Você está na página 1de 147

PLANEJAMENTO E

ORÇAMENTO PÚBLICO
Prof. Leandro Ravyelle
ANÁLISE DO EDITAL
Técnico de Planejamento e Pesquisa - Perfil I - Planejamento, Gestão e Logística -
Gestão e Logística
II. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
1. Orçamento público: conceitos e princípios. 2. Orçamento-Programa: fundamentos e técnicas. 3.
Orçamento público no Brasil: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei
Orçamentária Anual (LOA), Créditos Adicionais; Ciclo orçamentário - elaboração da proposta,
discussão, votação e aprovação da lei de orçamento. 4. Lei de Responsabilidade Fiscal: princípios,
conceitos, planejamento, renúncia de receitas, geração de despesas, transferências voluntárias,
transparência da gestão fiscal, prestação de contas e fiscalização da gestão fiscal. 5. Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI: conceito, objetivos, principais documentos
contábeis; Tabela de eventos: conceito, estrutura e fundamentos lógicos. 6. Programação
orçamentária e financeira: execução e controle de recursos orçamentários e financeiros; Empenho,
liquidação e pagamento da despesa; Controle e pagamento de restos a pagar e de despesas de
exercícios anteriores; Suprimento de fundos. 7. Conformidade de Registro de Gestão. 8. Retenção e
recolhimento de tributos incidentes sobre bens e serviços. 9. Instrução Normativa RFB no 1234/2012.
10. Sistema Integrado de Planejamento ne Orçamento – SIOP: conceitos e funcionalidades.
DESPESAS PÚBLICAS
CLASSIFICAÇÕES
ETAPAS
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS PÚBLICAS
DESPESAS PÚBLICAS
é o fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no
orçamento da entidade, podendo ou não diminuir a situação
líquida patrimonial. As despesas devem ser necessariamente
STRICTO SENSU autorizadas, enquanto, para as receitas, basta apenas a
estimativa. As despesas não podem ultrapassar o valor
autorizado, salvo mediante crédito adicional, mas as receitas
podem.
é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos
para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos
LATO SENSU
prestados à sociedade (despesas orçamentárias e
extraorçamentárias).
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS PÚBLICAS

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DISPÊNDIOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS
✓ Despesa orçamentária é toda transação que depende de
autorização legislativa, na forma de consignação de dotação
orçamentária, para ser efetivada.
✓ Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei
orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de
numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a
pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita
e recursos transitórios e que não necessitam de autorização
legislativa para que ocorra o desembolso.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
1. CESGRANRIO EPE 2014
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, Parte I, no campo conceitual
da receita e da despesa, apresenta a seguinte definição: “é toda transação que
depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação
orçamentária, para ser efetivada”.
Os termos acima transcritos indicam a definição de
a) despesa orçamentária
b) dispêndio extraorçamentário
c) empréstimo vencível antes de 10 meses
d) receita extraorçamentária
e) receita orçamentária
GABARITO: A AFO
Prof. Leandro Ravyelle
2. CESGRANRIO FUNASA TÉCNICO
Com relação a orçamento, a despesa extraorçamentária
envolve
a) despesas com pessoal e encargos sociais.
b) inversões financeiras.
c) restituição de depósitos.
d) amortização da dívida.
e) juros e encargos da dívida.
GABARITO: C AFO
Prof. Leandro Ravyelle
3. CESGRANRIO INEA CONTADOR
Define-se despesa orçamentária como
a) saída financeira decorrente de aplicação de recursos recebidos anteriormente a título de
ingresso extraorçamentário.
b) saída financeira oriunda de mutações que em nada diminuem o patrimônio líquido,
constituindo simples saídas ou alterações compensatórias dos elementos que a compõem.
c) desembolsos ou aplicações de recursos em operações que permitam o aumento dos
ativos da entidade e tenham sido estabelecidos por lei.
d) aplicação de recursos públicos na realização dos serviços necessários à manutenção e
expansão dos serviços públicos.
e) aplicação de recursos públicos na execução de programas determinados por decreto e
definidos como prioritários pela população.
GABARITO: D
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RECONHECIMENTO DA DESPESA
Quanto ao enfoque patrimonial, fundamenta-se nos princípios
da oportunidade e da competência, e afirma que as despesas
devem ser reconhecidas no momento da ocorrência do fato
gerador, independentemente de pagamento. De acordo com
os Manuais de Despesa Nacional da STN/SOF, na maioria das
vezes o momento do fato gerador coincide com a liquidação da
despesa orçamentária, por exemplo, na entrega de bens de
consumo imediato ou de serviços contratados, que constituem
despesas efetivas.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RECONHECIMENTO DA DESPESA
Já conforme o enfoque orçamentário, a Lei nº 4.320/1964
estabeleceu a regra para o reconhecimento da despesa
orçamentária, considerando do exercício todas as despesas
empenhadas:
art. 35.
Pertencem ao exercício financeiro:
[...] II – as despesas nele legalmente empenhadas;”

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA
PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
o programa de trabalho define qualitativamente
a programação orçamentária e deve responder, CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
de maneira clara e objetiva, às perguntas ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo,
do ponto de vista operacional, composto dos INFORMAÇÕES SOBRE OS PROGRAMAS, Ação, descrição, forma de
implementação, produto, unidade
seguintes blocos de informação INICIATIVAS, AÇÕES E SUBTÍTULOS
de medida e subtítulo.

❑ A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta física, que
PROGRAMAÇÃO

corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num
QUANTITATIVA

determinado período e instituída para cada ano.

❑ Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natureza da despesa,
identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito, identificador de resultado
primário, dotação e justificativa.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO
BLOCOS DA ESTRUTURA ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA
Classificação por Esfera Esfera Orçamentária Em qual Orçamento?
Órgão
Classificação Institucional Quem é o responsável por fazer?
Unidade Orçamentária
Função Em que áreas de despesa a ação governamental será
Classificação Funcional
Subfunção realizada?

O que se pretende alcançar com a implementação da


Estrutura Programática Programa
Política Pública?
O que será desenvolvido para alcançar o objetivo do
Ação
programa?
Descrição O que é feito? Para que é feito?
Forma de Implementação Como é feito?

Informações Principais da Ação Produto O que será produzido ou prestado?


Unidade de Medida Como é mensurado?
Onde é feito?
Subtítulo
Onde está o beneficiário do gasto?

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
4. CESGRANRIO UNIRIO/2019
Uma das classificações legalmente requeridas para a despesa pública refere-se à
classificação institucional, que reflete a estrutura de alocação dos créditos
orçamentários em níveis hierárquicos. Na classificação institucional da despesa,
uma autarquia de ensino superior federal, subordinada ao Ministério da Educação,
a) constitui um agrupamento de unidades orçamentárias com dotações próprias.
b) recebe dotações orçamentárias diretamente do Tesouro Nacional.
c) é considerada uma unidade orçamentária, identificada com três dígitos.
d) é considerada um órgão orçamentário, identificado com dois dígitos.
e) está impedida de receber transferências não autorizadas pelo Ministério a que
está subordinada.
GABARITO: C
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
5. CESGRANRIO IBGE/Orçamento 2013
De acordo com o Manual da Despesa Nacional de 2008 da Secretaria do Tesouro
Nacional, a despesa nacional pode ter quatro grandes classificações: institucional,
funcional, estrutura programática e natureza da despesa orçamentária. Segundo
esse manual, a finalidade da classificação funcional é
a) identificar se os recursos pertencem ao Orçamento Fiscal, ao Investimento das
Empresas Estatais ou à Seguridade Social.
b) reportar em qual área de ação governamental a despesa será realizada.
c) ampliar a visibilidade para a sociedade dos resultados e benefícios gerados pelas
realizações do governo.
d) expressar o objetivo e facilitar o acompanhamento das ações do governo.
e) evitar as duplas contagens decorrentes da inclusão dos recursos no orçamento.
AFO
GABARITO: B Prof. Leandro Ravyelle
AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
Conjunto de operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para
atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de ação as
transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e
jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, os
financiamentos e as reservas de contingência. As ações orçamentárias podem ser tipificadas
como “projetos”, “atividades” ou “operações especiais”.
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação
PROJETO de Governo. As ações do tipo Projeto expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou, ainda,
implementam ações inéditas num prazo determinado. Para efeito de programação, os projetos classificam-se em: Obra,
Equipamento, Capacitação, Estudo/Pesquisa, Prestação de Serviço e Outros Projetos do PPA.
AÇÃO

É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações
ATIVIDADE que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação
de Governo. As ações do tipo Atividade garantem a manutenção do mesmo nível da produção pública.

Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não
OPERAÇÃO resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Em grande medida, as operações
especiais estão associadas aos programas do tipo Operações Especiais, os quais constarão apenas do orçamento, não
ESPECIAL integrando o PPA.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados
especialmente para identificar a localização física da ação orçamentária ou a localização
física do seu beneficiário, não podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade,
do produto e das metas estabelecidas. A adequada localização do gasto permite maior
controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de
evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. A localização do
gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro
Oeste, Sudeste, Sul), por Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério
específico, quando necessário. A LDO veda, na especificação do subtítulo, a referência a
mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, no mesmo subtítulo e também a
denominação que evidencie finalidade divergente daquela especificada na ação. Na União,
o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por
esfera orçamentária, por GND, por modalidade de aplicação, IDUSO e por fonte/destinação
de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUBTÍTULO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
1º 2º 3º e 4º 5º e 6º 7º e 8º + 9º
DESDOBRAMENTO
GRUPO DE NATUREZA DE MODALIDADE DE
CATEGORIA ECONÔMICA ELEMENTO DA DESPESA FACULTATIVO DO
DESPESA APLICAÇÃO
ELEMENTO

classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a
DESPESAS formação ou aquisição de um bem de capital. conforme GIACOMONI (2018), possibilitam
CORRENTES
determinar a participação do setor público no consume geral do país.

classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a


formação ou aquisição de um bem de capital. cuidado com a diferença entre os itens que
DESPESAS DE compõem as despesas correntes para a lei 4320/64 e para o que diz o MTO e MCASP.
CAPITAL

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA

as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados,


CUSTEIO inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e
adaptação de bens imóveis
DESPESAS
as dotações para despesas as quais não corresponda
CORRENTES
TRANSFERÊNCIAS contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para
CORRENTES contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção
de outras entidades de direito público ou privado

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
NA LEI Nº 4.320/64
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

DESPESAS DE CUSTEIO INVESTIMENTOS INVERSÕES FINANCEIRAS


pessoa civil
obras públicas aquisição de imóveis
participação em constituição ou aumento de
serviços em regime de programação especial capital de empresas ou entidades comerciais ou
pessoal militar financeiras

equipamentos e instalações aquisição de títulos representativos de capital de


material de consumo empresa em funcionamento

serviços de terceiros material permanente


constituição de fundos rotativos
participação em constituição ou aumento de concessão de empréstimos
capital de empresas ou entidades industriais ou
encargos diversos agrícolas diversas inversões financeiras

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL


subvenções sociais amortização da dívida pública
subvenções econômicas auxílios para obras públicas
auxílios para equipamentos e instalações
inativos
auxílios para inversões financeiras
pensionistas
salário família e abono familiar
juros da dívida pública outras contribuições.
Reta Final contribuições
TJBA de previdência social
Prof. Leandro Ravyelle
diversas transferências correntes.
CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA
AQUISIÇÃO DE TÍTULOS
CONSTITUIÇÃO/
LEI 4.320/64 QUE NÃO IMPORTEM
AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS
AUMENTO DE CAPITAL

COM CARÁTER COMERCIAL


INVERSÃO FINANCEIRA INVERSÃO FINANCEIRA
OU FINANCEIRO

SEM CARÁTER COMERCIAL


INVERSÃO FINANCEIRA INVESTIMENTOS
OU FINANCEIRO

MCASP 9ª ED. INVERSÕES - Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou


bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não
importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas,
AFO
Prof. Leandro Ravyelle além de outras despesas classificáveis neste grupo.
GRUPO DE NATUREZA DE DESPESA
CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA

1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES

4 INVESTIMENTOS

5 INVERSÕES FINANCEIRAS

6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

9 RESERVA DE CONTINGÊNCIA
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
6. CESGRANRIO UNIRIO 2019
A pessoa jurídica de direito público TTA possui dotação para
investimento, independentemente de contraprestação direta em
bens ou serviços.Nos termos da Lei nº 4.320/1964, tal dotação é uma
transferência de
a) auxílio
b) capital
c) contribuição
d) dívida
e) moeda
GABARITO: B AFO
Prof. Leandro Ravyelle
7. CESGRANRIO INEA CONTADOR
Em um dado exercício, um determinado órgão teve créditos orçamentários aprovados para
aquisição de bens, materiais e serviços com o seguinte detalhamento:
Em relação ao total dos créditos aprovados, os montantes das despesas correntes e das
despesas de capital representam, respectivamente,
a) 40,3% e 59,7%
b) 40,6% e 59,4%
c) 38,3% e 61,7%
d) 40,8% e 59,2%
e) 39,7% e 60,3%
GABARITO: B

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
7. CESGRANRIO INEA CONTADOR

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUBVENÇÕES
as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras, a concessão de subvenções sociais visará à prestação
SUBVENÇÕES
SOCIAIS

de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem
privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica. O valor das subvenções, sempre que possível, será
calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados
obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados. Somente à instituição cujas condições de
funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. A cobertura
dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções
SUBVENÇÕES ECONÔMICAS

econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, dos estados, dos municípios ou
do Distrito Federal. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: as dotações destinadas a cobrir a
diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros
materiais; e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou
materiais.
Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á
mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do
Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins lucrativos, salvo
quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
MODALIDADE DE APLICAÇÃO

diretamente, pela unidade detentora do crédito orçamentário ou, em


decorrência de descentralização de crédito orçamentário, por outro órgão
ou entidade integrante dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social
indiretamente, mediante transferência, por outras esferas de governo,
seus órgãos, fundos ou entidades, ou por entidades privadas
indiretamente, mediante delegação, por outros entes federativos ou
consórcios públicos para a aplicação de recursos em ações de
responsabilidade exclusiva da União, especialmente nos casos que
impliquem preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
A despesa decorrente de termo de execução descentralizada -
TED, disciplinado pelo Decreto nº 10.426, de 16 de julho de
2020, deve ser classificada com a Modalidade de Aplicação
90, quando a sua finalidade for:
❑ a execução de programas, de projetos e de atividades de
interesse recíproco, em regime de colaboração mútua; ou
❑ a execução de atividades específicas pela unidade
descentralizada em benefício da unidade
descentralizadora.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
Nesses casos, observa-se que a alocação de recursos é realizada
previamente à execução da despesa pela unidade descentralizada.
Assim, o TED serve como um instrumento que possibilita à unidade
descentralizada a execução futura da despesa com entidades
integrantes do OFSS. Contudo, caso a finalidade do TED seja o
ressarcimento de despesas, deve-se utilizar a Modalidade de
Aplicação 91, haja vista que se trata de despesa efetivamente
incorrida. Dessa forma, a modalidade de aplicação cumpre o seu
objetivo principal, qual seja, possibilitar a eliminação da dupla
contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ELEMENTO DE DESPESA
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como
vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de
consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma,
subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e
material permanente, auxílios, amortização e outros que a
administração pública utiliza para a consecução de seus fins. A
descrição dos elementos pode não contemplar todas as
despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos,
exemplificativa. É a mais analítica das classificações e sua
finalidade é propiciar um controle contábil dos gastos.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESDOBRAMENTO (SUBELEMENTO)
Conforme as necessidades de
escrituração contábil e controle da
execução orçamentária ficam facultados
por parte de cada ente o desdobramento
dos elementos de despesa.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
8. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
Na execução do trabalho de auditoria em um órgão público, um auditor constatou que através de
compra direta, o órgão solicitou a contratação de confecções de placas de sinalização.
Considerando somente as condições acima descritas, o órgão público, no que se refere ao
documento fiscal e respectiva classificação da despesa orçamentária, deverá documentarT a
operação com uma nota fiscal de
a) venda e classificar a despesa orçamentária no elemento de despesa 30 – material de consumo.
b) venda e classificar a despesa orçamentária no elemento de despesa 52 – material
permanente.
c) venda e classificar a despesa orçamentária no elemento de despesa 39 – serviços de terceiros.
d) serviço e classificar a despesa orçamentária no elemento de despesa 30 – material de
consumo.
e) serviços e classificar a despesa orçamentária no elemento de despesa 51 – obras e instalações.
GABARITO: D
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
9. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
De acordo com a Lei nº 4.320, de 1964, as despesas públicas são classificadas
segundo as categorias econômicas, divididas em despesas correntes e de capital.
Por sua vez, as despesas de capital são subdivididas em três grandes grupos:
transferência de capital, de
a) investimentos e de inversões financeiras
b) custeio e de investimentos
c) subvenções econômicas e de custeio
d) juros da dívida pública e de investimentos
e) inversões financeiras e de amortização da dívida pública.
GABARITO: A

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
10. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
O Ministério da Saúde é responsável pelo Programa de implantação e ampliação de unidades de saúde,
previsto no Plano Plurianual vigente. No contexto deste programa, o orçamento de um determinado
exercício dispôs que seria construída uma nova unidade de saúde em um município de um Estado da
região Norte do país. O município receberá os recursos do Ministério para a construção da unidade de
saúde. A classificação dessa despesa deve ser feita segundo os critérios Institucional, Funcional,
Programático e Natureza da despesa. A partir dos critérios de classificação Institucional, Funcional e
Programático, tem-se que essa despesa
a) deve ser classificada na subfunção 301 – Atenção Básica.
b) constará na execução orçamentária do Município e do Ministério da Saúde.
c) pode conter itens classificáveis em outras subfunções, não associadas à função Saúde.
d) se enquadra como uma atividade, que se realiza de modo contínuo, e resulta em um produto
necessário à manutenção das ações do governo.
e) se enquadra como um programa de apoio às políticas públicas e áreas especiais.
GABARITO: C
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
11. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
A despesa pública que se relaciona a projeto, atividade ou
operação especial classifica-se como
a) funcional
b) econômica
c) programática
d) institucional
e) por elementos
GABARITO: C AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DO MTO
Identificador de uso - IDUSO
Esse código vem completar a informação
concernente à aplicação dos recursos e destina-
se a indicar se os recursos compõem
contrapartida nacional de empréstimos ou de
doações ou destinam-se a outras aplicações,
constando da LOA e de seus créditos adicionais.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DO MTO
Identificador de doação e de operação de crédito - IDOC

O IDOC identifica as doações de entidades


internacionais ou operações de crédito contratuais
alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem
contrapartida de recursos da União. O número do IDOC
também pode ser usado nas ações de pagamento de
amortização, juros e encargos para identificar a
operação de crédito a que se referem os pagamentos.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO
O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem
como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário
previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei
em todos os GNDs, identificando, de acordo com a metodologia
de cálculo das necessidades de financiamento do governo
central, cujo demonstrativo constará anexo à LOA. De acordo
com o estabelecido na LDO, nenhuma ação conterá,
simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras
e primárias, ressalvada a Reserva de Contingência.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
INDICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO 2024
RP 0 Financeira

RP 1 Obrigatória , primária e considerada na apuração do resultado primário para cumprimento da


meta

RP 2 discricionária, primária e considerada na apuração do resultado primário para cumprimento da


meta

RP 3 discricionária e abrangida pelo Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC

RP 4 primária constante do Orçamento de Investimento e não considerada na apuração do


resultado primário para cumprimento da meta

RP 5 discricionária e abrangida pelo PAC (constante no Orçamento de Investimentos)

RP 6 individuais, de execução obrigatória

RP 7 bancada estadual, de execução obrigatória

RP 8 de comissão permanente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e de comissão


mista permanente do Congresso Nacional
ETAPAS DA DESPESA
PLANEJAMENTO
EXECUÇÃO
CONTROLE E AVALIAÇÃO
FIXAÇÃO

PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DOUTRINAS E


PLANEJAMENTO
MANUAIS
DESCENTRALIZAÇÃO/MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS
PROCESSO DE LICITAÇÃO
EMPENHO
LIQUIDAÇÃO LEI 4.320/64
EXECUÇÃO
PAGAMENTO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA DESPESA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
12. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
No processo de execução da despesa pública, o estágio que consiste na
reserva de dotação orçamentária para um fim específico
a) depende da verificação da procedência do respectivo crédito fiscal.
b) será anulado somente quando o objeto do contrato não tiver sido
cumprido.
c) ocorre, em geral, antes da publicação da programação financeira e do
cronograma de desembolso.
d) representa a garantia ao credor de que existe crédito orçamentário
disponível e suficiente para atender à despesa objeto do contrato.
e) não está sujeito à limitação de movimentação financeira.
AFO
GABARITO: D Prof. Leandro Ravyelle
13. CESGRANRIO FINEP/Jurídica/2014
Quanto à despesa pública, com base na lei aplicável à espécie, o ato
emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente ou não de implemento de condição corresponde
à(ao)
a) liquidação
b) receita corrente
c) receita de capital
d) ordem de pagamento
e) empenho
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
14. CESGRANRIO FINEP/Jurídica/2014
Em um determinado exercício, uma despesa fixada em R$ 50.000,00
foi 90% empenhada, 80% liquidada e 90% paga. Naquele exercício, o
desembolso financeiro efetivo relativo a essa despesa foi de
a) 45.000,00
b) 40.500,00
c) 40.000,00
d) 36.000,00
e) 32.400,00
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
15. CESGRANRIO FINEP/Jurídica/2014
O Empenho é o ato emanado da autoridade competente que cria para o
Estado uma obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Nesse contexto, o ato emanado da autoridade competente para
atender às despesas contratuais de aluguéis é enquadrado na modalidade
de empenho
a) fixo
b) estimativo
c) integral
d) ordinário
e) Global
AFO
GABARITO: E Prof. Leandro Ravyelle
PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E
CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO.

Prof. Leandro Ravyelle


DEFINIÇÕES
A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização
do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao
ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da
arrecadação. Se houver frustração da receita estimada no orçamento,
deverá ser estabelecida limitação de empenho e movimentação
financeira, com objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e
impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que
acarretaria uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que
implica em encargos elevados. Conforme as últimas LDOs, entende-se
como programação orçamentária o detalhamento da despesa por
função, subfunção, unidade orçamentária, programa, ação e subtítulo.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DEFINIÇÕES
A LRF definiu procedimentos para auxiliar a programação
orçamentária e financeira nos arts8ºe 9º:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos
orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I
do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso. [...]

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OBJETIVOS DA PROGRAMAÇÃO

estabelecer normas específicas de


execução orçamentária e
financeira para o exercício

assegurar o equilíbrio entre estabelecer um cronograma de


receitas e despesas ao longo do compromissos (empenhos) e de
exercício financeiro e liberação (pagamento) dos
proporcionar o cumprimento da recursos financeiros para o
meta de resultado primário governo

cumprir a legislação orçamentária


(LRF, LDO etc.)
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OBJETIVOS DA PROGRAMAÇÃO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OBJETIVOS DA PROGRAMAÇÃO
Doutrina Feijó, Mota, Pinto e Silva (2014)

assegurar recursos financeiros às unidades orçamentárias, em


tempo hábil à melhor execução de seus programas
orçamentários

OBJETIVOS

manter o equilíbrio entre a receita e a despesa, de forma a


prevenir insuficiências de caixa

ajustar o ritmo de execução da despesa ao fluxo de caixa do


PROPÓSITOS Tesouro.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OBJETIVOS DA PROGRAMAÇÃO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PROGRAMAÇÃO NA LEI Nº 4.320/64
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites
nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que
cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.
Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior atenderá aos seguintes objetivos:
a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de recursos necessários e
suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho;
b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada
e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria.
Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do disposto no artigo anterior,
levará em conta os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da
dotação e o comportamento da execução orçamentária.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PROGRAMAÇÃO NA LEI Nº 4.320/64

Créditos adicionais
EXECUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO

Restituições de Receita
FINANCEIRA

Ressarcimento em espécie a título de incentivo ou


benefício fiscal

Restos a Pagar

O que for autorizado na LOA


AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DECRETO 825/93
Art. 17. Serão objeto de programação financeira, as fontes
cujos recursos transitem pelo órgão central de programação
financeira.
Art. 18. A programação financeira correspondente às
dotações descentralizadas, quando decorrentes de termo de
convênio ou similar, será da responsabilidade do órgão
descentralizador do crédito.
Art. 26. A inscrição de despesas em restos a pagar observará
os limites da arrecadação efetiva nas respectivas fontes.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DECRETO 825/93
Art. 23. Os saldos financeiros de exercícios anteriores serão utilizados pela respectiva unidade
gestora, ou por aquela que lhe haja sucedido, para o pagamento dos restos a pagar
regularmente inscritos.
§ 1° Os saldos financeiros em poder dos órgãos e entidades da Administração Federal direta,
que ultrapassarem o montante inscrito em restos a pagar, serão apropriados contabilmente
como antecipação de cota, para os órgãos setoriais de programação financeira, e como
antecipação de repasse ou sub-repasse, para as demais unidades, no exercício corrente.
§ 2° A Unidade Gestora informará ao seu órgão setorial de programação financeira os
pagamentos efetuados com recursos originários do Tesouro Nacional, com vistas ao
competente registro da liberação financeira na categoria "Restos a pagar".
§ 3° Os saldos financeiros de que trata este artigo, em poder de fundos ou de entidades
autárquicas ou fundacionais, quando não utilizados para pagamento de restos a pagar ou
para incorporação da forma do art. 8°, e quando originários de recursos do Tesouro Nacional,
serão a este recolhidos, até o último dia útil, do mês de junho, na forma estabelecida pelo
Ministério da Fazenda.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DECRETO 93.872/86
Art .9º As diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na Lei de
Orçamento anual serão fixadas em decreto, cabendo à Secretaria do Tesouro Nacional, em
ato próprio, aprovar o limite global de saques de cada Ministério ou Órgão, tendo em vista o
montante das dotações e a previsão do fluxo de caixa do Tesouro Nacional.
§ 2º Serão considerados, na execução da programação financeira de que trata este artigo, os
créditos adicionais, as restituições de receitas e o ressarcimento em espécie a título de
incentivo ou benefício fiscal e os Restos a Pagar, além das despesas autorizadas na Lei de
Orçamento anual.
Art .13. Os limites financeiros para atender a despesas no exterior constarão de programação
financeira de desembolso de forma destacada.
§ 1º Somente manterão contas correntes bancárias no exterior as unidades sediadas fora do
País.
§ 3º O registro das despesas realizadas por unidades sediadas no exterior considerará a data
em que efetivamente ocorreram.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DECRETO 93.872/86
Art. 15. Os restos a pagar constituirão item específico da
programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se
dentro do limite de saques fixado.
Art. 16. Revertem à dotação a importância da despesa anulada
no exercício, e os correspondentes recursos financeiros à conta
do Tesouro Nacional, caso em que a unidade gestora poderá
pleitear a recomposição de seu limite de saques; quando a
anulação ocorrer após o encerramento do exercício,
considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se
efetivar (Lei nº 4.320/64, art. 38).
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ATUALIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ATUALIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO
Este primeiro decreto não faz limitação de empenho, nem
bloqueia ou contingencia a despesa de nenhum ministério ou
órgão. Um bloqueio ou contingenciamento só ocorrerá, se
necessário, a partir do primeiro Relatório de Avaliação de
Receitas e Despesas Primárias - RARDP, previsto para 22 de
março. Ressalta-se que em seu art. 9º, o decreto autoriza a
ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a promoverem ajustes,
respectivamente, na programação orçamentária e financeira de
que trata o decreto.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ATUALIZAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO
Ademais, o § 2º do art. 67 da LDO-2023 estabelece a
autorização para bloqueio de dotações orçamentárias
discricionárias no montante necessário ao
cumprimento dos limites individualizados estabelecidos
no art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, com base nas informações constantes dos
relatórios de avaliação de receitas e despesas de que
trata o art. 69.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
Uma vez aprovada a LOA e registrados os créditos orçamentários no Sistema
Integrado de Administração Financeira (SIAFI), inicia-se o processo de execução da
despesa, surgindo a necessidade de programar os recursos financeiros para o
pagamento dessas despesas. Todo o processo de programação financeira ocorre no
âmbito do SIAFI do Governo Federal, e o meio que operacionaliza a solicitação de
recursos é a Proposta de Programação Financeira (PPF). Três etapas têm de ser
percorridas: as Unidades Gestoras solicitam aos Órgãos Setoriais, que solicitam ao
órgão central, que é a STN. A STN aprova e registra no SIAFI a Programação
Financeira Aprovada (PFA), e os órgãos setoriais, por sua vez, repassam esses
limites às suas Unidades Gestoras. Naturalmente, tanto os Órgãos Setoriais quanto
o órgão central analisam as solicitações de recursos para verificar se atendem aos
requisitos legais e respeitam os limites definidos – e, se for o caso, procedem-se os
ajustes.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
Segundo o art. 9º do Decreto 93.782, a programação financeira será
estabelecida por decreto, cabendo à Secretaria do Tesouro Nacional,
em ato próprio, aprovar o limite global de saques de cada Ministério
ou Órgão, mediante convênio ou de forma direta. Mais ainda,
conforme o Decreto nº 825/1993, serão objeto de programação
financeira, as fontes cujos recursos transitem pelo órgão central de
programação financeira. A programação financeira correspondente
às dotações descentralizadas, quando decorrentes de termo de
convênio ou similar, será da responsabilidade do órgão
descentralizador do crédito.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
• UG registra o pedido da Proposta de

1ª ETAPA
Programação Financeira (PPF) no SIAFI,
endereçada aos Órgãos Setoriais.
• Os Órgãos Setoriais consolidam as PPFs e
também elaboram e registram a PPF
consolidada endereçada ao órgão central.

• Aprovação é feita pelo órgão central via

2ª ETAPA
registro no SIAFI de uma Proposta
Financeira Aprovada (PFA), aprovando a
liberação dos recursos. Os Órgãos
Setoriais, por sua vez, também elaboram e
registram no SIAFI a PFA.

• Liberação percorre dois estágios: do


Órgão central para o Órgão Setorial; do

3ª ETAPA Órgão setorial para as Unidades Gestoras.


A liberação de recursos pelo órgão central
recebe a denominação de “cota”, e a
liberação pelo órgão setorial pode ser feita
mediante repasse ou sub-repasse.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ETAPAS DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
16. COMVEST UFAM - 2018 - UFAM - Contador
O fluxo de etapas da programação financeira passa por cinco passos que são discriminados a
seguir.
Assinale a alternativa INCORRETA:
A) 1º passo: As unidades executoras elaboram proposta de programação financeira - PPF,
solicitando ao órgão setorial de programação financeira - OSPF o montante de disponibilidades
financeiras de que necessitam para atender seus gastos.
B) 2º. passo: Os OSPF consolidam as solicitações das suas unidades executoras e encaminham uma
única solicitação referente ao ministério ao órgão central (STN/MF), por meio de nova PPF.
C) 3º. passo: A STN/MF, após examinar cada solicitação dos OSPF, emite a proposta de
programação financeira - PPF, aprovando o montante de disponibilidades financeiras que será
liberado para cada OSPF.
D) 4º. passo: Os OSPF, em face do montante individual aprovado pela STN/MF, redistribui o valor
as suas unidades executoras, emitindo nova PFA, onde fica indicado o montante aprovado
liberado.
E) 5º. passo: A STN/MF, finalizando suas atribuições, emite documento transferindo para os OSPF
as disponibilidades financeiras cuja liberação anteriormente tinha sido aprovada.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle GABARITO: C
17. CESGRANRIO IBGE ORÇAMENTO 2013
A programação orçamentária da despesa é dividida em três tipos: qualitativa,
quantitativa e financeira. Por sua vez, pela ótica financeira, a programação pode
ser classificada segundo a
a) esfera orçamentária, cuja finalidade é identificar a qual orçamento a dotação de
recursos pertence.
b) natureza da despesa, cuja finalidade é indicar os potenciais efeitos dos gastos
públicos sobre a economia.
c) instituição, cuja finalidade é reportar às unidades da administração pública
responsáveis pela execução do orçamento.
d) função da despesa, cuja finalidade é reunir todos os gastos do setor público.
e) estrutura programática, cuja finalidade é expor à sociedade os programas do
governo e suas realizações.
GABARITO: B
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
18. CESGRANRIO EPE FINANÇAS
A respeito da execução orçamentária e financeira, considere as afirmativas abaixo.
I - A Execução Orçamentária trata da utilização dos créditos consignados no
Orçamento ou na Lei Orçamentária Anual (LOA).
II - A Execução Financeira trata da utilização de recursos financeiros, visando a
atender a realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades
Orçamentárias pelo Orçamento.
III - O recurso financeiro existente não poderá ser gasto se não houver a
disponibilidade orçamentária.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas
b) II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III
GABARITO: E AFO
Prof. Leandro Ravyelle
19. CESGRANRIO INEA CONTADOR
Os recursos para execução dos programas de
trabalho do governo são especificados por meio
dos(as)
a) lançamentos fiscais.
b) créditos orçamentários.
c) fluxos de atividades orçamentárias.
d) empenhos em liquidação.
e) dotações extraordinárias.
GABARITO: B AFO
Prof. Leandro Ravyelle
20. CESGRANRIO FENIG CONTADOR
Durante a execução orçamentária, a movimentação de
recursos entre as unidades do sistema de programação
financeira é executada através de liberações de:
a) empenho, liquidação e pagamento.
b) verbas, dotações e transferências.
c) dispêndio, partições e mensalidades.
d) contas, partidas e movimentações.
e) cota, repasse e sub-repasse.
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO DE
CRÉDITOS E RECURSOS

Prof. Leandro Ravyelle


DEFINIÇÕES
Para melhor entendimento desse processo de descentralização de créditos e
recursos e de seus instrumentos, convém especificar algumas informações e
conceitos. Quem possui a competência legal em matéria orçamentária é o MPDG –
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e a realiza através da SOF –
Secretaria de Orçamento Federal. A competência financeira é legalmente atribuída
ao MF – Ministério da Fazenda que a exerce através da STN – Secretaria do Tesouro
Nacional. Em matéria orçamentária fala-se de “dotação”, “crédito”, “despesa”,
“empenho”. Os termos “dotação” e “crédito” são utilizados para designar a
despesa autorizada pela LOA ou pelos seus créditos adicionais. Essas duas palavras
também podem ser vistas assim: “crédito orçamentário” define as despesas
autorizadas pelo Legislativo, e “dotação” é o valor do crédito autorizado.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DEFINIÇÕES
As descentralizações de créditos orçamentários não se
confundem com transferências e transposição, já que:
❑ Não modificam o valor da programação ou de suas
dotações orçamentárias (créditos adicionais);
❑ Não alteram a unidade orçamentária (classificação
institucional) detentora do crédito orçamentário
aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais
(transferência/transposição).

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO
Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e
integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de
trabalho pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional e
a estrutura programática. Portanto, a única diferença é que a
execução da despesa orçamentária será realizada por outro órgão ou
entidade. Além disso, as empresas públicas federais que não
integrarem os orçamentos fiscal e da seguridade social, mas que
executarem as atividades de agente financeiro governamental,
poderão receber créditos em descentralização, para viabilizar a
consecução de objetivos previstos na lei orçamentária.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO
Tendo em vista o disposto no art. 35 da Lei nº 10.180, de 6 de
fevereiro de 2001, a execução de despesas mediante
descentralização a outro ente da Federação processar-se-á de
acordo com os mesmos procedimentos adotados para as
transferências voluntárias, ou seja, com realização de empenho,
liquidação e pagamento na unidade descentralizadora do crédito
orçamentário e inclusão na receita e na despesa do ente recebedor
dos recursos-objeto da descentralização, identificando-se como
recursos de convênios ou similares.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO
Ressalte-se que ao contrário das transferências voluntárias realizadas
aos demais entes da Federação que, via de regra, devem ser
classificadas como operações especiais, as descentralizações de
créditos orçamentários devem ocorrer em projetos ou atividades.
Assim, nas transferências voluntárias devem ser utilizados os
elementos de despesas típicos destas quais sejam 41 – Contribuições
e 42 – Auxílios, enquanto nas descentralizações de créditos
orçamentários devem ser usados os elementos denominados típicos
de gastos, tais como 30 – Material de Consumo, 39 – Outros Serviços
de Terceiros - Pessoa Jurídica, 51 – Obras e Instalações, 52 – Material
Permanente, etc.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO

CORRELAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE DESCENTRALIZAÇÃO

CRÉDITOS RECURSOS ETAPA

DOTAÇÃO COTA FINANCEIRA 1ª ETAPA


ORÇAMENTÁRIA

DESTAQUE REPASSE FINANCEIRO


ORÇAMENTÁRIO

2ª ETAPA
PROVISÃO SUB-REPASSE
ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO

• Nota de
Órgão Central Dotação – ND
(créditos)

• Provisão ou
Órgão Setorial Destaque

Unidades
Orçamentárias /
Unidades
Administrativas
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESCENTRALIZAÇÃO

• Cota
Órgão Central NS – Nota de
Sistema

• Repasse ou
Órgão Setorial Sub-repasse

Unidades
Orçamentárias /
Unidades
Administrativas
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
21. CESGRANRIO - AGC (EPE) 2014
Os créditos orçamentários transferidos de um Ministério
para outro Ministério, integrante da mesma esfera de
governo, conceitualmente representam um(a)
a) destaque
b) provisão
c) dotação
d) descentralização interna
e) transferência voluntária
GABARITO: A
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
22. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
O Poder Executivo, imediatamente após a promulgação da lei
orçamentária e baseado nos limites fixados, aprovará um
quadro de cotas orçamentárias da despesa que cada unidade
orçamentária fica autorizada a utilizar, mediante o(a)
a) suprimento de fundos
b) destaque de crédito
c) repasse orçamentário e financeiro de desembolso
d) cota orçamentária
e) provisão de crédito orçamentário
GABARITO: B
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
23. CESGRANRIO IBGE/Auditoria/2013
Nos termos do Sistema Integrado de Administração Financeira
do Governo Federal – SIAFI, a descentralização de recursos
financeiros internos constitui-se na movimentação financeira
intitulada
a) cota financeira
b) baixa financeira
c) repasse financeiro
d) provisão financeira
e) sub-repasse financeiro
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
24. CESGRANRIO IBGE ORÇAMENTO 2013
No processo de descentralização de créditos e recursos, a primeira etapa da
descentralização orçamentária se caracteriza pela
a) ocorrência no nível do órgão setorial quando do recebimento dos
recursos.
b) ocorrência no nível do órgão setorial quando do recebimento das cotas
financeiras.
c) ocorrência no nível da unidade gestora quando a mesma recebe repasses
externos.
d) Nota de Dotação que a Secretaria de Orçamento Federal utiliza para
descentralizar os créditos.
e) Nota de Sistema que a Secretaria do Tesouro Nacional utiliza para
descentralizar os recursos.
GABARITO: D AFO
Prof. Leandro Ravyelle
25. CESGRANRIO IBGE ORÇAMENTO 2013
A dinâmica inerente ao processo de execução orçamentária criou a necessidade de definir
conceitos e mecanismos relacionados às movimentações que ocorrem entre órgãos e unidades
orçamentárias e unidades administrativas e gestoras. Dois mecanismos comuns são a
descentralização de créditos orçamentários e as transferências financeiras. Considerando-se os
conceitos relacionados ao mecanismo de descentralização de créditos orçamentários, tem-se que
a) a provisão é uma operação descentralizadora de crédito orçamentário em que um órgão
transfere a outro órgão a prerrogativa de utilizar recursos que a ele foram dotados.
b) a provisão depende de celebração de convênios, com disposições sobre os objetivos
pretendidos e as relações e obrigações das partes.
c) as dotações, no destaque, serão empregadas obrigatória e integralmente na consecução do
objeto previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitada fielmente a classificação
funcional programática.
d) o destaque é uma descentralização externa e a provisão é uma descentralização interna.
e) o destaque é uma operação descentralizadora de crédito orçamentário em que a unidade
orçamentária de origem torna possível a realização de seus programas de trabalho por parte de
unidade de administração diretamente subordinada.
GABARITO: D AFO
Prof. Leandro Ravyelle
26. CESGRANRIO IBGE ORÇAMENTO 2013
A dinâmica inerente ao processo de execução orçamentária criou a necessidade de definir
conceitos e mecanismos relacionados às movimentações que ocorrem entre órgãos e unidades
orçamentárias e unidades administrativas e gestoras. Dois mecanismos comuns são a
descentralização de créditos orçamentários e as transferências financeiras. Considerando-se os
conceitos relacionados ao mecanismo de transferências financeiras, verifica-se que a liberação de
recursos
a) de um órgão setorial de programação financeira para entidades da Administração indireta
constitui um sub-repasse.
b) de órgãos setoriais de programação financeira para unidades gestoras de sua jurisdição
constitui um repasse.
c) de uma entidade da Administração indireta para órgão da Administração direta constitui um
sub-repasse.
d) da programação financeira pode ocorrer por meio de liberação de cotas do órgão central para
o setorial de programação financeira, repasses e sub-repasses.
e) entre entidades da Administração indireta constitui um sub-repasse.
GABARITO: D
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
27. CESGRANRIO IBGE ORÇAMENTO 2013
Os instrumentos de planejamento orçamentário obedecem ao princípio da especificação, de
forma que as receitas e as despesas sejam especificadas, para que a programação financeira
apresente de forma clara os créditos e dotações orçamentárias. James Giacomoni (Orçamento
Público, 2010) adverte sobre a existência de imprecisão de tais conceitos na legislação, os quais
muitas vezes são utilizados como expressões sinônimas, porém eles possuem significados
diferentes. Tendo em vista os conceitos de programação financeira, créditos e dotações
orçamentárias, tem-se que o(a)
a) crédito orçamentário é o conjunto de categorias classificatórias especificado no plano
plurianual.
b) crédito orçamentário individualizado compreende os recursos financeiros programados para
desembolso mensal.
c) registro prévio somente das dotações consignadas deve ser realizado para fins de
acompanhamento dos saldos dos créditos orçamentários.
d) dotação orçamentária é o montante de recursos financeiros que limita a execução da despesa.
e) programação financeira e o cronograma de desembolso estabelecidos a partir da lei
orçamentária só poderão ser alterados em razão da abertura de créditos adicionais.
GABARITO: D AFO
Prof. Leandro Ravyelle
28. CESGRANRIO EPE ADMINISTRAÇÃO 2012
A execução orçamentária e financeira durante o exercício requer uma série de procedimentos cuja
complexidade depende do tamanho da unidade administrativa. No âmbito federal, um dos
normativos é o Decreto nº 825/1993 que estabelece normas para programação e execução
orçamentária e financeira dos orçamentos fiscal e da seguridade social.
A partir das normas de execução orçamentária e financeira, tem-se que a(s)
a) unidade que utilizar o crédito só poderá modificar as classificações que caracterizam a dotação
quando houver autorização no ato que concedeu a descentralização.
b) descentralização de créditos caracteriza-se pela cessão de crédito orçamentário entre unidades
orçamentárias, restrita a entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social.
c) descentralização de créditos pode ser interna (destaque) ou externa (provisão), tanto entre
unidades administrativas quanto entre unidades gestoras.
d) descentralização de crédito é mecanismo adequado e aceitável para a distribuição de parcelas
do crédito orçamentário entre unidades administrativas ou unidades gestoras.
e) empresas públicas não integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social só poderão
receber créditos em descentralização quando houver autorização na lei de diretrizes
orçamentárias.
GABARITO: D AFO
Prof. Leandro Ravyelle
29. CESGRANRIO EPE ADMINISTRAÇÃO 2012
Sobre as características do ciclo orçamentário, analise os itens a seguir.
I - Na execução financeira no âmbito da União, a transferência de recursos financeiros é realizada
por meio de provisão de créditos.
II - A etapa de elaboração dos instrumentos de planejamento e orçamento, incluindo o PPA, a LDO
e a LOA, encontra-se no âmbito da competência do Poder Executivo, cuja iniciativa pertence ao
Presidente da República, na esfera da União.
III - O pagamento é o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente ao tesouro
público o produto da arrecadação.
IV - Na execução orçamentária no âmbito da União, o termo destaque caracteriza a
descentralização de créditos orçamentários de uma unidade orçamentária para outra.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) III.
b) IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
GABARITO: D AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RESTOS A PAGAR
RAP
Prof. Leandro Ravyelle
DEFINIÇÕES
O conceito de Restos a Pagar encontra-se expresso no art. 36 da Lei Nº 4.320/1964
como as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro. São
Restos a Pagar todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício atual ou
anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro do exercício financeiro
vigente. Distingue-se dois tipos de restos a pagar: os processados (despesas já
liquidadas); e os não processados (despesas a liquidar ou em liquidação). A
continuidade dos estágios de execução dessas despesas ocorrerá no próximo
exercício, devendo ser controlados em contas de natureza de informação
orçamentária específicas. Nessas contas constarão as informações de inscrição,
execução (liquidação e pagamento) e cancelamento. Também, haverá tratamento
específico para o encerramento, transferência e abertura de saldos entre o
exercício financeiro que se encerra e o que inicia.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RESTOS A PAGAR

registrado o empenho, mas não ocorrido o fato


gerador da obrigação, e caso comprovadas as
NÃO PROCESSADOS A
condições necessárias para inscrição de restos a
LIQUIDAR pagar, dar-se-á a inscrição de restos a pagar não
processados a liquidar.

ocorrido o fato gerador da obrigação antes do


término do exercício em curso, sem que se tenha
procedido o estágio da liquidação, deve-se
NÃO PROCESSADOS EM
reconhecer o impacto patrimonial da despesa. Nesse
LIQUIDAÇÃO sentido, as despesas deverão ser registradas ao fim
do exercício como restos a pagar não processados
em liquidação.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RESTOS A PAGAR

Valor real > valor a diferença será empenhada à conta de


inscrito em RAP despesas de exercícios anteriores.

Valor real < valor


o saldo existente será cancelado.
inscrito em RAP

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RESTOS A PAGAR - VEDAÇÕES
Não poderão ser inscritas em restos a pagar não
processados as despesas referentes a diárias, ajuda
de custo e suprimento de fundos, que já são
consideradas liquidadas no momento da
autorização formal do instrumento de concessão.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SERVIÇOS DA DÍVIDA A PAGAR
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e
por credor distinguindo-se as despesas processadas das não
processadas.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SERVIÇOS DA DÍVIDA A PAGAR
RESTOS A PAGAR REFERENTES A
Pessoal e encargos sociais Restos a pagar
Serviços da dívida a
Juros e Encargos da dívida No âmbito
da dívida pagar
flutuante
Outras despesas correntes denominam- Restos a pagar
se (art. 92 -
Investimentos Lei nº Restos a pagar
4.320/64)
Inversões financeiras Restos a pagar
Serviços da dívida a
Amortização da dívida
pagar
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP PROCESSADOS
A regra é que eles continuam vigendo além da data de 30 de junho do segundo ano
subsequente ao de sua inscrição - independentemente de qualquer ato das Unidades
Gestoras. Os Restos a Pagar processados não podem ser cancelados, visto que o fornecedor
de bens e/ ou serviços já cumpriu com a obrigação de fazer e a Administração Pública não
poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar, sob pena de afrontar princípios como o
da legalidade e da moralidade, que regem a Administração Pública (art. 37 da CF /1988).
Corrobora esse entendimento o Manual do Siafi, que, ao tratar dos Restos a Pagar
processados, afirma que eles constituem direitos efetivos do credor e não podem ser
cancelados automaticamente. Temos também o Parecer Nº 401/2000 da Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional, que considera o cancelamento de restos a pagar processados uma
forma de enriquecimento ilícito da Administração Pública. Por fim, nesse mesmo sentido,
têm-se os novos Manuais de Despesa Nacional STN/SOF.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP NÃO-PROCESSADOS
Para que haja inscrição de restos a pagar não processados, deve-se obedecer a pelo
menos uma das seguintes condições, vejamos (art. 35, Decreto 93.872/86):
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de
dezembro, para todos os fins, salvo quando:
vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
Só serão inscritas nos

estabelecida
seguintes casos

vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da
despesa, ou seja de interesse da administração exigir o cumprimento da obrigação
assumida pelo credor

se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas

corresponder a compromissos assumidos no exterior


AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP NÃO-PROCESSADOS
Conforme o Decreto nº 93.872/86 (art.68)
§ 1º A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados
fica condicionada à indicação pelo ordenador de despesas.
§ 2º Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e que
não forem liquidados serão bloqueados pela Secretaria do Tesouro
Nacional do Ministério da Fazenda em 30 de junho do segundo ano
subsequente ao de sua inscrição, e serão mantidos os referidos saldos
em conta contábil específica no Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal - Siafi.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP NÃO-PROCESSADOS
§ 3º Não serão objeto de bloqueio os restos a pagar não processados
relativos às despesas:
I - do Ministério da Saúde;
II - decorrentes de emendas individuais impositivas discriminadas com
identificador de resultado primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos
a partir do exercício financeiro de 2016;
III - decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de
Estado ou do Distrito Federal impositivas discriminadas com identificador de
resultado primário 7, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do
exercício financeiro de 2020.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP NÃO-PROCESSADOS
§ 4º As unidades gestoras responsáveis pelos saldos dos restos a pagar bloqueados
poderão efetuar os desbloqueios até 31 de dezembro do exercício em que ocorreu o
bloqueio dos saldos, desde que:
I - a sua execução tenha sido iniciada até a data prevista no § 2º, na hipótese das
despesas executadas diretamente pelos órgãos e pelas entidades da União;
II - os seus instrumentos estejam vigentes e cumpram os requisitos para a sua
eficácia, definidos pelas normas que tratam da transferência de recursos da União
por meio de convênios, contratos de repasse, termos de colaboração, termos de
fomento ou instrumentos congêneres, na hipótese das transferências de recursos da
União aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, aos consórcios públicos, aos
serviços sociais autônomos e às entidades privadas sem fins lucrativos
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP NÃO-PROCESSADOS
§ 6º A Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da
Economia providenciará, até o encerramento do exercício financeiro, o cancelamento, no
Siafi, de todos os saldos de restos a pagar que permanecerem bloqueados.
§ 7º Os restos a pagar não processados, desbloqueados nos termos do § 4º, e que não forem
liquidados, serão cancelados em 31 de dezembro do ano subsequente ao do bloqueio.
Art. 68-A. Os empenhos a serem inscritos e reinscritos em restos a pagar a cada exercício
financeiro poderão ter seus limites estabelecidos pelo Ministério da Fazenda.
Art . 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento
que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de
exercícios anteriores.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP NÃO-PROCESSADOS

AFO
AFOLeandro Ravyelle
Prof.
Prof. Leandro Ravyelle
RAP NA LRF
De acordo com a LRF (ART. 42) é vedado ao titular de Poder ou órgão,
nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação
de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
OU que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que
haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Além disso,
na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os
encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.
Assim, evita-se que o novo governante assuma obrigações do
antecessor sem o respaldo financeiro.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
RAP – LEI Nº 4.320/64
art. 103, parágrafo único
“Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita
extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa
orçamentária.”
Trata-se de um artifício contábil para que os valores da execução da
despesa orçamentária sejam compatíveis nos balanços financeiro,
orçamentário e na demonstração das variações patrimoniais. Esse
artifício é utilizado para fechar o Balanço Financeiro com equilíbrio.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
30. CESGRANRIO AgeRIO 2023
Um jovem contador recém-empossado na subsecretaria de Contabilidade de um ente público assumiu a
tarefa de conferir um grupo de contas relativas a despesas orçamentárias para encerramento do
exercício financeiro. O contador verificou que 70% das despesas correntes empenhadas tinham sido
liquidadas, das quais 80% foram pagas. Quanto às despesas de capital, apenas 20% dos valores
empenhados foram liquidados, sendo metade efetivamente pago. Em sua análise da execução das
despesas, considerando somente as informações hipotéticas apresentadas e à luz das normas vigentes
sobre estágios e categorias da despesa pública, o jovem contador deve considerar que
a) 30% das despesas correntes empenhadas no exercício devem ser inscritas em restos a pagar
processados.
b) 50% dos valores empenhados como despesas de capital devem ser pagos até o encerramento do
exercício.
c) a inscrição em restos a pagar deve se limitar às despesas que foram liquidadas no exercício.
d) parte dos empenhos não liquidados pode ser cancelada, caso não haja disponibilidade financeira
suficiente.
e) todas as despesas autorizadas e não pagas precisam ser inscritas em restos a pagar no encerramento
do exercício.
GABARITO: D
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
31. CESGRANRIO UNIRIO/2019
As despesas empenhadas e liquidadas durante o exercício financeiro,
mas pendentes de pagamento no encerramento do exercício,
a) estão sujeitas à verificação do direito adquirido pelo credor.
b) poderão ser executadas no próximo exercício, por meio de
créditos adicionais.
c) serão pagas à conta de despesas de exercícios anteriores, no
exercício seguinte.
d) serão inscritas em restos a pagar não processados.
e) serão inscritas em restos a pagar processados.
GABARITO: E

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
32. CESGRANRIO EPE 2014
Em um determinado exercício, uma despesa fixada em R$
50.000,00 foi 90% empenhada, 80% liquidada e 90% paga.
O total inscrito em restos a pagar ao final do exercício será
de
a) 12.600,00
b) 9.500,00
c) 9.000,00
d) 5.000,00
e) 3.600,00
GABARITO: A
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
33. CESGRANRIO BACEN 2010
Ao verificar a necessidade do registro contábil da inscrição
de restos a pagar processados, no encerramento de
determinado exercício financeiro, um analista do BACEN
deve concluir, de acordo com a Lei no 4.320/64, estar
diante de uma
a) despesa extraorçamentária.
b) despesa não liquidada.
c) despesa de exercícios anteriores.
d) receita extraorçamentária.
e) receita corrente.
AFO

GABARITO: D Prof. Leandro Ravyelle


34. CESGRANRIO FUNASA
Considere o Art. 103 da Lei nº 4.320/64.
“Art. 103.
O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como
os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com
os saldos, em espécie, provenientes do exercício anterior e os que se transferem
para o exercício seguinte.”
O parágrafo único do artigo acima determina que os restos a pagar do exercício
serão computados na receita extraorçamentária com a finalidade de
a) compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
b) registrar o superávit financeiro ocorrido no exercício.
c) demonstrar o acréscimo de arrecadação do exercício.
d) apresentar o saldo financeiro do exercício.
e) anular o registro da despesa empenhada no exercício.
GABARITO: A
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
35. CESGRANRIO ALETO ANALISTA
O artigo 36 da Lei 4.320/64 considera como restos a pagar
as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de
dezembro, distinguindo-se, entretanto, as despesas:
a) arrecadadas das fixadas.
b) empenhadas das arrecadadas.
c) liquidadas das não autorizadas.
d) autorizadas das não liquidadas.
e) processadas das não processadas.
GABARITO: E
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS DE EXERCÍCIOS
ANTERIORES
DEA
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios


anteriores àquele em que deva ocorrer o pagamento. O art. 37 da Lei
nº 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para
as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com
saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na
época própria, bem como os restos a pagar com prescrição
interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento
do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos,
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação

restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido
cancelada, mas ainda vigente o direito do credor
DEA

compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento criada


em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente

Diferença a maior a ser paga, quando valor empenhado por estimativa tiver sido inscrito como
restos a pagar e for insuficiente

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

COMPARAÇÃO ENTRE RAP E DEA

ITEM RAP DEA


despesa
Na emissão do orçamentária despesa orçamentária
empenho no exercício da em exercício posterior
despesa

No pagamento da despesa despesa orçamentária


despesa extraorçamentária

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
Regulamenta o artigo 37 da Lei nº 4.320 de 17 de março de 1964.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 83, item II, da Constituição e tendo
em vista o disposto no art. 37 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964,
DECRETA:
Art. 1º. Poderão ser pagas por dotação para "despesas de exercícios anteriores", constantes dos quadros
discriminativos de despesas das unidades orçamentárias, as dívidas de exercícios encerrados devidamente
reconhecidas pela autoridade competente.
Parágrafo único. As dívidas de que trata este artigo compreendem as seguintes categorias:
I - Despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com
saldo suficiente para atendê-las que não se tenham processado na época própria.
II - Despesas de "Restos a Pagar" com prescrição interrompida, desde que o crédito respectivo tenha sido
convertido em renda;
III - compromissos reconhecidos pela autoridade competente, ainda que não tenha sido prevista a dotação
orçamentária própria ou não tenha esta deixado saldo no exercício respectivo, mas que pudessem ser atendidos em
face da legislação vigente.
Art. 2º. São competentes para reconhecer as dívidas de exercícios anteriores os chefes das repartições, exceto as
compreendidas no inciso III do parágrafo único do artigo anterior, que deverão ser reconhecidas pelo Ministro de
Estado, dirigente de órgão subordinado à Presidência da República, ou autoridades a quem Estes delegarem
competência.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
36. FGV AGENERSA 2023
Em relação às despesas de exercícios anteriores, analise as afirmativas a seguir.
I. Despesas que não foram processadas na época própria, como aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor cumpriu sua obrigação.
II. Restos a pagar com prescrição interrompida, são aqueles em que a despesa cuja inscrição como
restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor.
III. Compromissos reconhecidos antes do encerramento do exercício, são aqueles cuja obrigação
de pagamento foi criada em virtude de lei, e reconhecido o direito do reclamante antes do
encerramento do exercício correspondente.
Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se o que se afirma
em
a) I, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
GABARITO: B AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS
ADIANTAMENTO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS
O suprimento de fundos é caracterizado por ser um
adiantamento de valores a um servidor para futura prestação
de contas. Segundo Paludo (2018), também conhecido como
“adiantamento”, o Suprimento de Fundos corresponde a um
regime especial de execução da despesa, mas que deve
cumprir os estágios de empenho, liquidação e pagamento.
Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja,
para conceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os
três estágios da despesa orçamentária: empenho, liquidação
e pagamento.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS
Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque
patrimonial, pois, no momento da concessão, não ocorre
redução no patrimônio líquido. Segundo o enfoque contábil
dado pela STN, esse adiantamento constitui despesa
orçamentária, pois percorre os três estágios da despesa
orçamentária: empenho, liquidação e pagamento. Praticamente
todos os serviços de pequeno vulto são passíveis de execução
por meio de Suprimento de Fundos, desde que caracterizada a
inexistência de cobertura contratual, a eventualidade da
contratação e a inocorrência de fracionamento da despesa.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS
No entanto, para compensar a realização dessa despesa (visto que o valor
concedido poderá ou não ser utilizado), no momento da liquidação da
despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um
passivo há a incorporação de um ativo, que representa o direito de receber
um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a
devolução do numerário adiantado. Assim, na ótica contábil, a concessão de
suprimento constitui fato permutativo, visto que não há alteração no
patrimônio líquido. A FCC, por exemplo, vem cobrando nos últimos
concursos sobre qual momento haveria uma variação patrimonial
diminutiva - VPD em relação a uma transação envolvendo o regime de
adiantamento. Essa VPD ocorre no momento da prestação de contas
efetuada pelo servidor responsável pela aplicação do adiantamento.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS

Os arts. 68 e 69 da Lei nº 4.320/1964 definem e


estabelecem regras gerais de observância obrigatória
para a União, Estados, Distrito Federal e Municípios
aplicáveis ao regime de adiantamento. Cada ente da
Federação deve regulamentar o seu regime de
adiantamento, observando as peculiaridades de seu
sistema de controle interno, de forma a garantir a
correta aplicação do dinheiro público.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS

DESPESAS inclusive em viagens e com serviços


EVENTUAIS especiais, que exijam pronto pagamento

quando a despesa deva ser feita em caráter


CARÁTER
sigiloso, conforme se classificar em
SIGILOSO
regulamento

DESPESAS DE assim entendidas aquelas cujo valor, em cada


PEQUENO caso, não ultrapassar limite estabelecido em
VULTO Portaria do ministro da Fazenda

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS - VEDAÇÕES
a quem não seja servidor

a servidor responsável por dois suprimentos

a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor que reúna
condições de receber o Suprimento de Fundos

a servidor responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação

a servidor declarado em alcance; (servidor em alcance é aquele que não prestou contas do suprimento no prazo regulamentar, ou que não teve
aprovadas suas contas em virtude de desvio, desfalque, falta ou má aplicação de bens ou valores confiados a sua guarda)

a servidor que esteja respondendo a inquérito administrativo - IN-STN nº 10/1991

não seja o próprio demandante da aquisição/contratação de serviço exceto em viagem a serviço, OU SEJA, não se confunda com a pessoa do
Ordenador de Despesas

Servidor que tenha cometido apropriação indevida, extravio, desvio ou falta verificada na prestação de contas, de dinheiro ou valores confiados à sua
guarda

Servidor que não tenha tido prestação de contas da aplicação de suprimento fundos com despesas impugnadas pelo Ordenador de Despesas ou que
esteja em processo de Tomada de Contas Especial

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
REGRAS ESPECÍFICAS

NÃO SE PODE
CPGF UTILIZAR NA
FUNÇÃO SAQUE
REGRA GERAL

CASOS PODE-SE UTILIZAR A


SUPRIMENTO DE EXCEPCIONAIS MODALIDADE SAQUE
FUNDOS (GOVERNO
FEDERAL)

CASOS ESPECÍFICOS CONTAS TIPO B

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
CONTAS TIPO B
Modalidade de conta corrente bancária movimentada por
órgãos e entidades da administração pública federal. Essas
contas recebem recursos de suprimento de fundos e de
adiantamentos, sendo geralmente utilizadas para pagar
pequenas despesas, por meio de saques, cheques e guias de
depósito. As contas tipo B são vinculadas à unidade gestora
responsável e movimentadas pelo agente pagador
beneficiário (servidor público).

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ADIANTAMENTO - RESTITUIÇÕES

SE RECOLHIDAS NO
ANULAÇÃO DE
EXERCÍCIO DA
DESPESA
CONCESSÃO

SE RECOLHIDAS APÓS
RECEITA
O ENCERRAMENTO
ORÇAMENTÁRIA
DO EXERCÍCIO

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
ADIANTAMENTO - PRAZOS

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SUPRIMENTO DE FUNDOS

é a autoridade cujos atos resultam emissão de empenho,


autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de
ORDENADOR recursos da União ou pela qual esta responda. É de
responsabilidade do Ordenador de Despesa de cada UG
DE DESPESAS definir e controlar o valor máximo de gasto que poderá ser
realizado com o CPGF

é o servidor que detém autorização para proceder à


AGENTE execução financeira, com destinação estabelecida pelo
Ordenador de Despesas, sendo responsável pela aplicação e
SUPRIDO comprovação dos recursos recebidos a título de Suprimento
de Fundos.

AFO
Prof. Leandro Ravyelle
SF – RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS
De acordo com a IN/SRF nº 480, de 15/12/2004, os
pagamentos efetuados por meio de Suprimento de Fundos
a pessoa jurídica, por prestação de serviços ou aquisição de
material de consumo, são isentos de retenção na fonte do
Imposto de Renda e das contribuições de que trata o
artigo 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996.
Quanto aos pagamentos efetuados a pessoa física, consta
no Manual SIAFI orientação detalhada sobre retenção e
recolhimento dos tributos e encargos pertinentes.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
PRESTAÇÃO DE CONTAS
O Agente Suprido deverá ser imediatamente notificado pelo
Ordenador de Despesas para apresentar a prestação de contas, sanar
a falha ou recolher, à Conta Única do Tesouro Nacional, os valores
correspondentes às aplicações consideradas indevidas, ou, ainda, o
saldo não aplicado. Decorrido o prazo estabelecido na notificação
sem que a prestação de contas seja apresentada ou a falha sanada,
deverá o ordenador de despesa adotar as providencias necessárias,
como instauração de Tomada de Contas Especial ou o desconto em
folha de pagamento da importância devida, comunicando
previamente ao agente suprido, sem prejuízo da adoção de medida
disciplinar cabível.
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
37. CESGRANRIO EPE 2014
O suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor,
sempre precedida de empenho na dotação própria, para o fim de
realizar despesas que não possam subordinar-se ao processo normal
de aplicação. O suprimento de fundos poderá ser utilizado para
atender a diversos casos. NÃO constitui um desses casos as despesas
a) em viagem e com serviços especiais que exijam pronto pagamento
b) eventuais que exijam pronto pagamento
c) extraordinárias e urgentes
d) de caráter sigiloso
e) de pequeno vulto
GABARITO: C
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
38. CESGRANRIO BACEN ANALISTA
A despesa realizada por meio de adiantamento de numerário
concedido a servidor, com posterior prestação de contas, permitida
somente nos casos e nas condições expressamente previstas na
legislação e quando não for possível a sua realização pela via e por
procedimentos normais, denomina-se
a) despesa irrelevante.
b) suprimento de fundos.
c) depósito em garantia.
d) reserva de contingência.
e) restos a pagar.
GABARITO: B
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
39. CESGRANRIO BACEN ANALISTA
Para realizar determinada atividade, um analista necessita obter um
adiantamento de numerário, denominado suprimento de fundos.
É certo que a realização de despesas, nessa modalidade, pressupõe
o(a)
a) pagamento de restos a pagar não processados.
b) alocação de recursos em garantia.
c) caracterização de situações atípicas que exijam pronto pagamento
em espécie.
d) adoção de reserva de contingência em fonte orçamentária própria.
e) dispensa de empenho.
GABARITO: C
AFO
Prof. Leandro Ravyelle
OBRIGADO!
Prof. Leandro Ravyelle
Assunto
Prof. Leandro Ravyelle

Você também pode gostar