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UFRGS 2005

RESOLUÇÃO DA PROVA DE FÍSICA

Prof. Giovane Irribarem de Mello


Prof. Giovane Irribarem de Mello giovanemello@me.com
01. Na temporada automobilística de Fórmula 1 do ano RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 1:
passado, os motores dos carros de corrida atingiram uma Observe que no problema 1800 rotações por minuto é o
velocidade angular de 18.000 rotações por minuto. Em mesmo que 1800 r.p.m. que também significa a frequência
rad/s, qual é o valor dessa velocidade? de rotação dos carros.

Portanto, como sabemos que a velocidade angular é dada
(A) 300 π. (B) 600 π. (C) 9.000 π. por: ω = 2.π.f
(D) 18.000 π. (E) 36.000 π. Mas lembre-se de que a frequência deve ser dada em
hertz (Hz). Daí 1800r.p.m. = 1800/60 = 300Hz

02. Um caminhão percorre três vezes o mesmo trajeto. Na Então, ω = 2.π.300 = 600π rd/s.
primeira, sua velocidade média é de 15 m/s e o tempo de Resposta letra B.
viagem é t1. Na segunda, sua velocidade média é de 20 m/ RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 2:
s e o tempo de viagem é t2. Se, na terceira, o tempo de O problema pede pra calcular a velocidade média na últi-
viagem for igual a (t1 + t2)/2, qual será a velocidade média ma situação. Vamos lá então!
do caminhão nessa vez? Para calcular a velocidade média basta usar:
d
(A) 20,00 m/s. (B) 17,50 m/s. (C) 17,14 m/s. ! vm = ; para calcular a velocidade média no último per-
(D) 15,00 m/s. (E) 8,57 m/s. Δt
curso, precisamos calcular os tempos nos dois primeiros
03. Cada vez que a gravação feita em um disco de vinil é percursos, já a distância percorrida, mantemos o “d”.
reproduzida, uma agulha fonocaptora percorre uma espiral d d d
! v m1 = → 15 = → t1 = tempo do primeiro trecho!
de sulcos que se inicia na periferia do disco e acaba nas t1 t1 15
proximidades do seu centro. Em determinado disco, do
tipo 78 rpm, a agulha completa esse percurso em 5 minu- d d d
tos. Supondo que a velocidade relativa entre a agulha e o ! v m2 = → 20 = → t 2 = tempo do segundo trecho!
t2 t2 20
disco decresce linearmente em função do tempo, de 120
cm/s no sulco inicial para 40 cm/s no sulco final, qual seria Substituindo na vm3 temos:
o comprimento do percurso completo percorrido pela agu-
d d 2d 2d 120 d
lha sobre o disco? ! v m3 = = ( t +t ) = d d = 7d = = 17,14m / s
t3 1 2
15
+ 20 60
7d
2
(A) 400 m. (B) 240 m. (C) 48 m. Resposta letra C.
(D) 24 m. (E) 4 m.
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 3:
04. O gráfico abaixo representa as velocidades (v), em Observe que este problema trata-se de um movimento
função do tempo (t), de dois carrinhos, X e Y, que se des- com aceleração constante, devido a velocidade decrescer
locam em linha reta sobre o solo, e cujas massas guardam linearmente. Portanto vamos calcular o tamanho do per-
entre si a seguinte relação: mx = 4 my. curso ou a distância.
d = vm.Δt porém não temos a velocidade média.
v 0 + v f 120 + 40 160
! vm = = = = 80m / s
2 2 2
Então agora podemos calcular o percurso, observando um
ajuste importante que é no tempo que está em minutos e
deve ser convertido para segundos. t = 5min = 300s

d = vm.Δt = 80.300 = 24000cm ou 240m
Portanto resposta letra B.
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 4:
Analisando cada umas das afirmações temos:

I - Verdadeira, pois calculando a energia cinética de am-
bos, temos:
2
m.v 2 mX .4 4.mY .16
E
! CX = = = = 32mY 

! 2 2 2
2
m.v 2 mY .8 m .64
A respeito desse gráfico, considere as seguintes ! EC = = = Y = 32mY 

afirmações. Y
2 2 2
Portanto são iguais!
I - No instante t = 4s, X e Y têm a mesma energia cinética.
II - A quantidade de movimento linear que Y apresenta no II - Verdadeira, e calculando também temos:
instante t = 4s é igual, em módulo, à quantidade de pY = m.v = mY.vY = mY.8 = 8mY

movimento linear que X apresenta no instante t = 0. pX = m.v = mX.vX = 4.mY.2 = 8mY

III - No instante t = 0, as acelerações de X e Y são iguais Portanto iguais!
em módulo.
III - Falsa, pois para terem mesma aceleração as inclina-
Quais estão corretas? ções das duas retas devem ser iguais. A declividade das
retas é a aceleração neste gráfico.
(A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. Reposta letra C.
(D) Apenas II e III. (E) I, II e III.
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5. A figura abaixo representa dois objetos, P e Q, cujos pe- RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 5:
sos, medidos com um dinamômetro por um observador Observe que o fio 2 sustenta apenas o corpo “Q”, porém a
inercial, são 6 N e 10 N, respectivamente. tensão no fio 2 não é o peso do corpo “Q” quando ele está
subindo acelerado. Ela é maior a medida que a aceleração
for cada vez maior.
Para determinar a tensão no fio 2 basta usar a segunda lei
de Newton.
FR = m.a

Mas antes, precisamos determinar a massa do corpo “Q”.
!
Por meio de dois fios de massas desprezíveis, os objetos PQ = mQ.g 10 = mQ.10 mQ =1kg
P e Q acham-se suspensos, em repouso, ao teto de um
elevador que, para o referido observador, se encontra pa- Voltando à segunda lei, temos duas forças atuando no cor-
rado. Para o mesmo observador, quando o elevador acele- po “Q”, a força Tensora (dirigida para cima) e o Peso (diri-
rar verticalmente para cima à razão de 1 m/s2, qual será o gida para baixo).

módulo da tensão no fio 2? (Considere a aceleração da
gravidade igual a 10 m/s2.) FR = mQ.a T - PQ = mQ.a T–10 = 1.1 T = 11N
Resposta letra C.
(A) 17,6 N. (B) 16,0 N. (C) 11,0 N. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 6:
(D) 10,0 N. (E) 9,0 N. Neste movimento executado pela esfera trata-se de
M.C.U., pois o tempo para completar a volta é sempre o
06. A figura abaixo representa um pêndulo cônico ideal mesmo. Sendo um M.C.U. sabemos que a resultante das
que consiste em uma pequena esfera suspensa a um pon- forças é a força centrípeta que aponta para o centro da cir-
to fixo por meio de um cordão de massa desprezível. cunferência ou no caso do problema para o centro da órbi-
ta.
No esquema abaixo as forças que aparecem são: a PESO
que aponta para baixo, e a TENSÃO que está no cordão.
A resultante dessas duas forças fica direcionada para o
centro (força CENTRÍPETA).

!
Para um observador inercial, o período de rotação da esfe-
ra, em sua órbita circular, é constante. Para o mesmo ob-
servador, a resultante das forças exercidas sobre a esfera
aponta

(A) verticalmente para cima.


(B) verticalmente para baixo. !
(C) tangencialmente no sentido do movimento. Resposta letra E.
(D) para o ponto fixo.
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 7:
(E) para o centro da órbita.
Note que no problema ocorre uma colisão perfeitamente
elástica entre o carrinho traseiro e o obstáculo.

Instrução: As questões 07 e 08 referem-se ao enunciado
Para calcular a quantidade de movimento antes da colisão
abaixo.
basta calcular as quantidades de movimento de cada car-
rinho e soma-las. Vamos chamar de 1 para o carrinho que
Um par de carrinhos idênticos, cada um com massa igual
está na frente e 2 para o carrinho que se encontra atrás.
a 0,2 kg, move-se sem atrito, da esquerda para a direita,
Antes da colisão:

sobre um trilho de ar reto, longo e horizontal. Os carrinhos,
que estão desacoplados um do outro, têm a mesma ve-
pTOTAL = p1 + p2 = m1.v1 + m2.v2 = 0,2.0,8 + 0,2.0,8
locidade de 0,8 m/s em relação ao trilho. Em dado ins-
tante, o carrinho traseiro colide com um obstáculo que foi pTOTAL = 0,32kg.m/s
interposto entre os dois. Em consequência dessa colisão,
o carrinho traseiro passa a se mover da direita para a es- Depois da colisão do carrinho traseiro 2:

querda, mas ainda com velocidade de módulo igual a 0,8 Obs.: Note que o carrinho traseiro 2, mudou o sentido do
m/s, enquanto o movimento do carrinho dianteiro pros- seu movimento, portanto mudará o sinal da velocidade.

segue inalterado.
pTOTAL = p1 + p2 = m1.v1 + m2.v2 = 0,2.0,8 + 0,2.(-0,8) = 0
07. Em relação ao trilho, os valores, em kg.m/s, da quanti-
dade de movimento linear do par de carrinhos antes e de- Resposta letra D.
pois da colisão são, respectivamente,

(A) 0,16 e zero. (B) 0,16 e 0,16.


(C) 0,16 e 0,32. (D) 0,32 e zero.
(E) 0,32 e 0,48.
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8. Qual é o valor do quociente da energia cinética final pe- RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 8:
la energia cinética inicial do par de carrinhos, em relação calculando o quociente entre as energias cinéticas finais e
ao trilho? iniciais dos carrinhos temos:
( )
2
m1.v12 m2 .v 22 0,2.0,8 2 0,2. −0,8
(A) 1/2. (B) 1. (C) 2. (D) 4. (E) 8. + +
! EC + EC
f1 f2
= 2 2 2 = 2 2 =
0,064 + 0,064
=1
EC + EC m1.v1 m2 .v 2 2
0,2.0,8 2
0,2.0,8 2 0,064 + 0,064
Instrução: As questões 9 e 10 referem-se ao enunciado i1 i2 + +
2 2 2 2
que segue.
Resposta letra B.
Um recipiente de paredes de espessura e peso despre- RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 9:
zíveis se encontra sobre o prato de uma balança, mantida Para determinar a força exercida pela água na base do re-
em equilíbrio para medir a massa da água nele contida. O cipiente quando cheio até o nível B, temos que usar a rela-
recipiente consiste em um cilindro, com 100 cm2 de área ção:
da base e 10 cm de altura, provido de um gargalo em F = p.A p = 0,1N/cm2 até o nível B.
forma de tubo com 1 cm2 de seção reta, conforme indica a A = 100cm2
figura abaixo. Daí: F = 0,1.100 = 10N

Para responder a segunda lacuna vamos ter que lembrar
de algumas relações:

O volume do nível B é dado por:

VB = hB.AB = 10.100 = 1000cm3
E que cada 1cm3 de água temos 1g.

Portanto, em 1000cm3 de água teremos 1000g ou 1kg.
Calculando o peso dessa massa de água temos:
P = m.g = 1,10 = 10N
Resposta letra E.
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 10:
Note agora que a coluna de água passou para 20cm de al-
tura e portanto a pressão exercida pela água no fundo do
! recipiente também dobra passando para p = 0,2N/cm2. En-
tão vamos repetir os mesmos passos para completar no-
Considere ainda os seguintes dados. vamente as lacunas.

- Uma coluna de 10 cm de água exerce uma pressão de
0,1 N/cm2 sobre a base que a sustenta. F = p.A = 0,2.100 = 20N

- O peso de 1 litro de água é de 10 N.
Respondendo a segunda lacuna vamos ter que repetir os
9. Selecione a alternativa que preenche corretamente as passos anteriores novamente, porém somando com o pe-
lacunas do parágrafo abaixo, na ordem em que elas apa- so da água.

recem. Para determinar o volume de água do recipiente, devemos
Quando o recipiente contém água até o nível B, o módulo somar o volume do nível B e o do nível C:

da força que a água exerce sobre a base do recipiente é Como o volume do nível B foi determinado anteriormente
de ........... e o peso da água nele contida é de ........... . VB = 1000cm3

VC = hC.AC = 10.1 = 10cm3

(A) 0,1 N - 1,0 N (B) 1,0 N - 1,0 N E que cada 1cm3 de água temos 1g.

(C) 1,0 N - 10,0 N (D) 10,0 N - 1,0 N Portanto em 10cm3 de água teremos 10g ou 0,01kg.
(E) 10,0 N - 10,0 N Usando uma regra de três temos:

10. Selecione a alternativa que preenche corretamente as 1kg 1 litro



lacunas do parágrafo abaixo, na ordem em que elas apa-
recem. 0,01kg x litros x = 1.0,01 = 0,01 litros
Quando o recipiente contém água até o nível C, o módulo
da força que a água exerce sobre a base do recipiente é Usando novamente a regra de três temos:
de ..........., e o peso da água nele contida é de ............. .
1litro 10N

(A) 10,0 N - 11,1 N (B) 10,0 N - 19,9 N
0,01litros xN x = 10.0,01 = 0,1 N

(C) 20,0 N - 10,1 N (D) 20,0 N - 19,9 N
(E) 20,0 N - 20,0 N
Então o peso da água é o peso da água ocupada pela
água até o nível B mais o nível C.


10N + 0,1N = 10,1N



Resposta letra C

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11. Em certo instante, um termômetro de mercúrio com pa- RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 11:
redes de vidro, que se encontra à temperatura ambiente, é Como as paredes do termômetro recebem calor primeiro
imerso em um vaso que contém água a 100 De. Observa- que o mercúrio, então elas vão se expandir antes do líqui-
se que, no início, o nível da coluna de mercúrio cai um do, por isso o nível de mercúrio cai um pouco.
pouco e, depois, se eleva muito acima do nível inicial. Logo após o mercúrio quando começa a receber calor se
Qual das alternativas apresenta uma explicação correta dilata mais que as paredes do termômetro e por isso ele
para esse fato? se eleva logo depois. Portanto reposta letra A.
A letra “B” está errada, pois se o coeficiente do vidro fosse
(A) A dilatação do vidro das paredes do termômetro se ini- maior o mercúrio não se elevaria depois.

cia antes da dilatação do mercúrio. A letra “C” está errada, porque se a tensão superficial au-
(B) O coeficiente de dilatação volumétrica do vidro das pa- menta, isso não vai interferir na dilatação do mercúrio.
redes do termômetro é maior que o do mercúrio. A letra “D” está errada, porque a redução do volume do
(C) A tensão superficial do mercúrio aumenta em razão do mercúrio não foi devido a sua dilatação e sim porque as
aumento da temperatura. paredes de vidro se dilataram antes do mercúrio.

(D) À temperatura ambiente, o mercúrio apresenta um A letra “E” está errada, porque se o mercúrio se elevou de-
coeficiente de dilatação volumétrica negativo, tal como a pois é porque ele aquece mais rápido do que as paredes
água entre 0 °C e 4 °C. e, portanto o mercúrio tem calor específico menor que as
(E) O calor específico do vidro das paredes do termômetro paredes de vidro.
é menor que o do mercúrio. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 12:
Usando a relação do calor sensível e isolando o calor es-
12. O gráfico abaixo representa as variações de tempera- pecífico temos:
tura ΔT, em função do calor absorvido Q, sofridas por dois Q
corpos, A e B, de massas mA e mB e calores específicos ! Q = m.c.ΔT → c =
m.ΔT
CA e CB, respectivamente.
Partindo do que foi dado na questão, podemos resolver o
problema a partir do quociente cA/cB.

Lembre-se de que no gráfico não tem um valor para a
quantidade de calor fornecida aos dois corpos, mas a
quantidade é a mesma (QA = QB = Q)!
E que ambos os corpos recebendo a mesma quantidade
de calor, eles sofreram variações de temperatura diferen-
tes. O corpo A sofreu uma variação de 20oC e o B sofreu
40oC. Esta duas informações estão no gráfico.

QA Q
c A mA .ΔTA mA .20 Q m .40 2mB
! = = = x B =
cB QB Q mA .20 Q mA
mB .ΔTB mB .40
!
Resposta letra B.
Nesse caso, pode-se afirmar que a razão cA/cB é igual a RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 13:
O efeito do aquecimento devido a passagem de corrente
(A) 4mB/mA (B) 2mB/mA (C) mB/mA elétrica por um condutor é chamado de efeito Joule.
(D) mB/(2mA) (E) mB/(4mA) Resposta letra A.

O efeito Doppler é quando uma fonte sonora se desloca
13. A frase "O calor do cobertor não me aquece direito" en- ou um observador, verificando alteração na frequência
contra-se em uma passagem da letra da música Volta, de emitida pela fonte.
Lupicínio Rodrigues. Na verdade, sabe-se que o cobertor O efeito estufa é devido ao aquecimento global por causa
não é uma fonte de calor e que sua função é a de isolar do excesso de poluentes lançados na atmosfera.

termicamente nosso corpo do ar frio que nos cerca. Exis- O efeito termoiônico é quando uma corrente elétrica ao
tem, contudo, cobertores que, em seu interior, são aqueci- aquecer um condutor, arranca elétrons de sua superfície.
dos eletricamente por meio de uma malha de fios metáli- O efeito fotoelétrico é quando a luz arranca elétrons da
cos nos quais é dissipada energia em razão da passagem superfície de um metal.
de uma corrente elétrica. Esse efeito de aquecimento pela
passagem de corrente elétrica, que se observa em fios
metálicos, é conhecido como

(A) efeito Joule. (B) efeito Doppler.


(C) efeito estufa. (D) efeito termoiônico.
(E) efeito fotoelétrico.

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14. Um recipiente cilíndrico fechado, provido de um êmbo- RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 14:
lo, contém certa quantidade de um gás ideal. À tempera- A partir do enunciado sabemos que o gás sofre uma trans-
tura de 10°C, o gás ocupa um volume Vo e sua pressão é formação à pressão constante (isobárica) com isso vamos
P. A partir desse estado inicial, o gás sofre uma expansão analisar cada uma das alternativas:

isobárica até atingir a temperatura de 20 °C. A respeito da Na alternativa “A”, temos um erro, pois para o volume do-
transformação descrita acima, é correto afirmar que brar a temperatura do gás também deve dobrar, mas exis-
te um detalhe, que está na escala; a temperatura deve es-
(A) o gás passa a ocupar, depois da transformação, um tar na escala Kelvin (TK = TC + 273), e quando passamos
volume igual a 2Vo. os dois valores de 10oC = 283K e 20oC = 293K, vemos
(B) a energia cinética média final das moléculas do gás é que a temperatura na escala Kelvin não dobrou, e portan-
igual ao dobro da sua energia cinética média inicial. to, o volume também não dobrará!
(C) a velocidade média das moléculas do gás não varia Na alternativa “B”, temos o mesmo problema, pois a ener-
quando o gás passa ao estado inicial para o estado final. gia cinética das moléculas é diretamente proporcional à
(D) a variação na energia interna do gás é nula na trans- temperatura (escala Kelvin), como já sabemos que na es-
formação. cala Kelvin a temperatura não dobrou, então a energia ci-
(E) o calor absorvido pelo gás, durante a transformação, é nética média final das moléculas também não será o do-
maior que o trabalho por ele realizado. bro!
A alternativa “C”, também está errada, pois a velocidade
15. Três cargas puntiformes, de valores +2Q, +Q e -2Q, média das moléculas depende da temperatura, pois quan-
estão localizadas em três vértices de um losango, do mo- to maior a temperatura maior a velocidade média das mo-
do indicado na figura abaixo. léculas.
A alternativa “D”, também está errada, pois como houve
variação na temperatura, houve também variação na ener-
gia interna, já que a energia interna de um gás ideal é
diretamente proporcional à temperatura.

A letra “E”, está correta, pois como o gás recebeu calor e
converteu essa energia em duas outras (trabalho e varia-
ção da energia interna), o calor será maior que o trabalho
realizado pelo gás, pela primeira Lei da Termodinâmica
(ΔU = Q - W).
Resposta letra E.
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 15:
Para resolver esta questão basta somar os vetores campo
elétrico gerado no ponto P produzido pelas três cargas.
No esquema abaixo o vetor 1 é a representação do campo
elétrico gerado pela carga +2Q, o vetor 2 pela carga +Q e
o vetor 3 pela carga –2Q.

Sabendo-se que não existem outras cargas elétricas pre-


sentes nas proximidades desse sistema, qual das setas
mostradas na figura representa melhor o campo elétrico
no ponto P, quarto vértice do losango?

(A) A seta 1. (B) A seta 2. (C) A seta 3.


(D) A seta 4. (E) A seta 5. !
Usando a regra do paralelogramo podemos achar a resul-
16. Para iluminar sua barraca, um grupo de campistas liga tante entre os vetores 1 e 3 que chamei de vetor 4 (fig. a);
uma lâmpada a uma bateria de automóvel. A lâmpada con- e depois com o vetor 2(fig. b) como está na figura abaixo:
some uma potência de 6 W quando opera sob uma tensão
de 12 V. A bateria traz as seguintes especificações: 12 V,
45 A.h, sendo o último valor a carga máxima que a bateria
é capaz de armazenar. Supondo-se que a bateria seja
ideal e que esteja com a metade da carga máxima, e ad-
!
mitindo-se que a corrente fornecida por ela se mantenha
Na figura “b” está representado o campo elétrico resultante
constante até a carga se esgotar por completo, quantas
no ponto P.
horas a lâmpada poderá permanecer funcionando conti-
Resposta da letra B.
nuamente?
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 16:
(A) 90 h. (B) 60 h. (C) 45 h. Para saber o tempo usamos a relação: Q = i.t

(D) 22 h 30 min (E) 11 h 15 min Mas antes precisamos saber a corrente, que pode ser de-
terminada pela relação: P = i.U 6 = i.12 i = 0,5A
Lembre-se de que a carga da bateria está pela metade!
Voltando à primeira relação temos: Q = i.t 22,5 = 0,5.t

t = 45h Resposta letra C.
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17. No circuito elétrico representado na figura abaixo, a RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 17:
fonte de tensão é uma fonte ideal que está sendo Para determinar a força eletromotriz, precisamos primeiro
percorrida por uma corrente elétrica contínua de 1,0 A. determinar a resistência equivalente do circuito. Observe
que os dois resistores de 3Ω e 2Ω estão em série! Então
basta soma-los!

Agora os dois resistores estão em paralelo! Para achar a


resistência equivalente entre os dois temos que usar a
! relação abaixo, já que os dois são iguais:
Quanto valem, respectivamente, a força eletromotriz ε da RE = R/2 = 5/2 = 2,5Ω
fonte e a corrente elétrica i indicadas na figura?

(A) 2,0 V e 0,2 A. (B) 2,0 V e 0,5 A.


(C) 2,5 V e 0,3 A. (D) 2,5 V e 0,5 A.
(E) 10,0 V e 0,2 A.

18. A figura abaixo representa uma região do espaço no


interior de um laboratório, onde existe um campo mag- !
nético estático e uniforme. As linhas do campo apontam
perpendicularmente para dentro da folha, conforme indica- Agora temos um circuito simples e fácil de calcular a força
do. eletromotriz. Usando a Lei de Ohm determinamos a força
eletromotriz: U = R.i U = 2,5.1 = 2,5V

Para determinar a corrente i basta observar que no primei-
ro circuito da resolução, temos duas resistências iguais em
paralelo, portanto as correntes nesses dois resistores são
iguais também, mas seus valores somados devem dar 1 A,
então a corrente i vale 0,5A.
Resposta letra D.
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 18:
A primeira afirmação é verdadeira, pois, se uma partícula
se desloca na mesma direção das linhas de força do cam-
po magnético, não haverá força atuando sobre ela, pois a
força magnética é dada por F = B.v.q.sen θ. O ângulo "θ"
! é entre as linhas de indução do campo magnético e o
vetor velocidade da partícula, e neste caso vale θ = 0o ou
Uma partícula carregada negativamente é lançada a partir 180o, fazendo o "seno" dar zero, e consequentemente a
do ponto P com velocidade inicial Vo em relação ao labo- força também. Então se não há força atuando na partícula,
ratório. ela mantém seu movimento original (FR = 0).
A segunda também é verdadeira, pois neste caso, usamos
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a “regra do tapa da mão direita” (fig. abaixo) e verificamos
abaixo, referentes ao movimento subsequente da partícu- que a partícula se desvia para o pé da página.
la, com respeito ao laboratório.

( ) Se Vo for perpendicular ao plano da página, a partícula


seguirá uma linha reta, mantendo sua velocidade inicial.
( ) Se Vo apontar para a direita, a partícula se desviará
para o pé da página. !
( ) Se Vo apontar para o alto da página, a partícula se Observação: Ao usar a regra do “tapa", a força em cargas
desviará para a esquerda. positivas é orientada pelo tapa na palma da mão, mas car-
gas negativas é orientada ao contrário, pelas costas da
A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de mão!

cima para baixo, é A terceira é falsa, pois neste caso usamos novamente a
“regra do tapa da mão direita” e verificamos que a partí-
(A) V - V - F. (B) F - F - V. cula não se desvia para a esquerda da página e sim para
(C) F - V - F. (D) V - F - V. a direita.
(E) V - V - V. Resposta letra A.

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19. Uma espira condutora retangular, de comprimento 2L, RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 19:
desloca-se para a direita, no plano da página, com veloci- Para resolver a questão precisamos lembrar da Lei de In-
dade v constante. Em seu movimento, a espira atravessa dução de Faraday - Lenz (1) e a definição de fluxo magné-
completamente uma região do espaço, de largura L, onde tico (2).
está confinado um campo magnético constante, uniforme Δφ
e perpendicular ao plano da página, conforme indica a fi- !ε=− (1) ! φ = B.A.cosθ (2)
gura abaixo. Δt

Vamos montar o gráfico por partes.


No instante t = 0 a espira começa a penetrar na região on-
de existe o campo magnético, a partir deste instante em
diante aparece na espira uma corrente induzida que se
mantém constante até a primeira metade da espira, pois
como aumenta a área da espira, aumenta o fluxo magnéti-
co (2), consequentemente gerando uma força eletromotriz
(1) e uma corrente induzida constante no fio condutor da
! espira, com isso o gráfico da primeira parte fica como
mostrado abaixo.
Sendo t = 0 o instante em que a espira começa a ingres-
sar na região onde existe o campo magnético, assinale a
alternativa que melhor representa o gráfico da corrente
elétrica induzida i na espira, durante sua passagem pelo
campo magnético, em função do tempo t.

A segunda metade da espira percorre a região do campo


magnético, e podemos verificar que a área não se altera e,
portanto o fluxo magnético (2) é constante. Daí podemos
concluir que não há força eletromotriz (1) e corrente indu-
zida na espira.

Na terceira etapa, a espira vai saindo da região onde exis-


te campo magnético, diminuindo sua área exposta ao
campo magnético, e fazendo o fluxo magnético (2) tam-
bém diminuir. Com isso aparece uma força eletromotriz e
uma corrente induzida constante na espira. O detalhe im-
portante é que com a redução da área temos uma varia-
ção negativa do fluxo magnético e consequentemente uma
inversão no sentido da corrente. Portanto o gráfico com-
pleto fica:

Resposta letra A.

!
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20. A figura abaixo representa uma esfera metálica oca, de RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 20:
raio R e espessura desprezível. A esfera é mantida eletri- Nesta questão, devemos lembrar que o potencial elétrico
camente isolada e muito distante de quaisquer outros ob- depende do sinal da carga elétrica do objeto eletrizado, e
jetos, num ambiente onde se fez vácuo. que embora, sendo uma esfera de raio R, e as cargas elé-
tricas estão em equilíbrio eletrostático na sua superfície,
podemos considerar a esfera como uma carga elétrica
puntual localizada no centro da esfera.
Como a definição o potencial elétrico produzido por uma
carga elétrica puntual é dado por:

Q
!U = k
r

Sendo Q a carga da esfera e r a distância de um ponto


! externo em relação ao seu centro, podemos então verificar
que nesta questão Q = -Q, e a distância do ponto S ao
Em certo instante, uma quantidade de carga elétrica nega- centro da esfera é r = 3R.
tiva, de módulo Q, é depositada no ponto P da superfície Daí ficamos com a seguinte relação para o potencial elétri-
da esfera. Considerando nulo o potencial elétrico em pon- co em S.
tos infinitamente afastados da esfera e designando por k a
kQ
constante eletrostática, podemos afirmar que, após terem !U = −
decorrido alguns segundos, o potencial elétrico no ponto 5, 3R
situado à distância 2R da superfície da esfera, é dado por
Resposta letra B.
kQ kQ kQ RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 21:
− − + Analisando cada uma das afirmações podemos dizer que:
(A) ! 2R . (B) ! 3R . (C) ! 3R .
Primeira afirmação falsa, pois cargas elétricas em repouso
kQ kQ em relação ao referencial S, não geram campos magnéti-
− +
9R 2 . 9R 2 . cos, pois estão em repouso, e só podem gerar campos
(D) ! (E) ! elétricos.

Segunda afirmação verdadeira, pois o alinhamento dos di-
21. Considere o enunciado abaixo e as quatro propostas polos magnéticos é uma das características dos materiais
para completá-lo. ferromagnéticos, por exemplo, que ao serem expostos há
um campo magnético externo. Portanto com o alinhamen-
Do ponto de vista de um observador em repouso com re- to temos a geração de um campo magnético.

lação a um sistema de referência S, um campo magnético Terceira afirmação verdadeira, pois cargas elétricas em
pode ser gerado movimento ordenado produzem campos magnéticos. E es-
ta é a definição de corrente elétrica.
1 - pela força de interação entre duas cargas elétricas em Quarta afirmação verdadeira, de acordo com o trabalho de
repouso com relação a S. J. C. Maxwell, quando temos campos elétricos variáveis
2 - pelo alinhamento de dipolos magnéticos moleculares. no tempo, estes induzem um campo magnético perpendi-
3 - por uma corrente elétrica percorrendo um fio condutor. cular no espaço. O melhor exemplo para este caso é a
4 - por um campo elétrico cujo módulo varia em função do geração das ondas eletromagnéticas.

tempo. Resposta letra E.
Quais propostas estão corretas?

(A) Apenas 1 e 3. (B) Apenas 1 e 4.


(C) Apenas 2 e 3. (D) Apenas 1, 2 e 4.
(E) Apenas 2, 3 e 4.

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22. Certo instrumento de medida tem um ponteiro P cuja RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 22:
extremidade se move sobre uma escala espelhada EE', Na figura da questão, temos o painel do instrumento e ne-
graduada de 0,0 a 10,0 mA. Quando se olha obliquamente le aparece a escala utilizada. Se observarmos com cuida-
para a escala - o que é um procedimento incorreto de do veremos que cada traço vale 0,5, pois temos 20 traços
medida -, o ponteiro é visto na posição indicada na figura e o fundo de escala do instrumento indica o valor de 10.
abaixo, sendo R sua reflexão no espelho. De acordo com o enunciado, para fazermos a leitura cor-
reta no instrumento o ponteiro deve estar exatamente so-
bre sua imagem na escala espelhada, ou seja, não pode-
mos ver a imagem. No caso da questão, como a pessoa
olha de lado (obliquamente), ocorre um deslocamento do
ponteiro e da imagem para o observador em sentidos con-
trários. No caso da figura ao lado a imagem se deslocou
pra direita e o ponteiro pra esquerda. Isso implica que na
! posição correta de visualização o ponteiro deve se deslo-
Se a leitura do instrumento for feita corretamente, seu re- car para valores que estão aproximadamente entre os dois
sultado será traços que indicam 8 e 8,5 mA.
Resposta letra D.
(A) o valor de 7,5 mA.
(B) um valor entre 7,5 mA e 8,0 mA. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 23:
(C) o valor de 8,0 mA. Para encontrar o ângulo 𝛂, basta usar a Lei de Snell-
(D) um valor entre 8,0 mA e 8,5 mA. Descartes: n1.sen θ1 = n2.sen θ2

(E) o valor de 8,5 mA. Para o primeiro raio que incide na lâmina, substituindo os
valores na expressão para a primeira refração temos:
23. Na figura abaixo, um feixe de luz monocromática I, n1.sen θi = n2.sen θr (1) Na segunda refração observe o
proveniente do ar, incide sobre uma placa de vidro de fa- ângulo θr passa a ser o ângulo de incidência θ1 e 𝛂 o
ces planas e paralelas, sofrendo reflexões e refrações em ângulo de refração.
ambas as faces da placa. Na figura, θi representa o ân- n2.sen θr = n1.sen α (2)
gulo formado pela direção do feixe incidente com a normal
Observando as equações 1 e 2 podemos igualar elas devi-
à superfície no ponto A, e θr representa o ângulo formado
do ambas terem o mesmo termo n2.sen θr.
pela direção da parte refratada desse feixe com a normal
no mesmo ponto A. n1.sen θi = n1.sen α

Simplificando os n1, fica apenas: sen θi = sen α


Nesta situação se os senos são iguais é porque seus ân-
gulos θi e α (θi = α) também são iguais.

De acordo com a lei de reflexão o primeiro raio de luz re-
fratado com ângulo θr incide na segunda lâmina e é refleti-
do. Portanto o ângulo de reflexão na parte interna é o
mesmo, e neste caso o θr = β.
Pela Lei de Snell-Descartes: n1.sen θ1 = n2.sen θ2

! n1.sen θi = n2.sen θr mas sabemos que θr = β.


Pode-se afirmar que os ângulos α, β e γ definidos na figura
são, pela ordem, iguais a n1.sen θi = n2.sen β (3)

(A) θi, θr e θi. (B) θi, θi e θr. Então para o raio que emerge pelo segmento ! BC , obede-
(C) θr, θi e θr. (D) θr, θr e θi. ce também a Lei de Snell-Descartes:

(E) θr, θi e θi.
n2.sen β = n1.sen 𝛄 (4)
24. No estudo de espelhos planos e esféricos, quando se
desenham figuras para representar objetos e imagens, Então se igualarmos os termos da expressões (3) e (4) te-
costuma-se selecionar determinados pontos do objeto. mos.

Constrói-se, então, um ponto imagem P', conjugado pelo n1.sen θi = n1.sen 𝛄 simplificando os n1 temos:

espelho a um ponto objeto P, aplicando as conhecidas re-
sen θi = sen 𝛄 então se os senos são iguais θi = 𝛄.
gras para construção de imagens em espelhos que decor-
rem das Leis da Reflexão. Resposta letra A.
Utilizando-se tais regras, conclui-se que um ponto imagem RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 24:
virtual P', conjugado pelo espelho a um ponto objeto real A dica dessa questão é que o ponto imagem é VIRTUAL,
P, ocorre portanto, tanto os espelhos plano, côncavo e convexo pro-
duzem estes pontos virtuais conjugados.

(A) apenas em espelhos planos. Resposta letra E.
(B) apenas em espelhos planos e côncavos.
(C) apenas em espelhos planos e convexos.
(D) apenas em espelhos côncavos e convexos.
(E) em espelhos planos, côncavos e convexos.
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25. São exemplos de ondas os raios X, os raios gama, as RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 25:
ondas de rádio, as ondas sonoras e as ondas de luz. Cada Na alternativa “A”, tanto os Raios X, raios gama e ondas
um desses cinco tipos de onda difere, de algum modo, dos de rádio são invisíveis aos nossos olhos, portanto está er-
demais. rada.

Qual das alternativas apresenta uma afirmação que dife- Na alternativa “B”, raios gama, Raios X e ondas de rádio
rencia corretamente o tipo de onda referido das demais são todas eletromagnéticas e, portanto todas transversais,
ondas acima citadas? então está errada também.
Na alternativa “C”, sabemos que todas as ondas transpor-
(A) Raios X são as únicas ondas que não são visíveis. tam energia, então está errada.

(B) Raios gama são as únicas ondas transversais. Na alternativa “D”, dentre as opções fornecida no enuncia-
(C) Ondas de rádio são as únicas ondas que transportam do, sabemos que as ondas sonoras são ondas longitudi-
energia. nais e, portanto correta a afirmação !!
(D) Ondas sonoras são as únicas ondas longitudinais. Na afirmação “E”, se o meio é o mesmo (vácuo), todas as
(E) Ondas de luz são as únicas ondas que se propagam ondas eletromagnéticas se propagarão com a mesma ve-
no vácuo com velocidade de 300.000 km/s. locidade, por isso está errada.
Resposta letra D
26. A figura abaixo representa uma roda, provida de uma RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 26:
manivela, que gira em torno de um eixo horizontal, com Analisando a primeira afirmação, podemos verificar que o
velocidade angular ω constante. Iluminando-se a roda com ponto está em um disco que gira com uma velocidade an-
feixes paralelos de luz, sua sombra é projetada sobre uma gular constante, portanto possui um movimento circular
tela suspensa verticalmente. O movimento do ponto A' da uniforme. Já o seu período é determinado a partir da rela-
sombra é o resultado da projeção, sobre a tela, do movi- ção da velocidade angular.
mento do ponto A da manivela. 2π 2π
!ω = →T= (1)
T ω
Portanto esta afirmação está correta!
Na segunda afirmação, note que o ponto A’ é a sombra do
ponto A projetada na tela. Este ponto se desloca apenas
na vertical e seu movimento é idêntico ao de um corpo
preso em uma mola oscilando, portanto seu movimento é
harmônico simples. Com período idêntico ao da roda (1),
portanto esta afirmação está correta!
A terceira afirmação está errada, pois já afirmamos na pri-
meira afirmação que o movimento do ponto A é MCU.
Resposta letra D.

!
A respeito dessa situação, considere as seguintes afirma-
ções.

I - O movimento do ponto A é um movimento circular uni-


forme com período igual a 2π/ω.
II - O movimento do ponto A' é um movimento harmônico
simples com período igual a 2π/ω.
III - O movimento do ponto A é uma sequência de movi-
mentos retilíneos uniformes com período igual a π/ω.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II.


(C) Apenas III. (D) Apenas I e II.
(E) Apenas I e III.

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27. Um trem de ondas planas de comprimento de onda , RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 27:
que se propaga para a direita em uma cuba com água, in- Na figura da questão, vemos frentes de ondas planas que
cide em um obstáculo que apresenta uma fenda de largura estão se aproximando e passando por uma fenda produ-
F. Ao passar pela fenda, o trem de ondas muda sua forma, zindo uma figura que contorna o obstáculo, este fenômeno
como se vê na fotografia abaixo. é chamado de difração.
Resposta letra A.
RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 28:
De acordo com a questão, a cada 20 horas se reduz pela
metade a intensidade da radiação emitida. Portanto, no
temos uma quantidade inicial X de átomos. Passadas 20
horas teremos apenas metade da radiação, portanto meta-
de do número inicial de átomos, X/2.
Mais 20 horas decorridas (40 horas), a radiação novamen-
te se reduzirá a metade ((X/2)/2 = X/4), portanto ficaremos
com apenas um quarto do número inicial de átomos.

Então a fração de átomos que se desintegraram foi:
X 4X − X 3X
!X− = =
4 4 4
Resposta letra E.
! RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 29:
Completando as lacunas temos:
Qual é o fenômeno físico que ocorre com a onda quando A radiação alfa é um núcleo composto por dois prótons e
ela passa pela fenda? dois nêutrons, portanto corresponde à um núcleo de Hélio.
A radiação composta por elétrons é chamada de Beta.

(A) Difração. (B) Dispersão. A última classe de radiação é chamada de Gama, que são
(C) Interferência. (D) Reflexão. Fótons com alta energia e que possui o maior poder de
(E) Refração. penetração.
Resposta letra C.
28. Um contador Geiger indica que a intensidade da radia-
ção beta emitida por uma amostra de determinado ele-
mento radioativo cai pela metade em cerca de 20 horas. A
fração aproximada do número inicial de átomos radioativos
dessa amostra que se terão desintegrado em 40 horas é

(A) 1/8. (B) 1/4. (C) 1/3.


(D) 1/2. (E) 3/4.

29. Selecione a alternativa que preenche corretamente as


lacunas do texto abaixo, na ordem em que elas aparecem.
Entre os diversos isótopos de elementos químicos encon-
trados na natureza, alguns possuem núcleos atômicos ins-
táveis e, por isso, são radioativos. A radiação emitida por
esses isótopos instáveis pode ser de três classes. A classe
conhecida como radiação alfa consiste de núcleos de
………… . Outra classe de radiação é constituída de elé-
trons, e é denominada radiação ..………… . Uma terceira
classe de radiação, denominada radiação ….………. , é
formada de partículas eletricamente neutras chamadas de
…….… . Dentre essas três radiações, a que possui maior
poder de penetração nos materiais é a radiação .............. .

(A) hidrogênio - gama - beta - nêutrons - beta.


(B) hidrogênio - beta - gama - nêutrons - alfa.
(C) hélio - beta - gama - fótons - gama.
(D) deutério - gama - beta - neutrinos - gama.
(E) hélio - beta - gama - fótons - beta.

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30. Em 1887, quando pesquisava sobre a geração e a de- RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 30:
tecção de ondas eletromagnéticas, o físico Heinrich Hertz Analisando a primeira afirmação, vemos que a letra “f” na
(1857-1894) descobriu o que hoje conhecemos por efeito expressão na realidade indica a frequência da fonte de
fotoe/étrieo. Após a morte de Hertz, seu principal auxiliar, radiação que emite os fótons. Portanto está errada!

Philip Lenard (1862-1947), prosseguiu a pesquisa sistemá- Na segunda afirmação, a letra “B” representa a constante
tica sobre o efeito descoberto por Hertz. Entre as várias de Plank, pois na expressão temos a determinação da
constatações experimentais daí decorrentes, Lenard ob- energia cinética máxima dos elétrons, e esta energia vem
servou que a energia cinética máxima, Kmax, dos elétrons da diferença de duas energias de acordo com a relação,
emitidos pelo metal era dada por uma expressão matemá- portanto o produto “B.f” deve ser energia do fóton, ou seja,
tica bastante simples: “h.f”.
Já sua unidade pode ser obtida com a mesma relação da
Kmax = B f - C, seguinte forma:

E = h.f → Substituindo pelas unidades no S.I. temos:

onde B e C são duas constantes cujos valores podem ser J = h.Hz → Hz é definido como 1/s.
determinados experimentalmente. J = h.1/s → h = J.s

A respeito da referida expressão matemática, considere as Então esta afirmação está correta!

seguintes afirmações. A terceira afirmação está correta, pois a letra “C” é conhe-
I - A letra f representa a freqüência das oscilações de uma cida como função trabalho (energia), ou energia mínima
força eletromotriz alternada que deve ser aplicada ao me- para arrancar os elétrons da placa metálica.

tal. Reposta letra D.
II - A letra B representa a conhecida Constante de Planck,
cuja unidade no Sistema Internacional é J.s.
III - A letra C representa uma constante, cuja unidade no
Sistema Internacional é J, que corresponde à energia mí-
nima que a luz incidente deve fornecer a um elétron do
metal para removê-Io do mesmo.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I. (B) Apenas II.


(C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

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