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MÁSCARA CONTRAGASES
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CÂMARA DOS DEPUTADOS
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA LEGISLATIVA
I CURSO DE AGENTES QUÍMICOS
Sumário
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 1 ................................................................................................................................................................. 6
A RESPIRAÇÃO............................................................................................................................................................. 6
I. O SISTEMA RESPIRATÓRIO..........................................................................................................................................6
II. O AR RESPIRÁVEL.......................................................................................................................................................7
b. Estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que através da respiração possam provocar distúrbios ao
organismo ou o seu envenenamento. ......................................................................................................................... 7
c. Encontrar-se no estado apropriado para a respiração, isto é, ter pressão e temperatura normal, que em
hipótese alguma levem a queimaduras ou congelamentos. ...................................................................................... 7
d. Não deve conter qualquer substância que o torne desagradável, por exemplo, ter odores. ................................. 7
e. Por respiração, entende-se todo o processo pelo qual o corpo humano é suprido de oxigênio e libertado de CO 2
(dióxido de carbono). .................................................................................................................................................. 6
c. Aerodispersóides. .................................................................................................................................................. 10
CAPÍTULO 2 ............................................................................................................................................................... 13
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA ........................................................................................................................................ 13
b. Por espargimento................................................................................................................................................14
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I CURSO DE AGENTES QUÍMICOS
CAPÍTULO 3 ............................................................................................................................................................... 16
MÁSCARA CONTRAGASES ......................................................................................................................................... 16
I. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO...............................................................................................................................16
a. Filtro; ..................................................................................................................................................................... 16
b. válvula de inalação...............................................................................................................................................17
d. Interior da mascarilha;.......................................................................................................................................... 16
e. Máscaras de fuga.................................................................................................................................................. 22
V. DESINFECÇÃO DA MÁSCARA.......................................................................................................................23
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a. objetivos.................................................................................................................................................26
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1
A RESPIRAÇÃO
I. O SISTEMA RESPIRATÓRIO
Por respiração, entende-se todo o processo pelo qual o corpo humano é suprido de oxigênio e
libertado de CO2 (dióxido de carbono). Com base nesta informação estudaremos o que é o sistema
respiratório e qual a sua função e importância no organismo.
O sistema respiratório é constituído por um conjunto de órgãos que tornam possível a respiração
normal. Falando mais concretamente, é formado pelo nariz, boca, garganta, laringe, traquéia e os
brônquios, os quais constituem as vias respiratórias. Por outro lado encontram-se os pulmões, cuja
missão é enviar o oxigênio ao sangue e este de transportar o oxigênio a todas as células do corpo. É
esta uma das principais funções do aparelho circulatório, de transportar o oxigênio através do corpo
humano em suas artérias e de recolher o produto da reação ou seja, o dióxido de carbono - CO2, e
levá-lo até os pulmões para ser expelido. Integrando este sistema está também o diafragma e os
músculos do peito, os quais têm por objetivo provocar os movimentos respiratórios normais. É o
oxigênio que mantém acesa a chama da vida.O cérebro é o encarregado de regular a função
respiratória. Quando o cérebro necessita de mais oxigênio, envia estímulos aos músculos do peito e
o diafragma por meio dos nervos, fazendo-os funcionar com maior aceleração e vigor.Comparando
o corpo humano a uma máquina completa, pode-se concluir que um dos parâmetros para assegurar o
perfeito funcionamento, é a presença de “ar respirável”.
*Fonte: portalciênciaviva.
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II. O AR RESPIRÁVEL
b. Estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que através da respiração possam provocar distúrbios
ao organismo ou o seu envenenamento.
c. Encontrar-se no estado apropriado para a respiração, isto é, ter pressão e temperatura normal, que
em hipótese alguma levem a queimaduras ou congelamentos.
d. Não deve conter qualquer substância que o torne desagradável, por exemplo, ter odores.
Risco respiratório é toda alteração das condições normais do ar atmosférico que interfere no
processo da respiração, gerando consequentemente danos ao organismo humano. Pelas
características da formação do corpo humano, os materiais tóxicos podem penetrar no corpo por 3
(três) diferentes caminhos: pela boca (gastro-intestinal), pela pele (poros) e pelo sistema
respiratório (nariz e boca).
- Deficiência de oxigênio;
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São contaminantes que podem estar presentes em concentrações perigosas, mesmo quando a
exposição for por um período curto.
São contaminantes que podem ser respirados por um período curto, sem que ofereçam risco de
vida, porém podem causar desconforto e possivelmente danos quando respirados por um período
longo ou em períodos curtos, mas repetidos muitas vezes.
a) Inertes:
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Não são metabolizados pelo organismo. Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido
de Carbono.
b) Ácidos:
c) Alcalinos:
d) Orgânicos:
Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex: Acetona, Cloreto
De Vinila etc.
e) Organo-Metálicos:
b. Efeitos Biológicos.
Os gases e vapores podem ser classificados segundo a sua ação sobre o organismo. Dividindo-se
em quatro grupos:
1) Irritantes.
Produzem inflamação nos tecidos com que entra em contato direto: pele, olhos, via
respiratória. Ex: ácido clorídrico, sulfúrico, amônia, soda cáustica. O ponto de ação dos gases e
vapores irritantes é determinado pela solubilidade.
2) Anestésicos.
A maioria dos solventes pertence a este grupo, uma propriedade comum a todos é o efeito
anestésico, devido a ação depressiva sobre o sistema nervoso central.
3) Asfixiantes.
a) Simples = Nitrogênio.
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4) Venenos sistêmicos.
Podem causar danos aos órgãos e sistemas vitais do corpo humano. Ex: vapores metálicos de
mercúrio, arsênio etc.
c. Aerodispersóides.
a) Partículas Tóxicas.
Podem passar dos pulmões para a corrente sangüínea e levadas para as diversas partes do
corpo, onde vão exercer ação nociva à saúde (irritação química, envenenamento sistêmico, tumores
etc.) Ex: Antimônio, Arsênio, Cádmio, Ácido Fosfórico, Fósforo, Ácido Crômio etc.
As quais não sendo absorvidas pela corrente sangüínea permanecem nos pulmões podendo
causar lesões sérias neste órgão. Ex: Asbesto, Carvão, Bauxita, Sílica livre, etc.
Chamadas também de poeiras não agressivas, não causam fibroses, podem ser dissolvidas e
passar diretamente para a corrente sanguínea ou que podem permanecer nos pulmões, sem causar
efeitos nocivos locais ou sistêmicos. Obs.: altas concentrações destes aerodispersóides devem ser
consideradas sempre com muita atenção. Ex: Algodão, Lã, Farinhas, Poeiras de Couro, Pó de
Madeira etc.
a) Névoas ou neblinas.
Partículas líquidas em suspensão no ar, com dimensões que vão desde 5 a 100 mícrons.
b) Fumos.
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Partículas sólidas de origem orgânica. São encontradas em dimensões que vão de 0,01 a 0,3
mícrons.
c) Poeiras.
d) Vapores Metálicos.
e) Organismos vivos.
b) Mg/m3.
c) Mg/L.
d) MPPC.
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CAPÍTULO 2
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Os agentes químicos podem atacar o ser humano, basicamente, nas formas de vapor,
gotículas ou aerossóis.
a. Formas de vapor:
É a forma gasosa propriamente dita. Alguns agentes atuam essencialmente sob esta forma,
produzindo um efeito não persistente. Penetram no organismo, principalmente, pelas vias
respiratórias, atuando basicamente, nos brônquios (como o Fosgênio, por exemplo), sobre as células
(como o Ácido Cianídrico) e sobre o sistema nervoso (como os vapores dos neurotóxicos). Para
atividade policial temos as ampolas de agente lacrimogêneo que atuam através da volatilidade. Os
vapores dos agentes químicos, também podem penetrar no organismo por absorção através da pele,
como o Ácido Cianídrico e os neurotóxicos. A rapidez da ação dos agentes, na forma de vapor, é em
função da concentração, do volume de ar contaminado, absorvido pelo policial, e do tempo de
exposição à atmosfera tóxica.
b. Forma de gotícula:
É uma característica dos agentes na forma líquida. Atuam diretamente sobre a pele, ou são
absorvidos pela mesma, afetando as partes internas do organismo.
c. Forma de aerossóis
São partículas, sólidas ou líquidas, muito pequenas e que, por isso, ficam em suspensão no
ar. Nesta forma, os agentes químicos podem ser absorvidos pela pele, ou atacar a própria pele.
Devido ao seu pequeno peso, podem também ser transportados a grandes distâncias, sem se
difundirem na atmosfera, como os vapores, por ação do vento.
De uma maneira geral, os agentes químicos são dispersados por queima, por espargimento e
por explosão.
a. Por queima.
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b. Por espargimento.
c. Por explosão.
É o caso dos agentes químicos que são lançados, acondicionados em artefatos, que ao serem
detonados ou deflagrados, pela ação da carga explosiva, têm destruído o invólucro que os
acondiciona, sendo liberados instantaneamente. No meio policial temos as granadas explosivas.
São máscaras faciais ou semifaciais que atuam com elementos filtrantes, removendo do
ambiente contaminado o ar necessário para respiração. Esses equipamentos possuem algumas
restrições quanto ao uso, dentre as quais pode-se destacar:
Máscara semi-facial.
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CAPÍTULO 3
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I. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
a. Filtro;
b. Válvula de inalação;
d. Interior da mascarilha;
f. Interior da mascarilha;
g. Válvula de expiração.
De uma maneira geral, toda máscara contra gases pode ser dividida, para fins de estudo, em
máscara propriamente dita e elemento filtrante. Podemos ainda considerar, como terceiro membro
desta divisão, a bolsa de transporte.
Chamamos de máscara propriamente dita, à parte que cobre o rosto e contém as subpartes que
a ela se amoldam, todas confeccionadas em borracha ou silicone. Na máscara propriamente dita,
distinguimos as seguintes subpartes:
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Parte externa de borracha ou silicone, que garante a vedação necessária à máscara, ajustando-
se aos contornos da face. As máscaras militares possuem oculares, ao invés de visor panorâmico, por
permitir sua dobragem e fácil acomodação na bolsa de transporte.
2) Visor.
3) Mascarilha interna.
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4) Válvula de inalação.
Orifício do facial da máscara dotado de uma membrana de borracha fina e maleável que
permite a entrada do ar filtrado. É nesta válvula de inalação que temos o bocal para conectar o
elemento filtrante.
5) Defletores de ar.
6) Válvula de exalação.
Orificio do facial da máscara dotado de uma membrana de borracha fina e maleável que
permite a saída do ar proveniente da exalação do operador. Posicionada comumente na altura do
queixo.
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7) Diafragma de comunicação.
8) Tirantes de ajuste.
São tiras de malha elásticas (elastodieno) ou de borracha que tem a função de prender a
máscara na cabeça e ajustá-la conforme a fisionomia do operador. Para as máscaras faciais
completas temos os tirantes superiores, médios e inferiores.
b. O elemento filtrante.
O filtro é uma das estruturas de maior importância nas máscaras contragases, pois retém os
contaminantes do ar respirado. Apesar de reter as substâncias contaminantes eles não fornecem
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oxigênio, em decorrência deste fato só poderão ser usados em atmosferas que contenham no mínimo
19,5% em volume de oxigênio. Em lugares com deficiência de oxigênio ou com elevadas
concentrações de contaminantes, é obrigatório o uso de equipamentos que independem do meio
atmosférico ambiental, tais como: equipamento de respiração com linha de ar; equipamentos
autônomos de respiração a ar comprimido; equipamentos autônomos de respiração com oxigênio.Os
filtros se apresentam nas mais variadas formas, como: filtro de encaixe, filtro de rosca e filtro de
cartucho.
1) Tipos de filtros.
De acordo com o contaminante a ser removido os filtros poderão ser do tipo químico,
mecânico ou combinado (mecânico e químico).
a) O filtro químico
b) O filtro mecânico.
c) O filtro combinado
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a) Após cada uso recoloque o lacre do orifício de entrada do filtro e o lacre da rosca que vai
ao bocal;
c. A bolsa de transporte.
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e. Máscaras de fuga.
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1) As máscaras devem ser guardadas nas respectivas bolsas e estar em armários ou prateleiras,
colocadas em local seco e fresco, ao abrigo do sol. É proibido empilhar as bolsas para evitar
deformações das máscaras. Deve-se colocá-las em pé, lado a lado, como livros;
2) Como a parte facial e as válvulas e outras partes são de borracha moldada, torna-se
indispensável dar a esse material o necessário trato, sem o que, antes do prazo tecnicamente pré-
estabelecido, a borracha ficará envelhecida, e em consequência, a máscara inutilizada. Se a máscara
foi molhada devido a transpiração, chuva etc., ao ser guardada, deve-se enxuga-la com um pano e
pendurá-la ao ar livre, abrigada do sol. Quando seca, polvilhá-la com talco e retirar o talco com um
pano seco, antes de ser colocada na bolsa;
4) Mesmo em campanha ou em exercício, não se deve permitir deixar a bolsa com o material
diretamente sobre o chão ou exposto ao tempo; deve-se guarda-lo na barraca ou em outro abrigo,
sempre que possível, pendurada pela alça de transporte. Só em armários ou prateleiras adequadas,
quando secas deve-se colocar as bolsas em pé e lado a lado;
5) É necessário todo zelo com os visores e outros materiais de plástico, pois estão sujeitos a
deformações e arranhões irreparáveis;
V. DESINFECÇÃO DA MÁSCARA
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O processo varia de acordo com a máscara utilizada, porém, de um modo geral, é o que se segue:
Não deve apresentar esgarçamento nem rasgos. Faça um exame rigoroso. Verifique os
acessórios (quanto a estado e existência).
Deve ser realizado para verificar possíveis entradas de ar devido a rupturas ou outros danos no
dispositivo de fixação. Consiste em vedar a válvula de inspiração e inspirar com força. Se o ar
passar entre a borracha e o rosto, significa que a máscara está mal vedada. Se o ar não passar entre a
borracha e o rosto, porém a máscara der passagem para o mesmo, então haverá algum vazamento.
Consiste em vedar a válvula de exalação, ou estrangular a traquéia, e expirar com força, para
expulsar o ar que se encontra dentro da máscara.
b. Notas.
1) A duração técnica das máscaras contra gases, de um modo geral, é de cinco anos. Isto não
impede que uma máscara, bem manutenida, possa exceder este prazo, assim como outras, mal
manutenidas, estraguem-se com pouco tempo de uso.
a) Toda vez que forem deslacrados, mesmo que usados em áreas não contaminadas.
b) Toda vez que, em uso contínuo, seu prazo de duração estiver se extinguindo.
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Para colocar a máscara de maneira correta devemos considerar dois processos básicos:
a) Coloque as mãos espalmadas por dentro dos tirantes, de modo que fiquem voltadas para
dentro da máscara;
c) Deslize as mãos para cima e para trás, levando a máscara à sua posição;
3) Observações.
a) Gorros ou bonés com abas que interfiram na vedação das máscaras do tipo facial
completa;
b) Os tirantes não devem ser colocados ou apoiados sobre hastes de óculos, capacetes e
protetores auditivos;
d) Pessoas que possuem cicatrizes de alto relevo na face, ossos da face excessivamente
protuberantes, fronte côncava, rugas profundas na face, ausência de dentes ou de dentaduras ou
configuração facial que prejudique a vedação;
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e) Pelos faciais: pessoas com pelos faciais (barba, bigode, costeletas ou cabelos) que podem
interferir ou prejudicar a vedação na área de contato com o rosto.
5) Com a mão direita retirar a máscara de dentro da bolsa e com a esquerda, retirar o protetor,
colocando-o na bolsa;
7) Com a mão direita, manter levantada a tampa da bolsa e, com a esquerda, desatarraxar a tampa
do filtro colocando-a dentro da bolsa. Romper o selo de garantia e atarraxar o filtro à máscara;
8) lntroduzir as mãos, abertas e unidas, entre os tirantes, levantar o queixo, levar a máscara ao
rosto, afastar as mãos, para abrir os tirantes e baixar a cabeça, introduzindo-a na máscara
enquanto as mãos deslizam sobre a cabeça, conduzindo os tirantes;
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a. Objetivos.
A instrução tem, exclusivamente, as finalidades abaixo, não devendo ser desviadas para
outras, que exijam do instruendo padrões não especificados pelo exercício.
Qualquer sala, ou espaço, razoavelmente vedado, de preferência com entrada e saída distintas
afastada mais de 100 metros de outros locais de instrução ou estradas, pode ser usada como câmara
de gás. A câmara de gás ideal deve ter dois quartos de, aproximadamente, 27 metros cúbicos cada
um, e pode ser construída pela própria unidade. A barraca de 10 praças pode ser empregada, desde
que vedada junto ao chão, externamente, para evitar o escapamento de gás depois de usadas, as
barracas devem ser viradas do avesso e ventiladas durante alguns dias.
2) Providenciar para que o pessoal utilize uniformes velhos; o agente químico estraga os
tecidos e seu cheiro permanece impregnado nas roupas, por muitas horas;
3) Fazer retirar jóias, relógios e óculos com aros de metal, antes de entrar na câmara;
1) Concentração
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concentração permitir uma clara visibilidade de todos no interior da câmara de gás. Para a prática de
exercícios no interior da câmara de gás deve existir no mínimo dois instrutores técnicos em
Operações Químicas ou DQBRN, munidos de máscara, lanterna e luvas. Deve existir no local de
instrução uma equipe de pronto atendimento médico ou pré-hospitalar. O exercício é dividido em
quatro fases:
a) Primeira fase.
(2) depois de explicada a primeira fase, um especialista usando uma máscara, entra na
câmara. Em seguida, um grupo de 10 homens, com as máscaras colocadas, entra na câmara e a porta
é fechada. O grupo permanece de um a dois minutos, para verificar a vedação e ajustagem da
máscara, enquanto o instrutor explica a proteção dada pela mesma.
(3) ao deixar a câmara, os homens caminham contra o vento, tendo ainda suas máscaras
ajustadas. O instrutor inspeciona a ajustagem das máscaras e verifica se algum instruendo sentiu os
efeitos do gás. Caso algum instruendo tenha sentido o gás, foi porque a máscara não estava bem
ajustada, ou possuía algum defeito. Faz-se a correção necessária e o homem repete o exercício, até
obter resultado satisfatório.
(4) após a retirada, nesta e nas outras fases do exercício, as máscaras devem ser
ventiladas.
b) Segunda fase.
(1) esta fase estabelece a confiança, do homem, na proteção oferecida pela máscara.
Com ela ajustada, o grupo entra na câmara de gás.
(2) depois de um minuto, cada homem toma posição do lado oposto da porta de saída,
retira sua máscara e sai da câmara. Um instrutor fica junto à porta, para auxiliar o homem na saída,
certificando-se primeiro de que o mesmo sentiu o efeito do gás. A porta deve ser conservada aberta
o mínimo de tempo possível.
(3) deve-se dizer aos instruendos, para que não esfreguem os olhos, visto que isso lhes
causará irritações. O homem deve caminhar contra o vento, expondo o rosto. Qualquer dor nos olhos
ou na pele exposta, desaparece em poucos minutos. Se o tempo estiver quente, deve-se permitir que
os instruendos lavem o pescoço, as mãos e o rosto, com água e sabão, para impedir a irritação da
pele.
c) Terceira fase.
(2) cada instruendo testa o gás, introduzindo o dedo entre o rosto e a máscara, para que
entre uma pequena quantidade do agente.
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(3) após testado o gás, o instruendo veda, com a mão, a válvula de expiração e expira
fortemente, para limpar a máscara.
d) Quarta fase
(1) os homens são previamente instruídos, como proceder ao iniciar-se esta fase. Com as
máscaras nas bolsas e mantendo a respiração suspensa, os componentes do grupo entram na câmara.
No interior da mesma ainda com a respiração presa, cada um coloca e ajusta sua máscara, faz a
limpeza e permanece respirando normalmente, por mais um ou dois minutos.
(2) o instrutor verifica na saída, se todos os homens estão com as máscaras devidamente
ajustadas. Deve ser dada especial atenção às irritações da vista, tosses e corrimentos nasais. Os
homens assim afetados repetem o exercício, logo que passem os efeitos do gás e; também recebam
novas instruções sobre a colocação e ajustagem da máscara.
2) Questão de segurança.
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IX. O TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR RESPIRATÓRIA COM A
MÁSCARA CONTRAGASES
_______. Exército Brasileiro. Manual de Campanha. Defesa contra os ataques químicos, biológicos
e nucleares. Ref. C 3-40. 1ª Edição. Brasília-DF: 1987.
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