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Capítulo 1 "A vingança abranda a dor"

Pov. Bella

O meu telefone tocou. Eu me sobressaltava cada vez que ele tocava.

– Srta. Swan aqui é do New York Presbyterian hospital. Ela piorou, eu sinto
muito...achamos que não passa de hoje. A Srta. deveria vir para o hospital.

Eu fechei meus olhos. Eu estava esperando por esse momento pelos últimos
12 anos. Os doze anos da doença de minha mãe.

– Obrigado por avisar Dra. Bakes. Eu estou indo para o hospital neste
momento.

Depois que desliguei respirei fundo eu precisava me preparar. Físico e


emocionalmente. Chamei minha assistente Claire ela me garantiu que cuidaria
de tudo até que eu voltasse.

No hospital eu fui diretamente ao quarto em que ela estava internada nos


últimos anos. A visão de seu corpo inerte sobre a cama cheio de aparelhos que
a mantinham viva sempre quebrava meu coração.

Cheguei próxima a sua cama e segurei sua mão. A sua respiração era muito
fraca. Ela abriu os olhos esboçando um fraco sorriso.

– Filha. – ela disse sua voz quase não era audível.

– Mãe não fale nada não se canse. - eu disse tentando soar calma e não chorar.
– É hoje querida. Eu sinto que vou encontrar seu pai.

Estava difícil segurar a emoção quando ela falava assim. O amor que eles
tinham era tão lindo e saber que foi a ganância de uma mulher que destruiu
isso. Deixava-me com muito ódio.

– Não se esqueça do que me prometeu Bella. Assim que eu partir faça o que te
pedi.

– Pode deixar mãe. Não vou esquecer.

Fiquei ali segurando sua mão aproveitando o que seriam os últimos momentos
que passaríamos juntas. E comecei a relembrar toda a minha vida.

Meus pais e eu morávamos numa pequena fazenda em Raymond no


Mississipi. Nossas terras ficavam entre as terras da poderosa família Mansen.
O Sr. Antony Mansen sempre teve interesse em comprar nossas terras para
transformar suas duas fazendas em uma única. Ele fez várias propostas a meu
pai que nunca aceitou. O Sr. Mansen sempre respeitou isso. Até que ele ficou
doente e a administração dos negócios passou para sua esposa Elizabeth
Mansen, uma mulher fria e implacável que não aceitava não como resposta.

Ela tentou de todas as formas convencer meu pai a vender suas terras. Com as
negativas de meu pai ela passou a nos perseguir, intimidar e ameaçar.

Mesmo assim meu pai não cedeu. Ele tinha seus princípios e infelizmente
pagou com a vida por isso.
Em uma noite acordei com nossa casa pegando fogo eu tinha 10 anos, mas me
lembro de quase tudo. Quando vi o fogo eu pulei a janela do meu quarto e dei
a volta para frente de nossa casa. Minha mãe já estava lá e meu pai havia
ficado para me pegar o fogo se alastrou aumentou e ele não saiu. Ele morreu
tentando me salvar.

O genro do Sr. Antony o Dr. Carlilse Cullen chegou com vários homens da
fazenda para tentar ajudar. Não havia muito que fazer. Tudo foi destruído. E
meu pai estava morto. Dr. Cullen nos examinou, ele era o médico da cidade.
Um bom homem pelo que me lembro.

Após esse acontecimento não houve muitas opções para minha mãe. Ela havia
perdido seu grande amor e em nossa fazenda não havia sobrado muita coisa.
Ela teve que vender a preço de banana a fazenda a ninguém menos que
Elizabeth Mansen. Minha mãe sempre teve certeza de que ela foi a culpada
pelo incêndio, mas não havia provas.

Mudamo-nos para New York e minha mãe alugou um apartamento no


subúrbio do Brooklin. Vivíamos bem, mas minha mãe não conseguia
emprego. Conseguimos viver dois anos com o dinheiro da venda da fazenda,
mas ai as coisas ficaram apertadas. Não conseguíamos pagar as contas.
Vivíamos em extrema pobreza.

Um dia minha mãe chegou em casa com uma senhora bem arrumada. Ela
disse ser uma amiga que iria nos ajudar e foi o que realmente aconteceu. Tia
Carmem como eu a chamava era muito boa conosco, a partir do momento que
entrou em nossa vida as coisas voltaram a melhorar. Minha mãe trabalhava
com ela. Eu só estranhava porque o trabalho era à noite. Minha mãe pagava
uma pessoa para ficar comigo, mas quando fiz 14 anos disse a ela que não era
mais necessário.

Apesar das coisas irem bem minha mãe sempre estava triste. A vi chorando
algumas vezes. Comecei a desconfiar que fosse algo relacionado ao trabalho.
Um dia eu a segui e descobri o porquê da tristeza dela. Ela trabalhava em um
luxuoso bordel. Era prostituta. O bordel pertencia à tia Carmem, a mulher que
nos ajudava. Eu fiquei em choque, mas não a condenei. Ela fazia isso por
mim, por amor a mim. Imagino o sofrimento que deve ter sido para ela ter que
fazer sexo com homens por dinheiro. Ela que só teve meu pai em sua vida e o
amava com todo seu coração mesmo após sua morte.

Quando eu tinha 15 anos veio à doença de minha mãe. Ela não podia mais
trabalhar. Eu não sabia o que faria para me sustentar. Mas Carmem se mostrou
ser uma pessoa maravilhosa e me ajudou. Ela cuidou do tratamento médico de
minha mãe que ainda não era necessária hospitalização e também nos
sustentou. Eu me ofereci para trabalhar no bordel, mas Carmen não admitia
menores de idade. Eu precisava retribuir toda sua generosidade. Assim eu
completei 18 anos e com todos os problemas que enfrentei não consegui entrar
na faculdade e muito menos arrumar emprego. Então aos 18 anos eu era a
mais nova prostituta do bordel de luxo de Carmem.

Fui prostituta dos 18 aos 24 anos. Eu era muito popular e por isso consegui
reunir um bom patrimônio. Consegui pagar um bom tratamento para minha
mãe que cada vez ficava pior.

A minha vida não foi fácil. Você ser prostituta abdica de sonhos, de amor.
Houve alguns namorados. Senti prazer com sexo, mas sempre foi tudo muito
vazio. Nunca houve amor. Sempre sonhei com um amor como dos meus pais.
Mas não acredito mais.

Hoje aos 27 anos eu sou dona do bordel que um dia foi de Carmem. Há três
anos ela resolveu se aposentar e foi viver em uma cidade pequena no sul da
França, ainda mantemos contato. Como dona do bordel eu não preciso mais
me prostituir. Mas mesmo assim há muito trabalho.

Eu segui o padrão que Carmem sempre quis que fosse mantido pelas meninas.
O ambiente era requintado e era proibida a venda e consumo de drogas.
Carmem dizia um “negocio sujo” já era o bastante. Mas na verdade não era
sujo. Os clientes que iam ali, iam em busca de diversão. Poderiam ir somente
ali para beber e conversar, mas se quisessem algo mais também teriam. Eles
não eram obrigados a nada.
Também não permitíamos orgias no salão, Queríamos um ambiente mais
semelhante a apenas um bar possível, se o cliente quisesse sexo era só
conversar com a moça que ele queria, e ir para um dos quartos.

Posso dizer que tenho por amigas as meninas que trabalham aqui. Elas
ficaram comigo após a saída de Carmem. Alice e Rose são minhas melhores
amigas, Ângela também. Ela namora meu segurança pessoal Ben. Claire é
minha assistente e Rose me ajuda a administrar tudo. Claro há algumas que
são perigosas, mas as mantenho dentro da linha.

Eu sempre visitava minha mãe durante todos esses anos que esteve internada.
E ela sempre me fez prometer que quando ela morresse, eu voltaria a
Raymond e me vingaria de Elizabeth Mansen. A mulher que destruiu nossa
família. Essa era a minha meta.

Por isso contratei um bom advogado ele também era detetive particular para
investigar a fundo a família Mansen.

Estava curiosíssima com que para ler. Ele havia enviado uma pasta e um e-
mail contendo as informações há alguns dias atrás.

Flashback On

Srta. Swan

Segue em anexo tudo o que descobri sobre as famílias Mansen e Cullen.

A Família Mansen continua mandando e desmandando na cidade de


Raymond. Com a doença de Antony Mansen que o colocou em uma cadeira
de rodas a Sra. Elizabeth Mansen continua comandando tudo na fazenda e nas
empresas da família. Também há rumores de sua ligação com o prefeito da
cidade James Mitt. Ele seria capacho dela fazendo tudo o que Elizabeth
manda.
Esme Cullen é a única filha de Antony e Elizabeth. Ela se casou com o Dr.
Carlisle Cullen. Os rumores é que Elizabeth era contra o casamento da filha,
por isso a relação do casal Cullen com Elizabeth seja estremecida.

O casal Carlisle e Esme tem quatro filhos. Edward e Emmett de 28 anos,


Jasper de 25 anos e Renesmee de 18 anos.

O estranho, e que todos na cidade comentam, é a preferência de Elizabeth pelo


neto Edward, já que ele não é neto de sangue dela. Edward foi adotado por
Esme e Carlisle quando era bebê. A Sra.Cullen estava grávida de Emmett
quando adotaram Edward.

A preferência de Elizabeth por Edward gera muitos conflitos nas famílias


Mansen e Cullen.

Emmett Cullen é um boa praça, seu sonho era ser jogador de futebol, mas se
machucou na faculdade e não pode jogar. Hoje é professor de educação física
nas escolas da região. Também ajuda na fazenda da família algumas vezes.
Emmett é solteiro.

Jasper Cullen seguiu os passos do pai e se tornou médico o ajudando no


hospital da cidade. Jasper é solteiro.

Renesmee ainda é estudante e namora um empregado da fazenda chamado


Jacob.

Edward Cullen é formado veterinário por conta de seu amor pelos animais da
fazenda onde cresceu. Mas também se formou administrador de empresas e
ajuda a administrar os negócios da avó e tem uma ligação muito forte com ela.
Edward tem um filho com a ex-noiva Tânia Denalli. Gabriel tem sete anos e
vive com o pai. No momento apesar de muito assediado pela população
feminina da Cidade Edward está solteiro. Os rumores de Edward permanecer
solteiro são de uma suposta decepção amorosa por uma moça chamada
Ângela Sanders.

Com relação à compra do imóvel que me solicitou consegui uma bela casa
que fica mais na parte rural da cidade é quase como uma pequena fazenda e há
cavalos como a Srta. solicitou. O proprietário quer vender com a porteira
fechada e acho que é perfeita para o que a Srta. deseja. Estou lhe enviando as
fotos da propriedade.

Qualquer informação adicional é só me contatar.

Atenciosamente.

John Jenks
Advogado e Detetive particular.

Eu li e fiquei satisfeita com as informações. Mas algo no que ele me mandou


chamou mais minha atenção. Respondi a seu e-mail.

Sr. Jenks

Gostei muito de suas informações, mas gostaria mais informações sobre esta
ligação de Elizabeth com seu neto Edward. E por favor, se for possível envie
fotos de todos.

Quanto à compra da casa eu vi e gostei verifique se fica dentro do valor que


lhe informei anteriormente e efetue a compra.

Não esqueça que meu nome deve ser mantido em segredo por enquanto.

Atenciosamente

Isabella Swan

Flashback Off

Acabei dormindo no sofá que estava ao lado da cama de minha mãe. Acordei
ouvindo vozes.

Até que a médica que cuidava há anos de minha mãe veio conversar comigo.

– Srta. Swan... eu sinto muito... ela... se foi.

Olhei seu corpo inerte sobre a cama. Eu não consegui dizer mais nada só
chorar pela morte da minha querida mãe.
Agora mais nada me prendia a New York. Era hora de voltar a Raymond. Era
hora da minha vingança.

***

Duas semanas depois.

– Quem são estes gatos?

Alice disse ao entrar no meu quarto e olhar as fotos que estava na pasta sobre
minha cama.

– São os Cullen.

Rose disse.

Ela também estava no meu quarto ajudando-me a empacotar as coisas que iria
levar a Raymond.

Rose ajudava-me a administrar meus negócios. Ela não era e nunca foi
prostituta. Na verdade ela tinha problemas em se envolver com homens. Ela
sofreu abuso na infância, por isso Rose só se envolvia sexualmente com
mulheres, mas eu achava que se um dia um homem soubesse tratá-la da forma
correta ela se curaria de sua fobia a homens. O engraçado era que olhando de
fora você não diria que ela era assim. Era linda, feminina e emanava força. Só
nós, amigas dela, sabíamos como ela era na verdade.

– Uau! Eles são gatos não vai ser sacrifício nenhum passar algum tempo ao
lado deles.
Rose riu debochada.

– Ah! Claro! Só falta você se apaixonar de novo por cliente Alice.

– Eu não faço isso.

– Aham, sei.

Alice era o contrario de Rose. Doce e sensível. Ela foi praticamente criada no
bordel de Carmem. E era prostituta apesar, dos sonhos românticos enfeitaram
aquela cabecinha. Eu tinha medo de minha amiga se magoar muito.

– Bella você acabou de perder sua mãe, não é melhor esperar um pouco mais.
Deixar as idéias amadurecerem.

Alice disse visivelmente preocupada comigo.

– Não posso esperar Alice eu prometi a minha mãe.

– Agora você disse tudo Bella. Você prometeu a sua mãe. Era ela que queria
vingança. Essa vingança é dela e não sua. Esqueça isso, por favor?

– Não Alice. Não posso esquecer isso.


– Bella, se você realmente quer se vingar dessa mulher terá que envolver
pessoas inocentes. Está preparada pra isso?

– Se esse for o preço, Alice. O que posso fazer? Vou ter que envolver pessoas
inocentes. Principalmente esse aqui.

Eu apontei mostrando a foto de Edward Cullen.

Eu havia recebido as fotos da família e me impressionado pela beleza deles,


principalmente a de Edward Cullen. Ele era realmente lindo.

– Esse ai é um belo espécime de homem.

Alice disse e Rose concordou.

– Sim ele é muito bonito, mas não é a beleza dele que me interessa, e sim sua
relação com a víbora. Pelas informações que recebi, ele é o neto preferido
dela. Ela faz tudo por ele. Então nada mais justo que a atingir aonde dói mais.

– Espero que saiba o que está fazendo.

Alice disse. Ela era sempre a mais racional entre nós.

– Pode deixar Alice não vou prejudicar ninguém. O que quero é só usar
Edward para chegar próximo a Elizabeth Mansen.

Estava tudo pronto para nossa viagem.


Iria eu Alice, Rose, Ângela, Jessica, Lauren, Kate e mais algumas garotas que
foram contratadas exclusivamente para atender lá em Raymond. Essas seriam
as garotas de programa que eu levaria comigo para atender no bordel de luxo
que pretendia abrir naquela cidade. Ben e San meus seguranças iriam conosco.

Em New York, Claire minha assistente iria tomar conta dos meus negócios.

O plano da minha vingança consistia em primeiro abrir meu bordel e provocar


a ira de Elizabeth a afrontando, pois ela era defensora da moral e bons
costumes. Depois disso, fazer com que seus netos freqüentassem o bordel e
conseqüentemente fazer o neto preferido se apaixonar por uma prostituta. No
caso uma ex- prostituta. Eu. E no seio da família descobrir os podres de
Elizabeth e acabar com ela.

Na verdade eu não esperava que esse homem realmente se apaixonasse, mas


se encantasse por mim. Os homens não se apaixonam por mulheres como nós.
Com nosso passado.

Na minha época de prostituta recebi muitos convites de casamento, mas é


claro que não acreditei em nenhum no final das contas o máximo que iria
conseguir seria um apartamento e visitas esporádicas. Mas no geral fiz amigos
importantes. Políticos atletas entre outros.

**

Quando cheguei a Raymond eu senti um nó na boca do estômago ao voltar à


cidade em que tudo aconteceu. Minha vontade era dar a volta agora e ir
embora. Mas eu havia feito uma promessa.
Entramos na casa que havia comprado em Raymond. As meninas estavam
excitadas com a casa nova. Pedi a meu advogado que providenciasse que a
noticia que um bordel de luxo iria ser aberto na cidade. E o resultado foi
melhor que o esperado. A cidade estava em polvorosa com a novidade. As
mulheres indignadas e prometendo protestos. Os homens extremamente
excitados com a novidade. Na região havia muitos homens poderosos e isso
poderia ajudar na minha vingança. Eles sempre protegiam sua diversão de
problemas.

Estávamos já bem instaladas era hora de cuidar dos preparativos da abertura


do bordel. Meu advogado havia me dado uma lista com os nomes dos homens
da região.

Decidi mandar um convite a cada um. Era um convite bem elaborado. Um


envelope vermelho com letras douradas. Era chamativo, mas não vulgar eu
queria causar espanto na cidade. Mandei o envelope a todos até mesmo aos
homens casados.

Um em especial recebeu minha atenção. Era o envelope de Edward Cullen.


Abriríamos o bordel em quatro dias e queria ter certeza de que o envelope
chegaria as suas mãos.

Há dois dias estávamos em Raymond. Antes de começar meus planos eu fui


aproveitar a propriedade que comprei. Era realmente maravilhosa. Ficava em
uma colina e de lá eu podia ver todo o vasto campo. Era um bom local para
um bordel. Era discreto. E um bom local para se morar.

E tinha cavalos. Eu amava cavalos. Das poucas coisas que eu me lembrava da


minha infância era a de cavalgar com meu pai.

Pedi ao funcionário que cuidava dos animais para me preparar um para


montar. Ele disse que podia ser perigoso. Sob os protestos de Alice eu montei
o animal e sai pela propriedade.
A sensação foi ótima. Sentir o vento no meu rosto. O animal era lindo, Thor
era seu nome. Era um belo cavalo. De repente o animal começou a ficar
indócil. E eu comecei a ficar assustada. Ele relinchava e dava uns solavancos
até que o inevitável aconteceu. Eu fui de encontro ao chão. Senti uma dor
forte em meu pulso ao tentar me proteger do impacto.

Por sorte não estava longe de casa, e Alice e San puderam ver de onde
estavam a minha queda, e vieram em meu socorro logo em seguida.

– Sua teimosa eu disse pra não se aventurar naquele cavalo.

Alice resmungava no carro. Estávamos indo ao hospital da cidade. Ela estava


ao meu lado no banco de trás colocando gelo em meu pulso enquanto San
dirigia.

Chegamos ao hospital e logo fui encaminhada para o atendimento, e a sorte


estava do nosso lado, pois quem nos atendeu foi o Dr. Jasper Cullen. Ele foi
extremamente gentil e atencioso principalmente com Alice. Eu não me
enganava. Ele ficou caidinho por ela. E com Alice não era diferente só que ela
procurava manter-se afastada principalmente pela profissão.

– Vou enfaixar provisoriamente para não sentir muita dor Isabella. Vamos
esperar o resultado do exame de raio-x pra ver se não quebrou. E depois disso
eu te libero.

Jasper disse.

– Bella.
Eu o corrigi.

Ele sorriu e eu quase pude ouvir um suspiro de Alice que estava ao meu lado.

Estávamos em uma sala e Dr. Jasper Cullen se retirou avisando que logo
voltaria para verificar meu pulso.

Quando ele saiu, eu analisei Alice.

– O que?

Ela disse desentendida.

– Nada. Só que você ficou encantada com ele.

– Bom ele é muito gentil. Não é para menos.

– Ele também ficou de olho em você.

Era natural. Alice era muito bonita e ela não se vestia como prostituta. Nem
no horário de trabalho usavam roupas vulgares. Ousadas sim e de bom gosto.
Geralmente de grife. Foi um conselho de Carmen que eu resolvi manter para
não perder o prestigio. Fora isso éramos garotas normais. Bom nem tanto.

– Com certeza quando ele souber o que eu faço ele vai perder o encanto por
mim.
Alice disse determinada.

– Pode não ser assim Alice

– Bom. Talvez ele foda umas vezes comigo e depois com certeza vai perder o
interesse.

Agora era tristeza que eu ouvia em sua vos. Alice era a que menos se
conformava com a vida que levávamos. Mas também não fazia nada para sair
dela.

– Ele está demorando né? - Alice disse - Eu vou pegar uma água e já vejo se o
Doutor vai demorar. Já volto.

Alice saiu e fiquei sozinha esperando e pensando que eu já havia conhecido


um Cullen e que logo teria que começar meu plano.

A porta se abriu e uma enfermeira trouxe um menininho lindinho. Loirinho


com os olhos verdes e se eu não estivesse louca eu já o havia visto. Só não me
lembrava de onde.

– Você fica aqui deitado nessa maca viu Gabe até o Dr. Cullen vir aqui falar
com você. Bem quietinho viu.

Ela olhou para mim e sorriu.


Ele ficou ali e de vez em quando olhava pra mim. Eu não tinha muito jeito
com as crianças. Eu gostava, mas não me imaginava mãe. Acho que a
profissão, a vida que levei fez isso parecer impossível para mim.

– A sua mão ta doendo?

O garotinho me perguntou. Ele tinha um curativo na testa.

– Ta um pouco sim.

Eu respondi. Ele me olhou e estendeu a sua mão pra mim.

– Então pega aqui na minha mão que a dor já vai passar. O papai disse que
quando estamos com dor é bom segurar na mão de alguém que a dor passa.

Ai! Ele era um fofo. O que ele disse me fez sorrir. Eu peguei em sua
mãozinha.

– E você não está com dor?

– Um pouquinho, mas eu sou o homem então eu que tenho que te ajudar até
passar sua dor. Você é a menina. Papai sempre diz pra ajudar as mulheres.

Que coisinha mais querida. Esse menininho estava fazendo meu dia muito
melhor.

– Você e seu pai são cavalheiros sabia?


Ele sorriu e isso fez que todos os seus pequenos dentes aparecessem. Ele era
muito lidinho.

– Qual seu nome?

– Gabriel.

– Muito prazer Gabriel eu sou Isabella, mas gosto que me chamem de Bella.

– Ah! A bela daquela historia que as meninas da escola gostam de ler?

Eu tive que rir.

– Bela adormecida. Eu sou a Bella, mas não adormecida.

Ele sorriu.

– Como você machucou a mão?

Ele me perguntou.

– Eu estava montando a cavalo e cai.


– Você não sabe andar?

– Eu sei sim, mas fazia muito tempo que eu não andava. E você? Por que está
com esse machucado na cabeça?

– Eu estava jogando futebol e um menino da escola não conseguiu parar e me


derrubou. Ai eu bati com a cabeça no chão.

– Nossa! Deve ter doido na hora né?

– É doeu sim. - ele fez um bico lindo - Mas eu to quase bom. Tio Jasper disse
que daqui a pouco eu to bom.

Tio? Se ele era o sobrinho de Jasper, ele era o...

A porta se abriu novamente e nela surgiu a visão de Edward Cullen. Seus


olhos procurando até encontrar a figura de Gabriel. Ele sequer olhou para
mim.

– E ai campeão como está?

– Papai!

Gabriel soltou minha mão recebendo um abraço do pai.

– Oi eu to bom papai, e fiz até uma amiga.


– Ah! E quem é sua amiga?

Edward perguntou sorrindo para o filho. Que sorriso!

– É a Bella.

Ele apontou pra mim e eu olhei para o garotinho até seu pai finalmente pôr
seus olhos em mim. E tenho certeza que nunca mais iria esquecer esse olhar.

– Oi eu sou Edward Cullen. – ele sorriu – Parece que você e meu filho se
tornaram amigos?

Ele disse com sua voz rouca e sexy e eu tentei de lembrar meu nome para
dizer a ele apesar de Gabriel já ter dito.

– Oi. Isabella Swan, mas prefiro Bella.

Edward estendeu sua mão para mim e quando nos tocamos eu senti um
arrepio, mas não era um arrepio ruim era bom. Muito bom.

E a sorte estava mesmo do meu lado. Eu acabara de conhecer o homem que


me ajudaria, mesmo sem saber, a destruir Elizabeth Mansen.

Capítulo 2 Vingança: Os Inocentes.


Pov. Edward

– Estou louco de vontade de comer o bolo de milho da vovó.

Gabriel disse enquanto estávamos aguardando o sinal abrir. Eu ri. Meu filho
era louco pelo bolo de minha mãe, na verdade eu também.

Estávamos indo para casa dos meus pais. Eu iria deixar Gabriel com eles.
Como eram todos os dias. Ser pai solteiro às vezes não era fácil.

Eu me dividia entre o trabalho na fazenda, na parte rural de Raymond, e nas


empresas da minha avó no centro da cidade. Gabriel não podia ficar sozinho.
Morávamos eu e ele num bom apartamento e todos os dias eu o deixava com
minha mãe. Ela cuidava dele. Meu irmão Emmett, que era professor, o levava
a escola. Minha família me ajudava muito na criação de Gabriel.

Gabriel não foi planejado. Eu ainda era um garoto de 21 anos quando namorei
com Tânia Denalli. Eu não gostava muito dela, mas minha avó insistiu e
gostava dela, e como eu amava muito minha avó resolvi dar uma chance.

No começo até foi legal, mas logo percebi que não daria certo. Quinze dias
após terminar com Tânia, ela me contou estar grávida. Ela queria voltar se
casar essas coisas. Eu até queria se eu a amasse, mas não. Então dei todo meu
apoio possível a ela, mas não nos casamos.

Gabriel nasceu e logo de cara Tânia se mostrou uma péssima mãe. Não que
ela seja má. Ela não tinha jeito mesmo. Assim mesmo Gabriel estava sob
guarda dela, e eu tentava ajudá-la. Até ela aparecer em minha vida. Ângela.
Foi uma paixão arrebatadora. Gabriel tinha poucos meses quando a conheci.
Ela era garçonete da cafeteria da empresa de minha avó. Eu não vi problemas
em me envolver com ela. Meus pais sempre nos ensinaram a não ter
preconceitos contra ninguém. E só por ela ser pobre e eu rico não iria me fazer
desistir dela.

Começamos a namorar e vi que minha avó não aprovava, mas nunca me disse
nada. Ela sabia que eu amava Ângela e minha avó jamais faria nada para me
magoar. Algum tempo depois Ângela ficou estranha. E um dia chegando a seu
apartamento eu descobri o porquê. Ela estava com outro. Ela tentou me
explicar. Não havia explicação para isso. Fidelidade era uma coisa essencial
para mim.

Meu coração ficou partido e ainda hoje é por causa desta mulher. Logo após
nosso termino ela foi embora de Raymond e eu nunca mais a vi.
O que me deu força foi meu filho de apenas um ano. Eu tentei me aproximar
de Tânia. Para o bem de Gabriel e para tentar esquecer Ângela. Ficamos
noivos. E após quase dois anos de relacionamento, eu vi que realmente não
havia jeito. Gabriel tinha três anos. Eu conversei com Tânia e amigavelmente
decidimos que a guarda de nosso filho ficaria comigo.

Após isso eu e Gabe fomos morar no meu apartamento e partir daí minha
família sempre me ajudou. Eu me orgulhava muito de minha família. Meus
pais, os mais apaixonados que podiam existir. Eu sentia até certa inveja deles.
Queria encontrar um amor assim. Jasper meu irmão, conselheiro e amigo.
Emmett meu irmão crianção e minha adorada e geniosa irmã Renesmee. E
claro, minha avó Liz. Que sempre me apóia em tudo. Principalmente agora
com esse problema tão difícil que eu tinha que enfrentar.

Só não entendia o porquê de minha família e minha avó estarem sempre em pé


de guerra. Eu sei minha avó tinha um gênio difícil, mas era uma mulher
maravilhosa.

Meu pai que era uma pessoa sempre tão sensata e bondosa com os outros,
geralmente perdia a cabeça quando encontrava minha avó. Ele tinha ódio dela.
Eu via isso nos olhos dele. Minha mãe era mais calma, mas tinha uma magoa
da própria mãe. Eu sei que minha avó não aceitava seu casamento com meu
pai. Deveria ser por isso esse ódio todo.

Eu não entendia o porquê de eles a pintarem como uma bruxa. Sendo que ela
me mostrava tanto amor eu nem era neto dela de verdade. Eu era adotado, mas
nem por um minuto a minha avó ou minha família me fez sentir menos
amado.

– Gabriel! Tire os pés do painel.

Eu pedi, mas meu filho sempre repetia este ato. Ele bufou e fez o que eu pedi.

Ficamos em silêncio uns minutos.

– Por que você estava triste ontem quando chegamos em casa?

Eu perguntei.

– É que eu briguei com a Jane. Aquela menina que eu falei que eu gostava.

– Por que brigou com ela?


– É que eu perguntei ao Tio Emmett como fazia pra conquistar a Jane, ai ele
disse “tem que ir pra cima”. - ele disse imitando a vós de Emmett. Eu ri

– Ai eu perguntei pro Tio Emmett o que era ir pra cima e a Tia Nessie disse
que quando ele dizia isso ele chegava abraçando uma mulher. Ai eu fui
abraçar a Jane, mas ela não gostou e me empurrou eu cai de bunda no chão na
frente de todo mundo na escola e eles riram de mim.

Ele disse triste. Eu queria torcer o pescoço do Emmett e da Nessie.

– Filho.

Eu o chamei e ele olhou pra mim.

– Quando quiser perguntar como tratar uma mulher pergunte pra mim, ok?

Ele afirmou com a cabeça.

– Não ouça os conselhos do tio Emmett e da tia Nessie.

– E do tio Jasper?

– O tio Jasper pode, assim como da vovó Esme e do vovô Carlisle. Ok? E
quanto a sua briga com Jane eu vou comprar uma flor para você levar para ela
amanhã na escola e você vai pedir desculpa pra ela e ela vai achar isso muito
legal.

– Sério?

– Sim. É assim que se trata bem uma mulher, no seu caso uma menina.

Estacionei meu carro na frente da casa dos meus pais. Minha casa também,
visto que eu e Gabe tínhamos quartos prontos para ficarmos aqui se
quiséssemos. Gabe ficava muito quando era necessário que eu viajasse.

Eu nem precisei mandar. Gabriel saltou do carro entrando correndo na casa


dos avós. Com certeza iria ser repreendido pela minha mãe. Ela odiava que
corressem dentro de casa.
Ao entrar eu vi meu pai se preparando para sair e Emmett jogado no sofá da
sala como se fosse um adolescente.

– Bom dia. - eu cumprimentei.

– Bom dia filho.

Meu pai me cumprimentou.

– E ai Edward.

Emmett falou com a boca cheia de bolo de milho. Eu já imaginava onde


Gabriel estaria. Na mesa se fartando do seu bolo preferido. Minha mãe entrou
na sala me dando um beijo.

– Oi meu filho não quer vir tomar café conosco? O Gabe já está tomando.

– Não mãe obrigada eu estou sem fome.

– Meu filho tem estado com umas olheiras. Não está doente?

Um arrepio passou por mim com a pergunta da minha mãe.

– Que doente mãe? Tenho uma saúde de ferro.

– Edward?- Emmet me chamou - Recebeu um envelope destes?

Ele segurava um envelope vermelho. Eu vi que havia um na minha


correspondência quando as peguei pela manhã, mas não tive tempo de abrir.

– Sim. Eu acho que tenho um, mas não abri.

– Cara então não sabe? É a fofoca na cidade. Está dando a maior confusão.

Eu fiquei curioso.

– Por quê?

– É um convite para a inauguração de uma casa de acompanhantes.

– Como?

– Leia você mesmo.

Eu peguei o envelope e li. Tinha uma letra elegante. Era um convite de bom
gosto.
Aos homens de Raymond

Querem relaxar após o trabalho?

Tomar um drinque em lugar agradável com boa musica?

Ou quem sabe procurar uma companhia para aplacar a solidão?

Então venha conhecer A casa da colina.

Após isso dizia o endereço e o dia de inauguração. Seria dali a dois dias.

– Isso é um...

– Bordel cara!

Emmett disse animado.

– Fala baixo Emmett. O Gabriel está ali na cozinha.

– Ah! O quê? Quando ele crescer vai querer ir também.

Emmett era sem noção.

– Parece que todos os homens da cidade receberam esse convite. Inclusive o


ilustre Dr. Cullen aqui.

Emmett disse olhando para nosso pai. E Carlisle sorriu constrangido por que
minha mãe estava perto.

Ela sorriu.

– Eu não me oponho se quiser ir lá “conhecer”. Às vezes a curiosidade é o


pior.

Minha mãe disse, mas deixou bem claro que era só conhecer.

Eu me aproximei de minha mãe a abraçando.

– Você acha que com uma mulher como você, ele iria sequer pensar em ir lá?

Minha mãe abriu seu melhor sorriso e me beijou na bochecha.

Emmett rosnou.
– Ta explicado pai. - ele disse aproximando-se de Carlisle - Como é que ele
conquista as mulheres. O porquê de elas se jogarem em cima dele. Ele joga
charme até pra própria mãe.

Eu ri.

– É – meu pai disse se aproximando e puxando minha mãe para ele - Mas essa
aqui já tem dono. Pode achar outra.

Era muito bonita a relação dos meus pais.

– E Edward tem razão, Esme. - Carlisle disse a olhando - Com uma mulher
como você, eu não preciso nem pensar em olhar para outra.

– Dois galanteadores. Só o que me faltava.

Emmett resmungava e eu, meu pai e minha mãe riamos dele.

– Ninguém manda não ter o nosso charme.

Carlisle disse divertido.

– Não. Sério pai. Eu não sei o que as mulheres vêem nesse ai. – ele disse
apontado para mim. - Ele passa e elas quase jogam as calcinhas na cara dele.

– Emmett!

Minha mãe o repreendeu.

– Não seja exagerado Emmett. - eu disse – Você também faz muito sucesso.

– Sim. Mas nem perto de você. Deve ser essa sua cara de santinho.

Eu de santinho não tinha nada, mas tudo bem.

Um barulho de uma porta sendo batida com violência nos alertou que o
furacão havia chegado. Era Nessie.

– Aquela bruxa! Vai ver só. Ai que ódio!

Ela praguejava até nos ver a olhando.

– O que foi Nessie? Por que essa raiva a essa hora da manhã?

– Aquela bruxa que chamamos de avó. Ai que raiva!

Pronto a paz estava desfeita em nosso lar.


Meu pai endureceu a expressão.

– O que Elizabeth fez dessa vez?

– A minha querida avó maltratou o Jacob na minha frente. Ela foi horrível...
foi...ela o humilhou.

Eu só escutava. Se eu falasse algo diriam que eu a estava defendendo.

– Ela disse que não permite meu namoro com Jacob. Que ele é um capataz da
fazenda. E que ele não é para mim.

Nessie disse furiosa.

– Mas quem ela pensa que é para dizer o que é bom pra minha filha?

Meu pai já estava furioso.

– Não da bola Nessie a vovó Liz é louca.

Emmett disse e eu olhei feio par ele.

– Ela sabe que vou sempre lá à fazenda e não é só pra ver o vovô. Que meu
namorado trabalha lá. Ela disse que não é pra eu ir mais lá. Eu a odeio.

– Calma Nessie, sabe que sua avó é assim.

Minha mãe disse tentando acalmá-la.

– Ela assim só comigo com o Edward é toda derretida.

– Ei! Não me coloca na historia. Eu estou quieto aqui.

– Eu vou ligar pra ela. Quem ela pensa que é para fazer isso?

Meu pai disse pegando o celular.

– Carlisle calma!

Minha mãe disse e olhou Gabe que vinha entrando na sala.

Meu pai se acalmou. Sempre cuidávamos pra não discutirmos na frente dele.

Emmett levou Gabe para a escola e eu fiquei, pois queria falar com meus pais.
Já sabia que iria ter uma nova discussão, mas não havia jeito. Eu precisava
viajar era uma questão de vida e espero que bem longe de morte.
– Pai, mãe eu queria pedir para vocês cuidaram do Gabriel pelo próximo mês
eu e a vovó teremos que viajar.

– Eu não acredito Edward! De novo? Não faz dois meses que vocês viajaram e
ficaram fora por 15 dias.

Meu pai estava bravo.

– Eu sei, mas são coisas da empresa.

– Que coisas são essas que precisa que vocês dois viajem juntos?

Eu fiquei em silêncio. Minha mãe se pronunciou.

– Querido está acontecendo algo?

Eu detestava mentir par ela, mas era melhor assim.

– Não está acontecendo nada. Por favor, só preciso contar com vocês para
cuidar dele por esse período.

– É claro que cuidaremos dele. Quanto tempo?

– Vinte dias ou um mês não sei ainda.

– Tudo isso Edward. Não é bom pra ele ficar afastado de você todo esse
tempo, ele já não tem a mãe em tempo integral e agora você.

– Eu sei disso pai, mas é necessário.

– Quando você nos contar, eu vejo se é realmente necessário ou se sua avó o


está monopolizando de novo.

– Pare de achar que ela me domina! Não é assim.

– É assim sim Edward. Você que não enxerga.

– Pai eu não quero discutir com você.

– Quando você vai meu querido?

Minha amada mãe perguntou.

– Depois de amanhã.
Era assim sempre que a conversa envolvia minha relação com minha avó.
Quase sempre nos desentendíamos. Se o assunto não fosse sobre ela. Nossa
família era sempre harmoniosa.

**

Eu fui ao trabalho. Hoje ficaria no centro, no escritório. Não iria até a fazenda.
Tinha muitas coisas para resolver para a viagem que faríamos. Meu celular
tocou e era minha avó.

– Oi Liz.

– Oi meu querido como está?

– Eu estou bem avó coruja. – eu brinquei com ela. - E o vovô como está?

– Ah! Querido continua na mesma da uma dó olhar pra ele dessa forma, mal
comeu hoje. E o Gabe?

– Ele está bem vó, deve estar na escola há essa hora. Ele estava empolgado,
iria jogar futebol com o Emmett hoje.

– Seu irmão deveria exercer aqueles músculos não só em atividade física, e


sim com outras coisas mais úteis.

– Liz, por favor...

– Ah! Sabe como eu adoro quando me chama de Liz não é. Tudo bem. Não
vou falar mais dos seus irmãos. Eles só me dão dor de cabeça mesmo. Ainda
bem que tenho você o neto mais maravilhoso do mundo.

– Pare de puxar o meu saco. Por que ligou? Está precisando de algo?

– Não. Eu queria que viesse dormir na fazenda hoje. Peço pra cozinheira
fazer seu prato favorito.

Ela disse tentando me convencer.

– Não vai dar vó. Preciso passar mais algum tempo com o Gabe depois de
amanhã é a nossa viagem então...

– Está muito nervoso querido? Não se preocupe vai tudo certo dessa vez.
– Eu queria ter a sua esperança Liz.

– Tenha querido vai dar certo.

– Vó? Tem certeza que o melhor é não contar pros meus pais?

– Claro!Não fale nada Edward. Eles só iam se preocupar. E Esme do jeito


que é nervosa iria nos deixar loucos. Este é um segredo só nosso. Você não
precisa contar para eles eu posso te ajudar. Como sempre querido.

– Tudo bem.

No fim das contas acho que era o melhor mesmo.

Desliguei e voltei ao trabalho, mas em seguida meu celular voltou a tocar, era
Emmett.

– Oi Emmett. O que foi?

– Edward? Calma.

– Fale Emmett!

Eu disse já nervoso. Era algo com Gabriel.

– O Gabe se machucou na escola. Ele estava correndo atrás da bola e um


colega o interceptou e ele caiu. Machucou a testa. Não é nada grave e já
estamos chegando ao hospital.

– Eu já estou indo pra ai.

– Edward. Desculpe mesmo mano, eu não tive tempo de alcançá-lo.

Eu ouvia a vós preocupada de Emmett. Todos amavam muito meu filho.

– Tudo bem Emmett. Não é sua culpa. Eu já estou indo.

**

Entrei no hospital correndo. As enfermeiras como me conheciam indicaram-


me onde eu deveria ir. Antes de chegar à sala encontrei Emmett e Jasper.
– Como ele está?

– Não se preocupe Edward. Ele está bem. Estou só esperando os resultados de


alguns exames é de praxe quando se bate a cabeça.

Jasper falou em sua postura médica. Ele já era naturalmente sério.


Trabalhando sua postura era ainda mais séria e profissional.

– Certo. Eu vou vê-lo.

Quando entrei no quarto eu vi meu pequeno menino deitado numa maca com
um curativo em sua testa. Tinha uma moça a seu lado que eu não prestei muita
atenção. Eu só queria ver que ele estava bem.

– E ai campeão como está?

– Papai.

Eu o abracei sentindo um grande alivio.

– Oi eu to bom papai, e fiz até uma amiga.

Esse meu filho era uma ferinha.

– Ah! E quem é a sua amiga?

– É a Bella.

Ele apontou para moça que eu nem havia olhado. Ao colocar os olhos nela
meu coração deu solavanco e pareceu se abrir novamente. Ela era linda. Tinha
um olhar triste, mas ao mesmo tempo angelical. Seus olhos chocolates
cravados em mim. Pareciam querer ler minha alma.

– Oi eu sou Edward Cullen. - eu sorri para ela - Parece que você e meu filho
se tornaram amigos?

Eu disse simpático me policiando para não soar idiota.

– Oi. Isabella Swan, mas prefiro Bella.

Colamos nossas mãos e eu senti a pele macia de suas mãos imaginando como
seria resto do corpo dela. Calma Edward. Repreendi-me por pensar essas
coisas. Eu mal conhecia a moça.
– Seu filho é um encanto.

Ela disse olhando Gabriel e sorrindo. Eu me policiei para ver se não babava
por ela. Engraçado nunca me senti assim de cara por uma mulher.

– Obrigado. Ele se comportou enquanto esteve aqui?

– Sim, ele foi muito cavalheiro.

– Papai já podemos ir embora? Eu to cansado de ficar aqui deitado.

Eu e Bella sorrimos. Eu queria poder conversar mais com ela, mas a


prioridade era Gabriel.

– Já vamos campeão. Bom, Bella não é? Obrigado por fazer companhia ao


meu filho.

Ela olhou fixamente para mim me fazendo perder o pensamento do que mais
eu iria dizer a ela.

– Bella. - Gabe a chamou - Se você quiser meu papai pode te ensinar a andar
de cavalo. Assim você não cai mais.

Bella gargalhou.

– O que eu perdi?

Eu perguntei.

– Eu falei ao Gabriel que estou com o pulso machucado devido a uma queda
de cavalo. Então ele está me oferecendo seus serviços como instrutor.

Se ela quisesse com certeza eu seria seu instrutor.

– A oferta está de pé.

Eu brinquei e ela sorriu.

– Obrigado. Mas eu sei montar desde criança. Isso – ela apontou pro pulso
enfaixado - Foi só porque eu não conhecia bem o animal.

– Ok. Mas se realmente precisar estou à disposição. - eu falei a ela fazendo


charme.
Eu estava me desconhecendo. Desde quando eu dava em cima de uma mulher
assim descaradamente e na frente do meu filho? Nunca. Seria a resposta. Mas
essa mulher tinha algo diferente. Eu não sabia dizer o que era.

– Obrigado pela oferta.

Ela disse timidamente. Eu tinha certeza. Ela parecia um anjo.

A porta se abriu e Jasper entrou acompanhado de uma moça bonita que se


aproximou de Bella. E logo eu presumi ser sua amiga. Sua amiga me olhou
parecendo me reconhecer, mas logo desviou os olhos. Ele liberou Gabriel e foi
falar com Bella sobre seu pulso e eu que já poderia ir embora me peguei
fazendo hora para poder falar com ela mais uma vez.

Mas infelizmente não foi possível Jasper começou a arrumar o curativo de


Bella e Gabriel já estava choramingando impaciente.

Despedi-me de todos. Agradecendo mais uma vez a ela por ficar com Gabe e
ele me surpreendeu se esticando em meu colo para dar um beijo na bochecha
de Bella. Ele estava ficando cada vez mais solto com pessoas estranhas. Mas
para ele Bella não era mais uma estranha. Era sua amiga.

Fomos para meu volvo e Emmett já me esperava lá. Após o deixarmos na casa
dos meus pais e minha mãe ter certeza que Gabe estava bem. Nós fomos para
nosso apartamento.

Tirei o restante do dia de folga para passar com ele. E logo ele estava sendo o
menino agitado de sempre. Nem parecia que tinha um machucado na testa.

À noite quando fomos dormir eu falei para ele sobre minha viagem.

– De novo papai.

– Eu sei campeão que você não gosta quando o papai viaja, mas eu prometo
que não vou demorar.

– Tudo bem.

Ele disse, mas eu vi que ficou chateado afinal ele só tinha a mim, já que Tânia
mal aparecia. Ela era modelo e viajava pelo mundo. Aparecendo
esporadicamente.
Se não fosse realmente necessário eu não viajaria. Jamais abandonaria meu
menino e era por isso mesmo que eu estava indo a essa viagem. Para jamais
deixá-lo.

Em minha cama mais tarde com tantos assuntos para pensar. Eu me peguei
pensando na morena de olhos chocolates que vi no hospital. Bella.

Será que algum dia iria vê-la novamente?

Capítulo 3 Vingança Adiada.

Pov. Bella

        Então chegou o grande dia. A inauguração da Casa da Colina. Eu estava


em meu quarto me aprontando. Eu vestia um longo vestido lilás, tomara que
caia com uma grande fenda.

        Hoje eu daria início ao meu plano. Eu esperava que Edward Cullen
aparecesse hoje. Eu iria começar a tentar fazer com que ele me notasse como
mulher. Eu até achava que ele havia me notado, após nosso encontro no
hospital, mas eu não tinha certeza.

        Eu só tinha certeza de uma coisa. Em como ele havia me impressionado.

Flashback On

          Dr. Jasper Cullen cuidava do meu pulso que na verdade só estava
inchado e dolorido. Nada de fraturas. E eu pensava sobre seu irmão que
acabara de sair daqui. Jasper e Alice conversavam, mas eu não prestava
atenção. Só pensava em como ele era lindo. Era um homem que faria
qualquer mulher perdera cabeça.

         Ele era alto e com cabelos cor de bronze. Incrivelmente sexy. Um corpo
forte, mas sem exageros. Ele se vestia bem. Casual. Mas o que me chamou
atenção foi seu rosto. Principalmente seus olhos. Verdes. Duas esmeraldas
pedindo pra que se afogassem neles.

          E o seu filho então. Aquele menino adorável que foi tão simpático
comigo. E a relação deles parecia incrível.

- Bella?Bella?

- O que foi Alice?

- Já estou te chamando há um tempo. Onde andava o pensamento?


-Por ai. Nada de mais.

         Eu não quis dizer nada na frente do irmão do homem que eu estava
pensando.

- Bella. Tome estes remédios se tiver dor. E você está liberada.

         Jasper disse.

           Despedimos-nos dele. E eu e Alice fomos esperar por San, que viria
nos buscar. Próximas a nós duas enfermeiras conversavam.

- Eu acho que ele é o homem mais lindo do mundo.

           Uma delas disse.

- O pai e os irmãos, como o Dr. Jasper, também são lindos, mas ninguém
supera o Edward.

          A outra disse suspirando.

- É. Mas infelizmente ele nem olha pras mulheres ultimamente. Aquela vaca
que quebrou o coração dele fez um bom trabalho.

          Elas se afastaram e eu e Alice rimos.

- Eu quase tive um troço quando entrei na sala e você estava de papo com o
cara.

         Alice disse se referindo ao Edward.

- Eu sei. Eu também não acreditei quando ele entrou. Eu fiz amizade com o
filho dele, mas sem saber quem ele era. Alice você não tem noção o menino é
um doce.

- Nossa ficou mais encantada com o filho do que com o pai?

         Alice estava longe da verdade.

- Bom o pai também é muito interessante. Eu acho que ele ficou interessado
em mim.

- Bom isso é ótimo não é?

- Sim
          Alice ficou pensativa.

- O Jasper me convidou para sair.

- Alice nossa! E ai?

- Eu recusei é claro.

- Por quê?

- Primeiro não quero atrapalhar seus planos saindo com um Cullen.

- Não me atrapalha Alice e...

- Em segundo lugar não quero me iludir. Ele é um homem pelo qual eu


sempre sonhei, não quero ter falsas esperanças. Se ele me quiser lá no bordel,
tudo bem.

         Eu entendia o ponto de vista dela. Eu me sentia da mesma forma muitas


vezes.

Flashback Off

- Bella?

         Alice entrou linda em um vestido curto e prata.

- A casa está bombando e todos esperam para conhecer a anfitriã.

- Os Cullen já chegaram?

- Ainda não.

- Onde está a Rose?

- Distribuindo patada como sempre.

- Alice...

        Eu disse a repreendendo, mas com vontade de rir.

- É serio Bella. Se você não falar com ela vai começar a perder clientes antes
mesmo de começar a funcionar.

- Alice você sabe que tem que ter paciência com a Rose.
- Eu sei, eu sei. Só que se ela não quer que os homens mechem com ela pelo
menos podia se vestir mais discreta. Ela está com aquele vestido vermelho. Os
homens estão babando por ela.

        Eu me sentei em minha cama e respirei fundo.

- Então vamos lá. O show vai começar.

        Eu disse e Alice sorriu.

        Descemos as escadas e o salão estava realmente lotado com muitos


homens. Alguns belos outros nem tanto. Todos se viraram para me ver. Eu
não gostava muito de ser o centro das atenções. Mas hoje era necessário.

         Muitas apresentações. Sorrisos forçado a alguns babões que tentou me


apalpar. Era sempre assim no início, até eles tomarem consciência de que eu
era a dona e que não estava disponível. Às vezes San e Ben tinham que
intervir para a minha proteção ou das meninas.

- Srta. Bella eu gostaria de me apresentar. Sou James Mitt o prefeito da


cidade.

         O homem loiro. Interceptou-me.

- Prazer senhor prefeito. Que bem que veio nos prestigiar. Espero que goste.

- Com certeza eu já gostei, mas gostaria muito mais se pudesse apreciar sua
companhia pelo resto da noite.

- Desculpe senhor prefeito. Isso não será possível. Eu sou apenas a dona.

- Tem certeza que não há possibilidade de mudar de idéia? Dinheiro não é


problema.

        Que homem asqueroso.

- Tenho absoluta certeza senhor prefeito. Temos varias boas meninas e o


senhor não se arrependerá.

- Pode me chamar só de James doçura.

        Dei um sorriso forçado e sai o mais rápido possível de perto daquele
homem. Fui procurar por Alice. Não a encontrei e fui ao encontro de Rose.

- Droga!
        Eu esbravejei e Rose me olhou.

- O que foi Bella?

- Os Cullen ainda não chegaram. E já está tarde. Não sei se eles virão.

- Não seriam eles que Alice está conversando neste momento?

          Eu olhei para onde Rose disse e vi Alice conversando com Jasper e
outro, que se não me engano era Emmett.

         Fui em direção a eles e Alice me viu.

- Bella? Olha só quem chegou?

- Seja bem vindo Dr. Cullen.

          Eu disse a Jasper. Ele sorriu estranho. Era impressão minha ou ele
estava chateado.

- Como vai Bella. Pode me chamar só de Jasper. Eu não sabia que era você a
dona.

         Ele disse para mim, mas seus olhos estavam presos em Alice. Agora eu
entendia o porquê de sua chateação. Era por descobrir o que Alice fazia.

- Não tivemos oportunidade de contar.

         Eu olhei Emmett que sorriu.

- Muito prazer senhorita.  Emmett Cullen a seu dispor.

        Esse sim parecia estar à vontade aqui.

- Bella, o prazer é meu e espero que se divirta.

         Eu disse a Emmett, mas com os olhos presos na conversa silenciosa de


Jasper e Alice.

- Com certeza eu vou me divertir muito.

          Emmett disse maliciosamente e olhando para as meninas que passavam.

         Agora eu havia percebido que Edward não estava com eles. Eu tinha que
perguntar, mas não podia dar na cara.
- Pelo que me lembro enviei quatro convites aos Cullen. Onde estão os outros
cavalheiros?

         Emmett sorriu.

- Bom. Nosso pai é carta fora do baralho. É homem de uma mulher só. Nossa
mãe.

        Eu ri.

- Sua mãe é uma mulher de sorte.

         Eu disse ansiosa para que ele falasse sobre Edward.

- Nosso irmão mais velho, Edward, teve que viajar com nossa avó. Negócios
da família.

          Eu tentei disfarçar minha decepção. Não só por Edward ter viajado, mas
pela víbora também não estar na cidade. Droga! A minha vingança teria que
ser adiada. Tudo o que planejei teria que esperar.

         Após conversar por um tempo com os Cullen eu me retirei para meu
quarto. Eu estava muito frustrada.

         E a frustração iria perdurar por um tempo. Através de Alice que era par
constante de Jasper. Eu soube que Edward e a bruxa viajariam por um mês.
Também soube que a família de Edward principalmente seus pais quase não
conseguiam falar com ele durante este tempo que eles estavam fora.

          Os irmãos Cullen haviam virado clientes assíduos, na verdade podia


dizer que viramos quase amigos. Eles comentavam que a viagem do irmão era
no mínimo estranha. Justamente por ter um filho pequeno e passar tanto
tempo longe dele. Eu tentei saber mais coisas através de Emmett e Jasper, mas
sem sucesso. Emmett era desligado e Jasper reservado. Mas eles me
confirmaram a predileção de Elizabeth por Edward. Então realmente ele seria
meu alvo.

         As semanas foram passando e a casa da colina era um grande sucesso.

         Jasper vinha sempre e só ficava com Alice. Eu vi que ali estava
nascendo uma paixão, tanto nele quanto nela. Às vezes ela tentava desmotivá-
lo, ficando com outros clientes. Neste dia ele ficava sozinho bebendo e a
observando. Assistindo ela se afastar com outro homem para seu quarto. A
situação deles era complicada.
         Emmett era o oposto. Era brincalhão e as meninas o adoravam. Ficou
com quase todas as meninas a não ser por Alice, é obvio. Ele tinha tentado de
formas cantar Rose.  Ele não sabia com quem estava lidando.

- Bella o que eu faço para conquistar aquela loirona?

         Emmett perguntou certa noite. Estávamos conversando em uma mesa.


Jasper e Alice haviam sumido. Era óbvio onde estavam.

- Acho que vai ser muito difícil Emmett. Rose é diferente.

- Diferente como?

         Eu não tinha permissão para falar nada sobre Rose.

- Você sabe.  Ela não é prostituta. Se a tratar como trata as meninas daqui. 
Nunca terá uma chance.

- Você acha que eu trato mal as mulheres daqui?

- Não. Você é um dos preferidos delas. Mas para Rose você é igual a todos os
outros.

- Isso está muito misterioso. Eu vou dobrar aquela loira. Você vai ver só.

         Eu ri. Ele não tinha entendido nada do que eu disse.

- Vou falar com Edward amanhã, quem sabe ele tem alguma idéia.

          Eu me sobressaltei com que ele disse. Edward havia voltado.

- Seu irmão voltou?

         Eu perguntei como quem não quer nada.

- Não. Ele ligou avisando que chega amanhã. Não era para menos. Um mês
viajando. O filho dele, Gabriel, está louco de saudade dele.

- Imagino.

          Mais tarde, em meu quarto, eu pude pensar em como me aproximar de


Edward. Após um mês a casa da colina não era mais tão novidade assim. Não
sabia se ele viria aqui. Pelo que os irmãos me contaram, durante esse mês, não
fazia o estilo de Edward freqüentar bordel.
           Eu estava no salão do bordel, dois dias haviam se passado, o
movimento como sempre era ótimo. Uma boa musica tocava e vários casais
dançavam. Eu estava vestindo um dos vestidos que eu mais gostava. Era azul,
justo e curto de um ombro só. Sentia-me bonita nele.

          Ao olhar para porta os Cullen, Jasper e Emmett estavam lá. Eu já os


esperava. Eles sempre vinham, mas tinha outro homem com eles. Eu arfei
quando reconheci Edward Cullen, lindo, parado ao lado deles.

Capitulo 4 Vingança: O reencontro com o anjo.

Pov. Edward

         Eu estava voltando. Após quase um mês viajando. Eu estava retornando


para casa. A saudade era imensa. Do meu filho, dos meus pais e dos meus
irmãos.

         Eu e minha avó ficamos este tempo todo em New York tentando achar
uma solução. Ela tinha muita esperança que tudo daria certo. Eu não. No fim
nem eu, nem ela estávamos certos. Havia uma chance. Entre seis a dez meses
iríamos saber seu eu tinha uma chance. Uma chance de permanecer com
aqueles que eu amava. Uma chance de permanecer vivo.

          Eu não agüentava mais essa espada pairando sobre minha cabeça.
Resolvi, durante essa viagem, que eu tentaria viver esses meses que poderiam
ser os últimos da minha vida da melhor forma possível.

          Amar meu filho de todo meu coração. Ficar perto de quem se gosta.
Tentar ser feliz.

         Era noite. Estávamos no taxi quase chegando à casa dos meus pais.

- Edward eu vou direto para a fazenda. Preciso ver como estão as coisas por lá
e ver seu avô. Diga a Esme que a espero amanhã na fazenda.

- Tudo bem Liz. Vemo-nos amanhã.

          A beijei na bochecha. Não sei o que seria de mim sem ela. Sempre me
apoiando.   Dando-me força pra continuar a lutar.

- Obrigado por tudo vó. Não sei o que seria de mim sem você.

- Eu faço isso por que te amo querido. Ninguém ama você mais do que eu.
Não se esqueça disto. E não conte nada a seus pais Edward. Você tem a mim
não precisa deles.
- Não gosto quando fala assim. Eles são meus pais eu os amo. Não sei se é
justo com eles fazer isso.

- Querido no que eles poderiam ajudar? Nos já tomamos todas as


providencias. Não vamos preocupá-los até que se confirme o que esperamos.
Ai sim. Se tudo acontecer como o previsto falamos a eles.

         Eu tinha minhas dúvidas se isso era o justo, mas não queria o sofrimento
dos meus pais.

- Tudo bem.

        Despedimo-nos e eu entrei na casa dos meus pais.

         Assim que entrei eu vi meus pais na sala com Nessie e Gabe. Eles
estavam assistindo TV concentrados.

- Oi.

         Eu disse ao chegar colocando minha bagagem no chão.

          Todos olharam para mim, mas o olhar que me prendeu foi de um
menininho de 7 anos.

- Papai!

          Ele correu e eu me abaixei para abraçá-lo. Quanta saudade eu estava


dele. Tive que me segurar para não demonstrar toda a emoção que eu estava
sentindo.

- Oi filho, que saudade.

- Eu também papai estava com muiiiita saudade. Não vai mais viajar né papai?
Promete para mim?

- Não vou filho. Eu prometo.

          Eu olhei para frente e vi minha mãe e meu pai olhando a cena
emocionados.

Soltei-me de Gabriel indo abraçá-los e depois Nessie.

- Filho que saudade.

         Minha mãe disse me abraçando. Outra vez a emoção tomou conta de
mim.
- Eu também mãe. Como estão as coisas por aqui?

- Está tudo bem querido. Onde está a mamãe ela não quis entrar com você?

          Minha mãe perguntou.

- Não. Ela precisava ir à fazenda o quanto antes. Ela quer ver o vovô.

- Ainda bem que ela não entrou.

          Nessie disse.

- Renesmee!

Minha mãe a repreendeu. Nessie fez uma cara de poucos amigos.

- Engraçado Elizabeth se preocupar com o Sr. Antony agora que chegou.


Durante o tempo que estavam fora ela não ligou nenhuma vez para saber
como ele estava.

         Meu pai disse já irritado como sempre quando o assunto era minha avó.

          Eu preferi não comentar nada. Eu estava retornando para minha amada
família. O que eu menos queria era uma discussão.

- Onde estão Jasper e o Emmett.

- Ah! Não sabia? Eles agora moram no mais novo bordel da cidade.

        Nessie disse debochada.

        Meu pai riu e minha mãe, mais uma vez, repreendeu-a.

- Que é mãe? É verdade. Além disso, Jasper está de quatro por uma prostituta
de lá.

- Filha. - meu pai falou - Nesta casa não há espaço para preconceito.

- Desculpe se não é meu sonho de consumo ser cunhada de prostituta.

        Renesmee disse.

- Isso tudo é ciúme. Ela morre de medo do Jacob querer ir lá.

        Minha mãe disse e nós rimos.

- Papai.
        Gabe me chamou.

- O que é prostituita que a tia Nessie disse?

        Eu olhei feio para Nessie que ia corrigi-lo per ele falar errado.

- Não é nada de importante campeão. O que acha de pegarmos suas coisas e


irmos para casa?

- Obaa!!! Eu to morrendo de saudade do meu quarto e do meu play. A vovó


Esme quase não deixa eu jogar.

        Nós rimos da sua animação.

- Ah! Então é assim é? O seu pai chega e você me abandona.

        Minha mãe disse a Gabriel.

- Vovó sabe que eu te amo muitão, mas eu to com saudade do meu quarto.

        Rimos dele.

- Edward.

       Meu pai me chamou

- Não quer ficar aqui esta noite? Amanhã vocês vão para o apartamento.

- Não pai. Eu estou com vontade de ficar em casa e curtir meu filho, mas eu
prometo que nessa semana vamos ficar aqui um dia.

          Despedi de minha família e eu e Gabe fomos para nosso apartamento.


Fizemos uma noite regada à pipoca, besteiras e muito vídeo game. Eu queria
mimar meu menino.

          Ele pediu para dormir comigo em minha cama. Acho que estava
carente. Fiquei muito tempo longe. Agora eu não precisava me afastar mais.
Pelo menos não antes de alguns meses.

          No outro dia, nossa rotina começou novamente como era sempre. Levei
Gabriel para casa dos meus pais, mas devido às coisas pendentes que tinha na
empresa eu não fiquei muito tempo.  Não consegui conversar com meus
irmãos.
          Trabalhei duro aquele dia. Eu também precisava ir à fazenda, mas não
tive tempo. O dia passou voando. À noite eu peguei Gabe na casa dos meus
pais e fomos para o apartamento.

         No outro dia.

- Bom dia família.

         Eu disse ao entrar na cozinha da casa dos meus pais. Estavam todos a
mesa tomando café da manhã. Gabriel foi voando beijar sua avó e pedir seu
café da manhã.

          Cumprimentei a todos percebendo de cara que meu irmão Jasper não
estava bem.  Conhecíamo-nos muito bem.

- E ai mano? Como foi de viagem?

         Emmett me perguntou.

- Tudo tranqüilo Emmett.

          Tomamos café em família e eu continuei observando Jasper que parecia


distraído.

         Estávamos somente eu, Jasper e Ememtt a mesa. Os outros já haviam


saído.

- Está tudo bem Jasper? Estou te achando estranho.

         Eu perguntei.

- Está tudo ótimo Edward por que não estaria?

          Ele disse se levantado da mesa e saindo da cozinha me deixando ainda


mais preocupado.

- O que houve com ele?

         Eu perguntei a Emmett.

- Hii mano! Nem queira saber. Ele está apaixonado, mas não quer admitir.

- Por quê?

- A garota é prostituta do bordel da Bella.


          Bella? Ele disse Bella? Seria coincidência. Não podia ser a mesma
pessoa. Podia?

          Durante esse mês que eu passei viajando de vez em quando meus
pensamentos iam para a garota de olhos e cabelos cor chocolate. Eu sempre
me perguntava se a encontraria novamente. Parece que agora tinha minha
resposta.

- Você disse Bella? Uma moça morena com os olhos cor chocolate?

- Com os olhos chocolate o quê?

          Emmett disse não entendendo. Nem eu mesmo entendia.

- Esquece Emmett. Conte-me sobre o Jasper.

- Bom. Ele conheceu essa moça naquele dia que o Gabe machucou a cabeça
lembra? Ela estava lá no hospital acompanhando a Bella que havia machucado
o pulso.

          Era ela. Resolvi tentar prestar atenção, primeiro ao problema do meu
irmão.  Depois eu veria o que faria em relação à Bella.

- Continua Emmett.

          Emmett me contou o que sabia da relação de Jasper e Alice e foi para
escola juntamente com Gabe. Eu aproveitei e fui atrás do meu outro irmão que
precisava de mim neste momento.

          Bati na porta do seu quarto.

- Oi Jasper, podemos conversar um pouco?

- Claro Edward.

- Não tem plantão hoje?

- Não só amanhã à tarde.

           Eu estava sem jeito de começar, mas ele era meu irmão. Meu
confidente. Era melhor ir direto ao ponto.

- Emmett me contou o que está acontecendo com você.

- O que aquele fofoqueiro foi te falar?


          Ele disse irritado.

- Que você esta apaixonado por uma moça chamada Alice e que ela trabalha lá
no bordel que vocês freqüentam.

- Emmett é um idiota. Na sabe ficar de boca fechada.

- Então suponho que ele esteja enganado?

          Ele não respondeu.

- Jasper quero que saiba que sou seu irmão e seu amigo. E que só quero ajudar
como você sempre me ajudou quando eu precisei.

- Não.

         Ele respondeu.

- Não o que?

- Ele não está enganado. Eu estou mesmo apaixonado por Alice.

- E qual o problema disso? Ela não sente o mesmo por você?

- Não percebeu que ela é uma prostituta.

- Se fala dela dessa maneira, devo acreditar que não a ama verdadeiramente.
Se a amasse isso seria o de menos. Jasper parece que você não cresceu no
mesmo local que eu. Nossos pais sempre nos ensinaram a nunca julgar. Nunca
ter preconceitos. Não estou te reconhecendo?

           Ele continuou calado.

- A vida é muito curta para se apegar nessas bobagens. Se a ama de verdade e


ela também não perca tempo. Fale para ela e a tire de lá. Mas tem que ter
certeza de seus sentimentos e de que sim vai enfrentar preconceitos, mas com
amor tudo se torna muito pequeno. E saiba que estou aqui para te ajudar.
Sempre.

           Jasper veio ao meu encontro e trocamos um abraço fraternal. Combinei


de a noite ir com ele no bordel com a desculpa de conhecer Alice, mas na
verdade eu queria ver Bella novamente.

          Gabe ficou com meus pais.  Eu, Emmett e Jasper fomos para a casa da
colina. Eu não tinha o habito nem o gosto de conhecer este tipo de lugar, sem
preconceito, só não fazia meu estilo, mas hoje eu tinha um motivo especial
para conhecer.

          Chegamos e fomos recebidos por belas mulheres.  Emmett parecia que
estava em casa. Fomos para uma mesa. O ambiente não era nada do que eu
esperava. Era sofisticado e de bom gosto. As musicas que tocavam também de
muito bom gosto. Alguns casais dançavam.

- Edward você vai amar este lugar, tem muita mulher gostosa e você está
precisando gastar as energias irmão.

          Eu ri.

- Está controlando minha vida sexual agora Emmett?

         Jasper gargalhou. Ele estava mais relaxado após nossa conversa.

- Ah! Fala sério Edward. Desde quando você não afoga o ganso? Tenho quase
certeza que foi desde aquela vez que saiu com aquela menina de Bolton.
Emily é o nome dela se não me engano. E isso já faz uns três meses.

        O pior é que ele estava certo.

          Uma moça morena se aproximava e ela era muito bonita. Ao olhar para
Jasper eu já sabia quem ele era.

- Boa noite rapazes. Sejam bem vindos.

- Oi Alice.

          Jasper disse e a morena sorriu para ele. Sim ela também gostava dele.
Dava para ver de cara.

           Jasper me apresentou Alice. Ela era muito simpática não era a toa que
meu serio irmão estava apaixonado por ela. Minha língua coçou para
perguntar sobre Bella, eu não a havia visto ainda, mas me contive.

          Alice e Jasper pareciam estar em outro mundo e conversavam baixo


entre eles.

         Varias belas mulheres desfilavam e destinavam sorrisos a mim e a


Emmett.

- Eu não disse Edward que aqui só tinha mulher gostosa. A começar pela
dona.
           Ele disse e eu não havia percebido, mas o lado dele sorrindo do que
Emmett disse estava ela. Bella.

           Eu achei que ela estava linda da primeira vez que a vi, mas hoje ela
estava deslumbrante. Um vestido azul e curto moldava seu corpo a deixando
sexy. Sua pele clara em contraste com a cor me deixou alucinado. Eu queria
essa mulher. E isso me deixou assustado eu não era assim na maioria das
vezes.

          A olhei novamente me permanecendo mais em seu rosto. Linda.

- Perdoe as palavras de meu irmão Bella. Ele não sabe como tratar uma dama.

          Eu finalmente disse algo no mesmo momento em que pegava em sua


mão e dava um leve beijo nela.

          Meu corpo todo se arrepiou em desejo. Eu prendi meus olhos nos dela e
se eu não estivesse enganado ela também sentiu o que senti.

- Como vai Edward? Que bom que veio nos prestigiar. E não se preocupe já
estou acostumada com o Emmett.

- Vocês se conhecem?

          Emmett perguntou espantado.

- Sim nos conhecemos no hospital no dia que Gabe se machucou. Bella estava
com ele.

- Por falar nele. Com ele está?

         Ela perguntou e eu senti o carinho em sua voz ao falar de meu filho.

- Está bem. Sabe como é criança.

- Claro. Se me dão licença preciso verificar algumas coisas fiquem a vontade e


divirtam-se.

         Ela saiu e eu fiquei a observando se afastar.

- Agora entendi porque resolveu vir aqui. Ficou a fim da Bella.

         Eu ri.

- Pode desistir cara. Ela não fica com ninguém. Até eu já tentei e ela me
dispensou. Tornamo-nos amigos.
- Ela não é...

- Não. Ela é a dona, mas já foi prostituta pelo que eu soube. Ela lutou muito
para sair dessa vida.

        Eu não sabia se ficava feliz por ela não ser prostituta. Apesar de eu não
ter preconceitos um sentimento de posse me dominou ao pensar nela com
outros homens. Ou se ficava triste por ela não ficar com ninguém. Com
certeza eu não teria chance.

           Jasper e Alice foram para um dos quartos. Emmett se arrumou com
uma ruiva que não lembro o nome, apesar de dizer que seu sonho de consumo
era uma loura que ficava no bar. Ele disse que ela não dava trela para
ninguém. E eu acabei ficando sozinho. Eu já estava me preparando para ir
embora quando Bella sentou-se ao meu lado.

          Ela sorriu e de novo pensamentos nada infantis assaltaram minha mente

- Se divertindo?

          Ela perguntou e eu quase, quase respondi que me divertiria mais se ela
me levasse para seu quarto.

- Claro. O ambiente é muito aconchegante.

- Que bom que gostou. Alguma menina te agradou?

         Sim com certeza sim.

- Sim uma mulher me agradou, mas ela não esta disponível.

         Ela franziu a sobrancelhas pensando em quem eu estava falando sem se


dar conta que era dela.

- Aceitaria dançar comigo Bella?

- Eu tenho que te dizer que eu não sou prostituta Edward. Não mais.

- Eu sei. É só uma dança Bella.

         Ela sorriu e esticou sua mão para mim.

         Dirigimo-nos para a pista de dança. E a puxei colando seu corpo ao meu.
Começamos a nos mover ao som da musica. Ela tinha um cheiro delicioso.
Estava difícil para meu lado masculino se contentar só em estar perto dela.
         Começamos a conversar sobre coisas amenas. Sobre Gabriel. Ela sempre
pedia que eu falasse mais sobre ele.

- A mãe dele então só vem raramente?

- Sim.

- Ele deve sentir falta dela.

- Sinceramente não sei te dizer. Parece que ele não a vê como mãe dele.

- Ele deve sentir falta dela sim.

          Ela de repente ficou triste.

- Você ficou triste. Por quê?

- Minha mãe morreu há pouco tempo.

- Eu sinto muito Bella

- Tudo bem ela estava doente há muitos anos.

          Terminamos a dança e voltamos para a mesa em que estávamos.

- Acho que vou embora.

         Eu disse a ela.

- Tem certeza que não quer nenhuma companhia? Temos varias meninas
interessantes Lauren, Jessica, Ângela.

           Eu a queria, mas isso não seria possível. Eu estava com o não na ponta
da língua quando ela disse aquele nome. Ângela. Não era a mesma, mas só o
nome me fez querer conhecê-la.

           Eu sabia que não era o certo. Eu queria Bella, mas estava pensando em
ficar com outra mulher apenas pelo nome ser o mesmo. E também por que eu
precisava de sexo. Emmett tinha um pouco de razão. E não seria justo com
Bella que abandonou essa vida que eu fosse egoísta e pedisse sexo a ela.

- Eu quero conhecer essa que você chamou de Ângela.

          Eu disse a ela e percebi seu espanto. Podia dizer até que vi decepção.
Devia ser coisa da minha cabeça.
- Ah...claro... eu... eu vou chamá-la.

          Bella saiu e em seguida voltou com uma morena. Ela era bonita.

- Ângela este é Edward Cullen faça companhia a ele.

- Até mais Edward. Foi um prazer revê-lo.

          Ela já ia saindo quando segurei sua mão e a levei aos meus lábios.

- Foi bom ver você também Bella.

           Eu sorri e ela também. Se eu não estivesse sonhando vi desaponto em


seus olhos.

           Ela se retirou e comecei a conversar com Ângela. Ela era uma moça
legal. E não forçava nada.

          O tempo foi passando e fomos para seu quarto.

**

            Estava quase amanhecendo quando me vesti e sai do quarto de Ângela.


O corredor onde havia varias portas, que deveriam ser quartos, estavam todas
fechadas, mas ao passar por uma das últimas ela estava semi-aberta. Eu sabia
que era errado, mas ao ouvir uma musica clássica tocando eu não resisti a
espiar. E então a surpresa. Era um quarto muito maior que o que eu estava
com Ângela. E na cama, ao centro, estava deitada a dona do bordel. Vestida
em uma fina e curta camisola preta. Ela dormia. Suas lindas pernas a mostra.
Seus longos cabelos em contraste com o branco dos lençóis a fazia parecer
uma ninfa. Uma deusa. Um anjo. Meu corpo reagiu de imediato aquela visão.
E ali eu decidi. Eu teria essa mulher. Pelo menos por uma vez. Eu teria Bella.

Capitulo 5 Vingança: Ciúme do alvo.

Pov. Bella

       Eu desci as escadas para sala naquela manhã com uma ressaca do cão. Eu
não bebia. Mas na noite passada eu tive que beber.

       As meninas estavam todas na mesa de café da manhã e conversavam


animadas. A algazarra delas estava me deixando mais furiosa do que eu já
estava.

- Vocês não têm noção do homem que ele é.


      Ângela disse e isso trouxe fel a minha boca.

- A noite deve ter sido maravilhosa ele te pagou muito mais que o valor
cobrado.

      Lauren disse.

            Eu estava puta por Edward ter ficado com ela. Eu nem sabia o porquê
eu estar tão brava. Não é como se ele fosse meu namorado ou algo assim. Mas
ele devia ter ficado interessado em mim. Só em mim.

      Ângela falava e as meninas suspiravam.

- Se eu não fosse apaixonada pelo Ben, juro que ficaria de quatro por ele,
literalmente.

      Elas riram e eu respirei fundo para controlar meu ódio.

- É o homem mais maravilhoso na cama que eu já experimentei e...

- Ângela?

       Eu a chamei.

- Acho que já chega de historia por hoje vão fazer suas obrigações.

        Eu nunca havia sido tão dura com elas. Principalmente com Ângela.
Alice me olhava espantada. Rose também.

- Desculpe Bella.

       Ângela disse chateada e eu me arrependi de tratá-la assim, ela não tinha
culpa se meus planos não deram certo. As únicas que sabiam sobre eles era
Rose e Alice.

       Elas saíram ficando somente eu, Alice e Rose.

- Mas que bicho te mordeu?

      Rose perguntou.

- Nada Rose. Só estou com dor de cabeça.

- Mas é obvio que está. Você não bebe Bella e ontem bebeu meia garrafa de
uísque.
      Eu fiquei em silencio e Alice me analisava.

- O que foi Alice? Perdeu algo aqui?

       Ela sorriu.

- Então você bebeu ontem Bella. E está com esse mau humor hoje. Não seria
porque Edward Cullen em vez de ficar a seus pés ontem ficou com a Ângela?

- Não viaja Alice.

      Rose sacou o que Alice disse. E sorriu.

- Qual é a de vocês duas?  Sim eu estou chateada. Era para o Edward ficar a
fim de mim e isso não rolou. Minha vingança vai ter que ser alterada.

      Alice e Rose gargalharam.

- Posso saber qual a graça?

- Bella o Edward ontem só faltou escrever na testa que estava a fim de você.
Mas você só sabia fugir de perto dele ou falar que não era mais prostituta. O
que acha que o cara pensou?

- Não sei.

- Que você não estava a fim. Que se ele tentasse alguma coisa poderia te
ofender, sei la.

      Rose concordou.

- Se você quer que seu plano de certo. Vai ter que flertar com ele demonstrar
que está a fim.

- Mas eu fiz isso.

- Não. Não fez.

       Alice disse.

       Flertar. Eu não sabia flertar. Quando eu era prostituta era diferente. Eu era
paga para fazer aquilo. Agora não. Apesar de ter minha vingança como
motivação eu não sabia muito como agir. Não queria ser atirada, mas queria
que Edward ficasse louco por mim. Só assim a vingança teria sucesso. Fora
isso Edward me intimidava. Atordoava-me. Era muito estranho que sentia
quando estava perto dele. O que senti ontem foi intenso.
Flashback On

       Eu fiquei petrificada ao vê-lo. Não imaginava que ele viria. Eu tinha que
fazer algo, mas minha coragem sumiu e eu me vi indo para o andar de cima
me esconder em meu quarto. Eu andava de um lado para o outro tentando
pensar no que fazer em como me aproximar. A porta do meu quarto se abriu e
Alice entrou.

- O que está fazendo aqui? O Edward Cullen acabou de chegar.

- Eu sei. Eu vi.

- Então vamos lá sua chance chegou.

       Alice parece não ter percebido meu nervosismo.

      Eu desci com ela com o coração aos pulos o que era idiotice de minha
parte eu já o conhecia. Por que esse desespero?

        Ao vê-lo na mesa com os irmãos pude apreciar a beleza daquele homem.
Não só eu, mas todas as meninas do bordel quase tropeçavam ao vê-lo. Ele
era realmente muito lindo. Que boca. Eu me imaginei ela grudada na minha.
Repreendi-me por este pensamento. Aconteceu uma coisa que há muito tempo
não acontecia comigo, se é que realmente já aconteceu algum dia, eu senti
desejo. Desejo por este homem que eu só deveria usar.

       No meio do caminho estaquei novamente de nervoso. Alice me olhou


esperando.

- Vá à frente Alice eu já vou.

- Tudo bem não demore.

        Alice foi e eu a vi conversando com os Cullen. Fui até o bar onde Rose
estava.

- Me vê uma dose de uísque Rose.

      Eu pedi.

- O que? Ta louca Bella? Você não bebe.

- Vou beber hoje. Por favor, Rose me sirva uma dose de uísque.

       Ela me olhou espantada e me serviu e mais espantada ainda Rose me viu
virar o copo. A bebida desceu ardendo em minha garganta.
        Pronto! Agora eu estava pronta. Dirigi-me a eles e Emmett me viu. Ele
esboçou um sorriso. Parei próximo a ele e Edward ainda não havia me visto.

 - Eu não disse Edward que aqui só tinha mulher gostosa. A começar pela
dona.

        Emmett disse e imediatamente Edward me olhou e eu sorri. Ele me olhou


dos pés a cabeça e parecia estar gostando do que via. Senti novamente ondas
de desejo me possuindo.

- Perdoe as palavras de meu irmão Bella. Ele não sabe como tratar uma
dama.

        Ele disse pegando minha mão e a beijando. Senti minha pele queimar.
Pare com isso Bella. Agora. Minha mente me alertou.

- Como vai Edward? Que bom que veio nos prestigiar. E não se preocupe já
estou acostumada com o Emmett.

- Vocês se conhecem?

      Emmett perguntou espantado.

- Sim nos conhecemos no hospital no dia que Gabe se machucou. Bella estava
com ele.

     Edward disse. E eu me lembrei imediatamente de seu lindo filho.

- Por falar nele. Como ele está?

       Eu perguntei.

- Está bem. Sabe como é criança.

        Ele disse me olhando com aqueles olhos verdes. Deus eu não me
reconhecia quando estava próxima a ele. Eu precisava fugir.

- Claro. Se me dão licença preciso verificar algumas coisas fiquem a vontade


e divirtam-se.

       Eu sai, mas sentia seus olhos em mim.

      O tempo foi passando e eu sempre fugindo de chegar próximo a ele, mas
sempre o observando beber, conversar com os irmãos, observando o lugar.
Alice e Jasper foram para o quarto como era sempre e Emmett saiu com uma
das meninas o deixando sozinho. Se eu não agisse logo ele iria embora. Seja
corajosa Bella!

       Fui até sua mesa me sentando ao seu lado.

- Se divertindo?

      Eu perguntei a ele e o senti me olhar profundamente.

- Claro. O ambiente é muito aconchegante.

- Que bom que gostou. Alguma menina te agradou?

       Eu perguntei desentendida. Essa era hora que ele dizia que queria ficar
comigo.

- Sim uma mulher me agradou, mas ela não esta disponível.

       Eu fiquei pensando seria eu ou não?

- Aceitaria dançar comigo Bella?

      Eu precisava deixar as coisas claras entre nós.

- Eu tenho que te dizer que eu não sou prostituta Edward. Não mais.

- Eu sei. É só uma dança Bella.

       Eu sorri e estiquei minha mão para ele.

       Ele me levou até a pista de dança me puxando para seu corpo me fazendo
prender a respiração.

      Começamos a conversar sobre coisas amenas. Sobre seu filho e eu pedi a
ele que me falasse mais sobre ele. Ele me contou sua relação com Tânia. A
relação de Gabriel com a mãe.

- A mãe dele então só vem raramente?

- Sim.

- Ele deve sentir falta dela.

- Sinceramente não sei te dizer. Parece que ele não a vê como mãe dele.

- Ele deve sentir falta dela sim.


      Eu disse me lembrando da minha.

- Você ficou triste. Por quê?

- Minha mãe morreu há pouco tempo.

- Eu sinto muito Bella.

      E não sei o porquê, mas acreditei que ele realmente sentisse.

- Tudo bem ela estava doente há muitos anos.

      Terminamos a dança e voltamos para a mesa em que estávamos.

- Acho que vou embora

      Ele disse.

- Tem certeza que não quer nenhuma companhia? Temos varias meninas
interessantes. Lauren, Jessica, Ângela.

      Eu disse a ele só para fazê-lo pedir por mim, mas algo mudou quando eu
disse os nomes das meninas.

- Eu quero conhecer essa que você chamou de Ângela.

      Eu tentei disfarçar a decepção e outro sentimento desconhecido que eu


estava sentindo.

- Ah...claro... eu... eu vou chamá-la.

      Eu fui falar com Ângela. E fomos em direção a Edward. Eu estava... Não
sei dizer como estava.

- Ângela este é Edward Cullen faça companhia a ele.

- Até mais Edward foi um prazer revê-lo.

       Eu queria sair dali o mais rápido possível. Quando eu ia saindo ele
segurou minha mão. E uma esperança se apossou de mim.

- Foi bom ver você também Bella.

       Novamente a decepção. Ele beijou minha mão como já tinha feito mais
cedo. Eu sorri e ele também. Eu me afastei em direção ao bar. De lá eu podia
vê-los.
      Ele e Ângela conversam e riam. Ele fez uma boa escolha, Ângela era
muito legal. Mas algo me dizia que havia mais por trás de sua escolha. 
Ângela era o nome de sua ex.

- Rose mais uma dose de uísque.

      Eu disse a ela com os olhos presos ao casal.

- Mas o que está acontecendo com você Bella?

- Vai me servir ou ta difícil?

      Eu falei irritada. Ela não falou mais nada e quando foi tirar a garrafa eu
não deixei.

     O tempo foi passando e eles foram para o quarto de Ângela. Eu fiquei lá
bebendo.  Até o movimento ir acabando e restar quase ninguém. Eu estava um
pouco alta pela bebida.

      Fui para meu quarto. Troquei de roupa. Vesti uma camisola preta e
coloquei musicas clássicas que sempre me acalmava.

      Deitada em minha cama eu me perguntava o porquê de eu estar tão


frustrada e chateada. Até parecia que eu estava com ciúmes de Edward
Cullen.

Flashback Off

      A ressaca havia passado, mas meu dia não estava sendo nada bom eu
precisava relaxar. À tarde mandei selar novamente Thor. Eu precisava
espairecer. É claro que desde que cai e machuquei o pulso Alice ficava no
meu pé sempre que eu saia para cavalgar. Mas desde aquele dia eu havia
montado bastante e não havia acontecido nada. Thor já havia se acostumado
comigo.

     Eu cavalguei pela minha propriedade, mas tive vontade de sair e conhecer
novos lugares segui por uma estradinha de chão e fiquei admirando as belas
paisagens que a parte rural de Raymond apresentava.

      As frases de Ângela me atormentavam.

“Vocês não têm noção do homem que ele é”.

“Se eu não fosse apaixonada pelo Ben, juro que ficaria de quatro por ele,
literalmente”.
“É o homem mais maravilhoso na cama que eu já experimentei e...”

      Eu ficava enfurecida ao lembrar-me dela falando e juro que se não fosse
minha amiga eu... não sei o faria. Pare de pensar nisso Bella!

      Passei por varias fazendas. Até que na mata encontrei um caminho e
entrei. Eu sabia que era imprudente poderia me perder, mas eu queria explorar
o lugar.

     Comecei a passar por muitas árvores e flores o lugar era belíssimo até que
vi um cavalo amarrado em uma árvore. Era um animal muito bonito. Eu
cheguei próximo a ele procurando pelo dono. Não encontrei ninguém, mas vi
que próxima ficava uma campina. E pelo que eu podia ver era linda. Era
redonda e cheia de flores. Desmontei e amarrei Thor próximo ao outro cavalo.
Caminhei em direção a campinha. Eu paralisei ao ver deitado na capina sem
camisa Edward Cullen.

Just a Kiss

Apenas Um Beijo

Lady Antebellum

Lying here with you so close to me

It's hard to fight these feelings

when it feels so hard to breathe

Caught up in this moment

Caught up in your smile

Ficar aqui com você tão perto de mim

É difícil lutar contra esses sentimentos

Quando parece tão difícil de respirar

Preso neste momento

Preso no seu sorriso

*
     Ele estava de olhos fechados parecia estar dormindo. Os braços sob a
cabeça. Eu não sabia se dava a volta ou me aproximava. Mas a atração que
este homem exercia em mim me fez andar até ele.

     Cheguei bem devagar olhando para aquele ser que parecia não ser real.
Puta merda!  Ele era muito gostoso. Agora eu entendia Ângela.

     Eu estava bem próxima a ele. Eu me abaixei e minha vontade era de tocá-
lo. De repente ele abriu seus olhos fazendo que eu me assustasse e caísse
sentada próxima a ele.

- Me desculpe não queria incomodá-lo.

     Eu disse envergonhada.

- Eu já vou. Não quero...

     Eu ia me levantado quando ele segurou meu braço.

- Fique.

     Ele disse com suas esmeraldas presas em meus olhos. Eu sorri.

- Tudo bem.

     Ele sorriu novamente.

- Este lugar é lindo.

     Eu disse observando ao redor tentando não pensar em como ele estava
próximo a mim. E sem camisa.

- É sim. Eu sempre venho aqui quando preciso pensar em algo ou relaxar.

     Edward disse.

- E o que o trouxe aqui dessa vez?

- Precisava pensar em algumas coisas.

     Ele disse me olhando.

- E você? Como encontrou a campina?

-Eu estava cavalgando e resolvi ir um pouco mais longe. E acabei a


encontrando. Aqui é um bom refugio.
     Ficamos em silêncio.

     Edward me olhava intensamente.

- Eu aprendi nos últimos tempos que precisamos viver intensamente a vida.


Ela pode não ser tão longa como imaginamos.

     Ele disse e eu não entendi nada do que ele estava dizendo.

- Me desculpe não entendi.

- Eu fui ao bordel ontem somente para te ver.

     Ele disse de repente.

I've never opened up to anyone

It's so hard to hold back

when I'm holdin' you in my arms

But we don't need to rush this

Let's just take it slow

Eu nunca me abri para ninguém

É tão difícil de segurar

Quando estou com você em meus braços

Mas nós não precisamos apressar isso

Vamos apenas devagar

     Eu fiquei sem palavras. Ele estava confessando que me queria.

- Eu não sei como agir com você Bella.

     Eu o olhei esperando que ele continuasse.


- Eu queria ficar com você ontem, mas não achei justo já que não era mais
prostituta.  Não queria que achasse que eu fui lá com este tipo de pensamento.
Eu queria você como mulher, sendo prostituta ou não.

- Você não tem preconceito pelo que fui ou pelo que sou?

     Eu perguntei a ele.

- Não.

     Ele colocou sua mão em meu rosto. E eu fechei os olhos. Sentindo sua mão
me acariciar.

- Você é tão linda.

     Ele disse e quando abri meus olhos e ele estava muito próximo. Seu rosto
quase me tocando. Seus lábios próximos aos meus. Ele olhava de meus olhos
para minha boca.

- Eu quero beijá-la, Bella. Mas só farei isso com seu consentimento.

     Ele sussurrou próximo a minha boca. Minha respiração quase falhando.
Era agora. Após isso não teria volta.

- Beije-me Edward.

     Então sua boca colou-se a minha.

Just a kiss on your lips in the moonlight

Just a touch of the fire burning so bright

No, I don't wanna mess this thing up

I don't want push too far

Just a shot in the dark that you just might

be the one I've been waiting for my whole life

So baby I'm alright

With just a kiss goodnight

Apenas um beijo em seus lábios ao luar


Apenas um toque de fogo tão brilhante

Não... eu não quero confundir essas coisas

Eu não quero forçar demais

Apenas um tiro no escuro que só você pode

Ser o único que eu estive esperando por toda minha vida

Então, baby, eu estou bem

Com apenas um beijo de boa noite

     Seus lábios provaram meus lábios. Era um beijo doce a principio. Edward
colocou sua mão em minha nuca controlando a velocidade e profundidade do
beijo. Ele inseriu sua língua em minha boca procurando pela minha. Eu
correspondi imediatamente. Nunca havia sido beijada desta forma.

      Eu me agarrei a seu pescoço procurando me aproximar ainda mais de seu


corpo. Edward me puxou me colocando sentada em seu colo. Nosso beijo
agora era selvagem. Buscamos por ar ao separar nossos lábios para depois
voltarmos a nos atacar.

      Eu estava flutuando. Edward começou a diminuir a intensidade do beijo e


foi colocando pequenos beijos em meu pescoço fazendo meu corpo arder
ainda mais de desejo por este homem. Eu senti que estava úmida por ele. E se
ele me quisesse aqui mesmo nesta relva eu cederia a ele.

     Ele me olhou e sorriu e fiquei ligeiramente envergonhada. E abaixei minha


cabeça.

-Você parece um anjo.

     Ele disse e eu ri.

- Acho que estou muito longe de ser um anjo.

     Ele sorriu.

- Bella não é por que você teve a vida que teve que deve se sentir menos que
as outras pessoas. Há muitas mulheres que se dizem honestas e fazem coisas
horríveis.
     Ele era encantador. Era difícil resistir a ele.

- Ontem eu pedi que chamasse aquela moça Ângela porque queria você, mas
achei que não pudéssemos ficarmos juntos e também por conta de uma
namorada que tive com o mesmo nome. Ela me traiu. E quando você falou o
nome dela eu fiquei curioso ao ver como me sentiria em relação a ela. Eu sei
que é besteira. Ela não é a mesma pessoa, mas só o nome já me atingiu. Por
isso eu digo a você. Não se menospreze. Essa mulher que eu confiava e amava
fez coisas que com certeza eu vejo em seus olhos que você jamais faria.

- Você ainda a ama?

- Eu acho que não. É difícil de dizer acho que só esquecemos realmente um


amor com outro.

     Eu fiquei incomodada por ele não negar que a amava.

- Eu quero ficar com você Bella. Hoje à noite. Se você aceitar será só eu e
você. Um home eu uma mulher curtindo um ao outro.

     Ele disse enquanto alisava minhas costas.

- Você quer?

     Ele perguntou.

- Sim eu quero.

     Ele me beijou novamente. Nossos corpos querendo mais do que apenas
beijos.

- Estou louco por você desde a primeira vez que a vi, Bella.

     Ele dizia entre beijos.

      Deitamos na relva sob as flores e nos beijamos muitas vezes.


Conversamos, rimos. Edward era um homem maravilhoso.

- Eu vou hoje à noite lá ao bordel e quero ficar com você.

     Eu assenti.

     Dirigimo-nos aos nossos cavalos e ele me ajudou a montá-lo.

- Me espere hoje à noite Bella.


     Eu sorri.

- Até mais Edward.

     Ele me beijou levemente. E montou seu cavalo se afastando. Eu segui para
minha casa com o coração aos pulos.

     Hoje à noite eu dormiria com Edward Cullen. E a partir dai meu plano
seria iniciado.

Capitulo 6 Vingança e Desejo.

Pov. Edward.

      Eu estava chegando à casa da colina. Meus irmãos não vieram comigo
hoje. Assim que entrei meus olhos procuraram por ela.  A vi conversando com
o prefeito. Ela estava linda mais uma vez. Com outro vestido em tom de azul.
Realmente, agora, azul era minha cor preferida.

       Ela parecia meio incomodada com a conversa dele. Ele realmente era um
pé no saco eu a entendia.

       Continuei a observando até que ela me viu. E para mim mais nada
importava a não ser seus olhos cravados nos meus.

      Lembrei-me de tudo o que fez com que chegássemos até aqui.

Flashback On

       Eu estava muito atrasado para o trabalho. Havia chegado tarde. Eu


havia dormido, o pouco que dormi, na casa dos meus pais.

- Bom dia.

        Eu disse ao sentar-me à mesa do café da manhã.

- Bom dia filho.

       Meu pai me respondeu. Minha mãe também chegou me dando um beijo.

- Onde está o Gabe?

- Ele está quase pronto para a escola. Está escovando os dentes.

      Minha mãe me serviu de café.


- A noite parece que foi boa.

      Meu pai brincou. Ele sabia onde eu e meus irmãos havíamos ido.

- Foi legal.

      Eu disse. Poderia ter sido maravilhosa. E lá se foram novamente meus


pensamentos em direção aquela mulher. Bella. Será que eu não iria tirá-la da
minha cabeça?

- Emmett disse que você estava interessado na dona do bordel.

      Meu pai comentou.

- Jasper tem razão. Emmett é um fofoqueiro.

      Carlisle riu.

      Meu menino entrou na cozinha indo me abraçar.

- E ai campeão? Dormiu bem?

- Sim papai. Cadê o tio Emmett.

      Ememet entrou com a cara de sono pior que a minha. E levou Gabriel
para a escola.

      Eu fui para o trabalho, após algumas reuniões eu entrei no meu carro e
dirigi para a parte rural de Raymond. Iria para a fazenda havia algumas
coisas que eu precisava resolver lá desde que voltei de viagem. Ao me dirigir
a para a fazenda, passei próximo a casa da colina. Uma vontade louca de ir
até lá se apossou de mim. Não seja idiota Edward. Repreendi-me
mentalmente.

      Ao chegar fazenda fui ao encontro de minha avó ela conversava com
Jacob no escritório e não viu quando entrei.

- Está avisado Jacob.

- Isso não é justo Sra. Mansen.

- Eu decido se é ou não justo. Se quiser manter seu emprego é melhor fazer o


que sugeri.

      Ela falava enérgica com ele. Jacob parecia chateado e ele foi o primeiro
a me ver.
- Oi Edward.

      Minha avó olhou assustada para mim.

- Ah! Oi querido. Não o vi chegar.

- Oi vó eu cheguei há pouco. Oi Jacob. Algum problema aqui?

      Jacob abaixou a cabeça.

- Claro que não querido. Está tudo em ordem. Pode ir Jacob.

      Ele ia saindo.

- Jacob? Tudo certo mesmo?

      Ele olhou minha avó e vi que tinha algo errado.

- Claro Edward. Está tudo bem.

      Após Jacob sair eu interpelei minha avó.

- O que estava acontecendo aqui Liz?

- Nada meu querido, coisas da fazenda eu e Jacob já resolvemos.

- Liz eu não gosto que esconda as coisas de mim e nem que trate os
empregados desta forma.

- Edward às vezes temos que ser enérgicos.

- Vó, além de trabalhar a muito tempo aqui, Jacob é filho do Billy que a
serviu por anos até se aposentar, e também é namorado da Nessie.

- Nem me fale nisso.

- Liz...

- Querido não vamos mais falar nisso, sim. Eu fiquei sabendo que você e seus
irmãos foram àquela casa de perdição que abriu.

       Eu ri.

- Casa de perdição Liz? Nossa! Essa é das antigas.

- Pare de brincar Edward isso é serio. Seus irmãos eu não me admiro de ir


neste lugar. Agora você.
- Não se preocupe. Não tenho a intenção de ir lá novamente foi só para
conhecer mesmo.

- Hum... menos mal.

- Mas como é que sabe que fui lá? Ah!  Aquela mala do prefeito te contou.

      Ela riu.

- Não fale assim Edward ele é meu amigo.

      Eu e vovó fomos resolver os assuntos da fazenda e após isso fui ver meu
avô. Ele tinha uma doença degenerativa que o deixava com perda de memória
e em uma cadeira de rodas.

      Algumas vezes ele estava lúcido já em outras.

      Mary cuidava dele há anos. Ela era de confiança.

- Aquela bruxa. Como é que uma pessoa poder ser tão malvada assim?

       Mary resmungava enquanto alimentava meu avo. Era bonito o carinho
que ela tratava meu avô.

- Oi Mary.

       Eu disse ao chegar ao quarto do meu avô.

- Oi Edward.

- Como ele está hoje?

       Cheguei próximo a meu avô e ele me olhava tentando me reconhecer.

- Hoje ele está sem memória nenhuma Edward. Ontem ele estava que era uma
maravilha. Seu pai esteve aqui e disse que isso é normal.

- É eu sei. Oi vô sou eu Edward.

       Mas ele não me deu a mínima atenção.

       Era triste vê-lo assim. Então pensei que talvez o que eu tinha não fosse
tão ruim assim, pelo menos não iria ficar dando trabalho aos outros.

      Quando eu ia à fazenda eu amava cavalgar. E foi o que eu fiz no tempo de


folga que eu tive. Fui em direção à campina que eu tanto gostava de ir. E foi
lá que tive a maior surpresa. Após descansar um pouco de olhos fechados.
Um anjo se aproximou de mim. Era Bella. Eu não consegui acreditar.

      Conversamos e finalmente consegui dizer quase tudo que eu estava


sentindo por ela. Pelo menos o que conseguia entender dos meus sentimentos.

      A beijei e foi maravilhoso e só atiçou ainda mais minha vontade de tê-la.

      Combinamos de nos encontrar a noite, e tive que revogar minha decisão
de não ir mais ao bordel.

      Eu precisava ter pelo menos uma vez essa mulher. Depois eu não sabia
como iria ficar. Não posso me apegar a alguém. Minha vida não dependia de
mim.

Flashback Off

       Começamos andar um em direção ao outro com se fossemos imas. Ela


chegou próxima a mim esboçando um belo sorriso.

- Oi.

     Eu disse pegando sua mão e a beijando.

- Oi Edward.

      Ela sussurrou sexy. Será que se eu a convidasse para subir agora seria
apressado demais?

      Ela sorriu.

- Eu não sei bem o que fazer. - ela disse.

- Não fique nervosa. Temos todo o tempo. Posso esperá-la o tempo que for.

- Eu preciso resolver algumas coisas, mas depois poderemos ficar a sós.

- Ok.

       Ela foi resolver suas pendências e eu fui ao bar. Pedi uma bebida para
moça loira que o Emmett tinha interesse.

       De longe eu vi Ângela e ela sorriu para mim. Era uma moça muito legal.
Lembrei-me da conversa que tivemos no seu quarto ontem à noite.

Flashback On
        Após sairmos do salão chegamos logo a seu quarto.

- Entre Edward sinta-se a vontade.

       Ângela disse. Eu entrei pensando que eu estava fazendo uma grande
besteira. Não era com ela que eu queria ficar.

      Ângela se aproximou de mim colocando suas mãos sobre meu peito já
insinuando o que deveríamos fazer. Eu segurei suas mãos.

- Se importa se conversarmos primeiro?

      Ela sorriu.

- Tudo bem.

      Ela sentou-se na cama e eu na poltrona ao lado da cama.

- Então você é desses que gosta de conversar antes?

      Eu ri.

- Vamos dizer que sim.

      Na verdade eu estava procurando uma desculpa para não ter que ficar
com ela. Ângela era legal, mas não era ela que eu queria e muito menos era a
outra Ângela. A que não prestava.

       Já que não íamos fazer sexo e eu não tinha nada para fazer, resolvi
conhecer essa menina melhor.

- O que te levou a essa vida?

      Eu perguntei a ela. Que sorriu.

- O que sempre acontece a todas para cair nessa vida. Sem família. Sem
dinheiro. Mas eu me considero com sorte por ter encontrado Carmem, ela era
a dona antes da Bella.

      Ao ouvir o nome daquela mulher eu tive a idéia de saber mais sobre ela.

- E Bella? Como se tornou a dona?

       Ela ficou me analisando. E começou a rir.

- Entendi. Esse rodeio todo para perguntar sobre a Bella. Está a fim dela.
      Eu sorri.

- Está tão na cara assim?

       Ela assentiu e rimos.

       A noite passou agradável. Ângela tinha um papo bom era engraçada e
boca suja. Lembrava-me a Nessie. Ela estava namorando um segurança do
bordel e eles estavam juntando grana para abrirem um restaurante. Eles iam
embora para a Itália, assim que conseguissem a quantia necessária.

       Eu me vi com vontade de ajudá-los.

- Quanto sai um programa como esse que estamos fazendo?

       Eu perguntei.

- Como esse? Jogar conversa fora a noite inteira? Acho que é de graça.

       Ela disse e gargalhou.

- Você entendeu. Se estivéssemos fazendo algo.

- Hum! A noite toda. Acho que U$ 1000.

- E quanto você receberia?

- A Bella é bem legal nesse sentido. A metade seria a minha parte. Você
acredita que tem lugares que eles só pagam para as prostitutas 20%. – ela
disse indignada - Nós é que damos a buceta e eles ficam com a maior parte.

       Eu ri. Ela era uma boca suja mesmo.

- Eu vou te dar U$ 5000 e ai você fica com a metade.

- Está maluco Edward. Isso é muito mais que o valor que eu te falei.

- Eu quero ajudar você e seu namorado a conseguir o dinheiro que falta para
o sonho de vocês.

- Puxa cara vai me fazer chorar.

      Eu ri. Ela também.


- Não me importo se vai contar que ficamos a noite toda conversando. Eu
quero te dar uma compensação por me aguentar e por perder os clientes
desta noite.

- Você é bacana Edward. Vou falar para Bella te dar uma chance.

- É sobre isso que eu queria te falar. Não fale nada sobre eu estar interessado
nela. Não quero forçar a barra.

- Às vezes precisamos de um empurrão Edward.

      Eu neguei com a cabeça.

- Tudo bem. Mas se me permite contar para uma pessoa. Alice.

- Por quê?

- Ela e a melhor amiga da Bella. Se ela achar que você tem uma chance. Eu
posso te contar.

      Eu sorri. Não era uma má idéia, mas não. Não queria forçar nada. Pedi a
Ângela que não dissesse nada a Alice.

      Eu dormi ao lado de Ângela na cama. Ambos vestidos após muitas


risadas. Eu havia tirado os sapatos e casaco que estava usando. Ao
amanhecer me vesti e sai do quarto foi quando vi aquele anjo dormindo em
sua cama.

Flashback Off

       Fiquei ali por alguns minutos até Bella surgir na minha frente pegando
minha mão.

- Vamos?

      Ela disse me surpreendendo.

- Claro.

       Ela viu que eu estava olhando para Ângela.

- Se quiser pode ficar com ela novamente?

      Ela disse irritada. E eu ri.


- Não. Eu quero você. E ontem à noite eu e Ângela só conversamos. A noite
inteira.

      Ela ficou surpresa.

- Mas...

- Não era ela que eu queria Bella.

       Ela ainda ia retrucar. Eu me aproximei dela sussurrando em seu ouvido.

- Esquece isso, Bella.

        Ela foi à frente e eu atrás a seguindo de perto acompanhando os


movimentos do seu corpo. Chegamos à porta de seu quarto. E entramos.

       Eu já havia visto seu quarto, mas não havia prestado atenção nos detalhes.
Era um quarto grande e arejado em tons pastel.

- Aceita algo para beber?

        Ela disse e eu percebi seu nervosismo.

- Não. Acabei de beber.

- Claro.

       Ela sorriu timidamente. Ela era tão acanhada que às vezes eu me
perguntava. Como poderia ter sido prostituta?

-Vem aqui Bella.

       Ela veio e eu a abraçei.

- Eu não sei bem como fazer isso Edward. Quando fiz sexo. Fazia por que me
pagavam. Era trabalho. Então eu sabia o que tinha que fazer. Com meus
namorados, que não vale a pena comentar, era diferente do que vamos viver
agora.

- Não precisa ficar nervosa. Somos somente um homem eu uma mulher que se
desejam e querem ficar juntos. Deixe acontecer.

      Ela sorriu. E eu comecei a beijar seu pescoço. Ela respirou forte. Ao fundo
ouvíamos a musica que tocava no salão.

- Beije-me Edward.
      Ela pediu e eu prontamente atendi. Colei minha boca na sua e como hoje a
tarde foi incrível. Como nossas bocas se moldavam uma à outra como se
fossem feitas para isso.

       Ela me abraçava e suas mãos foram para meus cabelos. Eu atacava sua
boca com minha língua e apertava sua cintura com minhas mãos. Pequenos
gemidos saiam de sua boca fazendo com que meu corpo implorasse para
tomá-la o mais rápido que podia. Mas eu não faria isso. Bella era uma mulher
que provavelmente nunca foi adorada durante o sexo. E eu queria fazer isso
com ela hoje.

       Agarrei um punhado de seus cabelos e trouxe seus lábios rudemente para
os meus. Ela respondeu ansiosamente ao beijo tomando meu lábio inferior em
sua boca.

       Ela começou a desabotoar minha camisa.  Seus dedos roçaram sobre meu
peito. Eu não achava que era possível ficar mais duro, mas ela me provou o
contrario com um toque. Bella se abaixou colocando sua boca em meu
abdômen o beijando. Eu rosnei.

       Puxei-a para cima a beijando novamente. Minhas mãos foram para suas
costas e abri o zíper de seu vestido fazendo com que caísse a seus pés. Arfei
com a visão dessa mulher seminua.

       Coloquei minhas mãos em seus seios ainda cobertos por seu sutiã. Apertei
lentamente. Ela soltou um gemido fraco.

- Vamos para a cama Bella.

       Ele me olhou e sorriu me puxou pela mão indo em direção a cama. Eu a


segurei antes de nos deitarmos nela. A beijei lentamente. A deitei na cama e
lentamente cobri seu corpo com o meu. Beijamos-nos e eu tirei o restante de
suas roupas. E as minhas tiveram o mesmo destino. Ela era linda um corpo
torneado e suculento. Não é a toa que eu estava louco por ela. Seus seios
fartos e duros me deixaram com água na boca.

- Você é tão linda, Bella.

        Eu disse e comecei a beijá-la em seu pescoço fui descendo por seu colo
até chegar a seus seios. Coloquei seu mamilo em minha boca e chupei
lentamente passando a língua fazendo-o endurecer. Chupei novamente só que
mais forte dessa vez e Bella se contorceu suspirando.

- Edward...

       Ela gemeu meu nome e eu amei ouvir sua voz rouca.
*

       Abandonei seus seios e fui descendo em direção ao seu estômago. Lambi
sua barriga, seu umbigo e mais um pouco eu estava em seu sexo que estava
molhado. Minha auto-estima se elevou ao ver que eu a deixei assim.

       Seu botão inchado estava fervente. E seu cheiro só me fez ter mais
vontade de prová-la.

- Eu vou chupar você Bella. Seu gosto deve ser melhor que o seu cheiro.

- Oh... Porra!

      Ela disse.

      Eu ri e ataquei seu sexo logo que proferi estas palavras. Passei minha
língua pelo seu clitóris a fazendo estremecer. Eu revezava ora lambendo seu
botão inchado e ora a penetrando com minha língua. Eu tinha mesmo razão.
Seu gosto era divino. Bella gemia descontrolada.

- Oh... Edward eu vou...

- Sim linda venha... goza na minha boca. Quero sentir seu mel.

       Voltei a chupá-la e ela logo estava gozando. E eu continuei chupando e


me deliciando com seu gosto.

       Ela fechou os olhos enquanto descia de seu orgasmo. Ela era muito linda.

       Eu me levantei e ela abriu os olhos e lambeu os lábios quando me viu nu.
Esse gesto me fez ficar ainda mais duro eu peguei o preservativo que estava
em minha calça.

- Espere!

        Bella disse.

- Eu quero provar você Edward.

        Bella se levantou da cama e se ajoelhou em minha frente. Eu até pensei


em dizer não, mas ao vê-la nua e linda ajoelhada em minha frente eu esqueci
qualquer pensamento.

       Ela olhou meu pau duro que estava próximo a seu rosto e repetiu o ato
lambendo os lábios.
       Bella pegou meu pau e começou a passar a língua em e logo em seguida o
colocou quase todo na boca. Ela fazia um vai e vem delicioso com sua boca
quente e eu estava a um passo de gozar, mas eu a queria por completo. Puxei-
a para cima. Coloquei o preservativo.

- Eu quero você Bella. Agora

- Eu também Edward. Vem.

        Eu abracei. Nossos corpos nus se tocando me deixando alucinado.


Deitamos-nos em sua cama. Beijamo-nos e olhei para Bella. Coloquei meu
membro em sua entrada e entrei em seu calor molhado. Ela suspirou e eu
fiquei parado dentro dela. Porra! Ela era muito quente e apertada.

- Está tudo bem?

- Está ótimo Edward. Continue.

       Eu investi meus quadris entrando e saindo dela.

      Ela sorriu docemente para mim e eu a beijei suavemente enquanto


comecei a me mover. Seu quadril se levantou para encontrar o meu e a cada
investida eu estava perdido na sensação de estar dentro dela. Era intenso e
delirante. Parei nosso beijo para afundar meu rosto em seu pescoço aumentado
o ritmo das estocadas. Eu estava maravilhado com a sensação de ter ela.
Nunca foi assim. E isso me assustou. Era para ser só para saciar meu desejo.
Nada mais. Nada podia mudar.

         Puxei suas pernas ela prendeu-as em meu quadril. Fazendo a com que eu
a penetrasse mais profundamente. Ela movimentava seus quadris rebolando
me deixando insano.

- Bella...

       Eu gemi seu nome. A beijei chupando sua língua.

- Edward eu vou...

- Sim eu também, Bella.

        Um arrepio se formou em minha espinha enquanto meu orgasmo


atravessava através de mim. Bella gemia enquanto alcançava sua libertação.

        Estávamos ofegantes e abraçados. Sai de dentro dela tirei o preservativo.


Eu a olhei, e ela sorriu preguiçosamente. Aconcheguei-me a ela a abraçando.
Eu não sabia o que fazer. Se ela queria que eu ficasse ou não. Mas em poucos
minutos ouvi sua respiração suave. Bella dormia. Eu a olhei. Ela era uma
mulher especial. Um anjo. Seria muito fácil se apaixonar por ela. Eu não podia
correr este risco. Minha vida não permitia. Bella já havia sofrido muito. Ela
precisava de alguém que pudesse estar a seu lado. Infelizmente eu não poderia
ser este homem.

        Eu a tive uma vez. Teria que ser suficiente.

Capítulo 7 Vingança: Sentimentos Estranhos

Pov. Bella

Eu estava quase acordando. Eu sentia isso. Só que estava tão bom ficar na
cama. Há muito tempo eu não tinha dormido tão bem. Remexi-me sob os
lençóis. Eu estava sozinha. Edward se foi. Antes que a rejeição se abatesse
sobre mim eu vi no travesseiro ao meu lado uma rosa e um bilhete que ele
escreveu na fronha do travesseiro.

Um sorriso apareceu em meu rosto.

Bella.

Não quis acordá-la. Como já disse você parece um anjo, ainda mais
dormindo.

Eu amei a noite que tivemos você é uma mulher incrível. Não se esqueça
disto.

Beijos Edward.

Ps. Desculpe escrever na fronha do seu travesseiro eu não encontrei nenhum


papel.

Apesar de achar linda sua atitude eu senti certo tom de despedida em suas
palavras.
Não havíamos combinado nada. Não sabia se ele me procuraria. No meu
plano inicial era para ele continuar me desejando, mas na prática as coisas
nem sempre saiam como esperávamos.

Edward é um homem... não tem nem como definir. A nossa noite foi
maravilhosa. Nunca me senti assim durante o sexo. E isso me assustava. Foi
completo, perfeito.

E eu com medo de como poderia ser. Logo que voltei do passeio pela
campina. Eu estava há muito tempo sem sexo. Há três anos eu não era
prostituta. E há ultima vez que tive algum contato sexual foi com meu ultimo
namorado há quase dois anos.

Meu corpo se lembrava com detalhes da segunda vez que transamos na noite
passada.

Flashback On

Eu estava dormindo, mas senti um corpo quente abraçado a mim por trás. Eu
virei meu pescoço e espiei sobre meu ombro e vi aquele homem magnífico.
Ele era muito delicioso. Gostoso mesmo. Eu fiquei olhando seu corpo nu que
estava pressionado ao meu e quando voltei a seu rosto e ele me encarava. Os
olhos verdes quase escuros em luxuria. Eu fiquei sem graça por ele me pegar
o secando. Ele sorriu.

– Acabou a inspeção?

Eu mordi meu lábio inferior e sua mão veio diretamente para eles.

– Eu quero você de novo Bella.

Ele disse e começou a esfregar sua ereção em minha bunda. Eu já estava


molhada em questão de segundos.

Edward começou a atacar meu pescoço enquanto movimentava seu quadril


em direção ao meu, mas não entrando em mim. Ele parou os movimentos se
virando para o outro lado da cama. Eu não havia entendido até ouvir o
barulho do plástico do preservativo.
Quando ele estava devidamente protegido ele voltou à mesma posição só que
desta vez ele introduziu seu pênis em minha entrada. E me penetrou em
seguida.

Eu gemi com a sensação de tê-lo duro dentro de mim.

– Está tão molhada Bella.

Ele disse sussurrando em meu pescoço e começando a se movimentar. A


posição conchinha o permitia atacar meu pescoço, sussurrar em meu ouvido e
beijar meus lábios.

Eu rebolava e quando fazia isso Edward soltava altos gemidos. Uma de suas
mãos estava em meu quadril e outra apertava um dos meus seios.

– Eu amo estar dentro de você Bella.

Ele dizia estocando forte dentro de mim. Eu comecei a sentir a construção do


meu orgasmo.

Edward sentindo que eu estava próxima começou a me estimular fazendo


movimentos circulares com sua mão em meu clitóris.

E foi meu fim. Em seguida meu corpo foi sacudido por espasmos e eu senti
que Edward também chegou ao clímax.

Ficamos abraçados por um tempo ele se movimentou descartado o


preservativo e me abraçou novamente. Ele acariciava meus cabelos e
colocava beijos em meu rosto e pescoço. E eu sentia algo estranho em meu
peito. Uma emoção estranha. Eu nunca havia sido tratada com tanto carinho
durante o sexo.

Flashback Off

Desci para tomar café da manhã e encontrei somente Alice e Rose. As


meninas já haviam tomado pelo jeito. Eu acordei mais tarde que o costume é
obvio que isso não passou despercebido por elas.

– Oh! Parece que a noite foi boa.

Rose disse assim que me sentei à mesa.

Eu fingi que ela não havia dito nada e continuei a me servir.


Alice sorriu e Rose também.

– O que foi?

Elas olharam em direção a uma mesa próxima e lá havia um enorme arranjo


de flores. Rosas. Tulipas, frésias e outras que eu não conseguia identificar.

– Chegou faz uns quinze minutos, eu ia levar até seu quarto, mas achei que
ainda estivesse dormindo.

Alice disse.

Eu levantei e fui até as flores. Meu peito com uma sensação estranha eu não
consegui reprimir o sorriso que se formou em meu rosto. Eu nuca havia
recebido flores antes.

Nelas havia um cartão com meu nome escrito. Eu peguei e li.

Eu não sabia qual flor você gosta

Então mandei um pouco de cada uma que achei que

pudesse expressar o que penso sobre sua beleza.

Beijos

Edward Cullen.

Li e reli o cartão algumas vezes para ver se achava mais alguma mensagem
escondida atrás de suas palavras.

Eu mostrei o cartão a Alice e Rose. Elas leram e suspiraram.

– Bom não é a toa que ele é o homem mais desejado da cidade.

Rose disse.

– E olha que eu nem gosto de homem. Mas para esse ai vale à pena dar uma
chance.

Alice e Rose conversavam e meu pensamento estava longe.


– O que foi Bella? Por que essa cara?

Alice perguntou.

– É. Seu plano está dando certo.

Rose também disse.

– Você passou a noite com aquele homem maravilhoso e recebeu flores dele
hoje de manhã. Qual o problema?

– Eu acho que ele não vai mais me procurar.

– Por quê? Acho que está enganada Bella. Ninguém manda flores para alguém
que não quer mais ficar novamente.

– Eu tive essa impressão pelo que ele me escreveu e também pelo que está
escrito no cartão nas flores. É como se fosse uma compensação, não sei.

Não sabia dizer o porquê de esses pensamentos me perseguirem. Era mais


forte do que eu. Mas outro fato me ocorreu.

– Rose sabe onde esta a Ângela? Preciso falar com ela.

– O que aconteceu Bella.

Alice perguntou.

– Não sei a o certo, mas Edward disse que não ficou com Ângela na outra
noite e ela mentiu ao contar as meninas sobre ele. Eu quero saber por que.

Eu ia me levantando para ir atrás de Ângela quando Alice me impediu.

– Bella... Fui eu. Eu que mandei Ângela mentir.

Eu fiquei estupefata.

– Porque fez isso?

– Bom, eu achei que você precisava de um empurrão. Para atacar o Edward.

- Ela veio me contar de manhã que não haviam ficado e que ele estava a fim
de você e tal. Então sugeri que ela fizesse aquilo. No fim nem foi preciso,
vocês acabaram se encontrando e se acertaram. Mas eu só queria ajudar.

– Tudo bem Alice, mas não havia necessidade de fazer isso.


– Bella e em relação a isso. – Rose disse apontando as flores - Não vai
agradecer por elas?

– Eu devia ligar para ele, mas não tenho o numero.

– Isso é fácil. Eu peço ao Jasper.

Eu lembrei então a relação de Jasper e Alice. Eu estava preocupada com meus


planos que acabei esquecendo de minha amiga.

– E vocês como estão?

Eu perguntei a Alice.

– Na mesma, mas ele disse que quer conversar comigo hoje.

– Alice. Eu quero que saiba que o que você decidir para a sua vida eu vou te
apoiar.

– Eu também. - Rose disse.

Éramos muito diferentes eu, Alice e Rose, mas nossa amizade era forte na
mesma proporção.

À noite vi Jasper e Emmett chegar e mesmo sabendo que Edward tem um


filho pequeno e havia vindo duas noites seguidas, eu ainda tinha esperança de
que ele viesse. Ele não veio.

Ao conversar com Emmett e Jasper eu achei que eles não soubessem sobre eu
e Edward. Se souberem foram muito discretos. Alice me passou discretamente
o telefone de Edward escrito em um papel. Eu perguntei como ela havia
conseguido ela disse que Edward ligou para Jasper e que ela viu o número e
como tinha uma memória ótima o decorou. O numero era da empresa. Não
adiantava tentar ligar agora.

Com o número em mãos eu estava em um dilema. Ligar ou não ligar. E se


ligar o que dizer. Eu sabia que a ligação era para agradecer pelas flores. Mas
eu ficava sempre vulnerável quando o assunto era Edward.

Droga! Antes de tudo isso começar meu plano era simples. Seduzir Edward
Cullen e o usá-lo em minha vingança. Fácil. Até eu conhece-l o.

No outro dia pela manhã.


O numero de Edward queimava em minhas mãos. Eu discava e desligava
antes de completar a ligação. Isso aconteceu varias vezes. Então eu desisti.
Iria esperar que ele aparecesse no bordel. Ele iria aparecer. Não iria?

Alice veio até meu quarto.

– Bella?

– Oi Alice, entra.

Ela queria me dizer algo.

– Fale logo Alice.

– O Jasper quer falar com você. Ele esta lá na sala.

Eu olhei Alice que parecia estar diferente.

– Tudo bem. Vamos lá falar com ele.

Eu e Alice descemos e Jasper sorriu a nos ver.

Alice foi em direção a ele e ele segurou sua mão. Eu já sabia o que estava
acontecendo.

– Oi Jasper.

– Oi Bella.

Eu esperei que ele falasse, mas como eles não diziam nada.

– Alice disse que você queria conversar comigo.

– Sim Bella. Eu queria te contar que eu e Alice estamos namorando.

Eles sorriram felizes.

– Ah nossa! Que maravilha! Desejo que sejam felizes. Sinceramente Alice é


minha melhor amiga eu desejo tudo de bom para ela e com certeza você
Jasper é o certo para Alice.

Alice veio me abraçar. Eu estava muito feliz por minha amiga.

– Bella.

Jasper me chamou.
– Deve imaginar que Alice não vai mais...

– Eu sei. Trabalhar aqui. Eu já imaginava.

– Nós vamos morar juntos, mas por enquanto ela ainda ficará aqui. Eu disse a
ela que ela podia ficar em um hotel, mas Alice não quer. Ela quer ficar perto
de você e Rose que são a família dela.

Eu olhei emocionada para Alice.

– Jasper enquanto Alice permanecer aqui ela não aparecerá no salão à noite,
para evitar qualquer constrangimento. Pode ficar tranqüilo.

Jasper marcou um jantar para apresentar Alice à família na próxima semana.


Eu e Rose estávamos intimadas a ir. Alice estava nervosa em conhecer a
família do namorado e queria nosso apoio.

Agora que Alice era namorada de Jasper eu não podia mais envolver minha
amiga em meus planos. Não era justo. Já que se ela participasse dos meus
planos teria que esconder coisas do homem que amava. Só pedi que ela não
comentasse nada com Jasper sobre o motivo de eu estar aqui. E sobre minha
vingança.

Após a conversa com Jasper e Alice eu me enchi de coragem e liguei para o


número que Alice havia me dado.

– Empresas Mansen, bom dia.

Uma moça com a voz anasalada disse.

– Bom dia, por favor, eu poderia falar com Edward Cullen.

Eu disse receosa. O coração quase saindo pela boca.

– O Sr. Cullen está em reunião agora senhora. Se desejar deixar seu nome e
telefone eu posso passar o recado para ele logo que a reunião acabe.

A decepção tomou conta de mim.

– Claro diga ele que... não obrigado. Eu ligo mais tarde.

Desliguei decepcionada e contando que talvez Edward aparecesse ou me


ligasse. Isso não aconteceu.
Como desconfiei Edward não apareceu mais. Emmett continuava a freqüentar
o bordel dedicando seu tempo cada vez mais a tentar conquistar Rose. Só
levava patada dela. Chegava ser engraçado. Jasper vinha também, mas não
ficava no salão. Sua namorada o aguardava em outro lugar.

Eu, por mais que tentasse disfarçar, ficava ansiosa todas as noites esperando
que Edward Cullen aparecesse. Mas isso não aconteceu. Outra coisa me
incomodava também. Quando eu ia dormir ardia desejo por ele. Sentia falta de
seus beijos, de seu cheiro. Cheguei ao cúmulo de me masturbar pensando
nele. Isso não era normal. Estar viciada em uma pessoa em tão pouco tempo.

O dia do jantar na casa dos Cullen havia chegado e eu iria rever Edward. Após
10 dias da última vez que nos vimos.

No caminho Alice mal podia se conter de nervosismo. Eu e Rose nos


divertíamos com seu estado. Até mesmo Jasper que havia ido nos buscar dizia
a ela que não havia motivo para se preocupar que sua família iria amá-la.

Chegamos à casa dos Cullen e sinceramente eu não sabia se eu ou Alice


estava mais nervosa.

Ao entrarmos na bela casa fomos recebidos por toda a família. E uma vos
chamando meu nome me fez sorrir.

– Bella.

Gabriel disse e veio correndo em minha direção abraçando minha cintura. Eu


sorri para ele e antes que eu dissesse algo eu o vi. Edward Cullen. Encarando-
me.

Capitulo 8 Vingança e tulipas

Pov. Bella

        Seus olhos nos meus. Presos aos meus. Eu sabia que havia um menininho
abraçado a minha cintura e eu precisava dar atenção a ele.  Tirei meus olhos
daquele homem que fazia meu coração disparar somente por estar perto dele
novamente.

       Olhei para aquele lindo garotinho. Sorri para ele.

- Oi Gabriel.

        Ele sorriu ainda mais.

- Sua mão melhorou?

         Ele perguntou segurando minha mão.

- Melhorou querido.

- Vem Bella. – ele começou a puxar minha mão até seus parentes. - Vem
conhecer minha vó.

         Eu ri.

- Oi Bella, muito prazer em conhecê-la, pelo visto você tem um fã na família.

         Esme disse sorrindo.

- Só um?

         Emmett disse debochado e eu corei. Eu olhei de relance para Edward


que continuava me olhando.

         Eu, Alice e Rose fomos todas apresentadas a família Cullen, e como eu
já havia constatado nas fotos que o detetive havia me mandado, a família toda
era linda. Eu fiquei apreensiva ao ser apresentada ao Dr. Carlisle Cullen.  Com
medo de que ele me reconhece, mas não.

          O último que fui cumprimentar foi justamente Edward.

- Oi Bella.

           Ele disse me olhando de um jeito que eu fiquei quente de imediato. Se


ele estava ou não se lembrando de nossa noite eu não sei. Só sei que eu sim.

- Oi Edward.

          Eu respondi simplesmente. Não sabia muito que dizer. Ele ia falar algo,
mas a Sra. Cullen requisitou nossa atenção para que todos entrassem na bela
casa que eles tinham.
          Ao entrar estávamos em uma imensa sala de estar e ao fundo uma
varanda de onde se via um gramado com uma maravilhosa piscina.

         Fomos convidadas a sentar e uma empregada entrou servindo bebidas e


alguns petiscos.

         Alice conversava com Jasper e o Dr. Cullen. Eu, Rose, Emmett e a Sra.
Cullen também conversávamos. Rose elogiava sua casa e ela nos contava
animada como foi à escolha e decoração.

        De longe eu via Edward e Gabriel. Ele conversava com o filho e a cena
era tão bonita que eu quase não conseguia desviar os olhos. Junto deles estava
a filha mais nova dos Cullen, Renesmee a única pessoa que mostrou certo
desagrado com nossa presença.

          Eu olhei novamente a interação pai e filho, e era tão linda e


emocionante. Edward virou o rosto e olhou para mim eu desviei rapidamente
tentando prestar atenção novamente ao que a Sra. Cullen dizia.

          Estávamos sendo muito bem acolhidas nessa família. Enquanto


participava das conversas eu às vezes olhava para Edward e quase sempre ele
estava me olhando. Olhando daquele jeito. Que me enfeitiçava. Incendiava.

- Bella?

          Eu me distrai olhando Edward e nem percebi Gabriel na minha frente.

- Oi querido.

- Você quer vir conhecer meu quarto? Sabe a vovó tem um quarto só pra mim
aqui na casa dela.

          Que lindinho.

- Claro que eu vou.

           Olhei para a Sra. Cullen e ela assentiu para que eu fosse com ele.

            Eu segui Gabriel e ele me levou até seu quarto. Antes me mostrando
onde era o quarto de todos na casa, e quando me mostrou o de seu pai eu
quase pedi para entrar lá.

           No seu quarto Gabriel me mostrou seus brinquedos, seus jogos. E eu


vi, na cabeceira de sua cama, uma foto dele e uma mulher loira muito bonita.
Deveria ser a mãe dele.
- Que linda foto Gabriel. É a sua mãe?

- É sim, mas ela não pode vim me ver.

          Ele disse triste. E eu senti meu coração se partir.

- Vem aqui querido.

           Eu o abracei e ele ficou quietinho em meus braços.

- Gabriel sua mãe te ama se ela não vem é porque ela não pode, mas tenho
certeza que todos os dias ela pensa em você.

           Ele sorriu do que eu disse e logo já estava me mostrando outras coisas
em seu quarto. Era bom ser criança. Elas se recuperavam rápido ao contrario
de nos adultos que guardávamos mágoa por muito tempo.

             Quando eu e Gabriel voltamos Edward não tirou por um segundo seus
olhos de mim. Eu fui até a cozinha para ver se a Sra. Cullen precisava de algo.
Com ela estavam Rose e Emmett.

- Não é mãe? Que eu te ajudo sempre que posso?  Eu sei cozinhar, eu posso
fazer algo para você comer uma hora dessas Rose.

            Emmett disse tentado amansar Rose. Coitado.

- Não obrigado. Eu não quero ter uma má digestão.

          Rose disse fazendo eu e a Sra. Cullen rir.

          Rose saiu e Emmett foi atrás resmungando.

- Ele está de quatro por ela só que ela é durona.

           A Sra. Cullen disse sorrindo.

- Ela não faz por mal Sra. Cullen. É o jeito dela.

- Eu sei. Por favor, Bella me chame de Esme.

- Ok Esme. – eu sorri - Você precisa de alguma ajuda?

- Não querida eu encomendei tudo em um restaurante só há algumas coisinhas


que faltava organizar.

           Ela disse simpática.


- Sra. Culle... Esme. Eu quero que saiba que você está ganhando na família
uma pessoa maravilhosa. Alice é como uma irmã para mim. E seu filho Jasper
vai ter a melhor mulher, amiga e companheira que possa imaginar. Eu sei que
pelo que fizemos as pessoas podem...

          Ela me interrompeu.

- Aqui nesta casa não há preconceito Bella, e fico feliz que tenha me dito estas
coisas. No momento que vi Alice eu soube que ela era tudo isso que você
disse, mas é bom saber disso por uma pessoa que a conhece tão bem. Sabe, eu
sempre tive medo que Jasper não enxergasse quando o amor batesse a sua
porta. Pelo jeito serio dele. Mas ainda bem que ele não se fechou para isso.
Mesmo que o encontro deles tenha sido meio inusitado.

- Fico feliz em saber disso Esme. Preocupo-me com Alice, mas agora sei que
não há motivos.

           Estávamos conversando quando Edward entrou na cozinha. De repente


a cozinha estava cheia de mais. Quente de mais.

- Então mãe? Vai demorar o jantar? Seu neto já está reclamando de fome.

          Ele disse a ela, mas seus olhos estavam apenas em mim.

- Ah! Aquele guloso. Já vou servir.

          Eu ri tentando não prestar atenção no homem que estava me encarando.

             Se não foi impressão minha Esme sacou que estava rolando algo entre
nós. Por que ela logo arrumou uma desculpa e saiu nos deixando a sós.

            Estávamos frente a frente. Cada um de um lado da cozinha. Ele me


encarava e eu retribuía.

- Bella eu...

            Ele começou a dizer, mas não concluiu. Então eu resolvi falar.

- Eu queria agradecer pelas flores Edward. Sei que devia ter feito isso antes.
Eu até tentei ligar, mas você estava ocupado. Obrigado elas eram lindas.

            Ele sorriu e assentiu. Eu já me preparava para sair quando ele disse.

- Desculpe.

- Pelo que?
           Fiz-me de desentendida.

- Por sumir. Não aparecer mais. Eu devia ao menos ter telefonado.

- Não temos nenhum compromisso Edward. Tudo bem

- Eu sei Bella, mas é que eu não devia ter agido desta forma. Eu fui um idiota.
Desculpe.

- Tudo bem.

- Me da outra chance.

           Ele pediu e senti meu coração dar um solavanco.

- Eu sei que não mereço, mas eu gosto muito de estar na sua companhia. De
ficar com você. Eu sumi por que estava fugindo do que sinto quando estou
com você.

           Agora eu já nem respirava.

            Fomos interrompidos por Jasper que veio pegar uma garrafa de vinho,
mas logo saiu quando nos viu conversando.

- Então? Me dá outra chance?

           Edward perguntou. Ele parecia ansioso.

- Tudo bem.

           Ele sorriu.

- Eu vou te ligar essa semana para gente combinar de sair. Eu só preciso ver
algumas coisas, sabe tenho que ver alguém para ficar com o Gabe.

- Claro.

            Eu disse, mas ele perecia que não acreditava em mim.

- Eu vou te ligar mesmo Bella, pode acreditar.

            Eu fui saindo da cozinha. Virei-me e o peguei me encarando.

- Edward. – eu sorri - A minha flor preferida é a tulipa.

            Dei a deixa para ele e sai, não antes de vê-lo sorrir.
            Estávamos todos à mesa. A cabeceira Carlisle, a seu lado esquerdo
estavam Jasper, Alice, Edward, Gabriel e Renesmee.

           Do lado direito Esme, eu, Rose e Emmett.

            A refeição estava maravilhosa. Era um jantar muito agradável e fiquei


feliz por Alice. Ela estava radiante. Seus olhos brilhavam.

           Edward estava sentado quase a minha frente. E isso facilitava a troca
de olhares que fazíamos sempre.

- Swan é seu sobrenome não é Bella?

           Carlisle me perguntou e eu senti um frio na espinha. Não era possível


que ele se lembrasse.

- Sim.

            Eu respondi.

           Alice me olhava assustada.

- Sabe que esse sobrenome não me é estranho, mas não me lembro de onde o
conheço.

- Minha família é de origem da cidade de Forks em Washington.

           Não era de todo mentira.  A família de meu pai era mesmo de
Washington.

            Jasper introduziu um novo assunto e isso fez com que minhas origens
fossem esquecidas.

            Senti alguém se encostando-se a mim e vi que Gabriel havia dado a


volta e estava a meu lado. Entre Esme e eu.

- Oi.

             Eu sorri a ele. Ele puxou meu rosto para que pudesse cochichar em
meu ouvido.

- Bella. Você me dá um colo?

            Ele sussurrou no meu ouvido e meu coração se aqueceu com o seu
pedido.
- É claro que sim querido.

            Arrastei minha cadeira mais para trás e ele subiu em meu colo.  Eu não
havia percebido, mas todos na mesa olhavam para nós. Aos poucos eles
disfarçaram, mas eu via os olhos de Edward me olhando eu sorri e ele
também.

            Esme também me olhava.

            Era tão bom ter esse menino assim no meu colo.

             Ele encostou sua cabeça no meu peito e ficou ali quietinho. Acho que
ele estava sentindo falta da mãe.

- Bella você gosta ver desenho na TV?

          Gabe me perguntou.

- Gosto sim. Mas o que eu gosto acho que não passa mais é muito antigo.

- Qual é?

- O nome é caverna do dragão. Você conhece?

- Conheço sim é o preferido do papai. E nos vemos às vezes.

           Ele disse empolgado.

- Papai!- ele chamou Edward - A Bella também gosta daquele desenho que
você gosta.

            Edward me olhou e sorriu.

- Olha só que legal campeão você tem que convidá-la pra ir assistir com a
gente uma hora dessas.

           Eu sorri.

- É Bella você vai né?  Um dia na minha casa olhar com a gente.

- Claro. Vou sim.

            Ele continuou no meu colo e continuamos conversando até que ele
ficou com sono e ficou quietinho no meu colo. Em seguida ele adormeceu.  Eu
me peguei analisando suas feições. Seu rostinho lindo. Ele era parecido com
Edward a não ser pelo cabelo loiro que era igual ao de sua mãe.
- Bella ele dormiu que me dar ele? E o levo para o quarto.

            Esme disse.

- Não. Tudo bem, eu mesmo levo.

- Eu te ajudo.

            Edward disse.

             Eu e Edward fomos até o quarto de Gabriel e ele me ajudou a colocar


seu filho na cama.

            O carinho e o cuidado de Edward com o filho eram incríveis. Ele tirou
os sapatos do filho e o cobriu. Após isso saímos do quarto e ficamos nos
olhando.

- Obrigada por ser tão carinhosa com meu filho Bella. Ele geralmente é tão
tímido com as pessoas, mas com você, ele consegue ser como é quando está
com a família.

             Eu fiquei feliz com suas palavras.

- Ele que é um menino adorável. Gosto muito dele.

             Eu já ia saindo quando Edward me puxou e me prendeu entre ele e a


parede.

- Só do meu filho que você gosta?

           Minha respiração ficou acelerada pela proximidade da boca de Edward.

- Talvez eu goste um pouquinho do pai dele.

        Eu brinquei com ele. E não tive tempo de falar mais nada porque no
próximo segundo Edward estava com sua boca colada na minha.

         Sua boca devastando a minha, sua língua procurando pela minha. Eu não
conseguia pensar que estávamos na casa dos pais dele e que a qualquer
momento podíamos ser flagrados. Só o que pensava era na sensação
maravilhosa que era tê-lo novamente com suas mãos em mim. Sua boca na
minha. Mas então ele pareceu dar-se conta de onde estávamos e parou o beijo.
Sua testa ficou colada a minha. Nossas respirações se misturando.

         De repente ele começou a rir e eu também. Eu nem sabia o porquê, mas
estava rindo só porque ele também estava.
- O que foi?

        Eu perguntei entre risos.

- Parecemos dois adolescentes se beijando escondido na casa dos pais.

         Ele riu mais e eu o acompanhei. Ele me beijou novamente agora


delicadamente.

- Vamos? Precisamos descer.

        Separamo-nos e fomos ao encontro dos outros.

        Após nos despedirmos de todos. Jasper foi nos levar. Alice estava
radiante com a aceitação da família de Jasper. E eu muito feliz por minha
amiga.

         No outro dia pela manhã fui acordada por batidas na porta do meu
quarto. Ao abrir, um enorme sorriso se formou em meu rosto.  Ângela
segurava um arranjo de tulipas amarelas. E eu sabia quem as havia mandado.
E isso. Me fez sorrir ainda mais.

Capitulo 9 Vingança e Rejeição?

Pov. Edward

– Irina. Por favor, peça para entregar naquele mesmo endereço da ultima vez
um arranjo de tulipas amarelas.

Eu disse assim que cheguei ao trabalho. Não perderia mais a chance de ser
feliz.

Flashback On

Após aquela noite com Bella eu fiquei muito confuso. Eu ainda a queria. Mas
eu não podia. Não era justo com ela.
Eu decidi mandar flores e explicar a ela pelo cartão que não nos veríamos
mais. Pelo menos não como nos vimos à noite passada.

Bella.

Eu adorei a noite, o problema não é você sou eu...

Não droga! Não é isso que eu queria escrever.

Bella.

Você foi a melhor coisa que aconteceu nos últimos tempos em minha vida,

Mas eu não posso ser...

Droga! Droga!

Amassei o terceiro cartão que eu iria enviar junto com as flores para ela.

Tem certeza que você quer acabar com as chances com ela? Eu me
perguntava. Não tinha resposta.

Eu decidi me afastar dela. Não seria tão difícil assim. Eu mal a conhecia. Isso
Edward! Continue tentando se convencer que ela não é importante. Que eu
não pensava nela todo o tempo.

– Sr. Cullen.

Minha secretaria falou através do interfone.

– Sim, Irina.

– O moço das flores já está aqui. O cartão está pronto?

– Só mais um minuto Irina.

No fim eu escrevi sobre a beleza dela. E não escrevi nada que não deixasse
uma chance de ficarmos novamente.

Mas eu arrumei outra forma de afastá-la de mim. Sumi. Não apareci mais no
bordel. Não telefonei. Não dei noticias, ou seja, agi como um idiota.
Justamente com a garota mais legal que eu havia conhecido. É realmente eu
sou um idiota.

Eu não contava que o destino iria nos colocar novamente juntos. Jasper,
finalmente resolveu escutar seu coração apaixonado e pedir Alice em
namoro. Então teríamos um jantar para apresenta-la oficialmente, e é claro
que Bella estaria nele.

Estávamos na casa dos meus pais esperando Jasper que havia ido buscar
Alice e suas amigas. Bella e a moça que Emmett estava de olho que agora eu
sabia se chamar Rose. Eu estava nervoso como um adolescente que
reencontra a garota que passou a noite.

Quando o barulho do carro de Jasper chegou aos meus ouvidos. Percebi que
estava mais nervoso que o normal. Minha mãe nos chamou para que fossemos
todos para frente de casa. Ela gostava que todos recebessem as visitas juntos
e na entrada de nossa casa.

Jasper, Alice, Rose e... ela. Bella. Linda em um vestido floral. A deixava sexy,
mas não vulgar. Bom, para mim ela nunca pareceria vulgar.

Gabriel quando a viu foi correndo em sua direção e a abraçou. Era incrível
essa ligação que ele tinha com ela. Desde o momento que se conheceram. Ele
não costumava agir assim coma as pessoas que não conhecia.

Quando ela me viu eu senti que havia sido realmente um imbecil. Como eu
poderia ficar longe dessa mulher?

Durante todo tempo eu não conseguia tirar meus olhos dela. Ela foi muito
simpática com minha família e extremamente carinhosa com Gabriel. O que
eu já esperava desta mulher maravilhosa. Fiquei ainda mais encantado por
ela após ela ir ao quarto de Gabriel. Eles não me viram, mas eu fui atrás e
ouvi sua conversa com Gabriel sobre Tânia. Não imaginava que meu menino
ficasse tão triste pela ausência da mãe. Eu achei que era capaz de suprir isso.

– Que linda foto Gabriel. É a sua mãe?

Bella perguntou.

– É sim, mas ela não pode vim me ver.

Meu filho disse triste. E eu senti uma dor no coração. E uma vontade imensa
de matar Tânia.

– Vem aqui querido.

Ela o abraçou.

– Gabriel sua mãe te ama se ela não vem é porque ela não pode, mas tenho
certeza que todos os dias ela pensa em você.
Sai de lá antes que me vissem e decidi que eu pediria uma nova chance a ela.
Por mais que eu não soubesse se iria viver. Quanto tempo iria viver. Esses
últimos tempos eu queria passar com pessoas como ela. Ela me fazia sentir
coisas que eu não havia sentido ainda. Nem com Ângela que eu achei que
fosse o amor da minha vida.

Eu e Bella nos encontramos na cozinha de minha mãe. Na verdade eu a vi


indo para lá e a segui. Conversamos e eu pedi outra chance e sua resposta me
deu esperanças novamente. Tulipas.

Eu senti uma coisa muito estranha quando vi meu menino pedindo colo a
Bella. E quando ele estava em seu colo era como se fosse mãe e filho. Era um
sonho que eu tinha. Encontrar alguém que amasse meu filho como eu amava.
E ali nos braços de Bella eu vi que isso era possível.

Após colocarmos Gabriel na cama depois de dormir no colo dela eu a ataquei


no corredor. Não suportava mais ficar próximo a ela e longe de sua boca, seu
corpo. Eu me comportei como adolescente. E amei isso.

Eu não tinha certeza ainda, mas acho que estava me apaixonando por Bella.

Flashback OFF

Pelos próximos três dias eu e Bella sempre nos falávamos ao telefone. E eu


continuava mandando tulipas a ela. Todos os dias pela manhã eu mandava um
arranjo de tulipas das mais diferentes cores.

– Oi.

Ela disse com a voz sonolenta ao atender ao telefone.

– Oi anjo. Te acordei?

Eu perguntei já sorrindo. Ela tinha o poder de fazer isso comigo.

– Não. Há essa hora eu já estou acordada, principalmente esperando um


arranjo de tulipas.

Ela disse e pela sua voz estava sorrindo.

– Vou receber outro arranjo hoje né?

Eu ri.
– Surpresa.

Rimos ao telefone. Era tão bom falar com ela.

– Vamos sair hoje?

– Está livre hoje?

– Sim. Meus pais vão ficar com o Gabe.

– Ok, Sr. Cullen. Que tipo de encontro pretende me levar?

– Surpresa.

– Para de falar isso.

Eu ri.

– Passo ai às 20hs. Ok?

– Ok. Beijos

– Prefiro os receber hoje à noite.

– Pode ter certeza que vai.

Eu sorri e nos despedimos.

Minha avó entrou na minha sala logo em seguida.

– Oi Liz.

– Oi querido.

Ela veio até mim me dando um beijo na testa.

– Vim te trazer os papeis que me pediu para olhar está tudo perfeito como
sempre.

– Ótimo vó. Vou fechar a negociação.

Ela ficou me olhando do jeito que eu sabia que ela queria me dizer algo. Eu
conhecia bem minha avó.

– Fala logo vó. O que foi?


– Fiquei sabendo que houve um jantar especial na casa dos seus pais há alguns
dias atrás. E ninguém me convidou.

– Vó era uma coisa simples. Só para a família.

– Assim você me ofende querido. Eu sou o que?

– Eu sei. Por mim você estaria lá, mas sabe que um jantar onde você e meu
pai estejam juntos não ira sair coisa boa.

Ela fez uma cara de ofendida.

– Minha própria família me abandona. Se não fosse por você. Mas o pior não
é isso. Onde seu irmão está com a cabeça em namorar uma prostituta? Ta
faltando mulher na cidade? Pelo que eu saiba não.

– Vó, por favor? Não fale assim. Você nem conhece a moça para falar isso.

– E nem quero mesmo. Sua mãe e seu pai perderam o juízo ao aceitarem isso.

– Você sabe que na nossa família não há preconceitos.

Minha avó ficou lamentando a escolha de Jasper. Eu não dei bola. Ela ia ter
que se acostumar. Jasper estava feliz. Isso era o que importava.

Durante o dia eu não consegui conter a ansiedade. Sai do trabalho e fui para
casa dos meus pais. Gabriel estava lá eu ia me despedir dele, pois esta noite
ele ficaria lá.

– Eu vou dormir aqui hoje por que papai?

– Eu vou sair com a Bella?

– Ah! Eu gosto dela. Ela é sua namorada?

Não. Por enquanto.

– Não é só minha amiga.

– Tá bom papai eu fico aqui. A vovó disse que vai fazer lasanha.

Eu ri.

Meus pais ficaram felizes por eu sair com Bella.


Fui pra meu apartamento me aprontar. Era 19h30min eu estava quase pronto
quando começou.

A dor. Não. Não. Hoje não. Por favor. Desde que eu havia voltado de viagem
de New York as dores foram mais esparsas. Acho que foram os remédios
novos que os médicos me deram. E geralmente quando eu as sentia elas
davam um aviso ou começavam pela manhã.

A dor estava ficando cada vez mais forte. Eu precisava encontrar meu
remédio. Mas estava ficando insuportável. O armário do meu banheiro. Eu
precisava chegar ate lá. Dor. De novo muita dor. Até que tudo escureceu.

**

– Edward?

Alguém me chamava. Eu tentava me lembrar onde estava. Eu estava numa


superfície macia.

– Edward querido abra os olhos.

A vos angustiada falava comigo. A reconheci. Era minha avó.

Abri os olhos e vi que eu estava num hospital. E vi o rosto amoroso e


preocupado da minha avó.

– Vó...

Eu falei.

– Ah! Querido que susto.

Ela suspirou.

– O que aconteceu? Onde estou?

– Calma. Agora está tudo bem. Você está no hospital de Bolton querido. Não
se preocupe não o levei ao hospital de Raymond.

No hospital de Raymond era onde meu pai e meu irmão trabalhavam.


– O que aconteceu vó?

– Eu fui até seu apartamento para levar uns papeis que havia esquecido. O
porteiro disse que você estava e como bati e você não abriu pedi ao motorista
que arrombasse. Foi sorte querido. Você estava desacordado no seu quarto, o
trouxemos para cá. Por sorte Gabriel não estava em casa.

Agora eu estava lembrando. A dor. De não conseguir tomar o remédio. E


minha avó tinha razão. Por sorte Gabriel não estava. Ele estava na casa dos
meus pais porque eu iria sair com... Bella. Droga! Eu ia sair com Bella.

– Vó que horas são agora?

– É madrugada querido. Acho que 01h00min da manhã.

– Droga! Eu tinha um compromisso às 20hs. Eu preciso ligar... onde está meu


celular?

– Nada disso querido. O que é que seja pode esperar. Sua saúde é mais
importante. O medico já vai vir para liberá-lo. Eu nem sei onde está seu
celular na pressa eu não o peguei.

Droga! Como eu ia explicar a Bella por que dei o bolo nela. Eu não podia
contar a verdade.

Após o medico me liberar, eu minha vó voltamos para Raymond. E ela não


saiu do meu lado até que eu estivesse na cama. Os remédios voltaram a fazer
efeito me fazendo sonolento e a última coisa que pensei foi tomara que Bella
me perdoasse.

Pov. Bella

Todos os dias pela manhã eu ficava ansiosa por receber minhas tulipas. Elas
alegravam meu dia. Ele alegrava meu dia.

Após recebê-las, ele geralmente me ligava. Conversávamos muito. Ele era


sempre gentil.

Havíamos marcado de sair hoje.


Eu estava ansiosa e empolgada. Eu queria muito ficar com ele de novo. Estava
me sentindo uma adolescente.

Quando desci para tomar café, Rose e Alice perceberam meu estado de
espírito.

– Vai nos contar o porquê desse sorriso ou vai nos deixar roer as unhas de
curiosidade?

Alice disse. E eu sorri.

– Edward me ligou e vamos sair hoje. Ele vai passar aqui às 20hs.

– Uau! Então temos que deixá-la divina para a noite.

– Não precisa exagerar Alice. É só um encontro.

Mas não era só um encontro. Era o encontro.

– Bella não queria cortar sua animação, mas estamos com problemas.

Rose disse.

– O que foi?

– O senhor que cuida dos cavalos e faz os serviços pediu demissão hoje.
Parece que a esposa está doente e ele quer ir ficar com ela e os filhos na
cidade onde moram. Bom então precisamos contratar alguém para cuidar dos
seus adorados cavalos.

Isso era realmente um problema.

– Rose peça ao San ou ao Ben para que vá até a o centro da cidade e tentem
contratar alguém. Você já acertou com o senhor que pediu demissão?

Ela assentiu.

– Ótimo.

Durante o restante do dia eu tentei me concentrar em outras coisas que


fizessem meu pensamento ficar longe de Edward. Mas foi bastante difícil. O
bordel iria ficar por conta de Rose e Ângela. Elas sabiam muito bem como
comandar o bordel quando eu não estava por perto.
As 18hs eu fui para meu quarto me aprontar. Tomei um maravilhoso banho de
banheira. Perfumei-me com cremes e óleos. Eu queria estar linda e cheirosa
para Edward. Ele não fugiria mais de mim após esta noite.

19h30min

Eu estava oficialmente pronta. E também ansiosa. Eu não sabia aonde Edward


iria me levar. Então optei por um vestido simples na cor verde claro. Ele era
frente única e tinha babado na barra. Eu me sentia bem nele. Uma bolsa de
mão preta e sandálias da mesma cor completavam o visual.

Eu fiquei andando de um lado para o outro, olhando de relance para as tulipas


vermelhas que ele havia me mandando hoje pela manhã.

20h00min

Estava na hora de ele chegar.

20h15min

Um pouco atrasado. Talvez algo relacionado ao trabalho ou ao filho.

20h30min

Se fosse algo ele poderia ter me avisado. O que havia acontecido?

21h00min

Ele não viria. Ele estava fugindo novamente. Mas então o porquê das flores
pela manhã?

Porque fazer isso?

Eu não agüentei mais e liguei para seu celular.


Chamou. Chamou. Até cair na caixa postal. Eu desliguei.

21h30min

Eu furiosa arranquei o vestido que estava usando. Alice bateu na porta e eu a


mandei embora quando ela não me trouxe a noticia de que Edward me
esperava. Proibi que qualquer pessoa viesse até meu quarto.

22h00min

Eu liguei novamente para ele. Como antes chamou até cair na caixa postal só
que dessa vez eu não desliguei. Deixei uma mensagem de voz.

– Porque Edward? Porque fazer isso? Se não queria sair comigo por que me
enganar desta forma? Esqueça que eu existo. Eu farei o mesmo com você.

Desliguei e me deitei.

Olhei o relógio 23h00min foi o último horário que vi antes de fechar meus
olhos e chorar pela primeira vez pela rejeição. A rejeição do homem que eu
deveria somente usar, mas que provavelmente eu estava apaixonada.

Capítulo 10 Vingança e reconciliação.

Pov. Bella

- Bella...

      Alice disse a me ver pela manhã.

- Não quero conversar sobre ontem, Alice. Se for outro assunto sem problema,
mas se for sobre... você sabe o que. Eu prefiro que não fale.

- É também sobre isso, mas é sobre as flores.


      Ela me mostrou o arranjo que toda manhã chegava e sempre me fazia
sorrir. Hoje eu só tinha vontade de chorar. Por que ele se deu ao trabalho de
mandar flores?

- Pode jogar fora.

- Bella...

- Eu já disse.Pode jogar fora.

      Eu saí e voltei para meu quarto. Não queria a pena de ninguém.  E muito
menos olhar para aquelas malditas flores.

      Meu celular começou a tocar e vi que era Edward. Mas era muita cara de
pau.

      O celular continuava tocando. Uma, duas, três vezes seguidas.

      Ele que fosse pro inferno.

      O telefone parou e logo veio uma mensagem.

      Por favor, me perdoe eu posso explicar.

      Meu tolo coração já querendo acreditar nele. Mas eu não iria cair nessa.

      Então começou a tortura. Ele me mandou flores o dia interiro. Tulipas. E
outras. A cada hora chegava uma, e eu mandei que jogassem todas fora.

      As mensagens também continuaram. Mas eu não as lia mais. Desliguei o


celular.

      A tarde uma conversa entre Alice e Rose em seu quarto, me chamou a
atenção quando eu passava próximo a ele.

- Jasper me disse que ontem ele deixou Gabriel na casa dele, e saiu de lá
dizendo que ia ao encontro com a Bella. E que hoje foi buscar o filho com a
cara abatida. E que quando perguntado como havia sido o encontro, ele disse
que teve problemas que não pode ir, mas não explicou muito bem.

-Bom, então ele deve ter saído com outra.

- Ai Rose! Você sempre pensando o pior dos outros.Ele pode ter realmente
tido um problema. Por que ele estaria mandando estas flores o dia todo. E fora
as ligações.
- Porra! Eu não agüento mais atender as ligações dele e inventar desculpas. É
obvio que ele se ligou que ela não quer falar com ele.

      Eu saí dali muito mais puta do estava antes. Então ele havia saído. Bom
ele não era o “tal da cidade” por certo alguma vadia o havia divertido pela
noite.

      Eu que não ia mais me preocupar com esse...esse... homem.

      Rose e Alice entraram em meu quarto. E ficaram me olhando.

- O que foi?

      Rose foi a primeira a falar.

- Por que esse drama todo Bella?

- Drama? Ele me deu o bolo. Deixou-me feito idiota esperando.

- Sim, mas se ele é só o cara que você está usando para se vingar da avó. 
Você não devia se fazer de tão difícil assim.

      Eu fiquei quieta não sabia o que responder.

- Será que não percebe Bella.

      Foi a vez de Alice falar.

- O que? O que eu não percebo?

- Você está apaixonada por ele.

      Eu iria negar até a morte.

- Vocês estão loucas.

      Eu desviei os olhos com medo que vissem a verdade neles.

- Só isso explica essa sua atitude.

      Rose disse.

- Eu não quero mais falar neste assunto. Agora eu vou me arrumar daqui a
pouco teremos clientes.

- Bella...
- Chega! Eu não vou repetir.

      Elas saíram, e eu fui me arrumar. Negando-me a pensar no que elas


disseram. No que o meu coração me dizia.

      Eu desci já vestida. Era 18hs. O bordel só abria às 19hs. As meninas


também já estavam prontas só organizando os últimos detalhes.

      Eu paralisei ao ver Edward entrando no bordel. Ele ainda vestia terno o
que dizia que ele deveria ter vindo direto do trabalho.

      Ele veio diretamente até mim.

- Precisamos conversar Bella.

- Sr. Cullen eu lamento informar, mas a casa da colina ainda não abriu. Volte
daqui à uma hora e...

- Pare com isso Bella!

- Eu já lhe disse Senhor Cullen...

      Eu andava pelo salão e ele atrás me seguindo. Todas as meninas inclusive
Rose e Alice olhava a cena.

- Bella, por favor, me escute eu sinto muito por ontem...

- A sua noite deve ter sido boa Sr. Cullen. Porque pelo que sei o senhor saiu
ontem, e como não foi comigo deve ter sido com outra. Não que isso seja da
minha conta é claro.

       Eu dei um sorriso cínico para ele. Ele estava perdendo a paciência.
Ótimo. Tomara que ele fosse embora e não voltasse.

- Bella será que podemos conversar como adultos?

      Eu o encarei.

- Nós não temos nada para conversar e peço que se retire...

      Eu não terminei a frase por que ele se abaixou e me pegou colocando em
seus ombros.

- Mas o que é isso?... me larga Edward!

      Eu comecei a espernear e ele foi andando em direção as escadas.


- Nós vamos conversar sim. Por bem ou por mal.

- Deixe San.

      Eu ouvi a voz de Alice. Ela deve ter dito isso porque San deveria estar
vindo em meu auxilio. Eu ia matar Alice depois.

      Edward já havia subido as escadas e estávamos no corredor. Eu continuei


tentado me soltar.

- Quer me largar seu...

- Olha o palavrão Srta. Swan.

     O desgraçado estava rindo. Filho da p... Esme não merecia que eu a
chamasse disso.

      Ele entrou em meu quarto e me jogou na cama voltando até a porta para
trancá-la.

      Eu me levantei tentando alcançar a porta antes dele, mas foi em vão. Ele
fechou e me pegou novamente, me colocando na cama, mas dessa vez se
juntando a mim. Ele prendeu meus braços acima da minha cabeça com suas
mãos e ficou com seu corpo sobre o meu.Colado ao meu. Seu rosto muito
próximo. Eu já não estava mais sentindo raiva dele e sim outras coisas.
Desejo.

      Ele olhou diretamente em meus olhos.

- Eu quero ver esse seu lado selvagem quando estivermos na cama novamente.

      Eu arregalei meus olhos com o que ele disse. Mas era muito cara de pau.

- Vai sonhando.

      Eu disse fazendo força para me soltar. Mas ele era muito mais forte.

- Sim. Eu sonho.

       Ele disse.

- Sabe o que eu devia fazer agora? Devia tirar as suas roupas e as minhas, e
fazer você gemer de prazer. Pra vê se enxerga que eu sou louco por você. E
que jamais daria o bolo de propósito em você.
      Eu fiquei analisando suas palavras. Seu olhar quente. Seu corpo quente.
Tudo fazendo ter outro significado.

- Acha mesmo que eu faria isso com você Bella? Que eu agiria desta forma?
Sei que eu fui idiota uma vez. Eu não seria novamente. Você me deu outra
chance eu não iria desperdiçar desta forma. Eu tive um problema serio que
infelizmente não poso te contar o que é. Terá que confiar em mim.

     Eu o olhei e não sei o porquê. Mas acreditei nele. Deve ser culpa desse
meu coração que estava me fazendo ser mole.

- Eu vou soltar você. Apesar de querer muito fazer o que eu disse.Não é só


sexo que quero de você Bella.

Ele me soltou e saiu da cama ficando em pé.

       Eu me sentei e esperei suas próximas palavras.

- Amanhã vou mandar um arranjo de flores. Como sempre faço. Depois vou te
ligar e você e eu vamos combinar novamente de sair. E, por favor, não jogue
as flores fora novamente.

- Como sabe que eu joguei fora?

- Não sabia, mas imaginei ao não ver nenhum arranjo. Você que acabou de
confirmar.

       Eu fiquei envergonhada.

- O que eu mais queria era ficar agora com você Bella, mas não posso.Preciso
ir. Tenho meu filho para cuidar.

      Eu continuava na mesma posição. Ele se aproximou e colocou seu rosto


próximo ao meu.

- Até amanhã Bella.

       Disse e roçou seus lábios nos meus sem me beijar. Ele saiu e eu fiquei.
Sentada em minha cama, mais estupefata do que quando entrei.

Pov. Edward

- Papai, papai acorda! Hoje é sábado.

      Gabriel pulava na minha cama.


- Eu sei filho.Agora deixa o papai dormir mais um pouco.

- Não papai hoje é o dia de você ficar comigo. Nós temos que brincar e jogar
basebol e assistir desenhos.

      Ele falava num fôlego só. Eu tive que rir.

- Está bom campeão deixa o papai tomar um banho e depois vamos começar o
nosso dia.

      Ele saiu pulando ainda de pijama e eu sorri.

      Estava me encaminhando para o banho quando me lembrei de ligar para a


floricultura. Bella receberia outro arranjo de tulipas.

Flashback On

       Acordei aquela manhã ainda me sentindo enjoado e lento por conta dos
remédios.   Fui tomar um banho e ao descer minha avó me esperava com um
maravilhoso café da manhã.

- Bom dia.

       Eu disse.

- Olá querido. Como se sente? Está com alguma dor?

- Não vó está tudo bem.

- Nossa! Edward, você me deu um susto enorme. Quando entrei aqui e o vi


desacordado. Quase que liguei para seu pai ou seu irmão. Não importava que
eles não soubessem só importava que você ficasse bem. Você á a coisa mais
importante que eu tenho na vida, meu amor.

- Obrigado vó. Eu já te disse, mas vou repetir, não sei o que seria de mim sem
você.

       Ela sorriu e eu sentei a mesa.

- Será que estas crises vão ser constantes?

      Eu perguntei mais para mim mesmo.

- Pelo que o médico disse não. As dores você já tem há um tempo não é?

       Eu assenti.
- O caso de ontem foi raro. Mas é bom sempre ficar alerta.

- E quanto ao motorista?  Ele não achou estranho?

- Não se preocupe querido eu já dei um cala-boca nele.

      Ela disse referindo-se a dinheiro. Essa era uma das coisas que eu não
gostava em minha avó. Achar que tudo se resolvia com dinheiro. Era só olhar
para mim. O dinheiro nem sempre comprava tudo. Saúde era uma delas.

- Eu vou me arrumar para trabalhar.

- De jeito nenhum. Vai descansar em casa.

- Liz você sabe muito bem que após essas crises eu não sinto nada. É como se
nem as tivesse.

      Eu custei a convencê-la, mas eu tinha uma reunião importante e precisava


ver Gabriel. Além de tudo precisava tentar me desculpar com Bella.

       Eu estava em meu quarto quando localizei meu celular e percebi duas
chamadas não atendidas de Bella na noite passada. A última tinha uma
mensagem de voz.

      “Porque Edward? Porque fazer isso? Se não queria sair comigo por que
me enganar desta forma? Esqueça que eu existo. Eu farei o mesmo com
você.”

      Eu ouvi sua voz triste e isso me deixou perturbado. Ela não merecia
sofrer. Ela era uma mulher que não merecia sofrimento.

     Eu liguei. Ela não atendeu. Mandei mensagem. Não respondeu.

     Antes de ir ao trabalho fui até a casa dos meus pais para dar um beijo no
meu filho. Eles me perguntaram como havia sido com Bella. Eu disse que não
foi possível ir. Eles não entenderam nada. 

      Fui ao trabalho e de lá mandei inúmeras flores para ela. Liguei inúmeras
vezes. Seu celular sempre desligado. Então liguei para a casa da colina.

- Alô.

- Quem fala?

- É a Rose.
- Oi Rose é o Edward eu poderia fala com a Bella.

      Ela suspirou.

- Aham! Ela saiu Edward.

       Ela estava mentindo.

- Saiu? Sabe pra onde? Eu estou tentando falar com ela pelo celular e não
consigo.

- Acho que ela esqueceu aqui, não sei te dizer onde ela foi.

- Tudo bem Rose eu ligo mais tarde.

      E assim foi durante o dia todo. Até que na ultima ligação foi Alice a
atender e não Rose.

- Oi Edward.

- Oi Alice será que eu poderia falar com Bella?

- Bom. Você já deve saber que ela não vai falar com você.

      Foi minha vez de suspirar.

- É. Eu sei.

       Ficamos em silencio e Alice disse.

- Olha não sei por que, mas acredito que não faria nada que magoasse Bella.
Então porque não vem aqui?

- Aí?

- É agora antes de abrir. Daqui a 30mim ela desce. Então não tem como
escapar.

- Ótima idéia Alice. Fico te devendo uma.

- É ta bom, não faça eu me arrepender.

       Eu ri e fui correndo para lá.

      Bella realmente estava brava, mas eu mostrei a ela que não era minha
intenção magoá-la eu a peguei de jeito. Mas foi muito difícil deixá-la sem
tomá-la para mim.
Flashback Off.

        Após pedir as flores dela. Eu fui para o banho e depois disso eu e Gabe
tomamos um delicioso café com o mestre cuca Edward Cullen. Panquecas e
torradas. E muita bagunça na cozinha.

       Sábado era o nosso dia. Eu mimava meu filho neste dia. Só que neste
sábado eu queria estar também com Bella.

       Apesar de ela estar menos brava ela ainda estava chateada. Então tive
uma idéia.

- Gabe o que acha de convidarmos Bella para vir assistir desenho com a
gente?

- Oba! Convida ela papai.

       Eu ri da animação dele.

- Você vai ter que me ajudar. A Bella está um pouco brava com o papai. Então
vou precisar da sua ajuda.

- Você brigou com a Bella papai? Não pode ela minha amiga.

- Eu sei querido. Eu não briguei com ela. Eu vou ligar e você vai me ajudar.
Está bem?

- Certo.

        Eu peguei o telefone ligando para Bella.

       Chamou, chamou. Ela não ia atender. Quando eu estava quase desligando
ela atendeu.

- Oi.

       Ela disse.

- Oi. Recebeu minhas flores?

- Sim.

- Gostou?

- Sim
- Vai responder com monossílabos?

       Ela suspirou.

- Não. Não vou. O que quer Edward?

       Ela ainda estava brava.

- Eu disse que ia ligar para combinarmos de sair.

- Acho que não é uma boa idéia...

- É sim. Quero convidá-la, quer dizer nós queremos convidá-la para vir até
meu apartamento assistir desenho e comer pipoca.

- Nós quem?

       Ela perguntou.

- Eu e o Gabe.

- Não Edward... não acredito que vai usar seu filho...

Eu a interrompi.

- Espera um pouco Bella. Gabe quer falar com você.

        Ele veio pulando e pegou o telefone.

- Oi Bella. Você vem olhar desenho com a gente? Aquele que você gosta.
Papai disse que você está brava com ele, mas eu sou teu amigo e eu não estou
bravo com você. Você vem?

        Ele escutou o que ela disse e sorriu.

- Obaaa. Papai vai falar com você.

       Ele me entregou o telefone sorrindo.

- Isso foi golpe baixo Edward.

       Ela disse, mas pela voz estava rindo.

- Eu e Gabriel estamos te esperando Bella. O jantar é às 18hs e após isso é a


sessão desenhos. Você vem?
- É claro. Eu não costumo dar o bolo em ninguém. Ainda mais em uma
criança.

- Bella...

- Até mais Edward.

         Desligamos e apesar de ela ainda estar brava comigo, eu fiquei feliz. Eu
tentaria de toda forma fazer com que ela confiasse em mim novamente.

Capítulo 11 Vingança: Encontro a três.

Pov. Bella

      Edward. Edward. Era só nele que eu pensava.

      Alguma coisa estava errada. Pelo seu olhar eu percebi isso. Ele não estava
mentindo quando disse que me queria. Não sei se era o meu coração querendo
acreditar.

      E o principal. Eu estava mesmo me apaixonando por ele? Ou pior eu já


estava apaixonada? Não seria somente um encanto passageiro? Afinal Edward
era um homem fora do comum. Eu nunca havia sido tratada da forma como
ele me tratava.

      E se fosse verdade? E seu estava apaixonada? O que eu iria fazer? E a


minha vingança?

      Pela manhã recebi minhas flores. Tulipas. E depois seu telefonema. E ele
era ardiloso usou o filho para me convencer a sair com ele novamente. Como
se isso fosse preciso. Ele não podia desconfiar do poder que tinha sobre mim.

      Então hoje à noite teríamos um encontro a três. No apartamento dele. Eu


fiquei surpresa com o convite. Convidar uma mulher para seu apartamento e
com seu filho era algo muito íntimo. Então a frase dele voltou a minha mente.

      Eu não quero só sexo com você Bella.

      O que isso queria dizer?

      Eu não sabia. Teria que esperar para ver.

      Eu fui ao encontro de Alice e Rose.


      Elas estavam na sala e conversavam, quando entrei, elas riram deveriam
estar se lembrando do showzinho que Edward e eu protagonizamos ontem.
Mas elas sabiam que eu era brava.  Ninguém ousou dizer nada.

      Alice estava estranha.

- O que foi Alice?

- Eu preciso te contar uma coisa Bella.

- Fale Alice.  Algo grave?

      Ela sorriu.

- Não... é.. que você sabe que eu e Jasper temos a intenção de morar juntos.

      Eu assenti.

- Bom. Ainda vai demorar a isso acontecer. Jasper quer achar um bom
apartamento, mas... a Sra. Cullen me convidou para morar lá com eles até isso
acontecer.

- E?

      Eu perguntei não entendendo onde ela queria chegar.

- Eu achei que você fosse ficar chateada?

- Por que eu ficaria Alice? Tudo o que quero é sua felicidade. É o que você
quer? Morar com eles?

- Bom. Dormir e acordar todos os dias com Jasper é tentador.

- Então não pense muito diga logo a sua “sogra” - nós rimos - que você aceita.

      Alice e Rose sorriram.

- Bella?

      San, que eu não havia visto, me chamou.

- Sim.

- Achei um homem para trabalhar aqui.  Ele tem experiência. Mas acho que
devia falar com ele primeiro. Entrevistá-lo.

- Claro San. Leve-o até o meu escritório que eu já vou.


        San saiu e Alice e Rose me perguntaram se eu iria sair com Edward
novamente.

- Bom. Ele ligou hoje de manhã e usou o filho para me convencer a sair com
ele.

       Elas se olharam.

- Como se fosse preciso. - Rose disse - O que foi aquela cena ontem? Ele te
levando que nem o homem das cavernas. Ufa! Foi sexy.

      Eu e Alice rimos.

- Depois ela diz que não gosta de homem.

       Alice disse.

- Rose. E sua relação com o Emmett? Ele está caidinho por você.

- Ah! Poupe-me Bella. Aquele fica caidinho por tudo que anda e usa saia.

- Também não é assim Rose.

- Vocês acreditam que ele me apelidou de ursinha. Que ele é o ursão e eu a


ursinha. Vê seu tenho cara de quem gosta de ser chamada de ursinha?

       Eu e Alice gargalhávamos.

- Rose quem desdenha quer comprar.

        Eu deixei minhas amigas e fui ao meu escritório falar com o futuro novo
empregado. Quando entrei havia um rapaz de 20 anos, musculoso e com
feições indígenas.

- Oi, Bella Swan.  Prazer.

       Estendi minha mão para ele

- Jacob Black, prazer Srta. Swan.

- Então Jacob? Tem interesse em trabalhar conosco?

       Ele sorriu. Ele era muito bonito.


- Sim. Eu amo trabalhar em fazenda e cuidar de cavalos é a minha paixão. E
também minha namorada mora aqui na cidade se eu trabalhar aqui posso ficar
mais próximo dela.

       Eu sorri do seu jeito animado de falar.

- E você trabalhou bastante tempo nisso?

- Eu me criei na fazenda Mansen. A Srta. conhece?

- Conheço. Pode me chamar de Bella, Jacob.

       Então ele havia trabalhado na fazenda da víbora.

- Se não for invasivo posso saber por que saiu da fazenda Mansen?

       Ele pareceu pensar um pouco murmurando um dane-se.

- Eu fui demitido Srta. Bella.

- Hum... sei. Posso saber o motivo?

- Bom. Minha namorada é neta da dona da fazenda e ela não aceitava meu
namoro com a neta. Então ela sugeriu que eu terminasse com Renesmee ou se
não perderia o emprego.

        Então ele era namorado da irmã do Edward. E a víbora fazia mais uma
vítima.

- Eu não achei justo e como não acatei sua sugestão ela me demitiu.

        Eu fiquei em silêncio com meus pensamentos.

- Desculpe Bella eu falar assim de ex-patrão, mas essa mulher realmente é


tudo de ruim que uma pessoa pode ser.

- Não se desculpe Jacob se ela fez isso com você é realmente uma coisa
horrível.

        Eu estava louca que ele falasse mais.

- Sabe. Meu pai trabalhou a vida toda nessa fazenda. Ele conta que
antigamente, antes da Sra. Mansen assumir, era uma maravilha trabalhar e
viver lá.  Mas quando ela começou a comandar ficou bem difícil. Apesar de
que o neto dela, o Edward, ser um cara formidável. Ele que administra os
negócios e é uma cara muito legal, mas ele não fica muito tempo lá para ver o
que realmente acontece.

       Eu estava adorando este rapaz. Ele estava me trazendo informações


preciosas sobre a víbora.

- Então o Edward não sabe o que a Sra. Mansen propôs a você?

- Não. Ele nem sonha. A Sra. Mansen se faz de boazinha na frente dele. Ela
trata a todos com frieza e maldade, mas quando se trata do Edward ela finge
ser outra pessoa.

        Eu não quis fazer mais perguntas se não ele desconfiaria. Mas o principal
era que Edward não sabia o verdadeiro caráter de sua avó.

- Sua namorada não vai ficar brava se eu o contratar para trabalhar aqui? Você
sabe. Aqui é um bordel.

- Bom. Ela vai ter que acostumar. Ou trabalho aqui ou terei que ir embora para
outra cidade. E ela terá que confiar em mim. Amor sem confiança não dá
certo.

- Bom Jacob, por mim você está contratado. Eu vou pedir para Rose vir aqui
acertar seu salário e você poderá morar na casa que era do antigo funcionário.
É bem próxima dos estábulos e longe aqui da casa. Assim sua namorada pode
ficar mais tranqüila.

       Acertamos tudo e eu fiquei pensando em tudo que Jacob havia dito.

**

- As meninas estão em polvorosas com o moreno que você contratou. Elas o


acharam gatão, saradão, etc...

        Rose disse enquanto eu me arrumava para ir para o apartamento de


Edward.

- Acho bom elas sossegarem. Ele é namorado da irmã do Jasper.

       Alice disse.

- Shii aquela enjoadinha! – Rose disse fazendo uma careta – Vocês viram a
cara dela durante o jantar? Todos nos trataram super bem e ela com aquela
cara. Eu falei pro Em isso.
        Alice me olhou e sussurrou Em? Eu ri e sussurrei de volta que ela não
comentasse nada. Rose estava se abrindo aos poucos.

- Rose ela é apenas uma adolescente. Você já passou por essa faze.
Hormônios e inseguranças.

- Eu sei Bella, mas se aquela pirralha alguma vez maltratar você ou Alice, eu
do no meio dela.

        Eu e Alice rimos.

- Rose, deixarei o comando do bordel novamente em suas mãos. Confio em


você.

       Eu disse a ela enquanto vestia meu sapato.

- Hoje vai vir um fazendeiro importante da cidade vizinha. Faça com que ele
seja bem atendido.

- Certo. Bella.

**

        Eu cheguei às 17h30min a frente do apartamento de Edward. Ele morava


em um belo condomínio.

         Estacionei meu carro em frente ao prédio. Foi um custo convencer San
me deixar usar o carro sozinha. Ele era muito protetor em ralação a nós. Ele
tinha medo que alguém da cidade, por sermos quem éramos nos fizesse mal.
San e Ben eram mais amigos que seguranças.

        O porteiro me deixou subir após confirmar que eu era esperada.

        Quando cheguei ao corredor eu não precisei nem bater porque na porta
aberta estava Gabriel impaciente.

       Quando me viu abriu seu lindo sorriso.

- Obaaa! Papai a Bella chegou!

        Ele gritou e eu sorri.

- Oi Gabe.

       Abaixei-me para beijá-lo e ele me abraçou.


- Ainda bem que você não demorou o desenho já vai começar.

        Ele disse e saiu correndo para dentro do apartamento. Eu fiquei na porta
até aquele deus em forma de gente se materializar a minha frente.

        Ele era realmente lindo. E com roupas casuais então.

        Eu sorri sem graça. Ele viu que eu o secava.

        Ele se aproximou e como na noite passada roçou seus lábios nos meus,
fazendo com que eu ficasse ansiosa pelo beijo.

        Ele não me beijou. Ele estava me provocando? Veremos que agüenta
mais.

- Você veio.

        Ele disse por fim.

- Sim. Eu vim.

- Entre Bella, pelo jeito meu recepcionista me deixou na mão.

        Entramos em seu belo apartamento. Era claro que eu sabia que ele tinha
dinheiro e o apartamento mostrava isso. Não era ostentação. Era bom gosto
mesmo.

       Na imensa sala havia um piano no canto e fiquei imaginado esse homem
tocando para mim.

- Vem, o Gabe está na sala de TV.

        Fomos até lá e Gabe estava jogado no sofá olhando desenho que eu não
fazia idéia do que era.

- Bonito hein Gabriel! Foi receber a visita e deixou Bella sozinha.

       Edward disse ao filho.

- Papai a Bella não é visita é minha amiga.

        Nós rimos da sua lógica.

- Vou pedir que fique aqui com Gabe enquanto eu termino o jantar.

- Você esta cozinhando?


       Eu perguntei espantada.

- Claro. Nossa mãe nos ensinou a sermos prendados. Eu sou quase um chefe
de cozinha.

        Ele disse fazendo graça e eu ri.

- Ok. Se eu soubesse tinha feito um lanchinho em casa antes.

        Eu ri da cara de ofendido dele.

        Ele se aproximou e sussurrou no meu ouvido.

- Depois que você provar vai pedir mais. Muito mais.

         Ele disse e suas palavras tinham um duplo sentido que me fez ficar
quente. Desgraçado! Ele queria me provocar na frente do filho dele?

         Eu respirei fundo e o ouvi rir enquanto ia para a cozinha.

         Eu fui para o lado de Gabriel e me sentei com ele no sofá. Na verdade o
sofá era tão grande que quase ficávamos deitados.

         Gabe tentava me explicar o desenho que ele assistia e ao mesmo tempo
ficava vidrado na TV.

         Eu senti que estava sendo observada e vi Edward olhando para mim e
Gabriel. Ele sentou-se conosco e ficamos olhando desenho e conversando com
Gabe.

- Edward que cheiro é esse?

          Eu disse ao sentir um cheiro de queimado.

- Droga! Merda!

          Ele saiu correndo para cozinha. Pelo jeito o chefe havia queimado o
jantar.

- Papai você falou palavrão.

- Desculpe filho.

         Ele gritou de onde estava. Eu fui atrás, mesmo sem conhecer achei fácil
era só seguir o cheiro de queimado. Cheguei a tempo de ver Edward tirando
algo do forno que mais parecia carvão.
         Eu comecei a rir e ele também.

- Então chefe? Qual era o prato da noite?

         Ele riu. E meu coração deu salto.

- Era carne assada com batatas. Mas agora... acho que vai ser pizza.

         Ele disse pegando o telefone para ligar para uma pizzaria.

- Muito saudável.

         Rimos. Edward pediu pizza e Gabe ficou imensamente feliz com isso.

          Comemos pizza, conversamos, rimos muito de Gabriel que tinha


ketchup até no cabelo.

           Após isso, fomos para a sala de TV assistir desenhos como o


combinado. Gabriel se instalou entre eu e Edward e ficou vidrado no desenho
que eu e seu pai gostávamos.

- Eu gosto muito do presto.

         Gabriel disse.

- Sim ele é ótimo e é mágico.

          Eu disse o fazendo sorrir.

- Eu tenho roupa de mágico Bella. Você quer ver?

         Eu mal tive tempo de responder e ele saiu correndo pelo apartamento.
Eu ri.

- Não corre filho! -Edward disse sorrindo. - nessa idade eles gostam de fazer
tudo correndo.

          Ele disse sorrindo e sua mão buscou a minha a colocando na sua. Esse
gesto fez meu corpo hiper consciente do seu. Mas antes que fizéssemos
qualquer movimento, Gabriel voltou vestido em sua roupa de mágico.

- Nossa mais que mágico maravilhoso!

          Eu disse o fazendo sorrir.

- Quer que eu faça uma mágica para você Bella?


- Mas é claro que sim.

          Ele foi até Edward abraçando o pescoço do pai e sussurrou em seu
ouvido. Eu escutei.

- Me ajuda a fazer a mágica da moeda, papai.

- Claro filho. Bom Bella eu sou o assistente do mágico. E vamos fazer uma
mágica muito interessante.

- É. É sim Bella. Você vai ficar espantada.

          Eu ri. Eles eram lindos juntos. Era difícil resistir a pai e filho.

          Eles tentaram fazer uma mágica. Enrolaram, enrolaram e no fim eu me


fazendo de inocente saiu a tal da mágica.

- Então ela aparece aqui!

          Gabriel disse entusiasmado.

- Nossa Gabe! Que mágica incrível!

          Eu disse e pisquei para Edward que ria.

          O telefone do apartamento começou a tocar e Edward foi atender.

- Gabe. Telefone para você. Adivinha quem é?

         Gabe ficou pensando um minuto.

- A vovó Esme?

         Edward balançou a cabeça negativamente.

- Tio Emmett?

- Não. É uma pessoa muito especial.

         O rostinho de Gabe se iluminou.

- É a mamãe!

         Edward assentiu e ele foi correndo atender.

         Edward veio para meu lado enquanto Gabe falava com a mãe no
telefone.
         Assistíamos-nos sua conversa.

- Ele sente falta da mãe.

- Eu não imaginava que fosse tanto. Sinto-me impotente com relação a isso.

- Edward você faz seu melhor quanto há isso não há duvidas. Só que a
ausência de um dos pais é insuperável.

         Eu disse tristemente lembrando os meus.

        Gabe voltou mais feliz após sua mãe telefonar.

- O que sua mãe disse?

         Edward perguntou ao filho.

- A mamãe vai vir me ver e ela disse que não vai demorar muito.

        Ele disse animado.

        Continuamos a assistir os desenhos. Ele deitou com sua cabeça em meu
colo e as pernas no colo de Edward.

- Mais que folgado!

         Edward disse brincando para o filho que sorriu.

         Em seguida ele pegou no sono. Eu e Edward começamos a conversar.


Ele alisava o braço do filho e sua outra mão estava na minha.

- Quero conhecer você Bella.

- Como assim?

- Quero saber do seu passado, de seu presente. O que espera do futuro. Essa é
uma boa oportunidade para nos conhecermos melhor.

        Sim era. Se não houvesse uma vingança entre nós.

- Sim. Também é a oportunidade de você me contar o porquê de você não


aparecer no nosso encontro.

- Sim também é. Então vamos conversar Bella?

- Sim vamos.
         Não sabia o que esperar dessa conversa. Mas estava disposta a arriscar.

Capitulo 12 Vingança, conversas, verdades e mentiras.

Pov. Edward.

       Gabriel dormia em sono alto com a cabeça no colo de Bella.

      Eu queria conhecê-la e ser conhecido também.

- Posso começar com as perguntas?

       Eu disse a ela e percebi seu desconforto.

- Vai ser um interrogatório?

      Eu ri.

- Não. Será apenas uma conversa entre duas pessoas que querem se conhecer.

- Tudo bem. Comece Edward.

- Por que se tornou prostituta Bella? Não quero ofende-la, só quero saber o
que a fez ir por esse caminho.

      Ela pensou um pouco.

- Você falou que sua mãe morreu há pouco, mas não falou nada sobre seu pai.

- Meu pai morreu quando eu tinha 10 anos.

- Do que ele morreu Bella?

- Acidente de carro em Forks onde morávamos.

- Nossa! Deve ter sido terrível perder o pai assim tão pequena.

- É foi. Após isso eu e minha mãe fomos para New York. Não tínhamos
familiares e dinheiro. E minha mãe não conseguia emprego. Um dia ela
apareceu com uma senhora. Carmem era seu nome, ela deu um emprego a
minha mãe e a nossa vida melhorou. Mas eu percebia minha mãe triste e um
dia descobri que ela era na verdade prostituta do bordel de Carmem. Ela fez
isso por mim. Imagino como deve ter sido duro para ela fazer isso. Logo em
seguida ela ficou doente. Eu tinha 15 anos. Ofereci-me para trabalhar no
bordel de Carmem, ela não me deixou fazer isso e me ajudou pelos próximos
três anos. Pagou pelo meu sustento e pela medicação de minha mãe. Quando
fiz 18 anos não me restavam muitas alternativas. Eu fui prostituta dos 18 aos
24 anos. Não vou negar eu detestava aquela vida, mas eu consegui um bom
dinheiro. Consegui pagar um bom hospital para minha mãe, o que prolongou
sua vida um pouco mais.  Há três anos Carmem decidiu se aposentar e me
vendeu o bordel de New York e outras propriedades. Então aqui estou.

      Ela sorriu tristemente.

- Sinto muito por tudo que você passou Bella.

      Ela assentiu.

- Por que escolheu Raymond para abrir seu outro bordel?

- Ahh... foi uma escolha aleatória eu... queria uma cidade pequena, mas não
tão pequena. Fugir um pouco da loucura de New York.

       Eu sorri. Gabriel se mexeu em seu sono. Olhei para ele.

- Ele é lindo.

      Bella disse.

- Como foi quando descobriu que ia ser pai?

      Eu respirei fundo.

- Eu era muito imaturo Bella. Fiquei assustado a principio, mas depois fiquei
feliz. Eu e Tânia tínhamos terminado nosso namoro há pouco tempo. Eu não a
amava eu gostava dela, mas não a amava. Na verdade foi por insistência de
minha avó que comecei meu relacionamento com Tânia. Os pais dela são
amigos de minha avó.

Bom. Eu não esperava uma gravidez, mas dei meu apoio a ela. E fiquei
envolvido com a gravidez. Quando Gabriel nasceu fiquei em êxtase, mas ai...

- O que foi Edward?

- Eu me sinto tão culpado. Eu tinha um filho pequeno e... meu filho tinha
poucos meses quando eu a conheci. Ângela. Eu já a mencionei antes.

      Ela assentiu.

- Eu fiquei cego de paixão, praticamente deixei meu filho de lado pra viver
esse amor. Eu devia ter escutado minha avó na época.
- Sua avó?

- Sim, ela era contra meu relacionamento com Ângela pela diferença social.
Não que isso me importasse.

- O que aconteceu Edward? Vocês se davam bem?

- Sim. Para mim nosso relacionamento era perfeito, mas depois de um tempo
ela ficou estranha e eu a peguei na cama com outro. Isso dói ainda. Não a
traição, mas sim saber que deixei Gabriel de lado por aquela mulher.  Por isso
prometi que nunca mais nada iria ficar entre eu e Gabriel. Ele é a coisa mais
importante na minha vida. Prometi que nenhuma mulher iria ficar entre eu e
ele.

- Você está certo Edward. E o vejo como um pai maravilhoso. – ela suspirou -
Você e sua avó são muito ligados? Pelo jeito que você fala dela.

- Sim. Somos muito. Eu e ela temos uma ligação que não sei explicar. Ela me
entende como ninguém. Quando eu era criança minha mãe tinha quatro filhos
pequenos para cuidar, então eu passava muito tempo com minha avó na
fazenda. Acho que isso fez com que essa ligação crescesse. Ela até me
incentivava a chamá-la de mãe, mas meus pais não gostaram da idéia.

       Gabriel resmungou em seu sono.

- Eu vou levá-lo para o quarto e já volto. Espere-me. Não fuja.

       Ela sorriu.

- Vai logo Edward.

        Eu ri e peguei Gabriel. O levei para seu quarto. O coloquei na cama.


Apaguei a luz e sai.

        No corredor aconteceu novamente. Só que diferente dessa vez, mas não
incomum, eu já havia sentido isso antes. Tontura, e sentia que perdia a força
de um lado do corpo. Cai no corredor.

        O pânico me atingiu quando me dei conta de que Bella estava na sala.

Pov. Bella

        Eu fiquei na sala esperando por Edward e pensando em tudo o que ele
havia me contado. Uma voz incômoda me dizendo que ele havia se aberto
comigo e eu mentido para ele. Minha historia não era de todo mentira, mas
também não era a verdade.
       Edward começou a demorar. Eu fiquei tentada a ir atrás dele. Mas seria
invasivo demais.

        Esperei mais um pouco e comecei a ficar impaciente. O que ele estava
fazendo? Estava ficando tarde eu precisava ir embora?

        Eu levantei e peguei minha bolsa. Eu iria embora. Mas sem falar com
ele? Depois dessa noite maravilhosa.

- Edward?

       Eu chamei. Nada. Silêncio.

- Edward eu preciso ir embora...

       Nada. Algo estava errado.

       Fui andando em direção a um corredor que deveria levar aos quartos
quando eu estaquei em choque.

       No chão estava Edward.

       Eu corri até ele. Ele estava consciente. Mas parecia desorientado. Meu
coração saltava. Medo. Eu estava sentido medo. E ali eu tive certeza. Eu já
amava este homem. Ao vê-lo no chão indefeso minhas suspeitas se
confirmaram. Eu estava apaixonada por Edward.

- Edward? Você está bem? Ai meu deus eu vou chamar uma ambulância.

- Não!

       Ele disse.

- Eu estou bem Bella só me ajude a chegar até o quarto.

- Mas Edward... deixe-me ligar para seu pai...

- Não Bella. Por favor?

- Tudo bem.

        Eu o ajudei a levantar e fomos até seu quarto. Ele deitou-se na cama.

- Agora. Preciso que pegue esta chave que está aqui no criado mudo e que vá
até o armário do banheiro pegar um remédio para mim. É um frasco vermelho
o único que é vermelho. Está na porta de baixo, trancado a chave.
      Eu assenti e peguei a chave e fui até o banheiro. No armário havia muitos
remédios, muitos. Mas realmente só um frasco era vermelho. Eu peguei e
levei até Edward. Ele pegou de minha mão o abrindo e tomado duas pílulas.

       Ele respirou fundo de olhos fechados. Eu estava paralisada de medo. O


que estava acontecendo? Edward estava doente?

- Daqui a pouco já estou bem.

       Ele disse me olhando.

- Sente aqui Bella.

       Mostrou o lado da cama. Eu me sentei meio no automático.

- Fique calma. Já estou bem.

- Edward o que está acontecendo?

- Eu não queria que você soubesse assim, mas pelo jeito não tenho escolha. –
ele fez uma pausa - Vá até aquele mesmo armário e pegue as pastas que estão
lá.

       Eu fui, e encontrei duas pastas. Voltei e as entreguei a ele.

- Vá em frente, olhe.

       Eu fiz o que ele disse. E quase não acreditei no que meus olhos liam. Eu
não era médica nem nada, mas ali estava bem claro. Edward tinha um tumor
cerebral. Eu já não conseguia mais ler. Meu estômago estava embrulhado e
um nó em minha garganta se formava.

- Edward...

- É isso mesmo Bella. Tudo que você leu é verdade. Eu tenho um tumor
cerebral.

- Por favor, Edward. Explique-me.

- Vou explicar. Há um ano e meio eu venho sentido fortes dores de cabeça.


Vômitos e tonturas. Apesar de meu pai e irmão serem médicos eu só fui
descobrir que tinha um problema em uma viagem a trabalho. Eu e minha avó
fomos fechar um negocio na Alemanha e lá eu tive uma crise muito forte e
cheguei a ficar inconsciente. Ela me levou ao hospital fiquei internado por
alguns dias e tive o diagnostico. Tumor cerebral.  Temos nervos que saem do
cérebro, e podemos ter tumores das bainhas dos nervos que são chamados
neuromas ou neurinomas.  Esse é o tumor que eu tenho.

Após ser diagnosticado eu procurei o melhor neurocirurgião do mundo que


vive em New York, Dr. Caius Volturi, lá eu fiz exames em cima de exames.
Há um ano eu faço tratamento com ele, pois ele é o único que aceita fazer
cirurgia no meu caso. Os outros médicos se negaram.

- Por que Edward? É perigoso? Precisa realmente de uma cirurgia?

- Bom, se eu não fizer a cirurgia será como andar com uma bomba relógio na
cabeça. Eu posso viver 10 anos, 20anos ou daqui a 1 ano esse tumor estourar.
E ai é o fim. Na cirurgia é tudo ou nada. Ou fico curado ou eu morrerei.

- E o que você decidiu?

        Eu perguntei mal conseguindo engolir minha saliva.

- Eu vou fazer a cirurgia Bella, não consigo viver com essa espada sobre
minha cabeça.

- E quando será?

- Bom, além de tudo, esse tumor é... como vou dizer. Ele se move na minha
cabeça e pela previsão dos médicos tem um ponto certo que ele tem que estar
para que eu possa fazer a cirurgia com maior chance de sobreviver. Ele estará
neste ponto daqui a seis ou oito meses.

       Eu não conseguia raciocinar direito.

- Não apareci no nosso encontro por isso. Eu tive uma crise forte e fiquei
inconsciente. Por sorte minha avó veio até meu apartamento entregar uns
papeis e me encontrou. Ela me levou para o hospital. Por isso não apareci em
nosso encontro.

       Eu não estava entendendo.

- Mas se ela o levou ao hospital como é que Jasper não falou nada para Alice?

- Esse é outro problema Bella. Minha família não sabe de nada. A não ser
minha avó e agora você. Ela me levou a outro hospital, um que meu pai e meu
irmão não trabalham.

- Por que Edward? Sua família te ama. Não é justo que não saibam.
- Bella, você viu como você ficou assim que me viu ali no corredor? Em
pânico. Assustada. Não quero isso para meus pais, para minha família. Quero
viver ao lado deles estes últimos momentos que tenho em paz e em felicidade.

- Não concordo com você Edward, mas respeito sua decisão.

- Por isso fugi de você. Você merece algo melhor que um cara doente e com
os dias contados. Eu... eu estou apaixonado por você Bella. Mas não é justo
com você, que já passou por tantas coisas, que se envolva com um cara como
eu. Que não tem nada a oferecer a você. Não tenho um futuro a te oferecer.

        Eu sabia que ele estava falando bobagens, mas meu cérebro parou na
parte que ele disse que estava apaixonado por mim.

- Você... está... está apaixonado por mim?

- Sim estou Bella, mas...

       Eu coloquei minha mão em sua boca não o deixando falar mais asneiras.

- Eu também estou apaixonada por você Edward.

        Ele olhou em meus olhos. Eu já quase não enxergava por causa das
lágrimas que saiam dos meus olhos. E seu olhar também era emocionado.

- Você não pode. Eu não sou saudável não posso te oferecer nada.

       Ele disse triste.

- Só o seu coração já me basta Edward. E acredito que tudo vai dar certo.
Você ficará curado. – eu peguei sua mão e ele a levou de encontro ao peito. –
Um dia com você vale mais que todos os anos que eu passei sem ter te
conhecido. Eu amo você Edward.

       Ele me puxou em direção a seu corpo me fazendo deitar sobre ele.

- Eu amo você Bella.

       Disse com seus olhos grudados em mim.

        Nada mais importava. Somente aquele momento. Em que eu revelei meu
amor por ele e ele por mim. Nada mais importava. A minha vingança não
mais importava.

Capitulo 13 Vingança: Fique comigo enquanto eu viver


Pov. Bella

       Estávamos deitados em sua cama. Edward havia ficado sonolento após
tomar os remédios e estava dormindo agora.

       Ele me amava. Eu o amava. Como isso foi acontecer?

        Eu só vim para essa cidade em busca de vingança, e acabei encontrando


o amor.   Um amor inesperado. Um amor como eu sempre sonhei, mas que
achei que nunca seria possível.

       Não havia mais a possibilidade de que eu o usasse em minha vingança.


Na verdade eu não sabia mais se haveria vingança.

       E quanto à promessa que fiz a minha mãe? Eu deixaria Elizabeth Mansen
impune pelo que fez a minha família? Agora que eu estava tão perto?

      Agora não importava.

      O que importava agora era que esse homem maravilhoso, que eu amava
estava doente. Ele precisava de mim. Era tão irônico. Agora que encontrei o
homem da minha vida além de ser neto da mulher que eu odiava. Ele estava
doente. E era uma doença grave. Que podia tirar a sua vida.

       Meu coração se apertava em lembrar-se dessa possibilidade. Ele não


merecia este destino.

       Gabriel. Como ele ficaria se algo acontecesse a Edward? Ele idolatrava o
pai. Não era justo.

       De novo uma imensa vontade de chorar se apossou de mim. As lágrimas


sem consentimento saiam dos meus olhos enquanto eu olhava para o rosto de
Edward.

       Ele se remexeu em seu sono e acordou. Eu tentei disfarçar meu choro.

- Oi – ele disse com a voz rouca.

- Oi – eu disse – Como está se sentindo?

- Pronto pra outra.

       Ele disse sorrindo e isso fez novas lágrimas deslizarem por meu rosto.

- Bella... está chorando? Não chore amor... por favor?


- Desculpe.

       Eu disse tentando secar minhas lágrimas. Ele me puxou para si me


aninhando em seus braços.

- Calma Bella, tudo vai ficar bem. Era por isso que eu não queria que ninguém
soubesse. Eu não quero que sofra com algo que é inevitável.

- Eu não quero te perder Edward.

- Isso é uma coisa que eu não posso te prometer, Bella. Mas enquanto eu viver
prometo te fazer muito feliz.

        Eu sabia disso. Eu chorei mais um pouco.

        Ficamos abraçados por um tempo até eu ver que já era tarde.

- Eu preciso ir embora.

         Edward me puxou mais para cima do seu corpo fazendo com que eu
ficasse cara a cara com ele. Seus olhos verdes me enfeitiçando.

- Fique. Fique comigo.

        Ele disse me fazendo arrepiar.

- Sim. Pelo tempo que você me quiser.

- Então será pelo tempo que eu tiver de vida.

         E beijou-me.

         Ele começou a acariciar meus lábios com o seus. Lentamente


aprofundou o beijo introduzindo sua língua me minha boca. Seu gosto
penetrando no meu sistema.

        Num lampejo da consciência eu lembrei que ele estava doente e que
havia se sentido mal há pouco.

- Edward...

           Eu tentei dizer quando ele começou a beijar meu pescoço. Suas mãos
passando pelo meu corpo. Ele pressionou suas mãos em meu quadril
friccionando ao seu. Fazendo-me perder o raciocínio do que ia dizer.

- Edward... precisamos parar...


- Por quê?

- Você está... fraco...

         Eu não conseguia pensar direito com ele me beijando desta forma. Eu
queria parar. Eu queria continuar. Meu corpo principalmente não queria parar.

         Edward me segurou firme e olhando em meus olhos disse as palavras


que fizeram meu coração transbordar de amor.

- Bella. Eu estou bem. E agora vou fazer amor com a mulher que amo.

       Suas palavras tiveram o efeito esperado sobre mim. E eu o beijei forte.

       Eu subi em cima dele arrancando sua camisa. Agora não era hora de
calma. Eu queria era senti-lo em mim. Sentir seu amor por mim e mostrar o
meu a ele.

       Edward puxou minha blusa, eu estava somente com ela. Ele ficou me
olhando.   Olhando meus seios que se intumesceram de imediato. Eu estava
excitada. Com medo de perdê-lo. Apaixonada. E extremamente excitada.

- Você é tão linda.

       Ele disse e passou suas mãos por meu pescoço descendo em direção aos
meus seios. Ao tocá-los eu senti como se estivesse sendo eletrocutada. Era
intenso demais o que eu sentia por ele.

        O beijei novamente me esfregando nele. Rapidamente tiramos o restante


de nossas roupas. Edward nos virou na cama ficando por cima.

- Eu preciso sentir o seu sabor novamente. Você quer Bella? Quer que eu te
chupe?

- Sim, por favor...

        Eu disse já ensandecida. Ele então respirou perto do meu sexo fazendo-
me arrepiar. Então ele veio com sua língua experiente e precisa.
Enlouquecendo-me. Deixando-me a beira do orgasmo.

- Pare... Edward... por favor

- O que anjo?

- Quero... eu preciso gozar com você dentro de mim, meu amor.


        Minhas palavras fizeram seu olhar se iluminar. Em seguida Edward
pegou o preservativo o colocando e se juntando a mim. Eu fui por cima dele.

- Eu quero comandar hoje meu lindo.

         Eu queria realmente cavalgá-lo, mas também queria poupá-lo. Eu não


tinha certeza se ele estava realmente recuperado.

- Como quiser anjo. Desde que você esteja aqui. - apontou para seu
maravilhoso pênis duro e rijo - O mais rápido possível. Sem problemas.

         Eu sorri e posicionei minha entrada sobre aquele pau delicioso. E desci
lentamente.

- Ahnn...

         Edward gemeu e foi tão sexy que me fez acelerar o movimento só para
ouvir novamente.

          Edward colocou suas mãos em minha cintura e me ajudou a cavalgá-lo.


Eu senti muita falta de ter ele assim.

         Beijos. Sussurros, mordidas, tudo. Era perfeito. Nós éramos perfeitos
juntos.

         Eu estava quase lá quando o ouvi dizer.

- Eu te amo...

         Eu o olhei nos olhos e vi tudo o que eu sempre procurei em minha vida.
Nada me faria abrir mão disso.

- Eu amo você Edward.

        E em seguida meu orgasmo me alcançou sendo seguido por Edward.

**

        Eu estava dormindo, mas um movimento na cama fez com que eu


acordasse. Ao me virar na cama eu vi. Edward fez sinal para que eu não
dissesse nada. Deitado entre nós estava Gabriel adormecido. Agradeci por eu
ter colocado a camisa de Edward e ele a boxer antes de dormirmos.

        Eu sorri e Edward também ambos ficamos virados um para o outro com
Gabriel entre nós. Foi um dos momentos mais lindos que eu me lembro de ter
vivido. Eu, Gabriel e Edward.  Parecíamos uma família. E eu desejava tanto
que fosse.

- Como ele entrou aqui?

        Eu sussurrei

- Ele faz isso quando tem pesadelos. Vem dormir comigo.

- Será que ele me viu aqui?

- Não sei às vezes ele vem mais dormindo que acordado.

         O sono foi chegando me fazendo sonolenta.

- Boa noite amor.

         Edward disse.

         Eu com os olhos quase fechados respondi a ele.

- Boa noite.

**

          Eu sempre soube cozinhar. E nem era cozinhar era só fazer um simples
café da manhã. O que era tão difícil? Claro! Agora eu estava fazendo um café
da manhã no apartamento de Edward. Esse era o problema. Eu queria que
fosse perfeito.

         A cozinha era espetacular. E ainda tinha vestígios da tentativa frustrada


de Edward fazer o jantar na noite passada.

        Eu estava com quase tudo pronto. Só estava terminando as panquecas. Eu


estava distraída quando senti dois braços musculosos me abraçando.

- Bom dia anjo.

        Edward sussurrou em meu ouvido e logo dando um beijo sedutor em


meu pescoço. Eu estremeci.

- Bom dia amor.

           Eu disse me virando e o beijando. Esquecendo por um momento que


estava fazendo panquecas. Voltei rapidamente para elas se não iria queimar
igual ao jantar de ontem.
- O cheiro está muito bom.

- Está quase pronto.

- Então vou chamar a ferinha.

           Eu fiquei nervosa de repente. O que Gabe iria achar de eu estar pela
manhã e usando somente a camisa do seu pai?

          Eles entraram na cozinha sorridente e Gabe veio correndo me abraçar.


Meu nervosismo passou de imediato.

- Bom dia, Gabe.

- Bom dia, Bella. Papai disse que você fez panquecas.

- Sim eu fiz. Você gosta?

- Eu adoorrooo!!!

            Eu ri. Sentamos para tomar café. Foi uma manhã maravilhosa. Gabriel
parecia não ter-se dado conta do que eu estava fazendo em sua casa pela
manhã.

- Bella você é a namorada do papai?

            Eu quase engasguei com a panqueca que comia. Eu e Edward ainda


não havíamos falado sobre o status do nosso relacionamento.

- Você gostaria que ela fosse?

            Edward perguntou ao filho e Gabe assentiu com a boca cheia.

- Bella você gostaria de ser minha namorada?

            Ele disse com aquele sorriso que me fazia entrar em colapso.

- Mesmo sabendo de tudo que vamos enfrentar.

            Ele estava falando de sua doença.

- Nada me faria mais feliz que ser sua namorada.

            Ele sorriu me puxando para seu colo e quase me beijando. Ele roçou
seus lábios nos meus não me beijando de verdade afinal tínhamos uma criança
à mesa.
- Oba! A Bella agora é sua namorada.

         Gabriel disse.

          Eu Edward sorrimos. Apesar dos problemas. Da doença de Edward


estávamos muito felizes.

- Bella hoje é domingo e é o famoso almoço de domingo na casa dos meus


pais. Você quer ir?

          E agora? Eu até queria, mas achava melhor ele falar com a família
primeiro. Antes de aparecer assim do nada.

- Ficaria chateado se eu dissesse que não?

          Ele negou, mas eu senti que sim.

- Edward eu quero muito tudo isso que estamos vivendo, mas prefiro que fale
primeiro com sua família. Depois marcamos de ir lá. Como foi com Alice.

- Eu te entendo amor, mas eu queria passar mais tempo com você.

- Vá ao bordel hoje à noite. Quando você chegar eu fujo e ficaremos a sós.

         Eu falei no ouvido de Edward, cuidando Gabriel que estava alheio a


conversa concentrado em sua panqueca.

          Eu, Edward e Gabriel saímos do apartamento ao mesmo tempo. Eles


seguiram par a casa dos pais de Edward e eu para a casa da colina.

          Ao chegar fui fuzilada por olhares maliciosos das meninas. Alice e
Rose subiram atrás de mim em direção ao meu quarto.

- Então? A noite foi como você imaginava?

         Rose perguntou.

- Foi mais.

- Mais?

         Alice disse empolgada.

- Ele disse que está apaixonado por mim. E... eu também estou apaixonada por
ele. Nos declaramos um ao outro e... estamos namorando.
- AAAAA!!!! Não acredito que maravilha, Bella.

        As duas me abraçaram.

- Conte-nos como foi?

- Bom. Foi logo depois de ele passar...

         Eu parei quando me dei conta de que ia contar para elas sobre a doença
de Edward. Por mais que fossem minhas amigas eu não tinha este direito. Ele
confiou em mim. A família dele devia saber primeiro.

         Contei a elas omitindo algumas partes.

- E a sua vingança? Como fica?

         Alice disse.

- Não haverá mais vingança pelo menos não mais do jeito que imaginei. O que
eu posso fazer é pelo menos mostrar a ele quem é a avó dele na verdade.

- E não acha que devia contar tudo a ele desde o começo? O porquê veio para
Raymond.

         Rose disse.

- Eu sei, mas... não tenho coragem. Tenho medo de perdê-lo.

- Bella... ele te ama. Irá te perdoar.

          Rose disse

- Eu não sei tenho medo. Mas eu vou falar só vou esperar a oportunidade
certa.

          Notei que Alice estava toda arrumada.

- Alice não vai ao almoço na casa do seu namorado?

- Vou sim. Ele deve estar vindo me buscar.

- E quando vai se mudar?

          Eu perguntei.

- Amanhã. Hoje vamos acertar tudo com Esme.


- Que bom. Espero que tudo de certo minha amiga.

         Abracei Alice.

- É isso que você deve fazer também Bella. - Rose disse – Esqueça essa
vingança. Pegue seu homem e vá ser feliz. Conte logo a ele tudo. Se ficar
adiando pode ser pior. Seja feliz.

            As palavras de Rose ficaram martelando em minha mente.

            Jasper chegou e Alice foi para o almoço de domingo na casa dos
Cullen. Eu esperava que em breve eu também fizesse parte

- Tem outra coisa que esta me deixando encafifada.

          Eu disse a Rose. Estávamos deitadas em minha cama numa preguiça


gostosa.

- O que?

- Edward me falou que a avó dele era contra seu namoro com aquela moça
Ângela Sanders. E não sei por quê? Mas acho que ela tem algo ver com o
rompimento deles. Eu não tenho certeza é só uma sensação até pelo que ela
fez com o Jacob.

- Pode ser. Pelo jeito a mulher é fogo.

- Essa relação dela com o Edward também me parece estranha.

- O que você está pensando?

- Não sei Rose. São só idéias. Quando eu tiver certeza eu te conto. A primeira
coisa que vou fazer é ligar para o detetive e pedir a ele que localize esta moça.
Ângela. E que descubra se minhas suspeitas são verdadeiras.

Pov. Edward.

          Como era bom saber que Bella sabia sobre minha doença. Sem mais
segredos. Abrimo-nos um ao outro. E abrimos nossos sentimentos. Eu a
amava e ela também me amava.

          O que Bella disse-me, me fez pensar. Eu devia contar para minha
família. Ela achava que sim. Minha avó achava que não. Eu ainda não tinha
certeza do que fazer.
           Bella era a mulher que eu escolheria mil vezes para ficar do meu lado.
Nesta hora difícil e em outras melhores também. Eu só tinha um pequeno
receio. Como minha avó iria reagir ao saber que estava namorando Bella. Não
importava o que ela pensasse. Eu não abriria mão de Bella.

           Minha avó sempre me apoiou.  Não seria diferente. Eu espero.

          Após Bella sair eu e Gabe fomos para o famoso almoço de domingo de
dona Esme.

          Ao chegar vi Emmett na sala assistindo futebol. Gabe foi correndo para
o tio.

- Onde estão nossos pais?

- Na cozinha.

           Emmett me disse e eu fui me dirigindo para lá quando ele falou.

- Se eu fosse você não ia até lá.

          Emmett era louco.  Porque eu não iria até lá? Entendi ao ver meu pai e
minha mãe num tremendo amasso na cozinha.

- Que bela maneira de se começar a manhã. Ver o pai agarrando a mãe na


cozinha.

          Eu disse rindo. Meu pai me acompanhou e minha mãe ficou vermelha
igual a um tomate.

- Edward... pare de rir.

- Qual é? Vocês acham que eu não sei como se fazem os bebês?

          Nós rimos. Eu estava trasbordando felicidade.

- Que bom humor é esse posso saber?

          Meu pai me perguntou.

- Sim. Claro que pode.

- Viu passarinho verde filho?

          Minha mãe disse terminando de colocar a mesa.


- Bom. Eu queria falar com todos, mas acho que vocês devem ser os
primeiros, a saber, que estou namorando novamente.

- Nossa! Que bom meu filho.

          Minha mãe disse.

- Quem é a felizarda?

- Vocês já a conhecem. É a Bella, amiga de Alice.

           Eles sorriram. Bella conquistava a todos que a conhecessem.

- Que ótima escolha filho e você ainda têm o total aval do gabe. Ele é louco
por ela.

- Sim. Isso contou muito é claro.

- Que bom filho. Agora só falta o Emmett se acertar também.

- O que falta somente eu?

           Emmett disse ao entrar na cozinha com Gabriel em seus ombros dando
gargalhada. Ele o desceu e Gabe foi correndo abraçar os avós.

- A mamãe estava dizendo que só falta você arrumar uma namorada.

- Como só eu? O Edward também não... Ah! Não acredito. Está namorando?
E é a gostosa da Bella.

           Eu fechei a cara. Que historia é essa de chamar minha namorada de


gostosa.

- Mais respeito Emmett.

           Eu disse e todos gargalharam.

- Brincadeira mano. Gosto da Bella que nem uma irmã. Já a loira amiga dela.
Essa sim é meu sonho de consumo. Mas ta difícil.

            Nessie chegou à cozinha com cara de poucos amigos.

- Oi irmãzinha.

           Eu disse indo abraçá-la. Ela parecia chateada.

- O que houve Nessie?


- Eu briguei com o Jacob. Ele foi contratado para trabalhar na fazenda das
putas.

         Ela disse furiosa.

- Renesmee!

          Minha mãe a repreendeu.

- Não vou admitir que fale assim, Renesmee.

            Meu pai disse. Eu estava confuso. Como assim Jacob iria trabalhar na
casa da colina? Ele era funcionário da fazenda da minha avó.

- Emmett. - eu chamei- Leve o Gabe para sala.

           Ele fez o que eu pedi.

- Como assim Jacob está trabalhando para Bella? Ele trabalha na fazenda da
vovó.

- Não trabalha mais. Ele me disse que saiu de lá. E para ajudar foi trabalhar
onde está cheio de vadias.

- Não fale isso Nessie. Você não conhece as pessoas de lá para falar assim.
Não esqueça que Alice será sua cunhada.

          Minha mãe disse.

- E eu estou namorando a Bella.

- Era só o que me faltava. Outro irmão meu gamado em uma puta e ainda por
cima é a puta mor.

- Cala a boca Nessie!

            Eu gritei. A assustando. Nunca havia falado assim com ela.

- Por favor, não briguem.

         Minha mãe disse visivelmente nervosa.

         Eu estava furioso. Jamais iria permitir que falassem de Bella.

- Eu não vou admitir que fale de Bella desta forma. Eu a amo. E se eu vir você
se referir a ela desta forma novamente...
- Ela não vai fazer mais isso, nem que seja preciso que eu tenha que pela
primeira vez na vida dar um corretivo nela.

         Meu pai disse.

- Pai...

        Renesmee disse chorosa.

- Eu entendo que tenha ciúmes de seu namorado, mas isso já está passando
dos limites. O erro deve ter sido meu. Por mimá-la demais, por ser minha
única filha mulher. Mas não admito este tipo de comportamento. As duas
moças Bella e Alice são namoradas de seus irmãos e você as tratará no
mínimo com respeito. Vá para seu quarto e não desça para o almoço. Está de
castigo. Não sairá de casa e não verá seu namorado até pensar bem sobre seus
atos.

         Meu pai disse enérgico e ela não contestou. Saiu em direção a seu
quarto.

- Desculpe pai... mãe... eu quase perdi a cabeça quando ela falou aquelas
coisas sobre Bella. Eu não reconheço a Nessie. Ela não é assim.

- É este namoro dela meu filho. Ela morre de ciúmes do Jacob e ai não pensa
no que faz e fala. Acho que este namoro já não está fazendo bem a ela.

          Minha mãe disse, mas eu já não prestava atenção ao que ela dizia. Uma
coisa me intrigava. Por que Jacob saiu da fazenda?

         Alice e Jasper chegaram em seguida e fomos todos almoçar a não ser
pela falta de Renesmee.

        Durante o almoço fiquei sabendo da decisão de Alice em aceitar o


convite de minha mãe ao ir mora ali. Espero que Nessie não a trate mal. Alice
era uma moça legal.  O almoço transcorreu na maior paz. À tarde eu deixei
Gabe com meus pais e fui para meu apartamento me arrumar. Eu iria ver
minha namorada. Eu estava morrendo de saudade dela.

         E no outro dia eu precisava ter uma conversa seria com minha avó.

Capitulo 14 Vingança: Mostrando o nosso amor.

Pov. Bella
– Bom. Eu espero continuar vindo aqui e ver vocês sempre que eu puder, mas
sabe como é agora serei uma mulher casada.

Alice disse e todas riram.

Estávamos à frente da casa da colina nos despedindo dela. Ela decidiu se


mudar hoje mesmo. Ela iria embora começar uma vida nova com Jasper.

Eu, Rose e a todas as meninas desejamos toda sorte do mundo a ela.

– Amo você Bella, sentirei muito sua a falta e de Rose.

Alice já disse chorando. Eu e Rose também estávamos emocionadas.

– Pare de bobagem Alice. Estaremos perto. Sempre estaremos com você.

Eu disse.

– Talvez sejam até cunhadas.

Rose disse fazendo graça. Rimos.

Alice nos abraçou mais uma vês e finalmente entrou no carro de Jasper
partindo para seu novo caminho.

Eu tinha que comandar a casa da colina hoje, mas também meu namorado
viria me ver. Edward. Meu amor.

Hoje mais cedo eu dei inicio a minha investigação em relação ao que estava
em minha mente me incomodando.

Flashback On

– J. Jenkes.

– Boa tarde John é Bella Sawn.

– Como vai Bella? O que deseja?

– Preciso de mais algumas investigações. Lembra-se que me enviou um


relatório que falava de uma moça chamada Ângela Sanders. Preciso que
descubra onde ela está e tudo sobre ela. Principalmente sobre aquela suposta
traição a Edward Cullen.

– Claro pode deixar Bella. Algo mais?

– Sim. Eu preciso que tente investigar o passado de Edward Cullen. Suas


origens. Ele foi adotado. Tente descobrir algo.

– Ok pode deixar.

Flashback Off.

O salão da casa da colina estava abarrotado de homens que procuravam por


sua diversão. Eu estava verificando se estava tudo em ordem. Cheguei
próxima ao bar perto de Rose e Emmett que já estava lá tentado alguma
conversa com Rose. Ela podia não perceber, mas eu via como ela ficava
diferente quando estava com ele. E Emmett também já não vinha ao bordel
para ficar com alguma das meninas e sim para ver Rose.

Eu queria muito que eles se acertassem.

– E ai cunhadinha?

Emmett perguntou e eu sorri. Edward deveria ter contado que estávamos


namorando.

– Oi Emmett.

– Meu irmão estava num bom humor hoje pela manhã.

Eu corei.

– Ele ficou de vir aqui hoje.

Eu disse timidamente meu coração acelerando só por falar em Edward.

– Ele deixou Gabe lá em casa deve estar chegando.

Emmett disse maliciosamente.

De onde estava eu vi o prefeito James em uma mesa com alguns outros


homens. Não sei por que, mas eu não gostava deste homem. Ele se achava
melhor que os outros. Também vi Jessica conversando com um homem que eu
não conhecia.
– Rose. Quem é aquele homem que Jessica está conversando?

Rose olhou para onde estavam Jessica e o homem.

– Ah! É aquele fazendeiro que você disse que viria na noite anterior. Mike
Newton se não me engano. Ele ficou bem entusiasmado com o lugar e gostou
muito de Jessica. Pelo menos foi o que ela contou.

Rose me disse e eu continuei olhando a interação de Jessica com Mike


Newton até Edward aparecer na entrada e prender totalmente minha atenção.

Ele me viu e sorriu vindo em minha direção. Seus olhos nos meus. Ele então
chegou a mim ficando bem em minha frente com seu rosto colado ao meu.

– Oi anjo.

Ele disse sorrindo. Eu devolvi o sorriso.

– Oi meu amor.

Eu disse e Edward colou sua boca na minha. Ele colocou suas mãos em minha
cintura. E eu o abracei pelo pescoço colando ainda mais nossos corpos. Eu me
abandonei ao beijo quando Edward inseriu sua língua em minha boca. Que
beijo! Era só isso que eu pensava enquanto retribuía a seu ataque. Eu queria
que ele me beijasse assim para sempre.

Terminamos o beijo. E ficamos com nossas testas coladas respirando


ofegante.

Eu percebi quase todos os olhares do bordel estavam sobre nós. Alguns felizes
como o de Rose e Emmett e outros espantados. Um em especial nos encarava.
O prefeito James.

Eu corei e isso não passou despercebido por Edward.

– O que foi Bella?

Ele perguntou.

– Eu não achei que fosse me beijar assim... na frente de todos.

– Porque não? Não tenho vergonha do nosso namoro. Eu te amo e quero que
todos saibam que é minha.

Eu sorri como uma adolescente apaixonada. E era isso mesmo o que eu era.
– Eu sou sua. Somente sua.

Ele me beijou novamente.

– E ai mano vai engolir a Bella?

Emmett provou Edward. Que sorriu para o irmão.

– Não enche Emmett.

Edward disse, mas sorriu.

– Combinei com minha mãe um jantar para apresentá-la como minha


namorada na terça feira à noite. Tudo bem para você?

– Sim. Está ótimo.

– Vamos subir meu amor. Eu estou com saudade.

Ele disse e meu corpo registrou suas palavras arrepiando de imediato.

– Vamos.

Eu peguei sua mão seguindo em direção as escadas ouvindo as piadinhas


maliciosas de Emmett.

Ao chegarmos ao meu quarto Edward me atacou novamente me imprensando


na porta. Ele me levantou e eu coloquei minhas pernas ao redor da sua cintura
sentindo sua dureza.

Ele começou a mover seu corpo em direção a mim. Deixando-me


extremamente molhada. Louca por ele.

– Hoje eu vou mostrar a você – ele falava mordiscando meu pescoço – Como
a amo e vou fazer você sentir muito prazer.

Ele queria me enlouquecer. Era isso. E eu não iria negar.

Pov. Edward
Bella estava nua sobre a cama. E eu admirando aquela deusa. Ela era tão
linda. Peguei uma perna sua e comecei a beijar seu pé. Fui passando por seu
tornozelo chegando até sua cocha e parei próxima a sua virilha.

Bella soltava pequenos suspiros.

– Está tudo bem amor?

Ela bufou e eu ri. Eu comecei o mesmo processo com a outra perna.

– Está querendo me torturar? Vai... ter troco.

Ela disse suspirando.

– Eu mal posso esperar por isso.

Quando cheguei a sua virilha dessa vez não recuei e mergulhei minha língua
em suas dobras molhadas. Tomei seu botão inchado entre meus lábios.

Trabalhei em sincronia com minha língua e dedos para dar maior prazer a
minha linda namorada que gemia descontrolada.

– Ahnn... Edward! Por favor... Ahnn...

– O que amor? Diga-me o que quer?

Voltei a chupá-la.

– Eu... eu... eu quero que você me foda... Ahnn...

Porra! Caralho!

Eu queria continuar, mas depois de suas palavras eu já não tinha domínio


sobre meu corpo. Rapidamente eu coloquei o preservativo e a penetrei com
força.

– Porra! Bella tão apertada...

– É tão bom ter você dentro de mim amor. Você está tão duro.

Bella disse conseguindo acabar com o resto de sanidade que eu tinha.

Eu estoquei forte e rápido naquela boceta molhada e quente como o inferno.


Minha boca reclamando seus seios e sua boca. Eu a senti me apertando e em
seguida chegamos a clímax.
Eu fiquei fora do ar por alguns segundos me recuperando do imenso prazer
que tive. Ao abrir os olhos eu vi meu anjo me olhando e sorrindo.

A abracei mais e a beijei.

– Você é tão lindo.

Ela disse. Eu sorri incapacitado de dizer qualquer coisa neste momento.

Ficamos deitados e abraçados curtindo um ao outro.

– Bella. Eu fiquei sabendo que Jacob, o namorado de Nessie, começou a


trabalhar aqui. É verdade?

– É sim. Por quê?

– É... estranho. Ele era funcionário da fazenda de minha avó e ela não me
falou nada que ele iria sair.

Bella se remexeu e me olhou.

– É meio complicado, mas tenho que te contar que Jacob disse que foi
demitido por sua avó.

– Demitido?

– Sim. Eu não devia te contar, mas... ela é sua avó Edward. Sei que confia
nela, mas ela não agiu bem com Jacob.

Eu me sentei na cama para escutar o que Bella tinha a dizer.

– Jacob disse que sua avó o fez escolher entre o emprego ou o namoro com
sua irmã.

Não era possível. Ela não faria isso.

– Ela não faria isso.

– Foi o que Jacob disse Edward.

Minha avó seria capaz de fazer algo deste tipo? Minha primeira reação era
dizer que não. Mas lá no fundo eu sabia que era possível.

– Eu vou falar com ela. Se ela fez isso mesmo foi muito errado de sua parte e
também vou falar sobre nós.
Bella ficou tensa.

– Vai contar a ela sobre nosso namoro?

– Sim. Não tenho porque esconder. Somos adultos e nos amamos.

– Acha que ela vai aceitar?

Bella perguntou receosa. Eu a abracei forte e a beijei delicadamente.

– Não se preocupe anjo, ela vai aceitar e, se por acaso não aceitar. Eu sinto
muito, mas não vou desistir de você. Minha avó me ama duvido que ela fique
contra mim.

– Eu sei amor, mas eu entenderia se ela ficasse com o pé atrás afinal eu fui...

Coloquei meus dedos em sua boca não permitindo que ela falasse o que eu já
sabia que falaria.

– Amo você Bella é só isso que importa.

Ela sorriu me beijando dando fim a nossa conversa. Dormi aquela noite
agarrado com minha namorada.

Eu senti beijos em minhas costas subindo pelo meu pescoço. Um sorriso se


espalhou pelo meu rosto. Abri os olhos e sorri ao ver Bella sorrindo.

– Bom dia amor.

Ela disse.

– Bom dia meu anjo.

– Sabe. Eu fui acordada pela chegada de um arranjo de tulipas. Você sabe me


dizer algo sobre isso?

Eu sorri de sua brincadeira. Eu havia pedido à floricultura que todos os dias


sem exceção mandassem arranjos de tulipas para Bella.

– Por que eu saberia?

Ela riu e me beijou.

– Vamos tomar café.


– Claro. Eu só preciso de um banho.

– Fique a vontade amor sabe onde fica o banheiro. Eu vou descer e preparar
um maravilhoso café para nós.

Eu tomei um banho relaxante e após me aprontar desci encontrando Bella já


sentada á mesa me esperando para tomar café.

– Onde estão as outras meninas? Elas não vão tomar café?

– Eu pedi a elas um pouco de privacidade para tomar café com meu


namorado. Não quero ver elas a essa hora da manhã babando no meu
namorado.

– Hum... ciúmes?

Eu disse beijando seu pescoço. Ela cheirava tão bem.

– Não. Só precaução.

Rimos. Rose entrou deixando algumas correspondências para Bella.

– E ela e meu irmão? Ele tem alguma chance?

Eu disse enquanto degustava um maravilhoso café.

– Com Rose é um pouco mais complicado Edward.

– Meu irmão está louco por ela. Ele pode ter aquele jeito crianção e
irresponsável, mas é uma ótima pessoa.

– Eu sei Edward. E Rose também sabe. Na verdade acho que ela não se deu
conta, mas está interessada nele. É só que... Rose sofre muito. Eu não devia
falar nada, mas confio em você. Rose foi abusada na infância.

Nossa! Não imaginava algo desta natureza. Isso explicava a agressividade


dela com os homens.

– Ela perdeu os pais muito cedo. - Bella continuou - E foi morar com a tia. O
tio e os primos abusaram dela por anos. Até ela fugir e ir viver no bordel. Isso
deixou marcas profundas nela. Rose nunca mais se deixou ser tocada por
algum homem. Ela só se envolveu sexualmente com mulheres e não foram
muitas. Ela alega que é lésbica, mas duvido que seja o caso.

Bella falou triste pela amiga.


– Você é incrível Bella, sofre por seus amigos.

Eu a beijei. E percebi que já estava na hora precisava ir a fazenda falar com


minha avó.

Bella me acompanhou até a saída.

– Quando vamos nos ver de novo?

Ela perguntou.

– Amanhã é o jantar na casa dos meus pais. Hoje vou ficar com o Gabe. Não
poderei vir aqui. Mas eu telefono meu amor.

Eu a abracei, mas percebi o corpo de Bella ficar tenso a olhei e percebi seu
olhar vidrado em uma das moças que trabalhavam com ela. Jessica acho que
esse era seu nome.

– O que foi Bella?

– Problemas.

Ela suspirou.

– Pode confiar em mim amor.

– Eu... eu acho que vi marcas de agressão em Jessica. Se for vou ter que falar
com ela para saber quem fez isso. Não admito isso Edward.

– Calma, amor, quer que eu faça algo?

– Não está tudo bem amor. Eu vou resolver isso. Você tem que ir.

Despedi-me de Bella com um beijo apaixonado.

**

Eu cheguei à fazenda cedo naquela manha. Havia muitas coisas para resolver
e eu precisava ter uma conversa franca com minha avó.

Ela estava concentrada em algo que lia quando cheguei ao seu escritório. Mas
pressentiu minha presença me olhou e sorriu.
– Oi querido. – ela disse se levantado e veio me beijar - Não achei que viesse
hoje aqui.

– Oi Liz. Eu precisava resolver umas coisas por aqui e falar com você.

– Claro. Algum problema Edward? Está sentindo algo?

Sua voz era preocupada.

– Não vó está tudo bem com a minha “saúde”.

– Então fale querido.

– Porque demitiu o Jacob?

– Ele te disse isso.

Ela falou sem se alterar.

– Não. Bella me disse.

– Bella?

Era bom eu já ir introduzindo Bella ela seria nosso próximo assunto.

– Sim. Ela é a dona da casa da colina. Ela o contratou para trabalhar lá. E
disse que Jacob falou que você o demitiu por ele continuar namorando Nessie.

– Ah! A dona do bordel... querido isto não é verdade.

Ela disse calmamente.

– Não?

– Não. Edward acha que eu faria isso? Jacob está mentindo.

Eu fiquei confuso.

– Então não o demitiu? Por que ele saiu então?

– Não sei meu amor. Ele simplesmente disse que não queria mais trabalhar
aqui. Se não acredita em mim pode perguntar para o Gustave ele estava junto
quando Jacob veio falar comigo.

– Não será necessário vó. Eu confio em você. Eu achei que não faria isso. Só
não entendo o porquê de Jacob falar essas coisas.
– Ah! Querido deixe passar. É coisa de menino. É por isso que eu não
concordo com o namoro dele com a Nessie acho que ela merece coisa melhor.
Mas vamos esquecer isso.

– Tudo bem vó. Tenho outro assunto a tratar com você. Não menos
importante. Na verdade é muito importante para mim.

– Fale querido.

– Eu conheci uma pessoa. Uma moça. E me apaixonei. Estamos namorando.

Eu disse de uma vês.

– Nossa! Aconteceu tudo isso. Não sabia de nada. Quem é a moça meu bem?

– É a Bella. A dona...

– Do bordel.

– Por favor, vó eu não quero que se refira a ela desta forma. Eu sei que é
contra o namoro de Jasper. Mas quero deixar claro que espero seu apoio, mas
seu não o tiver não vou desistir de Bella.

– Calma querido. Não vou negar que fiquei surpresa com sua escolha. E não
falei que ela é dona do bordel para ofendê-la, mas por que é o que ela é. Dona
daquele... estabelecimento.

– Então vó? Vai me apoiar como sempre fez na vida?

Ela ficou em silencio por um tempo e depois sorriu.

– Mas é claro meu amor. Eu confio no seu julgamento. Se achares que esta
moça pode te fazer feliz quem sou eu para ir contra sua felicidade. E o Gabe a
conhece?

– Sim. Ele simplesmente a ama.

– Que bom querido. Eu fico feliz.

– Liz por que esta diferença de comportamento em relação ao meu namoro?


Você reagiu diferente ao saber do namoro de Jasper.

– É diferente Edward. Com você sempre será diferente. Confio no seu


julgamento. Com seus irmãos é diferente não temos essa ligação.
Eu não entendi bem o que ela quis dizer, mas o que importava era que ela
havia me apoiado.

– Edward e a respeito de sua doença? Como fica seu namoro?

– Bella sabe.

– Ah! Sabe? Então é realmente serio.

– É sim. Eu a amo.

Ela ficou espantada.

– Nunca vi você falar assim de uma mulher nem mesmo daquela... daquela
moça que não gosto nem de lembrar o nome.

– Ângela vó. Pode falar o nome. Não me atinge mais. O que sinto por Bella
não é nem comparado ao que senti um dia por Ângela.

– Bom. Eu somente posso desejar sua felicidade meu filho. E queria que a
trouxesse aqui para um jantar ou almoço. Quero conhecer a mulher que
conquistou o coração do meu neto preferido.

Eu estava muito feliz pela aceitação de minha grande amiga. Por que minha
avó era também minha amiga.

– Claro Liz, é só marcar. Você vai amá-la.

Ela sorriu e eu ainda mais. Minha avó me abraçou e fomos resolver as coisas
de trabalho.

Capítulo 15 Vingança: Uma verdadeira família.

Pov. Elizabeth

Meu celular tocou. Era 23hs de um domingo. Ao olhar o numero vi que era
James.

O que aquele imbecil queria me ligando uma hora dessas?


– O que quer James?

Eu estava sem paciência.

– Boa noite Sra. Mansen.

– Fale logo.

– Acabei de sair do bordel.

– E por que você acha que essa informação pode de alguma maneira ser
importante para mim?

– Bom. Seu neto preferido estava lá.

– Edward?

– Sim. Ele chegou a pouco e foi diretamente cumprimentar a dona do bordel.


E que cumprimento?

– O que quer dizer?

– Ele a beijou na frente de todos. E não parecia ser cliente dela. Pelo que sei,
ela não é mais prostituta. Apesar de eu achar um desperdício.

– Não estou interessada em sua opinião.

Eu estava em choque. Como que Edward foi se envolver com este tipo de
gente? Deve ter sido influência de seus irmãos miolo mole.

– Acho que vou precisar tomar alguma atitude com relação a isso James. E
vou precisar de sua ajuda.

– Com certeza Elizabeth. Pode contar comigo.

– Eu o aviso quando tiver que agir.

– Ok. Aguardo seu contato.

Após desligar me dei conta que precisava agir rápido. Mas teria que esperar
Edward me procurar e contar o que estava havendo entre ele e esta... mulher.

Eu já havia dado um jeito na outra. E esta seria muito mais fácil. Essa rameira
de quinta não sabia o que a esperava.
Pov. Bella.

Após Edward sair eu fui ao meu escritório pedindo a Rose que mandasse
Jessica para falar comigo.

Enquanto ela não vinha pensei nas coisas que eu disse a Edward.

Eu comecei a tentar abrir os olhos dele com relação à avó, mas percebi que ia
ser trabalhoso. Ela o tinha muito preso junto a ela. Ele confiava cegamente
nela

Jessica entrou com o rosto preocupado.

– Oi Bella, queria falar comigo.

– Sim. Eu quero saber se não tem nada para me contar Jessica?

– Me desculpe não estou entendendo.

– Está sim. Levante a blusa.

– O que?... o que? Eu não tenho nada Bella. Foi um acidente.

Eu já estava perdendo a paciência elas eram avisadas que eu não aceitava


agressões físicas feitas pelos clientes.

– Agora!

Ela levantou a blusa e ela estava muito machucada. Muitas marcas roxas.
Hematomas, mordidas. Fiquei perplexa.

– Como deixou isso acontecer Jessica? Porque não chamou San ou Ben?

– Eu... não foi nada.

– Nada!? Você só pode estar brincando. Pode deixar que irei tomar as
providencias.

– Foi Mike Newton não foi?

Ela não respondeu, mas seu silencio me confirmou.

– Vá se arrumar para irmos à delegacia.


– Eu não vou Bella.

– Como é? Vai deixar isso assim.

– Bella o cara é poderoso. Não quero me meter com esse tipo de gente.

Eu avaliei sua expressão.

– Tudo bem. Não posso obrigá-la, mas saiba que este homem não pisa mais
aqui no bordel.

Ela ficou de cabeça baixa.

– Pode ir.

Eu estava furiosa. Não suportava homens que machucavam mulheres para seu
simples prazer. Eu tinha nojo de homens assim. Este Mike Newton não pisaria
mais no meu estabelecimento.

O dia passou corrido com as coisas que eu precisava organizar o bom


funcionamento da casa da colina.

Mais tarde Edward me ligou.

– Oi amor.

– Oi anjo. Estou morrendo de saudades.

Eu disse dengosa a ele.

– Amanhã nos veremos.

– Sim serei apresentada oficialmente como sua namorada.

Eu estava curiosa sobre a conversa de Edward e Elizabeth Mansen,


principalmente em relação ao nosso namoro.

– Edward como foi sua conversa com sua avó?

– Foi tudo bem amor.

Ele disse simplesmente. Como assim tudo bem?

– Sua avó aceitou nosso namoro?


– Claro amor. Eu te falei que ela me apoiaria.

Por essa eu não esperava.

– Eu... eu estou surpresa.

– Eu também fiquei. Ela não havia gostado quando soube do Jasper e Alice.
Achei que seria o mesmo. Mas ela foi bem receptiva até pediu que eu a
levasse para ela conhecer.

O que?

– Nossa! Estou surpresa. E... quanto a historia do Jacob.

Ele ficou em silencio.

– Bom. Ela diz que não o demitiu que ele pediu para ir embora.

– Então sua avó diz que ele mentiu?

– Sim

– Por que ele faria isso?

– Não sei Bella, mas eu confio na palavra de minha avó.

Ela havia virado o jogo a seu favor.

– Claro eu entendo Edward. Só não entendo por que motivo Jacob mentiria.

– Também não sei anjo, mas vamos esquecer essa historia. Eu estou com
muitas saudades suas, meu amor.

Um sorriso se espalhou no meu rosto.

– Eu também. Eu te amo.

– Não sabe como é bom ouvir isso, Bella.

Desligamos e logo em seguida Jessica pediu licença para entrar no meu


quarto. Ela iria arrumá-lo.

– Não precisa fazer isso hoje Jessica. Está machucada é melhor descansar.

– Não Bella. Eu gosto de fazer isso. Distrai-me e já estou sem dor.

– Tomou os remédios que pedi a Rose para te entregar?


Ela assentiu.

– Olha Jess, eu sei que fui dura com você antes. Mas é que eu não suporto este
tipo de situação. Não admito homens que machucam mulheres por simples
prazer.

Ela estava parada junto à mesa em que ficavam as tulipas que Edward me
mandara.

– Essas flores são lindas.

Ela disse as observando.

– São sim. Hoje não precisa trabalhar no bordel Jessica. Quero que se
recupere. Eu pago pelo seu dia. Ok?

Ela assentiu e eu saí para resolver outras coisas e Jessica ficou em meu quarto
o arrumando.

Terça ferira chegou. Era o dia do jantar na casa dos pais de Edward. Hoje eu
seria apresentada como namorada dele.

Eu estava ansiosa e para tentar driblar esta ansiedade eu resolvi cavalgar um


pouco. Isso sempre me relaxava.

Após cavalgar por alguns minutos eu voltei aos estábulos para deixar o cavalo
aos cuidados de Jacob. Ele era incrível com os animais. Amava o que fazia.

– Como foi o passeio Bella?

– Foi ótimo Jacob. Thor estava muito calmo hoje.

– Ele é um ótimo cavalo. Ah!... A égua Afrodite está quase dando cria.
Precisamos pedir para que um veterinário venha dar uma olhada nela.

– Claro. Vou pedir para Edward a olhar.

Jacob assentiu.

– Parece que somos meio que cunhados né?

Jacob sorriu e eu corei.


– Desculpe não falar nada sobre isso Jacob.

– Não se preocupe Bella.

– Jacob... eu falei a Edward o que a avó dele fez a você. Mas ele falou com ela
que negou.

– Isso era obvio Bella. Ela é outra pessoa com Edward. Eu te disse isso. Ele
acreditou nela não foi?

Eu confirmei de cabeça.

– Eu já imaginava. Ela é ardilosa. Se cuide Bella, ela vai tentar separar vocês.

– Edward disse que ela aceitou nosso namoro.

– Não acredite. Ela é falsa. Tenha certeza que para ela ninguém está à altura
do Edward. Chega a ser doentio.

– Eu não a conheço Jacob, mas não confio nela. Pode deixar que vou me
cuidar. Ela não vai me separar de Edward.

Jacob sabia bem como era a víbora. Eu tinha certeza que podia confiar nele.

– Hoje é o jantar na casa dos Cullen. Vou ser apresentada oficialmente como
namorada de Edward. Vemos-nos lá?

– Eu acho que não, Bella. A Nessie está brava comigo. Por eu estar
trabalhando aqui. Acho melhor não ir.

– Nem pensar. Eu quero você lá. É meu convidado. Jacob... não deixe que
pequenas brigas e a distancia fazer isso com você e sua namorada. Faça-se
presente. Ela vai entender com o tempo.

**

– Mãe, por favor, pode parar de me fazer passar vergonha. Bella não quer ver
as fotos de quando eu era careca e sem dente.
Eu ri. Edward estava desconfortável enquanto Esme me mostrava às fotos dele
bebê.

Estávamos na casa dos Cullen. No jantar em que eu era a convidada especial.


A namorada de Edward.

Estava um ambiente muito bom e familiar. Estava toda a família Cullen. Além
de Rose e Jacob. É ele foi. Renesmee, sua namorada, se mantinha a distância
de todos, até mesmo do namorado. Eu precisaria tomar uma atitude. Já que eu
iria fazer parte da família.

Fui recebida com muito carinho por Carlisle e Esme. E era muito bonita a
relação que eles tinham. Não só a de casal, mas também familiar.

Fiquei extremamente emocionada ao ver Alice interagindo com eles já se


sentido familiarizada. Com a casa e com a família. Dava para ver que ela
estava muito feliz. Jasper apesar de quieto, este era o jeito dele, também
estava feliz. Seus olhos brilhavam.

Emmett trocando seu jeito despojado pelo cavalheiro e romântico tudo para
agradar Rose. Que cada vez mais sedia a seus encantos.

Gabe estava sentado em meu colo. Uma coisa que já havia se tornado rotina
quando nos encontrávamos. E o olhar de Edward sempre sobre mim e seu
filho. Um olhar de orgulho. De amor.

– Não adianta Edward. Vou mostrar a Bella como você era lindo.

– E eu vovó? Eu também sou bonito. Mostra para Bella as minhas fotos.

Gabe disse animado. Todos riram. Esme sorriu amorosa para ele.

– Você é lindo meu amor. A vovó vai mostrar sim suas fotos para Bella. Pode
deixar.

Continuamos a conversar sobre diversos assuntos. Edward estava a meu lado,


segurando minha mão. Dando leves beijos em meu pescoço. Às vezes eu
ficava envergonhada, mas ao olhar e ver que todos me sorriam fiquei mais
calma.

Jacob estava em um canto e Renesmee em outro. Era visível que ela estava
com ciúmes dele. Ainda mais que Rose a provocava. Dizia que ele era
admirado pelas meninas do bordel. E lançava olhares a Renesmee.

Eu tentava dizer a Rose que parasse, mas não adiantou. Renesmee não
agüentou a pressão e subiu para seu quarto. Era a oportunidade que eu queria.
– Eu vou lá falar com ela.

Eu sussurrei no ouvido de Edward.

– Não acho uma boa ideia Bella. Não quero que Renesmee a desrespeite.

– Não se preocupe. Eu sei lidar com pessoas complicadas.

Pedi licença a todos e subi as escadas atrás de minha cunhada. Eu lembrava


onde era o quarto dela quando Gabe me mostrou há algumas semanas atrás.

Bati e a ouvi dizer para entrar. Quando entrei e fechei aporta quase ri de sua
cara de espanto.

– O que quer aqui?

– Conversar com você.

– Não tenho nada para falar com você.

Ela disse emburrada. Eu estava certa era só uma menina insegura.

– Quem sabe, me de a chance primeiro e depois você decide se o que eu disser


a interessa ou não.

Ela ficou em silencio e eu senti que podia continuar.

– Eu sei que não gosta de mim ou de Alice. Eu queria uma chance. Se você
nos conhecer melhor quem sabe pode vir a...

– A que? A gostar de vocês? Nem em sonho.

Ia ser mais difícil que eu imaginava.

– Olha. Eu sei que esta brava com o Jacob por ele estar trabalhando na casa da
colina.

– Não. Não estou brava por ele estar trabalhando na casa da colina e sim por
ele estar trabalhando num bordel.

– Ele cuida dos cavalos. Não fica nem próximo a casa.

– Como se isso fosse impedir algo de acontecer. De ele ir lá para ficar com...
aquelas...

Ela bufou.
– Por que acha que ele faria isso? Ele gosta de você.

– O que isso tem a ver. Até parece que homens comprometidos não vão lá.

– Sim eles vão. Mas você coloca Jacob nesta categoria de homem?

– Não. Acho... que não. Mas meus irmãos foram e são bons homens.

– Sim. Seus irmãos foram, mas eram solteiros.

Ela começou a abaixar as armas.

– Quando envolve sexo não se pode confiar em homens.

– Por que Jacob faria isso? Ele tem você. Ele disse que queria trabalhar ali
para poder ficar perto de você, se não ele teria que ir para outra cidade.

– Ele disse isso?

Ela perguntou com os olhos brilhando. Bingo.

– Sim ele disse. Por isso acho que não deve se preocupar Renesmee. Ele gosta
de você. Tem você. Por que iria atrás de outras mulheres? Ainda mais
prostitutas.

– Por sexo.

– Como assim?

– É que... eu e Jacob... nós... ainda... não... você sabe?

Ela disse envergonhada.

– Não transaram?

Ela afirmou. Agora eu entendia seus medos. Pobre garota.

– Ah... agora eu entendo sua insegurança.

– Você entende disso não é Bella. Os homens não ficam sem sexo. E como eu
e ele não fizemos... ele pode... procurar em outro lugar.

Eu me aproximei dela sentando em sua cama e pegando sua mão.

– Você acredita que ele goste de você?

Ela assentiu.
– E vocês já conversaram sobre isso? Sobre sexo?

– Sim. Ele disse que esperava pelo tempo que fosse preciso, mas isso foi antes
de ele ir trabalhar com você.

– E você não quer? Fazer sexo com ele?

Ela corou.

– Eu quero sim, mas eu tenho medo. Eu queria esperar mais um pouco. Mas
pelo jeito vou ter que acelerar.

– Não faça isso. Renesmee só faça isso quando você tiver certeza que quer
isso. Eu sei que não sou bom exemplo. Mas eu não tive alguém que me
amasse aos 18 anos para fazer desse momento uma linda lembrança. Se Jabob
disse que a esperava, acredite. Ele não iria trocar sua confiança por uma noite
com uma prostituta.

A olhei e vi em seus olhos que conquistei sua confiança.

– Obrigada Bella. Desculpe-me por tudo. Eu devo desculpas a Alice também.


Eu só fiquei com medo. Vocês são assim tão bonitas. Fiquei imaginando que
tipo de garotas havia lá. E fiquei com ciúmes.

– Eu te entendo. Agora vamos voltar para o jantar e você vai lá e agarra seu
namorado e mostrar a ele que vale a pena esperar por você.

Ela sorriu. Ela era tão menina ainda.

– Bella. Quando... eu decidir dar este passo. Posso falar com você a respeito
de como fazer? Sei lá tirar uma duvidas.

– É claro. Apesar de que acho que você não precisará. Será instintivo.

– Eu fico feliz que meu irmão a encontrou. Ele já sofreu tanto e agora você
entrou na vida dele e ele está mais leve, mais feliz.

Nós sorrimos.

Após isso descemos e Renesmee me disse para chamá-la de Nessie. Todos


ficaram espantados com a mudança de Renesmee que ao descer abraçou e
beijou o namorado e começou a conversar com Alice e até mesmo Rose.
Parecendo ser outra pessoa.

Eu me sentei ao lado de Edward que sussurrou em meu ouvido.


– O que você fez com a minha irmã?

– Eu simplesmente conversei com ela. Ela é um doce Edward. Só estava


insegura em relação ao Jacob.

– Você é maravilhosa sabia?

Ele disse me beijando. Se não houvesse outras pessoas presente eu juro que
pularia no colo dele.

– Sabe de uma coisa? Acho que eu estou te devendo algo.

Edward falava ainda sussurrando em meu ouvido me deixando maluca.

– Não me lembro. O quê?

– Um encontro.

Ele disse sorrindo.

– Hum... um encontro. O que tem em mente?

– Um jantar. Sair para dançar.

– Eu posso escolher. Eu queria um encontro típico de adolescente. Sabe? Eu


não tive isso quando adolescente.

– O que se encaixaria neste encontro adolescente?

Eu corei para o que ia dizer a ele.

– Ir a um cinema. Comer cachorro quente. Você tentar se aproveitar de mim e


eu me fazer de difícil.

Ele gargalhou chamando a atenção de todos. Esperamos que desviassem sua


atenção de nós.

– Será como você quiser minha Bella.

Logo Esme nos chamou para jantar.

E foi adorável participar desta maravilhosa família.

A família que eu vim para usar em minha vingança e que agora eu amava de
todo o meu coração.

Capítulo 16 Vingança: Because You Loved Me


Pov. Bella

– Estou te dizendo Bella. Ela disse a Alice e a mim que gostaria de sair para
passearmos no shopping e fazer compras. Inacreditável. O que você fez com
ela naquele quarto? Lavagem cerebral.

Eu ri.

Rose me contava as mudanças em Nessie que até convidá-las para sair tinha
feito enquanto eu me arrumava para sair com meu namorado. O nosso
encontro era hoje.

– Eu só conversei com ela Rose. Ela precisava de uma conversa franca. Como
eu havia dito é uma menina.

Ângela entrou em meu quarto dizendo que meu namorado estava me


esperando. Eu me despedi de Rose. Mais uma noite ela seria meu braço direito
no bordel. Eu preveni a ela que se Mike Newton aparecesse ele estava
proibido de entrar no bordel. San e Ben já haviam sido avisados até mesmo
Jacob se fosse necessário.

Desci as escadas e vi aquele lindo homem me esperando. Era incrível como eu


sempre me surpreendia quando eu o via. Ele era tão lindo que quase me fazia
perder a respiração. E não só eu. Como era quase na hora de abrir o bordel
todas as meninas estavam ali. E estavam babando pelo meu namorado. Que
estava divino em uma calça jeans clara e camiseta e jaqueta pretas.

Eu não me considerava uma pessoa ciumenta. Mas após conhecer Edward


esses conceitos mudaram.

– Vocês não têm nada para fazer não?

Eu perguntei a elas que deixaram a inércia e se afastaram. Ouvi risos de


Ângela e Rose.

Ao olhar Edward eu o vi sorrindo maliciosamente.

Ele se aproximou de mim me abraçando e beijando meu pescoço.

– Oi amor.

Ele disse.
– Às vezes tenho raiva de você por ser tão lindo.

Ele riu ainda mais.

– Meu anjo, sem ciúmes. Eu sou só seu.

Eu sorri e me derreti por suas palavras.

Entramos em seu maravilhoso volvo. E fomos em direção ao centro da cidade.

Fomo conversando sobre coisas amenas. Sobre Gabriel que falava sempre em
mim.

– Ele disse que quer ser astronauta quando crescer.

Eu sorri.

– As crianças são bem criativas.

– Sim eu queria ser piloto de formula1. No fim me tornei veterinário e


administrador de empresas.

– Por falar nisso preciso que de uma olhada em uma égua que está prenha.

– Claro amor. E você Bella? Qual seu sonho? O que queria ser?

– Eu, quando era criança, queria ir para a faculdade estudar literatura, mas ai
você sabe o que aconteceu na minha vida. Após parar de trabalhar na casa de
Carmem eu pensei em fazer algo ligado a fotografia. Sempre amei fotos. Eu
fui a muitas exposições em New York.

– Isso é legal Bella. Ainda pode fazer.

– É talvez eu faça um dia.

– E já tirou alguma fotografia?

Eu corei. Amava fotografia, mas nunca havia pegado em uma máquina


fotográfica.

– Eu não. Nunca tirei sequer uma fotografia. Eu não tenho câmera e nem sei
como manusear uma.

Ele estendeu sua mão e cariciou meu rosto.

– Não fique envergonhada amor. Isso se pode resolver facilmente.


Edward estacionou o carro em frente ao cinema. Hoje era o dia que passava
filmes antigos. As estréias eram no final de semana. Eu não me importava. O
que me importava era ficar com ele. Ter um encontro como sempre sonhei em
meus sonhos românticos. Eu sempre escondi isso até de mim mesmo.

Edward comprou pipoca e entramos no cinema. Colocamo-nos ao centro. O


cinema estava parcialmente vazio.

O filme era Íntimo & Pessoal com Michelle Pfeiffer e Robert Redford. Eu já o
havia visto era uma historia linda.

Edward fazia carinhos em meus braços e beijava meu rosto. Eu achei que não
prenderia minha atenção ao filme, mas me peguei muito atenta a tela do
cinema até Edward começar a cantarolar em meu ouvido a música que tocava
no filme.

Estava difícil segurar a emoção. As palavras sussurradas de Edward no meu


ouvido fazendo-me pensar em tantas coisas.

No motivo que me trouxe até aqui. Vingança. Eu tinha que contar a verdade
para Edward. Mas e coragem?

A doença de Edward que podia me tirar o amor da minha vida.

No filme o personagem de Robert Redford morria fazendo com que lágrimas


rolassem dos meus olhos. Aproveitei a escuridão para que Edward não as
visse. Ele continuou cantando para mim.

Após terminar o filme saímos para comprar nossos lanches. Mas eu ainda não
conseguia esquecer as palavras da musica. Elas tocaram fundo em meu
coração.

Edward percebeu meu estado de espírito.

– O que foi amor?

– Nada.

– Bella. Eu te conheço. O que foi?

– Aquele filme, aquela musica.

– Não gostou?
– Não é isso... é lindo mas... é triste. Lembro-me da sua situação.

Ele ficou serio. Droga! Eu não queria estragar nosso encontro.

– Eu não tinha percebido isso. Desculpe amor não quis deixá-la triste.

– Não Edward eu gostei... quer dizer.

Eu comecei a sorrir não sabia como definir a ele que estava feliz por nosso
encontro, mas fiquei sensível. Coisa de mulher.

– Eu entendi amor. Agora vamos comer nosso lanche e após isso é a parte em
que eu tento me aproveitar de você. Lembra?

Ele disse malicioso.

– E eu tenho que ser difícil esta noite.

Ele sorriu mordendo os lábios. Isso seria extremamente difícil. Resistir a ele.

– Acha que conseguirá resistir aos meus encantos?

– Ah... convencido.

Ele riu descarado.

Comemos nossos lanches e fomos para seu carro Edward me levou a um píer
onde tentou se aproveitar de mim.

Edward atacava meu pescoço com desejo. Eu já estava ensandecida de desejo


por ele.

Eu estava sentada em seu colo no aperto do carro. Esfregando-me nele sentido


sua ereção. Fazendo com que eu ficasse ainda mais molhada por ele.

– Eu... eu deveria ser difícil.

Ele sorriu em meu pescoço.

– Quer que eu pare?

Desgraçado! Ele sabia que eu não queria isso.

– Não. Eu quero você amor.


– Não fale assim Bella ou vou ter você aqui mesmo.

– E porque não?

Ele me olhou e eu mordi meus lábios antes de lamber sua boca.

– Bella...

Eu olhei para fora e não vi ninguém por perto. Alem disso o carro de Edward
tinha os vidros escuros.

– Shiu... não tem ninguém. Vou cuidar de você amor.

Eu sai de seu colo e desabotoei seu jeans, desci o zíper de sua calça. Peguei
seu membro muito duro e o estimulei mais. Minha mão fazendo um vai e vem
lentamente. Edward apoiou a cabeça no banco e fechou os olhos me
presenteando com pequenos gemidos. Ele me fazia sentir poderosa por deixá-
lo assim.

– O quer que eu faça meu amor? Quer que eu coloque minha boca nele?

Ele assentiu freneticamente.

– Não ouvi você pedir.

– Por favor...

Eu fiz o que ele pediu coloquei minha boca naquele membro pulsante. Lambi
a cabeça de seu pênis. Minha língua deslizou por seu comprimento até que eu
abocanhei seu membro e o levei até onde conseguia dentro de minha boca.

Edward colocou a mão em meu cabelo me acariciando, mas sem fazer


qualquer pressão ele era cavalheiro demais para me forçar a qualquer coisa.

Eu olhava o rosto de prazer de Edward. E isso fazia minha excitação crescer


ainda mais.

– Vem aqui Bella. Senta aqui.

Por sorte eu estava de saia. Eu removi minha calcinha enquanto Edward


colocava o preservativo.

Eu subi em seu colo e seu pênis entrou em mim muito facilmente. Comecei a
cavalgar no pau do meu namorado. Ele me beijava e atacava meus seios após
abrir minha blusa.
– Eu amo você Bella.

– Eu também te amo meu lindo. Muito.

Eu gemia descontrolada. Edward colocou suas mãos em minha bunda me


ajudando a friccionar mais em sua direção.

– Ahnn... Edward...

– Isso linda vem para mim. Goza no meu pau.

Suas palavras fizeram meu orgasmo vir no ato. Em seguida Edward gozou no
preservativo dentro de mim.

Nossa respiração começou a se acalmar e Edward começou a rir.

– O que foi?

Eu perguntei.

– Isso foi realmente um encontro de adolescente. Até transa no carro teve.

Ele disse me beijando novamente. Eu sorri feliz.

Vestimo-nos e fomos para o bordel. Quando chegamos, a casa da colina ainda


estava a todo vapor. O salão estava cheio. Eu queria ir para o quarto com meu
namorado, mas hoje eu precisava ficar um pouco no salão. Edward
compreendeu e disse que me esperaria o tempo que fosse necessário. Emmett
estava no bar ele foi falar com ele.

Eu e Rose conversávamos sobre um carregamento de bebidas que não havia


chegado, quando ouvi um tumulto na porta.

San e Ben falavam com Mike Newton. Eu sabia que ele voltaria.

Emmett e Edward se aproximaram de mim e Rose.

– Algum problema?

– Sim. Aquele homem é Mike Newton ele machucou uma das meninas e eu
proibi sua entrada aqui.
– Se quiser podemos ir falar com ele, amor.

– Acho que não será necessário Edward.

Mas em seguida Mike Newton tentou forçar a entrada e a gritar atraindo a


atenção de todos.

– ISSO É UM ABSURDO, EU SOU UM HOMEM IMPORTANTE.

Eu me dirigi até ele com Rose, Edward e Emmett em meu encalço.

– Qual o problema?

Perguntei a San e Mike me fuzilou com o olhar.

– Este segurança está me dizendo que você proibiu minha entrada aqui. Isto é
verdade?

– Sim. É verdade.

– Você sabe quem eu sou?

– Sei sim. Você é o canalha que acha que pode bater em mulheres.

Ele ficou vermelho.

– Não sei do que está falando.

– Sabe sim só não o denuncio a policia para evitar que a Jessica seja exposta.
Mas aqui você não pisa mais.

– Ela é só uma prostituta. Assim como você.

Eu não tive tempo de responder a seu insulto, pois Edward partiu para cima
dele acertando um soco na cara do desgraçado o fazendo cair no chão. Seu
nariz sangrando.

– Calma Edward.

Eu coloquei minha mão em seu ombro. Ele relaxou ao sentir meu toque.

– Tirem esse escroto daqui.

Edward disse a San e Ben que se encarregaram de levar Mike Newton.


Após o incidente eu e Edward fomos para meu quarto. A noite havia sido
agitada eu cai nos braços do meu amor e dormi imediatamente.

Eu estava enrolada nos braços de Edward quando ouvi alguém bater a minha
porta. Eu levantei imaginando serem as tulipas que Edward me mandava todas
as manhãs, mas o que encontrei foi o rosto preocupado de Rose.

– O que foi Rose?

Eu sussurrei para não acordar Edward.

– Jessica esta lá em baixo com a mala pronta. Ela disse que vai viver com
Mike Newton.

– Ela o que?!

Eu quase gritei. Coloquei meu robe e desci com Rose.

– Como ela falou com ele?

Eu perguntei a Rose.

– Ela disse que ele tinha o número do celular dela. Ele ligou e fez a proposta.

Na sala estava Jessica. Como Rose havia dito com a mala já pronta em sua
frente.

– O que está fazendo Jessica?

– Bella... é... essa é a chance de sair dessa vida.

– Ir viver com aquele homem. Ele bateu em você.

Ela ficou em silencio.

– Sabe que ele vai te colocar em um apartamento e será a prostituta particular


dele. Ele achará que é propriedade dele Jess e quando ele quiser bater em você
será pior que a ultima vez. Por favor, não faça isso.

– Nem todas nós temos a sorte de encontrar um homem que manda tulipas
todas as manhãs, Bella.

– Jessica...
– Adeus Bella. Obrigado por tudo.

Ela saiu e eu fiquei muito decepcionada. Como que uma mulher aceita isso?

– Bella não fique assim, você tentou. Ela terá que arcar com as conseqüências
das suas escolhas. Tem mulher que gosta de sofrer.

Rose disse. Ela tinha razão.

Pov. Edward

Bella e eu estávamos em meu apartamento. Eu preparava o jantar com a ajuda


dela. E ela me contava sua conversa com Jessica esta manhã.

– Anjo você fez o que era possível se ela decidiu por isso não há nada que se
possa fazer.

– Eu sei, mas eu fico preocupada.

Eu me aproximei dela e beijei seu pescoço. Ela se arrepiou. Era incrível como
seu corpo reagia ao meu de imediato.

– Vai ficar aqui esta noite?

– Não sei. Está me convidando Sr. Cullen?

– Sim Srta. Swan, eu estou.

Eu ia atacá-la em um beijo lascivo, mas Gabe entrou na cozinha.

– Bella eu tenho uma coisa pra te mostrar.

– Ah! É Gabe? E o que é?

– É um desenho que eu fiz na escola.

Eu já havia visto e achava que Bella iria amar.

Ele desdobrou o papel e mostrou a ela.

– Sou eu, você e o papai. Nossa família.


Bella ficou seria, mas eu vi em seu rosto a emoção a tomando.

– Não gostou Bella?

Ela sorriu e abraçou Gabe.

– Eu amei querido. Nunca vi um desenho mais lindo que este em toda a minha
vida.

Ele sorriu.

– Que bom. Eu vou fazer outro igual pra você levar para sua casa.

Gabe disse e saiu correndo.

– Não corre filho!

Eu gritei, mas não adiantava muito.

– Edward, seu filho é tão especial. Eu o amo tanto e amo também você, meu
amor.

Eu a abracei. Eu havia encontrado a mulher da minha vida.

Capítulo17 Vingança: Confie no meu amor

Pov. Edward

Bella ficou comigo esta noite em meu apartamento, mas era melhor que não
tivesse ficado. Eram 2hs da manhã quando começou.

A dor, novamente acompanhado de vômitos. Eu fiz de tudo para que Bella


não notasse minha ausência na cama. Sai e fui para o banheiro do quarto de
hospedes.

Eu quase me esquecia de minha doença quando estava com ela. Com meu
filho. Com minha família.

Eu estava me sentindo muito mal. Suava frio. Tontura, dor de cabeça e


vômitos. Por isso fiquei sentado ao lado da privada. Eu estava de olhos
fechados quando senti o toque de Bella em meu rosto.
Eu abri os olhos e a encontrei tentando esboçar um sorriso, mas eu via seu
rosto preocupado.

– Oi amor. Volte para cama. Eu já vou melhorar.

Falei com a voz rouca tentado acalmá-la.

– Deixe-me cuidar de você Edward.

Eu tentei sorrir.

– O que está sentido?

– Estou tonto. Nauseado e com de cabeça.

Ela colocou sua mão em minha testa.

– Você está quente e todo suado. Vem, eu te ajudo a ir até seu quarto.

Bella me apoiou e devagar fomos até meu quarto. Ela me levou para o
banheiro do meu quarto.

– Acho que seria bom tomar um banho. Vai se sentir melhor.

Eu assenti. Bella começou a tirar minha roupa. Eu entrei no Box e Bella


também tirou suas roupas ficando de calcinha e sutiã. Ela entrou comigo
ligando o chuveiro. Eu encostei-me à parede de olhos fechados enquanto ela
me lavava. Não era nada sensual. Era cuidadoso. Era amoroso.

– Não foi assim que eu sonhei nosso primeiro banho juntos.

Eu disse a espiando por entre meus olhos semicerrados. Ela sorriu.

– Bom. Quando você estiver melhor eu vou cobrá-lo por outro tipo de banho. -
ela disse e eu sorri – Está se sentindo melhor?

– Sim.

– Precisa tomar algum remédio?

– Sim. Eu tomei antes, mas...

– Eu sei. Você vomitou. Acho que precisa se hidratar. Beber bastante líquido.

Era tocante sua dedicação comigo. Seu amor. Eu era um homem de sorte.
Bella me fez deitar e fez um chá. Tomei meus remédios. E em seguida
adormeci.

Pela manha eu acordei sob os olhos atentos de minha namorada.

– Bom dia anjo.

Eu disse a ela.

– Bom dia Edward. Está se sentindo bem?

– Estou ótimo amor. Eu preciso tomar um banho e um café e estarei pronto


para mais um dia.

– Vai trabalhar hoje?

– Claro amor.

– Edward não é melhor ficar em casa...

– Bella... eu já estou bem. Isso que aconteceu ontem eu já acostumei. Não


queria que tivesse visto.

– Edward eu te amo. E amor é cuidado também.

Eu sorri. Era a oportunidade perfeita.

– É sim Bella. Amor é cuidado. Por isso quero que pegue aquela sacola que
esta ali na poltrona.

Ela franziu as sobrancelhas, mas fez o que eu pedi trazendo a sacola até mim.

– É um presente para você.

Ela fez uma cara feia.

– Edward... não precisava. Eu não gosto de presentes.

– Ah!... saiba Srta. Swan se quer realmente namorar comigo terá que se
acostumar. Eu dou presentes todo o tempo. Vamos lá. Abra.

Ela olhou dentro da sacola e arfou.

– Edward tem dois embrulhos aqui.


– Ops... esqueci. São dois presentes.

Ela balançou a cabeça, mas sorriu.

– Abre primeiro o menor.

Eu sabia que ela ia surtar com este e amaria o outro então seria melhor lidar
com sua raiva primeiro.

Ela abriu o embrulho e arfou.

– Você está louco Edward isso... isso é...

– É sim Bella. É um par de brincos de diamantes.

– Eu não posso aceitar isso.

Eu fechei a cara.

– Vai me fazer querer brigar com você?

Ela abaixou a cabeça.

– Eu não mereço isso Edward.

– Não fale isso Bella. É claro que merece. Abra o outro este você vai amar.

Ela pegou o embrulho que era bem maior e mais pesado ao abrir seus olhos
brilharam.

– Eu não acredito Edward!

Eu fiquei extasiado com seu sorriso.

Ela pulou em meus braços me beijando alucinada.

– Obrigado! Obrigado!Obrigado! Pelos brincos também ele são lindos.

– Eu sabia que ia amar. Então quais serão suas primeiras fotos. Senhora
fotografa.

Ela riu. E voltou a olhar para a máquina profissional de fotos.

– Eu nem sei usar isso.

– Você aprende amor. Podemos fazer um curso. O que acha?


– Eu acho que sou a mulher mais sortuda da face da terra.

Ela riu e se jogou em cima de mim me beijando. Fazendo meu coração já


apaixonado ainda mais louco por ela.

Namorar Bella era maravilhoso. Eu sentia que fomos feitos para ficarmos
juntos. Pra sempre se dependesse de mim.

Ela amava Gabriel. Ele a amava. Nós nos amávamos. Minha família a amava.
Só faltava uma coisa para ficar completa a minha felicidade. Minha avó amar
Bella também.

Ela me ligou aquela manhã, enquanto Bella tomava banho, para combinarmos
de eu apresentar minha namorada a ela.

– Oi querido.

– Oi vó.

– Você vem à fazenda hoje?

– Acho que não vó eu tenho muitas reuniões ao longo do dia.

– E a noite querido? Estou com saudades dos nossos jantares. De ficarmos


conversando até tarde da noite.

– Não vai dar vó. Hoje eu vou ficar com a Bella. Lá na casa da colina.

– Ah... que pena, mas... que horas você costuma ir lá?

– Por volta da 22hs. Por quê?

– Nada. Só estava fazendo o calculo se dava pra você vir aqui antes, mas fica
apertado.

– É fica sim.

– E por falar nela como está sua namorada?

– Ela está bem. Está no banho neste momento.

– Aí no seu apartamento?

Ela perguntou espantada.


– Claro Liz.

– Ah... eu não achei que ela... fosse ai.

– Por que não? Ela é minha namorada.

– Ah! Claro... é coisa de velha. Não me acostumo com essas modernidades.

– Velha você? Você é linda. Dá de 10 em muita mulher ainda.

– Edward só você meu querido para animar meu dia. Eu queria combinar
com você de você trazer sua namorada para que eu a conheça. Que tal
amanha ao meio-dia? Peço a cozinheira para caprichar.

Ela disse animada.

– Eu tenho que ver com Bella. Eu te ligo dando a resposta.

– Ok querido. Beijos para você e o Gabe e lembranças para a... sua


namorada.

– Tchau vó.

Eu mal desliguei e Bella saiu do banheiro já pronta.

Eu fui até ela a abraçando e cheirando seu pescoço. Um cheiro bom. Sua pele
aquecida pelo banho.

– Bem que você poderia ter saído enrolada na toalha. Isso iria fazer meu dia
melhor

Ela gargalhou.

– Minha avó acabou de ligar nos convidando para almoçarmos lá amanhã. O


que acha?

Senti seu corpo tenso.

– O que foi anjo?

– Nada. É só que... é uma grande coisa conhecer sua avó.

– É só uma senhora de meia idade. Não o lobo mal.

Eu ri, mas Bella ficou seria.

– Não se preocupe amor. Vocês vão se dar muito bem. Posso marcar então?
– Pode.

Pov. Bella

Em frente a meu espelho no meu quarto eu olhava e não enxergava nada.


Seria amanhã. Eu ficaria frente a frente com Elizabeth Mansen. A pessoa
responsável pela morte de meu pai. A responsável pela destruição de mina
família, por ganância.

Como seria encontrá-la? Eu conseguiria me controlar sem dizer quem eu


realmente era? Por que está possibilidade estava fora de cogitação sem antes
eu conversar com Edward.

E se ela me reconhecesse? Pelo meu sobrenome ela iria me identificar, mas


duvido que ela fale algo na frente de Edward. Ela também tinha a perder se eu
falasse o que sabia sobre ela. Eu não tinha provas, mas poderia sim prejudicá-
la em relação a Edward. O jeito era arriscar. Eu não deixaria de ir neste
almoço e conhecer pessoalmente essa mulher.

Cada vez mais eu me convencia de que iria descobrir muitas coisas sobre ela.
E ai sim. Com algumas provas eu poderia contar tudo a Edward.

Eu desci para o salão do bordel que estava cheio novamente e vi Emmett


sozinho em uma mesa. Edward deveria estar chegando.

– Oi Emmett.

Eu o cumprimentei, mas percebi que ele estava triste.

Ele só assentiu de cabeça.

– O que foi que houve?

– Por que não me contou Bella? Fiquei fazendo papel de idiota este tempo
todo. Deve ter sido engraçado o trouxa aqui de quatro por uma mulher que
gosta da mesma fruta que eu.
– Emmett....

– Eu sou um imbecil mesmo. Eu nunca gostei de ninguém de verdade.


Quando eu gosto, eu me apaixono por uma lésbica.

– Emmett não é bem assim como você está pensando.

– Você podia ter me contado Bella.

– Desculpe meu amigo. Isso só Rose poderia te falar. Como ficou sabendo.

– Eu fui um imbecil. Declarei-me para ela que me disse com todas as letras
que não podia ficar comigo, pois era lésbica. E eu achando que ela estava
sentindo algo por mim. Burro! Idiota! Estúpido!

– Emmett, por favor, não fale assim.

– O que eu faço Bella? Sou gamado naquela loira.

– Olha, eu não devia te falar, mas vou te ajudar. Se contar a alguém sobre isso
principalmente para Rose eu juro que te mato.

Ele me olhou em expectativa.

– Por favor, Bella me ajude?

– Emmett a Rose se diz lésbica, mas não é a verdade. Ela só foge de contato
com homens. Ela tem um trauma de homens e isso só ela poderá te contar.
Mas eu sei que ela gosta um pouco de você então não desista. Só mude um
pouco a tática até conquistá-la. Seja mais difícil. Suma um tempo a faça sentir
sua falta.

Emmett como o garotão que era já começou a esboçar um sorriso contagiante.

Eu queria muito que eles se entendessem. Rose merecia ser feliz.

– Aja com calma e paciência. O trauma que Rose sofreu é bem grande então
tenha calma.

Eu não precisei dizer nada, mas acho que Emmett pegou no ar que havia
acontecido a Rose.

O bordel estava a todo vapor. Após conversar com alguns clientes e verificar
se tudo estava correndo bem me lembrei que havia deixado em meu quarto o
número do telefone de um fornecedor que eu precisava que Rose ligasse cedo
pela manhã.
Eu estava entrando em meu quarto já estava fechando a porta quando uma
mão masculina me impediu. Ele foi entrando sem que eu pudesse reagir.

Entrou e se voltou para mim parado no meio do quarto com seu sorriso cínico.

– Então é aqui que a dona do bordel passa suas noites. Belo quarto.

Eu finalmente me recuperei do choque e o encarei. Eu estava furiosa com sua


invasão a meu quarto.

– O que quer aqui em meu quarto, senhor prefeito?

Ele sorriu malicioso.

– Será que nunca vai me chamar de James, doçura?

Eu ignorei o que ele disse.

– Acho melhor se retirar senhor prefeito - eu reforcei como eu o chamava -


daqui a pouco meu namorado vai chegar e não vai gostar de vê-lo aqui.

– Você se refere a Edward Cullen?

– Sim, ele mesmo.

Ele gargalhou ironicamente.

– Acha mesmo que um homem como Edward Cullen iria namorar uma mulher
como você? Não me entenda mal. É uma mulher muito bonita, mas não faz o
tipo do Cullen.

Ignorei novamente a vontade que eu tinha de socar a cara daquele desgraçado.

– Por favor, se retire.

Eu disse já perdendo a paciência.

Ele chegou próximo a mim e eu dei um passo para traz .

– Calma doçura.

– Pare de me chamar assim.

Eu disse ainda recuando e ele se aproximando ainda mais.


– Relaxe doçura, nós podemos nos divertir muito.

Ele disse ao mesmo tempo em que agarrou meu braço puxando meu corpo
para o dele ficando com seu rosto a centímetros do meu.

– Me largue!

Eu tentei me soltar, mas ele apenas sorriu.

– Estou atrapalhando?

A vós de Edward chegou até mim. E ao olhar eu vi o rosto do meu namorado


que olhava a cena furioso.

Finalmente James me soltou e me afastei dele. Edward continuava nos


encarando e eu não sabia o que dizer a ele. Minha vontade era falar o famoso
clichê “não é nada disso que está pensando”, mas eu apenas me calei e esperei
pela sua reação.

– Não atrapalha em nada Cullen, eu estava apenas admirando o belo – ele me


olhou de cima abaixo - quarto de Bella. Até mais doçura.

Ele passou por Edward e saiu do quarto.

– Edward...

– Você pode me explicar o que James fazia no seu quarto?

Ele perguntou calmo, mas dava par perceber sua tensão.

– Eu não sei o que ele queria eu estava entrando e quando eu iria fechar ele
apareceu do nada e entrou.

Eu estava me sentindo uma criminosa dando explicações. Eu não havia feito


nada.

– E porque não o expulsou do seu quarto?

– Eu estava justamente fazendo isso quando você chegou.

– Não foi o que pareceu.

Eu comecei a perder a paciência com o tom acusatório dele.

– E o que foi que pareceu?


– Pareciam íntimos. Ele até te chamou de doçura.

Ele disse irônico.

– Não estou gostando do jeito que está falando comigo Edward. E quanto a ele
me chamar desta forma. Ele é um idiota e já pedi para que não me chame
assim.

– O que quer que eu pense Bella? Entro no seu quarto e a encontro quase nos
braços de outro homem.

Ele disse furioso.

– Eu não estava nos braços dele. Ele tentou... ele que agarrou meu braço.

– Por que não chamou San ou Ben? O expulse daqui.

– Edward não deu tempo de fazer isso. E eu não posso expulsa-lo daqui. Ele é
o prefeito sabe que ele pode fechar o bordel quando quiser.

– Olha Bella eu estou muito irritado é melhor eu ir embora.

– Você está desconfiando de mim Edward?

Ele não respondeu e seu silêncio doeu.

Eu o encarei.

– É melhor que você vá mesmo Edward. Se não confia em mim não sei o que
ainda está fazendo aqui.

Eu me virei de costas para ele. Não iria conseguir vê-lo sair.

Eu ouvi seus passos em direção a porta.

– Nem toda mulher ira traí-lo Edward.

Eu disse e após isso ouvi o barulho da porta se fechando.

Meu coração parou por um momento e o nó na minha garganta estava difícil


de engolir. As lágrimas desciam pelo meu rosto. Seria o fim do meu sonho de
ser feliz com Edward?

Pov. Edward.
Eu saí do quarto de Bella com a intenção de somente parar quando estivesse
dentro do meu carro.

Eu estava furioso. Com ciúmes. Magoado. Inseguro.

O que Ângela fez deixou marcas profundas. Eu não conseguia confiar


plenamente. Não nela. Em Bella, mas em mim mesmo.

Será que eu não era homem o suficiente para segurar uma mulher?

Porque James estava em seu quarto?

Eles haviam tido algo? Ainda tinham?

Não. Bella não faria isso. Eu precisava me acalmar. Pensar com mais calma.
Por isso parei no bar onde Rose e Emmett estavam.

– Rose eu preciso de uma dose de uísque.

Eu não devia beber, por conta dos remédios, mas agora eu não conseguia
pensar nisso.

Emmett e Rose perceberam meu semblante carregado e não comentaram nada.

Foi então que vi James sorrindo ironicamente para mim. Foi o que bastou para
eu ir à sua direção.

– Quero saber por que estava no quarto da minha namorada?

Ele continuou sorrindo. Se ele não parasse logo eu arrancaria este sorriso da
cara dele.

– Ela não te disse?

– Estou perguntando a você?

– Ora Cullen, não se estresse tanto. Não tenho culpa se não consegue segurar à
namorada.

É eu iria tirar seu sorriso do rosto. No próximo momento meu punho direito
acertou a cara do imbecil.
Então tudo virou uma confusão. Eu o acertei e ele revidou também acertando
meu rosto próximo ao meu olho. Não vou dizer que não doeu por que doeu
pra porra. Mas eu fiz um serviço melhor no rosto de James.

Senti meu corpo sendo segurado por Emmett. Ao mesmo tempo em que San
segurava James.

– Que isso Edward? Já passou da fase de brigar em publico.

Emmett disse, mas eu estava descontrolado de ciúmes. Eu queria quebrar a


cara do homem que ousou encostar em Bella.

– Me larga Emmett! Vou acabar com este imbecil.

– Para com isso Edward.

– Fique longe de Bella James, ou eu não respondo por mim.

– Isso não vai ficar assim Cullen, você vai pagar caro eu sou o prefeito desta
cidade.

– Você é um merda isso é o que você é.

San e Ben levaram James para fora. E Emmett pode finalmente me soltar.

– O que deu em você Edward? Está fora de si.

– Me deixa Emmett.

Sai em direção à saída chegando até meu carro. Encostei-me em meu carro
tentando acalmar a respiração. A adrenalina ainda pulsava em meu corpo.
Fechei meus olhos. Mas me senti sendo observado. E ao abrir os olhos
encontrei um mar cor chocolate me olhando. Bella. Ela estava no andar de
cima na janela do seu quarto.

Nossos olhos ficaram presos um ao outro. Ela parecia triste. Comecei a


repassar tudo o que vivemos até este momento. Eu deixaria tudo isso de lado
por conta de o que agora mais calmo me parecia um mal entendido?

Não. Eu não deixaria isso. Eu não a deixaria nunca. Eu a amava.

Meu corpo foi atraído para ela como sempre era e eu me vi correndo para
encontrá-la.
Subi as escadas correndo e cheguei a seu quarto. A encontrando parada no
meio do quarto. Eu vi em seu rosto vestígios de lágrimas e me senti muito mal
por ser o responsável por elas.

– Bella...

As lágrimas agora escoriam por seu rosto.

Fomos em direção um ao outro e nos abraçamos forte. A sensação da saudade


nos sufocando.

– Desculpe Bella. Desculpe amor. Perdoa-me.

– Achei que ia me deixar Edward.

Ela disse chorando. Eu a olhei e acariciei seu rosto a olhando em seus


incríveis olhos.

– Nunca meu amor. Eu te amo.

– Eu te amo Edward.

Então o beijo que trocamos foi a prova das palavras que falamos um ao outro.

Capítulo 18 Vingança: Encontro Explosivo

Pov. Elizabeth

Atenda ao telefone seu imbecil. Minha mente furiosa falava.

– Alô.

– Sabe? Eu não sei por que peço a você para fazer as coisas por mim? Nunca
faz nada direito.

– Do que está falando Elizabeth?

– Do que nos havíamos combinado James. Era para Edward e a rameira


estarem separados, mas ao contrario estão vindo almoçar em minha casa neste
momento. Eu terei que suportar a presença desta puta em minha casa.
– Elizabeth... as coisas não saíram bem como o planejado...

– Ah é gênio? Conte-me uma novidade.

– Edward chegou mais cedo que eu esperava... e depois ele veio tirar
satisfação, mas não consegui convencê-lo e nos envolvemos numa briga... e

– Espera ai! Você encostou no Edward? Você não é louco de ter agredido meu
Edward, James. Eu acabo com você.

– Foi ele quem começou eu só me defendi.

– Agora além de tudo meu Edward briga por uma puta em público. É demais
para mim. Eu não mereço.

– Calma Elizabeth.

– Calma?! Você vem me falar de calma seu idiota estúpido.

– Veja como fala comigo “Liz”, não esqueça que eu sei do seu grande
segredo.

– Não tente me ameaçar James. Não se esqueça que eu também sei dos seus
segredos. Peculato*, concussão**, corrupção ativa*** te dizem algo? Com
certeza se eu tornar isto público você perde seu maravilhoso cargo de prefeito
desta cidade. Cargo esse que conseguiu com minha ajuda.

– Elizabeth se acalme, sim.

– Eu quero aquela mulher fora da vida do Edward!

– Você já colocou uma para correr e esta você também vai. Você tem nas
mãos algo que com certeza os fará se separarem e não voltar.

– Do que está falando James?

– Só que terá que pegar pesado desta vez.

– Para ver esta mulher longe, estou disposta a tudo. O que tem em mente
James?

– Tudo se resume a uma única coisa. Que Edward jamais trocaria por mulher
nenhuma. Por nada no mundo.

A imagem começou a se formar em minha mente e eu sorri.


– Gabriel.

– Bingo.

Pov. Bella

Eu estava deitada no peito de Edward e ele alisava minhas costas com seus
dedos. Já havia amanhecido. Hoje iríamos almoçar com sua avó. Elizabeth
Mansen.

O episódio de ontem estava praticamente esquecido. Eu digo praticamente


porque a reação de Edward ontem me fez pensar.

Ele ainda não confiava totalmente em mim. Como eu iria contar toda a
verdade a ele se ele não confiava em mim como confiava na avó? Eu não
podia. Não agora. Precisava de mais tempo para que pudesse mostrar Edward
quem era sua avó na verdade.

– Está acordada amor?

Edward perguntou.

– Estou. Você não vai trabalhar?

– Não. Vou ficar aqui com você. O dia todo na cama.

– Seria ótimo, mas não está esquecendo-se de nada?

Ele franziu a sobrancelhas pensando.

– O almoço com sua avó.

– Ah, eu tinha me esquecido. Bom então vou ficar aqui com você até a hora
do almoço. Pode ficar comigo aqui?

– Nada me faria sair desta cama sabendo que você está aqui. Como está seu
olho?

– Um pouco dolorido.
Edward havia me contado de sua briga com James. Eu havia colocado gelo em
seu olho, mas iria fica roxo.

– Vou ligar para minha mãe para saber como o Gabe está.

Edward ligou e falou com o filho. Ficamos a manhã toda na cama.


Namoramos. Conversamos. Mas eu sentia que ele estava tenso. Devia ser a
respeito de ontem.

– Bella... eu... eu queria falar sobre ontem.

– Edward vamos esquecer que aquilo aconteceu.

– Não posso esquecer Bella. Eu duvidei de você. Não sei como pôde me
perdoar.

– Tudo bem amor. Sério, eu não estou chateada.

– Mas eu estou Bella. Eu fiquei cego de ciúmes. Como você disse a traição de
Ângela parece que me fez mais mal que eu havia pensado. Fico inseguro.

– Vamos esquecer isso, sim? Vou me arrumar para irmos à casa de sua avó.

Eu disse me levantado.

– Por um lado foi bom ser hoje esse almoço. Vou dizer a ela que quero
distância de James.

– Por que diz isso?

– James e minha avó são amigos e tem negócios em comum então eu acabo
encontrado muito com ele, mas após ontem não quero ver a cara dele. E
espero que você o proíba de vir aqui.

– Edward já falamos sobre isso. Eu não posso proibir ele de vir aqui. Ele vai
fechar a casa em retaliação.

– Bella, acha mesmo que ele vai arrumar confusão como todos os homens da
cidade fechando o bordel?

– É talvez você tenha razão. Vou proibir se te deixa mais tranqüilo.

Seu sorriso foi de arrancar suspiros. Ele me puxou para seus braços me
beijando de forma que devia ser proibida e começou a passar suas mãos em
meu corpo insinuando o que queria.
– Edward eu tenho... eu tenho que me arrumar. Vamos nos atrasar...

Ele desistiu de suas intenções.

Eu pulei da cama. E fui tomar meu banho.

No chuveiro as palavras de Edward voltaram a minha mente. A avó dele era


amiga de James. A sensação de que o que ocorreu aqui ontem foi armação
dela se tornou forte no meu pensamento.

Eu estava pronta para conhecer a avó de Edward. Eu achei que ficaria


nervosa, mas não. Uma força não sei de onde me tomou para enfrentar a
mulher que destruiu minha família. Talvez fosse minha mãe me ajudando de
onde quer que ela esteja.

Eu não estava seguindo o plano de vingança como ela sempre havia me


pedido, mas se eu pudesse infernizar a vida de Elizabeth isso já seria uma
vingança.

Eu e Edward estávamos em seu volvo indo a fazenda Mansen. No caminho


Edward ligou para a avó.

– Liz, estamos quase chegando.

Ele escutou o que ela disse e fez uma cara engraçada.

– Como nós quem vó? Eu e Bella. Esqueceu do almoço?

Eu olhei e entendi de cara. Se minhas suspeitas estavam corretas ela achava


que seu plano havia dado certo. Sorri em satisfação por ela estar errada.

Edward desligou e segurou minha mão.

Eu fiquei olhando a paisagem linda que passava em meus olhos. Até chegar a
imensa e imponente fazenda Mansen.

Edward estacionou diante de uma casa realmente muito bonita. Na varanda se


encontrava uma mulher loira elegantemente vestida. Elizabeth Masen.

Edward desceu e deu a volta abrindo minha porta. Cavalheiro como sempre. E
eu fiz questão de chegar causando dando um delicioso beijo no meu
namorado. Ao olhar para a varanda a mulher me fuzilava com seu olhar
gélido. Edward alheio ao que se passava pegou minha mão e me puxou em
direção a casa.

– Oi vó.

Ele soltou minha mão e foi beijá-la no rosto. Ela abriu um imenso sorriso para
ele.

– Oi querido, o que aconteceu no seu rosto?

Ela disse alisando a mancha roxa perto dos olhos de Edward.

– Nada de mais vó, depois conversamos sobre isso. Vó, eu quero te apresentar
minha namorada. Isabella Swan.

Parecia que o tempo havia congelado. Tanto eu quanto Elizabeth não nos
movíamos. Ela com certeza fazia a conexão do meu sobrenome. Ela sabia
quem eu era.

– Bella esta é minha avó Elizabeth.

Edward disse.

– Como vai Sra. Mansen.

Eu disse firme. Segura. Esta mulher não ia me amedrontar.

– Muito bem Isabella. É um prazer conhecê-la.

– Para mim também Sra. Mansen.

– Bom. Vamos entrar. O almoço está quase pronto.

Entramos na imponente casa. E nos sentamos na grandiosa sala.

– Tinha esquecido que viríamos aqui hoje?

– Na verdade não meu querido sabe tenho tantas coisas na cabeça.

– Eu sei sim vó. E o vovô como está?

– Não está muito bem hoje. Acho que ele não almoçará conosco. Seremos
somente nós. Não se importa não é mesmo, Bella?

– Claro que não me importo Sra. Mansen.

– Por favor, Bella me chame de Elizabeth ou Liz.


– Desculpe Sra. Mansem, mas prefiro manter as formalidades.

Ela e Edward me olharam abismados.

Bingo.

Era isso mesmo que eu queria.

– Claro, sem problemas.

Ela disse visivelmente constrangida. Ela e Edward começaram uma conversa


sobre trabalho e eu fiquei observando a mulher que por anos minha mãe me
fez odiar.

Ela era uma senhora de 60 anos ou mais. Mas ainda muito bonita. Elegante,
refinada. Tudo o que uma mulher de alta sociedade seria. Estava um pouco
diferente das fotos que eu tinha na pasta que o detetive havia me mandado.

Seu olhar era como eu imaginava. Frio.

Eu não fazia questão de ser simpática. Eu era educada.

Edward percebeu que eu estava diferente.

– Como está sua saúde querido. Tem sentido dores?

Elizabeth perguntou a Edward.

– Está tudo bem vó. Anteontem eu tive uma crise, mas Bella me ajudou. Hoje
estou melhor.

– Que bom que estava com ele Bella. Eu fico tão preocupada com ele naquele
apartamento sozinho. Já disse para ele vir morar aqui. Mas ele não me escuta.

Edward sorriu constrangido.

– Vó...

Era a vez de começar a derrubar Elizabeth.

– Eu vou ajudar Edward no que posso Sra. Mansen. Mas na verdade estou
convencendo Edward a contar a família sobre sua doença. Não é justo que eles
não saibam. Assim também ele não ficará sozinho.
Tive o prazer de ver a face de Elizabeth ficar vermelha. Ela estava furiosa era
visível, mas é claro que na frente de Edward ela manteria a face controlada.
Vamos ver até quando.

– Eu não acho que esta seja uma boa ideia.

Ela disse calmamente.

– E porque não?

Edward assistia quieto nosso dialogo.

– Não há nada que se possa fazer até a cirurgia. Para que provocar sofrimentos
desnecessários? Esme, minha filha, é muito emotiva. Não há porque
preocupá-la desta forma.

– Acho que a senhora está enganada Sra. Mansen. Esme é uma pessoa muito
forte. Uma mulher maravilhosa. E tenho certeza que ela prefere saber o que
está acontecendo com o filho. Até para poder passar mais tempo com ele. A
senhora é mãe deve saber como é.

– Disse bem Bella. Eu sou mãe ao contrario de você. Então eu sei o que é
melhor para minha filha. Você está na família a pouco, não conhece a todos
como eu conheço.

Era uma batalha que travávamos. Nenhuma de nós queria perder.

– Eu conheço muito bem as pessoas Sra. Mansen. E acredito que a senhora


está enganada.

– Vocês estão conversando ou discutindo?

Edward interveio.

– Estamos apenas conversando querido. - Elizabeth amenizou - É bom saber


que sua namorada é uma pessoa com opiniões próprias.

Eu sorri cinicamente para ela.

E ela para mim.

O celular de Edward tocou e ele pediu licença a nós duas para atender. Agora
estávamos a sós. Era hora da verdade.

– Você me parece ser uma mulher inteligente Bella.


– Agradeço pelo elogio Sra. Mansen, mas não é necessário, pode dizer o que
tem a dizer sem perder tempo com enrolação.

Ela sorriu.

– Realmente é uma mulher inteligente. Então contando com sua inteligência


vou lhe avisar que é melhor que se afaste de meu neto.

E aí estava a verdadeira Elizabeth Mansen.

– Por que eu faria isso? Ele me ama. Eu o amo. Estamos felizes. É o que
importa.

– Você não me conhece o suficiente e acho bom não brincar comigo garota.
Eu a quero longe de Edward.

– Engana-se novamente Sra. Mansen eu a conheço bem. E vou lhe avisar uma
coisa o mundo não gira ao redor do que queremos. Estou pouco me lixando
sobre o que você quer.

– Edward sabe que você já morou aqui? Que era filha de Charlie Swan que
vendeu suas terras a mim?

Apesar de meu nervosismo por ela tocar no assunto eu não demonstrei a ela.
Eu estava certa. Ela sabia quem eu era, mas não sabia o motivo que me trouxe
de volta a Raymond.

– E ele sabe que foi a senhora que mandou colocar fogo em minha casa
causando assim a morte do meu pai?

Se ela queria jogar, iríamos jogar.

– Não sei do que está falando menina.

Ela ficou tensa.

– Não sabe? Tem certeza?

Fomos interrompidas pela chegada de Edward e pela primeira vez fiquei com
medo que ela falasse algo a Edward.

– Então com estão as coisas? Está gostando da minha namorada vó?

– Claro querido ela é um encanto.

Mas eu estava certa. Ela não falaria nada.


– Gostaria de conhecer seu avô Edward.

Eu disse a ele.

– Infelizmente não será possível querida. Ele está dormindo. Os


medicamentos o fazem sonolento.

Elizabeth disse.

Logo o almoço foi servido. Eu não queria admitir, mas ela havia mandado
caprichar. O almoço estava delicioso.

Quando já estava comendo me dei conta de algo. Ela não mandaria envenenar
a comida?

Quase ri do meu pensamento. Ela e Edward estavam comendo da mesma


comida.

– Logo após o almoço vou ter que voltar a cidade. Preciso estar no trabalho
até as 14hs. -Edward falou – Mas outro dia quero trazê-la para conhecer
melhor a fazenda tem lugares incríveis.

Eu sorri para ele. Tão inocente do que se passava entre eu e sua avó.

– Claro querido! Traga ela aqui para ficar o dia todo.

Falsa. Acho que minha dose de falsidade já estava no fim.

– Acho melhor irmos embora então Edward.

Eu já não estava conseguindo fingir a vontade de ir embora deste lugar.

Na varanda nos despedíamos de Elizabeth.

– Volte sempre Bella minha casa está aberta para você.

Ela disse me dando um abraço. Meu corpo se endureceu. Não queria esta
mulher me tocando. Ela sussurrou em meu ouvido.

– Já a avisei. Se afaste dele ou se arrependerá.

– Eu não tenho medo de você e vou provar para Edward quem você é na
verdade.

Edward estava próximo a nós, mas não o suficiente para ouvir o que
sussurrávamos.
– Agradeço pelo almoço Sra. Mansen, estava maravilhoso.

Ela sorriu falsamente para mim.

Eu e Edward fomos para o carro saindo em seguida da fazenda Mansen.

Eu suspirei audivelmente atraindo a atenção de Edward.

– E então? Como foi? Ela não é tão difícil.

Eu fiquei em silencio. Não sabia o que responder. Não queria outra mentira
entre nós.

– Você não gostou dela não foi?

– Edward...

– Pode falar a verdade Bella, está escrito na sua cara.

– Desculpe Edward.

– Eu já estou acostumado com essa reação a minha avó.

– E você não acha estranha essa reação das pessoas? Não acha que há algo
errado com ela? Já que todos não gostam dela.

– Não são todos Bella. Depois que você a conhecer melhor vai gostar dela.

– Mas por que sua família que já a conhece não consegue conviver com ela?

– Bella, ela é uma mulher difícil. Eu admito. Mas sempre esteve do meu lado.
Apoiando-me. Erguendo-me quando cai. Com minha família é complicado.
Ela foi contra o casamento dos meus pais. Minha mãe tem magoa dela e meu
pai... bom... meu pai eu não sei o porque do ódio que ele tem por ela. Não
pode ser só por que ela foi contra o casamento dele. Já desisti de entender.

– Eu sei que ama sua avó Edward, mas ela não me passa uma boa sensação.

– Com o tempo pode vir a gostar dela, mas se isso não acontecer, não
atrapalhará nosso namoro. Não precisará conviver com ela.

Ele estava terrivelmente enganado. Aquela mulher em nossa vida iria minar
nosso relacionamento.

Eu precisava mostrar a ele quem era realmente Elizabeth Mansen.


**

– Mas é claro que ela armou para você, Bella.

Alice dizia. Ela havia vindo visitar eu e Rose.

– Desculpe Bella. Eu não vi James subir atrás de você.

Rose se desculpou.

– Que isso Rose. Não foi sua culpa.

– Você disse que tentou abrir os olhos de Edward sobre a avó. E ele?

Eu suspirei.

– Ele confia cegamente nela. Ele não percebe que se têm tantas pessoas que
não gostam dela há algo errado.

– Por falar nisso – Alice disse - Eu meio que sem querer escutei uma conversa
de Carlisle ao telefone com Elizabeth. Caraca! Ele a odeia.

– Deu pra entender alguma coisa do que eles falavam?

Rose perguntou curiosa.

– Não muita coisa. Ele disse para que ela o deixasse em paz e que não se
metesse na vida de sua família. Ah, e ele ficou puto da vida quando ela, eu
acho que mencionou algo contra Esme. Ele disse que ela não merecia a filha
que tinha. E que ela não falasse mais daquela forma de Esme. Nunca o vi
assim. Ele é sempre tão calmo e sereno.

– Nossa!

Rose falou.

– Eu não sei, mas acho que tem muitos segredos nessa família.

Neste memento meu celular começou a tocar. Ao olhar o visor vi que era o
detetive. Ele devia ter descoberto coisas a respeito de Edward.

– Quem é Bella?

Alice perguntou.
– É o detetive.

– Boa tarde, John.

– Boa tarde, Bella. Tenho algumas informações para você.

– Ótimo John, pode falar.

– Ângela Sanders não traiu Edward Cullen. Foi uma armação.

– Eu sabia. Conte-me

– Eu fiz algumas pesquisas com alguns parentes de Ângela e descobri quem


era o sujeito com que ela teria tido um caso enquanto namorava Edward
Cullen. A família me falou que ele era um colega dela. Trabalhavam juntos,
mas não eram amigos. O nome dele é Erik Prulok. Bom. Com o nome não foi
difícil achá-lo. Ele está vivendo em Atlanta. Lá eu o encontrei trabalhando em
um bar. Bom foi só pagar uma bebida a ele em seu tempo de folga e ele falou
tudo. Tipos como ele, com um pouco de álcool no sangue, falam até a senha
do banco.

Ele disse que foi procurado pelo prefeito da cidade e pela Sra. Mansen que
deram a ele uma boa quantia para que ele se aproximasse mais de Ângela
oferecendo sua amizade. A partir daí foi fácil arrumar um falso flagrante.

– Ele deve ter dopado ela.

– Sim, foi isso mesmo.

– Ele está disposto a falar a verdade para Edward?

– Essa é a má notícia. Ele disse que não quer saber de chegar perto da Sra.
Mansen ou o prefeito. Ele disse que quem o procurar ele conta a verdade,
mas não virá atrás de confusão. Ele se mostra arrependido pelo que fez, mas
não o suficiente para enfrentar gente poderosa.

– E sobre Ângela? Sabe onde ela está?

– Sim. Está bem próxima de Raymond. Está vivendo em Bolton eu tentei falar
com ela, mas ela recusou. Acho que isso não é papel para um homem.

– Claro, eu mesma irei falar com ela.

– É acho que seria mais apropriado. Ela trabalha numa escola de educação
infantil. Nestes anos que passou ela estudou e se formou professora. Mando-
te o endereço.
– Certo. E John? E sobre a adoção de Edward?

– Bom. É realmente um mistério Bella. Não há qualquer registro do


nascimento dele a não ser o feito pelo Sr. Cullen. Pelo que pude apurar
Carlisle trouxe Edward do hospital em Boston, mas lá eu não encontrei nada.
Nenhuma passagem de Edward ou mesmo do Sr. Cullen. Eu não gosto de dar
minha opinião Bella, mas há algo errado na adoção deste rapaz.

Essa era sensação que eu tinha também.

– Eu também acho isso John. Você disse que não há nenhum registro do
Edward a não ser o feito por seus pais adotivos. Isso não é ilegal?

– Sim é. Mas uma família com dinheiro às vezes consegue um juiz que faça
vista grossa a isso. Outra coisa interessante é que a avó de Edward, a Sra.
Mansen, não estava em Raymond quando ele foi adotado. Ela ficou um ano
fora e neste tempo Sr. Carlisle Cullen se casou com a Sra. Esme e adotou
Edward.

– Sabe me dizer para onde ela foi?

– Foi para o sul da França deixe me ver aqui o nome da cidade. Ah, aqui está
é Cassis**** o nome da cidade.

Era a cidade onde Carmem estava morando.

– Precisa que eu vá até lá Bella?

– Não John eu conheço uma pessoa de lá. Obrigado e, por favor, me envie o
endereço de Ângela e a conta do que te devo.

– Claro Bella. Se precisar é só me ligar.

– Certo. Obrigado, adeus.

Após desligar muitas coisas se passavam em minha cabeça.

– Nos conte Bella. O que o detetive falou?

Alice perguntou curiosa.

– Ângela realmente não traiu Edward. Foi armação de Elizabeth.

– Que vaca!

Rose disse.
– E ai vai contar quando para o Edward?

Falou Alice.

– Vou esperar o detetive me passar o endereço dela. Aí depois eu falo.

– Você só pode estar brincando Bella?

Rose disse surpresa.

– Por que está falando isso Rose?

– Não percebeu. O Edward era apaixonado por esta moça. E você vai dizer pra
ele que ela é inocente de tudo o que ele acha que ela fez. Vai fazer ressurgir
sentimentos adormecidos? Ele pode ficar confuso com os sentimentos, falando
claro, vai jogar ele nos braços dela?

Eu não havia pensado nisso. Mas Edward me amava, não amava? Eu não
precisava ficar insegura. Ou precisava?

– Não viaja Rose. O Edward gosta da Bella.

– Sim ele gosta Alice. Isso até um cego vê. Mas ele sabendo que tal Ângela é
inocente pode deixá-lo sei lá... confuso. E pior. E se ela ainda gostar dele? Vai
arranjar uma rival?

Minha idéia de trazer à tona toda a verdade já não me parecia assim tão
brilhante.

– O que vai fazer Bella?

Alice falou.

– Bom eu não sei. Não tinha pensado nisso, mas por agora eu vou é ligar para
Carmem. A cidade onde ela mora é Cassis né, Alice?

– É sim. É linda por sinal.

– Como é que você sabe? Foi lá por acaso?

Rose perguntou.

– Internet Rose! Tudo se pode pela internet.

Elas ficaram discutindo as belezas naturais do sul da França e eu fui ate minha
cômoda, onde estava guardada a pasta que continha todas as informações a
respeito de Elizabeth e dos Cullens. E onde eu guardara o número de Carmem.
Fazia muito tempo que eu não falava com ela. Na cômoda estavam também
guardados meus brincos de diamantes que Edward me dera. Ele era louco. Eu
ri sozinha.

– Do que está rindo?

Rose perguntou. Então mostrei a elas meus presentes. É claro que ficaram
babando pelos brincos.

Após isso liguei para Carmem pedindo a ela que tentasse descobrir algo da
passagem de Elizabeth por Cassis há 28 anos.

Havia algo errado eu só não sabia ainda o que era. Mas logo eu saberia.

Capítulo 19 Vingança: Golpe Baixo

Pov. Edward

– Aiiii para Bella! Eu não agüento mais.

Gabriel dizia entre risadas enquanto Bella fazia cócegas nele.

Estávamos em meu apartamento. Era sexta à noite. Era tão bom ficar assim,
eu meu filho e a mulher que eu amava.

Eu ria das brincadeiras deles. Bella tinha fôlego para brincar todas as
brincadeiras que Gabe queria. Eu na metade já estava de língua de fora.

– Agora meninos vocês serão meus modelos fotográficos. Vou ao quarto


pegar a máquina e volto pra fazermos uma seção de fotos.

Eu ri.

– Oba!!!

Gabe pulava indo atrás de Bella.

– Eu vou colocar minha roupa de mágico.

Ouvi Gabe dizer no corredor.


Enquanto esperava por eles me lembrei da conversa que tive hoje com minha
avó.

Flashback On

Ouvi uma batida na porta do meu escritório e logo a minha avó entrou.

– Oi Edward.

– Oi Liz.

– Estava passando pela cidade e resolvi passar para saber como está. Tudo
bem?

– Tudo ótimo vó. Foi bom que apareceu eu queria mesmo falar com você.

– Fale querido.

– É sobre sua amizade com o prefeito. Eu sei que são amigos e tem negócios
juntos, mas eu não quero ver mais a cara daquele homem. Ele tentou flertar
com Bella. Criando uma situação complicada em que quase fui injusto com
minha namorada nos evolvemos em uma briga. Por isso meu rosto está assim.

– Edward... brigando em público. Isso não é coisa que um homem em sua


posição faça.

– Eu tive que fazer isso ele estava me desrespeitando e a Bella também.

– Querido é natural que os homens se interessem por ela. Ela é uma mulher
muito bonita. Além de tudo ela já foi... você sabe.

– Não tente defende-lo. E não quero que fale assim de Bella.

– Calma Edward! Não estou falando mal dela é só...

– Gostou de verdade de Bella? Não minta vó? Sabe que eu não suporto que
mintam para mim.

– Olha seu tenho cara de quem mente Edward? Principalmente pra você. É
claro que gostei dela.

– Não sei vó, às vezes você me passa a sensação de que só está querendo me
agradar.
– Imagina Edward. Você está enganado.

Mas a sensação de que minha vó não estava sendo totalmente verdadeira


ainda persistiu.

Flashback Off

A noite ia passando com eu e Gabe como modelos fotográficos de Bella. Ela


disse que não sabia fotografar, mas estava até se saindo muito bem.

– Por favor, senhora fotografa pausa para o jantar.

Ela gargalhou.

– Ok estão dispensados. E eu mesma irei fazer o jantar. Que tal um delicioso


macarrão à Isabella Swan.

Eu cheguei próximo a seu ouvido e sussurrei.

– Se vai ter Isabella Swan no prato eu vou comer mais que o normal.

– Edward!

Bella ficou extremamente vermelha. Ela não sabia como ficava linda assim.

Jantamos em harmonia. Enquanto lavávamos a louça em parceria, Gabe nos


contava as coisas da escola.

Meu celular tocou e vi que era Tânia.

– Oi Tânia.

Um enorme sorriso enfeitou o rosto do meu menino.

– Oi Edward, eu queria te avisar que estou chegando amanhã de manhã em


Raymond e queria ficar este final de semana com Gabe.

– Claro, ele já está todo sorridente aqui só por saber que você está ao telefone.
Ele vai amar ficar com você.
– Eu passo amanhã cedo no seu apartamento para buscá-lo. E eu precisava
conversar um assunto com você.

– Claro sem problemas. Vocês ficarão na casa dos seus pais?

– Sim, eu creio que sim.

– Tudo bem até amanhã então Tânia. O difícil vai ser fazê-lo dormir sabendo
que você vem buscá-lo amanhã. Quer falar com ele?

– Eu gostaria.

– Claro. Gabe sua mãe que falar com você.

Ele pegou o celular de minha mão e falou com a mãe.

– Mamãe você vem me buscar amanhã?

Ele escutou o que ela falava e eu e Bella o observávamos.

– Você vai me levar no parquinho que nem daquela vez?

Ele escutou e seu sorriso foi cativante. Tânia podia ser meio ausente e não ter
muito jeito, mas quando ela o visitava ela fazia valer à pena.

– Eu to com saudade de montão de você mamãe. Até amanhã.

Ele me entregou o celular.

– Bella, amanhã minha mamãe vem me ver.

– Que ótimo meu lindo. Por que você não faz um desenho bem lindo pra ela.
Que nem você fez aquele pra mim.

– Eba!!! isso ai.

E saiu correndo para seu quarto.

Eu e Bella rimos e como previ foi bem difícil fazê-lo dormir. Estava ansioso
pra ver a mãe.

Eu disse a Bella que me esperasse na cama enquanto eu colocava Gabe para


dormir.

– Gabe você precisa dormir. Se não, não vai conseguir acordar cedo pra ver
sua mãe.
Ele estava deitado em sua cama, mas não parava quieto.

– Eu sei papai, mas eu to com um montão de saudade da mamãe.

– Eu sei filho. Amanhã você vai matar toda essa saudade só que precisa
dormir.

– Ta bom eu vou dormir, boa noite papai.

– Boa noite filho.

Eu ia saindo do quarto.

– Papai?

– Sim, Gabe.

– Eu amo um montão você.

Eu sorri para meu menino.

– Eu amo você também filho.

– Diz pra Bella que eu amo ela também.

– Pode deixar que eu digo.

– Boa noite.

– Boa noite meu filho.

Eu saí do quarto de Gabe e arfei com a visão que tive ao entrar no meu.

Bella estava nua em minha cama. Deliciosa. Eu tive que verificar se não
estava escorrendo baba da minha boca.

– Você disse para eu esperá-lo na cama. Era assim que você queria?

Ela disse com a voz sexy. Puta merda.

Eu não consegui dizer nada. Estava extremamente excitado.

– Talvez não tenha gostado muito da posição. - ela disse se virando na cama
ficando de quatro mostrando sua linda boceta para mim.

Ela espiou por entre seus ombros e me olhou.


– Assim está melhor?

Eu reagi.

A primeira coisa que fiz foi trancar a porta atrás de mim sem deixar de olhá-
la.

Ela sorriu safada quando ouviu o clique da porta sendo trancada.

Após isso arranquei minhas roupas do meu corpo o mais rápido possível e fui
ao encontro dela colocando minhas mãos em sua deliciosa bunda.

A puxei para cima encostando suas costas em meu peito.

– Você é uma tentação. É muito gostosa.

Sussurrei em seu ouvido e a senti arfar.

– Agora você vai pagar caro por me provocar desta forma.

Eu ataquei seu pescoço com beijos e lambidas. Bella suspirava baixinho. Virei
seu rosto para o meu e a beijei faminto.

Seu corpo estava colado ao meu e eu me aproveitei dele. Coloquei minhas


mãos em seus seios, beliscando e provocando os mamilos os fazendo
endurecer sobre meus dedos.

Desci uma de minhas mãos em direção ao seu sexo. Ela estava muito
molhada.

– Você está tão molhada Bella. Isso tudo é por mim?

– Sim... é. É só por você. E você está tão duro, é por mim meu amor? Mostre-
me o quão duro você está por mim Edward.

Bella disse esfregando sua bunda em meu pau.

Era fato. Essa seria a foda mais curta da minha vida.

Eu rosnei e coloquei minhas mãos em sua cintura a empurrando em direção a


cama fazendo-a ficar de quatro.

– Quer me provocar não é? Eu disse que ia pagar caro. Eu vou entrar em você
tão forte e duro que vou fazer você esquecer o planeta em que vive.

– Está esperando o que?


Porra!

Eu entrei com força em sua boceta fazendo nós dois soltarmos um gemido
alto. Ainda bem que Gabe tinha o sono pesado por que se não ele ouviria
nosso gemido.

Ela estava tão quente e molhada. Mais que o normal. Só ai percebi que não
estávamos usando preservativo. Fiquei assustado por ter esquecido, mas Bella
me fazia perder o juízo. Não tinha medo de alguma doença ou coisa parecida,
mas sim de outras coisas que isso podia causar.

Eu ainda estava parado dentro dela. Uma vontade louca de estocar com fúria,
mas eu precisava avisar Bella que estávamos desprotegidos.

– Amor? Esquecemos o preservativo.

– Por mim não tem problema. Eu tomo anticoncepcional. Agora se você não
quiser...

– Não. Eu quero. Confio em você linda.

Comecei a me mover lentamente a principio, mas a sensação de estar dentro


dela sem barreira foi enlouquecedora e logo eu estava estocando duro e forte
naquela pequena entrada quente e apertada.

– Gosta do meu pau em você Bella? Diz? Gosta?

– Eu adoro amor...hum... só você me faz sentir assim...

A posição, os gemidos, tudo fazia muito excitante. Eu não ia conseguir


agüentar muito tempo.

– Vem Bella. Goza comigo. Eu... não vou agüentar muito tempo.

– Eu estou quase lá...

Mais algumas estocadas e gememos juntos quando o orgasmo nos alcançou e


meu líquido jorrou dentro dela.

Eu caí por cima de Bella que estava coma respiração entrecortada. Virei-me
para o lado para que meu peso não a incomodasse.

Ela me olhou e sorriu.

– Você que me matar me provocando assim não é?


– Eu? Claro que não. Até parece que você não gostou.

Eu me aproximei a beijando.

– Eu adorei.

Ela abriu um enorme sorriso.

– Eu tenho outra coisa pra te dar.

Ela bufou.

– Não é presente pode desfazer a cara feia.

Ela sorriu. Eu peguei o chaveiro e entreguei a ela.

Ela me olhou surpresa.

– Isso...isso é...

– É sim. E a chave aqui do apartamento. Quero que você entre aqui quando
quiser. Que se sinta em casa. E acho que seria bom...se... trouxesse algumas
roupas.

Bella ficou em silencio, mas eu via seu semblante...emocionado?

– Ainda não é como se fossemos morar juntos, mas...

Eu não terminei a frase porque ela pulou em cima de mim me beijando.

– Eu te amo Edward. Muito. Muito.

Ela disse me beijando em meus lábios, meu nariz, em meus olhos.

– Eu também te amo, Bella.

Pov. Bella

Eu acordei e estava sozinha na cama. Estava na cama de Edward. Sorri ao


lembrar como nos amamos ontem à noite.
Levantei e vesti uma camisa do meu amor, não antes de cheirar e sentir seu
cheiro característico.

Fui ao encontro do meu namorado. Passei pelo quarto de Gabe a porta estava
semi-aberta. Ele ainda dormia. Fui até ele e vi aquele anjinho adormecido. Ele
era tão lindo. Como o pai.

O beijei em sua testa.

Sai de seu quarto indo em direção a sala, mas parei antes de chegar ao ouvir
vozes.

Espiei e vi uma bela mulher loira sentada no sofá.

Então essa era mãe do Gabe? Tânia. Ela era linda. Eu fiquei levemente
incomodada com sua beleza. Mas eu devia estar preparada. Ela era modelo
não era? Modelos eram lindas.

Não pude me ater muito ao fato de sua beleza porque a voz raivosa de Edward
me assustou.

– Não pode fazer isso Tânia.

– Eu posso sim Edward. Esse é um direito meu.

– E a opção que me da é...

– A que eu falei antes. Ou você se afasta de sua namorada ou eu peço a guarda


definitiva de Gabriel.

Pov. Edward

Era um pesadelo. Só podia. Tânia não podia fazer isso. Eu não saberia viver
sem meu filho. Mas viver sem Bella já não era um opção.

– Porque está fazendo isso Tânia? Eu sempre cuidei do Gabe, e você não tem
tempo.

– Edward não é nada contra você. Eu sei que você é um pai maravilhoso, mas
não quero meu filho vivendo com esta mulher. Uma prostituta.
– Ela não é prostituta Tânia!

– Que seja. É dona de um bordel. Uma casa de prostituição. As pessoas estão


falando Edward. Daqui a pouco vão falar algo na escola. Não quero meu filho
sendo hostilizado.

– Por favor, Tânia não venha dar uma de mãe super preocupada.

Eu disse irritado.

– Eu posso não estar o tempo todo ao lado dele Edward, mas amo meu filho.

– Tânia. Bella é uma pessoa maravilhosa ela ama Gabriel e ele a ama.

– É só o que faltava você fazer meu filho me substituir por uma p...

– Olha como fala da minha namorada!

– Não importa. Vou levar o Gabe pelo fim de semana para a casa dos meus
pais. Segunda eu quero sua resposta Edward. Eu não vou voltar atrás. Ou você
acaba esse seu... relacionamento com essa mulher ou eu vou entrar com o
pedido de guarda do Gabe.

Eu estava furioso, mas tentei me controlar. Como que ela fazia este tipo de
chantagem?

– Não será assim que eu vou voltar para você Tânia.

– Desculpe Edward, mas isso não tem nada a ver com você, mas sim o que eu
acho ser o melhor para o nosso filho.

– Tânia, por favor, pense melhor.

– Não tenho nada o que pensar Edward quem tem é você. Agora por favor, eu
posso acordar o Gabe. Quero chegar à casa dos meus pais logo.

– Não. Deixe que eu o acordo.

Não queria que por acaso ela visse Bella. Já tinha problemas demais.

– Espere eu já volto.

Fui em direção ao quarto do meu menino e senti uma dor forte por saber que
poderia perdê-lo. Já não bastava a minha doença que talvez eu não pudesse
vê-lo crescer. Agora isso.
– Gabe? Campeão? Acorde. A mamãe está te esperando.

Ele acordou já com um sorrisão no rosto eu o peguei em um abraço. Eu estava


com medo de perder meu filho.

– Papai você está me esmagando. – Gabe reclamou rindo – A mamãe já


chegou?

– Já sim vá escovar os dentes. Eu vou pegar sua roupa.

Gabriel estava bem disposto. Arrumou-se rápido e foi voando para a sala onde
se jogou nos braços da mãe.

Tânia também ficou emocionada ao ver o filho depois de tanto tempo.

Logo após eles saíram. A dor em meu peito aumentou. O que eu faria?
Terminar com Bella também me mataria.

Eu ia falar com minha namorada ela tinha que me dar uma luz do que fazer.
Ao chegar ao meu quarto encontrei Bella arrumando suas coisas para ir
embora.

– O que está fazendo Bella?

– Estou arrumando minhas coisas. Vou voltar para o bordel.

Ela disse sem me olhar.

– Por quê? Estamos sozinhos achei que íamos ficar juntos o dia todo.

– Não.

Ela disse simplesmente.

– O que está acontecendo Bella?

Ela finalmente me olhou e eu me surpreendi com o que vi. Ela chorava e


nunca vi tanto sofrimento em seu rosto.

– Está acontecendo Edward é que você se envolveu com uma puta. E agora
está pagando o preço. Poderá perder seu filho por minha causa. Sim, eu ouvi
toda sua conversa com Tânia. E você não precisa tomar nenhuma decisão eu
mesma já estou tomando. Vou deixá-lo assim você não perde seu filho.

– Bella... não é bem assim amor.


Eu avancei sobre ela a abraçando.

– Eu não vou te deixar.

– Não pode ficar comigo Edward. Ela vai tirar o Gabe de você.

Ela disse soluçando.

– Não amor. Ela não vai tirar o Gabe de nós. Não vai.

Capítulo 20 Vingança: Abrindo os olhos.

Pov. Bella

      Estávamos no carro de Edward. Era domingo e íamos almoçar com os


Cullen. Eu já havia imaginado este almoço de tantas maneiras diferentes, mas
nunca assim. Nessa tristeza e principalmente sem o Gabe.

      Eu e Edward passamos o sábado juntos em seu apartamento. Amando-nos.


Tentando achar uma saída. Mas eu não via nenhuma. A não ser terminar nosso
relacionamento. Eu não fui ao bordel àquela noite. Queria somente ficar nos
braços do meu amor.

     Edward não aceitava que tivéssemos que terminar nosso relacionamento.
Então meu coração se apertava com o amor que este homem demonstrava a
mim, mas eu não podia ficar entre ele e seu filho.

     Ele tentava disfarçar, mas eu via sua preocupação e até mesmo tristeza. Ele
sabia o que tinha que ser feito.

- Bella?

     Edward me chamou eu estava distraída pensando em tudo o que estávamos


passando.

- Já chegamos. Estava distraída?

- Sim eu estava.

     Ele sorriu e pegou minha mão a beijando.

     Entramos na casa dos Cullen e fomos recebidos por Carlisle e Esme.

- Que bom que vieram queridos o almoço já está quase pronto.

     Esme disse.


- Cadê o Gabe?

     Carlisle perguntou.

- Está com Tânia pai.

- Ah, eu não sabia que ela estava na cidade.

- É ela chegou ontem.

     Edward respondeu evasivo.

     Eu percebi que seus pais notaram que algo estava errado.

     Fomos todos para a mesa. O almoço realmente estava delicioso, mas nem
eu e Edward comemos muito. Não descia. Estávamos calados. E todos
perceberam isso.

- Já chega! Qual dos dois vai contar o que está acontecendo?

     Emmett disse.

- Emmett...

     Esme disse.

- Mãe da para ver na cara deles que algo aconteceu.

- Tudo bem mãe, eu vou contar a vocês.

     Edward contou a todos o que havia acontecido na manha de sábado. Alice
que estava do meu lado apertou minha mão e me deu um olhar cúmplice.

- E foi isso.

     Edward falou após terminar de contar.

- Que filha da puta escrota!

     Nessie esbravejou.

- Renesmee!

- O que é mãe? Vai dizer que ela não é isso mesmo. Nunca gostei daquela
mulher.

- O que vai fazer Edward?


     Jasper que estava quieto perguntou.

- Não vou ceder à chantagem dela.

     Eu não falava nada. Já havíamos discutido sobre isso. A única solução era
fazer o que Tânia queria.

- Acho que está certo filho, ela não pode exigir isso de vocês.

     Carlisle disse.

     Percebi Esme saindo da mesa em direção a cozinha, pedi licença e fui atrás
dela.

     Ela estava organizando a louça.

- Esme?

- Oi querida.

     Ela viu meu semblante triste.

- Não fique assim Bella, certamente irão achar uma forma de resolver esta
situação.

     Eu concordei, mas não acreditando muito.

- Esme, eu preciso te pedir algo, mas preciso que não diga nada a Edward.

- O que é Bella?

- Preciso tentar ajudá-lo. Queria saber se tem o endereço da casa dos pais de
Tânia. Eu quero conversar com ela.

- Claro eu tenho sim, mas não acha melhor falar com ele.

- Não. Deixe-me tentar primeiro. Depois eu falo pra ele.

- Tudo bem pode contar com a minha discrição.

     Esme me deu o endereço. Agora eu só precisava de uma desculpa para ir


ate lá. Sem que Edward percebesse.

     Não foi difícil. Ele estava tão preocupado com a situação de Gabe que nem
percebeu minha mentira quando o avisei que precisa ir ao bordel.
     Ele se ofereceu para me levar, mas recusei alegando que ele precisava ficar
com sua família e que logo eu voltaria.

     Eu cheguei à casa que Esme havia me dito. Pedi ao taxista que me
esperasse, eu não iria demorar.

    Bati na porta e fiquei aguardando.

    Uma senhora elegante abriu e sorriu para mim.

- Sra. Denalli?

- Sim, sou eu.

- Eu sou Isabella Swan, poderia falar com sua filha Tânia?

- Claro entre eu vou chamá-la.

    Entrei na sala espaçosa, e a Sra. Denalli me pediu para sentar e quando o fiz
vi um dos desenhos de Gabe que estava no chão. Peguei a folha e sorri ao ver
seus desenhos.

    Era um desenho dele e com seus avós maternos. Eu acho. Ouvi passos e a
loira deslumbrante apareceu em meu campo de visão.

    Eu me levantei.

- Oi.

    Ela disse

- Oi, Tânia. Eu sou Bella Swan a...

- A namorada do Edward. Sei quem você é.

- Sim sou eu mesma.

    Ficamos em silêncio nos olhando.

- Por favor, sente-se.

    Nos sentamos.

- Minha mãe disse que queria falar comigo.

- Sim prometo não tomar seu tempo. Será rápido. Deve querer passar seu
tempo com sua família e com o Gabe.
    Ela assentiu.

- Onde ele está?

     Não queria que ele ouvisse minha conversa com sua mãe.

- Saiu com meu pai. Foram alugar filmes.

     Ela sorriu ao falar do filho.

- Sim ele adora assistir filmes.

     Eu disse ao me lembrar de como eu ele e Edward fazíamos isso.

- Tânia eu quero te dizer que... eu sei sobre sua conversa com Edward. E
queria te pedir para pensar bem antes de fazer o que disse que faria, caso ele
não se afastasse de mim.

     Ela ouvia seria o que eu dizia, mas não esboçava qualquer reação.

- Mas se você está decidida a seguir adiante eu quero te dizer que não será
necessário. Eu vou me afastar de Edward. Vou embora desta cidade assim que
possível.

- Por que faria isso?

     Ela perguntou séria.

- Por que amo Edward e amo Gabriel e não suportaria que eles se separassem
por minha culpa.

     Eu estava tentado ser calma e objetiva e não deixar minhas emoções
transparecerem. Mas o nó em minha garganta estava quase me fazendo ir as
lágrimas.

- Bom. Era isso que eu tinha para te dizer. Está tudo certo então. Adeus,
Tânia.

     Eu me levantei e fui saindo.

- Espere!

     Parei e me voltei ao ver Tânia atrás de mim.

- Eu não vou mais fazer o que disse.


     Eu não entendi o que ela estava dizendo.

- Não vou pedir a guarda de Gabriel. E você não precisa se afastar deles.

     Eu estava surpresa e uma felicidade imensa estava tentando se apossar de


mim.

- Eu não posso afastar do meu filho a mulher que tem tratado ele com tanto
amor e carinho.

     Ela disse visivelmente emocionada.

- Eu fui envenenada sobre você Bella. Mas confesso que fiquei com ciúmes de
sua ligação com meu filho. Você está próxima dele e eu não. Mas quando eu
peguei Gabriel ontem e ele me falou sobre você. Minha opinião mudou. Ele
me falou de como você dizia a ele que eu o amava apesar de não poder estar
ao lado dele. De como você dizia para que ele me desenhasse assim ele não
esqueceria meu rosto. Você tem feito com que ele não me esqueça Bella e,
além disso, cuida dele e o ama. Não sei como posso me desculpar pelo que fiz
e agradecer por amar meu filho desta forma.

     Ela dizia e lágrimas saiam de seus olhos. O mesmo acontecia comigo.

- Eu faço isso Tânia porque o amo de verdade. Seu filho é tão doce e puro. E
sei que você o ama. Toda mãe ama seu filho. Eu perdi minha mãe há pouco
tempo e não quero esquecer o rosto dela. E isso faz com que eu ajude Gabe
quanto a você.

- Espero que você e Edward me perdoem pelo que fiz.

- É claro que sim.

- Preciso te contar a verdade Bella.

     Eu esperei.

- Foi Elizabeth que me convenceu a exigir que Edward a deixasse.

Pov. Edward

     Eu estava deitado numa espreguiçadeira perto a piscina na casa dos meus
pais. Eu pensava em como poderia resolver a situação do meu namoro com
Bella.

     Eu a amava tanto.


     E eu amava muito meu filho.

     Não suportaria ficar longe dele.

     O que eu faria?

     Senti alguém se aproximar de mim e vi que era minha irmã Nessie.

- Oi

     Ela disse.

- Oi. Onde está seu namorado?

     Ela bufou.

- Jogando vídeo game com Emmett e Jasper.

     Eu ri.

- Então eu vim ficar com meu irmãozinho preferido.

- Ah! Sou seu irmão preferido?

- Claro, não se faz Edward você sempre soube disso. Me da um lugar ai.

     Ela se deitou perto de mim.

- Como você está?

- Mal. Não sei o que fazer.

- Vai terminar com a Bella?

     Eu não sabia responder a isso.

- Eu a amo Nessie, mas Gabriel é meu filho. Não sei o que fazer.

     Ela me abraçou e foi bom estar assim com minha irmãzinha. Eu estava
carente precisando de amor da minha família. Precisando de segurança. Na
verdade eu precisava que alguém me dissesse o que fazer, mas eu sabia que
isso só eu podia decidir.

     Bella me ligou à tardinha me dizendo que estava no meu apartamento e que
precisava falar comigo.

     Sua vos estava estranha.


     Despedi-me de meus pais e meus irmãos e fui ao encontro dela.

     Ao entrar em meu apartamento me surpreendi com o que vi.

     Bella e Tânia estavam sentadas no sofá.

     A raiva me consumiu ao vê-la ali. Imaginava as coisas que ela devia ter
dito a Bella.

- O que faz aqui?

     Eu perguntei alterado pela raiva.

     Bella se levantou vindo ao meu encontro. Ela colocou sua mão em meu
rosto.

- Calma Edward. Escute o que ela tem a dizer.

     Bella falou calmamente.

     Eu fui ao lado de Bella até o sofá e me sentei.

- Fale o que quer Tânia.

- Edward eu quero pedir que me perdoe.

     Não estava entendendo.

- Não vou pedir a guarda do Gabe. E você e Bella não precisarão se afastar um
do outro.

     As palavras dela quase me fizeram flutuar. Senti todo o peso sendo retirado
do meu peito.

- Eu agi mal com você. Sempre foi um pai maravilhoso, jamais cogitaria a
possibilidade de tirar o Gabe de você.

- Então porque fez isso?

     Eu perguntei.

- Eu fui convencida a isso. Fui envenenada sobre Bella. Não retiro minha
culpa disso, mas não foi só minha.

     Quem? Quem havia feito isso?

- Quem te falou pra fazer isso Tânia?


     Ela ficou em silêncio.

- Foi sua avó, Edward. Elizabeth.

     Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

- Ela me ligou há uns dias atrás dizendo que eu precisava vir para Raymond
urgente. Que você havia se envolvido com uma mulher de ma índole e que a
educação de Gabriel corria risco. Eu fique maluca disse a ela que iria ligar pra
você, mas ela disse que era melhor eu vir pessoalmente. Quando a questionei
que se você não aceitasse minha opinião sobre sua namorada ela me deu a
ideia de pedir a guarda de Gabriel. Ela disse que você não abriria mão do seu
filho e que se eu fizesse isso seu namoro estaria acabado. Eu sei que errei ao
fazer o que ela disse, mas sabe como sua avó sabe ser convincente e ela
também encheu a cabeça dos meus pais. Só percebi a besteira que estava
fazendo ao ver a forma que Gabe se refere à Bella. Ao ver o quanto ela cuidou
dele.

     Minha avó. A pessoa que eu mais confiava no mundo foi capaz de uma
coisa dessas.  De envolver meu filho nesse jogo sujo. Ela sabe que Gabriel é a
coisa mais importante na minha vida e foi capaz de tramar algo desta forma.

     Eu estava arrasado. Decepcionado.

- Eu não posso acreditar...

     Eu consegui dizer por fim.

- Eu sei que deve ser duro para você aceitar isso Edward, mas foi sua avó sim
que encheu minha cabeça de coisas sobre Bella. Sabe que sempre tive uma
boa relação com ela, mas era mais por medo do que por afinidade. Mas agora
ela mexeu com meu filho, com a felicidade dele. Não vou ter medo dela. Se
não acredita em mim meus pais podem te confirmar. E tem a ligação que
recebi dela gravada em meu celular.

     Eu baixei minha cabeça entre minhas mãos e fiz força para que a decepção
não se transformasse em lágrimas.

     É horrível a sensação de se sentir traído.

     Porque ela fez isso?

- Pode me perdoar Edward? Sempre nos demos bem. Não quero perder sua
amizade por conta disso. Sei que errei.

     Eu não consegui dizer nada.


- Eu preciso ficar sozinho. Me de licença Tânia.

     Eu fui para me quarto. E me deitei.

     A pessoa que eu mais confiava no mundo havia tramado uma sórdida
chantagem para me separar da mulher que amo usando meu filho.

     Eu estava muito decepcionado.

     Acho que minha família sempre teve razão em relação a minha avó.

     Ela não era o que eu pensava.

Pov. Bella

- Acho que ele não vai me perdoar.

     Tânia disse triste.

- Tente entender Tânia foi um choque pra ele, mas Edward é um bom homem
com certeza quando estiver mais calmo ele vai te procurar e se acertarão.

- Eu imagino como ele deve estar. Ele na época em que namorávamos era
louco pela avó. E ainda é pelo jeito.

- Ele confiava muito nela. Deve estar decepcionado. A mim ela não
surpreendeu.

- Você não gosta dela.

     Eu a odeio pensei em dizer, mas não disse.

- Não. Eu não gosto. Pelo tipo de coisa que ela fez acho que tenho razão.

     Tânia concordou.

     Ela se despediu dizendo que queria aproveitar mais seu tempo com Gabe e
eu agradeci por ela vir. Assim consegui abrir os olhos de Edward.

     Foi doloroso ver o rosto dele daquela forma. Tão decepcionado. Tão triste.
Mas era necessário. O que essa mulher tentou fazer foi monstruoso.

     Fui ao quarto e encontrei Edward deitado em sua cama. Ele percebeu
minha presença e me olhou.

- Oi. Como está?


- Com dor.

     Ele disse e eu me apavorei.

- Edward já tomou seus remédios e...

     Eu disse me aproximando e ele pegou minha mão.

- Não é esse tipo de dor Bella, é aqui.

     Ele levou minha mão ao seu coração. Meus olhos arderam e eu odiei ainda
mais aquela mulher se é que isso era possível.

- Deita aqui comigo.

     Ele pediu e eu fui. O abracei. Ele parecia tão indefeso.

- Como ela pôde fazer isso Bella?

     Eu não falei nada. Não era hora de falar nada eu precisava apoia-lo.

- Por que ela fez isso? Por que não gostou da mulher que escolhi? O que ela
quer? Que eu faça só as coisas que ela quer. E eu que pensei que ela sempre
me apoiava, mas agora não duvido que ela tenha agido pelas minhas costas
outras vezes. Sou um burro, estúpido mesmo. Mas ela não vai mais me
enganar eu abri meus olhos.

     De repente ele deu salto da cama se colocando em pé.

- Edward...

- Eu não vou conseguir ficar bem até falar tudo que está engasgado. Vou lá
falar com ela.

- Não acha melhor esperar até amanhã, amor. Você está nervoso.

- Não Bella. Eu não vou conseguir. Preciso falar com ela hoje.

- Quer que eu vá com você?

- Não eu prefiro ir sozinho.

- Então só me de uma carona até o bordel. Fica no caminho mesmo. Depois


que você voltar passa lá e fica comigo.

- Claro amor.
     Saímos do apartamento de Edward e ele me deixou no bordel.

     Eu fiquei ansiosa sobre como seria a conversa que ele teria com sua avó.

     Ao chega ao bordel Rose disse que Carmem havia me ligado duas vezes.

- Eu vou lá ao meu quarto ligar pra ela.

     Percebei Rose estranha como se quisesse me perguntar algo.

- Quer falar algo Rose?

     Ela gaguejou. Eu acho que até sabia o que era.

- Não sabe se o Emmett vem hoje?

- Não sei Rose. Ele estava falando em sair pra outros lugares, uma boate nova
uma coisa assim não tenho certeza. Bom ele precisa se divertir né. É lindo,
solteiro e legal. Qual mulher na iria querer ficar com ele? Só muito burra pra
dispensá-lo.

     Rose que sempre tinha uma resposta pronta ficou quieta. Talvez minha
amiga precisasse de um choque pra se ligar no homem maravilhoso que estava
apaixonado por ela.

     Fui para meu quarto e liguei para Carmem.

- Oi Bella, querida como está?

- Bem Carmem. Rose disse que você me ligou duas vezes. Descobriu algo.

- Sim querida. Este mundo é um ovo.

     Ela gargalhou uma marca de sua personalidade.

- Você não vai acreditar que a minha empregada é irmã da empregada que
trabalhou a há 28 anos para um certa senhora Elizabeth Mansen.

- Serio. Nossa e ai?

- Está sentada querida? Por que acho melhor sentar.

- Fala logo Carmem está me matando de curiosidade.


- Minha empregada trouxe a irmã dela aqui e eu conversei com ela
pessoalmente. Ela disse que trabalhou por um ano para Elizabeth aqui em
Cassis.

     Carmem fez suspense.

- Ela disse que trabalhou para Elizabeth até que ela tivesse o bebê que
esperava. Ela veio para Cassis para esconder uma gravidez, Bella

     Eu mal consegui engolir.

- Isso... isso quer dizer que...

- A Sra. Mansen veio para Cassis para esconder uma gravidez. Ela estava
grávida quando estava aqui e não deve ser do marido já que estava escondida.
E... Bella? O bebê era um menino. Um menino lindo de olhos verdes.

     Meu cérebro começou a latejar com a possibilidade que se formava.

     Elizabeth poderia ser a mãe de Edward.

     Não.

     Ela é a mãe de Edward.

Capítulo 21 Vingança e decepção.

Pov. Edward

     Quando cheguei à fazenda já era noite. Minha avó sempre ficava até tarde
lendo algo então eu não precisava me preocupar se ela estava ou não
acordada.

     Entrei na casa a encontrando numa poltrona com o livro nas mãos.

- Oi querido.

     Ela sorriu e foi como facas no meu coração. Lembrei-me de quantas vezes
fiquei feliz ao ver seu sorriso. Hoje não. Eu continuei serio.

- Oi vó.

- Eu não o esperava. Aconteceu algo?

- Eu preciso falar com você. É possível?


- Claro.

- Vamos até o escritório.

- Negócios há essa hora Edward?

- Não são negócios, mas prefiro que seja no escritório.

- Tudo bem.

     Fomos até lá e eu fechei a porta. Não queria que ninguém nos ouvisse.

     Ela sentou-se e esperou.

- Tânia apareceu ontem em minha casa e disse que se eu não terminasse com
Bella ela pediria a guarda de Gabriel.

     Esperei por sua reação, mas ela não fez nada apenas me encarava séria.

- Hoje ela apareceu novamente dizendo ter desistido da chantagem e acusou


você de tê-la influenciado para fazer isso.

- O quê?

     Ela deu um salto ficando em pé.

- Edward não pode acreditar nisso.

     Ela ficou agitada e nervosa prova de que tinha culpa.

- Por que vó? Por que fazer isso?

- Querido isto é mentira. Ela ainda gosta de você e fica inventado estas
coisas...

- CHEGA!!! 

     Ela se assustou.

- Acha que sou burro? Que não percebo as coisas? Posso ter demorado em
realmente ver o que se passa na frente dos meus olhos, mas não mais. Não
mais.

- Edward...

     Ela tentou dizer.


- Agora eu vou falar e você vai escutar.

- Não posso deixar você pensar isto de mim meu querido isso tudo é uma
mentira. Uma sórdida mentira eu jamais faria nada contra você e o Gabe sabe
que eu amo vocês demais. Por favor, Edward não acredite.

- Eu não sou burro, Liz. Tem a ligação que você fez gravada no celular da
Tânia. Tem os pais de Tânia para provar tudo. Não duvide da minha
inteligência.

- Querido eu... eu...

- Você não tem o que dizer não é? É claro que não gostou de Bella se não
gostou de Alice por que iria gostar de Bella. As pessoas sempre me dizendo
para abrir meus olhos e eu sempre a defendendo. Sabe que odeio mentiras. Por
que faz essas coisas? A demissão de Jacob. Todas as coisas erradas. Fora o
que eu não sei. Que foram pelas minhas costas. Só que agora você pegou
pesado. Colocou meu filho no meio dos seus planos. E isso eu não admito.

- Edward eu não fiz isso.

- Para de mentir! Cada vez mais me decepciono com você. Minha vontade é
sair daqui e nunca mais olhar para você. Abandonar a administração da
empresa... e

- Não querido, por favor, não faça isso.

- Eu vou pensar bem sobre isso. Afinal eu sempre quis exercer a minha
vocação que é ser veterinário, mas fiz administração para agradá-la. Vou
continuar na empresa por enquanto, mas nossa relação será apenas
profissional. Nada mais.

     Ela tentou me abraçar, mas eu a afastei.

- Não faça isso filho...

     Ela se jogou no chão chorando e abraçou minhas pernas.

- Por favor, querido me perdoe. Eu agi errado, mas eu não queria te fazer
mal...

     Ela estava admitindo tudo o que antes negava e essa confirmação fez meu
coração machucado ainda mais dolorido.

- Não posso te perdoar.


     Senti seus braços deslizarem de minhas pernas e me afastei.

     Sai de lá tentado respirar o ar puro da fazenda.

     Minha melhor amiga havia me traído.

     Eu era um homem fadado a ser traído.

     Eu iria para minha Bella agora. A única que nunca me trairia.

Pov. Bella

     Eu ainda não consegui raciocinar direito. Edward filho de Elizabeth


Mansen. Eu tinha quase certeza disso. Mas precisava ter 100% de certeza. E
isso só quem poderia me esclarecer seria Carlisle.

     Mas como falar com ele sem levantar suspeitas?

     Eu não podia introduzir este assunto do nada.

     E será que ele sabia de algo?

     É claro que ele sabia por isso esse ódio contra Elizabeth.

     E outra questão. Quem era o pai de Edward?

     Se eu descobrisse tudo a esse respeito minha vingança seria cumprida eu


poderia jogar toda essa merda no ventilador e Elizabeth Mansen seria
massacrada.

     Mas e quanto a Edward?

     Ele ficaria ainda mais arrasado.

     Ele não merecia. Mas tudo levava a magoá-lo e magoá-lo.

     Droga!

     Um barulho em minha porta me fez olhar e ver o homem que eu amava
com seu semblante triste.

     Eu estique meus braços para ele. Que veio prontamente para eles.

     Nos abraçamos e eu jurei que ele estava chorando.


     Meu coração se apertou. Como eu iria de alguma forma magoar este
homem maravilhoso? Que de tão especial acreditava cegamente na bondade
das pessoas e depois se machucava ao descobrir a verdade.

     Ficamos deitados em minha cama abraçados.

- Como foi?

     Eu finalmente perguntei.

- Péssimo. Ela disse que era mentira, mas no fim acabou se contradizendo e
confirmando.

     Eu alisei seus cabelos.

- Eu sinto muito Edward...

     Ele levantou seu rosto me olhando com seus lindos olhos verdes.

- Eu não suporto que me enganem que mintam pra mim. Depois das coisas
que já aconteceram na minha vida eu fiquei menos tolerante. Nunca minta
para mim, Bella.

     Senti uma náusea com suas palavras. Eu havia mentido para ele. Eu
precisava falar. Mas após suas palavras meu medo de perdê-lo aumentou.

- Edward eu...

- Eu não preciso falar isso para você. Sei que jamais faria algo para me
magoar. Você é a mulher da minha vida. Eu amo tanto você.

     Ele me beijou e beijou sozinho porque as lágrimas não deixaram que eu
aproveitasse o beijo.

- Minha linda não chore.

- Eu te amo Edward. Muito não esqueça isso.

- Eu sei. Sinto seu amor por mim meu anjo.

- Vamos para nosso apartamento.

- Nosso?

     Ele sorriu.


- É nosso. Onde eu e você estivermos juntos será nosso. Nosso amor. Nossa
casa. Tudo.

     Era possível eu amá-lo mais? Acho que sim.

- Não esqueça o que combinamos.

     Ele disse.

- O que?

- De você levar algumas roupas para lá.

     Esse era um passo importante em nossa relação e o sorriso no meu rosto foi
impossível de apagar.

     Fomos para seu apartamento e eu me sentia em casa lá.

     Tânia ligou mais tarde pedindo a Edward se Gabe podia passar esta semana
com ela. Ela iria voltar ao trabalho somente na outra semana e queria
aproveitar o filho. Edward meio relutante aceitou e me fez prometer passar
estes dias com ele.

     A carinha que ele fez ao me pedir isso me fez não negar. Como se eu fosse
fazer isso.

     Os dias no apartamento de Edward estavam sendo maravilhosos.


Parecíamos um casal recém casados.

      Pela manhã ele ia ao trabalho, ao meio-dia ele voltava pra almoçar comigo
algo que eu preparava ou então íamos a algum restaurante. A tarde ele voltava
ao trabalho e eu dava uma passada no bordel que estava cada vez mais nas
mãos de Rose. No final da tarde eu e Edward voltávamos para nosso
apartamento. Nosso. E lá passávamos nossas noites muito bem aproveitadas
com a ausência de Gabe.

     Transamos por todos os lugares do apartamento. Mal nos encostávamos e o


fogo tomava conta de nossos corpos. A mesa da cozinha, o sofá da sala por
diversas vezes, mas o ponto alto foi quando ele me tomou sobre seu piano.

     Apesar de estarmos desfrutando desses momentos sentíamos muita falta do


Gabe. Não era a mesma coisa sem ele.

     Seríamos uma família completa apenas quando Gabe retornasse.


     Edward não teve muito contato com sua avó nestes dias o que eu achei
estranho. Na minha visão ela iria se arrastar atrás dele até conseguir seu
perdão. Era verdade que Edward estava muito magoado com ela, mas não
duvido que a perdoe ele era um homem muito bom.

     Ele me disse que só falou uma vez com ela pelo telefone e eram coisas da
empresa e que quando ela tentou puxar um assunto pessoal ele se despediu e
desligou.

     Ela estava aprontando alguma. Ela não iria deixar barato.

     Ainda mais sendo mãe dele.

     Mãe.

     Isso não saia da minha cabeça. Como descobrir toda a verdade?

     Eu precisava saber só não sabia como.

     Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular. Era
Rose.

     Era 17hs quase o horário de Edward chegar.

- Oi Rose. Algum problema por ai?

- Mais ou menos.

- O que foi?

- Bella as meninas estão reclamando que não estão dando conta dos clientes
afinal Alice e Jessica saíram e não repomos ninguém no lugar delas.

- É verdade. Havia me esquecido. Vou ligar para a Claire e ver se alguém do


bordel de New York poderia vir para cá.

- Bella eu me adiantei a você e liguei para ela. Fiz mal?

- Claro que não Rose. E ai?

- Bom ela disse que está com poucas meninas também. E que as que estão não
querem vir pra cá.

- Hum... Bom o jeito será contratar alguém por aqui mesmo. Pode cuidar disso
pra mim?
- Claro. E... Bella?

- O que Rose?

- Nada não deixa para lá.

- Ia perguntar pelo Emmett?

- Eu não. Por que perguntaria?

- Por que você sempre pergunta por ele desde que ele começou a não ir mais
ao bordel.

     Ela ficou em silencio.

- Rose... Por que não da uma chance a ele. Ele está apaixonado por você.

- Eu não poderia ser uma mulher completa para ele, Bella. Eu... Eu tenho
medo. Você sabe.

- Oh! Minha querida amiga, você tem que tentar superar isso. Ele ama você,
mas não vai esperar para sempre.

- Que seja. Ele pode encontrar uma mulher melhor do que eu.

     Rose era cabeça dura ainda pior que eu.

Pov. Elizabeth

- Sra. Mansen a senhora não pode entrar ai o Sr. prefeito está ocupado...

     A secretaria magrela tentou dizer a me ver ir em direção a sala de James.

     Até parece que algo ou alguém tão insignificante como ela iria me fazer
parar de fazer o que quer que fosse.

     Eu escancarei a porta e presenciei uma ruiva no colo de James.

- Saia!

     Eu disse a ela que me olhou assustada assim como James.

- Que isso Elizabeth!? Não pode entrar assim na minha sala.

     Eu não disse nada meu olhar falou mais que qualquer palavra.

- Vic querida, saia, por favor, mais tarde eu apareço na sua casa.
     Ele disse meloso e a moça ruiva e vulgar saiu me olhando emburrada.

- Qual é Elizabeth não pode bater antes de entrar?

- Que eu saiba aqui é a prefeitura e não um quarto de motel. É assim que tenta
me ajudar a acabar com a vadia que jogou meu Edward contra mim?

- Eu estou vendo isso Elizabeth...

- Está? Não estou vendo nada. O que eu vejo foi que embarquei na sua grande
idéia de usar o Gabriel para separar Edward daquela vadia e olha o que
aconteceu.

- Não tenho culpa. O plano era bom se a mãe do garoto não tivesse voltado
atrás. E você ainda achava que ela era a mulher ideal para o Edward não se
esqueça disso.

- Não existe mulher ideal para o Edward. Ela só era mais fácil de manusear e
manipular.

- Agora. A dona do bordel é uma mulher muito inteligente. Não será fácil
derrubá-la.

- Minha vontade é de cometer uma loucura.

     Assisti seus olhos se arregalarem.

- Não está falando em assassinato.

     Ele sussurrou.

- Por que não?

- Burra você não é Elizabeth. Sabe muito bem que os suspeitos seríamos nós.
E Edward não iria perdoá-la.

     Infelizmente tive que concordar.

- Você tem razão. Mas o que posso fazer então?

- Vamos ser inteligentes. Você disse que ela não falou a ele quem realmente é.
Se ela é quem diz ser mesmo.

- É ela sim. A filha de Charlie Swan. E não. Ela não contou o que é estranho
seria mais uma forma de me atacar.
- Bom então deve ter algum segredo ai.

- Sim. Preciso descobrir o que é.

- É por isso mesmo que vamos receber um amigo meu.

- O que ele tem a ver com isso? Ele conhece a vadia?

- A amante atual dele trabalhou na casa da colina e saiu a pouco talvez ela
tenha algo para nos ajudar.

     Fomos interrompidos pela secretaria de James avisando que seu amigo
havia chegado.

     O homem entrou com uma garota loira que estava assustada. Em seu rosto
havia uma mancha roxa que ela tentou esconder com maquiagem, mas não
obteve sucesso.

     Era obvio. Ele a espancava.

- Elizabeth, quero lhe apresentar Mike Newton um grande amigo e sua...


amiga Jessica Stanley.

- É um prazer conhecê-la Sra. Mansem.

- Bom. Parece que sua amiga pode nos ajudar em algo.

- Sim ela vai dizer tudo o que desejaram já me encarreguei de convencê-la a


isso. Não é benzinho?

     Mike Newton falou com Jessica que estremeceu.

- Fale Jessica.

     Ele a cutucou.

- Sr. Newton deixe que eu mesma converse com ela.

     Eu me aproximei da garota.

- Oi Jessica. Venha vamos nos sentar aqui.

     Puxei a menina pela mão e sentamos em um dos sofás disponíveis.

- Bom Jessica. Sabe que eu quero saber algumas coisas de Isabella Swan.
Pode me ajudar?
     Ela abaixou a cabeça.

- Senhora, não quero prejudicar a Bella, ela é uma boa pessoa e me ajudou
muito.

- Calma querida, eu não quero prejudicar ela também. Só preciso saber de


algumas coisas. Você não irá prejudicá-la eu prometo.

- Promete.

- Claro que sim.

     Tão ingênua.

- O que quer saber Sra. Mansen?

- Eu quero saber se você sabe o porquê Isabela Swan veio para Raymond?

- Não sei lhe dizer isso. Nós estávamos em New York e ela resolveu abrir o
bordel aqui, mas não sei o motivo.

     Não estava ajudando. Acho que essa menina realmente não sabia de muita
coisa.

- Mas... Tem uma pasta no quarto de Bella que tem muitas fotos. E tem fotos
da senhora também.

- Pasta? Que pasta?

- Não sei bem. Eu... eu estava limpando o quarto dela e por acaso vi esta
pasta. Não sei o que mais tem nela. Só vi que tinha fotos suas e da família do
Edward Cullen e fotos dele também.

     Sorri. Meu presente de natal tinha chegado antecipado.

Capítulo 22 Vingança: Lembranças do passado

Pov. Edward

– Este é muito lindo Sr. Cullen. Tenho certeza que ela ira gostar.
A vendedora disse obviamente entusiasmada por estar vendendo um
maravilhoso anel de diamantes.

Mas ela estava certa era um lindo anel de noivado.

Para minha Bella.

Ela era mulher que eu amava.

Eu queria dar este passo.

É claro isso ia depender dela.

Eu não tinha certeza sobre o futuro. Minha vida ainda era uma incógnita. Eu
não sabia se iria viver ou não, mas eu queria passar os últimos tempos de
minha vida, se estes realmente fossem os últimos tempos de minha vida, com
ela. Com Bella. Com minha família e com meu filho.

Cheguei ao apartamento e a encontrei preparando o jantar. Esta semana que


estávamos vivendo juntos me deu ainda mais certeza do que queria.

– Oi amor

Ela disse me beijando.

Eu sorri e a abracei sua cintura a levantando do chão. Nos beijamos


apaixonadamente.

– Senti sua falta.

– Eu também.

No bolso do meu casaco estava a caixinha preta com o anel.

Eu estava morrendo de vontade de dar a ela agora, mas eu queria a ocasião


especial e não ia demorar muito. Na próxima semana seria o almoço de ação
de graças. Minha mãe fazia sempre um grande almoço em sua casa e seria a
oportunidade perfeita para pedi-la em casamento. Com toda a minha família
reunida.

Bella serviu nosso almoço. Estava muito bom. Ela cozinhava muito bem.

– Nossa amor! Sua comida está uma delicia.

Ela sorriu lisonjeada.


– Que bom que gostou. Sua mãe me disse que gostava deste prato. Não sei se
ficou tão bom quanto o dela, mas eu tentei.

– Ficou ótimo.

Eu disse a beijando.

– É claro que para superar a super mãe Esme não é fácil.

Eu disse rindo e ela ficou seria.

– Edward eu queria te perguntar uma coisa.

– Fale amor. Pode pergunta o que quiser.

– Você nunca quis saber sobre seus pais biológicos?

Eu estranhei sua pergunta, mas era natural já haviam me perguntado sobre


isso.

– Não.

– Por quê? É que já conheci outras pessoas que foram adotadas e essa
curiosidade os levou a tentar descobrir algo em relação ao passado.

– Acho que talvez se eu sentisse que faltasse algo em minha vida eu buscaria
respostas, mas não. Sou tão feliz com minha família. E não adiantaria nada
meu pai disse que meus pais biológicos morreram então não há nada para
descobrir sobre meu passado.

Estávamos no sofá na sala assistindo um filme quando meu celular tocou. Vi


que era minha avó. Deixei tocar. Não iria atendê-la. Já não estava mais no
trabalho e agora eu só falava com ela sobre coisas do trabalho.

– Quem é amor?

– Elizabeth.

– Ah, não vai atender?

– Não.

Um tempo depois. Minha mãe ligou para meu celular.


– Oi mãe.

– Oi querido.

Sua voz era estranha. Ela chorava.

– O que foi o que aconteceu?

– Seu avô, meu filho, ele morreu.

Então era por isso que minha avó havia ligado. Senti-me mal por não atender.

– Edward eu sei que você e sua avó estão... você sabe.

Eu havia contado a meus pais o que Elizabeth havia feito para me separar de
Bella. Eles não ficaram surpresos.

– Eu preciso que vá a fazenda querido amanhã de manhã. Eu estou indo pra


lá neste momento, mas preciso que vá para resolvermos os detalhes
burocráticos do funeral.

– Tudo bem. Eu vou. E como ela está?

Eu não era um homem rancoroso. No fim ela ainda era minha avó. Você não
deixa de amar uma pessoa de uma hora para outra.

– Está muito triste. Como era de se esperar.

– Claro mãe.

Despedimo-nos e Bella olhava atenta para mim.

– Edward o que aconteceu?

– Meu avô faleceu, Bella.

– Ah, Edward eu sinto muito.

Ela disse me abraçando.

– Não éramos ligados como eu e minha avó, mas eu gostava muito dele. Em
minha infância quando ele não era doente ele era muito divertido e tinha um
amor incrível por minha mãe. Ela vai sofrer bastante.

– Sua avó gostava dele?

– Eu acho que sim. Era seu marido afinal.


Eu realmente fiquei triste com a morte de meu avô.

No outro dia levantei cedo para ir à fazenda. Bella me acompanhou, mas ficou
no bordel. Ela precisava resolver alguns assuntos.

Cheguei à fazenda e minha família já estava lá. Abracei minha mãe assim que
a vi. Ela chorou amparada em meus braços.

Já haviam vindo de outras fazendas alguns parente e amigos.

Fui ao escritório tomar as providencias necessárias para este tipo de situação.

Ao sair encontrei minha avó que estava ao lado de minha mãe.

Ela estava abatida e pelo jeito havia chorado.

Quando me viu ela veio ao meu encontro e inesperadamente me deu um


abraço. Não pude recusar de abraçá-la. Havia muitas pessoas ali. Não daria
motivos para um escândalo.

Afastei-me dela e tentei a todo custo evitá-la.

A tarde sai de lá para buscar Bella.

Pov. Bella

Eu estava em meu quarto me aprontado para ir ao velório do Sr. Antony


Cullen. Edward viria me buscar em 30mim.

Bateram em minha porta e Rose apareceu.

– Oi Rose.

– Bella sei que tem que sair, mas tem uma moça ai que quer trabalhar no
bordel e eu queria que conversasse com ela.

– Que bom que apareceu alguém né, Rose.


– É ela foi a única até agora.

– Ok vamos lá, Edward vem me buscar em meia hora.

Fomos ao meu escritório e uma mulher ruiva me esperava.

– Olá sou Bella Swan

Ela sorriu, era bonita, mas um pouco vulgar para nossos padrões.

– Oi eu sou Victoria.

**

– Então Rose, ela começa amanhã. Depois você fala com ela sobre as roupas
que ela deve usar. Ela é meio vulgar, mas com umas aulinhas vai ficar ótima.

Rose estava emburrada.

– O que foi Rose?

– Serio que foram só as roupas dela que você achou estranho?

– Não estou te entendendo Rose.

– Ela é estranha Bella, não sei te dizer só não gostei do jeito dela parecia que
estava bisbilhotando tudo.

– Rose deixa de ser desconfiada. É natural ter curiosidade sobre este lugar.

– Não sei não em todo caso vou ficar de olho nela.

Edward chegou e fomos para a fazenda Mansen. Havia muitas pessoas Sr.
Mansen apesar de muitos anos doente, era muito conhecido.

E lá estava eu novamente frente a frente com Elizabeth Mansen.

Seus olhos se arregalaram a me ver chegando de mãos dadas com Edward.

Não me aproximei dela. Fui cumprimentar a família de Edward.


Esme parecia estar sofrendo muito com a perda do pai. Ela era constantemente
amparada por Carlisle.

Nessie também chorava bastante abraçada a Emmett.

Eu não gostava muito de velórios por isso me mantive mais afastada.

Eu e Edward estávamos abraçados perto de uma janela quando Elizabeth se


aproximou.

Aparentemente abatida e sofrendo, mas eu duvidava que aquilo fosse


verdadeiro.

– Eu queria pedir perdão a vocês pelo que fiz. Num momento como este é que
vemos as besteiras que fazemos, e que a vida não vale nada sem a companhia
das pessoas que amamos.

Que vaca! Bruxa!

Ela estava usando a morte do marido para tentar uma aproximação com
Edward. E além de tudo pedindo desculpas num momento como este. Ela
sabia que não iríamos revidar.

– Agora não é hora para isso v... Elizabeth.

Edward disse sério.

Até eu me surpreendi com sua reação. Imaginei-o caindo na lábia dela.

Mas não.

Meu homem realmente abriu os olhos.

Ela teria que fazer mais que isso para conseguir sua confiança de volta.

Ela se afastou visivelmente abalada.

Eu já estava me sentindo sufocada e pedi a Edward que déssemos uma volta


pela fazenda. Ainda era dia claro.

Ele me levou aos estábulos e mandou selarem dois cavalos para passearmos.

Saímos pela fazenda que era realmente linda.

– Não era bem num momento destes que eu queria passear com você pela
fazenda.
– Eu sei amor. Como é lindo aqui.

Estávamos andando há alguns minutos quando vi.

Uma árvore.

Mas não era qualquer árvore.

Já fazia muito anos, mas se eu não estava enganada era árvore que ficava ao
lado da minha casa.

Eu arfei e senti minha respiração presa. Desci do cavalo.

Eu olhava para tudo e as lembranças começaram a tomar conta de minha


mente.

Senti Edward próximo a mim.

– Edward onde estamos exatamente?

– Ah, aqui são as terras que minha avó comprou depois. A fazenda era
dividida em duas e esta parte ficava bem no meio. Parece que morava uma
família aqui. Um casal e uma menina. Minha avó me falou que a casa deles
pegou fogo e o homem morreu. Uma coisa horrível. Então a viúva e sua filha
venderam as terras para minha avó e foram embora.

Eu já não escutava mais o que ele dizia. Minha mente estava repleta de
lembranças.

“Bella desce da arvore filha você vai cair.”

“Não vou não papai.”

“Por favor, amorzinho desce dai, eu prometo cavalgar com você agora
mesmo.”

“Promete.”

“Prometo filhinha. Agora desce dai.”

“Papai vamos cavalgar?”

“Vamos sim minha princesa até escurecer.”

“A mamãe vai brigar com você que nem ontem.”


“Não tem problema, quando chegarmos vamos encher ela de beijinhos e ela
não briga.”

“Papai! papai!”

“Calma meu amor papai já vai sair.”

“Mas tem muito fogo mamãe e ele não ta saindo. Mamãe porque está
chorando?”

As lembranças fizeram lágrimas rolarem por meus olhos. E eu mal ouvia


Edward.

– Bella? Bella? Amor está tudo bem?

Mas eu não ouvi mais nada e a escuridão me tomou.

**

Eu senti meu corpo em algo macio. Eu não sabia bem onde estava. Abri os
olhos e encontrei Edward, Carlisle, Jasper e Alice me encarando.

Era estranho. Por que eu estava aqui?

Então me lembrei.

As lembranças.

– Bella amor está bem? Por favor, amor fale algo não me assuste assim.

– Edward...

– Ah graças a Deus.

– Edward onde eu estou?

– Calma Bella. – Carlisle disse - Você estava passeando com Edward pela
fazenda quando desmaiou. Estamos em um dos quartos da fazenda.
Meus olhos arderam novamente. E eu tentei segurar minhas lágrimas, mas não
obtive sucesso.

– Pai ela está bem?

– Pelo que pude ver sim Edward. Acredito ter sido uma queda de pressão.

– Acha que devo levá-la a um hospital?

– Não Edward. Não acho que seja necessário. Como se sente, Bella?

– Eu estou bem. Só gostaria de ir embora daqui.

Edward se aproximou.

– Eu vou pegar o carro e deixá-lo na frente da casa e ai vamos.

Edward e Carlisle saíram ficando Alice e Jasper comigo.

– Jasper eu vou com eles, está bem?

– Claro Ali.

– Não precisa Alice eu estou bem.

– Não discuta Bella.

Alice se sentou pegando minha mão.

– Eu sei que precisa de mim.

Ela tinha razão eu precisava desabafar e não poderia ser com Edward.

Eu, Edward e Alice fomos para o apartamento. Chegando lá Edward me fez


tomar um comprimido que Carlisle havia receitado.

Foi difícil convencê-lo a voltar ao velório do avô. Somente quando Alice


garantiu que não sairia do meu lado que ele finalmente se convenceu que
deveria mesmo retornar. Sua família também precisava dele.

Alice entrou no quarto de Edward onde eu estava deitada.

– Ele já foi?

– Sim. Foi com a cara amarrada, mas foi. Nossa Bella ele ama muito você.

– Sim. Vamos ver até quando.


– Por que está falando desta forma?

– Quando eu contar a ele que vim para esta cidade para me vingar de sua avó
e que o usei a principio. Ele vai me deixar.

– Bella ele ama você. Se você souber como falar ele vai te perdoar.

– Aí é que está Alice. Eu não sei como falar para ele. Fora que tem outras
coisas.

– O que?

– Não posso te envolver nisso amiga. Sabe disso.

Ela suspirou.

– É eu sei. O que aconteceu hoje, Bella?

As lágrimas voltaram com força.

– Eu... voltei lá Alice. Onde era a minha casa. Onde morava minha família. E
tudo voltou com força... eu vi os momentos que passei com meu pai... o
incêndio...tudo.

Eu soluçava.

Alice me abraçou.

– Calma Bella.

Ela me deixou chorar até não ter forças. E então finalmente o remédio fez
efeito e eu dormi.

Eu acordei bem melhor. Alice passaria a noite comigo. Edward ligou e ficou
aliviado quando eu disse que estava melhor. Ele ficaria na fazenda no velório,
no outro dia pela manhã seria o enterro de seu avô então ele só retornaria após
isso.

No outro dia ele retornou após o enterro e foi tomar um banho e dormir já que
havia passado a noite em claro.

Alice retornou para a casa dos Cullen para ficar com seu Jasper.
Eu ficaria ali no apartamento velando o sono do meu amor, mas a ligação de
Jacob fez com que meus planos fossem alterados.

– Oi Jacob. Algum problema?

– Oi Bella é que a égua que te falei está dando cria.

– Nossa! Já é a época?

– Sim.

– Droga! Nós precisávamos de Edward, mas ele passou a noite no velório do


avô e agora está dormindo.

– É eu sei Bella. Na verdade eu sei fazer tudo. Acho que não vamos precisar
de um veterinário. Tenho bastante experiência e acho que está tudo normal.
Eu só vou precisar de ajuda.

– Eu estou indo para aí, tchau.

Deixei um bilhete para Edward explicando o porquê de minha ausência.

Ao chegar à casa da colina fui diretamente aos estábulos ajudar Jacob.

Foi meio estranho ajudá-lo. Ao mesmo tempo em que foi emocionante ver o
nascimento do potrinho. Foi nojento. Não sei se teria estômago para ser
veterinária. Meu pai ficaria orgulhoso de mim. Ele sempre sonhou em ser
veterinário.

Eu estava vendo a potrinho se alimentando da sua mãe. Eu estava fascinada.

– É Charlie Swan você ficaria orgulhoso de sua filha nesse momento.

– Charlie Swan?

Jacob me perguntou estranho.

Eu ri.

– É. Meu pai. Ele sempre sonhou em ser veterinário. Fazer isso que fizemos
hoje. Ele deve estar orgulhoso de mim.

Eu sorri e Jacob me acompanhou.

– Acho que está tudo bem com o potro Bella, mas se quiser pedir para o
Edward o examinar seria bom. Você deve dar um nome a ele.
– Hum... não tenho nenhuma idéia. O antigo proprietário gostava de dar
nomes de deuses gregos aos cavalos, mas não sei. Vou pensar e depois te
aviso.

Cheguei ao bordel e Rose me criticou por estar toda suja e fedendo. Eu ri. Fui
tomar um banho. Eu havia ficado tempo demais longe de Edward eu estava
morrendo de saudades do meu amor.

Capítulo 23 Vingança: A verdadeira verdade.

Pov. Edward

Eu acordei e não encontrei Bella. Encontrei o bilhete que ela havia deixado.
Ela tinha ido ao bordel para ajudar Jacob com a égua que havia dado cria.

Porque não me chamou? Está certo que quando eu cheguei eu parecia um


zumbi de sono. Mas eu pedi que ela não saísse.

Eu estava preocupado com ela.

O que aconteceu ontem na fazenda foi muito estranho.

Peguei meu telefone e liguei para meu pai.

– Edward?

– Oi pai. Não te acordei?

Ele também havia passado a noite em claro.

– Não filho. Acordei já faz um tempo.

– Como está a mamãe?

– Está bem. Foi cuidar do jardim sabe que isso sempre faz bem a ela.

– É verdade. Pai eu queria te pedir se você podia agendar uma consulta para
Bella. Eu fiquei preocupado com ela por ontem.

– Claro eu agendo sim. Apesar de achar que foi realmente uma queda de
pressão. Peça a ela para ir ao meu consultório no hospital amanhã à tarde.
– Obrigado pai.

– Não foi nada filho. Me diz? Notícias do Gabe?

– Eu vou justamente ligar para Tânia após falar com você. Foi bom ele estar
com Tânia com tudo isso que aconteceu.

– É verdade. Bom diga a Bella que a espero amanhã.

– Claro. Abraço pai e mande um para a mamãe também.

Após me despedir de meu pai. Eu liguei para Tânia.

Ela me deu suas condolências pela morte de meu avô. E passou a ligação para
Gabe.

– E ai campeão? Se divertindo?

– Sim papai. Eu o vovô fomos pescar. E eu peguei um peixão bem grandão.


Mas o vovô não deixou trazer ele para casa. Ele disse que o peixe tinha voltar
para água.

Eu não entendia muito de pesca então não podia criticar a decisão do Sr.
Denalli.

– Bom se seu avô disse que ele devia voltar para água é por que ele devia
mesmo.

– É eu não fiquei triste não. É que eu queria que você visse ele.

Eu ri. Neste momento Bella abriu a porta e entrou com um enorme sorriso.

– Papai eu estou com saudade de você e da Bella.

– Nós também, Gabe. Estamos com muita saudade de você.

Bella percebeu quem era no telefone e fez sinal de positivo de que também
estava com saudades de Gabe.

Logo desliguei.

– Oi amor.

Bella sentou-se no meu colo no sofá.

– Oi meu anjo.
Disse a beijando. Inserindo minha língua em sua boca e ela acariciando
lentamente com a sua. Meu corpo já reagindo a ela. A falta dela.

– Já comeu algo?

– Eu acordei a pouco amor. E fiquei chateado de você não estar aqui.

Ela riu.

– Não seja mimado Edward se acordou a pouco mal sentiu minha falta já que
estou aqui.

– Eu sempre sinto sua falta. Como você está? Eu fiquei preocupado por
ontem.

– Não foi nada Edward. Sério.

Eu sabia que havia algo, mas a deixaria a vontade para me contar.

– Eu marquei uma consulta para você com meu pai. Não adianta fazer essa
cara - eu disse quando ela fechou o semblante - É amanhã à tarde.

– Não era necessário incomodar seu pai, Edward. Só falta agora você querer ir
comigo na consulta.

– Não seria má idéia, mas eu tenho que trabalhar, a empresa ficou fechada
ontem e hoje devido à morte do meu avô. Amanhã eu tenho que ir.

Eu comecei a beijar seu pescoço e ela ficou mole em meus braços.

– Promete que vai à consulta amanhã.

– Eu vou. Só para você ver que não há nada de errado comigo. E agora me
diga o que você deseja comer?

Eu ri safado.

– Além de você? Nada no momento.

Ela ficou vermelha. E eu reagi ao seu rubor que sempre me excitava.

A beijei e retirei sua blusa.

– Eu amo tanto você.

Ela disse enquanto eu beijava seus seios já descobertos.


– Eu também meu anjo. Amo você. Desejo você. E não sei mais viver sem
você.

Bella me olhou profundamente antes de literalmente me agarrar e aprofundar


sua língua em minha boca e suas mãos em meus cabelos.

– Me ame agora Edward.

Ela mordeu o lóbulo da minha orelha.

– Ou me fode se você preferir.

Eu rosnei e praticamente arranquei nossas roupas fora.

Em seguida Bella cavalgava em meu pau. E era a visão mais linda e erótica
que tive na vida. Seus cabelos soltos. Seus olhos me encarando e seus dentes
prendendo os lábios. Era demais para minha sanidade. Eu segurei sua cintura
aumentando o ritmo.

– Que delicia ter você assim Bella.

Eu amava seu corpo. Seu rosto. Tudo nela.

– Você é o único Edward. O único que amo e amei em minha vida. Eu sou
sua. Somente sua.

Suas palavras me levaram a borda.

Minha. Ela era somente minha.

Meu orgasmo me alcançou e o dela em seguida.

Ficamos o restante da tarde e noite somente curtindo um ao outro.

– Sua avó não tentou se aproximar de você novamente?

– Até tentou, mas como havia muitas pessoas eu sempre dava um jeito de me
esquivar.

– Você acha que ela realmente se arrependeu?

– Não sei. Não vamos mais falar nela. Vamos ficar aqui somente eu e você.
Os problemas deixamos fora da porta.

Ela sorriu e se aconchegou a mim e logo adormecendo. Ela era tão linda
dormindo. Um anjo. Realmente um anjo.
Pov. Bella

Eu acordei e fiquei olhando meu namorado que dormia calmamente. Como eu


amava este homem.

O medo de perdê-lo cada vez mais se fazia presente em meu coração. Eu


precisava criar coragem de falar tudo a ele. Eu sempre fui tão corajosa.

Fui corajosa ao enfrentar a víbora naquele almoço.

Fui corajosa em outras ocasiões em minha vida.

Porque este medo insano agora?

É claro. O que estava em jogo agora era o amor de Edward.

Eu iria tentar descobrir a verdade sobre o passado de Edward e depois iria


contar a verdade para Edward.

Eu iria arriscar perder seu amor, mas pelo menos ele saberia toda a verdade
sobre sua vida. Não haveria mais segredos.

Minha oportunidade seria tentar falar com Carlisle. E hoje era a chance, eu
teria uma consulta com ele. Eu iria perguntar tudo a ele. Mesmo que eu tivesse
que possivelmente revelar algo a ele.

– O que tanto você pensa?

Edward disse de repente, eu não havia percebido que ele estava acordado.

– Oi, bom dia.

Eu disse o beijando.

– Bom dia minha linda.

– Eu estava pensando. Será que meu lindo e maravilhoso namorado gostaria


de tomar um banho comigo?

Seu lindo sorriso acelerou meu coração.

– Acho que estou sonhando.


Ele disse e eu gargalhei. Levantei-me e comecei a tirar minha roupa fui até a
porta do banheiro.

– E então?

Gargalhei novamente ao vê-lo pular da cama.

Tomamos um delicioso banho regado a caricias e obviamente fizemos sexo.


Sexo com ele era sempre maravilhoso.

Eu me vesti primeiro e fui preparar nosso café. Degustamos nosso café


conversando sobre coisas amenas e Edward me avisou que não viria almoçar.
Tinha muito trabalho acumulado pelos dois dias que a empresa não havia
funcionado.

Aproveitei o dia para cuidar de mim. Fui ao salão. Fiz algumas compras.
Coisas rápidas e de necessidade extrema. Eu não gostava muito de compar.
Almocei pelo centro da cidade mesmo. Acabou que eu não tinha mais o que
fazer e ainda faltava um tempo para minha consulta com Carlisle, mas resolvi
ir ao hospital assim mesmo. Eu esperaria por lá mesmo.

Cheguei à recepção do hospital e me pediram para ir ao quarto andar onde era


o consultório do diretor do hospital, ou seja, Carlisle Cullen.

Em seu consultório a secretaria disse que eu havia chegado muito cedo e que
Carlisle havia ido ver os pacientes, mas a instrução que ele deixou era para
que quando eu chegasse esperasse em sua sala. Olhando o relógio eu vi que
realmente estava muito cedo do horário marcado para minha consulta.

A secretaria me acompanhou até a sala do Dr. Cullen e pediu que eu me


sentisse a vontade ela disse que teria que sair para pegar uns papeis e que
tentaria avisar Carlisle que eu esperava por ele.

A sala do diretor do hospital era muito bonita nem parecia um consultório


médico.

Havia duas salas. Na principal a ampla mesa que estava repleta de fotos da
família. Sorri ao ver uma foto de Edward e Gabe. Ao lado da de Esme e
Carlisle. Eles formavam um casal lindo. Havia outros porta retratos com fotos
de todos os filhos. Fiquei andando e entrei na outra sala que era como uma
biblioteca. É claro que os livros me chamaram atenção.

Fiquei distraída olhando os títulos dos livros, muitos eram livros médicos, mas
havia também literatura.
Ouvi passos na outra sala e fui em direção para mostrar que eu estava aqui,
mas as palavras de Carlisle me fez parar onde estava.

– Já falei que não quero que venha aqui Elizabeth.

– Se você atendesse minhas ligações não seria necessário que eu viesse até
aqui.

Eu deveria me mostrar e dizer a ele que eu estava ali e escutando tudo. Mas a
curiosidade foi maior que a razão do que era certo.

A secretaria dele não deveria ter voltado. Ele não tinha como saber que eu
estava aqui. E como ainda era cedo ele nem desconfiava que eu estivesse
escutando sua conversa.

Fiquei quieta escutando e espiando tudo.

Carlisle estava atrás de sua mesa com uma cara feia. Nunca o tinha visto
assim antes. Elizabeth estava sentada em uma das poltronas de frente para
Carlisle e de costas para onde eu estava.

– O que quer Elizabeth?

– O que eu sempre quero Carlisle.

Ela disse com a vos macia. Carlisle não disse nada.

– Agora que aquele velho nojento morreu nada pode fica entre nós, meu amor.

– Você é louca. Sabe que eu jamais deixarei Esme por você.

– Pode parar de fingir que a ama Carlisle nós sabemos que você ama a mim.

– Você é doente Elizabeth, precisa se tratar. Seu marido acabou de morrer.

– Já foi tarde. Não agüentava mais aquele velho. Agora poderemos ficar
juntos.

Eu estava escutando bem. Elizabeth era apaixonada por Carlisle?

– Saia da minha sala Elizabeth. Eu amo Esme e você sabe muito bem disso.

– Ama? Bom não me pareceu que você a amasse quando fizemos nosso filho
há 28 anos. Nosso Edward.
Eu tapei minha boca com as mãos para não soltar nenhum ruído quando o
entendimento do que eu estava ouvindo veio ao meu cérebro.

Elizabeth e Carlisle.

Pais de Edward.

– Cala essa boca Elizabeth! Você sabe muito bem como tudo aconteceu.

– Você pode negar Carlisle, mas sabe a verdade. Um dia que não está longe
você vira para mim. E eu estarei esperando por você. Mas tem outro assunto
que quero falar com você. Sobre nosso filho. Você precisa impedir essa
besteira do Edward em se envolver com essa rameira que ele está.

– Não fale assim de Bella. Esta é a mulher que Edward escolheu. E ele a ama.
O que você fez para separá-los foi a coisa mais baixa que eu já vi você fazer.

– Talvez eu tenha exagerado um pouco.

– Edward já não confia em você. Eu deveria agradecer por você ter feito o que
fez assim ele abriu os olhos sobre você.

– Ele vai me perdoar ele me ama. Está magoado. Mas com o tempo irá me
perdoar.

– Não contaria com isso se fosse você. Agora saia eu tenho pacientes para ver.

– Você ainda vai se arrepender de me tratar assim Carlisle. A Esme não é


mulher para você. É fraca. Você precisa de uma mulher forte. Como eu.

– Não ouse falar de Esme. É a mulher mais maravilhosa que existe. E escute
bem Elizabeth. Nunca, ouviu bem, nunca ficarei com você.

– Veremos se quando todos souberem da verdade se você não virá para mim.

– Nem mesmo assim Elizabeth. E não se esqueça que não sou só eu a perder.
Edward jamais a perdoará.

Ela se despediu e ouvi um suspiro de Carlisle. Eu não deveria mostrar a ele


que estava ali, mas eu precisava de respostas e quando vi já estava em frente à
mesa dele. Ele não me viu, pois estava com a cabeça baixa entre as mãos.

Ele levantou o rosto e se assustou com minha presença.

– Oi Bella. A... minha secretaria não a anunciou.


– Eu já estava aqui Carlisle e ouvi toda a sua conversa com a Sra. Mansen.

Eu vi a cor sumir de seu rosto.

– Como você pôde Carlisle? Fazer isso com a Esme? Com Edward?

Ele se levantou fechando a porta que estava aberta.

– Calma Bella. Não é assim como está pensando. Sente-se, por favor.

Ele foi até o bar se servindo de uma dose de uísque e bebendo tudo de uma
vez. Ele estava nervoso. Era visível.

– Aceita alguma coisa para beber, Bella?

– Uma água, por favor.

Eu peguei a água de sua mão e só ai, percebi que tremia.

– Bella... eu vou te contar tudo. Será que pode me escutar sem me julgar antes
de te falar tudo.

Eu assenti e esperei por suas palavras.

– Eu sei que deve estar pensando o pior de mim Bella, mas as coisas às vezes
não são como pensamos num primeiro momento.

– Ainda não o estou julgando Carlisle. Estou esperando para ouvir o que tem a
me dizer.

– Eu vou te contar tudo Bella, mas preciso que me prometa que não vai dizer
nada a ninguém.

– Você quer dizer a Edward. Não posso prometer isso Carlilse.

– Bella eu venho escondendo isso por anos. Não quero perder o amor da
minha vida. Esme. Minha família. Meu filho. Eu vou te contar, mas pense
bem o que fará com esta informação.

Eu fiquei em silencio.

– Eu cheguei a Raymond como um simples médico. Recém formado não tinha


muito dinheiro. Consegui o emprego no hospital. Que na época não passava
de um posto de saúde. Logo que cheguei eu conheci a família Mansen. Sr.
Antony um bom homem e sua mulher Elizabeth que de cara demonstrou seu
interesse por mim. Não dei muita bola outras mulheres da cidade já haviam
demonstrado o mesmo interesse e não havia tido problemas. Mas o problema
realmente começou quando eu conheci Esme. Apaixonei-me de cara. Ela era
uma menina de 15 anos tão linda, mas totalmente submissa a mãe. Eu e Esme
nos encontramos algumas vezes e ela demonstrou o mesmo interesse por mim.
Só que é claro que Elizabeth foi contra. Ela dizia ser contra por causa de
minha natureza pobre, mas eu sabia bem que a verdade era por que ela me
queria para ela. Ela proibiu nosso namoro e Esme a acatou. Ela era só uma
menina e obedecia a mãe. Eu acabei aceitando que não poderia tê-la, mas
quando Esme começou a namorar o filho de um fazendeiro eu enlouqueci. Fui
até Elizabeth implorando que ela deixasse nós namorarmos. Então ela fez a
maldita proposta. Que se eu passasse uma noite com ela, ela permitiria que eu
namorasse Esme. É claro que recusei. Fiquei com nojo desta mulher. Um dia
numa festa em que toda a cidade estava presente eu vi Esme e o namorado.
Bebi demais. Estava desesperado. Então fui até Elizabeth e perguntei se sua
proposta ainda estava de pé. Ela me garantiu que após nossa noite eu poderia
começar a namorar com Esme. Então aconteceu. Eu dormi com Elizabeth
aquela noite mesmo. Estava bêbado. Acho que só assim eu conseguiria. Após
isso eu meio que fiquei com nojo de mim mesmo e me afastei. Então soube da
viagem de Elizabeth para França. Para mim este era o sinal que Elizabeth
estava me dando de que eu podia me aproximar de Esme. Fui à fazenda para
conversar com Esme e ela havia terminado o namoro com o tal filho do
fazendeiro. Eu declarei que a amava e falei com seu pai. O Sr. Antony gostava
de mim eu já o havia atendido algumas vezes. Ele mesmo sabendo que
Elizabeth era contra autorizou nosso namoro. Eu e Esme vivemos
intensamente nosso amor. Nos casamos e em seguida ela estava grávida. É
claro que mesmo de longe Elizabeth ficou furiosa, mas não podia vir. Só mais
tarde eu vim, a saber, por que ela não podia vir. Quase um ano após sua
partida Elizabeth me ligou exigindo minha presença em Boston é claro que
recusei e ela me chantageou. Ou eu iria ou contaria a Esme tudo. Eu fui e ao
chegar ao seu hotel tive a grande surpresa de encontrá-la com um lindo bebê.
Edward. Ela me contou que se descobriu grávida e resolveu se esconder na
França. Ela dizia que me amava, mas não estava disposta a abdicar do
dinheiro do Sr. Antony para ficar comigo. Eu não sabia o que fazer. Na época
não existia teste de DNA, mas eu não precisava. Eu sabia que Edward era meu
filho. A solução que achei foi adotá-lo. Não queria me separar do meu filho.
Mas não podia falar a verdade a Esme. Ela como a mulher maravilhosa que é
se apaixonou por Edward na primeira vez que o viu. O adotamos e o amamos
como todos de nossa família. A ele eu contei que seus pais biológicos haviam
morrido. O problema foi que sempre teria a verdadeira mãe de Edward por
perto. Ela sempre esteve presente como “avó”, sempre se metendo na
educação dele. Tivemos muitos problemas com ela por isso. Bom então essa é
toda a verdade, Bella. Esme nem sonha que Edward é na verdade seu meio
irmão. Filho de sua mãe com seu próprio marido. Eu sofro com este segredo
por anos. Sofro com as pressões psicológicas de Elizabeth ameaçando contar
por anos. Sofro com medo de perder minha mulher, minha família por todos
estes anos.

Ele disse por fim terminando seu relato.

Eu estava em choque.

Não sei como aquela mulher ainda conseguia me surpreender. Mas ela
conseguiu.

Também estava morrendo de pena de Carlisle. Viver na mira desta mulher


com um segredo destes deve ser horrível.

Eu também tinha um segredo que escondia de quem eu amava. Eu entendia


Carlisle.

– Eu sei que o que fiz foi errado. Não posso amaldiçoar aquela noite Bella, no
fim me trouxe Edward. Um filho maravilhoso.

– Carlisle eu não condeno você, mas acho que você deve contar o quanto
antes a todos já que o Sr. Mansen morreu Elizabeth pode contar a todos logo.

– Não acredito que ela faça isso. Ela se faz de louca, mas sabe que eu não vou
ficar com ela e ela ama essa pressão psicológica que ela faz comigo. Ainda
tem Edward que não vai perdoá-la.

Fiquei em silêncio absorvendo suas palavras.

– Não vai contar a ele não é Bella?

Seu rosto era esperançoso.

– Não gostaria de guardar este segredo de Edward, Carlisle. Mas não sou eu
quem tem que contar e sim você.

Carlisle e eu conversamos ainda a respeito disso e após ele fez a consulta que
tanto Edward queria e como eu desconfiava, eu não tinha nada.

– Me prometa Bella que não vai falar nada a Edward.

– Eu prometo Carlisle. Mas por favor, pense bem e fale a verdade a sua
mulher e a seu filho.

Nos despedimos e eu meio área fui para o bordel.


Capítulo 24 "A vingança é um prato que se come frio"

Pov. Bella

Estava em meu quarto quando Rose entrou.

– Ah, oi o que faz aqui, Bella? Eu achei que estava no apartamento do seu
namorado.

– Eu estava.

– O que há com você? Está estranha.

– Nada Rose.

Eu não podia falar a ninguém a bomba que eu havia descoberto hoje.

E droga! Quanto mais eu mexia mais eu tinha coisas para esconder de


Edward.

– Bella a novata sumiu.

Rose disse.

– Como assim?

– A tal Victoria se mandou.

– Assim sem mais nem menos.

– Fui chamá-la hoje de manhã e ela e suas coisas haviam sumido. Eu disse que
essa garota era estranha. Nem esperou o pagamento.

– Verificou se sumiu algo?

Eu perguntei.

– Pelo que vi nada. Está tudo no lugar.

Achei estranho. Em tantos anos nesse ramo nunca vi uma prostituta sair sem
receber.
Eu tinha tanta coisa na cabeça que não dei muita atenção a este fato.

Voltei para o apartamento e quando cheguei Edward e Gabriel estavam na


sala.

Fiquei imensamente feliz por ele ter retornado.

– Oi meninos.

– Bellaaaa!

Gabe veio correndo e quase me derrubou ao me abraçar.

Fiquei feliz. Este menininho era tão carinhoso comigo.

– Que bom que voltou meu lindo.

– Eu tava com um montão de saudade de você, Bella.

Edward se aproximou e me deu um leve beijo.

Gabe ficou rindo quando seu pai me beijou.

Na semana tudo voltou ao normal eu voltei a ficar no bordel. Mas ficava mais
vezes no apartamento de Edward.

O que estava achando estranho era o silencio de Elizabeth. Ela não havia feito
nada. E nem tentado se aproximar de Edward.

Amanhã seria o almoço de ação de graças na casa de Esme. Apesar da recente


morte de seu pai ela resolveu seguir a tradição e fazer o almoço.

Eu estava no bordel em meu escritório organizando a contabilidade quando


Jacob bateu e pediu licença para entrar.

– Oi Bella será que poderíamos conversar?

– Claro Jacob. Algum problema com os cavalos?

– Não nenhum problema. É a respeito do seu pai.

Meu coração deu solavanco.

– Como? O que disse Jacob?


Ele fez suspense e eu quase implorei para que ele dissesse logo o que sabia.

– Eu já havia ouvido este nome. Charlie Swan. Então me lembrei que meu pai
falava muito este nome. Depois que você comentou naquele dia eu fui até meu
pai e falei a ele sobre você e seu pai. Meu pai ficou muito nervoso não quis
me contar o que sabia, mas me pediu que eu a levasse para falar com ele.

– Jacob eu não estou entendendo. O que seu pai sabe? O que ele quer falar
comigo?

– Ele sabe como seu pai morreu. Ele disse que sabe quem matou seu pai,
Bella. E que está disposto a ir até a polícia para falar o que sabe. Mas que
antes precisa te pedir perdão.

Eu não consegui processar as palavras de Jacob.

Havia alguém depois de todos estes anos que estava disposto a falar tudo o
que houve naquela noite.

E ele era o pai de Jacob.

Eu estava na picape de Jacob rumo a uma cidade próxima a Raymond, onde o


pai dele, Billy Black, morava.

Eu estava ansiosa, nervosa e insegura sobre se queria ouvir o que o pai de


Jacob tinha a falar.

Edward me ligou e ficou desconfiado com e mentira que falei a ele. Eu não
tinha cabeça para pensar em algo melhor. Ir fazer compras era algo que eu
realmente não gostava e Edward sabia disso, mas foi só o que veio a minha
cabeça no momento.

Na picape de Jacob não falávamos nada cada um com seus pensamentos.

– Eu não sei o que meu pai quer falar com você, Bella. Mas não deve ser uma
coisa fácil para ele. Conheço meu pai vi o jeito que ele ficou quando
mencionei seu nome. Só queria te pedir uma coisa. Pega leve com ele.

Eu não disse nada. Não estava em condições de prometer nada.

– Ele já é idoso. Não é desculpa, se ele fez algo errado tem que pagar, mas é
meu pai.
Eu assenti.

Continuamos o caminho pela estrada de chão até chegarmos a um sítio. Era


simples, mas bem cuidado. Havia uma casa vermelha de madeira.

Jacob estacionou em frente e uma mulher morena e cabelos curtos saiu da


casa.

Ela sorriu ao ver Jacob.

– Sue esta é Bella Swan, ela veio conversar com meu pai.

A mulher parou de sorrir tensa.

– Bella esta é Sue minha madrasta.

Cumprimentamo-nos.

– Onde está meu pai?

Jacob perguntou.

– Está esperando vocês na sala. Vamos entrar.

Eu entrei na pequena sala e vi um senhor. Ele estava sentado e de perfil era


muito parecido com Jacob.

– Oi pai. Aqui está Bella Swan.

Ele me olhou e vi dor em seus olhos. Desespero. Remorso.

– Se aproxime filha.

Eu fui até ele. Tão assustada quanto ansiosa.

Ele pegou minha mão.

– Me perdoe querida. Perdão, perdão, perdão.

Ele repetia e chorava.

Eu não sabia o que pensar.

– Senhor eu não posso perdoá-lo sem saber o que fez para pedir meu perdão.

– É claro. Sente-se criança irei contar tudo que sei.


Eu mal engoli.

Ele olhou para Jacob que se retirou nos deixando a sós.

– Eu trabalhei por muitos anos na fazenda Mansen. Era um bom lugar para
trabalhar enquanto o Sr. Antony Mansen comandava. Bom então a Sra.
Mansen assumiu tudo e as coisas mudaram. Vivíamos apreensivos. Tínhamos
que fazer tudo o que ela mandava sob pena que se não fizéssemos iríamos
para o olho da rua. Todos éramos pobres e o salário não era ruim. A Sra.
Mansen sempre comprou o que quis com seu dinheiro. Menos seu pai.

O nó crescia em minha garganta.

– O...o senhor conheceu meu pai?

– Superficialmente sim. As fazendas Mansen faziam divisas com a do seu pai.


Cheguei a ver você algumas vezes.

Ele parou seu relato para meu desespero.

– A Sra. Mansen estava furiosa por que seu pai se negava a vender as terras de
vocês. Então em uma noite Gustave, o braço direito da Sra. Mansen, reuniu
rodos os capatazes da fazenda e nos disse que iríamos dar um susto em
Charlie Swan.

– E vocês colocaram fogo em minha casa.

Eu afirmei. As lágrimas já rolavam por meu rosto.

– Eu juro a você. Não sabia o que iria acontecer àquela noite. Quando me dei
conta já era tarde.

Eu solucei com as lembranças.

– Fiquei desesperado no outro dia quando soube que Charlie Swan havia
morrido naquele incêndio. Mas é claro que fomos silenciados pela Sra.
Mansen. Vivi anos com este remorso. Eu não sabia como achar você e sua
mãe. Eu sempre quis contar a verdade a policia, mas... eu vou ser sincero me
faltou coragem.

– E agora o senhor teria esta coragem?

– Sim. Sim. Eu quero contar tudo. Se tiver que pagar pelo meu crime eu pago.
Não consigo viver mais com este sentimento. Preciso fazer a coisa certa.

Eu avaliei suas palavras.


Eu não consegui sentir raiva deste homem.

Eu não conseguia sentir raiva de ninguém a não ser dela.

Elizabeth Mansen.

Acho que eu seria capaz de matá-la se a visse neste momento.

Minha mãe sempre esteve certa.

Ela tinha assassinado meu pai.

Eu estava cega de ódio.

Eu queria vingança.

Eu queria justiça.

E iria ter.

– Sr. Black está disposto mesmo a ir a policia falar toda a verdade?

– Sim. Mesmo que isto custe minha liberdade. Eu vou pagar pelo que fiz. Mas
a Sra. Mansem também vai.

– O Senhor sabe alguma coisa sobre a investigação na época?

– Pelo que me lembro a policia teve que arquivar o caso por falta de
evidencias. Um dos policiais achava que foi incêndio criminoso, mas não
havia provas.

Eu assenti.

– Me de um minuto, por favor?

Peguei meu celular discando para John Jenks.

– John? É Bella. Em quanto tempo você consegue chegar a Raymond?

Eu estacionava na frente do apartamento de Edward ainda com a cabeça cheia


com tantos acontecimentos.
Meu advogado e detetive John, prometeu estar pela manhã em Raymond. Eu,
ele e Billy Black iríamos à delegacia cedo.

Veríamos a possibilidade de abrir a investigação. E responsabilizar Elizabeth


Mansen pelo incêndio criminoso que causou a morte de meu pai.

Eu ajudaria no que fosse possível o pai de Jacob. Jenks o defenderia. Ele não
precisava pagar pelo que fez no passado. Todos estes anos de remorso já
foram o suficiente.

Jacob ficou arrasado por saber que seu pai esteve envolvido na morte de meu
pai. Mas se eu, filha da vitima, poderia perdoá-lo acredito que seu filho
também o faria.

Eu e Jacob conversamos e resumi os fatos e disse a ele que voltei a esta cidade
para me vingar. Não entrei em detalhes e pedi sua discrição. E ele me
prometeu.

Estava na hora de contar toda a verdade a Edward. Na verdade já estava


passando da hora.

Chega de segredos e mentiras.

Eu iria amanhã à delegacia de policia onde tentaria reabrir a investigação da


morte do meu pai.

Depois do almoço de ação de graças, eu contaria tudo a Edward.

Meu passado.

O que Elizabeth Mansen fez.

Minha volta a Raymond com a intenção de me vingar.

Que eu o usei no início, mas depois me apaixonei.

E depois rezar para que ele me perdoasse.

Então hoje eu iria aproveitar a noite com meu amor e meu menino.

Entrei no apartamento e eles ainda não haviam chegado.

Então comecei a preparar o jantar. Iria fazer bife, batata fritas e mousse de
chocolate de sobremesa o prato preferido de Edward e Gabriel.
Pov. Edward

Sabe quando você pressente que algo em sua vida vai mudar?

Eu estava pressentindo isso.

Algo estava errado.

Bella estava estranha. Muito estranha.

Mesmo sem querer não pude deixar de me lembrar de como Ângela ficou
estranha quando me traiu.

É claro que Bella era diferente, mas algo estava errado. Eu não queria
pressionar, mas seu silencio e às vezes sua distração me preocupava.

– Oi papai.

Gabe entrou no carro largando a mochila da escola no bando traseiro.

– E ai campeão? Como foi na escola hoje?

– Foi tudo legal papai, eu e tio Emmett jogamos bastante.

– Estou percebendo está todo suado. Quando chegarmos em casa quero o


senhor direto pro banho. Sem desculpas Gabriel.

– Tá bom. Tá bom.

Eu ri.

Chegamos ao apartamento que estava tomado por um cheiro delicioso. Sorri.


Bella estava preparando o jantar.

Gabe também sentiu e já se animou para ir para a cozinha.

– Nem pensar mocinho. Banho!


Ele resmungou, mas foi.

Eu fui à cozinha e a encontrei concentrada no que estava preparando.

Cheguei atrás dela colocando minhas mãos em sua cintura.

Ela deu salto.

– Ai que susto Edward!

Eu ri e beijei seu pescoço.

– Estava assim tão distraída?

Ela riu.

– Sim eu estava. O jantar está quase pronto. Fiz o prato preferido de vocês.
Cadê o Gabe?

– Foi direto pro banho. Parecia um porquinho.

Rimos.

– Bella...

– Sim.

– Eu percebi estes dias que você está diferente, distraída, silenciosa. Algum
problema?

Ela não disse nada.

– Sabe que pode confiar em mim não sabe?

Ela se aproximou colocando seus braços em volta do meu pescoço. Olhando


fundo em meus olhos.

– Eu sei sim. Edward há algumas coisas que eu não te contei. Eu preciso fazer
isso, mas não hoje. Amanhã após o almoço na casa dos seus pais. Nós vamos
conversar e eu vou te contar tudo.

Eu fiquei sem reação por uns minutos.

O que ela precisava me contar?

Bella escondia algo de mim?


Tentei distrair meus pensamentos.

– Nossa! Devo ter medo desta conversa?

Eu brinquei, mas Bella continuava seria.

Ela se aproximou e me beijou.

Um beijo delicioso. E eu já havia esquecido o que estávamos falando.

Jantamos os três. Era tão bom passar este tempo juntos. Parecíamos uma
família. Éramos uma família. Não oficialmente.

Pelo menos até amanhã. Quando eu pediria sua mão.

Eu e Bella colocamos Gabe na cama. Era lindo o modo como ela o amava.
Amava como se fosse seu filho.

Ela o cobriu e o beijou na testa. Ele já dormia. Ela levantou o rosto e sorriu
para mim.

Fomos ao nosso quarto. Sim. Nosso quarto.

Logo que entramos Bella fechou a porta e se virou ficando a minha frente.

– Hoje eu quero fazer amor com você Edward.

Uma emoção atravessou meu corpo quando ela proferiu essas palavras.

Eu a puxei para meus braços.

Nossos rostos colados. Olhos no olhos.

Verde no marrom.

Em poucos minutos estávamos nus.

Eu por cima dela.

Dentro dela.

Amando-a.

Adorando-a.

Uma lágrima rolou pelos seus olhos.


Eu sinto, mas não pode ser.

Parece uma despedida.

Mas não é. É somente mais um dos muitos momentos de amor supremo que
vamos viver.

Apago este pensamento. Estamos nos amando isto é o que importa.

Gemidos e sussurros.

– Eu te amo.

Ela disse.

– Amo você Bella.

Eu respondo.

Meu prazer me alcança e a Bella também. Estremeço em seus braços. E tenho


certeza que nada nunca foi tão prefeito como eu e ela. Juntos. Para sempre.

Bella sussurrava esta linda canção e eu me perguntei o porquê? O sono se


abateu sobre mim e mergulhei em sonhos com a linda voz de minha Bella
cantando.

**

– Não estou entendendo?

Eu disse depois de Bella me dizer para ir ao almoço de ação de graças na casa


dos meus pais sozinho. Que depois ela iria.

– Eu preciso resolver algo antes amor, mas é só eu terminar e vou pra lá.

– Não pode ser outra hora isso que você tem que resolver?

– Não Edward. Infelizmente não.

Aceitei contrariado.

Algo estava errado eu sentia.

Bella saiu para seu misterioso compromisso e eu e Gabe fomos para casa dos
meus pais.
E se tudo desse certo o almoço do meu noivado com Bella.

Pov. Bella

Estávamos na delegacia. Eu, Sr. Black, Jacob e John. Estávamos aguardando o


delegado nos chamar. Não contávamos que íamos conseguir isto hoje. Por ser
um feriado, mas parece que a policia de Raymond não fazia corpo mole nos
feriados. John havia falado com o delegado que ficou muito interessado em
nos receber após John contar por cima que havia novos indícios para o
incêndio de 17 anos atrás.

O delegado nos chamou e fomos todos para sua sala.

John se apresentou como sendo meu representante e também o advogado de


defesa do Sr. Black.

O delegado então pediu que Billy Black contasse tudo o que sabia. E cada vez
que eu escutava a historia, mais a dor e ódio tomava conta de mim.

Billy contou tudo a o delegado. Agora era essencial que o delegado se


esforçasse para reabrir o caso.

– Então delegado Demetri? Com essas novas informações é possível reabrir o


inquérito?

Ele pensou um pouco antes de responder me deixando apreensiva.

– Bom. Não há duvidas que haja muitos fatos novos. Primeiro vou mandar um
dos meus policiais a fazenda da Sra. Mansen para trazer este outro capataz
aqui. Vamos interrogá-lo e dependendo do que ele nos disser vou pedir a
prisão da Sra. Mansen por assassinato.

Meu coração deu um salto.

Mas ainda havia a possibilidade deste tal de Gustave não confirmar e ai todas
minhas esperanças se forem água abaixo.

Parece que John leu meu pensamento.

– Se este Gustave não confirmar?


– Se for a verdade ele vai confirmar. Nada que um bom interrogatório não
faça.

O delegado estava muito confiante. Ele queria solucionar o caso que ficou
pendente há tantos anos.

Eu também estava preocupada com a situação do pai de Jacob.

– Sr. delegado?

– Pois não Srta. Swam?

– E quanto ao Sr. Black? Não queria prejudicá-lo.

Jacob e Billy Black me encaravam.

– Ele terá que responder a processo. Bem ou mal participou da ação.

Isto me deixou triste.

Após sairmos da sala do delegado eu me comprometi a ajudar a Billy para que


não fosse preso.

– Eu vou colocar meu advogado John a sua inteira disposição Sr. Black. Acho
que já pagou sua culpa com remorso por todos estes anos.

Billy Black pegou e minhas mãos.

– Obrigado filha. O seu perdão é tudo que me importa. Se eu tiver que ser
preso não tem problema.

Eu e Jacob nos despedimos afinal tínhamos que ir para o almoço na casa dos
Cullen. Enquanto Jacob dirigia, eu pensava que hoje após este almoço toda a
verdade seria conhecida por Edward.

Capítulo 25 "Não existe vingança justa."

Pov. Edward

     Estávamos todos reunidos para o almoço de ação de graças. Meus pais, eu,
Gabe, Jasper, Alice, Nessie, Emmett e Rose que minha mãe gentilmente havia
convidado.

     Mas nossa família não estava completa, faltava Bella e Jacob.
     Fiquei sabendo por Nessie que Bella e Jacob haviam ido resolver algo.

     Por mais estúpido que possa parecer eu fiquei com ciúmes.

     Eu sei que Bella não faria nada.

     Muito menos Jacob que era vidrado em minha irmã, mas foi mais forte que
eu.

     Não demorou muito para que Bella e Jacob aparecessem.

     Tentei observá-la para ver se descobria algo. Ela estava estranha. Nervosa.
Eu já estava perdendo a paciência. Eu precisava saber o que estava
acontecendo.

     Em meu casaco estava a caixinha com o anel.

     Já não sabia se seria uma boa hora para fazer o que queria. Pedi-la em
casamento.

     Nós precisávamos conversar primeiro. Então me lembrei que Bella havia
dito que iríamos conversar.

     Percebi que ela estava bebendo vinho mais que o normal. Ela quase não
bebia.

- Você já falou com ela?

     A pergunta de Jasper a Emmett me tirou atenção de Bella que estava no


outro lado da sala com suas amigas. Jasper falava a respeito de Rosálie.
Emmett estava apaixonado e estava tentando dar um gelo nela para ver se ela
cederia.

     Pelos olhares que ela lançava a ele, ela também gostava dele.

- Sim nós conversamos um pouco.

     Emmett respondeu.

- Olha Emmett não querendo te animar, mas já o fazendo acho que ela gosta
de você sim. Ela não para de te olhar.

     Eu disse a ele.

- Serio?
     Ele perguntou esperançoso e eu e Jasper rimos dele.

- Emmett cadê o Gabe?

     Eu perguntei procurando com os olhos por meu filho e não o encontrando.

- Está no meu quarto jogando vídeo game.

     Minha mãe se aproximou e me chamou em um canto.

- Filho eu queria te avisar que convidei sua avó para o almoço. Eu sei que ela
é difícil, mas é minha mãe. Não queria deixá-la sozinha no dia de ação de
graças.

     Eu suspirei. Iria ser problemático.

- Tudo bem mãe. Espero que tudo de certo. Já avisou meu pai?

- Ainda não, mas vou falar com ele pedir que tenha paciência.

     Só esperava que este almoço terminasse com todos são e salvos.

Pov. Bella

     Era para ser um almoço divertido. Ficar em família, mas eu não estava
conseguido me desligar de tudo que estava acontecendo nestes últimos dias.

     A possibilidade de fazer justiça pela morte de meu pai pulsava em meu
estômago e somado a isso a conversa que eu teria com Edward.

     Por isso já estava tomando a terceira taça vinho antes de ser servido o
almoço.

     Percebi que Edward estava me observado do outro lado da sala enquanto
conversava com Jasper e Emmett. Ele não era burro. Sabia que algo estava
errado.

- Pelo amor de Deus, Bella! Você quer se embebedar no almoço de ação de


graças na casa dos seus sogros?

     Rose disse pegando a taça de minha mão.

     Ela e Alice também estavam me observando.

- O que há de errado com você hoje?


     Alice sussurrou.

- Nada Alice. Nada. Porque vocês duas não me deixem em paz.

     Eu fui grossa com as minhas amigas. Eu sei. Mas não estava em condições
de me desculpar agora.

     Ficamos em silencio quando Nessie e Jacob se aproximaram.

     Eu e Jacob trocamos um olhar cúmplice. Ele sabia o que eu estava


passando. E ele também com a possibilidade de seu pai ser preso.

     Nessie me puxou pela mão até seu quarto.

- Bella eu queria te contar que acho que estou preparada...para dar aquele
passo. Você sabe.

     Ela estava me dizendo que iria transar com o namorado pela primeira vez.
Eu realmente fiquei feliz por ela, mas o momento que me encontrava não me
permitia ser muito efusiva.

- Que bom Nessie. Torne este momento especial para vocês.

     Ela sorriu. E vi a felicidade refletida em seus olhos.

     Voltamos para a sala, e notei certo burburinho e um clima estranho. Ouvi a
voz de Carlisle falando com Esme.

- O que ela faz aqui?

- Ela é minha mãe Carlisle, não podia deixá-la passar o dia de ação de graças
sozinha logo após a morte do meu pai.

     Esme respondeu calmamente. E então eu a vi.

     Elizabeth Mansen estava sentada confortavelmente em um dos sofás.


Parecendo estar muito a vontade num lugar onde a maioria das pessoas a
detestavam. A não ser por Esme, Emmett e Jasper a maioria tinha algo contra
ela ou sabia dos podres dela.

     Gabe foi para o lado dela. E ela conversava algo com ele. Não queria ele
perto dela, mas não podia fazer nada.

     Fui até Edward o abraçando.

- Tudo bem?
     Ele me perguntou se referindo a presença de sua avó.

- Sim. Não sabia que ela viria.

     Olhei e a percebi nos olhando. Seus olhos em fendas como se me


ameaçasse.

- Ela nunca vem. Minha mãe a convidou por causa da morte do meu avô.

     Ele estava certo.

     O clima estava muito carregado. Do outro lado da sala pude ver Carlisle
com o semblante serio e tenso. Ele me olhou e eu entendi seu sentimento.

     Raiva. Ódio. Desprezo por aquela mulher que nos impunha sua presença.

     Afastei-me e fui até a biblioteca da casa. Eu não estava conseguindo ficar
no mesmo ambiente que aquela mulher.

     Tudo o que eu havia descoberto sobre ela. As lembranças. A confirmação


de que ela realmente mandou assassinar meu pai estava me fazendo muito mal
e associado a isso o vinho que ingeri me deixou a beira de fazer uma besteira.

     Fiquei uns minutos imersa em meus pensamentos até ouvir alguém entrado
no local onde eu estava.

     Ao me virar vi parada próxima a mim Elizabeth Mansen.

- Achei que fosse uma mulher inteligente Isabella Swan. Mas pelo visto me
enganei.

     Ela disse sarcástica. Eu somente escutei.

- Eu disse para se afastar de Edward, mas continua com ele. Agora irá pagar
caro.

- Esta me ameaçando Sra. Mansen?

     Ela sorriu.

- Não ficará com Edward. Ele verá que tipo de mulher você é e vai deixá-la.

- Acho que quem Edward não quer por perto é você.

     Eu estava tentando ser calma e controlada, mas minha paciência estava por
um fio.
- Ele me ama. Está influenciado por más companhias, mas logo ele abrirá os
olhos. A única pessoa que o ama verdadeiramente é eu. Eu sempre fiquei ao
lado dele. Sei o que é melhor para ele.

- Você é prepotente demais. Meu Deus! Acha que as pessoas têm que fazer o
que você quer. Edward tem suas próprias escolhas para fazer.

- Como escolher você por exemplo. Ah! Poupe-me garota. Edward já gostou
de outra antes e eu avisei a ele que ela não era apropriada.  E o que aconteceu?
Ele acabou se magoando quando ela o traiu.

     Eu comecei a rir.

- Elizabeth tente ser atriz quando estivermos com os outros. Comigo pode ser
o que você é realmente. Eu sei muito bem que Ângela não traiu Edward. Você
pagou um colega dela para que a dopasse e fizesse parecer uma traição. Agora
você é que me poupe do seu showzinho. Eu sei bem quem você é. É
mentirosa. Manipuladora e assassina.

- Você é tão patética quando aquele ignorante do seu pai.

     Eu senti um murro no estômago.

- NÃO FALE DO MEU PAI!

     Eu gritei. E ela sorriu por estar me desestabilizando.

- Sabe seu pai foi bem difícil... era tão mais fácil ele ter vendido as terras a
mim, mas não quis brincar de fazendeiro e me afrontar.

     Ela gargalhou.

- Ele não sabia com quem havia mexido.

- Você matou meu pai por ganância. Tirou a minha família de mim. Não se
arrepende do que fez?

     Meus olhos arderam, mas eu não iria chorar na frente dessa víbora.

- Menos drama garota. A culpa foi do seu pai. Se ele tivesse me vendido as
terras estaria ainda hoje vivo.

- Você vai pagar pela morte dele. Eu vou reabrir o inquérito.

- Não seja tola! Não há provas contra mim.


     Agora era a minha vês de sorrir.

- Aí que você se engana Elizabeth. Encontrei um antigo empregado seu


disposto a contar toda a verdade.

     Ela empalideceu.

- Está blefando.

     Continuei sorrindo.

- Não. Hoje mesmo fomos à delegacia para que ele desse seu depoimento.
Dentro de poucos dias irá receber uma ordem de prisão Sra. Mansen.

     Eu ainda não tinha certeza se isso ia realmente acontecer, mas era uma
grande possibilidade e a oportunidade de aterrorizá-la com isso era por demais
tentadora.

- Edward não a perdoará se me prenderem por sua culpa.

- Tem certeza? Será que Edward ficaria bravo comigo por colocar atrás das
grades a mulher que diz ser sua avó, mas que na verdade é sua mãe biológica?

     Nunca tive uma sensação tão boa em minha vida. Ao ver o rosto de branco
de espanto de Elizabeth Mansen.

- É. Eu sei do seu segredo. Sei também quem é o pai verdadeiro de Edward.


Confesso que me surpreendeu Elizabeth. Achei que já soubesse de todos os
crimes e armações que tivesse feito. Armar contra o relacionamento de
Edward e Ângela, fazer com que o prefeito tentasse minar meu
relacionamento com Edward, usar Gabe para nos separar e assassinar meu pai.
Mas você superou todas as minhas expectativas ao chantagear Carlisle a
passar uma noite com você para que ele pudesse namorar Esme. Isso foi a
coisa mais sórdida que eu já vi.

     Um suspiro assustado chamou minha atenção.

     Virei-me rapidamente ao ver na porta da biblioteca Esme e Edward.

     Completamente aturdidos por tudo o que haviam escutado.

Capítulo 26"A vingança é uma pedra que se volta contra quem a atira"
Pov. Edward

Eu tinha escutado bem?

Não!

Não!

Com certeza era um pesadelo e logo eu iria acordar, mas o choro de minha
mãe me tirou do transe.

– O que você estava dizendo Bella?

– Esme...Edward... eu...

Eu olhei para Bella e logo vi que tudo o que ouvi era a mais pura e cruel
verdade.

– Eu não posso acreditar nisso. É sórdido demais.

Minha mãe chorou.

Neste momento meu pai entrou na biblioteca e todos o olhamos.

– O que está acontecendo aqui?

– Carlisle... eles ouviram... e sabem de tudo.

Bella disse.

Meu pai arregalou os olhos.

Era verdade. Estava escrito em seus olhos.

– SEU CRETINO! COMO PÔDE FAZER ISSO COMIGO?!

Minha mãe gritou.

– Não faça drama Esme.

Minha avó disse. Avó? Mãe. Ela era minha mãe.

– NÃO FALE ASSIM COM ELA!


Meu pai gritou.

– Esme, amor, por favor, deixe-me explicar.

Meu pai disse tentando se aproximar dela que o afastou com safanão.

– CHEGA!

Eu gritei.

– Eu quero saber tudo. Sem mentiras. Agora!

Bella se aproximou de mim.

– Calma amor!

– Bella? É verdade o que eu ouvi? Por favor, me diz que não?

Ela olhou em meus olhos.

– Infelizmente é sim meu amor.

Eu estava fazendo força para não chorar, mas estava muito difícil.

Meu pai e minha avó eram meus pais verdadeiros.

Eles tinham um caso?

E como Bella sabia disso tudo?

E porque ela havia dito que Elizabeth tinha assassinado seu pai?

Eram tantas perguntas. Meu peito doía.

Alertados pelos gritos já não éramos só nós cinco na biblioteca. Meus irmãos
apareceram.

– O que está acontecendo aqui? Por que toda esta gritara?

Jasper perguntou ao lado dele estava Alice, Rose, Emmett, Nessie e Jacob.

– Mãe porque está chorando?

Nessie perguntou indo até ela a abraçando.

– Eu e Carlisle somos os pais biológicos de Edward. É isso o que está


acontecendo.
Elizabeth disse como se estivesse falando que ia fazer sol amanhã.

– O quê?!

Emmett disse.

Silencio! Ninguém falava nada.

– Puta merda!

Rose sussurrou.

– Bella, Rose, acho melhor sairmos. Isso é um problema de família.

Alice disse puxando Rose e Bella pela mão.

– Edward quer que eu fique?

Bella me perguntou, mas eu não sabia o que queria fazer.

– Família! Não escutou garota.

Elizabeth disse a Bella.

– Cala a boca sua assassina desgraçada!

Bella disse.

– Bella porque a está chamando disso?

– Lembra-se que eu disse que precisávamos conversar? Era sobre isso


Edward. Eu sou a menina daquela casa que pegou fogo que você me falou.

– Filha de Charlie Swan.

Meu pai disse espantado.

– Sim Carlisle, sou eu. - Bella disse - Depois conversamos sobre isso. Você
precisa agora falar com seus pais. Mas tem que saber que foi Elizabeth que
mandou colocar fogo em minha casa. Foi assim que meu pai morreu.

– Isso é mentira!

Elizabeth disse.

– Não é não - Jacob disse- Meu pai era capataz da fazenda na época e
confirmou tudo hoje na policia.
Eu estava ainda mais aturdido.

– Bella vá com Alice e Rose para o bordel mais tarde nos encontramos no
meu apartamento para conversarmos e ai você me conta tudo.

Ela assentiu me dando um beijo e foi.

– Emmett, por favor, leve o Gabe para casa dos pais de Tânia.

Meu filho não precisava ficar para assistir uma discussão.

Ele concordou.

– Eu vou, mas volto logo.

Emmett disse saindo.

– E agora eu quero que me expliquem esta historia direito. Sem esconder


nenhum fato.

**

– Como que ela está?

Eu perguntei a Jasper na porta do quarto de nossa mãe. Ele havia dado um


calmante a ela após ouvirmos toda a sórdida historia há instantes atrás.

– Está mais calma. O calmante logo fará efeito. E você como está?

Jasper me perguntou.

Eu ri. Um riso debochado, magoado.

– Como acha que estou?

Ele assentiu compreensivo.

Minha vida era toda uma farsa.

– Saiba que terá sempre meu apoio, meu irmão.


Irmão? Ele era meu irmão ou meu sobrinho? Era uma confusão.

– Ele está lá no escritório com uma garrafa de uísque, como se com isso fosse
apagar toda a merda que ele fez. Emmett está lá com ele.

Eu disse me referindo a nosso pai.

– Você acredita no que ele disse?

Jasper se referia à sórdida chantagem que Carlisle diz ter sofrido por Elizabeth
para poder ficar com Esme.

– Eu não sei. Estou confuso com toda essa historia. Eu estou com raiva, ódio.

– Eu sei Edward. Deve ser difícil. Pra onde será que ela foi?

Elizabeth não tinha ficado até o final de nossa conversa. Ela recebeu uma
ligação e após isso desapareceu.

– Por mim tomara que para o inferno.

Eu e Jasper ficamos na porta do quarto vendo a respiração calma de Esme.

– Será que ela está dormindo?

– Acho que ainda não. O remédio leva um tempo até fazer efeito.

– Eu vou falar com ela.

Eu disse entrando no quarto.

Aproximei-me de sua cama.E ela estava lá deitada com os grandes olhos


caramelo que sempre foram tão amorosos, mas que agora só demonstravam
dor pela traição dupla que havia sofrido. Meu coração doeu ao vê-la assim.

Ela me olhou e lágrimas rolaram de seus olhos. Eu me sentei próximo a ela e


peguei sua mão.

– Mãe...

Eu também estava emocionado.

– Edward eu... sou sua irmã.

–Não! Não! Podemos ter sangue de irmãos, mas você é e sempre será minha
mãe. Minha amada mãe.
Ela me puxou para um abraço e chorou muito. Eu também sucumbi às
lágrimas que há tanto queria derramar.

– Meu filho, sim você é meu filho querido.

Continuamos abraçados.

– Edward?

– Sim, mãe.

– Quero que peça a... seu pai... a Carlisle... que saia desta casa.

Eu vi o sofrimento em seus olhos por tomar esta decisão. Mas eu a entendia.


Não era fácil perdoar o que ele fez.

– Não se preocupe com isso, mãe. Descanse. Quando acordar ele não estará
mais aqui eu te garanto.

Desci as escadas e encontrei meus irmãos na sala sentados com cara de


enterro. Sentei-me ao lado deles e percebi que Jacob ainda estava aqui.

Ficamos em silencio por um tempo até que Jacob se manifestou.

– Eu vou embora deixa-los a sós, mas antes de ir eu queria dizer o que sei
sobre aquilo que Bella disse. Sobre a morte do pai dela.

– Pode falar Jacob.

Eu disse.

– Bella é filha de Charlie Swan o homem que tinha fazenda entre as fazendas
Mansen. Pelo que sei sua a... a Sra. Mansen queria compra-las para
transformar em uma única. Mas o pai de Bella não aceitou então ela mandou
que colocassem fogo na casa da família de Bella. Por sorte ela e a mãe
escaparam o mesmo não aconteceu com Charlie Swan. É difícil dizer, mas
meu pai também participou deste crime. Eu só fiquei sabendo disso ontem.
Ele me pediu para levar Bella até ele e contou tudo a ela. Hoje fomos à
delegacia contar toda a verdade. Bella foi generosa em perdoar meu pai pelo
que fez.

Eu estava estupefato com o caráter da mulher que por anos considerei minha
melhor amiga. Minha avó. Cada vez descobria mais quem ela era.

– Não dá para acreditar que a vovó foi capaz disso. Isso é monstruoso.
Emmett comentou.

– Por isso que Bella passou mal naquele dia do velório do vovô. - Jasper disse
- Vocês foram até o local onde tudo aconteceu.

Sim nós havíamos ido lá.Eu comentei a historia do lugar com Bella logo após
isso ela desmaiou.

Um fato passou por minha mente.

– Por que Bella nunca disse nada?

Eu me perguntei em vos alta.

Ninguém parecia saber a resposta.

Jacob se despediu nos deixando a sós.

Nessie entrou na sala após ter ido ver como nosso pai... Carlisle estava.

– Ele está um trapo. Não para de beber.

Ela comentou.

Continuamos em silencio. Nossa família que tanto nos orgulhávamos estava


destruída.

– Edward?

Nessie disse.

Eu a olhei.

– Não importa o que você seja. Nosso irmão, tio, o que for. Sempre seremos
seus irmãos. Sempre estaremos do seu lado. Amo você mano.

Ela me abraçou e senti as mãos de Emmett e Jasper sobre meus ombros em


sinal de apoio.

A atitude deles me confortou. Um pouco.

– Nessie.Vá até o quarto da mamãe e faça uma mala com coisas de primeira
necessidade para Carlisle.

Eu não conseguia mais chamá-lo de pai.

Era muita magoa.


Nessie se assustou com o que pedi a ela.

– Por que isso Edward?

– Mamãe pediu que ele saísse de casa. Ela não o quer aqui. Então ele vai sair.

Eu respondi duro.

– Edward, calma! A nossa mãe está magoada não deve estar pensando direito.
Acho melhor esperarmos um pouco.

Jasper disse apaziguador.

Antes que eu respondesse a vos de Carlisle soou atrás de mim.

– Faça o que seu irmão pediu,Nessie.

Todos nós nos viramos e vimos nosso...pai? Ele estava com os olhos
vermelhos e com cara de que havia bebido muito.

– Pai...

Nessie disse em tom choroso.

– Faça o que sua mãe quer querida, eu não quero ser um peso a ela neste
momento.

Nessie subiu as escadas e provavelmente foi fazer o que lhe foi pedido.

Eu voltei a ficar de costas para ele. Não queria encará-lo.

– Onde vai ficar pai?

Emmett perguntou.

– Não sei ainda. Num flat. Mas agora eu vou para o hospital. Meu escritório é
quase um hotel.

Após alguns segundos de silencio ele voltou a falar.

– Uma hora vamos precisar conversar Edward. Eu sei que o magoei muito,
mas não foi minha intenção. Amo você meu filho.

Eu fechei os olhos não querendo escutar o que ele dizia.

– Amo todos vocês meus filhos.E amo muito a mãe de vocês. Por este amor é
que por anos convivi com essa mentira. Odeio-me por ter mentido todos estes
anos para vocês, para Esme, para você Edward. Não posso voltar no passado e
modificar o que fiz. Sou humano também. Erro, acerto. Como vocês. Não me
condenem por ama-los. Se errei? Foi por amor.

Não dissemos nada e em seguida Nessie desceu com a pequena mala de


Carlisle. Ele pediu a Jasper que o mantivesse informado sobre nossa mãe e
partiu.

Eu fiquei um pouco mais ali. Até ter certeza que minha mãe estava bem.
Jasper me garantiu que ela dormiria até o outro dia. E que qualquer coisa me
ligaria.

Então parti para meu apartamento. No caminho mandei uma mensagem para
Bella que me encontrasse lá que eu já estava indo.

Também liguei para a família de Tânia pedindo se podiam ficar com Gabe até
o outro dia. Não estava em condições de cuidar do meu filho e também não
queria que ele sentisse o clima que estávamos vivendo.

Ao chegar a meu apartamento eu vi que havia alguém, mas nada me preparou


para a surpresa que me esperava.

– O que faz aqui? Como entrou aqui?

Eu disse não segurando a raiva em minha voz.

– Nós precisamos conversar.

Elizabeth disse.

Pov. Elizabeth

Todos sabiam a verdade. Que eu e Carlisle éramos os pais de Edward. Agora


com a idiota da Esme sabendo a verdade nada poderia ficar entre mim e
Carlisle.

Eu sempre o amei. Desde aprimeira vez que o vi. Loiro, lindo e jovem. Mas
ele gostou da fraca da minha filha.
Eu tive que jogar baixo. Chantageei para poder ficar pelo menos uma única
vez com ele.

E tive a felicidade de engravidar. De dar a ele o melhor filho. O mais bonito, o


mais inteligente, o mais amoroso. Coisa que nunca Esme conseguiria.

Apesar de querer ficar muito com ele eu não poderia abandonar a vida boa que
Antony me proporcionava. Não éramos íntimos há muitos anos, mas eu tinha
dinheiro.Muito dinheiro.E isso fazia com que eu agüentasse viver com ele. Eu
e Carlisle poderíamos ser amantes. Mas ele não quis.

Então me contentei em ser a avó mais amorosa do mundo e também poder


ficar perto do meu grande amor.

Um dia Carlisle cairia em si e viria para mim.

No momento que Esme e Edward ouviram a conversa que eu tive com aquela
vadia Swan todas as cartas estavam na mesa.

Carlisle se fez de vitima contando que eu o chantageei. Tudo virou uma


confusão, mas meu pensamento não estava naquela confusão que ali se
desenrolava, mas sim nas palavras da vadiazinha.

– Você vai pagar pela morte dele. Eu vou reabrir o inquérito.

– Não seja tola! Não há provas contra mim.

– Aí que você se engana Elizabeth. Encontrei um antigo empregado seu


disposto a contar toda a verdade.

– Está blefando.

– Não. Hoje mesmo fomos à delegacia para que ele desse seu depoimento.
Dentro de poucos dias irá receber uma ordem de prisão Sra. Mansen.

Recebi uma mensagem de texto de James que me fez sair daquela confusão o
quanto antes.

Meu informante na delegacia acabou de me avisar que o delegado Demetri


reabriu o caso da morte de Charlie Swan. Dois empregados seus
confirmaram a mesma versão de que você foi a autora. Pela manhã será
expedida uma ordem deprisão contra você. Tem que sair da cidade
imediatamente, Elizabeth. Vou preparar tudo para a sua partida. Aguardo seu
contato.

Aquela vadia não estava blefando.


Ordinária.

Eu teria que fugir não havia outro jeito, não iria presa.

Mas antes ela iria me pagar.

Eu iria até o apartamento de Edward mostrar certa pasta a ele.

Eu não ficaria com meu filho Edward. Com Carlisle

Mas Isabella vadia Swan também não ficaria com Edward.

Pov. Edward

– Estou esperando sua resposta. Como entrou no meu apartamento?

– Ora meu filho eu geralmente consigo tudo o que quero.

Eu ri debochado.

– Ah claro, como eu poderia me esquecer disto não é mesmo?

– Meu filho...

– NÃO ME CHAME ASSIM!

Eu gritei.

– Eu não sou seu filho, minha mãe é a Esme Cullen.

– Não seja tolo. Você é meu. Meu filho. Meu amado filho. Querido
poderemos ser muito felizes. Eu, você e seu pai. Juntos como uma família
feliz.

Eu não estava acreditando no que estava ouvindo.

– Você é louca! Saia daqui. Agora!

–Edward eu quero conver...

– Eu não quero falar com você.

– Tudo bem. Eu vou embora, mas antes eu quero que de uma olhada nisso.
Ela apontou para uma pasta em cima da mesa.

– O que é isto?

– É uma pasta que pertence a sua namorada. Isabella Swan.

– O que?... você mandou roubar isto de Bella?

– Isso não vem ao caso, mas sim o que há nela. Edward esta mulher mentiu o
tempo todo para você, meu amor. Ela o usou em uma vingança.

– Do que você esta falando? Não vem inventar mentiras sobre Bella. Eu não
acredito em você. Você é um monstro. Mandou colocar fogo na casa de
Bella.Meu Deus!Matou o pai dela.

– Isto é mentira.

– Ah é? Engraçado que o pai de Jacob também a acusa do mesmo crime.

– Edward essas pessoas querem me prejudicar, meu filho. Olhe o que está
aqui nesta pasta, Edward. Essa Isabela Swan não ama você. Você é só uma
peça que ela usou em sua vingança contra mim. Se não acredita em mim olhe
você mesmo.

Meu coração começou a acelerar.

Fui até a tal pasta e a abri.

Havia muitas fotos. Minhas. Da minha família. De Gabe.

Eu saindo do trabalho.

Emmett deixando Gabriel na escola.

E se não me engano estas fotos eram de alguns meses atrás.

Mas o que chamou a atenção foi um papel escrito. Era um e-mail de um


detetive.

Srta. Swan

Segue em anexo tudo o que descobri sobre as famílias Mansen e Cullen.

A Família Mansen continua mandando e desmandando na cidade de


Raymond. Com a doença de Antony Mansen que o colocou em uma cadeira de
rodas a Sra. Elizabeth Mansen continua comandando tudo na fazenda e nas
empresas da família. Também há rumores de sua ligação com o prefeito da
cidade James Mitt. Ele seria capacho dela fazendo tudo o que Elizabeth
manda.

Esme Cullen é a única filha de Antony e Elizabeth. Ela se casou com o Dr.
Carlisle Cullen. Os rumores é que Elizabeth era contra o casamento da filha,
por isso a relação do casal Cullen com Elizabeth seja estremecida.

O casal Carlisle e Esme tem quatro filhos. Edward e Emmett de 28 anos,


Jasper de 25 anos e Renesmee de 18 anos.

O estranho, e que todos na cidade comentam, é a preferência de Elizabeth


pelo neto Edward, já que ele não é neto de sangue dela. Edward foi adotado
por Esme e Carlisle quando era bebê. A Sra.Cullen estava grávida de Emmett
quando adotaram Edward.

A preferência de Elizabeth por Edward gera muitos conflitos nas famílias


Mansen e Cullen.

Emmett Cullen é um boa praça, seu sonho era ser jogador de futebol, mas se
machucou na faculdade e não pode jogar. Hoje é professor de educação física
nas escolas da região. Também ajuda na fazenda da família algumas vezes.
Emmett é solteiro.

Jasper Cullen seguiu os passos do pai e se tornou médico o ajudando no


hospital da cidade. Jasper é solteiro.

Renesmee ainda é estudante e namora um empregado da fazenda chamado


Jacob.

Edward Cullen é formado veterinário por conta de seu amor pelos animais da
fazenda onde cresceu. Mas também se formou administrador de empresas e
ajuda a administrar os negócios da avó e tem uma ligação muito forte com
ela. Edward tem um filho com a ex-noiva Tânia Denalli. Gabriel tem sete
anos e vive com o pai. No momento apesar de muito assediado pela
população feminina da Cidade Edward está solteiro. Os rumores de Edward
permanecer solteiro são de uma suposta decepção amorosa por uma moça
chamada Ângela Sanders.

Com relação à compra do imóvel que me solicitou consegui uma bela casa
que fica mais na parte rural da cidade é quase como uma pequena fazenda e
há cavalos como a Srta. solicitou. O proprietário quer vender com a porteira
fechada e acho que é perfeita para o que a Srta. deseja. Estou lhe enviando as
fotos da propriedade.

Qualquer informação adicional é só me contatar


Atenciosamente.

John Jenks

Advogado e Detetive particular.

Após este e-mail havia uma resposta de Bella.

Sr. Jenks

Gostei muito de suas informações, mas gostaria mais informações sobre esta
ligação de Elizabeth com seu neto Edward. E por favor, se for possível envie
fotos de todos.

Quanto à compra da casa eu vi e gostei verifique se fica dentro do valor que


lhe informei anteriormente e efetue a compra.

Não esqueça que meu nome deve ser mantido em segredo por enquanto.

Atenciosamente

Isabella Swan

Eu não acreditava no que meus olhos e minha mente queriam me mostrar, mas
o próximo papel escrito pela letra de Bella fez meu coração quebrar de uma
forma que eu nunca imaginei ser possível.

Plano de vingança:

O plano da minha vingança consiste em primeiro abrir um bordel e provocar


a ira de Elizabeth a afrontando, pois ela é defensora da moral e bons
costumes. Depois disso, fazer com que seus netos freqüentem o bordel e
conseqüentemente fazer o neto preferido, Edward Cullen se apaixonar por
uma prostituta. No caso uma ex- prostituta. Eu. E no seio da família descobrir
os podres de Elizabeth e acabar com ela.

Bella.

Minha Bella.
Usou-me para seu plano de vingança.

Meu anjo.

Um anjo vingador.

Capítulo 27"A vingança é doce, mas os frutos são amargos"

Pov. Edward

Mais uma vez traído.

Enganado.

Magoado.

Porque essas coisas aconteciam comigo?

– Meu filho não fique assim. Essa mulher não merece. É uma vadia,
ordinária...

– CALA A PORRA DA BOCA!

Eu gritei a assustando quando me dei conta das coisas que ela estava falando.

– Edward...

– Quem você pensa que é para falar assim dela?

– Não acredito Edward que vai perdoar o que essa mu...

– Não te interessa o que eu vou fazer. A vida é minha. MINHA! Entendeu.

Sorri ao ver sua cara de espanto.

– O que foi? Achou que ia me dominar depois de me mostrar essas coisas?


Pois se enganou Elizabeth Mansen. Não sou mais seu brinquedinho. E agora
saia da minha casa. Suma da minha frente.

– Edward não pode falar comigo assim.


– Eu falo como eu quiser com a vadia que você é.

Ela arfou.

– Eu sou sua mãe...

Eu sorri novamente. Um sorriso debochado.

– Não. Você não é. Minha mãe é e sempre será Esme. A única que amo como
minha mãe. Quanto a você? Espero nunca mais vê-la na minha vida. Esqueça
que eu existo por que eu vou esquecer que um dia você existiu. Agora suma
da minha vista. AGORA!

Eu estava sem paciência.

– Eu... vou perdoá-lo por que está nervoso.

Ela disse chorando.

– Se não vai sair vou chamar a segurança.

– Não teria coragem.

– Duvida? Espero que seja presa pelos seus crimes e apodreça na cadeia.

Não ouvi mais suas lamurias só percebi que estava sozinho após alguns
segundos. Mas não estaria por muito tempo. Logo Bella estaria aqui.

A dor de lembrar o que descobri me fez arfar.

Minha Bella.

Por quê?

Por que fez isso comigo?

Eu sentia ódio, raiva, magoa e...amor.

Porque no momento em que vi aquela pasta e me dei conta do que ela fez esse
amor não acabou?

Eu ainda a amava.

Mas ela não.

Eu era somente um peão em sua vingança.


Eu esqueceria este amor.

Eu sobreviveria sem este amor.

Afinal eu não iria viver por muito tempo mesmo.

Pov. Bella

– Vai furar o chão se ir e voltar mais uma vez, Bella.

Rose disse.

Mas eu não estava nem ai. Estava nervosa e preocupada com Edward.

A forma como ele havia descoberto sobre seu passado foi horrível. A dor em
seus olhos atormentava meu coração. Queria estar do lado dele agora e o
abraçar o proteger dizer que ninguém ia machucá-lo.

E ainda teríamos que conversar e eu teria que contar toda a verdade a ele.

– Cara eu to chocada. Passada e amarrotada para ficar passada de novo.

Rose disse.

– É Carlisle e Elizabeth. Quem diria.

Alice comentou.

– A mulher pegou o marido da filha. E depois dizem que só em família de


pobre é que tem babado. Baita ordinário este Dr. Cullen, hein?

– Não falem assim. Vocês não sabem como as coisas aconteceram.

– E você sabe Bella?

Alice perguntou.

Então eu contei a elas tudo o que descobri.


– Mas essa mulher não é humana. Fazer esse tipo de chantagem para ficar
com um homem.

Rose disse.

– Coitada da Esme. Ela é tão legal. E ela e Carlisle são tão apaixonados. Mas
não sei se um relacionamento resiste a essa situação.

Alice falou triste.

– Bella. Você vai contar tudo para o Edward hoje?

Eu suspirei.

– Eu não queria depois de tudo o que ele já passou hoje, mas não tem mais
como adiar esta conversa.

Meu celular tocou me alertando sobre uma mensagem.

Eu peguei e vi que era uma mensagem de Edward.

Bella.

Estou indo pro apartamento.

Precisamos conversar e preciso de você.

Beijos

Edward.

Não precisou muitas palavras para que eu voasse para o apartamento do meu
amor. Ele precisava de mim. E eu dele.

Abri a porta do apartamento quase sem fôlego. E avistei Edward sentado em


um dos sofás. O semblante sério. Fui me aproximar dele quando algo sobre a
mesa me fez parar.

Uma pasta. Mas não era qualquer pasta. Era a pasta em que eu guardei todas
as informações que o detetive me passou sobre a família Cullen. Sobre
Edward.
Como esta pasta estava com ele?

Não importava.

O que importava era o que significava.

Edward sabia de tudo.

Sabia sobre minha vingança.

Havia fotos espalhadas sobre a mesa. Fotos de Elizabeth Mansen. De Edward.


Gabriel. Da família toda.

Eu levantei meus olhos em direção a Edward. Ele me analisava.

Meu coração disparou. O medo tomou conta de mim.

– Eu só quero te fazer uma pergunta. Por quê?

Ele disse calmo. O que me fez mais nervosa.

– Edward... deixa eu explicar.

Minha voz foi sumindo quando seus olhos verdes encontraram os meus.

Decepção. Dor...desprezo. Eu já havia visto esses sentimentos em seus olhos


só que agora eles eram direcionados a mim.

– O que você vai me explicar, Bella? Vai dizer que isso tudo que está nesta
pasta não é a verdade?

– Não... Eu não vou mentir para você.

Ele riu.

– Não vai mentir agora não é? Por que durante todo o tempo em que
estivemos juntos foi só isso o que você fez.

Doeu ouvir o que ele disse. Ele estava errado. Eu menti sim, mas não quando
disse que o amava.

– Acha que tudo o que vivemos foi uma mentira?

– Me parece obvio não é?

– Não. Não é obvio Edward. Eu errei sim, mas você não pode duvidar do meu
amor por você.
Ele não disse nada então me senti segura a prosseguir.

– Eu vim para esta cidade sim para me vingar. O usei a principio como meio
para chegar a Elizabeth. Mas... eu me apaixonei por você.

Eu disse observando a reação de Edward, mas não obtive sucesso. Sua


expressão era seria, mas sem emoção.

– Como você sabe. – eu continuei – Foi um grande trauma a perda do meu pai
daquela maneira. Minha mãe nunca se recuperou e... me fez prometer que iria
a busca de justiça ou vingança como você preferir. Eu nunca quis prejudicar
ninguém Edward, minha vida não foi fácil como a sua... e

– Fácil?! Acha que a minha vida foi fácil? Eu descubro que minha vida é toda
uma farsa. Minha avó é na verdade minha mãe. Meu pai adotivo é meu pai
biológico, minha mãe é minha irmã. Meus irmãos são meus sobrinhos e pra
finalizar a mulher que eu amava me usou em sua vingança. Usando a mim,
minha família e meu filho.

Eu arfei surpresa.

– Espere ai! Edward não pode estar pensando que eu usei o Gabe?

– Por que não? Foi por ele que eu conheci você.

Eu não estava acreditando que ele estava pensando isto de mim.

– Você deve se lembrar do que eu te disse há um tempo. Que jamais colocaria


uma mulher entre eu e meu filho novamente. Que ele é a coisa mais
importante da minha vida.

– Eu não usei o Gabe!

Eu me alterei.

– As fotos provam o e-mail, tudo prova que você somente nos usou.
Conseguiu sua tão sonhada vingança contra Elizabeth. E até uma vingança
extra contra minha família. Rendeu mais que o esperado não foi Bella?

Eu já havia imaginado está nossa conversa de diversas maneiras, mas nunca


nada me preparou para sentir a dor das palavras de Edward.

– Edward não faça isso eu... te amo.

Ele olhou fundo em meus olhos.


– Não acredito em você.

O buraco que ameaçava partir meu coração abriu com suas poucas palavras.

O engraçado, se é que se podia dizer isso, é que eu não sentia vontade de


chorar. Só uma imensa dor.

– Edward eu ia te contar...

– Ia? Por que não falou Bella? Teve tantas oportunidades pra isso.

Eu fiquei em silencio. Ele tinha razão.

– Agora não importa mais.

– Eu não te contei porque fiquei com medo de te perder.

Eu disse já me desesperando.

– Não importa mais. Nossa relação não seria mais possível de qualquer forma.
– ele respirou fundo. - Eu sinto muito pelo que minha av... Elizabeth fez a sua
família. – Edward voltou a falar – Foi monstruoso. Você poderia ter tido uma
vida totalmente diferente se ela não tivesse feito o que fez. Eu não a culpo por
buscar justiça. No seu lugar eu faria o mesmo. Mas... com relação a nós... não
temos mais o que conversar.

Eu mal respirava. Tentei forçar meu cérebro para manter-se presente


esperando pelas próximas palavras de Edward que eu já sabia quais seriam.

Ele virou-se de costas para mim indo até a ampla janela de seu apartamento.

– Não... temos mais como ficarmos juntos. Pode ficar a vontade para... pegar
as suas coisas.

Eu forcei o nó em minha garganta para tentar falar.

– Edward... por favor...

– Não Bella. Não fale nada. Não vamos tornar isto mais difícil.

Minha vontade era atravessar o espaço que nos separava e abraçá-lo. Implorar
seu perdão. Mas algo me prendia ao chão.

– Você não consegue me perdoar?

Eu consegui falar. Minha voz soou estranha.


Ele não respondeu a principio. Continuou de costas para mim.

– Por favor, Bella. Somente vá...vá embora.

Silencio.

De minha parte e da dele.

Então reuni um pouco de orgulho que me restava e fui até o nosso quarto.
Nosso? Não mais.

Enquanto eu colocava minhas roupas na pequena bolsa que eu havia levado há


um tempo para lá, eu pensava se tudo não passava de um pesadelo.

E me culpava por não ter contado a ele tudo antes que isso houvesse ocorrido.

É claro que Elizabeth estava por trás disso.

No fim ela venceu.

Edward me odiava.

Ela sempre vencia.

Eu devia saber que não poderia sair inteira de uma historia como essa.

Acabei de arrumar as minhas coisas e fui saindo do quarto, mas me virei para
olhar o lugar onde antes eu e Edward nos amamos por tantas vezes.

As lembranças inundando minha mente.

– Eu não quero te perder Edward.

– Isso é uma coisa que eu não posso te prometer, Bella. Mas enquanto eu
viver prometo te fazer muito feliz.

– Fique. Fique comigo.

– Sim. Pelo tempo que você me quiser.

– Então será pelo tempo que eu tiver de vida.

– Eu tenho outra coisa pra te dar.


– Não é presente pode desfazer a cara feia.

– E a chave aqui do apartamento. Quero que você entre aqui quando quiser.
Que se sinta em casa. E acho que seria bom...se... trouxesse algumas roupas.

– Ainda não é como se fossemos morar juntos, mas...

– Eu te amo Edward. Muito. Muito.

– Eu também te amo, Bella.

Voltei à sala e Edward continuava no mesmo local. Observando a vista de sua


janela. De costas pra mim.

– Eu já vou...

Eu me dirigi até a mesa e coloquei a chave do seu apartamento que ela havia
me dado há algum tempo atrás.

Em nenhum momento Edward virou-se para me olhar.

Criei coragem para dizer a ele o que se passava em meu coração.

– Eu queria dizer que... nunca quis magoá-lo. Nem você e nem qualquer
pessoa de sua família. Principalmente o Gabe. Eu sei que errei e que me odeia.
Mas eu... eu amo você Edward. Mesmo que não acredite. Vou te amar pra
sempre. Adeus.

Andei até a porta olhando uma ultima vês para o homem que eu amava.

E que acabava de me expulsar de sua vida.

Capítulo 28"A vingança jamais poderá ser o consolo."

Pov. Edward

     Algumas horas? Minutos? Segundos? Não sei.

     Há quanto tempo eu estava sentado escorado na porta em que Bella havia
saído. Ido embora de minha vida. Pra sempre.

      Logo que ela fechou a porta como o imã que sempre me puxava em
direção a ela eu corri até a porta, mas parei a tempo.

     Seu eu a abrisse com certeza iria atrás dela.


     A beijaria.

     Diria a ela que ainda a amava.

     Mas eu a perdoaria?

     Não.

     Ela disse que me amava.

     Seria verdade?

     Eu já havia descoberto seu segredo.

     Ela não precisava mais mentir.

     Ela me amava?

     Era difícil de acreditar.

     A magoa tomava conta de tudo.

     Ela me usou, mas principalmente usou Gabriel em sua vingança e isso eu
não perdoaria.

     Apertei meu casaco sobre o corpo e senti algo duro em meu bolso.

     Mesmo antes de pegar eu sabia o que era.

     Tirei do meu bolso a caixinha preta onde estava o anel que comprei para
ela.

     Fiquei olhando para aquela pedra tão brilhante.

     A dor, a magoa, e o amor se misturavam em meu peito.

     Estava acabado.

     Não teria volta.

     Eu teria que tocar a vida.

     Eu tinha um filho para amar e cuidar até quando fosse possível.

     Eu tinha uma mãe que precisava muito de mim agora.

     E... eu tinha um coração quebrado e precisava recuperar.


Pov. Bella

     Estacionei a frente do bordel e peguei minha pequena mala.

     Não sei como consegui dirigir até aqui.

     Não me lembro do caminho.

     Dos sinais que passei.

     Dos carros que ultrapassei.

     Estava anestesiada.

     Entrei no bordel e encontrei as meninas já se aprontando para o expediente.

     Elas me olharam e sorriram. Não retribui e fui subindo as escadas.

- Bella?

     Rose me chamou e não dei atenção indo para meu quarto.

- Bella? O que houve?

      Rose disse entrando no meu quarto e olhando a mala que estava sobre
minha cama.

- Sabe onde está aquele vestido verde? Eu quero usar hoje.

     Abri meus armários procurando o vestido.

- Bella? Bella? O que aconteceu?

     Eu não queria falar o que aconteceu. Queria esquecer. Somente esquecer.

- Por que está aqui? Por que esta mala?

     Continuei procurando o vestido. Mas era melhor falar logo se não ela não
me daria paz.

- Acabou.

     Eu disse simplesmente.

- O que acabou?
     Ela veio até mim me pegando pelos braços me fazendo olhar para ela. Eu
não queria ver seu olhar. Não queria chorar.

     Eu não iria chorar.

- Eu e Edward. Acabou.

     Ela arregalou os olhos.

- Por quê? Ele não entendeu quando você contou a verdade.

- Eu não contei. Ele já sabia quando eu cheguei lá.

- Como?

- A pasta que eu tenho aqui no meu quarto...

     Então me lembrei e fui até minha cômoda. Abri a gaveta e é claro que não
estava lá.

- O que Bella? Não estou entendendo.

- A pasta que eu tinha todas as informações não está aqui. Está com Edward.

- Como que está com ele?

     Rose disse pensativa.

- Ah, é claro. Aquela vadia ruiva. A tal Victoria deve ter sido plantada por
alguém para roubar.

- É claro. Por Elizabeth.

     Ficamos em silencio pensando. Olhei novamente para o lugar onde a pasta
ficava e ao lado estava a caixinha com os brincos que Edward me dera.

     Abri e vi que só havia um brinco o outro havia sumido. Que estranho. Era
obvio que a tal Victoria roubou, mas por que só um? Não fazia sentido.

     Mostrei a Rose que também não entendeu.

     Fiquei triste, apesar de ter brigado com Edward por ele ter me dado, era
uma lembrança que eu tinha dele.

     Após uns minutos Rose disse.

- Sinto muito Bella.


     Eu não queria falar. Lembrar.

- Tudo bem Rose. Vamos ao trabalho.

- Bella, você não está agindo normal para uma pessoa que acabou de romper
com o homem que ama.

- O que você quer Rose? Que eu me descabele? Morra de chorar? Não vai
adiantar e isso não vai acontecer. Então chega dessa conversa e vamos ao
trabalho.

     Eu disse a ela e fui para o banheiro tomar um banho e me arrumar.

     Eu não iria pensar no que aconteceu.

     E foi o que fiz.

     Trabalhei. Ocupei minha mente.

     Sorri. Sorri e sorri para os clientes.

- Você está bem Bella?

     Rose me perguntou pela vigésima vez naquela noite.

- Qual é o seu problema Rose? Por que eu não estaria bem? Para de me
perguntar isso.

     Eu estava de saco cheio.

     Fui para meu quarto mais tarde naquela noite e me deitei me recusando a
pensar.  Adormeci logo em seguida.

     Acordei pela manhã e o primeiro pensamento foi ele. Afastei rapidamente
este pensamento. Eu iria prosseguir com esta resolução. Não pensar.

     Desci para tomar café e logo encontrei San e pedi a ele que avisasse Jacob
que ia dar uma volta a cavalo. Para que ele preparasse-o para mim.

     Cheguei à mesa de café. E vi que Rose e Ângela estavam bem próximas.
Juntas. Como se estivessem escondendo algo atrás delas.

- Bom dia Bella.

     Elas disseram juntas.


- Bom dia.

     Eu disse.

     Sentei-me a mesa. E comecei a me servir.

- Algum problema?

     Eu perguntei. Elas estavam muito estranhas.

- Não. Problema? Nenhum por quê?

     Rose disse rapidamente.

- Vocês duas estão estranhas. O que estão escondendo ai?

- Nada. Não tem nada aqui.

     Ângela disse.

     Eu me levantei indo próximo a elas.

- Qual é meninas? Não sou idiota. O que tem ai?

- Tudo bem. É melhor você não ver, Bella.

- Até parece.

     Eu disse.

- Saiam da frente.

     Elas se afastaram e o que eu vi fez um bolo enorme se formar em meu


estômago e meus olhos arderem.

     Sobre a mesa estava um lindo arranjo de tulipas.

     Eu cheguei próximo a elas.

- Nós pensamos que talvez ele tivesse se arrependido e te mandado. Mas não
tem nenhum cartão então deve ser por que estava programado por algum
tempo. Elas vêm todos os dias.

     Rose explicou.

     Eu não consegui ouvir mais nada.


     Sai correndo e fui até o estábulo mal cumprimentado Jacob. Montei em
Thor e sai em disparada.

     Era para lá que eu iria.

     Cavalguei por alguns minutos até que cheguei à campina em que eu e
Edward nos beijamos pela primeira vez.

     Desmontei Thor e andei pela campina.

      Ela ainda estava linda. Com flores e lindas plantas. Mas não era a mesma
coisa sem ele.

     Sem meu amor.

     Sem Edward.

     Então eu finalmente deixei meu coração falar e chorei.

- Me desculpe não queria incomodá-lo.

     Eu disse envergonhada.

- Eu já vou. Não quero...

     Eu ia me levantado quando ele segurou meu braço.

- Fique.

     Ele disse com suas esmeraldas presas em meus olhos. Eu sorri.

- Tudo bem.

     Ele colocou sua mão em meu rosto. E eu fechei os olhos. Sentindo sua mão
me acariciar.

- Você é tão linda.

     Ele disse e quando abri meus olhos e ele estava muito próximo. Seu rosto
quase me tocando. Seus lábios próximos aos meus. Ele olhava de meus olhos
para minha boca.
- Eu quero beijá-la, Bella. Mas só farei isso com seu consentimento.

     Ele sussurrou próximo a minha boca. Minha respiração quase falhando.
Era agora. Após isso não teria volta.

- Beije-me Edward.

     Então sua boca colou-se a minha.

     Voltei para a casa da colina encontrando Rose a frente da casa me


esperando com seu olhar preocupado.

     Parei a sua frente. Ela podia ver os vestígios de lágrimas em meu rosto.

- Rose... ele... não me quer mais.

     E chorei e fui abraçado por ela.

- Ah, querida eu sinto tanto.

     Rose me embalou em seus braços.

- Eu amo tanto ele.

     Eu solucei.

     Rose me confortou.

     Ela me levou para meu quarto onde passamos o resto da manhã
conversando.

-Tem certeza que terminou? Que não há volta?

     Ela me perguntou depois de ter certeza que eu estava mais calma.

- Tenho sim.

     Eu disse triste.

     Meu telefone celular tocou e vi que era John.

- Bella?
- Oi John. Novidades?

- Tenho sim. Foi expedido o pedido de prisão contra Elizabeth Mansen. A


policia acabou de sair aqui da delegacia para cumprir o mandado.

     Isso era o que eu sempre quis. Mas não consegui me sentir eufórica como
deveria ficar.

- Obrigado pelas informações John. Ligue-me assim que ela for presa. Ok?

     Desligamos.

- Eu escutei bem? A velha safada vai ser presa?

     Eu assenti.

- Por que você não está dando pulo de alegria? Você conseguiu Bella. Ela vai
pagar por tudo o que fez a sua família.

     Eu suspirei.

     Sim eu consegui, mas a que preço.

Pov. Edward

     No outro dia pela manhã eu fui até a casa dos meus pais. Da minha mãe.
Precisava vê-la.

- Como ela está?

     Eu perguntei a Nessie assim que cheguei.

- Ela dormiu bastante. Acordou bem. Tomou café e agora está no jardim. Está
triste, mas calma.

     Sentei-me a mesa de café da manhã onde já estavam Jasper e Emmett.

     Eu tinha que contar a eles. Mas falar sobre o assunto tornava tudo tão real.

- Eu e Bella terminamos nosso namoro.

     Três pares de olhos me encararam.

- Por quê? O que houve?

     Nessie perguntou.


     Então contei tudo a meus irmãos.

     Eles não falaram nada.

     Ficamos em silencio.

- Bom dia.

     Alice disse ao chegar e então a raiva que eu estava contendo desde o
momento que descobri sobre a vingança de Bella explodiu.

- Você sabia.

     Eu falei olhando para ela.

- Desculpe?

- Você sabia que Bella me usou em sua vingança.

     Eu falei com raiva e Alice arregalou os olhos.

- Mas é claro que você sabia. - eu falei sarcástico- O Jasper fazia parte dos
planos também? Dormir com ele para ajudar sua amiga.

- Calma aí Edward. - Jasper disse - Não admito que fale assim com Alice.

     Eu tentei me acalmar, mas estava difícil.

- Edward a Bella gosta de você de verdade. - Alice falou e eu ri - Eu sabia dos


planos sim, no inicio. Mas depois que me envolvi com Jasper. Quando me
apaixonei por ele, Bella não deixou que eu soubesse de mais nada. E logo
depois ela também se apaixonou por você.

     Eu não acreditava.

- Tudo bem. Alice desculpe por falar assim com você, ok. Não quero mais
saber desta historia. Eu e Bella terminamos e ponto final.

- Edward pense bem. Não há volta mesmo?

     Emmett me perguntou.

- Não.

     Eu disse simplesmente por que não me permitia pensar nesta possibilidade.

     Minha mãe entrou e veio me dar um beijo.


- Como você está mãe?

- Estou bem querido.

     Ela falou, mas seus olhos diziam o contrario.

     O telefone de Nessie tocou e ela atendeu ficando seria enquanto escutava o
que alguém lhe falava.

- O que foi Nessie?

     Jasper perguntou logo que ela desligou.

- Era Jacob. Ele me disse que a prisão da vovó foi expedida. A policia está
neste momento indo à fazenda para prendê-la.

- Nossa!

     Emmett sussurrou.

- Nada mais justo meu filho. Sua avó cometeu um crime horrível e tem que
pagar pelo que fez.

     Minha mãe disse. Ela tinha razão.

     Sai da casa de minha mãe e fui para o trabalho, mais tarde teria que buscar
Gabe na casa dos pais de Tânia. Agora seria a parte mais difícil. Falar a ele
que eu e Bella não estávamos mais juntos.

     À tarde, o trabalho foi intenso o que fez que eu não pudesse pensar. Pensar
nela.

- Sr. Cullen? O delegado Demetri está aqui e deseja falar com o senhor.

     Eu estranhei, mas pedi que Irina o deixasse entrar.

- Boa tarde delegado em que posso ajudá-lo?

     Eu disse apertando sua mão.

- Boa tarde Sr. Cullen. Deve estar a par que estamos com uma ordem de
prisão contra sua avó. Gostaríamos de saber se não sabe do paradeiro dela?

- Não. Eu não sei onde ela está. Não está na fazenda?

     Ele negou com a cabeça.


- Se ela não se apresentar a policia até o final da tarde eu irei considerá-la
foragida da policia e então terei que tomar todas as providências para que ela
não fuja do país.

     Eu assenti.

- Claro. Realmente não sei como ajudá-lo delegado. Eu e Eliza... minha avó
estamos meio afastados.

- Ok. Qualquer noticia, por favor, nos avise sim.

- Claro.

      Elizabeth fugiu. Eu tinha certeza disso.

      Gabriel entrou em casa como um furacão. Eu ia atrás catando as coisas


que ele deixou espalhada.

      Ele foi tomar banho enquanto eu fui fazer nosso jantar.

      Ele entrou na cozinha e se sentou a mesa.

- Papai a Bella não vem hoje?

      Ai estava à conversa que eu queria evitar.

- Não. Ela não vem

- Ah droga. Ela prometeu que ia jogar vídeo game comigo.

      Ele disse desapontado.

- Eu posso jogar com você.

- Não tem graça jogar com você papai. Você sempre perde. Com a Bella é
mais divertido.

      Eu ri. Um riso nervoso.

      Jantamos e sempre que podia ele perguntava.

     Onde está a Bella?

     Por que ela não veio hoje?

     Liga pra Bella e pede para ela vir.


- Gabe, eu preciso conversar algo com você.

     Como é que se falava sobre este assunto com um menino de sete anos.

     Ele já estava deitado em sua cama.

- Eu e Bella não somos mais namorados.

      Ele olhou para mim, sua cabeçinha infantil tentando entender o que aquilo
significava.

- Você não gosta mais da Bella, papai?

      Pergunta difícil.

      Seria fácil se eu não sentisse mais nada por ela. Mas não era.

- Filho isso é coisa de gente grande.

- Mas eu ainda gosto da Bella. Ela é minha amiga.

- Claro ela é sua amiga.

- Posso ligar pra ela agora?

       Eu passei a mão sobre meus cabelos. Não era uma coisa que eu queria
fazer. Ligar pra ela.

- Gabe acho que não é uma boa hora...

- Por favor, papai? Eu to com saudade dela.

       Droga! Eu não tinha como negar isso a ele.

        Fiquei com mais raiva dela por estar não somente dentro do meu coração
como no do meu filho também.

       Eu peguei meu celular e procurei seu número. Uma linda foto dela
apareceu e fez meu coração doer.

       Apertei o botão de ligar e passei para Gabe.

       Ouvir a vos dela era algo que ainda não era saudável.

- Oi Bella. Sou eu o Gabe.

       Ele disse e sorriu.


- Eu pedi pro papai pra ligar pra você. Eu to com saudade.

       Ele riu de algo que ela disse.

- Eu ganhei mais uma estrelinha com aquele desenho que você me ajudou.

      Ele gargalhou.

      Era lindo vê-lo feliz assim por estar falando com ela.

      Eu queria estar assim também.

- Papai me falou que você não é mais namorada dele. Mas eu ainda sou seu
amigo né, Bella?

       Eu prendi a respiração esperando.

- Eu também te amo Bella. Quando você vem me ver?

- Ta bem. Eu já to na cama. Ta. Beijão, tchau.

       Ele me entregou o telefone e deitou na cama.

        E eu fiquei louco de vontade de perguntar o que ela havia dito a ele, mas
controlei minha curiosidade.

- Boa noite papai.

- Boa noite campeão.

       Fui para meu quarto e deitei em minha cama.

      Onde até ontem era a nossa cama.

      Olhei o celular em minhas mãos.

      A vontade louca de ligar.

      De ouvir sua voz.

      Droga!

      Eu precisava esquecer.

      Eu havia esquecido Ângela.

      Não ia ser tão mais difícil.


      Ou ia?

Capítulo 29"A maior vingança é o desprezo"

Pov. Bella

- Por que você está chorando?

     Rose disse entrando no meu quarto e vendo os vestígios das lágrimas que
há pouco eu havia derramado.

     Eu ainda tinha o celular em minha mão.

- Gabe me ligou. - eu disse fungando - Num primeiro momento achei que


pudesse ser Edward, mas não.

     Não que eu tenha ficado decepcionada. Falar com Gabe, apesar de me
deixar emotiva, foi muito bom. Ouvir sua voz infantil e inocente.

     Mas Edward não queria falar comigo tanto que Gabriel ligou diretamente.

     Doía saber disso.

     Ele nunca me perdoaria?

     Estava sendo muito difícil viver sem ele.

     Meu celular tocou novamente.

- Oi John.

- Bella, não tenho boas notícias. Elizabeth Mansen fugiu.

     Desgraçada.

- Eu não acredito. E agora?

- Bom. A polícia já esta tratando de passar todos os dados dela para Interpol.
Para fora do país ela não vai conseguir fugir.

- Bom isso não adianta muito não é? Ela tem é que pagar pelos crimes que
cometeu.

- Eu sei Bella. Mas confie. A polícia vai fazer seu papel e a acharão.

     Eu não tinha tanta certeza disso.


**

     Os dias foram passando e nada de acharam Elizabeth Mansen.

      Fazia uma semana que eu e Edward havíamos terminado. Meu coração
sofria com sua ausência.

     As tulipas não mais apareceram. Era o sinal de que Edward realmente não
me queria mais.

     Eu estava em um estado de desanimo.

     Eu precisava me erguer. Viver.

     Mesmo que fosse difícil. Viver sem Edward.

     Eu já tinha minha decisão tomada. Só estava esperando um milagre.

     Um milagre chamado, Edward me perdoar.

     Mas isto não ia acontecer.

     Agora eu precisava contar as minhas amigas.

- Vocês não têm noção. É de cortar o coração.

     Alice disse enquanto alisava meus cabelos. Ela se referia à tristeza de
Esme. A separação dela e de Carlisle ainda durava.

     Minhas amigas me mimavam. Eu estava deitada como o rosto no colo de


Alice e os pés no colo de rose.

- Ontem ela foi colocar a mesa do jantar e colocou um prato a mais – Alice
continuou – ai ela sorriu e disse “tantos anos colocando o prato dele”.  Foi tão
triste.

     Alice suspirou.

- Será que eles não se acertam?

     Rose perguntou.

- Jasper acha que sim. Mas não sei não. Ele quer esperar para nos mudarmos
até que as coisas se acertem entre seus pais. A reforma do nosso apartamento
está quase pronta.
- Você viu Edward estes dias?

     Eu finalmente toquei no assunto que me interessava.

- Sim. Ele vai todos os dias para ver Esme.

- E como ele está?

     Alice respirou fundo.

- Ele me parece mais calado. Mas me parece bem. O Gabe assim que me vê
pergunta por você.

     Eu me sentei.

- Rose, Alice. Eu vou embora.

- O que?!

     Elas perguntaram surpresas.

- Não Bella. Não faça isso.

- Eu não consigo mais ficar aqui. Ficar sem Edward.  Está me sufocando.
Preciso de um tempo.

- Você volta né?

     Alice perguntou esperançosa. Eu não sabia dar esta resposta.

- Bom, eu terei que vir principalmente se Elizabeth for presa.

- E quanto ao bordel.

     Rose falou.

- Por enquanto vou deixar em suas mãos, Rose. Até eu decidir o que fazer.

- Você vai quando?

- O quanto antes possível. Só vou resolver umas pendências.

- Não vai nos deixar sem noticias.

     Alice disse fazendo bico.

- É claro minhas amigas. Amo vocês de todo meu coração.


     Elas me abraçaram.

     No outro dia eu já estava com a mala pronta em cima da minha cama
enquanto passava as ultimas instruções a Rose.

     Eu ainda tinha que fazer umas visitas antes de partir.

- Então você vai voltar pra New York?

     Rose perguntou.

- A principio sim Rose, mas não vou ficar lá por muito. Vou acertar algumas
coisas com a Claire e depois vou viajar. Espairecer.

     Ela assentiu triste.

- Rose eu quero te dizer uma coisa séria. Emmett ama você. Olhe meu
exemplo e faça a coisa certa. Se dê uma chance para ser feliz.

- Acha mesmo Bella? Tenho tanto medo.

     Eu a abracei.

- Tenho certeza. Vocês serão felizes. Daqui a pouco você vai estar me ligando
contado que está cheia de ursinhos.

     Ela gargalhou.

- Vai sonhando. Se ele me quer mesmo a primeira coisa vai ser parar com esta
historia de me chamar de ursinha.

     Eu ri.

     San que iria me levar ao aeroporto em Bolton, já estava me esperando.

     Despedi-me de todos na casa da colina prometendo voltar logo, mas eu


sabia que não era verdade.

     Parti para minha primeira parada. O hospital de Raymond.

      Fui até o andar do consultório de Carlisle e pedi a secretaria se eu poderia


falar com ele. No fundo eu temia que ele não quisesse me receber, mas logo
ela me mandou entrar.

     Carlisle se encontrava em pé me esperando.


- Oi.

     Eu disse o olhando. Ele estava com olheiras e com as roupas amassadas.
Bem diferente do Dr.Cullen que eu acostumei a ver.

     Ele me olhou e fez sinal que eu sentasse.

- Está morando aqui?

     Eu perguntei e ele assentiu.

- É provisório.

     Ele disse triste.

- Deve me odiar.

      Eu me sentia culpada pelo que aconteceu. Por Esme ter descoberto
daquela forma.

- Eu não consigo odiar ninguém a não ser eu mesmo, Bella. Eu devia ter
contado tudo a Esme e Edward. Bom, agora não adianta chorar pelo leite
derramado.

- Eu sinto muito Carlisle.

- No fim eu me livrei do peso Bella. É difícil viver anos escondendo um


segredo destes.

- É eu sei. Você deve saber que eu e Edward não estamos mais juntos.

- Sim eu sei. Jasper me contou.

      Eu já imaginava.

- Eu amo seu filho de verdade. Eu errei em não contar pra ele, mas como
você, tive medo de perdê-lo.

- Não estou julgando você Bella. - ele se recostou em sua cadeira me olhando
de forma paternal.- Lembra-se que eu estive na fazenda do seu pai aquela
noite? Eu examinei você e sua mãe. Você estava tão assustada. Era só uma
criança.

- Eu lembro sim, Carlisle. Achei que fosse me reconhecer quando nos viemos
no jantar em que Jasper começou a namorar Alice.
     Ficamos em silencio.

- Eu vou embora Carlisle. Não há nada mais para mim aqui. Elizabeth fugiu.
Edward me odeia.

     Ele ficou apenas me escutando.

- Mas antes de ir eu preciso te contar algo muito serio. Sobre Edward.

     Ele me escutava atentamente.

- Ele já me odeia mesmo. Se eu contar o que sei não vai alterar o que ele sente
por mim. Com a fuga de Elizabeth e a minha partida ninguém iria saber. Não
posso partir sem saber que Edward vai ficar bem. Que vocês cuidarão dele.
Edward está doente Carlisle. Muito doente.

     Carlisle ficou branco.

- O que você está falando Bella? Como assim doente?

- Eu descobri há pouco tempo Carlisle. Edward tem um tumor cerebral muito


grave.

     Ele ficou ainda mais nervoso.

- Não posso acreditar. Meu filho. Por que ele não nos falou?

     Eu bufei.

- Por que a querida “avó” dele fez a cabeça dele para que não contasse a
vocês. Que vocês não precisavam se preocupar bla,bla. Depois que ele
descobriu o verdadeiro caráter dela ele ia contar a vocês só que ai aconteceu
tudo isso e...

     Carlisle levantou e socou a mesa.

- Mulher desprezível! Nem com o próprio filho ela se importa. Eu juro Bella
se ela aparecesse aqui agora eu seria capaz de matá-la.

- Se acalme Carlisle. Edward precisa de você agora.

- Me conte tudo Bella. Tudo o que você sabe.

     Então passei os próximos 30 minutos relatando a ele tudo o que eu sabia
sobre a doença de Edward. A cirurgia. Tudo.
Pov. Edward

     Minha mãe falava sobre coisas do cotidiano. Estávamos reunidos para o
café da manhã.

     Nós percebemos que ela havia colocado o lugar de Carlisle.

     Meus irmãos haviam me dito que ela fazia isso constantemente.

- Vovó cadê o vovô Carlisle?

     Gabriel perguntou enquanto comia o bolo de milho que era o seu favorito.

     Todos congelaram ante a pergunta do meu inocente filho.

- Está trabalhando querido.

     Ela respondeu calmamente, mas percebi seu semblante emocionado.

     Ela o amava. Era nítido seu sofrimento.

     Eu podia entendê-la.

- Nossa! Mas é tão cedo pro vovô estar no trabalho. Deve ter muita gente
doente pra ele cuidar.

     Todos sorriram de sua lógica.

     Lembrei-me da ligação que recebi de meu pai ontem.

Flashback On

     Eu estava atolado de trabalho. Era bom ter muito trabalho assim eu não
tinha tempo de pensar.

     Principalmente pensar nela.

- Sr. Cullen? Seu pai está ao telefone. Posso passar a ligação?

     Irina me falou pelo interfone.

     Eu suspirei.

     Não havia falado com ele desde o dia em que e descobri toda a verdade.

- Pode passar Irina.


- Edward?

- Oi.

- Oi filho.

     Ele parecia aliviado.

- Eu achei que não fosse atender.

     Eu não respondi.

- O que quer?

- Precisamos conversar Edward.

     Era verdade. Precisávamos.

     Além de pai ele sempre foi meu amigo.

     Não era justo que eu não desse essa chance a ele.

- Ok.

- Ótimo. Que bom que aceitou filho.

- É só uma conversa pai.

- Eu sei. Pode vir aqui no meu consultório amanhã?

- Claro. Estarei ai no final da manhã. Até mais.

     Eu realmente queria conversar com ele.

Flashback Off

     Eu fui com minha mãe até seu quarto. Já que iria conversar com Carlisle
hoje. Eu queria saber como ela realmente estava.

     Sentamo-nos em sua cama.

- Mãe como você está?

- Bem filho.

- Pare de dizer que está bem. Sou eu. Edward. Eu quero a verdade.
     Ela suspirou.

- Ah, filho eu... eu sinto falta dele. É obvio. Vivemos juntos por muitos anos.

- Ainda o ama.

     Eu não perguntei e sim afirmei.

- Sim.

     Ela disse simplesmente.

- E vai perdoá-lo?

- Eu estou magoada Edward, mas isso não vai durar para sempre. O amor que
sinto pelo seu pai é maior. E sei que ele me ama também. Eu só preciso de um
tempo.

     Eu assenti era o que eu precisava saber.

     Meus pais se amavam. Eles não precisavam ficar separados.

- Eu soube do seu rompimento com Bella. – ela disse por fim - Acha que fez o
certo?

     Eu não queria falar mais sobre este assunto.

- Mãe... eu não quero falar sobre isso.

- Tudo bem meu filho, mas quero que me ouça. Eu soube o que o fez terminar
com sua namorada. Entendo sua magoa. Mas se ainda ama essa moça não a
expulse de sua vida.   De um tempo. Mas não a arranque de vez de sua vida.
Pode ser tarde quando resolver voltar atrás.

- Ela me usou...

- Sim, mas não se esqueça que esta moça o ama.

- Eu não consigo acreditar nisso.

- Como não Edward? Só se você for cego o que eu sei que você não é. Está
escrito nos olhos dela. A Bella ama você.

     Eu não conseguia acreditar.


- Nós temos que ser honestos com o nosso coração Edward. Se estivermos
magoados. Afastar-nos é uma boa solução até que tudo volte a seu lugar. Mas
jamais podemos renegar o sentimento que habita nele. Esse é o maior erro que
podemos cometer contra nosso coração. Não renegue seu amor por Bella.

     As palavras de minha mãe tocaram fundo.

     Toda a força que fiz para não pensar nela foi em vão.

     Ela estava lá. Dentro da minha cabeça e do meu coração.

     Estacionei meu volvo em frente ao hospital. Era final da manhã. Eu


encontraria meu pai.

     Onde tentaria perdoá-lo.

     Com esta ação eu poderia talvez ajudar na reconciliação de meus pais.

     Antes de passar pela entrada uma morena com cabelos marrons que eu
conhecia muito bem saia do hospital.

     Bella.

     Ficamos frente a frente.

     Uma semana separados.

     Parecia uma eternidade.

  Ela fixou seus lindos olhos castanhos em mim.

     Seu rosto estava mais pálido ou seria impressão minha?

- Oi.

     Ela disse quase num sussurro.

- Oi.

     Eu disse. Parecíamos estranhos que não conseguiam conversar.

     Então me lembrei que ela estava saindo do hospital. Estaria doente?

     Preocupei-me.

- Está doente?
     Eu disse de repente.

- Eu? Não. Eu... eu só...

     Ela mordeu os lábios um gesto tão seu quando não sabia o que dizer.

- Estou bem Edward.

     Fiquei aliviado.

- Eu vim falar com meu pai.

     Eu disse a ela para ter o que falar.

- Ah, claro. Bom, não vou atrapalhar. Eu já vou... indo.

     Ela se virou para sair.

     Eu senti algo estranho a vendo partir.

- Bella?

     Ela se virou rapidamente.

   Ficamos novamente nos encarando.

- Não quero seu mal.

     Eu disse a primeira coisa que veio a minha cabeça. Apesar de que era
verdade.

     Ela sorriu. Nossa! Como senti falta deste sorriso.

- Eu sei Edward.

     Ela se aproximou de mim. Muito.

   Seus olhos presos aos meus.

- Eu também não quero seu mal, Edward. Na verdade eu quero que seja muito
feliz.

     Ela aproximou seu rosto do meu e me beijou no rosto.

     Meu corpo sentindo o que sempre sentia quando nos tocávamos.
     Seus lábios tão macios em contato com minha pele. Me fez quase perder o
raciocínio.

- Adeus.

     Ela disse após se afastar.

     Ela se foi e eu fiquei ali. Parado. Como uma estatua.

     O que foi isso?

Pov. Bella

     Eu caminhei até o carro em que San me esperava e de lá ainda podia ver
Edward.

     Parado onde eu o havia deixado.

     Tão lindo.

     Eu o amava tanto.

     Quando amávamos uma pessoa queremos que ela seja feliz mesmo que não
seja com você.

     Isso é amor.

     Olhei mais uma vês para o homem que mandava em meu coração.

- Adeus meu amor. Seja feliz.

     Eu sussurrei antes das lágrimas tomarem conta de mim.

     Entrei no carro.

     E parti.

     Eu guardaria a imagem de Edward para sempre.

     Deus foi bondoso comigo me deu a oportunidade de uma despedida.

     Eu poderia partir.

     Tudo estava em seu lugar.

Capítulo 30 Vingança, despedidas e altruísmo.


Pov. Edward

Entrei na sala onde ficava o consultório do meu pai ainda meio atordoado pelo
encontro com Bella.

Foi estranho.

Mas não foi ruim como imaginei que seria quando eu a encontrasse.

Será que havia esperança para nós?

A secretaria do meu pai me pediu para entrar.

Quando entrei quase fui sufocado com um abraço apertado do meu pai.

Não esperava esta reação dele então retribui seu abraço, mas durante o abraço
percebi que ele estava chorando.

Fiquei preocupado.

– Pai? O que foi?

– Edward...

Ele se afastou de mim me olhando.

– Meu filho por que não me contou?

Eu não estava entendendo.

– Do que está falando pai?

– Filho eu e sua mãe te amamos. Não posso nem pensar na possibilidade de te


perder.

Então eu entendi. Meu pai descobriu sobre minha doença.

– Pai como...

– Vamos ao melhores médicos do mundo. Não vou poupar esforços.

– Pai eu já fui. Não há o que se fazer.


– Meu filho. – ele disse colocando suas mãos em meus ombros - Sempre há
uma esperança.

– É nela que eu me apoio para a cirurgia.

Ele pegou o telefone discando rapidamente.

– Esme?

Eu tentei impedi-lo, mas ele fez sinal para que eu ficasse onde estava.

– Temos um assunto serio para tratar. Não. Não é sobre nós é sobre um dos
nossos filhos. Peça a todos que se reúnam hoje ai em casa... na sua casa. É um
assunto serio e precisamos de toda a família presente. Ok até mais tarde.

Ele desligou ficando uns minutos em silencio.

– Não devia ter feito isso.

Eu disse alguns segundos depois.

Então me lembrei. Como ele ficara sabendo?

– Como você soube?

Ele me olhou por fim.

– Bella veio aqui e me contou antes de ir embora.

Eu tinha entendido que Bella que havia contado a ele, mas a ultima sentença
foi o que prendeu minha atenção.

– Como?

– É ela não queria ir embora sem que ninguém mais soubesse da sua situação.

Bella foi embora.

Aquilo que havia acontecido agora eu entendia.

Foi uma despedida.

Por quê?

Por que ela estava indo embora?

Eu precisava fazer algo, mas o que?


– Edward?

Meu pai me chamou.

– Edward.

– Oi.

– Estou falando há minutos e você não prestou a atenção. Onde está com a
cabeça? Está bem? Está sentindo algo?

– Não pai. Na verdade eu preciso ir.

– Mas... nós nem conversamos ainda.

– À noite pai. Você marcou com mamãe lembra? - eu disse já perto da porta
quase saindo. - Conversamos a noite. Tchau.

Eu saio quase correndo do hospital.

Quando me dei conta já estava em meu carro a caminho do bordel.

O que eu diria a ela?

Eu ainda a amava era obvio.

Mas não a perdoara. E ainda havia magoa.

Uma coisa era certa eu não queria que ela fosse embora.

Pov. Bella

Eu estava na frente da escola de Gabe.

Não havia chance de eu ir embora sem antes me despedir dele.

Tive certa dificuldade para convencer a monitora a me deixar entrar só


consegui quando pedi que chamassem Emmett.

Ele veio até a sala onde eu me encontrava e falou com a coordenadora que
achou melhor eu conversar com Gabe na hora da aula de educação física que
era com Emmett e seria dali a 30 minutos.
Por este tempo fiquei esperando no campo de futebol da escola junto com
Emmett.

– Eu estou indo embora Emmett e preciso me despedir do Gabe.

– O que? Por que Bella?Vai fechar a casa da colina? A Rose também vai?

Eu tive que rir do seu desespero.

– Fique calmo Emmett. A Rose não vai, mas se você não agir logo ela pode ir
sim. Ela não vai ficar muito tempo por aqui. Então aproveite a chance. Ela
está apaixonada por você.

Ele sorriu igual a uma criança quando vê um doce.

– Aquela loira vai ser a mãe dos meus filhos.

Eu sorri.

– E você? Tem certeza que é o melhor ir embora? Eu sei que é por causa do
Edward.

– Não é só por ele é por mim também, mas tem razão ele é a razão principal.
Sei que devem me odiar. Mas eu amo seu irmão de verdade. Eu errei, mas...

– Ninguém a odeia Bella. Acredito que nem o Edward.

Eu não acreditava no que ele dizia. Edward podia não me odiar. Mas também
amor estava longe.

Ouvimos os barulhos característicos das crianças e logo o campo estava cheio


de meninos e meninas.

Em seguida vi o lindo menininho de cabelo loiro.

Ele me olhou, sorriu e veio correndo me abraçar.

– Oi meu lindo.

Eu disse ao abraçá-lo

– Bellaaa.

Eu o abracei e lutei muito pra não chorar naquele momento.

Não sabia se algum dia iria poder abraçá-lo assim novamente.


– Bella você vai lá em casa comigo jogar vídeo game? O papai não sabe. Ele é
muito ruim.

Eu ri acompanhada de Emmett.

– Querido infelizmente eu não vou poder ir.

– Ah, por que não? Eu quero que você seja a namorada do papai de novo.

Meu coração já apertado quase se desmanchou com as palavras dele.

Eu o abracei muito.

– Eu também queria meu lindinho. Gabe eu vou viajar por um tempo, então
nós não vamos nos ver.

Não tinha como eu dizer a ele que eu iria embora de vez.

– Mas você vai voltar né Bella?

Droga! Não era justo mentir.

– Eu volto sim. Mas se eu demorar não se esqueça que eu amo muito você.

– Eu também te amo Bella. Eu vou desenhar seu rosto que nem eu faço com a
mamãe ai eu vou lembrar de você todo dia.

Eu o abracei mais uma vez.

Despedi-me e saí eu não agüentava mais segurar minhas lágrimas.

Fui até o carro chorando e assustei San.

Ele esperou eu me acalmar antes de darmos inicio a viajem até a capital,


Bolton. Era uma viagem rápida. Uma hora no máximo.

San me deixaria no aeroporto e depois voltaria a Raymond. Meu vôo para


New York era somente às 22hs e ainda era inicio da tarde.

Olhando a paisagem enquanto San dirigia eu me lembrei de uma última coisa


que precisava ser feita antes de partir.

– John?

– Oi, Bella.
– Eu estou voltando para New York, mas quero que me mantenha informado
sobre tudo o que acontecer no caso da morte do meu pai. Sobre a fuga de
Elizabeth. E também sobre o pai de Jacob. Não poupe esforços para ajudá-lo
John.

– Pode deixar Bella.

– Outra coisa. Não tenho mais aquela pasta onde você me mandou todas as
informações. Estou precisando de um endereço de uma pessoa que você já
havia me dado.

– Claro. De quem?

– Ângela Sanders.

Pov. Edward

Eu estava parado em frente à casa da colina decidindo se entrava ou não.

Quando Jacob bateu na janela do meu carro.

Eu desci e o cumprimentei.

– Oi Jacob.

– E ai Edward. Está procurando a Bella?

Eu passei a mão em meus cabelos. Eu estava nervoso. O que eu diria a ela


quando a encontrasse.

– Sim.

– Hum... bom... é que... a Bella voltou pra New York.

– Ela já foi?

Meu coração quase saltando pela boca.

– Sim. hoje de manhã.

Eu cheguei tarde.

Tarde demais.
Talvez fosse melhor.

Agradeci Jacob e sai de lá. Do lugar que me lembrava ela.

O dia passou arrastado.

Quando eu percebia já estava pensando nela.

Na forma como nos encontramos hoje.

De todas as formas eu tentava me convencer que havia sido o melhor.

Mas no fundo meu coração gritava outra coisa.

Eu cheguei à casa dos meus pais e todos já estavam lá. Só faltava eu.

Todos curiosos com o que estava acontecendo.

A maioria achava se tratar de algo relacionado à separação de nossos pais.

– Onde está o Gabe?

– No quarto dele jogando vídeo game.

Emmett disse.

– É melhor assim. Vamos ficar de olho se ouvir algum barulho na escada.

Não queríamos que Gabriel escutasse nossa conversa.

Então meu pai começou e contou a toda minha família o que estava
acontecendo.

Um silêncio se fez após ele contar a todos sobre minha doença.

Minha mãe e Nessie chorando.

Meu pai e Jasper discutindo as opções de tratamento.

Emmett e Alice assustados.

Meus pais saíram para conversar a sós.

– Edward por que não nos falou nada? Nós podíamos ajudar você.

Jasper disse.
Então expliquei a eles como descobri. Como Elizabeth me convenceu a não
contar a ninguém e tudo o que aconteceu depois.

Nessie estava abraçada a mim.

– Não chore pequena. Vai dar tudo certo.

Eu disse beijando sua testa.

Carlisle e Esme voltaram e pareciam mais próximos.

– Nossa família tem que se unir em prol da saúde de Edward. Eu e sua mãe
vamos deixar nossos problemas de lado para ficar ao seu lado neste momento.

Meu pai disse.

– Não quero que vocês se sacrifiquem por mim.

– Meu filho nenhum sacrifício seria o suficiente por você. Mas não é sacrifício
nenhum.

Ali eu percebi que eles queriam ficar juntos e só estavam arrumando uma
forma mais fácil de fazer isso. Bom neste caso, minha doença foi uma coisa
boa. Meus pais estavam juntos novamente.

– Eu acho que você deveria vir morar aqui em casa filho.

Carlisle disse. Eu ia negando com a cabeça quando minha mãe implorou.

– Por favor, filho nos deixe cuidar de você. Não ficarei tranqüila se estiver
sozinho naquele apartamento ainda mais com uma criança.

Eu gostava de morar no meu apartamento, mas minha mãe tinha razão. E,


além disso, as lembranças do que vivi com ela estavam me assombrando ainda
mais agora que ela havia ido embora.

–Tudo bem. Gabe vai amar a novidade.

Eu estava sentado à beira da piscina quando Emmett veio falar comigo.

– Eu falei com Bella hoje.

Uma esperança se apossou de mim. Ela não havia ido embora?


– Onde?

– Ela foi lá à escola se despedir do Gabe.

Decepção. Ela havia ido embora.

– Hum...

Foi só o que consegui dizer.

– É só isso que tem a dizer.

– O que quer que eu diga?

– Droga Edward! Está sendo burro. Aquela mulher ama você. Ama seu filho.
E você vai deixa-la sair da sua vida.

– Emmett ela me uso...

Ele me interrompeu.

– Eu sei. Eu sei. Ela te usou. Você não para de repetir isso. E não consegue
enxergar a verdade.

Eu suspirei.

– Mesmo se eu quisesse, ela já foi embora mesmo.

– Vá atrás dela.

Eu poderia ir. Não poderia? Mas eu ainda estava magoado. E se ela foi
embora era porque não se importava tanto assim.

– Não posso Emmett.

– Ok Edward. Eu não vou falar mais nada, mas depois quando se arrepender
espero que não seja tarde.

Pov. Bella

Pedi a San que me aguardasse na frente da casa em que eu estava prestes a


entrar.
Eu não sabia se estava fazendo o certo. Talvez não o certo para o meu
coração. Eu amava Edward e a possibilidade de ele se acertar com ela me
torturava.

Mas meu amor por Edward era tão maior que eu queria sua felicidade. E pelo
jeito não era comigo. Então por que não com a mulher que ele amou um dia?

O relacionamento deles acabou por conta de uma armação.

Edward tinha a pasta. Ele sabia verdade. Sabia que Ângela era inocente.

Entre eles não havia a magoa que existia entre eu e Edward.

Ele podia voltar a amá-la e ser feliz. E essa possibilidade fez com que eu
batesse naquela porta.

Fiquei aguardando quando uma moça morena com longos cabelos petos abriu
a porta.

– Oi.

Ela disse simpática.

– Oi. Você é Ângela Sanders?

– Sim sou eu. Em que posso ajudar?

Ela era bonita. O bichinho do ciúme tentou me dominar. Mas não dei chance a
ele.

– Será que poderíamos conversar?

Ela ficou pensando talvez não querendo deixar uma estranha entrar em sua
casa.

– Por favor, eu quero falar sobre alguém que conhecemos em comum.

– Quem?

Ela perguntou ainda desconfiada.

– Edward cullen.

Capítulo 31 Vingança: O tempo passa o amor não.

Cinco meses depois. 


Pov. Edward

     O tempo é o melhor remédio.

     Esta frase sempre me acompanhou.

     Mas não era o que aconteceu.

     Eu não a esqueci em todo este tempo que se passou.

     A magoa passou.

     A raiva passou.

     A falta dela não.

     E as palavras de Emmett e minha mãe se tornaram verdadeiras.

     Era tarde demais.

     A vida nestes cinco meses foi passando. Como tudo passa.

     Não tivemos nenhuma noticia de Elizabeth. Ela sumiu do mapa. A policia
continuava a sua procura, mas nada. Uma coisa a policia tinha certeza de que
do país ela não havia saído.

     Meu pai e minha mãe voltaram ficar juntos. Em harmonia. Eles eram muito
apaixonados.

     Alice e Jasper haviam se mudado para seu apartamento, mas estavam
sempre aqui. Eles estavam esperando o primeiro filho, Jason. Em quatro
meses meu afilhado chegaria, eu esperava que pudesse vê-lo antes de...

     Gabriel estava eufórico com a vinda do priminho.  Emmett tentou fazer
piada com o nome do filho de Alice. Recebeu um sapato na cabeça quando
perguntou o que Alice faria com o bebê numa sexta-feira 13.

     A casa da colina foi fechada dois meses depois que Bella partiu. Pelo que
eu sabia a casa ainda pertencia a ela e tudo ficava sobre os cuidados de Jacob.

     Rosalie não foi embora como as outras meninas do bordel ela disse que
ficaria para ajudar Alice que estava no inicio da gravidez, mas todos sabiam
que a verdade era por causa de Emmett.

     Minha mãe a convidou para morar em nossa casa. Ela aceitou. Em seguida
ela e Emmett começaram a namorar.
     Meu pai conseguiu um emprego para Rose, que agora era sua secretaria
pessoal. Ela era durona. Mesmo namorando Emmett e morando na mesma
casa não permitia que ele dormisse no mesmo quarto. Ela dizia que não queria
desrespeitar Esme e Carlisle que a acolherem. Emmett ficava louco. Ele
estava tendo paciência.  Rosálie teve um trauma grande na infância.  Era
difícil para ela superar tudo, mas como o amor de Emmett, eles conseguiriam.
Era muito legal a relação deles.

     Rose também era durona com relação a mim. Ela me culpava pelo sumiço
de Bella. Pelo que fiquei sabendo ela não entrava em contato há quase quatro
meses.

     Rose só não me xingava por conta da minha doença.

     Ao contrario de Rose, eu e Alice nos tornamos grandes amigos. Ela era
minha confidente. Até mais que meus irmãos. Eu não cansava de me
desculpar com ela pela forma como a tratei quando soube da vingança de
Bella.

     Por ela eu soube de tudo o que aconteceu desde a chegada de Bella a
Raymond. De como a mãe dela a fez prometer por anos que se vingaria.

     Com as conversas com Alice meus sentimentos foram mudando. A raiva e
magoa foram sendo substituídas por saudade e amor.

     Eu amava Bella.

     Mas não consegui tomar a decisão de ir atrás dela.

     Não sei o porquê. Eu sempre arrumava desculpas para não ir atrás dela. É
verdade que eu estava trabalhando muito. A empresa que também era de
Elizabeth agora estava somente sobre minha responsabilidade. A policia
também ficava no meu pé. Sabiam que a empresa era dela, então queriam
sempre saber se ela entrara em contato. Afinal ela precisaria de dinheiro, mas
desconfio que ela deva ter muito dinheiro guardado.

     Gabriel nesses meses que passaram sempre perguntava por Bella. Ele não a
esqueceu.

     Quando não perguntava ele tocava no nome dela.

     A Bella gosta desse desenho.

     Eu e Bella jogávamos este jogo.


      Sinto falta de quando Bella me colocava para dormir ela contava umas
historias para eu dormir.

      Eu e Gabe nos mudamos para a casa dos meus pais logo após eles ficarem
sabendo da minha doença. Isso fez com que Gabe não ficasse tão triste pela
partida de Bella, mas não fez que ele a esquecesse.

      Em relação a minha doença continuava tudo na mesma. Algumas dores.


Mas nada demais. A cirurgia estava planejada para daqui a dois meses.

      Meus pais fizeram questão de ir comigo a New York falar com meu
médico. Após mais exames se concluiu que a cirurgia ainda era a melhor
opção. Se não a única.

     Quando estávamos em New York eu pensei se não encontraria com ela.
Não adiantava ir ao bordel que ela tinha New York. Alice havia me dito que
ela vendera o bordel e que não estava mais na cidade. Ninguém sabia onde
Bella estava.

     Ainda me lembrava com detalhes do dia que nos vimos pela última vez.

     Quando eu pensava nisso a saudade aumentava.

     Dois dias após a partida de Bella eu tive uma grande surpresa.

Flashback On

- Gabriel, por que está empacotando todos os seus brinquedos? Não precisa
levar todos eles filho. Lá na vovó você tem muito.

     Estávamos arrumando as coisas que levaríamos para casa de meus pais.
Moraríamos lá por não sei quanto tempo, mas eu não iria me desfazer do meu
apartamento.

- Papai eu não quero deixar eles aqui sozinho.

     Eu ri do seu jeito.

     A campainha do meu apartamento tocou e fui atender. Nem em um milhão


de anos eu imaginei quem estava a minha porta.

- Ângela?

     Ela sorriu.

- Oi Edward.
     Ficamos nos encarando. Quanto tempo eu não a via. Muitos anos.

- Será que poderíamos conversar?

- Claro.

     Eu disse ainda me refazendo da surpresa que era tê-la aqui.

     Entramos e fomos para a sala.

- Sente-se.

- Deve estar surpreso com minha visita.

- Vou te confessar que sim. Estou surpreso.

- Filho você quer levar todas aquelas... desculpe eu não sabia que estava com
visitas.

     Minha mãe entrou na sala onde eu e Ângela estávamos. Ela estava me
ajudando na mudança.

- Como vai Sra. Cullen.

     Ângela a cumprimentou.

- Oi Ângela, nossa quanto tempo. Você está bem?

- Sim. Eu estou bem.

     Ficou um clima estranho.

- Mãe eu e Ângela temos que conversar. Você poderia levar o Gabe para dar
uma volta?

     Pedi.

- Claro. Vou lá buscar ele.

      Minha mãe saiu em busca de Gabriel. Eu e Ângela ficamos aguardando.

     Minha voltou com Gabriel que já estava animado pedindo à avó que o
levasse em uma lanchonete.

     Eles saíram.


- Nossa Edward! Seu filho está enorme. Quando o vi pela ultima vez ele era
um bebê. Bem que ela disse que ele era a sua cara.

     Ela?

     Ficamos em silencio.

- Eu soube que você descobriu toda a verdade.

- Sim. Porque não tentou me falar o que estava acontecendo na época


Ângela?

- Edward eu tentei você não me escutou. Você só escutava sua avó.

     Ela tinha razão. Eu era um cego.

- Desculpe Ângela por tudo o que eu te disse. Fui grosseiro e você era
inocente.

     Eu realmente me envergonhava por tudo o que havia dito a ela na época.

- Eu entendo Edward. Sei que estava magoado com o que achava que eu
havia feito. Fiquei magoada com você por acreditar que eu faria aquilo. Por
não acreditar que eu te amava.

     Não sabia o que dizer a ela.

- Edward eu ainda amo você. Será que não poderíamos recomeçar?

     Poderíamos?

     Eu a amei muito.

     Mas e agora?

     Eu amava outra pessoa e não era comparado o que eu sentia por Bella
para o que eu senti um dia por Ângela.

     Mesmo magoado com Bella eu tinha certeza que nunca amei uma pessoa
como ela.

     Ângela se aproximou de mim.

     Ela colocou sua mão em meu rosto. Eu sabia. Se eu não tomasse uma
atitude logo, ela me beijaria.
     Eu queria que ela me beijasse?

     Eu poderia tentar.

     Não.

     Eu não poderia fazer isso com ela.

     Quando ela se aproximou mais eu a segurei.

- Ângela eu não posso.

- Por quê?

     Ela perguntou.

- Eu conheci outra pessoa e me apaixonei.

     Ela recuou. Parecia desapontada.

- Ela não me disse nada...

     Ela murmurou.

- Como assim ela?

- Não é nada. Então você está namorando?

- Não eu e Bella nos desentendemos.

     Ela arregalou seus olhos surpresos.

- Bella? O nome da mulher que você ama se chama Bella?

     Fiquei confuso.

- Sim por quê?

     Ela sorriu.

- Por que não estão juntos Edward?

- Eu prefiro não falar neste assunto, mas para simplificar eu não tenho
certeza dos sentimentos dela.

     Ângela segurou minha mão.


- Eu tenho certeza dos sentimentos de Bella por você.

- Como?

- Ela foi me procurar há dois dias.

     Então Ângela me contou sua conversa com Bella.

Flashback Off

     O que Bella fez foi uma grande prova de amor. Não só a mim. Mas a
Gabriel.

     Ela achava que eu ainda podia amar Ângela, mas não.

      Eu gostava de Ângela, mas agora somente um carinho de amigo afinal ela
foi muito prejudicada por Elizabeth.

     Não poderia amar ninguém mais como eu amava Bella.

     Eu e Ângela continuamos a nos encontrar como amigos. Eu sabia que ela
ainda gostava de mim e não queria dar esperanças a ela, mas gostava da
companhia dela.

      Ela era ótima com Gabe, mas nada que substituísse Bella no coração do
meu menino.

      Estávamos todos em casa. O famoso almoço de domingo.

      Todos meus irmãos acompanhados e somente eu sozinho.

      É claro que eu não estava sozinho. Eu tinha minha família. Meu filho.

      Mas sem ela. Era como estar sozinho.

      Já havíamos almoçado e todos se divertiam na sala. Eu estava um pouco


mais afastado na varanda sentado em uma espreguiçadeira.

      Elas não notaram, mas eu ouvia o que Alice e Rose conversavam.

- Ele está tão triste. Corta-me o coração ver ele assim.

- A culpa é dele. Por que a deixou ir embora.

- Também não é assim Rose. A Bella sumiu. Eu já tentei localizá-la de varias


formas e não consegui. Como é que você quer que ela faça alguma coisa?
- Aí é que está Alice, ele não fez nada. Ele parece gostar dela, mas fica aí
parado. Quem gosta vai atrás.

      Eu não queria escutar o que elas conversavam.

      Comecei a vagar o pensamento até um dos momentos que vivi com Bella.

- Ele que é um menino adorável. Gosto muito dele.

- Só do meu filho que você gosta?

- Talvez eu goste um pouquinho do pai dele.

- O que foi?

- Parecemos dois adolescentes se beijando escondido na casa dos pais.

...

- Você... está... está apaixonado por mim?

- Sim estou Bella, mas...

- Eu também estou apaixonada por você Edward.

- Você não pode. Eu não sou saudável não posso te oferecer nada.

- Só o seu coração já me basta Edward. E acredito que tudo vai dar certo.
Você ficara curado.

 – Um dia com você vale mais que todos os anos que eu passei sem ter te
conhecido. Eu amo você Edward.

...

- O que foi Bella?

- Eu não achei que fosse me beijar assim... na frente de todos.

- Porque não? Não tenho vergonha do nosso namoro. Eu te amo e quero que
todos saibam que é minha.

- Eu sou sua. Somente sua.

 Era isso.

     Rose tinha razão.


     Eu a amava.

     Mas não fui atrás do amor da minha vida.

     Chega de ficar se lamentado.

      Era hora de agir.

      Eu queria Bella aqui. Comigo. De onde ela nunca devia ter saído.

      Eu precisava da minha amiga.

      Eu precisava da ajuda de Alice.

Capítulo 32 Vingança: A vida que segue... ou não.

Cassis- França.

Pov. Bella

     Eu peguei minha máquina fotográfica e coloquei dependurada em meu


pescoço. Ainda era cedo da manhã. Mas o dia estava lindo. Como sempre era
aqui neste paraíso.

     Seria muito bom fazer umas fotos assim bem cedinho.

     Ficaria lindo.

- Bom dia.

     Eu disse dando um beijo no rosto dela.

- Bom dia querida. Já de pé? Está muito cedo.

- É eu sei. - eu disse me sentando ao seu lado na mesa e me servindo de café. -


Mas eu adoro fotografar o mar assim ao amanhecer.

- Pegou jeito pela coisa mesmo hein?

- Sim Carmem. Eu amo fotografar. Vou indo.

     Eu disse me levantando.

- Nem tomou café direito Bella.

- Tomei sim. Se eu me atrasar vou perder as melhores fotos.


- Aquele seu amigo vai estar lá com você?

- Acho que sim. Por quê?

- Por que ele gosta de você Bella. Por que não dá uma chance a ele?

- Acho que está enganada Carmem, eu e Alec somos só amigos. Eu não posso
mais amar. Só há uma pessoa para mim Carmem.

     Ela assentiu.

     Eu saí indo para os rochedos. Este lugar era incrível. Tão lindo.

     Cheguei à praia quase vazia de turistas por conta do horário. Quando era
mais tarde eu até tirava fotos dos turistas que queriam uma lembrança desta
paisagem maravilhosa.

     Ganhava algum dinheiro com isso. Não que eu estivesse precisando. Mas
era legal ganhar dinheiro com minhas fotos.

     Dinheiro não era problema. Depois que vendi o bordel em New York eu
apliquei meu dinheiro. Claire ainda cuidava de tudo para mim.

     A única coisa que mantive do meu tempo de dona de bordel foi à casa da
colina em Raymond.

     Jacob cuidava dela para mim. Eu não mantinha contato com ele. Claire é
que cuidava de tudo.

     Não sei por que eu ainda mantinha aquela casa.

     Talvez fosse uma remota esperança de que eu ainda voltasse para lá.

     Mas só havia uma possibilidade de eu voltar lá um dia e infelizmente não


era a que eu mais queria.

     John, meu advogado me mandava noticias sobre o caso da morte do meu
pai.

     Elizabeth ainda estava foragida.

     O processo estava parado por conta disso.

     Mas John sempre me animava dizendo que uma hora eles iriam encontrar
ela.
     O lado bom disso era que o pai de Jacob estava sendo beneficiado por ter
revelado a verdade a justiça. Talvez ele não fosse preso.

     Eu pedi a John que me desse poucas noticias dele. De Edward. Só queria
saber se ele estava bem. Vivo.

     Para mim era o que importava.

     Não agüentaria saber que ele estava com Ângela. Fui eu que tentei reunir
os dois, mas nem por isso era fácil para mim.

     Lembrei-me da conversa que tive com ela há meses atrás.

Flashback On

     Eu estava sentada na sala da casa de Ângela.

     O nome dele fez com que rapidamente ela me deixasse entrar.

- Desculpa qual é o seu nome?

- Ah, claro. É Bella Swan.

     Eu me apresentei.

- Então Bella o que quer falar sobre Edward?

- Eu... eu sou amiga de Edward.- eu disse respirando fundo. Vamos lá Bella já


que veio até aqui faça o que tem que fazer. – Ele descobriu a verdade sobre o
termino de vocês.

     Ela arregalou os olhos.

- Ele sabe sobre a armação que Elizabeth Mansen fez para separá-los. Na
verdade ele descobriu varias coisas a respeito dela.

- Ele deve estar arrasado. Ele amava muito a avó.

     Ela disse pensativa.

- Sim ele está.

     Então contei resumidamente as partes mais importantes sobre tudo que
estava acontecendo na vida de Edward.

- Meu deus! Edward não merece tudo isso.


     Eu concordava com ela.

- Ele pediu que você viesse aqui?

     Eu neguei com a cabeça.

- Não Ângela. Edward nem sonha que estou aqui. Ângela acho que você e
Edward talvez... possam se acertar.

     Ela não disse nada.

- Você ainda gosta dele?

     Prendi a respiração.

- Sim. Eu ainda amo ele. Tem como não amá-lo depois de conhecê-lo?

     Meu coração estava dividido. Feliz por saber que ele poderia ser feliz. E
triste por não ser eu a proporcionar isso a ele.

- Bella. Deve pensar que eu devia ter lutado mais por ele. Mas Edward não
quis me escutar. Aquela mulher fez a cabeça dele contra mim. Eu não tive a
menor chance. Apesar de amar Edward muito e ser feliz com ele. O tempo em
que ficamos juntos foi um pesadelo. Elizabeth me ameaçava todo tempo.
Ameaçou minha família. E no fim fez o que você sabe.

- Agora ela não poderá atrapalhar Ângela. Você e... e... Edward poderão ser
felizes.

- Será? Será que Edward ainda pode gostar de mim?

     Eu vi esperança em seus olhos.

     Engoli mais uma vez meu ciúme.

- Eu...eu... acho que sim.

- Você é amiga dele né? Deve saber se tenho chance.

- Eu acho que deve procurá-lo e contar todo o seu lado da historia. E ai é ver
no que dá.

- Você está certa. Eu vou procurá-lo.

     Meu coração se apertou.


- Outra coisa Ângela. Você gosta de crianças não é?

- Sim, adoro. Por quê?

- Bom você sabe Edward tem um filho. Gabriel. E ele é maravilhoso. Precisa
ser amado.

- Como ele é?

     Eu sorri.               

- Ele é adorável. Lindo como o pai.

     Nós rimos.

- Ele é um menininho que merece somente a felicidade e como Tânia não está
presente ele precisa ser amado pela namorada de seu pai.

     Ela assentiu.

- Você o ama?

     Assustei-me com sua pergunta.

- Quem?

- Gabriel é claro.

     Respirei aliviada.

- Claro que sim eu amo muito. E me preocupo se ele ficará bem.

- Pode deixar Bella se eu e Edward nos acertarmos isso não será problema.

- Ótimo. Outra coisa Ângela. Não conte a Edward que estive aqui falando
com você.

- Por quê?

- Bom, é que eu e Edward nos desentendemos, coisa de amigos. Mas não


quero que ele pense que estou me intrometendo.

- Tudo bem Bella. Espero que vocês se acertem. Uma amiga como você que
preza a felicidade de um amigo é uma amizade que vale a pena preservar.

     Eu me emocionei com suas palavras. Ela nem sonhava que eu fazia isso
por amor.
- Espero que um dia possamos ser amigas também.

     Ela disse. Se ela não fosse a mulher que iria ficar com o homem que eu
amava, acho que poderíamos ser amigas.

- Claro.

     Despedi-me dela e finalmente parti. Eu havia feito tudo para acertar as
coisas erradas que eu havia feito.

     Esperava que Edward fosse feliz.

     Isso me faria feliz também.

Flashback Off

- E aí linda?

     Assustei-me com a chegada intempestiva de Alec.

- Nossa que susto, Alec! Você não sabe chegar como gente normal não? Tipo
fazendo barulho.

     Ele sorriu.

- Você é que estava viajando Bella. Em que mundo estava?

- Em mundo nenhum. E aí vamos fazer novas fotos ou vamos ficar de papo?

     Saímos com nossas máquinas fotográficas e nos distraímos ao fotografar as


lindas paisagens de Cassis.

     Conheci Alec no curso de fotografia que fiz em Paris logo que cheguei de
New York. Por coincidência ela era de Cassis.

     Após terminar o curso me mudei para Cassis. Iria ficar um tempo com
Carmem. Mas não iria me estabelecer de vez aqui ainda viajaria por algumas
cidades da Europa antes de decidir realmente o que eu faria da minha vida.

- Estou morto de fome.

     Alec disse e eu ri.

- Você está sempre com fome, grande novidade.

     Ele me deu um beliscão.


     Eu adorava a companhia de Alec e ao contrario do que disse a Carmem eu
sabia sim do seu interesse por mim. Mas eu já o havia advertido que só havia
um único homem para mim.

- Vamos almoçar naquele restaurante de frutos do mar? Eu pago.

     Ele disse lambendo os lábios com referencia a maravilhosa comida que
eles serviam lá.

- Ok. Vamos seu guloso.

     Rimos e fomos ao restaurante.

     Estava bem cheio com muitos turistas. Almoçamos e estávamos num papo
legal sobre as delicias da cozinha francesa.

     Ao meu lado havia um casal com um menininho loiro que logo me
lembrou de Gabe.

     Acho que eles eram alemães.

     O menininho me olhou e sorriu.

     Eu sorri de volta.

- Oi.

     Eu disse a ele.

     Ele se encolheu envergonhado.

- Ele é tímido.

      A mãe do menino disse.

- Qual o seu o nome lindo?

     Eu perguntei a ele.

     Ele continuou tímido.

- Fala o seu nome querido.

     A mãe do menino falou para ele.

- É... Gabriel.
     Meus olhos arderam. A lembrança do menininho filho do homem que eu
amava veio forte.

- É lindo o seu nome. E você também.

     Logo eu e Alec saímos do restaurante. Fomos até a praia e eu estava em


silencio.

- O que foi Bella? Desde o restaurante você está estranha.

- Não é nada não. Eu... vou dar uma volta pela praia.

- Eu vou com você.

- Desculpe Alec, mas eu quero ficar sozinha.

- Tudo bem. Se precisar sabe onde me achar.

     Eu assenti.

     Sai pela praia. Caminhando a beira-mar. Molhando meus pés. Tentando me
manter firme.

     A saudade era demais.

     Dele.

     De Gabriel.

     De todos da família.

     Lá foi onde eu senti uma família de verdade.

     Era muita saudade.

     Mas nenhuma saudade era tão intensa quanto a que eu sentia dele.

     Sentia falta dos seus olhos verdes.

     Do seu sorriso.

     Do seu toque.

     Do seu calor.

     Do seu beijo.


     De só olhar para ele.

- Vai ficar aqui esta noite?

- Não sei. Está me convidando Sr. Cullen?

- Sim Srta. Swan, eu estou.

      

- Bella eu tenho uma coisa pra te mostrar.

- Ah! É Gabe? E o que é?

- É um desenho que eu fiz na escola.

- Sou eu, você e o papai. Nossa família.

- Não gostou Bella?

 - Eu amei querido. Nunca vi um desenho mais lindo que este em toda a minha
vida.

- Que bom. Eu vou fazer outro igual pra você levar para sua casa.

- Edward, seu filho é tão especial. Eu o amo tanto e amo também você, meu
amor.

     Eu estava quase chegando à casa de Carmem quando encontrei com Alec.

- Oi. E aí está melhor?

- Estou bem. Não se preocupe Alec.

- É claro que me preocupo Bella. Gosto de você e você sabe disso.

     Era verdade eu sabia.

- Alec... já falamos sobre isso.

- Eu sei Bella, mas não tem nenhuma chance de você vir a gostar de mim um
dia?

     Eu não queria magoar ele, mas não podia lhe dar falsas esperanças.

- Não Alec eu não posso gostar de ninguém. No meu coração só há espaço


para uma pessoa. Me desculpe. Não quero perder sua amizade.
- Eu entendo. – ele disse triste - Por que não vai atrás dele? Se o ama tanto. Vá
e tente. Seja feliz.

- Ele não me quer.

     Ainda era difícil dizer estas coisas.

- Alec eu não quero mais falar nisso ok.

- Tudo bem. Pode contar comigo. Como amigo.

     Eu o abracei e entrei na casa de Carmen.

- Carmem?

     Eu chamei.

- Aqui na sala querida.

- Oi.

- E ai como estava o passeio? Nem veio almoçar. Estava com aquele seu
amigo bonitão?

     Eu ri.

- Sim eu e Alec fomos almoçar num restaurante de frutos do mar. Estava uma
delicia.

- Sei. Renegando meu tempero.

- Jamais.

     Eu disse indo beijá-la. Ela era algo mais próximo a uma mãe que eu tinha.

- Ah, Alice ligou. E ela já sabe que você está aqui.

     Na verdade não era segredo. Eu só estava precisando de um tempo para


colocar minha vida no lugar.

     Era verdade que eu havia pedido a Claire que não dissesse onde eu estava
se alguém ligasse me procurando.

     Eu estava em divida com minhas amigas. Eu sei. Mas meu coração partido
precisa se recuperar e se eu falasse com elas, iriam me dar noticias de Edward.
     E eu não queria saber que ele e Ângela estavam juntos.

     Através de John eu sabia que elas estavam bem. Que Rose estava com
Emmett. Até que enfim. E que Alice estava morando em seu apartamento com
Jasper. Saber que elas estavam bem era o suficiente.

- Ela está bem?

     Eu perguntei a Carmem.

- Sim. Ela está grávida.

     Surpreendi-me.

- Serio?

- Sim. Ela xingou você por sumir, sabe como é Alice e disse que amanhã
ligará às 16hs e ai de você se não estiver para falar com ela. Palavras dela
querida.

     Eu ri. Alice seria sempre Alice.

- Que maravilha. Alice grávida. Jasper deve estar nas nuvens.

     Eu disse pensativa.

     A noite chegou e eu estava ansiosa pelo outro dia. Queria falar com minha
amiga novamente. Estava com saudade dela. E agora ela estava grávida.
Queria parabenizá-la.

     Deitei-me em minha cama e como era rotina de todas as noites peguei as
fotos que ficava no envelope ao lado de minha cama.

     Olhei-as, matando a saudade que eu tinha deles, e ao mesmo tempo a


saudade se fazendo maior.

     A primeira foto era eu, Edward e Gabriel todos sujos de caramelo. Naquele
dia estávamos comendo pipoca. Foi uma festa.

     A próxima era eu e Gabriel deitados no grande sofá da sala. Estávamos


concentrados em jogar vídeo game e nem percebemos Edward a tirando.

     A outra era eu e Edward. Ele mesmo estava segurando a câmera.

     Adormeci ainda com as fotos espalhadas em minha cama.


     No outro dia seguiu-se a rotina. Saí cedo para fazer fotos, mas no almoço
eu estava com Carmem. Alice ligaria em seguida e preferi permanecer em
casa a espera de sua ligação.

     As 16hs chegaram e passaram e Alice não ligou. Eu devia contar com o
fuso horário.

     Esperei mais um pouco e ela não ligou. Acabou que eu e Carmem saímos
para fazer compras, mas deixamos a empregada avisada se qualquer ligação
para que anotasse os recados.

     Já havia se passado um dia e Alice não ligou. Estranhei, pois Alice sempre
cumpria o que prometia.

     Resolvi ligar para ela. Seu celular estava indisponível. Tentei varias vezes
e sempre dava a mesma mensagem.

     Fiquei preocupada afinal ela estava grávida.

     Para onde poderia ligar?

     Minha primeira opção era John. Ele não sabia de nada. Ele disse que
poderia verificar, mas demoraria mais do que se eu ligasse para alguém.

     Ligar para a casa dos Cullen?

     Mas se Edward atendesse?

     Ele estava morando lá.

     Eu poderia tentar falar com Jasper ou Carlisle no hospital. Lá era certo que
Edward não atenderia.

     Procurei o numero. E disquei.

     Pedi para falar com Jasper e a recepcionista disse que ele não estava. Com
Carlisle a mesma coisa. Com Rose que eu ficara sabendo que estava
trabalhando lá, também não estava. A recepcionista não me deu muita
abertura acho que era a política do hospital

     Droga! Eu não estava com sorte.

     O jeito era ligar para a casa dos pais de Edward e rezar para que ele não
atendesse. Por quem eu deveria pedir? Alice não estava morando ali. Talvez
falar com Esme.
     Liguei e fiquei aguardando que atendessem.

- Alô.

     Uma vos que eu não conhecia atendeu.

- Por favor, eu poderia falar com a Sra. Cullen?

- Desculpe senhorita, mas a Sra. Cullen não se encontra.

- Então o Emmett ou a Nessie?

- Eles também não estão.

- Não tem ninguém em casa?

- Não senhora.

- Desculpe você é a empregada?

- Sim senhora.

- Bom então eu ligo mais tarde.

- Não vai ter ninguém mais tarde senhora.

     Não entendi. O que ela queria dizer.

- Como assim?

- Todos viajaram.

- Toda a família viajou?

- Sim senhora.

- Uma viagem de férias?

- Pelo que eu saiba não.

- Moça você poderia me dizer o que está acontecendo?

- Desculpe senhora eu não tenho permissão para falar nada sobre isso. Mas
se a senhora quiser a Srta. Ângela está aqui e ela pode conversar com a
senhora.

     Ela estava lá. Na casa dos pais dele. Então eles estavam juntos.
- Não! Obrigado eu...

     Eu não sabia o que fazer.

- Pode me responder a uma única pergunta? A Alice está bem? Eu sou amiga
dela e soube que ela está grávida e fiquei preocupada já que não consigo falar
com ela.

- Pode ficar tranqüila senhora. A senhora Alice está bem. Ela viajou junto
com a família.

- Ah, que bom eu fico mais tranqüila. Obrigado.

     Desliguei. Se acalme Bella, eu disse ao meu coração. Não chore. Você
sabia que isso ia acontecer.

     Eles estavam juntos, então no fim o que fiz foi o certo.

     Respirei fundo tentando ignorar a dor em meu peito.

     Mas havia outra coisa me incomodando

     Alice promete ligar e não liga.

     A família Cullen toda viaja.

     Ângela estava na casa dos Cullen sem que eles estivessem lá.

     O que estava acontecendo?

Capítulo 33 Vingança: Vida ou morte?

Pov. Edward

Levantei-me cedo aquele dia. Fui ao quarto de Gabriel na casa dos meus pais
e o chamei para irmos tomar café. Quando descemos estranhei o silêncio.

– Ola? Cadê todo mundo?

Emmett apareceu na porta da sala que ligava a cozinha com a boca cheia.
Fui atrás dele e o encontrei sozinho tomando café. Gabriel é claro se instalou
ao seu lado pegando um pedaço de bolo.

– Onde está o resto do povo desta casa?

– Saiu todo mundo.

– Nossa! Pularam da cama cedo hoje.

– Aham. Mamãe e Nessie foram às compras. O Dr. Cullen já foi pro hospital
junto com minha ursinha.

Ele disse. Eu e Gabriel rimos. Gabriel achava engraçado o jeito que Emmett
chamava Rose.

– Deixa ela te ouvir a chamando assim. O jogo duro vai piorar.

Ele abriu um sorrisão.

– Acho que não mano.

– O quê?

Não havia entendido até ele fazer uma cara maliciosa.

– Ah, entendi.

Eu disse sorrindo.

– Cara tu não tem noção.

– Por favor, Emmett.

Disse olhando sugestivamente para Gabriel, mas não era só isso. Eu não
queria saber das intimidades do meu irmão com a namorada.

– Ta certo. Mas saiba que eu sou o homem mais feliz do mundo.

Ele disse suspirando que nem um adolescente apaixonado.

– Por que tio Emmett? O teu time de futebol venceu?

Gabriel disse e eu e Emmett gargalhamos.

– Não pequeno Ed. Quando você crescer eu te conto. E ai está pronto?

– To sim.
Ele disse se levantado.

– Tchau papai.

– Tchau filhão.

Ele me deu um abraço.

– Vai ficar em casa? Não vai trabalhar?

Emmett perguntou.

– Vou sim, mas antes vou conversar com Alice. Ela já deve estar chegando.

– Ui... então eu já vou. Não quero levar outro sapato na cabeça.

Eu ri. Eles saíram e eu continuei tomando café. Até que Alice chegou se
sentando e atacado a mesa de café da manhã.

– Oi Edward. Nossa to morrendo de fome.

Ela comia alucinada.

– Pega leve Alice. Vai se afogar desse jeito.

– Não posso fazer nada se seu afilhado só pensa em comida. Eu vou virar uma
porca.

Eu ri.

– Não ria Edward.

Levantei as mãos em sinal de rendição.

Deixei-a comer e quando parecia satisfeita ela me perguntou.

– O que queria falar comigo?

Bom era a hora.

– Eu fui um idiota. Por não ter procurado Bella nestes meses. Eu a amo Alice.
Nunca deixei de amar. Acho que fui covarde. Não eu fui um covarde e
orgulhoso. Ir atrás dela era admitir que eu errei. Mas agora eu quero ir atrás
dela. E quero que você me ajude.

Ela me analisou.
– Ufa! Até que enfim hein. Demorou a cair em si.

Ela sorriu.

– É claro que vou te ajudar.

Eu fiquei aliviado.

– Então vamos começar agora?

– Claro. Vamos tentar achar essa sumida.

Ela disse pegando o celular digitando um número.

– Oi Claire. É Alice. Tudo bem? Ah, que bom. Olha só eu preciso falar com a
Bella. – Ela escutou o que a tal Claire falava e fez uma careta. - Eu sei que ela
disse que era pra você não dizer onde ela estava, mas Claire eu realmente
preciso falar com ela. Nossa você é osso duro, hein. Olha eu estou grávida não
posso me estressar. Passe-me o número do local onde a Bella está. - Alice
bufou- Olha Claire imagina se a Carmem sonha que a Bella sumiu esse meses
todos. Ela vai ficar preocupada. - Alice franziu as sobrancelhas. - Como assim
a Carmen não vai se preocupar?... Ah, como eu sou burra. Ok. Claire. Tchau.

E desligou.

– Alice você desligou o telefone na cara da moça?

Eu disse rindo.

– Não importa ela não me ajudou mesmo. Edward como eu sou burra, idiota,
estúpida. A Bella está com a Carmem é obvio.

Eu me senti animado com a certeza de Alice.

– Agora vamos torcer para ela não ter achado um Francês saradão por lá.

Ela riu e eu bufei.

– Não teve graça Alice.

– Ah, teve sim. - ela disse rindo – Precisava ver a sua cara.

– Irritante.

Eu murmurei.
Ela sorriu e discou outro numero.

– Oi Carmem é Alice... Sim estou bem. Não adianta mentir pra mim Carmem
a Bella está aí não é? – ela parou escutando e eu prendi a respiração
aguardando a resposta. – Eu sabia! - Alice exultou. – Que coisa feia ela fazer
isso com as amigas. Passa ela ai eu quero xingar ela até não poder mais. Ah...
não está? Não está mentindo pra mim não é Carmem?... Ah, bom. Diz pra ela
que estou grávida e preciso falar com ela. – ela sorriu - Sim eu estou. Não é
maravilhoso?

Ela disse feliz.

Bella estava lá.

Agora era só ir até lá e buscá-la pra mim novamente.

Eu esperava que ela ainda me quisesse.

Alice continuou falando com Carmen, mas eu não consegui ouvir direito.

Por que começou a dor.

Nunca havia sido desta forma. Era muita dor e veio do nada.

Comecei a suar e não conseguia enxergar direito. Uma pressão enorme na


minha cabeça.

– Olha só Carmem, eu vou ligar amanhã às 16hs para falar com Bella. Diga
isso a ela. Ok beijos.

Eu mal via Alice.

– Olha só que maravilha Ed... Edward?

– Alice... eu não estou me sentindo bem...chame... chame ajuda.

– Ah meu Deus...

A dor estava mais forte eu estava a ponto de perder a consciência.

– Jasper, amor me ajude. Edward está passando mal...

Não ouvi o restante das palavras de Alice.

Somente escuridão.
Pov. Bella

Mais um dia se passou e Alice não ligou.

Eu não sei por que, mas uma sensação de que algo não estava bem tomava
conta de mim.

Mas noticias ruim corriam rápido não é?

Então acabei me acalmando.

Sai em busca de mais fotos. Cassis era tão linda. Era uma cidade que fazia
você esquecer os problemas observando como a natureza foi generosa aqui.

Cheguei em casa na hora do almoço e Carmem estava na sala.

– Oi Carmem.

Ela estava seria. Parecia preocupada.

– Oi Bella... Alice ligou.

– Ah, finalmente. Ela está bem?

– Sim. Ela vai ligar em seguida.

– Ah, que bom estou morrendo de saudade daquela maluquinha... o que foi
Carmem? Por que está com essa cara?

Carmem estava visivelmente nervosa.

– Aconteceu algo.

Eu não perguntei. Eu afirmei. Meu coração começou a trovejar.

Ela assentiu.

– Bella você precisa ficar calma.

– Porque está falando isso? Fala!


Ela respirou fundo se aproximando e pegando minhas mãos.

– E... é o Edward, Bella.

Ela não precisou dizer mais nada.

Não consegui segurar minhas lagrimas e senti uma dor tão forte que quase não
consegui respirar.

– Me... me diz...

Eu disse chorando.

– Eu não entendi direito, Alice vai te explicar melhor. Ele está num hospital
em New York.

Em seguida ouvi o telefone tocar e voei em cima dele.

– Alô...

– Bella?

Era Alice. Sua voz angustiada.

– Me fala Alice. O que... o que aconteceu?

Eu consegui dizer apesar do choro.

– Ah, Bella ele não está nada bem. - ela chorou. Eu também. - Eu estava com
ele quando aconteceu. Foi horrível.

Eu tentei me acalmar.

– Alice me conta.

Eu pedi já desesperada.

– Nós estávamos tomando café da manhã e eu estava falando com a Carmem.


E ai quando eu terminei a ligação ele estava se sentindo mal. Ah, Bella ele
estava tão empolgado em encontrar você.

Como?

– O que Alice?

Eu disse tentado me acalmar.


– É ele pediu para eu ajudar a te achar. Ele queria falar com você. Ele te ama
Bella.

Eu não estava entendendo. Ele estava com Ângela. E queria me procurar? Por
quê?

– Bella... ele vai ser operado amanhã ou depois. Estamos todos em New
York... eu não entendo muito, mas o Jasper explicou que a pressão do cérebro
dele tem que ceder e ai amanhã mesmo eles vão fazer a cirurgia de
emergência. Ele está... em coma induzido.

Eu escutava e não escutava. A dor de não estar lá com ele me consumindo.

Ela me disse que após ele passar mal ele foi levado ao hospital em que o pai e
o irmão trabalhavam. De lá foi num avião UTI para New York. Jasper e
Carlisle foram com ele. Depois todos embarcaram num avião comercial. A
família toda estava reunida em New York.

– Bella você...

– Eu vou pra aí. Agora!

Pelo canto de olho vi Carmem já ao telefone tentando um vôo para mim.

– Ah, que bom amiga. Além de nós que precisamos ficar juntos neste momento
o Gabe precisa de você.

– Ele está ai com vocês?

– Sim. Não queríamos deixá-lo longe, pois não sabemos o que vai acont...

Eu fechei meus olhos com a possibilidade do que ela estava prestes a dizer.

– Não vai acontecer Alice. Não vai. Ele vai ficar bom.

– Deus te ouça Bella. Precisamos da sua força aqui. Eles estão todos
arrasados. - Alice se referia à família de Edward. - Quando você chegar
venha direto por hotel Hilton. Ele é próximo ao hospital e Carlisle reservou
quase um andar inteiro para nossa família. Há um reservado para você
também.

– Será que não tem problema eu ir pra ai?

Mesmo que não me quisessem eu iria de qualquer forma.

– Por que diz isso?


– Sei la Alice. Tudo o que aconteceu. E também por Ângela...

– O que tem ela?

– Ela e Edward estão juntos.

– De onde tirou isso?

– Eu liguei para a casa da Esme em Raymond e a empregada disse que ela


estava lá então pensei...

– Ela esta lá por que nós saímos desesperados. Ela está resolvendo as coisas
práticas. Pagamento de luz, água, avisando o porquê à família não está
cidade. Estas coisas.

Eu não entendia. Por que ela estava fazendo estas coisas se não estava com
ele?

– Bella. O Edward te ama. Ele e a Ângela se aproximaram sim, mas só como


amigos. Quando eu liguei a sua procura foi ele que pediu. Ele te quer de
volta. Disse para mim que te ama. Mas ai aconteceu tudo isso.

Meu coração pulsava de amor e medo de perdê-lo. Só que dessa vez não era
perdê-lo para uma mulher, mas sim para a morte.

Carmem conseguiu um vôo naquele fim de tarde. Ela e Alec me levaram para
Paris. Despedi-me de meus amigos e fui à busca do meu amor.

O vôo para New York foi tranqüilo, mas eu não estava nada tranqüila.

Eu só pensava nele.

Eu não queria, mas às vezes meu pensamento ia em direção a uma situação


que eu sequer podia imaginar.

Ele iria ficar bom.

Ele riria ficar bom

Era o que eu repeti e repeti.

Eu acreditava nisso.

Eu tinha fé.
Ao desembarcar extremamente exausta física e emocionalmente, encontrei
Rose e Emmett que me abraçaram. Rose nem me xingou por sumir, o que eu
esperava. Emmett estava pálido e com olheiras, certamente de preocupação
com o irmão.

Pegamos um táxi rumo ao hotel.

– Eu quero ir direto pro hospital Emmett.

– Bella... você acabou de chegar de uma longa viagem. Precisa descansar


comer algo. Hospital não é fácil. Vai precisar estar bem para agüentar.

Eu ia negando tudo o que ele disse, mas o que Rose falou me impediu.

– Bella lá no hospital agora não há muito que você possa fazer. Ele está nas
mãos de bons médicos. Mas no hotel há uma pessoa que precisa muito de
você.

Eu sabia de quem ela estava falando. Gabriel.

Eu precisava ver Edward. Pelo menos uma vez, mas seu filho precisava mais
de mim no momento. Ele ficaria feliz que eu desse a atenção que Gabe
precisava. A cirurgia seria amanhã pela manhã, pelo menos era a previsão dos
médicos. Então eu tinha tempo. Iria dar atenção ao Gabe hoje.

Chegamos ao hotel e fui para o quarto que estava reservado a mim.

Tomei um bom banho e já me senti mais descansada ao retirar aquela roupa de


viagem e colocar uma roupa limpa e confortável. Rose estava comigo e pediu
pelo serviço de quarto algo para eu comer. Não seria um almoço já que era
quase 16hs.

Após me alimentar, decidi que era a hora de ver Gabe. Emmett estava com
ele.

– Como ele está?

Eu perguntei enquanto nos dirigíamos ao quarto em que ele estava. Rose


suspirou.

– Ele é uma criança Bella, mas às vezes acho que ele entende mais do que
dissemos a ele. Ele sabe que o pai está doente. Ele pergunta o tempo todo por
Edward. Já não sabemos o que dizer.

Entramos no quarto onde Gabe e Emmett estavam sentados tentando jogar


vídeo game. Por que Gabriel não estava muito animado.
– Ah, que isso Gabe? Você sabe fazer melhor que isso.

Emmett dizia tentando animá-lo.

– Eu não quero jogar não tio Emmett. Eu quero meu pai.

Meu coração apertou ao ouvi-lo dizer isso. Rose já estava com os olhos cheios
de lágrimas.

Emmett levantou o rosto e me viu.

– Tem uma surpresa pra você Gabe. Olha lá na porta.

Gabriel olhou para nossa direção e um lindo sorriso surgiu em seus lábios eu
também sorri para ele.

Ele veio correndo e eu me abaixei para abraçá-lo.

– Oi lindinho.

– Oi Bella.

Ele disse e ficamos assim abraçados por alguns minutos.

– Eu estava com um montão de saudade de você Bella.

O abracei mais. Fiquei com o coração apertado ele estava triste eu o conhecia.

– Eu também meu lindo, mas agora vamos matar toda esta saudade.

– Bella...sabia que meu pai está doente? Ele ta no hospital. Eu que queria ver
ele, mas não deixam criança entrar.

Ele disse tristemente. Eu não sabia o que dizer.

– Ele vai ficar bom né, Bella?

E agora?

– Claro que vai meu amor. Logo ele vai estar aqui com a gente.

Eu disse com uma animação forçada.

– E ai você vai ser a namorada dele de novo. Eba!

Ele sorriu e eu olhei Rose e Emmett que também sorriram.


– Então não está muito animado pra jogar vídeo game? - mudei de assunto-
Logo agora que eu vim justamente jogar com você.

– Com você eu jogo Bella.

Ele me puxou e fomos para o sofá e começamos a jogar. Eu precisava distraí-


lo.

Ele ficou feliz com minha chegada e acabou se animando um pouco.

Rose que havia saído chegou com uns sanduíches e suco.

– Gabe hora do lanche.

Ela disse.

– Não quero não tia Rose. Vou esperar o papai. Só vou comer quando ele
voltar.

Rose e eu trocamos um olhar.

– Querido você não comeu nada hoje. Por favor, coma só um pouquinho.

Rose pediu, mas ele fez que não a ouviu e continuou concentrado em seu jogo.

– Gabe. - eu chamei e ele me olhou - Vamos comer um pouco meu lindo.

– Bella eu quero meu papai.

Era de cortar o coração.

Eu teria que ser forte.

– Querido você sabe que o seu pai esta lá no hospital e que ele não pode vir.
Quando ele ficar bom ele virá para cá e vai ficar triste por saber que você não
comeu.

Ele ficou quieto.

Tentei outra jogada.

– Sabe Rose eu to com muita fome. - era mentira, mas eu precisava tentar. -
Mas se o Gabe não vai comer eu também não vou. Mas eu to com muita fome.
Você vai me deixar com fome Gabe?

Bingo.
Ele foi até a mesa se sentando e comendo o sanduíche que Rose havia trazido.

– Quer suco também querido?

Rose perguntou e ele assentiu. O coitadinho estava com fome. Comeu todo
seu sanduíche e eu acabei tendo que empurrar um meio sanduíche. O esforço
valeu à pena. Ele comeu todo seu lanche.

Gabriel parecia mais animado. Emmett voltou da rua com vários jogos e
coisas que o fizesse se distrair. Eles estavam jogando e enfim eu pude
conversar com Rose.

– Então você se acertou com ele?

Eu disse me referindo a Emmett.

Ela sorriu.

– Sim. Ele é maravilhoso. Minha vida deu um giro de 180°, Bella. E graças a
você que nos levou para Raymond onde eu conheci o homem que mudaria
minha vida.

Eu fiquei feliz por ela.

– Que bom amiga. Fico muito feliz por você.

– Não pense que eu esqueci que você sumiu por meses. Deixe passar essa
loucura pra você ver. Quando Edward melhorar você vai ouvir Isabella Swan.

Eu suspirei.

– Acha que ele vai melhorar?

Eu perguntei a ela.

– Eu quero acreditar nisso Bella. Mas não sei. Emmett disfarça com este jeito
dele, mas está arrasado. Ele ama muito o irmão. E olha só. - ela apontou para
Gabriel que sorria de algo - Se o Edward... se o pior acontecer. Como vai ficar
este menino?

Eu e ela suspiramos. Eu não queria nem pensar nesta possibilidade.

Alice e Jasper chegaram também ao quarto que estávamos. Jasper era outro
que parecia um zumbi.

Alice me abraçou e disfarçou o choro para que Gabriel não visse.


Depois de muito insistirmos Jasper foi descansar. Desde que tudo acontecera,
ele não havia dormido. Havia ficado de plantão no hospital. Como era médico
ele conseguia alguns privilégios de poder ver Edward mais seguido.

Ele me contou que ele estava em coma induzido. Que esta era uma
preparação. O corpo de Edward precisava se preparar para a cirurgia.

Gabriel iria dormir comigo aquela noite e pela manhã todos iriam ao hospital
ficando Alice e Gabe. Ela estava grávida não era bom que ficasse muito tempo
em um hospital. Além disso, também não era bom para o bebê que ela ficasse
nervosa.

Eu estava cobrindo Gabriel que dormiu mal chegamos ao meu quarto.

Alice estava ali comigo.

– Tadinho. Dá uma dó o ver passar por isso.

Alice disse.

– É sim. E você está bem? Não tem sentindo nada?

Ela sorriu passando a mão na barriga de cinco meses de gestação.

– Estou bem, Bella. Meu menininho aqui está bem comportado.

Eu sorri.

– Estou tão feliz por você e Jasper, Alice.

– Sabe que você vai ser a madrinha né? Preciso de alguém sensata par me
ensinar a educá-lo.

A abracei.

– Obrigado. Quem é o padrinho?

– Ora... o Edward é claro.

Alice me contou da amizade que surgiu entre os dois. Fiquei feliz.

– Bella, Edward é um homem incrível. É claro que ele demorou até se dar
conta da burrada que fez. E o coitado não teve sorte quando decidiu ir atrás de
você acontece isso.

– Não consigo acreditar Alice. Ele realmente me perdoou?


– Claro boba. Não sabe que sou a confidente dele. Eu sei de tudo. Ele não se
envolveu com ninguém estes meses. E estava tão triste. Ele ama você.

Eu não queria chorar, mas estava difícil.

– Eu também amo ele demais Alice. Estou com medo.

– Todos nós estamos Bella, mas temos que acreditar. Ele vai ficar bom.

Aquela noite foi difícil de dormir. Eu mais velei o sono de Gabe do que
propriamente dormi.

Mas em alguma hora da noite o sono me venceu e acabei dormindo.

Acordei com o barulho de alguém batendo a porta. Ao abrir dei de cara com
uma Alice com cara de sono e pijama. Ela iria ocupar meu lugar na cama ao
lado de Gabe.

Ela foi direto para a cama e em minutos já estava dormindo. Eu fui tomar
banho. Já estava na hora de ir para o hospital.

Encontrei-me com Emmett, Rose e Jasper no saguão do hotel. Tomamos café


e seguimos para o hospital.

Ao chegarmos senti um desconforto afinal foi ali que minha mãe passou seus
últimos momentos. Ao entrar no New York Presbyterian hospital encontrei
Esme e Carlisle que esperavam em uma sala privada.

Fui abraçada pelos dois que pareciam arrasados com o estado de saúde do
filho.

Em nenhum momento senti qualquer ressentimento da parte de ninguém da


família de Edward.

– Que bom que está aqui Bella. – Esme disse - Sei que passou a noite ao lado
do nosso neto. Fico muito agradecida por isso.

Esme completou me dando mais um abraço.

– Não precisa agradecer Esme. Estou aqui por amor aos dois.

– Eu sei querida. Eu sei.

Ela sorriu tristemente.


Eu precisava ser forte e dar apoio a eles. Com certeza estavam sofrendo mais
do que eu.

– Ele vai sair dessa Esme. Tenha fé.

Ela chorou.

– Acredita mesmo nisso Bella?

– Claro. Tenho certeza.

Eu tinha medo. Mas algo no fundo me dizia que ele iria sobreviver.

Carlisle e Jasper haviam ido até a parte onde somente os médicos podem estar
e voltaram acompanhados de um médico. Devia ser o médico de Edward. Dr.
Caius Volturi.

– Bom dia a todos. – ele nos cumprimentou. – Bom. O estado de saúde do


Edward nos permite fazer a cirurgia hoje. O bloco cirúrgico está sendo
preparado para realizarmos a cirurgia daqui à uma hora. Dois dos melhores
neurocirurgiões da Europa também irão participar da cirurgia. Bom eu não
posso deixar que todos vocês entrem na UTI para ver Edward antes da
cirurgia. Eu permitirei três pessoas antes e três depois. Um de cada vez. Dois
minutos para cada um através do vidro é o que posso fazer por vocês.

Ele disse serio. Eu nem respirava. Eu queria vê-lo. Muito. Mas a família dele
era prioridade no momento.

– Bella?- Carlisle me chamou- Se quiser vê-lo pode ir agora. Eu já o vi hoje. E


prefiro vê-lo novamente após a cirurgia.

Minha vontade era abraçar Carlisle, mas me contive em só acenar.

– Eu quero sim.

Então ficou acertado de que eu, Emmett e Esme o veríamos antes da cirurgia e
depois seria Carlisle, Jasper e Nessie que até aquele momento eu ainda não
havia visto.

Meu coração batia tão forte que achei que meus dentes se quebrariam pela
força que eu fazia para manter meus lábios cerrados. Não sei o que eu faria se
eu os abrisse. Talvez chorasse que nem uma desvairada. Mas não era o
momento para acessos de desespero.

As enfermeiras me ajudavam a vestir a roupa especial para se poder entrar em


uma UTI.
A enfermeira me ajudou a entrar em uma sala.

– Pode ir até o vidro.

Ela me disse.

Eu me aproximei e o vi.

Após cinco meses.

Ele estava deitado como se estivesse dormindo. Com vários aparelhos em seu
corpo. Os barulhos característicos deste ambiente de hospital.

Ele estava pálido. Mas ainda o mesmo Edward. Lindo. Com seu cabelo em
tom de cobre. Seu maxilar forte. As enfermeiras deviam suspirar por ele.
Quase ri do meu bobo pensamento. Isso era hora de ter ciúme?

Olhei o monitor com seus batimentos cardíacos. Os batimentos que


mostravam que ele estava ali, mas vivo.

Isso é o que me importava.

Que ele estivesse vivo.

Meu amor.

Meu Edward.

Eu queria tocá-lo.

Eu queria dizer que o amava.

Eu não podia chegar próximo a ele.

Várias pessoas passavam próximas a mim. Enfermeiros, médicos. Eles o


estavam preparando para a cirurgia.

Então fixei meu olhar em seu rosto e me concentrei ao fazer uma prece em
pensamento.

“Meu amor eu sei que no momento não pode me ouvir, mas sei que pode me
sentir, estou aqui do seu lado. Sempre estive e sempre estarei. Eu amo você e
sei que sairá dessa. Ficará bom. Todos amam você. Torcemos por você e
rezaremos por você. Até breve meu amor. Volte logo para mim.”
A enfermeira me avisou que meus dois minutos haviam terminado. O olhei
mais uma vez e sai dando lugar a Esme que entrava.

Voltei à sala onde estávamos e encontrai Nessie e Jacob. Ela veio me abraçar
e para minha surpresa Ângela também estava lá.

Fiquei constrangida com sua presença e pelo jeito ela também.

– Oi Bella.

– Oi Ângela.

Rose ficou me olhado com cara de quem diz. “Vocês se conhecem?” mal
sabia ela.

Então após todos nos reunirmos, às 9hs da manhã daquele dia começou a
cirurgia de Edward. Seriam 8 horas de apreensão, preces e esperança de que
no fim tudo daria certo.

Alice nos ligava de hora em hora. Ela havia levado Gabe para passear. Seria
bom assim ele se distraia.

As horas foram passando.

Esme e Carlisle sentados de mãos dadas pareciam conversar através do olhar.

Emmett e Jasper tentavam conversar sobre algo relacionado à cidade de New


York, mas não estavam muito animados com o papo.

Rose estava ao meu lado me apoiando como a boa amiga que sempre foi.

Nessie, Jacob e Ângela estavam em silencio em um dos muitos sofás daquela


sala.

– Eu vou pegar um café. Alguém deseja alguma coisa?

Eu disse quando já eram 13hs.

Ninguém se manifestou.

– Eu vou com você.

Ângela disse surpreendendo a todos até a mim.

Saímos da sala em direção a cafeteria do hospital.


– Eu queria falar com você.

Eu sabia que era algo do tipo quando ela se manifestou para vir comigo.

Pedimos nosso café e nos sentamos.

– Pode falar Ângela.

– Eu e o Edward não tivemos nada. Somos somente amigos.

Ela se justificou.

Eu assenti.

– Na verdade você sabe que eu ainda gosto dele.

É eu sabia.

– Eu vim atrás dele como te falei que faria naquele dia. Mas ele não me quis.
Disse que amava você.

Eu continuava quieta somente ouvindo.

– Não vou causar problemas a vocês se tudo der certo na cirurgia.

– Vai dar certo Ângela. Vai. Ele vai ficar bom.

Eu entendia seu sofrimento. Nos duas amávamos o mesmo homem. Que no


momento estava com a vida por um fio.

Voltamos à sala e de lá eu não sai até as 16hs.

16hs.

Foi o horário em que começamos a ficar mais nervosos. A cirurgia devia ter
acabado, mas ninguém havia vindo nos dar nenhuma noticia.

Jasper saiu em busca de noticias.

Logo ele voltou dizendo que o Dr. Caius logo estaria ali. Ele não havia
conseguido falar com ele, mas uma enfermeira o havia avisado.

Não se passaram nem 10 minutos quando o homem que daria a noticia que
mais aguardávamos entrou na sala.

Todos fixaram os olhos no médico de meia idade.


– Então Caius? Como meu filho está?

Carlisle foi o único a ter coragem de perguntar.

Nem a postura profissional do Dr.Caius foi capas de segurar o sorriso que se


formou em seus lábios.

– A cirurgia foi um sucesso.

Alivio e euforia tomou conta de todos nós. Abraçamos-nos, choramos e


quando conseguimos nos controlar Dr. Caius continuou sua explicação.

– Ele está sedado. Ficará assim de 1 a 3 dias. Depois temos que aguardar as
seqüelas. Acredito que serão mínimas, mas temos que aguardar. As visitas só
vão começar amanhã. Vou permitir quatro visitas por dia, mas serão poucos
minutos temos que deixá-lo descansar, mas ao mesmo tempo quero monitorar
suas reações já que a sedação será retirada gradativamente.

Ele estava vivo.

Vivo.

Durante aquele e o outro dia faríamos um rodízio para que sempre ficassem
duas pessoas. Ao voltarmos para o hotel, Emmett não resistiu e pediu
champanhe para comemorar eu achei exagerado. Edward ainda estava sob
cuidados, mas não o critiquei. Ele estava feliz pelo irmão.

Já fazia quase dois dias que a cirurgia havia ocorrido e eu não consegui entrar
para vê-lo. Eu acabei ficando mais tempo com Gabe que já era outro menino
depois de saber que o pai estava bem e logo ele poderia vê-lo. Edward
continuava sedado e dormindo.

Eu cheguei ao hospital naquela manhã e me encaminharam diretamente para


me preparar para ver Edward.

Finalmente.

Dessa vez eu poderia chegar próxima a ele.

Entrei em seu quarto. Ainda na UTI. Ele estava como da ultima vez só que
agora sua cabeça estava enfaixada.
Cheguei próxima a cama.

Coloquei minha mão na sua. Não agüentei mais. Vários dias prendendo o
choro.

– Oi meu amor.

Eu disse chorando.

Senti uma pressão em meus dedos. Edward havia apertado levemente a minha
mão.

Ele havia me escutado.

Ele estava voltando.

Voltando para mim.

Pov. Bella

Há quase 30 dias eu estava em Raymond. Sem Edward. Logo após a melhora


de Edward voltamos a Raymond. Não podíamos mais ficar lá. Eu até poderia
ficar com ele, mas o pedido de Esme me desarmou.

Ela queria ficar com o filho nesta etapa que era a sua recuperação, então pediu
que eu cuidasse de Gabriel. Edward também me fez o mesmo pedido.

Então voltamos eu, Gabriel, Jasper e Alice. Rose e Emmett. Nessie e Jacob.

Carlisle e Esme ficaram com Edward para acompanhar sua recuperação.

Não adiantava negar. Tive que ficar hospedada na casa dos Cullen. Eu não
queria negar mesmo. Ficar ali era ficar mais próxima de Edward.

Quase pedi para ficar no quarto que ele ocupava, mas no fim tomei
consciência que ainda não havíamos conversado sobre nós. Não seria
adequado eu me instalar em seu quarto.

Queríamos muito ter ficado lá com ele, mas os compromissos pediram nossa
presença em Raymond.
Jasper voltou ao hospital para comandar tudo no hospital na ausência do pai.

Emmett além de voltar a dar aulas assumiu a empresa de Edward enquanto ele
não voltava.

Gabriel também não podia faltar a tantos dias de aula. Ele já havia perdido
uma semana.

Ao voltar a Raymond eu decidi dar um rumo a minha vida. Eu ainda não sabia
como eu e Edward ficaria. O que conversamos no hospital me deu esperança,
mas ainda precisávamos conversar melhor.

Decidi abrir um estúdio fotográfico em Raymond. Comprei um imóvel onde


eu instalaria meu estúdio e dependendo do que acontecesse com a volta de
Edward eu poderia morar no andar de cima.

Eu não iria mais embora desta cidade. Minhas amigas estavam aqui. Meu
amor estava aqui. Mesmo que não ficássemos juntos era aqui que eu queria
ficar.

Edward ligava todas as noites para falar com Gabriel e os irmãos e acabava
falando comigo.

Ele já não estava mais no hospital. Estavam num flat. Ele e os pais.

Em poucos dias ele teria alta das sessões de fisioterapia. Na época Carlisle
sugeriu que ele poderia fazer a fisioterapia aqui em Raymond, mas Dr. Caius
foi categórico ao afirmar que queria observar a recuperação de Edward de
perto.

Quando Edward ligava era uma festa. Além dele Carlisle e Esme também
conversavam com a família, mas a atração principal era Edward. Ele era
sempre amável quando tínhamos a oportunidade de conversarmos. Às vezes
eu tinha muita vontade de falar sobre nós com ele, mas não era o momento.
Ele ainda estava se recuperando.

O telefone da casa estava tocando e não havia ninguém por perto para atender.
Então eu atendi.

– Alô.
Eu disse receosa por atender ao telefone da casa que não era minha. Eu me
sentia a vontade aqui, mas era estranho atender ao telefone da casa de outras
pessoas.

– Oi anjo.

Era ele.

Edward.

Senti meu coração tremer ao ouvir me chamando daquele jeito. Desde que
acordara no hospital ele voltara a me chamar daquela forma.

– Oi Edward. Como está?

Ele gargalhou. Eu havia dito algo engraçado?

O som de sua risada me fez feliz.

Fiquei meses sem ouvir este som.

– Por que está agindo assim Bella? Toda formal.

Eu nem sabia que estava fazendo isso. Devia ser os nervos.

– Não sei Edward.

Eu ri acompanhada dele.

– Onde está o pessoal da casa?

– Sabe que eu não sei. Acabei de chegar e não havia ninguém. Nem o Gabe
chegou ainda. O que me lembra que você ligou cedo demais. Não tem
ninguém ainda.

– Quem disse que eu queria falar com eles? Eu liguei por que queria falar
com você. Só com você.

Pronto. O homem queria me matar. Falando desta forma.

– Co... comigo?

Eu perguntei soando como uma adolescente.

Nervosa como uma eu estava.

– Sim. Quero te avisar que depois de amanhã estamos voltando e que...


Ele parou.

– O que Edward?

– Nós precisamos conversar.

– Sim. Nós precisamos.

Ficamos em silencio.

– Anjo meu pai quer falar com você. Eu vou sair com dona Esme. Mais tarde
eu ligo para falar com você. Um beijo linda.

Eu fechei os olhos imaginando ele me beijando.

– Um beijo meu a... Edward.

Ele riu e logo Carlisle assumiu seu lugar.

– Bella?

– Oi Carlisle.

– Você sabe me dizer se Jasper comentou algo sobre uma reunião que
teremos daqui a três dias? É uma reunião importante com varias pessoas
quem vem da Europa.

Eu não estava entendendo o que ele estava falando. Por que Jasper iria me
dizer algo a este respeito?

– Carlisle eu não estou entendendo...

– Desculpe Bella é que Edward ainda estava próximo.

Agora eu entendia.

– Claro.

– Nenhuma notícia? Falou com a polícia?

– Sim eu avisei sobre o que ocorreu em New York. Eles tinham razão não é?
Ela não havia saído do país.

– Sim. Eu fui novamente à delegacia aqui. Mas eles também não têm nenhuma
noticia. Como pode? Ela esteve no hospital não pode ter sumido no ar.

Carlisle bufou.
– Será que esta mulher irá nos assombrar pelo resto de nossas vidas?

Ele perguntou.

– Não sei Carlisle. Eu realmente não sei. Edward nem desconfia não é?

– Não. Achei melhor estarmos em Raymond novamente ai contamos a ele.

– Também acho melhor.

Desligamos.

Em seguida o furacão loirinho de olhos verdes como o pai entrou correndo


pela sala.

– Ooooiii Bella.

– Oi lindo.

Ele disse me abraçando todo suado.

Emmett e Rose entraram logo em seguida.

– Bella meu papai já ligou?

Era a pergunta que Gabriel fazia todos os dias assim que pisava em casa.

– Ele já ligou sim, mas daqui a pouco ligará de novo pra falar com você.

– Oba! Eu vou esperar ele ligar.

– Nem pensar moçinho. Primeiro banho, lanche e lição de casa.

Ele bufou.

– Ah, Bellaaa...

Ele fez beicinho tentando me amolecer.

– Nem adianta fazer essa carinha. Vamos. Vá indo que eu já vou te ajudar.

Ele foi e Rose riu.

– Nossa você leva jeito hein Bella?

Eu ri.
– Edward me ensinou a lidar com ele.

Eu falei já subindo as escadas. E ri ao ouvir Emmett.

– Que tal você me ajudar no banho também minha loura?

Rose em seguida o xingou.

Aquela noite foi difícil de dormir. Edward estaria ali em dois dias.

Então conversaríamos.

O que não conseguimos logo após ele acordar em New York.

Quando seu primeiro sinal de vida foi quando apertou levemente meus dedos.

Flashback On

As lágrimas saiam dos meus olhos.

Eu estava em choque.

Em graça.

Ele havia dado um sinal.

Apertei o botão que chamava os médicos e enfermeiros. Eu precisava avisar


do primeiro sinal que Edward estava nos dando.

– Edward...

Chamei novamente.

– Está me escutando meu amor?

Ele continuou imóvel.

Será que eu havia imaginado aquilo? Minha mão ainda estava na de Edward,
mas ele já não fazia pressão nela.

– Edward sou eu Bella. – sussurrei próximo a ele. - Estou aqui por você. Sabe
que sou?
Novamente senti uma leve pressão em minha mão.

Mais lágrimas.

– Ah, amor...

Em seguida alguns médicos e enfermeiros entraram.

– Ele apertou minha mão.

Eu disse a eles ainda chorando.

O médico que não era o médico que havia operado Edward, assentiu.

– Nós estamos monitorando tudo senhorita. A partir do momento que a


senhorita entrou aqui a atividade cerebral dele aumentou muito.

Ele me reconhecia.

Ele me sentiu.

Sorri.

Fiquei feliz. Muito.

Ao sair do quarto da UTI quase não me continha de felicidade.

Encontrei Esme e Carlisle e contei a eles o que aconteceu.

Esme me abraçou emocionada e Carlisle foi em busca de mais informações


com seus colegas médicos.

Resolvi voltar ao hotel para contar aos outros o que havia acontecido.

Eu estava me encaminhando para a saída do hospital. Um sorriso não queria


deixar meu rosto quando no balcão da recepção eu a vejo.

Era ela.

Eu estava longe e ela estava usando lenço que cobria seu cabelo e óculos
escuros.

Mas eu a conhecia.

Era ela.

Elizabeth Mansen.
Estaquei no lugar onde estava.

Ela levantou o rosto e me viu.

Ficamos nos encarando até ela recuar e sair do hospital. Eu corri atrás dela.

Ela não iria escapar.

Corri o mais rápido que era permitido dentro de um hospital. Ao chegar à


rua. Nenhum sinal dela. Andei em volta, mas nada.

Não era possível.

Ela não podia ter sumido.

Será que eu havia imaginado?

Não eu tenho certeza. Era ela.

Voltei rápido ao balcão de informações do hospital.

– Senhorita. Há pouco esteve uma mulher... ela estava usando um lenço e


óculos escuros. Pode me dizer o que ela queria?

A recepcionista fez uma cara confusa.

– Ela esteve há pouco tempo não é possível que não se lembre dela.

– Ah, sim uma senhora... eu lembro sim.

Eu estava ansiosa.

– Então pode me dizer o que ela queria?

– Não sei se devo...

– Olha eu a conheço. É uma mulher foragida da policia, por favor.

A moça pensou um pouco.

– Ela queria saber sobre o paciente Edward Cullen.

Eu sabia.

Era obvio que ela viria atrás de informações quando ele fizesse a cirurgia.

Mas se ela sabia é por que está muito mais perto do que imaginávamos.
– Ela falou alguma coisa a mais...

– Não ela perguntou e eu mal tive tempo de procurar pelo que ela pedia e ai...
ela saiu quase correndo.

Devia ser na hora que ela me viu.

– Tudo bem obrigada. Mas se ela vier novamente avise a segurança.

**

Dois dias se passaram e Edward ainda não havia acordado.

Estávamos todos muito ansiosos.

Contei a eles o que havia acontecido. Que eu havia visto Elizabeth no


hospital.

Carlisle achou melhor avisarmos a policia que ficou de prontidão.

Ela não mais apareceu.

Eu e Gabe estávamos deitados na cama do quarto de hotel assistindo a um


filme infantil que ele gostava quando Emmett entrou que nem um furacão
acompanhado de Rose.

– Ele acordou!

Emmett quase gritou.

Eu e Gabe pulamos da cama.

– Serio?

Eu perguntei não contendo a felicidade.

Emmett estava eufórico.

– Sim ele acordou, conversou. Ele está perfeito.

– Calma Emmett. Eles ainda precisam fazer mais exames, mas aparentemente
ele está ótimo.

Abraçamo-nos.

Gabe nos olhava espantado.


– Seu papai meu amor. Acordou logo você poderá vê-lo.

Eu disse abraçando Gabe que sorriu.

– Eles vão fazer uma serie de exames hoje e amanhã ele já vai para o quarto.

– Quando eu vou poder ver o papai, Bella?

– Eu não sei querido, mas acho que logo. Vamos esperar o vovô Carlisle
chegar e aí perguntamos a ele.

**

Entrei no quarto em que Edward estava.

Estava muito pálido e aquela faixa em sua cabeça o deixava ainda mais.

Ele estava de olhos fechados.

Será que estava dormindo?

Não pude conter a frustração que tomou conta de mim. Todos já o haviam
visto acordado menos eu. Até mesmo Gabriel conseguiu ver seu pai acordado.

Gabriel ficou nas nuvens ao ver Edward após quase uma semana.

Ele quase não conseguiu dormir a noite.

Aproximei-me mais de sua cama e para minha surpresa ele abriu os olhos.

Os olhos verdes.

Os mesmos que eu lembrava.

Ele ficou me olhando.

Eu fiquei olhando-o.

Ambos matando a saudade apenas com o olhar.

– Acho que estou sonhando.

Ele disse.

Sua voz rouca e fraca. Mas aos meus ouvidos ainda extremamente belos.

Eu sorri.
– Sonha muito com isso?

Eu disse me referindo ao nosso reencontro.

– Sempre.

Ele disse ainda me olhando de forma intensa.

Ficamos em silencio. Tantas coisas a serem ditas.

– Eu... nós... preciso me desculpar...

Edward disse, mas eu não o deixei terminar.

– Não agora. Não se canse. Temos tempo pra isso.

Coloquei minha mão na sua. Ele a pegou.

– Senti sua falta anjo.

Meu coração acelerou.

– Eu também.

Após este momento conseguimos conversar sobre coisas amenas. Mas eu não
podia ficar muito tempo.

Edward ainda precisava de cuidados.

Eu fui visitá-lo mais duas vezes. Até que tivemos que voltar a Raymond.

Flashback Off

Acordei aquele dia e fui após tomar café direto para o imóvel que comprei
para montar meu estúdio. Avisei a todos que passaria o dia por lá. Havia
muitas coisas que eu precisava arrumar.

Contratei um decorador, mas mesmo assim eu queria organizar tudo.

Este momento era importante pra mim.

Era o começo de uma vida nova.

Eram 16hs quando meu celular deu sinal de que eu havia recebido uma
mensagem.

Quando li a mensagem meu coração quase saiu pela boca.


Anjo

Estou aguardando você no local

Onde pela primeira vez eu pude sentir seus lábios.

Onde começamos nossa historia.

Onde hoje continuaremos

O que nunca deveria ter terminado.

Te espero.

Com amor.

Edward.

Edward havia voltado e estava me esperando na campina.

Capítulo 35 Vingança: Recomeçar? Não. Continuar.

Pov. Edward

É tão estranho acordar.

Não qualquer acordar.

Mas o acordar após saber que você esteve apagado por dias.

Não me lembro de muita coisa.

Estava falando com Alice e no minuto seguinte estou acordando numa sala
branca que deve ser a de um hospital.

O sorriso de emoção de meu pai e Jasper estampados em seus rostos.

Sinto meu corpo pesado e sonolento.

E não entendo o que está acontecendo.


– Oi pai... o que está acontecendo?

Consigo dizer após alguns segundos.

– Filho... que bom que acordou...

Eu fico confuso. Muito.

– O que...

– Calma filho! É normal se sentir desorientado.

Desorientado era pouco.

A partir dali eu lembro de ficar sonolento de novo e novamente dormir.

Um sonho.

Um sonho se repete.

Uma voz.

Não.

A voz.

A voz de Bella.

Sinto-a. Sua presença e sua voz.

Novamente acordado faço muitos exames.

Jasper me conta e meu pai também, mas não consigo acreditar. Preciso ouvir
do meu médico.

– Estou curado?

Ele me sorri.

– Sim. Temos muitos exames. Muitas etapas para passar ainda Edward, mas
tudo mostra que você esta curado.

Não consigo acreditar.

É muita felicidade. Nem as dores ou aquela faixa em minha cabeça fazem que
eu me sinta menos do que extremamente feliz.
Pouco a pouco eu começo a conseguir ficar acordado mais tempo.

Então começam as visitas.

Meu pai.

Minha mãe.

Meus irmãos.

Gabriel.

A sensação de vê-lo foi indescritível. Saber que vou poder acompanhar seu
crescimento.

Vê-lo se formar. Ir para universidade. É... mágico.

Naquele dia eu finalmente perguntei a meu pai. Ele estava comigo no quarto.
Os médicos acabaram de me fazer passar por mais uma bateria de exames.

– Pai eu tive um sonho enquanto estava apagado. É normal?

– Sonho Edward? Que sonho?

Meu pai perguntou.

– Com a Bella. Eu não sei bem como te dizer. Não é uma coisa que eu tenha
visto. É estranho. Eu a senti. A... sua voz.

Meu pai sorriu.

– Não foi sonho filho.

– Não?!

– Não. Bella está aqui. Ela que está cuidando do Gabe. E ela esteve com você
quando estava na UTI. E você teve uma atividade cerebral forte quando ela foi
visitá-lo.

– Serio. Ela está aqui?

Ele sorriu da minha cara de bobo apaixonado.

– Claro.

– E por que ela não veio me ver mais?


– Bom. Ela tentou. Mas você sempre estava dormindo. Fora que não são
permitidas muitas visitas por dia, mas logo ela vem te ver pode ter certeza.

Fiquei ansioso. Eu não queria dormir para poder vê-la.

Esperei.

Esperei.

Estava sonolento quase dormindo. Quando ouço passos pelo quarto e quando
abro meus olhos meu anjo está aqui.

Tantos meses sem vê-la.

Continuava linda.

Eu queria matar toda a saudade.

Abraça-la e beija-la, mas meu estado não permitia.

Mas só de olhar para ela já me senti melhor.

Não falamos sobre nós.

Não era o momento.

Eu queria pedir perdão a ela.

Mas não em uma cama de hospital.

Então em comum acordo deixamos esta conversa para mais tarde.

Meus familiares tiveram que voltar as suas vidas e eu fiquei em New York.

Eu fiquei louco de vontade de pedir que Bella ficasse comigo, mas não pude
deixar de ver os olhos preocupados de minha mãe. Ela não iria sossegar se não
ficasse próximo a mim.

E Gabe que estava cada vez mais dependente do afeto de Bella. Então ela foi
cuidar do meu bem mais precioso. Não poderia estar em mãos melhores.

O mês foi passando. E foi bem difícil.

Muitos exames. Alguns dolorosos.

Muitos remédios.
Fisioterapia.

Mas estava quase no fim.

Em dois dias eu seria liberado e eu, meu pai e minha mãe voltariam a
Raymond.

Estava em frente ao espelho.

Era estranho ver meu reflexo no espelho com este cabelo tão curto. Eles
haviam raspado minha cabeça para a cirurgia.

Com certeza Emmett iria pegar no meu pé dizendo que eu estava parecido
com um fuzileiro naval.

Meu cabelo havia crescido, mas ainda dava para ver a cicatriz da cirurgia.

Sentei-me em minha cama no quarto de hotel e olhei o relógio. Peguei meu


telefone e fiz o que sempre fazia neste horário. Ligar par Raymond.

Ao segundo toque alguém atendeu.

– Alô.

Era Gabriel. Bella havia e dito que ele acampava ao lado do telefone no
horário previsto para eu ligar.

– E ai campeão.

Eu disse.

– Papai! To com montão de saudade de você. Quando você vem pra casa?

Essa era sempre suas primeiras palavras.

– Logo filho. Depois de amanhã o papai vai estar ai.

Na verdade eu queria fazer uma surpresa e iria amanhã.

– Que bom.

Meu menino disse feliz.

**

Entramos na casa Gabriel e Nessie estavam concentrados assistindo algo na


tv. Eles perceberam que alguém havia chegado.
Eu, meu pai e minha mãe nos encontrávamos parados próximo à entrada.

Gabriel e Nessie vieram correndo ao nosso encontro.

Abraçamos-nos.

Matamos a saudade uns dos outros.

Em seguida o restante de nossa família chegou.

Como era sábado quase todos estavam em casa.

Rose ia pegando o telefone para avisar Bella. Ela não estava.

– Nossa a Bella vai pirar ao saber que você chegou.

Eu a detive.

– Não Rose.

Ela me olhou confusa.

– Quero fazer uma surpresa a ela.

Ela sorriu em entendimento.

Passamos horas matando a saudade. Minha família me questionando se eu


estava realmente bem.

Eu estava amando passar este tempo com eles, mas eu precisava falar com ela.

Bella.

Fazer o que já devíamos ter feito há tempos.

Fui até o meu quarto na casa dos meus pais. Peguei o que tinha que pegar e fui
até meu volvo.

Fazia tempo desde a ultima vez que o dirigi.

Sai e direção ao lugar em que queria falar com Bella.

Senti o vento que entrava pela janela do meu carro bater e meu rosto.

Liberdade.

Era isso que eu sentia.


Liberdade de poder viver.

De poder fazer planos.

De ser feliz.

Enviei a mensagem a ela e a esperei.

Pov. Bella

Eu entrei em meu carro com o coração aos solavancos.

Nervosa?

Muito.

Mas não ia perder mais nenhum tempo sendo covarde.

Edward. O homem que eu amava estava me esperando. Eu iria até ele.

Dirigi rápido pela parte rural da cidade até estacionar próximo a trilha que
levava a campina.

Desci do carro.

Suspirei e entrei na mata.

Fui andando até vê-lo.

Parado no meio da capina estava Edward.

Lindo.

Diferente.

Seu cabelo muito curto.*

Ainda assim de tirar o fôlego


Ele pressentiu minha presença.

Virou-se e me olhou.

Eu também prendi meus olhos aos dele.

Ficamos nos olhando e fomos lentamente nos aproximando.

Paramos a menos de 30 cm um do outro.

Ele estendeu sua mão até meu rosto.

A sensação de ser tocada por ele vibrou em meu corpo.

Em meu coração.

Tombei meu rosto em sua mão.

Ele sorriu.

Eu também.

– Bella...

Ele disse por fim.

Eu não consegui dizer nada.

Parecia um sonho.

O sonho que por tantas vezes eu tive.

– Me perdoa?

Ele perguntou.

Se eu o perdoava?

Era obvio que sim.

– Pelo que?

Eu disse.
– Por duvidar do seu amor por mim. Por ser idiota e acreditar no que papeis
diziam sobre você e não confiar no que sentíamos.

Eu escutava o que ele dizia.

– Nunca fiquei com raiva de você por pensar estas coisas de mim.

– Eu não pensei! Eu juro! Eu estava magoado e cego. Como pude duvidar de


seu amor por Gabriel? Olha o que está fazendo por ele agora e o que já havia
feito.

Eu abaixei meu rosto. Eu não queria, mas as palavras que ele dissera naquela
noite voltaram com força a minha mente.

Ele levantou meu rosto.

– Se me der uma chance. Vou fazer você esquecer tudo aquilo que disse a
você.

Ele estava me pedindo uma chance.

– Quer recomeçar?

Eu perguntei a ele.

– Não.

Ele disse.

Meu coração parou por um minuto.

– Recomeçar seria esquecer tudo o que vivemos e fazer um novo começo. E


eu não quero esquecer nada do que vivemos. Eu quero continuar de onde
paramos. Como se esses meses não estivessem existido. Como se nunca
tivéssemos nos separado.

Eu fiquei olhando para seus olhos muito verdes que me mostravam o amor
que ele sempre mostrou.

O meu Edward apaixonado de volta.

– Eu amo você.

Ele disse.

Não consegui mais segurar minhas lágrimas.


Sonhei tanto em ouvir isto novamente.

– Agora eu estou curado. Posso fazer planos. E quero fazer planos com você.
Quero você em minha vida. Quero você como minha mulher.

Ele se ajoelhou a minha frente.

Minha respiração era rápida.

Tomara que eu não tivesse uma sincope.

Eu sabia o que ele ia fazer.

– Eu ia fazer isso naquele almoço de ação de graças. Mas ai...

Eu e ele sabíamos o que havia acontecido naquele almoço.

– Se vai me aceitar Bella. Terá de ser de onde paramos. Por isso - ele tirou
uma caixinha preta do bolso a abrindo e revelando um maravilhoso anel - Eu
quero fazer o que não foi possível naquele almoço.

Eu tentava enxergar por de trás das lágrimas que me cegavam.

– Isabella Swan quer se casar comigo?

Eu fiquei em silencio. Ele me observou.

– Eu te amo Edward. É claro que quero me casar com você.

Deus.

Não imaginei que um dia isto poderia acontecer comigo.

Um conto de fadas para uma ex-prostituta.

O filme uma linda mulher podia existir na vida real.

Edward deslizou o anel em meu dedo e se levantou.

Estávamos de mãos dadas.

O que estávamos esperando para nos beijarmos?

– Eu quero muito beija-la Bella, mas só farei isso se você me pedir.

Ele disse com seu sorriso torto.


Eu sorri como nunca antes. Ele disse o que havia dito na primeira vez que nos
beijamos nesta mesma campina.

Eu me aproximei dele.

– Beije-me Edward.

Então a espera acabou e nossos lábios finalmente se tocaram.

Um beijo calmo.

Um beijo doce.

Um beijo de saudade.

Um beijo de amor.

Muitos beijos.

Das mais diferentes formas.

Seria possível flutuar apenas com beijos.

Talvez sim.

Com muito amor no coração. Sim

Era assim que eu me sentia ao ser beijada por Edward.

Meu Edward.

Meu noivo.

Ele me abraçou e me suspendeu do chão. Rodopiou-me pela campina.

Parecíamos duas crianças que descobrira o amor.

**

Estávamos deitados na campina.

Eu com a cabeça no ombro de Edward.

Um solzinho gostoso nos esquentado.

Estava perfeito.
Eu olhava para meu anel.

Meu anel de noivado.

Eu e Edward começamos a conversar contado tudo o que havíamos vivido


nestes meses em que ficamos separados.

Não foi uma conversa difícil como achei que seria.

Foi fácil. O amor que sentíamos um pelo outro fazia tudo ao nosso redor mais
fácil.

O celular de Edward tocou.

– Oi mãe. Sim estou com ela. Se vamos pra casa? Não. Não vamos... na
verdade nos espere para o café da manhã de amanhã. Ok. Beijos.

Ele disse e desligou o celular.

– Vai me seqüestrar Edward Cullen?

– Vou sim Isabella.

Ele quase nunca me chamava de Isabella. Gostei do som em sua voz.

– Posso saber para onde e para que?

Ele sorriu safado.

– Bom. Vamos comemorar nosso noivado de uma forma especial meu amor.

Ele me olhou intensamente. Então entendi.

– Sim.

Eu disse apenas. Meses sem nos tocarmos.

– Vamos para o nosso apartamento?

– Sim. Vamos.

Eu mal podia esperar para chegar lá.

Capítulo 36 Vingança: Um grande amor


Pov. Edward

Sexo.

Amor.

Eu já provara dos dois.

Conhecia. Sabia o que tinha que fazer.

Mas estava muito nervoso.

Como um adolescente.

Eu estava levando Bella para nosso apartamento onde iria amá-la.

Amar minha noiva.

Não era somente eu que estava nervoso. Eu podia sentir. Ela também estava.

Era ridículo que ficássemos assim?

Acho que não.

A emoção de estarmos novamente juntos tornava tudo tão especial de uma


forma que nunca foi.

Esperava que minha cúmplice tivesse conseguido organizar tudo. Alice.

Mesmo grávida ela era uma força da natureza.

Pedi a ela que preparasse tudo.

O apartamento estava em plena ordem. Minha mãe jamais permitiria que ele
ficasse abandonado.

Mas mesmo assim pedi a Alice que organizasse alguns itens.

Ao entrarmos no apartamento fui assaltado por tantas lembranças.

Bella também.

Seu semblante emocionado me dizia isso. Fora que a ultima vez que
estivemos aqui juntos não foi muito bom.
Levei Bella até a sala.

E até eu fui surpreendido pela rapidez e eficiência de Alice.

Na mesinha de centro havia uma garrafa de champagne, taças e morangos.


Uma luz ambiente que montava um clima intimista e romântico.

Algumas mantas sobre o sofá fechavam o clima de sedução.

Bella arfou.

– Nossa! Você preparou tudo isso?

Eu podia mentir dizendo que foi, mas não podia deixar de dar os créditos a
pessoa responsável.

Aproximei-me levando Bella pela a mão até a mesinha onde peguei a garrafa
para abrir o champagne.

– Bom. Vamos dizer que eu tive um ajudante que é pequena, mas muito
eficiente.

Bella sorriu.

– Alice.

E assenti. Abri o champagne e servi duas taças.

Peguei a minha e dei a outra a ela.

A olhei profundamente.

– Quero brindar a você. Minha bela noiva. Por me aceitar e perdoar e me fazer
o homem mais feliz do mundo.

Ela mordeu os lábios um gesto que sempre me fazia ficar excitado.

Bebemos e para minha surpresa Bella pegou sua taça e a minha e colocou na
mesa.

Ela se aproximou de mim.

– Chega de enrolar meu amor. Vamos para o nosso quarto. Eu quero que você
me ame. Estou com muita saudade.

Ela sorriu e no próximo minuto nos atracamos em um beijo enlouquecedor.


Nossos corpos se roçavam um contra o outro. Eu a apertava contra meu corpo.
Como senti falta disso.

Em poucos passos estávamos sobre a cama do nosso quarto onde antes já nos
amamos por muitas vezes.

Hoje, era um homem e uma mulher apaixonados. Amando-se, entregando-se a


um amor puro e verdadeiro.

Hoje, era Edward amando sua noiva. A mulher que me mostrara o verdadeiro
sentido da palavra amor.

Pov. Bella

Eu estava sobre a cama já nua. Edward também estava nu. Em pé ele me


olhava como seu eu fosse uma obra de arte.

Eu corei. Obvio.

Ele sorriu.

O sorriso mais lindo que eu já havia visto e seu lindo rosto.

Ele se aproximou e pegou minha perna e foi descendo beijos de meus pés até
próximo a minha virilha. Ele parou.

Ele queria me torturar.

E que tortura maravilhosa.

Ele repetiu o gesto com a outra perna.

Sorriu novamente quando eu gemi desavergonhada.

Começou a fazer o que já havia feito com a outra perna, só que dessa vez ele
não parou e foi até o ponto onde e mais queria que ele estivesse.

Sua língua em mim.

Em meu sexo.

Eu estava alucinada.

Encharcada.
Excitada.

Meu amor. Meu noivo. Meu Edward estava me deixando louca à beira de um
orgasmo maravilhoso. Suas palavras quando estava com a boca em mim me
fizeram vir de imediato.

– Goza meu amor. Eu quero que você goze pra mim.

Foi o que bastou para meu corpo ser tomado por tremores e espasmos.

Flutuei.

Sorri.

Ele deitou seu corpo sobre o meu e me beijou.

O ato foi extremamente sexy.

Meu corpo queimava pelo seu.

O dele pelo meu.

– Não agüento mais meu amor preciso estar dentro de você.

– Venha Edward sou toda sua meu amor. Meu noivo.

Ele sorriu e lentamente foi entrando e mim.

Nossos corpos conectados. Um só corpo e um só coração.

Ele se movimentou dentro de mim. Não desviamos nossos olhos um do outro


nem um minuto.

– Eu te amo Bella.

Ele disse.

– Eu amo você Edward.

Ali foi sexo. Foi amor. Foi reconhecimento. Tudo.

A noite ia passado e eu e Edward nos amando cada vez mais. Sem descansar.
Sem cansarmos um do outro.

Somente amor.

Um grande amor.
Um amor que nenhuma vingança foi capaz de separar.

Três meses depois.

A felicidade é algo indescritível.

Eu estava em constante estado de felicidade.

Eu, Edward e Gabe voltamos a morar juntos no apartamento de Edward... quer


dizer no nosso apartamento.

Ainda não havíamos marcado a data de nosso casamento. Mas não


agüentamos esperar e resolvemos morar juntos, como já estava acontecendo
antes.

Era maravilhosa a rotina que tínhamos. A rotina de uma família.

Tomávamos café da manhã juntos. Apos isso Edward ia para o trabalho e eu


levava Gabriel para a escola. Depois eu ia para o estúdio que estava
funcionado há dois meses e estava indo bem. Alice mesmo com sua gravidez
adiantada me ajudava muito. Ela não suportava ficar em casa sem fazer nada
então vinha me ajudar nos estúdio.

Sobre Elizabeth Mansen não havia nenhum sinal. A mulher era ardilosa.
Contamos a Edward que ela havia tentado visitá-lo no hospital. Ele ficou
mexido com isso. Eu o entendia. Ela era mãe dele. Não a mãe que ele amava e
considerava, mas a pessoa que deu a luz a ele.

Tentamos colocar uma pedra em cima dessa historia. Varias pessoas saíram
magoadas com ela.

Eu e Alice estávamos no estúdio escolhendo umas fotos para um book


fotográfico.

– Alice eu acho que passou da hora de fazermos o seu book de grávida.

– A não Bella. Nem vem com esta historia de novo. Não vou posar pra você
parecendo uma jamanta.

Eu ri.
– Alice deixa de ser boba. Você não está gorda. Está grávida. É diferente e
lindo.

– Eu sei. Eu sei. Todos dizem isso. Não é gordura é gravidez. Mas meu
espelho me diz o contrario.

Alice não tinha jeito mesmo.

– Quero ver quando for você Bella. Se você vai achar que está magra.

Ela me olhou e eu abaixei a cabeça. Alice era muito perceptiva.

– O que Bella? Não... me...

Eu continuei olhando as fotos.

– Você está grávida!

Alice não perguntou e sim afirmou.

– Não... Não é nada certo ainda... é... Só um atraso.

– Bella! Como sou burra! Esses seus enjôos de manhã... Edward já sabe?

– Claro que não Alice! Como já disse é só uma suspeita.

Eu não queria criar falsas esperanças. Será que eu ainda poderia ser mais feliz
do que já era?E estar grávida do meu amor. Um filho. Meu e de Edward.

– Bom. Então vamos fazer o exame.

– Não Alice. Eu vou esperar um pouco são apenas alguns dias de atraso.

– Bella...

– Com licença.

Escutamos uma voz e me surpreendi ao ver Jéssica parada na entrada do


estúdio.

– Oi.

Ela disse tímida. Parecia estar bem, mas seus olhos tristes diziam o contrario.

– Jess.

Fui até ela e a abracei.


– Nossa! Quanto tempo! Como você está?

Eu perguntei.

– Estou bem.

Ela tentou sorrir.

– Oi Alice.

– Oi Jéssica.

Assim como Rose, Alice não gostava muito de Jéssica.

– Nossa já está quase no prazo?

Jéssica disse se referindo ao bebê de Alice.

Isso a desarmou. Sempre que falava de seu filho Alice não conseguia esconder
a felicidade.

– Sim daqui no máximo 20 dias, eu acho.

– Que bom. Fico feliz por você Alice.

– Obrigado Jéssica.

Jéssica me olhou.

– E você Bella como está? Eu soube que havia ido embora de Raymond. Há
pouco é que soube que havia voltado e que está noiva.

Eu sorri.

– Sim. As coisas ficaram difíceis por uns tempos, mas agora está tudo
maravilhoso.

– Como sabe que a Bella está noiva Jéssica?

Alice perguntou.

– A cidade não é muito grande Alice. Então é mesmo verdade?

Jéssica me perguntou. Eu assenti e seus olhos pousaram em meu anel.

– Parabéns Bella.
Alice parecia desconfiada.

– Obrigado. Você continua com ele Jess?

Eu me referia ao nojento do Mike Newton.

– Sim.

Ela disse simplesmente.

O meu celular tocou e vi que era Gabe.

– Só um minuto Jess eu preciso atender.

– Oi Gabe.

– Oi Bella. Você vai me levar no shopping hoje né Bella? Eu quero comprar


aquele jogo de vídeo game.

Eu sorri de sua animação.

– Eu prometi a você que íamos ao shopping hoje não prometi? Então me


espere que após a escola nós vamos. Beijos.

Desligamos e voltei minha atenção a Jéssica.

– Sabe que se precisar de qualquer coisa pode me procurar Jess.

Ela sorriu triste.

– Eu sei Bella. Você sempre foi muito legal comigo. Eu nem mereço tanto.

Jéssica ficou pouco tempo conhecendo o estúdio e logo foi embora. Eu fiquei
triste por ela. Viver da forma que ela vivia. Mas foi escolha dela.

Alice continuava desconfiada.

– Estranho essa visita da Jéssica.

– Por que Alice? Coitada.

– Ah, Bella você é boa demais. Confia demais nas pessoas. Não sei te dizer,
mas tem algo errado com ela.

– Alice você nunca gostou da Jéssica. Não viaja.


Senti alguém entrar no estúdio e ao olhar meu noivo lindo e maravilhoso
sorria lindamente para mim.

Fui ao seu encontro e ele me recebeu com um maravilhoso beijo.

Quando nos tocávamos esquecíamos-nos do tempo.

– Nossa! Vão se atracar na frente de uma mulher grávida agora?

Alice disse debochando.

– Oi amor.

Ele disse a mim.

– Oi Alice.

Ele disse sem tirar seus olhos de mim.

– Oi cunhadinho.

Eu o beijei mais uma vez e só parei ao ouvir o telefone do estúdio tocando,


mas não precisei me separar do meu amor. Alice atendeu.

– Ah, oi Alec. Sim ela está aqui. Vou passar pra ela.

A cara de Edward foi impagável.

– O que esse francês quer de novo?

– Para com isso amor ele é meu amigo.

Edward fez uma cara feia e Alice riu.

– Viu Edward. Minhas previsões estavam quase certas. Existe um francês


saradão.

– Para com isso Alice!

Eu disse.

Ela riu e ficou provocando Edward enquanto fui atender meu amigo.

Edward entendeu minha amizade com Alec, mas é claro que às vezes sentia
ciúme.
Após atender meu amigo, que só queria falar sobre suas novas fotos, eu e
Edward saímos juntos do estúdio e fomos para nosso apartamento. À tarde eu
sairia com Gabe. Iria ao shopping passear com meu menino.

Capítulo 37 Vingança: Desespero.

Pov. Bella

- Ainn... Eu não agüento mais andar nessas lojas.

     Gabe disse fazendo bico. Estávamos à procura do jogo que ele queria e não
foi fácil achar, como achei que seria. Era um jogo muito novo. Fomos a varias
lojas e nenhuma tinha recebido ainda.

- Ok vamos dar um tempo. Depois vamos a outras lojas. Sem preguiça


mocinho.

     Eu disse beijando sua testa.

     Dirigimo-nos a praça de alimentação do shopping.

- Então? O que vai querer de lanche?

     Eu já sabia só queria provocá-lo.

- Mc Donalds né Bella!

- Ok senhor Gabriel Cullen. Vamos ao Mc.

     Comemos nosso lanche e Gabe me pediu pra ir brincar com algumas
crianças nos brinquedos oferecidos pelo shopping. Eu deixei, mas fiquei de
olho. Era próximo da praça de alimentação. De onde eu estava sentada eu
podia vê-lo brincando.

- Bella?

     Uma mulher alta e loira me chamou. Ela estava na mesa ao lado.

- Giana não é?

- Sim.

     Ela sorriu e nos cumprimentamos. Junto dela estava sua filha a pequena
Jane. Grande paixão de Gabe.
- Oi Jane.

     Eu a cumprimentei. Ela era muito tímida.

- Olha só! O Gabe está ali naqueles brinquedos.  Não quer ir lá com ele?

     Eu disse a ela com a aprovação de sua mãe.

- É querida. Vá um pouquinho brincar com seu amiguinho, eu vou conversar


com a Bella.

     Ela foi. Vimos ela e Gabe se abraçarem

     Sorrimos.

- Gabriel adora sua filha.

     Eu disse.

- Ela também – Giana disse - Ela só é muito tímida.

     Ficamos olhando as crianças até Giana falar.

- Bella eu queria falar com você.

- Claro.

- Primeiro queria agradecer as lindas fotos que você fez para minha irmã.
Ficou divino. Adorável na verdade.

- Obrigado Giana, mas a modelo ajudou bastante.  Bree é linda. E as fotos


ficaram bem naturais. Tem meninas que aos quinze anos querem fazer books
muito agressivos e a Bree pelo contrario me pediu uma coisa suave. Adorei
fotografá-la.

     Ela assentiu.

- Também queria te pedir desculpas. Pelo meu comportamento inicial.

     Ela se desculpava por ter proibido Bree de fazer o book comigo. No início
o estúdio passou por dificuldades por pertencer a uma ex- prostituta.

- Tudo bem. De verdade.

- Não. Deixa eu me desculpar. Eu fui muito preconceituosa. Se não fosse por


Tânia. Ela me abriu os olhos.
     Tânia e Giana eram amigas e foi através de Tânia que Giana aceitou que eu
fotografasse sua irmã.

- Eu já disse Giana águas passadas.

     Ela sorriu em agradecimento. Eu não iria ficar brava por ela ter feito o que
fez. Já havia sofrido tanto preconceito em minha vida e guardar rancor não
leva a nada.

     De repente Jane chegou se aconchegado a mãe.

- Cansou de brincar Jane?

     Eu perguntei sorrindo.

- Não. Mas o Gabe foi embora com a vó dele, ai eu vim pra cá.

     Eu acho que não havia escutado direito.

- Como?

     Levantei-me assustada percebendo que Gabe não estava em lugar nenhum
dos brinquedos.

     Fui até lá correndo e procurando por ele.

     Meu coração acelerado.

- Gabriel!

     Eu chamei.

     Nada.

     Eu voltei à mesa onde estavam Giana e Jane.

     Eu me abaixei à altura de Jane olhando em seus olhos.

- Querida me diga. Onde está o Gabe?

- Conte o aconteceu, Jane.

     Giana disse.

- Eu e o Gabe estávamos brincando e ai chegou uma senhora e o Gabe disse


vó. Ela sorriu e ele foi com ela. Ai eu vim aqui.
     Ela disse e eu fiquei pensando. Vó? Só poderia ser Esme.

     Peguei meu celular discando frenético o número do celular de Esme.

- Esme?

     Eu perguntei angustiada. Tremia tanto que mal conseguia segurar o celular.

- Oi Bella.

     Ela respondeu calmamente.

     Mesmo duvidando que ela levasse Gabriel sem me avisar eu torcia para
que ele estivesse com ela.

- O Gabe está com você?

- O Gabe? Não. Por quê?

     Deus! O que eu ia fazer? O desespero tomava conta de mim.

- O que houve Bella? O que está acontecendo?

     Esme sentiu minha tensão.

- Esme... Eu... Eu e Gabe estávamos no shopping e... Ele sumiu.

- Como assim Bella?!

- Eu não sei...

     Eu já chorava. Giana e Jane me olhavam assustadas.

- Calma Bella. Conte-me esta historia direito.

     Eu tentei me acalmar para contar a ela.

- Eu estava com ele aqui no shopping e ele foi aos brinquedos por um tempo
brincar com uma amiguinha e ai ela... Ela voltou sem ele. Ela disse que uma
senhora se aproximou e que Gabe a chamou de vó e foi com ela. Esme eu
estou desesperada.

     Esme ficou em silencio aumentado minha angustia.

- Esme?!
- Bella há uma pessoa que Gabriel chama de vó sem ser eu ou a mãe de
Tânia. Minha mãe.

     Arfei.

- Elizabeth?!

- Sim. E pelo que me contou se fosse a Sra. Denalli ela teria te avisado. Só
pode ser ela Bella. Minha mãe. Elizabeth.

- Meu Deus! E agora Esme? O que... Edward...

- Calma Bella!  Vá até a segurança quem sabe ainda estejam no shopping. E
eu estou indo pra ai no caminho eu aviso Edward. E pra ter certeza vou ligar
pra Sra. Denalli como não quer nada. Se ela estiver com Gabe ela vai me
falar se ela não disser nada eu não vou falar sobre o sumiço do Gabe. Não
vou preocupá-la.

- Ok!

     Desligamos e eu fui até um dos seguranças explicando o que havia


acontecido. Em poucos minutos todo o os seguranças do shopping estavam à
procura de Gabriel. Giana e Jane foram prestativas e também ajudaram.

     Alguns minutos depois eu vejo Edward e Esme chegando com semblantes
preocupados.

Pov. Edward

- Bom senhores eu acho que por hoje chega.

     Eu disse acabando com a reunião de mais de duas horas daquela tarde.

     Como fiquei muito tempo afastado da empresa, e fora que agora somente
eu lidava com tudo, havia muito trabalho. Muito mesmo.

     Sai da reunião e fui para minha sala. Sentei-me em minha mesa e sorri ao
ver o porta retrato que Bella havia colocado lá há uma semana. Era uma foto
minha com ela e Gabe.

     Nossa vida era tão maravilhosa juntos. A vida que sempre sonhei em ter.

- Sr. Cullen?

     Irina me chamou pelo interfone.


- Sim Irina.

- Sua mãe está ao telefone. Sr. Cullen se me permite dizer ela está muito
nervosa.

- Ok Irina passe a ligação.

     Alguns segundos e a voz de minha mãe não escondiam seu nervosismo.

- Edward. Estou tentando falar com você há 20 minutos e você não atende o
celular.

- Desculpe mãe está no silencioso eu estava em reunião. O que houve?

     Irina tinha razão ela estava nervosa. Eu conhecia minha mãe.

- Filho acalme-se sim.

- Fala mãe.

     Eu não gostava quando começavam com rodeios.

- Bella me ligou do shopping. Gabriel sumiu.

- Como sumiu?!

- Calma filho! Na verdade... Estamos desconfiados que sua avó... Que


Elizabeth esteja com Gabriel.

- Como é que é?!

(***)

     Cheguei ao shopping em tempo recorde e encontrei minha mãe no


estacionamento.

     Ela me abraçou.

- Mãe se aquela mulher tiver feito mal ao Gabriel. Eu juro que acabo com ela.

- Calma meu filho. Tudo vai dar certo.

     Minha mãe tentava me acalmar enquanto íamos em direção a praça de


alimentação.

     De longe eu vi Bella no meio de vários seguranças e policiais. Ela estava


com o rosto vermelho de quem havia chorado.
     Ela me viu e veio ao meu encontro.

- Edward eu... Sinto muito devia ter prestado atenção.

     O que?! Ela estava se culpando?

- Amor pare com isso! Acha que eu culparia você?

     Ela fungou e eu a abracei.

- Nós vamos achá-lo meu amor.

     Fui até os policias e seguranças para saber o que de fato havia acontecido.

     Eles fizeram uma varredura no shopping e não haviam encontrado Gabriel.

     Eu estava nervoso preocupado com meu filho. Meu coração apertado.

     Os policiais pediram uma foto de Gabe e disseram fazer o possível para
encontrá-lo.

      Não nos restava nada a fazer ao não ser ir para casa. Um detetive iria até lá
para conversarmos melhor. Eles estavam pesando em qualquer possibilidade
até seqüestro. Por isto era importante que fossemos para casa em caso de
qualquer contato.

     Enquanto dirigia até o apartamento eu vi o semblante de Bella arrasado.


Por mais que disséssemos que não era sua culpa ela se culpava.

     Voltamos no meu carro. Ela não estava em condições de dirigir. Um dos
policiais levaria o carro dela.

     Ao chegarmos ao nosso apartamento minha família inteira estava lá. Rose
foi à cozinha fazer um chá para nós enquanto eu contava a todos o que havia
acontecido.

- Essa bruxa! Como ela pode fazer isso?

     Nessie disse.

- Filha ela não tem mais nada a perder. Uma pessoa assim se torna
extremamente perigosa.

     Meu pai disse.

- Se ela fizer mal ele eu juro que acabo com ela!


     Eu disse já alterado.

- Calma Edward!

     Jasper disse. Ele estava só. Alice estava no meu quarto e de Bella ela havia
ficado muito nervosa e em seu estado não era bom então deram uma chá
calmante a ela. Minha mãe estava com ela.

      Estávamos todos muito nervosos.

     Bella estava quieta num canto do sofá. O olhar vago.

- Amor.

     Eu a chamei. Ela me olhou. Eu via que ela se culpava pelo que aconteceu.

- Não fique assim. Não foi sua culpa.

- Como não Edward? Ele estava comigo. Era minha responsabilidade.

- Pare com isso já dona Isabella!

     Rose disse entrando na sala com chá para todos.

- Como pode ser culpada daquela mulher ser louca a ponto de seqüestrar uma
criança? Ta maluca!

- Rose e Edward têm razão Bella não se culpe. Poderia ter acontecido com
qualquer um de nós.

     Meu pai falou gentilmente a Bella.

- Na verdade eu acho que ela esperou o momento certo para que colocássemos
a culpa em Bella.

     Nessie disse. E fazia muito sentido.

- Sim. Se ela está por perto, ela deve estar nos espionando.

     Eu disse pensativo.

- Mas quem estaria fazendo isso para ela?

     Eu perguntei em voz alta.

- James?
     Jasper disse.

- Foi o que pensei primeiro, mas ele não tem contato direto com a nossa
família pra saber dos nossos passos.

     Eu falei.

- Bella tente se lembrar de algo atípico. Alguém te seguindo ou alguém


diferente no estúdio...

     Eu disse segurando suas mãos.

- Bom, hoje, a Jéssica aquela menina que trabalhava comigo, foi lá, mas não
acho que ela tenha algo a ver com isso.

- Quem é essa?

     Meu pai perguntou.

- É uma moça que trabalhava com Bella. Ela saiu do bordel e foi viver com o
filho do Sr. Newton. Mike Newton é o nome do sujeito.

     Eu expliquei.

- Mike Newton e o prefeito são amigos.

     Emmett que até então estava calado falou.

- Tem certeza Emmett?

- Sim. Eles estavam sempre juntos lá no bordel. E pelo que sei são sim
amigos.

- Bom então ai as coisas começam a fazer sentido.

- Jéssica? Por que ela faria isso comigo? Não acredito.

- Pois eu acredito. – Rose disse - Nunca gostei muito dela. Muito sonsa.

     Nossas divagações foram interrompidas pela campainha do apartamento.


Era o detetive e o delegado Demetri.

     Meu pai foi atendê-los.

- Boa noite policiais.

- Sr. Cullen estamos à disposição para ajudar.


- Obrigado.

     Eles entraram e sentaram. Fizeram varias perguntas a Bella. Que respondeu
a todas. Já fazia quase 4 horas que Gabe havia sumido.

- Bom. Vocês têm que entender que só após 24hs é que podemos realmente
declarar uma pessoa desaparecida.

- Isso é um absurdo! Gabriel é uma criança. Que provavelmente esta nas mãos
de uma criminosa!

     Eu disse já exaltado. Meu filho nas mãos daquela mulher.

- Edward!

     Meu pai disse tentando me acalmar.

     Bella segurou firme minha mão.

- Delegado não há nada que possa fazer mesmo? Como Edward falou se trata
de uma criança.

- Senhor Cullen infelizmente não. Mas é claro que todos os policiais da cidade
e redondezas estão de prontidão a qualquer movimento estranho. Temos que
esperar algum contato de um possível seqüestro.

- Nós já sabemos com que Gabriel está. É com Elizabeth Mansen que está
foragida da policia há um ano.

     Eu disse novamente exaltado.

- Sr. Cullen por mais que achem que a Sra. Mansen seja a responsável pelo
sumiço do seu filho não há provas concretas. Só uma criança que disse ter
ouvido Gabriel chamar a mulher que o levou de vó não significa prova
alguma. Precisamos nos ater a todas as possibilidades. A de um seqüestro
normal por exemplo. O senhor é dono de uma grande empresa e sua família é
conhecida. Pode ser alvo deste tipo de crime.

     Eu não queria aceitar, mas o que ele disse fazia sentido. E por fim me
peguei torcendo para que Gabriel estivesse com Elizabeth. Ela não faria mal
ao neto. Ou faria?

     O telefone do apartamento começou a tocar e todos nos sobressaltamos. Eu


fui atender e o delegado me interceptou.
- Se for qualquer pessoa com informação sobre seu filho fique atento e calmo.
Se for realmente seqüestro se mantenha calmo.

     Todos ficaram olhando-me enquanto eu pegava o telefone e atendia.

- Alô.

     Eu disse meu coração quase saindo pela boca.

     A voz do outro lado da linha quase me fez cair de joelhos.

- Papai?

Vingança: A descoberta de um amor

Pov. Alice

A certeza já existia dentro de mim. Eu já sentia que em meu ventre crescia o


fruto de um amor que surgiu quando eu menos esperava. O laço que vai unir
para sempre minha vida a de Jasper Cullen.

Os enjoos vieram primeiro, depois os desmaios e qual não foi minha surpresa
quando eu percebi que a lingerie que eu mais gostava estava apertando meus
seios. Porém, mesmo com todos esses sinais eu queria ter uma certeza real.

Em minhas mãos se encontrava o exame que eu havia feito ontem. Eu tinha


tanto medo de não ser verdade, afinal existem casos de gravidez psicológica...
- Força Alice! Vamos abra esse exame. – Minha mente gritava comigo.

Eu abri o exame e com lágrimas escorrendo por minha face eu só conseguia


ler uma única palavra, POSITIVO.

Um filho! Eu vou ter um filho do homem que me completa, que me faz feliz
em cada novo dia, que me compreendeu em me amou quando eu mesma
pensava que nunca poderia ser feliz ao lado de alguém.

Eu tive medo por achar que ele sentiria nojo ou preconceito por causa do
trabalho que eu fazia. Não que fosse um trabalho ruim, nunca ninguém me
machucou e nem me forçou a fazer nada. Eu praticamente cresci nesse mundo
e eu, por mais que sonhasse com o homem que iria me tirar daquele mundo,
no fundo sempre achei que era apenas isso, um sonho.

Mas Jasper Cullen entrou nos meus sonhos e sem esforço algum se instalou
nele resolveu fincar raízes ali.

Flashback on

– Sua teimosa eu disse pra não se aventurar naquele cavalo. – Eu falei com
raiva da Bella. Meu coração quase parou quando eu a vi caindo daquele
cavalo.

Eu continuava dando bronca nela enquanto colocava gelo no pulso daquela


cabeça dura.

Mal sabia eu que naquele hospital eu colocaria os olhos nele, no homem que
mexeu comigo apenas com um olhar.

A Bella foi atendida por Jasper e ele não tirava os olhos de mim. Eu tentei
disfarçar, mas havia alguma coisa que me atraia para ele.

– Vou enfaixar provisoriamente para não sentir muita dor Isabella. Vamos
esperar o resultado do exame de raio-x pra ver se não quebrou. E depois
disso eu te libero. – Jasper falou e aquela voz fez meu estômago começar a
dar milhões de voltas, sem falar no meu coração que teimava em bater fora
do ritmo.

Quando Bella pediu que ele a chamasse apenas pelo apelido ele simplesmente
deu o sorriso mais lindo que eu já tinha visto.

E naquele momento eu sabia que eu estava começando a entregar meu


coração para aquele homem, por que meus pensamentos com certeza seriam
apenas para ele.

Mas logo me veio novamente a lembrança de quem eu era. Ele poderia até
querer se divertir algumas vezes comigo lá no bordel, mas logo depois ele
cansaria.
Eu nunca me conformei com esse trabalho, mas nunca tive forças para mudar
a minha vida. Bella até brincou que ele ficou caidinho por mim, mas eu não
queria criar esperanças. Afinal de contas eu era uma prostituta.

– Ele está demorando né? Eu disse a Bella após alguns minutos que o
“doutor” Jasper havia saído.

– Eu vou pegar uma água e já vejo se o doutor vai demorar. Já volto.

Eu saí da sala que Bella estava. Eu realmente precisava de uma água, mas na
verdade eu queria ver ele novamente.

Fui seguindo por um corredor e de uma porta logo a frente saiu ele. Ele
parou a me ver e ficamos nos olhando. Encarando-nos. Ele se aproximou
sorrindo.

E eu embasbacada por seu sorriso.

– Srta. Alice está me procurando? – Ele perguntou em sua


posturaprofissional, mas eu senti algo escondido em suas palavras.

– Não... sim... que dizer...- Me atrapalhei com as palavras.

E ele sorriu novamente.

– Pode falar.

– Pode me chamar só de Alice, doutor.

– Se você me chamar de Jasper.

Bella estava certa. Ele estava flertando comigo.

– Tudo bem. Eu vim saber se vai demorar. A Bella está impaciente.

– Os exames estão prontos. Eu já estava indo até lá..., mas antes... eu gostaria
de saber se você gostaria de sair comigo?

Eu fiquei muda.

– Eu... Eu sei que não é ético um médico convidar alguém para sair aqui no
hospital afinal estou trabalhando...

– Doutor... Jasper... eu acho melhor não.

– Por quê?- Ele perguntou. Parecia decepcionado.


– Em breve você vai entender.

Ele não disse mais nada e fomos para a sala onde Bella estava.

Eu recusei seu convite. Primeiro por que não queria me colocar no meio
dessa vingança da minha amiga e segundo por que eu não podia me iludir
mais. Se ele me quisesse lá no bordel eu faria tudo o que ele quisesse, mas
fora do bordel eu não podia me dar a esse luxo.

Flashback off

          Eu passava a mão pelo meu ventre enquanto lembrava a primeira vez
que havia visto Jasper.

Ele ficou chateado quando descobriu o que eu fazia, como eu sabia que ele
iria ficar, meu coração sentiu uma enorme dor quando ele me olhou cheio de
decepção.

Jasper nem sequer cogitou que a Bella poderia ser a dona de um bordel e eu
ser uma de suas meninas.

A primeira noite que ele foi lá no bordel junto com Emmett ele descobriu
tudo, nós conversamos e a partir desse dia sempre quando ele ia lá era só
comigo que ele ficava. Eu tentava às vezes fazer com que ele enxergasse a
realidade e então eu ficava com outros homens, enquanto ele ficava no bar
tomando seus drinques e não tirava os olhos de mim.

Mas o que estava acontecendo com a gente era algo impossível de ir contra.
Uma paixão estava crescendo entre a gente e estava cada vez mais difícil
continuar nessa vida, sem ele e tendo que ficar com outros homens quando era
preciso.

– Ei neném, e agora como vamos contar para o papai que você é real? O papai
está ruim para um médico hein, como ele não percebeu os sintomas? – Alice
falava com seu neném.

– Que bom que você existe, quem sabe com a sua chegada a dor que essa
família está sentindo não diminua um pouco. Espero que o Edward fique feliz
por que eu vou chama-lo para ser seu padrinho junto com a Bella, por que eu
sei que eles vão se entender, o amor deles é enorme para ser jogado fora
assim.

Eu ouvi barulhos no corredor e pela hora sabia que era ele, meu amor.
Enxuguei os vestígios de lágrimas de meu rosto e escondi o exame
rapidamente no armário de limpeza do banheiro.

– Alice, você está aqui? – Jasper perguntou abrindo a porta do quarto.

– Estou sim amor. Estou no banheiro lavando o meu rosto.

– Amor, Nessie falou que você saiu hoje cedo, fiquei curioso. Para onde a
senhorita foi? – Jasper foi ao banheiro e me abraçou por trás me beijando no
pescoço enquanto eu enxugava o rosto.

– Ah amor, fui dar uma volta. Não aguento ver a tristeza do Edward, por que
por mais que ele ainda não admita, ele sente falta dela. Eu também sinto,
nunca consigo falar com ela, não sei onde ela está, eu sinto falta dela. – Eu
desabafei sentando na cama junto com ele.

– Eu sei, na verdade eu também gostava da Bella. Ela fazia o meu irmão e o


meu sobrinho felizes, aliás, ela conseguiu conquistar a todos por aqui. Até a
Nessie ela conseguiu mudar. – Ele falou sorrindo.

– Jazz, sabe o que é que estava lembrando antes de você chegar? Da primeira
vez que a gente se viu. Lembra?

– Claro que lembro. Foi no hospital, você tinha ido acompanhar a Bella que
tinha caído do cavalo. Eu me encantei por você logo de cara, mas tinha que
ser profissional e cuidar da paciente que precisava de mim.

– Eu também me encanei por você, mas não podia imaginar coisas, afinal de
contas eu era...

– Ei, parou. Aquele tempo já passou. Você nasceu para ser minha e tudo que
aconteceu nas nossas vidas só serviu para nos deixar mais fortes para aguentar
todo esse amor que existe entre a gente.

– Eu sei... Lembro quando você me chamou para sair. – Eu falei e ele


começou a rir.

– É e você me dispensou logo de cara. Alice quando eu te vi naquele bordel,


eu fiquei com raiva. Raiva por você não ter me contado, raiva por me sentir
enganado, raiva de mim por estar gostando de alguém que tinha aquela
profissão...
– Olha Jasper... – Eu falei com lágrimas nos olhos, mas ele me interrompeu.

– Não, me deixa terminar. Eu nunca contei isso para você. Eu queria acabar
com o que eu comecei a sentir por você naquele hospital, mas o que eu sentia
era mais forte do que tudo. Eu conversei com o Edward e ele me abriu os
olhos. Ele me falou que se eu te amasse de verdade, que esse amor seria capaz
de tudo, até de tirar você daquela vida. E eu vi que eu não queria... Eu não
podia viver a minha vida longe de você. Eu tinha que lutar para ter você ao
meu lado. E eu consegui. – Ele falou limpando as lágrimas que escorriam pelo
meu rosto.

– Eu tinha tanto medo de você não me amar como eu já amava você. Você
nem precisou lutar tanto assim, por que eu já era sua, só precisava que você
me quisesse ao seu lado. – Eu falei e o beijei com doçura.

Quando o ar começou a falar nós paramos o beijo e nos olhávamos como se


estivéssemos vendo a pessoa mais linda do mundo. A bolha que se formava
quando nos olhávamos assim, só podia ser rompido por nós mesmos ou por
alguém muito impertinente, como o Emmett.

A porta de nosso quarto estava aberta e Emmett nos olhava de lá com uma
engraçada.

– Ei vocês, eu estou falando com vocês há quase uma hora e vocês ai como
dois zumbis brincando de quem pisca primeiro. – Emmett falou sorrindo com
a cara de raiva feita por Jasper e o sorriso dado por mim.

– Qual é Emm, você sempre aparece nos momentos mais inconvenientes.


Jasper falou levantando com raiva.

– Vim chamar vocês para comer o bolo que a Nessie fez, cara é o primeiro
que ela faz e eu quero muito zoar ela se tiver ruim. – Ele falou gargalhando.

– Vai lá amor, eu vou descansar um pouco da minha caminhada. E não deixa


o Emmett comer tudo se estiver gostoso.

– Tá bom amor. Vamos Emmett, lá ver o que a nossa irmã aprontou na


cozinha. – Ele falou empurrando Emmett para fora do quarto.

*******

Pov. Jasper
– Alice! Amor você está... acordada? – Eu vi que ela dormia com um lindo
sorriso no rosto. Resolvi ir tomar um banho para depois deitar ao lado dela e
descansar um pouco.

Durante o banho eu começei a lembrar alguns dos momentos que tive ao lado
dela. Quando a pedi em namoro e ela aceitou com o sorriso mais lindo que eu
já tinha visto.

Flashback on

Depois de uma noite de amor maravilhosa com ela eu tomei minha decisão.
Eu iria pedi-la em namoro e chama-la para morar comigo. Eu a queria ao
meu lado e longe daquela vida.

Estávamos em seu quarto no bordel.

Com ela deitada em meu peito eu acariciava seus cabelos gentilmente.

– Alice.

– Fala meu lindo. Tá com fome? Se quiser eu vou lá embaixo pegar algo para
você comer.

– Não. Eu não estou com fome, eu queria te fazer uma pergunta muito
importante, aliás, duas.

Ela sentou na cama enrolada com os lençóis, eu também sentei e segurei suas
mãos. Ela ficava tão linda depois de fazermos amor.

– Alice, sei que a gente se conhece há pouco tempo e sei também que tivemos
um começo meio conturbado, mas eu queria muito... Não. Eu quero muito que
você seja minha namorada, que seus sorrisos sejam dados somente para mim,
que seus beijos sejam somente para mim, que eu e somente eu toque seu
corpo. Quer namorar comigo e me fazer o homem mais feliz desse mundo?

Ela chorava e não falava nada, por um momento o medo me invadiu. Fiquei
com medo dela não aceitar, de me falar que não podia. De não me querer. Eu
não sei o que faria se ela me disse não.

– Alice, fala alguma coisa amor. Não chora... – Eu enxuguei as lágrimas que
escorriam pela face dela.
– Sim Jasper. Eu quero muito ser sua namorada. Eu quero que meus beijos
sejam somente seus, que os meus sorrisos sejam dados para você toda manhã
quando eu acordar ao seu lado, que você e somente você me toque e me faça
sentir a mulher mais linda, mais sensual, mais completa que existe nesse
mundo.

Agora eu sabia que as lágrimas derramadas por ela eram de felicidade. Eram
as mesmas que escorriam por minha face. Agora sim eu posso ser feliz por
completo. Eu a beijei como se nosso mundo dependesse daquele beijo, como
se estivéssemos selando um compromisso que iria durar para toda vida.

Eu separei nossos lábios e a olhei nós olhos. Nossa como eu amava aquela
mulher...

– Alice, eu quero que você vá morar comigo. Eu não quero mais que você
viva aqui e fique sujeita a esses homens que frequentam o bordel. Eu sei que
posso confiar em você com a minha alma, mas eu não confio nesses homens.
Vem morar comigo.

– Meu amor, eu não posso deixar a Bella e a Rose aqui. Elas são minhas
amigas, mais que isso, elas são minha família. Eu te prometo que enquanto eu
continuar aqui, eu não vou mais descer para o salão e que não aceitarei mais
nenhum trabalho. Eu não quero mais essa vida, mas eu quero ficar aqui com
elas, pelo menos por enquanto. A Bella vai entender e vai colocar outra
menina em meu lugar.

– Ok. Eu confio em você e na Bella para te proteger. – Eu falei beijando-a.

– Seu bobo. Eu te amo Jasper Cullen.

– Eu te amo mais Alice Brandon, futura senhora Cullen.

Ela gritou de alegria e se jogou em meus braços e nos amamos mais uma vez.

Flashback off

Terminei meu banho e fui para o quarto. Ela estava acordada e sorrindo para
mim.

– Oi dorminhoca. – Fui até ela a beijando.

– Oi amor, como estava o bolo? – Ela perguntou sentando na cama.


– Não estava ruim, mas também não estava tão bom quanto e da minha mãe.
Mesmo assim guardei um pedaço para você, quer que eu vá buscar?

– Não agora, mas quero que você traga um pouco d’água para mim. Será que
o meu amor tão lindo pode fazer isso para mim?

– O que você não me pede sorrindo que eu não faço sorrindo mais ainda.
Volto já.

Pov. Narrador

Alice ficou no quarto sozinha e sabia que esse seria o momento de contar para
ele que ele seria pai. Ela acariciou a barriga mais uma vez.

– Ai neném, será que ele vai ficar feliz? Talvez ele não queira ser pai agora.
Talvez seja muito cedo... Mas você já existe e eu vou ter que contar. Ai meu
amorzinho, eu já te amo tanto.

Ela foi até o banheiro e abriu o armário de limpeza tirando de lá o exame.


Levou para o quarto e colocou em baixo do travesseiro. Esperou que ele
voltasse.

– Aqui está sua água. – Ele entregou para ela e sentou ao lado dela.

– Jasper, você seria um bom pai sabia?

– Como assim amor? Por que você está falando isso? Não vai dizer que você
tá querendo encomendar o nosso agora. Eu topo a ideia. – Ele sorriu
malicioso. Jasper era um homem sério, mas ele tinha lá seus momentos de
brincadeiras e por que não de safadeza.

– Sabe amor eu ia amar ter uma menininha com esse seu sorriso, com a cor
dos seus olhos escuros. – Ela falou acariciando o rosto dela.

– E se for um menino sério e com seus olhos claros? – Ela perguntou feliz por
saber que ele não iria ficar chateado.

– Sabe amor, quando acontecer eu vou ficar muito feliz, por que vou ter um
filho que vai ser a união final do nosso amor. E tanto faz se for menino ou
menina ele vai ser muito amado ou amada.
Ela puxou o exame de baixo do travesseiro e colocou nas mãos dele.

– Pois acho bom a gente começar a se preparar por que daqui a sete meses
teremos mais um Cullen fazendo a alegria dessa casa.

– Como assim amor? Você está... Vamos ter um filho?

– Abre amor...

Ele abriu e assim como ela, só conseguia ver o nome POSITIVO. As lágrimas
que escorriam pela face dele não permitiam que ele enxergasse mais nada.

– Ele a ergueu em seus braços e girou com ela pelo quarto.

– Amor para eu vou ficar tonta... – Ela gargalhava junto com ele.

– Ok amor... Como eu não notei os sintomas, que tipo de médico eu sou? Os


enjoos, a fome que aumentou, seu corpo mudando. Obrigado amor... Eu te
amo. Te amo, te amo.

– Eu também te amo, muito.

Eles acariciavam a barriga que guardava o ser mais precioso para eles.

Escutaram os gritos de Nessie e sorriram

– Emmett eu vou matar você... Oh mãe, manda o Emmett parar de rir do meu
bolo, se não eu acabo com a raça dele e deixo a Rose viúva antes de casar.

– Vamos descer e contar a novidade antes que aconteça um assassinato aqui. –


Jasper falou a beijando.

– Vamos e para acalmar os ânimos eu vou dizer que estou com desejo de
comer certo bolo de alguém nervosinha lá embaixo.

– Isso, mas será uma boa? O bolo da Nessie pode ter fazer mal.

Eles riram.

– Antes de descermos quero que saiba que vou fazer o possível e o impossível
para fazer você e nosso filho ou filha muito feliz.

Jasper disse.

– Eu acredito em você amor afinal * “você me deixou esperando tempo


demais.”
Disse Alice.

Jasper inclinou a cabeça como um bom cavalheiro.

– * “Desculpe senhora.”

Eles sorriram felizes um para o outro.

*Eclipse

Pag. 218

Capítulo 38 vingança: Um pouco de paz

Pov. Edward

Meu coração deu solavanco ao ouvir a voz do meu filho.

– Gabriel?

Ouve um alvoroço na sala. Todos queriam saber se era ele. Se ele estava bem.
Eu pedi que fizessem silencio.

– Papai você pode me buscar?

Ele disse em sua vozinha infantil.

– Filho onde você está?

– No shopping papai. A vovó Liz me deixou aqui e pediu para uma moça ligar
para você vir me buscar.

Eu mal respirava.

– Gabriel a moça que está com você, ela está ai perto?

– Aham.
– Eu preciso falar com ela?

Pude ouvir ele a chamando.

– Moça meu papai quer falar com você.

Em seguida uma voz feminina.

– Alô.

– Oi eu sou Edward Cullen. Você está com meu filho onde?

– Estamos no estacionamento. Uma senhora o deixou sentadinho no banco


aqui fora e pediu a mim que ligasse para o pai do menino. Quando fui
questionar ela saiu correndo e entrou em um carro e foi embora. Eu fiquei
nervosa. Olha não quero me meter em confusão.

– Tudo bem moça eu só peço mais um favor. Se pode esperar até que eu
chegue ai para buscá-lo?

Ela suspirou.

– Prometo que não vou envolvê-la em nada.

– Certo eu espero. Jamais deixaria um menininho sozinho.

– Obrigado. Desculpe qual é o seu nome?

– Sara Meyer.

– Ok. Obrigado Srta. Meyer eu estarei aí em 10 minutos.

Desliguei e todos me encaravam.

– Ele está bem.

Todos suspiraram aliviados.

– Eu vou buscá-lo.

Bella se levantou.

– Eu vou com você.

– Claro amor.

Eu a abracei.
– Ele disse o que aconteceu?

Meu pai perguntou.

– Sim estávamos certos. Ele estava com Elizabeth.

Todos queriam mais explicações, mas essas nem eu mesmo as tinha. O que eu
queria agora era colocar meus braços em volta do meu filho.

Eu, Bella e os policiais fomos para o shopping. Eu estava sendo seguido pela
policia, mas nunca em minha vida cometi tantos delitos no trânsito. Espero
que os policiais atrás de mim entendam.

Em menos de dez minutos eu estava no estacionamento do shopping e mesmo


dentro do carro eu vi meu menino sentado em um banco com uma moça ao
lado.

Bella já chorava e a mim faltava pouco.

Saímos do carro e fomos correndo ao encontro de Gabriel. Eu e Bella o


abraçamos.

Então eu chorei. Discretamente para não assustar meu filho.

– Ai... vocês estão me esmagando.

Gabriel reclamou.

Eu e Bella rimos. Riamos e chorávamos.

Bella continuou abraçada a Gabriel perguntado se ele estava bem.

Sua reposta foi que estava com fome.

Eu fui até os policiais que estava conversando com a moça que havia ligado.

– Oi eu sou Edward Cullen o pai do Gabriel.

Estendi minha mão para ela e nos cumprimentamos.

– Oi eu sou Sara. Seu filho é um encanto. Ficamos conversando enquanto


esperávamos.

– Sr. Cullen. - O delegado me chamou - A Srta. Meyer não tem muitas coisas
a dizer sobre o sumiço do seu filho...
Eu o interrompi. Dava pra ver que a moça estava assustada. E ela não tinha
nada a ver com o sumiço de Gabe. Os policiais a estava assuntado.

– Acho que Srta. Meyer merece ser deixada em paz. Ela prestou um grande
favor ao ligar me avisando sobre meu filho e cuidou dele até eu chegar. Acho
que ela fez mais que muitos fariam. Obrigado Srta. Meyer.

– Por nada. Tchau Gabriel.

Ele foi até ela abraçá-la.

– Tchau Sara. Se você quiser eu posso te ensinar a jogar vídeo game uma hora
dessas. Papai a Sara não sabe jogar vídeo game.

Ele disse espantado. Esse era meu filho.

Rimos.

No carro eu e Bella perguntamos a ele o que havia acontecido.

– A vovó Liz me chamou quando eu estava brincando com a Jane. Ela disse
que tava com saudade de mim e pediu para eu ir com passear com ela. Ela
queria me dar uns presentes. Ai eu falei que tava com a Bella e ela disse que ia
avisar a Bella depois ai nós fomos passear. A vovó meu levou no parque.
Compramos pipoca. Sorvete. E ela comprou o game que eu queria e não
estávamos achando, Bella. Olha só.

Ele mostrou uma sacola de uma loja que não era de Raymond e sim de Miami.

– Quando eu chegar em casa eu quero jogar. Vamos né Bella?

– Claro querido.

– A vovó Liz disse para eu dizer par você papai que ela está com muita, muita
saudade de você.

Eu e Bella trocamos um olhar cúmplice. Não podíamos falar nada do que


pensávamos na frente do Gabe.

– Filho papai quer te pedir que quando a vovó Liz quiser te levar pra passear
você avise ao papai ou a Bella antes de ir ta bom?

– Ta.

Por mim ela não chegaria mais perto dele, mas era sempre bom avisar a ele
caso ela conseguisse.
Ao chegarmos em casa todos abraçaram Gabe, mas se controlaram. Eu já os
havia avisado que Gabe não entendia o que havia acontecido.

– Tio Emmett a vovó Liz comprou aquele game que eu tanto queria vamos lá
no quanto jogar?

Emmett assentiu e foram.

Quando estávamos sem a presença de Gabriel finalmente podemos conversar


sobre o ocorrido.

– O que ela quis com isso?

Jasper perguntou-se.

Nenhum de nós tinha a resposta.

– Dar um aviso talvez.

Eu disse.

– Aviso? Que tipo de aviso?

– Que vai estar sempre por perto. Vai nos infernizar.

– Ela precisa ser presa. Urgente.

Jasper disse.

– Ou morta.

Todos olharam assustados para meu pai. Que havia proferido estas palavras.
Agradeci por minha mãe não estar presente

– Eu vou contratar seguranças. Nada de ostensivo só para vigiar de longe.


Principalmente o Gabe.

– Acho que deve contratar seguranças para a Bella também Edward.

Rose disse.

– Para mim?

– Você é a pessoa que ela mais odeia. Se esse foi um aviso... Não sei tenho
medo que ela possa tentar feri-la.

Eu não havia pensado nisso. Rose estava certa.


– Por favor, amor.

Eu disse a Bella. Olhei em seus lindos olhos castanhos.

– Tudo bem, mas não acho necessário. Eu sei me cuidar.

Então ficou decidido que seguranças iriam cuidar da segurança de toda a


família.

Pov. Bella

Duas semanas depois.

Após aquele susto. Tudo voltou ao normal. Bom quase. Dois seguranças que
mais pareciam dois armários ambulantes me seguiam aonde quer que eu fosse.
Bom pelo menos eles era discretos e ficavam a uma distancia considerável.
Mais dois do mesmo porte seguiam e protegiam Gabe.

Depois destas providencias Edward ficou mais tranqüilo e pudemos seguir


com nossas vidas.

A policia de Raymond estava se sentindo afrontada por Elizabeth estar tão


próxima e não conseguirem pega-la.

Eles intensificaram as buscas, mais ainda nada.

Hoje eu iria mais cedo pra casa. Gabriel estava com Tânia que havia vindo
para ficar uns dias. Então eu iria preparar uma surpresa para meu noivo que
andava muito estressado com tanto trabalho e também com as preocupações
que o quase seqüestro de Gabe nos trouxe.

**

Olhei mais uma vez para a mesa arrumada.

As flores e velas estavam no centro da mesa. As dicas de Alice foram ótimas.


Meu jantar e de Edward seria maravilhoso.
Estávamos precisando disso um pouco de paz eu só não sei se teria coragem
de fazer aquilo que Alice sugeriu.

Na verdade eu era um pouco tímida. Alice me garantiu que Edward iria amar.
Por via das dúvidas tudo estava preparado no nosso quarto. Quando nosso
jantar acabasse eu iria à frente e...

Ouvi o barulho da porta se abrir e meu coração acelerou. Normal. Ele sempre
tinha este efeito sobre mim.

Eu estava ao lado da mesa na sala de jantar que quase não usávamos.

Eu me vesti de acordo. Ideia de Alice claro. Queria impressioná-lo. Eu usava


o vestido que ele mais gostava que eu usasse. Era longuete azul de seda, bem
justo. Frente única. Coloquei uma sandália preta alta. Caprichei no cabelo e
uma maquiagem leve. Eu geralmente não usava maquiagem, mas hoje era
diferente.

– Bella?

Ele me chamou e ouvi seus passos me procurando pela sala e cozinha.

– Aqui Edward.

Eu falei com a voz rouca. Devia ser os nervos.

Ele apareceu em meu campo de visão.

Como era lindo! Eu me preparei o dia todo e garanto que não chegava aos pés
de sua beleza. Ele estava com um terno cinza claro que o deixava divino.

Ele olhou a mesa e depois para mim e sorriu safado. Um sorriso torto lindo.

– Hum... estou esquecendo alguma data?

Eu sorri.

– Não... é ... só um jantar...

Ele olhou tudo que eu havia arrumado.

– Está tudo muito bonito.

Ele disse se aproximando de mim.

– Que bom que gostou.


Eu disse fraquinho por que ele já estava com suas mãos em minha cintura, seu
rosto próximo ao meu me deixando sem ar.

– Eu tenho que me desculpar com você amor.

Edward disse. Eu não entendi.

– Por quê?

– Por simplesmente não ter dito a você o quanto está linda esta noite. Eu
deveria ter dito isso assim que pus meus olhos em você.

Eu sorri corando com seu elogio.

– Obrigado. A sempre tempo de se concertar um erro.

– Eu vou tomar um banho rápido. - ele beijou meu pescoço - Para ficar a
altura da minha noiva.

Eu me arrepiei.

– Certo. O jantar será servido em 15 minutos.

– Ok. Já volto.

Ele me deu selinho e foi para o quarto.

Fui até a cozinha espiar nosso jantar. Já estava tudo quase pronto só o prato
que estava no forno é que ainda não estava pronto.

Eu havia preparado algo leve por que ultimamente tudo o que eu comia eu
enjoava. Eu precisava ver isso logo. Saber se eu estava mesmo grávido ou
não?

Amanhã eu iria atrás disso. Não agüentava mais essa dúvida, mas em meu
intimo eu achava que sim. Que eu esperava um filho de Edward.

Ele voltou para a sala de jantar onde eu acabava de colocar o prato principal a
mesa.

Ele estava vestido casual. Uma calça caqui clara e camisa branca. Ainda mais
delicioso do que antes.

– Nossa! O cheiro está ótimo, Bella.

– Obrigado. Espero que o gosto também esteja.


– Que tal tomarmos um bom vinho?

Edward perguntou.

– Claro.

Eu não deveria tomar já que talvez estivesse grávida, mas iria arriscar somente
hoje.

Ele voltou com uma garrafa de vinho tinto e nos serviu.

– Então ao que vamos brindar?

Ele perguntou ao se sentar a mesa.

– Hum... a nós.

Ele sorriu.

– Então a nós.

Jantamos e conversamos sobre coisas amenas. Evitávamos falar sobre os


últimos acontecimentos. Elizabeth era assunto proibido. Não deixaríamos que
ela interferisse em nossa felicidade.

Pelo visto Edward amou o jantar que preparei. Após jantarmos e limparmos a
bagunça fomos para a sala desfrutar um da companhia do outro.

Eu comecei a me sentir nervosa com o que estava prestes a fazer. Edward não
me ajudava muito, já que no sofá em que estávamos sentados bem próximos,
diga-se de passagem, ele beijava meu pescoço passava suas mãos por meus
braços dando a entender o que queria.

Essa era à hora.

– Amor eu vou indo para o nosso quarto em 15 minutos você vai, ok?

Ele franziu as sobrancelhas.

– Porque todo este mistério Bella? Por que não posso ir com você agora?

Eu sorri e deixei meus lábios pairando sobre os dele.

– É uma surpresa que preparei pra você. Tenho certeza que vai gostar.

Ele sorriu sacana.


– Ok. Em 15 minutos nem um a mais estarei lá.

Eu sorri e sai em direção ao quarto.

Pov. Edward

Qual seria a surpresa?

Era só nisso que eu pensava.

E desde quando 15 minutos demoravam mais que uma hora?

Fiquei andando de um lado pro outro na sala.

O que será que ela estava aprontando?

Olhei novamente o relógio e finalmente os 15 minutos haviam passado.

Fiquei tentado a me demorar mais pra talvez fazê-la também ficar impaciente,
mas neguei este pensamento. Eu estava por demais ansioso.

A porta do nosso quarto estava aberta entrei, mas nenhum sinal de Bella.

– Bella?

Eu a chamei.

A luz do banheiro estava acesa. Ela estava lá.

– Edward, por favor, sente-se na cama e aguarde só um pouquinho.

Ela me respondeu.

Sentei como ela disse na beirada da cama. Já não agüentava mais de


ansiedade.

Ela apareceu na porta estava usando um casaco preto de couro amarrado em


sua cintura. Ele era comprido até os joelhos. Sandálias pretas altíssimas. Sua
maquiagem estava mais forte que durante nosso jantar.

Ela estava de tirar o fôlego. Meio selvagem.


Eu engoli em seco.

Ela sorriu pra mim de onde estava e eu repeti seu gesto.

– Eu espero que goste do que eu vou fazer.

Ela disse timidamente. Eram incríveis essas facetas que ela tinha. Uma hora
selvagem e sexy. Em outra tímida e recatada.

– Bom eu ainda não sei o que vai fazer, mas com certeza eu vou gostar.

Eu disse a ela. Ela foi até a chave de luz e escureceu o quarto deixando um
ambiente carregado de erotismo.

– Você já vai ver o que vou fazer... Eu nunca fiz antes, mas sempre tive
vontade. – Ela mordeu os lábios. Indo até o aparelho de som. Quando os
acordes da música começaram, eu sabia que estava fudido.

– Espero que aprecie Edward. E fique aí onde está.

Ela disse num sussurro começando a movimentar lentamente seu corpo.

Eu estava totalmente hipnotizado pela minha noiva. Minha mulher dançando


lentamente para mim.

Seus movimentos eram sensuais.

Minha respiração ficou rápida e superficial.

Será que meu coração agüentaria?

Logo em seguida tive a resposta quando ela começou a abrir o casaco preto
como dizia na música. E pior ela cantava a música sempre olhando pra mim.

Quando o casaco saiu de seu corpo e revelou um lindo lingerie de cetin azul
com detalhes em renda preta. Eu pirei.

Ela começou a passar as mãos por seu próprio corpo sempre me olhando. Seus
olhos castanhos mostrando toda a luxúria do momento. Eu estava igual. Meu
corpo respondendo a visão. Querendo-a agora. Eu estava excitado. Excitado
não era a palavra correta. Eu estava louco de desejo. Quase explodindo.

Bella continuava dançando roçando seu próprio corpo com as mãos.

E eu? Eu estava de boca aberta quase babando.


Ela ameaçava tiras seu sutiã, mas voltava me deixando quase desesperado.
Tudo me fazia salivar por ela. Seu corpo. Seu lingerie. Ela em cima daqueles
saltos.

O fim foi quando de costas para mim ela rebolou. Não agüentei. E fui pra
cima dela pegando-a por trás.

– Edward... não...

– Não pode achar que fazendo isso eu iria ficar parado assistindo não é meu
amor?

Sussurrei em seu ouvido.

A virei bruscamente para mim e ataquei seus lábios. Com fome e ânsia.

Ela não me decepcionou e correspondeu a altura.

Nossas línguas desesperadas uma pela outra.

Levei-a até a cama a jogando sobre ela. Retirei minha camisa e logo me juntei
a ela. Meu corpo sobre o seu.

E comei a cantar a música em seu ouvido.

As roupas já não eram mais necessárias. Hoje não seria calmo. Seria
selvagem. Bella despertou um lado meu até pouco desconhecido. Agora ela
teria que arcar com o que conseguiu com seu showzinho.

– Vou me enterrar em você Bella. Duro e forte até você não agüentar mais.
Seu show fez um grande estrago.

Ela arregalou seus belos olhos.

– Você... Você não gostou?

Eu sorri e neguei com a cabeça.

– Não. Eu não gostei. Eu adorei. Eu amei. Só que há conseqüências e


conseqüências muito prazerosas.

Não a deixai falar e a beijei forte.

Retirei seu lingerie em tempo recorde e também o restante de minhas roupas.


Ataquei seu pescoço com lambidas e sugadas. Minhas mãos em todos os
lugares. Beijei seus seios e dei até uma mordida mais bruta do que
normalmente faria.

Ela gemeu de dor ou de prazer. Não sei dizer.

– Ai...

Não consegui me senti mal. O desejo aflorado pelo que ela fez. Por ela era
maior.

Continuei adorando e reclamando seu corpo até não agüentar mais. Ela
também me provocava raspando suas unhas em minhas costas e peito.
Arrepiando-me.

– Provocadora...

Ela riu safada.

Coloquei meu membro em sua entrada e a penetrei. Ambos soltamos um


gemido forte.

Logo estávamos nos amando feitos loucos.

Suor.

Gemidos.

Todas as posições imagináveis.

– Edward eu vou...

Ela avisou quando estava próxima do prazer.

– Sim meu amor vamos juntos.

Era a quinta vez na noite que ambos chegávamos ao ponto alto de nosso amor.

Que noite!

Inesquecível.

Mais uma noite em que amor e sexo se uniram.

Capítulo 39 Vingança: Um grande momento

Pov. Bella
Eu e Edward estávamos dormindo agarrados quando o meu telefone celular
tocou.

No identificador eu vi que era Rose e era 4hs da manhã. Eu estava cansada.


Minha noite com meu amor havia me cansado muito. Não que eu estivesse
reclamando.

Mas pra Rose ligar este horário deveria ser algo serio.

– Alô. - Eu disse bocejando - Rose aconteceu algo?

– Oi Bella desculpe à hora, mas é Alice. Ela está em trabalho de parto. Ela já
foi pro hospital Jasper ligou avisando. Mas ela nos quer lá ao lado dela.

Uma grande emoção tomou conta de mim.

Minha querida amiga iria dar a luz. Meu afilhado iria nascer.

– Claro Rose. Obrigado por avisar já estou indo pra lá.

Edward já estava acordado.

Eu o abracei.

– O que foi?

Ele perguntou com a voz rouca de sono.

– Nosso afilhado resolveu vir ao mundo.

Ele sorriu.

– Sério?

Eu assenti.

– Nossa! Jasper deve estar louco. Vamos pro hospital.

– Claro.

Arrumamo-nos e fomos ao hospital. Onde todos já esperavam.

– E ai Bella, Edward. - Emmett disse assim que chegamos ao hospital. - O


monstrinho da Alice e do Jasper resolveu nascer.
Rose deu tapa na cabeça dele.

– Para de falar merda Emmett.

– Ué o menino se chama Jason e resolve nascer justo hoje.

Não entendemos.

– O que tem de errado com hoje Emmett?

– É sexta-feira 13.

Olha eu juro que tentei não rir, mas Emmett era sem noção.

– Cala boca animal! - Nessie disse me abraçando. - Ai mais um sobrinho. Mas


ta na hora de alguém fazer uma menininha né?

Eu vi Edward ir até Jasper que estava andando de um lado pro outro nervoso.

– E ai mano? Muito nervoso?

– Nossa! Muito Edward. Não consigo ficar quieto.

– Você não vai assistir ao parto?

Eu perguntei me aproximando deles.

– Vou, mas é que hoje eu sou o pai e não o médico. Só posso entrar quando o
médico autorizar.

– Carlisle está fazendo jogo duro com você é?

Rose perguntou a ele.

Nós rimos, mas percebi que Jasper estava muito nervoso.

– Calma Jasper. - eu disse colocando minha mão em seu ombro. - Vai dar tudo
certo.

Carlisle chegou naquele momento e nós todos o rodeamos com perguntas.

– Houve um pequeno problema.

Meu coração se sobressaltou.

– O que? O que houve?


– Calma gente não é nada de mais. Só que em vez de parto normal terá que ser
uma cesariana. Jason é muito grande. Achamos melhor tanto para Alice
quanto para o bebê. E Jasper. Pode se preparar em 30 minutos começa a
cesariana.

Carlisle e Jasper saíram e nós ficamos todos unidos esperando pela chegada de
mais um membro da família.

Após receber vários xingões de Rose, Emmett parou de chamar meu afilhado
de monstrinho.

Uma hora e meia se passou até que Jasper com um sorriso que não cabia em
seu rosto apareceu.

– Então?

Eu perguntei já angustiada.

– Ele nasceu e está ótimo assim como Alice. E gente... ele é lindo. A cara de
Alice.

Todos o abraçamos o parabenizando.

– Vou comprar charutos.

Emmett disse e todos gargalharam.

– Quando vou poder ver meu neto, meu filho?

Esme perguntou a Jasper. Eu também queria saber quando poderia vê-los.

– Ele agora está passando por uma bateria de exames que é de praxe e logo e
vai para o quarto com Alice. Depois de mim vocês poderão entrar dois de
cada vez.

Em seguida Jasper saiu novamente para ver como estava o filho. Ele estava
radiante.

**

– Bella, Rose?

Jasper nos chamou

– Alice que ver vocês primeiro.


Eu beijei Edward e eu e Rose seguimos Jasper pelos corredores do hospital.

Chegamos à maternidade e entramos no quarto em que Alice estava segurando


seu pequeno bebê.

Eu e Rose paramos a porta emocionadas. Nossa amiga era mãe.

Ela levantou seus olhos e nos encarou com os olhos.

– Minhas grandes amigas venham conhecer meu pequeno Jason. Meu lindo
filho.

Aproximamo-nos uma de cada lado da cama em que Alice estava.

Alice estava amamentando Jason. Uma das cenas mais lindas que eu já havia
visto. E não era somente eu. Rose já chorava.

– Tem que me fazer chorar né sua cadela.

Rimos. Estávamos tomadas pela emoção. Três amigas que se conheceram em


um bordel. Que não imaginavam que suas vidas tomariam este rumo. Nos três
estávamos presentes em tantos momentos difíceis umas das outras e agora
estávamos vivendo a emoção da maternidade.

– Não seria completo e perfeito se vocês não estivessem aqui.

Alice disse.

– Sempre ficaremos juntas Alice. Aconteça o que acontecer nossa amizade é


pra sempre.

Eu e Rose abraçamos Alice ao mesmo tempo. Olhamos para Jason que nos
olhava atentamente.

– Alice ele é tão lindo.

Rose disse já apaixonada pelo filho de Alice.

– É obvio que é. Meu marido é um gato e eu não sou de se jogar fora. O que
queriam?

Eu ri.

– Me deixa ver meu afilhado Alice.


Cheguei mais perto e beijei o rostinho daquele anjinho. Ele era realmente
muito parecido com Alice como Jasper havia dito.

– Oi lindinho.

Mas ele nem me deu bola estava ocupado se alimentando.

Aquele dia foi incrível. Todos praticamente passamos o dia no hospital nos
revezando nas visitas a Alice e Jason.

Aquela primeira noite Jasper iria passar com Alice no hospital e na outra noite
seria minha vez. Alice teria que ficar três dias no hospital devido à cesariana.

Pov. Elizabeth

Meses escondida.

Meses vivendo a sombra.

Uma mulher como eu não era mulher de viver a sombra.

Tudo por culpa daquela ordinária.

Isabella Swan.

Mas ela iria pagar caro.

Só de uma coisa eu tinha certeza. Ela não ficaria com Edward.

Meu filho iria se livrar daquela mulher. Daquela bruxa que o havia
enfeitiçado.

Logo após eu contar a Edward sobre a pasta em que a rameira guardava fotos
minhas, de Edward e todo seu plano de vingança. Eu fugi para Miami com a
certeza de que Edward não a perdoaria.

E foi assim por alguns meses até ele fazer a cirurgia e voltar com aquela
mulher.

Ela deve ter se aproveitado da fraqueza que ele sentia após fazer a cirurgia.
Então voltei a o Mississipi. Não para Raymond que daria muito na cara, mas
em Bolton a capital. Era próximo de Raymond e bem maior, e se eu tomasse
os devidos cuidados, não me achariam. E vinha sendo assim nos últimos
meses.

Claro que contei com meus parceiros.

James e Mike Newton, que havia colocado sua amante Jessica aos meus
serviços. Eu precisava de uma empregada no apartamento onde eu morava e
tinha que ser de confiança.

Essa menina era um potencial problema, pois dizia gostar da vadia.

Mas ela não tinha peito para me enfrentar ou enfrentar Mike Newton e
acabava fazendo tudo o que mandávamos.

Após eu pegar Gabriel no shopping eu tinha certeza que Edward veria que
aquela Isabella não seria mulher suficiente para ser responsável por uma
criança, mas enganei-me novamente.

Edward estava cego.

Isso não ia adiantar mais. Eu precisava de algo mais forte e mais poderoso que
pudesse separá-los e a única coisa quer vinha a minha mente era. Morte.

Isabella Swan precisava ser eliminada.

Precisava morrer.

**

– Você está louca Elizabeth?

James bufou sentando confortavelmente em meu sofá. Estávamos no meu


apartamento.

Eu pedi a ele que se calasse. Jessica entrava naquele momento na sala para
servir um chá.

Após servir pedi a ela que se retirasse.

– Não posso ter ouvido direito.

– Pois você ouviu muito bem James. Eu quero que você mate Isabella Swan.
– Olha Elizabeth, eu já fiz varias coisas nessa vida, mas assassinato não está
incluído entre elas.

– Bom está na hora de começar então.

– Não Elizabeth eu não vou matá-la. Ela nunca me fez nada.

A raiva por este verme começou a me dominar.

– Você vai matá-la por que eu estou mandando.

Ele me encarou.

– Você não manda em mim.

– Nós podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil James, você que
escolhe. Eu vou explicar melhor. Eu tenho varias provas de seu envolvimento
em diversas coisas escusas que não ficariam bem a um prefeito. Então...

– Está me ameaçando Elizabeth?

– Veja como quiser.

– Eu posso começar minha caminhada no mundo dos assassinatos, mas não


seria Isabella Swan o meu alvo.

– Está me ameaçando James?

Ele sorriu cínico.

– Entenda como quiser.

Imbecil.

Acho que não poderia contar com este idiota para resolver meu problema.

Eu teria que fazer tudo sozinha.

Pov. Bella

Eu havia trabalhado o dia todo no estúdio e agora me encaminhava para o


hospital onde Alice estava. Hoje era a minha vez de passar a noite com ela.
Parei em uma loja de roupinhas de bebê e comprei algumas coisas para meu
afilhado.

Eram tantas coisas lindas. Fiquei imaginando quando fosse comigo. Esqueci
que havia decidido verificar se eu realmente estava grávida, mas com o
nascimento de Jason acabei esquecendo. Bom eu estaria em um hospital e lá
eu poderia tirar esta historia a limpo.

Estacionei meu carro e pelo retrovisor eu vi que a três carros de onde eu


estava os meus seguranças também estacionavam.

Era estranho andar acompanhada por estes homens que cuidavam de minha
proteção. Eu realmente não achava necessário. Eles eram legais
aparentemente já que se mantinham sempre discretos. Eu sabia que o maior se
chamava Frank o outro que tinha uma cara de mau era Bob. E era só. Edward
era que mantinha maior contato com os dois.

Sai do carro e fui para o hospital. Segui diretamente para o quarto de Alice ao
chegar lá encontrei Esme paparicando o neto mais novo.

– Boa noite.

Eu disse ao chegar.

Elas me cumprimentaram. E fui dar um cheirinho no meu afilhado.

Ele estava tão cheiroso. Aquele cheirinho de neném.

– Hum que cheirinho bom. Acho que alguém tomou banho.

Eu disse beijando Jason que estava no colo de Esme. Alice estava quieta.

– O que foi Alice?

– Dor.

Ela disse.

– Hum e já tomou algo pra dor?

– Já sim. Mas não passa eu pedi outro remédio, mas as enfermeiras só sabem
dizer que é normal. Normal o caralho!

Eu e Esme rimos. Alice não suportava dor.


– Imagina se ela tivesse feito parto normal. Os gritos seriam ouvidos até o rio
Mississipi.

Esme disse e eu ri ganhando uma cara feia de Alice.

– Onde está Jasper?

Eu perguntei.

– Você que deve saber ele está com Edward.

Alice falou.

– Ah, me lembrei que os meninos vão fazer um charutomodro hoje.

– Cha... O que?

Eu ri.

– A Nessie que inventou esta palavra. - Eu disse rindo. – Emmett, Jasper,


Carlisle e Edward estão provavelmente na sua casa Esme, fumando charutos
em comemoração ao nascimento do Jason.

– Ainda bem que estou aqui. Já pensou ficar em casa com aquele cheiro. Vou
ter que abrir todas as janelas para sair o fedor.

Eu e ela continuamos a rir.

– Ué, mas nenhum deles fuma. Como é que vão fumar charutos?

– Bom. Edward me explicou que é uma tradição. Que eles mais enrolam do
que verdadeiramente fumam.

– Coisas de homem querida.

Esme disse a Alice.

Jason começou a resmungar no colo de Esme.

– Acho que o neném da vovó fez um presente.

A cara de nojo de Alice foi impagável.

– Alice como vai cuidar do seu filho se cada vez que ele encher a fralda você
fizer esta cara de nojo?

– É Alice por enquanto estou aqui, mas não será sempre.


Esme disse.

– Eu sei. Eu sei. Tenho que superar isso afinal é meu lindo filho.

– Ah, eu trouxe presentes.

– Bella não precisa.

– Mas que madrinha eu seria se não paparicar meu afilhado.

Olhei as sacolas e vi que faltava uma. Justo a das roupinhas que eu mais tinha
gostado.

– Ah droga! Esqueci no carro uma sacola. Eu vou lá buscar e já volto.

Sai do hospital em direção aonde havia deixado meu carro estacionado. Fui
caminhando pelo acostamento da rua que não era muito movimentada.

Agora eu me arrependia de não ter deixado o carro mais perto.

De repente eu ou ouço um carro acelerando em minha direção. Ao me virar


para trás um carro em alta velocidade vinha diretamente ao meu encontro.
Tento me desviar da rota de colisão, mas já é tarde.

– CUIDADO!

Alguém grita. O carro bate em meu corpo com um baque surdo eu caio na
estrada e tudo a minha volta escurece.

Capítulo 40 Vingança: Abençoando nosso amor

Pov. Edward

Eu não consegui parar de rir. Emmett tentando fumar um charuto devia ser a
coisa mais engraçada na face da terra.

Fumando não. Tentando.

Ele tragava e em seguida tinha um acesso de tosse e ficava vermelho como um


pimentão.

– Emmett é melhor você parar.

Carlisle disse.
– Que nada... pai...eu to...bem.

Ele disse mal conseguindo respirar.

Eu e Jasper não agüentamos e gargalhamos mais uma vez. Até nosso pai nos
acompanhou.

Estávamos na casa dos nossos pais fazendo a tradicional reunião de charutos.


Era uma tradição boba que começou com o nascimento de Gabriel. Hoje era
por Jasper e seu lindo filho Jason.

Bella passaria esta noite com Alice para que Jasper pudesse descansar.

– Se você não para de tentar fumar este charuto, daqui a pouco vou ter que
fazer respiração boca a boca em você e essa é uma situação que eu não
pretendo passar.

Jasper disse rindo.

– Então Jasper? Como é a sensação de ser pai? É maravilhosa não é?

Eu perguntei ao meu irmão.

– Nossa nem fala! Mano é incrível.

Eu sabia o que ele estava sentindo. Eu já havia sentido quando Gabe nasceu e
pretendia sentir muitas vezes ainda com Bella ao meu lado.

– Eu quero ser pai logo, já avisei a Rose.

– E ela vai deixar isso acontecer?

Jasper perguntou para irritar Emmett.

– Para seu governo eu seria um ótimo pai. Já sou um ótimo tio pode perguntar
pro Gabe. Não é Edward?

– Vocês dois estão parecendo duas velhinhas. Um retrucando com o outro.

Estávamos tendo uma noite agradável. Só nós os homens da família bebendo e


tentado fumar charutos.

O celular de Carlisle tocou. Dificilmente isso não aconteceria. Ser diretor de


um hospital acarreta em grandes responsabilidades.
Ele se afastou para atender, mas sua expressão preocupada nos fez prestar
atenção ao que ele dizia.

– Mas ela está bem? Tem certeza? Bom, peça para o Dr.Danny atende-la e eu
já estou indo par ai.

– Algum problema pai?

Emmett perguntou.

– Eu... eu vou ter que ir até o hospital.

– Mas não era sua noite de folga?

Jasper perguntou.

– Sim... era mas..., Edward seu celular está com você?

– Está. Por quê?

Comecei a desconfiar de que algo estava errado.

– Os seguranças que você contratou para fazer a proteção de Bella ligaram... e


não conseguiram falar com você.

Ele disse serio.

– Do que você está falando pai? - Eu digo enquanto pego meu celular no bolso
da calça. Ele esta descarregado. - A bateria acabou. Eu não tinha percebido,
mas o que é que está acontecendo pai?

Ele respira fundo.

– Bella foi atropelada agora a pouco na frente do hospital.

Eu dou um pulo ficando em pé.

– Calma Edward ela está bem. Já está sendo atendida...

Mas não deixo meu pai terminar de falar e saio correndo em direção ao meu
carro.

– Edward!

Ainda ouço meus irmãos me chamarem, mas não dou atenção.


Já estou no meu carro a toda velocidade. O coração acelerado. Minha Bella
machucada. Não.

O hospital não era longe então em minutos eu estava estacionando meu carro
em frente ao hospital. Meu pai e meus irmãos estacionavam logo atrás de
mim.

Quase não tive paciência para trancar o carro e de longe vi os seguranças se


dirigindo a mim. Fiquei furioso. Eles não estavam sendo pagos para protegê-
la?

– Depois eu falo com vocês.

Eu disse furioso. Eu precisava primeiro ver como Bella estava.

Entrei quase correndo no hospital e logo meu pai e meus irmãos me


alcançaram.

– Edward você tem que esperar aqui.

Jasper falou.

– Uma merda que eu vou esperar. Eu quero ver a Bella agora!

Eu disse olhando para meu pai. Ele tinha o poder de decidir isso.

–Se acalme Edward eu preciso primeiro ver realmente se está tudo bem. Ela
deve estar fazendo exames se acalme ok. Eu já volto.

Ele saiu. Custou-me muito, mas muito mesmo não sair atrás dele. Mas eu
respeito meu pai e sei que ele não me deixaria na mão.

Em seguida Rose chegou abraçando Emmett.

– O que aconteceu Rose?

Eu perguntei desesperado.

– Calma Edward ela está bem. De verdade.

Ela disse quando eu não demonstrei acreditar.

– Me fala o que aconteceu.

– Ela estava andando pela rua. Iria até o carro buscar um presente que ela
trouxe pro Jason, eu estava chegando aqui ao hospital ela não me viu eu fui
em direção a ela. Quando eu estava próxima um carro preto acelerou e partiu
para cima dela. Os seguranças gritaram para que ela tivesse cuidado, mas foi
tarde. Por sorte o carro não a pegou em cheio foi meio de lado.

– Espere! Está dizendo que o carro avançou para cima dela de propósito?

– Eu acho que sim e os seguranças também, além disso, o caro não parou para
prestar socorro. Foi muito estranho, Edward. O carro estava andando normal,
mas ai de repente acelerou. Parece que a viu e ai acelerou. Não sei.

Minha cabeça estava a ponto de explodir.

– Não viram quem estava dirigindo?

– Não já te disse o motorista fugiu.

– Depois eu vou conversar com os seguranças.

– Alice já sabe?

Jasper perguntou.

– Não achei melhor não falar nada, mas ela está desconfiada afinal Bella saiu
par ir até o carro e não voltou até agora.

Nesse momento meu pai voltou com a expressão mais despreocupada.

Eu conhecia meu pai sua expressão era de alivio então suspirei aliviado
também.

– Então pai? Como ela está?

– Está tudo bem meu filho. Ela deve uma queda feia bateu com a cabeça por
isso fizemos todos os exames, mas não há nada além de umas pequenas
escoriações e arranhões e...

Carlisle parou o que ia dizer.

– E?

– Bom. Isso ela mesma vai te contar.

Pra que o suspense.

– Fala pai é algo grave?


– Edward não escutou nada do que eu te disse? Ela está bem. Vá até o quarto e
veja você mesmo.

Não precisou falar duas vezes.

Fui até o quarto que meu pai disse e lá estava ela. Meu anjo.

Deitada na naquela cama de hospital. Ela estava serena. Acordada. Com o


olhar vago.

Eu cheguei à porta e fiquei a admirando e também acalmando meu coração.


Ela estava bem. Era o que importava.

Ela virou seu rosto encontrando o meu e seu sorriso foi de tirar o fôlego.

Eu nunca a havia visto sorrindo desta forma.

Por quê?

O que havia acontecido?

– Oi amor. Vai ficar ai só me olhando ou vai vir até aqui?

Ela disse sorrindo.

– Bella... não sabe o susto que me deu.

– Não foi nada amor eu estou bem.

– Eu sei, agora que estou te vendo eu sei. Mas... antes foi... horrível. Você tem
idéia de quanto eu amo você? Que eu não suportaria que qualquer coisa
acontecesse a você.

Declarei-me a ela. Eu precisava que ela tivesse a dimensão do quanto eu a


amava.

– Eu amo você Edward.

Ela disse simplesmente e suas palavras me aqueceram por inteiro.

Fui até ela e peguei sua mão que estava com um machucado e dei um leve
beijo.

– Eu... eu preciso te falar uma coisa.

Ela disse serena.


– Fala amor.

– Eu já... eu já estava desconfiada, mas não tinha certeza e bom com este
acidente acabou confirmando minhas suspeitas.

Eu não estava acompanhado.

– Do que está falando amor?

Eu falei olhando em seus lindos olhos que brilharam por conta das lágrimas.

– Eu estou grávida Edward.

Acho que eu estava ficando louco.

O que ela havia dito?

– O... que... o que você disse?

Ela sorriu lindamente para mim. Seus olhos castanhos brilhando de uma forma
incrível.

– Você vai ser pai novamente Edward. Eu estou grávida.

Meu coração não agüentaria de tanta felicidade.

Bella grávida.

Um filho.

Com a mulher que eu amava.

Um sonho. Até pouco tempo eu não sabia nem se viveria para ver Gabriel
crescer e agora eu não só o veria crescer como teria outro filho.

– Fala alguma coisa Edward. Você não...

Tapei seus lábios com meus dedos.

– O que está pensando? Que eu não quero? Bella... você está me fazendo o
homem mais feliz do mundo. Eu... eu não tenho palavras para dizer o que
estou sentindo.

Abracei e a beijei delicadamente.

– Eu amo você meu amor e você também. - eu disse beijando o abdômen


plano de Bella- meu filho... ou filha.
Bella passava seus dedos entre meus cabelos.

Olhei em seus olhos e vi um amor tão grande que me deixou sem fôlego.

– Precisamos contar ao Gabe.

– Nossa! Ele vai amar a idéia de um irmão.

– Acha que ele vai gostar mesmo?

Bella perguntou ansiosa.

– Claro que vai. Se for uma menina já vou avisá-lo como proceder.

Bella gargalhou.

Outra coisa veio a minha mente. Bella havia sido atropelada e já estava
grávida. Deus! Ela podia ter perdido o bebê.

– Bella me conte como aconteceu... este atropelamento.

– Eu não sei Edward... eu estava andando e de repente o carro veio na minha


direção.

– Rose disse que carro parece... que acelerou quando te viu. Você percebeu
isso?

– Não amor. Eu não percebi nada.

Eu fiquei pensativo algo me dizendo que talvez tivesse o dedo de Elizabeth.

– O que está pensando Edward?

Eu forcei um sorriso não era hora de preocupá-la.

– Nada meu amor. Daqui a pouco você vai ter alta e vamos pra casa. Amanhã
Gabriel estará de volta e contaremos a ele sobre a grande novidade.

Pov. Bella

Eu estava grávida.
Um filho.

Nossa! Nunca imaginei isso.

Eu estava radiante.

Quando o médico confirmou minhas suspeitas logo após eu ser levada ao


hospital por conta do atropelamento eu fiquei nas nuvens.

O desespero que eu havia sentido antes se dissipou na hora. Eu estava bem e


estava grávida. E o atropelamento não havia afetado meu bebê.

Ao contar a Edward eu vi em seus olhos o quanto ele ficou feliz e


emocionado.

Teríamos um filho.

Mais uma coisa para brindar nosso amor.

Como eu não tinha nada de muito grave fui liberada aquela noite mesmo e fui
pro apartamento com meu amor.

Não contamos aos nossos familiares com certeza Carlisle contaria a eles.
Preferimos fazer nossa comemoração a dois primeiro e queríamos contar ao
Gabe antes da comemoração com nossa família.

**

Estávamos em casa aguardando ansiosamente a chegada de Gabriel. Tânia


estava trazendo-o e logo ele chegaria após isso iríamos para casa dos pais de
Edward para o famoso almoço de domingo.

Acabávamos de tomar café quando ouvimos a campainha do apartamento.


Gabriel havia chegado.

Edward foi abrir e eu fui atrás.

Gabriel entrou como o furacão que era seguido por Tânia.

– E ai campeão não vai dar um abraço no papai?

Gabriel se jogou nos braços de Edward e eu fiquei imaginando nosso filho ou


filha fazendo o mesmo.

– Oi papai.
Logo em seguida ele veio me dar um abraço gostoso.

– Oi meu lindinho. Como você está?

– Eu to bem Bella a mamãe e eu passeamos um montão.

Eu ri do seu jeitinho.

– Oi Tânia.

Edward a cumprimentou. Ela sorriu

– Oi Edward. Oi Bella.

– Oi Tânia. Quer tomar café? Ainda está na mesa.

– Não obrigado. Tenho que ir para o aeroporto meu vôo é daqui ha uma hora e
meia.

Tânia se despediu de Gabe e logo partiu.

Então era a hora de falar com ele.

– Papai a mamãe me falou que a tia Alice já tem neném. É o Jason?

– Sim filho é isso mesmo. É o Jason.

– Eu quero conhecer ele.

– Você vai daqui a pouco vamos para casa da vovó Esme e ele vai estar lá.

Carlisle havia liberado Alice e ela e Jason estariam no almoço.

– Ah que legal! Será que ele vai poder jogar vídeo game comigo?

Edward riu.

– Querido ele é muito pequenininho. Ainda não vai conseguir jogar com você.

Eu disse.

– Ahh que droga!

Eu e Edward rimos do seu desapontamento e nos olhamos para ver quem de


nós começava o assunto.

– Gabe o papai tem que falar algo pra você.


Edward começou e Gabe fixou seus olhos no pai.

– Você vai ganhar um irmão ou irmã.

Gabe ficou quieto talvez pensando no que Edward estava dizendo.

– E ai ele vai jogar comigo né papai?

Ele disse docemente fazendo com que eu e Edward ríssemos.

– Claro querido.

Eu disse.

– E onde está meu irmão? Ele não pode vir agora?

Bom agora era minha vez.

– Não Gabe seu irmão ou irmã está aqui. – apontei para minha barriga. - Só
daqui alguns meses é que ele vai poder chegar.

Era difícil explicar isso para uma criança.

Ele ficou olhando fixamente para minha barriga.

– Meu irmão está na sua barriga Bella? Como ele entrou ai?

Oh God!

Edward começou a rir e eu o olhei feio. Como eu ia sair dessa.

Bom eu tentei explicar de diversas formas usando a historia da sementinha,


mas cada vez me enrolava mais. Por fim Gabe cansou da historia, mas me
surpreendeu com sua próxima pergunta.

– Bella você será a mamãe do meu irmãozinho né?

– Sim Gabe. Eu vou ser.

– Ele vai te chamar de mamãe?

– Sim.

– Eu posso te chamar de mamãe também?

Por essa eu não esperava. Edward me olhou e pelo que vi, ele estava
emocionado assim como eu também estava.
O que eu diria a ele. É claro que amaria ser chamada de mãe por ele. Eu já o
considerava meu filho, mas e quanto a Tânia?

Eu não queria desrespeitá-la afinal ela tem sido sempre muito legal comigo.

Gabriel continuava me olhando esperando por uma resposta. Eu não podia


decepcionar este menininho que eu tanto amava. Depois eu me acertava com
Tânia.

– É claro Gabe. Eu amaria que você me chamasse de mamãe.

Ele sorriu lindamente para mim.

– Oba! Eu vou lá jogar no meu quarto ta mamãe.

– Vai sim querido.

Eu disse engasgada com a emoção de ele me chamar daquela forma.

Edward me olhou e não precisou dizer mais nada só me abraçou deixando que
a emoção nos tomasse.

Capítulo 41 Vingança: Pagamento merecido?

Pov. Bella

– Tem certeza Tânia? Eu realmente espero que não fique chateada.

Eu estava naquela manhã no estúdio ao telefone com Tânia contando a ela


sobre o pedido de Gabe. E mais uma vez Tânia me provou ser uma pessoa
compreensiva.

– Claro que não fico chateada, Bella. Você agora vai ser mãe. Vai entender
que o que mais queremos para nossos filhos é que eles sejam felizes e amados
e isso você faz muito bem com meu filho. Ele não vai esquecer que eu sou a
mãe dele porque vai chamá-la de mãe. E de fato não é o que você é para ele?

Eu respirei aliviada. Há uma semana eu era chamada de mãe por Gabriel o


que me fazia imensamente feliz.
– Eu prometo Tânia que farei o possível para merecer ser chamada desta
forma por Gabriel.

– Eu tenho certeza que sim Bella. Ah, agora eu... tenho uma coisa para te
falar.

Tânia disse estranha.

– Pode falar.

– Você tem um amigo Frances chamado Alec não tem? Um fotógrafo?

Estranhei sua pergunta.

– Sim eu tenho. Você o conhece?

– Sim nos conhecemos no mês passado em umas fotos para uma campanha
que eu fiz. Ele era o fotógrafo e... meio que nós estamos saindo.

Não acreditei. Que mundo pequeno. E aquele Frances metido não tinha me
contado nada.

– Nossa Tânia eu... estou surpresa, mas espero que vocês se acertem.

– Bom, nós estamos nos conhecendo, mas estou gostando muito de sair come
ele. Ele é divertido.

Eu tive que concordar.

– Sim ele é muito divertido.

Com certeza Edward iria amar a novidade. Ele ainda insistia em ter ciúme do
meu amigo. Eu e Tânia nos despedimos e fui cuidar dos meus afazeres no
estúdio.

Não muito tempo depois eu tive uma surpresa.

– Oi Bella.

Virei-me para a voz que havia me chamado e a encarei.

– O que quer aqui Jessica?

Ela se surpreendeu com meu tom de voz. Mas eu não podia esquecer o que ela
fez em relação ao sumiço de Gabe.
– Por que está falando assim Bella?

– Por quê? Por que pergunto eu Jessica. Por que você está fazendo estas
coisas? Se envolvendo com este tipo de gente.

– Não sei do que você esta falando Bella.

– Sabe muito bem Jessica. Você veio aqui aquele dia e logo depois o Gabriel
some enquanto estamos no shopping. Acha que somos burros, Jessica? Você
está envolvida com Elizabeth Mansen. O que veio fazer aqui hoje? Veio
verificar se o atropelamento havia deixado seqüelas? Por que está mais que
obvio que foi ela que me atropelou. Pois pode ir correndo contar pra aquela
víbora que eu estou muito bem alias bem não é a palavra certa. Eu estou
radiante. Eu estou grávida. Vou ter um filho de Edward e nada nem ninguém
vai nos separar. Pode ir lá correndo contar a ela.

Eu disse tudo o que estava engasgado num fôlego só. Não entendia o porquê
de Jessica agir assim. Eu sempre gostei dela e procurei tratá-la da melhor
forma.

– Bella eu... eu sinto muito.

– Por que Jess? Eu sempre gostei de você. Sempre estive disposta a te ajudar.

– Bella eu... eu não quero seu mal... desculpa.

Eu podia ser considerada uma tonta, mas eu acreditava que ela não me queria
mal, mas mesmo assim não diminuía a magoa.

– Você pode não querer meu mal Jessica, mas as pessoas com quem você está
querem. E isso já diz tudo sobre você.

Ela abaixou a cabeça e juro ter visto lágrimas em seus olhos.

– Eu vou embora Bella. Não vou mais te procurar. Felicidades a você e ao seu
bebê.

Ela falou e saiu rapidamente do estúdio. Eu sei que o certo seria chamar a
policia. Que eles iriam atrás dela e assim colocariam as mãos em Elizabeth,
mas eu não consegui. No fundo eu queria acreditar que Jessica era uma boa
pessoa e não queria me sentir responsável se por acaso a prendessem como
cúmplice de Elizabeth Mansen.

Como hoje era sábado eu sempre fechava o estúdio mais cedo. As 17hs eu me
preparava para fechar quando o telefone do estúdio tocou.
Nunca iria imaginar quem seria ao telefone.

– Alô.

– Se pensa que conseguirá ficar livre de mim está enganada Isabella Swan.

Meu corpo gelou ao ouvir a voz da mulher que eu mais odiava.

Elizabeth.

Eu fiquei muda apenas escutando suas palavras.

– Vou acabar com você e com esse bastardinho que você carrega.

Automaticamente minha mão livre foi para meu ventre, como se eu tentasse
proteger meu filho daquela mulher. Olhei e vi que os seguranças estavam a
postos na frente do estúdio.

– Você não vai poder fazer nada Elizabeth por que em breve você será presa.

Ela gargalhou.

A voz dela estava me dando enjôo.

– Acredite Isabella. Eu estou longe de ser presa. Mas se por acaso isto
acontecer será depois de eu matá-la com as minhas próprias mãos e tenha
certeza que isso não irá demorar.

A linha ficou muda. E eu tive que me sentar para tentar acalmar meu coração.
O sangue corria rápido por meu corpo.

Rapidamente liguei para a delegacia contando ao delegado Demetri o que


acabava de acontecer.

Após falar com o delegado continuei sentada tentando me acalmar. Isso não
faria bem ao meu bebê. E era isso justamente o que ela queria. Estava tão
distraída que mal percebei Edward entrando no estúdio.

– Bella? Bella o que houve amor?

Eu olhei Edward que estava próximo a mim e me joguei em seus braços o


abraçando forte.

– O que foi amor? Você está tremendo. Bella me fala.

– Elizabeth acabou de ligar.


Edward arregalou os olhos.

– O que? Bella... O que ela disse?

– Ameaças. Foi basicamente o que ela disse. Ameaçou-me e ao nosso filho


também. Edward... eu estou com medo.

Ele me abraçou novamente.

– Não fique meu amor. Ela jamais chegará perto de vocês, eu prometo. Se
acalme meu amor.

Eu fiquei ali embalada pelos braços do meu amor. Meu Edward. Mas as
palavras daquela mulher não saiam da minha mente.

Pov. Edward

– Alice ele está tão fofo. Da vontade de morder essa coisa linda.

Bella dizia enquanto segurava Jason no colo.

Minha família estava à mesa para o almoço de domingo. Eu seguidamente


observava Bella. O que havia acontecido ontem a havia deixado muito
sensível. Eu evitava falar deste assunto na presença de Bella, mas havia
contado tudo a meu pai e meus irmãos. Eles ficaram chocados. Elizabeth
ainda conseguia chocá-los.

Bella estava muito nervosa é claro que ela não admitia, mas eu a conhecia.

Ela podia ficar tranqüila jamais Elizabeth chegaria perto dela ou dos meus
filhos.

– Em alguns meses você vai ter seu próprio para tentar morder, Bella.

Jasper disse.

Ela me olhou e sorrimos. A notícia da gravidez de Bella foi motivo para muita
festa na casa dos meus pais.
– Ursinha nós estamos ficando pra trás. Jasper e Alice já têm o mosntri...
Jason. Edward e Bella. O Gabe e agora mais um. Faltamos nós.

Emmett disse.

– Pode ir tirando o cavalinho da chuva, Emmett. Sem colocar um grande anel


aqui no meu dedo você vai ficar chupando o dedo. Sacou ursão?

Gargalhamos.

Aguardávamos minha mãe servir o almoço entre brincadeiras e mimos ao


pequeno Jason.

– Mamãe eu posso comer uma bala agora?

Gabriel perguntou a Bella.

Todos na mesa ficaram em silencio observando Gabriel chamar Bella de mãe.


Eles já sabiam que isso vinha acontecendo, mas ninguém da minha família
ainda havia visto.

Percebi que todos ficaram emocionados.

Gabriel estava com ciúmes de Bella porque Jason estava em seu colo.

– Querido você sabe que só pode comer doce depois do almoço não sabe?

Bella disse e ele assentiu.

– Mamãe eu queria ir no seu colo, mas o Jason já ta ai.

Todos sorriram e Alice se aproximou.

– Já está na hora do Jason ficar um pouquinho com a mamãe dele.

Alice pegou Jason e Gabe sorriu pulando no colo de Bella que o encheu de
beijos o fazendo gargalhar.

Essa era uma visão que eu jamais esqueceria.

Minha mãe vinha com o prato nas mãos, do seu famoso macarrão, quando
parou próxima a TV. Em seguida ouvimos o barulho do prato se espatifando e
cacos de vidros e comida se espalhando por todo o chão.

– Esme?
Meu pai a chamou preocupado, mas ela não respondia seus olhos fixos no que
o repórter da TV dizia. Então acabamos por também ouvir.

"Aqui é Sandra Bear falando sobre o corpo encontrado no edifício Eclipse na


Rua Michigan em Bolton. A pouco foi confirmado ser o corpo de uma mulher
por volta dos 60 anos. O corpo foi encontrado agora pela manhã e a policia
local foi chamada. Segundo os policiais a mulher foi morta com dois tiros no
peito. Não encontraram vestígios que denunciasse um arrombamento e
aparentemente não houve luta.A arma do crime também não foi encontrada.

A policia trabalha com a hipótese de vingança... só um momento bom temos a


confirmação que a mulher encontrada morta se trata da Sra. Elizabeth
Mansen. Como todos sabem a Sra. Mansen era de Raymond. A família
Mansen é proprietária de uma grande empresa na região além de fazendas.”

Todos estavam em choque.

Elizabeth assassinada.

Em seguida o que houve foi que minha mãe desmaiou sendo acudida pelo
meu pai e meus irmãos.

Eu não consegui me mexer nem desgrudar os olhos da TV a repórter


continuava dando informações sobre o homicídio.

Senti alguém pegar em minha mão e vi que era Bella que me olhava tão
assustada quanto eu estava.

– Meus Deus!

Rose disse.

– Que horror, mas pelo jeito ela procurou por isso.

Alice disse. Eu nem tinha percebido quanto tempo havia se passado.

Jasper apareceu em meu campo de visão.

– Está tudo bem, Edward?

Eu voltei a mim.

– Sim. Sim. Como está a mamãe?


– O pai está dando um calmante a ela.

Ouvi barulhos e vi Emmett e Rose limpando os cacos de vidros do chão.

– Amor?

Bella me chamou.

– Eu estou bem Bella só... estou... chocado.

Bella passou sua mão por meu rosto.

– Eu sei meu amor.

Eu não conseguia saber quais eram meus sentimentos. Tristeza. Alivio.

Não sei.

Só uma pergunta eu fazia a mim mesmo?

Quem matou Elizabeth Mansen?

Capítulo 42 Vingança: Atrás de mim virá quem me vingará.

Penúltimo capítulo.

Pov. Bella

A vida nos prega muitas peças.

Mas ela também faz justiça e cobra seu preço a aqueles que acham que são
invencíveis.

Elizabeth Mansen estava morta.

Havia pagado o preço de uma vida recheada de maldades.

Eu deveria me sentir feliz e aliviada por ela não pertencer mais a este mundo.
Por não poder mais fazer mal a mim ou aos que amo.

Mas nunca fui uma pessoa rancorosa.


Mesmo no leito de morte de minha mãe, quando eu prometi que vingaria a
morte do meu pai, eu acabei enfiando os pés pelas mãos ao me apaixonar por
Edward. No fim não houve vingança alguma.

Eu não consegui sentir alegria pela morte de uma pessoa.

Brutalmente assassinada.

Mesmo sendo ela a minha inimiga.

Mesmo ela tendo me ameaçado de morte.

E principalmente não consegui ficar feliz com algo que machucasse Edward.
Porque ele podia tentar se mostrar forte, mas a morte de Elizabeth, da forma
como foi, mexeu com ele.

Após ouvirmos a notícia pelo telejornal da morte de Elizabeth, Carlisle ligou


para o delegado Demetri que estava a caminho de Bolton para saber mais
informações.

O delegado não sabia dizer nada mais do que vimos na TV. Ele explicou que o
caso pertencia ao delegado de Bolton e que ele só iria até lá por Elizabeth se
tratar de uma foragida. Ele também nos avisou que alguém da família teria
que ir fazer o reconhecimento do corpo. Que ficou a cargo de Jasper. O mais
calmo entre nós.

Esme estava visivelmente abalada. Apesar de Elizabeth não merecer este


título, era mãe dela.

Todas as providências do funeral foram tomadas e a família optou por um


funeral rápido. Simples e discreto. O que obviamente não aconteceu.
Elizabeth Mansen era conhecida na região. Estava foragida da policia e ainda
por cima foi assassinada. Isso gerou interesse por parte da imprensa não só da
região como do estado todo.

Eu não fui ao enterro. Além de não gostar deste tipo de cerimonia não teria
cabimento.

Dois dias após o enterro começamos a ser chamados para depor. Teríamos que
nos deslocar até Bolton. A investigação ocorreria lá.

Neste momento eu e Edward estávamos indo a delegacia de Bolton. Eu havia


sido intimada depor.

Imaginei que isso pudesse ocorrer devido os meus problemas com a “vítima”.
Ao chegarmos à delegacia de Bolton fomos recebidos por um investigador
que pediu que aguardássemos ser chamados pelo delegado.

Edward estava desconfortável por minha causa. Ele sempre preocupado com
minha saúde e a do bebê.

– Srta. Swan?

Um homem alto e com feições dura me chamou.

– Sim.

– Eu sou o delegado Felix Brow.

– Como vai delgado?

Eu disse o cumprimentando.

– Bem obrigado. Pode me acompanhar, por favor?

Eu e Edward nos levantamos e o seguimos até uma sala mais ao fundo da


pequena delegacia. Ele pediu que nos sentássemos

– Imagino que o senhor deva ser o advogado da Srta. Swan.

Ele disse a Edward que sorriu.

– Não. Eu sou Edward Cullen noivo de Bella.

A cara do homem foi de surpresa.

– Ah!

– Eu preciso de advogado delegado? Achei que se tratasse de uma conversa


informal como me foi dito.

– Bem não se trata de uma conversa informal Srta. Swan. E acharia melhor
que um advogado acompanhasse seu depoimento.

– Não estou entendendo delegado.

Eu disse nervosa e percebi Edward enrijecer ao meu lado.

– Bella está sendo acusada de algo delegado?

O delegado não disse nada só continuou nos olhando.


– Bela, amor, é melhor chamarmos um advogado. Não quero que se sinta
pressionada...

– Não Edward! Eu não devo nada. Só quem deve é que precisa de advogado.

– Bella...

Edward insistiu.

– Está tudo bem. Pode começar delegado.

O delegado até então telespectador de nossa conversa se manifestou.

– Acho melhor que o Sr. Cullen saia...

– Nem pense em me tirar daqui. Se Bella quer falar tudo bem, mas eu não saio
do lado dela. É isso ou vai ter que esperar o advogado dela chegar e ele está
do outro lado do país.

Edward disse serio e dessa vez eu concordei com ele. Eu não queria ficar
sozinha neste momento.

– Tudo bem. - o delegado finalmente falou - Vou conceder este beneficio já


que a Srta. está sendo também prestativa.

Eu esperei então por suas perguntas.

– Pra começar Srta. Swan você e a vítima não se davam bem. Isso procede?

O que ele estava pretendendo.

– Sim. Ela foi a causadora da morte do meu pai. Mas isso o Sr. já deve saber.
Por que não vai direto ao assunto delgado.

– A morte de Elizabeth Mansen ocorreu na noite de sábado para domingo.


Onde a Srta. estava neste período?

Eu suspirei.

– No meu apartamento com meu noivo e o meu enteado.

– Pode provar isso?

– Isto já esta sendo ridículo delgado.

Edward rosnou.
O delegado abriu uma gaveta retirando de lá um saquinho plástico com algo
brilhante dentro.

–Srta. Swan reconhece este brinco?

O delegado mostrou o brinco que Edward havia me dado. O que ele estava
fazendo ali?

– Sim. Ele é meu. Foi um presente de Edward. Foi roubado ha uns meses
atrás.

– A Srta disse que foi roubado?

– Sim. Levaram só um. Eu achei estranho, mas porque está...

– Este brinco Srta. Swan foi achado no local do crime. Para ser mais exato ao
lado do corpo de Elizabeth Mansen.

– O senhor não está insinuando que eu...

– Como este brinco foi para lá? Poderia nos esclarecer isto?

– Eu não sei. Eu já disse foi roubado.

Eu já estava ficando nervosa.

– Um só Srta. Swan quem roubaria um só brinco? Só se a essa pessoa tivesse


uma orelha apenas.

– Já chega delegado!- Edward intervém - Está acusando Bella do assassinato


de Elizabeth?

O homem não demonstrou nenhum sinal de que a explosão de Edward o


afetasse.

– Estou investigando Sr. Cullen e convenhamos que essa historia está muito
estranha.

– Como que o senhor sabia que este brinco é meu?

O delegado respirou fundo.

– Recebemos uma denuncia anônima.


– Denuncia anônima falando que o brinco que me pertencia estava no local do
crime. Não acha isto estranho delegado? Se a pessoa sabia sobre isso
provavelmente era o assassino tentado despistar.

– É claro que pensei nesta possibilidade Srta. Swan, mas primeiro eu tinha que
averiguar se a informação procedia. E como a Sra. Mansen e a Srta. Swan
tinham problemas...

– Achou melhor acusar Bella logo de uma vez assim seu trabalho seria
resolvido logo não é?

Edward falou furioso.

– Chega vamos embora Bella.

Edward disse se levantando e me puxando com ele.

– A Srta. não pode sair.

– Como é?

Edward perguntou.

– A Srta. Swan ficará detida para averiguações.

O nervosismo tomou conta de mim de vês. Eu estava sendo presa.

– O senhor está me prendendo delegado?

– Não. Eu estou mantendo a Srta. retida para prestar mais esclarecimentos.

Não sei com ou quando começou, mas me senti mal. E em seguida não vi
mais nada.

**

– Bella? Amor...

Abri os olhos e vi Edward quase em cima de mim.

– Edw... Edward onde estou?

Ele respirou aliviado.

– Está tudo bem amor. Ainda estamos na delegacia. Você desmaiou.

Ao olhar ao redor eu vi o delegado próximo. Ele estava com uma cara seria.
– Srta. Swan me desculpe eu não sabia que estava grávida.

Edward olhou pra ele com cara de poucos amigos.

– Bella, Carlisle já está vindo para ver como você está.

– Ainda estou detida?

Perguntei olhando para o delegado.

– Srta. Swan é só preventivamente. Não está presa.

– Pra mim não há diferença delegado.

Olhei para Edward.

– Amor você não acha que eu...

– Bella claro que não meu amor. Não estávamos à noite toda juntos? Como
poderia ter sido você?

O delegado prestava atenção ao que dizíamos, mas eu estava me lixando para


o que ele pensava. O que me importava era Edward.

– Quando Elizabeth te entregou aquela maldita pasta. Eu percebi que meu


brinco sumiu junto com a pasta, mas não me lembrei de falar com tudo que
aconteceu depois, este era um por menor não necessário.

Eu falei a Edward.

– Você faz idéia de quem roubou? Ou acha que foi a própria Elizabeth?

Ele perguntou.

– Não. Foi uma tal de Victoria. Ela foi trabalhar lá no bordel e logo em
seguida tanto a pasta quanto o brinco sumiram. Edward ligue para o John ele é
meu advogado e amigo.

– Eu já liguei amor ele já deve estar vindo.

– Eu vou averiguar esta historia que a Srta. falou. É Victoria o nome da moça?

O delegado falou após um tempo.

– Sim.

Eu confirmei.
Após isto eu fiquei em uma sala reservada com Edward. Carlisle chegou em
seguida acompanhado de Rose e Emmett.

Rose deu seu depoimento ao delegado sobre Victoria.

Carlisle me examinou constatando apenas uma queda de pressão.

Ficamos algum tempo conversando naquela sala.

Carlisle disse que a imprensa já estava ao lado de fora. Alguém havia passado
a informação de que eu seria a suspeita do crime e isso os atraiu feitos urubus.

Eu não sabia quanto tempo teria que ficar ali. Imagino que até a chegada de
meu advogado. Ou seja, seria muito tempo já que John estava em New York.

Percebemos um tumulto e Emmett que estava do lado de fora da sala onde


estávamos entrou nos contando que o prefeito James estava sendo interrogado.

Naquela sala apertada eu tentava ficar calma por causa do meu bebê. E por
Edward que estava uma pilha de nervos.

Algumas horas foram passando até que a chegada do delegado nos


sobressaltou.

– Srta. Swan, Sr. Cullen eu gostaria imensamente de declarar minhas


desculpas pelo transtorno que os fiz passar. Estão liberados para ir quando
quiser. Mas...

– Mas?

Eu sussurrei.

– O assassino se entregou agora pouco.

O delegado disse para nosso total assombro.

– O que? Quem foi?

Edward perguntou alterado.

– Venham comigo Srta. Swan. O senhor também Sr. Cullen.

O delegado disse a Edward.

Fomos até a sala do delegado. Percebi que um policial fazia a segurança da


sala. Entramos nos deparando com a pessoa que eu menos esperava.
– Você?

Eu disse quando pus meus olhos nela.

Jessica ergueu os olhos me fitando profundamente.

– Jessica por que fez isso?

Ela ficou em silencio.

– Sr. Cullen a Srta. Stanley me pediu para conversar com a Srta. Swan em
particular o Sr. me acompanha?

Edward me olhou assustado e eu afirmei que sim. Eu precisava de respostas.

Eles saíram e eu e Jessica ficamos sozinhas.

A hora da verdade havia chegado

Eu sentei próxima de onde ela estava.

– Bella eu queria me desculpar por tudo de mal que eu te fiz.

Eu não consegui dizer nada só escutar.

– Minha vida, como você já sabe, não tem sido muito fácil nesses últimos
tempos. Eu vivo com um homem que me espanca. - ela riu. – Vivo? Eu sou
amante fixa dele. Seu objeto sexual. E em alguns meses eu fui trabalhar para
Elizabeth Mansen. Eu realmente nunca quis te prejudicar, mas isso não me
impediu de ter inveja de você. Afinal você, Alice e Rose haviam se arrumado
na vida. Com homens bons. E eu? Bom, eu com um canalha. Eu sei que foi
minha escolha. Mas... bom. Desde que você voltou com Edward a Sra.
Mansen... a Elizabeth pirou. Seu único objetivo era separá-los. Até aí eu me
mantive neutra. Vamos dizer assim. - Ela sorriu sem humor. - Foi quando ela
decidiu que você não deveria viver que eu não pude mais com isso...

Flashback OnPov. Jessica

– Ah! Até que enfim chegou.

Elizabeth disse a me ver entrar na sala.

– Então como está a rameira? Apavorada depois do susto que eu dei nela?
Ela perguntou com seu costumeiro teor de superioridade.

Mal ela sabia o quanto está enganada.

– Perdeu a língua garota.

Ela se irritou com meu silencio.

– A Bella está muito bem Sra. Mansen.

Ela não conseguiu esconder a cara de espanto.

– Bem? Como assim bem? Ninguém fica bem de após de ser atropelada. Ela
devia estar no mínimo assustada.

Eu balanço negativamente a cabeça.

– Bella está radiante. Palavras dela.

Confusa, Elizabeth me olhava espantada.

– Acho que Sra. vai ter que maneirar na sua forma de assustá-la. Bella não
está mais sozinha. Ela está grávida. Ela e Edward terão um filho.

Esperei por gritos e resmungos. Mas só o que houve foi silencio.

– Pode ir para os seus afazeres Jessica.

Agora eu estava confusa.

– Mas Sra. Man...

– É surda? Já falei. Suma da minha frente.

Saí de lá achando sua reação tremendamente estranha.

Mais tarde eu entendi o que se passava.

– Se pensa que conseguirá ficar livre de mim está enganada Isabella Swan.

Eu ouvi Elizabeth falando quando passava próxima a sala em que ficava seu
escritório.

Ela gargalhou e disse.

– Vou acabar com você e com esse bastardinho que você carrega.
– Acredite Isabella. Eu estou longe de ser presa. Mas se por acaso isto
acontecer será depois de eu matá-la com as minhas próprias mãos e tenha
certeza que isso não irá demorar.

Ela desligou e eu ofeguei. Ela vai matar a Bella. Espiei pela fresta da porta
que estava aberta e a vi pegando uma pistola.

– De hoje você não passa Isabella Swan. Nunca terá esse bastardo. Nunca.

Ela murmurava. Em seguida a vi pegando o celular.

– James. De hoje não passa. Vou acabar com Isabella Swan. Estou indo
agora para Raymond e vou mata-la.

Meu coração entrou em colapso. Eu não podia deixar que ela fizesse isso.

Mas o que fazer.

Vi que a arma que ela havia pegado estava em cima da mesa. Ela estava
distraída conversando com James.

– Não adianta tentar me convencer, James. Eu vou fazer isso. E será agora...

Ela parou de falar quando viu que eu peguei a arma.

– Tenho que desligar.

Desligou o celular e me encarou.

Eu estava parada em sua frente segurando aquela arma.

– O que está fazendo garota?

– Não vou deixar você machucar a Bella.

Ela sorriu.

– Quem você pensa que é sua putinha de quinta para me impedir.

Meu sangue ferveu. Apontei a arma em direção ao seu peito.

– Eu sou a putinha que está apontando a arma para você Sra. Mansen.

– Você não sabe com quem está lidando Jessica. Acho melhor baixar esta
arma...

Eu não disse nada. Minhas mãos tremiam.


Ela ameaçou pegar o celular.

– Eu vou ligar para o Mike para ele te dar um corretivo.

– Parada!

– Olha aqui ordinária me de esta arma.

Ela avançou para cima de mim que sem pensar atirei. A arma disparou duas
vezes atingindo-a no peito.

Elizabeth me deu aquele olhar que acho que todos dão antes de morrer e caiu
ensanguentada no chão.

Deixei cair à arma. Minha mente rapidamente processando que acabei de


matar uma pessoa.

Flashback Off Pov. Jessica.

Eu não acreditava em tudo o que Jessica estava me contando. Era surreal


demais.

Ela matou Elizabeth para me defender.

Não sei se ficava agradecida e emocionada ou triste e assustada.

– Jess eu não sei nem o que falar.

– Não tem que dizer nada Bella. A decisão foi minha.

Havia algo que não se encaixava.

– O meu brinco Jess... foi você?

– Não. Claro que não. Bom depois do ocorrido eu fiz uma pequena mala.
Peguei um dinheiro que eu tinha e a arma e me mandei. Fiquei numa pensão
escondida até eu ver pela tevê que você estava sendo acusada pelo crime e que
acharam o brinco ao lado do corpo de Elizabeth. Eu não sei..., mas acho que
tem o dedo do James nisso. Não sei por que ele queira te incriminar. Eu só sei
que o brinco quem pegou foi a amante dele.Victoria.

Minha cabeça ia explodir estava tudo uma confusão.


– E agora Jess?

– Bom, provavelmente eu vou apodrecer na cadeia, mas pelo menos não vou
mais apanhar né.

Ela tentou fazer graça.

Eu me aproximei e peguei suas mãos.

– Jessica eu não sei se devia te agradecer. Você indiretamente salvou minha


vida apesar de eu achar que assassinato é uma coisa horrível. Mas eu quero
que saiba que vou contratar um bom advogado para defendê-la.

Jessica me surpreendeu me abraçando e em reflexo eu também a abracei.

Após sair da sala em que Jessica estava imediatamente Edward estava ao meu
lado e eu o abracei.

– Acabou meu amor.

Ele sussurrou em meu ouvido.

Seguimos para o carro. Durante nosso trajeto para Raymond ele me contou
sobre as peças que faltavam na historia.

Ele havia conversado com o delegado que havia dito tudo.

– Então ela confessou que roubou meu brinco.

– Sim. - Edward disse com a atenção voltada para a estrada. - Os detetives a


acharam e não foi difícil convencê-la a falar. Como disse o delegado. Eles
deram uma prensa nela e ela contou tudo. Contou que havia entregado o
brinco a James.

Respirei fundo.

– E porque James queria me incriminar pelo assassinato de Elizabeth?

– Bom foi mais por proteção mesmo. Ele foi ao encontro de Elizabeth.
Chegando lá ele a encontrou morta e como sabia que as câmeras do edifício
mostrariam sua entrada no prédio na noite do crime ele teve a ideia de colocar
o brinco lá. Quando Victoria roubou a pasta a meu ver James tinha a intenção
de matar Elizabeth e colocar a culpa em você.
– Ele vai ser punido por isso?

Edward assentiu.

– Sim o delegado disse que não só por isso. Foi encontrado no apartamento de
Elizabeth um dossiê mostrando todas as falcatruas de James na prefeitura de
Raymond. Ele não permanecerá no cargo por muito tempo e ainda responderá
a vários processos.

Continuamos conversando sobre tudo o que acontecera nestes últimos dias e


contei a Edward meu desejo de ajudar Jessica. Ele, como o homem
maravilhoso que era, concordou.

Ao chegarmos à frente de nosso apartamento. Descemos do carro e abracei


Edward.

O beijei. Um beijo lento de amor.

– Edward a partir de agora nossas vidas tomará outro rumo. Vamos esquecer
todas estas coisas. Vamos ser felizes. Eu,você,Gabe, nosso bebê e nossa
família.

Ele sorri daquele jeito que amolece minhas pernas.

– É claro meu amor. E pra isso temos que fazer algo muito importante e que
não pode mais esperar.

Franzi as sobrancelhas não entendendo o que ele queria dizer.

– Vamos marcar a data do nosso casamento.

Capítulo 43. O amor sempre vence a vingança.

Último capítulo.

Pov. Bella

– Você está muito linda Bella.


Esme disse me olhando com aquele seu olhar amoroso que lhe era tão
característico.

Eu sorri de volta, mas em seguida encarei o espelho a minha frente.

Meu vestido de noiva era lindo. Alice tinha encontrado este vestido. A
primeira vista eu não havia levado muita fé. Mas eu tive que dar o braço a
torcer.

Eu estava linda mesmo.

Ele era de organza. Bordado nas mangas e no busto. Era delicado e romântico.
Eu prendi o cabelo em um coque elegante e usava brinco e colar de perolas
presente de Esme.

A me ver vestida de noiva todo meu nervosismo evaporou-se.

Hoje era o dia mais feliz da minha vida.

Mais um deles para minha lista.

Hoje eu me casaria com Edward. Era o dia do meu casamento. Bom, não só o
meu.

Os jardins da casa da família Cullen veriam um casamento triplo.

É. Eu, Alice e Rose nos casaríamos com nossos amores, juntas.

Ideia de Alice, mas confesso que amei. Algo a mais que dividiria com minhas
amigas. Irmãs na verdade.

Esme e Carlisle estavam explodindo de felicidade. Seus três filhos casando-se.


Nessie então era uma das mais empolgadas.

Ela seria a madrinha de Rose e Alice. Eu amaria que ela fosse a minha
também, mas não quis sobrecarrega-la e, além disso, eu convidei uma pessoa
que se mostrou muito amiga e compreensiva. Era uma forma de agradecer por
tudo. Por me permitir ser mãe de seu único filho. Sim, minha madrinha era
Tânia.

Rose estava ao meu lado vestindo um maravilhoso vestido tomara que caia.
Ela não quis usar branco então seu vestido era na cor pêssego. Rose estava
linda.

Alice escolheu um vestido todo rendado. Também divino.


– Não dá pra notar minha barriga?

Eu perguntei a elas. Eu estava no meu quarto mês de gestação. Já se notava


certa protuberância em meu abdômen.

Meu bebê. Minha pequena Annie.

– Não amiga. Mal dá pra notar. Você está um arraso.

Alice disse e eu sorri.

Ouvimos alguém bater na porta da suíte de Esme em que estávamos nos


arrumando.

– Não os deixe entrar, Esme. Só se for o Carlisle.

Alice disse.

Esme foi até a porta abrindo uma pequena fresta. Era mesmo Carlisle. Ele
entrou e sorriu ao nos ver.

– Meninas estão lindas! Eu sou um homem de sorte por conduzi-las ao altar.

Eu sorri corando, obvio.

– Obrigado sogrinho.

Rose disse debochada ganhando uma gargalhada de Carlisle.

– Nossos filhos tem sorte Esme.

– Como eles estão?

Eu perguntei. Não víamos nossos noivos o dia todo, contando que agora já era
à tardinha.

– Jasper na sua calma de sempre e de olho na baba pra ver se ela está
cuidando de Jason corretamente. Emmett decidindo se ainda a tempo de fugir.

Carlisle disse rindo e Rose fechou a cara.

– Estou brincando Rose. Ele está, por incrível que pareça, tentando acalmar
Edward. Esse sim parece que vai parir um filho.

Eu já imaginava. Durante a semana ele estava muito ansioso.

Outra batida à porta e Esme foi ver quem era.


– Bella? Tem um menininho aqui muito ansioso querendo ver a mamãe.

Eu sorri quando Gabriel entrou vestindo seu smoking. Ele estava tão lindinho.

– Mamãe!

Ele veio correndo me abraçar.

– O que foi meu amor?

– Eu fiquei com saudade de você e da maninha. Eu posso dar um beijinho na


Annie, mamãe?

Ele encostou sua cabeça na minha barriga. Annie ouvia muitos diálogos. O
irmão e pai vivam conversando com ela.

– Annie você tem que ficar quietinha aí. Não pode fazer a mamãe vomitar se
não ela não pode casar com o papai.

Todos sorriram.

– Ai, acho que vou chorar.

Rose disse emocionada pela conversa de Gabe com a irmã.

– Nem inventa Rose. Vai demorar muito para refazer a maquiagem.

Alice falou.

– Meu amor agora você tem que voltar pra festa que está na hora do
casamento.

Eu falei a Gabe.

– Ta bom mamãe. Eu vou lá ficar com a mamãe Tânia e o namorado dela que
fala esquisito.

Eu ri. Gabe se referia ao sotaque de Alec.

Chegou a hora. Eu iria me tornar a esposa do homem que mudou minha vida.

Do pai da minha filha.

Lembrei-me de quando escolhemos o nome da nossa princesa.

Flashback On
– Estou tão feliz meu amor. Uma menina? Mal posso acreditar.

Edward disse me beijando apaixonadamente.

Havíamos chegado a pouco em casa vindo da consulta médica que confirmou


que teríamos uma menina.

– Eca!

Gabe disse ao entrar na sala e ver eu e Edward nos beijando.

– Vem cá filho.

Edward o chamou.

Ele sentou-se entre nós.

– Nós queremos dizer que você vai ter é uma irmãzinha.

Gabe ficou pensativo.

– Como é o nome dela?

– Ainda não decidimos querido. Quer ajudar a escolher o nome da sua irmã?

Ele sorriu lindamente ficando todo animado.

Passamos os próximos 45 minutos olhando um livro que Carmen havia me


mandado da França com vários nomes.

Estávamos entre Amélia e Annie. A opinião de Gabe foi a que mais pesou.

– Eu gosto de Annie,mamãe. A Jane tem uma boneca que tem esse nome e ela
disse que é o nome mais lindo.

Eu e Edward sorrimos pra ele.

–Eu gosto de Annie.

Meu amor disse.

– Eu também. Então será Annie.


Gabriel veio conversar com minha barriga e eu quase não consegui segurar
minha emoção.

– Oi Annie eu sou o Gabriel e você é minha irmãzinha e quando você chegar


nós vamos brincar muito.

Edward me olhou e vi em seus olhos a emoção que também tomava conta de


mim.

– Não achei que podia ser mais feliz. Amo você, Bella.

– Eu te amo Edward. Muito. Amo muito tudo isso que estamos vivendo.

Edward abraçou a mim e a Gabe tornando o momento ainda mais especial.

Flashback Off

Alice foi a primeira a ser conduzida ao altar por Carlisle. Depois foi Rose. E
então chegou minha vez.

Ao pegar o braço de Carlisle meu coração e minhas pernas tremiam na mesma


proporção. Até tentei ver as pessoas que compareceram ao meu casamento.
Mas minha atenção estava presa ao homem que me esperava no altar, nos
jardins da casa dos Cullen.

Edward.

Lindo.

Seu sorriso de tirar o folego.

Ao vê-lo todo meu nervosismo se dissipou.

Carlisle me conduziu lentamente até Edward. Pegou minha mão a beijando


antes de entregar ao seu filho.

Ao sentir o toque de Edward meu pequeno milagre se mexeu em meu ventre.


Ela podia sentir seu pai.

Eu sorri.
– O que foi?

– Annie esta dizendo oi.

Mostrei a ele levando sua mão até minha barriga. Edward me presenteou com
mais um lindo sorriso.

O celebrante chamou nossa atenção começando a dizer as palavras já


tradicionais da cerimonia.

Eu e Edward. Alice e Jasper. Rose e Emmett. Trocamos votos de amor e


confiança e no final fomos agraciados com palmas pelos convidados.

A festa estava divina. Tudo organizado por Esme e Alice. Elas superaram
qualquer expectativa. Tudo no seu devido tempo. As fotos. O bolo delicioso.
Tudo perfeito como nos meus sonhos.

– Então como está se sentindo Sra. Cullen?

Edward perguntou no meu ouvido enquanto dançávamos na pista de dança.

– Conheço mais três senhoras Cullen aqui presente.

Ri debochada.

– Como está se sentindo Senhora Edward Cullen

– Hum...possessivo...

– Minha. Só minha.

Ele disse me deixando acesa com a forma que falava ao meu ouvido.

– Estou muito feliz meu marido. Meu amor.

Pov. Edward

–Será que eu posso dançar coma noiva?

Meu pai pediu.

– É claro Sr. Cullen.

Eu disse rindo enquanto pegava minha mãe.


Eu e dona Esme rodopiamos na pista de dança. Minha mãe era uma excelente
dançarina.

– Estou tão feliz por você Edward. Por vocês todos. Meus filhotes cresceram e
agora tem suas próprias famílias.

– Isso aconteceu porque você nos criou maravilhosamente bem,mãe. E não


importa qual a ligação que nos une. Você é a minha adorada e amada mãe.

– Oh,vai me fazer chorar.

Eu a abracei. Tanta felicidade. Não sei se eram meus olhos, mas a festa as
pessoas transbordavam felicidade.

Troquei de parceira de dança. Estava com minha irmãzinha caçula.

– Então conseguiu convencer Jacob a ir com você?

– Ah, é claro maninho. Ele não vive sem mim.

Ela riu.

– Humildade não faz parte do seu vocabulário não é, Renesmee?

– Na verdade maninho é que convenci Jacob a tentar uma bolsa para


faculdade de veterinária. Ele vai estudar na mesma universidade que eu.

– Ah! Então vou ter um colega de profissão, apesar de eu não a exercer. – eu e


Nessie rimos. - Então foi por isso que esperou este tempo para entrar na
faculdade? Seus planos eram convencer seu namorado.

Ela assentiu.

– Desejo que tenha muita sorte Nessie.

– Não vai achando que se verá livre de mim. Afinal você está me dando minha
única sobrinha. Preciso vir aqui para mima-la bastante.

**

Eu estava olhando para Bella linda naquele vestido. Mal dava pra notar que
ela estava grávida. Somente os que sabiam notavam algo. Ela estava radiante.
Conversava com Carmem e mais algumas amigas da época do bordel.
Ela me olhou e eu sorri levantando a taça de champanhe. Ela sorriu e veio
naminha direção.

Abraçou-me colocando seus braços em meu pescoço.

– Você está tão linda.

Eu disse a ela.

– Mal posso esperar para ficar a sós com você. Eu te amo Bella Cullen

– Eu também Edward. Eu amo você. Você é minha vida.

Olhei para o lado e vi Gabriel no colo de Tânia e a seu lado Alec, o amigo de
Bella que agora era namorado de Tânia.

Bella acompanhou meu olhar.

– Viu como não precisava ter ciúme.

– É. Você é minha. Só minha.

Beijamo-nos apaixonadamente, minha língua escorregou para dentro de sua


boca, sentindo seu gosto único. Bella passava a mão por minha nuca Eu já
estava ficando excitado.

– Mamãe!

Gabriel veio correndo interrompendo nosso momento.

Tânia vinha atrás rindo.

– Desculpe interromper, mas Gabe queria ficar perto da maninha.

– Tudo bem Tânia.

Bella disse um pouco corada. Linda.

– Eu tenho uma ideia. O que acham de eu fazer umas fotos de vocês três? Vão
ficar muito legais duas mamães e seu filho.

Alec disse.

Eu gostei da ideia.

– Claro. Está com a câmera fotógrafo francês?


Bella brincou com ele.

– Sempre. Quero ver você na frente das câmeras se vai ser tão fácil. Não
esqueça que agora quem da às ordens sou eu.

– Ui que medo!

Bella disse debochando. E assim próxima à piscina Tânia, Bella e Gabriel


faziam poses para Alec.

Gabriel estava amando ser o centro da atenção de suas duas mamães. E Bella
estava me deixando louco com suas caras e bocas para a câmera.

Senti alguém chegar próximo a mim enquanto eu estava focado em ver meus
amores sendo fotografados.

– Edward.

Virei-me e vi Ângela. Eu a tinha convidado para meu casamento, mas não


esperei que ela viesse.

– Oi Ângela. Não havia te visto ainda. Que bom que veio.

Era uma situação constrangedora. Eu sabia que ela ainda gostava de mim.

– Eu pensei em não vir, mas... eu precisava ver você seguindo em frente para
que eu possa seguir também.

Eu fiquei triste por ela.

– Ângela eu sint...

– Não. Não fique triste. Hoje é um dia especial para você. Não quero causar
esse sentimento. Quero que saiba que te desejo toda felicidade do mundo.

– Saiba que te desejo o mesmo.

Ela sorriu e me abraçou saindo.

Ao voltar a olhar para as fotos, Bella já estava vindo em minha direção.

Ela estava com a expressão mais seria.

– Oi.
– O que foi?- por um momento pensei que ela estivesse com ciúme por me ver
com Ângela - Algum problema?

– Não. Nada... o que Ângela queria?

Bingo.

– Hum... com ciúmes.

Eu disse abraçando sua cintura.

– Eu não preciso ficar com ciúmes. - ela disse fazendo um bico lindo - Você é
meu. Só meu.

Foi o que bastou para voltarmos a nos beijar com o mesmo ímpeto de antes.

– Eu quero você.

Bella disse entre beijos. Era difícil de resistir com ela falando assim.

– Vem, vamos fugir. Vou te mostrar como você é só minha.

– Não Senhor Cullen. Eu é que vou te mostrar que você é só meu.

Porra!

Foi assim que saímos da nossa festa de casamento começando a lua de mel ali
mesmo no meu antigo quarto na casa dos meus pais.

Fim.

Epílogo.

Três anos e alguns meses depois.

Pov. Edward

     Eu estava ao lado Emmett olhando as crianças brincarem.

     Era o aniversario de três anos da minha princesinha.

     Ela era tão linda. A cópia fiel de Bella.

     Estava brincando com o priminho. Eles eram quase da mesma idade e se
davam muito bem.
      A festa era nos jardins da casa de meus pais. Uma exigência de minha
mãe.

         Havíamos contratado uma empresa que organizava festas infantis. Eles
eram profissionais. Havia montado cama elástica, piscina de bolinhas. Havia
show de mágicos e pra desespero de Annie havia palhaços. Não sabia, mas
minha filha tinha medo de palhaços.

        Então por precaução, depois de vê-la chorar o que quase arrancou meu
coração, eu pedi aos palhaços que se mantivessem afastados. Não podia
expulsa-los, pois havia outras crianças que amavam.

        Jason havia saído de perto de Annie e assistia a o show do palhaço quase
sem piscar.

        Emmett estava compenetrado olhando-o.

- Não acha este garoto estranho?

        Emmett disse.

- Emmett deixa de ser idiota. Ele é seu sobrinho.

        Emmett brincava com isso só para incomodar Alice, mas às vezes eu
acho que até ele acreditava nas suas brincadeiras.

- Deixe a Rose ouvir você falar assim do Jason. Ela vai fazer greve de sexo de
novo. Você sabe como ela o adora.

- Pior que sei. Deixa-me salvar minha afilhada das garras do palhaço e do
aprendiz de monstrinho.

         Não havia percebido que Annie estava indo atrás do primo.

         Emmett conseguia ser mais protetor do que eu com Annie. Ele a adorava
e areciproca era a mesma por parte dela. Até senti ciúme algumas vezes. Mas
se fosse por isso eu estava ferrado. Annie era a única menina. Todos nós
homens da família estávamos enrolados em seu dedinho.

- Princesa!

        Emmett disse ao pegá-la no colo.

- Dindo!
         Ela disse gargalhando. Enquanto ele a rodopiava. Então ela pôs seus
olhos chocolates, como os de sua mãe, em mim e sorriu.

- Papai!

         Jogou seus bracinhos para mim. Emmett não teve alternativa se não me
entregar ela. Ele ficou emburrado.

- Essa é uma luta perdida meu irmão. - eu disse enquanto pegava meu
pequeno tesouro.

- Oi princesa do papai.

     Ela me abraçou colocando seus pequenos bracinhos em meu pescoço.


Deitou sua cabeça em meu ombro.

- Papai cadê o Ga?

        Eu amava seu jeitinho dengoso de falar.

- Você quer o Ga?

        Ela assentiu coçando os olhinhos. Na verdade ela estavacom sono.

         Procurei o Ga para ela. E vi Gabriel correndo com os coleguinhas de


escola.

         Ele estava se divertindo.A distraí porque se ela o visse iria chorar. Annie
era louca pelo irmão.

- Ela está com sono. Preciso achar Bella para levá-la para uma soneca. Se não
na hora de cortar o bolo ela vai estar morta de sono.

- Deixe que eu a levo,Edward.

         Emmett me pediu.

        Passei Annie para ele e fui atrás de Gabriel.

        Ele estava conversando com os amiguinhos.

- Então você tem duas mães. Que estranho.

- Eu não acho. É legal. Ganho sempre dois presentes em vez de um.

- Mas também tem duas para pegar no seu pé.


        Outro garoto disse.

        Gabriel neste momento me viu.

- Oi pai. Nós estávamos combinando de jogar futebol. Não quer jogar você e o
tio Emmett também?

          Meu filho já não era mais um menininho. Estava com 11 anos se
encaminhando para adolescência.

- Depois das fotos Gabe, se não sua mãe vai ficar furiosa.

        Ele assentiu.

        Fui atrás das mulheres da minha vida.

Pov. Bella

- Mamãe! Mamãe!

        Jason vinha correndo em direção a Alice.

         Estávamos sentadas nas mesas que estavam próximas onde estavam os
jogos, que foram colocados para as crianças brincarem.

- O que foi amorzinho?

- Por que o tio Emmett me chama de monstrinho?

        Alice fechou a cara.

- Por que seu tio é um idiota.

- Alice!

       Eu falei. Ela fuzilava Emmett que vinha com Annie no colo.

        Jason não deu muita bola e voltou correndo para onde antes estava
brincando.

- Parece que tem uma moçinha com sono.

       Emmett disse me entregando minha filha.

         Ela estava tão linda com aquele vestido lilás que Alice havia escolhido.

- Mamãe eu tá sono.
- Meu amorzinho fica aqui nocolinho da mamãe e dorme um pouquinho.

        Aninhei Annie em meus braços e logo ela estava dormindo.

- Você quer parar de chamar meu filho de monstrinho.

         Alice disse irritada.

- Pelo amor Deus Alice! Fala baixo.Se a Rose ouvir eu estou ferrado. Sabe
que eu estou só brincando.

- Pois ela devia escutar você falando e te deixar um mês na seca.

- Não fala nem brincando.

        Emmett disse.

- O que é pra não falar nem brincando, Emmett?

         Rose falou chegando onde estávamos. Com ela estavam Jasper, Esme e
Carlisle.

- Nada ursinha.

        Eu ri internamente. Emmett comia na mão de Rose.

         Eles estavam se preparando para serem pais já que Rose estava grávida
de dois meses.

        Era uma dádiva estar assim com nossa família reunida.

         De repente uma tulipa vermelha se materializou a minha frente.

        Sorri.

        Edward.

        Ele sentou-se ao meu lado.

        Deu um beijo na testa de Annie que dormia seu sono tranquilamente.

        E me encarou daquele jeito.

        Eu peguei a tulipa.

- Lembra-se?
- Sim. Sempre.

Flashback On

         Nosso vôo havia sido tranquilo apesar de toda aminha apreensão pela
viagem.

         Não vomitei nenhuma vez o que era um milagre.

          Combinamos de ficar somente uma semana fora. Eu não queria deixar
Gabe mais que isso sem nossa presença.

         Amsterdam- Holanda.

         Era para lá que íamos.

         Nossa lua de mel.

         Na capital das tulipas.

         Edward pensava em tudo.

         Chegamos ao hotel que ficava na Praça Vonderlpark uma das


principais da cidade.

         Ao chegarmos ao quarto eu percebi os olhares de Edward. Faminto. E


não era de comida.

          Apesar de termos consumado nosso casamento no antigo quarto de


Edward queríamos mais. Muito mais.

           Os hormônios da gravidez estavam me transformando em uma tarada.


E Edward parecia estar adorando.

          Mal chegamos ao quarto e ele me atacou me beijando e me prensando


na porta. Ergueu-me e eu enrolei minhas pernas em sua cintura.

- Cansada?

- Nunca me canso de você.

- Não era essa apergunta, mas gostei de saber.

- Quero você agora Edward.


           Comecei a desabotoar sua camisa tirando ela de seu corpo. Edward
andou comigo pelo quarto e me colocou na cama.

- Não quer conhecer o quarto?

           Porque ele estava protelando o que ambos queríamos.

- Esquece o quarto Edward!

         Ele riu. E deu fim a conversa.

         Estávamos nus. Edward atacando meus seios com sua boca e língua.
Meus seios que agora estavam mais sensíveis.

- Vou me esbaldar aqui porque daqui a alguns meses eles serão propriedade
de Annie.

           Ele foi descendo por meu corpo beijou meu ventre levemente
distendido onde sua filha estava. E continuou descendo até chegar onde eu
mais precisava dele.

          Eu apertava os lençóis brancos com tanta força que achei que fossem
rasgar. Edward estava literalmente acabando comigo.

Sua boca e língua me chupando. Deixando-me insana. E o safado não me


deixava gozar. Quando eu estava próxima ele diminuía o ritmo.

         Minha paciência se esgotou.

- Chega!

        Eu disse o empurrando.

        Ele ficou chocado.

- Deite na cama,Edward.

         Ele abriu um sorriso safado.

- Mandona meu amor? Adorei.

         Deitou-se eu montei nele arfando ao ser preenchida.

          Edward colocou suas mãos em minha cintura me ajudando no


processo.
         Lento. Rápido. Lento. Rápido

        Até que as explosões tomaram conta do meu corpo. Senti Edward
enrijecer e relaxar em seu orgasmo.

- Meu amor, cada vez melhor.

         Edward sussurrou em meu ouvido.

- Eu te amo.

- Eu amo você minha esposa.

        Edward se mexeu na cama me entregando uma tulipa vermelha.

Flashback Off

- Talvez possamos repetir logo.

- Sim. Talvez.

      Gabriel se aproximou de nós. Meu menino havia crescido tanto nestes
anos. Estava cada vez mais parecido com o pai.

     Ele me beijou no rosto.

- Oi mãe.

- Oi meu lindo. Está se divertindo?

       Ele abriu aquele sorriso lindo que me faz feliz tantas vezes.

- Estou adorando,mãe. Meus amigos da escola estão achando o máximo.

       Apesar de a festa ser de Annie programamos tudo para que as outras
crianças aproveitassem o máximo.

        Gabriel voltou a brincar com seus amiguinhos. Eu, Edward e Annie
ficamos juntos. Conversando e vendo nossa filha dormir em meus braços.

         Nossa vida nestes anos tem sido maravilhosa. Eu continuo trabalhando
no estúdio e Alice continua me ajudando. Fiz uma exposição das minhas fotos
há alguns meses atrás. Foi um sucesso.

        Nossa família permanecia unida. Uma família maravilhosa que eu


sempre sonhei em ter.
        Esme e Carlisle continuavam como os pilares de sustentação da família.
Sempre apaixonados.

        Rose e Emmett passando pelo lindo momento de esperar pela chegada do
primeiro filho.

         Alice e Jasper construindo sua jornada ao criar um menino. Mas eles
tinham sorte. Jason era um menino adorável e muito calmo.Como o pai.

         Nessie e Jacob estavam vivendo as aventuras da universidade, mas ainda


assim seguiam apaixonados.

        O pai de Jacob conseguiu benefícios na justiça. Em vez de ser preso ele
foi condenado a fazer serviços comunitários. Não era justo que somente ele
pagasse pela morte de meu pai. Já que a principal causadora de sua morte não
poderia pagar pelo crime.

         Com Jessica as coisas foram um pouco mais difíceis. Mesmo com a
grande ajuda de John, meu advogado, ela não foi muito beneficiada. Teria que
passar muitos anos na prisão. Mas eu nunca a deixaria desamparada.

        O prefeito James Mitt foi processado. Perdeu seu mandado e foi preso
pelos crimes contra a administração pública. Seus comparsas,Victoria e Mike
Newton, também pagaram pelos seus crimes.

        Todos têm que pagar pelas coisas erradas que fazem.

        Mas vingança? Isso não leva a nada. E eu aprendi isso.

- Amor? Bella? Onde estava esse pensamento?

        Edward sorriu.

- Pensando na nossa vida. Em como sou feliz com você.

        Ele passou o braço por meus ombros colando seu rosto ao meu.

- Amo você.

- Eu também amo você muito, Edward. Eu nunca disse a você... pode parecer
errado, mas... eu agradeço por ter planejado a vingança. Isso me fez te
encontrar. Encontrar o Gabe... e a sua família. Você deve estar me achando...

- Não. Eu entendo o que quer dizer.

         Ele me olhou e vi todo seu amor refletido em seus olhos.


- Tudo pode ter começado da forma errada, mas o que eu sinto por você e o
que você sente por mim... isso é o que importa.  Só isso importa meu amor.

         Suas palavras tocaram em meu coração.

- Eu li em algum lugar "Não há vingança mais honrada do que aquela que não
se executa." Nunca um proverbio fez tanto sentido.

       Edward sorriu e me beijou em seguida.

       E assim seria para sempre.

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