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Gestão para resultados

na educação
Aula 1
Gestão para resultados
Olá
Nesta aula, refletiremos sobre a gestão para resultados, que é um ciclo
que se iniciou com o estabelecimento dos resultados desejados, a partir
da tradução dos objetivos traçados. Além disso, é importante ressaltarmos
que ele prescreve o monitoramento e a avaliação do desempenho da
organização ou da política pública, com o objetivo de alcançar esses
resultados e retroalimentar o sistema de gestão, propiciando ações de
melhorias decorrentes dessa avaliação.

Pense bem
Convidamos você a refletir a respeito de algumas questões:

De que forma as escolas e as pessoas são orientadas


para resultados?

Como nossos gestores e educadores são capacitados


para essa nova concepção?

Ao longo desta jornada, aprofundaremos nossos


conhecimentos sobre essa temática.

Antes de continuar, registre aqui a sua resposta


e, ao final dos estudos, volte e fique à vontade
para responder novamente.

- Faça seus comentários na área de destaque


indicada ao lado, utilizando o recurso de comentários.

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
Gestão para resultados: uma introdução

Neste momento,iniciaremos com a apresentação de duas formas de conceituar Gestão para Resultados
(GpR). Sabemos que ela é um marco conceitual de gestão organizacional, pública ou privada, em que
o fator “resultado” se converte na referência aplicada a todo o processo de gestão. Além disso, ela é
capaz de integrar os diversos componentes para otimizar seu funcionamento.

Vale destacar que essaforma de gerir apresenta-se como uma proposta de cultura organizadora,
diretora e de gestão, na qual a ênfase está nos resultados, e não nos processos e procedimentos.

Para auxiliar nossa compreensão, refletiremos sobre princípios e lógicas da gestão para resultados, de
acordo com Sônia Simões Colombo (2013),os quais apresentaremos na tabela a seguir.

• Transformar intenções estratégicas em resultados.


PRINCÍPIOS DA • Converter processos em resultados.
GESTÃO PARA
RESULTADOS • Desenvolver competências das pessoas para alcançar resultados.
• Agregar recursos e “fazer acontecer” os resultados pactuados.
• Low cost e high performance (baixo custo e alta performance).
• Consciência estratégia: perspectiva sistêmica.
• Liderança: capacidade de agregar pessoas.
LÓGICAS PARA
GERAÇÃO DE
•monitoramento.
Objetivos/metas: desdobramento das intenções em ações e

RESULTADOS

• Estrutura: definição das áreas de responsabilidades.


• Processos: definição dos procedimentos.
• Pessoas: definição das competências e capacitação.
• Pactuação de resultados: comprometimento.
Fonte: elaborado pela autora (2022).

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
Sabemos que, no dia a dia, alguns problemas podem interferir nessa dinâmica, tais como: a equipe não
convergir para uma estratégia comum (problemas de coerência estratégica); não haver articulação
(problemas de coordenação); altos custos (problemas nos processos).

Assim, para que isso não ocorra, é preciso pensarmos o todo, atuando de forma integrada, principalmente
em relação às cinco concepções consagradas. São elas:

1 estratégias compartilhadas;

2 alta competência dos profissionais;

3 processos estruturados;

4 baixos custos;

5 pactuação de resultados.

Nas videoaulas, discutiremos mais sobre essas concepções.

Por fim, para encerrar esse tópico, queremos convidar vocêa analisar como a gestão para resultados é
aplicada na administração pública, topa?

Gestão para resultados na iniciativa pública

Você já parou para pensar nas transformações que o Estado tem passado nas últimas décadas? Ele
desempenha um papel-chave como produtor de valor público, além de ser o principal responsável por
priorizar a criação das condições necessárias ao desenvolvimento e ao bem-estar social: com a oferta
de serviços e infraestrutura.

Cada vez mais, as cidadãs e os cidadãos vêm exigindo serviços de qualidade em contrapartida aos
impostos pagos por eles. Dessa forma, a população exerce o papel de controle social e de usuários
dos serviços públicos, bem como tem transformado várias frentes da administração pública.

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
Na escuta
Você sabia que, em maio de 2008, o governo
de Pernambuco lançou o programa Todos por
Pernambuco? Para o governo, em uma gestão
democrática, o poder público precisa dialogar
com a sociedade.

1 Foco no cidadão

2 Desburocratização

3 Eficiência + eficácia

4 Meritocracia

5 Uso da informação

6 Monitoramento e avaliação

Agora, vamos conhecer como e quando ocorreu a implementação da gestão para resultados pelo
Governo do estado de Pernambuco?

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
Política de gestão para resultados em Pernambuco

Você sabia que, desde 2007, com a implantação do Pacto pela Vida, o estado de Pernambuco adota
a política de gestão para resultados? Trabalhando com metas pré-fixadas e pagamento de bônus
por desempenho, buscamos melhorar não só o cumprimento das metas fiscais, mas também os
indicadores de qualidade de vida da população.

Em 2011, o modelo de gestão para resultados foi aperfeiçoado e expandido para outras secretarias
estaduais, dentre as quais destacamos a Secretaria Estadual de Educação, com a implantação do
Pacto pela Educação (PPE).

O PPE busca alinhar as ações estratégicas do Governo para obter melhorias nos serviços ofertados,
por meio dos indicadores educacionais, estabelecendo:

• rotina de pactuação de metas, de medição e acompanhamento periódico dos resultados por


escola;

• elaboração e implantação de ações de melhorias e pagamento de bônus por desempenho.

Apesar de, na prática, o estado de Pernambuco ter adotado a política de gestão para resultados desde
2007, a oficialização ocorreu em 25 de abril de 2013, com a edição do Decreto nº 39.336/2013, que

[...] estabelece o Valor Público como objetivo dos Programas de Estado; fixa
diretrizes para a Gestão para Resultados; e estabelece a execução dos Pactos
de Resultados no âmbito do Poder Executivo Estadual.

(PERNAMBUCO, 2013)

Segundo o decreto (PERNAMBUCO, 2013), “considera-se gestão para resultados o conjunto de


conceitos e ferramentas de gestão adotado para a obtenção de Valor Público definido nos instrumentos
de planejamento e pactuação governamental”.

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
Além disso, a Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) seria o “órgão competente para o
desenvolvimento de modelos e conceitos relacionados à Gestão para Resultados no Poder Executivo
Estadual, oferecendo apoio consultivo às Secretarias Executoras dos Programas de Gestão para
Resultados” (PERNAMBUCO, 2013).

Por aí
Convidamos você a conhecer e refletir sobre o Decreto 39.336,
consultando o documento na íntegra no site da Legislação do
Estado de Pernambuco.

ACESSE: Decreto nº 39.336, de 25 de abril de 2013

Podemos afirmar que trabalhar para a obtenção de valor público é uma tendência da administração
pública, de maneira geral. Portanto, não só Pernambuco, mas, também, outros estados brasileiros têm
seguido essa concepção, por exemplo, os estados de Minas Gerais, Ceará e São Paulo.

Agora que você já sabe como a política de gestão para resultados foi implantada em Pernambuco, que
tal conhecer o PPE, sua metodologia e seus principais indicadores? Na aula 2, teremos a oportunidade
de estudá-los. Até lá!

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
Recapitulando

Vamos, agora, revisar tudo o que acabamos de estudar? Entendemos que a gestão para resultados
foca o resultado e que todas as ações são planejadas e executadas buscando atingir o resultado
pactuado. Assim, por meio de uma concepção processual e diária, as equipes vão trabalhando e
fazendo os ajustes necessários para alcançar o objetivo traçado.

Por fim, entendemos que o Pacto pela Educação do estado de Pernambuco é fruto da gestão para
resultados. Além disso, as ações da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), das Gerências Regionais
de Educação (GREs) e das escolas são baseadas na gestão para resultados, e temos conseguido
melhorar, cada dia mais, a qualidade da educação de nosso estado.

PRATIQUE

1) Entre as possíveis definições de gestão por resultados, qual das alternativas a seguir NÃO
se aplica?

A - Um marco conceitual de gestão organizacional.

B - Proposta de cultura organizadora.

C - Ênfase nos processos e procedimentos burocráticos.

D - Integra os diversos componentes da gestão.

E - O fator “resultado” se converte na referência.

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
2) De quais premissas não podemos esquecer ao falar de gestão para resultados?

A - Foco no cidadão.

B - Monitoramento e avaliação.

C - Uso da informação.

D - Burocratização.

E - Eficiência.

3) Das alternativas a seguir, qual NÃO está alinhada com a obtenção de valor público?

A - Aumento da eficiência da aplicação dos recursos públicos.

B - Melhoria da qualidade dos serviços prestados à sociedade.

C - Obtenção do lucro.

D - Propriedade coletiva e politicamente desejável.

E - Geração de bem-estar social.

Respostas:
1-C, 2-D, 3-C.

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
REFERÊNCIAS

CENTRO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO. Avaliação, medidas de proficiência.


Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora, 2014.

COLOMBO, Sonia Simões. Gestão estratégica com foco em resultados. In: XI Seminário de Educação,
Fortaleza, [2016].

CRUZ, Maurício; MARINI, Caio; LEMOS, Marina. Governança em ação. v. 5. Brasília: Publix, 2014.
Disponível em: https://institutopublix.com.br/wp-content/uploads/2019/01/2014_MARTINS-MARINI_
Governan%C3%A7a-em-A%C3%A7%C3%A3o-vol.5.pdf. Acesso em: 10 out. 2022.

GERTLER, Paul J. et al. Avaliação de impacto na prática. Washington: Grupo Banco Mundial, 2015. Disponível
em: https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/2550/9781464800887.pdf. Acesso
em: 10 out. 2022.

GOMES, Eduardo Gomes Magalhães. Gestão por resultados e eficiência na administração pública:
uma análise à luz da experiência de Minas Gerais. 2009. Tese – (Doutorado em Administração
Pública e Governo). Escola de Administração de Empresas de São Paulo. São Paulo, Fundação
Getulio Vargas, EAESP, 2009. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/
handle/10438/4652/72050100745.pdf. Acesso em: 10 out. 2022.

PERNAMBUCO. Decreto n. 39.336, de 25 de abril de 2013. Estabelece o Valor Público como


objetivo dos Programas de Estado, fixa diretrizes para a Gestão por Resultados, e estabelece
a execução dos Pactos de Resultados no âmbito do Poder Executivo Estadual. Assembleia
Legislativa do Estado de Pernambuco, 2013. Disponível em: https://legis.alepe.pe.gov.br/texto.
aspx?tiponorma=6&numero=39336&complemento=0&ano=2013&tipo=&url=. Acesso em: 10 out. 2022.

PERNAMBUCO. Programas: Todos por Pernambuco. Pernambuco: Governo do Estado de Pernambuco,


2014a. Disponível em: www.pe.gov.br/programas/todos-por-pernambuco. Acesso em: 10 out. 2022.

PERNAMBUCO. Idepe, programa de modernização da gestão pública. Governo do Estado de


Pernambuco, 2014b. Disponível em: http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/pmg2/IDEPE.html.
Acesso em: 10 out. 2022.

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Gestão para resultados Aula 1: Gestão para resultados
Gestão para resultados
na educação
Aula 2
Pacto pela Educação
Olá
Nesta aula, aprofundaremos nossos estudos nos principais aspectos e
produtos relacionados ao Pacto pela Educação (PPE).

Você sabe para que serve o PPE? É uma política cujo foco é voltado para
a melhoria da qualidade da educação – para todos e com equidade,
abrangendo as escolas estaduais de Ensino Fundamental (Anos Finais) e
de Ensino Médio – por meio do acompanhamento dos seus resultados. O
PPE possui várias linhas de atuação, que passam pelo fortalecimento das
parcerias com os municípios, como: a transparência das informações,
a valorização e a capacitação, inicial e continuada, dos profissionais da
educação, o reconhecimento do mérito, o desempenho, o monitoramento e
a avaliação dos processos e resultados.

Pense bem
Você sabe como funciona a Política de Gestão para
Resultados dentro da educação?

Quais indicadores norteiam a tomada de decisão dentro


das escolas?

Ao longo deste percurso, refletiremos sobre essas


questões, buscando aprofundar nossos conhecimentos
sobre essa temática.

Antes de continuar, registre aqui a sua resposta


e, ao final dos estudos, volte e fique à vontade
para responder novamente.

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indicada ao lado, utilizando o recurso de comentários.

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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Breve histórico

No decorrer de nossos estudos, tivemos a oportunidade de aprender que o estado de Pernambuco,


durante o governo de Eduardo Campos, adotou a política de gestão pública para resultados. Ao tomar
posse em 2007, a nova gestão se deparou com uma série de problemas:

[…] o governo encontrou enormes dificuldades para obtenção de


informações atualizadas e precisas acerca da máquina estadual, desde
o seu quadro de funcionários a dados sobre receitas e despesas. Chegou
a ser diagnosticado o desperdício de recursos em alguns processos
tradicionalmente realizados no setor público, que tinham sua origem em
problemas de gestão.

(PERNAMBUCO, 2014a)

Com o objetivo de reverter essa situação, o Estado realizou estudos em áreas de impacto para a
população, como segurança, saúde e educação, e começou a trabalhar com metas pré-fixadas, para
melhorar não só o cumprimento das metas fiscais, mas também os indicadores de qualidade de vida
da população.

Esse trabalho passou a ser coordenado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG), que, junto
às demais secretarias do Estado, buscou implantar, de forma eficiente e ágil, o novo modelo de gestão.

Opa! Você sabia que, em maio de 2008, o governo de


Pernambuco lançou o programa Todos por Pernambuco?
Para o governo, em uma gestão democrática, o poder
público precisa dialogar com a sociedade.

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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
O projeto propôs estabelecer um canal de comunicação permanente. Nesse sentido, no início de
cada mandato (2008, 2011, 2015 e 2019), tivemos a realização dos seminários regionais “Todos Por
Pernambuco”. Neles, o governador, acompanhado de sua equipe técnica, esteve presente em todas as
regiões do estado, a fim de escutar as principais demandas da sociedade em áreas, como:

1 educação;

2 saúde;

3 segurança;

4 cultura;

5 desenvolvimento econômico;

6 sustentabilidade;

7 desenvolvimento social;

8 infraestrutura.

Desse modo, em 2011, foi criado o PPE com base nas demandas que surgiram nos seminários e nas
necessidades identificadas pelo governo na área da educação.

Posteriormente, o Decreto Estadual nº 39.336/2013 instituiu “as diretrizes para os Programas de Gestão
para Resultados com geração de Valor Público”, mediante “a utilização de metodologias específicas de
gestão para resultados, aplicadas a programas multissetoriais previstos no Mapa da Estratégia do
governo, e que têm a finalidade de obter a melhoria em indicadores de qualidade dos serviços públicos”
(PERNAMBUCO, 2013).

Na sequência, para uma maior compreensão do funcionamento do PPE, aprofundaremos nossos


conhecimentos a respeito da metodologia de trabalho.

Metodologia de trabalho

Você sabe como funciona o PPE? Para entender seu funcionamento, precisamos analisar sua
metodologia de trabalho, seu foco de atuação, seus produtos e suas ferramentas.

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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
No primeiro nível de reunião, temos a reunião estratégica do Comitê Gestor Executivo do Pacto,
presidido pelo governador do estado e formado pelas Secretarias de Planejamento e Gestão e de
Educação, conforme o Art. 9º, inc. I do Decreto nº 39.336/13 (PERNAMBUCO, 2013).

Esses encontros são realizados na sede da SEPLAG e têm como finalidade:

1 apresentar os resultados do estado e das Gerências Regionais de Educação (GREs);

2 gerar encaminhamentos a fim de destravar processos;

3 suprir necessidades imediatas;

4 alinhar procedimentos para o melhor funcionamento do setor;

5 apresentar análises sobre temas relevantes e estratégicos.

É importante ressaltarmos que outras secretarias, como a Procuradoria Geral do Estado, as Secretarias
de Administração, da Fazenda e da Casa Civil, participam dessa reunião justamente para proporcionar
a solução imediata dos entraves debatidos na sala de monitoramento.

No segundo nível, temos as reuniões táticas, nas quais cada representante da SEPLAG reúne-se com
o gestor da GRE de sua responsabilidade e com os diretores das escolas selecionadas para apresentar
um panorama da situação da regional, informando sobre o desempenho das escolas presentes.

Nessas reuniões, são identificadas as maiores fragilidades das escolas e, com base nos dados
apresentados, são traçadas ações de melhoria, que deverão ser executadas pelos diretores e
monitoradas pelas atas de encaminhamentos.
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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
No terceiro nível, temos as reuniões operacionais que ocorrem com:

• a equipe escolar;

• os técnicos e coordenadores da GRE;

• o gestor da SEPLAG responsável pelo acompanhamento da Regional.

Nesses encontros, são discutidos os resultados obtidos pelas escolas, o retorno dos encaminhamentos
gerados nas reuniões táticas, a discussão de soluções para os problemas encontrados, bem como o
andamento das ações já implantadas.

Reunião estratégica do PPE.


Fonte: SEDUC Pernambuco (2022).

Sabemos que esse formato, que abrange os três âmbitos, visa alcançar todos os atores envolvidos
no PPE, partindo do docente, passando pelo gestor das regionais, chegando ao nível estratégico com
o governador e secretários de Estado. Durante essas reuniões, são apresentados e discutidos os
resultados bimestrais ou semestrais de escolas, das regionais e do Estado.

Por ser uma política de gestão para resultados, o PPE utiliza indicadores de processo e de resultado
como mecanismos para avaliar e mensurar objetivamente o desempenho das ações educacionais
desenvolvidas pelo estado de Pernambuco. Além disso, com o intuito de entender os impactos do
contexto escolar nos resultados, começamos a utilizar os indicadores de contexto a partir do ano
de 2019.

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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Como principais indicadores do PPE, temos:

O índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE) e o


Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que são medidos
periodicamente para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio (Anos
Iniciais e Finais).

Agora que já entendemos melhor como o PPE e sua metodologia funcionam na prática, que tal
refletirmos sobre os programas de interface com os municípios?

Programas de interface com os municípios

Com o objetivo de fortalecer o Ensino Fundamental e a Educação Infantil, além de melhorar os índices
educacionais, o governo do estado de Pernambuco lançou, em 2016, o Programa de Educação
Integrada e, em 2019, o Programa Criança Alfabetizada.

Dentre os eixos que compõem o Programa de Educação Integrada, temos o de gestão para resultados,
no qual o Núcleo de Gestão para Resultados, da SEPLAG na Educação (NGR-SEE), desenvolve ações
e realiza o monitoramento dos indicadores educacionais dos municípios participantes – nos mesmos
moldes do trabalho desenvolvido com as escolas da rede estadual.

Com o Programa Criança Alfabetizada, entendemos que a gestão para resultados se fez presente
em seu escopo, uma vez que a composição de seus eixos, entre outros aspectos, trabalha com, por
exemplo:

Eixo 1

A formação de professores e gestores escolares.

Eixo 2

Qualificação da avaliação e do monitoramento de resultados educacionais.

Eixo 3

Premiação das escolas com os melhores resultados.

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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Eixo 4

Apoio para melhoria das escolas com os menores resultados.

Eixo 5

Fortalecimento da gestão escolar.

Na sequência, analisaremos os indicadores do PPE para aprofundar os conhecimentos.

Indicadores do PPE

Pensemos na seguinte situação. Você teria coragem de dirigir um carro de Recife até Petrolina se
o seu painel estivesse com defeito e você não conseguisse perceber o quanto de combustível tem
no reservatório ou qual a sua velocidade no momento de passar por uma lombada eletrônica?
Provavelmente, sua resposta é não. Da mesma maneira, não podemos desenvolver ações na escola
ou planejar o ano letivo sem levar em conta:

• as dificuldades dos estudantes apresentadas nas avaliações internas e externas;

• a quantidade de estudantes que reprovaram em um determinado componente;

• o motivo das faltas dos estudantes.

Portanto, sabemos que gerir uma escola sem considerar o que os indicadores apontam seria como
mirar em um alvo no escuro!

Opa!
Um indicador é uma medida, geralmente quantitativa,
que fornece informações sobre um objeto, fenômeno
ou realidade, permitindo comparabilidade.

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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Na sistemática do PPE, são trabalhados indicadores de processo (ligados ao gerenciamento da rotina
do trabalho), de resultado (possibilita um diagnóstico da execução) e de contexto (aponta o contexto
no qual as escolas estão inseridas).

MONITORAMENTO E
ACOMPANHAMENTO
AVALIAÇÃO

O monitoramento e a O acompanhamento
avaliação dos indicadores desses indicadores
permitem identificar permite que sejam
problemas (metas não definidas estratégias com
atingidas) e focos de ação, o objetivo de melhorar
auxiliando na correção do a qualidade do ensino
planejamento e na tomada público colocado à
de decisões. disposição da sociedade.

Agora que entendemos os indicadores do PPE, avançaremos para seus principais indicadores de
resultado.

Indicadores de resultado

Entendemos que os indicadores de resultado nos permitem observar e analisar o produto ou o


serviço ofertado. Conforme percebemos no decorrer de nossos estudos, o Decreto 39.336/2013
(PERNAMBUCO, 2013) elenca como principal indicador de resultado na área de educação o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

Como o IDEB é medido a cada dois anos, foi desenvolvido, em Pernambuco, o Índice de Desenvolvimento
da Educação de Pernambuco (IDEPE) com medição anual.

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Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Rendimento 2021: 94,2% Reprovação 2021: 4,6% Abandono 2021: 1,6% Distorção 2021: 23,3%

4,8% 4,9% 4,6% 1,6%


99,6% 1,5% 28% 26% 26%
94,4% 1,2%
94,2% 94,2%
23%

0,2%
0,5%

2018 2019 2020 2021 2018 2019 2020 2021 2018 2019 2020 2021 2018 2019 2020 2021

Visualização das taxas na apresentação do PPE.


Fonte: SEPLAG (2022).

Na tabela a seguir, conheceremos um pouco sobre os indicadores de resultado:

Conceito: “O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)


foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pioneira de
reunir, em um só indicador, dois conceitos igualmente importantes
para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de
desempenho nas avaliações. Ele agrega ao enfoque pedagógico dos
ÍNDICE DE resultados das avaliações em larga escala do Inep a possibilidade
DESENVOLVIMENTO de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem
DA EDUCAÇÃO BÁSICA traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O
(IDEB) indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar,
obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações
do Inep, o Saeb – para as unidades da federação e para os
municípios.” (Inep/MEC)
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira do Ministério da Educação (doravante Inep/MEC).
Periodicidade: bianual.

Conceito: utiliza a mesma metodologia do IDEB, sendo calculado


por instituição externa contratada para tal a partir dos dados
sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de
desempenho nas avaliações do SAEPE. O IDEPE é o indicador de
ÍNDICE DE qualidade da educação pública estadual que permite diagnosticar
DESENVOLVIMENTO e avaliar a evolução do Estado, Municípios, das GREs e de cada
DA EDUCAÇÃO DE escola, ano a ano.
PERNAMBUCO (IDEPE) Fonte: Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da
Universidade Federal de Juiz de Fora (doravante CAEd/UFJF) ou
outra empresa que venha a ser contratada pela Secretaria de
Educação.
Periodicidade: anual.

Conceito: expressa o percentual de alunos aprovados, reprovados


TAXAS DE e afastados por abandono, ou seja, ao final do ano letivo o aluno
RENDIMENTO matriculado é avaliado quanto ao preenchimento dos requisitos de
ESCOLAR, TAXA DE aproveitamento e frequência, podendo ser considerado aprovado,
APROVAÇÃO, TAXA DE reprovado ou afastado por abandono. Cada uma delas representa
REPROVAÇÃO E TAXA um percentual da matrícula total.
DE ABANDONO Fonte: Inep/MEC.
Periodicidade: anual.
20
Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Conceito: percentual de alunos com mais de 2 anos de atraso
TAXA DISTORÇÃO
escolar.
IDADE ANO (TDI)
Fonte: Inep/MEC.
Periodicidade: anual.

Conceito: avaliação em larga escala realizada para medir a


proficiência dos estudantes dos 5º, 9º e 3º anos, em Língua
SISTEMA DE
Portuguesa e Matemática, das escolas da rede estadual e municipal
AVALIAÇÃO
de Pernambuco. Existem quatro escalas de aprendizagem de
EDUCACIONAL
proficiência do SAEPE: Elementar I; Elementar II; Básico; Desejável.
DE PERNAMBUCO
Fonte: CAEd/UFJF ou outra empresa que venha a ser contratada
(SAEPE)
pela Secretaria de Educação.
Periodicidade: anual.

Fonte: elaborado pela autora (2022).

Agora, aprofundaremos nossos estudos sobre o conceito de proficiência.

Proficiência

Podemos afirmar que a proficiência é uma medida que representa a aptidão de um estudante, que pode
ser medida por instrumentos compostos de itens elaborados a partir de uma matriz de habilidades. O
mecanismo para calcular a proficiência é denominado Teoria de Resposta ao Item (TRI),

[...] sendo caracterizada por um conjunto de modelos matemáticos,


no qual a probabilidade de acerto a um item é estimada em função do
conhecimento do aluno

(Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, 2014)

Na apresentação do PPE, o indicador é apresentado por escola, GRE e estado, demonstrando a série
histórica com base nas proficiências obtidas no Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco
(SAEPE) nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

21
Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Por aí
Para saber mais sobre essa temática, basta acessar o
documento elaborado, em 2014, disponível no site da Secretaria
de Educação.

ACESSE: Parâmetros para a Educação Básica de Pernambuco

Na imagem a seguir, podemos analisar como o percentual de estudantes por faixa desempenho é
apresentado nos relatórios do PPE, de acordo com as proficiências obtidas na avaliação do SAEPE.

Série histórica padrão de desempenho


2021 26,7% 33,1% 22,4% 17,9%
2019 15,6% 25,1% 29,2% 30%
2018 18,4% 28,1% 27,5% 26%
2017 23% 29,2% 25,9% 22%
2016 30,6% 31,1% 20,8% 17,5%
2015 34,4% 29,5% 19,7% 16,4%
2014 34,2% 31,5% 19,6% 14,7%

2013 34,6% 32,7% 21,2% 11,5%

2012 38,5% 32% 18,4% 11,1%

2011 44,7% 29,6% 16% 9,7%

% Elementar I % Elementar II % Básico % Desejável

Proficiências obtidas na avaliação do SAEPE.


Fonte: SEPLAG (2022).

Em nossos estudos sobre Monitoramento e avaliação em educação, aprenderemos mais acerca de


avaliação externa e seus indicadores. Chegou a hora de estudarmos os indicadores de processo e de
contexto, bem como entenderemos o que são e como funcionam.

22
Gestão para resultados Aula 2: Pacto pela Educação
Indicadores de processo e contexto

Compreendemos que os indicadores de processo visam acompanhar variáveis ao longo da execução


do projeto. No caso do PPE, os indicadores de processo são apurados bimestralmente e, por meio da
observação deles, é possível desenvolver, antes do término do ano letivo, ações a fim de melhorar as
dificuldades evidenciadas.

Na tabela a seguir, conheceremos um pouco mais esses indicadores:

INDICADOR CONCEITO

Médias das notas individuais (N2) obtidas pelos estudantes na


NOTA INTERNA
avaliação bimestral.

PARTICIPAÇÃO NAS Percentual de educandos matriculados que fizeram a avaliação


NOTAS INTERNAS interna (N2).

Corresponde à média das notas obtidas pelos estudantes na


MÉDIA INTERNA
unidade didática N1 e N2 em determinado período.

ESTUDANTES ABAIXO Percentual de alunas e alunos que obtiveram nota menor que 6,0
DA MÉDIA na média das avaliações escolares da unidade.

FREQUÊNCIA DOS Percentual de faltas do docente em relação as respectivas aulas


DOCENTES previstas.

FREQUÊNCIA DOS
Percentual de falta dos estudantes em determinado período.
ESTUDANTES

AULAS DADAS X Total de aulas efetivamente ministradas pelos professores em


AULAS PREVISTAS relação ao número total de aulas previstas.

CUMPRIMENTO
Total de conteúdos ministrados que seguiram efetivamente o
DOS CONTEÚDOS
currículo previamente definido.
CURRICULARES

FAMILIARES EM Percentual da participação de responsáveis pelos estudantes em


REUNIÕES reuniões escolares.

PARTICIPAÇÃO DOS
DOCENTES NAS Percentual dos docentes previstos que participam das formações.
FORMAÇÕES

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ESTUDANTES COM
Estudantes com elevada quantidade de faltas ou com ausência de
TENDÊNCIA AO
médias em determinados componentes curriculares.
ABANDONO

ESTUDANTES COM
Estudantes abaixo da média em mais de três disciplinas nos
TENDÊNCIA À
resultados bimestrais.
REPROVAÇÃO

ESTUDANTES COM
Estudantes que estejam, em determinado período do ano, em
TENDÊNCIA À
situação de progressão plena ou parcial.
APROVAÇÃO

LACUNAS DE
PROFESSORES NAS
Disciplinas nas turmas que estão sem professores.
DISCIPLINAS DAS
TURMAS

PERCENTUAL DE
Número de matrículas atuais em relação às matrículas iniciais.
MATRÍCULAS

Fonte: elaborado pela autora (2022).

Quando abordamos os indicadores de contexto, devemos ter em mente as seguintes questões:

1 Você acredita que o contexto escolar influencia os resultados da escola?

2
Você acha mais fácil uma escola trabalhar com os estudantes que já ingressam nela apresentando
um nível pedagógico melhor ou com os estudantes com mais dificuldades?

3
E quanto ao rendimento dos docentes, é melhor quando eles trabalham um turno apenas ou
quando trabalham nos três turnos?

Pensando em observar o contexto escolar no qual as escolas estão inseridas e como isso interfere
nos resultados educacionais, o Núcleo de Gestão por Resultados na Educação (NGR-SEE) começou a
observar alguns dados relativos ao contexto da gestão, do estudante e do corpo docente.

Sobre os indicadores de contexto, podemos dizer que apresentam informações do contexto escolar
considerando três áreas de interesse: gestão, professor e aluno, bem como relacionam-se ao contexto
escolar para observação das unidades escolares conforme o perfil que possuem.

Desse modo, passaram a ser observados os seguintes indicadores:

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É um indicador que informa a proficiência média dos
estudantes em Língua Portuguesa e Matemática que iniciam
PERFIL DE os Anos Finais do Ensino Fundamental ou o Ensino Médio
ENTRADA na rede estadual de ensino de Pernambuco, bem como o
seu padrão de desempenho. Ele é construído a partir dos
resultados do SAEPE do ano anterior.

ESFORÇO É um indicador que caracteriza a intensidade do trabalho dos


DOCENTE professores no exercício de sua profissão.

É um indicador que busca retratar o quão complexo é gerir


COMPLEXIDADE determinada escola de acordo com o seu porte; o número
DE GESTÃO de turnos de funcionamento; a complexidade das etapas
ofertadas; e o número de etapas/modalidades oferecidas.

Pronto, agora que conhecemos os indicadores do PPE, no próximo tópico, abordaremos como eles
estão organizados em nossas ferramentas, além de alguns dos nossos produtos e serviços.

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Produtos e serviços

Além da realização das reuniões nos níveis estratégico, tático e operacional, existem produtos e serviços
oferecidos pela SEPLAG que podem ser usados como ferramentas de trabalho no monitoramento dos
indicadores do PPE. Você, durante seu dia a dia na escola, já deve ter tido contato com alguns desses
produtos. Para entendê-los melhor, apresentamos alguns deles a seguir.

Plataforma on-line

Durante muitos anos, trabalhamos com relatórios e painéis de indicadores, disponibilizados em PDF, que
apresentavam os indicadores de processo e de resultado. Atualmente, os relatórios de indicadores estão
concentrados em uma plataforma on-line, na qual verificamos todos os indicadores acompanhados,
bem como outros dados relevantes.

Nesse sentido, por meio de um link enviado às escolas, com perfil e senha de acesso individualizados,
os profissionais de educação têm acesso a um painel como o que apresentamos a seguir:

Fonte: SEPLAG (2022).

Cada caixinha amarela do painel dá acesso ao relatório ou aplicação referenciada, conforme


analisaremos a seguir:

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Rendimento SIEPE

Identificação do resultado final das taxas de aprovação, reprovação e abandono do ano letivo de 2021,
após as avaliações finais/conselhos de classes.

Fonte: SIEPE, SEPLAG (2022).

BI SAEPE

Acesso à série histórica do SAEPE das escolas das redes estadual e municipais, do percentual de
participação, do padrão de desempenho, da variação SAEPE, além de dicas e sugestões sobre o que focar.

Fonte: SIEPE, SEPLAG (2022).

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Power (RETRE) e Power RETRE EJA

É o relatório dos estudantes com tendência à reprovação e apresenta o desempenho bimestral dos
estudantes em todas as disciplinas, além da aprovação bimestral da escola.

Fonte: SIEPE, SEPLAG (2022).

Avaliação diagnóstica

Apresenta os resultados da avaliação diagnóstica em todas as disciplinas, realizada pela Secretaria de


Educação, assim como dados por disciplina e estudante.

Indicadores de Contexto

São três os indicadores: Índice de Complexidade de Gestão (ICG), Índice de Esforço Docente (IED)
e Perfil de Entrada. Os dois primeiros são índices do MEC, já o último, foi elaborado pela equipe do
NGR-SEE e identifica a proficiência média de entrada dos estudantes nas escolas estaduais nas séries
iniciais do ciclo (6ºEFAF e 1º EM). A partir desses indicadores é possível observar o perfil da escola.

Fonte: SIEPE, SEPLAG (2022).


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Nesses relatórios ― elaborados pelo Núcleo de Gestão para Resultados da SEPLAG ― são apresentadas
informações gerais de Pernambuco, das GREs, das escolas e dos estudantes. Além dos dados da rede
estadual, também são fornecidos aos municípios o painel com os resultados das avaliações externas
e do rendimento.

É importante ressaltarmos os links úteis, que possibilitam o acesso a arquivos que possibilitam o
aprofundamento do entendimento dos indicadores e das avaliações externas, bem como a outros sites
úteis para a rotina pedagógica da escola.

A atualização desses painéis é realizada semanal, bimestral, semestral ou anualmente, dependendo


do tipo do indicador. Agora, chegou a hora de abordarmos outro recurso muito importante, as oficinas.

Oficinas

Você sabia que a SEPLAG, anualmente, realiza oficinas de capacitação sobre temas de interesse dos
gestores? O intuito é que elas possam, de alguma forma, auxiliá-los no desempenho de suas atividades.

Oficina Power RETRE.


Fonte: Silvana Nunes (2022).

As oficinas geralmente envolvem assuntos relacionados a ferramentas da administração ou


utilização de produtos desenvolvidos dentro do ppe.

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São exemplos de oficinas já oferecidas pelo Núcleo de Gestão por Resultados da SEPLAG:

• Planejamento estratégico e ferramentas de gestão;

• Indicadores do PPE;

• Plano de ação;

• Matriz SWOT;

• Novos gestores;

• Power RETRE;

• TRI x TCT.

Agora, abordaremos outro recurso, o seminário de boas práticas.

Seminário de Boas Práticas

Com o intuito de proporcionar a troca de experiências exitosas entre os gestores das escolas estaduais
(disseminação de boas práticas), bem como entre as coordenações das Gerências regionais de
Educação, o Núcleo de Gestão para Resultados da SEPLAG, em parceria com a Secretaria de Educação,
realiza o Seminário de Boas Práticas.

Por aí
Que tal você conhecer as experiências apresentadas nas
edições dos Seminários de Boas Práticas?

ACESSE: Seminários de Boas Práticas

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Como o IDEB é medido a cada dois anos, foi desenvolvido, em Pernambuco, o Índice de Desenvolvimento
da Educação de Pernambuco (IDEPE) com medição anual.

Premiação do Seminário de Boas Práticas.


Fonte: SEPLAG (2019).

Por fim, durante o seminário, ocorre a apresentação de trabalhos orais e banners previamente inscritos,
de acordo com os eixos temáticos, e que versem sobre ações desenvolvidas pelas escolas que tenham
contribuído para a melhoria ou a solução de algum problema.

Recapitulando

No decorrer de nossos estudos, tivemos a oportunidade de aprender que a educação de Pernambuco,


há mais de dez anos, utiliza diversas ferramentas para avaliar e monitorar os resultados e processos.
Concluímos também que o Pacto pela Educação é a principal política de gestão para resultados e um
dos responsáveis por ajudar as escolas nessa história de sucesso. Por fim, esperamos que você tenha
vivenciado alguns conceitos que atualmente já são comuns às escolas e que continue contribuindo
com o êxito do programa.

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PRATIQUE

1) Quais os principais indicadores de resultado trabalhados dentro da política do Pacto pela


Educação?

A - Taxa de analfabetismo.

B - Crimes violentos letais intencionais.

C - IDEB e IDEPE.

D - Estudantes abaixo da média.

E - Frequência dos familiares.

2) Qual tipo de indicador nos ajuda a retratar a realidade escolar a partir das características da
gestão escolar, da rotina do docente e do perfil do estudante?

A - Indicador de resultado.

B - Indicador finalístico.

C - Caderneta do professor.

D - Indicador de contexto.

E - Indicador de processo.

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3) Qual evento realizado no Pacto pela educação tem por objetivo disseminar as boas práticas da
rede e compartilhar um banco de ações exitosas entre as escolas e Gerências envolvidas no Pacto
Pela Educação?

A - Seminário de Boas Práticas Escolares.

B - Reunião estratégica.

C - Reunião operacional.

D - Reunião tática.

E - Seminário Todos por Pernambuco.

Respostas:
1-C, 2-D, 3-A.

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REFERÊNCIAS

CENTRO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO. Avaliação, medidas de proficiência.


Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora, 2014.

COLOMBO, Sonia Simões. Gestão estratégica com foco em resultados. In: XI Seminário de Educação,
Fortaleza, [2016]. Disponível em: www.sinepe-ce.org.br/download.php?id=8433. Acesso em: 10 out.
2022.

CRUZ, Maurício; MARINI, Caio; LEMOS, Marina. Governança em ação. v. 5. Brasília: Publix, 2014.
Disponível em: https://institutopublix.com.br/wp-content/uploads/2019/01/2014_MARTINS-MARINI_
Governan%C3%A7a-em-A%C3%A7%C3%A3o-vol.5.pdf. Acesso em: 10 out. 2022.

GERTLER, Paul J. et al. Avaliação de impacto na prática. Washington: Grupo Banco Mundial, 2015. Disponível
em: https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/2550/9781464800887.pdf. Acesso
em: 10 out. 2022.

GOMES, Eduardo Gomes Magalhães. Gestão por resultados e eficiência na administração pública:
uma análise à luz da experiência de Minas Gerais. 2009. Tese – (Doutorado em Administração
Pública e Governo). Escola de Administração de Empresas de São Paula. São Paulo, Fundação
Getulio Vargas, EAESP, 2009. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/
handle/10438/4652/72050100745.pdf. Acesso em: 10 out. 2022.

PERNAMBUCO. Decreto n. 39.336, de 25 de abril de 2013. Estabelece o Valor Público como


objetivo dos Programas de Estado, fixa diretrizes para a Gestão por Resultados, e estabelece
a execução dos Pactos de Resultados no âmbito do Poder Executivo Estadual. Assembleia
Legislativa do Estado de Pernambuco, 2013. Disponível em: https://legis.alepe.pe.gov.br/texto.
aspx?tiponorma=6&numero=39336&complemento=0&ano=2013&tipo=&url=. Acesso em: 10 out. 2022.

PERNAMBUCO. Programas: Todos por Pernambuco. Governo do Estado de Pernambuco, 2014.


Disponível em: https://www.seplag.pe.gov.br/todos-por-pernambuco. Acesso em: 10 out. 2022.

PERNAMBUCO. Idepe, programa de modernização da gestão pública. Governo do Estado de


Pernambuco, 2014. Disponível em: http://www.educacao.pe.gov.br/diretorio/pmg2/IDEPE.html.
Acesso em: 10 out. 2022.

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