‘ ATIVIDADE DE REVISÃO PM2 – CAPÍTULO 5

LÍNGUA PORTUGUESA – 7º ANO

Responda, em seu caderno, às questões a seguir sobre os

seguintes conteúdos: Oração, Sujeito e Predicado, Verbo de
ação e Verbo de estado.

Leia este conto de humor e responda às questões 1 e 2.

Cocos no cemitério

― Eu vou jogando os cocos e depois a gente divide.

― Tá certo. Arranque e sacuda.
Severo começou seu trabalho. Os cocos, jogados sem maior cuidado, iam caindo em
todos os cantos: nas lajes, na grama, no pé do muro, quase na cabeça de Jacintinho, fazendo-
o preferir defender-se atrás da sepultura maior. Dois cocos, de tão mal jogados, caíram na
rua além do muro.
Pois bem.
Celestino era quem abria a padaria. Sempre o fazia às quatro e meia, mas, por se
acordar às três e não saber o que ficar fazendo em casa, achou melhor ir logo de uma vez
para o serviço. O caminho, de casa ao trabalho, continha, no itinerário, a rua do cemitério.
Então Celestino ouviu vozes do lado de dentro do muro. Não entendia as frases, sequer as
palavras, mas era evidente que havia gente conversando no... gente? Celestino sentiu um
arreio lhe gelar o sangue.
― Ave, Maria!
Correu para a delegacia, onde Cabo Peixoto dormia, dólmã aberto, pé sobre a mesa,
vigilante que era preso nenhum.
― Seu cabo, pelo amor de Deus, acorde!
Pois bem. Severo arrancou os últimos cocos e desceu para, com o amigo, fazer a
divisão.
― Esse para mim, esse para você, esse pra mim, esse pra você...
Pois bem.
Não é que o Cabo Peixoto duvidasse de Celestino, menino direito, trabalhador,
querido por todos na cidade, mas aquilo não era hora de acordar uma autoridade: no melhor
do sono. O cabo ainda tentou uma desculpa para não ir, argumentando de amedrontar
menino.
― A polícia não tem a menor obrigação de prender fantasma.
― Fantasma?
― Gente conversando no cemitério, só pode ser alma.
Pois Bem.
Severo e Jacintinho estavam no fim da divisão. Não haviam ainda pensado em como
levar os cocos, mas isto ficava para depois.
― Esse pra mim, esse pra você, esse pra mim...
Acabavam de separar os cocos, que de modo algum poderiam carregar. Foi nesse
momento que Celestino, dedo nos lábios, comandando silêncio, parou junto ao muro
indicando ao cabo o lugar exato de onde as vozes partiam. Cabo Peixoto apurou o ouvido,
pedindo ao bom Deus que aquilo não passasse de imaginação do menino. Nesta hora,
Severo, lá dentro, lembrou-se dos cocos caídos além do muro. Foi coincidência demais, mas
foi assim que se deu: quando o cabo encostou o ouvido no muro, Severo, lá dentro, disse:
― Agora vamos pegar os dois que estão lá fora.
Cabo Peixoto foi quem correu primeiro. E quem primeiro caiu, ao pisar no coco.

ANÍSIO, Chico. Tem aquela do... Rio de Janeiro, Rocco, 1978, p. 85-86.

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LÍNGUA PORTUGUESA – 7º ANO

Questão 01

Releia o primeiro parágrafo do texto:

“Eu vou jogando os cocos e depois a gente divide.”

Identifique quantas orações há nesse período, indicando os verbos em cada uma.

Questão 02

Compare as orações a seguir:

I- Severo e Jacinto estavam no fim da divisão.

II- Severo e Jacinto estavam muito aflitos.

Nos dois casos, empregou-se o verbo “estar”, indique em qual das duas orações o verbo
“estar” é considerado um verbo de estado. Justifique.