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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

UNIDADE DE DOIS VIZINHOS - PR


TÉCNICO EM ELETROMÊCANICA

CLEYTON LINS TEIXEIRA

DIEGO ANTONIO MARTINAZZO

WELITON JAIR PLUTINSKI

ADAPTAÇÃO DE UM CARRINHO ERGONÔMICO PARA A ATIVIDADE DE


REPOSIÇÃO DE PEÇAS DE CALÇAS JEANS NA LINHA DE PRODUÇÃO EM
UMA EMPRESA DE CONFECÇÕES NA CIDADE DE QUEDAS DO IGUAÇU – PR.

DOIS VIZINHOS

2023
CLEYTON LINS TEIXEIRA

DIEGO ANTONIO MARTINAZZO

WELITON JAIR PLUTINSKI

ADAPTAÇÃO DE UM CARRINHO ERGONÔMICO PARA A ATIVIDADE DE


REPOSIÇÃO DE PEÇAS JEANS NA LINHA DE PRODUÇÃO EM UMA EMPRESA
DE CONFECÇÕES NA CIDADE DE QUEDAS DO IGUAÇU – PR.

Trabalho apresentado ao SENAI, Campus Dois Vizinhos, como


requisito para obtenção do título de Técnico em Eletromecânica.

Orientador: Prof. Dr. XXXXX (ver titulação)

DOIS VIZINHOS
2023
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
UNIDADE DE DOIS VIZINHOS - PR
TÉCNICO EM ELETROMÊCANICA

FOLHA DE APROVAÇÃO

CLEYTON LINS TEIXEIRA


DIEGO ANTONIO MARTINAZZO
WELITON JAIR PLUTINSKI

ADAPTAÇÃO DE UM CARRINHO ERGONÔMICO PARA A ATIVIDADE DE


REPOSIÇÃO DE PEÇAS JEANS NA LINHA DE PRODUÇÃO EM UMA EMPRESA
DE CONFECÇÕES NA CIDADE DE QUEDAS DO IGUAÇU – PR.

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito parcial para obtenção do título de Técnico
em Eletromecânica, pela instituição de ensino
SENAI.

Aprovado em: XX de junho de 2023.

Banca Examinadora

_______________________
(Nome do orientador, sua titulação e Instituição a que pertence).

_______________________
(nome, titulação e instituição a que pertence).

_______________________
(nome, titulação e instituição a que pertence)
Dedicamos este trabalho às nossas
famílias que sempre nos apoiaram em
todos os momentos, incentivando e nos
motivando a sempre sermos o nosso
melhor.
AGRADECIMENTOS

A Deus pela força de persistir e chegar até ao final deste curso.


Aos nossos familiares por nos dar todo apoio necessário e incentivo para sempre
continuar e seguir com o propósito de aprender cada dia mais.
Aos professores por nos repassarem seu conhecimento e sua vivência agregando
ainda mais no nosso desempenho.
Aos colegas de turma por estarem juntos nessa jornada de aprendizagem e seguir
com a evolução dentro do conhecimento.
A fisioterapeuta do trabalho Caroline S. Martinazzo que contribuiu com sua avaliação
e considerações no local de trabalho.
As pessoas que fizeram parte da pesquisa e que disponibilizaram de seu tempo para
contribuir com a evolução e melhoria no ambiente de trabalho.
"Coisas incríveis nunca são feitas por uma única pessoa. São feitas por um time.”
Steve Jobs
RESUMO

Descreva de forma breve os pontos relevantes do trabalho apresentado (Monografia,


Tese ou Dissertação). Trata-se de um resumo informativo que deve conter entre 150
a 500 palavras. Aqui devem ser apresentados o tema, o objetivo, metodologia
utilizada, resultados encontrados e conclusões, sem enumerar esses tópicos. O texto
formulado é de apenas 1 (hum) parágrafo com alinhamento justificado, escrito na voz
passiva e terceira pessoa do singular, espaçamento entrelinhas simples e fonte igual
ao do restante do texto. Abaixo as palavras-chave que podem ser 3 e no máximo 6
termos escolhidos no conteúdo do documento, geralmente descrita de acordo com o
vocabulário controlado. Cada termo inicia com letra maiúscula e termina com ponto.
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Palavras-chave: Primeiro termo. Segundo termo. Terceiro termo. Quarto termo.


ABSTRACT
Com as mesmas características do resumo em língua vernácula, digitado em folha
separada o ABSTRACT é a tradução para o idioma inglês, o que auxilia na difusão
do conhecimento. A tradução também pode ser ampliada para outros idiomas: em
francês RESUMÉ, em espanhol RESUMEN. Abaixo devem ser descritas as palavras-
chave, em inglês Key-words que são palavras representativas do conteúdo do
trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores da língua. Palavra palavra palavra
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Key-words: Animal Science. Swine. Creation.


LISTA DE FIGURAS

1. FIGURA 1: ...........
2. FIGURA 2:
3. FIGURA 3
4. FIGURA 4
5. FIGURA 5
6. FIGURA 6
LISTA DE GRÁFICOS

1. GRÁFICO 1: ...........
2. GRÁFICO 2: .................
3. GRÁFICO 3: ...........
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AEP
AET
NR

“gap”

milímetros (mm)

brainstorm
SUMÁRIO

1. Introdução
2. Desenvolvimento
2.1 Definição e Fundamentos da Ergonomia
2.2 Ferramentas Ergonômicas
2.3 Definição de Mola
3. Metodologia e Análise dos dados
4. Resultados e discussões
5. Conclusão
6. Links e referências
Anexo A – Avaliação Ergonômica Preliminar da atividade
Anexo B –
Anexo C –
Apêndice A – Termo de consentimento Livre e Esclarecido
Apêndice B – Imagem do carrinho antes e depois
Apêndice C –
1 INTRODUÇÃO

Com a evolução das empresas no setor de vestuário, há uma grande


demanda de produção para venda e estoque de peças, principalmente de roupas
jeans, que atendem ao gosto de boa parte do público consumista.
O mercado da moda está em constante crescimento, principalmente após
a pandemia com vendas online e o comércio retomando sua produção de forma
habitual.
Com toda essa demanda, há a necessidade de produzir cada vez mais
peças e de forma mais rápida. Porém é preciso observar como está a postura dos
funcionários e o posto de trabalho como um todo para executar as atividades,
incluindo os meios de transportes das peças entre os setores. E como é possível
melhorar a postura ergonômica de um trabalhador no seu meio de trabalho?
O objetivo geral deste trabalho é: Adaptar um carrinho com estrutura
ergonômica para o manuseio e transporte de peças de calças jeans. E os objetivos
específicos são: 1- Explicar a importância da ergonomia no posto de trabalho; 2-
Avaliar o posto de trabalho e os riscos ergonômicos; 3- Elaborar uma adaptação no
carrinho de transporte das peças.
Realizou-se um estudo de campo do tipo pesquisa aplicada em uma
empresa de confecção de calças jeans na cidade de Quedas do Iguaçu- PR, onde
viu-se a necessidade de ajustar o equipamento de transporte de peças de calças
jeans nas bancadas de trabalho devido a postura inadequada de coluna e tronco ao
pegar as últimas peças do carrinho.
Na atividade laboral a pessoa tem a função de descarregar o carrinho
de peças jeans, tirando as peças do carrinho e separando as por referência colocando
em paletes separados. O problema ergonômico que existe nesta função é que quando
o funcionário que está exercendo o trabalho, precisa fazer postura inadequada de
coluna, tendo uma grande flexão dela ao retirar as últimas peças do carrinho.
Entende-se como ergonomia:

“A “ciência do trabalho” que deriva do grego ergon (trabalho) e nomos (leis).


Ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica preocupada com a
compreensão das interações entre humanos e outros elementos de um
sistema, e a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para
projetar a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral do
sistema”. (Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO, 2023).
13

Desta forma criou-se um projeto de um carrinho que seja ergonômico


melhorando a qualidade de trabalho do colaborador e atendendo a demanda de
produção.

Na primeira parte do trabalho tem-se a definição de ergonomia e suas


atribuições, bem como a forma de avaliar uma atividade. Na segunda sessão do
trabalho há a descrição das ferramentas ergonômicas utilizadas e o que elas avaliam.
Na última parte do referencial teórico tem-se o conceito de molas e suas
características. Após há também a avaliação e descrição de como foi elaborado o
projeto de confecção de um carrinho ergonômico para a atividade.
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Definição e Fundamentos da Ergonomia

A ergonomia é uma ciência que busca a relação do homem X trabalho,


trazendo adaptações que tornam as atividades mais confortáveis e que permitem um
melhor posicionamento, conforme a característica de cada pessoa.

O trabalho sempre esteve presente em todas as épocas:

“O trabalho faz parte da vida do homem, um homem sem trabalho é um


homem sem sonhos e realizações! Por isso, é mais que importante o trabalho
ser confortável, seguro e proporcionar eficácia, ou seja, seja ergonômico!”.
(VERONESI, 2014, p. 47).

Ainda de acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) a


palavra deriva do grego sendo Ergon (trabalho) e Nomos (normas, regras), ou seja,
as regras referentes ao trabalho. Foi definida como um conjunto de conhecimentos
que fazem a junção entre o homem e instrumentos ou máquinas para que possam
ser utilizados da maneira mais confortável possível. (RIO, 2001).

Ainda de acordo com a ABERGO, a área da ergonomia pode ser dividida


em três, sendo elas a ergonomia física, cognitiva e organizacional.
A ergonomia física, traz mais a adaptação do posto de trabalho já existente,
trazendo melhorias nas condições que estão naquele local.
Já a ergonomia cognitiva trabalha a percepção antecipada da projeção
correta dos móveis e equipamentos, trabalhando sempre com projetos e soluções no
momento de dimensionamento dos postos de trabalho e suas atividades.
E a ergonomia organizacional visa distribuir de forma equilibrada todas as
atividades, tendo a organização temporal do trabalho, elaborando quando necessário
pausas e rodízios por exemplo.
Tendo em vista que o melhor sempre será adequar o equipamento antes
mesmo da pessoa utilizar, a ergonomia cognitiva deve ser a mais trabalhada dentro
das empresas. Porém ainda se tem um “gap” com relação a esta forma de trabalhar
a ergonomia e atualmente utiliza-se mais a ergonomia física, que é a ergonomia de
correção de uma máquina ou equipamento que já é utilizado e que a postura do
15

trabalhador faz o uso não é correta, ou pode vir a gerar desconfortos ao longo do
trabalho.
Com isso há muitas melhorias ergonômicas que precisam ser realizadas,
podendo ser pequenos ou grandes ajustes feitos em um posto de trabalho, que visam
atender as necessidades das pessoas.
De acordo com a Norma Regulamentadora 17 (NR-17), deve haver a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas do
trabalhador, trazendo conforto, segurança e melhor desempenho nas atividades.
Também a norma NR-17 traz no seu item 17.1.3 que é preciso avaliar os
riscos existentes em uma tarefa fazendo as adaptações necessárias para que haja
uma boa condição de execução da atividade.
A avaliação ergonômica das atividades pode ser realizada de duas formas,
de acordo com a NR-17, sendo ela uma Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP) ou
uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET).
A AEP irá abordar situações gerais, contendo informações e avaliações
dos riscos de forma mais macro. Já a AET é uma avaliação completa da atividade
realizada, demonstrando todos os riscos possíveis encontrados e as soluções que
podem estar relacionadas.
Para a NR-17, a AET deve seguir um padrão, contendo informações que
avaliam o processo, técnicas e ferramentas específicas para o uso e recomendações
para as situações avaliadas e em todo processo de avaliação os empregados devem
ser ouvidos.
Com relação a condição dos postos de trabalho a própria norma diz no item
17.4.5, que a concepção dos postos de trabalho precisa facilitar a alternância postural
e no item 17.4.6 comenta que o espaço do trabalho realizado deve ser suficiente para
os segmentos corporais facilitando o trabalho e evitar posturas nocivas.
De acordo com Couto (1995) há algumas formas de se chegar em uma
solução ergonômica, sendo elas rodízios, pausas, melhorias no sistema de trabalho,
melhorias no método de trabalho, pequenas melhorias, projetos ergonômicos e
orientações sobre as práticas corretas.
As pequenas melhorias que são realizadas, são adaptações no local e
trabalho, geralmente envolvendo mobiliário, adaptações em máquinas ou
equipamentos.
16

2.2 Ferramentas Ergonômicas

Para a construção de uma análise ergonômica há necessidade da


aplicação de algumas ferramentas que são instrumentos quantitativos/qualitativos de
verificação dos riscos existentes em uma determinada tarefa.
Através delas é possível identificar quais são as possíveis causas de
LER/DORT em uma empresa.
De acordo com Veronesi (2014), entende-se que LER/DORT é uma
síndrome ocasionada pelo trabalho realizado gerando uma sobrecarga em
determinados grupos musculares em movimentos com repetitividade ou com grande
esforço físico.
“Há alguns fatores de risco que propiciam tal aparecimento, podendo ser
individuais ou mais de um fator agregado”. (VERONESI, 2004, p. 104.)
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entre os anos
de 2007 à 2016 houve 184% de aumento de afastamentos por LER/DORT no Brasil.
Ainda para Veronesi (2004), os principais fatores são: Grau de adequação
do posto de trabalho à zona de atenção; Frio excessivo; Vibrações por máquina ou
equipamentos; Compressão local do tecido e Posturas inadequadas com limites
excessivos de amplitudes articulares; Carga muscular; Contração estática;
invariabilidade da tarefa; exigências cognitivas; Pressão profissional.
Para possibilitar uma avaliação dos riscos existentes em uma atividade,
utiliza-se de algumas ferramentas buscando a padronização entre o método de
avaliar.
Para Veronesi (2014), o posto de trabalho é sempre o mesmo, o que muda
é o trabalhador, por isso deve-se avaliar o que a atividade exige de cada um que a
desempenha. É necessário avaliar a fase mais crítica da tarefa e observar que esta
mesma dura ao menos 30% da jornada, para que haja uma frequência de execução
a fim de definir um padrão de posturas adotadas.
Para iniciar uma avaliação ergonômica de acordo com GRANDJEAN
(2005) é necessário coletar os dados, como (tempo de jornada de trabalho, quantos
trabalhadores realizam a atividade, qual o gênero, a idade, o tempo que está
executando a tarefa, depoimento de alguns colaboradores por exemplo).
Posteriormente acompanha-se o trabalhador executando a tarefa e filmando a mesma
para possibilitar posteriormente a avaliação mais adequada. E aí sim a aplicação das
17

ferramentas necessárias e a demonstração dos riscos da tarefa, bem como possíveis


ajustes e melhorias a serem feitos.
Algumas ferramentas que são conhecidas mundialmente e que auxiliam
em uma análise ergonômica de acordo com Veronesi, 2014 são: Owas, Rula, Reba,
Suzane Rodgers, Moore garg, Niosh, Utha de compressão discal, Ocra etc.
Há ferramentas que são específicas para atividades que possuem ciclo de
repetitividade menor que 30 segundos e que indicam uma tarefa repetitiva. Bem como
há outras que são apenas para manuseio de carga, ou apenas para trabalhos em
escritórios. Cada profissional precisa avaliar as ferramentas mais assertivas a serem
utilizadas.
Uma ferramenta muito utilizada em avalições ou análises ergonômicas é a
RULA (Rapid Umper Limb Analise), que é um método de avaliação rápida de força e
movimento musculoesquelético nas posturas utilizadas no trabalho. De acordo com o
site www.nexgenergo.com.
Esta ferramenta avalia todos os segmentos corporais. Inicialmente os
membros superiores (ombro, cotovelo e punho), bem como avalia tronco e membros
inferiores. Cada bloco avalia um score de pontuação e no final tem-se a somatória,
chegando a uma pontuação final com o risco que cada faixa de números representa
em relação ao risco da tarefa.
Segue abaixo um exemplo da ferramenta e de sua pontuação final,
contendo quais riscos ela pode demonstrar.
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Figura 1 – Ferramenta RULA

Fonte: https://pt.scribd.com/document/399924699/RULA-Form-Portugues#

Para aplicação dela deve-se iniciar pelo segmento de membros superiores


e pulso e após seguir com tronco e membros inferiores. Ao final terá uma pontuação
que representará um risco de acordo com a tela abaixo. Quanto maior a pontuação,
mais rápida deve ser a intervenção e ajuste das condições de trabalho.

Figura 2 – Interpretação dos resultados

Fonte: https://public-library.safetyculture.io/products/analise-ergonomica-do-trabalho-rula
19

Outra ferramenta que tem uma avaliação de forma parecida com a RULA
é a REBA (Rapid Entire Body Assessment) que significa também uma avaliação
rápida das posturas adotadas. De forma geral avalia os riscos associados a posturas
do corpo todo frente a carga a serem manipuladas.
É uma ferramenta bem completa que possibilita uma avaliação real de
quais segmentos corporais podem ter sobrecarga. Difere da RULA por exemplo pois
considera a pega do objeto manipulado e o peso. (LAMARÃO, et. al, 2014).
Da mesma maneira possui um score de pontuação para o bloco de
membros superiores e depois para tronco e membros inferiores. Ao final também
apresenta uma pontuação com os níveis de riscos estimados.

Figura 3 – Ferramenta REBA (bloco 1)

Fonte: https://www.rpso.pt/metodos-para-detetar-o-risco-de-surgirem-lesoes-musculo-
esqueleticas-relacionadas-com-o-trabalho-sabemos-o-suficiente/
20

Figura 4 – Ferramenta REBA (bloco 2)

Fonte: https://www.rpso.pt/metodos-para-detetar-o-risco-de-surgirem-lesoes-musculo-
esqueleticas-relacionadas-com-o-trabalho-sabemos-o-suficiente/

Figura 5 – Resultado da pontuação

Fonte: https://www.rpso.pt/metodos-para-detetar-o-risco-de-surgirem-lesoes-musculo-
esqueleticas-relacionadas-com-o-trabalho-sabemos-o-suficiente/
21

Da mesma forma que a ferramenta anterior, quanto mais alta a pontuação


do REBA, mas rápida precisa ser a intervenção e a modificação da condição postural
e do posto de trabalho.
Existem também ferramentas em forma de checklist, que na mesma
intenção, avaliam através de perguntas a atividade desempenhada. Um dos mais
utilizados é para avaliação musculo esquelética do corpo todo é o checklist de Hudson
COUTO.
De acordo com Veronesi (2014), este checklist foi desenvolvido para
analisar os riscos de membros superiores. Entretanto ele possui perguntas que
avaliam a dinâmica do corpo todo e pode ser aplicado em várias situações.
As principais perguntas que estão inseridas no checklist dizem respeito a
sobrecarga física, força com as mãos, postura no trabalho, posto de trabalho,
repetitividade e organização do trabalho, e ferramenta de trabalho. Cada item possui
uma pontuação e ao final somando todos eles, tem-se um critério de grau de risco
pela ferramenta.

Figura 6 – Checklist de Couto

Fonte: https://pt.scribd.com/document/19589239/Checklist-Couto
22

Figura 7 – Interpretação dos resultados Couto

Fonte: https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/7738/2/AnaliseErgonomicaErgolandia.pdf

Sempre ao final do checklist faz a somatória da pontuação, verificando o


possível risco de acordo com o grau pré-estabelecido.
Após as ferramentas aplicadas na tarefa e os principais riscos observados,
seja por meio da AEP ou da AET, há as sugestões de melhorias e o grau de como
aquela atividade pode apresentar possibilidade de uma lesão ao colaborador.
23

2.3 Definição de Mola

A definição de mola para Moro (2015), é que se trata de um sistema


elástico flexível usado para armazenar energia mecânica.
Bastos (2018) apud Rao (2008) define uma mola linear como sendo um elo
mecânico de massa e amortecimento com capacidade de se deformar e armazenar
energia potencial após a aplicação de uma força F sobre ela. A intensidade da força
de reação da mola é definida por:
𝐹 = 𝑘𝑦
Onde o termo F indica a força da mola, k é a rigidez da mola e y é a
deformação ocasionada pela força externa aplicada sobre a mola.
De acordo com o site Vibramol, as molas são separadas por três principais
tipos, sendo elas de compressão, tração e torção. Cada uma delas tem uma função
e trabalhos diferentes, sendo essas as três molas mais usadas atualmente na
indústria.
A mola é um objeto capaz de assumir notáveis deformações elásticas
sobre a ação de força, movimento, várias composições e formatos como por exemplo
molas helicoidais ou de bobina, molas de flexão em espiral de tração entre outras,
elas também garantem impulso ou resistências a outras peças, amortecendo
movimentos e pancadas.
As molas de torção têm em sua fabricação como o próprio nome diz, a
torção imposta tanto de forma artesanal quanto em máquinas automáticas. Possui
vários tamanhos e bitolas podendo variar conforme o modelo tendo como exemplo
prendedores de roupa, portas automáticas de garagem, impressoras e
eletrodomésticos etc.
Molas de compressão são bem populares no mercado, bastante usadas
em equipamentos mecânicos. São altamente resistentes e de vários tamanhos e tipos
de materiais, como aço carbono, arame de aço, aço inox, ligas de cobres entre outros
tendo como exemplos fechaduras, amortecedores de carros etc.
Molas de tração são bem parecidas com as de compressão. Sua principal
função é aplicar uma força específica quando estendida em um comprimento
determinado elas também possuem ganchos que são fixos em outros componentes
e se eles se afastam elas podem trazê-los novamente em seu lugar.
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Também são muito resistentes a impactos aplicáveis em diversos


segmentos que trabalham com material pesado como a agricultura como balanças,
trampolim, automóveis, engates e robôs industriais.
A aplicabilidade de uma mola vai desde equipamentos mais simples do dia
a dia até os mais complexos e grandes. São muito utilizadas e comercializadas nas
empresas de vários setores.
3 METODOLOGIA E ANÁLISE DOS DADOS

O setor de vestuário vem mostrando crescimento neste último ano, e de


acordo com o SEBRAE em 2022 houve um crescimento de 2,7% em relação a 2021.
Na região do sudoeste do Paraná há uma quantidade expressiva de fábrica
de peças e roupas jeans. De acordo com o bemparaná.com.br em 2020, havia 212
empresas de confecções na região distribuídas em 42 municípios.
Nestas fábricas, além da costura em si, existem outras atividades que
demandam de esforço físico, ou posturas que são inadequadas.
Para este trabalho realizou-se uma pesquisa de campo qualitativa.
Observou-se em uma empresa de confecção na cidade de Quedas do Iguaçu- PR,
que a atividade de repor as peças de calças jeans na linha de produção demandava
uma postura ruim, e gerava maior esforço físico dos colaboradores.
Após aplicação de um questionário simples entre os colaboradores que
desempenhavam a tarefa de reposição de peças na passadoria entendeu-se que
havia correlação com a atividade e com relatos de queixas álgicas.
Segue abaixo a estratificação dos dados obtidos:

GRÁFICO 1 - Relato de dor na jornada de trabalho

Fonte: Questionário de autoria própria

Foram aplicados 05 questionários com os colaboradores do setor de


passadoria da fábrica que fazem a reposição das peças e utilizam um carrinho para
isso. Ambos em algum momento da jornada realizam a função de repor as peças na
26

linha de produção. Observou-se que todos relataram que sentem algum tipo de dor
na jornada de trabalho.

GRÁFICO 2 – Frequência da dor

Fonte: Questionário de autoria própria

Com relação a frequência da dor, 60% apresentam de duas a três vezes


durante o dia relato de dores musculares.

GRÁFICO 3 – Local de dor

Fonte: Questionário de autoria própria

Quando avaliado o local de dor apresentado, teve-se um percentual


significativo em coluna, chegando a 80% das respostas. Também o outro ponto
27

relevante é que a dor avaliada como coluna e pernas pode ser originalmente da
coluna, evidenciando o local de dor deste setor.
Com relação a postura realizada, todos assinalaram que fazem sua
atividade laboral andando/deambulando e todos pertencem ao mesmo setor de
“passadoria” das peças jeans.
Foi realizada a AEP da atividade com auxílio de uma fisioterapeuta do
trabalho (Crefito 8/ 216809 - F) e constatado o risco de queixas e lesões,
principalmente em coluna lombar, devido ao formato do carrinho utilizado e a
quantidade de peças manipuladas por dia.
Aplicou-se então a metodologia do diagrama de Ishikawa, que trata de uma
ferramenta de análises dos processos identificando a causa raiz do problema
(https://www.siteware.com.br/metodologias/diagrama-de-
ishikawa/#:~:text=O%20Diagrama%20de%20Ishikawa%20%C3%A9,identifica%C3
%A7%C3%A3o%20de%20oportunidades%20de%20melhoria. Consulta em 13/06).
Para esta situação em específico foi utilizado o diagrama, estabelecendo
algumas possíveis causas, conforme a figura 8.

Figura 8: Diagrama de Ishikawa aplicado

Fonte: Autoria própria.

Através das possíveis causas, chegou-se à conclusão de que a causa raiz


relacionada a “2- Máquina (equipamento)” é o que leva o funcionário fazer postura
inadequada de tronco/coluna lombar.
A partir deste entendimento foram feitos alguns testes a fim de verificar a
melhor maneira de adequar o carrinho, melhorando a postura e sem perder em
quantidade de produção.
De início foram testadas algumas hipóteses para ser feito um carrinho de
mecanismo parecido com uma plataforma pantográfica dentro da base com catraca
28

para subir e descer a plataforma conforme ia esvaziando o carrinho. Porém devido a


demanda de produção e o acionamento ser por meio de controle manual, entendeu-
se que não havia garantia da utilização correta e contínua do equipamento pois
demandaria mais tempo impactando na entrega das peças na linha de produção.
Em seguida, procurando possíveis melhorias em carrinhos já realizadas
em alguns estudos, e feito um brainstorm com o grupo encontrou-se uma sugestão
de adequação com molas em um site com um equipamento similar ao utilizado pelos
funcionários. Por ser uma forma prática e que garante a postura adequada
automática, sem precisar acionar qualquer dispositivo, dentro da estrutura do
carrinho.
Ficou definido que seria feito uma base móvel dentro do carrinho em forma
de plataforma e esta seria sustentada por molas, que conforme a quantidade de peças
que fossem retiradas, ela subisse dentro do carrinho, evitando a postura inadequada
de coluna do funcionário.

Figura 9 – Carrinho utilizado no processo de entrega das peças

Fonte: Autoria própria.


29

Figura 10 – Postura do colaborador ao pegar as últimas peças do


carrinho

Fonte: Autoria própria.

Observa-se que a postura adotada, com esta profundidade do carrinho, ao


fazer a retirada das últimas peças pode ser nociva a coluna lombar do funcionário.
Com a solução definida, iniciou-se a fase de cálculos para saber qual tipo
de mola que pode ser utilizada e o peso que ela suportaria.
O carrinho totalmente cheio de peças tem um peso de aproxidamente
97,60 KG. Foram definidas que seriam necessárias 6 molas para dar sustentação
tanto nos cantos da base quanto nas bordas laterais.
Inicialmente, com as medidas do carrinho, que são: 1020 milímetros (mm)
de comprimento X 710mm de largura X 850 mm de altura foi calculado que poderia
ser um mola de 02 mm de espessura por 15 mm de diâmetro com o auxílio do
catálogo de molas, disponível em: http://antigo.casafer.com.br/produto-2097-
Mola+de+Tracao .
30

Figura 11 – Catálogo de molas Casafer

Fonte: http://antigo.casafer.com.br/produto-2097-Mola+de+Tracao

E com a seguinte fórmula:


F= K. X , ficando desta forma:
97,60 . 9,80665 = K . 0,45
K= 97,6 . 9,80665
0,45
K= 2100 n/m.

Onde:
• F= Força
31

• K= Peso do carrinho
• X= deformação da mola

Com este cálculo chegou ao resultado de que essa mola suportaria até
210 KG.
Porém mesmo após os cálculos serem feitos, observou-se na prática que
a mola escolhida não aguentaria o peso da carga. Desta forma, avaliou-se cargas
com pesos específicos de 3 em 3 kg até chegar nos 28cm que precisaria para que o
suporte dentro do carinho sustentado pelas molas chegasse ao final sem que elas
estejam totalmente alongadas.
Aplicou-se o teste em um carrinho da empresa a fim de validar o
experimento e contatou-se sucesso no protocolo escolhido. Portanto, ficou definido
que se precisa de 6 molas de tração de 02 mm de espessura por 15 mm de diâmetro
com 350 mm de comprimento, em um carrinho 1020 mm de comprimento X 710mm
de largura X 850 mm de altura para que a plataforma desça a quantidade necessária
sem deformar.

Figura 12 – Carrinho Adequado

Fonte: Autoria própria.


4 DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

Após a implantação da melhoria em um dos protótipos utilizados na


empresa obteve-se os seguintes resultados:
Houve melhora na condição postural de coluna lombar e tronco
principalmente, e redução no grau de risco apontado na Avaliação Ergonômica
Preliminar, através da aplicabilidade das ferramentas iniciais (RULA, REBA e
Checklist de Couto).
Para o método RULA que avalia as posturas corporais, inicialmente houve
uma pontuação de 07 pontos, o que indica mudar imediatamente e que a tarefa
apresenta grau de risco de adoecimento eminente. Após a melhoria realizada esta
mesma ferramenta apresentou grau 04 o que indica investigar, reduzindo
significativamente o risco, conforme comparativo abaixo:
Figura 13 – Ferramenta RULA antes

Fonte: AEP realizada por fisioterapeuta do trabalho. Crefito 8/216809-F


33

Figura 14 – Ferramenta RULA depois

Fonte: AEP realizada por fisioterapeuta do trabalho. Crefito 8/216809-F

O mesmo fator de redução de risco apresentou-se para as demais


ferramentas inicialmente aplicadas. A própria NR-17 item 17.3.1.1 traz que
“A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho pode ser
realizada por meio de abordagens qualitativas, semiquantitativas,
quantitativas ou combinação dessas, dependendo do risco e dos requisitos
legais, a fim de identificar os perigos e produzir informações para o
planejamento das medidas de prevenção necessárias”. (NR- 17, p. 02).

Ainda falando em adequações ergonômicas foi soldado à estrutura do


carrinho uma pega tubular de 1 pol. para facilitar seu deslocamento dentro do setor.
Observando a melhoria também viu-se a necessidade de adequar o
equipamento ensacando as molas para que não haja risco de acidentes de
esmagamento ou preensão dos dedos/mãos dos funcionários.
34

Com relação a mola utilizada neste estudo, houve a necessidade de utilizar


uma mola de 02 mm de espessura por 15 mm de diâmetro com 350 mm de
comprimento, sendo ela do tipo de tração. Foram colocadas 6 molas na estrutura da
plataforma do carrinho para suportar o peso das peças jeans.
Entende-se que a partir das adequações e estudos feitos no projeto já
executado, recomenda-se a adequação dos demais carrinhos utilizados na empresa
com o mesmo propósito a fim de permitir uma boa postura para todos que realizarem
a tarefa.
5 CONCLUSÃO

Ao realizar uma tarefa ou atividade em sua jornada laboral, o funcionário


deve minimamente ter conforto e segurança.
Avaliando um setor de uma empresa de confecções de peças jeans através
da Avaliação Ergonômica Preliminar evidenciou-se o risco de lesões principalmente
em coluna lombar ou desconfortos osteomusculares ao utilizar um dispositivo auxiliar
(carrinho) para fazer o recolhimento e transporte de peças entre os setores.
Desta maneira, como objetivo geral do trabalho, identificou-se que era
preciso adequar o carrinho de forma que viesse a atender a demanda de produção,
mas ao mesmo tempo garantir a postura correta do colaborador.
Com algumas hipóteses levantadas optou-se por fazer um protótipo com
molas e uma base móvel que conforme a carga colocada dentro do carrinho adequam
a plataforma, deixando sempre em uma altura que permita bom posicionamento do
tronco e coluna para fazer a retirada das peças.
Foram realizados alguns testes até chegar em uma mola que suportasse
o peso da carga e que não se danificasse.
Adaptou-se um carrinho do setor, instalando 06 molas de tração de 02 mm
de espessura por 15 mm de diâmetro em sua estrutura interna. Desta forma o
colaborador conforme vai retirando as peças de cima, as molas trazem a base mais
próxima da borda superior, permitindo um bom posicionamento do trabalhador.
Ao longo do trabalho percebeu-se a necessidade de colocar uma proteção
nas molas, a fim de evitar acidentes com as mãos, e após a melhoria implantada, foi
aplicada novamente uma ferramenta ergonômica evidenciando a redução do risco
inicial. Adequou-se também a pega do carrinho, colocando um tubo de 1 polegada
para facilitar o manuseio dele.
Recomenda-se que a partir dos estudos realizados e das melhorias
implantadas, sejam feitos em todos os carrinhos da empresa a mesma adequação,
para que possa atender o maior número de colaboradores possíveis.
LINKS E REFERÊNCIAS

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que-é-ergonomia. Acesso em 25 de abril de 2023.

BEM PARANÁ. Sudoeste é importante polo de moda masculina. Disponível em:


https://www.bemparana.com.br/noticias/parana/sudoeste-e-importante-polo-de-
moda-masculina-do-
pais/#:~:text=A%20regi%C3%A3o%20concentra%20212%20empresas,t%C3%AAxti
l%20do%20Sudoeste%20do%20Estado. Acesso em 13/06/2023.

BASTOS, Wellinton Rodrigo Da Silva. Análise e dimensionamento de molas


helicoidais de tração para aplicação em bancada didática de vibrações.
Universidade Tecnológica Federal Do Paraná Coordenação De Engenharia
Mecânica, Curso de Engenharia Mecânica. Guarapuava, 2018.

CASAFER. Catálogos de molas de tração. Disponível em:


http://antigo.casafer.com.br/produto-2097-Mola+de+Tracao . Acesso em 13/06/2023.

COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: Manual Técnico da Máquina


Humana. V.I Belo Horizonte: Ergo, 1995.

GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia – Adaptando o trabalho ao homem.


Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.

LAMARÃO, A. M. et al. Translation, crosscultural adaptation to Brazilian-


Portuguese and reliability analysis of the instrument Rapid Entire Body
Assessment (REBA). Revista Brasileira de Fisioterapia, vol. 18, núm. 3, mayo-junio,
2014, pp. 211-217.

MODELO CUBA CARRO ERGONOMICO, 2023. Disponível em:


https://www.macambrasil.com.br/produtos/carrinho-cuba/carro-cuba-ergonomico-
mc420lerg4/. Acesso em 21/03/2023.

MORO, Norberto. Elementos de máquinas: molas. Instituto Federal de Santa


Catarina – Curso Técnico de Mecânica. Florianópolis, 2015.
37

NORMA REGULAMENTADORA No. 17 (NR-17), 2023. Disponível em


https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-
social/conselhos-e-orgaos-colegiados/ctpp/normas-regulamentadora/normas-
regulamentadoras-vigentes/norma-regulamentadora-no-17-nr-17. Acesso em
24/04/2023.

NEXGENERGO. Análise RULA. Disponível em


http://www.nexgenergo.com/ergonomics/HM-Analyzer-A.html. Acesso em
02/06/2023.

PORTAL DA INDUSTRIA, 2023. https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-


z/economia/. Disponível em https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-
z/economia/. Acesso em 25/04/2023.

RIO, R.P; PIRES, L. Ergonomia: Fundamentos da prática Ergonômica. 3ª edição,


Editora LTr, São Paulo, SP, 2001.

SITEWARE. Método Ishikawa. Disponível em:


https://www.siteware.com.br/metodologias/diagrama-de-ishikawa/. Acesso em
14/06/2023.

VERONESI JUNIOR, Jose Ronaldo. Fisioterapia do trabalho: Cuidando da saúde


funcional do trabalhador. 2ª edição. São Paulo: Andreoli, 2014.

VERONESI JUNIOR, Jose Ronaldo. Perícia Judicial. São Paulo: Pilares, 2004.

VIBRAMOL. Molas de tração/compressão. Disponível em:


https://www.vibramol.com.br/blog/molas-tracao-compressao-torcao/. Acesso em
13/06/2023.
38

ANEXO A – Avaliação Ergonômica Preliminar da atividade


AVALIAÇÃO ERGONÔMICA PRELIMINAR

Empresa Empresa de confecções Quedas do Iguaçu- PR Setor: Passadoria

Nome da Tarefa: Realizar reposição de peças jeans

Descrição da tarefa:
Colabradores tem a função de repor ou de retirar as peças do setor de passadoria e levá-las com auxílio de um carrinho para o setor de
acabamento final.
Mapeamento Ergonômico - Identificação de Perigos

Fatores Ergonômicos Condição identificada

Repetitividade Fator ausente na execução da tarefa.


Movimentação e Transporte Manual de Cargas Fator presente na execução da tarefa.
Uso de Força Fator presente na execução da tarefa.
Postura Fator presente na execução da tarefa.
Equipamentos, Ferramentas e Mobiliários Fator presente na execução da tarefa.
Organização do Trabalho Fator ausente na execução da tarefa.
Fatores Ambientais Fator ausente na execução da tarefa.
Fatores Cognitivos Fator ausente na execução da tarefa.
Fatores Complementares e outros riscos Fator ausente na execução da tarefa.
Classificação do Risco Ocupacional - Ergonômico
Matriz de Risco - Risco Real Risco presente, necessária tratativa.
Postura de Trabalho

Deslocamento eficaz (funcionário em posição ortostática consegue deslocar-se de 70 cm a 1 m para cada lado).

Envolvimento dos Trabalhadores

Os funcionários foram envolvidos e consultados no processo de Avaliação Ergonômica Preliminar?

Comentários: Sim, foram aplicados questionarios com relação a queixas álgicas e os locais de desconforto. Apresentaram queixas em
coluna lombar durante a jornada, mais que 2x.

Condições ambientais do trabalho


O fator ambiental demonstra compatibilidade com as características da tarefa.
Ruído
Iluminação O fator ambiental demonstra compatibilidade com as características da tarefa.
Temperatura O fator ambiental demonstra compatibilidade com as características da tarefa.
Umidade do ar O fator ambiental demonstra compatibilidade com as características da tarefa.
Velocidade do ar O fator ambiental demonstra compatibilidade com as características da tarefa.
Medidas de Controle existentes
Realiza rodízio de tarefas?

Não.

Plano de Ação

Fator Ergonômico Ação Data de conclusão


Postura. Adequar carrinho utiizado no transporte das peças 20/05/2023

Organização do Trabalho. Ajustar e implantar sistema de rodízios nas tarefas.

Elaboração | Responsável Técnico

Caroline Schmitz Martinazzo


Fisioterapeuta do trabalho Crefito 8/216809-F

Data da Elaboração: 23/04/2023


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ANEXO B – Ferramenta RULA


40

ANEXO C – Ferramenta REBA


41

APÊNDICE A – Modelo do carrinho antes


42

APÊNDICE B – Modelo do carrinho depois


43

APÊNDICE C- Questionário Aplicado E Termo Livre De Consentimento


Questionário:

1. Você sente algum tipo de dor durante a jornada de trabalho?


Sim ( ) Em qual parte do corpo? ________________________ Não ( )

2. Qual a frequência que você sente dor no dia?


1x ( ) 2 ou 3x ( ) Mais que 3x ( ) Durante toda a jornada de trabalho ( )

3. Qual o local do corpo que você sente dor?


Braços ( ) Coluna ( ) Pernas ( )

4. Qual a sua postura na jornada de trabalho?


Em pé ( ) Sentado ( ) Andando ( )

5. Qual atividade você realiza?


______________________________________________________________
44

Termo de consentimento livre e esclarecido

Eu___________________________________________________________________
Estou participando voluntariamente desta pesquisa, que tem como objetivo levantar dados
sobre a condição postural e a correlação de queixas álgicas a fim de auxiliar em um trabalho
acadêmico do curso de Técnico em Eletromecânica da cidade de Dois Vizinhos.
Não será divulgado meu nome e/ou meus dados ou nome da empresa.

Assinatura:

______________________________________________________________

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