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MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
CURITIBA
2016
1
Monografia de Especialização,
apresentado ao Curso de Especialização
em Automação Industrial, do
Departamento Acadêmico de Eletrônica,
da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná – UTFPR, como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista.
Orientador: Prof. Carlos Raimundo Erig de
Lima.
CURITIBA
2016
2
RESUMO
Por fim, são avaliados os dados obtidos através de medidas reais da máquina em
operação. O trabalho demonstra as melhorias proporcionadas pelo controle de
energia específica de refino, tanto nos aspectos de qualidade e economia de
energia, como no aumento da produção e, consequentemente na lucratividade da
empresa.
ABSTRACT
The present paper approaches the case study in the WestRock Pulp and Paper
Factory, more specifically the process of preparing the cellulosic pulp, so that the
paper to be produced can be formed, making sure the quality standards required by
the market. In this sense, are discussed the process and control of the refining
intensity of the fibers, main aspects of the dough preparation.
The refiners used in the factory are disc ones, and the refining intensity control is
performed by closing or opening the distance between the discs from the refiner in
order to increase or decrease the printed impacts of the fibers. Previously the
approach control of the disks was carried out manually by the operator, based on
some laboratory tests.
The implemented control uses the refining potency, flow and cellulose consistency
data to perform a approximation control of the refiner discs, based on a setpoint
defined by the operator. In this case, the operator continues to determine the
required refining levels, but the automatic control prevents that its potency increases
considerably, when a greater amount of dough enters the refiners, providing an
excess of refining and a very high energy consumption that is unnecessary. The
reverse process is also controlled, preventing refiners from refining the fibers
sparingly because of a drop in the dough flow through them.
Finally, the data obtained through actual measurements of the machine in operation
are evaluated. The paper shows the improvements provided by the refining using the
energy control, both in terms of quality and energy savings, as well as increased
production and, consequently, the company's profitability.
The conclusion of the study demonstrates that the refining control is directly related
to the quality of the paper and its production. In addition, by reducing the energy
consumption of refiners, papermaking becomes less expensive and, as a result, the
company becomes more competitive in the market.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 9
1.1 PROBLEMA ...................................................................................................... 10
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 11
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 11
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 11
1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 11
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................... 12
2 REFINAÇÃO DE POLPA CELULÓSICA E ENERGIA ESPECÍFICA ............... 13
2.1 AS FIBRAS E A PASTA CELULÓSICA .............................................................. 13
2.2 REFINAÇÃO E QUALIDADE DO PAPEL .......................................................... 16
2.3 PROCESSO DE REFINAÇÃO ............................................................................. 17
2.4 TIPOS DE REFINADORES ................................................................................. 22
2.5 ENERGIA DE REFINAÇÃO ............................................................................... 25
3 ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 30
3.1 WESTROCK – UNIDADE FABRIL DE TRÊS BARRAS ...................................... 30
3.2 REFINADORES DA MÁQUINA DE PAPEL #3 ................................................... 33
3.3 SISTEMA DE CONTROLE DE REFINAÇÃO ATUAL ......................................... 34
3.4 SISTEMA DE CONTROLE DE REFINAÇÃO BASEADO NA ENERGIA
ESPECÍFICA DE REFINO ........................................................................................... 37
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ...................................................... 39
4.1 COMPARATIVO DE DADOS ............................................................................. 44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 47
5.1 TRABALHOS FUTUROS ................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
Conforme apresenta a Figura 01, a estrutura das fibras pode ser dividida nas
seguintes partes (BORTOLAN, 2012):
Parede Primária (Pr): parte externa da fibra, constituída por fibrilas
entrelaçadas que formam uma parede fina;
Parede Externa (S1): formada por fibrilas paralelas entrelaçadas que ficam
em contato com a parede primária;
Parede Secundária Média (S2): parte da fibra onde se localiza a maior
quantidade de celulose. Sua espessura varia conforme localização na árvore;
Parede Secundária Interna: Formada por fibrilas dispostas em espiral;
Figura 03 – Comparativo entre uma mesma quantidade de polpa refinada e não refinada.
Fonte: Adaptado de Ultrassonic Sensor to Characterize Wood Pulp During Refining
(GREENWOOD et al, 2006)
óticas. Uma polpa celulósica que contém fibras mais maleáveis é capaz
de proporcionar maior contato entre as mesmas e, consequentemente,
aumentar a força de ligação entre elas (GHAREHKHANI et al., 2014)
(TORRES et al., 2012);
Fibrilação Externa: é decorrente do arrancamento das camadas mais
externas da fibra, proporcionando uma superfície fibrosa e aumentando a
área superficial de macrofibrilas. Desta forma, a fibrilação externa é a
principal responsável pela melhoria na capacidade de ligação entre as
fibras (GHAREHKHANI et al., 2014) (TORRES et al., 2012) (BORTOLAN,
2012);
Geração de Finos: Os finos são pequenas partes externas das fibras
que se desconectam da parede celular. A geração destes pequenos
pedaços da parte externa da fibra são formadas devido a ação mecânica
dos refinadores, ao triturar ou cortar uma parte da fibra. De maneira
geral, a produção de finos é uma conseqüência não desejada do
processo, pois prejudicam a medição do grau de refinação e a retenção
de água na tela formadora da máquina. Por outro lado, em alguns casos,
podem gerar um pequeno incremento na resistência do papel e em suas
propriedades óticas (opacidade), colaborando para o aumento dos
pontos de contato entre as partículas (GHAREHKHANI et al., 2014)
(TORRES et al., 2012) (MENEGAZZO, 2012);
Encurtamento das Fibras: O encurtamento das fibras também ocorre
devido a ação mecânica dos refinadores. No momento em que a fibra
passa entre as bordas das barras do refinador, a mesma pode sofrer um
corte total de sua estrutura, dividindo-a em duas partes, provocando seu
encurtamento. Quando a parede celular da fibra é estreita e a mesma
não possui muita flexibilidade, as chances de sofrer um encurtamento
são maiores. Esta conseqüência do processo de refino é prejudicial para
a formação e qualidade final do papel, reduzindo a resistência ao rasgo e
ao arrancamento do papel (TORRES et al., 2012).
Quanto maior o tempo de refinação, maiores são as modificações sofridas
pelas fibras e o consumo de energia pelos refinadores. Uma pasta refinada
excessivamente perde propriedades importantes para a formação da folha e,
proporciona ao papel produzido baixos níveis de qualidade, geralmente relacionados
22
Figura 08 – (a) Mecanismo de Refino e (b) Forçar Atuantes Durante o Processo de Refino
Fonte: Adaptado de “Basic Efects of Pulp Refining on Fiber Properties – A Review”
(GHAREHKHANI et al., 2014)
a equação (01).
ET En l Eef (01)
C Pef
SRE Pef MF N I (06)
MF C
(07)
cF l F
CK (08)
w
29
3 ESTUDO DE CASO
FLUXO DE MASSA
SECA DE SAÍDA DO
REFINADOR
DETERMINAÇÃO DO
DETERMINAÇÃO DA
SET-POINT DE SET-POINT DE APROXIMAÇÃO OU VARIAÇÃO DE
ENERGIA
ENERGIA POTÊNCIA + AFASTAMENTO DOS FREENES DA POLPA
ESPECÍFICA
ESPECÍFICA A SER
APLICADA AO
- DISCOS REFINADA
APLICADA
REFINADOR
MEDIÇÃO DA
POTÊNCIA
APLICADA AO
REFINADOR
Antes de ser enviada para os refinadores, a pasta celulósica passa por tanque
de massa, com a finalidade de homogeneizar a mesma e controlar sua consistência.
Em geral, a consistência de polpa enviada para os refinadores é controlada com um
set-point entre 3% e 4%. A Figura 19 apresenta o gráfico da variação de
consistência em função do tempo para o mesmo período apresentado nos gráficos
anteriores. É possível notar que, em média a consistência fornecida aos refinadores
é de 3,40%.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS