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SISTEMA NERVOSO

AUTÔNOMO SIMPÁTICO
ADRENÉRGICOS E ANTIADRENÉRGICOS

Profa. Vilma Lima – Farmacologia – UFC


Sistema Nervoso
• Representa uma rede
de comunicações do
organismo, transmitindo
sinais entre as
diferentes regiões do
corpo e coordena as
suas ações voluntárias
e involuntárias
Sistema Nervoso
• Surgimento com os vermes, 550-
600 milhões de anos atrás
• Durante a evolução das espécies
nos primeiros seres vivos
• Neurônios surgiram externamente ao
corpo
• Função primordial de relacionar o
organismo com o ambiente

Vilma Lima
Divisão do Sistema Nervoso

Sistema
Nervoso

Central Periférico

Vilma Lima
Divisão do Sistema Nervoso
• Sistema Nervoso Central - SNC
• Encéfalo e Medula Espinhal
Sistema
Nervoso

Central Periférico

Medula
Encéfalo
espinhal
Vilma Lima
Divisão do Sistema Nervoso
Sistema
Nervoso
• Sistema Nervoso
Periférico - SNP
• SN Somático e SN Central Periférico
Autônomo

Somático Autônomo
Vilma Lima
Divisão do Sistema Nervoso
• Sistema Nervoso Periférico - SNP
• SN Somático e SN Autônomo

Vilma Lima
Sistema Nervoso Periférico - Somático
• SN Somático
• Atos voluntários
• Reage a estímulos do ambiente externo
• Formado por fibras motoras do SNC
• Corpos celulares encontram-se dentro do SNC
• Ex.: Pensar, contração de músculo estriado esquelético

• Nervos eferentes somáticos (motor)


• Enervam os músculos esqueléticos
• Nervos aferentes somáticos e viscerais
• Funções nociceptivas e periféricas

Vilma Lima
Divisões do SN Periférico - Autônomo
• SNP Autônomo - SNA
• Atos involuntários
• Funciona, em grande parte, abaixo do nível de consciência

• Regula o ambiente interno do corpo


Sistema • Controla as funções viscerais
Nervoso
Periférico • Contém neurônios pré- e pós-
ganglionares (corpo no interior do gânglio)

• Ex.: contração de músculos lisos e mm


Somático Autônomo
estriados do coração é um ato involuntário
Vilma Lima
Sistema Nervoso Periférico Autônomo
Sistema
Nervoso
Sistema
Endócrino
Central Periférico
Sistema
Nervoso
Somático Autônomo Autônomo

SNA SNA SNA


Simpático Parassimpático Entérico

Vilma Lima
Sistema Nervoso Autônomo - SNA
Sistema Endócrino
• Hipófise
• Tireoide
• Pâncreas
• Suprarrenais
• SNA + Sistema Endócrino • Testículos e ovários

• Integrações de alto nível no cérebro

• Influenciam em processos em
regiões distantes no corpo
• Retroalimentação negativa
Vilma Lima
Divisões do Sistema Nervoso Autônomo -
Entérico

Vilma Lima
SNA – ações (divisão “didática”)

Sistema envolvido com ações Sistema envolvido com restaurações


SNA Simpático
• Também chamado de sistema adrenérgico

• Glândula adrenal – síntese e liberação das catecolaminas


• Duas glândulas piramidais
encontradas sobre os rins
• Peso: 1,5-2,5 g/cada

• Comprimento: 3,5 cm

• Cada suprarrenal é estrutural


e funcionalmente
uma glândula endócrina

Vilma Lima
Glândulas suprarrenais
• Cortical ou córtex
• Zona glomerulosa
• Aldosterona
• Zona fasciculada
• Cortisol
• Zona reticulada
• Andrógenos
• Medular
• Situada no centro da SR
• Corresponde a 20% da SR
• Estimulada por nervos simpáticos
• Produção de catecolaminas
• Anel de catecol
• Nora – 20%
• Adrenalina – 80%
• Duração de ação – 1-3 min
Vilma Lima
Sistema Nervoso Autônomo - Simpático
SNA - simpático Principais efeitos
• Aumento de ADR e NA
• Nervos partem da
região torácica e • Dilatação da pupila

lombar • Ressecamento da boca


• Respiração profunda
• Gânglios situados
• Taquicardia
próximo à medula
espinhal • Contração vascular
• Aumento da PA
• Neurotransmissores
• Aumento de glicemia
• Adrenalina e
noradrenalina
Vilma Lima
Divisões do SN Autônomo
SNA - parassimpático Efeitos
• Nervos partem do crânio • Contração da pupila

(bulbo) e da região sacral • Bradicardia


• Redução da
• Gânglios situados
pressão arterial
próximos ou centro do
• Ativação do sistema
órgão que controla digestório
• Liberam acetilcolina • Redução do gasto
energético

Vilma Lima
Padrão anatômico de nervos - SN
• Padrão Básico
• SNC -> Neurônios pré-ganglionares - ACh
• Neurônios pós-sinápticos a depender da divisão
• Simpática – NORA
• Parassimpático - ACh

Vilma Lima
Padrão anatômico dos nervos - SNP
Simpático
NA Órgão
ACh efetor

Parassimpático ACh

ACh
Órgão
efetor
Neurônios pré- e pós-ganglionares no SNAS
Distribuição anatômica de nervos - SNA
Química neurotransmissora do SNA
• Substâncias transmissoras de 1
informações
• Acetilcolina
• 1 - Fibras parassimpáticas (colinérgicas)
2
• 2 - Fibras simpáticas (gl. Sudoríparas e mm.
piloeretores)
• 6 - Fibras autônomas eferentes e motoras 3
somáticas
• Noradrenalina
• 3 - Fibras simpáticas (adrenérgicas) 4
• Acetilcolina, dopamina
5
• 4 - Fibras periféricas
• Mix adrenalina + noradrenalina 6
• 5 - Células medulares suprarrenais
Vilma Lima
Co-transmissão no SNA

• Transmissores
primários
• ADR e ACh

• Co-transmissores
• Purinas, peptídios,
óxido nítrico,
prostaglandinas
Química co-transmissora do SNA
• Substâncias transmissoras não adrenérgicas e não colinérgicas –

NANC e co-transmissoras

• Não peptídicos – adenosina trifosfato (ATP), ácido gaba aminobutírico

(GABA), 5-hidroxitriptamina (5-HT), Dopamina, óxido nítrico (NO)

• Peptídeos – Neuropeptídeo Y, peptídeo intestinal vasoativo (VIP),

hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), Substância P, peptídeo

relacionado ao gene da calcitonina (CGRP)

Vilma Lima
Transmissão
colinérgica
• Agonista
endógeno
• Acetilcolina

• Receptores
• Nicotínicos
• Muscarínicos
Transmissão adrenérgica
• Precursor metabólico: L-tirosina
• Enzima: L-tirosina hidroxilase
• Converte a L-tirosina em Dopa
• Importante ponto de controle da síntese da Noradrenalina

• Agonistas endógenos
• Adrenalina, Noradrenalina e dopamina

• Receptores adrenérgicos alfa e beta


• Importância farmacológica
• Seletividade de receptores para melhor controle dos efeitos
Histórico – sistema adrenérgico
• 1886/90 – Oliver e Shafer – extratos de glândulas adrenais
promoviam aumento da pressão arterial
• 1899 – Abel – identificação e isolamento da adrenalina
• Consagração do termo adrenérgico
• 1913 – Barger e Dale – a adrenalina promovia:
• Vasoconstrição – reversível pelos alcaloides do Ergot
• Vasodilatação
• 1948 – Langley e Erlich
• Descobriram que as drogas agiam por interação com receptores
• O grau de potência das catecolaminas apresentavam um padrão de
importância
• Alfa – adrenalina > noradrenalina > isoprenalina
• Beta – isoprenalina > adrenalina > noradrenalina
Catecolaminas
• Noradrenalina

• Adrenalina

Catecol • Dopamina

• Isoprenalina
• Sintética
Transportador de

Síntese adrenérgica
monamina vesicular
- VMAT

Tirosina
Transportador de
Noradrenalina - NET
adrenérgicos
Neurônios

Dopamina

Noradrenalina dihidroxifenilglico
aldeído
adrenal
Medula

Adrenalina
A Feniletanolamina N-
metiltransferase (PNMT) converte
NA em ADR na adrenal
Armazenamento de noradrenalina
Armazenamento

• Vesículas neuronais • Transporte ativo da Nora


• Nora + ATP + Mg++ + para as vesículas
cromogranina A • Transportador Vesicular
• ATP – auxilia no potencial de VMAT
liberação • Reserpina bloqueia esse
transporte
Liberação de noradrenalina à receptores

• ATP -> é AMPc -> Cálcio para dentro do


citosol -> exocitose a partir das
varicosidases presentes na rede terminal
• Nora liberada para a fenda

• Ações em receptores alfa e beta


Destino das catecolaminas
• Agem nos receptores pré- e pós sinápticos

• Alfa e beta adrenérgicos

• Recaptadas para o neurônio pré-sináptico

• Volta para o citoplasma -> captação granular ou degradação

• Difunde-se na circulação e tecidos

• A NA sai da fenda e poderá exercer seus efeitos e/ou ser

degradada pela COMT ou MAO teciduais


Captação das catecolaminas
• Captação axonal (Captação 1) Se não, a
• NA retorna para o citosol NA é
degradada
• Captação granular pela MAO
• DA e NA são transportadas para as vesículas

• Captação extraneuronal (Captação 2)


• NA se difunde para os tecidos e será degradada
pela COMT/MAO
A ação da Noradrenalina liberada termina principalmente por sua
captura nas fendas sinápticas
Captação 1 Captação 2

• NET e DAT/Na+ • ENT/OCT3 (transporte de


• Neuronal / alta afinidade NA da fenda para os
• Nora (NET) tecidos)
• DA > NA > ADR • Extraneuronal /baixa afinidade
• Inibida por cocaína • ADR > NA > DA
• Inibida por corticoide e
isocianinas

• Aumento de PA (porquê
impede a “entrada da NA” • Aumento de PA (por ação
para dentro do neurônio pré-
sináptico no neurônio pós sináptico)
Sistemas de transportes nas capturas
Tipo de
Especificidade
transpor- Tecidos Tipo celular Inibidores
do substrato
tador

• Todos os tecidos • Nervos


Relativamente com inervação simpáticos • Cocaína,
NET específico para simpática • Endotélio despiramina
NA • Medula SR • Céls. e nisoxetina
• Fígado cromafins e
• Rins Céls.
• Placenta Parietais
• Estômago • Ducto Cocaína e
DAT DA>>NA>ADR
• Pâncreas pancreático imidazol

• Fígado • Hepatócitos
• Cérebro • Cels. Gliais Corticoide e
ENT/OCT3 ADR>>NA>DA
• Coração • Miócitos Isocianinas
• Vasos
Inibidores de recaptação de NA
Aumento da ação das catecolaminas

• Inibem a recaptação de
catecolaminas mediada pelo
transportador de norepinefrina
(NET), potencializando a ação
das catecolaminas
• Cocaína
• Ex.: A cocaína inibe o transporte
• Imipramina de Nora para o neurônio pré-sin.
• Amitriptilina
• Permite a permanência da
NA na fenda sináptica por
• um maior período de tempo
Inibidores da MAO – aumento de NA
Uso como antidepressivo • Fenelzina, Iproniazida,
Tranilcipromina, Clorgilina,
• Inibem a MAO e impedem a Brofaromina, Befloxatona,
desaminação secundária das Moclobemida e Selegilina
catecolaminas nas terminações
pré-sinápticas após captação (1)
• Ocorre acúmulo de catecolaminas
pré-sinápticas para liberação
durante cada potencial de ação

Degradação da noradrenalina
• Se a NA sofrer capturas à Degradação

• Monoamino oxidase (MAO)


• Enzima mitocondrial Intracelular
• Presente na terminação adrenérgica, no fígado, no epitélio
intestinal
• Converte as catecolaminas em aldeídos correspondentes
• Ex.: MAO converte a NA em aldeído NA -> será substrato para
desidrogenase aldeídica -> ácido dihidroximandélico (composto inativo)
Degradação da noradrenalina

• Catecol-O-metiltransferase (COMT)
• Age no citosol, mas não é mitocondrial

• Inativa a Nora por metilação dos grupamentos catecóis – OH


• Age sobre substratos com grupos catecóis [catecolaminas e
produtos desaminados (ex. DOMA)]
• Ocorre em tecidos neuronais e não neuronais (periferia)
A NA liberada na fenda se ligará aos seus receptores

Classificação dos adrenoceptores


α -adrenérgicos β-adrenérgicos

• α1 e α2 β2 • β1, β2 e β3 Importância
para lipólise –
• α1A aporte
energético
• α1B
• α1D
Receptores acolpados
a Proteína G
• α2A
• α2B α2

• α2C
Ações sobre receptores adrenérgicos
• Agonistas adrenérgicos (endógenos e exógenos)
• Ação direta
• Ação indireta
• Ação mista
• Antagonistas adrenérgicos
• Seletivos para receptores alfa
• Seletivos para receptores beta
• Sem seletividade
• Dobutamina
• Seletivos para receptores dopaminérgicos periféricos
Dobutamina
• É primariamente um neurotransmissor do SNC, mas possui efeitos

nos receptores dopaminérgicos periféricos (D1 a D3 + subtipos)


• Ações cardiovasculares

• Por ação terapêutica na função renal pós comprometimento do DC

• ↑ de vasodilatação renal por D1

• Outros efeitos

• Relaxamento do TGI e VD em vários leitos vasculares

• Náuseas e vômitos (por estimulação da zona do gatilho bulbar)


Seletividade para os receptores adrenérgicos

RELAXAMENTO
NO TGI e RELAXAMENTO e

Dependendo da densidade de determinado receptor, haverá a resposta predominante


Respostas de vários efetores à estimulação de nervos autonômicos

Efetor Resposta Receptor


Simpática
Respostas de vários efetores à estimulação de nervos autonômicos

Efetor Resposta Receptor


Simpática
Respostas de vários efetores à estimulação de nervos
autonômicos

Efetor Resposta Receptor


Simpática
Resposta à ativação do SNA Simpático
Fármacos que agem no sistema adrenérgicos
Agonistas Antagonistas

• Simpaticomiméticos • Bloqueadores alfa


diretos • Não seletivos
• Agonistas alfa e/ou beta • Seletivos alfa 1

• Simpaticomiméticos • Seletivos alfa 2


indiretos • Bloqueadores beta
• Reduz liberação de NA • Não seletivos
• Simpaticomiméticos de • Seletivos beta 1
ação mista • Seletivos beta 2
Classificação terapêutica dos agentes adrenérgicos

Agentes pressores Estimulantes cardíacos


• Noradrenalina • Adrenalina
• Efedrina • Isoprenalina
• Dopamina • Dobutamina
• Fenilefrina
• Metoxamina
• Mefentermina
Classificação terapêutica dos agentes adrenérgicos

Broncodilatadores Descongestionantes nasais


• Adrenalina • Fenilefrina
• Isoprenalina • Pseudo-efedrina
• Salbutamol • Nafazolina
• Terbutalina • Oximetazolina
• Salmeterol • Xilometazolina
• Formoterol • Fenilpropanolamina
Classificação terapêutica dos agentes adrenérgicos

Estimulantes do SNC Anorexígenos – ↓ captação


• Anfetamina • Fenfluramina
• Metanfetamina • Sibutramina
• Dexafentamina • Dexfenfluramina

Relaxante e vasodilatadores uterinos


• Ritodrina • Salbutamol
• Isoxsuprina • Terbutalina
Relação estrutura - atividade entre as catecolaminas
Fármacos agonistas de
receptores adrenérgicos
Agonistas adrenérgicos (não endógenos)
• Efeitos adrenérgicos da erva ma
huang
• 1887 (cultivo até hoje na China)
• Fármacos (sintéticos)
• Ação vasoconstrictora de extrato de
que estimulam uma
suprarrenais
resposta dos receptores • Oliver e Schafer, 1890
adrenérgicos
• Isolamento da adrenalina (epinefrina)
• Agonistas adrenérgicos =
simpaticomiméticos
Agonistas α1-adrenérgicos
Aumento dos efeitos da ADR
• Efeitos adversos
• Ativam seletivamente os receptores
alfa 1 para aumentar a resistência • Vasoconstricção, bradicardia
vascular periférica (evita hipotensão reflexa, batimento ectópico
em cesarianas) ventricular, hipertensão,
• Metaraminol, fenilefrina, metoxamina náusea, cefaleia e ansiedade
• Poucos efeitos em beta-adr
• Contraindicações
• Hipertenso grave
• Hipersensibidade
Indicações de agonistas a1
Para tratar hipotensão e choque
Característica de choque Tratamento – agonistas a1

• Baixa perfusão sanguínea • a1-adrenérgicos:


tecidual vasoconstricção periférica
• Associação com
hipotensão arterial • b1-adrenérgicos: aumento da
• Agonistas adrenérgicos frequência cardíaca (<ADR)
podem restabelecer PA e • b2-adrenérgicos: poucos efeitos
favorecer perfusão vasodilatadores (<ADR)
sanguínea
Indicações de agonistas a1
Para promover vasoconstrição local

Aminas simpaticomiméticas Adrenorreceptores


• Ação sobre α1 e α2
• Adrenalina
• Vasoconstricção periférica
• Noradrenalina
• Ação sobre b2-adrenérgicos
• Fenilefrina
• Efeitos vasodilatadores
• Levonordefrina compensatórios

• Ação sobre b1-adrenérgicos


• Aumento da frequência
cardíaca
Indicações de agonistas a1
Tratamento dos estados alérgicos
• Reações alérgicas induzidas por
mediadores inflamatórios Ações VC em alfa-adrenoreceptores
(histamina, mastócitos) e IgE
• Choque anafilático
• Adrenalina é
• Requer absorção urgente de
agonista adrenérgico especialmente útil para
reverter os efeitos da
histamina e outros
mediadores
associados com
reações alérgicas
Agonistas α2-adrenérgicos
Diminui ação das catecolaminas
• Efeitos adversos
• Ativam seletivamente os
• Bradicardia, insuficiência
auto-receptores α2 cardíaca, hipotensão,
constipação, xerostomia,
• Inibem a descarga simpática
sedação e tontura
do SNC
• Hepatotoxicidade e anemia
• Metildopa, clonidina,
hemolítica autoimune (metildopa)
guanfacina, guanabenzeno, • Contraindicações
Nafazolina e derivados • Terapia com IMAO e doença
hepática ativa (metildopa)
Agonistas α1 e α2-adrenérgicos
Usos oftalmológicos
Indicações
Ações em alfa-adrenoceptores
• Para produção de midríase leve
(dilatação)
• Sem paralisia do músculo ciliar • Seletivo α1-adrenérgico
• Reduzir pressão intraocular • Fenilefrina e hidroxi-
anfetamina são os principais
agonistas adrenérgicos que
produzem midríase
• Seletivo α2-adrenérgico
• Agonistas apraclonidina e
brimonidina
Ativação Ativação
parassimpática simpática
Resumo das indicações dos agonistas alfa adrenérgicos

Usos terapêuticos

• Tratamento da hipotensão • Vasoconstricção local


e choque • Usos oftalmológicos
• Vasoconstrição periférica
• Midríase
• Controle da hipertensão • Estimulação do SNC
• Por aumento da RVP
• Broncodilatação
• Alívio de alergias
• Relaxamento da
• Inclusive anafilaxia
musculatura uterina
Agonistas (não seletivos) beta-adrenérgicos
Aumento da resposta adrenérgica: β1 - força e freq. do coração,
e via β2 – vasodilatação, relax. músculos, etc.

• Ativam os receptores beta • Efeitos adversos graves


adrenérgicos – Prot. G -> cAMP • β1: arritmias, taquicardia,
• Adrenalina, NORA, Isoproterenol, hipertensão
dobutamina, metaproferenol, • β2: cefaleia, nervosismo,
terbutalina, salbutamol hemorragia cerebral, tremor
• Contraindicações diversas
• Trabalho de parto ativo (ADR)
• Glaucoma de  fechado (ADR)
• Trombose vascular periférica (NOR)
• Taquicardia por digitalis (ISO)
Agonistas beta 1 adrenérgicos
• Estimulam os efeitos em receptores beta 1
• Aumento da força e frequência cardíacas e DC

• Não afeta significantemente a RVP e a pressão


arterial
• Dobutamina

• Xamoterol
Agonistas beta 2 adrenérgicos
• Estimulam os receptores e produzem resposta
vasodilatadora e broncodilatadora
• Sabultamol
• Terbutalina
• Salmoterol
• Formoterol
Indicações de agonistas β2-adrenérgicos
Como broncodilatador
Doenças pulmonares obstrutivas
aguda e crônica Efeito dos agonistas adrenérgicos

• Alta resistência • Broncodilatação por ação


inspiratória e expiratória em β2-adrenoceptores
• Fármacos β2-seletivos são
preferíveis para redução de
ações em β1
• Ex.: metaproterenol,
terbutalina, albuterol,
indacaterol, vilanterol
Seletividade farmacológica em receptores adrenérgicos

Receptor Alfa 1 Alfa 2 Beta 1 Beta 2

Potência dos
NA≥ADR>>ISO ADR>NA>>ISO ISO>NA>ADR ISO>ADR>NA
agonistas

Sabultamol
Metaraminol Metildopa
Agonistas Dobutamina Terbutalina
Fenilefrina Clonidina
seletivos Xamoterol Salmoterol
Metoxamina Clembuterol
Formoterol

Antagonistas Ioimbina Atenolol


Doxazosina Butoxamina
seletivos Idazoxano Metoprolol
Agonistas de ação indireta
Tiramina, efedrina e anfetamina

• Não agem em receptores • Ação hipertensiva


adrenérgicos • Psicoestimulantes
• Liberam dopamina e
noradrenalina
independentemente de Ca2
(independe de
despolarização)
• Inibem competitivamente
a MAO
Estimulação do SNC
Indicações
• Metilfenidato e Anfetamina

• Indução de alerta e • Transtorno de Déficit de


atenção e hiperatividade
atenção (TDAH)
• Redução de cansaço • Narcolepsia (anfetamina)

• Aumento da saciedade do
estímulo alimentar.
• Tratamento de déficit de
atenção em crianças
Cuidado: atravessam a BHE
Farmacocinética das catecolaminas e agonistas adrenérgicos
• Absorção – depende da via de administração
• A maioria é passível de destruição por suco gástrico
• Vias administração – em geral, intravenosa (infusão lenta; ação rápida), intramuscular (rápida),
subcutânea (ação lenta)
• Existem exceções conforme modificações estruturais. Ex.: Salbutamol –v.o., inalatória, i.v., s.c.
• Altamente fotossensível
• Distribuição – ampla e rápida para todos os tecidos, além junções neuronais
• Metabolismo
• Segue perfil dos agonistas endógenos, com possibilidade de captura neuronal e/ou
degradação por MAO/COMT
• Em pacientes com feocromocitoma observam-se metabólitos metanefrina e normetanefrina -
usados como marcadors séricos
• Excreção
• Urinária (metabólitos O-metilados).
Fármacos antagonistas
de receptores
adrenérgicos
Antagonistas adrenérgicos
Tipos
• Antagonizam as ações das • Antagonismo direto do
catecolaminas endógenas adrenoreceptor
ou exógenas
• Antagonismo indireto
• Indicações na hipertensão
arterial, angina, arritmias • Ação sobre a síntese, o
ventriculares e armazenamento e a
supraventriculares inativação das
• Cefaleias e sintomas do catecolaminas
hipertiroidismo
Antagonistas alfa-adrenérgicos
Antagonistas α1 adrenérgicos • Efeitos adversos

• Impedem os efeitos vasoconstrictores • Hipotensão postural, taquicardia,

das catecolaminas palpitações, xerostomia, etc.


• Antagonismo reversível
• Contraindicações
• Prazosina

• Afinidade para α1A, α1B e α1D • Hipotensão grave

• Teratozina, Doxazosina, Tansulosin


• Usos terapêuticos
• Hipertensão arterial

• Obstrução prostática benigna


• A venodilatação resultante de bloqueio α1
reduz a pré-carga cardíaca • Feocromocitoma
Antagonistas alfa-adrenérgicos
Antagonistas α2-adrenérgicos
• Efeitos adversos
• Para tratar impotência orgânica e
• Pancreatite, hepatotoxicidade,
psicogênica (via bloqueio alfa 2)
LES, hipotensão postural, etc.
• Ioimbina

• Contraindicações

• Hipersensibilidade ao prazosina,

teratosina, doxazosina

• Inflamação crônica dos órgãos

sexuais (ioimbina)
Antagonistas alfa-adrenérgicos
Antagonistas α1 e α2 adrenérgicos –
não seletivos

• Para tratar hipertensão e sudorese • Efeitos adversos


associados ao feocromocitoma • Convulsões. Hipotensão postural,
• Fenoxibenzamina (bloqueio
taquicardia, palpitações,
irreversível)
xerostomia, etc.
• Fentolamina (reversível)
• Contraindicações

• Bloqueia receptores 5-HT, libera


• Hipotensão grave

Histamina e atua como colinomimético • Coronariopatia (fentolamina)


Antagonistas beta adrenérgicos
Antagonistas β-adrenérgicos
• Antagonistas - β não-
seletivos
• Bloqueiam os
receptores beta • Antagonistas - α1 e β não-
seletivos
adrenérgicos
• Antagonistas - β1-seletivos

• “Agonistas parciais” –
alcaloides do Ergot
Antagonistas β não seletivos
• Para hipertensão, angina, • Efeitos adversos
insuficiência cardíaca, • Broncoespasmos, bloqueio
feocromocitoma, glaucoma atrioventricular, bradiarritmias,
• Bloqueio não seletivo de sedação, diminuição da libido,
receptores adrenérgicos β mascaram os sintomas de
[β1(vantagem) = hipoglicemia, depressão,
β2 (desvantagem]) dispneia
• Propranolol • Contraindicações
• Nadolol • Asma brônquica e DPOC
• Timolol • Choque cardiogênico, etc.
• Pindolol
Antagonistas α e β não seletivos
• Para tratamento da • Efeitos adversos e

hipertensão e da angina contraindicações


• Semelhantes aos do propranolol
• Bloqueios receptores
• Labetalol – pode causar lesão
adrenérgicos α1, β1 e β2
hepática
• Labetalol
• Necessidade de controle das

• Carvedilol provas de função hepática


Antagonistas β1-seletivos
• Para hipertensão, angina, • Efeitos adversos e
Insuficiência cardíaca, crise
tireotóxica contraindicações
• Bloqueio seletivo β1 • Semelhantes aos do
• Esmolol
propranolol, mas com menor
• Metoprolol
• Atenolol
broncoespasmo
• Esmolol – meia vida
• Bloqueio seletivo β1 e extremamente curta (3-4 min)
agonista β2
• Bloqueio de emergência na
• Celiprolol
tempestade tireoidiana
Agonistas parciais
• Para hipertensão, • Efeitos adversos e
angina contraindicações
• Respostas/Bloqueios • Semelhantes aos do
(parciais) β1, β2 propranolol
• Pindolol (possui atividade • Pindolol – é preferido para
simpaticomimética pacientes hipertensos que
intrinseca) apresentam bradicardia
• Bloqueio (parcial) β1 Acebutolol – útil por não
bloquear os receptores β2
• Acebutolol
Fármacos antiadrenérgicos de ação indireta
Inibidores da síntese de catecolaminas Efeitos adversos

• Inibem a tirosina • Efeitos adversos graves


hidroxilase, a enzima que • Hipotensão ortostática
limita a velocidade da via • Sedação
de biossíntese das • Contraindicações
catecolaminas diversas
• Alfa-metiltirosina • Hipersensibilidade

• Obs.: uso raro


Fármacos antiadrenérgicos de ação indireta
Inibidores do armazenamento das
catecolaminas
Fármacos
• Inibem o armazenamento
das catecolaminas nas • Reserpina
vesículas
• A curto prazo
• Guanetidina,
• Aumento da liberação de
catecolaminas das Guanadrel
terminações sinápticas,
• A longo prazo • Para tratar
• Depleção do reservatório hipertensão
disponível de catecolaminas
Fatores que influenciam a escolha dos fármacos
adrenérgicos
Principais Outros fatores

• Depende da contribuição • Avaliação efeito


do dado receptor no terapêutico x efeitos
tecido colaterais
• Seletividade dos • Fatores farmacocinéticos
fármacos para os – vias de administração,
subtipos de receptores absorção, duração da
ação, taxa de
metabolismo, etc.
Farmacocinética das catecolaminas e agonistas adrenérgicos
• Absorção – depende da via de administração
• A maioria é passível de destruição por suco gástrico
• Vias administração – em geral, intravenosa (infusão lenta; ação rápida), intramuscular (rápida),
subcutânea (ação lenta)
• Existem exceções conforme modificações estruturais. Ex.: Salbutamol –v.o., inalatória, i.v., s.c.
• Altamente fotossensível
• Distribuição – ampla e rápida para todos os tecidos, além junções neuronais
• Metabolismo
• Segue perfil dos agonistas endógenos, com possibilidade de captura neuronal e/ou
degradação por MAO/COMT
• Em pacientes com feocromocitoma observam-se metabólitos metanefrina e normetanefrina -
usados como marcadors séricos
• Excreção
• Urinária (metabólitos O-metilados).
Farmacocinética – beta-bloqueadores adrenérgicos
Efeitos adversos – bloqueadores adrenérgicos
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

ü Farmacologia Básica & Clínica. BG Katzung, SB Masters, AJ Trevor. 12ª


edição. McGraw Hill-ArtMed, Porto Alegre-RS, 2012 (v. traduzida 2014).

ü Rang & Dale Farmacologia. HP Rang, MM Dale, JM Ritter, RJ Flower, G


Henderson. 7ª edição. Elsevier, Rio de Janeiro-RJ, 2012.
CASO
• O paciente, Sr. K., chega antecipadamente para um procedimento
cirúrgico sob anestesia local (que será agente anestésico + vasoconstrictor
adrenalina).
• Ele aparenta estar bastante impaciente, especialmente por não poder
ser imediatamente atendido.
• Percebe-se que ele está suando e parece ansioso sobre sua visita.
• Ao prepará-lo para o procedimento, percebe-se que o rosto dele ficou
corado.
• Ele relata que pode sentir seu coração “batendo no peito”.
• Pergunta-se:
• Qual é a provável causa dos sinais e sintomas mostrados pelo Sr. K.?
• Quais fatores podem contribuir para essa reação?
• Quais medicamentos seriam úteis para reduzir ou prevenir essa reação?
CASO
• A Sra. C é sua paciente odontológica de 65 anos. Já se passou um ano desde sua última

consulta odontológica. Nove meses atrás, seu médico prescreveu a solifenacina (VESIcare)
para tratar a bexiga hiperativa. Inciou-se com dose de 5 mg/dia, e depois foi aumentada para
10 mg/dia. Só então a medicação foi eficaz na redução da urgência urinária.
• Entretanto, ela relata que ocasionalmente tem olhos secos, e frequentemente apresenta xerostomia,

principalmente à noite, tanto que mantém um copo de água na mesa de cabeceira à noite para aliviar a
boca seca.

• A Sra. C teve uma boa saúde bucal no passado e não teve cáries ativas nos últimos anos.

Nesta consulta, o tecido mole bucal parece seco, mas normal.


• No entanto, surgiram lesões incipientes na superfície vestibulares nas raizes de vários dentes.

• Pergunta-se:

• Com base na sua dedução de que a xerostomia pode estar contribuindo para o aumento da cárie, qual

fármaco adrenérgico vc administraria à condição oral da Sra. C?

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