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A.

Conceito de Classificação institucional

Segundo MCASP 8 , a classificação institucional reflete a estrutura


de alocação dos créditos orçamentários.

B. quais os níveis ou categorias da classificação institucional.

A classificação institucional está estruturada em dois níveis


( categorias) hierárquicos: órgão orçamentário e unidade
orçamentária. Unidade orçamentária compreende o agrupamento de
serviços subordinados ao mesmo órgão a que serão consignadas
dotações próprias. Os órgãos orçamentários, por sua vez,
correspondem a agrupamentos de unidades orçamentárias. As
dotações são consignadas às unidades orçamentárias, responsáveis
pela realização das ações.

No caso do Governo Federal, o código da classificação


institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros
reservados à identificação do órgão e os demais à unidade
orçamentária

Finalidade
Segundo Giacomoni, a finalidade principal é evidenciar as
unidades administrativas responsáveis pela execução da despesa, isto
é, os órgãos que gastam os recursos de conformidade com a
programação orçamentária. É um critério classificatório indispensável
para a fixação de responsabilidades e os consequentes controles e
avaliações.
A classificação institucional apresenta vantagens e desvantagens:

a)Vantagens
1.Permite “comparar” imediatamente os vários órgãos, em
termos de dotações recebidas.
2.Permite identificar o agente responsável pelas dotações
autorizadas pelo Legislativo, para dado programa.
3.Serve como ponto de partida para o estabelecimento de
um programa de contabilização de custos dos vários
serviços ou unidades administrativas.
4.Quando combinada com a classificação funcional,
permite focar num único ponto a responsabilidade pela
execução de determinado programa.

b)Desvantagens
1.Se usada de forma predominante, impede que se tenha
uma visão global das finalidades dos gastos do governo,
em termos das funções precípuas que deve cumprir.
2.Tende a gerar rivalidades interorganizacionais na
obtenção de dotações, quando da preparação do
orçamento e da sua aprovação no Legislativo.
3.A demonstração de quanto um órgão está autorizado a
despender, em determinado exercício, não contribui em
nada para a melhoria das decisões orçamentárias, por
apresentar apenas quantias que são necessárias para o
funcionamento interno do órgão, fato que interessa mais
ao administrador do mesmo do que ao legislador ou ao
povo em geral.7

Exemplificando: o órgão orçamentário:  MEC compreende


diversas unidades orçamentárias: UFAM , UFRJ, UFOPA.

B. Conceito Classificação funcional


A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em
funções e subfunções.

Qual a finalidade
A classificação funcional buscar responder basicamente à indagação
“em que área” de ação governamental a despesa será realizada.
Segundo Giacomoni, a finalidade principal da classificação funcional
é fornecer as para a apresentação de dados e estatísticas sobre os
gastos públicos nos principais segmentos em que o estado atua.
“classificação funcional pode ser chamada classificação para os
cidadãos, uma vez que proporciona informações gerais sobre as
operações do Governo, que podem ser apresentadas em uma espécie
de orçamento resumido” 

A atual classificação funcional é composta de um rol de funções e


subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos
públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo.
Trata-se de uma classificação independente dos programas e de
aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação
nacional dos gastos do setor público.

QUAIS AS CATEGORIA DA CLASSIFICACAO


FUNCIONAL

A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois


primeiros referem-se à função, enquanto que os três últimos dígitos
representam a subfunção.

função compreende o maior nível de agregação das diversas áreas


de atuação do setor público. A função quase sempre se relaciona
com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura,
educação, saúde, defesa, que, na União, de modo geral, guarda
relação com os respectivos Ministérios.

A subfunção representa um nível de agregação imediatamente


inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação
governamental, por intermédio da agregação de determinado
subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das
ações que se aglutinam em torno das funções.

C.Classificação por programas

Antecedentes – Classificação funcional-programática


Mencionou-se anteriormente que, apesar de a Lei nº 4.320/64 não
ter introduzido a classificação por programas, já em 1968 o orçamento
federal substituía a classificação funcional por outra formada
por programas e subprogramas, antecipando a classificação que viria
a ser adotada por todos os orçamentos brasileiros a partir de 1974. A
Portaria nº 9/74, introdutora da classificação funcional-programática,
foi a primeira norma brasileira que buscou, de maneira ampla e
sistemática, incorporar as categorias programáticas nos orçamentos
públicos.
As categorias da classificação funcional-programática eram
cinco: função, programa, subprograma, projeto e atividade.
Cada função desdobrava-se em programas, que se subdividiam
em subprogramas e estes em projetos e atividades. A Portaria nº 9/74
não conceituava as categorias função, programa e subprograma.
Já projeto e atividade eram assim definidos:22

•Projeto: um instrumento de programação para alcançar os


objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de
operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto
final que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da
ação do governo.
•Atividade: um instrumento de programação para alcançar os
objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de
operações que se realizam de modo contínuo e permanente,
necessárias à manutenção da ação do governo.

Esses dois conceitos esclareciam que o programa, ao evidenciar os


objetivos a serem atingidos com a execução do orçamento, constituía-
se na categoria mais importante. As funções eram, então, constituídas
pela divisão, em grandes linhas, das áreas de atuação do governo.
Os subprogramas eram partes dos programas; representavam
objetivos parciais buscados pelo governo por meio do orçamento. Já
os projetos e as atividades são os instrumentos que, no nível de
programação, viabilizavam operacionalmente a consecução dos
objetivos dos programas.
No anexo que acompanhava a Portaria nº 9/74 estavam listadas
as funções, programas e subprogramas que passaram a constituir o
próprio Anexo nº 5 da Lei nº 4.320/64. A Portaria vedava a criação de
novas funções, possibilitando, no entanto, a adoção de
outros programas, além daqueles previstos, visando atender a
determinadas particularidades da programação de cada unidade
governamental. Assim, na elaboração orçamentária, como regra geral,
deveriam ser aproveitadas as contas já definidas até o nível
do subprograma. Já os projetos e as atividades seriam criados em
cada orçamento.
A Portaria nº 9/74 ordenou
as funções, programas e subprogramas, segundo a regra da tipicidade
que existe entre eles. Exemplificando:

Função : 08 – Educação e Cultura

Programa : 44 – Ensino Superior

Subprograma : 205 – Ensino de Graduação

Subprograma : 206 – Ensino de Pós-graduação

Subprograma : 207 – Extensão Universitária

O sistema possibilitava, entretanto, a combinação de categorias


fora do ordenamento típico. Assim, determinada função poderia
compreender um programa atípico, isto é, situado no ordenamento
geral em outra função. O mesmo poderia ocorrer
entre programas e subprogramas.
A partir de 1990, por intermédio de dispositivo constante das leis
de diretrizes orçamentárias, os orçamentos federais passaram a adotar,
como menor categoria de programação do critério funcional-
programático, o subprojeto e a subatividade. Igualmente, a partir de
1990, a área federal introduziu o dígito zero (0) antecedendo o código
dos programas e dos subprogramas, provavelmente para atender às
exigências da informatização.
A título exemplificativo, tome-se o seguinte crédito constante da
lei orçamentária anual da União para o exercício de 1999:23
39201.16.088.0537.1204.0059 ………………. R$ 6.900.000,00
Os cinco dígitos iniciais – 39201 – dizem respeito à classificação
institucional:

39 – (órgão) – Ministério dos Transportes

20 – (unidade orçamentária) – Departamento Nacional de


1 Estradas de Rodagem

Os demais dígitos tratam da classificação funcional-programática:

16 – (função) – Transporte

008 – (programa) – Transporte Rodoviário


8

053 – (subprograma) – Construção e Pavimentação de


7 Rodovias

1 – (convenção) – indica que o que se seguirá é


um projeto.

204 – (número de ordem do projeto) – Construção e


Pavimentação de Rodovias

005 – (número de ordem do subprojeto) – BR 392/RS –


9 Cerro Largo – Porto Xavier

Ao ser agregada à Lei nº 4.320/64, a classificação funcional-


programática determinou alterações importantes no modelo
orçamentário vigente. Como a lei citada exige a padronização dos
orçamentos em todos os níveis, a nova classificação teve de ser
assimilada desde a esfera federal até o menor município. Certamente,
um modelo padronizado não pode atender aos interesses e às
peculiaridades de um espectro tão variado, formado pelas unidades de
governo no Brasil. A fórmula-padrão, ao atender a determinados
interesses, desatende outros. É o que parece ter acontecido com a
classificação funcional-programática idealizada pela Portaria nº 9/74.
Um bom número de prefeituras de pequeno porte deve ter tido
dificuldades para aplicar a nova classificação de seus orçamentos. As
várias categorias de programação e o tamanho do classificador do
Anexo nº 5 pareceriam, para muitos, distantes das reais necessidades
de um pequeno e simples orçamento.
O governo federal, provavelmente após ter ouvido reclamações de
autoridades municipais, baixou decreto-lei com o objetivo de
simplificar os orçamentos dos Municípios com população residente
inferior a 50 mil habitantes.24 Em vez de aproveitarem a oportunidade
e apresentarem um conjunto de medidas que realmente simplificassem
os variados procedimentos que devem ser cumpridos, nessa área, pelas
pequenas prefeituras, os responsáveis pelo decreto-lei citado
simplesmente optaram por facultar aos Municípios atingidos a
elaboração de seus orçamentos sem a classificação funcional-
programática.
Um sistema orçamentário sem nenhuma classificação que
evidenciasse as realizações e que não apresentava nem mesmo uma
classificação funcional constituía-se, certamente, num grande
retrocesso. Felizmente, como se viu no Capítulo 3, o mencionado
decreto-lei acabou sendo revogado alguns anos depois e os pequenos
Municípios voltaram a obrigar-se a apresentar a classificação
funcional-programática em seus orçamentos.25
A classificação funcional-programática vigorou nos orçamentos
federal e estaduais até o exercício de 1999 e nos orçamentos
municipais até o exercício de 2001.

Finalidade
Considerada a mais moderna das classificações orçamentárias da
despesa, a finalidade básica da classificação por programas é
demonstrar as realizações do governo, o resultado final de seu
trabalho em prol da sociedade. Esse critério surgiu visando permitir o
cumprimento das novas funções do orçamento, em especial a
representação do programa de trabalho.

Categorias
Quatro categorias constituem a classificação por
programas: programa, projeto, atividade e operações especiais. Na
norma legal, as referidas categorias estão assim definidas:26

•Programa: o instrumento de organização da ação


governamental visando à concretização dos objetivos
pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos
no plano plurianual.
•Projeto: um instrumento de programação para alcançar o
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
operações limitadas no tempo, das quais resulta um produto
que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do
governo.
•Atividade: um instrumento de programação para alcançar o
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
operações que se realizam de modo contínuo e permanente,
das quais resulta um produto necessário à manutenção da ação
do governo.
•Operações Especiais: as despesas que não contribuem para a
manutenção das ações de governo, das quais não resulta um
produto, e não geram contraprestação direta sob a forma de
bens ou serviços

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