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Resenha do artigo: Diagnostico laboratorial da tuberculose.

Curso. Analises clinicas


Drielle Cecilia Nascimento, RA: 716822137406, turma S2

A ITU, infecção do trato urinário, uma colônia microbiana e invasora tissular de algum sito
trato-gênito-urinário ultrapassando a capacidade de defesa do hospedeiro podendo lhe causar
lesões. O termo ITU possui uma variedade de entidades clínicas, que são classificadas de
acordo com a região anatômica da infecção. Sendo uma das causas mais frequentes de
infecção encontrada na prática médica, essa infecção é comum nas comunidades e em
ambiente hospitalar. As enterobactérias são os microorganismo mais encontrados no processo
de infecção, apresenta de 70 a 80% nas amostras isoladas em rotina de laboratório, esses
microrganismos podem ser encontrados no trato gastrointestinal do homem e em animais,
como parte da microbiota ou como agente infeccioso.
Mesmo com a grande variedade de agentes antimicrobianos, as bactérias desenvolveram um
mecanismo de resistência contra esses fármacos. Um número considerável vem sendo descrito
nos últimos anos, sobre o desenvolvimento da resistência bacteriana frente aos
antimicrobianos, usados em ambientes clínicos. O que poderá implicar com a forma de
tratamento do paciente, podendo lhe causar falha no tratamento, antes de iniciar qualquer
tratamento é preciso ter conhecimento sobre micro-organismo e de seu fator de resistência
frente a antimicrobioticos, sendo essencial para o tratamento.

A uretra tem uma microbiota que reside várias espécies de bactérias, mas acima dela o trato
urinário é estéril, possui um conjunto entre eles a mucosa, o Ph baixo a alta concentração de
ureia, atuam como uma barreira que impede a invasão desses microorganismo patogênicos,
mas quando algum desses são afetados torna o paciente mais vulnerável à ITU.
Os patógenos podem invadir o trato urinário de 3 formas: a ascendente, a hematogênica e a
linfática. A invasão por via linfática ainda é rara e necessita de mais estudos. A de via
hematogênica corresponde a 2% das ITU, ocorre por infecções renais por microrganismos
gram positivos, causadas por alterações na resistência do paciente, por alterações anatômicas
e alterações no funcionamento dos rins. A mais comum das invasões e pela via ascendente
causada por uma colonização periuretral de bactérias provenientes do intestino, por fatores
mecânicos tais como defecação, sudorese e higiene pessoal.
As ITU, se apresentam de forma assintomática e sintomática, os sintomas vão de disúria a
nictúria e urina turva ou avermelhada pela hematúria. Além disso, as ITU podem ser de
característica complicada ou não complicada, podendo ser agudas ou crônicas.
A ITU complicada abrange as infecções sintomáticas que são associadas com as causas
obstrutivas (que vão de hipertrofia a presença de corpos estranhos), causas anátomo-
funcionais, metabólicas, retenção urinária e por instrumentação por uso de cateter. A ITU não
complicada refere-se a pacientes não grávidas, sem anomalias anatômicas e sem
instrumentação e de origem comunitária (ambulatorial), essas infecções são classificadas em
ITU baixa e ITU alta. As ITU recorrentes nem sempre são complicadas, confirmadas em
pacientes que apresentam duas infecções por ano, para iniciar o tratamento, deve-se
apresentar uma urocultura negativa, assim evitando um tratamento mais invasivo. A
urocultura tem padrão ouro, quando positiva apresenta colônias de bactérias em quantidade
maior ou igual a 10.
A portaria 2.616 de 12 de maio de 1998, define a infecção comunitária, como toda infecção
constatada ou incubada, antes da admissão do paciente no hospital, sem que esse paciente
conste registro recente hospitalar. Já a infecção hospitalar (IH), é produzida por
microrganismos que são adquiridos após a internação do paciente ou através da realização de
certos procedimentos invasivos. Hoje o termo IH está sendo substituído pelo novo termo
“Infecções Relacionadas à Assistência à saúde" (IRAS), que visa a prevenção e o controle das
infecções em todos os lugares que prestam assistência à saúde.
Os maiores causadores de infecção urinária vêm das bactérias Gram negativas que estão no
grupo enterobactérias que são mais frequentes nas ITU complicadas e não complicadas.
A literatura aponta que a E. coli tem uma alta prevalência nas ITU, o que se dá o fato da
espécie estar presente na microbiota do intestino humano, o que pode levar a infecções
extraintestinais. Apresenta -se também por isolamentos a Escherichia coli uropatogênicas
(UPEC), que vem causando preocupações, porque apresenta fator de virulência (fímbrias tipo
1 e P) que tem importante adesão nas células da uretra (formação do biofilme), causando o
processo de infecção o que torna resistente a eliminação pelo fluxo urinário. Da mesma
maneira que a UPEC usa a fímbrias tipo 1, as K. pneumoniae também as usam para colonizar
a bexiga e a formação do biofilme, permanecendo como fator de virulência persistindo na
infecção urinária. As bactérias Gram-negativas de modo geral são responsáveis por infecções
em ambiente hospitalar, prevalecendo as E. coli, outras como Enterobacter spp., Klebsiella
pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa também devem ser consideradas entre outros. O
aumento de infecções urinárias, esses agentes, têm várias características, como ubiquidade,
fatores de virulência (fímbrias e pili), valor nutricional mínimo, temperatura e resistência a
antimicrobianos. As infecções urinárias estão em alta na saúde pública e afeta significamente
a qualidade de vida das pessoas da comunidade, baseando-se no perfil do patógeno, na
resistência antimicrobiana local da gravidade da doença já se inicia o tratamento de forma
empírica, já que existem vários antimicrobianos sendo usado empiricamente, outra forma de
se usar antimicrobiano é através de um resultado de antibiograma para que se inicie um
tratamento mais específico usando antimicrobiano de amplo espectro.
O uso de antimicrobiano sem o conhecimento do perfil local estimula a resistência destes, à
medida que esses fármacos são introduzidos, os microrganismos podem desenvolver
resistência, algumas bactérias são consideradas naturalmente resistente aos antimicrobianos
(resistência intrínseca), outras apresentam resistência adquirida por exposição antimicrobiana
continua desenvolvendo novas linhas de defesa. Essa resistência apresentada dificulta o
tratamento e limita as opções terapêuticas, no ambiente comunitário tanto quanto no ambiente
hospitalar essa resistência se torna uma questão grave, por seus múltiplos fatores
desencadeantes e o consequente aumento na mortalidade.
Estudos apontam altas taxas de resistência aos beta-lactâmicos, E. coli e
enterobacterias resistente a ampicilina, alguns uropatógenos apresentam resistência à
ampicilina associada com sulfametoxazol-trimetoprim e amoxacilina-ácido clavulânico, a P.
aeruginosa mostra resistência à ceftriaxona e à ceftazidima em ambiente hospitalar entre
outras resistências. Esses estudos estão relacionados com o perfil de resistência com relação a
infecção de acordo com a região do país e se de origem comunitária ou hospitalar.

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