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Pov. Bella
– Srta. Swan aqui é do New York Presbyterian hospital. Ela piorou, eu sinto
muito...achamos que não passa de hoje. A Srta. deveria vir para o hospital.
Eu fechei meus olhos. Eu estava esperando por esse momento pelos últimos
12 anos. Os doze anos da doença de minha mãe.
– Obrigado por avisar Dra. Bakes. Eu estou indo para o hospital neste
momento.
Cheguei próxima a sua cama e segurei sua mão. A sua respiração era muito
fraca. Ela abriu os olhos esboçando um fraco sorriso.
– Mãe não fale nada não se canse. - eu disse tentando soar calma e não chorar.
– É hoje querida. Eu sinto que vou encontrar seu pai.
Estava difícil segurar a emoção quando ela falava assim. O amor que eles
tinham era tão lindo e saber que foi a ganância de uma mulher que destruiu
isso. Deixava-me com muito ódio.
– Não se esqueça do que me prometeu Bella. Assim que eu partir faça o que te
pedi.
Fiquei ali segurando sua mão aproveitando o que seriam os últimos momentos
que passaríamos juntas. E comecei a relembrar toda a minha vida.
Ela tentou de todas as formas convencer meu pai a vender suas terras. Com as
negativas de meu pai ela passou a nos perseguir, intimidar e ameaçar.
Mesmo assim meu pai não cedeu. Ele tinha seus princípios e infelizmente
pagou com a vida por isso.
Em uma noite acordei com nossa casa pegando fogo eu tinha 10 anos, mas me
lembro de quase tudo. Quando vi o fogo eu pulei a janela do meu quarto e dei
a volta para frente de nossa casa. Minha mãe já estava lá e meu pai havia
ficado para me pegar o fogo se alastrou aumentou e ele não saiu. Ele morreu
tentando me salvar.
O genro do Sr. Antony o Dr. Carlilse Cullen chegou com vários homens da
fazenda para tentar ajudar. Não havia muito que fazer. Tudo foi destruído. E
meu pai estava morto. Dr. Cullen nos examinou, ele era o médico da cidade.
Um bom homem pelo que me lembro.
Após esse acontecimento não houve muitas opções para minha mãe. Ela havia
perdido seu grande amor e em nossa fazenda não havia sobrado muita coisa.
Ela teve que vender a preço de banana a fazenda a ninguém menos que
Elizabeth Mansen. Minha mãe sempre teve certeza de que ela foi a culpada
pelo incêndio, mas não havia provas.
Um dia minha mãe chegou em casa com uma senhora bem arrumada. Ela
disse ser uma amiga que iria nos ajudar e foi o que realmente aconteceu. Tia
Carmem como eu a chamava era muito boa conosco, a partir do momento que
entrou em nossa vida as coisas voltaram a melhorar. Minha mãe trabalhava
com ela. Eu só estranhava porque o trabalho era à noite. Minha mãe pagava
uma pessoa para ficar comigo, mas quando fiz 14 anos disse a ela que não era
mais necessário.
Apesar das coisas irem bem minha mãe sempre estava triste. A vi chorando
algumas vezes. Comecei a desconfiar que fosse algo relacionado ao trabalho.
Um dia eu a segui e descobri o porquê da tristeza dela. Ela trabalhava em um
luxuoso bordel. Era prostituta. O bordel pertencia à tia Carmem, a mulher que
nos ajudava. Eu fiquei em choque, mas não a condenei. Ela fazia isso por
mim, por amor a mim. Imagino o sofrimento que deve ter sido para ela ter que
fazer sexo com homens por dinheiro. Ela que só teve meu pai em sua vida e o
amava com todo seu coração mesmo após sua morte.
Quando eu tinha 15 anos veio à doença de minha mãe. Ela não podia mais
trabalhar. Eu não sabia o que faria para me sustentar. Mas Carmem se mostrou
ser uma pessoa maravilhosa e me ajudou. Ela cuidou do tratamento médico de
minha mãe que ainda não era necessária hospitalização e também nos
sustentou. Eu me ofereci para trabalhar no bordel, mas Carmen não admitia
menores de idade. Eu precisava retribuir toda sua generosidade. Assim eu
completei 18 anos e com todos os problemas que enfrentei não consegui entrar
na faculdade e muito menos arrumar emprego. Então aos 18 anos eu era a
mais nova prostituta do bordel de luxo de Carmem.
Fui prostituta dos 18 aos 24 anos. Eu era muito popular e por isso consegui
reunir um bom patrimônio. Consegui pagar um bom tratamento para minha
mãe que cada vez ficava pior.
A minha vida não foi fácil. Você ser prostituta abdica de sonhos, de amor.
Houve alguns namorados. Senti prazer com sexo, mas sempre foi tudo muito
vazio. Nunca houve amor. Sempre sonhei com um amor como dos meus pais.
Mas não acredito mais.
Hoje aos 27 anos eu sou dona do bordel que um dia foi de Carmem. Há três
anos ela resolveu se aposentar e foi viver em uma cidade pequena no sul da
França, ainda mantemos contato. Como dona do bordel eu não preciso mais
me prostituir. Mas mesmo assim há muito trabalho.
Eu segui o padrão que Carmem sempre quis que fosse mantido pelas meninas.
O ambiente era requintado e era proibida a venda e consumo de drogas.
Carmem dizia um “negocio sujo” já era o bastante. Mas na verdade não era
sujo. Os clientes que iam ali, iam em busca de diversão. Poderiam ir somente
ali para beber e conversar, mas se quisessem algo mais também teriam. Eles
não eram obrigados a nada.
Também não permitíamos orgias no salão, Queríamos um ambiente mais
semelhante a apenas um bar possível, se o cliente quisesse sexo era só
conversar com a moça que ele queria, e ir para um dos quartos.
Posso dizer que tenho por amigas as meninas que trabalham aqui. Elas
ficaram comigo após a saída de Carmem. Alice e Rose são minhas melhores
amigas, Ângela também. Ela namora meu segurança pessoal Ben. Claire é
minha assistente e Rose me ajuda a administrar tudo. Claro há algumas que
são perigosas, mas as mantenho dentro da linha.
Eu sempre visitava minha mãe durante todos esses anos que esteve internada.
E ela sempre me fez prometer que quando ela morresse, eu voltaria a
Raymond e me vingaria de Elizabeth Mansen. A mulher que destruiu nossa
família. Essa era a minha meta.
Por isso contratei um bom advogado ele também era detetive particular para
investigar a fundo a família Mansen.
Estava curiosíssima com que para ler. Ele havia enviado uma pasta e um e-
mail contendo as informações há alguns dias atrás.
Flashback On
Srta. Swan
Emmett Cullen é um boa praça, seu sonho era ser jogador de futebol, mas se
machucou na faculdade e não pode jogar. Hoje é professor de educação física
nas escolas da região. Também ajuda na fazenda da família algumas vezes.
Emmett é solteiro.
Edward Cullen é formado veterinário por conta de seu amor pelos animais da
fazenda onde cresceu. Mas também se formou administrador de empresas e
ajuda a administrar os negócios da avó e tem uma ligação muito forte com ela.
Edward tem um filho com a ex-noiva Tânia Denalli. Gabriel tem sete anos e
vive com o pai. No momento apesar de muito assediado pela população
feminina da Cidade Edward está solteiro. Os rumores de Edward permanecer
solteiro são de uma suposta decepção amorosa por uma moça chamada
Ângela Sanders.
Com relação à compra do imóvel que me solicitou consegui uma bela casa
que fica mais na parte rural da cidade é quase como uma pequena fazenda e há
cavalos como a Srta. solicitou. O proprietário quer vender com a porteira
fechada e acho que é perfeita para o que a Srta. deseja. Estou lhe enviando as
fotos da propriedade.
Atenciosamente.
John Jenks
Advogado e Detetive particular.
Sr. Jenks
Gostei muito de suas informações, mas gostaria mais informações sobre esta
ligação de Elizabeth com seu neto Edward. E por favor, se for possível envie
fotos de todos.
Não esqueça que meu nome deve ser mantido em segredo por enquanto.
Atenciosamente
Isabella Swan
Flashback Off
Acabei dormindo no sofá que estava ao lado da cama de minha mãe. Acordei
ouvindo vozes.
Até que a médica que cuidava há anos de minha mãe veio conversar comigo.
Olhei seu corpo inerte sobre a cama. Eu não consegui dizer mais nada só
chorar pela morte da minha querida mãe.
Agora mais nada me prendia a New York. Era hora de voltar a Raymond. Era
hora da minha vingança.
***
Alice disse ao entrar no meu quarto e olhar as fotos que estava na pasta sobre
minha cama.
– São os Cullen.
Rose disse.
Ela também estava no meu quarto ajudando-me a empacotar as coisas que iria
levar a Raymond.
Rose ajudava-me a administrar meus negócios. Ela não era e nunca foi
prostituta. Na verdade ela tinha problemas em se envolver com homens. Ela
sofreu abuso na infância, por isso Rose só se envolvia sexualmente com
mulheres, mas eu achava que se um dia um homem soubesse tratá-la da forma
correta ela se curaria de sua fobia a homens. O engraçado era que olhando de
fora você não diria que ela era assim. Era linda, feminina e emanava força. Só
nós, amigas dela, sabíamos como ela era na verdade.
– Uau! Eles são gatos não vai ser sacrifício nenhum passar algum tempo ao
lado deles.
Rose riu debochada.
– Aham, sei.
Alice era o contrario de Rose. Doce e sensível. Ela foi praticamente criada no
bordel de Carmem. E era prostituta apesar, dos sonhos românticos enfeitaram
aquela cabecinha. Eu tinha medo de minha amiga se magoar muito.
– Bella você acabou de perder sua mãe, não é melhor esperar um pouco mais.
Deixar as idéias amadurecerem.
– Agora você disse tudo Bella. Você prometeu a sua mãe. Era ela que queria
vingança. Essa vingança é dela e não sua. Esqueça isso, por favor?
– Se esse for o preço, Alice. O que posso fazer? Vou ter que envolver pessoas
inocentes. Principalmente esse aqui.
– Sim ele é muito bonito, mas não é a beleza dele que me interessa, e sim sua
relação com a víbora. Pelas informações que recebi, ele é o neto preferido
dela. Ela faz tudo por ele. Então nada mais justo que a atingir aonde dói mais.
– Pode deixar Alice não vou prejudicar ninguém. O que quero é só usar
Edward para chegar próximo a Elizabeth Mansen.
Em New York, Claire minha assistente iria tomar conta dos meus negócios.
**
Por sorte não estava longe de casa, e Alice e San puderam ver de onde
estavam a minha queda, e vieram em meu socorro logo em seguida.
– Vou enfaixar provisoriamente para não sentir muita dor Isabella. Vamos
esperar o resultado do exame de raio-x pra ver se não quebrou. E depois disso
eu te libero.
Jasper disse.
– Bella.
Eu o corrigi.
Ele sorriu e eu quase pude ouvir um suspiro de Alice que estava ao meu lado.
Estávamos em uma sala e Dr. Jasper Cullen se retirou avisando que logo
voltaria para verificar meu pulso.
– O que?
Era natural. Alice era muito bonita e ela não se vestia como prostituta. Nem
no horário de trabalho usavam roupas vulgares. Ousadas sim e de bom gosto.
Geralmente de grife. Foi um conselho de Carmen que eu resolvi manter para
não perder o prestigio. Fora isso éramos garotas normais. Bom nem tanto.
– Com certeza quando ele souber o que eu faço ele vai perder o encanto por
mim.
Alice disse determinada.
– Bom. Talvez ele foda umas vezes comigo e depois com certeza vai perder o
interesse.
Agora era tristeza que eu ouvia em sua vos. Alice era a que menos se
conformava com a vida que levávamos. Mas também não fazia nada para sair
dela.
– Ele está demorando né? - Alice disse - Eu vou pegar uma água e já vejo se o
Doutor vai demorar. Já volto.
– Você fica aqui deitado nessa maca viu Gabe até o Dr. Cullen vir aqui falar
com você. Bem quietinho viu.
– Ta um pouco sim.
– Então pega aqui na minha mão que a dor já vai passar. O papai disse que
quando estamos com dor é bom segurar na mão de alguém que a dor passa.
Ai! Ele era um fofo. O que ele disse me fez sorrir. Eu peguei em sua
mãozinha.
– Um pouquinho, mas eu sou o homem então eu que tenho que te ajudar até
passar sua dor. Você é a menina. Papai sempre diz pra ajudar as mulheres.
Que coisinha mais querida. Esse menininho estava fazendo meu dia muito
melhor.
– Gabriel.
– Muito prazer Gabriel eu sou Isabella, mas gosto que me chamem de Bella.
Ele sorriu.
Ele me perguntou.
– Eu sei sim, mas fazia muito tempo que eu não andava. E você? Por que está
com esse machucado na cabeça?
– É doeu sim. - ele fez um bico lindo - Mas eu to quase bom. Tio Jasper disse
que daqui a pouco eu to bom.
– Papai!
– É a Bella.
Ele apontou pra mim e eu olhei para o garotinho até seu pai finalmente pôr
seus olhos em mim. E tenho certeza que nunca mais iria esquecer esse olhar.
– Oi eu sou Edward Cullen. – ele sorriu – Parece que você e meu filho se
tornaram amigos?
Ele disse com sua voz rouca e sexy e eu tentei de lembrar meu nome para
dizer a ele apesar de Gabriel já ter dito.
Edward estendeu sua mão para mim e quando nos tocamos eu senti um
arrepio, mas não era um arrepio ruim era bom. Muito bom.
Gabriel disse enquanto estávamos aguardando o sinal abrir. Eu ri. Meu filho
era louco pelo bolo de minha mãe, na verdade eu também.
Estávamos indo para casa dos meus pais. Eu iria deixar Gabriel com eles.
Como eram todos os dias. Ser pai solteiro às vezes não era fácil.
Gabriel não foi planejado. Eu ainda era um garoto de 21 anos quando namorei
com Tânia Denalli. Eu não gostava muito dela, mas minha avó insistiu e
gostava dela, e como eu amava muito minha avó resolvi dar uma chance.
No começo até foi legal, mas logo percebi que não daria certo. Quinze dias
após terminar com Tânia, ela me contou estar grávida. Ela queria voltar se
casar essas coisas. Eu até queria se eu a amasse, mas não. Então dei todo meu
apoio possível a ela, mas não nos casamos.
Gabriel nasceu e logo de cara Tânia se mostrou uma péssima mãe. Não que
ela seja má. Ela não tinha jeito mesmo. Assim mesmo Gabriel estava sob
guarda dela, e eu tentava ajudá-la. Até ela aparecer em minha vida. Ângela.
Foi uma paixão arrebatadora. Gabriel tinha poucos meses quando a conheci.
Ela era garçonete da cafeteria da empresa de minha avó. Eu não vi problemas
em me envolver com ela. Meus pais sempre nos ensinaram a não ter
preconceitos contra ninguém. E só por ela ser pobre e eu rico não iria me fazer
desistir dela.
Começamos a namorar e vi que minha avó não aprovava, mas nunca me disse
nada. Ela sabia que eu amava Ângela e minha avó jamais faria nada para me
magoar. Algum tempo depois Ângela ficou estranha. E um dia chegando a seu
apartamento eu descobri o porquê. Ela estava com outro. Ela tentou me
explicar. Não havia explicação para isso. Fidelidade era uma coisa essencial
para mim.
Meu coração ficou partido e ainda hoje é por causa desta mulher. Logo após
nosso termino ela foi embora de Raymond e eu nunca mais a vi.
O que me deu força foi meu filho de apenas um ano. Eu tentei me aproximar
de Tânia. Para o bem de Gabriel e para tentar esquecer Ângela. Ficamos
noivos. E após quase dois anos de relacionamento, eu vi que realmente não
havia jeito. Gabriel tinha três anos. Eu conversei com Tânia e amigavelmente
decidimos que a guarda de nosso filho ficaria comigo.
Após isso eu e Gabe fomos morar no meu apartamento e partir daí minha
família sempre me ajudou. Eu me orgulhava muito de minha família. Meus
pais, os mais apaixonados que podiam existir. Eu sentia até certa inveja deles.
Queria encontrar um amor assim. Jasper meu irmão, conselheiro e amigo.
Emmett meu irmão crianção e minha adorada e geniosa irmã Renesmee. E
claro, minha avó Liz. Que sempre me apóia em tudo. Principalmente agora
com esse problema tão difícil que eu tinha que enfrentar.
Meu pai que era uma pessoa sempre tão sensata e bondosa com os outros,
geralmente perdia a cabeça quando encontrava minha avó. Ele tinha ódio dela.
Eu via isso nos olhos dele. Minha mãe era mais calma, mas tinha uma magoa
da própria mãe. Eu sei que minha avó não aceitava seu casamento com meu
pai. Deveria ser por isso esse ódio todo.
Eu não entendia o porquê de eles a pintarem como uma bruxa. Sendo que ela
me mostrava tanto amor eu nem era neto dela de verdade. Eu era adotado, mas
nem por um minuto a minha avó ou minha família me fez sentir menos
amado.
Eu pedi, mas meu filho sempre repetia este ato. Ele bufou e fez o que eu pedi.
Eu perguntei.
– É que eu briguei com a Jane. Aquela menina que eu falei que eu gostava.
– Ai eu perguntei pro Tio Emmett o que era ir pra cima e a Tia Nessie disse
que quando ele dizia isso ele chegava abraçando uma mulher. Ai eu fui
abraçar a Jane, mas ela não gostou e me empurrou eu cai de bunda no chão na
frente de todo mundo na escola e eles riram de mim.
– Filho.
– Quando quiser perguntar como tratar uma mulher pergunte pra mim, ok?
– E do tio Jasper?
– O tio Jasper pode, assim como da vovó Esme e do vovô Carlisle. Ok? E
quanto a sua briga com Jane eu vou comprar uma flor para você levar para ela
amanhã na escola e você vai pedir desculpa pra ela e ela vai achar isso muito
legal.
– Sério?
– Sim. É assim que se trata bem uma mulher, no seu caso uma menina.
Estacionei meu carro na frente da casa dos meus pais. Minha casa também,
visto que eu e Gabe tínhamos quartos prontos para ficarmos aqui se
quiséssemos. Gabe ficava muito quando era necessário que eu viajasse.
– E ai Edward.
– Oi meu filho não quer vir tomar café conosco? O Gabe já está tomando.
– Meu filho tem estado com umas olheiras. Não está doente?
– Cara então não sabe? É a fofoca na cidade. Está dando a maior confusão.
Eu fiquei curioso.
– Por quê?
– Como?
Eu peguei o envelope e li. Tinha uma letra elegante. Era um convite de bom
gosto.
Aos homens de Raymond
Após isso dizia o endereço e o dia de inauguração. Seria dali a dois dias.
– Isso é um...
– Bordel cara!
Emmett disse olhando para nosso pai. E Carlisle sorriu constrangido por que
minha mãe estava perto.
Ela sorriu.
Minha mãe disse, mas deixou bem claro que era só conhecer.
– Você acha que com uma mulher como você, ele iria sequer pensar em ir lá?
Emmett rosnou.
– Ta explicado pai. - ele disse aproximando-se de Carlisle - Como é que ele
conquista as mulheres. O porquê de elas se jogarem em cima dele. Ele joga
charme até pra própria mãe.
Eu ri.
– É – meu pai disse se aproximando e puxando minha mãe para ele - Mas essa
aqui já tem dono. Pode achar outra.
– E Edward tem razão, Esme. - Carlisle disse a olhando - Com uma mulher
como você, eu não preciso nem pensar em olhar para outra.
– Não. Sério pai. Eu não sei o que as mulheres vêem nesse ai. – ele disse
apontado para mim. - Ele passa e elas quase jogam as calcinhas na cara dele.
– Emmett!
– Não seja exagerado Emmett. - eu disse – Você também faz muito sucesso.
– Sim. Mas nem perto de você. Deve ser essa sua cara de santinho.
Um barulho de uma porta sendo batida com violência nos alertou que o
furacão havia chegado. Era Nessie.
– O que foi Nessie? Por que essa raiva a essa hora da manhã?
– A minha querida avó maltratou o Jacob na minha frente. Ela foi horrível...
foi...ela o humilhou.
– Ela disse que não permite meu namoro com Jacob. Que ele é um capataz da
fazenda. E que ele não é para mim.
– Mas quem ela pensa que é para dizer o que é bom pra minha filha?
– Ela sabe que vou sempre lá à fazenda e não é só pra ver o vovô. Que meu
namorado trabalha lá. Ela disse que não é pra eu ir mais lá. Eu a odeio.
– Eu vou ligar pra ela. Quem ela pensa que é para fazer isso?
– Carlisle calma!
Meu pai se acalmou. Sempre cuidávamos pra não discutirmos na frente dele.
Emmett levou Gabe para a escola e eu fiquei, pois queria falar com meus pais.
Já sabia que iria ter uma nova discussão, mas não havia jeito. Eu precisava
viajar era uma questão de vida e espero que bem longe de morte.
– Pai, mãe eu queria pedir para vocês cuidaram do Gabriel pelo próximo mês
eu e a vovó teremos que viajar.
– Eu não acredito Edward! De novo? Não faz dois meses que vocês viajaram e
ficaram fora por 15 dias.
– Que coisas são essas que precisa que vocês dois viajem juntos?
– Não está acontecendo nada. Por favor, só preciso contar com vocês para
cuidar dele por esse período.
– Tudo isso Edward. Não é bom pra ele ficar afastado de você todo esse
tempo, ele já não tem a mãe em tempo integral e agora você.
– Depois de amanhã.
Era assim sempre que a conversa envolvia minha relação com minha avó.
Quase sempre nos desentendíamos. Se o assunto não fosse sobre ela. Nossa
família era sempre harmoniosa.
**
Eu fui ao trabalho. Hoje ficaria no centro, no escritório. Não iria até a fazenda.
Tinha muitas coisas para resolver para a viagem que faríamos. Meu celular
tocou e era minha avó.
– Oi Liz.
– Eu estou bem avó coruja. – eu brinquei com ela. - E o vovô como está?
– Ah! Querido continua na mesma da uma dó olhar pra ele dessa forma, mal
comeu hoje. E o Gabe?
– Ele está bem vó, deve estar na escola há essa hora. Ele estava empolgado,
iria jogar futebol com o Emmett hoje.
– Ah! Sabe como eu adoro quando me chama de Liz não é. Tudo bem. Não
vou falar mais dos seus irmãos. Eles só me dão dor de cabeça mesmo. Ainda
bem que tenho você o neto mais maravilhoso do mundo.
– Pare de puxar o meu saco. Por que ligou? Está precisando de algo?
– Não. Eu queria que viesse dormir na fazenda hoje. Peço pra cozinheira
fazer seu prato favorito.
– Não vai dar vó. Preciso passar mais algum tempo com o Gabe depois de
amanhã é a nossa viagem então...
– Está muito nervoso querido? Não se preocupe vai tudo certo dessa vez.
– Eu queria ter a sua esperança Liz.
– Vó? Tem certeza que o melhor é não contar pros meus pais?
– Tudo bem.
Desliguei e voltei ao trabalho, mas em seguida meu celular voltou a tocar, era
Emmett.
– Edward? Calma.
– Fale Emmett!
**
Quando entrei no quarto eu vi meu pequeno menino deitado numa maca com
um curativo em sua testa. Tinha uma moça a seu lado que eu não prestei muita
atenção. Eu só queria ver que ele estava bem.
– Papai.
– É a Bella.
Ele apontou para moça que eu nem havia olhado. Ao colocar os olhos nela
meu coração deu solavanco e pareceu se abrir novamente. Ela era linda. Tinha
um olhar triste, mas ao mesmo tempo angelical. Seus olhos chocolates
cravados em mim. Pareciam querer ler minha alma.
– Oi eu sou Edward Cullen. - eu sorri para ela - Parece que você e meu filho
se tornaram amigos?
Colamos nossas mãos e eu senti a pele macia de suas mãos imaginando como
seria resto do corpo dela. Calma Edward. Repreendi-me por pensar essas
coisas. Eu mal conhecia a moça.
– Seu filho é um encanto.
Ela disse olhando Gabriel e sorrindo. Eu me policiei para ver se não babava
por ela. Engraçado nunca me senti assim de cara por uma mulher.
Ela olhou fixamente para mim me fazendo perder o pensamento do que mais
eu iria dizer a ela.
– Bella. - Gabe a chamou - Se você quiser meu papai pode te ensinar a andar
de cavalo. Assim você não cai mais.
Bella gargalhou.
– O que eu perdi?
Eu perguntei.
– Eu falei ao Gabriel que estou com o pulso machucado devido a uma queda
de cavalo. Então ele está me oferecendo seus serviços como instrutor.
– Obrigado. Mas eu sei montar desde criança. Isso – ela apontou pro pulso
enfaixado - Foi só porque eu não conhecia bem o animal.
Despedi-me de todos. Agradecendo mais uma vez a ela por ficar com Gabe e
ele me surpreendeu se esticando em meu colo para dar um beijo na bochecha
de Bella. Ele estava ficando cada vez mais solto com pessoas estranhas. Mas
para ele Bella não era mais uma estranha. Era sua amiga.
Fomos para meu volvo e Emmett já me esperava lá. Após o deixarmos na casa
dos meus pais e minha mãe ter certeza que Gabe estava bem. Nós fomos para
nosso apartamento.
Tirei o restante do dia de folga para passar com ele. E logo ele estava sendo o
menino agitado de sempre. Nem parecia que tinha um machucado na testa.
À noite quando fomos dormir eu falei para ele sobre minha viagem.
– De novo papai.
– Eu sei campeão que você não gosta quando o papai viaja, mas eu prometo
que não vou demorar.
– Tudo bem.
Ele disse, mas eu vi que ficou chateado afinal ele só tinha a mim, já que Tânia
mal aparecia. Ela era modelo e viajava pelo mundo. Aparecendo
esporadicamente.
Se não fosse realmente necessário eu não viajaria. Jamais abandonaria meu
menino e era por isso mesmo que eu estava indo a essa viagem. Para jamais
deixá-lo.
Em minha cama mais tarde com tantos assuntos para pensar. Eu me peguei
pensando na morena de olhos chocolates que vi no hospital. Bella.
Pov. Bella
Hoje eu daria início ao meu plano. Eu esperava que Edward Cullen
aparecesse hoje. Eu iria começar a tentar fazer com que ele me notasse como
mulher. Eu até achava que ele havia me notado, após nosso encontro no
hospital, mas eu não tinha certeza.
Flashback On
Dr. Jasper Cullen cuidava do meu pulso que na verdade só estava
inchado e dolorido. Nada de fraturas. E eu pensava sobre seu irmão que
acabara de sair daqui. Jasper e Alice conversavam, mas eu não prestava
atenção. Só pensava em como ele era lindo. Era um homem que faria
qualquer mulher perdera cabeça.
Ele era alto e com cabelos cor de bronze. Incrivelmente sexy. Um corpo
forte, mas sem exageros. Ele se vestia bem. Casual. Mas o que me chamou
atenção foi seu rosto. Principalmente seus olhos. Verdes. Duas esmeraldas
pedindo pra que se afogassem neles.
E o seu filho então. Aquele menino adorável que foi tão simpático
comigo. E a relação deles parecia incrível.
- Bella?Bella?
Eu não quis dizer nada na frente do irmão do homem que eu estava
pensando.
Despedimos-nos dele. E eu e Alice fomos esperar por San, que viria
nos buscar. Próximas a nós duas enfermeiras conversavam.
- O pai e os irmãos, como o Dr. Jasper, também são lindos, mas ninguém
supera o Edward.
- É. Mas infelizmente ele nem olha pras mulheres ultimamente. Aquela vaca
que quebrou o coração dele fez um bom trabalho.
- Eu quase tive um troço quando entrei na sala e você estava de papo com o
cara.
- Eu sei. Eu também não acreditei quando ele entrou. Eu fiz amizade com o
filho dele, mas sem saber quem ele era. Alice você não tem noção o menino é
um doce.
- Bom o pai também é muito interessante. Eu acho que ele ficou interessado
em mim.
- Sim
Alice ficou pensativa.
- Eu recusei é claro.
- Por quê?
Flashback Off
- Bella?
- Os Cullen já chegaram?
- Ainda não.
- Alice...
- É serio Bella. Se você não falar com ela vai começar a perder clientes antes
mesmo de começar a funcionar.
- Alice você sabe que tem que ter paciência com a Rose.
- Eu sei, eu sei. Só que se ela não quer que os homens mechem com ela pelo
menos podia se vestir mais discreta. Ela está com aquele vestido vermelho. Os
homens estão babando por ela.
- Prazer senhor prefeito. Que bem que veio nos prestigiar. Espero que goste.
- Com certeza eu já gostei, mas gostaria muito mais se pudesse apreciar sua
companhia pelo resto da noite.
- Desculpe senhor prefeito. Isso não será possível. Eu sou apenas a dona.
Dei um sorriso forçado e sai o mais rápido possível de perto daquele
homem. Fui procurar por Alice. Não a encontrei e fui ao encontro de Rose.
- Droga!
Eu esbravejei e Rose me olhou.
- Os Cullen ainda não chegaram. E já está tarde. Não sei se eles virão.
Eu olhei para onde Rose disse e vi Alice conversando com Jasper e
outro, que se não me engano era Emmett.
Eu disse a Jasper. Ele sorriu estranho. Era impressão minha ou ele
estava chateado.
- Como vai Bella. Pode me chamar só de Jasper. Eu não sabia que era você a
dona.
Ele disse para mim, mas seus olhos estavam presos em Alice. Agora eu
entendia o porquê de sua chateação. Era por descobrir o que Alice fazia.
Agora eu havia percebido que Edward não estava com eles. Eu tinha que
perguntar, mas não podia dar na cara.
- Pelo que me lembro enviei quatro convites aos Cullen. Onde estão os outros
cavalheiros?
- Bom. Nosso pai é carta fora do baralho. É homem de uma mulher só. Nossa
mãe.
Eu ri.
- Nosso irmão mais velho, Edward, teve que viajar com nossa avó. Negócios
da família.
Eu tentei disfarçar minha decepção. Não só por Edward ter viajado, mas
pela víbora também não estar na cidade. Droga! A minha vingança teria que
ser adiada. Tudo o que planejei teria que esperar.
Após conversar por um tempo com os Cullen eu me retirei para meu
quarto. Eu estava muito frustrada.
E a frustração iria perdurar por um tempo. Através de Alice que era par
constante de Jasper. Eu soube que Edward e a bruxa viajariam por um mês.
Também soube que a família de Edward principalmente seus pais quase não
conseguiam falar com ele durante este tempo que eles estavam fora.
Jasper vinha sempre e só ficava com Alice. Eu vi que ali estava
nascendo uma paixão, tanto nele quanto nela. Às vezes ela tentava desmotivá-
lo, ficando com outros clientes. Neste dia ele ficava sozinho bebendo e a
observando. Assistindo ela se afastar com outro homem para seu quarto. A
situação deles era complicada.
Emmett era o oposto. Era brincalhão e as meninas o adoravam. Ficou
com quase todas as meninas a não ser por Alice, é obvio. Ele tinha tentado de
formas cantar Rose. Ele não sabia com quem estava lidando.
- Diferente como?
- Você sabe. Ela não é prostituta. Se a tratar como trata as meninas daqui.
Nunca terá uma chance.
- Não. Você é um dos preferidos delas. Mas para Rose você é igual a todos os
outros.
- Isso está muito misterioso. Eu vou dobrar aquela loira. Você vai ver só.
- Vou falar com Edward amanhã, quem sabe ele tem alguma idéia.
- Não. Ele ligou avisando que chega amanhã. Não era para menos. Um mês
viajando. O filho dele, Gabriel, está louco de saudade dele.
- Imagino.
Pov. Edward
Eu e minha avó ficamos este tempo todo em New York tentando achar
uma solução. Ela tinha muita esperança que tudo daria certo. Eu não. No fim
nem eu, nem ela estávamos certos. Havia uma chance. Entre seis a dez meses
iríamos saber seu eu tinha uma chance. Uma chance de permanecer com
aqueles que eu amava. Uma chance de permanecer vivo.
Eu não agüentava mais essa espada pairando sobre minha cabeça.
Resolvi, durante essa viagem, que eu tentaria viver esses meses que poderiam
ser os últimos da minha vida da melhor forma possível.
Amar meu filho de todo meu coração. Ficar perto de quem se gosta.
Tentar ser feliz.
Era noite. Estávamos no taxi quase chegando à casa dos meus pais.
- Edward eu vou direto para a fazenda. Preciso ver como estão as coisas por lá
e ver seu avô. Diga a Esme que a espero amanhã na fazenda.
A beijei na bochecha. Não sei o que seria de mim sem ela. Sempre me
apoiando. Dando-me força pra continuar a lutar.
- Obrigado por tudo vó. Não sei o que seria de mim sem você.
- Eu faço isso por que te amo querido. Ninguém ama você mais do que eu.
Não se esqueça disto. E não conte nada a seus pais Edward. Você tem a mim
não precisa deles.
- Não gosto quando fala assim. Eles são meus pais eu os amo. Não sei se é
justo com eles fazer isso.
Eu tinha minhas dúvidas se isso era o justo, mas não queria o sofrimento
dos meus pais.
- Tudo bem.
Assim que entrei eu vi meus pais na sala com Nessie e Gabe. Eles
estavam assistindo TV concentrados.
- Oi.
Todos olharam para mim, mas o olhar que me prendeu foi de um
menininho de 7 anos.
- Papai!
- Eu também papai estava com muiiiita saudade. Não vai mais viajar né papai?
Promete para mim?
Eu olhei para frente e vi minha mãe e meu pai olhando a cena
emocionados.
Minha mãe disse me abraçando. Outra vez a emoção tomou conta de
mim.
- Eu também mãe. Como estão as coisas por aqui?
- Está tudo bem querido. Onde está a mamãe ela não quis entrar com você?
- Não. Ela precisava ir à fazenda o quanto antes. Ela quer ver o vovô.
- Renesmee!
Meu pai disse já irritado como sempre quando o assunto era minha avó.
Eu preferi não comentar nada. Eu estava retornando para minha amada
família. O que eu menos queria era uma discussão.
- Ah! Não sabia? Eles agora moram no mais novo bordel da cidade.
Meu pai riu e minha mãe, mais uma vez, repreendeu-a.
- Que é mãe? É verdade. Além disso, Jasper está de quatro por uma prostituta
de lá.
- Filha. - meu pai falou - Nesta casa não há espaço para preconceito.
- Papai.
Gabe me chamou.
Eu olhei feio para Nessie que ia corrigi-lo per ele falar errado.
- Vovó sabe que eu te amo muitão, mas eu to com saudade do meu quarto.
- Edward.
- Não quer ficar aqui esta noite? Amanhã vocês vão para o apartamento.
- Não pai. Eu estou com vontade de ficar em casa e curtir meu filho, mas eu
prometo que nessa semana vamos ficar aqui um dia.
Ele pediu para dormir comigo em minha cama. Acho que estava
carente. Fiquei muito tempo longe. Agora eu não precisava me afastar mais.
Pelo menos não antes de alguns meses.
No outro dia, nossa rotina começou novamente como era sempre. Levei
Gabriel para casa dos meus pais, mas devido às coisas pendentes que tinha na
empresa eu não fiquei muito tempo. Não consegui conversar com meus
irmãos.
Trabalhei duro aquele dia. Eu também precisava ir à fazenda, mas não
tive tempo. O dia passou voando. À noite eu peguei Gabe na casa dos meus
pais e fomos para o apartamento.
Eu disse ao entrar na cozinha da casa dos meus pais. Estavam todos a
mesa tomando café da manhã. Gabriel foi voando beijar sua avó e pedir seu
café da manhã.
Cumprimentei a todos percebendo de cara que meu irmão Jasper não
estava bem. Conhecíamo-nos muito bem.
Eu perguntei.
- Hii mano! Nem queira saber. Ele está apaixonado, mas não quer admitir.
- Por quê?
Durante esse mês que eu passei viajando de vez em quando meus
pensamentos iam para a garota de olhos e cabelos cor chocolate. Eu sempre
me perguntava se a encontraria novamente. Parece que agora tinha minha
resposta.
- Você disse Bella? Uma moça morena com os olhos cor chocolate?
- Bom. Ele conheceu essa moça naquele dia que o Gabe machucou a cabeça
lembra? Ela estava lá no hospital acompanhando a Bella que havia machucado
o pulso.
Era ela. Resolvi tentar prestar atenção, primeiro ao problema do meu
irmão. Depois eu veria o que faria em relação à Bella.
- Continua Emmett.
Emmett me contou o que sabia da relação de Jasper e Alice e foi para
escola juntamente com Gabe. Eu aproveitei e fui atrás do meu outro irmão que
precisava de mim neste momento.
- Claro Edward.
Eu estava sem jeito de começar, mas ele era meu irmão. Meu
confidente. Era melhor ir direto ao ponto.
- Que você esta apaixonado por uma moça chamada Alice e que ela trabalha lá
no bordel que vocês freqüentam.
- Jasper quero que saiba que sou seu irmão e seu amigo. E que só quero ajudar
como você sempre me ajudou quando eu precisei.
- Não.
- Não o que?
- Se fala dela dessa maneira, devo acreditar que não a ama verdadeiramente.
Se a amasse isso seria o de menos. Jasper parece que você não cresceu no
mesmo local que eu. Nossos pais sempre nos ensinaram a nunca julgar. Nunca
ter preconceitos. Não estou te reconhecendo?
Gabe ficou com meus pais. Eu, Emmett e Jasper fomos para a casa da
colina. Eu não tinha o habito nem o gosto de conhecer este tipo de lugar, sem
preconceito, só não fazia meu estilo, mas hoje eu tinha um motivo especial
para conhecer.
Chegamos e fomos recebidos por belas mulheres. Emmett parecia que
estava em casa. Fomos para uma mesa. O ambiente não era nada do que eu
esperava. Era sofisticado e de bom gosto. As musicas que tocavam também de
muito bom gosto. Alguns casais dançavam.
- Edward você vai amar este lugar, tem muita mulher gostosa e você está
precisando gastar as energias irmão.
Eu ri.
Jasper gargalhou. Ele estava mais relaxado após nossa conversa.
- Ah! Fala sério Edward. Desde quando você não afoga o ganso? Tenho quase
certeza que foi desde aquela vez que saiu com aquela menina de Bolton.
Emily é o nome dela se não me engano. E isso já faz uns três meses.
Uma moça morena se aproximava e ela era muito bonita. Ao olhar para
Jasper eu já sabia quem ele era.
- Oi Alice.
Jasper disse e a morena sorriu para ele. Sim ela também gostava dele.
Dava para ver de cara.
Jasper me apresentou Alice. Ela era muito simpática não era a toa que
meu serio irmão estava apaixonado por ela. Minha língua coçou para
perguntar sobre Bella, eu não a havia visto ainda, mas me contive.
- Eu não disse Edward que aqui só tinha mulher gostosa. A começar pela
dona.
Ele disse e eu não havia percebido, mas o lado dele sorrindo do que
Emmett disse estava ela. Bella.
Eu achei que ela estava linda da primeira vez que a vi, mas hoje ela
estava deslumbrante. Um vestido azul e curto moldava seu corpo a deixando
sexy. Sua pele clara em contraste com a cor me deixou alucinado. Eu queria
essa mulher. E isso me deixou assustado eu não era assim na maioria das
vezes.
- Perdoe as palavras de meu irmão Bella. Ele não sabe como tratar uma dama.
Meu corpo todo se arrepiou em desejo. Eu prendi meus olhos nos dela e
se eu não estivesse enganado ela também sentiu o que senti.
- Como vai Edward? Que bom que veio nos prestigiar. E não se preocupe já
estou acostumada com o Emmett.
- Vocês se conhecem?
- Sim nos conhecemos no hospital no dia que Gabe se machucou. Bella estava
com ele.
Ela perguntou e eu senti o carinho em sua voz ao falar de meu filho.
Eu ri.
- Pode desistir cara. Ela não fica com ninguém. Até eu já tentei e ela me
dispensou. Tornamo-nos amigos.
- Ela não é...
- Não. Ela é a dona, mas já foi prostituta pelo que eu soube. Ela lutou muito
para sair dessa vida.
Eu não sabia se ficava feliz por ela não ser prostituta. Apesar de eu não
ter preconceitos um sentimento de posse me dominou ao pensar nela com
outros homens. Ou se ficava triste por ela não ficar com ninguém. Com
certeza eu não teria chance.
Jasper e Alice foram para um dos quartos. Emmett se arrumou com
uma ruiva que não lembro o nome, apesar de dizer que seu sonho de consumo
era uma loura que ficava no bar. Ele disse que ela não dava trela para
ninguém. E eu acabei ficando sozinho. Eu já estava me preparando para ir
embora quando Bella sentou-se ao meu lado.
Ela sorriu e de novo pensamentos nada infantis assaltaram minha mente
- Se divertindo?
Ela perguntou e eu quase, quase respondi que me divertiria mais se ela
me levasse para seu quarto.
- Eu tenho que te dizer que eu não sou prostituta Edward. Não mais.
Dirigimo-nos para a pista de dança. E a puxei colando seu corpo ao meu.
Começamos a nos mover ao som da musica. Ela tinha um cheiro delicioso.
Estava difícil para meu lado masculino se contentar só em estar perto dela.
Começamos a conversar sobre coisas amenas. Sobre Gabriel. Ela sempre
pedia que eu falasse mais sobre ele.
- Sim.
- Sinceramente não sei te dizer. Parece que ele não a vê como mãe dele.
- Tem certeza que não quer nenhuma companhia? Temos varias meninas
interessantes Lauren, Jessica, Ângela.
Eu a queria, mas isso não seria possível. Eu estava com o não na ponta
da língua quando ela disse aquele nome. Ângela. Não era a mesma, mas só o
nome me fez querer conhecê-la.
Eu sabia que não era o certo. Eu queria Bella, mas estava pensando em
ficar com outra mulher apenas pelo nome ser o mesmo. E também por que eu
precisava de sexo. Emmett tinha um pouco de razão. E não seria justo com
Bella que abandonou essa vida que eu fosse egoísta e pedisse sexo a ela.
Eu disse a ela e percebi seu espanto. Podia dizer até que vi decepção.
Devia ser coisa da minha cabeça.
- Ah...claro... eu... eu vou chamá-la.
Bella saiu e em seguida voltou com uma morena. Ela era bonita.
Ela já ia saindo quando segurei sua mão e a levei aos meus lábios.
Ela se retirou e comecei a conversar com Ângela. Ela era uma moça
legal. E não forçava nada.
**
Pov. Bella
Eu desci as escadas para sala naquela manhã com uma ressaca do cão. Eu
não bebia. Mas na noite passada eu tive que beber.
- A noite deve ter sido maravilhosa ele te pagou muito mais que o valor
cobrado.
Eu estava puta por Edward ter ficado com ela. Eu nem sabia o porquê
eu estar tão brava. Não é como se ele fosse meu namorado ou algo assim. Mas
ele devia ter ficado interessado em mim. Só em mim.
- Se eu não fosse apaixonada pelo Ben, juro que ficaria de quatro por ele,
literalmente.
- Ângela?
Eu a chamei.
- Acho que já chega de historia por hoje vão fazer suas obrigações.
Eu nunca havia sido tão dura com elas. Principalmente com Ângela.
Alice me olhava espantada. Rose também.
- Desculpe Bella.
Ângela disse chateada e eu me arrependi de tratá-la assim, ela não tinha
culpa se meus planos não deram certo. As únicas que sabiam sobre eles era
Rose e Alice.
- Mas é obvio que está. Você não bebe Bella e ontem bebeu meia garrafa de
uísque.
Eu fiquei em silencio e Alice me analisava.
- Então você bebeu ontem Bella. E está com esse mau humor hoje. Não seria
porque Edward Cullen em vez de ficar a seus pés ontem ficou com a Ângela?
- Qual é a de vocês duas? Sim eu estou chateada. Era para o Edward ficar a
fim de mim e isso não rolou. Minha vingança vai ter que ser alterada.
- Bella o Edward ontem só faltou escrever na testa que estava a fim de você.
Mas você só sabia fugir de perto dele ou falar que não era mais prostituta. O
que acha que o cara pensou?
- Não sei.
- Que você não estava a fim. Que se ele tentasse alguma coisa poderia te
ofender, sei la.
- Se você quer que seu plano de certo. Vai ter que flertar com ele demonstrar
que está a fim.
Flertar. Eu não sabia flertar. Quando eu era prostituta era diferente. Eu era
paga para fazer aquilo. Agora não. Apesar de ter minha vingança como
motivação eu não sabia muito como agir. Não queria ser atirada, mas queria
que Edward ficasse louco por mim. Só assim a vingança teria sucesso. Fora
isso Edward me intimidava. Atordoava-me. Era muito estranho que sentia
quando estava perto dele. O que senti ontem foi intenso.
Flashback On
Eu fiquei petrificada ao vê-lo. Não imaginava que ele viria. Eu tinha que
fazer algo, mas minha coragem sumiu e eu me vi indo para o andar de cima
me esconder em meu quarto. Eu andava de um lado para o outro tentando
pensar no que fazer em como me aproximar. A porta do meu quarto se abriu e
Alice entrou.
- Eu sei. Eu vi.
Eu desci com ela com o coração aos pulos o que era idiotice de minha
parte eu já o conhecia. Por que esse desespero?
Ao vê-lo na mesa com os irmãos pude apreciar a beleza daquele homem.
Não só eu, mas todas as meninas do bordel quase tropeçavam ao vê-lo. Ele
era realmente muito lindo. Que boca. Eu me imaginei ela grudada na minha.
Repreendi-me por este pensamento. Aconteceu uma coisa que há muito tempo
não acontecia comigo, se é que realmente já aconteceu algum dia, eu senti
desejo. Desejo por este homem que eu só deveria usar.
Alice foi e eu a vi conversando com os Cullen. Fui até o bar onde Rose
estava.
Eu pedi.
- Vou beber hoje. Por favor, Rose me sirva uma dose de uísque.
Ela me olhou espantada e me serviu e mais espantada ainda Rose me viu
virar o copo. A bebida desceu ardendo em minha garganta.
Pronto! Agora eu estava pronta. Dirigi-me a eles e Emmett me viu. Ele
esboçou um sorriso. Parei próximo a ele e Edward ainda não havia me visto.
- Eu não disse Edward que aqui só tinha mulher gostosa. A começar pela
dona.
- Perdoe as palavras de meu irmão Bella. Ele não sabe como tratar uma
dama.
Ele disse pegando minha mão e a beijando. Senti minha pele queimar.
Pare com isso Bella. Agora. Minha mente me alertou.
- Como vai Edward? Que bom que veio nos prestigiar. E não se preocupe já
estou acostumada com o Emmett.
- Vocês se conhecem?
- Sim nos conhecemos no hospital no dia que Gabe se machucou. Bella estava
com ele.
Eu perguntei.
Ele disse me olhando com aqueles olhos verdes. Deus eu não me
reconhecia quando estava próxima a ele. Eu precisava fugir.
O tempo foi passando e eu sempre fugindo de chegar próximo a ele, mas
sempre o observando beber, conversar com os irmãos, observando o lugar.
Alice e Jasper foram para o quarto como era sempre e Emmett saiu com uma
das meninas o deixando sozinho. Se eu não agisse logo ele iria embora. Seja
corajosa Bella!
- Se divertindo?
Eu perguntei desentendida. Essa era hora que ele dizia que queria ficar
comigo.
- Eu tenho que te dizer que eu não sou prostituta Edward. Não mais.
Ele me levou até a pista de dança me puxando para seu corpo me fazendo
prender a respiração.
Começamos a conversar sobre coisas amenas. Sobre seu filho e eu pedi a
ele que me falasse mais sobre ele. Ele me contou sua relação com Tânia. A
relação de Gabriel com a mãe.
- Sim.
- Sinceramente não sei te dizer. Parece que ele não a vê como mãe dele.
E não sei o porquê, mas acreditei que ele realmente sentisse.
- Tem certeza que não quer nenhuma companhia? Temos varias meninas
interessantes. Lauren, Jessica, Ângela.
Eu disse a ele só para fazê-lo pedir por mim, mas algo mudou quando eu
disse os nomes das meninas.
Eu fui falar com Ângela. E fomos em direção a Edward. Eu estava... Não
sei dizer como estava.
Eu queria sair dali o mais rápido possível. Quando eu ia saindo ele
segurou minha mão. E uma esperança se apossou de mim.
Novamente a decepção. Ele beijou minha mão como já tinha feito mais
cedo. Eu sorri e ele também. Eu me afastei em direção ao bar. De lá eu podia
vê-los.
Ele e Ângela conversam e riam. Ele fez uma boa escolha, Ângela era
muito legal. Mas algo me dizia que havia mais por trás de sua escolha.
Ângela era o nome de sua ex.
Eu falei irritada. Ela não falou mais nada e quando foi tirar a garrafa eu
não deixei.
O tempo foi passando e eles foram para o quarto de Ângela. Eu fiquei lá
bebendo. Até o movimento ir acabando e restar quase ninguém. Eu estava um
pouco alta pela bebida.
Fui para meu quarto. Troquei de roupa. Vesti uma camisola preta e
coloquei musicas clássicas que sempre me acalmava.
Flashback Off
A ressaca havia passado, mas meu dia não estava sendo nada bom eu
precisava relaxar. À tarde mandei selar novamente Thor. Eu precisava
espairecer. É claro que desde que cai e machuquei o pulso Alice ficava no
meu pé sempre que eu saia para cavalgar. Mas desde aquele dia eu havia
montado bastante e não havia acontecido nada. Thor já havia se acostumado
comigo.
Eu cavalguei pela minha propriedade, mas tive vontade de sair e conhecer
novos lugares segui por uma estradinha de chão e fiquei admirando as belas
paisagens que a parte rural de Raymond apresentava.
“Se eu não fosse apaixonada pelo Ben, juro que ficaria de quatro por ele,
literalmente”.
“É o homem mais maravilhoso na cama que eu já experimentei e...”
Eu ficava enfurecida ao lembrar-me dela falando e juro que se não fosse
minha amiga eu... não sei o faria. Pare de pensar nisso Bella!
Passei por varias fazendas. Até que na mata encontrei um caminho e
entrei. Eu sabia que era imprudente poderia me perder, mas eu queria explorar
o lugar.
Comecei a passar por muitas árvores e flores o lugar era belíssimo até que
vi um cavalo amarrado em uma árvore. Era um animal muito bonito. Eu
cheguei próximo a ele procurando pelo dono. Não encontrei ninguém, mas vi
que próxima ficava uma campina. E pelo que eu podia ver era linda. Era
redonda e cheia de flores. Desmontei e amarrei Thor próximo ao outro cavalo.
Caminhei em direção a campinha. Eu paralisei ao ver deitado na capina sem
camisa Edward Cullen.
Just a Kiss
Apenas Um Beijo
Lady Antebellum
*
Ele estava de olhos fechados parecia estar dormindo. Os braços sob a
cabeça. Eu não sabia se dava a volta ou me aproximava. Mas a atração que
este homem exercia em mim me fez andar até ele.
Cheguei bem devagar olhando para aquele ser que parecia não ser real.
Puta merda! Ele era muito gostoso. Agora eu entendia Ângela.
Eu estava bem próxima a ele. Eu me abaixei e minha vontade era de tocá-
lo. De repente ele abriu seus olhos fazendo que eu me assustasse e caísse
sentada próxima a ele.
- Fique.
Ele disse com suas esmeraldas presas em meus olhos. Eu sorri.
- Tudo bem.
Eu disse observando ao redor tentando não pensar em como ele estava
próximo a mim. E sem camisa.
Ele disse e eu não entendi nada do que ele estava dizendo.
- Você não tem preconceito pelo que fui ou pelo que sou?
- Não.
Ele colocou sua mão em meu rosto. E eu fechei os olhos. Sentindo sua mão
me acariciar.
Ele disse e quando abri meus olhos e ele estava muito próximo. Seu rosto
quase me tocando. Seus lábios próximos aos meus. Ele olhava de meus olhos
para minha boca.
Ele sussurrou próximo a minha boca. Minha respiração quase falhando.
Era agora. Após isso não teria volta.
- Beije-me Edward.
Seus lábios provaram meus lábios. Era um beijo doce a principio. Edward
colocou sua mão em minha nuca controlando a velocidade e profundidade do
beijo. Ele inseriu sua língua em minha boca procurando pela minha. Eu
correspondi imediatamente. Nunca havia sido beijada desta forma.
- Bella não é por que você teve a vida que teve que deve se sentir menos que
as outras pessoas. Há muitas mulheres que se dizem honestas e fazem coisas
horríveis.
Ele era encantador. Era difícil resistir a ele.
- Ontem eu pedi que chamasse aquela moça Ângela porque queria você, mas
achei que não pudéssemos ficarmos juntos e também por conta de uma
namorada que tive com o mesmo nome. Ela me traiu. E quando você falou o
nome dela eu fiquei curioso ao ver como me sentiria em relação a ela. Eu sei
que é besteira. Ela não é a mesma pessoa, mas só o nome já me atingiu. Por
isso eu digo a você. Não se menospreze. Essa mulher que eu confiava e amava
fez coisas que com certeza eu vejo em seus olhos que você jamais faria.
- Eu quero ficar com você Bella. Hoje à noite. Se você aceitar será só eu e
você. Um home eu uma mulher curtindo um ao outro.
- Você quer?
- Sim eu quero.
Ele me beijou novamente. Nossos corpos querendo mais do que apenas
beijos.
- Estou louco por você desde a primeira vez que a vi, Bella.
Eu assenti.
Ele me beijou levemente. E montou seu cavalo se afastando. Eu segui para
minha casa com o coração aos pulos.
Hoje à noite eu dormiria com Edward Cullen. E a partir dai meu plano
seria iniciado.
Pov. Edward.
Eu estava chegando à casa da colina. Meus irmãos não vieram comigo
hoje. Assim que entrei meus olhos procuraram por ela. A vi conversando com
o prefeito. Ela estava linda mais uma vez. Com outro vestido em tom de azul.
Realmente, agora, azul era minha cor preferida.
Ela parecia meio incomodada com a conversa dele. Ele realmente era um
pé no saco eu a entendia.
Continuei a observando até que ela me viu. E para mim mais nada
importava a não ser seus olhos cravados nos meus.
Lembrei-me de tudo o que fez com que chegássemos até aqui.
Flashback On
- Bom dia.
Meu pai me respondeu. Minha mãe também chegou me dando um beijo.
Meu pai brincou. Ele sabia onde eu e meus irmãos havíamos ido.
- Foi legal.
Ememet entrou com a cara de sono pior que a minha. E levou Gabriel
para a escola.
Eu fui para o trabalho, após algumas reuniões eu entrei no meu carro e
dirigi para a parte rural de Raymond. Iria para a fazenda havia algumas
coisas que eu precisava resolver lá desde que voltei de viagem. Ao me dirigir
a para a fazenda, passei próximo a casa da colina. Uma vontade louca de ir
até lá se apossou de mim. Não seja idiota Edward. Repreendi-me
mentalmente.
Ao chegar fazenda fui ao encontro de minha avó ela conversava com
Jacob no escritório e não viu quando entrei.
Ela falava enérgica com ele. Jacob parecia chateado e ele foi o primeiro
a me ver.
- Oi Edward.
- Liz eu não gosto que esconda as coisas de mim e nem que trate os
empregados desta forma.
- Vó, além de trabalhar a muito tempo aqui, Jacob é filho do Billy que a
serviu por anos até se aposentar, e também é namorado da Nessie.
- Liz...
- Querido não vamos mais falar nisso, sim. Eu fiquei sabendo que você e seus
irmãos foram àquela casa de perdição que abriu.
Eu ri.
- Mas como é que sabe que fui lá? Ah! Aquela mala do prefeito te contou.
Eu e vovó fomos resolver os assuntos da fazenda e após isso fui ver meu
avô. Ele tinha uma doença degenerativa que o deixava com perda de memória
e em uma cadeira de rodas.
- Aquela bruxa. Como é que uma pessoa poder ser tão malvada assim?
Mary resmungava enquanto alimentava meu avo. Era bonito o carinho
que ela tratava meu avô.
- Oi Mary.
- Oi Edward.
- Hoje ele está sem memória nenhuma Edward. Ontem ele estava que era uma
maravilha. Seu pai esteve aqui e disse que isso é normal.
Era triste vê-lo assim. Então pensei que talvez o que eu tinha não fosse
tão ruim assim, pelo menos não iria ficar dando trabalho aos outros.
A beijei e foi maravilhoso e só atiçou ainda mais minha vontade de tê-la.
Combinamos de nos encontrar a noite, e tive que revogar minha decisão
de não ir mais ao bordel.
Eu precisava ter pelo menos uma vez essa mulher. Depois eu não sabia
como iria ficar. Não posso me apegar a alguém. Minha vida não dependia de
mim.
Flashback Off
- Oi.
- Oi Edward.
Ela sussurrou sexy. Será que se eu a convidasse para subir agora seria
apressado demais?
- Não fique nervosa. Temos todo o tempo. Posso esperá-la o tempo que for.
- Ok.
Ela foi resolver suas pendências e eu fui ao bar. Pedi uma bebida para
moça loira que o Emmett tinha interesse.
De longe eu vi Ângela e ela sorriu para mim. Era uma moça muito legal.
Lembrei-me da conversa que tivemos no seu quarto ontem à noite.
Flashback On
Após sairmos do salão chegamos logo a seu quarto.
Ângela disse. Eu entrei pensando que eu estava fazendo uma grande
besteira. Não era com ela que eu queria ficar.
Ângela se aproximou de mim colocando suas mãos sobre meu peito já
insinuando o que deveríamos fazer. Eu segurei suas mãos.
- Tudo bem.
Eu ri.
Na verdade eu estava procurando uma desculpa para não ter que ficar
com ela. Ângela era legal, mas não era ela que eu queria e muito menos era a
outra Ângela. A que não prestava.
Já que não íamos fazer sexo e eu não tinha nada para fazer, resolvi
conhecer essa menina melhor.
- O que sempre acontece a todas para cair nessa vida. Sem família. Sem
dinheiro. Mas eu me considero com sorte por ter encontrado Carmem, ela era
a dona antes da Bella.
Ao ouvir o nome daquela mulher eu tive a idéia de saber mais sobre ela.
- Entendi. Esse rodeio todo para perguntar sobre a Bella. Está a fim dela.
Eu sorri.
A noite passou agradável. Ângela tinha um papo bom era engraçada e
boca suja. Lembrava-me a Nessie. Ela estava namorando um segurança do
bordel e eles estavam juntando grana para abrirem um restaurante. Eles iam
embora para a Itália, assim que conseguissem a quantia necessária.
Eu perguntei.
- Como esse? Jogar conversa fora a noite inteira? Acho que é de graça.
- A Bella é bem legal nesse sentido. A metade seria a minha parte. Você
acredita que tem lugares que eles só pagam para as prostitutas 20%. – ela
disse indignada - Nós é que damos a buceta e eles ficam com a maior parte.
- Está maluco Edward. Isso é muito mais que o valor que eu te falei.
- Eu quero ajudar você e seu namorado a conseguir o dinheiro que falta para
o sonho de vocês.
- Você é bacana Edward. Vou falar para Bella te dar uma chance.
- É sobre isso que eu queria te falar. Não fale nada sobre eu estar interessado
nela. Não quero forçar a barra.
- Por quê?
- Ela e a melhor amiga da Bella. Se ela achar que você tem uma chance. Eu
posso te contar.
Eu sorri. Não era uma má idéia, mas não. Não queria forçar nada. Pedi a
Ângela que não dissesse nada a Alice.
Flashback Off
Fiquei ali por alguns minutos até Bella surgir na minha frente pegando
minha mão.
- Vamos?
- Claro.
- Mas...
Eu já havia visto seu quarto, mas não havia prestado atenção nos detalhes.
Era um quarto grande e arejado em tons pastel.
- Claro.
Ela sorriu timidamente. Ela era tão acanhada que às vezes eu me
perguntava. Como poderia ter sido prostituta?
- Eu não sei bem como fazer isso Edward. Quando fiz sexo. Fazia por que me
pagavam. Era trabalho. Então eu sabia o que tinha que fazer. Com meus
namorados, que não vale a pena comentar, era diferente do que vamos viver
agora.
- Não precisa ficar nervosa. Somos somente um homem eu uma mulher que se
desejam e querem ficar juntos. Deixe acontecer.
Ela sorriu. E eu comecei a beijar seu pescoço. Ela respirou forte. Ao fundo
ouvíamos a musica que tocava no salão.
- Beije-me Edward.
Ela pediu e eu prontamente atendi. Colei minha boca na sua e como hoje a
tarde foi incrível. Como nossas bocas se moldavam uma à outra como se
fossem feitas para isso.
Ela me abraçava e suas mãos foram para meus cabelos. Eu atacava sua
boca com minha língua e apertava sua cintura com minhas mãos. Pequenos
gemidos saiam de sua boca fazendo com que meu corpo implorasse para
tomá-la o mais rápido que podia. Mas eu não faria isso. Bella era uma mulher
que provavelmente nunca foi adorada durante o sexo. E eu queria fazer isso
com ela hoje.
Agarrei um punhado de seus cabelos e trouxe seus lábios rudemente para
os meus. Ela respondeu ansiosamente ao beijo tomando meu lábio inferior em
sua boca.
Ela começou a desabotoar minha camisa. Seus dedos roçaram sobre meu
peito. Eu não achava que era possível ficar mais duro, mas ela me provou o
contrario com um toque. Bella se abaixou colocando sua boca em meu
abdômen o beijando. Eu rosnei.
Puxei-a para cima a beijando novamente. Minhas mãos foram para suas
costas e abri o zíper de seu vestido fazendo com que caísse a seus pés. Arfei
com a visão dessa mulher seminua.
Coloquei minhas mãos em seus seios ainda cobertos por seu sutiã. Apertei
lentamente. Ela soltou um gemido fraco.
Eu disse e comecei a beijá-la em seu pescoço fui descendo por seu colo
até chegar a seus seios. Coloquei seu mamilo em minha boca e chupei
lentamente passando a língua fazendo-o endurecer. Chupei novamente só que
mais forte dessa vez e Bella se contorceu suspirando.
- Edward...
Ela gemeu meu nome e eu amei ouvir sua voz rouca.
*
Abandonei seus seios e fui descendo em direção ao seu estômago. Lambi
sua barriga, seu umbigo e mais um pouco eu estava em seu sexo que estava
molhado. Minha auto-estima se elevou ao ver que eu a deixei assim.
Seu botão inchado estava fervente. E seu cheiro só me fez ter mais
vontade de prová-la.
- Eu vou chupar você Bella. Seu gosto deve ser melhor que o seu cheiro.
- Oh... Porra!
Eu ri e ataquei seu sexo logo que proferi estas palavras. Passei minha
língua pelo seu clitóris a fazendo estremecer. Eu revezava ora lambendo seu
botão inchado e ora a penetrando com minha língua. Eu tinha mesmo razão.
Seu gosto era divino. Bella gemia descontrolada.
- Sim linda venha... goza na minha boca. Quero sentir seu mel.
Ela fechou os olhos enquanto descia de seu orgasmo. Ela era muito linda.
Eu me levantei e ela abriu os olhos e lambeu os lábios quando me viu nu.
Esse gesto me fez ficar ainda mais duro eu peguei o preservativo que estava
em minha calça.
- Espere!
Ela olhou meu pau duro que estava próximo a seu rosto e repetiu o ato
lambendo os lábios.
Bella pegou meu pau e começou a passar a língua em e logo em seguida o
colocou quase todo na boca. Ela fazia um vai e vem delicioso com sua boca
quente e eu estava a um passo de gozar, mas eu a queria por completo. Puxei-
a para cima. Coloquei o preservativo.
Puxei suas pernas ela prendeu-as em meu quadril. Fazendo a com que eu
a penetrasse mais profundamente. Ela movimentava seus quadris rebolando
me deixando insano.
- Bella...
- Edward eu vou...
Pov. Bella
Eu estava quase acordando. Eu sentia isso. Só que estava tão bom ficar na
cama. Há muito tempo eu não tinha dormido tão bem. Remexi-me sob os
lençóis. Eu estava sozinha. Edward se foi. Antes que a rejeição se abatesse
sobre mim eu vi no travesseiro ao meu lado uma rosa e um bilhete que ele
escreveu na fronha do travesseiro.
Bella.
Não quis acordá-la. Como já disse você parece um anjo, ainda mais
dormindo.
Eu amei a noite que tivemos você é uma mulher incrível. Não se esqueça
disto.
Beijos Edward.
Apesar de achar linda sua atitude eu senti certo tom de despedida em suas
palavras.
Não havíamos combinado nada. Não sabia se ele me procuraria. No meu
plano inicial era para ele continuar me desejando, mas na prática as coisas
nem sempre saiam como esperávamos.
Edward é um homem... não tem nem como definir. A nossa noite foi
maravilhosa. Nunca me senti assim durante o sexo. E isso me assustava. Foi
completo, perfeito.
E eu com medo de como poderia ser. Logo que voltei do passeio pela
campina. Eu estava há muito tempo sem sexo. Há três anos eu não era
prostituta. E há ultima vez que tive algum contato sexual foi com meu ultimo
namorado há quase dois anos.
Meu corpo se lembrava com detalhes da segunda vez que transamos na noite
passada.
Flashback On
Eu estava dormindo, mas senti um corpo quente abraçado a mim por trás. Eu
virei meu pescoço e espiei sobre meu ombro e vi aquele homem magnífico.
Ele era muito delicioso. Gostoso mesmo. Eu fiquei olhando seu corpo nu que
estava pressionado ao meu e quando voltei a seu rosto e ele me encarava. Os
olhos verdes quase escuros em luxuria. Eu fiquei sem graça por ele me pegar
o secando. Ele sorriu.
– Acabou a inspeção?
Eu mordi meu lábio inferior e sua mão veio diretamente para eles.
Eu rebolava e quando fazia isso Edward soltava altos gemidos. Uma de suas
mãos estava em meu quadril e outra apertava um dos meus seios.
E foi meu fim. Em seguida meu corpo foi sacudido por espasmos e eu senti
que Edward também chegou ao clímax.
Flashback Off
– O que foi?
– Chegou faz uns quinze minutos, eu ia levar até seu quarto, mas achei que
ainda estivesse dormindo.
Alice disse.
Eu levantei e fui até as flores. Meu peito com uma sensação estranha eu não
consegui reprimir o sorriso que se formou em meu rosto. Eu nuca havia
recebido flores antes.
Beijos
Edward Cullen.
Li e reli o cartão algumas vezes para ver se achava mais alguma mensagem
escondida atrás de suas palavras.
Rose disse.
– E olha que eu nem gosto de homem. Mas para esse ai vale à pena dar uma
chance.
Alice perguntou.
– Você passou a noite com aquele homem maravilhoso e recebeu flores dele
hoje de manhã. Qual o problema?
– Por quê? Acho que está enganada Bella. Ninguém manda flores para alguém
que não quer mais ficar novamente.
– Eu tive essa impressão pelo que ele me escreveu e também pelo que está
escrito no cartão nas flores. É como se fosse uma compensação, não sei.
Alice perguntou.
– Não sei a o certo, mas Edward disse que não ficou com Ângela na outra
noite e ela mentiu ao contar as meninas sobre ele. Eu quero saber por que.
Eu fiquei estupefata.
- Ela veio me contar de manhã que não haviam ficado e que ele estava a fim
de você e tal. Então sugeri que ela fizesse aquilo. No fim nem foi preciso,
vocês acabaram se encontrando e se acertaram. Mas eu só queria ajudar.
Eu perguntei a Alice.
– Alice. Eu quero que saiba que o que você decidir para a sua vida eu vou te
apoiar.
Éramos muito diferentes eu, Alice e Rose, mas nossa amizade era forte na
mesma proporção.
Ao conversar com Emmett e Jasper eu achei que eles não soubessem sobre eu
e Edward. Se souberem foram muito discretos. Alice me passou discretamente
o telefone de Edward escrito em um papel. Eu perguntei como ela havia
conseguido ela disse que Edward ligou para Jasper e que ela viu o número e
como tinha uma memória ótima o decorou. O numero era da empresa. Não
adiantava tentar ligar agora.
Droga! Antes de tudo isso começar meu plano era simples. Seduzir Edward
Cullen e o usá-lo em minha vingança. Fácil. Até eu conhece-l o.
– Bella?
– Oi Alice, entra.
Alice foi em direção a ele e ele segurou sua mão. Eu já sabia o que estava
acontecendo.
– Oi Jasper.
– Oi Bella.
Eu esperei que ele falasse, mas como eles não diziam nada.
– Bella.
Jasper me chamou.
– Deve imaginar que Alice não vai mais...
– Nós vamos morar juntos, mas por enquanto ela ainda ficará aqui. Eu disse a
ela que ela podia ficar em um hotel, mas Alice não quer. Ela quer ficar perto
de você e Rose que são a família dela.
– Jasper enquanto Alice permanecer aqui ela não aparecerá no salão à noite,
para evitar qualquer constrangimento. Pode ficar tranqüilo.
Agora que Alice era namorada de Jasper eu não podia mais envolver minha
amiga em meus planos. Não era justo. Já que se ela participasse dos meus
planos teria que esconder coisas do homem que amava. Só pedi que ela não
comentasse nada com Jasper sobre o motivo de eu estar aqui. E sobre minha
vingança.
– O Sr. Cullen está em reunião agora senhora. Se desejar deixar seu nome e
telefone eu posso passar o recado para ele logo que a reunião acabe.
Eu, por mais que tentasse disfarçar, ficava ansiosa todas as noites esperando
que Edward Cullen aparecesse. Mas isso não aconteceu. Outra coisa me
incomodava também. Quando eu ia dormir ardia desejo por ele. Sentia falta de
seus beijos, de seu cheiro. Cheguei ao cúmulo de me masturbar pensando
nele. Isso não era normal. Estar viciada em uma pessoa em tão pouco tempo.
O dia do jantar na casa dos Cullen havia chegado e eu iria rever Edward. Após
10 dias da última vez que nos vimos.
Ao entrarmos na bela casa fomos recebidos por toda a família. E uma vos
chamando meu nome me fez sorrir.
– Bella.
Pov. Bella
Seus olhos nos meus. Presos aos meus. Eu sabia que havia um menininho
abraçado a minha cintura e eu precisava dar atenção a ele. Tirei meus olhos
daquele homem que fazia meu coração disparar somente por estar perto dele
novamente.
- Oi Gabriel.
- Melhorou querido.
- Vem Bella. – ele começou a puxar minha mão até seus parentes. - Vem
conhecer minha vó.
Eu ri.
- Só um?
Eu, Alice e Rose fomos todas apresentadas a família Cullen, e como eu
já havia constatado nas fotos que o detetive havia me mandado, a família toda
era linda. Eu fiquei apreensiva ao ser apresentada ao Dr. Carlisle Cullen. Com
medo de que ele me reconhece, mas não.
- Oi Bella.
- Oi Edward.
Eu respondi simplesmente. Não sabia muito que dizer. Ele ia falar algo,
mas a Sra. Cullen requisitou nossa atenção para que todos entrassem na bela
casa que eles tinham.
Ao entrar estávamos em uma imensa sala de estar e ao fundo uma
varanda de onde se via um gramado com uma maravilhosa piscina.
Alice conversava com Jasper e o Dr. Cullen. Eu, Rose, Emmett e a Sra.
Cullen também conversávamos. Rose elogiava sua casa e ela nos contava
animada como foi à escolha e decoração.
De longe eu via Edward e Gabriel. Ele conversava com o filho e a cena
era tão bonita que eu quase não conseguia desviar os olhos. Junto deles estava
a filha mais nova dos Cullen, Renesmee a única pessoa que mostrou certo
desagrado com nossa presença.
- Bella?
- Oi querido.
- Você quer vir conhecer meu quarto? Sabe a vovó tem um quarto só pra mim
aqui na casa dela.
Olhei para a Sra. Cullen e ela assentiu para que eu fosse com ele.
Eu segui Gabriel e ele me levou até seu quarto. Antes me mostrando
onde era o quarto de todos na casa, e quando me mostrou o de seu pai eu
quase pedi para entrar lá.
- Gabriel sua mãe te ama se ela não vem é porque ela não pode, mas tenho
certeza que todos os dias ela pensa em você.
Ele sorriu do que eu disse e logo já estava me mostrando outras coisas
em seu quarto. Era bom ser criança. Elas se recuperavam rápido ao contrario
de nos adultos que guardávamos mágoa por muito tempo.
Quando eu e Gabriel voltamos Edward não tirou por um segundo seus
olhos de mim. Eu fui até a cozinha para ver se a Sra. Cullen precisava de algo.
Com ela estavam Rose e Emmett.
- Não é mãe? Que eu te ajudo sempre que posso? Eu sei cozinhar, eu posso
fazer algo para você comer uma hora dessas Rose.
- Aqui nesta casa não há preconceito Bella, e fico feliz que tenha me dito estas
coisas. No momento que vi Alice eu soube que ela era tudo isso que você
disse, mas é bom saber disso por uma pessoa que a conhece tão bem. Sabe, eu
sempre tive medo que Jasper não enxergasse quando o amor batesse a sua
porta. Pelo jeito serio dele. Mas ainda bem que ele não se fechou para isso.
Mesmo que o encontro deles tenha sido meio inusitado.
- Fico feliz em saber disso Esme. Preocupo-me com Alice, mas agora sei que
não há motivos.
- Então mãe? Vai demorar o jantar? Seu neto já está reclamando de fome.
Ele disse a ela, mas seus olhos estavam apenas em mim.
Se não foi impressão minha Esme sacou que estava rolando algo entre
nós. Por que ela logo arrumou uma desculpa e saiu nos deixando a sós.
- Bella eu...
Ele começou a dizer, mas não concluiu. Então eu resolvi falar.
- Eu queria agradecer pelas flores Edward. Sei que devia ter feito isso antes.
Eu até tentei ligar, mas você estava ocupado. Obrigado elas eram lindas.
Ele sorriu e assentiu. Eu já me preparava para sair quando ele disse.
- Desculpe.
- Pelo que?
Fiz-me de desentendida.
- Eu sei Bella, mas é que eu não devia ter agido desta forma. Eu fui um idiota.
Desculpe.
- Tudo bem.
- Me da outra chance.
- Eu sei que não mereço, mas eu gosto muito de estar na sua companhia. De
ficar com você. Eu sumi por que estava fugindo do que sinto quando estou
com você.
Fomos interrompidos por Jasper que veio pegar uma garrafa de vinho,
mas logo saiu quando nos viu conversando.
- Tudo bem.
- Eu vou te ligar essa semana para gente combinar de sair. Eu só preciso ver
algumas coisas, sabe tenho que ver alguém para ficar com o Gabe.
- Claro.
Dei a deixa para ele e sai, não antes de vê-lo sorrir.
Estávamos todos à mesa. A cabeceira Carlisle, a seu lado esquerdo
estavam Jasper, Alice, Edward, Gabriel e Renesmee.
Edward estava sentado quase a minha frente. E isso facilitava a troca
de olhares que fazíamos sempre.
- Sim.
Eu respondi.
- Sabe que esse sobrenome não me é estranho, mas não me lembro de onde o
conheço.
Não era de todo mentira. A família de meu pai era mesmo de
Washington.
Jasper introduziu um novo assunto e isso fez com que minhas origens
fossem esquecidas.
- Oi.
Eu sorri a ele. Ele puxou meu rosto para que pudesse cochichar em
meu ouvido.
Ele sussurrou no meu ouvido e meu coração se aqueceu com o seu
pedido.
- É claro que sim querido.
Arrastei minha cadeira mais para trás e ele subiu em meu colo. Eu não
havia percebido, mas todos na mesa olhavam para nós. Aos poucos eles
disfarçaram, mas eu via os olhos de Edward me olhando eu sorri e ele
também.
Era tão bom ter esse menino assim no meu colo.
Ele encostou sua cabeça no meu peito e ficou ali quietinho. Acho que
ele estava sentindo falta da mãe.
- Gosto sim. Mas o que eu gosto acho que não passa mais é muito antigo.
- Qual é?
- Papai!- ele chamou Edward - A Bella também gosta daquele desenho que
você gosta.
- Olha só que legal campeão você tem que convidá-la pra ir assistir com a
gente uma hora dessas.
Eu sorri.
- É Bella você vai né? Um dia na minha casa olhar com a gente.
Ele continuou no meu colo e continuamos conversando até que ele
ficou com sono e ficou quietinho no meu colo. Em seguida ele adormeceu. Eu
me peguei analisando suas feições. Seu rostinho lindo. Ele era parecido com
Edward a não ser pelo cabelo loiro que era igual ao de sua mãe.
- Bella ele dormiu que me dar ele? E o levo para o quarto.
- Eu te ajudo.
O carinho e o cuidado de Edward com o filho eram incríveis. Ele tirou
os sapatos do filho e o cobriu. Após isso saímos do quarto e ficamos nos
olhando.
- Obrigada por ser tão carinhosa com meu filho Bella. Ele geralmente é tão
tímido com as pessoas, mas com você, ele consegue ser como é quando está
com a família.
Eu brinquei com ele. E não tive tempo de falar mais nada porque no
próximo segundo Edward estava com sua boca colada na minha.
Sua boca devastando a minha, sua língua procurando pela minha. Eu não
conseguia pensar que estávamos na casa dos pais dele e que a qualquer
momento podíamos ser flagrados. Só o que pensava era na sensação
maravilhosa que era tê-lo novamente com suas mãos em mim. Sua boca na
minha. Mas então ele pareceu dar-se conta de onde estávamos e parou o beijo.
Sua testa ficou colada a minha. Nossas respirações se misturando.
De repente ele começou a rir e eu também. Eu nem sabia o porquê, mas
estava rindo só porque ele também estava.
- O que foi?
Após nos despedirmos de todos. Jasper foi nos levar. Alice estava
radiante com a aceitação da família de Jasper. E eu muito feliz por minha
amiga.
No outro dia pela manhã fui acordada por batidas na porta do meu
quarto. Ao abrir, um enorme sorriso se formou em meu rosto. Ângela
segurava um arranjo de tulipas amarelas. E eu sabia quem as havia mandado.
E isso. Me fez sorrir ainda mais.
Pov. Edward
– Irina. Por favor, peça para entregar naquele mesmo endereço da ultima vez
um arranjo de tulipas amarelas.
Eu disse assim que cheguei ao trabalho. Não perderia mais a chance de ser
feliz.
Flashback On
Após aquela noite com Bella eu fiquei muito confuso. Eu ainda a queria. Mas
eu não podia. Não era justo com ela.
Eu decidi mandar flores e explicar a ela pelo cartão que não nos veríamos
mais. Pelo menos não como nos vimos à noite passada.
Bella.
Bella.
Você foi a melhor coisa que aconteceu nos últimos tempos em minha vida,
Droga! Droga!
Amassei o terceiro cartão que eu iria enviar junto com as flores para ela.
Tem certeza que você quer acabar com as chances com ela? Eu me
perguntava. Não tinha resposta.
Eu decidi me afastar dela. Não seria tão difícil assim. Eu mal a conhecia. Isso
Edward! Continue tentando se convencer que ela não é importante. Que eu
não pensava nela todo o tempo.
– Sr. Cullen.
– Sim, Irina.
No fim eu escrevi sobre a beleza dela. E não escrevi nada que não deixasse
uma chance de ficarmos novamente.
Mas eu arrumei outra forma de afastá-la de mim. Sumi. Não apareci mais no
bordel. Não telefonei. Não dei noticias, ou seja, agi como um idiota.
Justamente com a garota mais legal que eu havia conhecido. É realmente eu
sou um idiota.
Eu não contava que o destino iria nos colocar novamente juntos. Jasper,
finalmente resolveu escutar seu coração apaixonado e pedir Alice em
namoro. Então teríamos um jantar para apresenta-la oficialmente, e é claro
que Bella estaria nele.
Estávamos na casa dos meus pais esperando Jasper que havia ido buscar
Alice e suas amigas. Bella e a moça que Emmett estava de olho que agora eu
sabia se chamar Rose. Eu estava nervoso como um adolescente que
reencontra a garota que passou a noite.
Quando o barulho do carro de Jasper chegou aos meus ouvidos. Percebi que
estava mais nervoso que o normal. Minha mãe nos chamou para que fossemos
todos para frente de casa. Ela gostava que todos recebessem as visitas juntos
e na entrada de nossa casa.
Jasper, Alice, Rose e... ela. Bella. Linda em um vestido floral. A deixava sexy,
mas não vulgar. Bom, para mim ela nunca pareceria vulgar.
Gabriel quando a viu foi correndo em sua direção e a abraçou. Era incrível
essa ligação que ele tinha com ela. Desde o momento que se conheceram. Ele
não costumava agir assim coma as pessoas que não conhecia.
Quando ela me viu eu senti que havia sido realmente um imbecil. Como eu
poderia ficar longe dessa mulher?
Durante todo tempo eu não conseguia tirar meus olhos dela. Ela foi muito
simpática com minha família e extremamente carinhosa com Gabriel. O que
eu já esperava desta mulher maravilhosa. Fiquei ainda mais encantado por
ela após ela ir ao quarto de Gabriel. Eles não me viram, mas eu fui atrás e
ouvi sua conversa com Gabriel sobre Tânia. Não imaginava que meu menino
ficasse tão triste pela ausência da mãe. Eu achei que era capaz de suprir isso.
Bella perguntou.
Meu filho disse triste. E eu senti uma dor no coração. E uma vontade imensa
de matar Tânia.
Ela o abraçou.
– Gabriel sua mãe te ama se ela não vem é porque ela não pode, mas tenho
certeza que todos os dias ela pensa em você.
Sai de lá antes que me vissem e decidi que eu pediria uma nova chance a ela.
Por mais que eu não soubesse se iria viver. Quanto tempo iria viver. Esses
últimos tempos eu queria passar com pessoas como ela. Ela me fazia sentir
coisas que eu não havia sentido ainda. Nem com Ângela que eu achei que
fosse o amor da minha vida.
Eu senti uma coisa muito estranha quando vi meu menino pedindo colo a
Bella. E quando ele estava em seu colo era como se fosse mãe e filho. Era um
sonho que eu tinha. Encontrar alguém que amasse meu filho como eu amava.
E ali nos braços de Bella eu vi que isso era possível.
Eu não tinha certeza ainda, mas acho que estava me apaixonando por Bella.
Flashback OFF
– Oi.
– Oi anjo. Te acordei?
Eu ri.
– Surpresa.
– Surpresa.
Eu ri.
– Ok. Beijos
– Oi Liz.
– Oi querido.
– Vim te trazer os papeis que me pediu para olhar está tudo perfeito como
sempre.
Ela ficou me olhando do jeito que eu sabia que ela queria me dizer algo. Eu
conhecia bem minha avó.
– Eu sei. Por mim você estaria lá, mas sabe que um jantar onde você e meu
pai estejam juntos não ira sair coisa boa.
– Minha própria família me abandona. Se não fosse por você. Mas o pior não
é isso. Onde seu irmão está com a cabeça em namorar uma prostituta? Ta
faltando mulher na cidade? Pelo que eu saiba não.
– Vó, por favor? Não fale assim. Você nem conhece a moça para falar isso.
– E nem quero mesmo. Sua mãe e seu pai perderam o juízo ao aceitarem isso.
Minha avó ficou lamentando a escolha de Jasper. Eu não dei bola. Ela ia ter
que se acostumar. Jasper estava feliz. Isso era o que importava.
Durante o dia eu não consegui conter a ansiedade. Sai do trabalho e fui para
casa dos meus pais. Gabriel estava lá eu ia me despedir dele, pois esta noite
ele ficaria lá.
– Tá bom papai eu fico aqui. A vovó disse que vai fazer lasanha.
Eu ri.
A dor. Não. Não. Hoje não. Por favor. Desde que eu havia voltado de viagem
de New York as dores foram mais esparsas. Acho que foram os remédios
novos que os médicos me deram. E geralmente quando eu as sentia elas
davam um aviso ou começavam pela manhã.
A dor estava ficando cada vez mais forte. Eu precisava encontrar meu
remédio. Mas estava ficando insuportável. O armário do meu banheiro. Eu
precisava chegar ate lá. Dor. De novo muita dor. Até que tudo escureceu.
**
– Edward?
– Vó...
Eu falei.
Ela suspirou.
– Calma. Agora está tudo bem. Você está no hospital de Bolton querido. Não
se preocupe não o levei ao hospital de Raymond.
– Eu fui até seu apartamento para levar uns papeis que havia esquecido. O
porteiro disse que você estava e como bati e você não abriu pedi ao motorista
que arrombasse. Foi sorte querido. Você estava desacordado no seu quarto, o
trouxemos para cá. Por sorte Gabriel não estava em casa.
– Nada disso querido. O que é que seja pode esperar. Sua saúde é mais
importante. O medico já vai vir para liberá-lo. Eu nem sei onde está seu
celular na pressa eu não o peguei.
Droga! Como eu ia explicar a Bella por que dei o bolo nela. Eu não podia
contar a verdade.
Pov. Bella
Todos os dias pela manhã eu ficava ansiosa por receber minhas tulipas. Elas
alegravam meu dia. Ele alegrava meu dia.
Quando desci para tomar café, Rose e Alice perceberam meu estado de
espírito.
– Vai nos contar o porquê desse sorriso ou vai nos deixar roer as unhas de
curiosidade?
– Edward me ligou e vamos sair hoje. Ele vai passar aqui às 20hs.
– Bella não queria cortar sua animação, mas estamos com problemas.
Rose disse.
– O que foi?
– O senhor que cuida dos cavalos e faz os serviços pediu demissão hoje.
Parece que a esposa está doente e ele quer ir ficar com ela e os filhos na
cidade onde moram. Bom então precisamos contratar alguém para cuidar dos
seus adorados cavalos.
– Rose peça ao San ou ao Ben para que vá até a o centro da cidade e tentem
contratar alguém. Você já acertou com o senhor que pediu demissão?
Ela assentiu.
– Ótimo.
19h30min
20h00min
20h15min
20h30min
21h00min
Ele não viria. Ele estava fugindo novamente. Mas então o porquê das flores
pela manhã?
21h30min
22h00min
Eu liguei novamente para ele. Como antes chamou até cair na caixa postal só
que dessa vez eu não desliguei. Deixei uma mensagem de voz.
– Porque Edward? Porque fazer isso? Se não queria sair comigo por que me
enganar desta forma? Esqueça que eu existo. Eu farei o mesmo com você.
Desliguei e me deitei.
Olhei o relógio 23h00min foi o último horário que vi antes de fechar meus
olhos e chorar pela primeira vez pela rejeição. A rejeição do homem que eu
deveria somente usar, mas que provavelmente eu estava apaixonada.
Pov. Bella
- Bella...
- Não quero conversar sobre ontem, Alice. Se for outro assunto sem problema,
mas se for sobre... você sabe o que. Eu prefiro que não fale.
- Bella...
Eu saí e voltei para meu quarto. Não queria a pena de ninguém. E muito
menos olhar para aquelas malditas flores.
Meu celular começou a tocar e vi que era Edward. Mas era muita cara de
pau.
Meu tolo coração já querendo acreditar nele. Mas eu não iria cair nessa.
Então começou a tortura. Ele me mandou flores o dia interiro. Tulipas. E
outras. A cada hora chegava uma, e eu mandei que jogassem todas fora.
A tarde uma conversa entre Alice e Rose em seu quarto, me chamou a
atenção quando eu passava próximo a ele.
- Jasper me disse que ontem ele deixou Gabriel na casa dele, e saiu de lá
dizendo que ia ao encontro com a Bella. E que hoje foi buscar o filho com a
cara abatida. E que quando perguntado como havia sido o encontro, ele disse
que teve problemas que não pode ir, mas não explicou muito bem.
- Ai Rose! Você sempre pensando o pior dos outros.Ele pode ter realmente
tido um problema. Por que ele estaria mandando estas flores o dia todo. E fora
as ligações.
- Porra! Eu não agüento mais atender as ligações dele e inventar desculpas. É
obvio que ele se ligou que ela não quer falar com ele.
Eu saí dali muito mais puta do estava antes. Então ele havia saído. Bom
ele não era o “tal da cidade” por certo alguma vadia o havia divertido pela
noite.
- O que foi?
- Sim, mas se ele é só o cara que você está usando para se vingar da avó.
Você não devia se fazer de tão difícil assim.
- Eu não quero mais falar neste assunto. Agora eu vou me arrumar daqui a
pouco teremos clientes.
- Bella...
- Chega! Eu não vou repetir.
Eu paralisei ao ver Edward entrando no bordel. Ele ainda vestia terno o
que dizia que ele deveria ter vindo direto do trabalho.
- Sr. Cullen eu lamento informar, mas a casa da colina ainda não abriu. Volte
daqui à uma hora e...
Eu andava pelo salão e ele atrás me seguindo. Todas as meninas inclusive
Rose e Alice olhava a cena.
- A sua noite deve ter sido boa Sr. Cullen. Porque pelo que sei o senhor saiu
ontem, e como não foi comigo deve ter sido com outra. Não que isso seja da
minha conta é claro.
Eu dei um sorriso cínico para ele. Ele estava perdendo a paciência.
Ótimo. Tomara que ele fosse embora e não voltasse.
Eu o encarei.
Eu não terminei a frase por que ele se abaixou e me pegou colocando em
seus ombros.
- Deixe San.
Eu ouvi a voz de Alice. Ela deve ter dito isso porque San deveria estar
vindo em meu auxilio. Eu ia matar Alice depois.
O desgraçado estava rindo. Filho da p... Esme não merecia que eu a
chamasse disso.
Ele entrou em meu quarto e me jogou na cama voltando até a porta para
trancá-la.
Eu me levantei tentando alcançar a porta antes dele, mas foi em vão. Ele
fechou e me pegou novamente, me colocando na cama, mas dessa vez se
juntando a mim. Ele prendeu meus braços acima da minha cabeça com suas
mãos e ficou com seu corpo sobre o meu.Colado ao meu. Seu rosto muito
próximo. Eu já não estava mais sentindo raiva dele e sim outras coisas.
Desejo.
- Eu quero ver esse seu lado selvagem quando estivermos na cama novamente.
Eu arregalei meus olhos com o que ele disse. Mas era muito cara de pau.
- Vai sonhando.
Eu disse fazendo força para me soltar. Mas ele era muito mais forte.
- Sim. Eu sonho.
- Sabe o que eu devia fazer agora? Devia tirar as suas roupas e as minhas, e
fazer você gemer de prazer. Pra vê se enxerga que eu sou louco por você. E
que jamais daria o bolo de propósito em você.
Eu fiquei analisando suas palavras. Seu olhar quente. Seu corpo quente.
Tudo fazendo ter outro significado.
- Acha mesmo que eu faria isso com você Bella? Que eu agiria desta forma?
Sei que eu fui idiota uma vez. Eu não seria novamente. Você me deu outra
chance eu não iria desperdiçar desta forma. Eu tive um problema serio que
infelizmente não poso te contar o que é. Terá que confiar em mim.
Eu o olhei e não sei o porquê. Mas acreditei nele. Deve ser culpa desse
meu coração que estava me fazendo ser mole.
- Amanhã vou mandar um arranjo de flores. Como sempre faço. Depois vou te
ligar e você e eu vamos combinar novamente de sair. E, por favor, não jogue
as flores fora novamente.
- Não sabia, mas imaginei ao não ver nenhum arranjo. Você que acabou de
confirmar.
- O que eu mais queria era ficar agora com você Bella, mas não posso.Preciso
ir. Tenho meu filho para cuidar.
Disse e roçou seus lábios nos meus sem me beijar. Ele saiu e eu fiquei.
Sentada em minha cama, mais estupefata do que quando entrei.
Pov. Edward
- Não papai hoje é o dia de você ficar comigo. Nós temos que brincar e jogar
basebol e assistir desenhos.
- Está bom campeão deixa o papai tomar um banho e depois vamos começar o
nosso dia.
Flashback On
Acordei aquela manhã ainda me sentindo enjoado e lento por conta dos
remédios. Fui tomar um banho e ao descer minha avó me esperava com um
maravilhoso café da manhã.
- Bom dia.
Eu disse.
- Obrigado vó. Eu já te disse, mas vou repetir, não sei o que seria de mim sem
você.
- Pelo que o médico disse não. As dores você já tem há um tempo não é?
Eu assenti.
- O caso de ontem foi raro. Mas é bom sempre ficar alerta.
Ela disse referindo-se a dinheiro. Essa era uma das coisas que eu não
gostava em minha avó. Achar que tudo se resolvia com dinheiro. Era só olhar
para mim. O dinheiro nem sempre comprava tudo. Saúde era uma delas.
- Liz você sabe muito bem que após essas crises eu não sinto nada. É como se
nem as tivesse.
Eu estava em meu quarto quando localizei meu celular e percebi duas
chamadas não atendidas de Bella na noite passada. A última tinha uma
mensagem de voz.
“Porque Edward? Porque fazer isso? Se não queria sair comigo por que
me enganar desta forma? Esqueça que eu existo. Eu farei o mesmo com
você.”
Eu ouvi sua voz triste e isso me deixou perturbado. Ela não merecia
sofrer. Ela era uma mulher que não merecia sofrimento.
Antes de ir ao trabalho fui até a casa dos meus pais para dar um beijo no
meu filho. Eles me perguntaram como havia sido com Bella. Eu disse que não
foi possível ir. Eles não entenderam nada.
Fui ao trabalho e de lá mandei inúmeras flores para ela. Liguei inúmeras
vezes. Seu celular sempre desligado. Então liguei para a casa da colina.
- Alô.
- Quem fala?
- É a Rose.
- Oi Rose é o Edward eu poderia fala com a Bella.
- Saiu? Sabe pra onde? Eu estou tentando falar com ela pelo celular e não
consigo.
- Acho que ela esqueceu aqui, não sei te dizer onde ela foi.
E assim foi durante o dia todo. Até que na ultima ligação foi Alice a
atender e não Rose.
- Oi Edward.
- Bom. Você já deve saber que ela não vai falar com você.
- É. Eu sei.
- Olha não sei por que, mas acredito que não faria nada que magoasse Bella.
Então porque não vem aqui?
- Aí?
- É agora antes de abrir. Daqui a 30mim ela desce. Então não tem como
escapar.
Bella realmente estava brava, mas eu mostrei a ela que não era minha
intenção magoá-la eu a peguei de jeito. Mas foi muito difícil deixá-la sem
tomá-la para mim.
Flashback Off.
Após pedir as flores dela. Eu fui para o banho e depois disso eu e Gabe
tomamos um delicioso café com o mestre cuca Edward Cullen. Panquecas e
torradas. E muita bagunça na cozinha.
Sábado era o nosso dia. Eu mimava meu filho neste dia. Só que neste
sábado eu queria estar também com Bella.
Apesar de ela estar menos brava ela ainda estava chateada. Então tive
uma idéia.
- Gabe o que acha de convidarmos Bella para vir assistir desenho com a
gente?
- Você vai ter que me ajudar. A Bella está um pouco brava com o papai. Então
vou precisar da sua ajuda.
- Você brigou com a Bella papai? Não pode ela minha amiga.
- Eu sei querido. Eu não briguei com ela. Eu vou ligar e você vai me ajudar.
Está bem?
- Certo.
Chamou, chamou. Ela não ia atender. Quando eu estava quase desligando
ela atendeu.
- Oi.
- Sim.
- Gostou?
- Sim
- Vai responder com monossílabos?
- É sim. Quero convidá-la, quer dizer nós queremos convidá-la para vir até
meu apartamento assistir desenho e comer pipoca.
- Nós quem?
- Eu e o Gabe.
Eu a interrompi.
- Oi Bella. Você vem olhar desenho com a gente? Aquele que você gosta.
Papai disse que você está brava com ele, mas eu sou teu amigo e eu não estou
bravo com você. Você vem?
- Bella...
Desligamos e apesar de ela ainda estar brava comigo, eu fiquei feliz. Eu
tentaria de toda forma fazer com que ela confiasse em mim novamente.
Pov. Bella
Alguma coisa estava errada. Pelo seu olhar eu percebi isso. Ele não estava
mentindo quando disse que me queria. Não sei se era o meu coração querendo
acreditar.
Pela manhã recebi minhas flores. Tulipas. E depois seu telefonema. E ele
era ardiloso usou o filho para me convencer a sair com ele novamente. Como
se isso fosse preciso. Ele não podia desconfiar do poder que tinha sobre mim.
- Não... é.. que você sabe que eu e Jasper temos a intenção de morar juntos.
Eu assenti.
- Bom. Ainda vai demorar a isso acontecer. Jasper quer achar um bom
apartamento, mas... a Sra. Cullen me convidou para morar lá com eles até isso
acontecer.
- E?
- Por que eu ficaria Alice? Tudo o que quero é sua felicidade. É o que você
quer? Morar com eles?
- Então não pense muito diga logo a sua “sogra” - nós rimos - que você aceita.
- Bella?
- Sim.
- Achei um homem para trabalhar aqui. Ele tem experiência. Mas acho que
devia falar com ele primeiro. Entrevistá-lo.
- Bom. Ele ligou hoje de manhã e usou o filho para me convencer a sair com
ele.
- Como se fosse preciso. - Rose disse - O que foi aquela cena ontem? Ele te
levando que nem o homem das cavernas. Ufa! Foi sexy.
- Rose. E sua relação com o Emmett? Ele está caidinho por você.
- Ah! Poupe-me Bella. Aquele fica caidinho por tudo que anda e usa saia.
Eu deixei minhas amigas e fui ao meu escritório falar com o futuro novo
empregado. Quando entrei havia um rapaz de 20 anos, musculoso e com
feições indígenas.
- Se não for invasivo posso saber por que saiu da fazenda Mansen?
- Bom. Minha namorada é neta da dona da fazenda e ela não aceitava meu
namoro com a neta. Então ela sugeriu que eu terminasse com Renesmee ou se
não perderia o emprego.
Então ele era namorado da irmã do Edward. E a víbora fazia mais uma
vítima.
- Eu não achei justo e como não acatei sua sugestão ela me demitiu.
- Não se desculpe Jacob se ela fez isso com você é realmente uma coisa
horrível.
- Sabe. Meu pai trabalhou a vida toda nessa fazenda. Ele conta que
antigamente, antes da Sra. Mansen assumir, era uma maravilha trabalhar e
viver lá. Mas quando ela começou a comandar ficou bem difícil. Apesar de
que o neto dela, o Edward, ser um cara formidável. Ele que administra os
negócios e é uma cara muito legal, mas ele não fica muito tempo lá para ver o
que realmente acontece.
- Não. Ele nem sonha. A Sra. Mansen se faz de boazinha na frente dele. Ela
trata a todos com frieza e maldade, mas quando se trata do Edward ela finge
ser outra pessoa.
Eu não quis fazer mais perguntas se não ele desconfiaria. Mas o principal
era que Edward não sabia o verdadeiro caráter de sua avó.
- Sua namorada não vai ficar brava se eu o contratar para trabalhar aqui? Você
sabe. Aqui é um bordel.
- Bom. Ela vai ter que acostumar. Ou trabalho aqui ou terei que ir embora para
outra cidade. E ela terá que confiar em mim. Amor sem confiança não dá
certo.
- Bom Jacob, por mim você está contratado. Eu vou pedir para Rose vir aqui
acertar seu salário e você poderá morar na casa que era do antigo funcionário.
É bem próxima dos estábulos e longe aqui da casa. Assim sua namorada pode
ficar mais tranqüila.
Acertamos tudo e eu fiquei pensando em tudo que Jacob havia dito.
**
- Shii aquela enjoadinha! – Rose disse fazendo uma careta – Vocês viram a
cara dela durante o jantar? Todos nos trataram super bem e ela com aquela
cara. Eu falei pro Em isso.
Alice me olhou e sussurrou Em? Eu ri e sussurrei de volta que ela não
comentasse nada. Rose estava se abrindo aos poucos.
- Rose ela é apenas uma adolescente. Você já passou por essa faze.
Hormônios e inseguranças.
- Eu sei Bella, mas se aquela pirralha alguma vez maltratar você ou Alice, eu
do no meio dela.
- Hoje vai vir um fazendeiro importante da cidade vizinha. Faça com que ele
seja bem atendido.
- Certo. Bella.
**
Estacionei meu carro em frente ao prédio. Foi um custo convencer San
me deixar usar o carro sozinha. Ele era muito protetor em ralação a nós. Ele
tinha medo que alguém da cidade, por sermos quem éramos nos fizesse mal.
San e Ben eram mais amigos que seguranças.
Quando cheguei ao corredor eu não precisei nem bater porque na porta
aberta estava Gabriel impaciente.
- Oi Gabe.
Ele disse e saiu correndo para dentro do apartamento. Eu fiquei na porta
até aquele deus em forma de gente se materializar a minha frente.
Ele se aproximou e como na noite passada roçou seus lábios nos meus,
fazendo com que eu ficasse ansiosa pelo beijo.
Ele não me beijou. Ele estava me provocando? Veremos que agüenta
mais.
- Você veio.
- Sim. Eu vim.
Entramos em seu belo apartamento. Era claro que eu sabia que ele tinha
dinheiro e o apartamento mostrava isso. Não era ostentação. Era bom gosto
mesmo.
Na imensa sala havia um piano no canto e fiquei imaginado esse homem
tocando para mim.
Fomos até lá e Gabe estava jogado no sofá olhando desenho que eu não
fazia idéia do que era.
- Vou pedir que fique aqui com Gabe enquanto eu termino o jantar.
- Claro. Nossa mãe nos ensinou a sermos prendados. Eu sou quase um chefe
de cozinha.
Ele disse e suas palavras tinham um duplo sentido que me fez ficar
quente. Desgraçado! Ele queria me provocar na frente do filho dele?
Eu fui para o lado de Gabriel e me sentei com ele no sofá. Na verdade o
sofá era tão grande que quase ficávamos deitados.
Gabe tentava me explicar o desenho que ele assistia e ao mesmo tempo
ficava vidrado na TV.
Eu senti que estava sendo observada e vi Edward olhando para mim e
Gabriel. Ele sentou-se conosco e ficamos olhando desenho e conversando com
Gabe.
- Droga! Merda!
Ele saiu correndo para cozinha. Pelo jeito o chefe havia queimado o
jantar.
- Desculpe filho.
Ele gritou de onde estava. Eu fui atrás, mesmo sem conhecer achei fácil
era só seguir o cheiro de queimado. Cheguei a tempo de ver Edward tirando
algo do forno que mais parecia carvão.
Eu comecei a rir e ele também.
- Era carne assada com batatas. Mas agora... acho que vai ser pizza.
Ele disse pegando o telefone para ligar para uma pizzaria.
- Muito saudável.
Rimos. Edward pediu pizza e Gabe ficou imensamente feliz com isso.
Eu mal tive tempo de responder e ele saiu correndo pelo apartamento.
Eu ri.
- Não corre filho! -Edward disse sorrindo. - nessa idade eles gostam de fazer
tudo correndo.
Ele disse sorrindo e sua mão buscou a minha a colocando na sua. Esse
gesto fez meu corpo hiper consciente do seu. Mas antes que fizéssemos
qualquer movimento, Gabriel voltou vestido em sua roupa de mágico.
Ele foi até Edward abraçando o pescoço do pai e sussurrou em seu
ouvido. Eu escutei.
- Claro filho. Bom Bella eu sou o assistente do mágico. E vamos fazer uma
mágica muito interessante.
Eu ri. Eles eram lindos juntos. Era difícil resistir a pai e filho.
- A vovó Esme?
- Tio Emmett?
- É a mamãe!
Edward veio para meu lado enquanto Gabe falava com a mãe no
telefone.
Assistíamos-nos sua conversa.
- Eu não imaginava que fosse tanto. Sinto-me impotente com relação a isso.
- Edward você faz seu melhor quanto há isso não há duvidas. Só que a
ausência de um dos pais é insuperável.
- A mamãe vai vir me ver e ela disse que não vai demorar muito.
Continuamos a assistir os desenhos. Ele deitou com sua cabeça em meu
colo e as pernas no colo de Edward.
- Como assim?
- Quero saber do seu passado, de seu presente. O que espera do futuro. Essa é
uma boa oportunidade para nos conhecermos melhor.
- Sim vamos.
Não sabia o que esperar dessa conversa. Mas estava disposta a arriscar.
Pov. Edward.
Eu ri.
- Não. Será apenas uma conversa entre duas pessoas que querem se conhecer.
- Por que se tornou prostituta Bella? Não quero ofende-la, só quero saber o
que a fez ir por esse caminho.
- Você falou que sua mãe morreu há pouco, mas não falou nada sobre seu pai.
- Nossa! Deve ter sido terrível perder o pai assim tão pequena.
- É foi. Após isso eu e minha mãe fomos para New York. Não tínhamos
familiares e dinheiro. E minha mãe não conseguia emprego. Um dia ela
apareceu com uma senhora. Carmem era seu nome, ela deu um emprego a
minha mãe e a nossa vida melhorou. Mas eu percebia minha mãe triste e um
dia descobri que ela era na verdade prostituta do bordel de Carmem. Ela fez
isso por mim. Imagino como deve ter sido duro para ela fazer isso. Logo em
seguida ela ficou doente. Eu tinha 15 anos. Ofereci-me para trabalhar no
bordel de Carmem, ela não me deixou fazer isso e me ajudou pelos próximos
três anos. Pagou pelo meu sustento e pela medicação de minha mãe. Quando
fiz 18 anos não me restavam muitas alternativas. Eu fui prostituta dos 18 aos
24 anos. Não vou negar eu detestava aquela vida, mas eu consegui um bom
dinheiro. Consegui pagar um bom hospital para minha mãe, o que prolongou
sua vida um pouco mais. Há três anos Carmem decidiu se aposentar e me
vendeu o bordel de New York e outras propriedades. Então aqui estou.
- Ahh... foi uma escolha aleatória eu... queria uma cidade pequena, mas não
tão pequena. Fugir um pouco da loucura de New York.
- Ele é lindo.
- Eu era muito imaturo Bella. Fiquei assustado a principio, mas depois fiquei
feliz. Eu e Tânia tínhamos terminado nosso namoro há pouco tempo. Eu não a
amava eu gostava dela, mas não a amava. Na verdade foi por insistência de
minha avó que comecei meu relacionamento com Tânia. Os pais dela são
amigos de minha avó.
Bom. Eu não esperava uma gravidez, mas dei meu apoio a ela. E fiquei
envolvido com a gravidez. Quando Gabriel nasceu fiquei em êxtase, mas ai...
- Eu me sinto tão culpado. Eu tinha um filho pequeno e... meu filho tinha
poucos meses quando eu a conheci. Ângela. Eu já a mencionei antes.
- Eu fiquei cego de paixão, praticamente deixei meu filho de lado pra viver
esse amor. Eu devia ter escutado minha avó na época.
- Sua avó?
- Sim, ela era contra meu relacionamento com Ângela pela diferença social.
Não que isso me importasse.
- Sim. Para mim nosso relacionamento era perfeito, mas depois de um tempo
ela ficou estranha e eu a peguei na cama com outro. Isso dói ainda. Não a
traição, mas sim saber que deixei Gabriel de lado por aquela mulher. Por isso
prometi que nunca mais nada iria ficar entre eu e Gabriel. Ele é a coisa mais
importante na minha vida. Prometi que nenhuma mulher iria ficar entre eu e
ele.
- Você está certo Edward. E o vejo como um pai maravilhoso. – ela suspirou -
Você e sua avó são muito ligados? Pelo jeito que você fala dela.
- Sim. Somos muito. Eu e ela temos uma ligação que não sei explicar. Ela me
entende como ninguém. Quando eu era criança minha mãe tinha quatro filhos
pequenos para cuidar, então eu passava muito tempo com minha avó na
fazenda. Acho que isso fez com que essa ligação crescesse. Ela até me
incentivava a chamá-la de mãe, mas meus pais não gostaram da idéia.
No corredor aconteceu novamente. Só que diferente dessa vez, mas não
incomum, eu já havia sentido isso antes. Tontura, e sentia que perdia a força
de um lado do corpo. Cai no corredor.
O pânico me atingiu quando me dei conta de que Bella estava na sala.
Pov. Bella
Eu fiquei na sala esperando por Edward e pensando em tudo o que ele
havia me contado. Uma voz incômoda me dizendo que ele havia se aberto
comigo e eu mentido para ele. Minha historia não era de todo mentira, mas
também não era a verdade.
Edward começou a demorar. Eu fiquei tentada a ir atrás dele. Mas seria
invasivo demais.
Esperei mais um pouco e comecei a ficar impaciente. O que ele estava
fazendo? Estava ficando tarde eu precisava ir embora?
Eu levantei e peguei minha bolsa. Eu iria embora. Mas sem falar com
ele? Depois dessa noite maravilhosa.
- Edward?
Fui andando em direção a um corredor que deveria levar aos quartos
quando eu estaquei em choque.
Eu corri até ele. Ele estava consciente. Mas parecia desorientado. Meu
coração saltava. Medo. Eu estava sentido medo. E ali eu tive certeza. Eu já
amava este homem. Ao vê-lo no chão indefeso minhas suspeitas se
confirmaram. Eu estava apaixonada por Edward.
- Edward? Você está bem? Ai meu deus eu vou chamar uma ambulância.
- Não!
- Tudo bem.
Eu o ajudei a levantar e fomos até seu quarto. Ele deitou-se na cama.
- Agora. Preciso que pegue esta chave que está aqui no criado mudo e que vá
até o armário do banheiro pegar um remédio para mim. É um frasco vermelho
o único que é vermelho. Está na porta de baixo, trancado a chave.
Eu assenti e peguei a chave e fui até o banheiro. No armário havia muitos
remédios, muitos. Mas realmente só um frasco era vermelho. Eu peguei e
levei até Edward. Ele pegou de minha mão o abrindo e tomado duas pílulas.
- Eu não queria que você soubesse assim, mas pelo jeito não tenho escolha. –
ele fez uma pausa - Vá até aquele mesmo armário e pegue as pastas que estão
lá.
- Vá em frente, olhe.
Eu fiz o que ele disse. E quase não acreditei no que meus olhos liam. Eu
não era médica nem nada, mas ali estava bem claro. Edward tinha um tumor
cerebral. Eu já não conseguia mais ler. Meu estômago estava embrulhado e
um nó em minha garganta se formava.
- Edward...
- É isso mesmo Bella. Tudo que você leu é verdade. Eu tenho um tumor
cerebral.
- Bom, se eu não fizer a cirurgia será como andar com uma bomba relógio na
cabeça. Eu posso viver 10 anos, 20anos ou daqui a 1 ano esse tumor estourar.
E ai é o fim. Na cirurgia é tudo ou nada. Ou fico curado ou eu morrerei.
- Eu vou fazer a cirurgia Bella, não consigo viver com essa espada sobre
minha cabeça.
- E quando será?
- Bom, além de tudo, esse tumor é... como vou dizer. Ele se move na minha
cabeça e pela previsão dos médicos tem um ponto certo que ele tem que estar
para que eu possa fazer a cirurgia com maior chance de sobreviver. Ele estará
neste ponto daqui a seis ou oito meses.
- Não apareci no nosso encontro por isso. Eu tive uma crise forte e fiquei
inconsciente. Por sorte minha avó veio até meu apartamento entregar uns
papeis e me encontrou. Ela me levou para o hospital. Por isso não apareci em
nosso encontro.
- Mas se ela o levou ao hospital como é que Jasper não falou nada para Alice?
- Esse é outro problema Bella. Minha família não sabe de nada. A não ser
minha avó e agora você. Ela me levou a outro hospital, um que meu pai e meu
irmão não trabalham.
- Por que Edward? Sua família te ama. Não é justo que não saibam.
- Bella, você viu como você ficou assim que me viu ali no corredor? Em
pânico. Assustada. Não quero isso para meus pais, para minha família. Quero
viver ao lado deles estes últimos momentos que tenho em paz e em felicidade.
- Por isso fugi de você. Você merece algo melhor que um cara doente e com
os dias contados. Eu... eu estou apaixonado por você Bella. Mas não é justo
com você, que já passou por tantas coisas, que se envolva com um cara como
eu. Que não tem nada a oferecer a você. Não tenho um futuro a te oferecer.
Eu sabia que ele estava falando bobagens, mas meu cérebro parou na
parte que ele disse que estava apaixonado por mim.
Eu coloquei minha mão em sua boca não o deixando falar mais asneiras.
Ele olhou em meus olhos. Eu já quase não enxergava por causa das
lágrimas que saiam dos meus olhos. E seu olhar também era emocionado.
- Você não pode. Eu não sou saudável não posso te oferecer nada.
- Só o seu coração já me basta Edward. E acredito que tudo vai dar certo.
Você ficará curado. – eu peguei sua mão e ele a levou de encontro ao peito. –
Um dia com você vale mais que todos os anos que eu passei sem ter te
conhecido. Eu amo você Edward.
Ele me puxou em direção a seu corpo me fazendo deitar sobre ele.
Nada mais importava. Somente aquele momento. Em que eu revelei meu
amor por ele e ele por mim. Nada mais importava. A minha vingança não
mais importava.
Estávamos deitados em sua cama. Edward havia ficado sonolento após
tomar os remédios e estava dormindo agora.
E quanto à promessa que fiz a minha mãe? Eu deixaria Elizabeth Mansen
impune pelo que fez a minha família? Agora que eu estava tão perto?
O que importava agora era que esse homem maravilhoso, que eu amava
estava doente. Ele precisava de mim. Era tão irônico. Agora que encontrei o
homem da minha vida além de ser neto da mulher que eu odiava. Ele estava
doente. E era uma doença grave. Que podia tirar a sua vida.
Gabriel. Como ele ficaria se algo acontecesse a Edward? Ele idolatrava o
pai. Não era justo.
Ele se remexeu em seu sono e acordou. Eu tentei disfarçar meu choro.
Ele disse sorrindo e isso fez novas lágrimas deslizarem por meu rosto.
- Calma Bella, tudo vai ficar bem. Era por isso que eu não queria que ninguém
soubesse. Eu não quero que sofra com algo que é inevitável.
- Isso é uma coisa que eu não posso te prometer, Bella. Mas enquanto eu viver
prometo te fazer muito feliz.
Ficamos abraçados por um tempo até eu ver que já era tarde.
- Eu preciso ir embora.
Edward me puxou mais para cima do seu corpo fazendo com que eu
ficasse cara a cara com ele. Seus olhos verdes me enfeitiçando.
E beijou-me.
Num lampejo da consciência eu lembrei que ele estava doente e que
havia se sentido mal há pouco.
- Edward...
Eu tentei dizer quando ele começou a beijar meu pescoço. Suas mãos
passando pelo meu corpo. Ele pressionou suas mãos em meu quadril
friccionando ao seu. Fazendo-me perder o raciocínio do que ia dizer.
Eu não conseguia pensar direito com ele me beijando desta forma. Eu
queria parar. Eu queria continuar. Meu corpo principalmente não queria parar.
- Bella. Eu estou bem. E agora vou fazer amor com a mulher que amo.
Suas palavras tiveram o efeito esperado sobre mim. E eu o beijei forte.
Eu subi em cima dele arrancando sua camisa. Agora não era hora de
calma. Eu queria era senti-lo em mim. Sentir seu amor por mim e mostrar o
meu a ele.
Edward puxou minha blusa, eu estava somente com ela. Ele ficou me
olhando. Olhando meus seios que se intumesceram de imediato. Eu estava
excitada. Com medo de perdê-lo. Apaixonada. E extremamente excitada.
Ele disse e passou suas mãos por meu pescoço descendo em direção aos
meus seios. Ao tocá-los eu senti como se estivesse sendo eletrocutada. Era
intenso demais o que eu sentia por ele.
- Eu preciso sentir o seu sabor novamente. Você quer Bella? Quer que eu te
chupe?
Eu disse já ensandecida. Ele então respirou perto do meu sexo fazendo-
me arrepiar. Então ele veio com sua língua experiente e precisa.
Enlouquecendo-me. Deixando-me a beira do orgasmo.
- O que anjo?
- Como quiser anjo. Desde que você esteja aqui. - apontou para seu
maravilhoso pênis duro e rijo - O mais rápido possível. Sem problemas.
Eu sorri e posicionei minha entrada sobre aquele pau delicioso. E desci
lentamente.
- Ahnn...
Edward gemeu e foi tão sexy que me fez acelerar o movimento só para
ouvir novamente.
Beijos. Sussurros, mordidas, tudo. Era perfeito. Nós éramos perfeitos
juntos.
- Eu te amo...
Eu o olhei nos olhos e vi tudo o que eu sempre procurei em minha vida.
Nada me faria abrir mão disso.
**
Eu sorri e Edward também ambos ficamos virados um para o outro com
Gabriel entre nós. Foi um dos momentos mais lindos que eu me lembro de ter
vivido. Eu, Gabriel e Edward. Parecíamos uma família. E eu desejava tanto
que fosse.
Eu sussurrei
- Boa noite.
**
Eu sempre soube cozinhar. E nem era cozinhar era só fazer um simples
café da manhã. O que era tão difícil? Claro! Agora eu estava fazendo um café
da manhã no apartamento de Edward. Esse era o problema. Eu queria que
fosse perfeito.
Eu fiquei nervosa de repente. O que Gabe iria achar de eu estar pela
manhã e usando somente a camisa do seu pai?
- Eu adoorrooo!!!
Eu ri. Sentamos para tomar café. Foi uma manhã maravilhosa. Gabriel
parecia não ter-se dado conta do que eu estava fazendo em sua casa pela
manhã.
Ele disse com aquele sorriso que me fazia entrar em colapso.
Ele sorriu me puxando para seu colo e quase me beijando. Ele roçou
seus lábios nos meus não me beijando de verdade afinal tínhamos uma criança
à mesa.
- Oba! A Bella agora é sua namorada.
E agora? Eu até queria, mas achava melhor ele falar com a família
primeiro. Antes de aparecer assim do nada.
- Edward eu quero muito tudo isso que estamos vivendo, mas prefiro que fale
primeiro com sua família. Depois marcamos de ir lá. Como foi com Alice.
Ao chegar fui fuzilada por olhares maliciosos das meninas. Alice e
Rose subiram atrás de mim em direção ao meu quarto.
- Foi mais.
- Mais?
- Ele disse que está apaixonado por mim. E... eu também estou apaixonada por
ele. Nos declaramos um ao outro e... estamos namorando.
- AAAAA!!!! Não acredito que maravilha, Bella.
Eu parei quando me dei conta de que ia contar para elas sobre a doença
de Edward. Por mais que fossem minhas amigas eu não tinha este direito. Ele
confiou em mim. A família dele devia saber primeiro.
- Não haverá mais vingança pelo menos não mais do jeito que imaginei. O que
eu posso fazer é pelo menos mostrar a ele quem é a avó dele na verdade.
- E não acha que devia contar tudo a ele desde o começo? O porquê veio para
Raymond.
- Eu não sei tenho medo. Mas eu vou falar só vou esperar a oportunidade
certa.
Eu perguntei.
- É isso que você deve fazer também Bella. - Rose disse – Esqueça essa
vingança. Pegue seu homem e vá ser feliz. Conte logo a ele tudo. Se ficar
adiando pode ser pior. Seja feliz.
Jasper chegou e Alice foi para o almoço de domingo na casa dos
Cullen. Eu esperava que em breve eu também fizesse parte
- O que?
- Edward me falou que a avó dele era contra seu namoro com aquela moça
Ângela Sanders. E não sei por quê? Mas acho que ela tem algo ver com o
rompimento deles. Eu não tenho certeza é só uma sensação até pelo que ela
fez com o Jacob.
- Não sei Rose. São só idéias. Quando eu tiver certeza eu te conto. A primeira
coisa que vou fazer é ligar para o detetive e pedir a ele que localize esta moça.
Ângela. E que descubra se minhas suspeitas são verdadeiras.
Pov. Edward.
Como era bom saber que Bella sabia sobre minha doença. Sem mais
segredos. Abrimo-nos um ao outro. E abrimos nossos sentimentos. Eu a
amava e ela também me amava.
O que Bella disse-me, me fez pensar. Eu devia contar para minha
família. Ela achava que sim. Minha avó achava que não. Eu ainda não tinha
certeza do que fazer.
Bella era a mulher que eu escolheria mil vezes para ficar do meu lado.
Nesta hora difícil e em outras melhores também. Eu só tinha um pequeno
receio. Como minha avó iria reagir ao saber que estava namorando Bella. Não
importava o que ela pensasse. Eu não abriria mão de Bella.
Após Bella sair eu e Gabe fomos para o famoso almoço de domingo de
dona Esme.
Ao chegar vi Emmett na sala assistindo futebol. Gabe foi correndo para
o tio.
- Na cozinha.
Emmett era louco. Porque eu não iria até lá? Entendi ao ver meu pai e
minha mãe num tremendo amasso na cozinha.
Eu disse rindo. Meu pai me acompanhou e minha mãe ficou vermelha
igual a um tomate.
- Quem é a felizarda?
- Que ótima escolha filho e você ainda têm o total aval do gabe. Ele é louco
por ela.
Emmett disse ao entrar na cozinha com Gabriel em seus ombros dando
gargalhada. Ele o desceu e Gabe foi correndo abraçar os avós.
- Como só eu? O Edward também não... Ah! Não acredito. Está namorando?
E é a gostosa da Bella.
- Brincadeira mano. Gosto da Bella que nem uma irmã. Já a loira amiga dela.
Essa sim é meu sonho de consumo. Mas ta difícil.
- Oi irmãzinha.
- Renesmee!
Meu pai disse. Eu estava confuso. Como assim Jacob iria trabalhar na
casa da colina? Ele era funcionário da fazenda da minha avó.
- Como assim Jacob está trabalhando para Bella? Ele trabalha na fazenda da
vovó.
- Não trabalha mais. Ele me disse que saiu de lá. E para ajudar foi trabalhar
onde está cheio de vadias.
- Não fale isso Nessie. Você não conhece as pessoas de lá para falar assim.
Não esqueça que Alice será sua cunhada.
- Era só o que me faltava. Outro irmão meu gamado em uma puta e ainda por
cima é a puta mor.
- Eu não vou admitir que fale de Bella desta forma. Eu a amo. E se eu vir você
se referir a ela desta forma novamente...
- Ela não vai fazer mais isso, nem que seja preciso que eu tenha que pela
primeira vez na vida dar um corretivo nela.
- Pai...
- Eu entendo que tenha ciúmes de seu namorado, mas isso já está passando
dos limites. O erro deve ter sido meu. Por mimá-la demais, por ser minha
única filha mulher. Mas não admito este tipo de comportamento. As duas
moças Bella e Alice são namoradas de seus irmãos e você as tratará no
mínimo com respeito. Vá para seu quarto e não desça para o almoço. Está de
castigo. Não sairá de casa e não verá seu namorado até pensar bem sobre seus
atos.
Meu pai disse enérgico e ela não contestou. Saiu em direção a seu
quarto.
- Desculpe pai... mãe... eu quase perdi a cabeça quando ela falou aquelas
coisas sobre Bella. Eu não reconheço a Nessie. Ela não é assim.
- É este namoro dela meu filho. Ela morre de ciúmes do Jacob e ai não pensa
no que faz e fala. Acho que este namoro já não está fazendo bem a ela.
Minha mãe disse, mas eu já não prestava atenção ao que ela dizia. Uma
coisa me intrigava. Por que Jacob saiu da fazenda?
Alice e Jasper chegaram em seguida e fomos todos almoçar a não ser
pela falta de Renesmee.
E no outro dia eu precisava ter uma conversa seria com minha avó.
Pov. Bella
– Bom. Eu espero continuar vindo aqui e ver vocês sempre que eu puder, mas
sabe como é agora serei uma mulher casada.
Eu disse.
Alice nos abraçou mais uma vês e finalmente entrou no carro de Jasper
partindo para seu novo caminho.
Eu tinha que comandar a casa da colina hoje, mas também meu namorado
viria me ver. Edward. Meu amor.
Hoje mais cedo eu dei inicio a minha investigação em relação ao que estava
em minha mente me incomodando.
Flashback On
– J. Jenkes.
– Ok pode deixar.
Flashback Off.
– E ai cunhadinha?
– Oi Emmett.
Eu corei.
– Ah! É aquele fazendeiro que você disse que viria na noite anterior. Mike
Newton se não me engano. Ele ficou bem entusiasmado com o lugar e gostou
muito de Jessica. Pelo menos foi o que ela contou.
Ele me viu e sorriu vindo em minha direção. Seus olhos nos meus. Ele então
chegou a mim ficando bem em minha frente com seu rosto colado ao meu.
– Oi anjo.
– Oi meu amor.
Eu disse e Edward colou sua boca na minha. Ele colocou suas mãos em minha
cintura. E eu o abracei pelo pescoço colando ainda mais nossos corpos. Eu me
abandonei ao beijo quando Edward inseriu sua língua em minha boca. Que
beijo! Era só isso que eu pensava enquanto retribuía a seu ataque. Eu queria
que ele me beijasse assim para sempre.
Eu percebi quase todos os olhares do bordel estavam sobre nós. Alguns felizes
como o de Rose e Emmett e outros espantados. Um em especial nos encarava.
O prefeito James.
Ele perguntou.
– Porque não? Não tenho vergonha do nosso namoro. Eu te amo e quero que
todos saibam que é minha.
Eu sorri como uma adolescente apaixonada. E era isso mesmo o que eu era.
– Eu sou sua. Somente sua.
– Vamos.
– Hoje eu vou mostrar a você – ele falava mordiscando meu pescoço – Como
a amo e vou fazer você sentir muito prazer.
Pov. Edward
Bella estava nua sobre a cama. E eu admirando aquela deusa. Ela era tão
linda. Peguei uma perna sua e comecei a beijar seu pé. Fui passando por seu
tornozelo chegando até sua cocha e parei próxima a sua virilha.
Quando cheguei a sua virilha dessa vez não recuei e mergulhei minha língua
em suas dobras molhadas. Tomei seu botão inchado entre meus lábios.
Trabalhei em sincronia com minha língua e dedos para dar maior prazer a
minha linda namorada que gemia descontrolada.
Voltei a chupá-la.
Porra! Caralho!
– É tão bom ter você dentro de mim amor. Você está tão duro.
– É... estranho. Ele era funcionário da fazenda de minha avó e ela não me
falou nada que ele iria sair.
– É meio complicado, mas tenho que te contar que Jacob disse que foi
demitido por sua avó.
– Demitido?
– Sim. Eu não devia te contar, mas... ela é sua avó Edward. Sei que confia
nela, mas ela não agiu bem com Jacob.
– Jacob disse que sua avó o fez escolher entre o emprego ou o namoro com
sua irmã.
Minha avó seria capaz de fazer algo deste tipo? Minha primeira reação era
dizer que não. Mas lá no fundo eu sabia que era possível.
– Eu vou falar com ela. Se ela fez isso mesmo foi muito errado de sua parte e
também vou falar sobre nós.
Bella ficou tensa.
– Não se preocupe anjo, ela vai aceitar e, se por acaso não aceitar. Eu sinto
muito, mas não vou desistir de você. Minha avó me ama duvido que ela fique
contra mim.
– Eu sei amor, mas eu entenderia se ela ficasse com o pé atrás afinal eu fui...
Coloquei meus dedos em sua boca não permitindo que ela falasse o que eu já
sabia que falaria.
Ela sorriu me beijando dando fim a nossa conversa. Dormi aquela noite
agarrado com minha namorada.
Ela disse.
– Fique a vontade amor sabe onde fica o banheiro. Eu vou descer e preparar
um maravilhoso café para nós.
– Hum... ciúmes?
– Não. Só precaução.
– Meu irmão está louco por ela. Ele pode ter aquele jeito crianção e
irresponsável, mas é uma ótima pessoa.
– Eu sei Edward. E Rose também sabe. Na verdade acho que ela não se deu
conta, mas está interessada nele. É só que... Rose sofre muito. Eu não devia
falar nada, mas confio em você. Rose foi abusada na infância.
– Ela perdeu os pais muito cedo. - Bella continuou - E foi morar com a tia. O
tio e os primos abusaram dela por anos. Até ela fugir e ir viver no bordel. Isso
deixou marcas profundas nela. Rose nunca mais se deixou ser tocada por
algum homem. Ela só se envolveu sexualmente com mulheres e não foram
muitas. Ela alega que é lésbica, mas duvido que seja o caso.
Ela perguntou.
– Amanhã é o jantar na casa dos meus pais. Hoje vou ficar com o Gabe. Não
poderei vir aqui. Mas eu telefono meu amor.
Eu a abracei, mas percebi o corpo de Bella ficar tenso a olhei e percebi seu
olhar vidrado em uma das moças que trabalhavam com ela. Jessica acho que
esse era seu nome.
– Problemas.
Ela suspirou.
– Eu... eu acho que vi marcas de agressão em Jessica. Se for vou ter que falar
com ela para saber quem fez isso. Não admito isso Edward.
– Não está tudo bem amor. Eu vou resolver isso. Você tem que ir.
**
Eu cheguei à fazenda cedo naquela manha. Havia muitas coisas para resolver
e eu precisava ter uma conversa franca com minha avó.
Ela estava concentrada em algo que lia quando cheguei ao seu escritório. Mas
pressentiu minha presença me olhou e sorriu.
– Oi querido. – ela disse se levantado e veio me beijar - Não achei que viesse
hoje aqui.
– Oi Liz. Eu precisava resolver umas coisas por aqui e falar com você.
– Bella?
– Sim. Ela é a dona da casa da colina. Ela o contratou para trabalhar lá. E
disse que Jacob falou que você o demitiu por ele continuar namorando Nessie.
– Não?
Eu fiquei confuso.
– Não sei meu amor. Ele simplesmente disse que não queria mais trabalhar
aqui. Se não acredita em mim pode perguntar para o Gustave ele estava junto
quando Jacob veio falar comigo.
– Não será necessário vó. Eu confio em você. Eu achei que não faria isso. Só
não entendo o porquê de Jacob falar essas coisas.
– Ah! Querido deixe passar. É coisa de menino. É por isso que eu não
concordo com o namoro dele com a Nessie acho que ela merece coisa melhor.
Mas vamos esquecer isso.
– Tudo bem vó. Tenho outro assunto a tratar com você. Não menos
importante. Na verdade é muito importante para mim.
– Fale querido.
– Nossa! Aconteceu tudo isso. Não sabia de nada. Quem é a moça meu bem?
– É a Bella. A dona...
– Do bordel.
– Por favor, vó eu não quero que se refira a ela desta forma. Eu sei que é
contra o namoro de Jasper. Mas quero deixar claro que espero seu apoio, mas
seu não o tiver não vou desistir de Bella.
– Calma querido. Não vou negar que fiquei surpresa com sua escolha. E não
falei que ela é dona do bordel para ofendê-la, mas por que é o que ela é. Dona
daquele... estabelecimento.
– Mas é claro meu amor. Eu confio no seu julgamento. Se achares que esta
moça pode te fazer feliz quem sou eu para ir contra sua felicidade. E o Gabe a
conhece?
– Bella sabe.
– É sim. Eu a amo.
– Nunca vi você falar assim de uma mulher nem mesmo daquela... daquela
moça que não gosto nem de lembrar o nome.
– Ângela vó. Pode falar o nome. Não me atinge mais. O que sinto por Bella
não é nem comparado ao que senti um dia por Ângela.
– Bom. Eu somente posso desejar sua felicidade meu filho. E queria que a
trouxesse aqui para um jantar ou almoço. Quero conhecer a mulher que
conquistou o coração do meu neto preferido.
Eu estava muito feliz pela aceitação de minha grande amiga. Por que minha
avó era também minha amiga.
Ela sorriu e eu ainda mais. Minha avó me abraçou e fomos resolver as coisas
de trabalho.
Pov. Elizabeth
Meu celular tocou. Era 23hs de um domingo. Ao olhar o numero vi que era
James.
– Fale logo.
– E por que você acha que essa informação pode de alguma maneira ser
importante para mim?
– Edward?
– Ele a beijou na frente de todos. E não parecia ser cliente dela. Pelo que sei,
ela não é mais prostituta. Apesar de eu achar um desperdício.
Eu estava em choque. Como que Edward foi se envolver com este tipo de
gente? Deve ter sido influência de seus irmãos miolo mole.
– Acho que vou precisar tomar alguma atitude com relação a isso James. E
vou precisar de sua ajuda.
Após desligar me dei conta que precisava agir rápido. Mas teria que esperar
Edward me procurar e contar o que estava havendo entre ele e esta... mulher.
Eu já havia dado um jeito na outra. E esta seria muito mais fácil. Essa rameira
de quinta não sabia o que a esperava.
Pov. Bella.
Após Edward sair eu fui ao meu escritório pedindo a Rose que mandasse
Jessica para falar comigo.
Enquanto ela não vinha pensei nas coisas que eu disse a Edward.
Eu comecei a tentar abrir os olhos dele com relação à avó, mas percebi que ia
ser trabalhoso. Ela o tinha muito preso junto a ela. Ele confiava cegamente
nela
– Agora!
Ela levantou a blusa e ela estava muito machucada. Muitas marcas roxas.
Hematomas, mordidas. Fiquei perplexa.
– Como deixou isso acontecer Jessica? Porque não chamou San ou Ben?
– Nada!? Você só pode estar brincando. Pode deixar que irei tomar as
providencias.
– Bella o cara é poderoso. Não quero me meter com esse tipo de gente.
– Tudo bem. Não posso obrigá-la, mas saiba que este homem não pisa mais
aqui no bordel.
– Pode ir.
Eu estava furiosa. Não suportava homens que machucavam mulheres para seu
simples prazer. Eu tinha nojo de homens assim. Este Mike Newton não pisaria
mais no meu estabelecimento.
– Oi amor.
– Eu também fiquei. Ela não havia gostado quando soube do Jasper e Alice.
Achei que seria o mesmo. Mas ela foi bem receptiva até pediu que eu a
levasse para ela conhecer.
O que?
– Bom. Ela diz que não o demitiu que ele pediu para ir embora.
– Sim
– Claro eu entendo Edward. Só não entendo por que motivo Jacob mentiria.
– Também não sei anjo, mas vamos esquecer essa historia. Eu estou com
muitas saudades suas, meu amor.
– Eu também. Eu te amo.
– Não precisa fazer isso hoje Jessica. Está machucada é melhor descansar.
– Olha Jess, eu sei que fui dura com você antes. Mas é que eu não suporto este
tipo de situação. Não admito homens que machucam mulheres por simples
prazer.
Ela estava parada junto à mesa em que ficavam as tulipas que Edward me
mandara.
– São sim. Hoje não precisa trabalhar no bordel Jessica. Quero que se
recupere. Eu pago pelo seu dia. Ok?
Ela assentiu e eu saí para resolver outras coisas e Jessica ficou em meu quarto
o arrumando.
Terça ferira chegou. Era o dia do jantar na casa dos pais de Edward. Hoje eu
seria apresentada como namorada dele.
Após cavalgar por alguns minutos eu voltei aos estábulos para deixar o cavalo
aos cuidados de Jacob. Ele era incrível com os animais. Amava o que fazia.
– Ele é um ótimo cavalo. Ah!... A égua Afrodite está quase dando cria.
Precisamos pedir para que um veterinário venha dar uma olhada nela.
Jacob assentiu.
– Jacob... eu falei a Edward o que a avó dele fez a você. Mas ele falou com ela
que negou.
– Isso era obvio Bella. Ela é outra pessoa com Edward. Eu te disse isso. Ele
acreditou nela não foi?
Eu confirmei de cabeça.
– Eu já imaginava. Ela é ardilosa. Se cuide Bella, ela vai tentar separar vocês.
– Não acredite. Ela é falsa. Tenha certeza que para ela ninguém está à altura
do Edward. Chega a ser doentio.
– Eu não a conheço Jacob, mas não confio nela. Pode deixar que vou me
cuidar. Ela não vai me separar de Edward.
Jacob sabia bem como era a víbora. Eu tinha certeza que podia confiar nele.
– Hoje é o jantar na casa dos Cullen. Vou ser apresentada oficialmente como
namorada de Edward. Vemos-nos lá?
– Eu acho que não, Bella. A Nessie está brava comigo. Por eu estar
trabalhando aqui. Acho melhor não ir.
– Nem pensar. Eu quero você lá. É meu convidado. Jacob... não deixe que
pequenas brigas e a distancia fazer isso com você e sua namorada. Faça-se
presente. Ela vai entender com o tempo.
**
– Mãe, por favor, pode parar de me fazer passar vergonha. Bella não quer ver
as fotos de quando eu era careca e sem dente.
Eu ri. Edward estava desconfortável enquanto Esme me mostrava às fotos dele
bebê.
Estava um ambiente muito bom e familiar. Estava toda a família Cullen. Além
de Rose e Jacob. É ele foi. Renesmee, sua namorada, se mantinha a distância
de todos, até mesmo do namorado. Eu precisaria tomar uma atitude. Já que eu
iria fazer parte da família.
Fui recebida com muito carinho por Carlisle e Esme. E era muito bonita a
relação que eles tinham. Não só a de casal, mas também familiar.
Emmett trocando seu jeito despojado pelo cavalheiro e romântico tudo para
agradar Rose. Que cada vez mais sedia a seus encantos.
Gabe estava sentado em meu colo. Uma coisa que já havia se tornado rotina
quando nos encontrávamos. E o olhar de Edward sempre sobre mim e seu
filho. Um olhar de orgulho. De amor.
– Não adianta Edward. Vou mostrar a Bella como você era lindo.
Gabe disse animado. Todos riram. Esme sorriu amorosa para ele.
– Você é lindo meu amor. A vovó vai mostrar sim suas fotos para Bella. Pode
deixar.
Jacob estava em um canto e Renesmee em outro. Era visível que ela estava
com ciúmes dele. Ainda mais que Rose a provocava. Dizia que ele era
admirado pelas meninas do bordel. E lançava olhares a Renesmee.
Eu tentava dizer a Rose que parasse, mas não adiantou. Renesmee não
agüentou a pressão e subiu para seu quarto. Era a oportunidade que eu queria.
– Eu vou lá falar com ela.
– Não acho uma boa ideia Bella. Não quero que Renesmee a desrespeite.
Bati e a ouvi dizer para entrar. Quando entrei e fechei aporta quase ri de sua
cara de espanto.
– Eu sei que não gosta de mim ou de Alice. Eu queria uma chance. Se você
nos conhecer melhor quem sabe pode vir a...
– Olha. Eu sei que esta brava com o Jacob por ele estar trabalhando na casa da
colina.
– Não. Não estou brava por ele estar trabalhando na casa da colina e sim por
ele estar trabalhando num bordel.
– Como se isso fosse impedir algo de acontecer. De ele ir lá para ficar com...
aquelas...
Ela bufou.
– Por que acha que ele faria isso? Ele gosta de você.
– O que isso tem a ver. Até parece que homens comprometidos não vão lá.
– Sim eles vão. Mas você coloca Jacob nesta categoria de homem?
– Não. Acho... que não. Mas meus irmãos foram e são bons homens.
– Por que Jacob faria isso? Ele tem você. Ele disse que queria trabalhar ali
para poder ficar perto de você, se não ele teria que ir para outra cidade.
– Sim ele disse. Por isso acho que não deve se preocupar Renesmee. Ele gosta
de você. Tem você. Por que iria atrás de outras mulheres? Ainda mais
prostitutas.
– Por sexo.
– Como assim?
– Não transaram?
– Você entende disso não é Bella. Os homens não ficam sem sexo. E como eu
e ele não fizemos... ele pode... procurar em outro lugar.
Ela assentiu.
– E vocês já conversaram sobre isso? Sobre sexo?
– Sim. Ele disse que esperava pelo tempo que fosse preciso, mas isso foi antes
de ele ir trabalhar com você.
Ela corou.
– Eu quero sim, mas eu tenho medo. Eu queria esperar mais um pouco. Mas
pelo jeito vou ter que acelerar.
– Não faça isso. Renesmee só faça isso quando você tiver certeza que quer
isso. Eu sei que não sou bom exemplo. Mas eu não tive alguém que me
amasse aos 18 anos para fazer desse momento uma linda lembrança. Se Jabob
disse que a esperava, acredite. Ele não iria trocar sua confiança por uma noite
com uma prostituta.
– Eu te entendo. Agora vamos voltar para o jantar e você vai lá e agarra seu
namorado e mostrar a ele que vale a pena esperar por você.
– Bella. Quando... eu decidir dar este passo. Posso falar com você a respeito
de como fazer? Sei lá tirar uma duvidas.
– É claro. Apesar de que acho que você não precisará. Será instintivo.
– Eu fico feliz que meu irmão a encontrou. Ele já sofreu tanto e agora você
entrou na vida dele e ele está mais leve, mais feliz.
Nós sorrimos.
Ele disse me beijando. Se não houvesse outras pessoas presente eu juro que
pularia no colo dele.
– Um encontro.
A família que eu vim para usar em minha vingança e que agora eu amava de
todo o meu coração.
– Estou te dizendo Bella. Ela disse a Alice e a mim que gostaria de sair para
passearmos no shopping e fazer compras. Inacreditável. O que você fez com
ela naquele quarto? Lavagem cerebral.
Eu ri.
Rose me contava as mudanças em Nessie que até convidá-las para sair tinha
feito enquanto eu me arrumava para sair com meu namorado. O nosso
encontro era hoje.
– Eu só conversei com ela Rose. Ela precisava de uma conversa franca. Como
eu havia dito é uma menina.
– Oi amor.
Ele disse.
– Às vezes tenho raiva de você por ser tão lindo.
Fomo conversando sobre coisas amenas. Sobre Gabriel que falava sempre em
mim.
Eu sorri.
– Por falar nisso preciso que de uma olhada em uma égua que está prenha.
– Claro amor. E você Bella? Qual seu sonho? O que queria ser?
– Eu, quando era criança, queria ir para a faculdade estudar literatura, mas ai
você sabe o que aconteceu na minha vida. Após parar de trabalhar na casa de
Carmem eu pensei em fazer algo ligado a fotografia. Sempre amei fotos. Eu
fui a muitas exposições em New York.
– Eu não. Nunca tirei sequer uma fotografia. Eu não tenho câmera e nem sei
como manusear uma.
O filme era Íntimo & Pessoal com Michelle Pfeiffer e Robert Redford. Eu já o
havia visto era uma historia linda.
Edward fazia carinhos em meus braços e beijava meu rosto. Eu achei que não
prenderia minha atenção ao filme, mas me peguei muito atenta a tela do
cinema até Edward começar a cantarolar em meu ouvido a música que tocava
no filme.
No motivo que me trouxe até aqui. Vingança. Eu tinha que contar a verdade
para Edward. Mas e coragem?
Após terminar o filme saímos para comprar nossos lanches. Mas eu ainda não
conseguia esquecer as palavras da musica. Elas tocaram fundo em meu
coração.
– Nada.
– Não gostou?
– Não é isso... é lindo mas... é triste. Lembro-me da sua situação.
– Eu não tinha percebido isso. Desculpe amor não quis deixá-la triste.
Eu comecei a sorrir não sabia como definir a ele que estava feliz por nosso
encontro, mas fiquei sensível. Coisa de mulher.
– Eu entendi amor. Agora vamos comer nosso lanche e após isso é a parte em
que eu tento me aproveitar de você. Lembra?
Ele sorriu mordendo os lábios. Isso seria extremamente difícil. Resistir a ele.
– Ah... convencido.
Comemos nossos lanches e fomos para seu carro Edward me levou a um píer
onde tentou se aproveitar de mim.
– E porque não?
– Bella...
Eu olhei para fora e não vi ninguém por perto. Alem disso o carro de Edward
tinha os vidros escuros.
Eu sai de seu colo e desabotoei seu jeans, desci o zíper de sua calça. Peguei
seu membro muito duro e o estimulei mais. Minha mão fazendo um vai e vem
lentamente. Edward apoiou a cabeça no banco e fechou os olhos me
presenteando com pequenos gemidos. Ele me fazia sentir poderosa por deixá-
lo assim.
– O quer que eu faça meu amor? Quer que eu coloque minha boca nele?
– Por favor...
Eu fiz o que ele pediu coloquei minha boca naquele membro pulsante. Lambi
a cabeça de seu pênis. Minha língua deslizou por seu comprimento até que eu
abocanhei seu membro e o levei até onde conseguia dentro de minha boca.
Eu subi em seu colo e seu pênis entrou em mim muito facilmente. Comecei a
cavalgar no pau do meu namorado. Ele me beijava e atacava meus seios após
abrir minha blusa.
– Eu amo você Bella.
– Ahnn... Edward...
Suas palavras fizeram meu orgasmo vir no ato. Em seguida Edward gozou no
preservativo dentro de mim.
– O que foi?
Eu perguntei.
San e Ben falavam com Mike Newton. Eu sabia que ele voltaria.
– Algum problema?
– Sim. Aquele homem é Mike Newton ele machucou uma das meninas e eu
proibi sua entrada aqui.
– Se quiser podemos ir falar com ele, amor.
– Qual o problema?
– Este segurança está me dizendo que você proibiu minha entrada aqui. Isto é
verdade?
– Sim. É verdade.
– Sei sim. Você é o canalha que acha que pode bater em mulheres.
– Sabe sim só não o denuncio a policia para evitar que a Jessica seja exposta.
Mas aqui você não pisa mais.
Eu não tive tempo de responder a seu insulto, pois Edward partiu para cima
dele acertando um soco na cara do desgraçado o fazendo cair no chão. Seu
nariz sangrando.
– Calma Edward.
Eu coloquei minha mão em seu ombro. Ele relaxou ao sentir meu toque.
Eu estava enrolada nos braços de Edward quando ouvi alguém bater a minha
porta. Eu levantei imaginando serem as tulipas que Edward me mandava todas
as manhãs, mas o que encontrei foi o rosto preocupado de Rose.
– Jessica esta lá em baixo com a mala pronta. Ela disse que vai viver com
Mike Newton.
– Ela o que?!
Eu perguntei a Rose.
– Ela disse que ele tinha o número do celular dela. Ele ligou e fez a proposta.
Na sala estava Jessica. Como Rose havia dito com a mala já pronta em sua
frente.
– Nem todas nós temos a sorte de encontrar um homem que manda tulipas
todas as manhãs, Bella.
– Jessica...
– Adeus Bella. Obrigado por tudo.
Ela saiu e eu fiquei muito decepcionada. Como que uma mulher aceita isso?
– Bella não fique assim, você tentou. Ela terá que arcar com as conseqüências
das suas escolhas. Tem mulher que gosta de sofrer.
Pov. Edward
– Anjo você fez o que era possível se ela decidiu por isso não há nada que se
possa fazer.
Eu me aproximei dela e beijei seu pescoço. Ela se arrepiou. Era incrível como
seu corpo reagia ao meu de imediato.
– Eu amei querido. Nunca vi um desenho mais lindo que este em toda a minha
vida.
Ele sorriu.
– Que bom. Eu vou fazer outro igual pra você levar para sua casa.
– Edward, seu filho é tão especial. Eu o amo tanto e amo também você, meu
amor.
Pov. Edward
Bella ficou comigo esta noite em meu apartamento, mas era melhor que não
tivesse ficado. Eram 2hs da manhã quando começou.
Eu quase me esquecia de minha doença quando estava com ela. Com meu
filho. Com minha família.
Eu tentei sorrir.
– Você está quente e todo suado. Vem, eu te ajudo a ir até seu quarto.
Bella me apoiou e devagar fomos até meu quarto. Ela me levou para o
banheiro do meu quarto.
– Bom. Quando você estiver melhor eu vou cobrá-lo por outro tipo de banho. -
ela disse e eu sorri – Está se sentindo melhor?
– Sim.
– Eu sei. Você vomitou. Acho que precisa se hidratar. Beber bastante líquido.
Era tocante sua dedicação comigo. Seu amor. Eu era um homem de sorte.
Bella me fez deitar e fez um chá. Tomei meus remédios. E em seguida
adormeci.
Eu disse a ela.
– Claro amor.
– É sim Bella. Amor é cuidado. Por isso quero que pegue aquela sacola que
esta ali na poltrona.
Ela franziu as sobrancelhas, mas fez o que eu pedi trazendo a sacola até mim.
– Ah!... saiba Srta. Swan se quer realmente namorar comigo terá que se
acostumar. Eu dou presentes todo o tempo. Vamos lá. Abra.
Eu sabia que ela ia surtar com este e amaria o outro então seria melhor lidar
com sua raiva primeiro.
Eu fechei a cara.
– Não fale isso Bella. É claro que merece. Abra o outro este você vai amar.
Ela pegou o embrulho que era bem maior e mais pesado ao abrir seus olhos
brilharam.
– Eu sabia que ia amar. Então quais serão suas primeiras fotos. Senhora
fotografa.
Namorar Bella era maravilhoso. Eu sentia que fomos feitos para ficarmos
juntos. Pra sempre se dependesse de mim.
Ela amava Gabriel. Ele a amava. Nós nos amávamos. Minha família a amava.
Só faltava uma coisa para ficar completa a minha felicidade. Minha avó amar
Bella também.
Ela me ligou aquela manhã, enquanto Bella tomava banho, para combinarmos
de eu apresentar minha namorada a ela.
– Oi querido.
– Oi vó.
– Não vai dar vó. Hoje eu vou ficar com a Bella. Lá na casa da colina.
– Nada. Só estava fazendo o calculo se dava pra você vir aqui antes, mas fica
apertado.
– É fica sim.
– Aí no seu apartamento?
– Edward só você meu querido para animar meu dia. Eu queria combinar
com você de você trazer sua namorada para que eu a conheça. Que tal
amanha ao meio-dia? Peço a cozinheira para caprichar.
– Tchau vó.
Eu fui até ela a abraçando e cheirando seu pescoço. Um cheiro bom. Sua pele
aquecida pelo banho.
– Bem que você poderia ter saído enrolada na toalha. Isso iria fazer meu dia
melhor
Ela gargalhou.
– Não se preocupe amor. Vocês vão se dar muito bem. Posso marcar então?
– Pode.
Pov. Bella
Cada vez mais eu me convencia de que iria descobrir muitas coisas sobre ela.
E ai sim. Com algumas provas eu poderia contar tudo a Edward.
– Oi Emmett.
– Por que não me contou Bella? Fiquei fazendo papel de idiota este tempo
todo. Deve ter sido engraçado o trouxa aqui de quatro por uma mulher que
gosta da mesma fruta que eu.
– Emmett....
– Desculpe meu amigo. Isso só Rose poderia te falar. Como ficou sabendo.
– Eu fui um imbecil. Declarei-me para ela que me disse com todas as letras
que não podia ficar comigo, pois era lésbica. E eu achando que ela estava
sentindo algo por mim. Burro! Idiota! Estúpido!
– Olha, eu não devia te falar, mas vou te ajudar. Se contar a alguém sobre isso
principalmente para Rose eu juro que te mato.
– Emmett a Rose se diz lésbica, mas não é a verdade. Ela só foge de contato
com homens. Ela tem um trauma de homens e isso só ela poderá te contar.
Mas eu sei que ela gosta um pouco de você então não desista. Só mude um
pouco a tática até conquistá-la. Seja mais difícil. Suma um tempo a faça sentir
sua falta.
– Aja com calma e paciência. O trauma que Rose sofreu é bem grande então
tenha calma.
Eu não precisei dizer nada, mas acho que Emmett pegou no ar que havia
acontecido a Rose.
O bordel estava a todo vapor. Após conversar com alguns clientes e verificar
se tudo estava correndo bem me lembrei que havia deixado em meu quarto o
número do telefone de um fornecedor que eu precisava que Rose ligasse cedo
pela manhã.
Eu estava entrando em meu quarto já estava fechando a porta quando uma
mão masculina me impediu. Ele foi entrando sem que eu pudesse reagir.
Entrou e se voltou para mim parado no meio do quarto com seu sorriso cínico.
– Então é aqui que a dona do bordel passa suas noites. Belo quarto.
– Acha mesmo que um homem como Edward Cullen iria namorar uma mulher
como você? Não me entenda mal. É uma mulher muito bonita, mas não faz o
tipo do Cullen.
– Calma doçura.
Ele disse ao mesmo tempo em que agarrou meu braço puxando meu corpo
para o dele ficando com seu rosto a centímetros do meu.
– Me largue!
– Estou atrapalhando?
– Edward...
– Eu não sei o que ele queria eu estava entrando e quando eu iria fechar ele
apareceu do nada e entrou.
– Não estou gostando do jeito que está falando comigo Edward. E quanto a ele
me chamar desta forma. Ele é um idiota e já pedi para que não me chame
assim.
– O que quer que eu pense Bella? Entro no seu quarto e a encontro quase nos
braços de outro homem.
– Eu não estava nos braços dele. Ele tentou... ele que agarrou meu braço.
– Edward não deu tempo de fazer isso. E eu não posso expulsa-lo daqui. Ele é
o prefeito sabe que ele pode fechar o bordel quando quiser.
Eu o encarei.
– É melhor que você vá mesmo Edward. Se não confia em mim não sei o que
ainda está fazendo aqui.
Pov. Edward.
Eu saí do quarto de Bella com a intenção de somente parar quando estivesse
dentro do meu carro.
Será que eu não era homem o suficiente para segurar uma mulher?
Não. Bella não faria isso. Eu precisava me acalmar. Pensar com mais calma.
Por isso parei no bar onde Rose e Emmett estavam.
Eu não devia beber, por conta dos remédios, mas agora eu não conseguia
pensar nisso.
Foi então que vi James sorrindo ironicamente para mim. Foi o que bastou para
eu ir à sua direção.
Ele continuou sorrindo. Se ele não parasse logo eu arrancaria este sorriso da
cara dele.
– Ora Cullen, não se estresse tanto. Não tenho culpa se não consegue segurar à
namorada.
É eu iria tirar seu sorriso do rosto. No próximo momento meu punho direito
acertou a cara do imbecil.
Então tudo virou uma confusão. Eu o acertei e ele revidou também acertando
meu rosto próximo ao meu olho. Não vou dizer que não doeu por que doeu
pra porra. Mas eu fiz um serviço melhor no rosto de James.
Senti meu corpo sendo segurado por Emmett. Ao mesmo tempo em que San
segurava James.
– Isso não vai ficar assim Cullen, você vai pagar caro eu sou o prefeito desta
cidade.
San e Ben levaram James para fora. E Emmett pode finalmente me soltar.
– Me deixa Emmett.
Sai em direção à saída chegando até meu carro. Encostei-me em meu carro
tentando acalmar a respiração. A adrenalina ainda pulsava em meu corpo.
Fechei meus olhos. Mas me senti sendo observado. E ao abrir os olhos
encontrei um mar cor chocolate me olhando. Bella. Ela estava no andar de
cima na janela do seu quarto.
Meu corpo foi atraído para ela como sempre era e eu me vi correndo para
encontrá-la.
Subi as escadas correndo e cheguei a seu quarto. A encontrando parada no
meio do quarto. Eu vi em seu rosto vestígios de lágrimas e me senti muito mal
por ser o responsável por elas.
– Bella...
– Eu te amo Edward.
Então o beijo que trocamos foi a prova das palavras que falamos um ao outro.
Pov. Elizabeth
– Alô.
– Sabe? Eu não sei por que peço a você para fazer as coisas por mim? Nunca
faz nada direito.
– Edward chegou mais cedo que eu esperava... e depois ele veio tirar
satisfação, mas não consegui convencê-lo e nos envolvemos numa briga... e
– Espera ai! Você encostou no Edward? Você não é louco de ter agredido meu
Edward, James. Eu acabo com você.
– Agora além de tudo meu Edward briga por uma puta em público. É demais
para mim. Eu não mereço.
– Calma Elizabeth.
– Veja como fala comigo “Liz”, não esqueça que eu sei do seu grande
segredo.
– Não tente me ameaçar James. Não se esqueça que eu também sei dos seus
segredos. Peculato*, concussão**, corrupção ativa*** te dizem algo? Com
certeza se eu tornar isto público você perde seu maravilhoso cargo de prefeito
desta cidade. Cargo esse que conseguiu com minha ajuda.
– Você já colocou uma para correr e esta você também vai. Você tem nas
mãos algo que com certeza os fará se separarem e não voltar.
– Para ver esta mulher longe, estou disposta a tudo. O que tem em mente
James?
– Tudo se resume a uma única coisa. Que Edward jamais trocaria por mulher
nenhuma. Por nada no mundo.
– Bingo.
Pov. Bella
Eu estava deitada no peito de Edward e ele alisava minhas costas com seus
dedos. Já havia amanhecido. Hoje iríamos almoçar com sua avó. Elizabeth
Mansen.
Ele ainda não confiava totalmente em mim. Como eu iria contar toda a
verdade a ele se ele não confiava em mim como confiava na avó? Eu não
podia. Não agora. Precisava de mais tempo para que pudesse mostrar Edward
quem era sua avó na verdade.
Edward perguntou.
– Ah, eu tinha me esquecido. Bom então vou ficar aqui com você até a hora
do almoço. Pode ficar comigo aqui?
– Nada me faria sair desta cama sabendo que você está aqui. Como está seu
olho?
– Um pouco dolorido.
Edward havia me contado de sua briga com James. Eu havia colocado gelo em
seu olho, mas iria fica roxo.
– Vou ligar para minha mãe para saber como o Gabe está.
– Não posso esquecer Bella. Eu duvidei de você. Não sei como pôde me
perdoar.
– Mas eu estou Bella. Eu fiquei cego de ciúmes. Como você disse a traição de
Ângela parece que me fez mais mal que eu havia pensado. Fico inseguro.
– Vamos esquecer isso, sim? Vou me arrumar para irmos à casa de sua avó.
Eu disse me levantado.
– Por um lado foi bom ser hoje esse almoço. Vou dizer a ela que quero
distância de James.
– James e minha avó são amigos e tem negócios em comum então eu acabo
encontrado muito com ele, mas após ontem não quero ver a cara dele. E
espero que você o proíba de vir aqui.
– Edward já falamos sobre isso. Eu não posso proibir ele de vir aqui. Ele vai
fechar a casa em retaliação.
– Bella, acha mesmo que ele vai arrumar confusão como todos os homens da
cidade fechando o bordel?
Seu sorriso foi de arrancar suspiros. Ele me puxou para seus braços me
beijando de forma que devia ser proibida e começou a passar suas mãos em
meu corpo insinuando o que queria.
– Edward eu tenho... eu tenho que me arrumar. Vamos nos atrasar...
Eu fiquei olhando a paisagem linda que passava em meus olhos. Até chegar a
imensa e imponente fazenda Mansen.
Edward desceu e deu a volta abrindo minha porta. Cavalheiro como sempre. E
eu fiz questão de chegar causando dando um delicioso beijo no meu
namorado. Ao olhar para a varanda a mulher me fuzilava com seu olhar
gélido. Edward alheio ao que se passava pegou minha mão e me puxou em
direção a casa.
– Oi vó.
Ele soltou minha mão e foi beijá-la no rosto. Ela abriu um imenso sorriso para
ele.
– Nada de mais vó, depois conversamos sobre isso. Vó, eu quero te apresentar
minha namorada. Isabella Swan.
Parecia que o tempo havia congelado. Tanto eu quanto Elizabeth não nos
movíamos. Ela com certeza fazia a conexão do meu sobrenome. Ela sabia
quem eu era.
Edward disse.
– Não está muito bem hoje. Acho que ele não almoçará conosco. Seremos
somente nós. Não se importa não é mesmo, Bella?
Bingo.
Ela era uma senhora de 60 anos ou mais. Mas ainda muito bonita. Elegante,
refinada. Tudo o que uma mulher de alta sociedade seria. Estava um pouco
diferente das fotos que eu tinha na pasta que o detetive havia me mandado.
– Está tudo bem vó. Anteontem eu tive uma crise, mas Bella me ajudou. Hoje
estou melhor.
– Que bom que estava com ele Bella. Eu fico tão preocupada com ele naquele
apartamento sozinho. Já disse para ele vir morar aqui. Mas ele não me escuta.
– Vó...
– Eu vou ajudar Edward no que posso Sra. Mansen. Mas na verdade estou
convencendo Edward a contar a família sobre sua doença. Não é justo que eles
não saibam. Assim também ele não ficará sozinho.
Tive o prazer de ver a face de Elizabeth ficar vermelha. Ela estava furiosa era
visível, mas é claro que na frente de Edward ela manteria a face controlada.
Vamos ver até quando.
– E porque não?
– Não há nada que se possa fazer até a cirurgia. Para que provocar sofrimentos
desnecessários? Esme, minha filha, é muito emotiva. Não há porque
preocupá-la desta forma.
– Acho que a senhora está enganada Sra. Mansen. Esme é uma pessoa muito
forte. Uma mulher maravilhosa. E tenho certeza que ela prefere saber o que
está acontecendo com o filho. Até para poder passar mais tempo com ele. A
senhora é mãe deve saber como é.
– Disse bem Bella. Eu sou mãe ao contrario de você. Então eu sei o que é
melhor para minha filha. Você está na família a pouco, não conhece a todos
como eu conheço.
Edward interveio.
O celular de Edward tocou e ele pediu licença a nós duas para atender. Agora
estávamos a sós. Era hora da verdade.
Ela sorriu.
– Por que eu faria isso? Ele me ama. Eu o amo. Estamos felizes. É o que
importa.
– Você não me conhece o suficiente e acho bom não brincar comigo garota.
Eu a quero longe de Edward.
– Engana-se novamente Sra. Mansen eu a conheço bem. E vou lhe avisar uma
coisa o mundo não gira ao redor do que queremos. Estou pouco me lixando
sobre o que você quer.
– Edward sabe que você já morou aqui? Que era filha de Charlie Swan que
vendeu suas terras a mim?
Apesar de meu nervosismo por ela tocar no assunto eu não demonstrei a ela.
Eu estava certa. Ela sabia quem eu era, mas não sabia o motivo que me trouxe
de volta a Raymond.
– E ele sabe que foi a senhora que mandou colocar fogo em minha casa
causando assim a morte do meu pai?
Fomos interrompidas pela chegada de Edward e pela primeira vez fiquei com
medo que ela falasse algo a Edward.
Eu disse a ele.
Elizabeth disse.
Logo o almoço foi servido. Eu não queria admitir, mas ela havia mandado
caprichar. O almoço estava delicioso.
Quando já estava comendo me dei conta de algo. Ela não mandaria envenenar
a comida?
– Logo após o almoço vou ter que voltar a cidade. Preciso estar no trabalho
até as 14hs. -Edward falou – Mas outro dia quero trazê-la para conhecer
melhor a fazenda tem lugares incríveis.
Eu sorri para ele. Tão inocente do que se passava entre eu e sua avó.
Ela disse me dando um abraço. Meu corpo se endureceu. Não queria esta
mulher me tocando. Ela sussurrou em meu ouvido.
– Eu não tenho medo de você e vou provar para Edward quem você é na
verdade.
Edward estava próximo a nós, mas não o suficiente para ouvir o que
sussurrávamos.
– Agradeço pelo almoço Sra. Mansen, estava maravilhoso.
Eu fiquei em silencio. Não sabia o que responder. Não queria outra mentira
entre nós.
– Edward...
– Desculpe Edward.
– E você não acha estranha essa reação das pessoas? Não acha que há algo
errado com ela? Já que todos não gostam dela.
– Não são todos Bella. Depois que você a conhecer melhor vai gostar dela.
– Mas por que sua família que já a conhece não consegue conviver com ela?
– Bella, ela é uma mulher difícil. Eu admito. Mas sempre esteve do meu lado.
Apoiando-me. Erguendo-me quando cai. Com minha família é complicado.
Ela foi contra o casamento dos meus pais. Minha mãe tem magoa dela e meu
pai... bom... meu pai eu não sei o porque do ódio que ele tem por ela. Não
pode ser só por que ela foi contra o casamento dele. Já desisti de entender.
– Eu sei que ama sua avó Edward, mas ela não me passa uma boa sensação.
– Com o tempo pode vir a gostar dela, mas se isso não acontecer, não
atrapalhará nosso namoro. Não precisará conviver com ela.
Ele estava terrivelmente enganado. Aquela mulher em nossa vida iria minar
nosso relacionamento.
Rose se desculpou.
– Você disse que tentou abrir os olhos de Edward sobre a avó. E ele?
Eu suspirei.
– Ele confia cegamente nela. Ele não percebe que se têm tantas pessoas que
não gostam dela há algo errado.
– Por falar nisso – Alice disse - Eu meio que sem querer escutei uma conversa
de Carlisle ao telefone com Elizabeth. Caraca! Ele a odeia.
– Não muita coisa. Ele disse para que ela o deixasse em paz e que não se
metesse na vida de sua família. Ah, e ele ficou puto da vida quando ela, eu
acho que mencionou algo contra Esme. Ele disse que ela não merecia a filha
que tinha. E que ela não falasse mais daquela forma de Esme. Nunca o vi
assim. Ele é sempre tão calmo e sereno.
– Nossa!
Rose falou.
– Eu não sei, mas acho que tem muitos segredos nessa família.
Neste memento meu celular começou a tocar. Ao olhar o visor vi que era o
detetive. Ele devia ter descoberto coisas a respeito de Edward.
– Quem é Bella?
Alice perguntou.
– É o detetive.
– Eu sabia. Conte-me
Ele disse que foi procurado pelo prefeito da cidade e pela Sra. Mansen que
deram a ele uma boa quantia para que ele se aproximasse mais de Ângela
oferecendo sua amizade. A partir daí foi fácil arrumar um falso flagrante.
– Essa é a má notícia. Ele disse que não quer saber de chegar perto da Sra.
Mansen ou o prefeito. Ele disse que quem o procurar ele conta a verdade,
mas não virá atrás de confusão. Ele se mostra arrependido pelo que fez, mas
não o suficiente para enfrentar gente poderosa.
– Sim. Está bem próxima de Raymond. Está vivendo em Bolton eu tentei falar
com ela, mas ela recusou. Acho que isso não é papel para um homem.
– É acho que seria mais apropriado. Ela trabalha numa escola de educação
infantil. Nestes anos que passou ela estudou e se formou professora. Mando-
te o endereço.
– Certo. E John? E sobre a adoção de Edward?
– Eu também acho isso John. Você disse que não há nenhum registro do
Edward a não ser o feito por seus pais adotivos. Isso não é ilegal?
– Sim é. Mas uma família com dinheiro às vezes consegue um juiz que faça
vista grossa a isso. Outra coisa interessante é que a avó de Edward, a Sra.
Mansen, não estava em Raymond quando ele foi adotado. Ela ficou um ano
fora e neste tempo Sr. Carlisle Cullen se casou com a Sra. Esme e adotou
Edward.
– Foi para o sul da França deixe me ver aqui o nome da cidade. Ah, aqui está
é Cassis**** o nome da cidade.
– Não John eu conheço uma pessoa de lá. Obrigado e, por favor, me envie o
endereço de Ângela e a conta do que te devo.
– Que vaca!
Rose disse.
– E ai vai contar quando para o Edward?
Falou Alice.
– Não percebeu. O Edward era apaixonado por esta moça. E você vai dizer pra
ele que ela é inocente de tudo o que ele acha que ela fez. Vai fazer ressurgir
sentimentos adormecidos? Ele pode ficar confuso com os sentimentos, falando
claro, vai jogar ele nos braços dela?
Eu não havia pensado nisso. Mas Edward me amava, não amava? Eu não
precisava ficar insegura. Ou precisava?
– Sim ele gosta Alice. Isso até um cego vê. Mas ele sabendo que tal Ângela é
inocente pode deixá-lo sei lá... confuso. E pior. E se ela ainda gostar dele? Vai
arranjar uma rival?
Minha idéia de trazer à tona toda a verdade já não me parecia assim tão
brilhante.
Alice falou.
– Bom eu não sei. Não tinha pensado nisso, mas por agora eu vou é ligar para
Carmem. A cidade onde ela mora é Cassis né, Alice?
Rose perguntou.
Elas ficaram discutindo as belezas naturais do sul da França e eu fui ate minha
cômoda, onde estava guardada a pasta que continha todas as informações a
respeito de Elizabeth e dos Cullens. E onde eu guardara o número de Carmem.
Fazia muito tempo que eu não falava com ela. Na cômoda estavam também
guardados meus brincos de diamantes que Edward me dera. Ele era louco. Eu
ri sozinha.
Rose perguntou. Então mostrei a elas meus presentes. É claro que ficaram
babando pelos brincos.
Após isso liguei para Carmem pedindo a ela que tentasse descobrir algo da
passagem de Elizabeth por Cassis há 28 anos.
Havia algo errado eu só não sabia ainda o que era. Mas logo eu saberia.
Pov. Edward
Estávamos em meu apartamento. Era sexta à noite. Era tão bom ficar assim,
eu meu filho e a mulher que eu amava.
Eu ria das brincadeiras deles. Bella tinha fôlego para brincar todas as
brincadeiras que Gabe queria. Eu na metade já estava de língua de fora.
Eu ri.
– Oba!!!
Flashback On
Ouvi uma batida na porta do meu escritório e logo a minha avó entrou.
– Oi Edward.
– Oi Liz.
– Estava passando pela cidade e resolvi passar para saber como está. Tudo
bem?
– Tudo ótimo vó. Foi bom que apareceu eu queria mesmo falar com você.
– Fale querido.
– É sobre sua amizade com o prefeito. Eu sei que são amigos e tem negócios
juntos, mas eu não quero ver mais a cara daquele homem. Ele tentou flertar
com Bella. Criando uma situação complicada em que quase fui injusto com
minha namorada nos evolvemos em uma briga. Por isso meu rosto está assim.
– Querido é natural que os homens se interessem por ela. Ela é uma mulher
muito bonita. Além de tudo ela já foi... você sabe.
– Gostou de verdade de Bella? Não minta vó? Sabe que eu não suporto que
mintam para mim.
– Olha seu tenho cara de quem mente Edward? Principalmente pra você. É
claro que gostei dela.
– Não sei vó, às vezes você me passa a sensação de que só está querendo me
agradar.
– Imagina Edward. Você está enganado.
Flashback Off
Ela gargalhou.
– Se vai ter Isabella Swan no prato eu vou comer mais que o normal.
– Edward!
Bella ficou extremamente vermelha. Ela não sabia como ficava linda assim.
– Oi Tânia.
– Claro, ele já está todo sorridente aqui só por saber que você está ao telefone.
Ele vai amar ficar com você.
– Eu passo amanhã cedo no seu apartamento para buscá-lo. E eu precisava
conversar um assunto com você.
– Tudo bem até amanhã então Tânia. O difícil vai ser fazê-lo dormir sabendo
que você vem buscá-lo amanhã. Quer falar com ele?
– Eu gostaria.
Ele escutou e seu sorriso foi cativante. Tânia podia ser meio ausente e não ter
muito jeito, mas quando ela o visitava ela fazia valer à pena.
– Que ótimo meu lindo. Por que você não faz um desenho bem lindo pra ela.
Que nem você fez aquele pra mim.
Eu e Bella rimos e como previ foi bem difícil fazê-lo dormir. Estava ansioso
pra ver a mãe.
– Gabe você precisa dormir. Se não, não vai conseguir acordar cedo pra ver
sua mãe.
Ele estava deitado em sua cama, mas não parava quieto.
– Eu sei filho. Amanhã você vai matar toda essa saudade só que precisa
dormir.
Eu ia saindo do quarto.
– Papai?
– Sim, Gabe.
– Boa noite.
Eu saí do quarto de Gabe e arfei com a visão que tive ao entrar no meu.
Bella estava nua em minha cama. Deliciosa. Eu tive que verificar se não
estava escorrendo baba da minha boca.
– Você disse para eu esperá-lo na cama. Era assim que você queria?
– Talvez não tenha gostado muito da posição. - ela disse se virando na cama
ficando de quatro mostrando sua linda boceta para mim.
Eu reagi.
A primeira coisa que fiz foi trancar a porta atrás de mim sem deixar de olhá-
la.
Após isso arranquei minhas roupas do meu corpo o mais rápido possível e fui
ao encontro dela colocando minhas mãos em sua deliciosa bunda.
Eu ataquei seu pescoço com beijos e lambidas. Bella suspirava baixinho. Virei
seu rosto para o meu e a beijei faminto.
Desci uma de minhas mãos em direção ao seu sexo. Ela estava muito
molhada.
– Sim... é. É só por você. E você está tão duro, é por mim meu amor? Mostre-
me o quão duro você está por mim Edward.
– Quer me provocar não é? Eu disse que ia pagar caro. Eu vou entrar em você
tão forte e duro que vou fazer você esquecer o planeta em que vive.
Eu entrei com força em sua boceta fazendo nós dois soltarmos um gemido
alto. Ainda bem que Gabe tinha o sono pesado por que se não ele ouviria
nosso gemido.
Ela estava tão quente e molhada. Mais que o normal. Só ai percebi que não
estávamos usando preservativo. Fiquei assustado por ter esquecido, mas Bella
me fazia perder o juízo. Não tinha medo de alguma doença ou coisa parecida,
mas sim de outras coisas que isso podia causar.
Eu ainda estava parado dentro dela. Uma vontade louca de estocar com fúria,
mas eu precisava avisar Bella que estávamos desprotegidos.
– Por mim não tem problema. Eu tomo anticoncepcional. Agora se você não
quiser...
– Vem Bella. Goza comigo. Eu... não vou agüentar muito tempo.
Eu caí por cima de Bella que estava coma respiração entrecortada. Virei-me
para o lado para que meu peso não a incomodasse.
Eu me aproximei a beijando.
– Eu adorei.
Ela bufou.
– Isso...isso é...
– É sim. E a chave aqui do apartamento. Quero que você entre aqui quando
quiser. Que se sinta em casa. E acho que seria bom...se... trouxesse algumas
roupas.
Pov. Bella
Fui ao encontro do meu namorado. Passei pelo quarto de Gabe a porta estava
semi-aberta. Ele ainda dormia. Fui até ele e vi aquele anjinho adormecido. Ele
era tão lindo. Como o pai.
Sai de seu quarto indo em direção a sala, mas parei antes de chegar ao ouvir
vozes.
Então essa era mãe do Gabe? Tânia. Ela era linda. Eu fiquei levemente
incomodada com sua beleza. Mas eu devia estar preparada. Ela era modelo
não era? Modelos eram lindas.
Não pude me ater muito ao fato de sua beleza porque a voz raivosa de Edward
me assustou.
Pov. Edward
Era um pesadelo. Só podia. Tânia não podia fazer isso. Eu não saberia viver
sem meu filho. Mas viver sem Bella já não era um opção.
– Porque está fazendo isso Tânia? Eu sempre cuidei do Gabe, e você não tem
tempo.
– Edward não é nada contra você. Eu sei que você é um pai maravilhoso, mas
não quero meu filho vivendo com esta mulher. Uma prostituta.
– Ela não é prostituta Tânia!
– Por favor, Tânia não venha dar uma de mãe super preocupada.
Eu disse irritado.
– Eu posso não estar o tempo todo ao lado dele Edward, mas amo meu filho.
– Tânia. Bella é uma pessoa maravilhosa ela ama Gabriel e ele a ama.
– É só o que faltava você fazer meu filho me substituir por uma p...
– Não importa. Vou levar o Gabe pelo fim de semana para a casa dos meus
pais. Segunda eu quero sua resposta Edward. Eu não vou voltar atrás. Ou você
acaba esse seu... relacionamento com essa mulher ou eu vou entrar com o
pedido de guarda do Gabe.
Eu estava furioso, mas tentei me controlar. Como que ela fazia este tipo de
chantagem?
– Desculpe Edward, mas isso não tem nada a ver com você, mas sim o que eu
acho ser o melhor para o nosso filho.
– Não tenho nada o que pensar Edward quem tem é você. Agora por favor, eu
posso acordar o Gabe. Quero chegar à casa dos meus pais logo.
Não queria que por acaso ela visse Bella. Já tinha problemas demais.
– Espere eu já volto.
Fui em direção ao quarto do meu menino e senti uma dor forte por saber que
poderia perdê-lo. Já não bastava a minha doença que talvez eu não pudesse
vê-lo crescer. Agora isso.
– Gabe? Campeão? Acorde. A mamãe está te esperando.
Gabriel estava bem disposto. Arrumou-se rápido e foi voando para a sala onde
se jogou nos braços da mãe.
Logo após eles saíram. A dor em meu peito aumentou. O que eu faria?
Terminar com Bella também me mataria.
Eu ia falar com minha namorada ela tinha que me dar uma luz do que fazer.
Ao chegar ao meu quarto encontrei Bella arrumando suas coisas para ir
embora.
– Por quê? Estamos sozinhos achei que íamos ficar juntos o dia todo.
– Não.
– Está acontecendo Edward é que você se envolveu com uma puta. E agora
está pagando o preço. Poderá perder seu filho por minha causa. Sim, eu ouvi
toda sua conversa com Tânia. E você não precisa tomar nenhuma decisão eu
mesma já estou tomando. Vou deixá-lo assim você não perde seu filho.
– Não pode ficar comigo Edward. Ela vai tirar o Gabe de você.
– Não amor. Ela não vai tirar o Gabe de nós. Não vai.
Pov. Bella
Edward não aceitava que tivéssemos que terminar nosso relacionamento.
Então meu coração se apertava com o amor que este homem demonstrava a
mim, mas eu não podia ficar entre ele e seu filho.
Ele tentava disfarçar, mas eu via sua preocupação e até mesmo tristeza. Ele
sabia o que tinha que ser feito.
- Bella?
- Sim eu estava.
Entramos na casa dos Cullen e fomos recebidos por Carlisle e Esme.
Eu percebi que seus pais notaram que algo estava errado.
Fomos todos para a mesa. O almoço realmente estava delicioso, mas nem
eu e Edward comemos muito. Não descia. Estávamos calados. E todos
perceberam isso.
- Emmett...
Edward contou a todos o que havia acontecido na manha de sábado. Alice
que estava do meu lado apertou minha mão e me deu um olhar cúmplice.
- E foi isso.
- Renesmee!
- O que é mãe? Vai dizer que ela não é isso mesmo. Nunca gostei daquela
mulher.
Eu não falava nada. Já havíamos discutido sobre isso. A única solução era
fazer o que Tânia queria.
- Acho que está certo filho, ela não pode exigir isso de vocês.
Percebi Esme saindo da mesa em direção a cozinha, pedi licença e fui atrás
dela.
- Esme?
- Oi querida.
- Não fique assim Bella, certamente irão achar uma forma de resolver esta
situação.
- Esme, eu preciso te pedir algo, mas preciso que não diga nada a Edward.
- O que é Bella?
- Preciso tentar ajudá-lo. Queria saber se tem o endereço da casa dos pais de
Tânia. Eu quero conversar com ela.
- Claro eu tenho sim, mas não acha melhor falar com ele.
Não foi difícil. Ele estava tão preocupado com a situação de Gabe que nem
percebeu minha mentira quando o avisei que precisa ir ao bordel.
Ele se ofereceu para me levar, mas recusei alegando que ele precisava ficar
com sua família e que logo eu voltaria.
Eu cheguei à casa que Esme havia me dito. Pedi ao taxista que me
esperasse, eu não iria demorar.
- Sra. Denalli?
Entrei na sala espaçosa, e a Sra. Denalli me pediu para sentar e quando o fiz
vi um dos desenhos de Gabe que estava no chão. Peguei a folha e sorri ao ver
seus desenhos.
Era um desenho dele e com seus avós maternos. Eu acho. Ouvi passos e a
loira deslumbrante apareceu em meu campo de visão.
Eu me levantei.
- Oi.
- Sim prometo não tomar seu tempo. Será rápido. Deve querer passar seu
tempo com sua família e com o Gabe.
Ela assentiu.
Não queria que ele ouvisse minha conversa com sua mãe.
- Tânia eu quero te dizer que... eu sei sobre sua conversa com Edward. E
queria te pedir para pensar bem antes de fazer o que disse que faria, caso ele
não se afastasse de mim.
Ela ouvia seria o que eu dizia, mas não esboçava qualquer reação.
- Mas se você está decidida a seguir adiante eu quero te dizer que não será
necessário. Eu vou me afastar de Edward. Vou embora desta cidade assim que
possível.
- Por que amo Edward e amo Gabriel e não suportaria que eles se separassem
por minha culpa.
Eu estava tentado ser calma e objetiva e não deixar minhas emoções
transparecerem. Mas o nó em minha garganta estava quase me fazendo ir as
lágrimas.
- Bom. Era isso que eu tinha para te dizer. Está tudo certo então. Adeus,
Tânia.
- Espere!
- Não vou pedir a guarda de Gabriel. E você não precisa se afastar deles.
- Eu não posso afastar do meu filho a mulher que tem tratado ele com tanto
amor e carinho.
- Eu fui envenenada sobre você Bella. Mas confesso que fiquei com ciúmes de
sua ligação com meu filho. Você está próxima dele e eu não. Mas quando eu
peguei Gabriel ontem e ele me falou sobre você. Minha opinião mudou. Ele
me falou de como você dizia a ele que eu o amava apesar de não poder estar
ao lado dele. De como você dizia para que ele me desenhasse assim ele não
esqueceria meu rosto. Você tem feito com que ele não me esqueça Bella e,
além disso, cuida dele e o ama. Não sei como posso me desculpar pelo que fiz
e agradecer por amar meu filho desta forma.
Ela dizia e lágrimas saiam de seus olhos. O mesmo acontecia comigo.
- Eu faço isso Tânia porque o amo de verdade. Seu filho é tão doce e puro. E
sei que você o ama. Toda mãe ama seu filho. Eu perdi minha mãe há pouco
tempo e não quero esquecer o rosto dela. E isso faz com que eu ajude Gabe
quanto a você.
Eu esperei.
Pov. Edward
Eu estava deitado numa espreguiçadeira perto a piscina na casa dos meus
pais. Eu pensava em como poderia resolver a situação do meu namoro com
Bella.
Senti alguém se aproximar de mim e vi que era minha irmã Nessie.
- Oi
Eu ri.
- Claro, não se faz Edward você sempre soube disso. Me da um lugar ai.
- Eu a amo Nessie, mas Gabriel é meu filho. Não sei o que fazer.
Ela me abraçou e foi bom estar assim com minha irmãzinha. Eu estava
carente precisando de amor da minha família. Precisando de segurança. Na
verdade eu precisava que alguém me dissesse o que fazer, mas eu sabia que
isso só eu podia decidir.
Bella me ligou à tardinha me dizendo que estava no meu apartamento e que
precisava falar comigo.
A raiva me consumiu ao vê-la ali. Imaginava as coisas que ela devia ter
dito a Bella.
Bella se levantou vindo ao meu encontro. Ela colocou sua mão em meu
rosto.
- Não vou pedir a guarda do Gabe. E você e Bella não precisarão se afastar um
do outro.
As palavras dela quase me fizeram flutuar. Senti todo o peso sendo retirado
do meu peito.
- Eu agi mal com você. Sempre foi um pai maravilhoso, jamais cogitaria a
possibilidade de tirar o Gabe de você.
Eu perguntei.
- Eu fui convencida a isso. Fui envenenada sobre Bella. Não retiro minha
culpa disso, mas não foi só minha.
- Ela me ligou há uns dias atrás dizendo que eu precisava vir para Raymond
urgente. Que você havia se envolvido com uma mulher de ma índole e que a
educação de Gabriel corria risco. Eu fique maluca disse a ela que iria ligar pra
você, mas ela disse que era melhor eu vir pessoalmente. Quando a questionei
que se você não aceitasse minha opinião sobre sua namorada ela me deu a
ideia de pedir a guarda de Gabriel. Ela disse que você não abriria mão do seu
filho e que se eu fizesse isso seu namoro estaria acabado. Eu sei que errei ao
fazer o que ela disse, mas sabe como sua avó sabe ser convincente e ela
também encheu a cabeça dos meus pais. Só percebi a besteira que estava
fazendo ao ver a forma que Gabe se refere à Bella. Ao ver o quanto ela cuidou
dele.
Minha avó. A pessoa que eu mais confiava no mundo foi capaz de uma
coisa dessas. De envolver meu filho nesse jogo sujo. Ela sabe que Gabriel é a
coisa mais importante na minha vida e foi capaz de tramar algo desta forma.
- Eu sei que deve ser duro para você aceitar isso Edward, mas foi sua avó sim
que encheu minha cabeça de coisas sobre Bella. Sabe que sempre tive uma
boa relação com ela, mas era mais por medo do que por afinidade. Mas agora
ela mexeu com meu filho, com a felicidade dele. Não vou ter medo dela. Se
não acredita em mim meus pais podem te confirmar. E tem a ligação que
recebi dela gravada em meu celular.
Eu baixei minha cabeça entre minhas mãos e fiz força para que a decepção
não se transformasse em lágrimas.
- Pode me perdoar Edward? Sempre nos demos bem. Não quero perder sua
amizade por conta disso. Sei que errei.
A pessoa que eu mais confiava no mundo havia tramado uma sórdida
chantagem para me separar da mulher que amo usando meu filho.
Acho que minha família sempre teve razão em relação a minha avó.
Pov. Bella
- Tente entender Tânia foi um choque pra ele, mas Edward é um bom homem
com certeza quando estiver mais calmo ele vai te procurar e se acertarão.
- Eu imagino como ele deve estar. Ele na época em que namorávamos era
louco pela avó. E ainda é pelo jeito.
- Ele confiava muito nela. Deve estar decepcionado. A mim ela não
surpreendeu.
- Não. Eu não gosto. Pelo tipo de coisa que ela fez acho que tenho razão.
Ela se despediu dizendo que queria aproveitar mais seu tempo com Gabe e
eu agradeci por ela vir. Assim consegui abrir os olhos de Edward.
Foi doloroso ver o rosto dele daquela forma. Tão decepcionado. Tão triste.
Mas era necessário. O que essa mulher tentou fazer foi monstruoso.
Fui ao quarto e encontrei Edward deitado em sua cama. Ele percebeu
minha presença e me olhou.
Ele levou minha mão ao seu coração. Meus olhos arderam e eu odiei ainda
mais aquela mulher se é que isso era possível.
Eu não falei nada. Não era hora de falar nada eu precisava apoia-lo.
- Por que ela fez isso? Por que não gostou da mulher que escolhi? O que ela
quer? Que eu faça só as coisas que ela quer. E eu que pensei que ela sempre
me apoiava, mas agora não duvido que ela tenha agido pelas minhas costas
outras vezes. Sou um burro, estúpido mesmo. Mas ela não vai mais me
enganar eu abri meus olhos.
- Edward...
- Eu não vou conseguir ficar bem até falar tudo que está engasgado. Vou lá
falar com ela.
- Não acha melhor esperar até amanhã, amor. Você está nervoso.
- Não Bella. Eu não vou conseguir. Preciso falar com ela hoje.
- Claro amor.
Saímos do apartamento de Edward e ele me deixou no bordel.
Eu fiquei ansiosa sobre como seria a conversa que ele teria com sua avó.
Ao chega ao bordel Rose disse que Carmem havia me ligado duas vezes.
- Não sei Rose. Ele estava falando em sair pra outros lugares, uma boate nova
uma coisa assim não tenho certeza. Bom ele precisa se divertir né. É lindo,
solteiro e legal. Qual mulher na iria querer ficar com ele? Só muito burra pra
dispensá-lo.
Rose que sempre tinha uma resposta pronta ficou quieta. Talvez minha
amiga precisasse de um choque pra se ligar no homem maravilhoso que estava
apaixonado por ela.
- Bem Carmem. Rose disse que você me ligou duas vezes. Descobriu algo.
- Você não vai acreditar que a minha empregada é irmã da empregada que
trabalhou a há 28 anos para um certa senhora Elizabeth Mansen.
- Ela disse que trabalhou para Elizabeth até que ela tivesse o bebê que
esperava. Ela veio para Cassis para esconder uma gravidez, Bella
- A Sra. Mansen veio para Cassis para esconder uma gravidez. Ela estava
grávida quando estava aqui e não deve ser do marido já que estava escondida.
E... Bella? O bebê era um menino. Um menino lindo de olhos verdes.
Não.
Pov. Edward
Quando cheguei à fazenda já era noite. Minha avó sempre ficava até tarde
lendo algo então eu não precisava me preocupar se ela estava ou não
acordada.
Entrei na casa a encontrando numa poltrona com o livro nas mãos.
- Oi querido.
Ela sorriu e foi como facas no meu coração. Lembrei-me de quantas vezes
fiquei feliz ao ver seu sorriso. Hoje não. Eu continuei serio.
- Oi vó.
- Tudo bem.
Fomos até lá e eu fechei a porta. Não queria que ninguém nos ouvisse.
- Tânia apareceu ontem em minha casa e disse que se eu não terminasse com
Bella ela pediria a guarda de Gabriel.
Esperei por sua reação, mas ela não fez nada apenas me encarava séria.
- O quê?
- Querido isto é mentira. Ela ainda gosta de você e fica inventado estas
coisas...
- CHEGA!!!
- Acha que sou burro? Que não percebo as coisas? Posso ter demorado em
realmente ver o que se passa na frente dos meus olhos, mas não mais. Não
mais.
- Edward...
- Não posso deixar você pensar isto de mim meu querido isso tudo é uma
mentira. Uma sórdida mentira eu jamais faria nada contra você e o Gabe sabe
que eu amo vocês demais. Por favor, Edward não acredite.
- Eu não sou burro, Liz. Tem a ligação que você fez gravada no celular da
Tânia. Tem os pais de Tânia para provar tudo. Não duvide da minha
inteligência.
- Você não tem o que dizer não é? É claro que não gostou de Bella se não
gostou de Alice por que iria gostar de Bella. As pessoas sempre me dizendo
para abrir meus olhos e eu sempre a defendendo. Sabe que odeio mentiras. Por
que faz essas coisas? A demissão de Jacob. Todas as coisas erradas. Fora o
que eu não sei. Que foram pelas minhas costas. Só que agora você pegou
pesado. Colocou meu filho no meio dos seus planos. E isso eu não admito.
- Para de mentir! Cada vez mais me decepciono com você. Minha vontade é
sair daqui e nunca mais olhar para você. Abandonar a administração da
empresa... e
- Eu vou pensar bem sobre isso. Afinal eu sempre quis exercer a minha
vocação que é ser veterinário, mas fiz administração para agradá-la. Vou
continuar na empresa por enquanto, mas nossa relação será apenas
profissional. Nada mais.
- Por favor, querido me perdoe. Eu agi errado, mas eu não queria te fazer
mal...
Ela estava admitindo tudo o que antes negava e essa confirmação fez meu
coração machucado ainda mais dolorido.
Eu iria para minha Bella agora. A única que nunca me trairia.
Pov. Bella
É claro que ele sabia por isso esse ódio contra Elizabeth.
Droga!
Um barulho em minha porta me fez olhar e ver o homem que eu amava
com seu semblante triste.
Eu estique meus braços para ele. Que veio prontamente para eles.
- Como foi?
- Péssimo. Ela disse que era mentira, mas no fim acabou se contradizendo e
confirmando.
Ele levantou seu rosto me olhando com seus lindos olhos verdes.
- Eu não suporto que me enganem que mintam pra mim. Depois das coisas
que já aconteceram na minha vida eu fiquei menos tolerante. Nunca minta
para mim, Bella.
Senti uma náusea com suas palavras. Eu havia mentido para ele. Eu
precisava falar. Mas após suas palavras meu medo de perdê-lo aumentou.
- Edward eu...
- Eu não preciso falar isso para você. Sei que jamais faria algo para me
magoar. Você é a mulher da minha vida. Eu amo tanto você.
Ele me beijou e beijou sozinho porque as lágrimas não deixaram que eu
aproveitasse o beijo.
- Nosso?
- O que?
Esse era um passo importante em nossa relação e o sorriso no meu rosto foi
impossível de apagar.
Tânia ligou mais tarde pedindo a Edward se Gabe podia passar esta semana
com ela. Ela iria voltar ao trabalho somente na outra semana e queria
aproveitar o filho. Edward meio relutante aceitou e me fez prometer passar
estes dias com ele.
A carinha que ele fez ao me pedir isso me fez não negar. Como se eu fosse
fazer isso.
Pela manhã ele ia ao trabalho, ao meio-dia ele voltava pra almoçar comigo
algo que eu preparava ou então íamos a algum restaurante. A tarde ele voltava
ao trabalho e eu dava uma passada no bordel que estava cada vez mais nas
mãos de Rose. No final da tarde eu e Edward voltávamos para nosso
apartamento. Nosso. E lá passávamos nossas noites muito bem aproveitadas
com a ausência de Gabe.
Ele me disse que só falou uma vez com ela pelo telefone e eram coisas da
empresa e que quando ela tentou puxar um assunto pessoal ele se despediu e
desligou.
Ela estava aprontando alguma. Ela não iria deixar barato.
Mãe.
Isso não saia da minha cabeça. Como descobrir toda a verdade?
Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular. Era
Rose.
- Mais ou menos.
- O que foi?
- Bella as meninas estão reclamando que não estão dando conta dos clientes
afinal Alice e Jessica saíram e não repomos ninguém no lugar delas.
- Bom ela disse que está com poucas meninas também. E que as que estão não
querem vir pra cá.
- Hum... Bom o jeito será contratar alguém por aqui mesmo. Pode cuidar disso
pra mim?
- Claro. E... Bella?
- O que Rose?
- Por que você sempre pergunta por ele desde que ele começou a não ir mais
ao bordel.
- Rose... Por que não da uma chance a ele. Ele está apaixonado por você.
- Eu não poderia ser uma mulher completa para ele, Bella. Eu... Eu tenho
medo. Você sabe.
- Oh! Minha querida amiga, você tem que tentar superar isso. Ele ama você,
mas não vai esperar para sempre.
- Que seja. Ele pode encontrar uma mulher melhor do que eu.
Pov. Elizabeth
- Sra. Mansen a senhora não pode entrar ai o Sr. prefeito está ocupado...
Até parece que algo ou alguém tão insignificante como ela iria me fazer
parar de fazer o que quer que fosse.
- Saia!
Eu não disse nada meu olhar falou mais que qualquer palavra.
- Vic querida, saia, por favor, mais tarde eu apareço na sua casa.
Ele disse meloso e a moça ruiva e vulgar saiu me olhando emburrada.
- Que eu saiba aqui é a prefeitura e não um quarto de motel. É assim que tenta
me ajudar a acabar com a vadia que jogou meu Edward contra mim?
- Está? Não estou vendo nada. O que eu vejo foi que embarquei na sua grande
idéia de usar o Gabriel para separar Edward daquela vadia e olha o que
aconteceu.
- Não tenho culpa. O plano era bom se a mãe do garoto não tivesse voltado
atrás. E você ainda achava que ela era a mulher ideal para o Edward não se
esqueça disso.
- Não existe mulher ideal para o Edward. Ela só era mais fácil de manusear e
manipular.
- Agora. A dona do bordel é uma mulher muito inteligente. Não será fácil
derrubá-la.
- Burra você não é Elizabeth. Sabe muito bem que os suspeitos seríamos nós.
E Edward não iria perdoá-la.
- Vamos ser inteligentes. Você disse que ela não falou a ele quem realmente é.
Se ela é quem diz ser mesmo.
- É ela sim. A filha de Charlie Swan. E não. Ela não contou o que é estranho
seria mais uma forma de me atacar.
- Bom então deve ter algum segredo ai.
- A amante atual dele trabalhou na casa da colina e saiu a pouco talvez ela
tenha algo para nos ajudar.
Fomos interrompidos pela secretaria de James avisando que seu amigo
havia chegado.
O homem entrou com uma garota loira que estava assustada. Em seu rosto
havia uma mancha roxa que ela tentou esconder com maquiagem, mas não
obteve sucesso.
- Fale Jessica.
- Bom Jessica. Sabe que eu quero saber algumas coisas de Isabella Swan.
Pode me ajudar?
Ela abaixou a cabeça.
- Senhora, não quero prejudicar a Bella, ela é uma boa pessoa e me ajudou
muito.
- Promete.
- Eu quero saber se você sabe o porquê Isabela Swan veio para Raymond?
- Não sei lhe dizer isso. Nós estávamos em New York e ela resolveu abrir o
bordel aqui, mas não sei o motivo.
Não estava ajudando. Acho que essa menina realmente não sabia de muita
coisa.
- Mas... Tem uma pasta no quarto de Bella que tem muitas fotos. E tem fotos
da senhora também.
- Não sei bem. Eu... eu estava limpando o quarto dela e por acaso vi esta
pasta. Não sei o que mais tem nela. Só vi que tinha fotos suas e da família do
Edward Cullen e fotos dele também.
Pov. Edward
– Este é muito lindo Sr. Cullen. Tenho certeza que ela ira gostar.
A vendedora disse obviamente entusiasmada por estar vendendo um
maravilhoso anel de diamantes.
Eu não tinha certeza sobre o futuro. Minha vida ainda era uma incógnita. Eu
não sabia se iria viver ou não, mas eu queria passar os últimos tempos de
minha vida, se estes realmente fossem os últimos tempos de minha vida, com
ela. Com Bella. Com minha família e com meu filho.
– Oi amor
– Eu também.
Bella serviu nosso almoço. Estava muito bom. Ela cozinhava muito bem.
– Ficou ótimo.
Eu disse a beijando.
– Não.
– Por quê? É que já conheci outras pessoas que foram adotadas e essa
curiosidade os levou a tentar descobrir algo em relação ao passado.
– Acho que talvez se eu sentisse que faltasse algo em minha vida eu buscaria
respostas, mas não. Sou tão feliz com minha família. E não adiantaria nada
meu pai disse que meus pais biológicos morreram então não há nada para
descobrir sobre meu passado.
– Quem é amor?
– Elizabeth.
– Não.
– Oi querido.
Então era por isso que minha avó havia ligado. Senti-me mal por não atender.
Eu havia contado a meus pais o que Elizabeth havia feito para me separar de
Bella. Eles não ficaram surpresos.
Eu não era um homem rancoroso. No fim ela ainda era minha avó. Você não
deixa de amar uma pessoa de uma hora para outra.
– Claro mãe.
– Não éramos ligados como eu e minha avó, mas eu gostava muito dele. Em
minha infância quando ele não era doente ele era muito divertido e tinha um
amor incrível por minha mãe. Ela vai sofrer bastante.
No outro dia levantei cedo para ir à fazenda. Bella me acompanhou, mas ficou
no bordel. Ela precisava resolver alguns assuntos.
Cheguei à fazenda e minha família já estava lá. Abracei minha mãe assim que
a vi. Ela chorou amparada em meus braços.
Pov. Bella
– Oi Rose.
– Bella sei que tem que sair, mas tem uma moça ai que quer trabalhar no
bordel e eu queria que conversasse com ela.
Ela sorriu, era bonita, mas um pouco vulgar para nossos padrões.
– Oi eu sou Victoria.
**
– Então Rose, ela começa amanhã. Depois você fala com ela sobre as roupas
que ela deve usar. Ela é meio vulgar, mas com umas aulinhas vai ficar ótima.
– Ela é estranha Bella, não sei te dizer só não gostei do jeito dela parecia que
estava bisbilhotando tudo.
– Rose deixa de ser desconfiada. É natural ter curiosidade sobre este lugar.
Edward chegou e fomos para a fazenda Mansen. Havia muitas pessoas Sr.
Mansen apesar de muitos anos doente, era muito conhecido.
– Eu queria pedir perdão a vocês pelo que fiz. Num momento como este é que
vemos as besteiras que fazemos, e que a vida não vale nada sem a companhia
das pessoas que amamos.
Ela estava usando a morte do marido para tentar uma aproximação com
Edward. E além de tudo pedindo desculpas num momento como este. Ela
sabia que não iríamos revidar.
Mas não.
Ela teria que fazer mais que isso para conseguir sua confiança de volta.
Ele me levou aos estábulos e mandou selarem dois cavalos para passearmos.
– Não era bem num momento destes que eu queria passear com você pela
fazenda.
– Eu sei amor. Como é lindo aqui.
Uma árvore.
Já fazia muito anos, mas se eu não estava enganada era árvore que ficava ao
lado da minha casa.
– Ah, aqui são as terras que minha avó comprou depois. A fazenda era
dividida em duas e esta parte ficava bem no meio. Parece que morava uma
família aqui. Um casal e uma menina. Minha avó me falou que a casa deles
pegou fogo e o homem morreu. Uma coisa horrível. Então a viúva e sua filha
venderam as terras para minha avó e foram embora.
Eu já não escutava mais o que ele dizia. Minha mente estava repleta de
lembranças.
“Por favor, amorzinho desce dai, eu prometo cavalgar com você agora
mesmo.”
“Promete.”
“Papai! papai!”
“Mas tem muito fogo mamãe e ele não ta saindo. Mamãe porque está
chorando?”
**
Eu senti meu corpo em algo macio. Eu não sabia bem onde estava. Abri os
olhos e encontrei Edward, Carlisle, Jasper e Alice me encarando.
Então me lembrei.
As lembranças.
– Bella amor está bem? Por favor, amor fale algo não me assuste assim.
– Edward...
– Ah graças a Deus.
– Calma Bella. – Carlisle disse - Você estava passeando com Edward pela
fazenda quando desmaiou. Estamos em um dos quartos da fazenda.
Meus olhos arderam novamente. E eu tentei segurar minhas lágrimas, mas não
obtive sucesso.
– Pelo que pude ver sim Edward. Acredito ter sido uma queda de pressão.
– Não Edward. Não acho que seja necessário. Como se sente, Bella?
Edward se aproximou.
– Claro Ali.
Ela tinha razão eu precisava desabafar e não poderia ser com Edward.
– Ele já foi?
– Sim. Foi com a cara amarrada, mas foi. Nossa Bella ele ama muito você.
– Quando eu contar a ele que vim para esta cidade para me vingar de sua avó
e que o usei a principio. Ele vai me deixar.
– Bella ele ama você. Se você souber como falar ele vai te perdoar.
– Aí é que está Alice. Eu não sei como falar para ele. Fora que tem outras
coisas.
– O que?
Ela suspirou.
– Eu... voltei lá Alice. Onde era a minha casa. Onde morava minha família. E
tudo voltou com força... eu vi os momentos que passei com meu pai... o
incêndio...tudo.
Eu soluçava.
Alice me abraçou.
– Calma Bella.
Ela me deixou chorar até não ter forças. E então finalmente o remédio fez
efeito e eu dormi.
Eu acordei bem melhor. Alice passaria a noite comigo. Edward ligou e ficou
aliviado quando eu disse que estava melhor. Ele ficaria na fazenda no velório,
no outro dia pela manhã seria o enterro de seu avô então ele só retornaria após
isso.
No outro dia ele retornou após o enterro e foi tomar um banho e dormir já que
havia passado a noite em claro.
Alice retornou para a casa dos Cullen para ficar com seu Jasper.
Eu ficaria ali no apartamento velando o sono do meu amor, mas a ligação de
Jacob fez com que meus planos fossem alterados.
– Nossa! Já é a época?
– Sim.
– É eu sei Bella. Na verdade eu sei fazer tudo. Acho que não vamos precisar
de um veterinário. Tenho bastante experiência e acho que está tudo normal.
Eu só vou precisar de ajuda.
Foi meio estranho ajudá-lo. Ao mesmo tempo em que foi emocionante ver o
nascimento do potrinho. Foi nojento. Não sei se teria estômago para ser
veterinária. Meu pai ficaria orgulhoso de mim. Ele sempre sonhou em ser
veterinário.
– Charlie Swan?
Eu ri.
– É. Meu pai. Ele sempre sonhou em ser veterinário. Fazer isso que fizemos
hoje. Ele deve estar orgulhoso de mim.
– Acho que está tudo bem com o potro Bella, mas se quiser pedir para o
Edward o examinar seria bom. Você deve dar um nome a ele.
– Hum... não tenho nenhuma idéia. O antigo proprietário gostava de dar
nomes de deuses gregos aos cavalos, mas não sei. Vou pensar e depois te
aviso.
Cheguei ao bordel e Rose me criticou por estar toda suja e fedendo. Eu ri. Fui
tomar um banho. Eu havia ficado tempo demais longe de Edward eu estava
morrendo de saudades do meu amor.
Pov. Edward
Eu acordei e não encontrei Bella. Encontrei o bilhete que ela havia deixado.
Ela tinha ido ao bordel para ajudar Jacob com a égua que havia dado cria.
– Edward?
– Está bem. Foi cuidar do jardim sabe que isso sempre faz bem a ela.
– É verdade. Pai eu queria te pedir se você podia agendar uma consulta para
Bella. Eu fiquei preocupado com ela por ontem.
– Claro eu agendo sim. Apesar de achar que foi realmente uma queda de
pressão. Peça a ela para ir ao meu consultório no hospital amanhã à tarde.
– Obrigado pai.
– Eu vou justamente ligar para Tânia após falar com você. Foi bom ele estar
com Tânia com tudo isso que aconteceu.
Ela me deu suas condolências pela morte de meu avô. E passou a ligação para
Gabe.
– E ai campeão? Se divertindo?
Eu não entendia muito de pesca então não podia criticar a decisão do Sr.
Denalli.
– Bom se seu avô disse que ele devia voltar para água é por que ele devia
mesmo.
– É eu não fiquei triste não. É que eu queria que você visse ele.
Eu ri. Neste momento Bella abriu a porta e entrou com um enorme sorriso.
Bella percebeu quem era no telefone e fez sinal de positivo de que também
estava com saudades de Gabe.
Logo desliguei.
– Oi amor.
– Oi meu anjo.
Disse a beijando. Inserindo minha língua em sua boca e ela acariciando
lentamente com a sua. Meu corpo já reagindo a ela. A falta dela.
– Já comeu algo?
Ela riu.
– Não seja mimado Edward se acordou a pouco mal sentiu minha falta já que
estou aqui.
– Eu sempre sinto sua falta. Como você está? Eu fiquei preocupado por
ontem.
– Eu marquei uma consulta para você com meu pai. Não adianta fazer essa
cara - eu disse quando ela fechou o semblante - É amanhã à tarde.
– Não era necessário incomodar seu pai, Edward. Só falta agora você querer ir
comigo na consulta.
– Não seria má idéia, mas eu tenho que trabalhar, a empresa ficou fechada
ontem e hoje devido à morte do meu avô. Amanhã eu tenho que ir.
– Eu vou. Só para você ver que não há nada de errado comigo. E agora me
diga o que você deseja comer?
Eu ri safado.
Em seguida Bella cavalgava em meu pau. E era a visão mais linda e erótica
que tive na vida. Seus cabelos soltos. Seus olhos me encarando e seus dentes
prendendo os lábios. Era demais para minha sanidade. Eu segurei sua cintura
aumentando o ritmo.
– Você é o único Edward. O único que amo e amei em minha vida. Eu sou
sua. Somente sua.
– Até tentou, mas como havia muitas pessoas eu sempre dava um jeito de me
esquivar.
– Não sei. Não vamos mais falar nela. Vamos ficar aqui somente eu e você.
Os problemas deixamos fora da porta.
Ela sorriu e se aconchegou a mim e logo adormecendo. Ela era tão linda
dormindo. Um anjo. Realmente um anjo.
Pov. Bella
Eu iria arriscar perder seu amor, mas pelo menos ele saberia toda a verdade
sobre sua vida. Não haveria mais segredos.
Minha oportunidade seria tentar falar com Carlisle. E hoje era a chance, eu
teria uma consulta com ele. Eu iria perguntar tudo a ele. Mesmo que eu tivesse
que possivelmente revelar algo a ele.
Edward disse de repente, eu não havia percebido que ele estava acordado.
Eu disse o beijando.
– E então?
Aproveitei o dia para cuidar de mim. Fui ao salão. Fiz algumas compras.
Coisas rápidas e de necessidade extrema. Eu não gostava muito de compar.
Almocei pelo centro da cidade mesmo. Acabou que eu não tinha mais o que
fazer e ainda faltava um tempo para minha consulta com Carlisle, mas resolvi
ir ao hospital assim mesmo. Eu esperaria por lá mesmo.
Em seu consultório a secretaria disse que eu havia chegado muito cedo e que
Carlisle havia ido ver os pacientes, mas a instrução que ele deixou era para
que quando eu chegasse esperasse em sua sala. Olhando o relógio eu vi que
realmente estava muito cedo do horário marcado para minha consulta.
Havia duas salas. Na principal a ampla mesa que estava repleta de fotos da
família. Sorri ao ver uma foto de Edward e Gabe. Ao lado da de Esme e
Carlisle. Eles formavam um casal lindo. Havia outros porta retratos com fotos
de todos os filhos. Fiquei andando e entrei na outra sala que era como uma
biblioteca. É claro que os livros me chamaram atenção.
Fiquei distraída olhando os títulos dos livros, muitos eram livros médicos, mas
havia também literatura.
Ouvi passos na outra sala e fui em direção para mostrar que eu estava aqui,
mas as palavras de Carlisle me fez parar onde estava.
– Se você atendesse minhas ligações não seria necessário que eu viesse até
aqui.
Eu deveria me mostrar e dizer a ele que eu estava ali e escutando tudo. Mas a
curiosidade foi maior que a razão do que era certo.
A secretaria dele não deveria ter voltado. Ele não tinha como saber que eu
estava aqui. E como ainda era cedo ele nem desconfiava que eu estivesse
escutando sua conversa.
Carlisle estava atrás de sua mesa com uma cara feia. Nunca o tinha visto
assim antes. Elizabeth estava sentada em uma das poltronas de frente para
Carlisle e de costas para onde eu estava.
– Agora que aquele velho nojento morreu nada pode fica entre nós, meu amor.
– Pode parar de fingir que a ama Carlisle nós sabemos que você ama a mim.
– Já foi tarde. Não agüentava mais aquele velho. Agora poderemos ficar
juntos.
– Saia da minha sala Elizabeth. Eu amo Esme e você sabe muito bem disso.
– Ama? Bom não me pareceu que você a amasse quando fizemos nosso filho
há 28 anos. Nosso Edward.
Eu tapei minha boca com as mãos para não soltar nenhum ruído quando o
entendimento do que eu estava ouvindo veio ao meu cérebro.
Elizabeth e Carlisle.
Pais de Edward.
– Cala essa boca Elizabeth! Você sabe muito bem como tudo aconteceu.
– Você pode negar Carlisle, mas sabe a verdade. Um dia que não está longe
você vira para mim. E eu estarei esperando por você. Mas tem outro assunto
que quero falar com você. Sobre nosso filho. Você precisa impedir essa
besteira do Edward em se envolver com essa rameira que ele está.
– Não fale assim de Bella. Esta é a mulher que Edward escolheu. E ele a ama.
O que você fez para separá-los foi a coisa mais baixa que eu já vi você fazer.
– Edward já não confia em você. Eu deveria agradecer por você ter feito o que
fez assim ele abriu os olhos sobre você.
– Ele vai me perdoar ele me ama. Está magoado. Mas com o tempo irá me
perdoar.
– Não contaria com isso se fosse você. Agora saia eu tenho pacientes para ver.
– Não ouse falar de Esme. É a mulher mais maravilhosa que existe. E escute
bem Elizabeth. Nunca, ouviu bem, nunca ficarei com você.
– Veremos se quando todos souberem da verdade se você não virá para mim.
– Nem mesmo assim Elizabeth. E não se esqueça que não sou só eu a perder.
Edward jamais a perdoará.
– Como você pôde Carlisle? Fazer isso com a Esme? Com Edward?
– Calma Bella. Não é assim como está pensando. Sente-se, por favor.
Ele foi até o bar se servindo de uma dose de uísque e bebendo tudo de uma
vez. Ele estava nervoso. Era visível.
– Bella... eu vou te contar tudo. Será que pode me escutar sem me julgar antes
de te falar tudo.
– Eu sei que deve estar pensando o pior de mim Bella, mas as coisas às vezes
não são como pensamos num primeiro momento.
– Ainda não o estou julgando Carlisle. Estou esperando para ouvir o que tem a
me dizer.
– Eu vou te contar tudo Bella, mas preciso que me prometa que não vai dizer
nada a ninguém.
– Bella eu venho escondendo isso por anos. Não quero perder o amor da
minha vida. Esme. Minha família. Meu filho. Eu vou te contar, mas pense
bem o que fará com esta informação.
Eu fiquei em silencio.
Eu estava em choque.
Não sei como aquela mulher ainda conseguia me surpreender. Mas ela
conseguiu.
– Eu sei que o que fiz foi errado. Não posso amaldiçoar aquela noite Bella, no
fim me trouxe Edward. Um filho maravilhoso.
– Carlisle eu não condeno você, mas acho que você deve contar o quanto
antes a todos já que o Sr. Mansen morreu Elizabeth pode contar a todos logo.
– Não acredito que ela faça isso. Ela se faz de louca, mas sabe que eu não vou
ficar com ela e ela ama essa pressão psicológica que ela faz comigo. Ainda
tem Edward que não vai perdoá-la.
– Não gostaria de guardar este segredo de Edward, Carlisle. Mas não sou eu
quem tem que contar e sim você.
Carlisle e eu conversamos ainda a respeito disso e após ele fez a consulta que
tanto Edward queria e como eu desconfiava, eu não tinha nada.
– Eu prometo Carlisle. Mas por favor, pense bem e fale a verdade a sua
mulher e a seu filho.
Pov. Bella
– Ah, oi o que faz aqui, Bella? Eu achei que estava no apartamento do seu
namorado.
– Eu estava.
– Nada Rose.
Rose disse.
– Como assim?
– Fui chamá-la hoje de manhã e ela e suas coisas haviam sumido. Eu disse que
essa garota era estranha. Nem esperou o pagamento.
Eu perguntei.
Achei estranho. Em tantos anos nesse ramo nunca vi uma prostituta sair sem
receber.
Eu tinha tanta coisa na cabeça que não dei muita atenção a este fato.
– Oi meninos.
– Bellaaaa!
Na semana tudo voltou ao normal eu voltei a ficar no bordel. Mas ficava mais
vezes no apartamento de Edward.
O que estava achando estranho era o silencio de Elizabeth. Ela não havia feito
nada. E nem tentado se aproximar de Edward.
– Eu já havia ouvido este nome. Charlie Swan. Então me lembrei que meu pai
falava muito este nome. Depois que você comentou naquele dia eu fui até meu
pai e falei a ele sobre você e seu pai. Meu pai ficou muito nervoso não quis
me contar o que sabia, mas me pediu que eu a levasse para falar com ele.
– Jacob eu não estou entendendo. O que seu pai sabe? O que ele quer falar
comigo?
– Ele sabe como seu pai morreu. Ele disse que sabe quem matou seu pai,
Bella. E que está disposto a ir até a polícia para falar o que sabe. Mas que
antes precisa te pedir perdão.
Havia alguém depois de todos estes anos que estava disposto a falar tudo o
que houve naquela noite.
Edward me ligou e ficou desconfiado com e mentira que falei a ele. Eu não
tinha cabeça para pensar em algo melhor. Ir fazer compras era algo que eu
realmente não gostava e Edward sabia disso, mas foi só o que veio a minha
cabeça no momento.
– Eu não sei o que meu pai quer falar com você, Bella. Mas não deve ser uma
coisa fácil para ele. Conheço meu pai vi o jeito que ele ficou quando
mencionei seu nome. Só queria te pedir uma coisa. Pega leve com ele.
– Ele já é idoso. Não é desculpa, se ele fez algo errado tem que pagar, mas é
meu pai.
Eu assenti.
– Sue esta é Bella Swan, ela veio conversar com meu pai.
Cumprimentamo-nos.
Jacob perguntou.
– Se aproxime filha.
– Senhor eu não posso perdoá-lo sem saber o que fez para pedir meu perdão.
– Eu trabalhei por muitos anos na fazenda Mansen. Era um bom lugar para
trabalhar enquanto o Sr. Antony Mansen comandava. Bom então a Sra.
Mansen assumiu tudo e as coisas mudaram. Vivíamos apreensivos. Tínhamos
que fazer tudo o que ela mandava sob pena que se não fizéssemos iríamos
para o olho da rua. Todos éramos pobres e o salário não era ruim. A Sra.
Mansen sempre comprou o que quis com seu dinheiro. Menos seu pai.
– A Sra. Mansen estava furiosa por que seu pai se negava a vender as terras de
vocês. Então em uma noite Gustave, o braço direito da Sra. Mansen, reuniu
rodos os capatazes da fazenda e nos disse que iríamos dar um susto em
Charlie Swan.
– Eu juro a você. Não sabia o que iria acontecer àquela noite. Quando me dei
conta já era tarde.
– Fiquei desesperado no outro dia quando soube que Charlie Swan havia
morrido naquele incêndio. Mas é claro que fomos silenciados pela Sra.
Mansen. Vivi anos com este remorso. Eu não sabia como achar você e sua
mãe. Eu sempre quis contar a verdade a policia, mas... eu vou ser sincero me
faltou coragem.
– Sim. Sim. Eu quero contar tudo. Se tiver que pagar pelo meu crime eu pago.
Não consigo viver mais com este sentimento. Preciso fazer a coisa certa.
Elizabeth Mansen.
Eu queria vingança.
Eu queria justiça.
E iria ter.
– Sim. Mesmo que isto custe minha liberdade. Eu vou pagar pelo que fiz. Mas
a Sra. Mansem também vai.
– Pelo que me lembro a policia teve que arquivar o caso por falta de
evidencias. Um dos policiais achava que foi incêndio criminoso, mas não
havia provas.
Eu assenti.
Eu ajudaria no que fosse possível o pai de Jacob. Jenks o defenderia. Ele não
precisava pagar pelo que fez no passado. Todos estes anos de remorso já
foram o suficiente.
Jacob ficou arrasado por saber que seu pai esteve envolvido na morte de meu
pai. Mas se eu, filha da vitima, poderia perdoá-lo acredito que seu filho
também o faria.
Eu e Jacob conversamos e resumi os fatos e disse a ele que voltei a esta cidade
para me vingar. Não entrei em detalhes e pedi sua discrição. E ele me
prometeu.
Meu passado.
Então hoje eu iria aproveitar a noite com meu amor e meu menino.
Então comecei a preparar o jantar. Iria fazer bife, batata fritas e mousse de
chocolate de sobremesa o prato preferido de Edward e Gabriel.
Pov. Edward
Sabe quando você pressente que algo em sua vida vai mudar?
Mesmo sem querer não pude deixar de me lembrar de como Ângela ficou
estranha quando me traiu.
É claro que Bella era diferente, mas algo estava errado. Eu não queria
pressionar, mas seu silencio e às vezes sua distração me preocupava.
– Oi papai.
– Tá bom. Tá bom.
Eu ri.
Ela riu.
– Sim eu estava. O jantar está quase pronto. Fiz o prato preferido de vocês.
Cadê o Gabe?
Rimos.
– Bella...
– Sim.
– Eu percebi estes dias que você está diferente, distraída, silenciosa. Algum
problema?
– Eu sei sim. Edward há algumas coisas que eu não te contei. Eu preciso fazer
isso, mas não hoje. Amanhã após o almoço na casa dos seus pais. Nós vamos
conversar e eu vou te contar tudo.
Jantamos os três. Era tão bom passar este tempo juntos. Parecíamos uma
família. Éramos uma família. Não oficialmente.
Eu e Bella colocamos Gabe na cama. Era lindo o modo como ela o amava.
Amava como se fosse seu filho.
Ela o cobriu e o beijou na testa. Ele já dormia. Ela levantou o rosto e sorriu
para mim.
Logo que entramos Bella fechou a porta e se virou ficando a minha frente.
Uma emoção atravessou meu corpo quando ela proferiu essas palavras.
Verde no marrom.
Dentro dela.
Amando-a.
Adorando-a.
Mas não é. É somente mais um dos muitos momentos de amor supremo que
vamos viver.
Gemidos e sussurros.
– Eu te amo.
Ela disse.
Eu respondo.
**
– Eu preciso resolver algo antes amor, mas é só eu terminar e vou pra lá.
– Não pode ser outra hora isso que você tem que resolver?
Aceitei contrariado.
Bella saiu para seu misterioso compromisso e eu e Gabe fomos para casa dos
meus pais.
E se tudo desse certo o almoço do meu noivado com Bella.
Pov. Bella
O delegado então pediu que Billy Black contasse tudo o que sabia. E cada vez
que eu escutava a historia, mais a dor e ódio tomava conta de mim.
– Bom. Não há duvidas que haja muitos fatos novos. Primeiro vou mandar um
dos meus policiais a fazenda da Sra. Mansen para trazer este outro capataz
aqui. Vamos interrogá-lo e dependendo do que ele nos disser vou pedir a
prisão da Sra. Mansen por assassinato.
Mas ainda havia a possibilidade deste tal de Gustave não confirmar e ai todas
minhas esperanças se forem água abaixo.
O delegado estava muito confiante. Ele queria solucionar o caso que ficou
pendente há tantos anos.
– Sr. delegado?
– Eu vou colocar meu advogado John a sua inteira disposição Sr. Black. Acho
que já pagou sua culpa com remorso por todos estes anos.
– Obrigado filha. O seu perdão é tudo que me importa. Se eu tiver que ser
preso não tem problema.
Eu e Jacob nos despedimos afinal tínhamos que ir para o almoço na casa dos
Cullen. Enquanto Jacob dirigia, eu pensava que hoje após este almoço toda a
verdade seria conhecida por Edward.
Pov. Edward
Estávamos todos reunidos para o almoço de ação de graças. Meus pais, eu,
Gabe, Jasper, Alice, Nessie, Emmett e Rose que minha mãe gentilmente havia
convidado.
Mas nossa família não estava completa, faltava Bella e Jacob.
Fiquei sabendo por Nessie que Bella e Jacob haviam ido resolver algo.
Por mais estúpido que possa parecer eu fiquei com ciúmes.
Muito menos Jacob que era vidrado em minha irmã, mas foi mais forte que
eu.
Tentei observá-la para ver se descobria algo. Ela estava estranha. Nervosa.
Eu já estava perdendo a paciência. Eu precisava saber o que estava
acontecendo.
Já não sabia se seria uma boa hora para fazer o que queria. Pedi-la em
casamento.
Nós precisávamos conversar primeiro. Então me lembrei que Bella havia
dito que iríamos conversar.
Percebi que ela estava bebendo vinho mais que o normal. Ela quase não
bebia.
Pelos olhares que ela lançava a ele, ela também gostava dele.
- Olha Emmett não querendo te animar, mas já o fazendo acho que ela gosta
de você sim. Ela não para de te olhar.
- Serio?
Ele perguntou esperançoso e eu e Jasper rimos dele.
Eu perguntei procurando com os olhos por meu filho e não o encontrando.
- Filho eu queria te avisar que convidei sua avó para o almoço. Eu sei que ela
é difícil, mas é minha mãe. Não queria deixá-la sozinha no dia de ação de
graças.
- Tudo bem mãe. Espero que tudo de certo. Já avisou meu pai?
- Ainda não, mas vou falar com ele pedir que tenha paciência.
Só esperava que este almoço terminasse com todos são e salvos.
Pov. Bella
Era para ser um almoço divertido. Ficar em família, mas eu não estava
conseguido me desligar de tudo que estava acontecendo nestes últimos dias.
A possibilidade de fazer justiça pela morte de meu pai pulsava em meu
estômago e somado a isso a conversa que eu teria com Edward.
Por isso já estava tomando a terceira taça vinho antes de ser servido o
almoço.
Percebi que Edward estava me observado do outro lado da sala enquanto
conversava com Jasper e Emmett. Ele não era burro. Sabia que algo estava
errado.
Eu fui grossa com as minhas amigas. Eu sei. Mas não estava em condições
de me desculpar agora.
- Bella eu queria te contar que acho que estou preparada...para dar aquele
passo. Você sabe.
Ela estava me dizendo que iria transar com o namorado pela primeira vez.
Eu realmente fiquei feliz por ela, mas o momento que me encontrava não me
permitia ser muito efusiva.
Voltamos para a sala, e notei certo burburinho e um clima estranho. Ouvi a
voz de Carlisle falando com Esme.
- Ela é minha mãe Carlisle, não podia deixá-la passar o dia de ação de graças
sozinha logo após a morte do meu pai.
Gabe foi para o lado dela. E ela conversava algo com ele. Não queria ele
perto dela, mas não podia fazer nada.
- Tudo bem?
Ele me perguntou se referindo a presença de sua avó.
- Ela nunca vem. Minha mãe a convidou por causa da morte do meu avô.
O clima estava muito carregado. Do outro lado da sala pude ver Carlisle
com o semblante serio e tenso. Ele me olhou e eu entendi seu sentimento.
Raiva. Ódio. Desprezo por aquela mulher que nos impunha sua presença.
Afastei-me e fui até a biblioteca da casa. Eu não estava conseguindo ficar
no mesmo ambiente que aquela mulher.
Fiquei uns minutos imersa em meus pensamentos até ouvir alguém entrado
no local onde eu estava.
- Achei que fosse uma mulher inteligente Isabella Swan. Mas pelo visto me
enganei.
- Eu disse para se afastar de Edward, mas continua com ele. Agora irá pagar
caro.
- Não ficará com Edward. Ele verá que tipo de mulher você é e vai deixá-la.
Eu estava tentando ser calma e controlada, mas minha paciência estava por
um fio.
- Ele me ama. Está influenciado por más companhias, mas logo ele abrirá os
olhos. A única pessoa que o ama verdadeiramente é eu. Eu sempre fiquei ao
lado dele. Sei o que é melhor para ele.
- Você é prepotente demais. Meu Deus! Acha que as pessoas têm que fazer o
que você quer. Edward tem suas próprias escolhas para fazer.
- Como escolher você por exemplo. Ah! Poupe-me garota. Edward já gostou
de outra antes e eu avisei a ele que ela não era apropriada. E o que aconteceu?
Ele acabou se magoando quando ela o traiu.
- Elizabeth tente ser atriz quando estivermos com os outros. Comigo pode ser
o que você é realmente. Eu sei muito bem que Ângela não traiu Edward. Você
pagou um colega dela para que a dopasse e fizesse parecer uma traição. Agora
você é que me poupe do seu showzinho. Eu sei bem quem você é. É
mentirosa. Manipuladora e assassina.
- Sabe seu pai foi bem difícil... era tão mais fácil ele ter vendido as terras a
mim, mas não quis brincar de fazendeiro e me afrontar.
- Você matou meu pai por ganância. Tirou a minha família de mim. Não se
arrepende do que fez?
Meus olhos arderam, mas eu não iria chorar na frente dessa víbora.
- Menos drama garota. A culpa foi do seu pai. Se ele tivesse me vendido as
terras estaria ainda hoje vivo.
- Está blefando.
- Não. Hoje mesmo fomos à delegacia para que ele desse seu depoimento.
Dentro de poucos dias irá receber uma ordem de prisão Sra. Mansen.
Eu ainda não tinha certeza se isso ia realmente acontecer, mas era uma
grande possibilidade e a oportunidade de aterrorizá-la com isso era por demais
tentadora.
- Tem certeza? Será que Edward ficaria bravo comigo por colocar atrás das
grades a mulher que diz ser sua avó, mas que na verdade é sua mãe biológica?
Nunca tive uma sensação tão boa em minha vida. Ao ver o rosto de branco
de espanto de Elizabeth Mansen.
Capítulo 26"A vingança é uma pedra que se volta contra quem a atira"
Pov. Edward
Não!
Não!
Com certeza era um pesadelo e logo eu iria acordar, mas o choro de minha
mãe me tirou do transe.
– Esme...Edward... eu...
Eu olhei para Bella e logo vi que tudo o que ouvi era a mais pura e cruel
verdade.
Bella disse.
Meu pai disse tentando se aproximar dela que o afastou com safanão.
– CHEGA!
Eu gritei.
– Calma amor!
Eu estava fazendo força para não chorar, mas estava muito difícil.
E porque ela havia dito que Elizabeth tinha assassinado seu pai?
Alertados pelos gritos já não éramos só nós cinco na biblioteca. Meus irmãos
apareceram.
Jasper perguntou ao lado dele estava Alice, Rose, Emmett, Nessie e Jacob.
– O quê?!
Emmett disse.
– Puta merda!
Rose sussurrou.
Bella disse.
– Sim Carlisle, sou eu. - Bella disse - Depois conversamos sobre isso. Você
precisa agora falar com seus pais. Mas tem que saber que foi Elizabeth que
mandou colocar fogo em minha casa. Foi assim que meu pai morreu.
– Isso é mentira!
Elizabeth disse.
– Não é não - Jacob disse- Meu pai era capataz da fazenda na época e
confirmou tudo hoje na policia.
Eu estava ainda mais aturdido.
– Bella vá com Alice e Rose para o bordel mais tarde nos encontramos no
meu apartamento para conversarmos e ai você me conta tudo.
– Emmett, por favor, leve o Gabe para casa dos pais de Tânia.
Ele concordou.
**
– Está mais calma. O calmante logo fará efeito. E você como está?
Jasper me perguntou.
– Ele está lá no escritório com uma garrafa de uísque, como se com isso fosse
apagar toda a merda que ele fez. Emmett está lá com ele.
Jasper se referia à sórdida chantagem que Carlisle diz ter sofrido por Elizabeth
para poder ficar com Esme.
– Eu não sei. Estou confuso com toda essa historia. Eu estou com raiva, ódio.
– Eu sei Edward. Deve ser difícil. Pra onde será que ela foi?
Elizabeth não tinha ficado até o final de nossa conversa. Ela recebeu uma
ligação e após isso desapareceu.
– Acho que ainda não. O remédio leva um tempo até fazer efeito.
– Mãe...
–Não! Não! Podemos ter sangue de irmãos, mas você é e sempre será minha
mãe. Minha amada mãe.
Ela me puxou para um abraço e chorou muito. Eu também sucumbi às
lágrimas que há tanto queria derramar.
Continuamos abraçados.
– Edward?
– Sim, mãe.
– Quero que peça a... seu pai... a Carlisle... que saia desta casa.
– Não se preocupe com isso, mãe. Descanse. Quando acordar ele não estará
mais aqui eu te garanto.
– Eu vou embora deixa-los a sós, mas antes de ir eu queria dizer o que sei
sobre aquilo que Bella disse. Sobre a morte do pai dela.
Eu disse.
– Bella é filha de Charlie Swan o homem que tinha fazenda entre as fazendas
Mansen. Pelo que sei sua a... a Sra. Mansen queria compra-las para
transformar em uma única. Mas o pai de Bella não aceitou então ela mandou
que colocassem fogo na casa da família de Bella. Por sorte ela e a mãe
escaparam o mesmo não aconteceu com Charlie Swan. É difícil dizer, mas
meu pai também participou deste crime. Eu só fiquei sabendo disso ontem.
Ele me pediu para levar Bella até ele e contou tudo a ela. Hoje fomos à
delegacia contar toda a verdade. Bella foi generosa em perdoar meu pai pelo
que fez.
Eu estava estupefato com o caráter da mulher que por anos considerei minha
melhor amiga. Minha avó. Cada vez descobria mais quem ela era.
– Não dá para acreditar que a vovó foi capaz disso. Isso é monstruoso.
Emmett comentou.
– Por isso que Bella passou mal naquele dia do velório do vovô. - Jasper disse
- Vocês foram até o local onde tudo aconteceu.
Sim nós havíamos ido lá.Eu comentei a historia do lugar com Bella logo após
isso ela desmaiou.
Nessie entrou na sala após ter ido ver como nosso pai... Carlisle estava.
Ela comentou.
– Edward?
Nessie disse.
Eu a olhei.
– Não importa o que você seja. Nosso irmão, tio, o que for. Sempre seremos
seus irmãos. Sempre estaremos do seu lado. Amo você mano.
– Nessie.Vá até o quarto da mamãe e faça uma mala com coisas de primeira
necessidade para Carlisle.
– Mamãe pediu que ele saísse de casa. Ela não o quer aqui. Então ele vai sair.
Eu respondi duro.
– Edward, calma! A nossa mãe está magoada não deve estar pensando direito.
Acho melhor esperarmos um pouco.
Todos nós nos viramos e vimos nosso...pai? Ele estava com os olhos
vermelhos e com cara de que havia bebido muito.
– Pai...
– Faça o que sua mãe quer querida, eu não quero ser um peso a ela neste
momento.
Nessie subiu as escadas e provavelmente foi fazer o que lhe foi pedido.
Emmett perguntou.
– Não sei ainda. Num flat. Mas agora eu vou para o hospital. Meu escritório é
quase um hotel.
– Uma hora vamos precisar conversar Edward. Eu sei que o magoei muito,
mas não foi minha intenção. Amo você meu filho.
– Amo todos vocês meus filhos.E amo muito a mãe de vocês. Por este amor é
que por anos convivi com essa mentira. Odeio-me por ter mentido todos estes
anos para vocês, para Esme, para você Edward. Não posso voltar no passado e
modificar o que fiz. Sou humano também. Erro, acerto. Como vocês. Não me
condenem por ama-los. Se errei? Foi por amor.
Eu fiquei um pouco mais ali. Até ter certeza que minha mãe estava bem.
Jasper me garantiu que ela dormiria até o outro dia. E que qualquer coisa me
ligaria.
Então parti para meu apartamento. No caminho mandei uma mensagem para
Bella que me encontrasse lá que eu já estava indo.
Também liguei para a família de Tânia pedindo se podiam ficar com Gabe até
o outro dia. Não estava em condições de cuidar do meu filho e também não
queria que ele sentisse o clima que estávamos vivendo.
Elizabeth disse.
Pov. Elizabeth
Eu sempre o amei. Desde aprimeira vez que o vi. Loiro, lindo e jovem. Mas
ele gostou da fraca da minha filha.
Eu tive que jogar baixo. Chantageei para poder ficar pelo menos uma única
vez com ele.
Apesar de querer ficar muito com ele eu não poderia abandonar a vida boa que
Antony me proporcionava. Não éramos íntimos há muitos anos, mas eu tinha
dinheiro.Muito dinheiro.E isso fazia com que eu agüentasse viver com ele. Eu
e Carlisle poderíamos ser amantes. Mas ele não quis.
No momento que Esme e Edward ouviram a conversa que eu tive com aquela
vadia Swan todas as cartas estavam na mesa.
– Está blefando.
– Não. Hoje mesmo fomos à delegacia para que ele desse seu depoimento.
Dentro de poucos dias irá receber uma ordem de prisão Sra. Mansen.
Recebi uma mensagem de texto de James que me fez sair daquela confusão o
quanto antes.
Eu teria que fugir não havia outro jeito, não iria presa.
Pov. Edward
Eu ri debochado.
– Meu filho...
Eu gritei.
– Não seja tolo. Você é meu. Meu filho. Meu amado filho. Querido
poderemos ser muito felizes. Eu, você e seu pai. Juntos como uma família
feliz.
– Tudo bem. Eu vou embora, mas antes eu quero que de uma olhada nisso.
Ela apontou para uma pasta em cima da mesa.
– O que é isto?
– Isso não vem ao caso, mas sim o que há nela. Edward esta mulher mentiu o
tempo todo para você, meu amor. Ela o usou em uma vingança.
– Do que você esta falando? Não vem inventar mentiras sobre Bella. Eu não
acredito em você. Você é um monstro. Mandou colocar fogo na casa de
Bella.Meu Deus!Matou o pai dela.
– Isto é mentira.
– Edward essas pessoas querem me prejudicar, meu filho. Olhe o que está
aqui nesta pasta, Edward. Essa Isabela Swan não ama você. Você é só uma
peça que ela usou em sua vingança contra mim. Se não acredita em mim olhe
você mesmo.
Eu saindo do trabalho.
Srta. Swan
Esme Cullen é a única filha de Antony e Elizabeth. Ela se casou com o Dr.
Carlisle Cullen. Os rumores é que Elizabeth era contra o casamento da filha,
por isso a relação do casal Cullen com Elizabeth seja estremecida.
Emmett Cullen é um boa praça, seu sonho era ser jogador de futebol, mas se
machucou na faculdade e não pode jogar. Hoje é professor de educação física
nas escolas da região. Também ajuda na fazenda da família algumas vezes.
Emmett é solteiro.
Edward Cullen é formado veterinário por conta de seu amor pelos animais da
fazenda onde cresceu. Mas também se formou administrador de empresas e
ajuda a administrar os negócios da avó e tem uma ligação muito forte com
ela. Edward tem um filho com a ex-noiva Tânia Denalli. Gabriel tem sete
anos e vive com o pai. No momento apesar de muito assediado pela
população feminina da Cidade Edward está solteiro. Os rumores de Edward
permanecer solteiro são de uma suposta decepção amorosa por uma moça
chamada Ângela Sanders.
Com relação à compra do imóvel que me solicitou consegui uma bela casa
que fica mais na parte rural da cidade é quase como uma pequena fazenda e
há cavalos como a Srta. solicitou. O proprietário quer vender com a porteira
fechada e acho que é perfeita para o que a Srta. deseja. Estou lhe enviando as
fotos da propriedade.
John Jenks
Sr. Jenks
Gostei muito de suas informações, mas gostaria mais informações sobre esta
ligação de Elizabeth com seu neto Edward. E por favor, se for possível envie
fotos de todos.
Não esqueça que meu nome deve ser mantido em segredo por enquanto.
Atenciosamente
Isabella Swan
Eu não acreditava no que meus olhos e minha mente queriam me mostrar, mas
o próximo papel escrito pela letra de Bella fez meu coração quebrar de uma
forma que eu nunca imaginei ser possível.
Plano de vingança:
Bella.
Minha Bella.
Usou-me para seu plano de vingança.
Meu anjo.
Um anjo vingador.
Pov. Edward
Enganado.
Magoado.
– Meu filho não fique assim. Essa mulher não merece. É uma vadia,
ordinária...
Eu gritei a assustando quando me dei conta das coisas que ela estava falando.
– Edward...
Ela arfou.
– Não. Você não é. Minha mãe é e sempre será Esme. A única que amo como
minha mãe. Quanto a você? Espero nunca mais vê-la na minha vida. Esqueça
que eu existo por que eu vou esquecer que um dia você existiu. Agora suma
da minha vista. AGORA!
– Duvida? Espero que seja presa pelos seus crimes e apodreça na cadeia.
Não ouvi mais suas lamurias só percebi que estava sozinho após alguns
segundos. Mas não estaria por muito tempo. Logo Bella estaria aqui.
Minha Bella.
Por quê?
Porque no momento em que vi aquela pasta e me dei conta do que ela fez esse
amor não acabou?
Eu ainda a amava.
Pov. Bella
Rose disse.
Mas eu não estava nem ai. Estava nervosa e preocupada com Edward.
A forma como ele havia descoberto sobre seu passado foi horrível. A dor em
seus olhos atormentava meu coração. Queria estar do lado dele agora e o
abraçar o proteger dizer que ninguém ia machucá-lo.
E ainda teríamos que conversar e eu teria que contar toda a verdade a ele.
Rose disse.
Alice comentou.
Alice perguntou.
Rose disse.
– Coitada da Esme. Ela é tão legal. E ela e Carlisle são tão apaixonados. Mas
não sei se um relacionamento resiste a essa situação.
Eu suspirei.
– Eu não queria depois de tudo o que ele já passou hoje, mas não tem mais
como adiar esta conversa.
Bella.
Beijos
Edward.
Não precisou muitas palavras para que eu voasse para o apartamento do meu
amor. Ele precisava de mim. E eu dele.
Uma pasta. Mas não era qualquer pasta. Era a pasta em que eu guardei todas
as informações que o detetive me passou sobre a família Cullen. Sobre
Edward.
Como esta pasta estava com ele?
Não importava.
Minha voz foi sumindo quando seus olhos verdes encontraram os meus.
– O que você vai me explicar, Bella? Vai dizer que isso tudo que está nesta
pasta não é a verdade?
Ele riu.
– Não vai mentir agora não é? Por que durante todo o tempo em que
estivemos juntos foi só isso o que você fez.
Doeu ouvir o que ele disse. Ele estava errado. Eu menti sim, mas não quando
disse que o amava.
– Não. Não é obvio Edward. Eu errei sim, mas você não pode duvidar do meu
amor por você.
Ele não disse nada então me senti segura a prosseguir.
– Eu vim para esta cidade sim para me vingar. O usei a principio como meio
para chegar a Elizabeth. Mas... eu me apaixonei por você.
– Como você sabe. – eu continuei – Foi um grande trauma a perda do meu pai
daquela maneira. Minha mãe nunca se recuperou e... me fez prometer que iria
a busca de justiça ou vingança como você preferir. Eu nunca quis prejudicar
ninguém Edward, minha vida não foi fácil como a sua... e
– Fácil?! Acha que a minha vida foi fácil? Eu descubro que minha vida é toda
uma farsa. Minha avó é na verdade minha mãe. Meu pai adotivo é meu pai
biológico, minha mãe é minha irmã. Meus irmãos são meus sobrinhos e pra
finalizar a mulher que eu amava me usou em sua vingança. Usando a mim,
minha família e meu filho.
Eu arfei surpresa.
– Espere ai! Edward não pode estar pensando que eu usei o Gabe?
Eu me alterei.
– As fotos provam o e-mail, tudo prova que você somente nos usou.
Conseguiu sua tão sonhada vingança contra Elizabeth. E até uma vingança
extra contra minha família. Rendeu mais que o esperado não foi Bella?
O buraco que ameaçava partir meu coração abriu com suas poucas palavras.
– Edward eu ia te contar...
– Ia? Por que não falou Bella? Teve tantas oportunidades pra isso.
Eu disse já me desesperando.
– Não importa mais. Nossa relação não seria mais possível de qualquer forma.
– ele respirou fundo. - Eu sinto muito pelo que minha av... Elizabeth fez a sua
família. – Edward voltou a falar – Foi monstruoso. Você poderia ter tido uma
vida totalmente diferente se ela não tivesse feito o que fez. Eu não a culpo por
buscar justiça. No seu lugar eu faria o mesmo. Mas... com relação a nós... não
temos mais o que conversar.
Ele virou-se de costas para mim indo até a ampla janela de seu apartamento.
– Não... temos mais como ficarmos juntos. Pode ficar a vontade para... pegar
as suas coisas.
– Não Bella. Não fale nada. Não vamos tornar isto mais difícil.
Minha vontade era atravessar o espaço que nos separava e abraçá-lo. Implorar
seu perdão. Mas algo me prendia ao chão.
Silencio.
Então reuni um pouco de orgulho que me restava e fui até o nosso quarto.
Nosso? Não mais.
E me culpava por não ter contado a ele tudo antes que isso houvesse ocorrido.
Edward me odiava.
Eu devia saber que não poderia sair inteira de uma historia como essa.
Acabei de arrumar as minhas coisas e fui saindo do quarto, mas me virei para
olhar o lugar onde antes eu e Edward nos amamos por tantas vezes.
– Isso é uma coisa que eu não posso te prometer, Bella. Mas enquanto eu
viver prometo te fazer muito feliz.
– E a chave aqui do apartamento. Quero que você entre aqui quando quiser.
Que se sinta em casa. E acho que seria bom...se... trouxesse algumas roupas.
– Eu já vou...
Eu me dirigi até a mesa e coloquei a chave do seu apartamento que ela havia
me dado há algum tempo atrás.
– Eu queria dizer que... nunca quis magoá-lo. Nem você e nem qualquer
pessoa de sua família. Principalmente o Gabe. Eu sei que errei e que me odeia.
Mas eu... eu amo você Edward. Mesmo que não acredite. Vou te amar pra
sempre. Adeus.
Andei até a porta olhando uma ultima vês para o homem que eu amava.
Pov. Edward
Há quanto tempo eu estava sentado escorado na porta em que Bella havia
saído. Ido embora de minha vida. Pra sempre.
Logo que ela fechou a porta como o imã que sempre me puxava em
direção a ela eu corri até a porta, mas parei a tempo.
Não.
Ela me usou, mas principalmente usou Gabriel em sua vingança e isso eu
não perdoaria.
Apertei meu casaco sobre o corpo e senti algo duro em meu bolso.
Tirei do meu bolso a caixinha preta onde estava o anel que comprei para
ela.
Eu tinha um filho para amar e cuidar até quando fosse possível.
- Bella?
Rose me chamou e não dei atenção indo para meu quarto.
Rose disse entrando no meu quarto e olhando a mala que estava sobre
minha cama.
Eu não queria falar o que aconteceu. Queria esquecer. Somente esquecer.
Continuei procurando o vestido. Mas era melhor falar logo se não ela não
me daria paz.
- Acabou.
- O que acabou?
Ela veio até mim me pegando pelos braços me fazendo olhar para ela. Eu
não queria ver seu olhar. Não queria chorar.
- Eu e Edward. Acabou.
- Como?
Então me lembrei e fui até minha cômoda. Abri a gaveta e é claro que não
estava lá.
- A pasta que eu tinha todas as informações não está aqui. Está com Edward.
- Ah, é claro. Aquela vadia ruiva. A tal Victoria deve ter sido plantada por
alguém para roubar.
Ficamos em silencio pensando. Olhei novamente para o lugar onde a pasta
ficava e ao lado estava a caixinha com os brincos que Edward me dera.
Abri e vi que só havia um brinco o outro havia sumido. Que estranho. Era
obvio que a tal Victoria roubou, mas por que só um? Não fazia sentido.
Fiquei triste, apesar de ter brigado com Edward por ele ter me dado, era
uma lembrança que eu tinha dele.
- Bella, você não está agindo normal para uma pessoa que acabou de romper
com o homem que ama.
- O que você quer Rose? Que eu me descabele? Morra de chorar? Não vai
adiantar e isso não vai acontecer. Então chega dessa conversa e vamos ao
trabalho.
- Qual é o seu problema Rose? Por que eu não estaria bem? Para de me
perguntar isso.
Fui para meu quarto mais tarde naquela noite e me deitei me recusando a
pensar. Adormeci logo em seguida.
Acordei pela manhã e o primeiro pensamento foi ele. Afastei rapidamente
este pensamento. Eu iria prosseguir com esta resolução. Não pensar.
Desci para tomar café e logo encontrei San e pedi a ele que avisasse Jacob
que ia dar uma volta a cavalo. Para que ele preparasse-o para mim.
Cheguei à mesa de café. E vi que Rose e Ângela estavam bem próximas.
Juntas. Como se estivessem escondendo algo atrás delas.
Eu disse.
- Algum problema?
- Até parece.
Eu disse.
- Saiam da frente.
- Nós pensamos que talvez ele tivesse se arrependido e te mandado. Mas não
tem nenhum cartão então deve ser por que estava programado por algum
tempo. Elas vêm todos os dias.
Cavalguei por alguns minutos até que cheguei à campina em que eu e
Edward nos beijamos pela primeira vez.
Ela ainda estava linda. Com flores e lindas plantas. Mas não era a mesma
coisa sem ele.
- Fique.
Ele disse com suas esmeraldas presas em meus olhos. Eu sorri.
- Tudo bem.
Ele colocou sua mão em meu rosto. E eu fechei os olhos. Sentindo sua mão
me acariciar.
Ele disse e quando abri meus olhos e ele estava muito próximo. Seu rosto
quase me tocando. Seus lábios próximos aos meus. Ele olhava de meus olhos
para minha boca.
- Eu quero beijá-la, Bella. Mas só farei isso com seu consentimento.
Ele sussurrou próximo a minha boca. Minha respiração quase falhando.
Era agora. Após isso não teria volta.
- Beije-me Edward.
Parei a sua frente. Ela podia ver os vestígios de lágrimas em meu rosto.
Eu solucei.
Ela me levou para meu quarto onde passamos o resto da manhã
conversando.
Ela me perguntou depois de ter certeza que eu estava mais calma.
- Tenho sim.
- Bella?
- Oi John. Novidades?
Isso era o que eu sempre quis. Mas não consegui me sentir eufórica como
deveria ficar.
- Obrigado pelas informações John. Ligue-me assim que ela for presa. Ok?
Desligamos.
Eu assenti.
- Por que você não está dando pulo de alegria? Você conseguiu Bella. Ela vai
pagar por tudo o que fez a sua família.
Eu suspirei.
Pov. Edward
No outro dia pela manhã eu fui até a casa dos meus pais. Da minha mãe.
Precisava vê-la.
- Ela dormiu bastante. Acordou bem. Tomou café e agora está no jardim. Está
triste, mas calma.
Eu tinha que contar a eles. Mas falar sobre o assunto tornava tudo tão real.
- Bom dia.
Alice disse ao chegar e então a raiva que eu estava contendo desde o
momento que descobri sobre a vingança de Bella explodiu.
- Você sabia.
- Desculpe?
- Mas é claro que você sabia. - eu falei sarcástico- O Jasper fazia parte dos
planos também? Dormir com ele para ajudar sua amiga.
- Calma aí Edward. - Jasper disse - Não admito que fale assim com Alice.
- Tudo bem. Alice desculpe por falar assim com você, ok. Não quero mais
saber desta historia. Eu e Bella terminamos e ponto final.
- Não.
Eu disse simplesmente por que não me permitia pensar nesta possibilidade.
O telefone de Nessie tocou e ela atendeu ficando seria enquanto escutava o
que alguém lhe falava.
- Era Jacob. Ele me disse que a prisão da vovó foi expedida. A policia está
neste momento indo à fazenda para prendê-la.
- Nossa!
- Nada mais justo meu filho. Sua avó cometeu um crime horrível e tem que
pagar pelo que fez.
Sai da casa de minha mãe e fui para o trabalho, mais tarde teria que buscar
Gabe na casa dos pais de Tânia. Agora seria a parte mais difícil. Falar a ele
que eu e Bella não estávamos mais juntos.
À tarde, o trabalho foi intenso o que fez que eu não pudesse pensar. Pensar
nela.
- Sr. Cullen? O delegado Demetri está aqui e deseja falar com o senhor.
- Boa tarde Sr. Cullen. Deve estar a par que estamos com uma ordem de
prisão contra sua avó. Gostaríamos de saber se não sabe do paradeiro dela?
Eu assenti.
- Claro. Realmente não sei como ajudá-lo delegado. Eu e Eliza... minha avó
estamos meio afastados.
- Claro.
Ele foi tomar banho enquanto eu fui fazer nosso jantar.
- Não tem graça jogar com você papai. Você sempre perde. Com a Bella é
mais divertido.
Como é que se falava sobre este assunto com um menino de sete anos.
Ele olhou para mim, sua cabeçinha infantil tentando entender o que aquilo
significava.
Seria fácil se eu não sentisse mais nada por ela. Mas não era.
Eu passei a mão sobre meus cabelos. Não era uma coisa que eu queria
fazer. Ligar pra ela.
Fiquei com mais raiva dela por estar não somente dentro do meu coração
como no do meu filho também.
Eu peguei meu celular e procurei seu número. Uma linda foto dela
apareceu e fez meu coração doer.
Ouvir a vos dela era algo que ainda não era saudável.
- Eu ganhei mais uma estrelinha com aquele desenho que você me ajudou.
Era lindo vê-lo feliz assim por estar falando com ela.
- Papai me falou que você não é mais namorada dele. Mas eu ainda sou seu
amigo né, Bella?
E eu fiquei louco de vontade de perguntar o que ela havia dito a ele, mas
controlei minha curiosidade.
Droga!
Pov. Bella
Rose disse entrando no meu quarto e vendo os vestígios das lágrimas que
há pouco eu havia derramado.
Não que eu tenha ficado decepcionada. Falar com Gabe, apesar de me
deixar emotiva, foi muito bom. Ouvir sua voz infantil e inocente.
Mas Edward não queria falar comigo tanto que Gabriel ligou diretamente.
- Oi John.
Desgraçada.
- Bom. A polícia já esta tratando de passar todos os dados dela para Interpol.
Para fora do país ela não vai conseguir fugir.
- Bom isso não adianta muito não é? Ela tem é que pagar pelos crimes que
cometeu.
- Eu sei Bella. Mas confie. A polícia vai fazer seu papel e a acharão.
Fazia uma semana que eu e Edward havíamos terminado. Meu coração
sofria com sua ausência.
As tulipas não mais apareceram. Era o sinal de que Edward realmente não
me queria mais.
Alice disse enquanto alisava meus cabelos. Ela se referia à tristeza de
Esme. A separação dela e de Carlisle ainda durava.
- Ontem ela foi colocar a mesa do jantar e colocou um prato a mais – Alice
continuou – ai ela sorriu e disse “tantos anos colocando o prato dele”. Foi tão
triste.
- Jasper acha que sim. Mas não sei não. Ele quer esperar para nos mudarmos
até que as coisas se acertem entre seus pais. A reforma do nosso apartamento
está quase pronta.
- Você viu Edward estes dias?
- Ele me parece mais calado. Mas me parece bem. O Gabe assim que me vê
pergunta por você.
Eu me sentei.
- O que?!
- Eu não consigo mais ficar aqui. Ficar sem Edward. Está me sufocando.
Preciso de um tempo.
- E quanto ao bordel.
- Por enquanto vou deixar em suas mãos, Rose. Até eu decidir o que fazer.
No outro dia eu já estava com a mala pronta em cima da minha cama
enquanto passava as ultimas instruções a Rose.
- A principio sim Rose, mas não vou ficar lá por muito. Vou acertar algumas
coisas com a Claire e depois vou viajar. Espairecer.
- Rose eu quero te dizer uma coisa séria. Emmett ama você. Olhe meu
exemplo e faça a coisa certa. Se dê uma chance para ser feliz.
Eu a abracei.
- Tenho certeza. Vocês serão felizes. Daqui a pouco você vai estar me ligando
contado que está cheia de ursinhos.
- Vai sonhando. Se ele me quer mesmo a primeira coisa vai ser parar com esta
historia de me chamar de ursinha.
Eu ri.
Eu disse o olhando. Ele estava com olheiras e com as roupas amassadas.
Bem diferente do Dr.Cullen que eu acostumei a ver.
- É provisório.
- Deve me odiar.
Eu me sentia culpada pelo que aconteceu. Por Esme ter descoberto
daquela forma.
- Eu não consigo odiar ninguém a não ser eu mesmo, Bella. Eu devia ter
contado tudo a Esme e Edward. Bom, agora não adianta chorar pelo leite
derramado.
- É eu sei. Você deve saber que eu e Edward não estamos mais juntos.
Eu já imaginava.
- Eu amo seu filho de verdade. Eu errei em não contar pra ele, mas como
você, tive medo de perdê-lo.
- Não estou julgando você Bella. - ele se recostou em sua cadeira me olhando
de forma paternal.- Lembra-se que eu estive na fazenda do seu pai aquela
noite? Eu examinei você e sua mãe. Você estava tão assustada. Era só uma
criança.
- Eu lembro sim, Carlisle. Achei que fosse me reconhecer quando nos viemos
no jantar em que Jasper começou a namorar Alice.
Ficamos em silencio.
- Eu vou embora Carlisle. Não há nada mais para mim aqui. Elizabeth fugiu.
Edward me odeia.
- Ele já me odeia mesmo. Se eu contar o que sei não vai alterar o que ele sente
por mim. Com a fuga de Elizabeth e a minha partida ninguém iria saber. Não
posso partir sem saber que Edward vai ficar bem. Que vocês cuidarão dele.
Edward está doente Carlisle. Muito doente.
- Não posso acreditar. Meu filho. Por que ele não nos falou?
Eu bufei.
- Por que a querida “avó” dele fez a cabeça dele para que não contasse a
vocês. Que vocês não precisavam se preocupar bla,bla. Depois que ele
descobriu o verdadeiro caráter dela ele ia contar a vocês só que ai aconteceu
tudo isso e...
- Mulher desprezível! Nem com o próprio filho ela se importa. Eu juro Bella
se ela aparecesse aqui agora eu seria capaz de matá-la.
Então passei os próximos 30 minutos relatando a ele tudo o que eu sabia
sobre a doença de Edward. A cirurgia. Tudo.
Pov. Edward
Minha mãe falava sobre coisas do cotidiano. Estávamos reunidos para o
café da manhã.
Meus irmãos haviam me dito que ela fazia isso constantemente.
Gabriel perguntou enquanto comia o bolo de milho que era o seu favorito.
- Nossa! Mas é tão cedo pro vovô estar no trabalho. Deve ter muita gente
doente pra ele cuidar.
Flashback On
Eu estava atolado de trabalho. Era bom ter muito trabalho assim eu não
tinha tempo de pensar.
Eu suspirei.
Não havia falado com ele desde o dia em que e descobri toda a verdade.
- Oi.
- Oi filho.
- O que quer?
Não era justo que eu não desse essa chance a ele.
- Ok.
Flashback Off
Eu fui com minha mãe até seu quarto. Já que iria conversar com Carlisle
hoje. Eu queria saber como ela realmente estava.
- Bem filho.
- Pare de dizer que está bem. Sou eu. Edward. Eu quero a verdade.
Ela suspirou.
- Ah, filho eu... eu sinto falta dele. É obvio. Vivemos juntos por muitos anos.
- Ainda o ama.
- Sim.
- E vai perdoá-lo?
- Eu estou magoada Edward, mas isso não vai durar para sempre. O amor que
sinto pelo seu pai é maior. E sei que ele me ama também. Eu só preciso de um
tempo.
- Eu soube do seu rompimento com Bella. – ela disse por fim - Acha que fez o
certo?
- Tudo bem meu filho, mas quero que me ouça. Eu soube o que o fez terminar
com sua namorada. Entendo sua magoa. Mas se ainda ama essa moça não a
expulse de sua vida. De um tempo. Mas não a arranque de vez de sua vida.
Pode ser tarde quando resolver voltar atrás.
- Ela me usou...
- Como não Edward? Só se você for cego o que eu sei que você não é. Está
escrito nos olhos dela. A Bella ama você.
Toda a força que fiz para não pensar nela foi em vão.
Com esta ação eu poderia talvez ajudar na reconciliação de meus pais.
Antes de passar pela entrada uma morena com cabelos marrons que eu
conhecia muito bem saia do hospital.
Bella.
- Oi.
- Oi.
Então me lembrei que ela estava saindo do hospital. Estaria doente?
Preocupei-me.
- Está doente?
Eu disse de repente.
Ela mordeu os lábios um gesto tão seu quando não sabia o que dizer.
- Bella?
Eu disse a primeira coisa que veio a minha cabeça. Apesar de que era
verdade.
- Eu sei Edward.
- Eu também não quero seu mal, Edward. Na verdade eu quero que seja muito
feliz.
Meu corpo sentindo o que sempre sentia quando nos tocávamos.
Seus lábios tão macios em contato com minha pele. Me fez quase perder o
raciocínio.
- Adeus.
Pov. Bella
Eu caminhei até o carro em que San me esperava e de lá ainda podia ver
Edward.
Quando amávamos uma pessoa queremos que ela seja feliz mesmo que não
seja com você.
Olhei mais uma vês para o homem que mandava em meu coração.
E parti.
Entrei na sala onde ficava o consultório do meu pai ainda meio atordoado pelo
encontro com Bella.
Foi estranho.
Mas não foi ruim como imaginei que seria quando eu a encontrasse.
Quando entrei quase fui sufocado com um abraço apertado do meu pai.
Não esperava esta reação dele então retribui seu abraço, mas durante o abraço
percebi que ele estava chorando.
Fiquei preocupado.
– Edward...
– Pai como...
– Esme?
Eu tentei impedi-lo, mas ele fez sinal para que eu ficasse onde estava.
– Temos um assunto serio para tratar. Não. Não é sobre nós é sobre um dos
nossos filhos. Peça a todos que se reúnam hoje ai em casa... na sua casa. É um
assunto serio e precisamos de toda a família presente. Ok até mais tarde.
Eu tinha entendido que Bella que havia contado a ele, mas a ultima sentença
foi o que prendeu minha atenção.
– Como?
– É ela não queria ir embora sem que ninguém mais soubesse da sua situação.
Por quê?
– Edward.
– Oi.
– Estou falando há minutos e você não prestou a atenção. Onde está com a
cabeça? Está bem? Está sentindo algo?
– À noite pai. Você marcou com mamãe lembra? - eu disse já perto da porta
quase saindo. - Conversamos a noite. Tchau.
Uma coisa era certa eu não queria que ela fosse embora.
Pov. Bella
Ele veio até a sala onde eu me encontrava e falou com a coordenadora que
achou melhor eu conversar com Gabe na hora da aula de educação física que
era com Emmett e seria dali a 30 minutos.
Por este tempo fiquei esperando no campo de futebol da escola junto com
Emmett.
– O que? Por que Bella?Vai fechar a casa da colina? A Rose também vai?
– Fique calmo Emmett. A Rose não vai, mas se você não agir logo ela pode ir
sim. Ela não vai ficar muito tempo por aqui. Então aproveite a chance. Ela
está apaixonada por você.
Eu sorri.
– E você? Tem certeza que é o melhor ir embora? Eu sei que é por causa do
Edward.
– Não é só por ele é por mim também, mas tem razão ele é a razão principal.
Sei que devem me odiar. Mas eu amo seu irmão de verdade. Eu errei, mas...
Eu não acreditava no que ele dizia. Edward podia não me odiar. Mas também
amor estava longe.
– Oi meu lindo.
Eu disse ao abraçá-lo
– Bellaaa.
Eu ri acompanhada de Emmett.
– Ah, por que não? Eu quero que você seja a namorada do papai de novo.
Eu o abracei muito.
– Eu também queria meu lindinho. Gabe eu vou viajar por um tempo, então
nós não vamos nos ver.
– Eu volto sim. Mas se eu demorar não se esqueça que eu amo muito você.
– Eu também te amo Bella. Eu vou desenhar seu rosto que nem eu faço com a
mamãe ai eu vou lembrar de você todo dia.
– John?
– Oi, Bella.
– Eu estou voltando para New York, mas quero que me mantenha informado
sobre tudo o que acontecer no caso da morte do meu pai. Sobre a fuga de
Elizabeth. E também sobre o pai de Jacob. Não poupe esforços para ajudá-lo
John.
– Outra coisa. Não tenho mais aquela pasta onde você me mandou todas as
informações. Estou precisando de um endereço de uma pessoa que você já
havia me dado.
– Claro. De quem?
– Ângela Sanders.
Pov. Edward
Eu desci e o cumprimentei.
– Oi Jacob.
– Sim.
– Ela já foi?
Eu cheguei tarde.
Tarde demais.
Talvez fosse melhor.
Eu cheguei à casa dos meus pais e todos já estavam lá. Só faltava eu.
Emmett disse.
Então meu pai começou e contou a toda minha família o que estava
acontecendo.
– Edward por que não nos falou nada? Nós podíamos ajudar você.
Jasper disse.
Então expliquei a eles como descobri. Como Elizabeth me convenceu a não
contar a ninguém e tudo o que aconteceu depois.
– Nossa família tem que se unir em prol da saúde de Edward. Eu e sua mãe
vamos deixar nossos problemas de lado para ficar ao seu lado neste momento.
– Meu filho nenhum sacrifício seria o suficiente por você. Mas não é sacrifício
nenhum.
Ali eu percebi que eles queriam ficar juntos e só estavam arrumando uma
forma mais fácil de fazer isso. Bom neste caso, minha doença foi uma coisa
boa. Meus pais estavam juntos novamente.
– Por favor, filho nos deixe cuidar de você. Não ficarei tranqüila se estiver
sozinho naquele apartamento ainda mais com uma criança.
– Hum...
– Droga Edward! Está sendo burro. Aquela mulher ama você. Ama seu filho.
E você vai deixa-la sair da sua vida.
Ele me interrompeu.
– Eu sei. Eu sei. Ela te usou. Você não para de repetir isso. E não consegue
enxergar a verdade.
Eu suspirei.
– Vá atrás dela.
Eu poderia ir. Não poderia? Mas eu ainda estava magoado. E se ela foi
embora era porque não se importava tanto assim.
– Ok Edward. Eu não vou falar mais nada, mas depois quando se arrepender
espero que não seja tarde.
Pov. Bella
Mas meu amor por Edward era tão maior que eu queria sua felicidade. E pelo
jeito não era comigo. Então por que não com a mulher que ele amou um dia?
Edward tinha a pasta. Ele sabia verdade. Sabia que Ângela era inocente.
Ele podia voltar a amá-la e ser feliz. E essa possibilidade fez com que eu
batesse naquela porta.
Fiquei aguardando quando uma moça morena com longos cabelos petos abriu
a porta.
– Oi.
Ela era bonita. O bichinho do ciúme tentou me dominar. Mas não dei chance a
ele.
Ela ficou pensando talvez não querendo deixar uma estranha entrar em sua
casa.
– Quem?
– Edward cullen.
A vida nestes cinco meses foi passando. Como tudo passa.
Não tivemos nenhuma noticia de Elizabeth. Ela sumiu do mapa. A policia
continuava a sua procura, mas nada. Uma coisa a policia tinha certeza de que
do país ela não havia saído.
Meu pai e minha mãe voltaram ficar juntos. Em harmonia. Eles eram muito
apaixonados.
Alice e Jasper haviam se mudado para seu apartamento, mas estavam
sempre aqui. Eles estavam esperando o primeiro filho, Jason. Em quatro
meses meu afilhado chegaria, eu esperava que pudesse vê-lo antes de...
Gabriel estava eufórico com a vinda do priminho. Emmett tentou fazer
piada com o nome do filho de Alice. Recebeu um sapato na cabeça quando
perguntou o que Alice faria com o bebê numa sexta-feira 13.
A casa da colina foi fechada dois meses depois que Bella partiu. Pelo que
eu sabia a casa ainda pertencia a ela e tudo ficava sobre os cuidados de Jacob.
Rosalie não foi embora como as outras meninas do bordel ela disse que
ficaria para ajudar Alice que estava no inicio da gravidez, mas todos sabiam
que a verdade era por causa de Emmett.
Minha mãe a convidou para morar em nossa casa. Ela aceitou. Em seguida
ela e Emmett começaram a namorar.
Meu pai conseguiu um emprego para Rose, que agora era sua secretaria
pessoal. Ela era durona. Mesmo namorando Emmett e morando na mesma
casa não permitia que ele dormisse no mesmo quarto. Ela dizia que não queria
desrespeitar Esme e Carlisle que a acolherem. Emmett ficava louco. Ele
estava tendo paciência. Rosálie teve um trauma grande na infância. Era
difícil para ela superar tudo, mas como o amor de Emmett, eles conseguiriam.
Era muito legal a relação deles.
Rose também era durona com relação a mim. Ela me culpava pelo sumiço
de Bella. Pelo que fiquei sabendo ela não entrava em contato há quase quatro
meses.
Ao contrario de Rose, eu e Alice nos tornamos grandes amigos. Ela era
minha confidente. Até mais que meus irmãos. Eu não cansava de me
desculpar com ela pela forma como a tratei quando soube da vingança de
Bella.
Por ela eu soube de tudo o que aconteceu desde a chegada de Bella a
Raymond. De como a mãe dela a fez prometer por anos que se vingaria.
Com as conversas com Alice meus sentimentos foram mudando. A raiva e
magoa foram sendo substituídas por saudade e amor.
Não sei o porquê. Eu sempre arrumava desculpas para não ir atrás dela. É
verdade que eu estava trabalhando muito. A empresa que também era de
Elizabeth agora estava somente sobre minha responsabilidade. A policia
também ficava no meu pé. Sabiam que a empresa era dela, então queriam
sempre saber se ela entrara em contato. Afinal ela precisaria de dinheiro, mas
desconfio que ela deva ter muito dinheiro guardado.
Gabriel nesses meses que passaram sempre perguntava por Bella. Ele não a
esqueceu.
Eu e Gabe nos mudamos para a casa dos meus pais logo após eles ficarem
sabendo da minha doença. Isso fez com que Gabe não ficasse tão triste pela
partida de Bella, mas não fez que ele a esquecesse.
Meus pais fizeram questão de ir comigo a New York falar com meu
médico. Após mais exames se concluiu que a cirurgia ainda era a melhor
opção. Se não a única.
Quando estávamos em New York eu pensei se não encontraria com ela.
Não adiantava ir ao bordel que ela tinha New York. Alice havia me dito que
ela vendera o bordel e que não estava mais na cidade. Ninguém sabia onde
Bella estava.
Ainda me lembrava com detalhes do dia que nos vimos pela última vez.
Dois dias após a partida de Bella eu tive uma grande surpresa.
Flashback On
- Gabriel, por que está empacotando todos os seus brinquedos? Não precisa
levar todos eles filho. Lá na vovó você tem muito.
Estávamos arrumando as coisas que levaríamos para casa de meus pais.
Moraríamos lá por não sei quanto tempo, mas eu não iria me desfazer do meu
apartamento.
- Ângela?
- Oi Edward.
Ficamos nos encarando. Quanto tempo eu não a via. Muitos anos.
- Claro.
- Sente-se.
- Filho você quer levar todas aquelas... desculpe eu não sabia que estava com
visitas.
Minha mãe entrou na sala onde eu e Ângela estávamos. Ela estava me
ajudando na mudança.
- Mãe eu e Ângela temos que conversar. Você poderia levar o Gabe para dar
uma volta?
Pedi.
Minha voltou com Gabriel que já estava animado pedindo à avó que o
levasse em uma lanchonete.
Ela?
- Desculpe Ângela por tudo o que eu te disse. Fui grosseiro e você era
inocente.
Eu realmente me envergonhava por tudo o que havia dito a ela na época.
- Eu entendo Edward. Sei que estava magoado com o que achava que eu
havia feito. Fiquei magoada com você por acreditar que eu faria aquilo. Por
não acreditar que eu te amava.
Poderíamos?
Eu amava outra pessoa e não era comparado o que eu sentia por Bella
para o que eu senti um dia por Ângela.
Mesmo magoado com Bella eu tinha certeza que nunca amei uma pessoa
como ela.
Ela colocou sua mão em meu rosto. Eu sabia. Se eu não tomasse uma
atitude logo, ela me beijaria.
Eu queria que ela me beijasse?
Não.
- Por quê?
- Eu prefiro não falar neste assunto, mas para simplificar eu não tenho
certeza dos sentimentos dela.
- Como?
Flashback Off
O que Bella fez foi uma grande prova de amor. Não só a mim. Mas a
Gabriel.
Ela achava que eu ainda podia amar Ângela, mas não.
Eu gostava de Ângela, mas agora somente um carinho de amigo afinal ela
foi muito prejudicada por Elizabeth.
Eu e Ângela continuamos a nos encontrar como amigos. Eu sabia que ela
ainda gostava de mim e não queria dar esperanças a ela, mas gostava da
companhia dela.
Ela era ótima com Gabe, mas nada que substituísse Bella no coração do
meu menino.
É claro que eu não estava sozinho. Eu tinha minha família. Meu filho.
Elas não notaram, mas eu ouvia o que Alice e Rose conversavam.
Comecei a vagar o pensamento até um dos momentos que vivi com Bella.
- O que foi?
...
- Você não pode. Eu não sou saudável não posso te oferecer nada.
- Só o seu coração já me basta Edward. E acredito que tudo vai dar certo.
Você ficara curado.
– Um dia com você vale mais que todos os anos que eu passei sem ter te
conhecido. Eu amo você Edward.
...
- Porque não? Não tenho vergonha do nosso namoro. Eu te amo e quero que
todos saibam que é minha.
Era isso.
Eu queria Bella aqui. Comigo. De onde ela nunca devia ter saído.
Cassis- França.
Pov. Bella
Seria muito bom fazer umas fotos assim bem cedinho.
- Bom dia.
- Por que ele gosta de você Bella. Por que não dá uma chance a ele?
- Acho que está enganada Carmem, eu e Alec somos só amigos. Eu não posso
mais amar. Só há uma pessoa para mim Carmem.
Eu saí indo para os rochedos. Este lugar era incrível. Tão lindo.
Cheguei à praia quase vazia de turistas por conta do horário. Quando era
mais tarde eu até tirava fotos dos turistas que queriam uma lembrança desta
paisagem maravilhosa.
Ganhava algum dinheiro com isso. Não que eu estivesse precisando. Mas
era legal ganhar dinheiro com minhas fotos.
Dinheiro não era problema. Depois que vendi o bordel em New York eu
apliquei meu dinheiro. Claire ainda cuidava de tudo para mim.
A única coisa que mantive do meu tempo de dona de bordel foi à casa da
colina em Raymond.
Jacob cuidava dela para mim. Eu não mantinha contato com ele. Claire é
que cuidava de tudo.
Talvez fosse uma remota esperança de que eu ainda voltasse para lá.
John, meu advogado me mandava noticias sobre o caso da morte do meu
pai.
Mas John sempre me animava dizendo que uma hora eles iriam encontrar
ela.
O lado bom disso era que o pai de Jacob estava sendo beneficiado por ter
revelado a verdade a justiça. Talvez ele não fosse preso.
Eu pedi a John que me desse poucas noticias dele. De Edward. Só queria
saber se ele estava bem. Vivo.
Não agüentaria saber que ele estava com Ângela. Fui eu que tentei reunir
os dois, mas nem por isso era fácil para mim.
Flashback On
O nome dele fez com que rapidamente ela me deixasse entrar.
Eu me apresentei.
- Ele sabe sobre a armação que Elizabeth Mansen fez para separá-los. Na
verdade ele descobriu varias coisas a respeito dela.
Então contei resumidamente as partes mais importantes sobre tudo que
estava acontecendo na vida de Edward.
- Não Ângela. Edward nem sonha que estou aqui. Ângela acho que você e
Edward talvez... possam se acertar.
- Sim. Eu ainda amo ele. Tem como não amá-lo depois de conhecê-lo?
Meu coração estava dividido. Feliz por saber que ele poderia ser feliz. E
triste por não ser eu a proporcionar isso a ele.
- Bella. Deve pensar que eu devia ter lutado mais por ele. Mas Edward não
quis me escutar. Aquela mulher fez a cabeça dele contra mim. Eu não tive a
menor chance. Apesar de amar Edward muito e ser feliz com ele. O tempo em
que ficamos juntos foi um pesadelo. Elizabeth me ameaçava todo tempo.
Ameaçou minha família. E no fim fez o que você sabe.
- Agora ela não poderá atrapalhar Ângela. Você e... e... Edward poderão ser
felizes.
- Eu acho que deve procurá-lo e contar todo o seu lado da historia. E ai é ver
no que dá.
- Bom você sabe Edward tem um filho. Gabriel. E ele é maravilhoso. Precisa
ser amado.
- Como ele é?
Eu sorri.
- Ele é um menininho que merece somente a felicidade e como Tânia não está
presente ele precisa ser amado pela namorada de seu pai.
- Você o ama?
- Quem?
- Gabriel é claro.
- Pode deixar Bella se eu e Edward nos acertarmos isso não será problema.
- Ótimo. Outra coisa Ângela. Não conte a Edward que estive aqui falando
com você.
- Por quê?
- Tudo bem Bella. Espero que vocês se acertem. Uma amiga como você que
preza a felicidade de um amigo é uma amizade que vale a pena preservar.
Eu me emocionei com suas palavras. Ela nem sonhava que eu fazia isso
por amor.
- Espero que um dia possamos ser amigas também.
Ela disse. Se ela não fosse a mulher que iria ficar com o homem que eu
amava, acho que poderíamos ser amigas.
- Claro.
Despedi-me dela e finalmente parti. Eu havia feito tudo para acertar as
coisas erradas que eu havia feito.
Flashback Off
- E aí linda?
- Nossa que susto, Alec! Você não sabe chegar como gente normal não? Tipo
fazendo barulho.
Conheci Alec no curso de fotografia que fiz em Paris logo que cheguei de
New York. Por coincidência ela era de Cassis.
Após terminar o curso me mudei para Cassis. Iria ficar um tempo com
Carmem. Mas não iria me estabelecer de vez aqui ainda viajaria por algumas
cidades da Europa antes de decidir realmente o que eu faria da minha vida.
Ele disse lambendo os lábios com referencia a maravilhosa comida que
eles serviam lá.
Estava bem cheio com muitos turistas. Almoçamos e estávamos num papo
legal sobre as delicias da cozinha francesa.
Ao meu lado havia um casal com um menininho loiro que logo me
lembrou de Gabe.
- Oi.
- Ele é tímido.
- É... Gabriel.
Meus olhos arderam. A lembrança do menininho filho do homem que eu
amava veio forte.
- Não é nada não. Eu... vou dar uma volta pela praia.
Eu assenti.
Sai pela praia. Caminhando a beira-mar. Molhando meus pés. Tentando me
manter firme.
Dele.
De Gabriel.
Mas nenhuma saudade era tão intensa quanto a que eu sentia dele.
- Eu amei querido. Nunca vi um desenho mais lindo que este em toda a minha
vida.
- Que bom. Eu vou fazer outro igual pra você levar para sua casa.
- Edward, seu filho é tão especial. Eu o amo tanto e amo também você, meu
amor.
Eu estava quase chegando à casa de Carmem quando encontrei com Alec.
- Eu sei Bella, mas não tem nenhuma chance de você vir a gostar de mim um
dia?
Eu não queria magoar ele, mas não podia lhe dar falsas esperanças.
- Carmem?
Eu chamei.
- Oi.
- E ai como estava o passeio? Nem veio almoçar. Estava com aquele seu
amigo bonitão?
Eu ri.
- Sim eu e Alec fomos almoçar num restaurante de frutos do mar. Estava uma
delicia.
- Jamais.
Eu disse indo beijá-la. Ela era algo mais próximo a uma mãe que eu tinha.
Era verdade que eu havia pedido a Claire que não dissesse onde eu estava
se alguém ligasse me procurando.
Eu estava em divida com minhas amigas. Eu sei. Mas meu coração partido
precisa se recuperar e se eu falasse com elas, iriam me dar noticias de Edward.
E eu não queria saber que ele e Ângela estavam juntos.
Através de John eu sabia que elas estavam bem. Que Rose estava com
Emmett. Até que enfim. E que Alice estava morando em seu apartamento com
Jasper. Saber que elas estavam bem era o suficiente.
Surpreendi-me.
- Serio?
- Sim. Ela xingou você por sumir, sabe como é Alice e disse que amanhã
ligará às 16hs e ai de você se não estiver para falar com ela. Palavras dela
querida.
A noite chegou e eu estava ansiosa pelo outro dia. Queria falar com minha
amiga novamente. Estava com saudade dela. E agora ela estava grávida.
Queria parabenizá-la.
Deitei-me em minha cama e como era rotina de todas as noites peguei as
fotos que ficava no envelope ao lado de minha cama.
A primeira foto era eu, Edward e Gabriel todos sujos de caramelo. Naquele
dia estávamos comendo pipoca. Foi uma festa.
As 16hs chegaram e passaram e Alice não ligou. Eu devia contar com o
fuso horário.
Esperei mais um pouco e ela não ligou. Acabou que eu e Carmem saímos
para fazer compras, mas deixamos a empregada avisada se qualquer ligação
para que anotasse os recados.
Já havia se passado um dia e Alice não ligou. Estranhei, pois Alice sempre
cumpria o que prometia.
Resolvi ligar para ela. Seu celular estava indisponível. Tentei varias vezes
e sempre dava a mesma mensagem.
Minha primeira opção era John. Ele não sabia de nada. Ele disse que
poderia verificar, mas demoraria mais do que se eu ligasse para alguém.
Eu poderia tentar falar com Jasper ou Carlisle no hospital. Lá era certo que
Edward não atenderia.
Pedi para falar com Jasper e a recepcionista disse que ele não estava. Com
Carlisle a mesma coisa. Com Rose que eu ficara sabendo que estava
trabalhando lá, também não estava. A recepcionista não me deu muita
abertura acho que era a política do hospital
O jeito era ligar para a casa dos pais de Edward e rezar para que ele não
atendesse. Por quem eu deveria pedir? Alice não estava morando ali. Talvez
falar com Esme.
Liguei e fiquei aguardando que atendessem.
- Alô.
- Não senhora.
- Sim senhora.
- Como assim?
- Todos viajaram.
- Sim senhora.
- Desculpe senhora eu não tenho permissão para falar nada sobre isso. Mas
se a senhora quiser a Srta. Ângela está aqui e ela pode conversar com a
senhora.
Ela estava lá. Na casa dos pais dele. Então eles estavam juntos.
- Não! Obrigado eu...
- Pode me responder a uma única pergunta? A Alice está bem? Eu sou amiga
dela e soube que ela está grávida e fiquei preocupada já que não consigo falar
com ela.
- Pode ficar tranqüila senhora. A senhora Alice está bem. Ela viajou junto
com a família.
Desliguei. Se acalme Bella, eu disse ao meu coração. Não chore. Você
sabia que isso ia acontecer.
Eles estavam juntos, então no fim o que fiz foi o certo.
Ângela estava na casa dos Cullen sem que eles estivessem lá.
Pov. Edward
Levantei-me cedo aquele dia. Fui ao quarto de Gabriel na casa dos meus pais
e o chamei para irmos tomar café. Quando descemos estranhei o silêncio.
Emmett apareceu na porta da sala que ligava a cozinha com a boca cheia.
Fui atrás dele e o encontrei sozinho tomando café. Gabriel é claro se instalou
ao seu lado pegando um pedaço de bolo.
– Aham. Mamãe e Nessie foram às compras. O Dr. Cullen já foi pro hospital
junto com minha ursinha.
Ele disse. Eu e Gabriel rimos. Gabriel achava engraçado o jeito que Emmett
chamava Rose.
– O quê?
– Ah, entendi.
Eu disse sorrindo.
Disse olhando sugestivamente para Gabriel, mas não era só isso. Eu não
queria saber das intimidades do meu irmão com a namorada.
– To sim.
Ele disse se levantado.
– Tchau papai.
– Tchau filhão.
Emmett perguntou.
– Vou sim, mas antes vou conversar com Alice. Ela já deve estar chegando.
Eu ri. Eles saíram e eu continuei tomando café. Até que Alice chegou se
sentando e atacado a mesa de café da manhã.
– Não posso fazer nada se seu afilhado só pensa em comida. Eu vou virar uma
porca.
Eu ri.
– Eu fui um idiota. Por não ter procurado Bella nestes meses. Eu a amo Alice.
Nunca deixei de amar. Acho que fui covarde. Não eu fui um covarde e
orgulhoso. Ir atrás dela era admitir que eu errei. Mas agora eu quero ir atrás
dela. E quero que você me ajude.
Ela me analisou.
– Ufa! Até que enfim hein. Demorou a cair em si.
Ela sorriu.
Eu fiquei aliviado.
– Oi Claire. É Alice. Tudo bem? Ah, que bom. Olha só eu preciso falar com a
Bella. – Ela escutou o que a tal Claire falava e fez uma careta. - Eu sei que ela
disse que era pra você não dizer onde ela estava, mas Claire eu realmente
preciso falar com ela. Nossa você é osso duro, hein. Olha eu estou grávida não
posso me estressar. Passe-me o número do local onde a Bella está. - Alice
bufou- Olha Claire imagina se a Carmem sonha que a Bella sumiu esse meses
todos. Ela vai ficar preocupada. - Alice franziu as sobrancelhas. - Como assim
a Carmen não vai se preocupar?... Ah, como eu sou burra. Ok. Claire. Tchau.
E desligou.
Eu disse rindo.
– Não importa ela não me ajudou mesmo. Edward como eu sou burra, idiota,
estúpida. A Bella está com a Carmem é obvio.
– Agora vamos torcer para ela não ter achado um Francês saradão por lá.
– Ah, teve sim. - ela disse rindo – Precisava ver a sua cara.
– Irritante.
Eu murmurei.
Ela sorriu e discou outro numero.
– Oi Carmem é Alice... Sim estou bem. Não adianta mentir pra mim Carmem
a Bella está aí não é? – ela parou escutando e eu prendi a respiração
aguardando a resposta. – Eu sabia! - Alice exultou. – Que coisa feia ela fazer
isso com as amigas. Passa ela ai eu quero xingar ela até não poder mais. Ah...
não está? Não está mentindo pra mim não é Carmem?... Ah, bom. Diz pra ela
que estou grávida e preciso falar com ela. – ela sorriu - Sim eu estou. Não é
maravilhoso?
Alice continuou falando com Carmen, mas eu não consegui ouvir direito.
Nunca havia sido desta forma. Era muita dor e veio do nada.
– Olha só Carmem, eu vou ligar amanhã às 16hs para falar com Bella. Diga
isso a ela. Ok beijos.
– Ah meu Deus...
Somente escuridão.
Pov. Bella
Eu não sei por que, mas uma sensação de que algo não estava bem tomava
conta de mim.
Sai em busca de mais fotos. Cassis era tão linda. Era uma cidade que fazia
você esquecer os problemas observando como a natureza foi generosa aqui.
– Oi Carmem.
– Ah, que bom estou morrendo de saudade daquela maluquinha... o que foi
Carmem? Por que está com essa cara?
– Aconteceu algo.
Ela assentiu.
Não consegui segurar minhas lagrimas e senti uma dor tão forte que quase não
consegui respirar.
– Me... me diz...
Eu disse chorando.
– Eu não entendi direito, Alice vai te explicar melhor. Ele está num hospital
em New York.
– Alô...
– Bella?
– Ah, Bella ele não está nada bem. - ela chorou. Eu também. - Eu estava com
ele quando aconteceu. Foi horrível.
Eu tentei me acalmar.
– Alice me conta.
Eu pedi já desesperada.
Como?
– O que Alice?
Eu não estava entendendo. Ele estava com Ângela. E queria me procurar? Por
quê?
– Bella... ele vai ser operado amanhã ou depois. Estamos todos em New
York... eu não entendo muito, mas o Jasper explicou que a pressão do cérebro
dele tem que ceder e ai amanhã mesmo eles vão fazer a cirurgia de
emergência. Ele está... em coma induzido.
Ela me disse que após ele passar mal ele foi levado ao hospital em que o pai e
o irmão trabalhavam. De lá foi num avião UTI para New York. Jasper e
Carlisle foram com ele. Depois todos embarcaram num avião comercial. A
família toda estava reunida em New York.
– Bella você...
– Ah, que bom amiga. Além de nós que precisamos ficar juntos neste momento
o Gabe precisa de você.
– Sim. Não queríamos deixá-lo longe, pois não sabemos o que vai acont...
Eu fechei meus olhos com a possibilidade do que ela estava prestes a dizer.
– Não vai acontecer Alice. Não vai. Ele vai ficar bom.
– Deus te ouça Bella. Precisamos da sua força aqui. Eles estão todos
arrasados. - Alice se referia à família de Edward. - Quando você chegar
venha direto por hotel Hilton. Ele é próximo ao hospital e Carlisle reservou
quase um andar inteiro para nossa família. Há um reservado para você
também.
– Ela esta lá por que nós saímos desesperados. Ela está resolvendo as coisas
práticas. Pagamento de luz, água, avisando o porquê à família não está
cidade. Estas coisas.
Eu não entendia. Por que ela estava fazendo estas coisas se não estava com
ele?
Meu coração pulsava de amor e medo de perdê-lo. Só que dessa vez não era
perdê-lo para uma mulher, mas sim para a morte.
Carmem conseguiu um vôo naquele fim de tarde. Ela e Alec me levaram para
Paris. Despedi-me de meus amigos e fui à busca do meu amor.
O vôo para New York foi tranqüilo, mas eu não estava nada tranqüila.
Eu só pensava nele.
Eu acreditava nisso.
Eu tinha fé.
Ao desembarcar extremamente exausta física e emocionalmente, encontrei
Rose e Emmett que me abraçaram. Rose nem me xingou por sumir, o que eu
esperava. Emmett estava pálido e com olheiras, certamente de preocupação
com o irmão.
Eu ia negando tudo o que ele disse, mas o que Rose falou me impediu.
– Bella lá no hospital agora não há muito que você possa fazer. Ele está nas
mãos de bons médicos. Mas no hotel há uma pessoa que precisa muito de
você.
Eu precisava ver Edward. Pelo menos uma vez, mas seu filho precisava mais
de mim no momento. Ele ficaria feliz que eu desse a atenção que Gabe
precisava. A cirurgia seria amanhã pela manhã, pelo menos era a previsão dos
médicos. Então eu tinha tempo. Iria dar atenção ao Gabe hoje.
Após me alimentar, decidi que era a hora de ver Gabe. Emmett estava com
ele.
– Ele é uma criança Bella, mas às vezes acho que ele entende mais do que
dissemos a ele. Ele sabe que o pai está doente. Ele pergunta o tempo todo por
Edward. Já não sabemos o que dizer.
Meu coração apertou ao ouvi-lo dizer isso. Rose já estava com os olhos cheios
de lágrimas.
Gabriel olhou para nossa direção e um lindo sorriso surgiu em seus lábios eu
também sorri para ele.
– Oi lindinho.
– Oi Bella.
O abracei mais. Fiquei com o coração apertado ele estava triste eu o conhecia.
– Eu também meu lindo, mas agora vamos matar toda esta saudade.
– Bella...sabia que meu pai está doente? Ele ta no hospital. Eu que queria ver
ele, mas não deixam criança entrar.
E agora?
– Claro que vai meu amor. Logo ele vai estar aqui com a gente.
Ela disse.
– Não quero não tia Rose. Vou esperar o papai. Só vou comer quando ele
voltar.
– Querido você não comeu nada hoje. Por favor, coma só um pouquinho.
Rose pediu, mas ele fez que não a ouviu e continuou concentrado em seu jogo.
– Querido você sabe que o seu pai esta lá no hospital e que ele não pode vir.
Quando ele ficar bom ele virá para cá e vai ficar triste por saber que você não
comeu.
– Sabe Rose eu to com muita fome. - era mentira, mas eu precisava tentar. -
Mas se o Gabe não vai comer eu também não vou. Mas eu to com muita fome.
Você vai me deixar com fome Gabe?
Bingo.
Ele foi até a mesa se sentando e comendo o sanduíche que Rose havia trazido.
Rose perguntou e ele assentiu. O coitadinho estava com fome. Comeu todo
seu sanduíche e eu acabei tendo que empurrar um meio sanduíche. O esforço
valeu à pena. Ele comeu todo seu lanche.
Gabriel parecia mais animado. Emmett voltou da rua com vários jogos e
coisas que o fizesse se distrair. Eles estavam jogando e enfim eu pude
conversar com Rose.
Ela sorriu.
– Sim. Ele é maravilhoso. Minha vida deu um giro de 180°, Bella. E graças a
você que nos levou para Raymond onde eu conheci o homem que mudaria
minha vida.
– Não pense que eu esqueci que você sumiu por meses. Deixe passar essa
loucura pra você ver. Quando Edward melhorar você vai ouvir Isabella Swan.
Eu suspirei.
Eu perguntei a ela.
– Eu quero acreditar nisso Bella. Mas não sei. Emmett disfarça com este jeito
dele, mas está arrasado. Ele ama muito o irmão. E olha só. - ela apontou para
Gabriel que sorria de algo - Se o Edward... se o pior acontecer. Como vai ficar
este menino?
Alice e Jasper chegaram também ao quarto que estávamos. Jasper era outro
que parecia um zumbi.
Ele me contou que ele estava em coma induzido. Que esta era uma
preparação. O corpo de Edward precisava se preparar para a cirurgia.
Gabriel iria dormir comigo aquela noite e pela manhã todos iriam ao hospital
ficando Alice e Gabe. Ela estava grávida não era bom que ficasse muito tempo
em um hospital. Além disso, também não era bom para o bebê que ela ficasse
nervosa.
Alice disse.
Eu sorri.
– Sabe que você vai ser a madrinha né? Preciso de alguém sensata par me
ensinar a educá-lo.
A abracei.
– Bella, Edward é um homem incrível. É claro que ele demorou até se dar
conta da burrada que fez. E o coitado não teve sorte quando decidiu ir atrás de
você acontece isso.
– Todos nós estamos Bella, mas temos que acreditar. Ele vai ficar bom.
Aquela noite foi difícil de dormir. Eu mais velei o sono de Gabe do que
propriamente dormi.
Acordei com o barulho de alguém batendo a porta. Ao abrir dei de cara com
uma Alice com cara de sono e pijama. Ela iria ocupar meu lugar na cama ao
lado de Gabe.
Ela foi direto para a cama e em minutos já estava dormindo. Eu fui tomar
banho. Já estava na hora de ir para o hospital.
Ao chegarmos senti um desconforto afinal foi ali que minha mãe passou seus
últimos momentos. Ao entrar no New York Presbyterian hospital encontrei
Esme e Carlisle que esperavam em uma sala privada.
Fui abraçada pelos dois que pareciam arrasados com o estado de saúde do
filho.
– Que bom que está aqui Bella. – Esme disse - Sei que passou a noite ao lado
do nosso neto. Fico muito agradecida por isso.
– Não precisa agradecer Esme. Estou aqui por amor aos dois.
Ela chorou.
Eu tinha medo. Mas algo no fundo me dizia que ele iria sobreviver.
Carlisle e Jasper haviam ido até a parte onde somente os médicos podem estar
e voltaram acompanhados de um médico. Devia ser o médico de Edward. Dr.
Caius Volturi.
Ele disse serio. Eu nem respirava. Eu queria vê-lo. Muito. Mas a família dele
era prioridade no momento.
– Eu quero sim.
Então ficou acertado de que eu, Emmett e Esme o veríamos antes da cirurgia e
depois seria Carlisle, Jasper e Nessie que até aquele momento eu ainda não
havia visto.
Meu coração batia tão forte que achei que meus dentes se quebrariam pela
força que eu fazia para manter meus lábios cerrados. Não sei o que eu faria se
eu os abrisse. Talvez chorasse que nem uma desvairada. Mas não era o
momento para acessos de desespero.
Ela me disse.
Eu me aproximei e o vi.
Ele estava deitado como se estivesse dormindo. Com vários aparelhos em seu
corpo. Os barulhos característicos deste ambiente de hospital.
Ele estava pálido. Mas ainda o mesmo Edward. Lindo. Com seu cabelo em
tom de cobre. Seu maxilar forte. As enfermeiras deviam suspirar por ele.
Quase ri do meu bobo pensamento. Isso era hora de ter ciúme?
Meu amor.
Meu Edward.
Eu queria tocá-lo.
Então fixei meu olhar em seu rosto e me concentrei ao fazer uma prece em
pensamento.
“Meu amor eu sei que no momento não pode me ouvir, mas sei que pode me
sentir, estou aqui do seu lado. Sempre estive e sempre estarei. Eu amo você e
sei que sairá dessa. Ficará bom. Todos amam você. Torcemos por você e
rezaremos por você. Até breve meu amor. Volte logo para mim.”
A enfermeira me avisou que meus dois minutos haviam terminado. O olhei
mais uma vez e sai dando lugar a Esme que entrava.
Voltei à sala onde estávamos e encontrai Nessie e Jacob. Ela veio me abraçar
e para minha surpresa Ângela também estava lá.
– Oi Bella.
– Oi Ângela.
Rose ficou me olhado com cara de quem diz. “Vocês se conhecem?” mal
sabia ela.
Então após todos nos reunirmos, às 9hs da manhã daquele dia começou a
cirurgia de Edward. Seriam 8 horas de apreensão, preces e esperança de que
no fim tudo daria certo.
Alice nos ligava de hora em hora. Ela havia levado Gabe para passear. Seria
bom assim ele se distraia.
Rose estava ao meu lado me apoiando como a boa amiga que sempre foi.
Ninguém se manifestou.
Eu sabia que era algo do tipo quando ela se manifestou para vir comigo.
Ela se justificou.
Eu assenti.
É eu sabia.
– Eu vim atrás dele como te falei que faria naquele dia. Mas ele não me quis.
Disse que amava você.
16hs.
Foi o horário em que começamos a ficar mais nervosos. A cirurgia devia ter
acabado, mas ninguém havia vindo nos dar nenhuma noticia.
Logo ele voltou dizendo que o Dr. Caius logo estaria ali. Ele não havia
conseguido falar com ele, mas uma enfermeira o havia avisado.
Não se passaram nem 10 minutos quando o homem que daria a noticia que
mais aguardávamos entrou na sala.
– Ele está sedado. Ficará assim de 1 a 3 dias. Depois temos que aguardar as
seqüelas. Acredito que serão mínimas, mas temos que aguardar. As visitas só
vão começar amanhã. Vou permitir quatro visitas por dia, mas serão poucos
minutos temos que deixá-lo descansar, mas ao mesmo tempo quero monitorar
suas reações já que a sedação será retirada gradativamente.
Vivo.
Durante aquele e o outro dia faríamos um rodízio para que sempre ficassem
duas pessoas. Ao voltarmos para o hotel, Emmett não resistiu e pediu
champanhe para comemorar eu achei exagerado. Edward ainda estava sob
cuidados, mas não o critiquei. Ele estava feliz pelo irmão.
Já fazia quase dois dias que a cirurgia havia ocorrido e eu não consegui entrar
para vê-lo. Eu acabei ficando mais tempo com Gabe que já era outro menino
depois de saber que o pai estava bem e logo ele poderia vê-lo. Edward
continuava sedado e dormindo.
Finalmente.
Entrei em seu quarto. Ainda na UTI. Ele estava como da ultima vez só que
agora sua cabeça estava enfaixada.
Cheguei próxima a cama.
Coloquei minha mão na sua. Não agüentei mais. Vários dias prendendo o
choro.
– Oi meu amor.
Eu disse chorando.
Senti uma pressão em meus dedos. Edward havia apertado levemente a minha
mão.
Pov. Bella
Ela queria ficar com o filho nesta etapa que era a sua recuperação, então pediu
que eu cuidasse de Gabriel. Edward também me fez o mesmo pedido.
Então voltamos eu, Gabriel, Jasper e Alice. Rose e Emmett. Nessie e Jacob.
Não adiantava negar. Tive que ficar hospedada na casa dos Cullen. Eu não
queria negar mesmo. Ficar ali era ficar mais próxima de Edward.
Quase pedi para ficar no quarto que ele ocupava, mas no fim tomei
consciência que ainda não havíamos conversado sobre nós. Não seria
adequado eu me instalar em seu quarto.
Queríamos muito ter ficado lá com ele, mas os compromissos pediram nossa
presença em Raymond.
Jasper voltou ao hospital para comandar tudo no hospital na ausência do pai.
Emmett além de voltar a dar aulas assumiu a empresa de Edward enquanto ele
não voltava.
Gabriel também não podia faltar a tantos dias de aula. Ele já havia perdido
uma semana.
Ao voltar a Raymond eu decidi dar um rumo a minha vida. Eu ainda não sabia
como eu e Edward ficaria. O que conversamos no hospital me deu esperança,
mas ainda precisávamos conversar melhor.
Eu não iria mais embora desta cidade. Minhas amigas estavam aqui. Meu
amor estava aqui. Mesmo que não ficássemos juntos era aqui que eu queria
ficar.
Edward ligava todas as noites para falar com Gabriel e os irmãos e acabava
falando comigo.
Ele já não estava mais no hospital. Estavam num flat. Ele e os pais.
Em poucos dias ele teria alta das sessões de fisioterapia. Na época Carlisle
sugeriu que ele poderia fazer a fisioterapia aqui em Raymond, mas Dr. Caius
foi categórico ao afirmar que queria observar a recuperação de Edward de
perto.
Quando Edward ligava era uma festa. Além dele Carlisle e Esme também
conversavam com a família, mas a atração principal era Edward. Ele era
sempre amável quando tínhamos a oportunidade de conversarmos. Às vezes
eu tinha muita vontade de falar sobre nós com ele, mas não era o momento.
Ele ainda estava se recuperando.
O telefone da casa estava tocando e não havia ninguém por perto para atender.
Então eu atendi.
– Alô.
Eu disse receosa por atender ao telefone da casa que não era minha. Eu me
sentia a vontade aqui, mas era estranho atender ao telefone da casa de outras
pessoas.
– Oi anjo.
Era ele.
Edward.
Senti meu coração tremer ao ouvir me chamando daquele jeito. Desde que
acordara no hospital ele voltara a me chamar daquela forma.
Eu ri acompanhada dele.
– Sabe que eu não sei. Acabei de chegar e não havia ninguém. Nem o Gabe
chegou ainda. O que me lembra que você ligou cedo demais. Não tem
ninguém ainda.
– Quem disse que eu queria falar com eles? Eu liguei por que queria falar
com você. Só com você.
– Co... comigo?
– O que Edward?
Ficamos em silencio.
– Anjo meu pai quer falar com você. Eu vou sair com dona Esme. Mais tarde
eu ligo para falar com você. Um beijo linda.
– Bella?
– Oi Carlisle.
– Você sabe me dizer se Jasper comentou algo sobre uma reunião que
teremos daqui a três dias? É uma reunião importante com varias pessoas
quem vem da Europa.
Eu não estava entendendo o que ele estava falando. Por que Jasper iria me
dizer algo a este respeito?
Agora eu entendia.
– Claro.
– Sim eu avisei sobre o que ocorreu em New York. Eles tinham razão não é?
Ela não havia saído do país.
– Sim. Eu fui novamente à delegacia aqui. Mas eles também não têm nenhuma
noticia. Como pode? Ela esteve no hospital não pode ter sumido no ar.
Carlisle bufou.
– Será que esta mulher irá nos assombrar pelo resto de nossas vidas?
Ele perguntou.
– Não sei Carlisle. Eu realmente não sei. Edward nem desconfia não é?
Desligamos.
– Ooooiii Bella.
– Oi lindo.
Era a pergunta que Gabriel fazia todos os dias assim que pisava em casa.
– Ele já ligou sim, mas daqui a pouco ligará de novo pra falar com você.
Ele bufou.
– Ah, Bellaaa...
– Nem adianta fazer essa carinha. Vamos. Vá indo que eu já vou te ajudar.
Eu ri.
– Edward me ensinou a lidar com ele.
Aquela noite foi difícil de dormir. Edward estaria ali em dois dias.
Então conversaríamos.
Quando seu primeiro sinal de vida foi quando apertou levemente meus dedos.
Flashback On
Eu estava em choque.
Em graça.
– Edward...
Chamei novamente.
Será que eu havia imaginado aquilo? Minha mão ainda estava na de Edward,
mas ele já não fazia pressão nela.
– Edward sou eu Bella. – sussurrei próximo a ele. - Estou aqui por você. Sabe
que sou?
Novamente senti uma leve pressão em minha mão.
Mais lágrimas.
– Ah, amor...
O médico que não era o médico que havia operado Edward, assentiu.
Ele me reconhecia.
Ele me sentiu.
Sorri.
Resolvi voltar ao hotel para contar aos outros o que havia acontecido.
Era ela.
Eu estava longe e ela estava usando lenço que cobria seu cabelo e óculos
escuros.
Mas eu a conhecia.
Era ela.
Elizabeth Mansen.
Estaquei no lugar onde estava.
Ficamos nos encarando até ela recuar e sair do hospital. Eu corri atrás dela.
– Ela esteve há pouco tempo não é possível que não se lembre dela.
Eu estava ansiosa.
Eu sabia.
Era obvio que ela viria atrás de informações quando ele fizesse a cirurgia.
Mas se ela sabia é por que está muito mais perto do que imaginávamos.
– Ela falou alguma coisa a mais...
– Não ela perguntou e eu mal tive tempo de procurar pelo que ela pedia e ai...
ela saiu quase correndo.
**
– Ele acordou!
– Serio?
– Calma Emmett. Eles ainda precisam fazer mais exames, mas aparentemente
ele está ótimo.
Abraçamo-nos.
– Eles vão fazer uma serie de exames hoje e amanhã ele já vai para o quarto.
– Eu não sei querido, mas acho que logo. Vamos esperar o vovô Carlisle
chegar e aí perguntamos a ele.
**
Estava muito pálido e aquela faixa em sua cabeça o deixava ainda mais.
Não pude conter a frustração que tomou conta de mim. Todos já o haviam
visto acordado menos eu. Até mesmo Gabriel conseguiu ver seu pai acordado.
Gabriel ficou nas nuvens ao ver Edward após quase uma semana.
Aproximei-me mais de sua cama e para minha surpresa ele abriu os olhos.
Os olhos verdes.
Eu fiquei olhando-o.
Ele disse.
Sua voz rouca e fraca. Mas aos meus ouvidos ainda extremamente belos.
Eu sorri.
– Sonha muito com isso?
– Sempre.
– Eu também.
Após este momento conseguimos conversar sobre coisas amenas. Mas eu não
podia ficar muito tempo.
Eu fui visitá-lo mais duas vezes. Até que tivemos que voltar a Raymond.
Flashback Off
Acordei aquele dia e fui após tomar café direto para o imóvel que comprei
para montar meu estúdio. Avisei a todos que passaria o dia por lá. Havia
muitas coisas que eu precisava arrumar.
Eram 16hs quando meu celular deu sinal de que eu havia recebido uma
mensagem.
Te espero.
Com amor.
Edward.
Pov. Edward
Mas o acordar após saber que você esteve apagado por dias.
Estava falando com Alice e no minuto seguinte estou acordando numa sala
branca que deve ser a de um hospital.
– O que...
Um sonho.
Um sonho se repete.
Uma voz.
Não.
A voz.
A voz de Bella.
Jasper me conta e meu pai também, mas não consigo acreditar. Preciso ouvir
do meu médico.
– Estou curado?
Ele me sorri.
– Sim. Temos muitos exames. Muitas etapas para passar ainda Edward, mas
tudo mostra que você esta curado.
É muita felicidade. Nem as dores ou aquela faixa em minha cabeça fazem que
eu me sinta menos do que extremamente feliz.
Pouco a pouco eu começo a conseguir ficar acordado mais tempo.
Meu pai.
Minha mãe.
Meus irmãos.
Gabriel.
A sensação de vê-lo foi indescritível. Saber que vou poder acompanhar seu
crescimento.
Naquele dia eu finalmente perguntei a meu pai. Ele estava comigo no quarto.
Os médicos acabaram de me fazer passar por mais uma bateria de exames.
– Com a Bella. Eu não sei bem como te dizer. Não é uma coisa que eu tenha
visto. É estranho. Eu a senti. A... sua voz.
– Não?!
– Não. Bella está aqui. Ela que está cuidando do Gabe. E ela esteve com você
quando estava na UTI. E você teve uma atividade cerebral forte quando ela foi
visitá-lo.
– Claro.
Esperei.
Esperei.
Estava sonolento quase dormindo. Quando ouço passos pelo quarto e quando
abro meus olhos meu anjo está aqui.
Continuava linda.
Meus familiares tiveram que voltar as suas vidas e eu fiquei em New York.
Eu fiquei louco de vontade de pedir que Bella ficasse comigo, mas não pude
deixar de ver os olhos preocupados de minha mãe. Ela não iria sossegar se não
ficasse próximo a mim.
E Gabe que estava cada vez mais dependente do afeto de Bella. Então ela foi
cuidar do meu bem mais precioso. Não poderia estar em mãos melhores.
Muitos remédios.
Fisioterapia.
Em dois dias eu seria liberado e eu, meu pai e minha mãe voltariam a
Raymond.
Era estranho ver meu reflexo no espelho com este cabelo tão curto. Eles
haviam raspado minha cabeça para a cirurgia.
Com certeza Emmett iria pegar no meu pé dizendo que eu estava parecido
com um fuzileiro naval.
Meu cabelo havia crescido, mas ainda dava para ver a cicatriz da cirurgia.
– Alô.
Era Gabriel. Bella havia e dito que ele acampava ao lado do telefone no
horário previsto para eu ligar.
– E ai campeão.
Eu disse.
– Papai! To com montão de saudade de você. Quando você vem pra casa?
– Que bom.
**
Abraçamos-nos.
Eu a detive.
– Não Rose.
Eu estava amando passar este tempo com eles, mas eu precisava falar com ela.
Bella.
Fui até o meu quarto na casa dos meus pais. Peguei o que tinha que pegar e fui
até meu volvo.
Senti o vento que entrava pela janela do meu carro bater e meu rosto.
Liberdade.
De ser feliz.
Pov. Bella
Nervosa?
Muito.
Dirigi rápido pela parte rural da cidade até estacionar próximo a trilha que
levava a campina.
Desci do carro.
Lindo.
Diferente.
Virou-se e me olhou.
Em meu coração.
Ele sorriu.
Eu também.
– Bella...
Parecia um sonho.
– Me perdoa?
Ele perguntou.
Se eu o perdoava?
– Pelo que?
Eu disse.
– Por duvidar do seu amor por mim. Por ser idiota e acreditar no que papeis
diziam sobre você e não confiar no que sentíamos.
– Nunca fiquei com raiva de você por pensar estas coisas de mim.
Eu abaixei meu rosto. Eu não queria, mas as palavras que ele dissera naquela
noite voltaram com força a minha mente.
– Se me der uma chance. Vou fazer você esquecer tudo aquilo que disse a
você.
– Quer recomeçar?
Eu perguntei a ele.
– Não.
Ele disse.
Eu fiquei olhando para seus olhos muito verdes que me mostravam o amor
que ele sempre mostrou.
– Eu amo você.
Ele disse.
– Agora eu estou curado. Posso fazer planos. E quero fazer planos com você.
Quero você em minha vida. Quero você como minha mulher.
– Se vai me aceitar Bella. Terá de ser de onde paramos. Por isso - ele tirou
uma caixinha preta do bolso a abrindo e revelando um maravilhoso anel - Eu
quero fazer o que não foi possível naquele almoço.
Deus.
Eu me aproximei dele.
– Beije-me Edward.
Um beijo calmo.
Um beijo doce.
Um beijo de saudade.
Um beijo de amor.
Muitos beijos.
Talvez sim.
Meu Edward.
Meu noivo.
**
Estava perfeito.
Eu olhava para meu anel.
Foi fácil. O amor que sentíamos um pelo outro fazia tudo ao nosso redor mais
fácil.
– Oi mãe. Sim estou com ela. Se vamos pra casa? Não. Não vamos... na
verdade nos espere para o café da manhã de amanhã. Ok. Beijos.
– Bom. Vamos comemorar nosso noivado de uma forma especial meu amor.
– Sim.
– Sim. Vamos.
Sexo.
Amor.
Como um adolescente.
Não era somente eu que estava nervoso. Eu podia sentir. Ela também estava.
O apartamento estava em plena ordem. Minha mãe jamais permitiria que ele
ficasse abandonado.
Bella também.
Seu semblante emocionado me dizia isso. Fora que a ultima vez que
estivemos aqui juntos não foi muito bom.
Levei Bella até a sala.
Bella arfou.
Eu podia mentir dizendo que foi, mas não podia deixar de dar os créditos a
pessoa responsável.
Aproximei-me levando Bella pela a mão até a mesinha onde peguei a garrafa
para abrir o champagne.
– Bom. Vamos dizer que eu tive um ajudante que é pequena, mas muito
eficiente.
Bella sorriu.
– Alice.
A olhei profundamente.
– Quero brindar a você. Minha bela noiva. Por me aceitar e perdoar e me fazer
o homem mais feliz do mundo.
Bebemos e para minha surpresa Bella pegou sua taça e a minha e colocou na
mesa.
– Chega de enrolar meu amor. Vamos para o nosso quarto. Eu quero que você
me ame. Estou com muita saudade.
Em poucos passos estávamos sobre a cama do nosso quarto onde antes já nos
amamos por muitas vezes.
Hoje, era Edward amando sua noiva. A mulher que me mostrara o verdadeiro
sentido da palavra amor.
Pov. Bella
Eu corei. Obvio.
Ele sorriu.
Ele se aproximou e pegou minha perna e foi descendo beijos de meus pés até
próximo a minha virilha. Ele parou.
Começou a fazer o que já havia feito com a outra perna, só que dessa vez ele
não parou e foi até o ponto onde e mais queria que ele estivesse.
Em meu sexo.
Eu estava alucinada.
Encharcada.
Excitada.
Meu amor. Meu noivo. Meu Edward estava me deixando louca à beira de um
orgasmo maravilhoso. Suas palavras quando estava com a boca em mim me
fizeram vir de imediato.
Foi o que bastou para meu corpo ser tomado por tremores e espasmos.
Flutuei.
Sorri.
– Eu te amo Bella.
Ele disse.
A noite ia passado e eu e Edward nos amando cada vez mais. Sem descansar.
Sem cansarmos um do outro.
Somente amor.
Um grande amor.
Um amor que nenhuma vingança foi capaz de separar.
Sobre Elizabeth Mansen não havia nenhum sinal. A mulher era ardilosa.
Contamos a Edward que ela havia tentado visitá-lo no hospital. Ele ficou
mexido com isso. Eu o entendia. Ela era mãe dele. Não a mãe que ele amava e
considerava, mas a pessoa que deu a luz a ele.
Tentamos colocar uma pedra em cima dessa historia. Varias pessoas saíram
magoadas com ela.
– A não Bella. Nem vem com esta historia de novo. Não vou posar pra você
parecendo uma jamanta.
Eu ri.
– Alice deixa de ser boba. Você não está gorda. Está grávida. É diferente e
lindo.
– Eu sei. Eu sei. Todos dizem isso. Não é gordura é gravidez. Mas meu
espelho me diz o contrario.
– Quero ver quando for você Bella. Se você vai achar que está magra.
– Bella! Como sou burra! Esses seus enjôos de manhã... Edward já sabe?
Eu não queria criar falsas esperanças. Será que eu ainda poderia ser mais feliz
do que já era?E estar grávida do meu amor. Um filho. Meu e de Edward.
– Não Alice. Eu vou esperar um pouco são apenas alguns dias de atraso.
– Bella...
– Com licença.
– Oi.
Ela disse tímida. Parecia estar bem, mas seus olhos tristes diziam o contrario.
– Jess.
Eu perguntei.
– Estou bem.
– Oi Alice.
– Oi Jéssica.
Isso a desarmou. Sempre que falava de seu filho Alice não conseguia esconder
a felicidade.
– Obrigado Jéssica.
Jéssica me olhou.
– E você Bella como está? Eu soube que havia ido embora de Raymond. Há
pouco é que soube que havia voltado e que está noiva.
Eu sorri.
– Sim. As coisas ficaram difíceis por uns tempos, mas agora está tudo
maravilhoso.
Alice perguntou.
– Parabéns Bella.
Alice parecia desconfiada.
– Sim.
– Oi Gabe.
– Eu sei Bella. Você sempre foi muito legal comigo. Eu nem mereço tanto.
Jéssica ficou pouco tempo conhecendo o estúdio e logo foi embora. Eu fiquei
triste por ela. Viver da forma que ela vivia. Mas foi escolha dela.
– Ah, Bella você é boa demais. Confia demais nas pessoas. Não sei te dizer,
mas tem algo errado com ela.
– Oi amor.
– Oi Alice.
– Oi cunhadinho.
– Ah, oi Alec. Sim ela está aqui. Vou passar pra ela.
Eu disse.
Ela riu e ficou provocando Edward enquanto fui atender meu amigo.
Edward entendeu minha amizade com Alec, mas é claro que às vezes sentia
ciúme.
Após atender meu amigo, que só queria falar sobre suas novas fotos, eu e
Edward saímos juntos do estúdio e fomos para nosso apartamento. À tarde eu
sairia com Gabe. Iria ao shopping passear com meu menino.
Pov. Bella
Gabe disse fazendo bico. Estávamos à procura do jogo que ele queria e não
foi fácil achar, como achei que seria. Era um jogo muito novo. Fomos a varias
lojas e nenhuma tinha recebido ainda.
- Mc Donalds né Bella!
Comemos nosso lanche e Gabe me pediu pra ir brincar com algumas
crianças nos brinquedos oferecidos pelo shopping. Eu deixei, mas fiquei de
olho. Era próximo da praça de alimentação. De onde eu estava sentada eu
podia vê-lo brincando.
- Bella?
Uma mulher alta e loira me chamou. Ela estava na mesa ao lado.
- Giana não é?
- Sim.
Ela sorriu e nos cumprimentamos. Junto dela estava sua filha a pequena
Jane. Grande paixão de Gabe.
- Oi Jane.
- Olha só! O Gabe está ali naqueles brinquedos. Não quer ir lá com ele?
Sorrimos.
Eu disse.
- Claro.
- Primeiro queria agradecer as lindas fotos que você fez para minha irmã.
Ficou divino. Adorável na verdade.
Ela se desculpava por ter proibido Bree de fazer o book comigo. No início
o estúdio passou por dificuldades por pertencer a uma ex- prostituta.
Ela sorriu em agradecimento. Eu não iria ficar brava por ela ter feito o que
fez. Já havia sofrido tanto preconceito em minha vida e guardar rancor não
leva a nada.
- Não. Mas o Gabe foi embora com a vó dele, ai eu vim pra cá.
- Como?
Levantei-me assustada percebendo que Gabe não estava em lugar nenhum
dos brinquedos.
- Gabriel!
Eu chamei.
Nada.
- Esme?
Eu perguntei angustiada. Tremia tanto que mal conseguia segurar o celular.
- Oi Bella.
Mesmo duvidando que ela levasse Gabriel sem me avisar eu torcia para
que ele estivesse com ela.
- Eu não sei...
- Eu estava com ele aqui no shopping e ele foi aos brinquedos por um tempo
brincar com uma amiguinha e ai ela... Ela voltou sem ele. Ela disse que uma
senhora se aproximou e que Gabe a chamou de vó e foi com ela. Esme eu
estou desesperada.
- Esme?!
- Bella há uma pessoa que Gabriel chama de vó sem ser eu ou a mãe de
Tânia. Minha mãe.
Arfei.
- Elizabeth?!
- Sim. E pelo que me contou se fosse a Sra. Denalli ela teria te avisado. Só
pode ser ela Bella. Minha mãe. Elizabeth.
- Calma Bella! Vá até a segurança quem sabe ainda estejam no shopping. E
eu estou indo pra ai no caminho eu aviso Edward. E pra ter certeza vou ligar
pra Sra. Denalli como não quer nada. Se ela estiver com Gabe ela vai me
falar se ela não disser nada eu não vou falar sobre o sumiço do Gabe. Não
vou preocupá-la.
- Ok!
Alguns minutos depois eu vejo Edward e Esme chegando com semblantes
preocupados.
Pov. Edward
Eu disse acabando com a reunião de mais de duas horas daquela tarde.
Como fiquei muito tempo afastado da empresa, e fora que agora somente
eu lidava com tudo, havia muito trabalho. Muito mesmo.
Sai da reunião e fui para minha sala. Sentei-me em minha mesa e sorri ao
ver o porta retrato que Bella havia colocado lá há uma semana. Era uma foto
minha com ela e Gabe.
Nossa vida era tão maravilhosa juntos. A vida que sempre sonhei em ter.
- Sr. Cullen?
- Sua mãe está ao telefone. Sr. Cullen se me permite dizer ela está muito
nervosa.
Alguns segundos e a voz de minha mãe não escondiam seu nervosismo.
- Edward. Estou tentando falar com você há 20 minutos e você não atende o
celular.
Irina tinha razão ela estava nervosa. Eu conhecia minha mãe.
- Fala mãe.
- Como sumiu?!
(***)
- Mãe se aquela mulher tiver feito mal ao Gabriel. Eu juro que acabo com ela.
Fui até os policias e seguranças para saber o que de fato havia acontecido.
Eles fizeram uma varredura no shopping e não haviam encontrado Gabriel.
Eu estava nervoso preocupado com meu filho. Meu coração apertado.
Os policiais pediram uma foto de Gabe e disseram fazer o possível para
encontrá-lo.
Não nos restava nada a fazer ao não ser ir para casa. Um detetive iria até lá
para conversarmos melhor. Eles estavam pesando em qualquer possibilidade
até seqüestro. Por isto era importante que fossemos para casa em caso de
qualquer contato.
Voltamos no meu carro. Ela não estava em condições de dirigir. Um dos
policiais levaria o carro dela.
Ao chegarmos ao nosso apartamento minha família inteira estava lá. Rose
foi à cozinha fazer um chá para nós enquanto eu contava a todos o que havia
acontecido.
- Filha ela não tem mais nada a perder. Uma pessoa assim se torna
extremamente perigosa.
- Calma Edward!
Jasper disse. Ele estava só. Alice estava no meu quarto e de Bella ela havia
ficado muito nervosa e em seu estado não era bom então deram uma chá
calmante a ela. Minha mãe estava com ela.
- Amor.
Eu a chamei. Ela me olhou. Eu via que ela se culpava pelo que aconteceu.
- Como pode ser culpada daquela mulher ser louca a ponto de seqüestrar uma
criança? Ta maluca!
- Rose e Edward têm razão Bella não se culpe. Poderia ter acontecido com
qualquer um de nós.
- Na verdade eu acho que ela esperou o momento certo para que colocássemos
a culpa em Bella.
- Sim. Se ela está por perto, ela deve estar nos espionando.
- James?
Jasper disse.
- Foi o que pensei primeiro, mas ele não tem contato direto com a nossa
família pra saber dos nossos passos.
Eu falei.
- Bom, hoje, a Jéssica aquela menina que trabalhava comigo, foi lá, mas não
acho que ela tenha algo a ver com isso.
- Quem é essa?
- É uma moça que trabalhava com Bella. Ela saiu do bordel e foi viver com o
filho do Sr. Newton. Mike Newton é o nome do sujeito.
Eu expliquei.
- Sim. Eles estavam sempre juntos lá no bordel. E pelo que sei são sim
amigos.
- Pois eu acredito. – Rose disse - Nunca gostei muito dela. Muito sonsa.
Eles entraram e sentaram. Fizeram varias perguntas a Bella. Que respondeu
a todas. Já fazia quase 4 horas que Gabe havia sumido.
- Bom. Vocês têm que entender que só após 24hs é que podemos realmente
declarar uma pessoa desaparecida.
- Isso é um absurdo! Gabriel é uma criança. Que provavelmente esta nas mãos
de uma criminosa!
- Edward!
- Delegado não há nada que possa fazer mesmo? Como Edward falou se trata
de uma criança.
- Senhor Cullen infelizmente não. Mas é claro que todos os policiais da cidade
e redondezas estão de prontidão a qualquer movimento estranho. Temos que
esperar algum contato de um possível seqüestro.
- Nós já sabemos com que Gabriel está. É com Elizabeth Mansen que está
foragida da policia há um ano.
- Sr. Cullen por mais que achem que a Sra. Mansen seja a responsável pelo
sumiço do seu filho não há provas concretas. Só uma criança que disse ter
ouvido Gabriel chamar a mulher que o levou de vó não significa prova
alguma. Precisamos nos ater a todas as possibilidades. A de um seqüestro
normal por exemplo. O senhor é dono de uma grande empresa e sua família é
conhecida. Pode ser alvo deste tipo de crime.
Eu não queria aceitar, mas o que ele disse fazia sentido. E por fim me
peguei torcendo para que Gabriel estivesse com Elizabeth. Ela não faria mal
ao neto. Ou faria?
- Alô.
- Papai?
Pov. Alice
Os enjoos vieram primeiro, depois os desmaios e qual não foi minha surpresa
quando eu percebi que a lingerie que eu mais gostava estava apertando meus
seios. Porém, mesmo com todos esses sinais eu queria ter uma certeza real.
Um filho! Eu vou ter um filho do homem que me completa, que me faz feliz
em cada novo dia, que me compreendeu em me amou quando eu mesma
pensava que nunca poderia ser feliz ao lado de alguém.
Eu tive medo por achar que ele sentiria nojo ou preconceito por causa do
trabalho que eu fazia. Não que fosse um trabalho ruim, nunca ninguém me
machucou e nem me forçou a fazer nada. Eu praticamente cresci nesse mundo
e eu, por mais que sonhasse com o homem que iria me tirar daquele mundo,
no fundo sempre achei que era apenas isso, um sonho.
Mas Jasper Cullen entrou nos meus sonhos e sem esforço algum se instalou
nele resolveu fincar raízes ali.
Flashback on
– Sua teimosa eu disse pra não se aventurar naquele cavalo. – Eu falei com
raiva da Bella. Meu coração quase parou quando eu a vi caindo daquele
cavalo.
Mal sabia eu que naquele hospital eu colocaria os olhos nele, no homem que
mexeu comigo apenas com um olhar.
A Bella foi atendida por Jasper e ele não tirava os olhos de mim. Eu tentei
disfarçar, mas havia alguma coisa que me atraia para ele.
– Vou enfaixar provisoriamente para não sentir muita dor Isabella. Vamos
esperar o resultado do exame de raio-x pra ver se não quebrou. E depois
disso eu te libero. – Jasper falou e aquela voz fez meu estômago começar a
dar milhões de voltas, sem falar no meu coração que teimava em bater fora
do ritmo.
Quando Bella pediu que ele a chamasse apenas pelo apelido ele simplesmente
deu o sorriso mais lindo que eu já tinha visto.
Mas logo me veio novamente a lembrança de quem eu era. Ele poderia até
querer se divertir algumas vezes comigo lá no bordel, mas logo depois ele
cansaria.
Eu nunca me conformei com esse trabalho, mas nunca tive forças para mudar
a minha vida. Bella até brincou que ele ficou caidinho por mim, mas eu não
queria criar esperanças. Afinal de contas eu era uma prostituta.
– Ele está demorando né? Eu disse a Bella após alguns minutos que o
“doutor” Jasper havia saído.
Eu saí da sala que Bella estava. Eu realmente precisava de uma água, mas na
verdade eu queria ver ele novamente.
Fui seguindo por um corredor e de uma porta logo a frente saiu ele. Ele
parou a me ver e ficamos nos olhando. Encarando-nos. Ele se aproximou
sorrindo.
– Pode falar.
– Os exames estão prontos. Eu já estava indo até lá..., mas antes... eu gostaria
de saber se você gostaria de sair comigo?
Eu fiquei muda.
– Eu... Eu sei que não é ético um médico convidar alguém para sair aqui no
hospital afinal estou trabalhando...
Ele não disse mais nada e fomos para a sala onde Bella estava.
Eu recusei seu convite. Primeiro por que não queria me colocar no meio
dessa vingança da minha amiga e segundo por que eu não podia me iludir
mais. Se ele me quisesse lá no bordel eu faria tudo o que ele quisesse, mas
fora do bordel eu não podia me dar a esse luxo.
Flashback off
Eu passava a mão pelo meu ventre enquanto lembrava a primeira vez
que havia visto Jasper.
Ele ficou chateado quando descobriu o que eu fazia, como eu sabia que ele
iria ficar, meu coração sentiu uma enorme dor quando ele me olhou cheio de
decepção.
Jasper nem sequer cogitou que a Bella poderia ser a dona de um bordel e eu
ser uma de suas meninas.
A primeira noite que ele foi lá no bordel junto com Emmett ele descobriu
tudo, nós conversamos e a partir desse dia sempre quando ele ia lá era só
comigo que ele ficava. Eu tentava às vezes fazer com que ele enxergasse a
realidade e então eu ficava com outros homens, enquanto ele ficava no bar
tomando seus drinques e não tirava os olhos de mim.
Mas o que estava acontecendo com a gente era algo impossível de ir contra.
Uma paixão estava crescendo entre a gente e estava cada vez mais difícil
continuar nessa vida, sem ele e tendo que ficar com outros homens quando era
preciso.
– Ei neném, e agora como vamos contar para o papai que você é real? O papai
está ruim para um médico hein, como ele não percebeu os sintomas? – Alice
falava com seu neném.
– Que bom que você existe, quem sabe com a sua chegada a dor que essa
família está sentindo não diminua um pouco. Espero que o Edward fique feliz
por que eu vou chama-lo para ser seu padrinho junto com a Bella, por que eu
sei que eles vão se entender, o amor deles é enorme para ser jogado fora
assim.
Eu ouvi barulhos no corredor e pela hora sabia que era ele, meu amor.
Enxuguei os vestígios de lágrimas de meu rosto e escondi o exame
rapidamente no armário de limpeza do banheiro.
– Amor, Nessie falou que você saiu hoje cedo, fiquei curioso. Para onde a
senhorita foi? – Jasper foi ao banheiro e me abraçou por trás me beijando no
pescoço enquanto eu enxugava o rosto.
– Ah amor, fui dar uma volta. Não aguento ver a tristeza do Edward, por que
por mais que ele ainda não admita, ele sente falta dela. Eu também sinto,
nunca consigo falar com ela, não sei onde ela está, eu sinto falta dela. – Eu
desabafei sentando na cama junto com ele.
– Jazz, sabe o que é que estava lembrando antes de você chegar? Da primeira
vez que a gente se viu. Lembra?
– Claro que lembro. Foi no hospital, você tinha ido acompanhar a Bella que
tinha caído do cavalo. Eu me encantei por você logo de cara, mas tinha que
ser profissional e cuidar da paciente que precisava de mim.
– Eu também me encanei por você, mas não podia imaginar coisas, afinal de
contas eu era...
– Ei, parou. Aquele tempo já passou. Você nasceu para ser minha e tudo que
aconteceu nas nossas vidas só serviu para nos deixar mais fortes para aguentar
todo esse amor que existe entre a gente.
– Não, me deixa terminar. Eu nunca contei isso para você. Eu queria acabar
com o que eu comecei a sentir por você naquele hospital, mas o que eu sentia
era mais forte do que tudo. Eu conversei com o Edward e ele me abriu os
olhos. Ele me falou que se eu te amasse de verdade, que esse amor seria capaz
de tudo, até de tirar você daquela vida. E eu vi que eu não queria... Eu não
podia viver a minha vida longe de você. Eu tinha que lutar para ter você ao
meu lado. E eu consegui. – Ele falou limpando as lágrimas que escorriam pelo
meu rosto.
– Eu tinha tanto medo de você não me amar como eu já amava você. Você
nem precisou lutar tanto assim, por que eu já era sua, só precisava que você
me quisesse ao seu lado. – Eu falei e o beijei com doçura.
A porta de nosso quarto estava aberta e Emmett nos olhava de lá com uma
engraçada.
– Ei vocês, eu estou falando com vocês há quase uma hora e vocês ai como
dois zumbis brincando de quem pisca primeiro. – Emmett falou sorrindo com
a cara de raiva feita por Jasper e o sorriso dado por mim.
– Vim chamar vocês para comer o bolo que a Nessie fez, cara é o primeiro
que ela faz e eu quero muito zoar ela se tiver ruim. – Ele falou gargalhando.
*******
Pov. Jasper
– Alice! Amor você está... acordada? – Eu vi que ela dormia com um lindo
sorriso no rosto. Resolvi ir tomar um banho para depois deitar ao lado dela e
descansar um pouco.
Durante o banho eu começei a lembrar alguns dos momentos que tive ao lado
dela. Quando a pedi em namoro e ela aceitou com o sorriso mais lindo que eu
já tinha visto.
Flashback on
Depois de uma noite de amor maravilhosa com ela eu tomei minha decisão.
Eu iria pedi-la em namoro e chama-la para morar comigo. Eu a queria ao
meu lado e longe daquela vida.
– Alice.
– Fala meu lindo. Tá com fome? Se quiser eu vou lá embaixo pegar algo para
você comer.
– Não. Eu não estou com fome, eu queria te fazer uma pergunta muito
importante, aliás, duas.
Ela sentou na cama enrolada com os lençóis, eu também sentei e segurei suas
mãos. Ela ficava tão linda depois de fazermos amor.
– Alice, sei que a gente se conhece há pouco tempo e sei também que tivemos
um começo meio conturbado, mas eu queria muito... Não. Eu quero muito que
você seja minha namorada, que seus sorrisos sejam dados somente para mim,
que seus beijos sejam somente para mim, que eu e somente eu toque seu
corpo. Quer namorar comigo e me fazer o homem mais feliz desse mundo?
Ela chorava e não falava nada, por um momento o medo me invadiu. Fiquei
com medo dela não aceitar, de me falar que não podia. De não me querer. Eu
não sei o que faria se ela me disse não.
– Alice, fala alguma coisa amor. Não chora... – Eu enxuguei as lágrimas que
escorriam pela face dela.
– Sim Jasper. Eu quero muito ser sua namorada. Eu quero que meus beijos
sejam somente seus, que os meus sorrisos sejam dados para você toda manhã
quando eu acordar ao seu lado, que você e somente você me toque e me faça
sentir a mulher mais linda, mais sensual, mais completa que existe nesse
mundo.
Agora eu sabia que as lágrimas derramadas por ela eram de felicidade. Eram
as mesmas que escorriam por minha face. Agora sim eu posso ser feliz por
completo. Eu a beijei como se nosso mundo dependesse daquele beijo, como
se estivéssemos selando um compromisso que iria durar para toda vida.
Eu separei nossos lábios e a olhei nós olhos. Nossa como eu amava aquela
mulher...
– Alice, eu quero que você vá morar comigo. Eu não quero mais que você
viva aqui e fique sujeita a esses homens que frequentam o bordel. Eu sei que
posso confiar em você com a minha alma, mas eu não confio nesses homens.
Vem morar comigo.
– Meu amor, eu não posso deixar a Bella e a Rose aqui. Elas são minhas
amigas, mais que isso, elas são minha família. Eu te prometo que enquanto eu
continuar aqui, eu não vou mais descer para o salão e que não aceitarei mais
nenhum trabalho. Eu não quero mais essa vida, mas eu quero ficar aqui com
elas, pelo menos por enquanto. A Bella vai entender e vai colocar outra
menina em meu lugar.
Ela gritou de alegria e se jogou em meus braços e nos amamos mais uma vez.
Flashback off
Terminei meu banho e fui para o quarto. Ela estava acordada e sorrindo para
mim.
– Não agora, mas quero que você traga um pouco d’água para mim. Será que
o meu amor tão lindo pode fazer isso para mim?
– O que você não me pede sorrindo que eu não faço sorrindo mais ainda.
Volto já.
Pov. Narrador
Alice ficou no quarto sozinha e sabia que esse seria o momento de contar para
ele que ele seria pai. Ela acariciou a barriga mais uma vez.
– Ai neném, será que ele vai ficar feliz? Talvez ele não queira ser pai agora.
Talvez seja muito cedo... Mas você já existe e eu vou ter que contar. Ai meu
amorzinho, eu já te amo tanto.
– Aqui está sua água. – Ele entregou para ela e sentou ao lado dela.
– Como assim amor? Por que você está falando isso? Não vai dizer que você
tá querendo encomendar o nosso agora. Eu topo a ideia. – Ele sorriu
malicioso. Jasper era um homem sério, mas ele tinha lá seus momentos de
brincadeiras e por que não de safadeza.
– Sabe amor eu ia amar ter uma menininha com esse seu sorriso, com a cor
dos seus olhos escuros. – Ela falou acariciando o rosto dela.
– E se for um menino sério e com seus olhos claros? – Ela perguntou feliz por
saber que ele não iria ficar chateado.
– Sabe amor, quando acontecer eu vou ficar muito feliz, por que vou ter um
filho que vai ser a união final do nosso amor. E tanto faz se for menino ou
menina ele vai ser muito amado ou amada.
Ela puxou o exame de baixo do travesseiro e colocou nas mãos dele.
– Pois acho bom a gente começar a se preparar por que daqui a sete meses
teremos mais um Cullen fazendo a alegria dessa casa.
– Abre amor...
Ele abriu e assim como ela, só conseguia ver o nome POSITIVO. As lágrimas
que escorriam pela face dele não permitiam que ele enxergasse mais nada.
– Amor para eu vou ficar tonta... – Ela gargalhava junto com ele.
Eles acariciavam a barriga que guardava o ser mais precioso para eles.
– Emmett eu vou matar você... Oh mãe, manda o Emmett parar de rir do meu
bolo, se não eu acabo com a raça dele e deixo a Rose viúva antes de casar.
– Vamos e para acalmar os ânimos eu vou dizer que estou com desejo de
comer certo bolo de alguém nervosinha lá embaixo.
– Isso, mas será uma boa? O bolo da Nessie pode ter fazer mal.
Eles riram.
– Antes de descermos quero que saiba que vou fazer o possível e o impossível
para fazer você e nosso filho ou filha muito feliz.
Jasper disse.
– * “Desculpe senhora.”
*Eclipse
Pag. 218
Pov. Edward
– Gabriel?
Ouve um alvoroço na sala. Todos queriam saber se era ele. Se ele estava bem.
Eu pedi que fizessem silencio.
– No shopping papai. A vovó Liz me deixou aqui e pediu para uma moça ligar
para você vir me buscar.
Eu mal respirava.
– Aham.
– Eu preciso falar com ela?
– Alô.
– Tudo bem moça eu só peço mais um favor. Se pode esperar até que eu
chegue ai para buscá-lo?
Ela suspirou.
– Sara Meyer.
– Eu vou buscá-lo.
Bella se levantou.
– Claro amor.
Eu a abracei.
– Ele disse o que aconteceu?
Todos queriam mais explicações, mas essas nem eu mesmo as tinha. O que eu
queria agora era colocar meus braços em volta do meu filho.
Eu, Bella e os policiais fomos para o shopping. Eu estava sendo seguido pela
policia, mas nunca em minha vida cometi tantos delitos no trânsito. Espero
que os policiais atrás de mim entendam.
Gabriel reclamou.
Eu fui até os policiais que estava conversando com a moça que havia ligado.
– Sr. Cullen. - O delegado me chamou - A Srta. Meyer não tem muitas coisas
a dizer sobre o sumiço do seu filho...
Eu o interrompi. Dava pra ver que a moça estava assustada. E ela não tinha
nada a ver com o sumiço de Gabe. Os policiais a estava assuntado.
– Acho que Srta. Meyer merece ser deixada em paz. Ela prestou um grande
favor ao ligar me avisando sobre meu filho e cuidou dele até eu chegar. Acho
que ela fez mais que muitos fariam. Obrigado Srta. Meyer.
– Tchau Sara. Se você quiser eu posso te ensinar a jogar vídeo game uma hora
dessas. Papai a Sara não sabe jogar vídeo game.
Rimos.
– A vovó Liz me chamou quando eu estava brincando com a Jane. Ela disse
que tava com saudade de mim e pediu para eu ir com passear com ela. Ela
queria me dar uns presentes. Ai eu falei que tava com a Bella e ela disse que ia
avisar a Bella depois ai nós fomos passear. A vovó meu levou no parque.
Compramos pipoca. Sorvete. E ela comprou o game que eu queria e não
estávamos achando, Bella. Olha só.
Ele mostrou uma sacola de uma loja que não era de Raymond e sim de Miami.
– Claro querido.
– A vovó Liz disse para eu dizer par você papai que ela está com muita, muita
saudade de você.
– Filho papai quer te pedir que quando a vovó Liz quiser te levar pra passear
você avise ao papai ou a Bella antes de ir ta bom?
– Ta.
Por mim ela não chegaria mais perto dele, mas era sempre bom avisar a ele
caso ela conseguisse.
Ao chegarmos em casa todos abraçaram Gabe, mas se controlaram. Eu já os
havia avisado que Gabe não entendia o que havia acontecido.
– Tio Emmett a vovó Liz comprou aquele game que eu tanto queria vamos lá
no quanto jogar?
Jasper perguntou-se.
Eu disse.
Jasper disse.
– Ou morta.
Todos olharam assustados para meu pai. Que havia proferido estas palavras.
Agradeci por minha mãe não estar presente
Rose disse.
– Para mim?
– Você é a pessoa que ela mais odeia. Se esse foi um aviso... Não sei tenho
medo que ela possa tentar feri-la.
Pov. Bella
Após aquele susto. Tudo voltou ao normal. Bom quase. Dois seguranças que
mais pareciam dois armários ambulantes me seguiam aonde quer que eu fosse.
Bom pelo menos eles era discretos e ficavam a uma distancia considerável.
Mais dois do mesmo porte seguiam e protegiam Gabe.
Hoje eu iria mais cedo pra casa. Gabriel estava com Tânia que havia vindo
para ficar uns dias. Então eu iria preparar uma surpresa para meu noivo que
andava muito estressado com tanto trabalho e também com as preocupações
que o quase seqüestro de Gabe nos trouxe.
**
Na verdade eu era um pouco tímida. Alice me garantiu que Edward iria amar.
Por via das dúvidas tudo estava preparado no nosso quarto. Quando nosso
jantar acabasse eu iria à frente e...
Ouvi o barulho da porta se abrir e meu coração acelerou. Normal. Ele sempre
tinha este efeito sobre mim.
– Bella?
– Aqui Edward.
Como era lindo! Eu me preparei o dia todo e garanto que não chegava aos pés
de sua beleza. Ele estava com um terno cinza claro que o deixava divino.
Ele olhou a mesa e depois para mim e sorriu safado. Um sorriso torto lindo.
Eu sorri.
– Por quê?
– Por simplesmente não ter dito a você o quanto está linda esta noite. Eu
deveria ter dito isso assim que pus meus olhos em você.
– Eu vou tomar um banho rápido. - ele beijou meu pescoço - Para ficar a
altura da minha noiva.
Eu me arrepiei.
– Ok. Já volto.
Fui até a cozinha espiar nosso jantar. Já estava tudo quase pronto só o prato
que estava no forno é que ainda não estava pronto.
Eu havia preparado algo leve por que ultimamente tudo o que eu comia eu
enjoava. Eu precisava ver isso logo. Saber se eu estava mesmo grávido ou
não?
Amanhã eu iria atrás disso. Não agüentava mais essa dúvida, mas em meu
intimo eu achava que sim. Que eu esperava um filho de Edward.
Ele voltou para a sala de jantar onde eu acabava de colocar o prato principal a
mesa.
Ele estava vestido casual. Uma calça caqui clara e camisa branca. Ainda mais
delicioso do que antes.
Edward perguntou.
– Claro.
Eu não deveria tomar já que talvez estivesse grávida, mas iria arriscar somente
hoje.
– Hum... a nós.
Ele sorriu.
– Então a nós.
Pelo visto Edward amou o jantar que preparei. Após jantarmos e limparmos a
bagunça fomos para a sala desfrutar um da companhia do outro.
Eu comecei a me sentir nervosa com o que estava prestes a fazer. Edward não
me ajudava muito, já que no sofá em que estávamos sentados bem próximos,
diga-se de passagem, ele beijava meu pescoço passava suas mãos por meus
braços dando a entender o que queria.
– Amor eu vou indo para o nosso quarto em 15 minutos você vai, ok?
– Porque todo este mistério Bella? Por que não posso ir com você agora?
– É uma surpresa que preparei pra você. Tenho certeza que vai gostar.
Pov. Edward
Fiquei tentado a me demorar mais pra talvez fazê-la também ficar impaciente,
mas neguei este pensamento. Eu estava por demais ansioso.
A porta do nosso quarto estava aberta entrei, mas nenhum sinal de Bella.
– Bella?
Eu a chamei.
Ela me respondeu.
Ela disse timidamente. Eram incríveis essas facetas que ela tinha. Uma hora
selvagem e sexy. Em outra tímida e recatada.
– Bom eu ainda não sei o que vai fazer, mas com certeza eu vou gostar.
Eu disse a ela. Ela foi até a chave de luz e escureceu o quarto deixando um
ambiente carregado de erotismo.
– Você já vai ver o que vou fazer... Eu nunca fiz antes, mas sempre tive
vontade. – Ela mordeu os lábios. Indo até o aparelho de som. Quando os
acordes da música começaram, eu sabia que estava fudido.
Logo em seguida tive a resposta quando ela começou a abrir o casaco preto
como dizia na música. E pior ela cantava a música sempre olhando pra mim.
Quando o casaco saiu de seu corpo e revelou um lindo lingerie de cetin azul
com detalhes em renda preta. Eu pirei.
Ela começou a passar as mãos por seu próprio corpo sempre me olhando. Seus
olhos castanhos mostrando toda a luxúria do momento. Eu estava igual. Meu
corpo respondendo a visão. Querendo-a agora. Eu estava excitado. Excitado
não era a palavra correta. Eu estava louco de desejo. Quase explodindo.
O fim foi quando de costas para mim ela rebolou. Não agüentei. E fui pra
cima dela pegando-a por trás.
– Edward... não...
– Não pode achar que fazendo isso eu iria ficar parado assistindo não é meu
amor?
A virei bruscamente para mim e ataquei seus lábios. Com fome e ânsia.
Levei-a até a cama a jogando sobre ela. Retirei minha camisa e logo me juntei
a ela. Meu corpo sobre o seu.
As roupas já não eram mais necessárias. Hoje não seria calmo. Seria
selvagem. Bella despertou um lado meu até pouco desconhecido. Agora ela
teria que arcar com o que conseguiu com seu showzinho.
– Vou me enterrar em você Bella. Duro e forte até você não agüentar mais.
Seu show fez um grande estrago.
– Ai...
Não consegui me senti mal. O desejo aflorado pelo que ela fez. Por ela era
maior.
Continuei adorando e reclamando seu corpo até não agüentar mais. Ela
também me provocava raspando suas unhas em minhas costas e peito.
Arrepiando-me.
– Provocadora...
Suor.
Gemidos.
– Edward eu vou...
Era a quinta vez na noite que ambos chegávamos ao ponto alto de nosso amor.
Que noite!
Inesquecível.
Pov. Bella
Eu e Edward estávamos dormindo agarrados quando o meu telefone celular
tocou.
Mas pra Rose ligar este horário deveria ser algo serio.
– Oi Bella desculpe à hora, mas é Alice. Ela está em trabalho de parto. Ela já
foi pro hospital Jasper ligou avisando. Mas ela nos quer lá ao lado dela.
Minha querida amiga iria dar a luz. Meu afilhado iria nascer.
Eu o abracei.
– O que foi?
Ele sorriu.
– Sério?
Eu assenti.
– Claro.
Não entendemos.
– É sexta-feira 13.
Olha eu juro que tentei não rir, mas Emmett era sem noção.
Eu vi Edward ir até Jasper que estava andando de um lado pro outro nervoso.
– Vou, mas é que hoje eu sou o pai e não o médico. Só posso entrar quando o
médico autorizar.
– Calma Jasper. - eu disse colocando minha mão em seu ombro. - Vai dar tudo
certo.
Carlisle e Jasper saíram e nós ficamos todos unidos esperando pela chegada de
mais um membro da família.
Após receber vários xingões de Rose, Emmett parou de chamar meu afilhado
de monstrinho.
Uma hora e meia se passou até que Jasper com um sorriso que não cabia em
seu rosto apareceu.
– Então?
Eu perguntei já angustiada.
– Ele nasceu e está ótimo assim como Alice. E gente... ele é lindo. A cara de
Alice.
– Ele agora está passando por uma bateria de exames que é de praxe e logo e
vai para o quarto com Alice. Depois de mim vocês poderão entrar dois de
cada vez.
Em seguida Jasper saiu novamente para ver como estava o filho. Ele estava
radiante.
**
– Bella, Rose?
– Minhas grandes amigas venham conhecer meu pequeno Jason. Meu lindo
filho.
Alice estava amamentando Jason. Uma das cenas mais lindas que eu já havia
visto. E não era somente eu. Rose já chorava.
Alice disse.
Eu e Rose abraçamos Alice ao mesmo tempo. Olhamos para Jason que nos
olhava atentamente.
– É obvio que é. Meu marido é um gato e eu não sou de se jogar fora. O que
queriam?
Eu ri.
– Oi lindinho.
Aquele dia foi incrível. Todos praticamente passamos o dia no hospital nos
revezando nas visitas a Alice e Jason.
Aquela primeira noite Jasper iria passar com Alice no hospital e na outra noite
seria minha vez. Alice teria que ficar três dias no hospital devido à cesariana.
Pov. Elizabeth
Meses escondida.
Isabella Swan.
Meu filho iria se livrar daquela mulher. Daquela bruxa que o havia
enfeitiçado.
Logo após eu contar a Edward sobre a pasta em que a rameira guardava fotos
minhas, de Edward e todo seu plano de vingança. Eu fugi para Miami com a
certeza de que Edward não a perdoaria.
E foi assim por alguns meses até ele fazer a cirurgia e voltar com aquela
mulher.
Ela deve ter se aproveitado da fraqueza que ele sentia após fazer a cirurgia.
Então voltei a o Mississipi. Não para Raymond que daria muito na cara, mas
em Bolton a capital. Era próximo de Raymond e bem maior, e se eu tomasse
os devidos cuidados, não me achariam. E vinha sendo assim nos últimos
meses.
James e Mike Newton, que havia colocado sua amante Jessica aos meus
serviços. Eu precisava de uma empregada no apartamento onde eu morava e
tinha que ser de confiança.
Mas ela não tinha peito para me enfrentar ou enfrentar Mike Newton e
acabava fazendo tudo o que mandávamos.
Após eu pegar Gabriel no shopping eu tinha certeza que Edward veria que
aquela Isabella não seria mulher suficiente para ser responsável por uma
criança, mas enganei-me novamente.
Isso não ia adiantar mais. Eu precisava de algo mais forte e mais poderoso que
pudesse separá-los e a única coisa quer vinha a minha mente era. Morte.
Precisava morrer.
**
Eu pedi a ele que se calasse. Jessica entrava naquele momento na sala para
servir um chá.
– Pois você ouviu muito bem James. Eu quero que você mate Isabella Swan.
– Olha Elizabeth, eu já fiz varias coisas nessa vida, mas assassinato não está
incluído entre elas.
Ele me encarou.
– Nós podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil James, você que
escolhe. Eu vou explicar melhor. Eu tenho varias provas de seu envolvimento
em diversas coisas escusas que não ficariam bem a um prefeito. Então...
Imbecil.
Acho que não poderia contar com este idiota para resolver meu problema.
Pov. Bella
Eram tantas coisas lindas. Fiquei imaginando quando fosse comigo. Esqueci
que havia decidido verificar se eu realmente estava grávida, mas com o
nascimento de Jason acabei esquecendo. Bom eu estaria em um hospital e lá
eu poderia tirar esta historia a limpo.
Era estranho andar acompanhada por estes homens que cuidavam de minha
proteção. Eu realmente não achava necessário. Eles eram legais
aparentemente já que se mantinham sempre discretos. Eu sabia que o maior se
chamava Frank o outro que tinha uma cara de mau era Bob. E era só. Edward
era que mantinha maior contato com os dois.
Sai do carro e fui para o hospital. Segui diretamente para o quarto de Alice ao
chegar lá encontrei Esme paparicando o neto mais novo.
– Boa noite.
Eu disse ao chegar.
Eu disse beijando Jason que estava no colo de Esme. Alice estava quieta.
– Dor.
Ela disse.
– Já sim. Mas não passa eu pedi outro remédio, mas as enfermeiras só sabem
dizer que é normal. Normal o caralho!
Eu perguntei.
Alice falou.
– Cha... O que?
Eu ri.
– Ainda bem que estou aqui. Já pensou ficar em casa com aquele cheiro. Vou
ter que abrir todas as janelas para sair o fedor.
– Ué, mas nenhum deles fuma. Como é que vão fumar charutos?
– Bom. Edward me explicou que é uma tradição. Que eles mais enrolam do
que verdadeiramente fumam.
– Alice como vai cuidar do seu filho se cada vez que ele encher a fralda você
fizer esta cara de nojo?
– Eu sei. Eu sei. Tenho que superar isso afinal é meu lindo filho.
Olhei as sacolas e vi que faltava uma. Justo a das roupinhas que eu mais tinha
gostado.
Sai do hospital em direção aonde havia deixado meu carro estacionado. Fui
caminhando pelo acostamento da rua que não era muito movimentada.
– CUIDADO!
Alguém grita. O carro bate em meu corpo com um baque surdo eu caio na
estrada e tudo a minha volta escurece.
Pov. Edward
Eu não consegui parar de rir. Emmett tentando fumar um charuto devia ser a
coisa mais engraçada na face da terra.
Carlisle disse.
– Que nada... pai...eu to...bem.
Eu e Jasper não agüentamos e gargalhamos mais uma vez. Até nosso pai nos
acompanhou.
Bella passaria esta noite com Alice para que Jasper pudesse descansar.
– Se você não para de tentar fumar este charuto, daqui a pouco vou ter que
fazer respiração boca a boca em você e essa é uma situação que eu não
pretendo passar.
Eu sabia o que ele estava sentindo. Eu já havia sentido quando Gabe nasceu e
pretendia sentir muitas vezes ainda com Bella ao meu lado.
– Para seu governo eu seria um ótimo pai. Já sou um ótimo tio pode perguntar
pro Gabe. Não é Edward?
– Mas ela está bem? Tem certeza? Bom, peça para o Dr.Danny atende-la e eu
já estou indo par ai.
Emmett perguntou.
Jasper perguntou.
– Do que você está falando pai? - Eu digo enquanto pego meu celular no bolso
da calça. Ele esta descarregado. - A bateria acabou. Eu não tinha percebido,
mas o que é que está acontecendo pai?
Mas não deixo meu pai terminar de falar e saio correndo em direção ao meu
carro.
– Edward!
O hospital não era longe então em minutos eu estava estacionando meu carro
em frente ao hospital. Meu pai e meus irmãos estacionavam logo atrás de
mim.
Jasper falou.
Eu disse olhando para meu pai. Ele tinha o poder de decidir isso.
–Se acalme Edward eu preciso primeiro ver realmente se está tudo bem. Ela
deve estar fazendo exames se acalme ok. Eu já volto.
Ele saiu. Custou-me muito, mas muito mesmo não sair atrás dele. Mas eu
respeito meu pai e sei que ele não me deixaria na mão.
Eu perguntei desesperado.
– Ela estava andando pela rua. Iria até o carro buscar um presente que ela
trouxe pro Jason, eu estava chegando aqui ao hospital ela não me viu eu fui
em direção a ela. Quando eu estava próxima um carro preto acelerou e partiu
para cima dela. Os seguranças gritaram para que ela tivesse cuidado, mas foi
tarde. Por sorte o carro não a pegou em cheio foi meio de lado.
– Espere! Está dizendo que o carro avançou para cima dela de propósito?
– Eu acho que sim e os seguranças também, além disso, o caro não parou para
prestar socorro. Foi muito estranho, Edward. O carro estava andando normal,
mas ai de repente acelerou. Parece que a viu e ai acelerou. Não sei.
– Alice já sabe?
Jasper perguntou.
– Não achei melhor não falar nada, mas ela está desconfiada afinal Bella saiu
par ir até o carro e não voltou até agora.
Eu conhecia meu pai sua expressão era de alivio então suspirei aliviado
também.
– Está tudo bem meu filho. Ela deve uma queda feia bateu com a cabeça por
isso fizemos todos os exames, mas não há nada além de umas pequenas
escoriações e arranhões e...
– E?
Fui até o quarto que meu pai disse e lá estava ela. Meu anjo.
Ela virou seu rosto encontrando o meu e seu sorriso foi de tirar o fôlego.
Por quê?
– Eu sei, agora que estou te vendo eu sei. Mas... antes foi... horrível. Você tem
idéia de quanto eu amo você? Que eu não suportaria que qualquer coisa
acontecesse a você.
Fui até ela e peguei sua mão que estava com um machucado e dei um leve
beijo.
– Eu já... eu já estava desconfiada, mas não tinha certeza e bom com este
acidente acabou confirmando minhas suspeitas.
Eu falei olhando em seus lindos olhos que brilharam por conta das lágrimas.
Ela sorriu lindamente para mim. Seus olhos castanhos brilhando de uma forma
incrível.
Bella grávida.
Um filho.
Um sonho. Até pouco tempo eu não sabia nem se viveria para ver Gabriel
crescer e agora eu não só o veria crescer como teria outro filho.
– O que está pensando? Que eu não quero? Bella... você está me fazendo o
homem mais feliz do mundo. Eu... eu não tenho palavras para dizer o que
estou sentindo.
Olhei em seus olhos e vi um amor tão grande que me deixou sem fôlego.
– Claro que vai. Se for uma menina já vou avisá-lo como proceder.
Bella gargalhou.
Outra coisa veio a minha mente. Bella havia sido atropelada e já estava
grávida. Deus! Ela podia ter perdido o bebê.
– Rose disse que carro parece... que acelerou quando te viu. Você percebeu
isso?
– Nada meu amor. Daqui a pouco você vai ter alta e vamos pra casa. Amanhã
Gabriel estará de volta e contaremos a ele sobre a grande novidade.
Pov. Bella
Eu estava grávida.
Um filho.
Eu estava radiante.
Teríamos um filho.
Como eu não tinha nada de muito grave fui liberada aquela noite mesmo e fui
pro apartamento com meu amor.
Não contamos aos nossos familiares com certeza Carlisle contaria a eles.
Preferimos fazer nossa comemoração a dois primeiro e queríamos contar ao
Gabe antes da comemoração com nossa família.
**
– Oi papai.
Logo em seguida ele veio me dar um abraço gostoso.
Eu ri do seu jeitinho.
– Oi Tânia.
– Oi Edward. Oi Bella.
– Não obrigado. Tenho que ir para o aeroporto meu vôo é daqui ha uma hora e
meia.
– Você vai daqui a pouco vamos para casa da vovó Esme e ele vai estar lá.
– Ah que legal! Será que ele vai poder jogar vídeo game comigo?
Edward riu.
– Querido ele é muito pequenininho. Ainda não vai conseguir jogar com você.
Eu disse.
– Claro querido.
Eu disse.
– Não Gabe seu irmão ou irmã está aqui. – apontei para minha barriga. - Só
daqui alguns meses é que ele vai poder chegar.
– Meu irmão está na sua barriga Bella? Como ele entrou ai?
Oh God!
– Sim.
Por essa eu não esperava. Edward me olhou e pelo que vi, ele estava
emocionado assim como eu também estava.
O que eu diria a ele. É claro que amaria ser chamada de mãe por ele. Eu já o
considerava meu filho, mas e quanto a Tânia?
Eu não queria desrespeitá-la afinal ela tem sido sempre muito legal comigo.
Edward me olhou e não precisou dizer mais nada só me abraçou deixando que
a emoção nos tomasse.
Pov. Bella
– Claro que não fico chateada, Bella. Você agora vai ser mãe. Vai entender
que o que mais queremos para nossos filhos é que eles sejam felizes e amados
e isso você faz muito bem com meu filho. Ele não vai esquecer que eu sou a
mãe dele porque vai chamá-la de mãe. E de fato não é o que você é para ele?
– Eu tenho certeza que sim Bella. Ah, agora eu... tenho uma coisa para te
falar.
– Pode falar.
– Sim nos conhecemos no mês passado em umas fotos para uma campanha
que eu fiz. Ele era o fotógrafo e... meio que nós estamos saindo.
Não acreditei. Que mundo pequeno. E aquele Frances metido não tinha me
contado nada.
– Nossa Tânia eu... estou surpresa, mas espero que vocês se acertem.
– Bom, nós estamos nos conhecendo, mas estou gostando muito de sair come
ele. Ele é divertido.
Com certeza Edward iria amar a novidade. Ele ainda insistia em ter ciúme do
meu amigo. Eu e Tânia nos despedimos e fui cuidar dos meus afazeres no
estúdio.
– Oi Bella.
Ela se surpreendeu com meu tom de voz. Mas eu não podia esquecer o que ela
fez em relação ao sumiço de Gabe.
– Por que está falando assim Bella?
– Por quê? Por que pergunto eu Jessica. Por que você está fazendo estas
coisas? Se envolvendo com este tipo de gente.
– Sabe muito bem Jessica. Você veio aqui aquele dia e logo depois o Gabriel
some enquanto estamos no shopping. Acha que somos burros, Jessica? Você
está envolvida com Elizabeth Mansen. O que veio fazer aqui hoje? Veio
verificar se o atropelamento havia deixado seqüelas? Por que está mais que
obvio que foi ela que me atropelou. Pois pode ir correndo contar pra aquela
víbora que eu estou muito bem alias bem não é a palavra certa. Eu estou
radiante. Eu estou grávida. Vou ter um filho de Edward e nada nem ninguém
vai nos separar. Pode ir lá correndo contar a ela.
Eu disse tudo o que estava engasgado num fôlego só. Não entendia o porquê
de Jessica agir assim. Eu sempre gostei dela e procurei tratá-la da melhor
forma.
– Por que Jess? Eu sempre gostei de você. Sempre estive disposta a te ajudar.
Eu podia ser considerada uma tonta, mas eu acreditava que ela não me queria
mal, mas mesmo assim não diminuía a magoa.
– Você pode não querer meu mal Jessica, mas as pessoas com quem você está
querem. E isso já diz tudo sobre você.
– Eu vou embora Bella. Não vou mais te procurar. Felicidades a você e ao seu
bebê.
Ela falou e saiu rapidamente do estúdio. Eu sei que o certo seria chamar a
policia. Que eles iriam atrás dela e assim colocariam as mãos em Elizabeth,
mas eu não consegui. No fundo eu queria acreditar que Jessica era uma boa
pessoa e não queria me sentir responsável se por acaso a prendessem como
cúmplice de Elizabeth Mansen.
Como hoje era sábado eu sempre fechava o estúdio mais cedo. As 17hs eu me
preparava para fechar quando o telefone do estúdio tocou.
Nunca iria imaginar quem seria ao telefone.
– Alô.
– Se pensa que conseguirá ficar livre de mim está enganada Isabella Swan.
Elizabeth.
– Vou acabar com você e com esse bastardinho que você carrega.
Automaticamente minha mão livre foi para meu ventre, como se eu tentasse
proteger meu filho daquela mulher. Olhei e vi que os seguranças estavam a
postos na frente do estúdio.
– Você não vai poder fazer nada Elizabeth por que em breve você será presa.
Ela gargalhou.
– Acredite Isabella. Eu estou longe de ser presa. Mas se por acaso isto
acontecer será depois de eu matá-la com as minhas próprias mãos e tenha
certeza que isso não irá demorar.
A linha ficou muda. E eu tive que me sentar para tentar acalmar meu coração.
O sangue corria rápido por meu corpo.
Após falar com o delegado continuei sentada tentando me acalmar. Isso não
faria bem ao meu bebê. E era isso justamente o que ela queria. Estava tão
distraída que mal percebei Edward entrando no estúdio.
– Não fique meu amor. Ela jamais chegará perto de vocês, eu prometo. Se
acalme meu amor.
Eu fiquei ali embalada pelos braços do meu amor. Meu Edward. Mas as
palavras daquela mulher não saiam da minha mente.
Pov. Edward
– Alice ele está tão fofo. Da vontade de morder essa coisa linda.
Bella estava muito nervosa é claro que ela não admitia, mas eu a conhecia.
Ela podia ficar tranqüila jamais Elizabeth chegaria perto dela ou dos meus
filhos.
– Em alguns meses você vai ter seu próprio para tentar morder, Bella.
Jasper disse.
Ela me olhou e sorrimos. A notícia da gravidez de Bella foi motivo para muita
festa na casa dos meus pais.
– Ursinha nós estamos ficando pra trás. Jasper e Alice já têm o mosntri...
Jason. Edward e Bella. O Gabe e agora mais um. Faltamos nós.
Emmett disse.
Gargalhamos.
Gabriel estava com ciúmes de Bella porque Jason estava em seu colo.
– Querido você sabe que só pode comer doce depois do almoço não sabe?
Alice pegou Jason e Gabe sorriu pulando no colo de Bella que o encheu de
beijos o fazendo gargalhar.
Minha mãe vinha com o prato nas mãos, do seu famoso macarrão, quando
parou próxima a TV. Em seguida ouvimos o barulho do prato se espatifando e
cacos de vidros e comida se espalhando por todo o chão.
– Esme?
Meu pai a chamou preocupado, mas ela não respondia seus olhos fixos no que
o repórter da TV dizia. Então acabamos por também ouvir.
Elizabeth assassinada.
Em seguida o que houve foi que minha mãe desmaiou sendo acudida pelo
meu pai e meus irmãos.
Senti alguém pegar em minha mão e vi que era Bella que me olhava tão
assustada quanto eu estava.
– Meus Deus!
Rose disse.
Eu voltei a mim.
– Amor?
Bella me chamou.
Não sei.
Penúltimo capítulo.
Pov. Bella
Mas ela também faz justiça e cobra seu preço a aqueles que acham que são
invencíveis.
Eu deveria me sentir feliz e aliviada por ela não pertencer mais a este mundo.
Por não poder mais fazer mal a mim ou aos que amo.
Brutalmente assassinada.
E principalmente não consegui ficar feliz com algo que machucasse Edward.
Porque ele podia tentar se mostrar forte, mas a morte de Elizabeth, da forma
como foi, mexeu com ele.
O delegado não sabia dizer nada mais do que vimos na TV. Ele explicou que o
caso pertencia ao delegado de Bolton e que ele só iria até lá por Elizabeth se
tratar de uma foragida. Ele também nos avisou que alguém da família teria
que ir fazer o reconhecimento do corpo. Que ficou a cargo de Jasper. O mais
calmo entre nós.
Eu não fui ao enterro. Além de não gostar deste tipo de cerimonia não teria
cabimento.
Dois dias após o enterro começamos a ser chamados para depor. Teríamos que
nos deslocar até Bolton. A investigação ocorreria lá.
Imaginei que isso pudesse ocorrer devido os meus problemas com a “vítima”.
Ao chegarmos à delegacia de Bolton fomos recebidos por um investigador
que pediu que aguardássemos ser chamados pelo delegado.
Edward estava desconfortável por minha causa. Ele sempre preocupado com
minha saúde e a do bebê.
– Srta. Swan?
– Sim.
Eu disse o cumprimentando.
– Ah!
– Bem não se trata de uma conversa informal Srta. Swan. E acharia melhor
que um advogado acompanhasse seu depoimento.
– Não Edward! Eu não devo nada. Só quem deve é que precisa de advogado.
– Bella...
Edward insistiu.
– Nem pense em me tirar daqui. Se Bella quer falar tudo bem, mas eu não saio
do lado dela. É isso ou vai ter que esperar o advogado dela chegar e ele está
do outro lado do país.
Edward disse serio e dessa vez eu concordei com ele. Eu não queria ficar
sozinha neste momento.
– Pra começar Srta. Swan você e a vítima não se davam bem. Isso procede?
– Sim. Ela foi a causadora da morte do meu pai. Mas isso o Sr. já deve saber.
Por que não vai direto ao assunto delgado.
Eu suspirei.
Edward rosnou.
O delegado abriu uma gaveta retirando de lá um saquinho plástico com algo
brilhante dentro.
O delegado mostrou o brinco que Edward havia me dado. O que ele estava
fazendo ali?
– Sim. Ele é meu. Foi um presente de Edward. Foi roubado ha uns meses
atrás.
– Este brinco Srta. Swan foi achado no local do crime. Para ser mais exato ao
lado do corpo de Elizabeth Mansen.
– Como este brinco foi para lá? Poderia nos esclarecer isto?
– Estou investigando Sr. Cullen e convenhamos que essa historia está muito
estranha.
– É claro que pensei nesta possibilidade Srta. Swan, mas primeiro eu tinha que
averiguar se a informação procedia. E como a Sra. Mansen e a Srta. Swan
tinham problemas...
– Achou melhor acusar Bella logo de uma vez assim seu trabalho seria
resolvido logo não é?
– Como é?
Edward perguntou.
Não sei com ou quando começou, mas me senti mal. E em seguida não vi
mais nada.
**
– Bella? Amor...
Ao olhar ao redor eu vi o delegado próximo. Ele estava com uma cara seria.
– Srta. Swan me desculpe eu não sabia que estava grávida.
– Bella claro que não meu amor. Não estávamos à noite toda juntos? Como
poderia ter sido você?
Eu falei a Edward.
– Você faz idéia de quem roubou? Ou acha que foi a própria Elizabeth?
Ele perguntou.
– Não. Foi uma tal de Victoria. Ela foi trabalhar lá no bordel e logo em
seguida tanto a pasta quanto o brinco sumiram. Edward ligue para o John ele é
meu advogado e amigo.
– Eu vou averiguar esta historia que a Srta. falou. É Victoria o nome da moça?
– Sim.
Eu confirmei.
Após isto eu fiquei em uma sala reservada com Edward. Carlisle chegou em
seguida acompanhado de Rose e Emmett.
Carlisle disse que a imprensa já estava ao lado de fora. Alguém havia passado
a informação de que eu seria a suspeita do crime e isso os atraiu feitos urubus.
Eu não sabia quanto tempo teria que ficar ali. Imagino que até a chegada de
meu advogado. Ou seja, seria muito tempo já que John estava em New York.
Naquela sala apertada eu tentava ficar calma por causa do meu bebê. E por
Edward que estava uma pilha de nervos.
– Mas?
Eu sussurrei.
– Sr. Cullen a Srta. Stanley me pediu para conversar com a Srta. Swan em
particular o Sr. me acompanha?
– Minha vida, como você já sabe, não tem sido muito fácil nesses últimos
tempos. Eu vivo com um homem que me espanca. - ela riu. – Vivo? Eu sou
amante fixa dele. Seu objeto sexual. E em alguns meses eu fui trabalhar para
Elizabeth Mansen. Eu realmente nunca quis te prejudicar, mas isso não me
impediu de ter inveja de você. Afinal você, Alice e Rose haviam se arrumado
na vida. Com homens bons. E eu? Bom, eu com um canalha. Eu sei que foi
minha escolha. Mas... bom. Desde que você voltou com Edward a Sra.
Mansen... a Elizabeth pirou. Seu único objetivo era separá-los. Até aí eu me
mantive neutra. Vamos dizer assim. - Ela sorriu sem humor. - Foi quando ela
decidiu que você não deveria viver que eu não pude mais com isso...
– Então como está a rameira? Apavorada depois do susto que eu dei nela?
Ela perguntou com seu costumeiro teor de superioridade.
– Bem? Como assim bem? Ninguém fica bem de após de ser atropelada. Ela
devia estar no mínimo assustada.
– Acho que Sra. vai ter que maneirar na sua forma de assustá-la. Bella não
está mais sozinha. Ela está grávida. Ela e Edward terão um filho.
– Se pensa que conseguirá ficar livre de mim está enganada Isabella Swan.
Eu ouvi Elizabeth falando quando passava próxima a sala em que ficava seu
escritório.
– Vou acabar com você e com esse bastardinho que você carrega.
– Acredite Isabella. Eu estou longe de ser presa. Mas se por acaso isto
acontecer será depois de eu matá-la com as minhas próprias mãos e tenha
certeza que isso não irá demorar.
Ela desligou e eu ofeguei. Ela vai matar a Bella. Espiei pela fresta da porta
que estava aberta e a vi pegando uma pistola.
– De hoje você não passa Isabella Swan. Nunca terá esse bastardo. Nunca.
– James. De hoje não passa. Vou acabar com Isabella Swan. Estou indo
agora para Raymond e vou mata-la.
Meu coração entrou em colapso. Eu não podia deixar que ela fizesse isso.
Vi que a arma que ela havia pegado estava em cima da mesa. Ela estava
distraída conversando com James.
– Não adianta tentar me convencer, James. Eu vou fazer isso. E será agora...
Ela sorriu.
– Eu sou a putinha que está apontando a arma para você Sra. Mansen.
– Você não sabe com quem está lidando Jessica. Acho melhor baixar esta
arma...
– Parada!
Ela avançou para cima de mim que sem pensar atirei. A arma disparou duas
vezes atingindo-a no peito.
Elizabeth me deu aquele olhar que acho que todos dão antes de morrer e caiu
ensanguentada no chão.
– Não. Claro que não. Bom depois do ocorrido eu fiz uma pequena mala.
Peguei um dinheiro que eu tinha e a arma e me mandei. Fiquei numa pensão
escondida até eu ver pela tevê que você estava sendo acusada pelo crime e que
acharam o brinco ao lado do corpo de Elizabeth. Eu não sei..., mas acho que
tem o dedo do James nisso. Não sei por que ele queira te incriminar. Eu só sei
que o brinco quem pegou foi a amante dele.Victoria.
– Bom, provavelmente eu vou apodrecer na cadeia, mas pelo menos não vou
mais apanhar né.
Após sair da sala em que Jessica estava imediatamente Edward estava ao meu
lado e eu o abracei.
Seguimos para o carro. Durante nosso trajeto para Raymond ele me contou
sobre as peças que faltavam na historia.
Respirei fundo.
– Bom foi mais por proteção mesmo. Ele foi ao encontro de Elizabeth.
Chegando lá ele a encontrou morta e como sabia que as câmeras do edifício
mostrariam sua entrada no prédio na noite do crime ele teve a ideia de colocar
o brinco lá. Quando Victoria roubou a pasta a meu ver James tinha a intenção
de matar Elizabeth e colocar a culpa em você.
– Ele vai ser punido por isso?
Edward assentiu.
– Sim o delegado disse que não só por isso. Foi encontrado no apartamento de
Elizabeth um dossiê mostrando todas as falcatruas de James na prefeitura de
Raymond. Ele não permanecerá no cargo por muito tempo e ainda responderá
a vários processos.
– Edward a partir de agora nossas vidas tomará outro rumo. Vamos esquecer
todas estas coisas. Vamos ser felizes. Eu,você,Gabe, nosso bebê e nossa
família.
– É claro meu amor. E pra isso temos que fazer algo muito importante e que
não pode mais esperar.
Último capítulo.
Pov. Bella
Meu vestido de noiva era lindo. Alice tinha encontrado este vestido. A
primeira vista eu não havia levado muita fé. Mas eu tive que dar o braço a
torcer.
Ele era de organza. Bordado nas mangas e no busto. Era delicado e romântico.
Eu prendi o cabelo em um coque elegante e usava brinco e colar de perolas
presente de Esme.
Hoje eu me casaria com Edward. Era o dia do meu casamento. Bom, não só o
meu.
Ideia de Alice, mas confesso que amei. Algo a mais que dividiria com minhas
amigas. Irmãs na verdade.
Ela seria a madrinha de Rose e Alice. Eu amaria que ela fosse a minha
também, mas não quis sobrecarrega-la e, além disso, eu convidei uma pessoa
que se mostrou muito amiga e compreensiva. Era uma forma de agradecer por
tudo. Por me permitir ser mãe de seu único filho. Sim, minha madrinha era
Tânia.
Rose estava ao meu lado vestindo um maravilhoso vestido tomara que caia.
Ela não quis usar branco então seu vestido era na cor pêssego. Rose estava
linda.
Alice disse.
Esme foi até a porta abrindo uma pequena fresta. Era mesmo Carlisle. Ele
entrou e sorriu ao nos ver.
– Obrigado sogrinho.
Eu perguntei. Não víamos nossos noivos o dia todo, contando que agora já era
à tardinha.
– Jasper na sua calma de sempre e de olho na baba pra ver se ela está
cuidando de Jason corretamente. Emmett decidindo se ainda a tempo de fugir.
– Estou brincando Rose. Ele está, por incrível que pareça, tentando acalmar
Edward. Esse sim parece que vai parir um filho.
Eu sorri quando Gabriel entrou vestindo seu smoking. Ele estava tão lindinho.
– Mamãe!
Ele encostou sua cabeça na minha barriga. Annie ouvia muitos diálogos. O
irmão e pai vivam conversando com ela.
– Annie você tem que ficar quietinha aí. Não pode fazer a mamãe vomitar se
não ela não pode casar com o papai.
Todos sorriram.
Alice falou.
– Meu amor agora você tem que voltar pra festa que está na hora do
casamento.
Eu falei a Gabe.
– Ta bom mamãe. Eu vou lá ficar com a mamãe Tânia e o namorado dela que
fala esquisito.
Chegou a hora. Eu iria me tornar a esposa do homem que mudou minha vida.
Flashback On
– Estou tão feliz meu amor. Uma menina? Mal posso acreditar.
– Eca!
– Vem cá filho.
Edward o chamou.
– Ainda não decidimos querido. Quer ajudar a escolher o nome da sua irmã?
Estávamos entre Amélia e Annie. A opinião de Gabe foi a que mais pesou.
– Eu gosto de Annie,mamãe. A Jane tem uma boneca que tem esse nome e ela
disse que é o nome mais lindo.
– Não achei que podia ser mais feliz. Amo você, Bella.
– Eu te amo Edward. Muito. Amo muito tudo isso que estamos vivendo.
Flashback Off
Alice foi a primeira a ser conduzida ao altar por Carlisle. Depois foi Rose. E
então chegou minha vez.
Edward.
Lindo.
Eu sorri.
– O que foi?
Mostrei a ele levando sua mão até minha barriga. Edward me presenteou com
mais um lindo sorriso.
A festa estava divina. Tudo organizado por Esme e Alice. Elas superaram
qualquer expectativa. Tudo no seu devido tempo. As fotos. O bolo delicioso.
Tudo perfeito como nos meus sonhos.
Ri debochada.
– Hum...possessivo...
– Minha. Só minha.
Ele disse me deixando acesa com a forma que falava ao meu ouvido.
Pov. Edward
– Estou tão feliz por você Edward. Por vocês todos. Meus filhotes cresceram e
agora tem suas próprias famílias.
Eu a abracei. Tanta felicidade. Não sei se eram meus olhos, mas a festa as
pessoas transbordavam felicidade.
Ela riu.
Ela assentiu.
– Não vai achando que se verá livre de mim. Afinal você está me dando minha
única sobrinha. Preciso vir aqui para mima-la bastante.
**
Eu estava olhando para Bella linda naquele vestido. Mal dava pra notar que
ela estava grávida. Somente os que sabiam notavam algo. Ela estava radiante.
Conversava com Carmem e mais algumas amigas da época do bordel.
Ela me olhou e eu sorri levantando a taça de champanhe. Ela sorriu e veio
naminha direção.
Eu disse a ela.
– Mal posso esperar para ficar a sós com você. Eu te amo Bella Cullen
Olhei para o lado e vi Gabriel no colo de Tânia e a seu lado Alec, o amigo de
Bella que agora era namorado de Tânia.
– Mamãe!
– Eu tenho uma ideia. O que acham de eu fazer umas fotos de vocês três? Vão
ficar muito legais duas mamães e seu filho.
Alec disse.
Eu gostei da ideia.
– Sempre. Quero ver você na frente das câmeras se vai ser tão fácil. Não
esqueça que agora quem da às ordens sou eu.
– Ui que medo!
Gabriel estava amando ser o centro da atenção de suas duas mamães. E Bella
estava me deixando louco com suas caras e bocas para a câmera.
Senti alguém chegar próximo a mim enquanto eu estava focado em ver meus
amores sendo fotografados.
– Edward.
Era uma situação constrangedora. Eu sabia que ela ainda gostava de mim.
– Eu pensei em não vir, mas... eu precisava ver você seguindo em frente para
que eu possa seguir também.
– Ângela eu sint...
– Não. Não fique triste. Hoje é um dia especial para você. Não quero causar
esse sentimento. Quero que saiba que te desejo toda felicidade do mundo.
– Oi.
– O que foi?- por um momento pensei que ela estivesse com ciúme por me ver
com Ângela - Algum problema?
Bingo.
– Eu não preciso ficar com ciúmes. - ela disse fazendo um bico lindo - Você é
meu. Só meu.
Foi o que bastou para voltarmos a nos beijar com o mesmo ímpeto de antes.
– Eu quero você.
Bella disse entre beijos. Era difícil de resistir com ela falando assim.
Porra!
Foi assim que saímos da nossa festa de casamento começando a lua de mel ali
mesmo no meu antigo quarto na casa dos meus pais.
Fim.
Epílogo.
Pov. Edward
Estava brincando com o priminho. Eles eram quase da mesma idade e se
davam muito bem.
A festa era nos jardins da casa de meus pais. Uma exigência de minha
mãe.
Havíamos contratado uma empresa que organizava festas infantis. Eles
eram profissionais. Havia montado cama elástica, piscina de bolinhas. Havia
show de mágicos e pra desespero de Annie havia palhaços. Não sabia, mas
minha filha tinha medo de palhaços.
Então por precaução, depois de vê-la chorar o que quase arrancou meu
coração, eu pedi aos palhaços que se mantivessem afastados. Não podia
expulsa-los, pois havia outras crianças que amavam.
Jason havia saído de perto de Annie e assistia a o show do palhaço quase
sem piscar.
Emmett brincava com isso só para incomodar Alice, mas às vezes eu
acho que até ele acreditava nas suas brincadeiras.
- Deixe a Rose ouvir você falar assim do Jason. Ela vai fazer greve de sexo de
novo. Você sabe como ela o adora.
- Pior que sei. Deixa-me salvar minha afilhada das garras do palhaço e do
aprendiz de monstrinho.
Não havia percebido que Annie estava indo atrás do primo.
Emmett conseguia ser mais protetor do que eu com Annie. Ele a adorava
e areciproca era a mesma por parte dela. Até senti ciúme algumas vezes. Mas
se fosse por isso eu estava ferrado. Annie era a única menina. Todos nós
homens da família estávamos enrolados em seu dedinho.
- Princesa!
- Dindo!
Ela disse gargalhando. Enquanto ele a rodopiava. Então ela pôs seus
olhos chocolates, como os de sua mãe, em mim e sorriu.
- Papai!
Jogou seus bracinhos para mim. Emmett não teve alternativa se não me
entregar ela. Ele ficou emburrado.
- Essa é uma luta perdida meu irmão. - eu disse enquanto pegava meu
pequeno tesouro.
- Oi princesa do papai.
Ele estava se divertindo.A distraí porque se ela o visse iria chorar. Annie
era louca pelo irmão.
- Ela está com sono. Preciso achar Bella para levá-la para uma soneca. Se não
na hora de cortar o bolo ela vai estar morta de sono.
- Oi pai. Nós estávamos combinando de jogar futebol. Não quer jogar você e o
tio Emmett também?
Meu filho já não era mais um menininho. Estava com 11 anos se
encaminhando para adolescência.
- Depois das fotos Gabe, se não sua mãe vai ficar furiosa.
Pov. Bella
- Mamãe! Mamãe!
Estávamos sentadas nas mesas que estavam próximas onde estavam os
jogos, que foram colocados para as crianças brincarem.
- Alice!
Eu falei. Ela fuzilava Emmett que vinha com Annie no colo.
Jason não deu muita bola e voltou correndo para onde antes estava
brincando.
Ela estava tão linda com aquele vestido lilás que Alice havia escolhido.
- Mamãe eu tá sono.
- Meu amorzinho fica aqui nocolinho da mamãe e dorme um pouquinho.
- Pelo amor Deus Alice! Fala baixo.Se a Rose ouvir eu estou ferrado. Sabe
que eu estou só brincando.
Rose falou chegando onde estávamos. Com ela estavam Jasper, Esme e
Carlisle.
- Nada ursinha.
Eles estavam se preparando para serem pais já que Rose estava grávida
de dois meses.
Era uma dádiva estar assim com nossa família reunida.
Sorri.
Edward.
Deu um beijo na testa de Annie que dormia seu sono tranquilamente.
- Lembra-se?
- Sim. Sempre.
Flashback On
Nosso vôo havia sido tranquilo apesar de toda aminha apreensão pela
viagem.
Combinamos de ficar somente uma semana fora. Eu não queria deixar
Gabe mais que isso sem nossa presença.
- Cansada?
Estávamos nus. Edward atacando meus seios com sua boca e língua.
Meus seios que agora estavam mais sensíveis.
- Vou me esbaldar aqui porque daqui a alguns meses eles serão propriedade
de Annie.
Ele foi descendo por meu corpo beijou meu ventre levemente
distendido onde sua filha estava. E continuou descendo até chegar onde eu
mais precisava dele.
Eu apertava os lençóis brancos com tanta força que achei que fossem
rasgar. Edward estava literalmente acabando comigo.
- Chega!
- Deite na cama,Edward.
Até que as explosões tomaram conta do meu corpo. Senti Edward
enrijecer e relaxar em seu orgasmo.
- Eu te amo.
Flashback Off
- Sim. Talvez.
Gabriel se aproximou de nós. Meu menino havia crescido tanto nestes
anos. Estava cada vez mais parecido com o pai.
- Oi mãe.
Ele abriu aquele sorriso lindo que me faz feliz tantas vezes.
Apesar de a festa ser de Annie programamos tudo para que as outras
crianças aproveitassem o máximo.
Gabriel voltou a brincar com seus amiguinhos. Eu, Edward e Annie
ficamos juntos. Conversando e vendo nossa filha dormir em meus braços.
Nossa vida nestes anos tem sido maravilhosa. Eu continuo trabalhando
no estúdio e Alice continua me ajudando. Fiz uma exposição das minhas fotos
há alguns meses atrás. Foi um sucesso.
Rose e Emmett passando pelo lindo momento de esperar pela chegada do
primeiro filho.
Alice e Jasper construindo sua jornada ao criar um menino. Mas eles
tinham sorte. Jason era um menino adorável e muito calmo.Como o pai.
O pai de Jacob conseguiu benefícios na justiça. Em vez de ser preso ele
foi condenado a fazer serviços comunitários. Não era justo que somente ele
pagasse pela morte de meu pai. Já que a principal causadora de sua morte não
poderia pagar pelo crime.
Com Jessica as coisas foram um pouco mais difíceis. Mesmo com a
grande ajuda de John, meu advogado, ela não foi muito beneficiada. Teria que
passar muitos anos na prisão. Mas eu nunca a deixaria desamparada.
O prefeito James Mitt foi processado. Perdeu seu mandado e foi preso
pelos crimes contra a administração pública. Seus comparsas,Victoria e Mike
Newton, também pagaram pelos seus crimes.
Todos têm que pagar pelas coisas erradas que fazem.
Ele passou o braço por meus ombros colando seu rosto ao meu.
- Amo você.
- Eu também amo você muito, Edward. Eu nunca disse a você... pode parecer
errado, mas... eu agradeço por ter planejado a vingança. Isso me fez te
encontrar. Encontrar o Gabe... e a sua família. Você deve estar me achando...
- Eu li em algum lugar "Não há vingança mais honrada do que aquela que não
se executa." Nunca um proverbio fez tanto sentido.