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hospitais a nível mundial. O S. aureus é uma bactéria da família micrococacceae do grupo cocos
gram- positivos, agruparas em cachos ou aglomerado de células arredondadas presentes na pele
e nas fossas nasais do ser humano. A capacidade de patogenicidade de S. aureus são
conseqüência de seus fatores de virulência. Componentes da parede celular associados à
virulência incluem adesinas, exopolissacarídeos, peptidoglicanos e ácido teicóico. O biofilme é
um fator de virulência importante nas infecções por S. aureus. A estrutura do biofilme protege
as bactérias contra as defesas do organismo hospedeiro e dificultam a penetração e ação dos
antibióticos utilizados rotineiramente na terapêutica.
A produção de exoenzimas e exotoxinas por S. aureus são fatores essenciais para a invasão e
evasão da bactéria no organismo hospedeiro. Citolisinas, superantígenos, proteases, lipase,
hialuronidase, Dnase, catalase e coagulase estão entre os principais produtos extracelulares que
contribuem para a virulência de S. aureus (OOGAI et al, 2011).
A Meticilina é um antibiótico comumente usado para o tratamento dessas infecções. Embora a
meticilina seja muito eficiente no tratamento de muitas dessas infecções, algumas têm
desenvolvido resistência a este antibiótico e podem não ser eliminadas por ele. Essas bactérias
resistentes são chamadas de Staphylococcus aureus meticilina-resistente, ou MRSA.
Os microorganismo podem ser isolados de ambientes hospitalares, a contaminação por MRSA
em UTI pode ser através das superfícies próximas ao paciente e equipe de saúde, visto que, a
disseminação ocorre principalmente através das mãos dos profissionais ou contato direto com
os pacientes. os processos de limpeza e desinfecção desses ambientes server para intervir no
controle desses microorganismo, outro processo importante de intervenção é a dinâmica de
medidas educacionais para os membros da área da saúde. É excepcional idealizar ações
informativas sobre intervenções de prevenção, redução de
METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa do tipo revisão bibliográfica envolvendo a utilização do estudo de 13
artigos científicos pesquisados na base de dados do Google acadêmico, Scielo, CAPES, foi
utilizado também para a pesquisa 6 revistas eletrônicas: Biociências, biotecnologia e saúde;
Revista multidisciplinar da saúde, Revista Brasileira de enfermagem e Revista UNINGÁ review,
todos do período de 1987 á 2021, se baseando no histórico e nas mais novas descobertas acerca
da bactéria Staphylococcus aureus suas complicações e infecções no ambiente hospitalar com
maior prevalência na Unidade de Terapia Intensiva.
REVISÃO DE LITERATURA
Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) é qualquer infecção adquirida após a admissão
do paciente no hospital. As IRAS também podem se manifestar durante a internação ou após a
alta, desde que estejam relacionadas com a internação ou com os procedimentos realizados
durante a internação. As IRAS podem também ser relacionadas com procedimentos realizados
em ambulatórios, consultórios e outras unidades de atendimento à saúde. (Silva; Padoveze,
2011).
No ambiente hospitalar, um dos lugares mais comuns de colonização e infecção por MRSA são
as UTIs, onde aproximadamente 20% dos pacientes infectados acabam predispostos ao óbito.
Estima-se que o desenvolvimento de IRAS junto do paciente crítico represente em média 20%
de todas as infecções dentre os pacientes hospitalizados, 15% das infecções primárias de
corrente sanguínea, e corresponda a quase meio milhão de casos anuais nas unidades de terapia
intensiva (UTI). Dentre estas, a contaminação pelo Staphylococcus aureus figura entre as
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toxina é formada pela combinação de três proteínas codificadas pelo locus hlgACB (HlgA, HlgC e
HlgB) (FOSTER, 2005).
A colonização nasal pelo S. aureus é desprovida de sintomas, ou seja, o indivíduo não desenvolve
infecção. Essa colonização assintomática tem grande importância clínica, uma vez que, com as
narinas colonizadas, o indivíduo contamina as próprias mãos e passa a ser veículo de
transferência da bactéria no mecanismo de infecções por contato. Assim, principalmente em
hospitais, o hospedeiro assintomático pode ser um paciente, um visitante, ou mesmo um
profissional de saúde. Em hospitais, principalmente em unidades de terapia intensiva (UTIs), é
rotina o isolamento de pacientes colonizados.
O patógeno observado nessa localidade faz parte da microbiota endógena, mas tem se
mostrado cada vez mais resistentes devido à utilização de agentes microbianos de maneira
desordenada e a falta de capacitação dos profissionais de saúde. A relação do profissional-
paciente em serviço hospitalar predispõe de forma expressiva a disseminação dos
microorganismos, ao se verificar a carência da utilização de práticas de precauções padrão pelos
membros da equipe no ambiente hospitalar, e quando em contato com os pacientes internados,
faz com que esses profissionais fiquem sujeitos à colonização do microorganismo, os
posicionando na condição de portadores e disseminadores de infecção, colaborando para a
ocorrência de surtos graves e muitas vezes fatais.
A contaminação por MRSA em UTI pode ser através das superfícies próximas ao paciente e
equipe de saúde, visto que, a disseminação ocorre principalmente através das mãos dos
profissionais ou contato direto com os pacientes. A incidência do microorganismo em grades da
cama, manivelas, mesa de cabeceira, botões de infusão e capotes cirúrgicos, contribuem para a
transmissão decorrente do cuidado à saúde, possivelmente por meio da transmissão cruzada
entre profissionais e pacientes (Rev enferm UFPE 2016).
Algumas doenças causadas por S. aureus são causadas pela produção de toxinas como nos casos
síndrome da pele escaldada, intoxicação alimentar e a síndrome do choque térmico.
Outras doenças são resultadas da proliferação do microorganismo o que leva a formação de
abcessos e a destruição dos tecidos como a infecção cutânea, endocardite, pneumonia,
empiema, osteomielite e artrite séptica. Quando há presença de corpos estranhos como pino,
cateter ou doenças congênitas, como resposta quimiotática ou fagocítica prejudicada, o número
de estafilococos necessários para estabelecer a doença é menor.
Methicillin Resistant Staphylococcus aureus (MRSA) - O S. aureus resistente à meticilina (MRSA)
recebeu maior destaque a partir do final da década de 80, devido à ocorrência de surtos graves
de infecções hospitalares em berçários e unidades de terapia intensiva. Esses microrganismos
são considerados, até hoje, um dos maiores problemas clínicos e epidemiológicos em infecção
hospitalar, ocupando o primeiro lugar nesse tipo de infecção associada a dispositivos invasivos
em leitos de CTI, com resistência aos beta-lactâmicos na ordem de 60% (Moreno et al. 2006).
Cepas de S. aureus multirresistentes são, hoje, comuns nos grandes hospitais de todo o mundo,
limitando as opções terapêuticas apenas aos antibióticos vancomicina teicoplamina (Levy 1997).
Os alvos de atuação dos antibióticos beta-lactâmicos são as enzimas com função de
transpeptidases, que atuam nas etapas finais da formação da parede celular das bactérias. Essas
enzimas, que por se ligarem aos antibióticos lactâmicos, são chamadas de "PBP" ("Protein
Binding Penicillins). são proteínas de membrana que estão envolvidas na biossíntese da parede
celular e promovem a formação das pontes transversas de pentaglicinas do peptideoglicano,
através da ligação da D-alanina de uma cadeia peptídica com a L-lisina da cadeia subseqüente.
Os antibióticos beta-lactâmicos, ao inibirem as "PBP"s, impedem a formação da camada de
peptidoglicano da parede celular, o que parece desencadear a morte bacteriana por um
processo ainda desconhecido. Cepas susceptíveis de S. aureus produzem quatro "PBP"s: "PBP"
1, 2, 3 e 4, sendo as “PBPs" 1, 2 e 3 consideradas como principais alvos dos beta-lactâmicos
(Waxman & Strominger 1983; Tomasz et al. 1989; Dominguez et al. 1997; Marangoni 1997).
Atualmente, são conhecidos dois mecanismos principais pelos quais pode ocorrer resistência
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bacteriana aos beta-lactâmicos: 1) alteração da proteína alvo de ação da droga, ou seja, das
"PBP"s; 2) produção de enzimas inativadoras, chamadas beta-lactamases (Mendonça 1997;
Harbarth et al. 1998).
RESULTADO E DISCUSSÃO
Este trabalho fornece dados a respeito da infecção por Staphylococcus aureus, conforme
evidências científicas. Os estafilococos, especialmente S. aureus, estão entre os microrganismos
mais importantes associados às infecções hospitalares, principalmente nas UTIs. (RENNER;
CARVALHO, 2013). Os resultados dos artigos evidenciam principalmente infecções relacionadas
ao Staphylococcus aureus resistente a meticilina nas unidades de terapia intensiva, e a presença
de procedimentos invasivos, elencados como principais fatores de risco. Nas UTIs os pacientes
estão sucetíveis a maiores riscos de infecção, os quais, muitas vezes, tornam-se irremediáveis,
em decorrência da utilização de procedimentos invasivos e da administração intensa de
antimicrobianos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante os fatos, é importante a implantação e ampliação de projetos de orientação nas
instituições hospitalares para a prevenção e o controle das Infecção Relacionada à Assistência à
Saúde em UTIs, destacando a importância da higienização das mãos adequada e precauções de
contato com pacientes infectados e educação continuada dos profissionais que necessitam de
atualizações constantes diante a essa problematização, possivelmente favorecendo a utilização
de medidas com o objetivo de prevenir a infecção e a disseminação de microrganismos em UTI
e reduzir a incidência desses fatores como descontaminação ambiental, triagem de pacientes,
vigilância ativa, realização de culturas e precauções de contato.
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