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Abstract Psycho-social Care Centers (PCC) are Resumo Os Centros de Atenção Psicossocial
also designed to coordinate actions in mental (CAPS) têm também como finalidade articular
health care in Brazil, mainly at Primary Health ações de saúde mental no território, principalmente
Care (PHC) level. Matrix support is one of the na Atenção Primária à Saúde (APS). O apoio ma-
pillars of the program, as it aims to ensure assis- tricial é uma das formas para esta articulação, pois
tance of specialized back-up staff to the health objetiva assegurar retaguarda especializada às
teams. In this respect, this research seeks to un- equipes de saúde. Diante disto, a pesquisa pretende
derstand how matrix actions in mental health compreender como as ações de matriciamento em
contribute to the accessibility and resolution of saúde mental contribuem para a acessibilidade e a
mental health cases. This study involved qualita- resolubilidade dos casos. Trata-se de uma pesquisa
tive research conducted in the cities of Fortaleza qualitativa realizada nas cidades de Fortaleza e
and Sobral in the State of Ceará, where 37 (thir- Sobral, no Estado do Ceará, cujos sujeitos entre-
ty-seven) mental health workers, 14 (fourteen) vistados foram 37 (trinta e sete) trabalhadores de
primary health care users and 13 (thirteen) rela- saúde mental e da atenção primária, 14 (quator-
tives who took part in matrix support actions ze) usuários e 13 (treze) familiares que participa-
were interviewed. As the results revealed, the PHC ram das ações do apoio matricial. Conforme os
workers do not feel qualified to intervene in men- resultados demonstraram os trabalhadores da APS
tal health cases. There is also excess haste in refer- não se sentem instrumentalizados para intervir
ring users to PCCs making access to mental health nos casos de saúde mental. Existe uma precipita-
care more difficult. However, it was identified ção nos encaminhamentos dos usuários para os
that discussions on mental health in primary care CAPS, dificultando a acessibilidade da assistência
allow the appropriation of cases by PHC workers em saúde mental. Porém, identificou-se que as dis-
and promote rapprochement between the teams. cussões em saúde mental na atenção primária pos-
In this way, they influence the resolution of men- sibilitam a apropriação dos casos pelos trabalha-
tal health cases. dores da APS e promovem a aproximação entre as
Key words Mental health, Primary health care, equipes. Deste modo influenciam na resolubilida-
1
Saúde Pública, Matrix support, Access to health services de dos casos de saúde mental.
Universidade Estadual do Palavras-chave Saúde mental, Atenção Primá-
Ceará. Av. Paranjana 1700,
Itaperi. 60740-000
ria à Saúde, Apoio matricial, Acesso aos serviços
Fortaleza CE. de saúde
quinderephd@gmail.com
2158
Quinderé PHD et al.
social, buscando a afirmação ético-política do [..] tem muitos médicos que, na atenção bási-
pensamento. A partir do material construído ca, quando o paciente se queixa de tristeza, ele já tá
com as entrevistas dos quatro grupos de sujei- mandando pro CAPS [...] (GIIc1).
tos, procedeu-se ao cruzamento entre as diferen- Como se depreende nas narrativas ora repro-
tes informações levantadas, articulando-as com duzidas, nem todos os trabalhadores da atenção
o referencial teórico, por meio da técnica de tri- primária se sentem capacitados e seguros na abor-
angulação do material empírico16,17. dagem e condução dos casos de saúde mental.
As narrativas foram analisadas com base na Surgem, então, dificuldades de variadas nature-
leitura exaustiva das entrevistas, passando pela zas, as quais repercutem diretamente na acessibi-
problematização das ideias e busca de significa- lidade, ou seja, na relação entre oferta de serviços e
dos. Desta, emergiram categorias empíricas, or- impacto desta na capacidade de utilização da po-
ganizadas em núcleos de sentido inerentes ao vi- pulação, muitas vezes irregular e que impossibilita
vido singular dos informantes. Por último, fo- a resolubilidade da assistência, no atendimento
ram dialogadas com os referenciais teóricos nos das necessidades de saúde da população. Primei-
quais a pesquisa se fundamentou. Assim, bus- ro, porque não há intervenção inicial do caso, na
cou-se compreender como eles configuram o tentativa de dar respostas à demanda daquele usu-
apoio matricial mediante suas experiências e os ário pela equipe da APS e, segundo, porque medi-
significados, construídos socialmente, desta “fer- ante tais dificuldades são gerados encaminhamen-
ramenta” de trabalho. Enquanto o significado tos desnecessários aos serviços especializados, os
engloba uma dimensão coletiva e experimentado quais, muitas vezes, não são acessados pela popu-
coletivamente, o sentido, por sua vez, difere de lação em virtude das distâncias geográficas, pro-
pessoa para pessoa em circunstâncias distintas, blemas de ordem financeira, entre outros.
pois do significado objetivo da palavra a pessoa Em estudo realizado com coordenadoras de
separa aquela parte que lhe é interessante, de equipes de Unidade de Saúde da Família de Natal
acordo com a situação, e configura o sentido18. (RN), apontaram-se grandes dificuldades des-
sas equipes em lidar com a demanda de saúde
mental nessa Unidade de Saúde, visto não se sen-
Resultados e discussão tirem seguras para abordar tais casos. Falta com-
preensão técnica, sobretudo quanto a termos
Ao se iniciar a discussão cabe reafirmar que a específicos da saúde mental, tipos de transtor-
acessibilidade está intrinsecamente relacionada à nos mentais, aspectos relativos aos medicamen-
oferta de serviços e o impacto desta na capacida- tos e seus efeitos no organismo. Referiram ainda
de de utilização e de resolubilidade das deman- dificuldades em estabelecer prioridades e estraté-
das da população. A acessibilidade aos serviços gias de atendimento dos casos de saúde mental
de saúde precisa ter um impacto na inserção do nas unidades19.
usuário nos serviços e o recebimento de cuida- Entende-se que o apoio matricial em saúde
dos subsequentes. mental na APS pode reorganizar a rede de servi-
ços, favorecer o acesso e viabilizar o trânsito dos
Chorou, manda p’ro CAPS! trabalhadores de saúde mental, anteriormente
“aprisionados” aos CAPS, em razão dos diver-
Os relatos propiciaram observar-se certa pre- sos níveis de complexidade do sistema de saúde.
cipitação dos profissionais concernentes aos en- Esse confinamento pode estar associado à ex-
caminhamentos dos centros de saúde para os pressiva demanda em saúde mental cada vez mais
CAPS, pois na maioria das vezes os trabalhado- ascendente nestes serviços. Entretanto, faz-se ne-
res da atenção primária sentem-se inseguros em cessário ressaltar que a referida demanda apre-
acompanhar casos de saúde mental, ainda que senta-se muitas vezes equivocada, pois o filtro de
leves. Neste contexto, evidenciou-se ser corrente, acesso mostra-se bastante poroso, desprovido
no Ceará, a ideia e o comportamento de que “[...] de avaliação adequada dos casos com perfil para
chorou, manda p’ro CAPS”, conforme se obser- uma atenção especializada. A grande demanda
va nas narrativas dos trabalhadores de saúde: de casos que poderiam ser acompanhados no
[...] a dificuldade maior está aí, nas dificulda- nível primário de assistência sobrecarrega os
des que as equipes têm de atender essas pessoas de CAPS e compromete o acesso e o atendimento
saúde mental. Acabam achando mesmo que é fun- das pessoas com transtornos mentais mais gra-
ção do CAPS, da atenção secundária ficar com essa ves, seja mediante a realização de visitas domici-
demanda [...] (GIc2). liares seja pela busca ativa de pacientes em crise.
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população com problemas de deslocamento aos equipes, assim como a atuação interdisciplinar
serviços de saúde mental, como revelam os se- apontam para uma acessibilidade nos seus múl-
guintes relatos: tiplos aspectos. Logo, não se restringem apenas
[...] Não sinto diferença no CAPS e aqui, o ao uso do serviço em si, mas prolongam-se pela
atendimento é tudo bom. Aqui é bem perto da mi- continuidade do cuidado, pela resposta dada à
nha casa. Só mudou de maneira positiva [...] demanda dos usuários e pela resolubilidade da
(GIIIc1). assistência prestada3.
[...] Às vezes eles têm até vontade de ir pro
CAPS pra participar da psicoterapia lá, mas [...] Não estão nem um pouco aptos
eles não têm dinheiro pra está se deslocando, às a acolhê-los ]
vezes [...] estão deprimidos e aí até mesmo pra se
deslocar pra um pouquinho mais distante já fica O estudo demonstrou que nem todos os tra-
mais difícil. Então, quando eles têm um atendi- balhadores das UBS têm conhecimento do apoio
mento aqui perto ajuda, diminui a demanda pro matricial, e mesmo os que conhecem nem sem-
CAPS e está resolvendo o problema [...] (GIIc2). pre se comprometem em utilizá-lo. Há desinte-
De acordo com a análise das “falas” ora des- resse por parte de alguns trabalhadores na con-
critas, estando as equipes de saúde da família dução dos casos de transtornos mentais devido
mais aptas a intervir, devido ao suporte das equi- a esse nível da atenção, conforme pode ser obser-
pes especializadas, os pacientes e suas famílias vado nas narrativas a seguir:
passam a ter acesso aos serviços de saúde, o que [...] Não. Os profissionais não se interessaram,
permite que alguns usuários não precisem mais não procuraram acolher os pacientes, não busca-
ser referenciados aos centros especializados lo- ram melhorar. Não têm paciência com os portado-
calizados, às vezes, distante de suas residências. res de doença mental e não estão nem um pouco
Assim, com o apoio matricial, alguns casos po- aptos a acolhê-los [...] (GIIc2).
dem ser acompanhados no serviço de saúde do [...] Eles [os médicos] nem sabem da existên-
território onde vivem os sujeitos, ou seja, mais cia, ao mesmo tempo não houve mais nenhuma
próximo dos usuários. As inúmeras dificuldades articulação, pois se fosse uma coisa obrigatória a
econômicas, de transporte e de locomoção com- coordenação traria isso e convocaria alguém pra
prometem o acesso da população a serviços es- uma reunião [...] (GIIc2).
pecializados, os quais, geralmente, não existem É visível a inexistência de práticas de saúde
em número suficiente no município para cobrir mental na atenção primária. Tal realidade está
uma área territorial extensa, isto é, atender a uma associada a motivos tais como: o desconheci-
demanda muito grande. mento dos profissionais acerca do processo de
O olhar sobre a proposta do apoio matricial reforma psiquiátrica; não se sentirem ou de fato
vislumbra ações com potencial para possibilitar não serem capacitados para atuarem nos casos
a acessibilidade da população aos serviços de saú- de transtornos mentais, ainda que leves; falta de
de, bem como avançar na garantia de interven- medicações psiquiátricas para fornecer aos usu-
ções condizentes com os problemas de saúde ários nesse nível de atenção; a insuficiência ou
mental. Nesse sentido, o apoio matricial surge mesmo inexistência de uma rede assistencial em
como uma alternativa de gestão de trabalho em saúde mental de suporte; destacando-se também
saúde mental com potencialidade para atender as péssimas e precárias condições de trabalho e
às demandas nessa esfera da saúde. Traz consigo de atendimento dos casos nas UBS23.
um avanço no conhecimento do processo saú- Assim, como evidenciado, tanto o desinte-
de-doença, bem como no entendimento dos pro- resse por parte de alguns trabalhadores da APS
cessos de trabalho interdisciplinar com vistas a em abordar os casos de saúde mental como a
reduzir a fragmentação de saberes nos serviços falta de articulação entre os serviços especializa-
de saúde decorrente da lógica da especialização dos podem gerar uma descontinuidade ou mes-
adquirida por cada categoria profissional ao lon- mo uma ausência de assistência. Neste prisma,
go do tempo. conforme observado, por diversas vezes, pacien-
Deste modo, o apoio matricial torna-se rele- tes em acompanhamento nos CAPS nunca fo-
vante para racionalizar o acesso e o uso de recur- ram assistidos pelas equipes de saúde da família
sos especializados, sobretudo porque altera a que atuam nos seus territórios de origem, o que
ordenação predominantemente multidisciplinar mostra a fragmentação do sujeito quando da
do sistema para outra mais consentânea com a atenção à saúde e da não integralidade tão cara
interdisciplinaridade. Esta aproximação entre as ao SUS. O sujeito que adoece da mente não teria
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intervenções que transcendem o campo biológi- logo, focado na situação do indivíduo em sofri-
co, como demonstram as narrativas, a seguir: mento, suas condições psicossocioexistenciais e
[...] Eu estou indo para a terapia toda quinta- seus desafios terapêuticos, além das possibilida-
feira, eles disseram que faz parte do tratamento e des de interpretação27.
eu tô indo [...]. Tem o negócio da massagem [...] Mesmo diante da tendência de centralização
(GIIIc1). na medicação, a qual pode ser limitadora na cons-
[...] estamos participando de um grupo de cos- trução dos projetos terapêuticos dos usuários,
tura [...] é tipo uma terapia [...] já ganhamos prê- as ações de apoio matricial podem contribuir para
mios com isso e estamos tentando evoluir e crescer que o uso dessa medicação auxilie em muitos
cada vez mais [...] (GIIIc2). casos, ao potencializar a atuação dos trabalha-
Como destacado por Jill Grant26, as novas dores, das famílias e dos próprios usuários. Para
formas organizacionais em saúde mental ope- ser mais eficaz, o uso dos medicamentos precisa
ram com o foco na estreita relação entre os usu- estar relacionado ao intuito de impulsionar a
ários e os trabalhadores e na integração dos ser- autonomia do indivíduo, organizando melhor o
viços de saúde mental com a comunidade. quadro clínico, mediante o controle da ansieda-
Porém, a implantação desta ferramenta de tra- de, regulação do sono, redução de sintomas.
balho parece sofrer as mesmas influências do pro- Portanto, as intervenções medicamentosas devem
cesso de transição do modelo de intervenção na ser facilitadoras do processo de autonomia dos
saúde. Enquanto há um movimento de transfor- usuários e não aprisionadoras, principalmente
mação das práticas de saúde e utilização de novas das questões existenciais, psíquicas e sociais. Uma
ferramentas psicossociais, persiste forte prática contradição que está presente nas narrativas dos
medicamentosa e centralizada na figura do pro- sujeitos ao referirem tanto os benefícios quanto
fissional médico, com intervenções arraigadas ao os malefícios da medicalização:
modelo biologicista e individualista de atuação. [...] Antes eu não conseguia fazer o que faço
Contudo, o matriciamento não deve estar cen- hoje, sempre tinha que ter alguém perto de mim,
tralizado na figura de um só profissional na APS, hoje em dia faço tudo só, tirei a habilitação, faço
como se observa no discurso a seguir: faculdade, vou começar curso de inglês [...] (GIIIc1).
[...] A dificuldade é mesmo de implementar o [...] Não está ajudando na autonomia dele, eu
próprio conceito, pois o matriciamento é só uma não confio, ele é muito comprometido, às vezes ele
transferência [...] uma questão de local, o que ele fica sentado na calçada de casa. Quando preciso
faz lá no CAPS, não é? O psiquiatra vem e faz aqui, sair deixo ele com minha filha, ele depende de mim
é uma consulta ambulatorial [...] (GIIc1). [...] (GIVc1).
Desta forma, como o estudo demonstra, existe [...] Ela tem a liberdade dela, ela toma as atitu-
o risco de que as ações do apoio matricial se cen- des dela, não interfiro mais, ela mesma quem pro-
tralizem em uma só categoria profissional. Se cura o que precisa e agora só vim aqui no posto
houver esta centralização, o apoio matricial cor- porque fui chamada. Talvez ele queira diminuir o
re o risco de limitar-se a apenas uma ferramenta medicamento dela [...] (GIVc2).
terapêutica, em dissonância com seus reais pre- Em saúde, a concepção de autonomia está
ceitos constituintes. relacionada com a capacidade dos indivíduos li-
A utilização de ferramenta terapêutica única, darem com sua rede social. A autonomia, nesse
no caso, a prescrição de medicações, pode res- sentido, se traduziria como o poder de coconsti-
tringir as demais intervenções em saúde mental, tuição de maior capacidade dos indivíduos de
que são extremamente importantes para a trans- compreenderem e agirem sobre si mesmos e so-
formação do modelo de assistência nesse cam- bre o contexto no qual estão inseridos. Depende,
po. De acordo com os estudos de Jill Grant26, o para tanto, de uma multiplicidade de fatores, de
uso exacerbado dos recursos farmacêuticos e de aspectos que precisam ser levados em considera-
procedimentos especializados reforça a depen- ção como os fatores econômicos, políticos, so-
dência institucional dos usuários, e leva a uma ciais e individuais. Tal autonomia necessita, pri-
desvalorização da autonomia dos indivíduos, oritariamente, da reflexão e ação do sujeito so-
relegando outros saberes ou valores próprios da bre si mesmo e sobre o mundo que o cerca28.
comunidade. Desse modo, o apoio matricial em saúde
Vale ressaltar que o término de uma consulta mental pode configurar-se como uma ferramenta
não pode se limitar apenas a uma receita, a um potente para a construção da autonomia dos
pedido de exame ou um simples encaminhamen- usuários desde que ocorra concretamente no co-
to, deve ser o início de um novo patamar de diá- tidiano das práticas de saúde e contribua para a
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Colaboradores
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