (Pf = 63,2%).
- Esta tensão trativa atua na fibra mais externa
na barra de teste, em um volume muito pequeno.
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
  MOR − MORu 
m

Pf = 1 − exp  − V   
  MOR0  

Determinação de MOR0
-Obtem-se da tabela de estimadores
ou
-Do gráfico, onde b = m (ln MOR0)
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
  MOR − MORu 
m

Pf = 1 − exp  − V   
  MOR0  

Se a resistência mecânica depende do tipo de


ensaio e do volume de material testado, com
comparar ensaios realizados em condições
diferentes de teste?
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
Definição do Volume Efetivo (VE) :
- Num ensaio de tração, o volume efetivo (VE) é
igual a todo o volume do “gage length”.
- Já num ensaio de flexão, é o volume do material
submetido a uma tensão trativa uniaxial () que
teria a mesma probabilidade de falha (Pf) de uma
amostra testada em tração.
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
Volume efetivo (VE) em flexão a 3 pontos

V
VE = V = Lhb
2 ( m + 1 )2

Volume efetivo (VE) em flexão a 4 pontos (1/4)

V (m+2)
VE = V = Lhb
4 ( m + 1 )2
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
VE <<< V
Se m = 10, em flexão a 3 pontos
V
VE = = 0,004 V
242
Se m= 10, em flexão a 4 pontos (1/4)
3
VE = V = 0,025 V
121
Se m= 10, volume em flexão a 4 pontos é 6,25X maior
do que a flexão a 3 pontos.
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
Definição de Risco de Ruptura (B)
m
 
B = V  
0 
m
  MAX 
B = VE  
 0 
Quando, B = 1  Pf = 63,2%
m
 MOR0 
1 = VE  
 0 
 0 = MOR0 (VE )1/ m
Aplicação da Teoria de Weibull
Ensaios de Flexão
Como 0 é propriedade do material
m
 MOR0 
1 = VE  
 0 
 0 = MOR0 A (VEA )1/ m

 0 = MOR0 B (VEB ) 1/ m

1/ m
MOR0 A  VEB 
=  
MOR0 B  VEA 
Ensaios de Flexão
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