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Despesa Orçamentária;
Despesa Extraorçamentária.
Esta subdivisão leva em consideração a relação que a despesa tem, levando em conta a sua participação no orçamento.
Portanto, de maneira geral podemos verificar que pela própria nomenclatura, uma das divisões será
contemplada no
orçamento enquanto que a outra não estará descrita no
orçamento, assim como acontece na receita.
Despesa extraorçamentária
A Despesa Extraorçamentária compreende os valores cujos pagamentos não
estão vinculados a uma autorização legislativa.
Este tipo de despesa não está
discriminada no orçamento público. Sua realização não se vincula à execução do
Orçamento, e constitui-se em saídas do passivo financeiro que possuem a finalidade de compensar as entradas no ativo
financeiro através de
receitas extraorçamentárias. Portanto, corresponde a devolução dos valores
entregues à
administração pública através de Cauções, Fianças, Depósitos
de Terceiros e outras.
Despesas orçamentárias
As despesas orçamentárias são as que necessitam de autorização legislativa
para poder ser realizada, ou seja, devem figurar
no orçamento público, para
que se possa efetivamente realizar o gasto.
10 – Orçamento Fiscal;
30 – Orçamento de Investimento.
Classificação Institucional
Compreende a obediência da estrutura organizacional das entidades, ou seja, respeitando os Órgãos do Governo Federal e
suas respectivas Unidades Orçamentárias. Consiste, portanto, na discriminação dos créditos orçamentários pelos órgãos que
integram a
estrutura administrativa e que vão realizar as tarefas que lhes competem no programa de trabalho estabelecido.
Para o Governo Federal a classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros para a identificação
do órgão e os outros três para identificação da unidade orçamentária. Exemplo:
Classificação Funcional
A classificação Funcional foi instituída pela Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, na época pelo Ministério do Orçamento e
Gestão e representou um grande avanço na técnica de apresentação orçamentária. Ela permite a vinculação das dotações
orçamentárias
a objetivos específico do governo. Os objetivos são viabilizados pelos Programas de Governo.
Esta classificação dá um enfoque que permite uma visão voltada a que o governo efetivamente executa, mudando a antigo
enfoque simplista de o que o governo
compra. A discriminação ordenada possibilita que, através da classificação funcional-
programática, seja conjugada as funções do Governo com os programas que este tem que desenvolver.
Para que haja um completo entendimento deste tipo de classificação, se faz necessário o entendimento do conceito de
função.
Um rol de funções, representando objetivos mais gerais: o maior nível de agregação das ações, de modo a refletir
as
atribuições permanentes do Governo. Um rol de subfunções, representando produtos concretos. São os meios e instrumentos
de ações organicamente articulados para o cumprimento das funções. Uma função se concretiza pela contribuição de
vários programas.
A classificação funcional também é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função e os três últimos
dígitos representam a subfunção. Exemplo: Função 12 – Educação / Subfunção 365 – Educação Infantil.
Estrutura Programática
O Decreto n. 2.829, de 29 de outubro de 1998, juntamente com a Portaria/ SOF n. 42, de 1999, que revogou a Portaria/MPO n.
117, de 1998, é o marco institucional para os novos critérios de classificação da despesa pública. Nesse
sentido, o programa
pode ser entendido como o instrumento de organização da atuação governamental, pois articula um conjunto de ações
que concorrem para um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores fixados no plano plurianual, visando
à
solução de um problema ou ao atendimento de uma necessidade ou demanda da coletividade.
De acordo com o Art.3° da Portaria n. 42/SOF, de 1999, cada esfera de governo estabelecerá suas estruturas de programas,
códigos e identificação.
Programa
O programa visa o entrosamento entre o Plano Plurianual e o Orçamento Anual. Enquanto o Plano Plurianual termina no
programa, o Orçamento Anual inicia com o programa, permitindo uma perfeita relação entre estes dois instrumentos
orçamentários.
Cada programa deve conter objetivo, indicador que quantifica a situação que o programa tenha como finalidade modificar
e os produtos (bens e serviços) necessários para atingir o objetivo. A partir do programa são identificadas as ações sob a
forma
de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades
orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto,
que, quantificado por sua
unidade de medida, dará origem à meta.
Ação
É a operação que visa atingir objetivo de um programa e resultará um bem ou serviço. As ações poderão ser classificadas em
atividade, projetos ou operações especiais.
1. Atividade: Tem a característica de resultar um produto ou serviço que será ofertado à comunidade de forma contínua e
permanente, para manutenção das ações do Governo;
2. Projeto: Tem a característica de ser limitado no tempo e gera um produto de expansão ou o aperfeiçoamento da ação
do governo.
3. Operação Especial: São despesas que não têm a finalidade de manutenção das ações governamentais, não resultam
um produto e não geram a contrapartida de bens ou serviços.
Nesta classificação há a previsão também de regionalização geográfica do gasto, permitindo saber inclusive a localização
onde o recurso foi aplicado.
1° e 2° dígitos numéricos;
3° e 4° dígitos alfanuméricos;
5° ao 8° dígitos numéricos.
Os quatro primeiros dígitos determinam a ação, enquanto os quatro últimos dígitos determinam o subtítulo (identificador da
localização do gasto).
1, 3, 5 ou 7, a ação é um projeto;
Elemento de Despesa
: quais insumos que se pretende utilizar ou adquirir?
Identificador de Resultado Primário: como se classifica essa despesa em relação ao efeito sobre o Resultado Primário da
União?
3 – Outras contrapartidas.
O número do IDOC também será usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos contratuais para
identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos.
Quando os recursos não se destinarem a contrapartida nem se referirem a doações internacionais ou operações de crédito, o
IDOC será 9999. Neste sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao combate à
fome, deverá
ser utilizado o IDOC 9999.
Para fim de auxiliar a apuração do resultado primário, a mesma lei estabelece que, no projeto de lei orçamentária e,
posteriormente, na lei orçamentária, a receita será identificada pela sua natureza financeira (F) ou primária (P).
As receitas de natureza primária (P) compreendem as provenientes dos tributos, taxas e contribuições sociais e econômicas
arrecadadas pela administração federal, enquanto as receitas de natureza financeiras (F) constituem aquelas obtidas pela
remuneração
do capital, alienação de ações e as provenientes de operações de crédito, ou seja, que não contribuem para
a realização do resultado primário. (Piscitelli, Timbó & Rosa – 2004)
Referência:
PISCITELLI, Roberto Bocaccio; TIMBÓ, Maria Zulene Farias & ROSA, Maria Berenice. Contabilidade Pública – Uma abordagem
da Administração Financeira Pública. 8ª Ed. São Paulo : Atlas, 2004.
ÁVILA, Carlos Alberto de; BÄCHTOLD, Ciro; VIEIRA, Sérgio de Jesus. Noções de Contabilidade Pública. Curitiba: Instituto Federal
do Paraná/Rede e-Tec, 2011.
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