BISTURI ELÉTRICO

É um equipamento capaz de realizar corte e colagulaçao dos tecidos mediante a aplicação de uma
corrente elétrica alternada de alta frequência, que produz um aquecimento local instantâneo e
controlado.

TIPO

- A laser: feixe de laser tranferte energia térmica para a água dos tecidos causando os mesmos
efeitos de corte e coagulação, com diferenças pouco importantes.

- Ultra-sônico: a energia trasnferida é de natureza mecânica (vibracional).

- A água: um êmbolo de grande área força a passagem da água interna por um orifício pequeno,
criando um feixe de água de altissima velocidade e energia.

VANTAGENS

- Permite fazer corte e coagulação (hemostasia) simultaneamente (O laser tem localização mais
precisa, porém o elétrico tem mais energia)

- Permitem acesso mais fácil a determiandos locais cirurgicos

- Minimizam o risco de disseminação de células doentes porque as destroem através do calor;

Com o bisturi normal, há o arraste das células que podem ir para a corrente sangúinea e infectar outras
regiões.

- São capazes de estancar hemorragias, o que é essencial em intervenção em orgãos muito

vascularizados ou com rede capilar intensa. O controle do sangramento melhora a visualização do
campo cirurgico e reduz a perda de sangue.

*Dependendo do grau de intensidade, da potencia e da forma de onda escolhida, um bisturi elétrico

pode produzir quatro efeitos: dessecação, corte, fukguração e o corte misto.

- Dessecação: Esse efeito térmico que elimina a água mediante a formação de bolhas. Podem
ser usados baixos níveis de energia elétrica e quaisquer formas de onda. São usados eletrodos de grande
superfície.

- Corte: O calor gerado pelo bisturi aquece tão rapidamente as células que elas explodem
formando uma cavidade. O calor é dissipado pelo vapor, não se propagando pelas vizinhanças. O
eletrodo não toca o tecido, e o efeito é obtido por centelhamento. São usados eletrodos de pequena
superfície (“canetas”) para aumentar a densidade da corrente e concentrar o calor em um único ponto.

- Fulguração: Esse efeito é obtido pela aplicação de pacotes de energia de alta frequência, o que
provoca centelhamento. O aquecimento é intermitente, as faíscas são longas para dispersar o calor.
Assim como no corte eletrocirúrgico, o eletrodo não toca no equipamento, mas a temperatura não
chega a explodir as células; elas se desidratam mais lentamente sem produzir corte. A coagulação é
superficial, forma-se uma capa marrom que impede a hemorragia

- Corte misto: efeito intermediário entre o corte misto e a fulguração

* O equipamento é composto por pegadais os quias podemos fazer acionamento e controle das
potências

*Placa de retorno para fechar o circuito

*Fonte de alimentação e eletrodos variados

PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO

- Entre o eletrodos e placa de eletrodos há uma diferenaça de potencial (tensão) que gera uma corrente

I = V/R, onde R é a impedância do tecido.

No eletrodo ativo (caneta) há uma alta densidade de corrente, já no eletrodo de dispersão, há uma
baixa densidade de corrente.

A área que a corrente está circulando, dependete da diferença entre a área de aplicação ativa e a do
eletrodo de dispesão é importante devido a temperatura gerada, evitar queimaduras na região do
eletrodo devido ao retorno da corrente.

*Os efeitos da passagem de corrente enétrica pelos tecidos vivos são determiandos por fatores
relacionados tanto ao tecido (impedância, umidade e condutividade termica), quanto à correten elétrica
utilizada (intensidade, frequencia e forma de onda).

Efeito Joule: quanto maior a intensidade da corrente, maior o calor dissipado Q=I^2Rt

Como depende do tempo, mesmo que haja uma pequena corrente, com um longo tempo, a dissipação
de calor passa a ser suficiente para gerar queimadura.

*Temperatura até 40° não causam nenhum dano significativo. Entre 43 e 45 existe dano reversível,
dependendo do tempo de exposição.

DC vs. AC

O efeito joule é igual para os dois casos. Mas é usado a corrente alternada.

- A corrente elétrica pode induzir uma fibrilação, por isso usa-se a AC, para evitar qualquer estimulação
muscular/neural.

- Não se trabalha com baixas frequencias para não gerar respostas bioelétricas

- Não há o uso de altas frequências para evitar interferências em outros equipamentos. Os

equipamentos são blindados na freq. de operação do bisturi.

O gerador eletrocirúrgico tradicional (ESU) converte corrente alternada de baixa frequência de um

tomada elétrica padrão (60 Hz) para corrente alternada de frequência muito alta (300-600 kH).

VÁRIAVEIS QUE PODEM SER USADAS NO BISTURI:

- Orientação do eletrodo

- Forma de onda – diferentes variações de pulso

- Tamanho do eletrodo e - Velocidade de incisão

BIOPOLAR vs. MONOPOLAR

O eletrodo monopolar é um eletrodo de corte que retorna com corpo fechando o circuito – o
trnasformador é isolado do circuito principal evitando que ruídos sejam transferidos para o
equipamento.

- Monopolar tem polaridade igual independete da fómula; corrente flui para o eletrodo de repouso

- Bipolar a corrente flui entre os dois pontos do bisturi, limitando a área de atuação;

EFEITOS

- Para o corte, temos uma disposição de energia contínua, mas intensidade menor e disposição total de
energia;

- Só a coagulação, temos um pulso com alta voltagem, porém com um grande intervalo de tempo

- Para o corte, não há contato, mas há a evaporalçao

- Coagulação: área de atuação maior e com contato

RISCOS DE USO

- Intensidade da corrente:

- Caminho percorrido pela corrente: os efeitos variam com o tipo de tecido

-Caminhos que atravessam o coração apresentam maior risco de fibrilação

- Placas de retorno: podem ser duplas ou simples. As placas duplas permitem que se faça uma
monitorização da qualidade do conta entre elas e o paciente, diminuindo a possibilidade de
queimaduras. Há uma indução de circulação de uma corrente entre os eletrodos e a placa

- Risco de choque devido ao uso de outros equipamentos simultaneamente

- Paciente com outros equipamentos acoplados que estão aterrados, há uma divisão da corrente ao
invés de ir para os eletrodos de retorno.

- Ingnição de gases pode ocorrer quando há gases ou produtos inflamáveis, sendo a faísca, necessária
para o corte, o elemento ignitor;

- Interferência elétrica: o bisturi pode interferir com outros equipamentos ou dispositivos; alterar o
desempenho de bombas de infusão e provocar alarmes falsos em aparelhos próximos.