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PC - RJ

NÍVEL SUPERIOR
Gramática

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Gramática
Bruno Pilastre

Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Gramática.......................................................................................................................................... 7
Classes de Palavras – Verbos....................................................................................................... 7
Classes de Palavras – Conjunções............................................................................................... 8
Análise das Estruturas Linguísticas do Texto/Morfossintaxe do Período Simples. . ....... 11
Crase..................................................................................................................................................13
Morfossintaxe do Período Composto.. ...................................................................................... 14
Funções do “QUE” e do “SE”.. .........................................................................................................15
Pontuação........................................................................................................................................ 18
Exercícios......................................................................................................................................... 24
Gabarito............................................................................................................................................ 32
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 33

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AULA ESSENCIAL 80/20
Gramática
Bruno Pilastre

Apresentação
Nesta Aula 80/20, meu objetivo é tornar a sua preparação mais eficiente. Primeiramente,
analiso o edital que normatiza o processo seletivo para a Polícia Civil do estado do Rio de Ja-
neiro (cargos de Nível Superior): Editais N. 1, 4 e 5 (de 21 de setembro de 2021). Você observa-
rá que o conteúdo programático de Língua Portuguesa – Gramática abrange muitos tópicos.
De modo a extrair os conteúdos mais relevantes dessas disciplinas, analiso as provas mais
recentes da banca Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame para a PC/RJ.
Dessa análise, explicito os pontos mais recorrentes, direcionando a sua preparação para o que
é mais importante, indo direto ao ponto.
Apenas uma observação: esta Aula 80/20 pressupõe uma articulação com os conteúdos
abordados em meu curso de Língua Portuguesa (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos
Online) . Partimos da abordagem mais ampla dos conteúdos (abarcando todos os tópicos do
edital) para, aqui, otimizarmos ao máximo sua preparação, direcionando as suas forças para
os conteúdos mais avaliados pela banca. Vamos ao trabalho, então!

Análise do Edital do Concurso para a PC/RJ

Segundo o item 4 do Edital, a prova de conhecimentos, de caráter eliminatório e classifica-


tório, com questões de múltipla escolha. Tendo em vista essa informação, considerarei essa
modalidade de questão em minha análise das provas anteriores.
Também no Edital (Anexo I – Conteúdo Programático), lemos que os seguintes conteúdos
de Língua Portuguesa (Nível Superior) serão exigidos:
• Ortografia. Acentuação gráfica.
• Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de
formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos.
• Emprego de tempos e modos dos verbos em português.
• Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração.
• Processos de coordenação e subordinação.
• Concordância nominal e verbal;
• Transitividade e regência de nomes e verbos;
• Padrões gerais de colocação pronominal no português;
• Emprego do sinal indicativo de crase.
• Pontuação.

TODOS os conteúdos elencados acima estão contemplados em meu curso de Língua Por-
tuguesa (aulas autossuficientes em PDF, Gran Cursos Online) . Como o objetivo agora é otimi-
zar a sua preparação, abordarei de forma objetiva e concisa os conteúdos mais relevantes para
a sua preparação – isto é, os conteúdos mais cobrados nas últimas provas.

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A seguir, faço a análise dos conteúdos mais abordados nas provas anteriores da banca
Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na sequência, apresento didaticamente os conteúdos teóri-
cos mais importantes. Por fim, trabalho as questões essenciais, ilustrando o modo como cada
um dos conteúdos é abordado pela banca.

Conteúdos de Língua Portuguesa mais Cobrados nas Últimas Provas da


Banca FGV
Provas Analisadas

A minha análise fundamenta-se nos dados extraídos da nossa plataforma Gran Cursos
Questões (área “Assuntos Frequentes”):
https://questoes.grancursosonline.com.br/
Trabalho com os seguintes filtros:
• Banca FGV;
• Anos de 2019, 2020 e 2021;

Filtros de busca: Gran Cursos Questões

Aplicados os filtros, o resultado da busca é este (3 principais disciplinas):

Temos então que a banca FGV, em suas provas dos anos 2019, 2020 e 2021, aplicou 2424
questões de Língua Portuguesa! E todas estão disponíveis em nossa plataforma Gran Cur-
sos Questões!

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Descrição dos Conteúdos Abordados nas Provas

E quais foram os tópicos de Língua Portuguesa – Gramática mais abordados nas provas
da banca FGV em 2019, 2020 e 2021? A seguir, mostro o Top 5 segundo a nossa plataforma
Gran Cursos Questões (com gráfico mostrando a porcentagem de incidência do conteúdo,
considerando apenas o somatório de questões do Top 5):

Conteúdo Porcentagem

Equivalência, substituição, reorganização e


25%
transformação de palavras ou trechos do texto

Análise das estruturas linguísticas do texto 21%

Pronomes e conjunções (coesão) 19%

Pontuação 17%

Verbos 15%

Tabela – Top 5 dos conteúdos mais recorrentes de Língua Portuguesa – Gramática nas provas da banca FGV
em 2019, 2020 e 2021

Gráfico – porcentagem dos conteúdos mais recorrentes (Top 5) de Língua Portuguesa – Gramática nas provas
da banca FGV em 2019, 2020 e 2021
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Conteúdos mais Avaliados

No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Gramática, os conteúdos são mais recor-


rentes são estes:
• Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou trechos do
texto;
• Análise das estruturas linguísticas do texto;
• Pronomes e conjunções (coesão);
• Pontuação;
• Verbos.

É claro que os termos acima não dizem muito sobre como cada conteúdo é abordado. Em
“pontuação”, por exemplo, sabemos haver questões sobre vírgula, aspas, parênteses etc. E
dentro do conteúdo de “vírgula”, por exemplo, há várias regras. É justamente aqui que realizo
o mapeamento e o detalhamento de cada conteúdo/tópico, direcionando a sua aprendizagem
para o que é realmente fundamental.
Após a exposição sobre os conteúdos mais relevantes, comento um conjunto de questões
de provas recentes da banca FGV que ilustram de maneira muito clara a abordagem em rela-
ção ao conteúdo de Língua Portuguesa – Gramática.
Bom, vamos direto ao ponto, então!

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GRAMÁTICA
Classes de Palavras – Verbos
São muitas as classes de palavras em português (10, segundo a Nomenclatura Gramatical
Brasileira) . Para a banca FGV, há duas classes que devem ser especialmente lembradas: as
conjunções e os verbos. As conjunções já foram destacadas no resumo sobre Coesão, ok? A
classe dos verbos, por sua vez, é sintetizada a seguir:

1ª (tema em - a)
2ª (tema em - e)
Conjugações
3ª (tema em - i)

Infinitivo
Particípio
Formas nominais
Gerúndio

Indicativo
Subjuntivo
VERBO Modo
Imperativo

Perfeito
Presente
Imperfeito
Tempo
Pretérito Mais que perfeito

Do presente
Futuro
Do pretérito
Singular
Categorias
Número Plural

Primeira

Pessoa Segunda
Terceira

Ativa

Voz Passiva
Reflexiva

Classe de palavra - verbo

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O que é importante para a prova: os valores semântico-discursivos dos modos e dos tem-
pos verbais, também sintetizados a seguir:

Modo Significado

Os fatos verbais relatados pelo falante são certos, reais,


INDICATIVO
verídicos (ou são tidos como tais).

Os fatos verbais relatados pelo falante são incertos, irreais,


SUBJUNTIVO
hipotéticos.

Há uma exigência (ordem, mando), exortação, orientação


IMPERATIVO ou pedido de súplica do falante em relação à necessidade
de o sujeito realizar o evento.

O tempo presente é comum, por exemplo, em textos científicos e teóricos (e dissertações


filosóficas). O tempo passado (pretérito) é comum em narrativas, reportagens e notícias (que
reportam eventos já ocorridos).
O aspecto verbal também é objeto de avaliação: é importante diferenciar o perfeito (ação
tida como conclusa, encerrada) do imperfeito (ação tida como inconclusa, não encerrada) .
Para encerrar a análise das classes de palavras, a banca FGV tem cobrado com frequência o
modo como um substantivo é modificado por adjetivos: via modificação interna ao sintagma nomi-
nal (por adjuntos adnominais) ou via predicação (predicativo do sujeito ou predicativo do objeto).

Classes de Palavras – Conjunções


A classe de palavras “conjunção” possui duas propriedades morfológicas importantes: (i)
são invariáveis (isto é, não flexionam); e (ii) é fechada (o número de conjunções é limitado e
relativamente estável).
No âmbito sintático, as conjunções relacionam termos, expressando relações de sentido
(como adversão, adição, conclusão, explicação etc.).
Em termos textuais, as conjunções são articuladores coesivos sequenciais. A coesão se-
quencial é aquela que permite que o texto progrida, que o texto avance – além, é claro, de
estabelecer as relações lógicas entre as partes (como eu já disse, de conclusão, oposição,
concessão etc.).
As questões sobre coesão sequencial trabalham dois pontos centrais: (i) os valores se-
mântico-discursivos dos conectores (subordinativos e coordenativos); e (ii) a possibilidade de
substituição de um conector por outro. O mapa a seguir sintetiza os conectores:

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mas

porém

todavia
Adversativas
contudo

no entanto

entretanto

Aditivas nem (equivalendo a “e não”)

mas (precedido de “não só”)

quer (equivalendo a “porque”)


Conjunções pois (antes do verbo)
Explicativas
Coordenativas pois que

porquanto

logo

pois (após o verbo)


Conclusivas
portanto

por conseguinte

ou ... ou

ora ... ora


Alternativas
já ... já

quer ... quer

Conectores (conjunções coordenativas)

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se que (empregada para a noção
de “afirmação”)
salvo se Integrantes
se (empregada para a noção
exceto se de “dúvida”, “incerteza”)
contanto que Condicionais
desde que
porque
sem que
já que
caso
visto que
Causais
uma vez que
embora
que (equivalendo a “porque”)
ainda que
como (equivalendo a “porque”)
mesmo que Concessivas
se bem que
que
posto que CONJUNÇÕES
do que (precedidos de “mais” ou “menos”)
SUBORDINATIVAS Comparativas
como
como
quanto (precedido de “tal”, “tão” ou “tanto”)
conforme
Conformativas
consoante
à medida que
segundo
Proporcionais à proporção que

ao passo que
que (precedido de “tal”, “tanto”, “tamanho” ou “tão”)

de sorte que Consecutivas


quando
de forma que
enquanto

assim que
a fim de que
Temporais
para que logo que
Finais
porque (equivalendo a “para que”) até que

que (equivalendo a “para que”) mal

Conectores (conjunções subordinativas)

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Análise das Estruturas Linguísticas do Texto/Morfossintaxe do Período Simples
A seguir, você pode relembrar os principais termos do período simples:
Simples

Composto
Sujeito
Indeterminado

Oração sem sujeito


adjetivo

Nominal Verbo de ligação + substantivo

preposição
Verbo intransitivo
Verbal
Predicado Os complementos verbais
podem ocorrer sob forma de
pronome pessoal oblíquo
Termos essenciais
direto (sem preposição)
Verbo transitivo
Oração: SUJEITO + indireto (com preposição)
Verbo-nominal
PREDICADO
As formas adjetivas
concordam em gênero
e número com o termo
predicado

do sujeito
Predicativo
do objeto

Possui mesmo índice referencial de outro termo nominal

Não é preposicionado
Termos acessórios Aposto
Não possui núcleo verbal flexionado (marcado temporalmente)

É isolado por vírgulas (ou travessões, ou parênteses) ou introduzido por dois-pontos

Termos essenciais e acessórios do período simples

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Nas provas da banca FGV, duas noções são fundamentais: a tipologia do sujeito (isto é, os
tipos de sujeito) e a tipologia do predicado verbal (isto é, os tipos de predicado verbal).
Sobre os tipos de sujeito, é necessário conhecer a técnica para identificá-los: pergunte ao
predicado “quem é quê [predicado]?”. Essa técnica funciona para sujeitos em posição canôni-
ca (tipo S-V) e para sujeitos em posição pós-verbal. Destaque para o fato de que a banca exige
recorrentemente a identificação de sujeitos pospostos.
Eu também destaco a indeterminação do sujeito, que ocorre de duas maneiras:

- terceira pessoa do plural (sem referente anterior)


- terceira pessoa do singular com I. I. DO SUJEITO (SE). Essa estrutura é comum em verbos
transitivos indiretos e intransitivos.

Nos predicados verbais, é preciso identificar os tipos de complemento dos verbos transiti-
vos (direto, indireto; oracional). Essa identificação pode ser feita pela fórmula:
quem [verbo], [verbo] COMPLEMENTO

- Verbo “comprar”: quem compra, compra ALGO


- Verbo “entregar”: quem entrega, entrega ALGO a ALGUÉM

Quando o verbo é transitivo indireto, é preciso atenção se a preposição exigida for “a”, como
em “entregou o medicamento a [alguém]”. Nesse caso, se o objeto indireto (regido pela preposi-
ção “a”) tiver como núcleo um termo determinado por artigo definido feminino, a crase ocorre:

Entregou o medicamento à paciente do leito 38.

Nesse caso, “a paciente do leito 38” é termo feminino de natureza definida, e por isso o
artigo “a” o antecede.
Lembre-se: não ocorre crase (e a banca FGV SEMPRE avalia esse tipo de conhecimento)
quando o termo introduzido pela preposição “a” é um verbo, um pronome pessoal ou qualquer
forma que não aceite artigo definido feminino (por exemplo, todo e qualquer termo masculino).
Outro ponto muito importante ligado à transitividade verbal é a transposição voz ativa<>voz
passiva. Nesse caso, APENAS verbos que selecionem objeto direto na ativa podem apassivar.
Além disso, é bom destacar que, na passiva sintética (aquela com a partícula apassivadora
“se”), o verbo flexiona de acordo com o sujeito (que tipicamente está posposto).
Na morfossintaxe do período composto, lembre-se de diferenciar as orações subordinadas
adjetivas restritivas das explicativas: estas sempre ocorrem separadas por vírgula.

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Crase
Vejamos mais um pouco o fenômeno de crase: casos facultativos, casos proibitivos e casos obrigatórios.
Diante de possessivos
Diante de substantivos próprios (havendo mudança de sentido, especialmente relacionado às
noções de familiar/não familiar)
Quando o verbo admite dupla regência (com ou sem a preposição “a”).
Casos facultativos
Quando o termo substantivo feminino pode ser percebido como determinado (sendo determinado
de crase pelo artigo definido) ou como indeterminado (não sendo determinado pelo artigo definido). Nesse
caso, haverá mudança de sentido no que diz respeito à noção de determinado/indeterminado.

Antes de palavras masculinas.


Antes de verbos.
Antes de artigo indefinido.
Antes de pronomes demonstrativos.
Antes de pronomes relativos.
Antes de pronomes indefinidos.
EMPREGO DO SINAL Casos proibitivos
Antes de pronomes pessoais
INDICATIVO DE CRASE
Enfim: diante de toda e qualquer palavra que não aceita artigo definido feminino “a(s)”.
Em locuções adverbiais constituídas apenas de preposição “a” e substantivo feminino plural (isto é,
sem artigo definido feminino): “a três vozes”, “a duas mãos”.
Em locução adverbial constituída de palavra feminina repetida: “gota a gota”, “ponta a ponta”.

Quando há presença (obrigatória) de preposição e artigo definido feminino (singular ou plural) ou


de pronome demonstrativo (aquele(a)(s), do tipo substantivo ou adjetivo).
Em locuções (adverbiais, conjuntivas e prepositivas) constituídas de preposição “a”, artigo definido
Casos obrigatórios feminino e substantivo feminino plural: “às vezes”, “à custa de”, “à medida que”.
Quando é possível depreender as formas “à moda de”, “à maneira de”.

CRASE: casos facultativos, casos proibitivos e casos obrigatórios

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Morfossintaxe do Período Composto
Na morfossintaxe do período composto (sintetizada no mapa mental a seguir), lembre-se de diferenciar as orações subordinadas adjeti-
vas restritivas das explicativas: estas sempre ocorrem separadas por vírgula.
aditiva Podem ser substituídas por
uma forma pronominal neutra,
Coordenada assindética
adversativa como “isso”
Por COORDENAÇÃO

alternativa subjetiva
Coordenada sindética
direta

conclusiva objetiva
indireta

explicativa
completivo-nominal

Substantiva predicativa

PERÍODO
COMPOSTO apositiva causal

comparativa
restritiva (não é isolada por pontuação)

Adjetiva
consecutiva
explicativa (é isolada por pontuação
Período Composto
Por SUBORDINAÇÃO concessiva

condicional
Adverbial

conformativa

final

proporcional

temporal

Morfossintaxe do período composto


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Funções do “QUE” e do “SE”
Ah, as funções das formas “que” e “se” (nos períodos simples e composto) também são importantes. Confira o mapa mental a seguir:

Não possui função sintática e pode ser omitida

Substantivo Palavra denotativa de realce (expletiva)

Pronome interrogativo

Substantivo Índice de indeterminação do sujeito


Pronome indefinido

Apassivador
Pronome relativo
Pronome oblíquo
Reflexivo/recíproco
Advérbio de intensidade

Preposição acidental MORFOSSINTAXE Parte integrante do verbo


Que DO “QUE” Se
Coordenativa E DO “SE”
Conjunção Integrante (nas subordinadas substantivas)

Subordinativa
Interjeição
Nas subordinadas adverbiais

Não possui função sintática e pode ser omitida


Conjunção Condicional
subordinativa
Palavra denotativa de realce (expletiva)
Causal

Temporal

Funções do “que” e do “se”

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Por fim, vejamos o conteúdo sobre concordância. Nos mapas mentais a seguir, você pode observar os principais casos de concordância
verbal e concordância nominal:
Padrão: a flexão verbal manifesta os traços de número e
pessoa do sujeito gramatical

Com verbos impessoais Pede preposição “a” junto ao seu objeto indireto.

1ª pessoa tem prioridade em relação à 2ª pessoa

quando há mais de uma pessoa gramatical (aquelas: 1ª, 2ª e 3ª), deve-se respeitar a seguinte hierarquia 2ª pessoa tem prioridade em relação à 3ª pessoa

quando os núcleos do sujeito composto estiverem ligados pela preposição “com”, o núcleo verbal será flexionado no plural

quando cada um dos núcleos do sujeito composto estiver acompanhado da palavra “cada” ou “nenhum”, o núcleo verbal será flexionado no singular

SINTAXE DE Regras para sujeito com núcleo composto em ordem SVO quando os núcleos do sujeito forem formas infinitivas, a flexão ocorre no singular

CONCORDÂNCIA a flexão pode ocorrer no singular ou no plural quando o sujeito composto for constituído pelas formas “um e outro”, “nem um nem outro”

(VERBAL) quando os núcleos do sujeito composto forem ligados por “nem ... nem ...”, o verbo ocorre preferencialmente no plural

quando o “ou” indica exclusão: concordância no


singular

quando o “ou” indica retificação ou sinonímia:


se os núcleos do sujeito composto forem ligados por “ou”, temos as seguintes possibilidades
concordância com o núcleo mais próximo (por
atração)

quando o “ou” indicar adição/inclusão: concordância


no plural

quando o núcleo do sujeito é uma palavra com sentido coletivo, o verbo fica no singular

quando o sujeito de uma subordinada adjetiva é formado pelo pronome relativo “que”, o verbo deve
concordar com os traços do referente do pronome relativo

nas expressões do tipo [pronome interrogativo/demonstrativo/indefinido no plural + de nós/de vós], o


verbo concorda com o pronome no plural ou com as formas nós/vós

em topônimos pluralizados (isto é, em nomes geográficos que ocorrem sempre no plural), o plural
Regras para sujeito simples (com um núcleo) em ordem SVO ocorrerá quando da presença obrigatória do artigo plural antes do topônimo

quando o sujeito é formado por expressões como “menos de”, “cerca de”, “perto de” + NUMERAL, o
núcleo verbal concorda com o numeral

na voz passiva sintética (aquela formada com o pronome “se” e que ocorre sem agente da passiva), o
núcleo verbal concorda com os traços do sujeito (seja singular, seja plural)

quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo sempre fica na terceira pessoa (do singular
ou do plural)

Casos de concordância verbal

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SINTAXE DE
CONCORDÂNCIA Padrão: o núcleo do sintagma nominal desencadeia a concordância
(NOMINAL) nos demais termos a ele vinculados.

Quando o sujeito é simples, o predicativo do sujeito concordará


com os traços do núcleo

Quando o sujeito é simples, mas formado por expressões


partitivas, como “a maioria de”, a concordância é dupla: ocorre com
a expressão partitiva ou com o especificador do termo partitivo.

Junto: Elas viviam juntas no apartamento.

Obrigado: A Ana ficou obrigada por tantas gentilezas.

Extra: Os trabalhos extras serão pagos.

Quite: Os comerciantes ficaram quites com a Receita


Federal.
Quando possuem valor adjetivo (e modificam um
nome, seja por adjunção, seja por predicação), as Anexo: As pastas anexas devem ser utilizadas na auditoria.
seguintes palavras são flexionadas
Mesmo: A médica mesma fez o exame.
Casos específicos
Bastante: Posso citar bastantes exemplos de filmes de
terror.

Meio: Ela levou meia hora para chegar.

Bastante: Almocei bastante ontem.

Meio: Elas estavam meio cansadas.


Não são flexionadas as seguintes palavras (quando
Junto: A cantina fica junto da quadra
em função de advérbios) de esportes.

Caro: Comprou caro aquele carro


usado.

Casos de concordância nominal

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Pontuação
A banca FGV avalia de duas maneiras o emprego dos sinais de pontuação: (i) valor expres-
sivo da pontuação (como uso das aspas); e (ii) correção gramatical.
A pontuação de um texto é capaz de trazer diversos matizes discursivos, além de ampliar
consideravelmente a expressividade. Por exemplo, a pontuação (juntamente com o desloca-
mento) é capaz de dar destaque a certos itens da frase:

a) Fabiano caminhava com extrema dificuldade.


b) Com extrema dificuldade, Fabiano caminhava.

Na frase em (b) , o adjunto adverbial “com extrema dificuldade” foi deslocado de sua posi-
ção final (canônica) para o início do período. A posição inicial é mais privilegiada em termos
informacionais (o leitor presta mais atenção nesse comecinho), por isso o deslocamento é um
recurso de destaque (juntamente com a pontuação, que marca o deslocamento).
Trabalharei dois sinais, os quais são muito recorrentes em provas da banca FGV: as aspas e
a vírgula.
O uso mais comum das aspas é o de delimitar uma citação textual. Também se utilizam
as aspas para identificar, dentro de um texto, títulos (de obras, textos, capítulos e mídias em
geral), palavras estrangeiras e metalinguagem.
Outro uso muito comum das aspas é do tipo subjetivo, em que o autor, ao adotar as aspas
em determinado texto, indica ironia, descrençam, malícia, imprecisão etc. Para que a inter-
pretação do valor semântico-discursivo das aspas torne-se mais clara, sugiro realizar a leitura
global do texto. Nessa leitura, é possível depreender o “tom” adotado pelos enunciadores (e,
consequentemente, qual valor é veiculado pelo emprego das aspas).
No emprego da vírgula, importa saber o seguinte:
Não se separa por vírgula o sujeito de
seu predicado (na ordem direta)

Não se separa o verbo de seus complementos


(quando em ordem direta)

A vírgula também não pode ser utilizada para separar o


CASOS PROIBITIVOS substantivo de seu complemento ou adjunto

Não há vírgula entre o agente da passiva e seu núcleo


verbal (auxiliar + particípio)

Não há vírgula entre o termo predicativo (do


sujeito ou do objeto) e o termo predicado

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Casos em que o emprego da vírgula é PROIBIDO:

Isolando aposto
Isolando vocativo
Isolando expressões exemplificativas,
retificativas, explicativas etc.
Entre termos coordenados em uma enumeração
Entre termos repetidos
Em termos deslocados da ordem canônica
Isolando adjuntos adverbiais de longa
extensão deslocados
para separar orações coordenadas sindéticas adversativas,
alternativas, conclusivas e explicativas
CASOS OBRIGATÓRIOS
para separara orações subordinadas adjetivas explicativas

para separar orações subordinadas substantivas deslocadas

No período composto, a vírgula é separar orações subordinadas adverbiais, especialmente


aplicada: quando ocorrem em início de período, antes da oração
principal

Isolando oração interferente

para marcar elipse de verbo

para separar orações coordenadas assindéticas

No período composto, a vírgula NÃO é aplicada em orações


coordenadas sindéticas aditivas ligadas por “e” ou “nem”

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Casos em que o emprego da vírgula é OBRIGATÓRIO

Quando o adjunto adverbial for de curta extensão e estiver


CASOS deslocado para o início do período
FACULTATIVOS Quando o adjunto ocorre após a ordem SVO

Casos de emprego opcional da vírgula

Equivalência, Substituição, Reorganização e Transformação de Palavras ou


Trechos do Texto/Reescrita

Em questões de “Equivalência, substituição, reorganização e transformação de palavras ou


trechos do texto”, a banca FGV pode avaliar:
• a preservação de estrutura gramatical (norma culta) ;
• a preservação de sentido original do texto;
• a preservação da estrutura gramatical E do sentido original do texto;
• a preservação de organização textual (períodos, parágrafos etc.) (no âmbito da coerên-
cia e da coesão).

Professor, então nas questões de reescrita a banca FGV pode avaliar qualquer conteúdo
de Língua Portuguesa?

EXATAMENTE! Eu costumo chamar a denominação “reescrita” como termo coringa para


a banca cobrar todo e qualquer conteúdo de gramática, semântica ou texto. É um desafio, eu
sei. Você precisa articular bem seus conhecimentos de gramática aos conhecimentos de texto
(tipologia, gêneros, níveis de formalidade, coesão, coerência, estrutura do parágrafo etc.).
No âmbito gramatical, os principais tópicos avaliados em questões de reescrita são estes:

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Equivalência de conectivos no período
composto (por coordenação e por subordinação).
uso de conectivos (conjunções)

Uso de vírgula para isolar termos


deslocados
pontuação Uso inadequado de vírgula para
separar termos em ordem direta (SVO) Sempre ficam na
Identificação da relação entre a forma verbal e o terceira pessoa do
sujeito que desencadeia a flexão; singular
Verbos impessoais: haver, meteorológicos
haver “existencial”
concordância (nominal e verbal) (ficam sempre na terceira pessoa do singular);
meteorológicos
Sujeito posposto;

Distinção TEM/TÊM: tem (sujeito na 3ª pessoa


do singular); têm (sujeito na 3ª pessoa do
plural).

assistir
QUESTÕES DE
REESCRITA aspirar

avisar PALAVRAS MASCULINAS

Verbos mais recorrentes implicar NÃO PODE HAVER CRASE DIANTE DE: VERBOS
regência (e crase) pedir PRONOMES PESSOAIS

obedecer

visar

Verbos que regem a preposição “a”:


possível ocorrência de crase.

Observar fatores de próclise


colocação e ordem de termos

É importante sempre observar o contexto de


ocorrência do vocábulo
sinonímia e antonímia
Um teste de compatibilidade (para termos sinônimos)
é a releitura do trecho com o novo vocábulo

uso de pronomes (referenciação)

Tópicos recorrentes em questões de reescrita

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Gramática
Bruno Pilastre

No âmbito da Interpretação de Textos, a reescrita é tratada como um fenômeno de paráfra-


se, definida como “diferentes formas de dizer a mesma coisa; frase sinônima”. Assim, a pará-
frase é o recurso linguístico de dizer a mesma coisa de diferentes formas. A frase declarativa
a seguir pode ter diversas paráfrases:

O João Gabriel comprou aquela guitarra na Amazon.

Paráfrases:

(i) Foi na Amazon que o João Gabriel comprou aquela guitarra. [clivagem]
(ii) Aquela guitarra foi comprada na Amazon pelo João Gabriel. [apassivação]
(iii) O João Gabriel comprou, na Amazon, aquela guitarra. [deslocamento]
(iv) Ele a comprou lá. [pronominalização]

Há diversas formas de se realizar paráfrases. As principais são estas:

mudança de nível de formalidade (formal<>informal)

mudança no tipo de discurso (direto<>indireto)

nominalizações
o sinal <> significa “vice-versa”

mudança de voz (ativa<>passiva)

de constituintes

deslocamento de períodos dentro de um parágrafo

de parágrafos em um texto

PARÁFRASE
sinonímia

de itens lexicais hiponímia

hiperonímia

tempos e modos verbais

de categorias gramaticais aspecto verbal


substituição vocabular
gênero e número (nomes)

via conversão de classe (nominalização,


formação de advérbios em -mente etc.)
de palavra<>locuções/perífrases
de conectores (conjunções e preposições)

pronominalização e substituição de formas


pronominais (especialmente do relativo “que”)

Tipos de paráfrases mais recorrentes

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AULA ESSENCIAL 80/20
Gramática
Bruno Pilastre

Professor, e quando a banca usa o termo “correção”?

Por correção gramatical, entende-se apenas a estrutura morfossintática do período (e sua


pontuação). Em uma questão que trata apenas a correção gramatical, não se considera a ma-
nutenção de sentidos originais. Por correção gramatical, então, devemos considerar as regras
da gramática normativa, aquelas que enunciam, por exemplo, que “não se separa com vírgula
o sujeito de seu predicado”.
São raras as questões que trabalham apenas a correção gramatical. O mais comum é a
questão que avalia a “correção gramatical” e “os sentidos originais do texto”.

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EXERCÍCIOS
001. (FGV/AL-RO/ASSISTENTE/2018)

Do Casamento
O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem cau-
sar falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e
variam de cultura para cultura. Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas prelimina-
res do casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho escolhia uma fêmea,
batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna. Com o passar do tempo
este método foi sendo abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das mu-
lheres, que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O homem precisava aproximar-se
dela, cheirar seus cabelos, grunhir no seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela
estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna. (fragmento)
VERÍSSIMO, Luís Fernando, Comédias da Vida Privada. Ed. LPm. 1994.

Assinale a opção em que a frase do texto mostra um exemplo de voz passiva verbal.
a) “O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar
falatório na vizinhança.”
b) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam de cultura
para cultura.”
c) “O macho escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a
sua caverna.”
d) “Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do casamento – corte,
namoro, noivado etc. – era abreviado.”
e) “...quando ela estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para
a caverna.”

002. (FGV/AL-RO/ADVOGADO/2018)

Dado Preocupante
No primeiro semestre deste ano, 80 mil alunos deixaram de ingressar em faculdades par-
ticulares de todo o país, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período de
2017. Desde 2015, a fuga de ingressantes é de 20%. Juntos, Rio, Minas e Espírito Santo tiveram
redução de 25,7% no número de calouros. O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mante-
nedoras de Ensino Superior (Semesp) com 99 instituições. Desemprego, queda de renda, crise
econômica, redução dos programas de financiamento estudantil são as razões apontadas pelo
Semesp para a diminuição de matrículas. No Rio, a violência agrava o problema, porque deses-
timula quem estuda à noite.
O Globo, 24/07/2018 (adaptado)

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“O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) com
99 instituições.”
Essa frase do texto exemplifica a voz passiva; assinale a forma verbal correspondente à que
está sublinhada, na voz ativa.
a) fez-se.
b) fazia.
c) fazia-se.
d) fizera.
e) fez.

003. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018)

Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na linguagem cotidiana, usa-
mos os dois termos indistintamente. Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resul-
tados são valorizados. Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a obter
sucesso. No entanto, apenas os sábios conseguem uma felicidade autêntica. Eles são guiados
por valores e preocupados em fazer uso da bondade, aplicando uma visão mais otimista à vida.
Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada uma definição
simples: a faculdade das pessoas de agir de maneira sensata, prudente ou correta. Sendo
assim, a primeira pergunta que vem à mente é: a inteligência não nos dá a capacidade de nos
movimentarmos no nosso dia a dia da mesma maneira? Um QI médio ou alto não nos garante
a capacidade de tomar decisões acertadas?
É claro que sim. Também é claro que quando falamos de inteligência surgem diferentes
nuances. Por isso, o tipo de personalidade e a maturidade emocional são fatores que influen-
ciam mais concretamente as realizações das pessoas. Isso também é verdadeiro em relação
à capacidade de investir mais ou menos em seu próprio bem-estar e no dos outros.
Em vista disso, inteligência e sabedoria são dois conceitos interessantes. Assim, podere-
mos ter uma ideia mais precisa e útil do que realmente são. Afinal, se queremos algo, além de
ter um alto QI, é necessário desenvolver uma sabedoria excepcional e moldar uma personalida-
de virtuosa. Isso vai um passo além do cognitivo e do emocional. “A verdadeira sabedoria está
em reconhecer a própria ignorância.” Sócrates.
Disponível em https:amentemaravilhosa.com.br/inteligencia-e-sabedoria/

A frase do texto que NÃO exemplifica a voz passiva é:


a) Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são valorizados”;
b) “Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a obter sucesso”;
c) “Eles devem ser observados, analisados e desconstruídos”;
d) “Eles são guiados por valores e preocupados em fazer uso da bondade”;

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e) “Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada uma defini-
ção simples”.

004. (FGV/MPE-AL/ANALISTA/2018)

Oportunismo à Direita e à Esquerda


Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos o direito de reunião e de greve, en-
tre outros, obedecidas leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime de liberdades,
há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos e seus responsáveis, punidos,
conforme estabelecido na legislação.
É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos caminhoneiros, concluídas as investi-
gações, por exemplo, da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se beneficiar
do barateamento do combustível.
Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise. Inclusi-
ve, neste ano de eleição, com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não faltam, também, os
arautos do quanto pior, melhor, para desgastar governantes e reforçar seus projetos de poder,
por mais delirantes que sejam. Também aqui vale o que está delimitado pelo estado democrá-
tico de direito, defendido pelos diversos instrumentos institucionais de que conta o Estado –
Polícia, Justiça, Ministério Público, Forças Armadas etc.
A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o siste-
ma produtivo funcionando, do qual depende a sobrevivência física da população. Isso não pode
ser esquecido e serve de alerta para que as autoridades desenvolvam planos de contingência.
O Globo, 31/05/2018.

A frase a seguir que apresenta uma forma de voz passiva é:


a) “Numa democracia, é livre a expressão”.
b) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento...”.
c) “Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos”.
d) “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise”.
e) “...que mantêm o sistema produtivo funcionando”.

005. (FGV/CÂMARADE SALVADOR-BA/ANALISTA/2018)

Prioridade à cultura
A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não se dá por acaso.
Mesmo num contexto em que o governo trabalhe pela extinção de uma série de políticas e
pilares que sustentam a cultura brasileira, os atos em defesa desta são vistos com desdém.
É muito comum que, em situações diversas, generalize-se a opinião de que políticas públicas
para a cultura não devem ser prioritárias. Combater essa generalização equivocada é urgente.

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O Brasil precisa ampliar as discussões sobre a cultura, em vez de abandoná-las. A desi-


dratação frequente que a gestão pública do setor vem sofrendo inibe a consolidação de me-
canismos de mapeamento contínuo da economia da cultura, capazes de garantir o acesso da
população aos bens culturais.
Chico D’Ângelo, O Globo, 22/11/2017 (adaptado)

A frase do texto que se apresenta na voz passiva é:


a) “A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não se dá por acaso”;
b) “...a gestão pública do setor vem sofrendo...”;
c) “...generalize-se a opinião...”;
d) “...política públicas para a cultura não devem ser prioritárias”;
e) “Combater essa generalização equivocada é urgente”.

006. (FGV/AL-RO/ANALISTA/2018) Em todas as frases a seguir foram sublinhados o adjetivo


e o termo substantivo a que ele se refere e com que concorda; assinale a frase em que essa
referência está indicada corretamente.
a) “Ser marido é um trabalho de tempo integral.”
b) “A cachaça de Minas é das mais saborosas do país.”
c) “Os maridos das mulheres de que gostamos são sempre uns imbecis.”
d) “É preciso realmente que um homem morra para que outros possam apurar o seu justo valor.”
e) “Há quem esteja disposto a morrer para fazer com que morram os seus inimigos.”

007. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/AUXILIAR/2017)


Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século passado, havia um menino
que, além de muito levado, era também muito mentiroso, e que, certo dia, após aprontar muito
na sala de aula, foi colocado de castigo no porão da escola por sua professora.
Depois de certo tempo, o menino começou a gritar desesperadamente que havia uma cobra
com ele, mas, como ele era muito mentiroso, ninguém levou a sério. Dizem que seria uma enor-
me sucuri, que devorou o garoto depois de matá-lo por esmagamento; há versões que dizem
até que, quando a professora entrou no porão, ainda pôde ver o pé do menino desaparecendo
na boca da cobra.
A partir dessa trágica data, o fantasma do menino passou a assombrar os porões de diver-
sas escolas.
Se colocarmos a frase “havia um menino” no plural, a forma correta será:
a) “haviam uns meninos”.
b) “haviam meninos”.
c) “haviam os meninos”.
d) “havia os meninos”.
e) “havia uns meninos”.

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008. (FGV/IBGE/AGENTE/2017)

Texto 1
“A democracia reclama um jornalismo vigoroso e independente. A agenda pública é deter-
minada pela imprensa tradicional. Não há um único assunto relevante que não tenha nascido
numa pauta do jornalismo de qualidade. Alguns formadores de opinião utilizam as redes so-
ciais para reverberar, multiplicar e cumprem assim relevante papel mobilizador. Mas o pontapé
inicial é sempre das empresas de conteúdo independentes”.
(O Estado de São Paulo, 10/04/2017)

Observe os seguintes casos de concordância nominal retirados do texto 1:


1. A democracia reclama um jornalismo vigoroso e independente.
2. A agenda pública é determinada pela imprensa tradicional.
3. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de conteúdo independentes.
A afirmação correta sobre essas concordâncias é:
a) os dois adjetivos da frase (1) referem-se, respectivamente a ‘democracia’ e ‘jornalismo’;
b) os adjetivos da frase (1) deveriam estar no plural por referirem-se a dois substantivos;
c) na frase (2), a forma de particípio ‘determinada’ se refere a ‘imprensa’;
d) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ está corretamente no plural por referir-se a ‘empresas’;
e) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ deveria estar no singular por referir-se ao substantivo
‘conteúdo’.

009. (FGV/AL-RO/TAQUIGRAFIA/2018)
Todos os elementos discursivos – entidades, processos e atributos – aparecem ligados a ou-
tros termos através de elementos de relação (conjunções e preposições).
A frase abaixo em que o elemento de relação sublinhado é de caráter obrigatório em função da
regência de um termo anterior é:
a) Viajavam sempre durante as férias.
b) Apesar de tudo, as férias foram boas.
c) Precisamos de mais férias durante o ano.
d) Saímos quando chegaram as férias.
e) Fomos para a Europa durante as férias.

010. (FGV/AL-RO/ANALISTA/2018) Assinale a frase que apresenta um erro de regência.


a) “Todos amam os bons, mas os exploram. Todos detestam os maus, mas os temem e lhes
obedecem.”
b) “Toda arte aspira continuamente à condição da música.”
c) “Não quero que as pessoas sejam muito gentis: isso me poupa do trabalho de gostar
muito delas.”
d) “Culpamos as pessoas que não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.”
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e) “A embriaguez excita e traz à luz todos os vícios.”

011. (FGV/FIOCRUZ/TECNOLOGISTA/2010) Assinale a alternativa em que o emprego do


acento grave indicativo da crase está incorreto.
a) “da mais inconsequente opção pessoal às mais sérias decisões do governo”.
b) “...e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam”.
c) “...para que alguém possa chegar, sempre, às melhores decisões”;
d) “...não se sujeitando à interferências ou pressões externas”.
e) “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes”.

012. (FGV/PREFEITURA DE OSASCO-SP/AGENTE/2014)


“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com
maior oscilação no período”.
Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas” representa:
a) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;
b) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;
c) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
d) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
e) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.

013. (FGV/CÂMARA DE RECIFE-PE/ASSISTENTE/2014) “Isso se dá graças à tecnologia da in-


formação”; nesse caso, o acento grave indicativo da crase representa:
a) a união de dois artigos definidos;
b) a junção de duas preposições;
c) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
d) a união de uma preposição com um artigo definido;
e) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.

014. (FGV/ANALISTA/MP-RJ/2019/Q1143746) Alguns termos de um texto são explicitados


por termos posteriores (catáforas) e não por termos anteriores, como nas anáforas.
A frase abaixo que tem um exemplo de catáfora é:
a) Ele é um grande craque, esse tal de João;
b) Encontrei o deputado numa festa, mas nunca mais o vi;
c) Comprei o novo computador no Mercado Livre;
d) As frutas e os legumes eu trouxe, mas o restante, não;
e) Os meus vizinhos sempre me auxiliam nas tarefas.

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015. (FGV/ANALISTA/MP-RJ/2019/Q1143740) Na frase “Ele sempre preocupou-se em com-


prar o mais barato, mas seus irmãos nem sempre fizeram isso”, o verbo “fazer” substitui toda
uma oração. A frase abaixo em que ocorre o mesmo é:
a) O árbitro marcou corretamente todas as faltas, mas o bandeirinha fez o contrário;
b) Enquanto o professor copiava o exercício no quadro, os alunos faziam os exercícios
no caderno;
c) Nem todos os policiais fazem as mesmas coisas todos os dias;
d) Quando os carros deram a partida, os mecânicos faziam outras tarefas;
e) Enquanto a lua iluminava o terreno, a empregada fazia as velas iluminarem a sala.

016. (FGV/ANALISTA/AL-RO/2018/Q1005775) Na organização de um texto, há elemen-


tos anafóricos e catafóricos; o enunciado abaixo em que o termo destacado tem função ca-
tafórica é:
a) A situação atual é de crise, mas é preciso enfrentá-la com coragem.
b) Cheguei à conclusão de que isto é o mais importante: não perder o emprego.
c) Trabalhar sempre: esse é o segredo do sucesso.
d) Novos assaltos ocorreram, pois a polícia não consegue controlar essas ocorrências.
e) Encontrei amigos durante a viagem, mas eles não ficaram junto conosco.

017. (FGV/ANALISTA/AL-RO/2018/Q1002314) Assinale a frase em que o pronome destaca-


do substitui uma frase e não um termo.
a) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para
ser reprimido.”
b) “Os homens dizem que a vida é breve, mas seus infortúnios fazem-na parecer longa.”
c) “A vida tem um grande valor quando a desprezamos.”
d) “Não há bom raciocínio que pareça tal quando é muito longo.”
e) “Sobre aquilo que não se pode falar, deve-se calar.”

018. (FGV/ANALISTA/AL-RO/2018/Q1002261)
“Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se
eu estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com
mais facilidade.”
Assinale o termo desse fragmento do texto que não estabelece qualquer ligação coesiva com
um termo antecedente.
a) Essa segunda descrição.
b) tal pessoa.
c) dessa descrição detalhada.
d) -la.
e) mais facilidade.

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019. (INÉDITA, 2020) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as capitulações
da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus (1874-1936) desenvolveu
uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial. Um século depois,
seu eco ressoa na voz daqueles que denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos
de paz, a uma escala industrial”.
A correta afirmação sobre esse trecho é:
a) Karl Kraus apoiava a covardia jornalística, as capitulações da social-democracia e a mi-
litarização.
b) a estrutura “À margem de” indica que a reflexão de Karl Kraus estava alinhada às outras
temáticas em voga à época.
c) o segundo período do trecho denota que a reflexão de Karl Kraus não teve impacto no
século XXI.
d) ao longo do texto, o autor utiliza recursos linguísticos para situar temporalmente os eventos,
seja pela flexão verbal, seja por expressões como “na Primeira Guerra Mundial”, “um século
depois” e “em tempos de paz”.
e) o termo “elevados” modifica “daqueles”.

020. (INÉDITA/2020) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as capitulações


da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus (1874-1936) desenvolveu
uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial. Um século depois,
seu eco ressoa na voz daqueles que denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos
de paz, a uma escala industrial”.
A estrutura “seu eco” retoma:
a) “Um século”.
b) “uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial”.
c) “a Primeira Guerra Mundial”.
d) “a militarização”.
e) “a covardia jornalística”.

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GABARITO
1. d 8. d 15. a
2. e 9. c 16. b
3. b 10. d 17. a
4. c 11. d 18. e
5. c 12. d 19. d
6. e 13. d 20. b
7. e 14. a

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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/AL-RO/ASSISTENTE/2018)

Do Casamento
O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem cau-
sar falatório na vizinhança. As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e
variam de cultura para cultura. Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas prelimina-
res do casamento – corte, namoro, noivado etc. – era abreviado. O macho escolhia uma fêmea,
batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a sua caverna. Com o passar do tempo
este método foi sendo abandonado, por pressão dos buffets, das lojas de presente e das mu-
lheres, que não admitiam um período pré-conjugal tão curto. O homem precisava aproximar-se
dela, cheirar seus cabelos, grunhir no seu ouvido, mordiscar a sua orelha e só então, quando ela
estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para a caverna. (fragmento)
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a) “O casamento foi a maneira que a humanidade encontrou de propagar a espécie sem causar
falatório na vizinhança.”
b) “As tradições matrimoniais se transformaram através dos tempos e variam de cultura
para cultura.”
c) “O macho escolhia uma fêmea, batia com um tacape na sua cabeça e a arrastava para a
sua caverna.”
d) “Em certas sociedades primitivas o tempo gasto nas preliminares do casamento – corte,
namoro, noivado etc. – era abreviado.”
e) “...quando ela estivesse distraída, bater com o tacape na sua cabeça e arrastá-la para
a caverna.”

Há duas exigências para uma oração estar em voz passiva:


haver uma contraparte ativa;
haver a sequência “ser + particípio”.
Outro fator importante é o seguinte: o sujeito da oração passiva deve ser o objeto (paciente)
da ativa.
Bom, esses critérios são atendidos apenas em (d) :
Algo abreviava o tempo gasto nas preliminares do casamento [ativa]
“era + abreviado” [ser + particípio]
Letra d.

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002. (FGV/AL-RO/ADVOGADO/2018)

Dado Preocupante
No primeiro semestre deste ano, 80 mil alunos deixaram de ingressar em faculdades par-
ticulares de todo o país, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período de
2017. Desde 2015, a fuga de ingressantes é de 20%. Juntos, Rio, Minas e Espírito Santo tiveram
redução de 25,7% no número de calouros. O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mante-
nedoras de Ensino Superior (Semesp) com 99 instituições. Desemprego, queda de renda, crise
econômica, redução dos programas de financiamento estudantil são as razões apontadas pelo
Semesp para a diminuição de matrículas. No Rio, a violência agrava o problema, porque deses-
timula quem estuda à noite.
O Globo, 24/07/2018 (adaptado)

“O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) com
99 instituições.”
Essa frase do texto exemplifica a voz passiva; assinale a forma verbal correspondente à que
está sublinhada, na voz ativa.
a) fez-se.
b) fazia.
c) fazia-se.
d) fizera.
e) fez.

A contraparte ativa deve manter o tempo e o modo verbal da passiva: pretérito perfeito do indi-
cativo. Essa forma verbal está presente em (e) : fez.
Letra e.

003. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2018)

Inteligência e sabedoria não são a mesma coisa. Entretanto, na linguagem cotidiana, usa-
mos os dois termos indistintamente. Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resul-
tados são valorizados. Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a obter
sucesso. No entanto, apenas os sábios conseguem uma felicidade autêntica. Eles são guiados
por valores e preocupados em fazer uso da bondade, aplicando uma visão mais otimista à vida.
Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada uma definição
simples: a faculdade das pessoas de agir de maneira sensata, prudente ou correta. Sendo
assim, a primeira pergunta que vem à mente é: a inteligência não nos dá a capacidade de nos

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movimentarmos no nosso dia a dia da mesma maneira? Um QI médio ou alto não nos garante
a capacidade de tomar decisões acertadas?
É claro que sim. Também é claro que quando falamos de inteligência surgem diferentes
nuances. Por isso, o tipo de personalidade e a maturidade emocional são fatores que influen-
ciam mais concretamente as realizações das pessoas. Isso também é verdadeiro em relação
à capacidade de investir mais ou menos em seu próprio bem-estar e no dos outros.
Em vista disso, inteligência e sabedoria são dois conceitos interessantes. Assim, podere-
mos ter uma ideia mais precisa e útil do que realmente são. Afinal, se queremos algo, além de
ter um alto QI, é necessário desenvolver uma sabedoria excepcional e moldar uma personalida-
de virtuosa. Isso vai um passo além do cognitivo e do emocional. “A verdadeira sabedoria está
em reconhecer a própria ignorância.” Sócrates.
Disponível em https:amentemaravilhosa.com.br/inteligencia-e-sabedoria/

A frase do texto que NÃO exemplifica a voz passiva é:


a) Vivemos em uma sociedade onde a eficiência e os resultados são valorizados”;
b) “Aparentemente, apenas os mais inteligentes estão destinados a obter sucesso”;
c) “Eles devem ser observados, analisados e desconstruídos”;
d) “Eles são guiados por valores e preocupados em fazer uso da bondade”;
e) “Se procurarmos agora no dicionário o termo sabedoria, será encontrada uma defini-
ção simples”.

Há duas exigências para uma oração estar em voz passiva:


haver uma contraparte ativa;
haver a sequência “ser + particípio”.
Outro fator importante é o seguinte: o sujeito da oração passiva deve ser o objeto (paciente)
da ativa.
Bom, esses critérios NÃO são atendidos em (b) : primeiramente, não há uma contraparte ativa;
em segundo lugar, não há a sequência “ser + particípio”.
Letra b.

004. (FGV/MPE-AL/ANALISTA/2018)

Oportunismo à Direita e à Esquerda


Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos o direito de reunião e de greve, en-
tre outros, obedecidas leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime de liberdades,
há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos e seus responsáveis, punidos,
conforme estabelecido na legislação.

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É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos caminhoneiros, concluídas as investi-


gações, por exemplo, da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em se beneficiar
do barateamento do combustível.
Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise. Inclusi-
ve, neste ano de eleição, com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não faltam, também, os
arautos do quanto pior, melhor, para desgastar governantes e reforçar seus projetos de poder,
por mais delirantes que sejam. Também aqui vale o que está delimitado pelo estado democrá-
tico de direito, defendido pelos diversos instrumentos institucionais de que conta o Estado –
Polícia, Justiça, Ministério Público, Forças Armadas etc.
A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento que mantêm o siste-
ma produtivo funcionando, do qual depende a sobrevivência física da população. Isso não pode
ser esquecido e serve de alerta para que as autoridades desenvolvam planos de contingência.
O Globo, 31/05/2018.

A frase a seguir que apresenta uma forma de voz passiva é:


a) “Numa democracia, é livre a expressão”.
b) “A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de suprimento...”.
c) “Em um regime de liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem devidamente contidos”.
d) “Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico para se aproveitar da crise”.
e) “...que mantêm o sistema produtivo funcionando”.

Há duas exigências para uma oração estar em voz passiva sintética:


haver uma contraparte ativa;
haver a sequência “ser + particípio”.
Outro fator importante é o seguinte: o sujeito da oração passiva deve ser o objeto (paciente)
da ativa.
Bom, esses critérios são atendidos apenas em (c) :
“alguém conterá excessos” [ativa]
“serem contidos” [“ser + particípio”]
Letra c.

005. (FGV/CÂMARADE SALVADOR-BA/ANALISTA/2018)

Prioridade à cultura
A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não se dá por acaso.
Mesmo num contexto em que o governo trabalhe pela extinção de uma série de políticas e
pilares que sustentam a cultura brasileira, os atos em defesa desta são vistos com desdém.

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É muito comum que, em situações diversas, generalize-se a opinião de que políticas públicas
para a cultura não devem ser prioritárias. Combater essa generalização equivocada é urgente.
O Brasil precisa ampliar as discussões sobre a cultura, em vez de abandoná-las. A desi-
dratação frequente que a gestão pública do setor vem sofrendo inibe a consolidação de me-
canismos de mapeamento contínuo da economia da cultura, capazes de garantir o acesso da
população aos bens culturais.
Chico D’Ângelo, O Globo, 22/11/2017 (adaptado)

A frase do texto que se apresenta na voz passiva é:


a) “A resistência ao desmonte da cultura em cenário de crises graves não se dá por acaso”;
b) “...a gestão pública do setor vem sofrendo...”;
c) “...generalize-se a opinião...”;
d) “...política públicas para a cultura não devem ser prioritárias”;
e) “Combater essa generalização equivocada é urgente”.

Há duas exigências para uma oração estar em voz passiva:


haver uma contraparte ativa;
haver a sequência “se + verbo na terceira pessoa (manifestando concordância) ”.
Outro fator importante é o seguinte: o sujeito da oração passiva deve ser o objeto (paciente)
da ativa.
Bom, esses critérios são atendidos apenas em (c) :
“alguém generaliza a opinião” [ativa]
“a opinião generaliza-se” [concordância na terceira pessoa do singular, para concordar com o
sujeito a opinião]
Letra c.

006. (FGV/AL-RO/ANALISTA/2018) Em todas as frases a seguir foram sublinhados o adjetivo


e o termo substantivo a que ele se refere e com que concorda; assinale a frase em que essa
referência está indicada corretamente.
a) “Ser marido é um trabalho de tempo integral.”
b) “A cachaça de Minas é das mais saborosas do país.”
c) “Os maridos das mulheres de que gostamos são sempre uns imbecis.”
d) “É preciso realmente que um homem morra para que outros possam apurar o seu justo valor.”
e) “Há quem esteja disposto a morrer para fazer com que morram os seus inimigos.”

Vamos aos erros de análise das alternativas (a) , (b) , (c) e (d) :

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a) o adjetivo integral modifica o nome tempo.


b) o adjetivo saborosas concorda com o termo eliptico das [cachaças] mais.
c) o adjetivo imbecis concorda com o substantivo maridos.
d) o adjetivo justo modifica o substantivo valor.
Letra e.

007. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/AUXILIAR/2017)

Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século passado, havia um me-
nino que, além de muito levado, era também muito mentiroso, e que, certo dia, após aprontar
muito na sala de aula, foi colocado de castigo no porão da escola por sua professora.
Depois de certo tempo, o menino começou a gritar desesperadamente que havia uma co-
bra com ele, mas, como ele era muito mentiroso, ninguém levou a sério. Dizem que seria uma
enorme sucuri, que devorou o garoto depois de matá-lo por esmagamento; há versões que
dizem até que, quando a professora entrou no porão, ainda pôde ver o pé do menino desapare-
cendo na boca da cobra.
A partir dessa trágica data, o fantasma do menino passou a assombrar os porões de diver-
sas escolas.
Se colocarmos a frase “havia um menino” no plural, a forma correta será:
a) “haviam uns meninos”.
b) “haviam meninos”.
c) “haviam os meninos”.
d) “havia os meninos”.
e) “havia uns meninos”.

O verbo haver, no trecho em análise, é existencial. Por isso, sempre estará flexionado na tercei-
ra pessoa do singular.
Com isso, a forma adequada éstá em (e) , pois a forma original está registrada com artigo
masculino indefinido singular.
Letra e.

008. (FGV/IBGE/AGENTE/2017)

Texto 1
“A democracia reclama um jornalismo vigoroso e independente. A agenda pública é deter-
minada pela imprensa tradicional. Não há um único assunto relevante que não tenha nascido
numa pauta do jornalismo de qualidade. Alguns formadores de opinião utilizam as redes so-

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ciais para reverberar, multiplicar e cumprem assim relevante papel mobilizador. Mas o pontapé
inicial é sempre das empresas de conteúdo independentes”.
(O Estado de São Paulo, 10/04/2017)

Observe os seguintes casos de concordância nominal retirados do texto 1:


1. A democracia reclama um jornalismo vigoroso e independente.
2. A agenda pública é determinada pela imprensa tradicional.
3. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de conteúdo independentes.
A afirmação correta sobre essas concordâncias é:
a) os dois adjetivos da frase (1) referem-se, respectivamente a ‘democracia’ e ‘jornalismo’;
b) os adjetivos da frase (1) deveriam estar no plural por referirem-se a dois substantivos;
c) na frase (2), a forma de particípio ‘determinada’ se refere a ‘imprensa’;
d) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ está corretamente no plural por referir-se a ‘empresas’;
e) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ deveria estar no singular por referir-se ao substantivo
‘conteúdo’.

Vejamos o porquê de as alternativas (a) , (b) , (c) e (e) estarem erradas.


a) os dois adjetivos se referem apenas ao substantivo jornalismo.
b) como os dois adjetivos se referem apenas a um substantivo (no singular), a concordância
deve permanecer no singular.
c) a forma participial faz parte de uma construção passiva cujo sujeito é a agenda pública.
e) o adjetivo não deveria estar no singular, mas poderia estar. A concordância com empresas
é sintática e semanticamente possível.
Letra d.

009. (FGV/AL-RO/TAQUIGRAFIA/2018)
Todos os elementos discursivos – entidades, processos e atributos – aparecem ligados a ou-
tros termos através de elementos de relação (conjunções e preposições).
A frase abaixo em que o elemento de relação sublinhado é de caráter obrigatório em função da
regência de um termo anterior é:
a) Viajavam sempre durante as férias.
b) Apesar de tudo, as férias foram boas.
c) Precisamos de mais férias durante o ano.
d) Saímos quando chegaram as férias.
e) Fomos para a Europa durante as férias.

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Em (c) , o verbo precisar é transitivo indireto. Por isso, exige complemento preposicionado (de
mais férias).
Letra c.

010. (FGV/AL-RO/ANALISTA/2018) Assinale a frase que apresenta um erro de regência.


a) “Todos amam os bons, mas os exploram. Todos detestam os maus, mas os temem e lhes
obedecem.”
b) “Toda arte aspira continuamente à condição da música.”
c) “Não quero que as pessoas sejam muito gentis: isso me poupa do trabalho de gostar
muito delas.”
d) “Culpamos as pessoas que não gostamos pelas gentilezas que nos demonstram.”
e) “A embriaguez excita e traz à luz todos os vícios.”

O erro de regência está em (d) , já que o pronome relativo que é complemento do verbo gostar.
A construção adequada, então, é a seguinte: “Culpamos as pessoas de que não gostamos [...]”.
Letra d.

011. (FGV/FIOCRUZ/TECNOLOGISTA/2010) Assinale a alternativa em que o emprego do


acento grave indicativo da crase está incorreto.
a) “da mais inconsequente opção pessoal às mais sérias decisões do governo”.
b) “...e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam”.
c) “...para que alguém possa chegar, sempre, às melhores decisões”;
d) “...não se sujeitando à interferências ou pressões externas”.
e) “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes”.

Em (d) , a crase deve ocorrer com o artigo “as” (determinante do substantivo interferências,
que está no plural). A forma correta, portanto, é “às”.
Letra d.

012. (FGV/PREFEITURA DE OSASCO-SP/AGENTE/2014)


“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com
maior oscilação no período”.
Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas” representa:
a) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;

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b) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;


c) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
d) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
e) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.

O sinal indicativo de crase pode ocorrer com a contração de preposição + pronome demons-
trativo aquele(a) (s). A contração ocorre porque os sons são semelhantes e porque o pronome
aquele possui função substantiva.
Letra d.

013. (FGV/CÂMARA DE RECIFE-PE/ASSISTENTE/2014) “Isso se dá graças à tecnologia da in-


formação”; nesse caso, o acento grave indicativo da crase representa:
a) a união de dois artigos definidos;
b) a junção de duas preposições;
c) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
d) a união de uma preposição com um artigo definido;
e) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.

A contração ocorre entre uma preposição (presente na expressão graças a) e o artigo definido
que precede o substantivo tecnologia.
Letra d.

014. (FGV/ANALISTA/MP-RJ/2019/Q1143746) Alguns termos de um texto são explicitados


por termos posteriores (catáforas) e não por termos anteriores, como nas anáforas.
A frase abaixo que tem um exemplo de catáfora é:
a) Ele é um grande craque, esse tal de João;
b) Encontrei o deputado numa festa, mas nunca mais o vi;
c) Comprei o novo computador no Mercado Livre;
d) As frutas e os legumes eu trouxe, mas o restante, não;
e) Os meus vizinhos sempre me auxiliam nas tarefas.

A catáfora é capaz de antecipar uma informação que ainda será apresentada. Em (a) , observa-
mos que o pronome “Ele”, no início do período, antecipa “João” (“esse tal de João”).
Há anáfora (isto é, retomada de informação já apresentada) em (b) e (e) .

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Em (c) e (d) , não há processo de coesão referencial.


Letra a.

015. (FGV/ANALISTA/MP-RJ/2019/Q1143740) Na frase “Ele sempre preocupou-se em com-


prar o mais barato, mas seus irmãos nem sempre fizeram isso”, o verbo “fazer” substitui toda
uma oração. A frase abaixo em que ocorre o mesmo é:
a) O árbitro marcou corretamente todas as faltas, mas o bandeirinha fez o contrário;
b) Enquanto o professor copiava o exercício no quadro, os alunos faziam os exercícios
no caderno;
c) Nem todos os policiais fazem as mesmas coisas todos os dias;
d) Quando os carros deram a partida, os mecânicos faziam outras tarefas;
e) Enquanto a lua iluminava o terreno, a empregada fazia as velas iluminarem a sala.

O verbo “fazer”, em “Ele sempre preocupou-se em comprar o mais barato, mas seus irmãos
nem sempre fizeram isso”, é uma forma vicária (isto é, uma forma capaz de substituir algo (no
caso, uma oração)). No trecho em análise, fica evidente que “fizeram isso” substitui “preocu-
par-se em comprar o mais barato”. Essa mesma função é exercida por “fez o contrário”, em (a) :
O árbitro marcou corretamente todas as faltas, mas o bandeirinha fez o contrário” [fez = marcar
corretamente todas as faltas]
Nas demais alternativas, as flexões do verbo “fazer” não são vicárias, porque não substituem
orações. Na verdade, em (b) , (c) , (d) e (e) as flexões do verbo “fazer” são predicadores nucle-
ares de suas respectivas orações.
Letra a.

016. (FGV/ANALISTA/AL-RO/2018/Q1005775) Na organização de um texto, há elemen-


tos anafóricos e catafóricos; o enunciado abaixo em que o termo destacado tem função ca-
tafórica é:
a) A situação atual é de crise, mas é preciso enfrentá-la com coragem.
b) Cheguei à conclusão de que isto é o mais importante: não perder o emprego.
c) Trabalhar sempre: esse é o segredo do sucesso.
d) Novos assaltos ocorreram, pois a polícia não consegue controlar essas ocorrências.
e) Encontrei amigos durante a viagem, mas eles não ficaram junto conosco.

O elemento catafórico ANTECIPA um referente que ainda será expresso. É esse o caso de (b) ,
em que o pronome “isto” antecipa o referente “não perder o emprego”.
Letra b.

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017. (FGV/ANALISTA/AL-RO/2018/Q1002314) Assinale a frase em que o pronome destaca-


do substitui uma frase e não um termo.
a) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para
ser reprimido.”
b) “Os homens dizem que a vida é breve, mas seus infortúnios fazem-na parecer longa.”
c) “A vida tem um grande valor quando a desprezamos.”
d) “Não há bom raciocínio que pareça tal quando é muito longo.”
e) “Sobre aquilo que não se pode falar, deve-se calar.”

Para a banca FGV, neste item, “frase” equivale a “oração”. Assim, é preciso identificar se o re-
ferente de um dos pronomes é uma oração. Em (b) , (c) , (d) e (e) , os referentes são formas
substantivas: vida; vida; raciocínio; referente indefinido.
Em (a) , o referente do pronome “o” tem como núcleo uma estrutura oracional: “reprimem o
desejo”.
Letra a.

018. (FGV/ANALISTA/AL-RO/2018/Q1002261)
“Essa segunda descrição é mais detalhada e demonstra mais observação. Naturalmente, se
eu estiver procurando tal pessoa, a partir dessa descrição detalhada, posso encontrá-la com
mais facilidade.”
Assinale o termo desse fragmento do texto que não estabelece qualquer ligação coesiva com
um termo antecedente.
a) Essa segunda descrição.
b) tal pessoa.
c) dessa descrição detalhada.
d) -la.
e) mais facilidade.

Na alternativa (e) , a expressão “mais facilidade” não retoma qualquer outro termo na frase.
Nas demais expressões, é possível identificar um referente.
Letra e.

019. (INÉDITA, 2020) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as capitulações
da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus (1874-1936) desenvolveu
uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial. Um século depois,

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seu eco ressoa na voz daqueles que denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos
de paz, a uma escala industrial”.
A correta afirmação sobre esse trecho é:
a) Karl Kraus apoiava a covardia jornalística, as capitulações da social-democracia e a mi-
litarização.
b) a estrutura “À margem de” indica que a reflexão de Karl Kraus estava alinhada às outras
temáticas em voga à época.
c) o segundo período do trecho denota que a reflexão de Karl Kraus não teve impacto no
século XXI.
d) ao longo do texto, o autor utiliza recursos linguísticos para situar temporalmente os eventos,
seja pela flexão verbal, seja por expressões como “na Primeira Guerra Mundial”, “um século
depois” e “em tempos de paz”.
e) o termo “elevados” modifica “daqueles”.

Na alternativa (d) , correta, analisam-se adequadamente as estruturas linguísticas que concor-


rem para se situar temporalmente o texto.
Eis o porquê de as alternativas (a) , (b) , (c) e (e) estarem incorretas:
a) não se pode afirmar que Karl Kraus apoiava a covardia jornalística, as capitulações da so-
cial-democracia e a militarização. O que se pode afirmar é que Karl Kraus desenvolveu uma
reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial.
b) a estrutura “à margem de” não indica que a reflexão de Karl Kraus estava alinhada às outras
temáticas, mas que se colocava fora do âmbito das temáticas em voga à época.
c) contrariamente ao que se afirma nessa alternativa, lemos que “Um século depois, seu eco
ressoa na voz daqueles que denunciam maus tratos” (ou seja, a reflexão proposta por Karl
Kraus teve impacto no século XXI).
e) diferentemente do proposto na alternativa, o termo “elevados” modifica “maus-tra-
tos animais”.
Letra d.

020. (INÉDITA/2020) “À margem dos combates contra a covardia jornalística, as capitulações


da social-democracia e a militarização, o satírico vienense Karl Kraus (1874-1936) desenvolveu
uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial. Um século depois,
seu eco ressoa na voz daqueles que denunciam os maus-tratos animais, elevados, em tempos
de paz, a uma escala industrial”.
A estrutura “seu eco” retoma:
a) “Um século”.
b) “uma reflexão sobre o tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial”.

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c) “a Primeira Guerra Mundial”.


d) “a militarização”.
e) “a covardia jornalística”.

O termo “seu eco” é um elemento de coesão referencial do tipo anafórico (isto é, retoma um
referente anterior). O referente, pelas relações semântico-discursivas, é “uma reflexão sobre o
tratamento dos animais na Primeira Guerra Mundial” (alternativa (b) ). Como o referente já está
estabelecido, todas as demais alternativas se tornam inválidas ((a) , (c) , (d) e (e) ).
Letra b.

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Bruno Pilastre
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas de Língua Portuguesa
(Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia
Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online,
atua na área de desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: http://
lattes.cnpq.br/1396654209681297).

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