Você está na página 1de 27

CGE 2145

CURSOS TÉCNICOS

Processo Seletivo 1º semestre 2018


Instruções Gerais

Verifique se este caderno está completo, da página 3 à 25.


Qualquer irregularidade, comunique o examinador.

Cada questão tem cinco alternativas: a – b – c – d – e.


Somente uma alternativa é correta.

As respostas deverão ser marcadas neste Caderno de Testes e depois assinaladas na Folha
de Respostas, conforme as instruções que serão dadas pelo examinador.

Exemplo:

1
0. de 10 corresponde a
2

a. 2.
b. 4.
c. 5.
d. 8.
e. 9.

A alternativa c é a única correta.

Não vire a página. Aguarde a orientação do examinador.


CGE 2145

L Í N G U A P O R T U G U E S A

O texto abaixo se refere à questão 1.

A busca da razão

Sofreu muito com a adolescência.


Jovem, ainda se queixava.
Depois, todos os dias subia numa cadeira, agarrava uma argola presa ao teto e, pendurado,
deixava-se ficar.
Até a tarde em que se desprendeu esborrachando-se no chão: estava maduro.
Fonte: COLASANTI, M. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 65.

1. Indique a conjunção que melhor substitui os dois-pontos no texto e o sentido da relação que se
estabelece.

a. Porque (causa).
b. Logo que (tempo).
c. Porém (oposição).
d. À medida que (proporção).
e. Apesar de que (concessão).

O poema abaixo se refere à questão 2.

O leito

Ontem à meia-noite, estando junto


A uma igreja, lembrei-me de ter visto
Um velho que levava às costas isto:
Um caixão de defunto.

O caso nada tem de extraordinário.


Quem um velho a levar um caixão tal
Inda não viu? É um fato quase diário
Em qualquer bairro de uma capital.

Mas é que ia de modo tal curvado


Para o chão, e a falar tão baixo e tanto,
Que, manso e manso, e trêmulo de espanto,
Fui seguindo a seu lado.

Disse-lhe assim: “Talvez seja a demência


Que guia os passos todos que tu dês;
Ou és então, na mísera existência,
Um miserável bêbado, talvez.”

O olhar fito no chão, como desfeito


Em sangue, o velho, sem me olhar seguia,
E ouvi-lhe a única frase que dizia:
“Vou levando o meu leito.”

Fonte: GUIMARAENS, A. O leito. in: BOSI, A. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 37. ed., 2000, p. 279.

3
CGE 2145

2. Segundo o poema, é correto afirmar que o eu lírico

a. revelou que era raro ver um velho carregar um caixão.


b. descobriu que o velho carregava o seu próprio caixão.
c. descreveu que o velho tinha uma boa aparência.
d. declarou que se sentia seguro ao lado do velho.
e. supôs que o velho era lúcido e sóbrio.

A tirinha abaixo se refere à questão 3.

Fonte: ANGELI. Chiclete com banana. Folha de S. Paulo. São Paulo, 25 fev. 2006.

3. Ocorre silepse de pessoa em

a. “Só um detalhezinho...”.
b. “Tijolo por tijolo, viga por viga...”.
c. “A minha janela eu quero com vista para o mar!”.
d. “Convoco todos os homens de bem para que reconstruamos este país”.
e. “Trabalharemos duro até vermos um edifício sólido, justo, igualitário, chamado nação!”.

4. Observe os textos abaixo.


Texto I
“(...)
Ele: – Pois é.
Ela: – Pois é o quê?
Ele: – Eu só disse pois é!
Ela: – Mas ‘pois é’ o quê?
Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende.
Ela: – Entender o quê?
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já! (...)”

Fonte: LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 47-48.

Texto II
“(...) Han... han...
Hum
(...) Han?
Haa tá
Nossa! É isso?
Hei! Hou!
Ara! (...)”
Fonte: TATIT, L. Ah! Disponível em:<http://letras.terra.com.br/luiz-tatit/164799/?domain_redirect=_es>.
Acesso em: 25 fev. 2011.

4
CGE 2145

A função da linguagem predominante nos textos acima é

a. fática.
b. poética.
c. emotiva.
d. conativa.
e. referencial.

O texto abaixo se refere à questão 5.

Sei que despertei e que ainda durmo. O meu corpo antigo, moído de eu viver, diz-me que é muito
cedo ainda... Sinto-me febril de longe. Peso-me não sei por quê...
Num torpor lúcido, pesadamente incorpóreo, estagno, entre um sono e a vigília, num sonho que é
uma sombra de sonhar. Minha atenção boia entre dois mundos e vê cegamente a profundeza de um
mar e a profundeza de um céu; e estas profundezas interpenetram-me, misturam-se, e eu não sei onde
estou nem o que sonho.
Fonte: PESSOA, F. O eu profundo e os outros eus.
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/vo000009.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2011.

5. Em relação aos elementos de comunicação, é correto afirmar que a linguagem do texto está centrada,
predominantemente, no

a. referente.
b. emissor.
c. receptor.
d. código.
e. canal.

6. Em qual oração ocorre desvio da regra padrão de colocação pronominal?

a. Espero devolver-lhe tudo.


b. Viram-nos saindo da casa.
c. Sabiam que nunca esqueci-lhe.
d. Espera-lo-ei amanhã em minha casa.
e. Em se tratando de amor, não desisto.

O texto abaixo se refere à questão 7.

Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isso não
é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas
também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não.

Fonte: ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: FTD, 1998, p. 66.

7. Assinale a alternativa em que o sentido da relação que a expressão “porque isso não é romance”
estabelece.

a. Causa.
b. Oposição.
c. Proporção
d. Finalidade.
e. Concessão.

5
CGE 2145

Os textos abaixo se referem à questão 8.

Texto I
Fernando Pessoa

“A timidez é o mais vulgar de todos os fenômenos. O que há de mais vulgar em todos nós é termos
medo de sermos ridículos...”
Texto II
Todas as cartas de amor são ridículas
Fernando Pessoa

Todas as cartas de amor são


Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
D'essas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Fonte: Disponível em:<www.instituto-camoes.pt>. Acesso em: 25/02/2011.

8. Sobre as funções da linguagem,


a. no texto I há o predomínio da função conativa, enquanto no texto II há o predomínio da função
poética.
b. no texto I há o predomínio da função referencial, enquanto no texto II há o predomínio da função
fática.
c. no texto I há o predomínio da função referencial, enquanto no texto II há o predomínio da função
conativa.
d. no texto I há o predomínio da função referencial, enquanto no texto II há o predomínio da função
poética.
e. no texto I há o predomínio da função metalinguística, enquanto no texto II há o predomínio da
função poética.

6
CGE 2145

O poema abaixo se refere à questão 9.

Perdigão Perdeu a Pena

Perdigão perdeu a pena


Não há mal que lhe não venha.

Perdigão que o pensamento


Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
Asas com que se sustenha:
Não há mal que lhe não venha.

Quis voar a uma alta torre,


Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado,
De puro penado morre.
Se a queixumes se socorre,
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha.

Fonte: CAMÕES, L. V. Lírica, redondilhas e sonetos. São Paulo: Ediouro; Publifolha, 1997, p. 66.

9. Assinale a alternativa que apresenta a função da linguagem predominante no texto.

a. Fática, centrada no canal.


b. Emotiva, centrada no emissor.
c. Conativa, centrada no receptor.
d. Referencial, centrada no referente.
e. Poética, centrada na mensagem.

O poema abaixo se refere à questão 10.

Consoada
Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
– Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

Fonte: BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p. 307.

10. No poema,

a. Bandeira utiliza a antítese “dia” x “noite” em sentido literal.


b. o eu lírico recorre ao uso de eufemismos para referir-se à morte.
c. há o predomínio do uso de hipérboles, exagerando sentidos.
d. o autor inova ao preferir a linguagem denotativa à conotativa.
e. a ironia é o recurso estilístico usado para satirizar a morte.

7
CGE 2145

Os textos abaixo se referem à questão 11.

Texto I
Danilo Marcondes

“(...) Etimologicamente, a palavra ‘ética’ origina-se do termo grego ethos, que significa o conjunto
de costumes, hábitos e valores de uma determinada sociedade ou cultura. Os romanos o traduziram
para o termo latino mos, moris (que mantém o significado de ethos), dos quais provém moralis, que
deu origem à palavra moral em português. (...)”

Texto II
Zeca Baleiro

“Eu não sei dizer


O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o que
Isso quer dizer... (...)”

11. A função da linguagem predominante nos dois textos é a

a. fática.
b. emotiva.
c. conativa.
d. referencial.
e. metalinguística.

Os poemas abaixo se referem à questão 12.

Texto I Texto II
Língua Portuguesa Língua
Última flor do Lácio, inculta e bela, Gosto de sentir a minha língua roçar
És, a um tempo, esplendor e sepultura: A língua de Luís de Camões.
Ouro nativo, que na ganga impura Gosto de ser e de estar
A bruta mina entre os cascalhos vela... E quero me dedicar
A criar confusões de prosódia
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
E uma profusão de paródias
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que encurtem dores
Que tens o trom e o silvo da procela,
E furtem cores como camaleões.
E o arrolo da saudade e da ternura!
Gosto do Pessoa na pessoa
Amo o teu viço agreste e o teu aroma Da rosa no Rosa,
De virgens selvas e de oceano largo! E sei que a poesia está para a prosa
Amo-te, ó rude e doloroso idioma, Assim como o amor está para a amizade.
Em que da voz materna ouvi: “meu filho!” E quem há de negar que esta lhe é superior?
E em que Camões chorou, no exílio amargo, E deixa os portugais morrerem à míngua,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho! “Minha pátria é minha língua”
– Fala, Mangueira!
Fonte: BILAC, O. Poesia. Rio de Janeiro: Agir, 1976, p. 86.
Flor do Lácio Sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode
Esta língua?
(...)

Fonte: VELOSO, C. Velô. 1984.

8
CGE 2145

12. Nos versos “Gosto do Pessoa na pessoa/ Da rosa no Rosa,” o autor utilizou
a. antítese, estabelecendo uma relação de oposição entre “pessoa” x “Pessoa” e “rosa” x “Rosa”.
b. metáfora, porque compara o poeta Fernando Pessoa às pessoas comuns e a obra de Guimarães
Rosa, às rosas.
c. eufemismo, pois ao associar o nome dos escritores a coisas simples o seu desejo é afirmar que
não gosta da obra deles.
d. metonímia, pois afirma que gosta do artista (Fernando Pessoa) em cada pessoa e da beleza (rosa)
na obra de Guimarães Rosa.
e. ironia, uma vez que banaliza a obra dos artistas ao aproximar o sobrenome deles (Pessoa e Rosa)
a coisas comuns (pessoa e rosa).

O poema abaixo se refere à questão 13.

se
nasce
morre nasce
morre nasce morre
renasce remorre renasce
remorre renasce
remorre
re
re
desnasce
desmorre desnasce
desmorre desnasce desmorre
nascemorrenasce
morrenasce
morre
se
Fonte: CAMPOS, H. Nasce morre. Disponível em: <http://tropicalia.com.br/leituras-complementares/>.
Acesso em: 12 mar. 2013.

13. O poema do escritor pós-modernista Haroldo de Campos é considerado concretista porque apresenta:
a. neologismos; uso de estrangeirismos.
b. ruptura da sintaxe; versos alexandrinos.
c. exploração do significante; sintaxe complexa.
d. ausência de tema; semelhanças sonoras.
e. ruptura da linguagem; forte apelo visual.

O texto abaixo se refere à questão 14.

Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas
barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a
quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam
paralelepípedos a escopro e macete. (...) Aqueles homens gotejantes de suor, bêbados de calor,
desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado
de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com
desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando
sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito. (...)
A pedreira mostrava nesse ponto de vista seu lado mais imponente. Descomposta, com o
escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito
íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que mesquinhamente lhe escorriam pela ciclópica nudez
com um efeito de teias de aranha. (...)
Fonte: AZEVEDO, A. O cortiço. São Paulo: Ática, 25. ed., 1992, p. 48-49.

9
CGE 2145

14. Considere as seguintes afirmações sobre o texto.

I. Os homens trabalhavam de forma homogênea na pedreira.


II. A pedreira é apresentada por adjetivos e metáforas que denotam “grandeza”.
III. Os trabalhadores são descritos de modo a evidenciar sua superioridade em relação à natureza.
IV. As ações e qualificações são vistas como simultâneas, pois não há relação de anterioridade e
posteridade entre elas.

Está correto apenas o que se afirma em

a. II.
b. I e II.
c. II e IV.
d. I, III e IV.
e. II, III e IV.

O poema abaixo se refere à questão 15.

Ardor em firme coração nascido;


Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de água disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:

Tu, que em um peito abrasas escondido;


Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal, em chamas derretido.

Se és fogo, como passas brandamente,


Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania,


Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.

Fonte: MATOS, G. Seleção, introdução e notas: José Miguel Wisnik. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, p.218.

15. Nesse soneto pertencente ao Barroco brasileiro, identifica-se uma característica desse período literário
que é a presença de

a. objetividade no tratamento dos sentimentos amorosos.


b. visão racional sobre as relações do homem com a natureza.
c. antíteses para exprimir as contradições sentimentais do eu lírico.
d. equilíbrio emocional do eu lírico ao apresentar seus sentimentos.
e. elementos da natureza relacionados à busca por harmonia interior.

16. Assinale a alternativa correta quanto à regência nominal.

a. Sou favorável que ele encontre um novo amor imediatamente.


b. Ele está acostumado que eu lhe dê carona todos os domingos.
c. A aprovação dessa lei é essencial a proteção dos animais silvestres.
d. Estas são crianças a cuja desgraça muitas pessoas são insensíveis.
e. A população parece desejosa que se encontre uma saída para a crise.

10
CGE 2145

O poema abaixo se refere à questão 17.

Leia a posteridade, ó pátrio Rio,


Em meus versos teu nome celebrado;
Por que vejas uma hora despertado
O sono vil do esquecimento frio:
Não vês nas tuas margens o sombrio,
Fresco assento de um álamo copado;
Não vês Ninfa cantar, pastar o gado,
Na tarde clara do calmoso estio.
Turvo, banhando as pálidas areias,
Nas porções do riquíssimo tesouro
O vasto campo da ambição recreias.
Que de seus raios o Planeta louro,
Enriquecendo o influxo em tuas veias
Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.
Fonte: COSTA, C. M. Obras. in: PROENÇA FILHO, D. (org). A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Aguilar, 1996, p. 51.

17. De acordo com o poema,


a. o planeta é enriquecido pelas águas do rio pátrio.
b. o nome do rio é celebrado para não ser esquecido.
c. as árvores oferecem boa sombra nas margens do rio.
d. os homens ambicionam tomar banho nas margens do rio.
e. o gado costuma pastar às margens do rio sombrio à tarde.

A canção abaixo se refere à questão 18.

Domingo nós fumus


Num samba no Bexiga
Na rua Major
Na casa do Nicola
A “mezza notte o’clock”
Saiu uma baita duma briga
Era só pizza que avoava
Junto coas brajola
Nóis era estranho no lugar
E não quisemo se meter
Não fumo lá pra brigá
Nóis fumo lá pra comê
Na hora h se infiemo debaixo da mesa
Fiquemo ali de beleza
Vendo o Nicola brigá
Dali a pouco escuitemo a patrulha chegar
E o sargento Oliveira parlar
Num tem portância
Vô chamando as ambulância.
Aí ele disse assim:
Carma, pessoar,
A situação aqui tá
Muito cínica:
Os mais pior vai pras Crínica.
Fonte: BARBOSA, A. Um samba no Bexiga. In: REGINA, E. No fino da bossa. Caravelas: v. 3, faixa 7, 1997.

11
CGE 2145

18. A leitura do texto permite afirmar que


a. a variante linguística utilizada na canção é comumente encontrada nos veículos de comunicação,
principalmente nos escritos.
b. Adoniran Barbosa incorreu em diversos erros gramaticais por desconhecimento da norma culta da
Língua Portuguesa.
c. a letra da canção revela a situação precária do ensino de Língua Portuguesa no Brasil e serve
como alerta para as autoridades.
d. essa canção apresenta a linguagem popularmente utilizada em bairros da cidade de São Paulo,
ridicularizando falantes dessa variante.
e. o compositor misturou traços da linguagem caipira à fala de imigrantes italianos de São Paulo para
tipificar as personagens.

19. Identifique em qual alternativa todas as palavras estão grafadas corretamente.


a. Eu sempre escolho pizza de muçarela.
b. Nesta rua só há casas germinadas.
c. Ela ficou paralizada de medo.
d. Adoro o meu cabelereiro.
e. O meu marido é bahiano.

O texto abaixo se refere à questão 20.

Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no
cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele
pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra coisa. Cotejava o passado
com o presente. Que era há um ano Professor. Que é agora! Capitalista. Olha para si, para as chinelas
(umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para
a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma
sensação de propriedade.
– Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado
com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui
está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça...
Fonte: ASSIS, M. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 1992, p. 13.

20. De acordo com o texto, Rubião


a. estava à janela para admirar a calmaria do mar.
b. estava extremamente triste pela morte de sua irmã.
c. refletia sobre a transformação que ocorrera em sua vida.
d. tornava-se professor ao herdar a fortuna de Quincas Borba.
e. observava a propriedade com tristeza por não ser o dono dela.

M A T E M Á T I C A

21. Uma corda foi esticada a partir de um grampo fixo no chão ao topo de uma barraca, formando um
ângulo de 60° com o solo. Posteriormente, um ajuste se fez necessário, e o referido grampo foi
afastado 5 metros do ponto onde estava, distanciando-se da barraca e formando com o solo um ângulo
de 30°. Dessa forma, a altura da barraca é de, aproximadamente,
a. 1,1 metro.
b. 2,3 metros.
c. 3,2 metros.
d. 4,3 metros.
e. 5,2 metros.

12
CGE 2145

22. O patrimônio pessoal de um empresário, candidato a deputado estadual, é de R$ 15,6 milhões.


Durante uma entrevista, quando perguntado sobre o custo de sua campanha, o candidato esclareceu
2
que metade de seu patrimônio pessoal encontra-se aplicado em imóveis. Sobre a outra parte, estão
3
1
investidos em cabeças de gado, em bens móveis (carros, motos,...) e o restante será utilizado para
4
cobrir os gastos de sua campanha. Tais informações possibilitam que o eleitor conclua que o candidato
irá gastar, em sua campanha, até
a. R$ 650.000,00.
b. R$ 1.300.000,00.
c. R$ 3.400.000,00.
d. R$ 7.150.000,00.
e. R$ 7.800.000,00.

23. Um feirante possuía 100 kg de maçãs para vender em uma manhã de trabalho. Iniciou vendendo as
frutas por R$ 2,50/kg e, com o passar das horas, reduziu o preço em duas ocasiões para não haver
muita sobra. A tabela a seguir informa a quantidade de maçãs vendidas em cada período, bem como
os diferentes preços cobrados pelo feirante.

Período R$/kg Kg vendidos


Até às 10 horas 2,50 64
Das 10 horas às 11 horas 2,00 26
Das 11 horas às 12 horas 1,70 10

Nessa ocasião, pode-se afirmar que o preço médio cobrado por kg de maçã (em reais) foi de
a. 2,06.
b. 2,10.
c. 2,16.
d. 2,26.
e. 2,29.

24. Tiro prático é uma modalidade esportiva na qual os atletas utilizam armas de fogo para realizar
exercícios típicos da competição em alvos de papel ou metal. Uma superfície triangular, demonstrada a
seguir, foi escolhida para a realização de uma competição.

A dinâmica da competição consiste em realizar, no menor tempo possível,


I. um disparo contra o alvo do ponto A e um deslocamento até o ponto B.
II. um disparo contra o alvo do ponto B e um deslocamento até o ponto C.
III. um disparo contra o alvo do ponto C e um deslocamento até o ponto A.

Sendo sen 15°  0,25, a distância aproximada percorrida por um competidor no percurso de uma volta,
que começa e termina no ponto A, foi de
a. 110 m.
b. 118 m.
c. 126 m.
d. 134 m.
e. 142 m.

13
CGE 2145

25. Uma grandeza física Z(x) é expressa pela diferença de duas outras grandezas, A(x) e B(x), que podem
ser representadas em termos de função como A(x) = 2x 4 - x3 + x2 + x + 3 e B(x) = x3 + 2x2 - x +3.
Então, a grandeza Z(x) será representada pelo polinômio
a. 2x4 - 2x3 - x2 + 2x.
b. 2x4 - 3x3 - x2 + 2x.
c. 2x4 - 2x3 - x2.
d. 2x4 - x2 + 2x.
e. 2x4 - 2x3 - x2 + 2x + 6.

26. Sejam as seguintes afirmações acerca de um experimento aleatório:


I. P(C) = 0,4.
II. n(C) = 6.
Tal experimento aleatório tem espaço amostral equiprovável com
a. 24 elementos.
b. 15 elementos.
c. 12 elementos.
d. 6 elementos.
e. 4 elementos.

27. Nos seis primeiros dias de determinado mês, certo porto brasileiro desenvolveu a função

h = 1,2 + 0,8 . cos (
t) para calcular a altura h, em metros, das marés de acordo com os dias t que se
6
passaram no mês de referência. Segundo essa função, a maré atingiu 1,6 metros de altura no
a. 6o dia do mês.
b. 1o dia do mês somente.
c. 1o e 5o dias do mês.
d. 2o e 4o dias do mês.
e. 2o dia do mês somente.

28. Considere o seguinte sistema de equações lineares.


2x + 2,5y + z = 6

3x + 4y - z = 1

x - 2y + 3z = 8
O valor de x, para que o sistema esteja satisfeito, é igual a
a. -1,0.
b. 0,1.
c. 0,3.
d. 1,0.
e. 3,3.

29. Se o produto do número complexo A = x - yi pelo número complexo B = 2 - i é igual a 10, então os
valores de x e y são iguais a
a. x = 5 e y = 0.
b. x = 5 e y = -5.
c. x = 4 e y = -2.
14 16
d. x = e y=- .
3 3
20 10
e. x = e y=- .
3 3

14
CGE 2145

30. Para cercar um pequeno pasto retangular de 42 m2 foram gastos 87 m de arame farpado, distribuídos
ao longo de 3 voltas. A soma da largura com o comprimento de tal pasto é uma medida
a. superior a 16 metros.
b. entre 14 e 16 metros.
c. entre 12 e 14 metros.
d. entre 10 e 12 metros.
e. inferior a 10 metros.

31. Um serralheiro recebeu a solicitação de apresentar o orçamento para a construção de um portão, de


acordo com o desenho abaixo.

O material utilizado nos perfis diagonais, paralelos entre si e equidistantes uns dos outros, deverá ser o
3
vergalhão (barras de ferro para construção) de ” (vendido por metro linear). A moldura do portão
8
deverá ser produzida com cantoneiras e possuir as medidas 2,40 m x 1,00 m. Com base nessas
informações e sabendo que a medida da menor diagonal é de 0,26 m, o serralheiro informou em seu
orçamento que a quantidade de vergalhão a ser utilizada será de
a. 11,70 m.
b. 14,30 m.
c. 23,40 m.
d. 26,00 m.
e. 49,40 m.

32. Ao desenvolver a resolução da equação 3x² + 4x + 2 = 0, descobre-se que


a. não existe x  IR que satisfaça a equação.
b. existe somente um valor positivo de x  IR que satisfaz a equação.
c. existe somente um valor negativo de x  IR que satisfaz a equação.
d. existem dois valores positivos de x  IR que satisfazem a equação.
e. existem dois valores negativos de x  IR que satisfazem a equação.

33. Considere o rol de algarismos a seguir.


I. 1, 1, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3.
II. 1, 2, 3, 4, 4, 4, 6, 6, 6.
III. 1, 1, 1, 1, 1, 3, 4, 5, 6.
A quantidade de números distintos que podemos escrever em nosso sistema de numeração, a partir de
cada rol de algarismos, pode ser expressa pela relação
a. I < II < III.
b. I < II = III.
c. I > II > III.
d. I = II = III.
e. I < II > III.

15
CGE 2145

34. O pH de uma substância pode ser calculado por uma função logarítmica expressa por
pH = -log10 ( H+), em que  H+ representa a concentração molar hidrogeniônica da substância. Dessa
forma, quanto vale o pH da substância que possui  H+ = 1,6 . 10-5?

Dado: log10 1,6 = 0,20.

a. pH = 1.
b. pH = 0.
c. pH = -1.
d. pH = 4,8.
e. pH = - 5,2.

35. A soma do resto, R(x), com o quociente, Q(x), da divisão do polinômio P(x) = 8x3 + 6x2 + 3 por
1 -2 2
D(x) = 1 + x é igual a
2

a. -2x + 1,5.

b. +2x + 1,5.
1
c. + .
2
d. +3.

e. 0.

36. Uma pessoa realizou uma compra no valor de R$ 50,00 e pagou utilizando 10 notas, entre notas de
R$ 1,00, R$ 5,00 e R$ 10,00. Considerando essa ordem, quantas notas de cada valor foram
utilizadas?

a. 8; 1; 1.
b. 2; 3; 5.
c. 5; 1; 4.
d. 2; 4; 4.
e. 1; 6; 3.

37. Dado o par de retas definidas por (r)  x = 3 e (s)  y - 3 = 0, temos que elas,

a. são retas paralelas distintas.


b. têm em comum o ponto (0, 0).
c. são retas paralelas coincidentes.
d. têm em comum o ponto (0, 3).
e. são retas concorrentes perpendiculares.

38. Se inserirmos nove meios aritméticos entre 15 e 45, o quinto termo dessa P.A. será igual a

a. 24.
b. 27.
c. 30.
d. 33.
e. 35.

16
CGE 2145

39. No triângulo retângulo representado na figura fora de escala a seguir, sabe-se que o cosseno do
15
ângulo agudo assinalado é igual a .
17

Qual é o valor da tangente desse ângulo?


8
a. .
15
8
b. .
17
15
c. .
8
17
d. .
15
17
e. .
8

40. Analise o gráfico a seguir, que mostra o comportamento das vendas de smartphones e PCs no mundo.

Fonte: Folha de São Paulo, 10 de fev. 2011.

Sobre os dados presentes na representação gráfica, depreende-se que

a. o número de smartphones superou o número de PCs no mundo.


b. a razão entre o número de smartphones e PCs no Brasil é de 1:3.
c. no terceiro trimestre foram comercializados, aproximadamente, 54 milhões de smartphones.
d. foram comercializadas mais de 200 milhões de unidades de smartphones e PCs no quarto
trimestre de 2010.
e. a participação do Brasil nos números de smartphones e PCs corresponde a pouco mais de 5% do
mercado mundial.

17
CGE 2145

F Í S I C A

41. Dois blocos de massas 5 kg e 3 kg movem-se sobre uma mesma superfície lisa e horizontal, em uma
mesma direção, com velocidades 6 m/s e 2 m/s, respectivamente, como na figura a seguir.

Desprezando as forças de resistência, a velocidade comum após a colisão é de


a. 2,5 m/s.
b. 3,0 m/s.
c. 3,5 m/s.
d. 4,0 m/s.
e. 4,5 m/s.

42. Três esferas metálicas idênticas, A, B e C, estão dispostas sobre uma superfície isolante. A esfera A
está eletricamente carregada com carga 20µC e as esferas B e C estão neutras. Após colocar a esfera
A em contatos sucessivos com B e C, respectivamente, coloca-se a esfera A em contato com a esfera
B. A carga final da esfera B é de
a. 10 µC.
b. 7,5 µC.
c. 6,7 µC.
d. 5,0 µC.
e. 2,5 µC.

43. Márcia, acostumada a se maquiar todos os dias, resolveu adquirir um espelho de aumento, para que a
imagem de seu rosto parecesse maior, facilitando, assim, a aplicação de sua maquiagem. Foi a uma
loja de espelhos e pediu à vendedora um espelho convexo. Analisando essa situação, é correto dizer
que Márcia fez uma compra
a. correta, pois os espelhos convexos fornecem uma imagem bastante aumentada do objeto, desde
que o objeto esteja a uma distância correta do espelho.
b. errada, pois esse tipo de espelho fornece uma imagem com aumento muito pequeno, o que não
resolverá seu problema.
c. correta, pois os espelhos convexos funcionam como as lupas, que fornecem imagens bastante
aumentadas dos objetos, a qualquer distância deles.
d. errada, pois os espelhos convexos fornecem sempre uma imagem diminuída do objeto.
e. errada, pois, embora esse tipo de espelho forneça imagens aumentadas dos objetos, elas
apresentam-se invertidas, o que impossibilitará Márcia de aplicar sua maquiagem.

44. Para erguer um piano de massa 500 kg até uma altura de 20 m usa-se uma máquina de 5.000 W de
potência nominal, cuja eficiência é de 80%. Desprezando quaisquer forças dissipativas, o tempo
necessário para erguer o piano é de
Dado: g = 10 N/Kg.
a. 2 segundos.
b. 2 minutos.
c. 20 segundos.
d. 20 minutos.
e. 25 segundos.

18
CGE 2145

45. Um mergulhador vai testar seu relógio a prova d’água, que indica 3 . 105 Pa de pressão máxima.
Considerando a pressão atmosférica local de 105 Pa e a densidade da água 1g/cm3, ele deve
mergulhar até uma profundidade de
Dado: g = 10 m/s2.
a. 3 m.
b. 30 m.
c. 2 m.
d. 20 m.
e. 200 m.

46. É muito comum ouvirmos, quando há um acidente aéreo, que as equipes de busca estão tentando
localizar a caixa-preta do avião, para tentar descobrir a causa do acidente por meio da escuta da
conversa entre os tripulantes, gravada pelo aparelho. Esses dispositivos são equipados, ainda, com
um gerador de pulsos de som, que geram um pulso a cada segundo, durante um período de
30 dias.

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u126631.shtml>.

De acordo com o texto e os dados da imagem, é correto dizer que

a. quando o avião cai na água, a geração de pulsos de som não é eficiente, pois, como ao passar da
água para o ar, esses pulsos mudam de frequência, eles não conseguem ser detectados pelas
equipes de busca.
b. quando o avião cai na água, a velocidade dos pulsos de som diminui, o que dificulta a detecção da
caixa-preta pelas equipes de busca.
c. quando o avião cai na água, a geração de pulsos de som é eficiente, pois os pulsos não mudam de
frequência ao sair da água, o que torna sua detecção possível.
d. quando o avião cai na água, o comprimento de onda dos pulsos sonoros não sofre alteração ao
passar da água para o ar, o que facilita a localização da caixa-preta.
e. quando o avião cai na água, a velocidade dos pulsos sonoros não sofre alteração ao passar da
água para o ar, o que facilita a localização da caixa-preta.

19
CGE 2145

47. Duas esferas, A e B, estão dispostas em uma circunferência de raio 20 cm, como ilustra a figura.
Sendo as cargas das esferas, QA = 3µC e QB = 8µC, a força de interação elétrica entre elas é, em N,
de:
Dado: k = 9 . 109N.m2.C-2.

a. 2,7 . 100 N.
b. 2,7 . 1012 N.
c. 2,7 . 108 N.
d. 5,4 . 100 N.
e. 5,4 . 108 N.

Q U Í M I C A

48. A tabela seguinte indica alguns elementos químicos radioativos e a aplicação prática de cada um
deles.

Elementos radioativos Aplicação

60
Co27 Tratamento do câncer

Diagnóstico de mau funcionamento das juntas ósseas e


59
Fe26 de anemias

Traçador em água superficial e como indicador de


129
I53 resíduos radioativos

131
I53 Diagnóstico de hipertireoidismo e câncer de tireoide

Com base na tabela acima, assinale a opção correta nos itens que seguem.
60 59 129 131
a. Co27 e Fe26 são isótopos e os I53 e I53 são isóbaros.
60 59 129 131
b. Co27 e Fe26 são isótonos e os I53 e I53 são isótopos.
129 131 60 59
c. I53 e I53 são isótopos e os Co27 e Fe26 são isótopos.
59 129 129 131
d. Fe26 e I53 são isótonos e os I53 e I53 são isóbaros.
60 131 129 59
e. Co27 e I53 são isóbaros e os I53 e Fe26 são isóbaros.

20
CGE 2145

49. O processo de síntese da amônia, por meio da reação entre o gás nitrogênio e o gás hidrogênio, já era
conhecido desde o final do século XVIII. Entretanto, o desenvolvimento do processo de produção da
amônia em larga escala envolveu desafios, tanto químicos quanto de ordem técnica, que foram
solucionados apenas no início do século XX.
A solução do desafio químico envolvia a questão do baixo rendimento da reação de síntese e consumo
energético elevado. O químico alemão Fritz Haber alterou as condições de temperatura e pressão em
que ocorria a reação, tornando o processo viável.

Equação da reação de síntese da amônia:

N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g)

Equação da constante do equilíbrio:

[ NH3 ]2
Kc =
[N2 ] [H2 ]3

Fritz Haber, ao mudar as condições de pressão e temperatura, alterou a constante de equilíbrio da


reação, pois alterou a concentração no equilíbrio do
a. gás amônia, apenas.
b. gás nitrogênio, apenas.
c. gás hidrogênio, apenas.
d. produto e dos reagentes.
e. gás hidrogênio e do gás amônia.

50. Considere as informações a seguir.

Equação da reação de produção de amônia:

N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) H < 0

Gráfico de produção de amônia em função do tempo:

Considerando os diversos fatores que afetam a velocidade das reações e que nessa reação há
liberação de energia, a velocidade de produção de NH3

a. aumentará com o aumento da pressão no sistema.


b. não se alterará com o aumento da temperatura no sistema.
c. não se alterará com o aumento de pressão no sistema.
d. independe da concentração de N2 e H2.
e. depende da superfície de contato.

21
CGE 2145

51. Os dados na tabela são de experiências com diferentes massas de reagentes.

Reação:
NH3 + HCl NH4Cl + excesso
Experiência:
1 34,00 g 107,00 g 0,00
2 25,50 g 54,75 g
3 9,00 g 18,25 g

Na determinação das massas desconhecidas, conclui-se que

I. a massa de HCl da 1a experiência pode ser obtida usando a Lei de Lavoisier ( A soma das massas
dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos).
II. a massa de NH4Cl da 2a experiência pode ser obtida sabendo-se a massa de HCl da
1a experiência e utilizando a Lei de Proust (Lei das proporções constantes).
III. a massa de NH4Cl da 3a experiência pode ser obtida pela Lei de Lavoisier.

Os dados faltantes na tabela pela aplicação das Leis Ponderais estão indicados em

a. I, II e III.
b. II, apenas.
c. I e II, apenas.
d. I e III, apenas.
e. II e III, apenas.

52. Um grupo de alunos, sob orientação do professor, montou um experimento para estudo de reação de
oxidorredução, conforme a figura

Fonte: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl>. Acesso em: 20 ago. 2012.

Após o término do experimento, os alunos concluíram que:

I. O cobre sofre redução, portanto é o catodo da reação.


II. O experimento representa uma eletrólise.
III. No processo os elétrons se movimentam do anodo para o catodo.
IV. A ΔE° = +0,59V, devido a isto o processo é espontâneo.

O processo de oxirredução tem como características somente as afirmações

a. I e II.
b. II e III.
c. II e IV.
d. I, II e III.
e. I, III e IV.

22
CGE 2145

53. O elemento metálico tungstênio (W) é utilizado na produção do filamento de lâmpadas incandescentes,
devido a seu ponto de fusão ser o maior da tabela periódica, 3.422°C.
O átomo de tungstênio apresenta nos últimos subníveis a configuração eletrônica 6s 2 4f14 5d4 e

l. é bom condutor de calor.


II. é elemento de transição interna.
III. apresenta número atômico igual a 74.
IV. está no 6o período da classificação periódica.
São características do elemento tungstênio, apenas
a. I, II e IV.
b. I, III e IV.
c. I, II e III.
d. II e III.
e. I e II.

54. A figura a seguir representa a variação de temperatura em função do tempo das substâncias A, B e C,
que sofreram mudanças de estados físicos.

Após análise, conclui-se que


a. A, B e C representam misturas.
b. A, B e C representam substâncias puras.
c. A e B representam misturas e C, uma substância pura.
d. A e C representam substâncias puras e B, uma mistura.
e. A representa uma mistura, B e C representam substâncias puras.

B I O L O G I A

55. Toda e qualquer comunidade biológica está mergulhada em uma matriz de elementos físicos (solo,
água, etc.) com os quais interage e dos quais depende.
O conjunto formado por uma comunidade e seu ambiente físico recebe o nome de
a. cadeia alimentar.
b. nicho ecológico.
c. ecossistema.
d. população.
e. habitat.

23
CGE 2145

56. Por causa da imensa diversidade de espécies que habitam o nosso planeta, surgiu a necessidade de
classificar os seres vivos para melhor conhecê-los e estudá-los. Atualmente, os seres vivos são
classificados em categorias taxonômicas, apresentadas a seguir.

ESPÉCIE GÊNERO FAMÍLIA ORDEM CLASSE FILO REINO

Com base na diversidade de seres vivos e na necessidade de classificá-los, é possível afirmar que

I. o processo pelo qual os seres vivos se diversificam, ao longo do tempo, é a interação


interespecífica harmônica.
II. os seres vivos se diversificam por meio de mutações que, ao longo do tempo, ocorrem ao acaso.
III. Reino é a mais ampla das categorias taxonômicas e reúne filos com características comuns.
IV. Espécie é a categoria mais ampla das categorias taxonômicas e reúne gêneros com características
comuns.

É correto, apenas, o que se afirma em

a. II e III.
b. II e IV.
c. I e IV.
d. I e III.
e. I e II.

57. “Adaptações cardiovasculares podem ser o segredo por trás de atletas inexplicáveis, como Usain Bolt,
Michael Phelps e Dean Karnazes. Nosso coração bombeia 5 a 6 litros de sangue por minuto. Em um
indivíduo bem treinado, são 20 litros por minuto, enquanto nos atletas de alto nível são quase 40 litros”.
Fonte: Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI110522-17773,00-
DEAN+KARNAZES+VIVE+DE+DESAFIAR+O+CORPO+E+A+CIENCIA.html>. Acesso em: 20 mar. 2013.

O trecho anterior relaciona o movimento do corpo e a circulação sanguínea. Em relação a esse tema,
um indivíduo sedentário que decide realizar uma atividade física qualquer terá como resposta corporal

a. a redução das frequências cardíacas e respiratórias, pois o movimento proporcionado pelo


exercício é suficiente para manter a circulação ativa.
b. o aumento da frequência cardíaca e redução da frequência respiratória, pois é importante que o
coração distribua melhor os nutrientes.
c. a redução da frequência cardíaca e aumento da frequência respiratória, pois o organismo precisa
de maior quantidade de oxigênio.
d. o aumento de suas frequências cardíacas e respiratórias, pois seu organismo como um todo
precisa de mais oxigênio.
e. a manutenção das frequências cardíaca e respiratória, em função do movimento do organismo.

58. Por causa de correrias, em função de trabalho e estudos, a vida moderna é marcada por falta de
tempo para uma alimentação saudável e prática de atividades físicas. Sendo assim, a constante
ingestão de lanches, frituras e doces, associada ao sedentarismo, vem transformando a obesidade no
mal desse século. Para combater essa doença, muitas pessoas usam, sem recomendação e
acompanhamento médico, moderadores de apetite que, dessa forma, prejudicam a saúde. Esses
medicamentos são compostos por substâncias químicas denominadas

a. sais minerais.
b. anfetaminas.
c. carboidratos.
d. vitaminas.
e. proteínas.

24
CGE 2145

59. Ao comer capim, um boi ingere substâncias orgânicas que compõem a planta e serão usadas como
fonte de matéria-prima e energia para as atividades do animal. Ao comermos carne de boi, estamos
ingerindo substâncias que, originalmente, estavam no capim. Portanto, em uma cadeia alimentar,
matéria e energia dos produtores acabam sendo transferidas, pela alimentação, para os consumidores.

Fonte: Amabis e Martho. Fundamentos da biologia moderna. São Paulo: Moderna, 1997.

Considerando esse processo, é possível concluir que

I. os animais são os produtores e as plantas representam os consumidores nas cadeias alimentares.


II. a quantidade de energia recebida pelos seres de determinado nível trófico é sempre maior do que
a quantidade de energia transferida para o nível seguinte.
III. parte da matéria ingerida pelos animais não pode ser aproveitada, pois é eliminada pelas fezes.
IV. a quantidade de biomassa de um determinado nível trófico é sempre transferida, em sua
totalidade, para o nível trófico seguinte.

São verdadeiras, apenas, as conclusões apresentadas em

a. I e II.
b. I e IV.
c. II e III.
d. II e IV.
e. III e IV.

60. As florestas tropicais apresentam enorme diversidade de seres vivos e os mais facilmente observáveis
são as plantas, como é possível notar por essa fotografia. A exuberância das plantas nos encanta e
nos faz pensar como ela surgiu e evoluiu e quais são as adaptações desses seres para a vida no
ambiente terrestre.

De acordo com a Botânica, acredita-se que as plantas tenham surgido a partir de

a. um grupo ancestral de algas verdes.


b. um grupo ancestral de animais aquáticos.
c. um grupo de RNA que se tornou plantas.
d. equinodermos e um grupo ancestral de algas.
e. substâncias químicas que se reagiram na atmosfera primitiva.

25

Você também pode gostar