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28/09/22, 23:10 Projeto recicla lixo eletrônico e recria computadores para inclusão digital - 17/07/2021 - Mercado - Folha

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tinha em 28 set. 2022 16:28:03 GMT. A página atual (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/07/projeto-recicla-lixo-eletronico-e-recria-computadores-para-inclusao-digital.shtml) pode ter sido
alterada nesse meio tempo. Saiba mais. (http://support.google.com/websearch/bin/answer.py?hl=pt-BR&p=cached&answer=1687222)

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Projeto recicla lixo eletrônico e recria computadores para inclusão digital


Iniciativa direciona equipamentos para ONGs e famílias de baixa renda

17.jul.2021 às 20h00
Atualizado: 19.jul.2021 às 21h38


EDIÇÃO IMPRESSA
(https://www1.folha.uol.com.br/fsp/fac-simile/2021/07/18/)

Paula Soprana (https://www1.folha.uol.com.br/autores/paula-soprana.shtml)

SÃO PAULO Anos antes de o ESG virar uma das siglas mais reverenciadas do mundo corporativo
(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/06/entenda-o-que-e-esg-e-por-que-a-sigla-virou-febre-no-mundo-dos-negocios.shtml), o empresário Ronaldo Stabile já

incorporava as práticas de responsabilidade social e ambiental em seu negócio, uma fábrica de reciclagem de lixo
eletrônico de 1.500 metros quadrados em Jacareí, no interior de São Paulo.

A Reurbi, fundada em 2012, é praticamente sinônimo de ESG (sigla em inglês para melhorias ambientais, sociais e de
governança) (https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2021/05/esg-deve-atrair-us-53-tri-em-investimentos-em-2025-estima-bloomberg.shtml). Ela transforma
aparelhos de TI descartados em peças de informática úteis vendidas a ONGs e a consumidores das classes C, D e E.

Em oito anos, a empresa recondicionou mais de 1.500 toneladas de matéria-prima —celulares, teclados, monitores,
mouses, cabos, servidores e processadores inutilizados— em 23 mil equipamentos eletrônicos
(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/07/falta-de-pecas-faz-montadoras-revisarem-projecoes-para-2021.shtml) .

Cerca de 500 ONGs adquiriram os produtos e mais de 60 mil pessoas foram beneficiadas em projetos sociodigitais, de
acordo com a Reurbi, que emprega 39 pessoas.

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ENTENDA

Ronaldo Stabile, 64, presidente da Reurbi (à dir.), e Rodolfo Fücher, 59, da Associação Brasileira das Empresas de Software, no galpão da
recicladora urbana
- Eduardo Knapp/Folhapress

Agora, esse projeto será escalonado em uma parceria com a Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software),
que reúne grandes companhias de tecnologia, e o Instituto Observatório do Terceiro Setor. As instituições criaram um
programa que oferece a qualquer empresa do país um serviço gratuito de logística reversa
(https://www1.folha.uol.com.br/colunas/maragama/2020/02/decreto-regula-logistica-reversa-de-eletroeletronicos.shtml) nos descartes de aparelhos de TI. Os
recursos da reciclagem são destinados a institutos com projetos de inclusão digital escolhidos pela doadora.

A reciclagem regularizada do setor privado pode gerar uma receita anual de R$ 162,7 milhões, segundo cálculo das
organizações. Revertendo 5% desse valor a projetos sociais, são R$ 8,1 milhões por ano para a inclusão digital da
população vulnerável.

No programa, a Reurbi coleta equipamentos com isenção de custos em todo o Brasil e realiza uma avaliação financeira
dos lotes. Quem doa os equipamentos pode escolher se prefere destinar máquinas recicladas a uma instituição ou
investir o recurso em capacitação e inclusão digital (https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2021/07/autocritica-para-inclusao-produtiva-no-setor-
de-tecnologia-empresas-devem-ser-treinadas-para-incluir.shtml). A única exigência é que a ponta da cadeia seja uma organização de impacto

social.

"A gente está fazendo muito pouco no Brasil diante do potencial que temos. É muita coisa jogada no lixo e no ambiente
(https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2021/07/governadores-lancam-plano-para-contornar-bolsonaro-e-captar-r-15-bilhao-para-a-amazonia.shtml), em um país com acesso

tão desigual", diz Rodolfo Fücher, presidente da Abes, que trabalhou 30 anos na Microsoft, onde também desenvolvia
projetos de filantropia.

O lixo eletrônico traz consequências graves para a economia e para a saúde da população. Dominado pela
informalidade, o descarte tecnológico expõe trabalhadores a elementos tóxicos e poluentes, como mercúrio, chumbo e
níquel.

O país produz 2,1 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano, segundo o relatório E-waste, da ONU, com dados de
2019. São 10 quilos por pessoa, menos de 150 toneladas recicladas ao ano e um cenário regulatório de pouca

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ENTENDA
Desse montante, que inclui produtos de linha branca, 10% provêm do setor de tecnologia e telecomunicações —cerca
de 210 mil toneladas, sendo as companhias privadas responsáveis por 30% do lixo e o governo, por 35%, conforme
dados setoriais.

O acesso à tecnologia (https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2021/07/80-dos-alunos-de-sp-nao-passaram-de-2-horas-em-app-de-aula-online-em-2020.shtml) também


não apresenta números animadores: 41% das casas brasileiras possuem um computador de mesa e 66% um notebook,
de acordo com a última pesquisa TIC Domicílios, de 2019, do Cetic.br. Além disso, o setor de TI é carente de mão de
obra capacitada.

O primeiro projeto de programa, batizadon de ReciTech, já está em curso. Pretende destinar computadores a crianças,
adolescentes e jovens com deficiência visual.

A empresa de tecnologia MicroPower doou 900 kg em aparelhos que não eram mais utilizados por funcionários. A
Reurbi fez o inventário e conseguiu recuperar a metade do material, avaliada em R$ 28 mil.

"A MicroPower descartou cem equipamentos em desuso, e disso convertemos em 46. Minha empresa ganha com o
material que não converti para ele, os 54 equipamentos. Vamos desmanufaturar, desmontar e vender os produtos", diz
Ronaldo Stabile.

A depender do item, a Reurbi consegue vender a matéria-prima a cerca de R$ 10 o quilo para diferentes indústrias. A
sucata eletrônica que deriva de cabos, telas e teclados é comercializada a empresas certificadas que compram aço e
cobre. Stabile também consegue remanejar as peças a outros sistemas obsoletos, criando computadores funcionais de
segunda linha, consumidos pelas classes mais pobres.

"Um computador novo no mercado sai na faixa de R$ 5.000. Um equipamento remaker [refeito] eu vendo a R$ 2.500, e
o que vai para doação por comodato, consideramos só o custo, que é R$ 1.500", diz o empresário.

O fim dos 46 equipamentos do projeto inaugural é um programa do Ministério da Defesa chamado "Olhos de
Cidadania", que insere crianças com deficiência visual na informática. A MicroPower cedeu um software para cegos e a
Reurbi forneceu os computadores.

Na projeção da Abes e da Reurbi, o setor privado pode levar 6,2 mil toneladas de equipamentos à reciclagem até 2023, o
que equivaleria a menos 74 mil toneladas de metais tóxicos no ambiente.

A meta anual do programa é coletar 250 toneladas, recriar 150 equipamentos e mandá-los a 25 projetos.

Os organizadores lembram que a Política Nacional Resíduos Sólidos, implementada em 2010, determina que a
responsabilidade pelo ciclo de vida de um produto sólido é compartilhada e inclui os consumidores.

A iniciativa ainda não vale para pessoas físicas, mas nada impede que empresas, ao enviarem os materiais descartados,
incluam peças obsoletas doadas por seus funcionários.

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