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Matéria:

Evangelismo
(Semeando Boas Novas)

Whitefild disse: “ Se não queres dar-me almas, retira a minha.


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Nosso conteúdo
O conteúdo de nossos cursos foi pesquisado e adaptado à realidade de nossos
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digitalização, digitação, editoração e consulta teológica do irmão e evangelista Jair
Alves de Sousa.

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Capacitação Bíblica (ECB).
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Sumário 2
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

O QUE É EVANGELIZAÇÃO .................................................................................. 4

O PRIMEIRO EVANGELISTA – DEUS PAI ............................................................ 15

A AGÊNCIA EVANGELIZADORA: A IGREJA DE JESUS .......................................... 19

A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS .......................................... 33

A EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS DESAFIADORES ............................................ 41

O EVANGELHO NO MUNDO ACADÊMICO E POLÍTICO ...................................... 52

A EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS RELIGIOSOS ................................................. 57

A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS ................................................................... 67

O PODER DA EVANGELIZAÇÃO NA FAMÍLIA...................................................... 73

A EVANGELIZAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ....................................... 81

A EVANGELIZAÇÃO REAL NA ERA DIGITAL ........................................................ 85

A EVANGELIZAÇÃO NESTA ÚLTIMA HORA ........................................................ 93

TEXTOS BÍBLICOS PARA SE FAZER EVANGELISMO ............................................ 98

EVANGELIZANDO ENQUANTO PREGA ............................................................ 103

Referências Bibliográficas............................................................................... 108


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INTRODUÇÃO
Só há uma maneira de combatermos ou pelo menos restringirmos o crescimento das
seitas. Esta maneira é a preventiva, ou seja: ―CHEGUE ANTES DELAS‖ através do
evangelismo pessoal, o que muitos chamam de corpo a corpo, de casa em casa e
termos semelhantes...

A igreja primitiva usava o evangelismo pessoal como método natural de


crescimento. Naquela época, não havia aviões, televisão, radio, Internet ou
quaisquer meios modernos e rápidos de comunicação, mas o escritor apostólico
registrava que: ―...a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como
mulheres, crescia cada vez mais.‖(Atos 5:14).
Precisamos continuar evangelizando. E quem parou, deve entender que precisa
continuar cumprindo o IDE de Cristo. ―E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura (Mc 16.15)‖.
Nesta matéria de nossa Escola Bíblica ECB, o aluno terá as informações
indispensáveis para que possa criar estratégias de evangelismo e ganhar almas
para o Reino de Deus. Aprenderá evangelizar desde adultos até as crenças.
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Capítulo 1 4

O QUE É EVANGELIZAÇÃO

Neste capítulo discorreremos a cerca de algumas terminologias relativas à


evangelização e sobre a origem do evangelismo. E veremos os principais métodos
de evangelismo, além de conhecermos algumas atitudes a serem observadas por
quem pratica o evangelismo pessoal.

I. DEFININDO OS TERMOS
Evangelização, evangelismo, evangelho e evangelista são termos peculiares do
vocabulário do ganhador de almas para o Reino de Deus. Portanto, neste ponto
analisaremos sobre essas relevantes palavras.
1. Evangelização.
Evangelização é o esforço conjunto e contínuo da igreja para anunciar o evangelho
de Cristo.
a) Evangelização ofensiva e defensiva.
A evangelização defensiva.
Para entendermos este parágrafo é necessário analisarmos algumas passagens
bíblicas tais como: Romanos 1.16 que nos diz: "... do Evangelho de Cristo, pois é o
poder de Deus". Paulo estava dizendo que não tinha receio de ir a Roma, para
pregar o Evangelho, porque o poder do Evangelho seria seu escudo; nada tinha que
temer.
Em Atos 8.3-4 e 9.31 vemos a Igreja sendo perseguida, os crentes sem distinção de
sexo, sendo maltratados, aprisionados, porém animados, sempre pregando a
mensagem das boas-novas. Era a Igreja marchando, lutando por seu ideal. Eram os
crentes depositando confiança nas palavras de Jesus, que disse: "Eis que estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". A Igreja era como soldados
avançando sob o comando de Jesus Cristo.
A evangelização ofensiva.
Além de defesa, o Evangelho é também ataque. É com ele que a Igreja vence os
seus inimigos. Quantos que têm se levantado contra a marcha da Igreja?
Têm sido inúmeros os seus inimigos, mas a convicção e confiança da Igreja naquele
que a salvou, foi mais forte que o poderio dos imperadores que apareceram em seu
caminho. Em Mateus 16.18b temos a resposta do seu triunfo.
2. Evangelismo.
Evangelismo vem da palavra evangelho, cujas raízes são: a palavra grega
"evanggelion", que significam boas-novas; e "evangelizo" que significa trazer ou
anunciar boas-novas.
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A palavra evangelho torna-se mais significativa quando estudamos o verbo hebraico


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"bissar" que significa "anunciar, contar, publicar".
Este verbo é aplicado em Isaías 41.27; Salmos 40.9,10 e 68.11-12 que proclama a
vitória universal de Jeová sobre o mundo. Portanto, evangelismo é anunciar as
boas-novas do Senhor Deus, é proclamar o evangelho do Senhor ao povo,
concretizado no nascimento e ressurreição de Jesus Cristo (Lc 2.9-11; Mc 16.6-9).
a) Definições práticas.
Evangelismo é:
• A tarefa de testemunhar de Cristo aos perdidos;
• A tarefa de levar homens à Cristo;
• Alistar vidas ao serviço de Cristo;
• É a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é leva-los a Cristo, o
único Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30; At 4.12).
De acordo com essas definições, podemos resumir dizendo que o objetivo do
evangelismo não é outro senão informar a respeito do plano de Deus para salvar os
pecadores, através de Cristo (At 3.12-26), tirando-os da cegueira espiritual.
b) A finalidade.
Sua finalidade é apresentar ao pecador o Senhor Jesus como o Salvador fiel e
compassivo. O evangelismo tem como alvo persuadir o homem quanto a sua triste
condição pecaminosa, e mostrar-lhe o caminho da salvação (At 26.25-29).
c) O evangelismo como radiografia.
Evangelismo não é uma simples técnica, mas uma radiografia que localiza e mostra
a doença espiritual do pecador, e também nos mostra o cuidado e a provisão de
Deus para com a Sua criatura.
Mostra a condição espiritual dos pecadores:
• A cabeça doente (Is 1.5);
• A garganta é um sepulcro (Rm 3.13);
• A boca cheia de maldição (Rm 3.14);
•Olhos altivos (Is 2.11);
• A testa de bronze (Is 48.4-6);
• O coração de pedra (Ez 11.19);
• Pés velozes para derramar sangue (Rm 3.15);
• Muitas feridas e chagas (Is 1.6);
• Mortos no pecado (Ef 2.1).
Mostra o pensamento divino:
• Suas almas têm alto valor (Mc 8.36,37; Lc 15.7,13, 15);
• Estão como ovelhas perdidas (Mt 9.36);
• A volta de Cristo na dependência do evangelismo (Mt 24.14). Jesus deu exemplo
(Mt 4.23). Paulo (Rm 10.17-21; Cl 1.23).

d) Por quer evangelizar.


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O saudoso e notável pastor Valdir Bícego, deixou registrado algumas respostas para
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a pergunta em questão. Das quais destaco as seguintes respostas.
1) É um mandamento que o Senhor nos deu (Mt 28.19,20; Mc 16.15-18).
O Senhor nos ordenou pregar o evangelho, pois Ele quer que a sua mensagem
atinja toda criatura (Mc 16.15), todas as nações (Mt 28.19), todo o mundo (Mc
16.15), todas as aldeias (Mt 9.35), todo lugar (At 17.30).
Ele ... amou o mundo...‖ (Jo 3.16) e quer que "... homens de toda tribo, e língua, e
povo, e nação‖ (Ap 5.9) ―... venham a arrepender-se" (2Pe 3.9) ―... se salvem e
venham ao conhecimento da verdade‖ (1Tm 2.4).
Todos os crentes, sem exceção, receberam esta incumbência do Senhor (1Pe 2.9;
Mt 10.8). Alguns receberam a determinação de começar a trabalhar de madrugada,
outros na terceira hora, isto é, às 9 horas; outros, perto da hora sexta, ou seja, entre
11 e 12 horas; e outros perto da hora undécima, isto é, faltando apenas 1 hora para
terminar o dia — os judeus contavam o período diurno das 6 horas da manhã às 6
horas da tarde — (Mt 20.1-6).
2) É uma obrigação de todo salvo.
―... me é imposta esta obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho‖ (1Co
9.16). Esse texto não significa que o crente deva pregar a Palavra constrangida ou
forçada, e sim que, por se tratar de uma testemunha do Senhor Jesus (At 1.8), foi
convidado para testificar da sua salvação (At 26.22), a fim de que os que ouvirem
seu testemunho possam saber a razão da esperança que há nele (1Pe 3.15).
Somente o crente pode afirmar com convicção quem ele era, quem ele é, e quem
ele será, ou seja: era um perdido pecador (Rm 3.23), candidato à morte eterna (Rm
6.23; Ap 21.8) e à condenação (Rm 5.24): porém, hoje, é um pecador remido (Tt
2.14), libertado por Jesus (Jo 8.34); e no futuro, estará eternamente na presença do
Senhor (1Ts 4.17), nos céus (Fp 3.20), possuindo um corpo imortal e incorruptível (1
Co 15.51-54).
3) É um dever de todo crente.
―Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus... que pregues a Palavra‖ (2
Tm 4.1,2). Diante de um mundo tão necessitado da salvação em Cristo, o Mestre
nos diz: ―... dai-lhes vós de comer‖ (Mt 14.16); ―... Filho, vai trabalhar hoje na minha
vinha‖ (Mt 21.28): ―... de graça recebestes, de graça dai‖ (Mt 10.8).
O Senhor nos salvou para anunciarmos as suas virtudes (1Pe 2.9), isto é, para
pregarmos ―... o evangelho a toda criatura‖ (Mc 16.15), dando, assim, de graça o que
de graça recebemos (Mt 10.8). Se hoje somos salvos é porque alguém sentiu o peso
da responsabilidade de nos falar do amor de Deus e nos anunciou o evangelho.
Quando começamos a pensar que outrora éramos pecadores perdidos (Rm 3.23),
que estávamos destinados à matança (Pv 24.11,12), isto é, ao lago de fogo do
inferno (Ap 20.14,15), onde iríamos padecer eternamente (2Ts 2.3), isto é motivo de
despertamento para realizarmos a missão para a qual fomos chamados, e ai de nós
se não anunciarmos o evangelho, pois a nós ―... é imposta essa obrigação...‖ (1Co
9.16).
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Deus nos tem dado diversos talentos para esse trabalho (Lc 19.12,13) e Ele espera
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que façamos a obra, pois, sendo longânimo, não quer ―... que alguns se percam,
senão que todos venham a arrepender-se‖ (2Pe 3.9). Ele ―... quer que todos os
homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade‖ (1Tm 2.4). Portanto,
amado irmão ou irmã em Cristo, ―... Não temas, mas fala e não te cales‖, pois Deus
tem ―... muito povo nesta cidade‖ (At 18.9,10).
4) É um privilégio de cada salvo (Mt 10.32).
Um dos maiores privilégios do crente é poder cooperar com Deus (Mc 16.20) neste
mister de ganhar almas para o seu Reino. Que satisfação! Que alegria! Que
exultação é saber que alguém hoje é crente ou que alguém que já partiu para a
gloria está salvo porque nós o ganhamos para Cristo! Paulo tinha esta experiência
com os irmãos de Tessalônica (1Ts 2.19,20), pois os havia ganho para Cristo (1Ts
2.7-11). O mesmo ele podia dizer a respeito de Tito (Tt 1.4) e de Onésimo (Fm 10).
Que privilégio glorioso é pregar a Palavra, pois fomos escolhidos por Deus para este
trabalho (Jo 15.19), e Ele ―... pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que
somos embaixadores da parte de Cristo...‖ (2 Co 5.19,20). Portanto, faça¬mos jus a
este grande privilégio, levando a mensagem da cruz para as almas perdidas,
arrebatando-as do fogo da condenação (Jd 23).
5. É uma prova de que temos a natureza de Deus.
O crente é descrito na Bíblia como tendoa natureza divina (2Pe 1.41), ou seja, ―...
o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus‖ (Fp 2.5), a mente de
Cristo (1Co 2.16), a vida de Cristo (Cl 3.3). E qual é a natureza divina? É certamente
o amor (1Tm 4.8), o amor pelas almas (Jo 4.34; 10.15,16).
―O amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi
dado‖ (Rm 5.5) e nos leva a ter grande amor pelas almas perdidas (Rm 9.1-3: 1 0.1-
3). E imbuído deste amor que o ganhador de almas chega a fazer-se ―tudo para
todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns‖ (1Co 9.19-23). Portanto, a
maior prova de que possuímos a natureza de Deus é que queremos ganhar almas
para Ele, ainda que para tal tenhamos de colocar em risco a nossa própria vida (At
20.23.24). O Senhor Jesus não hesitou em dar sua própria vida para nos salvar (Jo
10.15-17).
3. Evangelho.
A palavra "evangelho" vem de duas palavras gregas eu, que quer dizer "bom", e de
angelia, que significa "mensagem, notícia, novas". Assim, a palavra euuangelion
quer dizer "boas novas, notícias alvissareiras". Essa palavra aparece tanto no Antigo
Testamento como na literatura extra bíblica.
No hebraico é bessorah (2 Sm 18.20,25, 27; 2 Rs 7.9), que a Septuaginta traduziu
por euuangelion.
Originalmente significava "pagamento pela transmissão de uma boa notícia". Com o
tempo, passou a ganhar novo significado no mundo romano de fala grega, em
virtude do culto ao imperador, pois a palavra euuangelion era usada para anunciar o
nascimento deste ou a sua coroação.
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a) Ocorrências do vocábulo no Novo Testamento.


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Esse vocábulo (euuangelion), que é encontrado 76 vezes em todo o Novo
Testamento, só aparece no singular; o verbo euuangelizo, "evangelizar", 54; e
euuangelistes, "evangelista", três.
b) O conteúdo do Evangelho.
O Senhor Jesus Cristo é o conteúdo do evangelho: sua vinda, seu ministério terreno,
seu sofrimento, morte e ressurreição (Rm 1.1-7). É a mensagem de Cristo que salva
o pecador (Jo 3.16; Rm 1.16). É o meio empregado por Deus para a salvação de
todo aquele que crer (l Co 15.2). Só através do evangelho é que o homem conhece
a salvação na pessoa de Jesus. O evangelho de Cristo é a única resposta para este
mundo que perece em consequência do pecado.
c) Os estágios da palavra evangelho.
(1) No mundo grego, tinha o sentido de recompensa por trazer boas novas.
(2) No Antigo Testamento (Septuaginta), o vocábulo indica as próprias boas-novas.
Aparece em termos proféticos com o mesmo sentido que encontramos no Novo
Testamento: "Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-
novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a
Sião: O teu Deus reina!" (Is 52.7). Veja o seu cumprimento em Romanos 10.15.
(3) No Novo Testamento são as boas novas que falam do Reino de Deus, da
salvação e do perdão dos pecados na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É o
evangelho da graça de Deus (At 20.24).
d) Conduta em relação ao evangelho.
Vejamos a lista que nos ensina qual deve ser a nossa conduta cristã em relação ao
evangelho de Cristo.
1. Proclama-o: Mt 4.23
2. Defende-o: Jd 3
3. Demonstra-o: Fp 1.27
4. Compartilha-o: Fp 1.5
5. Sofre por ele: 2Tm 1.8
6. Não o impede: ICo 9.12
7. Não se envergonha dele: Rm 1.16
8. Prega-o: ICo 9.16
9. Recebe poder dele: lTs 1.5
10. Guarda-o: Gl 1.6-8

4. Evangelista.
Evangelista - É uma pessoa dotada de capacidade especial para pregar o
evangelho. Alguns usam esse título apenas em relação aos escritores dos quatro
evangelhos. A Bíblia, no entanto, cita ainda Filipe e Timóteo como evangelistas
(At.21.8 II Tm. 4.5). De acordo com a bíblia Dake o termo evangelista vem do
original grego ―eungelistes‖. Cujo significado é portador de boas novas.
a) O evangelista e sua vida pessoal.
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Para ser um autêntico evangelista, você deve andar de acordo com o modelo
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bíblico, pois quando for falar aos pecadores, sua vida não entrará em contradição
com suas palavras.
Portanto, o evangelista pessoal deve ser:

• Uma nova criatura (Jo 3.5);


• Um verdadeiro crente (At 9.15);
• Um cristão de vida exemplar (At 3.4; IPe 2.12);
• Uma pessoa afável1 e cheia de simpatia (ICo 9.19);
• Ser cheio do Espírito Santo (At 1.8; 2.4; 4.8; 7.55).

b) Sua vida intelectual.


O evangelista é uma pessoa que está a par dos problemas dos homens, e não só
isso: ele tem a resposta certa para o momento certo. Portanto, ele deve:
• Manejar bem a Palavra de Deus (At 7.2-53; 2Tm 2.15);
• Conhecer os homens e suas desculpas (Jo 4.16-18);
• Conhecer as seitas, religiões mais comuns;
• Saber o que se passa no mundo.

c) Sua vida espiritual.


O evangelista não pode esquecer, no seu ministério, que o evangelismo é uma obra
de caráter espiritual. Paulo disse: "Porque não temos que lutar contra a carne e o
sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes
das trevas" (Ef 6.12). Ele deixou bem claro o que o evangelista deve fazer:
• Deve orar com fervor (At 3.1; 4.31; 10.9);
• Deve ler a Bíblia (Hb 4.12);
• Deve meditar na sua missão - ter o desejo de ver as almas salvas (ITm 4.15);
• Deve ir à casa de Deus (SI 122.1; At 3.1).

II. A ORIGEM DO EVANGELISMO


Não é produto da mente humana, mas nasceu no seio de Deus, isto é, a vontade de
salvar a Sua criatura. Portanto, evangelismo é uma flor que desabrochou no coração
divino.
1. Na Trindade.
Deus originou (Gn 3.15; Is 6.8). Nestes dois versículos encontramos a promessa de
libertação, e o apelo divino para divulgar Seus desígnios.
Cristo o cumpriu (Lc 23.29-43; Jo 3.1-3; 4.1-30). A vida de Cristo aqui na terra, Suas
palavras, Suas obras e Suas ações, sempre estiverem em completa harmonia com a
vontade divina. Sua preocupação era "Cumprir toda justiça" (Mt3.15).
O Espírito Santo o divulgou (At 13.2; Jo 16.8-11). E por intermédio do Espírito Santo
que a mensagem divina é divulgada. Cristo disse: "Mas, quando vier o Consolador...
ele TESTIFICARÁ de mim" (Jo 15.26). Cristo sabia que a obra do Espírito é
testificar. O Espírito Santo envia homens para pregar, e através deles convence o
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mundo do pecado, da justiça e do juízo. Em todas as ruas, bairros, cidades, estados,


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países, continentes, o Espírito Santo quer divulgar a mensagem salvadora de Cristo.
2. Nos seus seguidores.
Os apóstolos. Evangelizar foi qual fogo nos corações dos apóstolos. Eles não
conseguiram ficar calados (At 4.20).
André evangelizou Pedro (Jo 1.40-42);
Filipe evangelizou Natanael (Jo 1.45);
Pedro evangelizou Cornélio (At 10.30-43);
A samaritana (Jo 4.28-30,39).

3. O evangelismo e os grandes pregadores.


Evangelizar sempre foi o tema da vida e mensagem dos grandes pregadores.
• D. L. Mood disse: "Usa-me Senhor para o alvo que lhe agrada";
• Henrique Martyn. Dele está escrito: "Ajoelhou-se na praia da índia e disse: Aqui
quero ser gasto inteiramente por Deus";
• David Yonggi Cho: pediu ao Senhor: "Quero mil almas por ano e depois pediu mil
por mês, e Deus lhas deu";
• John Wesley: "O mundo é minha paróquia";
• John Knox: "Dá-me a Escócia ou morrerei";
• John Hyde: "Pai, dá-me almas ou eu morro".

III. MÉTODOS DE EVANGELISMO.


1. O evangelismo de alistamento.
Este método consiste na tentativa de induzir uma pessoa não convertida a
matricular-se para receber instrução na Palavra de Deus. Geralmente é apenas uma
visita, na qual se convida alguém a assistir e a matricular-se numa classe de estudos
da Bíblia.
O evangelismo funciona principalmente entre as crianças. Uma pesquisa ligeira na
história de qualquer igreja local descobre que uma porcentagem esmagadora dos
resultados, no evangelismo de alistamento, tem sido conseguido entre as crianças.
2. Evangelismo em Massa.
Evangelismo em massa também se chama ―evangelização de grupo‖.
É comunicar o evangelho a um grupo de pessoas. Inclui atividades tais como
cruzadas de massa, reuniões evangélicas, e concertos de música evangélica.
3. O evangelismo pessoal.
Este método consiste de alguém falando a outra pessoa sobre a necessidade que
esta tem de Jesus, com o objetivo de levá-la à decisão de receber a Jesus Como
Salvador (Jo 1.11,12). Um crente pode conquistar almas pessoalmente, visitando de
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casa em casa; mas também pode fazê-lo em uma fábrica, em sua própria residência,
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ou em qualquer outro lugar na face da terra. Somente o evangelismo pessoal pode
demonstrar o âmago verdadeiro e o valor real do evangelho.
O pastor é um dos maiores teólogos pentecostais brasileiros, Antônio Gilberto, nos
apresenta uma lista de vantagens ao realizarmos o evangelismo pessoal.
a) Adapta-se às condições espirituais de qualquer pessoa.
O que o sermão não consegue fazer no auditório, na evangelização coletiva, o
evangelismo pessoal o faz. Na evangelização em massa, a pregação não satisfaz a
todos, porque cada um tem problemas espirituais diferentes. No evangelismo
pessoal, a mensagem é direta, incisiva. Muitas vezes, a pregação apenas inicia a
evangelização, que será complementada com o contato pessoal do ganhador de
almas.
b) Promove o crescimento da igreja.
A igreja dos dias primitivos cresceu muito depressa porque os crentes, cheios do
Espírito Santo, evangelizavam sem parar (At 5.42; 8.4). O resultado foi o
maravilhoso crescimento registrado no livro de Atos dos Apóstolos. Hoje, também, a
igreja que tiver um número regular de ganhadores de almas, seu crescimento será
notório.
A semeadura da Palavra de Deus promove o crescimento e a edificação da igreja.
(Ver At 2.41,47; 4.4; 5.14; 9.31, e principalmente em 21.20.) A maior e melhor
maneira de ajudar o pastor no crescimento do rebanho de Deus é ganhar almas
individualmente. O irmão tem feito assim? Está fazendo assim? Se hoje, na igreja,
cada um ganhasse outro, qual seria o resultado? Se todos ganhassem almas como
você, qual seria o crescimento da igreja?

c) Vence todos os preconceitos.


Há casos e ocasiões em que somente o evangelismo pessoal alcança o pecador. Há
pessoas que jamais assistiriam reuniões evangelísticas em templos, ou seja onde
for, devido a preconceitos, falsa concepção, ignorância, ordens recebidas,
imposições religiosas, falsas informações, falsas ideias, etc. É aí que o evangelismo
pessoal presta seus serviços de modo ímpar. Há inúmeras grandes igrejas por toda
parte, que começaram através do evangelismo pessoal. A origem foi uma alma
ganha, cultos em sua casa e em seguida uma congregação formada. O pioneirismo
missionário na América Latina e o estabelecimento da obra das Sociedades Bíblicas
também foi assim - através do evangelismo pessoal.

IV. ATITUDES PARA QUEM PRATICA O EVANGELISMO PESSOAL


1. Evite argumentação quando tratar com pecadores perdidos.
Muitos pecadores quererão argumentar com você, inclusive com perguntas
inusitadas e alheias ao assunto da salvação. Diga-lhes que mais tarde cuidará disso.
O que o pecador precisa agora é ser salvo. Perguntas desse jaez são curiosas e
especulativas, e uma sempre origina outra. Se você se puser a responder perguntas,
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não cuidará da salvação da alma, e o resultado será o fracasso. Faça como Jesus:
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quando a pergunta não for honesta, responda com outra pergunta!
2. Dependa a todo custo do Espírito Santo.
Ele é quem faz a obra. Somente Ele pode convencer e converter. Você não pode
converter ninguém. Se o Espírito Santo não operar, não pode haver conversão.
Nossa educação, conhecimentos, cursos e preparo não podem, tomar o lugar dele
ou substituí-lo.
Os homens de Deus através dos séculos têm sido pessoas ungidas pelo Espírito
Santo. Um homem (ou uma mulher) cheio do Espírito Santo pode fazer em poucos
dias o que não faria em anos de trabalho sem a operação poderosa do Espírito. Se
você deseja que Deus o use e que salve os pecadores por seu intermédio, esteja
cheio do poder do alto.
3. Dependa também da Palavra de Deus.
Ela é garantida por Deus (Is 55.11). Precisamos conhecer e confiar na Palavra de
Deus. O que dizemos de nós mesmos não vai muito longe, mas aquilo que Deus diz
na sua Palavra, sim. Portanto, leiamos e estudemos a Palavra até conhecê-la bem.
Aqui estão sete coisas que a Palavra de Deus é e pode fazer:
- É eficaz na sua ação, isto é, funciona! (Sl 126.5,6).
- É poderosa para a salvação (2 Tm 3.15; Tg 1.21b. - "pode").
- Produz fé (Rm 10.17).
- Lava (Jo 3.5; Ef 5.26).
- Corta (Ef 6.17; Hb 4.12).
- Quebra, isto é, humilha (Jr 23.29).
- Queima, arde, desperta (Jr 5.14; Lc 24.32).

4. Ore sempre. Ore antes de começar o trabalho.


Ore em espírito durante o trabalho. Depois do trabalho realizado, regue-o com
oração. Deus responde à oração.

5. Use poucos versículos para cada caso.


Um ou dois versículos bastam. Muitas receitas podem confundir o "doente", além
disso, poucos versículos firmam melhor a verdade na memória do pecador.
Use versículos o menos possível. Davi muitas vezes baseou sua fé numa única
palavra de Deus (Sl 119.49.
6. Não espere que o pecador seja salvo como você o foi.
Não duvide da genuinidade do fato só porque não foi igual ao seu. Deus tem modos
diferentes de agir. Ou você pensa que Ele é limitado como nós?
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V. EVANGELIZAÇÃO DE SUCESSO 13
1. O método do novo testamento.
a) O Método De Cristo.
Jesus sempre usava o evangelismo pessoal, lançava mão de termos como: pescar e
semear, algo que só podemos fazer pessoalmente, mais do que isso Ele a ensinou
comissionando:
- Os doze Marcos 3.13,14;
- Os setenta Lucas 10.1;
- E por fim, todos os discípulos Marcos 16.15.

b) O método da igreja primitiva.


Seguindo a ordem de seu mestre, os apóstolos e todos os crentes primitivos, não
deixaram de usar o evangelismo pessoal e os resultados eram tremendos.
Vejamos:
― Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E,
descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo‖.(Atos 8:4,5.)

Posteriormente com a conversão de Saulo de Tarso o evangelismo pessoal explodiu


de vez, falando aos anciãos de Éfeso ele diz:
―Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas
casas‖ (Atos 20.20).
Os frutos deste tipo de evangelismo eram maravilhosos.
Veja o que Lucas registra:
No principio era apenas um pescador - Jesus. Depois doze almas que foram
treinadas por cristo Lucas 6.13, após esses doze, vieram mais setenta.
Lucas 10.1 em Pentecostes o número já era de 120.
Em Atos 1.15, a multidão alargou-se para quase 3.000 almas. Atos 2.41, era algo
contagiante, pois a multidão crescia cada vez mais e chegava a 5000 almas (Atos
4.4). Em 5.14, o número dos convertidos crescia e multiplicava (Atos 6.1,7). AS
igrejas se multiplicavam. Em Atos 9.31.
O apostolo Paulo diz que aquele evangelho tinha sido pregado a toda criatura
debaixo do sol (Colossenses 1.23).
2. O segredo do sucesso na evangelização.
O segredo se encontra em Atos 1.8 e Marcos 16.20.
―Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que ha de vir sobre vos; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra‖.
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14
―E eles tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o
Senhor...‖. (Marcos 16.2).
Eram dois os segredos:
1) O poder do SEPÍRITO SANTO;
2) A cooperação de Cristo.

Como Cristo cooperava?


Encontramos a resposta em Marcos 16.18:

―Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas
serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão
as mãos sobre os enfermos, e os curarão‖.

CONCLUSÃO
Nunca teremos uma igreja conquistadora de almas enquanto não tivermos crentes
com o desejo de buscarem o poder de Deus, de estarem cheios do Espírito Santo.
Enquanto não tivermos a coragem de nos dispormos de corpo e alma para tal tarefa
nunca teremos uma igreja evangelizadora nos moldes da igreja primitiva e, por
conseguinte nunca teremos crentes avivados.
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Capítulo 2 15

O PRIMEIRO EVANGELISTA – DEUS PAI


Veremos nesta oportunidade, que Deus investiu um alto preço, muito superior à
prata ou ouro, na evangelização. E conheceremos algumas das atitudes do cristão
como um evangelista.

I. DEUS COMO O PRIMEIRO EVANGELISTA

1. Deus investiu o seu melhor na evangelização.

Deus pai fez o seu maior investimento na evangelização ao enviar o seu filho. Ao
priorizar a evangelização o Senhor tinha em mente ao menos um grande propósito:
―a salvação dos perdidos‖.

―Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou
o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo
fosse salvo por ele (Jo 3.16.17)‖.

2. O pensamento de um Deus evangelista.

1) Deus deseja a salvação de todos (1Tm 2.4).


2) Deus enviou o seu unigênito para todos (Jo 3.16).
3) O convite de Jesus é para todos (Mt 11.28).
4) Jesus é a propiciação pelos pecados de todos (1Jo 2.2).
5) O perdão é para todos os que creem (At 10.43).
6) O Senhor não quer que nenhum se perca, senão que todos venham a
arrepender-se. "( 2Pedro3. 9).
7) É a vontade de Deus que todos se arrependam (At 17.30).
8) Já que o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um
ato de justiça veio à graça sobre todos os homens (Rm. 5.18).
9) A morte de Cristo foi por todos (Hb 2.9).

3. Evangelho e o evangelista inigualável.

O evangelho é o poder de Deus, mas não o poder de Deus sem rumo. Ele tem uma
finalidade específica, é a salvação (Rm 1.16).
O evangelho não é algo surgido de improviso, pois Deus o havia prometido desde
"antes dos tempos dos séculos" (Tt 1.2). A Bíblia diz que Deus o prometeu "pelos
seus profetas nas Santas Escrituras" (Rm 1.2). O Messias foi sendo revelado de
maneira sutil e progressiva. Cada profeta apresentou um perfil do Salvador, até que
a revelação se consumou na sua vinda.
Jesus foi enviado ao mundo para salvar os pecadores (Mt 11.28-30), através da
mensagem do evangelho (l Tm 1.15).
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A Bíblia diz que todos os homens são pecadores e precisam reconciliar-se com
16
Deus (Rm 3.23; 5.12). Não existe salvação sem Jesus (At 4.12). Ele mesmo disse:
"Ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6).
4. Deus tem a sua agência evangelizadora.

O escopo de Deus é o mundo criado. Nele, a mira de Deus está fixada. Ele tem um
plano mestre para todas as coisas (l Co 15.28). Claro que o meio de alcançar este
alvo é mais estreito: a igreja.

O Senhor Jesus constituiu a Igreja como a única agência do Reino de Deus na terra
encarregada de anunciar as boas novas de salvação (Mc 16.15; At 8.1; Rm 1.16).

Agora, esta agência divina tem ao menos três grandes metas:


a) A evangelização,
b) o discipulado e
c) a intercessão.
Essas são as três principais colunas do crescimento da Igreja.

É necessário, pois, a mobilização de toda a Igreja para que essas metas sejam
alcançadas. Cada crente dos dias apostólicos era um dedicado, fervoroso e
próspero ganhador de almas (At 8.4).
Cada igreja deve elaborar um projeto, com metas bem definidas, para alcançar os
pecadores. O apóstolo Paulo diz que o evangelho salva, mas é preciso permanecer
nele (l Co 15.1,2). Evangelizar é tarefa de todos os crentes.

II. O CRISTÃO COMO EVANGELISTA

1. Seu campo de ação.


Não podemos conceber a ideia de um evangelista fechado entre quatro paredes. Se
quisermos evangelizar, teremos que deixar o nosso comodismo, o conforto do nosso
púlpito e ir até aos pecadores onde eles estão. Desta forma estaremos alargando o
nosso campo de ação.

• A família;
• No trabalho (oficina, fábrica, escritório...);
• Nas escolas (principalmente noturnas...);
• Os profissionais (advogados, juízes, médicos...);
• Os comerciantes (padaria, açougue...);
• Nos meios de transporte (ônibus, trem...);
• As crianças;
• Os amigos;
•As entidades (hospital, presídio, creches...).

Amplie o lugar de sua tenda, estejam atentos às perguntas de seus filhos, eles
precisam de sua ajuda e compreensão, eles precisam do seu tempo e muito carinho.
Olhai para o rebanho sem se esquecer dos de tua casa, a família unida em oração e
meditação vence todas as batalhas.

2. Sua determinação.
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É o momento em que o crente coloca a mão no arado para a evangelização. Ele


17
sente a necessidade em dar testemunho de Cristo a alguém.
É o momento em que ele permite que a Palavra de Deus se cumpra em sua vida.
Ele abre o coração para o "ide de Cristo" (Mc 16.15). Muitas vezes ele não tem
nenhum cargo eclesiástico, mas se apossa da identidade divina e da autoridade
divina, como dada a Moisés em Êxodo 3.14; 4.16, e avança em busca das almas.
Determinação é: "Salvai alguns, arrebatando-os do fogo" (Pv 24.11; Jd 23).

3. Persistência (Jo 4.1-30)


O verdadeiro evangelista não desanimará diante da primeira dificuldade que
aparecer. A sua posição diante de Deus é esta: "Não desistirei enquanto não ver
almas rendendo-se aos teus pés Senhor!". No seu ouvido é nítida a voz "A Palavra
de Deus não volta vazia" (Is 55.11). Sim, ela não volta vazia mesmo.
• Quando a pessoa não se converte;
• Quando a pessoa acha que para ela não há solução;
• Quando a pessoa o agride.

4. Compaixão (Mt 23.37; 14.14).


• O exemplo de Cristo (Mt 15.32; 20.34; Hb 2.17);
• Exortação a termos compaixão (Mt 18.24; Rrn 12.15).

5. Oração e Dependência do Espírito Santo.

a) Oração (ITs 5.17).

Vejamos uma lista de coisas que o ganhador de almas deve pedir em oração.

(1) Devemos pedir a Deus que nos dirija ao pecador.

Há a nossa volta muitas almas. Não podemos falar a todas. Se falarmos a qualquer
uma sem direção, perderemos muito tempo. Mas Cristo nos pode dirigir. Ele
esperava ao pé da fonte de Jacó, porque sabia que vinha tirar água, uma mulher, a
qual podia ganhar, e por intermédio dela, ganhar muitos outros. Sem duvida, Filipe
viu muitos na estrada que desce de Jerusalém a Gaza, mas não perdeu tempo, nem
se desviou do plano de Deus. Ouviu e obedeceu ao que o Espírito Santo disse:
―Aproxima-te e ajunta-te a esse carro‖ (Atos 8.29).

(2) Devemos pedir ao Senhor a mensagem.

O obreiro não pode saber da condição do coração do perdido nem qual a melhor
mensagem para ele. Devemos confiar em Deus para que Ele nos dê uma Escritura
ou outra passagem. Às vezes o Senhor nos dá a mensagem antes de terminarmos a
oração; outras vezes, no-la dá quando estamos falando ao pecador.

(3) Devemos pedir o poder de Deus.

Não é suficiente só a mensagem, mas também o poder para levá-la até a alma do
pecador. Quando vezes estamos tentando levar o perdido à salvação por meio da
força humana, com argumentos e rogos. É sempre melhor, quando tal acontecer,
fazer um pedido definitivo a Deus, para que Ele mande Seu poder.
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(4) Devemos pedir que Deus nos dê frutos da Palavra semeada.


18
Não devemos considerar a nossa obrigação finda, quando dissemos tudo e fizemos
de tudo que nos foi possível. Nossas palavras são ou ―cheiro da morte‖, ou ―cheiro
de vida para vida‖. Oremos para que o Espírito faça a palavra penetrar
repetidamente no coração, até o pecador ser constrangido a render-se. A nossa
oração é como as chuvas que regam a sementeira.

b) Dependência do Espírito Santo.

Perguntaram a um homem importante qual o segredo do seu sucesso. Respondeu:


"Eu tive um amigo", e, deixou bem claro para todos que, sem a ajuda daquele amigo
sua vida teria sido um fracasso total. Ele o ajudara nas horas difíceis e o apoiara.
Aquele amigo o amava, tinha fé nele e fizera com que sua vida tivesse valor. Nós
temos um Amigo deste quilate! E o Espírito Santo, o amigo prometido por Jesus
para realizar a Sua obra. E Ele quem:
• Testifica de Cristo (Jo 15.26);
• Convence o Mundo (Jo 16.8);
• Nos guia (Jo 16.30)
• Nos ensina e faz lembrar (Jo 14.26);
• E o nosso "dinamus" (poder).

CONCLUSÃO

O nosso Deus investiu o melhor na evangelização. Sigamos, pois, seu exemplo.


―SEDE, pois, imitadores de Deus, como filhos amados (Ef 5.1)‖. O maior bem que
podemos investir na evangelização é a nossa própria vida (através de nosso tralho
constante e dedicado ao Reino de Deus), tendo, pois, a certeza de receberemos a
vida eterna e um galardão no céu.
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Capítulo 3 19

A AGÊNCIA EVANGELIZADORA: A IGREJA


DE JESUS

Através do livro de Atos, bem como outros trechos do Novo Testamento, tomamos
conhecimento das normas ou dos padrões estabelecidos para uma igreja
neotestamentária.
A igreja é uma agência ganhadora de almas para o seu dono (Jesus), iniciou as
suas atividade ganhando vidas para Cristo (At 2.42; 4.4). Dizemos que a igreja é
uma agência evangelizadora por que Jesus estabeleceu a igreja e deu a ela uma
missão muito importante, anunciar o evangelho a todos (Mt 28.19,20; Mc 16.15).

I. O QUE É A IGREJA
1. Agrupamento de pessoas em congregações locais.

Antes de mais nada, a igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais


e unidas pelo Espírito Santo, que diligentemente buscam um relacionamento
pessoal, fiel e leal com Deus e com Jesus Cristo (Atos 13.2; 16.5; 20.7; Rm 16.3,4; 1
Co 16.19; 2 Co 11.28; Hb 11.6).

Mediante o poderoso testemunho da igreja, os pecadores são salvos, nascidos de


novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e
esperam a volta de Cristo (Atos 2.41,42; 4.33; 5.14; 11.24; 1 Co 11.26).

2. Lugar da Presença e dons do Espírito Santo (1Co 6.19).

O batismo no Espírito Santo será pregado e concedido aos novos crentes (Atos
2.39), e sua presença e poder se manifestarão.

Os dons do Espírito Santo estarão em operação (Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-11; Ef


4.11,12), inclusive prodígios, sinais e curas (Atos 2.18,43; 4.30; 5.12; 6.8; 14.10;
19.11; 28.8; Mc 16.18).

3. Ekklésia - Um Povo Chamado.

O mais importante na estrutura da Igreja e que lhe dá a razão de ser e de existir, é


que ela seja realmente constituída de um povo que, de acordo com as palavras de
Jesus, tenha sido tirado do mundo (Jo 15.19).

Essa realidade é evidenciada, de modo claro, pela própria palavra que o Novo
Testamento usa, em sua língua original (grego), para "Igreja" - ekklésia.

Ekklesia é usada no Novo Testamento 115 vezes e aparece em três significações


distintas, porém sempre tratando de algo que é chamado para fora, é usada:
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• Três vezes para expressar uma assembleia de comunidade grega, tanto legal (At
20
19.39) como ilegal (At 19.32,40). Na acepção legal, os componentes da referida
câmara eram chamados do convívio da família e da sociedade para constituírem
aquela assembleia.
• Duas vezes para designar o Israel de Deus no Antigo Testamento (At 7.38; Hb
2.12), exprimindo, assim, como Deus chamou a Israel dentre os povos para ser um
povo seu (Dt 7.6-8).

• 110 vezes para designar a Igreja do Deus vivo e revela grandes e importantes
verdades sobre essa organização, como um povo "chamado para fora":

Kaleo, com relação à Igreja, nos faz pensar na chamada de Jesus aos pecadores
perdidos (Mt 9.13; Lc 19.10).

Deus chama por sua soberana vocação (Fp 3.14), para comunhão com o seu Filho
Jesus Cristo (ICo 1.9). Ek evidencia que por essa chamada fomos tirados das trevas
(Cl 1.13), do mundo (Jo 15.19) e dessa geração perversa (At 2.40).

A finalidade desta "chamada para fora" é que sejamos: O povo de Deus (2Co 6.14-
18); um povo Seu, especial, zeloso de boas obras (Tt 2.14); uma geração eleita; um
sacerdócio real; uma nação santa; um povo adquirido (IPe 2.9).

Convém salientar que somente quando a Igreja realmente é constituída de "um povo
tirado para fora" é que tem o direito de ser chamada "Igreja", no sentido
neotestamentário.

II. A IGREJA E SEUS MEMBROS


1. Um ministério quíntuplo.

a) Para dirigir a igreja, Deus lhe provê um ministério quíntuplo, o qual adestra os
santos para o trabalho do Senhor (Ef 4.11,12).

Aqueles que perseverarem no caráter piedoso e nos padrões da justiça ensinados


pelos apóstolos, serão ordenados ministros para a direção das igrejas locais e a
manutenção da sua vida espiritual (Mt 18.15 nota; 1 Co 5.1-5; 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).
Semelhantemente, a igreja terá diáconos responsáveis para cuidarem dos negócios
temporais e materiais da igreja.

b) Os crentes expulsarão demônios (Atos 5.16; 8.7; 16.18; 19.12; Mc 16.17).

c) Haverá lealdade absoluta ao evangelho, isto é, aos ensinamentos originais de


Cristo e dos apóstolos (Atos 2.42; ver Ef 2.20).

2. Os membros da igreja.

Observemos algumas atitudes que devem fazer parte de qualquer denominação que
de fato faz parte da igreja de nosso Senhor Jesus.

a) Os membros da igreja se dedicarão ao estudo da Palavra de Deus e à obediência


a ela (6.4; 18.11; Rm 15.18; Cl 3.16; 2 Tm 2.15).
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21
b) No primeiro dia da semana (20.7; 1 Co 16.2), a congregação local se reunirá para
a adoração e a mútua edificação através da Palavra de Deus escrita e das
manifestações do Espírito (1 Co 12.7-11; 14.26; 1 Tm 5.17).

c) A igreja manterá a humildade, reverência e santo temor diante da presença de um


Deus santo (Atos 5.11).

d) Os membros terão uma preocupação vital com a pureza da igreja, disciplinarão


aqueles que caírem no pecado, bem como os falsos mestres que são desleais à fé
bíblica (Atos 20.28; 1 Co 5.1-13; ver Mt 18.15).

e) Haverá amor e comunhão no Espírito evidente entre os membros (Atos 2.42,44-


46; ver Jo 13.34), não somente dentro da congregação local como também entre ela
e outras congregações que creem na Bíblia (15.1-31; 2 Co 8.1-8).

f) A igreja será uma igreja de oração e jejum (Atos 1.14; 6.4; 12.5; 13.2; Rm 12.12;
Cl 4.2; Ef 6.18).

g) Os crentes se separarão dos conceitos materialistas prevalecentes no mundo,


bem como de suas práticas (Atos 2.40; Rm 12.2; 2 Co 6.17; Gl 1.4; 1 Jo 2.15,16).

h) Haverá sofrimento e aflição por causa do mundo e dos seus costumes (Atos 4.1-
3; 5.40; 9.16; 14.22).

i) A igreja trabalhará ativamente para enviar missionários a outros países (Atos


2.39; 13.2-4).

Nenhuma igreja local tem o direito de se chamar de igreja segundo as normas do


Novo Testamento (NT), a não ser que esteja se esforçando para manter estas
características práticas entre seus membros.

III. A IGREJA COMO AGÊNCIA EVANGELIZADORA

A Igreja, além de se empenhar na evangelização, tem de cuidar dos novos


convertidos, pois suas vidas têm muito valor e por isso a Igreja tem de estar
preparada para ajudá-las nas seguintes áreas:

1. Área devocional (Mt 6.5-13).

A Igreja deve orientar o crescimento espiritual e a formação da semelhança de


Cristo na vida do novo convertido. A vida profunda em Cristo fortalecerá e firmará o
neófito1, dando-lhe força para enfrentar o Diabo, a carne e o mundo.

2. Área doutrinária (Hb 6.1-3).

A Igreja deve se preocupar em doutrinar sadiamente o novo convertido. Mostrar-lhe


as bases bíblicas que sustentam o cristianismo e transmitir-lhe os sãos
ensinamentos a respeito da salvação, justificação e santificação, tendo sempre em
mira a volta de Cristo.
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3. Área do discipulado (Mt 28.19-20; Mc 3.14).


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A Igreja deve ensinar o novo convertido e integrá-lo nos serviços de evangelização.
O novo convertido é um instrumento na mão da Igreja, para salvação de outras
almas. Temos que aproveitar este potencial que muitas vezes não damos o mínimo
valor.
É bom lembrarmos que o primeiro amor é o momento onde o indivíduo realmente
salvo entrega-se totalmente, sem reservas, Aquele que o salvou e o libertou, e a
única forma que ele encontra para retribuir ao seu Senhor, é assinando uma folha
em branco e deixando que Deus dite o seu querer para ele.

IV. A GRANDE COMISSÃO DA IGREJA

O Senhor Jesus comissionou-nos a pregar, a batizar e a fazer discípulos em todo


mundo (Mc 16.15; Mt28. 19). Esta ordenança é conhecida como a Grande Comissão

E tem como objetivos:


a) proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura;
b) discipular os novos conversos, tornando-os fiéis seguidores de Cristo;
c) integrá-los espiritual e socialmente na igreja local, a fim de que cresçam na graça
e no conhecimento por intermédio da ação do Espírito Santo em sua vida,
desfrutando sempre da comunhão dos santos.

1. O "ide".
O "ide" de Jesus significa também atravessar fronteiras. Anunciar o Evangelho em
uma cultura diferente é o grande desafio da Obra Missionária. Não podemos
desprezar a cultura de um povo a quem pretendemos evangelizar, nem impringir-lhe
a nossa (l Co 1.1,2).
A cultura de um povo deve ser avaliada e provada pelas Escrituras. Se por um lado
toda cultura tem a sua beleza e bondade, pois o homem foi Criado por um Deus bom
e amoroso, por outro, em consequência da Queda, as culturas foram manchadas
pelo pecado e dominadas, em parte, por ações demoníacas. Você está pronto a
pregar o Evangelho além de suas fronteiras? Prepare-se para este desafio.

2. A ordem é fazer discípulos em todas as nações.


A palavra "nação" é a tradução do termo ethnos que se refere a grupos étnicos e
não primariamente a países. Um país é uma nação politicamente definida. A etnia é
um povo culturalmente definido com uma língua e cultura própria.
Há milhões de pessoas que ainda não ouviram o Evangelho de Cristo. É urgente e
imperioso o lema do apóstolo Paulo: "Esforçando-me deste modo por pregar o
evangelho, não onde Cristo já fora anunciado" (Rm 15.20- ARA).

V. PASSOS PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA

O fórum Nacional de Evangelização e Discipulado da CGADB - Jun/2010, elaborou


uma estratégia passo – a – Passo para orientar a liderança a fim de que a igreja
caminhe crescendo, não somente quantitativa, mas principalmente qualitativamente.

1º Passo - Unidade (At 2.41-47).


2º Passo - Ter uma visão nova de ser Igreja, consciente que existe para servir as
pessoas e não a si mesmo como instituição.
3º Passo - Impactar pessoas com padrão de vida santificada
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4º Passo - Organizar – se em pequenos grupos com ênfase ao relacionamento


23
eficaz pelo pastoreio recíproco.
5º Passo - Treinar e colocar cada líder no lugar certo conforme a aptidão vocacional
e disposição voluntária da pessoa pra servir.
6º Passo - Primar pela excelência na programação dos cultos
7º Passo - Empenho dos pastores para implantação da visão e desenvolvimento
das metas e seu acompanhamento.
8º Passo - Discipulado e Integração
9º Passo - Expansão dos pastoreios através dos diáconos e presbíteros
10º Passo - Mapeamento das áreas para atuação das frentes evangelísticas
11º Passo - Pastores com convicção do seu chamado
12º Passo - Melhoria e conservação dos templos.
Fonte: II Fórum Nacional de Evangelização e Discipulado da CGADB - Jun/2010.

VI. COMO SABER SE UMA IGREJA É BÍBLICA OU É UM NEGÓCIO

Porém algumas igrejas não fazem nada para transformar vidas, antes preferem
vender bênçãos. Daí surge àquela frase: ―pequenas igrejas, grandes negócios‖.
Como saber se uma igreja é bíblica ou é um negócio?

1) Se o pastor gasta mais tempo no culto pedindo dinheiro do que orando ou lendo
as escrituras, é um negócio.

2) Se a igreja está lotada, mas não há interesse em discipulado, se não há cuidado


individual, mas apenas o tratamento com a multidão, não é bíblica.

3) Se o pastor não tem profundo conhecimento bíblico, e não faz sermões expondo
a Bíblia, mas é apenas um contador de ―causos‖ ou de testemunhos, não é bíblica.

4) Se o enfoque for no ―Eu posso, decreto, determino‖ não é bíblica.

5) Se a igreja vende bênçãos, vende prosperidade, vende unção, vende tudo àquilo
que é espiritual, é pior que um negócio, pois para mim não tem nada diferente de
estelionato.

6) Se a pregação não for ―tome a sua cruz e siga a Jesus―, definitivamente é um


negócio.

Se você deseja entrar em uma igreja como um cliente, procure um negócio. Então lá
você pode comprar benção financeira por R$ 900,00. Você pode determinar coisas
dando 20% do seu salário.

Se você deseja a salvação de sua alma e um profundo relacionamento com Deus,


procure uma igreja bíblica. Nela você poderá crescer em santidade, ter intimidade
com Deus e ser instrumento nas mãos dEle para abençoar outras pessoas. Não há
possibilidade de crescer como cristão sem estar na comunhão dos irmãos, por isso
não fique sem congregar em uma comunidade bíblica.

Sinceramente, não frequentes negócios. Para isso, leia a bíblia, e frequente igreja
bíblica. Evite multidões. Busque um relacionamento profundo e sincero com Jesus e
não com o apóstolo fulano de tal ou bispo ou missionário (¹).
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CONCLUSÃO
A Igreja do Senhor tem uma missão social e educativa para cumprir neste mundo,
porém, a sua missão principal sempre será a evangelização.
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Capítulo 4 25

O TRABALHO E ATRIBUTO DO
GANHADOR DE ALMAS
―Ganhar almas é tarefa de todo discípulo de Cristo. Nesse sentido, você eu somos
evangelistas. Isso significa que, tanto o pastor quanto as ovelhas, têm o dever de
anunciar a todos, o evangelho que salva, liberta e redime plenamente o pecador‖
(Claudionor de Andrade).

Ainda enfatizando a importância de se ganhar almas, Charles Haddon Spurgeon


declarou: ―Ganhar almas é a principal ocupação do ministro cristão. Na verdade,
deveria ser a principal atividade de todo o verdadeiro crente‖.

I. DEFININDO O QUE É GANHAR ALMAS

1. O que é ganhar almas.

a) É levar o pecador ao Reino de Deus por meio do evangelho (Rm 1.16).

Ganhar almas é transportá-las do império das trevas para o reino do filho do seu
amor (Cl 1.13), Vemos que muitos foram salvos, antes que a Igreja fosse organizada
como instituição religiosa.

b) É levar o pecador a ter contato com Cristo através do novo nascimento (Jo 3.1-6).

Ganhar almas é levá-las a terem contato com Cristo, comunhão com ele e conhecê-
lo. Isto não tem muito a ver com instituições, pois muitas pessoas acham que ganhar
almas é simplesmente fazer com que alguém se torne membro de sua comunidade,
apesar de ser salutar uma comunidade de cristãos, para boa ordem, e discipulado
do novo convertido.

Diz-se Jônatas Goforth: ―O alvo da sua vida foi levar homens a Cristo até à hora da
sua morte‖.
Quantas vezes estamos satisfeitos quando o perdido vem somente para orar. O
nosso dever é levá-lo a ter contato com o Cristo vivo.

b) Ganhar almas é pescar.

―Segui-me, e eu vos farei pescadores de homens‖ (Mt 4.19). ―Eu vos farei!‖ Então, os
pescadores de homens são feitos por Cristo. Todos os dons necessários, Ele lhes
concede.

―Serás pescador de homens‖ (Luc 5.10). A palavra nesta passagem no original


traduzida literalmente, quer dizer: ―Apanhar homens vivos‖, dando a ideia de salvá-
los completamente do perigo mais horrível. Encontra-se esta palavra só uma vez
nas Escrituras, em 2 Tm 2.26: ―E se livrem do loco do Diabo tendo sido feitos
cativos, (apanhados vivos) por ele‖. Satanás também apanha almas vivas! Que
hoste grande de cativos ele está conduzindo para o inferno!
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2. O que não é ganhar.


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a) Roubar membros de outras igrejas.

Não consideramos como ganhar almas roubar membros de outras Igrejas já


estabelecidas. Nosso objetivo é levar almas a Cristo, antes que conseguir adeptos
para a nossa igreja.

b) Ganhar almas não é profissão.

Ganhar almas não diz respeito à profissão e sim, a um chamado, Se observarmos,


na história da Igreja, houve muitos pregadores autónomos, que não recebiam
sustento de nenhuma instituição religiosa e que ganharam multidões para Cristo.

Deus nunca quer que a obra mais elevada e santa, a de ganhar almas, se torne uma
profissão. Mas o amor à fama, o amor ao salário e o amor de governar leva muitos a
vestirem-se com trajes eclesiásticos e aceitar títulos de oficio. Na história da Igreja,
as grandes colheitas de almas foram sempre fruto daqueles que trabalhavam sem
ideia de profissionalismo, anunciando a Palavra por toda parte, à sua própria custa.

c) Ganhar almas não é dar esmola.

Devemos nos preocupar com o aparato social, quando evangelizamos, porém isto
deve ser feito com muito cuidado, para que a Igreja não seja vista unicamente como
uma agência humanitária.

O social deve receber atenção, mas com cuidado, para não atrairmos ao nosso meio
alguns aproveitadores, pessoas que não querem o Jesus dos pães, mas somente os
pães de Jesus (Jo 6,26), e pessoas como Ananias e Safira que queriam somente
aproveitar-se da igreja (At 5).

d) Ganhar almas não é escrever apressadamente mais nomes de pessoas no rol de


membro de uma denominação.

Spurgeon afirmou ―Colocar dentro da igreja pessoas não convertidas, é enfraquecê-


la‖. Daí, o que parece lucro pode ser prejuízo.

3. Três conselhos para os ganhadores de almas.

a) Não deve sentir-se demasiado triste quando os esforços falham. ―O que não crê,
já está julgado, porque não crê no nome do Filho unigênito de Deus‖ (João 3.18).
Além disso: as palavras ainda podem produzir frutos na alma. Em vez de recear,
deve esperar: ―pois a seu tempo ceifaremos‖ (Gl 6.9).

b) Podemos aproveitar os nossos erros, aprendendo a ser mais eficiente nesta obra
gloriosa. O maior erro de todos é o de deixar de trabalhar por causa do receio.

c) Aquele que disse: ―Ide... ensinai‖, também disse: ―Eis, que Eu estou convosco
todos os dias‖. Confiemos na Sua presença para ter sabedoria e força para vencer.
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II. ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMAS 27


O ganhador de Almas, Spurgeon, nos apresenta uma lista de atributos, os quais
devem existir na vida do ganhador de almas.

1. Caráter santo (1Pe 1.15,16).

Se um homem for santo de verdade, ainda que tenha o mínimo de aptidão, será nas
mãos de Deus um instrumento mais apropriado do que outro que exibe tremendas
capacidades, mas não é obediente à vontade divina, nem puro e limpo diante do
Senhor Deus Todo-poderoso.

Quando o povo vê que não somente pregamos, sobre a santidade, mas que nós
mesmos somos santos sentir-se-á atraído para as coisas santas, tanto por nosso
caráter como por nossa pregação.
Somente depois de ser santificado é que o crente terá condições de pregar aos
outros (SI 51.7,10, 13; Is 52.11; Ef 4.1).

2. Humildade (Tg 4.6; Pv 11.2).

Deus detesta o orgulho, e sempre que vê gente altiva e poderosa, passa de largo;
mas toda vez que encontra o humilde de coração, deleita-se em exaltá-lo. O Senhor
tem prazer principalmente na humildade dos seus obreiros.
O crente jamais pode se esquecer de que é um dos discípulos do mestre que disse:
―Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração (Mt 11.29)‖.

Na questão de ganhar almas, a humildade nos faz sentir como não sendo nada nem
ninguém, e que, se Deus nos concede sucesso no trabalho, a Ele devemos atribuir
toda a glória, pois nenhum crédito nos pertence realmente.
A humildade é um dos principais requisitos para que a pessoa seja utilizável. Muitos
foram cortados do rol dos homens úteis porque se exaltaram em seu orgulho, e
assim caíram no laço do diabo.

3. Ter fé viva (Mt 21.21; Hb 11.6).

Se de fato queremos realizar um bom trabalho para o Senhor, então precisamos


crer. ―Se vocês não crerem, tampouco serão usados por Deus. Seja vos feito
segundo a vossa fé". Esta é uma das inalteráveis leis do Seu reino ―- afirmou
acertadamente Spurgeon‖.

4. Amor Ardente pelo Senhor (Mc 12.30).

Assim afirma Spurgeon: ―O Senhor Jesus Cristo chorou sobre Jerusalém (Lc 19.41),
e vocês também terão que chorar sobre os pecadores, se é que hão de ser salvos
por seu intermédio‖.
Consideremos:

(1) O amor no coração de Deus.


―Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna‖ (Jo 3.16).

(2) O amor no coração de Jesus.


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―E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, por¬que andavam desgarrados
28
e errantes como ovelhas que não têm pastor‖ (Mt 9.36). Vejamos:
- amor ao leproso (Mc 1.41);
- amor aos cegos (Mt 20.34);
- amor à viúva de Naim (Lc 7.13);
- amor a Jerusalém (Mt 23.37);
- amor às multidões (Mt 14.14; 15.32).

(3) O amor no coração dos apóstolos.


―E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor
Jesus, e em todos eles havia abundante graça‖ (At 4.33).

Vejamos:
- o amor de Paulo (At 20.23; 21.13; Rm 9.1-3; 10.1; 1Co 9.16-23).
- o amor de Pedro e João (At 3.1-8; 4.1,2,8,18-21).

4) O amor no coração dos diáconos.


―E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo‖ (At 8.5); ―E
apedrejaram a Estêvão, que em invoca¬ção dizia: Senhor Jesus, recebe o meu
espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes im-putes
este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu‖ (At 7.59,60).

(5) O amor no coração da Igreja.


―Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra‖ (At 8.4);
―E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão
cami¬nharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a
palavra senão somente aos judeus‖ (At 11.19).

5. Evidente amor pelos ouvintes (Mc 12.31).

―Não posso imaginar um homem como conquistador de almas, se passa grande


parte do tempo a maltratar os irmãos da igreja, e a expressar-se como se o simples
olhar para eles lhe fosse aborrecível‖.
É preciso que tenha real interesse pelo bem-estar das pessoas, se deseja exercer
influência sobre elas.

É preciso amar as pessoas e relacionar-se como elas, se é que se pretende ser-lhes


de alguma utilidade.

Mantenham-se livres de todos os pecados e vícios, mas liguem-se aos seus


semelhantes em perfeito amor e solidariedade, dispostos a fazer tudo que possam
para levá-los a Cristo, de modo que lhes seja possível dizer com o apóstolo Paulo:
"... sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-
me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus: para os que estão debaixo
da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei,
Para os que estão sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei
de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para
ganhar os fracos, Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar
alguns" (l Coríntios 9:19-22).
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6. Ter conhecimento da palavra de Deus.


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―Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade‖ (2Tm 2.15); ―Então, Filipe,
abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus‖ (At 8.35).
O conhecimento da Palavra de Deus é um dos requisitos importantes do ganhador
de almas. Ele deve ser instruído na Palavra (1Tm 4.6), saber as Sagradas Escrituras
(2Tm 3.16) e guardá-las no coração (SI 119.11).

O conhecimento nos torna forte, pois nos capacita a utilizar no tempo certo a espada
do Espírito, que é a Palavra de Deus (Ef 6.17), de modo que possamos vencer os
ataques de Satanás (Mt 4.1-11). Esse conhecimento nos traz recreação (Sl 119.16-
17), alegria (Sl 119.111), renova o nosso coração (Sl 119.107,149) e nos desperta
para louvarmos ao Senhor (SI 119.7).
Devemos conhecer toda a Bíblia, pois ―Toda Escritura... é proveitosa...‖ (2Tm 3.16),
e tudo que foi escrito o foi para nosso ensino (Rm 15.4).

Quando o crente tiver esse conhecimento, será ―... poderoso nas Escrituras‖ (At
18.24) e também na sua missão de ganhar almas (2Tm 4.2). Então, como
consequência, os resultados serão os mais extraordinários (Is 55.11; Hb 4.12), pois
os pecadores não poderão resistir ao poder da Palavra (At 6.10). Somente quando
possuir conhecimento da Palavra é que o ganhador de almas poderá levá-las a
Jesus, ―... mostrando pelas Escrituras que [Ele é] o Cristo‖ (At 18.28).

7. Ser irrepreensível para não ficar reprovado.

―Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros,
eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado‖ (1Co 9.27). ―Como fonte
turva e manancial corrupto, assim é o justo que cai diante do ímpio‖ (Pv 25.26).
Portanto, ―... purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor‖ (Is 52.11).

8. Ser crente de oração.

O ensino da Bíblia é que o crente deve ―orar sempre e nunca desfalecer‖ (Lc 18.1).
Jesus nos mandou orar e vigiar (Mt 26.41), e Ele mesmo também nos deu o
exemplo para permanecermos em oração, pois orando:
- foi cheio do Espírito Santo (Lc 3.21,22);
- foi transfigurado (Lc 9.28-35);
- recebeu virtude para fazer sinais e milagres (Lc 5.15-17; 6.12-19);
- seu ministério foi confirmado (Mt 14.19,20; Jo 11.4,40-44).
Os homens de Deus no Antigo Testamento viviam em oração:
-Abraão (Gn 12.7,8; 13.18);
- Moisés (Êx 8.12; 9.29,33; 14.15);
-Elias (Tg 5.17,18);
-Daniel (Dn 2.17-23; 6.10; 9.1-4).

Do mesmo modo, os homens de Deus no Novo Testamento estavam sempre em


oração: Estêvão (At 7.59,60), Pedro (At 10.9) e Paulo (Fp 1.4; 1Ts 1.2; 2Tm 1.3).
As igrejas também viviam em oração (At 1.14; 4.24-31; 12.5).

Quando o ganhador de almas vive uma vida de oração, o seu trabalho tem êxito.
Paulo orava pelas almas (Rm 10.1). Quando oramos pelas almas, elas vêm ao
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nosso encontro, seus corações ficam atentos às palavras que lhes anunciamos e
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são salvas (At 16.13-15).

Quando oramos, Deus nos dá uma visão das almas que precisam ser evangelizadas
(At 10.9-20; 16.9). Orando, podemos interceder pelas almas perdidas (Gn 18.23¬33)
e, como resultado, algumas serão salvas pelo Senhor (Gn 19.29). ―Orai sem cessar‖
(1Ts 5.17).

III. RECOMPENÇA PARA OS GANHADORES DE ALMAS

Neste ponto, veremos as razões pelas quais Deus recompensará os ganhadores de


almas para Cristo.
―Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na
obra do Senhor, pois o vosso trabalho não é vão no Senhor‖ (1Co 15.58).

1. Razões pelas quais Deus recompensará o ganhador de almas.

a) Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6), principalmente dos que
intercedem pelas almas (Rm 10.1).

b) Ele não é injusto para se esquecer das nossas obras (Hb 6.10).
Deus contempla todos os moradores da terra e todas as suas obras (SI 33.13-15), e
tudo é registrado nos céus (Ap 20.12).

c) Ele prometeu recompensar (SI 62.12).

Deus infalivelmente cumprirá sua promessa, pois é fiel (Hb 10.23) e ―não é homem,
para que minta; nem filho de ho¬mem, para que se arrependa‖ (Nm 23.19). Graças a
Deus, pois Ele vela pelas suas palavras para as cumprir (Jr 1.12).

d) O nosso trabalho não é vão.


―Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na
obra do Senhor, pois o vosso trabalho não é vão no Senhor‖ (1Co 15.58).

IV. O CORAÇÃO DE UM VERDADEIRO GANHADOR DE ALMAS

As palavras dos maiores, na história da Igreja de Cristo, revelam como o coração os


abrasava com o desejo de ganhar almas. Vamos citar algumas expressões:

1. João Bunyan, disse: ―Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do
meu trabalho‖.

2. Assim dizia Mateus Henry: ―Sinto maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do
que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo‖.

3. D. L. Moody: ―Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer alvo e em qualquer


maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me
com a Tua graça‖.

4. Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionário, dizia:
―Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus‖.
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5. João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de Fidji, no leito de morte,
orava: ―Senhor, salva Fidji, salva Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia
de Fidji, salva Fidji!‖

6. João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: ―Ó Senhor, manda-me


para o lugar mais escuro da terra!‖.

7. Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: ―Ó Deus, dá-me almas ou


morrerei!‖.

8. Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu
espírito já tivesse voado, ele se levantou na cama, e clamou: ―Ó Senhor, salva
pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!‖, e findou a sua obra na
terra. O desejo ardente da sua vida dominava-o até a morte.

9. Davi Brainerd falava: ―Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os
confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe
de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me mesmo para a morte, se for
no Teu serviço e para o progresso do Teu reino‖.
Ele escreveu: ―Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para
ganhar cada alma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascer do
sol até anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, oh! Meu
querido Senhor suou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter
mais compaixão‖.

10. Brainerd podia dizer de si: ―Não me importava o lugar ou a maneira que tivesse
de morar, nem por qual sofrimento tivesse de passar, contanto que pudesse ganhar
almas para Cristo. Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a
primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não tinha outro desejo a
não ser a conversão dos perdidos‖.

11. Encontrava-se João Welsh, nas noites mais frias prostrado no chão, chorando e
lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse
a razão de sua ânsia, respondia: ―Tenho que dar conta de três mil almas e não sei
como estão‖.

Agora tomo de empréstimo as palavras de Orlando Boyer para me dirigir ao caro


leitor. Já ganhaste uma alma para Cristo? Já experimentaste? Conheces alguém
atualmente na glória, com Cristo, levado por ti a Ele? Ou conheces alguém que está
no caminho para o céu, porque o informaste do Salvador?
Pode haver um presente tão precioso ou aceitável ao Mestre, como uma alma ganha
para Ele, durante um ano?

V. O PAPEL DA TRINDADE NA EVANGELIZAÇÃO.

1. O papel de Deus na evangelização.

Deus é o que muda a vida de uma pessoa através da experiência do novo


nascimento. Você pode dar testemunho, pode pregar, e pode ensinar o Evangelho
com o melhor de sua habilidade, mas só Deus pode converter uma alma.
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Você simplesmente é a mensageiro, um instrumento humano para o obreiro divino.
É impossível para você converter a alguém.
A experiência do novo nascimento se concebe e é iniciada por Deus. Quando uma
pessoa nasce de novo, ela ―é nascida de Deus‖ (1 João 5.1).

2. O papel de Jesus na evangelização.

Jesus é o que deu o mandato de evangelização e enviou ao Espírito Santo para


equipá-lo para a tarefa. Ele é o que trabalha com você com sinais e maravilhas
(Marcos 16.20).

3. O papel do Espírito Santo na evangelização.


Convencer o pecador do pecado, da justiça e do juízo (João16. 8).

4. O nosso papel na evangelização.

O nosso dever é ir anunciar as boas novas (Mc 16.15). Portanto precisamos está
preparados.

CONCLUSÃO

Quantas almas, levamos a Cristo este ano? O nosso procedimento diante de Deus e
dos homens, demonstram que temos os atributos de um ganhador de Almas?
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Capítulo 5 33

A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS


ESTRATÉGIAS
A evangelização urbana é um grande desafio para a igreja e requer estratégias a fim
de se alcançar o maior número de pessoas possível.

I. ESTRATÉGIAS PARA A EVNGELIZAÇÃO URBANA


No livro ―O desafio da Evangelização‖, o pastor Claudionor nós apresenta algumas
estratégias, dentre as quais destaco as seguintes.
1. Preparo em relação à cidade que você deseja evangelizar.
Este prepara consiste inicialmente com dois grandes passos:
Oração e estudo detalhado. Ore e estude detalhadamente a região que você quer
alcançar.
Na atualidade os evangelistas tem a sua disposição a internet para pesquisar o
estado e a cidade que bem desejar. Este recuso Daniel Berg e Gunnar Vingren (Os
fundadores da Assembleia de Deus), não tinha em sua época. Conta-se que quando
receberam a revelação divina de vir à cidade de Belém do Pará, tiveram que
procurarem na biblioteca de então onde ficava o Belém do Pará.
2. Escolher pontos estratégicos para iniciar a evangelização.
Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas,
praças, terminais de ônibus, trens e metros para o evangelismo pessoal. Se
possível, também faça uso de outdoors, programas de rádio e serviço de som para
anunciar a Cristo.
3. Seja oportunista como certos eventos a ser realizados na cidade que você
deseja evangelizar.
A Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e culturais
para divulgar o Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com falantes de
outros idiomas para apresentar o Evangelho aos representantes de outras nações.

II. PASSOS A SER DADOS PARA EVANGELIZAR UMA CIDADE


Existe um fluxo migratório incontrolável de pessoas que deixam a vida rural em
busca de melhores oportunidades nas grandes cidades.
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Sem prescindir da evangelização nos meios rurais, é um fato notório em nossos


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tempos que a vida urbana é uma realidade que desafia e exige da igreja uma pronta
e veemente atitude para alcançá-la.
Depois de se ter em mente as nossas três estratégias, a cima citadas, precisamos
darmos alguns passos para colocarmos em prática a evangelização.
1. Oração e jejum em favor da cidade que se quer alcançar.
2. Estabelecer metas em relação à cidade que se quer alcançar.
3. Curso básico de evangelismo pessoal preparando as pessoas para apresentar o
plano da salvação.
4. Mapear as áreas da cidade, ruas, becos, vielas que se quer alcançar.
5. Providenciar material evangelístico (folhetos, Bíblias, revistas).
6. Distribuir as equipes por faixa etária que se pretende alcançar (crianças, jovens,
adultos, idosos).
7. Atrações especiais (louvor, encenação, etc.)

III. ESTRATÉGIAS DE PAULO NA EVANGELIZAÇÃO


O apóstolo Paulo se utilizou de inúmeros meios para alcançar as pessoas para
Cristo e com elas surgiram às igrejas. Portanto, destacamos aqui quatro estratégias
paulinas no sentido de alcançar vidas para Cristo.
1- Nas casas.
Paulo fundou igrejas não somente usando as sinagogas e através de campanhas
evangelísticas. Ele usou muitas outras estratégias. Em Corinto, começou por uma
sinagoga (At 18.4), em seguida encontrou abrigo na casa de Tito Justo, e depois
teve o apoio de Crispo, líder da sinagoga, que logo se converteu (At18. 7,8). Da
mesma forma, fundou a igreja de Filipos, na casa de uma empresária de nome Lídia
(At 16.14,15), e em Éfeso, começando por uma sinagoga (At 18.19), continuou nas
casas (At 20.20). Até hoje, a maioria das igrejas nasce nas casas dos crentes. Essa
estratégia continua a ser usada em nossos dias.
2- Nas praças.
A pregação nas ruas e praças tem dado origem a muitas igrejas locais. Há muitas
localidades onde esse trabalho não é permitido; em outros lugares não dá resultado.
O apóstolo Paulo usou essa estratégia em Atenas (At 17.17). Esse método foi, no
princípio, usado por nossos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren. Em muitos
lugares, continua surtindo resultados. O modelo é bíblico; cabe a cada um ter o
necessário discernimento para aplicá-lo na hora e na localidade adequadas. As
praças de sua cidade podem ser uma terra fértil para semear a semente.
3- Nos centros acadêmicos.
A igreja de Atenas nasceu de um trabalho do apóstolo Paulo entre os acadêmicos
(At 17.19, 22 34). O Senhor Jesus tem muitas testemunhas entre os universitários,
professores e eruditos de todo o mundo. Muitos destes organizam trabalhos
programados para alcançar os seus pares para Jesus. Muitos conseguem espaço
físico na própria instituição de ensino para reuniões, além de cultos em ação de
graças em eventos como formaturas. Ë um trabalho promissor, e tem suas bases na
Bíblia.
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4. Os grandes centros urbanos.


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O apóstolo procurava os grandes centros urbanos fundando neles igrejas. Ele
passou por inúmeras cidades em suas viagens, mas sua meta era alcançar as de
maior porte. Depois, as igrejas das grandes cidades encarregam-se de evangelizar
as cidades menores vizinhas. Éfeso era o centro das sete igrejas da Ásia; Paulo,
portanto, foi o fundador delas através da cidade de Éfeso.

IV. O PREPARO PARA O EVANGELISMO


1. A primeira parte do preparo para o evangelismo.
Oração, jejuns, leitura e meditação na Palavra de Deus é a primeira parte de nosso
preparo antes de saí pelas ruas para evangelizar.
a) Oração.
Muitos crentes vão para o evangelismo despreparados, às vezes sem orar durante
dias, como podem querer ter sucesso na pesca de almas desta maneira?
A oração é essencial, indispensável na vida do crente, é a respiração espiritual da
alma, sem a qual, esta morrera‘. Geralmente uma reunião de evangelismo em
nossas igrejas se da‘ da seguinte maneira:
O líder de evangelismo, que no caso pode ser o pastor (muito difícil hoje em dia) ou
um simples membro, reúne o pessoal na igreja. Uns chegam desanimados, outros
com medo, uns afoitos para que comece e acabe logo, pois tem outras coisas mais
importantes para fazer, como por exemplo, namorar.
Alguns reclamam, mas finalmente saem apos repartirem os folhetos, sem nenhuma
explicação ou treinamento e o pior de tudo, sem oração. Na do evangelismo jogam
os folhetos nos quintais, nos correios como se fossem panfletos políticos, sabendo
que irão ser molhados ou rasgados por algum cão travesso, gastando assim dinheiro
e tempo! Na rua enquanto evangelizam, conversam sobre tudo: futebol, o ultimo
filme que assistiram, a namorada, riem, brincam a vontade, e tudo isso na frente de
incrédulos. Não ha‘ oração, antes, durante e muito menos depois do evangelismo.
É lastimável! Você acha que tal evangelismo teria sucesso? Não? Mas é justamente
essa a realidade hoje da maioria das igrejas (As que ainda fazem evangelismo!).
Precisamos orar e buscar o poder de Deus a todo tempo. Não devemos contentar
apenas com o batismo com o Espírito Santo, mas procurarmos ser cheios todos os
dias como faziam os crentes primitivos Atos 16.13.
Até mesmo Jesus precisava ser cheio, pois orava continuamente Lucas 5.16; 6.12.
Quanto mais tempo gastamos com o Senhor em oração, mais direção nosso espírito
recebera‘ para as coisas do cotidiano Lucas 10.41,42.
b) Faça jejuns.
Marcos 9.29: E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser
com oração e jejum.
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Mateus 17.21: Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e
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pelo jejum.

c) Leitura e Meditação na Palavra de Deus (Sl1. 2).


1) A palavra de Deus e alimento (Mc. 4.4);
2) É a palavra que penetra no íntimo do ser humano (Hb 4.12);
3) A Palavra de Deus é o nosso manual de Ensino (2Tm 3.16).
Leia e medite, faças suas anotações tenha em mãos um dicionário bíblico, uma
concordância bíblica e uma boa bíblia de estudo. Ex. de bíblias de estudos:
- Bíblia de Estudo Apologética;
- Bíblia de Estudo Pentecostal;
- Bíblia de Estudo Dake.
- Bíblia do Pescador - CPAD
2. A segunda parte do preparo para o evangelismo.
Esta parte se refere a sua aparência. Vejamos algumas dicas para os homens e
para as mulheres.
Como vai sua aparência?
Você já parou para analisar como os mórmons se apresentam diante das pessoas?
Pessoalmente nunca vi um mórmon com o cabelo despenteado ou com tênis e
calcas Jeans sair para evangelizar. E as testemunhas de Jeová? Fazem questão de
se apresentarem bem vestidas! Sabe por quê? Por que as seitas sabem que a
primeira impressão é a que fica. Por que nos servos de Deus temos que ser
diferentes?
a) Homens: Barba feita, se possível roupa social, camisa por dentro das calcas,
unhas cortadas, higiene bucal bem feita (pois no evangelismo pessoal você
terá‘ que conversar cara-a-cara com a pessoa a ser evangelizada, creio que
ninguém ira‘ gostar de conversar com alguém que solta bafo de cebola em
seu rosto ou lhe mostre restos de alimento em seus dentes) sapatos limpos,
camisa com os botões fechados, não chupar balas ou chicletes quando
estiver conversando etc...

b) Mulheres: Cabelo preso, higiene feita (Não evangelizar de calças compridas,


você já notou as mulheres testemunhas de Jeová?). Nenhuma usa calça
comprida ao sair para evangelizar ou como dizem: ―sair ao campo‖. Não fica
bem! Esteja limpo e com boa aparência.
3. A terceira parte do preparo para o evangelismo.
Nesta parte falaremos de nossas ferramentas básicas para sairmos para
evangelizar. Nesta terceira parte vamos tratar de duas formas de evangelismo. O
evangelismo de distribuição de folhetos e o evangelismo pessoal, aquele feito em
porta em porta.
Essas ferramentas para o evangelismo de folhetos são:
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1) Tenha em mãos uma bíblia em bom estado de conservação;


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2) Tenha em mãos o material para fazer o evangelismo.

Observações:
Este material pode ser folhetos com mensagens bíblicas e Livretos entre outros.

Os folhetos:
Uma das ferramentas que menos damos importância são os folhetos. A literatura
impressa é uma arma poderosa no evangelismo pessoal. Poderá‘ ser que alguém
queira discutir com você, mas com um folheto ninguém discutira‘. Entretanto
precisamos tomar alguns cuidados com os folhetos.
a) Ao sair para o evangelismo não amasse os folhetos, se possível ponha-o em uma
pasta onde eles poderão ficar sempre no estado em que você os comprou. Ninguém
gosta de ler um folheto todo amassado. É horrível!
b) Não deixe-os ficar molhados com o suor de suas mãos, sempre entregue-os em
perfeito estado ao pecador.
c) Prefira folhetos coloridos, que chamam a atenção. Às vezes é preferível pagar um
pouco mais em um folheto atraente, do que em um outro, mais barato, que ninguém
ira‘ se interessar.
d) Entregue o folheto apropriado à pessoa certa. Por exemplo: a um jovem não
entregue um folheto que serviria para uma criança e vice-versa.
Os folhetos são como remédios, para cada tipo de enfermidade, um tipo de
medicamento. Assim também são os folhetos. Para um doente um folheto que fale
sobre cura, a uma pessoa aflita, um folheto que fale sobre esperança. O evangelista
pessoal deve sempre ter em mãos vários tipos de folhetos (Eu, por exemplo, possuo
uma coleção com vários títulos, desta maneira posso sempre saber qual vou usar
em cada ocasião).
e) Leia sempre a mensagem de todos eles, você precisa saber do que se trata para
falar ao pecador. Você precisa conhecer a sua ferramenta de trabalho.
f) O folheto deve sempre ter atrás, o carimbo da igreja com o endereço e dias de
culto de modo legível.
COMO ENTREGAR UM FOLHETO?
a) Entregue o folheto sempre sorrindo.
Um evangelista nunca ira‘ conquistar uma alma oferecendo-lhe um folheto com a
cara fechada ou sem mesmo olhar na pessoa! Portanto, seja jovial.
b) Entregue o folheto debaixo de oração.
Ora antes, durante e depois de entregá-lo. Os demônios fazem de tudo para
atrapalhar a obra de evangelização.
c) Não force ninguém a pegar o folheto.
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Quando a pessoa rejeitar não tente forçá-la, isso só‘ piora a situação, mesmo por
38
que, a pessoa esta no direito dela de rejeitá-lo. Nesse ínterim agradeça de modo
gentil e não a ameace com versículos bíblicos ou coisas do gênero.
Essas ferramentas para o evangelismo pessoal:
1) Tenha em mãos uma bíblia em bom estado de conservação.
Obs.: As melhores bíblias de estudo para este tipo de evangelismo são:
a) Bíblia de Estudo Apologética;
b) Bíblia de Estudo de Defesa da Fé.
c) Bíblia do Pescador - CPAD
2) Tenha em mãos o material para fazer o evangelismo.
3) Leia e estude o seu material de evangelismo.
4) Use uma pasta para carregar o seu material.
Observações:
Este material pode ser folhetos com mensagens bíblicas e Livretos entre outros.
Esta modalidade de evangelismo requer de nós maiores preparo. Nesta modalidade
vamos encontrar muitos tipos de questionamentos. Além de precisarmos de um bom
preparo bíblico, precisamos usar algumas táticas de abordagens. Precisamos
abordar as pessoas da melhor maneira possível.
4. Táticas de abordagens na evangelização.
A abordagem se refere Maneira de se aproximar das pessoas para fazermos o
evangelismo pessoa. Aprendermos o que fazer e o que não fazer nesta modalidade
de evangelismo.
Ao chegar a uma casa:
1) Cumprimente a(s) pessoa (s) desta casa;
2) Se identifique. Falar o seu nome e pergunte o nome da pessoa a ser
evangelizada;
3) Fale o nome de sua igreja;
4) Fala qual é o seu objetivo. Ex. Nós estamos aqui para lhe falar um assunto da
Palavra de Deus (Peça para a pessoa te dar alguns minutos). Seja objetivo e breve.
5) Se a pessoa aceitar te ouvir, então apresente para ela a mensagem e preste
atenção em seus pergunta – Esteja pronto para responder;
6) Após apresentar a mensagem pergunte se os ouvintes deseja tomar algumas
atitudes:

1° Crer em Jesus com seu Senhor e Salvador;


2° Confessar com sua própria boca que recebe Jesus com Senhor (Rm 10.10; Jo
1.12);
3° Se comprometer a obedecer a Palavra de Cristo (Mt 7.24 – 27);
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7) Independente de a pessoa receber ou não a Cristo. Convide-a para visitar a sua


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igreja e der para ela um folheto com o endereço de sua igreja.
Atenção.
Quando você chegar a uma casa, onde a pessoa que te recebeu já for evangélica,
agradeça a ele a atenção e vá para a próxima casa. Porém se esta pessoa solicitar
uma oração então ore.

Coisas que você deve ser:


A) Seja gentil e firme nas palavras;
B) Seja confiante e positivo;
C) Seja claro e objetivo;
D) Responda as perguntas com muito cuidado.
E) Ore pela pessoa quando for possível.

Coisas que você não deve fazer:


1) Não ser grosseiro ou chato;
2) Não force a sua entrada na casa;
3) Não reaja com ofensas se for ofendido;

5. Formando uma equipe de evangelização.


O líder ao formar a sua equipe deve tem uma ficha contendo os dados básicos dos
participantes. Uma equipe organizada tem os dados de seus participantes para um
eventual contato.
Para o evangelismo de distribuição de folheto – Quanto maior o número de pessoas
maior o número de folhetos serão distribuídos.
Para o evangelismo pessoal- O ideal e saí em duas em duas pessoas.
Tenha um formulário para colher os seguintes dados:
1) Data que fez o evangelismo;
2) Numero de pessoas na equipe;
3) Número de Folheto distribuído;
4) Endereço onde foi distribuídos os folhetos;
5) Se houver salvação de almas, anotar nome e endereço da pessoa;
6) Anotações grais.
Lembrando que essas são apenas algumas dicas, a liderança do grupo pode criar
um formulário de açodo com as necessidades do momento.

DEPOIS DO EVANGELISMO - DISCIPULADO


O nosso alvo além de evangelizar é discipular.
Discipular é ensinar a pessoa a ser discípulo de Cristo. É ensinar a obedecer à
vontade de Cristo (Mt28. 19,20). Depois de ganhar almas, não às deixe a mercê da
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sorte, mas crie para elas um departamento de discipulado dentro da igreja. Para
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esta tarefe é preferível pessoas que conheçam bem a Bíblia e que seja sábia no
tratamento com tais indivíduos.
O termo discípulo aparece no Novo Testamento mais de 250 vezes. Hoje em dia
usamos termos como:
● Convertido: alguém que mudou de direção houve transformação;
● Salvo: o que foi liberto da culpa e condenação do pecado;
● Crente: aquele que crê (Atos 16.1; 5.14);
● Cristão: seguidor de Cristo, igual a Cristo (Atos 11.26; 26.28; 1 Pedro 4.16);
● Evangélico: não aparece na Bíblia (em Filipenses 1.27 lemos ―fé do evangelho‖)

Todos os termos se referem à mesma pessoa. Os seguidores de Jesus eram


conhecidos como discípulos; não somente os doze (Lucas 6.13), ou os setenta
(Lucas 10.1-23), mas todos aqueles que reconheceram a Jesus como Senhor
(Mateus 27.57; João 9.27,28; Atos 6.1 e 2).
Compromisso de quem vai discipular:
1. Ouvir;
2. Interceder;
3. Ensinar.

CONCLUSÃO
Vimos de forma clara algumas estratégias, e os passos a serem dados por quem
deseja evangelizar uma cidade. Ficaram claro quais atitudes devem ser tomadas por
parte do ganhador de almas em relação o seu preparo pessoal.
Esta lição 5, ferramenta de grande relevância para toda igreja evangelizadora.
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Capítulo 6 41

A EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS


DESAFIADORES

Existem muitos grupos os quais de fato são desafiadores para uma igreja
evangelizadora. Por exemplo, os homossexuais, os criminosos, os viciados e as
prostitutas. Dentre esses grupos quero discorrer um pouco sobre as prostitutas. Em
seguida, falaremos sobre os homossexuais à luz da Bíblia. Além de abordarmos
como se deve evangelizar um Judeu.

I.O EVANGELHO ÀS PROSTITUTAS.


Jesus pessoalmente evangelizou prostitutas. Isto fica provado em duas conhecidas
passagens da Bíblia Sagrada. E serve de ensinamento no sentido de que não
podemos ser seletivos ao anunciar o evangelho. As prostitutas também precisam de
salvação.
1. Jesus evangeliza a mulher samaritana (Jo 4.1- 420).
Uma mulher se aproxima, saindo da vila, para encher o seu cântaro. É estranho que
escolha este horário. Buscar água é uma tarefa que as mulheres realizam no fresco
da manhã ou à noite.
Uma mulher normalmente não se deslocaria os oitocentos metros que separavam o
poço da vila, carregando um pesado vaso com água, na parte mais quente do dia.
Além disso, nesta hora, ela vai perder a chance de se encontrar com as outras
mulheres da vila, que gostam de demorar no poço, bisbilhotando enquanto enchem
seus vasos. Ou será que ela quer evitar a presença das outras mulheres?
Há uma razão para se envergonhar das outras: É prostituta. Sua situação é
conhecida em toda a cidade, e as pessoas respeitáveis não se aproximam dela.
a) Jesus faz a abordagem (Jo 4.7).
"Dá-me de beber". Numa frase as palavras de Jesus quebram a tensão. É que
maneira simples de começar a conversa.
Ele estava com sede e a mulher tinha água para lhe oferecer. Se não tivesse falado
primeiro, provavelmente a mulher teria receio de se dirigir a Ele. E, pedindo algo a
ela, Ele a fez sentir-se importante.
A mulher se assusta com este judeu lhe pedindo um favor. Aproveitando a
oportunidade e o contexto da situação para explicar-lhe a sua missão, Jesus fala à
mulher da água viva, que lhe pode dar. Com efeito, Jesus tornou atraente o que
tinha a oferecer.
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Jesus compara a água viva com a água deste mundo, que não pode matar a sede
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para sempre. Quem beber a água do mundo voltará a ter sede (o tempo em que a
palavra é usada dá a entender uma sede sem fim, que alcança a eternidade ou o
inferno). Mas quem beber da água que Ele oferece, nunca mais terá sede. A sua
água se transformará em "uma fonte que salta para a vida eterna".
2. Jesus perdoa uma pecadora na casa de Simão (Lc 36 – 50).
Ela é chamada por alguns diferentes adjetivos, de acordo com a versão bíblica que
se ler. Por exemplo.
1) ACF: Uma pecadora (Lc 7.37)
2) BFL: Mulher de má fama (Lc 7.37)
3) BM: Prostituta (Lc 7.37).
No texto em questão a mulher é identificada como uma 'pecadora' [hamartôlos].
Há quem pense que esta mulher era de fato uma ―prostituta‖, como é o caso da nota
de roda pé da Bíblia de Estudo NVI, e também de alguns livros da CPAD. Entretanto
o termo grego para prostituta é ― porné‖ .
Os termos gregos bíblicos para prostituição, prostituta e prostituto.
- Porneia: Prostituição
- Porneuô: Agir como prostituta
- Porné: Uma prostituta
- Pornos: Prostituto (Bíblia de Estudo Palavra Chave).

De acordo como a Bíblia Dake (CPAD/ATOS), não podemos provar que a mulher em
questão era uma prostituta só porque era uma pecadora. Para os judeus, uma
refeição era um convite de alto valor social, representava um selo de amizade e
reconhecimento entre os convidados.
Como as mesas eram baixas, e ao redor havia uma série de divãs e almofadas, os
convidados se reclinavam sobre eles, com os pés pra trás, a fim de degustarem as
iguarias que eram trazidas por escravos ou empregados. Estes, além de servirem à
mesa, cuidavam da recepção aos convivas, que incluía ungir com óleos e perfumes,
lavar e enxugar os pés, especialmente dos mestres da Torá (Lei).
Alguns senhores ou patrões dispensavam seus criados da cerimônia de recepção e
a realizavam eles próprios, numa atitude de elevada estima e consideração por seus
amigos. Assim, a sala de refeição ficava, em geral, repleta de pessoas; umas
comendo e descansando, outras, entrando e saindo para servir aos comensais.
É neste contexto que uma mulher, desejosa de abandonar sua vida de prostituição e
encontrar a paz (Jo 8.11), entra na sala em busca do Senhor, trazendo o melhor que
possuía: amor no coração, fé no Filho de Deus, arrependimento, desejo de mudar e
adoração (um frasco caríssimo de óleos aromáticos).
Jesus estava reclinado, com os pés estendidos e distantes da mesa central. A
mulher, não querendo se interpor entre Jesus e o fariseu anfitrião, preferiu,
humildemente, ungir os pés de Jesus à sua maneira, mas com especial e genuína
devoção.
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O frasco era feito de alabastro (uma rocha branca e fácil de moldar). Uma garrafa
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globular, com gargalo comprido, contendo unguento (óleo) perfumado, cujo valor
correspondia à cerca de 300 dias de trabalho braçal.
O frasco (vaso) precisava ter seu gargalo quebrado, e usava-se todo o conteúdo
numa única aplicação. Ato semelhante foi realizado por Maria de Betânia, poucos
dias antes da crucificação (Jo 12.3).
a) O perdão de Jesus à Pecadora (Lc 7.48,50).
O ato de humildade e amor desta mulher mostra que ela tinha sido perdoada. Jesus
não ignorou os seus pecados. Na verdade, Ele sabia que esta mulher era pecadora
(Lc 7.39), e sabia que os seus pecados eram muitos. Mas o fato de que os seus
muitos pecados fossem perdoados provocou nela um transbordamento de muito
amor por Jesus. Não foi o amor da mulher que lhe trouxe o perdão, porque ninguém
consegue conquistar o perdão como um pagamento ou recompensa.
A sua fé em Jesus, apesar dos muitos pecados que ela já havia cometido, é que a
salvou (7.50). Em contraste, as pessoas fanáticas, como Simão, sentem que não
têm pecados que necessitem de perdão, portanto elas têm também pouco amor
para mostrar por isto.

II. ESTRATÉGIA PARA SE EVANGELIZAR POSTITUTAS


1. As estratégias de Jesus para evangelizar as prostitutas.
a) Jesus se dirige à prostituta. Ou seja, Ele não fica esperando que a prostituta tome
a iniciativa.
b) Jesus aproveita a oportunidade e o contexto da situação para explicar-lhe a sua
missão.
c) Jesus inicia a conversa com o objetivo de apresentar sua mensagem.
d) Ao evangelizar uma prostituta, Jesus jamais falar de detalhes sexuais da
prostituta. Devemos seguir este exemplo de Jesus, pois o nosso foco é apresentar a
uma prostituta o evangelho, e jamais querer entrar em detalhes da vida sexuais
alheia.
e) Ao iniciar a conversa com a prostituta, Jesus é quem está no controle do assunto.
Ele não se deixa distrair de seu foco.
f) Jesus não entra em detalhes sórdidos, mas o que Ele diz é suficiente para
despertar a consciência da mulher.
g) Há determinadas situações que devem ser consideradas quando lidamos com
pessoas do sexo oposto. Jesus não se mostrava embaraçado quando falava com
mulheres, mas não demonstrava excesso de intimidade. Quando estava sozinho
com elas, o que era muito raro, o fazia em circunstâncias que não davam chance
aos bisbilhoteiros.

2. Dicas para a evangelização das prostitutas.


a) Ouvir as pessoas é sempre um meio de angariar sua afeição.
E é também uma maneira de descobrir o que vai na sua mente. Aqui está o grande
segredo do aconselhamento. Ao abordar uma prostituta esteja pronto para falar, mas
também a escute.
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b) Preste atenção nas boas qualidades das pessoas, como sua generosidade e
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honestidade. Isto faz com que elas respeitem a mensagem que você transmite. Além
disso, todas as pessoas possuem alguma qualidade a ser apreciada.
c) Ao conversar com alguém é sempre bom preparar-se para dar respostas.
Planeje com antecedência o que vai responder. Seja o que for que a pessoa diga,
esteja preparado com outra pergunta, a fim de dar prosseguimento à conversação.
d) Assuntos paralelos devem ser evitados.
Quando eles surgem na conversação, devem ser tratados com polidez, mas não
devem substituir o tema principal. Deve-se voltar ao que interessa o mais depressa
possível.

III. O HOMOSSEXUALISMO
―Temos um conceito firmado que ninguém nasce homossexual. É uma questão
comportamental. Um macho homossexual e um macho heterossexual têm a mesma
ordem cromossômica‖.
―Não existe uma raça homossexual. É homem ou mulher por determinação genética,
e homossexual por imposição ou preferência‖.
A prática da homossexualidade é um comportamento adquirido, seja pela influência
do meio, seja pela decisão íntima e individual.
1. A bíblia e o homossexualismo.
a) Definições de o homossexualismo.
1. Prática de atos sexuais entre indivíduos do mesmo sexo. = HOMOSSEXUALIDADE
(Dicionário Priberam).
2. Termo em desuso que costumava definir a relação afetiva e amorosa entre
pessoas de mesmo sexo como uma doença (através do sufixo "ismo"). Hoje em dia
o termo usado é homoafetividade ou Homossexualidade.
3. Práticas de atos sensuais entre indivíduos do mesmo sexo.
4. É a ideologia que defende ou difunde, mundo afora, a prática homossexual como
prática normal e prega por direitos para os homossexuais. O sufixo ISMO indica
ideologia.
b) Definições de homossexual.
1. Que pratica o homossexualismo.
2. Relacionamento sexual realizado por indivíduos do mesmo gênero.
Para a tristeza da minoria (o homossexualismo), e alegria daqueles que amam a
DUES, há muitas passagens na Bíblia Sagrada que fazem menção do
homossexualismo e todas condenado ou mostrando tal prática como algo
degradante e abominável.
CONFIRA EM SUA BÍBLIA:
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1. Gênesis 19.1-11;
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2. Levítico 18.22;
3. Levítico 20.13;
4. Deuteronômio 23.17;
5. Juízes 19.22;
6. Romanos 1.25-27;
7. 1Coríntios 6.9,10;
8. 1Timóteo 1.9,10.
Uma vez que a BÍBLIA condena o homossexualismo, nós podemos e devemos
reprovar também tal prática.

2. Como Deus vê o homossexualismo.


O homossexualismo é visto por DEUS como:
1. Impureza sensual;
2. Relação contrária á natureza;
3. Atos indecentes (Rm 1.24,26. 27. NVI).
4. Contaminação da carne (Judas 8);
5. Árvore murcha, infrutífera (Judas 12);
Abominação (Lv 18.22); [Abominação - Ato que causa revolta - Aquilo que devia ser
rejeitado por ser impuro, reprovável, nojento e maldito].
6. Envolvimento em paixões infames (Rm 1.26).

4. Amando e ganhado os homossexuais para cristo.


O verdadeiro cristão não pratica e não aceitas as práticas de crime e violência contra
gays, lésbicas, travestis e transexuais.
O segundo maior mandamento da bíblia diz:
―E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não
há outro mandamento maior do que estes (Marcos 12.31)‖.
―O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor
(Romanos 13. 10)‖.
Quem comete crimes e violências contra homossexuais, está desobedecendo ao
segundo maior mandamento bíblico.
Quem pratica algum tipo de violência contra homossexuais, está no mínimo
exteriorizando o ódio que carrega dentro de si. Quando amamos e não odiamos
jamais praticaremos crimes contra quem quer que seja!
Quem odeia ou praticar violência contra o seu próximo, deveria também gostar de
ser odiado e ser tratado como tratou a seu próximo.
―Trate os outros como quer que os outros tratem vocês (Lucas 6.31, Bíblia Viva)‖.
―Façam aos outros aquilo que vocês querem que eles façam a vocês mesmos
(Mateus 7.12, Bíblia Viva)‖.
O cristão tem o duplo dever de não compactuar e reprovar as obras das trevas (Ef
5.11).
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Todas as práticas que são reprovadas pela Bíblia, certamente não estão na luz (em
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Jesus – João 12.46). Sendo assim, as práticas homossexuais não estão na luz, logo,
são obras das trevas.

Porém isso não serve de justificativa para alguém humilhar ou cometer violências
contra homossexuais.
É o dever do cristão é levar a luz para quem está entrevas. E não levar jamais ódios
ou violência em nome de preconceitos ou em nome de uma crença.
Quem evangeliza os homossexuais sabe, que não é prudente tentar evangelizar um
homossexual fazendo acusações e críticas. O máximo que este tipo de atitude a
carretará são brigas e intrigas.
Aos homossexuais devemos falar as verdades bíblicas, mas com estratégias! Isso
aprendemos como Jesus, onde no capítulo 4 de João Ele evangeliza uma prostituta,
falando a verdade, mas com amor, educação e usando uma mensagem apropriada
para o momento.

IV. COMO EVANGELIZAR UM JUDEU


Quando da evangelização de um judeu, o ganhador de almas deve estar ciente do
seguinte:
1. É uma tarefa difícil.
- Devido às tradições nas quais o judeu é criado desde a infância.
- Devido à concepção judaica em relação à fé cristã, especialmente sobre o caráter
messiânico de nosso Senhor Jesus Cristo.
- Porque o judeu invocará as tradições dos rabinos e suas interpretações do Antigo
Testamento.
- Porque terá de pagar um alto preço para receber a Cristo. Tal atitude poderá
significar completo desligamento de sua família e amigos íntimos. Portanto, ele terá
receio do desprezo ou apatia dos seus.

2. A melhor maneira de evangelizar um judeu é usar o método correto.


Métodos errados somente tenderão a aumentar o prejuízo e a oposição que o
evangelizador encontrará.
Lidar com o Novo Testamento não ajudará a evangelização de um judeu, a não ser
em circunstâncias extraordinárias. O ganhador de almas deverá usar o Antigo
Testamento quando falar com um judeu.
No método do apóstolo Paulo, conforme relatado em 1 Coríntios 9.20, três lições
podem ser observadas em relação à sua maneira de atingir as almas:
- a paixão divina como a motivação principal (Rm 9.1-3);
- sua vida de oração incessante para a salvação do seu próprio povo (Rm 10.1);
- sua adaptabilidade (1Co 9.20).
O evangelizador deverá seguir o mesmo método.
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3. Os evangelizadores especialmente treinados serão bem sucedidos.
Um judeu praticante certamente saberá a história de seu próprio povo, juntamente
com suas tradições e particular interpretação das Escrituras.
Evangelizadores especialmente treinados com relação a estes aspectos, e com
outros já apresentados neste estudo, terão a expectativa de bênçãos sobre o seu
ministério pessoal com os judeus.
4. O uso correto das Escrituras do Antigo Testamento
a) Para provar que Jesus é o Messias prometido, use as seguintes passagens:
Isaías 53 — 0 caráter messiânico de Jesus é rejeitado pelos judeus, principalmente
pelos aspectos de sua humilhação e sofrimento. Porém, este capítulo pode ser
usado para provar de maneira conclusiva que o Messias seria manifestado como um
Messias sofredor, que seria ―desprezado e rejeitado‖, ―indigno‖, ―aflito‖, ―oprimido‖ e
―moído‖. Ele também seria ―ferido pelas nossas transgressões‖.
Salmos 22 e 69, e outras passagens reconhecidamente messiânicas, como Daniel
9.24-26 — compare com Isaías 53 para mostrar que o Messias já veio para sofrer e
para ―ser tirado‖ ou ―cortado‖.
Salmos 118.22-24 refere-se à pedra rejeitada. Esta referência serve para indicar a
revelação do Antigo Testamento com relação aos 2 caminhos do Messias: o
primeiro, para ser desprezado e rejeitado; o segundo, para reinar em triunfo.
c) Para mostrar o domínio do Messias
- Use passagens como: Salmos 2.7; 110.1; Isaías 9.2.
- Deuteronômio 6.4 será indubitavelmente uma boa referência para mostrar
que a palavra Elohim, mencionada no versículo em apreço, para nós é plural. A
palavra hebraica Echad, traduzida como um, é a mesma em Gênesis 2.24, onde
Adão e Eva, não obstante serem duas pessoas, são mencionados como sendo ―uma
carne‖. Outras referências que podem ser usadas neste aspecto são as seguintes:
Gênesis 1.26; 3.22; 11.7; Isaías 6.8; Jeremias 10.10.
d) Mostre que o Messias viria antes do ano 70
Isso é indicado e pode ser concluído pela profecia de Gênesis 49.10.
O cetro não se apartará de Judá. Porém, quando o general romano Tito invadiu
Jerusalém, cumpriu-se a profecia de Lucas 21.20-24 e então os judeus foram
levados cativos para todas as nações.
5. Principais desculpas que o ganhador de almas receberá de um judeu.
a) Nós, os judeus, não podemos crer em três deuses
Diante desta desculpa, mencione o seguinte:
- Os crentes cultuam um único Deus (1Co 8.6; 1Tm 2.5).
- O Deus em quem nós cremos é composto de três pessoas (Gn 1.26; 3.22; 11.7; Is
6.8), ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
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- A palavra Elohim é usada em Gênesis 1.1, e em muitas outras passagens do


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Antigo Testamento, para expressar pluralidade de pessoas. Portanto, todas as vezes
que um judeu pronunciar Elohim está dizendo ―Deuses‖.
- A palavra Echad (único), referente a Deus em Deuteronômio 6.4, indica uma
unidade composta. Esta unidade é formada pelas três pessoas divinas.
- As três pessoas divinas são mencionadas no Antigo Testamento: o Pai (Is 63.16;
Ml 2.10); o Filho (SI 45;67; Is 11.1,2; 48.16; 61.1); o Espírito Santo (Gn 1.2; Is 11.1,2;
48.16; 61.1).
- Prenúncios da Trindade são indicados no Antigo Testamento (ver tríplice bênção
em Nm 6.24-26 e tríplice doxologia em Is 6.3).
b) Deus não pode ter nenhum filho
Cite as referências abaixo:
―...Tu és meu Filho; eu hoje te gerei‖ (SI 2.7).
―Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os
seus ombros, e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz‖ (Is 9.6).
―... e qual é o nome de seu filho...?‖ (Pv 30.4)

c) O Messias não é Deus


Use as seguintes passagens:
―O seu nome será: ... Deus Forte...‖ (Is 9.6).
―Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo
rei, reinará, e prosperará... e este será o nome com que o nomearão: O Senhor,
Justiça Nossa‖ (Jr 23.5,6).
―E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que
será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias
da eternidade‖ (Mq 5.2).
d) Não podemos crer em um nascimento virginal
Use as seguintes referências:
―...eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome
Emanuel‖ (Is 7.14).
Mostre que o Messias nasceu de uma virgem para cumprir a promessa mencionada
em Gênesis 3.15 e Isaías 9.6.
e) O homem não herda uma natureza de pecado
Use as seguintes referências:
-Todos os sucessores de Adão caíram (Gn 5.3; 6.5).
- O coração do homem é corrupto (SI 68.18; Jr 17.9,10).
-Todos deliberadamente se desviaram (Is 53.6).
-Todos se fizeram imundos (SI 14.2,3; Is 64.6).

f) A salvação se obtém somente por obras


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Cite as passagens:
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- Abraão foi justificado pela fé (Gn 15.6).
- Bem-aventurados os que creem (SI 2.11,12).
- Salvação pelas obras é um caminho enganoso (Pv 14.12).
- O sangue do cordeiro garantia libertação (Êx 12.13), e Jesus é o Cordeiro
prometido (Gn 22.8).
- Desde que a lei foi dada por Deus não houve quem a cumprisse (SI 14.2,3).
Portanto, querer ser justificado pelas obras da lei é ficar debaixo da maldição (Dt
27.26).

g) Se eu crer em Jesus, os amigos passarão a me perseguir


Mencione as passagens abaixo:
―O receio do homem armará laços, mas o que confia no Senhor será posto em alto
retiro‖ (Pv 29.25).
―Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite‖ (SI
1.1,2).
h) Não posso deixar as minhas amizades
Use as seguintes referências:
―Filho meu, se os pecadores, com blandícias, te quiserem tentar, não consintas...
desvia o teu pé das suas veredas‖ (Pv 1.10-15).
―A alma farta pisa o favo de mel, mas à alma faminta todo amargo é doce‖ (Pv 27.7).
―Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles‖ (Pv 24.1).
―O receio do homem armará laços...‖ (Pv 29.25).
―... o companheiro dos tolos será afligido‖ (Pv 13.20).
―Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios...‖ (SI
1.1,2).
i) Deus é bom demais para condenar.
Ver as referências:
- Deus não tem prazer na morte do ímpio (Ez 18.29-32).
- Somente a conversão livrará o homem da condenação (Ez 33.11).
- Deus condenou a geração antediluviana (Gn 6.5-7).
- Deus condenou as cidades de Sodoma e Gomorra (Gn 19.24,25).
- O homem que não se converter será condenado (SI 7.12).
- Os maus atos do homem o levarão à condenação (Jr 2.19).

j) Não é possível ter certeza da salvação.


Use as passagens abaixo:
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- Deus está pronto a desfazer todas as transgressões (Is 44.22).


50
- Deus está pronto a apagar os pecados e não se lembrar mais deles (Is 43.25).
- Pode perdoar os piores pecados (Is 1.18).
- É uma bem-aventurança concedida por Deus ao homem (SI 32.1).
- Para ter o perdão dos pecados é necessário uma conversão total a Deus (Is 55.7),
acompanhada de confissão (SI 32.5) e humilhação (2 Cr 7.14).

6. Mostre que o Novo Testamento é tão inspirado quanto o Antigo


Existem aproximadamente 910 citações do Antigo Testamento no Novo:
Mateus - 91 Marcos - 41 Lucas - 60 João - 44 Atos - 66
Romanos - 87 1 e 2 Coríntios - 66 Gálatas - 17 Efésios - 10 Filipenses - 4
Colossenses - 3 1 e 2 Tessalonicenses - 3 1 e 2 Timóteo - 10 Hebreus - 110 Tiago -
20 1 e 2 Pedro - 37 Judas - 9 Apocalipse - 230
Jesus citou muitos fatos mencionados no Antigo Testamento. Eis algumas
referências, entre outras:
- Criação de Adão e Eva (Mt 19.4-6)
- Dilúvio (Mt 24.37-39)
- Jonas (Mt 12.40)
- Moisés (Jo 3.14-16)
- Ló e sua esposa (Lc 17.28,29)
- Daniel (Mt 24.15)
- Davi (Mc 12.36)

A Bíblia registra aproximadamente 1.800 palavras proferidas pelo Senhor Jesus, das
quais 180 são citações das Escrituras.
Os apóstolos também mencionavam sempre as Escrituras. Vejamos alguns
exemplos:
- Pedro (At 1.16; 2.16-21; 1Pe 4.11).
- Paulo (2Tm 3.15,16). Existem aproximadamente 202 citações em suas
epístolas.

Mostre a inspiração do Novo Testamento pelo cumprimento das profecias do Antigo.


Vejamos algumas relacionadas com o Senhor Jesus:
- O lugar do nascimento (Mq 5.2; Mt 2.1).
- Seu nascimento através de uma virgem (Is 7.14; Mt 1.18-25).
- Sua condição de Filho de Davi (2Sm 7.16; Mt 1.1).
- Sua entrada triunfal em Jerusalém (Zc 9.9; Mt 21.1-6).
- Seria traído por um discípulo (SI 41.9; Mc 14.10,11), o qual o venderia por 30
moedas (Zc 11.12; Mt 26.25). Após a devolução, o dinheiro seria para a compra do
campo de um oleiro (Zc 11.12,13; Mt 27.5-10).
- Jesus seria julgado (SI 69.4-12; Lc 23.1.10), porém ficaria calado (Is 53.6,7; Mt
26.63); seria cuspido (Is 50.6; Mt 26.67) e ferido no rosto (Mq 5.1; Mt 27.30).
- Jesus seria crucificado (SI 22.16; Zc 12.10; Jo 19.17-25) junto com os malfeitores
(Is 53.12; Mt 27.38); oraria pelos seus crucificadores (Is 53.12; Lc 23.34); vinagre
ser-lhe-ia oferecido (SI 69.12; Mt 27.24); morto, o seu lado seria transpassado com
uma lança (Zc 12.10; Jo 19.46).
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- Jesus seria sepultado entre os ricos (Is 53.9; Mt 27.57- 60). '
51
- Jesus ressuscitaria e ascenderia aos céus (SI 16.10; 24.7; Os 6.2; Lc 24.1-12).
- Jesus teria um ministério de milagres (Is 35.5; Mt 9.35; Jo 5.5-9).
As palavras do Senhor Jesus em relação à inspiração do Novo Testamento.
Ver João 3.34; 7.16; 12.49,50; 13.20; 14.10,26; 17.17-20.

CONCLUSÃO.
Jesus é "Salvador do mundo". Ele é o maior interessado em salvar o pecador. Ele
prepara, para os que realmente desejam, meios para que sua Palavra seja
anunciada. A partir desta verdade, não devemos criar obstáculos artificiais à
pregação do Evangelho.
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Capítulo 7 52

O EVANGELHO NO MUNDO ACADÊMICO E


POLÍTICO

Por acadêmico quero me referir ao estudante de uma escola superior, faculdade ou


universidade. Ou seja, o mundo acadêmico diz respeito a pessoas de um grau de
instrução mais elevado, as pessoas estudadas.
Evangelizar o mundo acadêmico requer do evangelista, conhecimento do manual de
evangelismo que é a bíblia. O mundo acadêmico é mais argumentativo, portanto o
ganhador de almas precisa saber o que vai falar e como falar.
Sabendo nós que a Bíblia é o manual do evangelismo pessoal, é evidente que para
termos êxito nesta obra, duas coisas precisamos considerar por enquanto:
a. Na obra de ganhar almas emprega-se a Palavra de Deus (Jo 3.5; Rm 10.17; 1 Pe
1.23).
b. Para empregar a Palavra de Deus é preciso conhecê-la devidamente (2 Tm 2.15).

I. MANEJANDO BEM A BÍBLIA DIANTE DO MUNDO ACADÊMICO E


POLÍTICO (2Tm 2.15; 1Pe 3.15).

A expressão "maneja bem", neste versículo, significa de fato dissecar, dividir ou


cortar corretamente, como por exemplo, no preparo das vítimas para os diversos
sacrifícios. Refere-se principalmente à correta aplicação do texto e da mensagem de
toda a Bíblia.

1. Conheça devidamente o assunto para não ficar em situação vexatória.

Há pecadores que aceitam a mensagem da salvação sem objeções e sem


argumentação, mas outros apresentam escusas tais, que, se o crente não conhecer
devidamente as Escrituras, ficará em situação vexatória.

É verdade que o Espírito Santo guia e inspira na obra de ganhar almas, mas no
tocante às Escrituras, Ele só pode lembrar-nos daquilo que conhecemos antes (Jo
14.26).
Não sei? Que não ouvi? Que não li? Que não aprendi? Por sua vez, o pregador ou
ganhador de almas não é adivinhador de versículos...

Muitos, a essa altura, firmam-se em Mateus 10.19,20 para declararem que, na hora
precisa, o Espírito Santo dará tudo, mas é bastante o contexto da referida passagem
(v.18), para ver a que ocasião Jesus se está referindo. (Leia também, quanto a isto,
Pv 9.9:1 Tm 4.13;1 Pe 3.15.)
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A bíblia é arma que o Espírito Santo usa, mas o elemento que a conduz é o crente.
53
Portanto, é imperioso que o crente aprenda a manejar bem o Livro de Deus. Há
crentes que até evitam falar de Jesus, por causa do seu pouco ou nenhum
conhecimento das Escrituras.

II. O QUE FALAR AO MUNDO ACADÊMICO E POLÍTICO


1. Falando de salvação.

No evangelismo pessoal, a doutrina principal é a de salvação da alma. É preciso que


o crente conheça bem os textos, para apresentá-los à medida que a necessidade for
exigindo.

Não é um texto qualquer que vamos citar, mas aquele apropriado pura o momento,
pois a Bíblia tem uma mensagem adequada para cada caso, cada coração, cada
circunstância.

Não é abrir a Bíblia em qualquer lugar e dizer: "Vou ler esta passagem que o Senhor
me deu", quando geralmente o Senhor não deu coisa nenhuma... O que é preciso é
conhecer a Bíblia e depender do Espírito Santo. Assim sendo, Deus abre a porta,
guia e dá a mensagem adequada e ungida pelo seu Espírito.

É oportuno lembrar aqui que o Espírito Santo e a Palavra de Deus jamais se


contradizem. Quem se julga espiritual deve conhecer e amar a Bíblia, e quem seguir
a Bíblia, deve andar segundo o Espírito.

A razão por que muitos crentes chamados espirituais são cheios de meninices; são
escandalosos e extremistas, é porque não estudam a Palavra, para nela
aprenderem a ordenar seus passos. O que lhes falta é o conhecimento das
doutrinas desse Livro. Ter o Espírito Santo e não conhecer a Palavra conduz ao
fanatismo. Conhecer a Palavra e não ter o Espirito, conduz ao formalismo.

Em religião, fanatismo é zelo excessivo, paixão cega; é chamar ao certo, errado; e


ao errado, certo. É ser extremista. É zelo sem entendimento (Rm 10.2). Se você
deseja que o Espírito Santo o use, inclusive na obra de ganhar almas, procure ter o
instrumento que Ele emprega - a Palavra de Deus (Ef 6.17).

2. Falando como seu próprio procedimento.

Podemos ver vermos exemplos neste sentido no livro do Proveta Daniel, onde ele e
seus três companheiros. Exilados em Babilónia, destacaram-se como académicos,
servidores públicos e políticos. Eles mostraram, em atos e palavras, a supremacia
do Deus de Israel.

3. Os cristãos no mundo acadêmico e político.

Há casos de cristãos que ao chegar às universidades, muitos acabam sendo


envolvidos por filosofas malignas e apostatam-se da fé cristã.

Portanto, precisamos seguir o exemplo de Daniel e seus amigos. Eles tiveram uma
vida pública, política e académica de sucesso, exaltando e glorificando o nome do
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Senhor. Eles não se deixaram contaminar pela cultura babilónica, mas foram "sal" e
54
"luz" em meio a uma sociedade corrompida pelo pecado.
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III. DESAFIOS PARA O EVANGELISTA NO MUNDO ACADÊMICO E POLÍTIOCO


55
No mundo acadêmico e político, o evangelista, muitas vezes se deparará como
questões tais como antropocentrismo, relativismo, materialismo e secularismo.

1. Sociedade antropocêntrica.

O mundo contemporâneo tem como base a célebre declaração de que ―o homem é


a medida de todas as coisas‖. Isso pressupõe a predominância da filosofia
humanista que o coloca como o centro do Universo em fragrante contraste com o
ensino bíblico de que todas as coisas foram criadas para a glória de Deus (Sl 73.25;
1Co 10.31; 1Pe 4.11). ―Amantes de si mesmos‖ (2Tm 3.2) é a melhor expressão
para esse perfil.

Tais homens consideram-se pequenos deuses, capazes de impor a própria vontade


como se essa fosse completa e suficiente para as realizações humanas. À
semelhança de Satanás (Is 14.12-15), usurpam para si o direito de soberania que
pertence exclusivamente ao Todo-poderoso.

2. O relativismo.

No relativismo, não existem absolutos. Todos nós temos nossas próprias verdades.
Comunidades e culturas têm seu próprio jogo de linguagem. Tudo é subjetivo,
relativo, incerto, contingencial e ambíguo.
Sob essa ótica, não há lugar para os valores absolutos, isto é, os princípios e
ensinos imutáveis da Palavra de Deus, válidos para ―todas as pessoas, em qualquer
época e em todos os lugares‖.

3. O materialismo.

O materialismo, parte do falso princípio de que tudo no Universo se reduz à matéria


e que nada existe além desta.
Não admite o sobrenatural, como os saduceus faziam no passado (At 23.8).
Segundo os materialistas, o Universo, com todos os seus infinitos componentes, as
inimagináveis complexidades, a assombrosa precisão e detalhes, é incriado, sem
nenhuma causa originadora.

Os materialistas e ateus, por estarem vivendo na cegueira espiritual, não


conseguem enxergar nada além do mundo físico, apesar de todas as coisas criadas
apontarem para sua causa primária, que é Deus (Jó 12:7-9; Sl 19:1-6, Jo 1.3).

4. O secularismo.

O secularismo torce ardilosamente a verdade de Deus e busca tornar a Igreja uma


instituição corrompida e irrelevante.
Mark Finley (2001), referindo-se a uma pesquisa realizada nos EUA, fala de quatro
atitudes negativas dos secularistas em relação à igreja.

Em primeiro lugar, a Igreja é muito materialista, tornou-se um grande negócio, no


qual o dinheiro é mais importante do que o amor. As igrejas são muito parecidas
com sociedades anônimas.
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56
Em segundo lugar, para os secularistas, a igreja tornou-se muito poderosa. Com
isso, tenta controlar o pensamento, tolher a liberdade de expressão, manipulando a
mente das pessoas e dizendo-lhes como devem viver.

Em terceiro lugar, a igreja é hipócrita. Ela se parece mais com um clube social.
Em quarto lugar, eles creem que a igreja não é relevante, não acompanhou as
mudanças do mundo.

Para a sociedade secular não há mais limites quanto a comportamento,


procedimento, traje, vida relacional, etc.

IV. SE PREPARANDO PARA ENFRENTAR O MUNDO ACADÊMICO E


POLÍTICO

Em síntese veremos algumas maneiras para o ganhador de almas se preparar para


evangelizar o mundo acadêmico e político com maior eficiência.

1) Ore constantemente.
2) Leia e estude a bíblia.
3) Pratique e maneje bem a Palavra de Deus.
4) Leia bons livros de apologética Cristã.
5) Se mantenha atualizado através de bons noticiários. Exemplos.
- Notícias Cristãs – Gospel Prime
- Notícias cristãs do Brasil e do mundo - cpadnews
- Notícias diversas – noticiasaominuto.com.br
- Notícias Missionárias – Portas Abertas

6) Não tenha medo e não se sinta inferior ao evangelizar as pessoas doutas.


7) Leia muito para enriquecer o seu vocabulário.

CONCLUSÃO
Mesmo sabendo que evangelizar o mundo acadêmico e político, não é tão simples
como alguém possa pensar, pois requer do evangelista, grande conhecimento
bíblico, conhecimento geral e um bom vocabulário, isso não deve nos acovardar.
Pelo contrário, devemos nos sentir estimulados a conhecer cada vez mais a bíblia e
estarmos sempre informados sobre os principais assuntos da política, leis e religião
de nossos pais.
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Capítulo 8 57

A EVANGELIZAÇÃO DOS GRUPOS


RELIGIOSOS

Existem muitos grupos religiosos, os quais são de fato, um desafio a mais, para a
Igreja de Jesus alcançá-los com as boas novas de Cristo. Entre esses grupos,
encontramos católicos, espíritas, judeus, islamismo, adeptos de seitas e aqueles que
abandonaram a fé cristã.

I. OS ADEPTOS DE SEITAS
1. Definindo seita e Heresia.
Saibamos o que significam as palavras seita e heresia. Ambas derivam da palavra
grega háiresis, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento,
divisão, escola etc,.
A palavra heresia é adaptação de háiresis. Quando passada para o latim, háiresis
virou seda. Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha
sentido pejorativo.
Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido
depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção
dentro do Judaísmo. Com o tempo, háiresis também assumiu conotação negativa,
como em 1 Co 11.19; Gl 5.20; 2 Pe 2.1-2.
Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e
que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se
nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando
alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.
Há outras definições sobre o que é seita:
1ª. — Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da
Bíblia, feita por uma ou mais pessoas -Dr. Walter Martin.
2ª. — É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos
ensinos históricos da Igreja cristã — Josh McDoweell e Don Stewart.
3ª. — Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria — J.K. Van Baalen.
2. As pessoas mais difíceis de evangelizar.
O pesquisador Jan Karel Van Baalen afirma: Os adeptos das seitas são as pessoas
mais difíceis de evangelizar. Dentre as razões apresentadas por Van Baalen,
apontamos as seguintes:
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a) Os adeptos das seitas não são pessoas que devem ser despertadas para a
58
religião.
O herege deixou a fé tradicional em que foi criado e adotou, segundo pensa, coisa
melhor, chegando até mesmo a hostilizá-la. Ele renunciou ao plano de Deus para
salvação em troca de algum sistema de auto-salvação. Assim, para ele, a firmação
do profeta, todas as nossas justiças são como trapo de imundícia (Is 64.6) não
reflete a verdade de Deus.
b) O sectário bem informado é consciente das falhas da religião protestante e
evangélica.
Ele não consegue entender a variedade denominacional. Além disso, pensa que
sabe tudo sobre sua fé e está convencido de que conhece mais acerca do que
cremos do que nós mesmos.
c) Muitos adeptos fizeram sacrifícios, contrariaram os seus familiares, suportaram a
zombaria dos amigos etc.

II. COMO INDENTIFICAR UMA SEITA


O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer os quatro
caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração, multiplicação e divisão.
As seitas conhecem as operações matemáticas, contudo, nunca atingem o resultado
satisfatório.
1. ADIÇÃO: O GRUPO ADICIONA ALGO À BÍBLIA. SUA FONTE DE AUTORIDADE NÃO LEVA
EM CONSIDERAÇÃO SOMENTE A BÍBLIA.

POR EXEMPLO:

1) Adventismo do Sétimo Dia.


Seus adeptos têm os escritos de Ellen White como inspirados tanto quanto os livros
da Bíblia. Declaram: Cremos que: Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e
seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para
os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou grau de inspiração dos
escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas.
Essa alegação é altamente comprometedora. Diversas profecias escritas por Ellen
White não se cumpriram. Isso põe em dúvida a alegação de inspiração e sua fonte.
2) As Testemunhas de Jeová.
Eles creem que somente com a mediação do corpo governante (diretoria das
Testemunhas de Jeová, formada por um número variável entre nove e 14 pessoas,
nos EUA), a Bíblia será entendida. Declaram: Meramente ter a Palavra de Deus e lê-
la não basta para adquirir o conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho da
vida.% A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado
por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a
Bíblia. Essa afirmação iniciou-se com o seu fundador, Charles Taze Russell. Ele
afirmava que seus livros explicavam a Bíblia de uma forma única.
A Bíblia fica em segundo plano nos estudos das Testemunhas de Jeová. É usada
apenas como um livro de referência. A revista A Sentinela tem sido seu principal
canal para propagar suas afirmações. O candidato ao batismo das Testemunhas de
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Jeová deve saber responder a aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a


59
doutrina bíblica evangélica. Certamente, com a literatura das Testemunhas de
Jeová, é impossível compreender a Bíblia. Somente a Palavra de Deus contém
ensinos que conduzem à vida eterna. Adicionar-lhe algo é altamente perigoso! (Ap
22.18-19).
3) Os mórmons.
Nessa mesma linha estão os mórmons, que dizem crer na Bíblia, desde que sua
tradução seja correta. Ensinam: Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto
seja correta sua tradução; cremos também ser o "Livro de Mórmon" a palavra de
Deus (Artigo 8o das Regras de Fé).

Eles acham que o "Livro de Mórmon" é mais perfeito do que a Bíblia. Declarei aos
irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da terra, e a
pedra angular da nossa religião ("Ensinamentos do Profeta Joseph Smith", p. 178).
Outros livros também são considerados inspirados: "Doutrina e Convênios" e "A
Pérola de Grande Valor". Usam também a Bíblia apenas como livro de referência.
Se dissermos aos mórmons que temos a Bíblia e não precisamos do "Livro de
Mórmon", eles responderão com esse livro: Tu, tolo, dirás: uma Bíblia e não
necessitamos mais de Bíblia! Portanto, porque tendes uma Bíblia, não deveis supor
que ela contém todas as minhas palavras; nem deveis supor que eu não fiz com que
se escrevesse mais (LM-2 Néfi 29.9-10). Citam as variantes textuais dos
manuscritos como argumento de que a Bíblia não seja fidedigna. Ignoram, porém,
que a pesquisa bíblica tem demonstrado a fidedignidade da Palavra de Deus.
4) Os Meninos de Deus (A Família).
Eles dizem que é melhor ler os ensinamentos de David Berg, seu fundador, do que
ler a Bíblia. E quero dizer-vos francamente: se há uma escolha entre lerem a Bíblia,
quero dizer-vos que é melhor lerem o que Deus diz hoje, de preferência ao que
disse 2000 ou 4000 anos atrás! Depois, quando acabarem de ler as últimas Cartas
de MO podem voltar e ler a Bíblia e as Cartas velhas de MO! ("Velhas Garrafas" -
MO, julho, 1973, p. 11 n. 242-SD).
Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são justificadas com a Bíblia. A
Igreja da Unificação, do Rev. Moon, julga ser seu princípio divino de inspiração mais
elevado do que a Bíblia. A Bíblia... não é a própria verdade, senão um livro de texto
que ensina a verdade. ...Portanto, não devemos considerar o livro de texto como
absoluto em todos os detalhes ("O Princípio Divino", Introdução, p. 7). Outro
exemplo da conseqüência de abandonar as Escrituras é observado nesse
movimento. Além da Bíblia, rejeitam também o Messias e seguem um outro senhor.
5) Os Kardecistas.
Eles não têm a Bíblia como base, mas a doutrina dos espíritos, codificada por Allan
Kardec. Usam um outro Evangelho conhecido como "O Evangelho Segundo o
Espiritismo". Dizem: Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como
probante.
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O Espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas chamadas


60
cristãs. Não assenta os seus princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia.
Mas a nossa base éo ensino dos espíritos, daí o nome - Espiritismo ("A Margem do
Cristianismo", p. 214). Procuram interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo
segundo uma perspectiva espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem
clara quanto às atividades espíritas e suas origens.
A Igreja de Cristo Internacional (Boston) interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp
Mckean, o seu fundador. Um sistema intensivo de discipulado impede outras
interpretações. Qualquer resistência do discípulo, referindo-se à instrução,
desencadeará uma retaliação social.
Resposta Apologética:
O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam o homem sábio para a
salvação pela fé em Jesus (2 Tm 3.15); logo, se alguém ler a Bíblia, somente nela
achará a fórmula da vida eterna: crer em Jesus. A Bíblia relata a história do homem
desde a antiguidade. Mostra como ele caiu no lamaçal do pecado. Não obstante,
declara que Deus não o abandonou, mas enviou seu Filho Unigênito para salvá-lo.
Assim, lendo a Bíblia, o homem saberá que sem Jesus não há salvação. Ele não
procurará a salvação em Buda, Maomé, Krishna ou algum outro, nem mesmo numa
organização religiosa; pois a Bíblia é absoluta e verdadeira ao enfatizar que a
salvação do homem vem exclusivamente por meio de Jesus (Jo 1.45; 5.39-46; Lc
24.27,44; At 4.12; 10.43; 16.30-31; Rm 10.9-10).
2. SUBTRAÇÃO: O GRUPO TIRA ALGO DA PESSOA DE JESUS.
1) A maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião, ao lado
de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas, tais como, Orfeu,
Hermes,Trimegisto, Krishna, (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do Islamismo),
entre outros. Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida, estaremos
negando também a Bíblia que o menciona como Messias (Is 7.14 - Mt 1.21-23; Dn
7.13-14). Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e,
portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos
in¬tegralmente. Não há meio termo.
2) A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo
que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua
divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.10 Jesus não poderia
nem deveria, conforme as imutáveis Leis da Natureza, revestir o corpo material do
homem do nosso planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza espiritual,
mas um corpo fluídico ("Doutrina do Céu da LBV", p. 108).
Agora, o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus
nem jamais afirmou que fosse Deus ("Doutrina do Céu da LBV", p. 112).
Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as Testemunhas de Jeová
dizem que Ele é o arcanjo Miguel na sua preexistência, sendo a primeira criação de
Jeová.
Os adventistas ensinam que Jesus tinha uma natureza pecaminosa, caída. Dizem,
Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna ("Testemunhos Seletos",
vol. III, p. 22 — 2 edição, 1956).
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Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um médium de Deus. Dizem que
61
Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus ("A Gênese", p.
311).
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que Jesus éDeus (Jo 1.1; 20.28;Tt 2.13; 1 Jo 5.20 etc). Assim sendo,
não pode ser equiparado meramente a seres humanos ou mitológicos, nem mesmo
com os anjos, que o adoram (Hb 1.6). A Bíblia atesta a autêntica humanidade de
Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2.7), cresceu como homem (Lc 2.52), sentiu
fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), comeu e bebeu (Mt 11.19; Lc 7.34), dormiu (Mt 8.24),
suou sangue (Lc 22.44) etc. Foi gerado pelo Espírito Santo no ventre da virgem
Maria, sendo portanto, santo, inocente e imaculado (Hb 7.26). É verdadeiramente
Deus (Jo 5.18; 10.39-33; 1 Jo 5.20) e verdadeiramente homem (Lc 19.10).

3. MULTIPLICAÇÃO: PREGAM A AUTO-SALVAÇÃO. CRER EM JESUS É IMPORTANTE, MAS


NÃO É TUDO. A SALVAÇÃO É PELAS OBRAS. ÀS VEZES, REPUDIAM PUBLICAMENTE O
SANGUE DE JESUS:

1) A Seicho-No-Iê nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor de seu


sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado existisse
realmente, nem os budas todos do Universo conseguiriam extingui-lo, nem mesmo a
cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.
2) Os mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o
cumprimento das leis estipuladas pela Igreja não haverá salvação. Outro requisito foi
exposto pelo profeta Brigham Young, que disse: Nenhum homem ou mulher nesta
dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o consentimento de Joseph
Smith. O Homem tem de fazer o que pode pela própria salvação ("Doutrinas de
Salvação", p. 91, volume III, Joseph Fielding Smith). Por isso, eles têm grande
admiração por Smith.
3) Os adventistas, por meio de sua profetisa Ellen Gould White, ensinam que a
guarda do sábado implica salvação e que os benefícios da morte de Cristo nos
serão aplicados desde que este¬jamos vivendo em harmonia com a lei, que, no
caso, é guardar o sábado. Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação
eterna ("Testemunhos Seletos", vol. III, p. 22 - 2' edição, 1956).
Doutrinas semelhantes são ensinadas pela Igreja da Unificação do Rev. Moon, que
desdenha os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangue que Jesus verteu
na cruz, chegando a dizer que os que assim ensinam estão enganados. Dizem:
Como tem sido vasto o número de cristãos, durante os 2000 anos de história cristã,
que tinham plena confiança de terem sido completamente salvos pelo sangue da
crucifixão de Jesus!13
4) As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece apenas a
oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das obras. Jesus
simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem. Uma de suas obras diz:
Trabalhamos arduamente com o fim de obter nossa própria salvação.
Outra declaração: Somos salvos por mais do que apenas crer na mensagem do
Reino de todo o nosso coração; também temos de declarar publicamente esta
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mensagem do reino a outros, para que estes também possam ser salvos para o
62
novo mundo de Deus ("Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado", p. 249 STV).

Resposta Apologética:
A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência do pecado está
mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8.44 comparado com 1 Jo 1.8). A
eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é apresentada como a
mensagem central da Bíblia. E a base do perdão dos pecados (Ef 1.7; 1 Jo 1.7-9; Ap
1.5).
Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara ao ensinar que somos salvos
pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem das
obras, para que ninguém se glorie (Ef 2.8-9). Praticamos boas obras não para
sermos salvos, mas porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor.
As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor das obras está em
nos disciplinar para a vida cristã (Hb 12.5-11; 1 Co 11.31-32). Paulo declara em Cl
2.14-17 que o sábado semanal fazia parte das ordenanças da lei que foram
cravadas na cruz e que não passavam de sombras, indicando assim que o
verdadeiro descanso encontramos em Jesus (Mt 11.28-30).
4. DIVISÃO: DIVIDEM A FIDELIDADE ENTRE DEUS E A ORGANIZAÇÃO. DESOBEDECER À
ORGANIZAÇÃO OU À IGREJA EQUIVALE A DESOBEDECER A DEUS. NÃO EXISTE SALVAÇÃO
FORA DO SEU SISTEMA RELIGIOSO, DA PRÓPRIA ORGANIZAÇÃO OU IGREJA.

Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as pseudocristãs, que se apresentam


como a restauração do Cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à
apostasia, afastando-se dos verdadeiros ensinos de Jesus. Acreditam que, numa
determinada data, o movimento apareceu por vontade divina para restaurar o que foi
perdido. Daí a ênfase de exclusividade. Outras, quando não pregam que não
integram o Cristianismo redivivo, ensinam que todas as religiões são boas, e que a
sua somente será responsável por unir todas as demais. Dizem que segundo o
plano de Deus ela foi criada para esse fim, como é o caso da fé Bahá‘í e outros
movimentos ecléticos.
Resposta Apologética:
O ladrão arrependido ao lado de Jesus na cruz entrou no Céu sem ser membro de
nenhuma dessas seitas (Lc 23.43), pois o pecador é salvo quando se arrepende (Lc
13.3) e aceita a Jesus como Salvador único e pessoal (At 16.30-31). Desse modo,
ensinar que uma organização religiosa possa salvar é pregar outro evangelho (2 Co
11.4; Gl 1.8). Isso implica dividir a fidelidade a Deus com a fidelidade à organização
e tira de Jesus a sua exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14.6). Não há
salvação sem Jesus (At 4.12; 1 Co 3.11).

III. OUTRAS CARACTÉRISTICAS DAS SEITAS


Falsas profecias: As Testemunhas de Jeová, os adventistas, os mórmons e outros já
proclamaram o fim do mundo para datas específicas.
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Resposta Apologética:
63
A Bíblia nos adverte contra os que marcam datas para eventos como fechamento da
porta da graça, a vinda de Jesus (Dt 18.20-22; Mt 24.23-25; Ez 13.1-8; Jr 14.14).

Negam a ressurreição corporal de Cristo, admitindo que Jesus Cristo tenha


ressuscitado apenas em espírito: As Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, Igreja
da Unificação, Kardecismo ensinam uma ressurreição espiritual de Jesus, afirmando
que seu corpo físico simplesmente foi escondido, ou que se evaporou; outros dizem
que nem sequer ressuscitou (LBV), e ainda outros não acreditam que tenha morrido
na cruz (Rosa cruz, Islamismo etc).
Resposta Apologética:
Quanto à morte e ressurreição de Jesus, a Bíblia afirma que:
1. Jesus morreu realmente. Eis o processo de sua morte:
a) A agonia no Getsêmani (Lc 22.44);
b) Açoitado brutalmente (Mt 27.26; Mc 15.15; Jo 19.1);
c) Mãos e pés cravados na cruz (Mt 27.35; Mc 15.24);
d) Morte comprovada (Jo 19.33-34);
e) Sepultamento (Jo 19.38-40).

2. Ressuscitou corporalmente:
a) Ressurreição predita (Jo 2.19-22);
b) O túmulo vazio comprova a ressurreição (Lc 24.1-3);
c) Suas aparições (Lc 24.36-39; Jo 20.25-28).

3 .Negar a ressurreição de Jesus é ser falsa testemunha contra Deus, pois:


a) Essa é a mensagem do Evangelho (1 Co 15.14-17);
b) A expressão Filho do Homem designa a forma da sua
segunda vinda e testifica que Jesus mantém seu corpo
ressuscitado (At 7.55-59; Mt 24.29-31; Fp 3.20-21);
c) Jesus com corpo glorificado está no céu (1 Tm 2.5).

IV. COMO EVANGELIZAR OS CRUPOS RELIGIOSOS


Neste ponto, tomo de empréstimo dos comentários do pastor Claudionor de
Andrade, três atitudes, as quais devem ser observadas ao expor o evangelho aos
grupos religiosos.
1. Não discuta religião.
Ao receber Nicodemos na calada da noite o Senhor Jesus não perdeu tempo
discutindo os erros e desacertos do judaísmo daquele tempo. De forma direta e
incisiva, falou àquele príncipe judaico sobre o novo nascimento (Jo 3.3). Sua
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estratégia foi certeira. Mais tarde, Nicodemos apresenta-se voluntariamente como


64
discípulo do Salvador (Jo 7.50; 19.39).
Em vez de contender com os religiosos, fale que Cristo é a única solução para a
humanidade caída e carente da glória de Deus.
2. Não deprecie religião alguma.
Em seu encontro com a mulher samaritana, Jesus não depreciou a religião de
Samaria, nem sublimou a de Israel, mas ofereceu-lhe prontamente a água da vida
(Jo 4.10). A partir da conversão daquela religiosa, houve um grande avivamento na
cidade, repercutindo pentecostalmente em Atos (At 8.5-14).
Se depreciarmos a religião alheia, não teremos tempo para falar de Cristo, pois a
evangelização exige ações rápidas e efetivas.
3. Mostre a verdadeira religião.
Sem ofender a religiosidade de seus ouvintes, mostre, em Jesus Cristo, a verdadeira
religião. Foi o que Paulo fez em Atenas. Tendo como ponto de partida o altar ao
Deus Desconhecido, anunciou-Ihes Cristo como o único caminho que salva o pobre
e miserável pecador (At 17.26-34). Se agirmos assim, teremos êxito na
evangelização dos católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, ateus e desviados.

V. ISLAMISMO: O DESAFIO DA IGREJA


O islamismo representa um desafio para a Igreja do Senhor. Esta é uma das
religiões que mais crescem no mundo. No Brasil temos um grupo grande de
mulçumanos.
Islamismo é o nome da religião que surgiu a partir das revelações e ensinamentos
que Maomé tivera acerca de Alá (570-632). O vocábulo ―islã‖ em árabe significa
―submissão‖.
Muçulmano é o nome que se dá ao adepto do islamismo. O termo é o cognato de
―islã‖ e significa ―aquele que se submete‖.
1. O fundador do Islamismo
O Islamismo foi fundado por Maomé, Mohammed em árabe, nascido em 570 d. C.
filho de Abdallah e Amina, da tribo dos coraixitas. Em 610, aos 40 anos, afirma ter
recebido revelações de Deus, no monte Hira.
Maomé recebeu um convite para mudar-se para Medina, cerca de 250 km ao norte
de Meca, a fim de servir como líder e árbitro nas questões existentes entre
muçulmanos, pagãos e judeus que ali moravam. Somando isso à oposição que sua
pregação ainda suscitava, ele emigrou para Medina. Essa fuga para Medina foi
chamada de "Hégira" e tornou-se o início do calendário islâmico. Depois retornou
para Meca com um exército e impôs a sua religião pela espada. Maomé morreu em
8 de junho de 632.
2. O livro sagrado do Islã.
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O Alcorão, ou Corão, (Do árabe quran, que significa "recitação". Al é o artigo) é um


65
texto considerado pelos muçulmanos como a palavra literal de Deus. Os
ensinamentos normativos do Alcorão são chamados de suras.
Este livro é tido como o principal e mais completo livro sagrado. Para o Islã o Alcorão
é a coletânea dos ensinamentos de Alá (o deus deles) ao profeta Maomé.

O Alcorão é constituído de 114 capítulos (suras), organizado de forma que os


capítulos. Este livro contém 109 versos de guerra. Em cada 55 versos do Alcorão,
um é de guerra.
O verso mais conhecido do Alcorão: ―... matai os idólatras onde quer que os
encontreis e capturai-os e cercai-os e usai da emboscada contra eles...‖ (Sura 9.5).
3. A suposta origem do Alcorão.
Segundo a tradição islâmica, Alá, através do anjo Gabriel, recitou a mensagem do
Alcorão, durante 23 anos revelou a Maomé o conteúdo de uma tábua conservada no
céu.
4. O Islã ataca a fé cristã
Os muçulmanos creem que a Bíblia não é o texto original da Lei, dos Salmos e dos
Evangelhos. Eles sustentam que judeus e cristãos corromperam e mudaram o
original, acrescentando os ensinos sobre a divindade de Jesus e sua filiação divina,
o conceito de Trindade, a crucificação e a doutrina de expiação. A maior parte da
literatura muçulmana é contra o Cristianismo e ataca violentamente os alicerces da
nossa fé.
5. A salvação para o Islã.
A salvação é pelas obras. As obras de todas as pessoas serão pesadas numa
balança. Se as boas superarem as más, tal pessoa irá para o paraíso. Os mártires
irão todos para o paraíso. O conceito de paraíso é bem sensual. O inferno é para os
não muçulmanos.
6. Ensinamentos do Alcorão.
1) SE VC NÃO PERTENCE O ISLÃ VOCÊ É UM INCREDULO.

"AN NISSÁ" (AS MULHERES). Revelada em Madina; 176 versículos.


4ª SURATA: 101 Quanto viajantes pela terra não sereis recriminados por
abreviardes as orações (290), temendo que vos ataquem os incrédulos; em verdade,
eles são vossos inimigos declarados.
Observação. Não faço parte de islamismo, logo sou para o islã um incrédulo. Sendo
assim o islamismo me considera um inimigo.

2) O ALCORÃO PREGA A MORTE, CRUCIFICAÇÃO E DECAPITAÇÃO.


"AL MÁIDA"(A MESA SERVIDA). Revelada em Madina; 120 versículos, com
exceção do versículo 3, que foi revelado em Arafat, durante a Peregrinação de
Despedida.
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5ª SURATA: 33 O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu
66
Mensageiro e semeiam a corrupção na terra (368), é que sejam mortos, ou
crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos (369), ou banidos. Tal
será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo
castigo.
3) OS RENEGADOS DEVEM SER CAPITURADOS E MORTOS.
Nota. Se você é um muçulmano e deixa o islamismo você é alguém que se
REBELOU.
Agora veja o seu fim.
"AN NISSÁ‖ (AS MULHERES). Revelada em Madina; 176 versículos.
4ª SURATA: 89 Anseiam (os hipócritas) que renegueis, como renegaram eles, para
que sejais todos iguais. Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham
migrado (285) pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então,
matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente
nem por socorredor.
Será que os radicais não estariam motivados pelas orientações contidas no livro
sagrado do Islã? E não se trata de um caso isolado. Eles têm sido recorrentes. Na
verdade, o mundo precisa receber as boas novas de paz e repudiar a intolerância.

CONCLUSÃO
Ha uma crença comum de que todas as religiões basicamente contêm a mesma
verdade, embora se apresentem de maneiras distintas. Esse é o conceito de que
Deus, mesmo quando chamado por outro nome, é ainda Deus, Deus habita no topo
de uma enorme montanha, e todas as religiões e sistemas de crenças do mundo são
como caminhos distintos que nos levam ao topo. Como todos os caminhos, por fim,
levam ao cume, assim todas as religiões também levam a Deus.
Há apenas um problema com esse pensamento: todas as religiões não podem ser
verdadeiras. Como podemos ter tanta certeza?
Porque todas as religiões são diferentes e, em vários pontos, mutuamente
exclusivas. Em vez de dizer que todas as religiões são verdadeiras, seria mais
razoável acreditar todas são falsas, ou que apenas uma delas é verdadeira, e as
outras, falsas.
Neste ponto, você pode estar imaginando: Mas será que todas as religiões não
contêm uma verdade?' Carreto, Mas isso não significa que toda religião é
verdadeira. ―Como gostamos de dizer: Há verdade em tudo, mas nem tudo é
verdade‖ (RUCE, Bickel; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica, 5. Ed,
Rio de Janeiro: CPÂD, 2012, pp. 11,12).
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Capítulo 9 67

A EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS


No evangelismo não devemos desprezar as criancinhas. O carinho de Jesus ao lidar
com elas e seus pais é uma lição que precisamos entender tão bem quanto a
chamada dos primeiros discípulos. Bons textos para compreendermos o seu método
são: Marcos 10.13-16, Mateus 19.13-15, e Lucas 18.15-17.
Cristo se interessa profundamente pela salvação das crianças e pelo seu
crescimento espiritual. Os pais cristãos devem empregar todos os meios da graça ao
seu alcance para levar seus filhos a Cristo, porque Ele anseia recebê-los, amá-los e
abençoá-los (Mc 10.13-16).

I. RAZÕES PELAS QUAIS DEVEMOS EVANGELIZAR AS CRIANÇAS

A escritora Helena Figueiredo, em seu livro ―a importância do Evangelismo Infanto-


juvenil‖, nos apresenta algumas das razões pelas quais devemos pregar o
evangelho para as crianças. Vejamos.

1. Sete razões para evangelizar as crianças.

a) É mandamento bíblico (Dt 4,940; 6.6,7; Pv 22.6);


b) Jesus deu o exemplo, por Isso devemos imitá-lo (Mt 18.2; Mc 9.36,37).
c) Todos pecaram, inclusive a criança (SI 58,3; Rm 3.23). Atos como ira, obstinação,
inveja, desobediência e mentira fazem parte da natureza humana.
d) Os infanto-juvenis possuem alma imortal (Ez 18,4).
e) A Bíblia esclarece que uma criança pode ser salva (Mt 18.6).
f) Jesus recebeu "perfeito louvor" da boca dos pequeninos (Mt 21.16).

É bom saber que a salvação é para todos, sem excluir ninguém. Sem nenhuma
restrição quanto a cor, raça, língua, religião e idade. A forma de receber a salvação
também é única — a fé em Cristo (Jo 1.12).

A verdadeira evangelização é global e, por fim, a evangelização das crianças é o


cumprimento da vontade de Deus.

A infância é o período em que o coração e a mente estão mais predispostos à


influência do evangelho.

Uma criança ganha para Cristo representa uma alma salva e uma vida que poderá
ser empregada no serviço do Mestre.

2. As vantagens da evangelização das crianças.

As igrejas precisam estar preparadas para oferecer um espaço adequado aos


pequeninos. As vantagens para a igreja, as crianças e os pais são inúmeras.

a) Para os pais, é reconfortante saber que existe um local preparado e destinado


para crianças, de acordo com idade de cada uma. Isso gera confiança no pai, pois
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ao ver que o local está estruturado, ele percebe que é melhor que seus filhos fiquem
68
em um lugar assim do que ficar com eles no culto, onde não terão uma atividade
apropriada e ainda podem atrapalhar os pais de prestarem atenção ao culto.

b) As crianças são favorecidas por espaço adequado, material direcionado e por ser
atendidas por pessoas que se prepararam para aquilo. No departamento infantil as
crianças terão acesso a uma lição em linguagem apropriada, com material visual e
atividades voltadas para sua idade.

c) Preparar as crianças para conhecer a Palavra de Deus e para que cresçam


conhecendo as importantes histórias bíblicas á a grande conquista da igreja com a
implantação do departamento infantil.

II. ONDE EVANGELIZAR AS CRIANÇAS


1. No lar.

O ensino da Palavra de Deus deve começar no lar. ―Mas, se alguém não tem
cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior que o
infiel‖ (1Tm 5.8).
Realmente, é no lar que a criança deve ter seu primeiro con¬tato com os
ensinamentos bíblicos, através de seus pais (Dt 6.6,7).

Foi através do ensino de pais piedosos e tementes a Deus que alguns homens
foram grandemente usados por Deus como Samuel, Timóteo, Moisés, etc.
Infelizmente, em alguns lares isso não acontece. Os filhos crescem completamente
alheios às coisas espirituais e, quando adultos, não produzem bons frutos. Os filhos
de Eli são um exemplo disso (1Sm 2.12).

2. Na Escola Dominical.

Através da escola dominical a criança tem mais condições de aprender a Palavra de


Deus. O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical como a temos hoje
começou em 1780, na cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra. As crianças estão
envolvidas diretamente na fundação da Escola Dominical.
O fundador foi o jornalista evangélico (episcopal) Roberto Raikes, de 44 anos,
redator do "Gloucester Jornal". Raikes foi inspirado a fundar a Escola Dominical ao
sentir compaixão pelas crianças de sua cidade, que perambulavam pelas ruas,
entregues à ociosidade, ao abandono e ao vício, sem qualquer orientação espiritual.

Ele, que já trabalhava entre os detentos das prisões da cidade, pensou no futuro
daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, a fim de que mais tarde
também não fossem parar na cadeia. Procurava as crianças em plena rua e as
conduzia ao local de reunião, fazendo-lhes apelos para que todos os domingos
estivessem ali reunidas.

De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do ensino das
Escrituras, eram também ministradas as crianças rudimentos de linguagem,
aritmética e instrução moral e cívica. O ensino das Escrituras consistia quase
sempre de leitura e recitação. Em seguida, teve inicio a pratica de comentar os
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versículos lidos. Muito depois e que surgiu a revista da Escola Dominical, com lições
69
seguidas e apropriadas.

3. Na Igreja.

Os pais devem esforçar-se para trazê-las à igreja (Dt 6.6,7). O templo é o lugar do
ensino e da bênção. Jesus, ainda pequeno, foi levado por seus pais ao Templo (Lc
2.27), para com Ele procederem de acordo com a Lei. Quando menino, também foi
levado ao Templo nos dias da Festa da Páscoa (Lc 2.42).
Desde os dias de Moisés, lemos a respeito de reuniões nas quais o povo, inclusive
as crianças, devia comparecer para ouvir os ensinamentos sagrados (Dt 31,12,13;
Ne 8.1-13; 12.43).

Sejam as crianças de colo ou não, seus pais devem esforçar-se para trazê-las à
casa de Deus a fim de ouvirem os santos ensinamentos.
Há diversas maneiras de incentivarmos as crianças a virem à casa de Deus.

Vejamos algumas maneiras.

- Crianças gostam de cantar, e o seu louvor é o mais perfeito (SI 8.2).


- De vez em quando, convide-as para testificar e pregar (Pv 20.11).
- Dependendo do caso, leve-as nas visitas.
- Leve-as ao culto ao ar livre.
- Deixe-as recitar poesias (principalmente nas datas comemorativas)
- Ensine música a elas. As crianças são os músicos e coristas de amanhã.
- Promova concursos de perguntas bíblicas.
- Promova cultos de oração com a participação delas (At 12.13).

Todos os esforços devem ser feitos para que não venhamos a impedi-las de se
chegarem ao Senhor (Mt 19.14; Mc 10.14). Devemos regar a semente do evangelho
que está no coração delas (1 Co 3.6).

III. EXEMPLOS DE CRIANÇAS QUE FORAM ENSINADAS DESDE


CEDO

Na Bíblia encontramos grandes heróis da fé, que desde o berço foram ensinados
nas verdades eternas e, quando adultos, foram verdadeiros vasos de bênçãos nas
mãos de Deus.

Desde cedo, os pais ou responsáveis devem falar de Deus a seus filhos. Contar as
histórias da Bíblia, cantar e orar com eles. Assim Deus ordenou à nação de Israel,
através de Moisés: ―E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e
as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te, e levantando-te‖ (Deuteronômio 6:6-7).

1. Moisés.

Desde pequeno recebeu ensinamentos de sua mãe (Êx 2.9). Mais tarde, foi levado
para o palácio de Faraó, sendo adotado pela filha de Faraó (Êx 2.10). Quando
adulto, ―recusou ser chamado filho da filha de Faraó‖ (Hb 11.24), isto é, recu¬sou a
posição de futuro governador, bem como os ―tesouros do Egito‖ (Hb 11.26).
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Escolheu, antes, ―ser maltratado com o povo de Deus do que, por um pouco de
70
tempo, ter o gozo do pecado‖ (Hb 11.25) e ficou firme neste propósito ―como vendo
o invisível‖ (Hb 11.27). Donde lhe veio toda esta convic-ção e firmeza? Certamente
dos ensinamentos recebidos de sua mãe, quando criança.

2. Samuel.

Como resultado do voto que fizera, Ana concebeu Samuel (1Sm 1.20-27). Após ser
desmamado, sua mãe o levou para a Casa de Deus e ali o deixou para servi-lo (1Sm
1.28). Em sua juventude pôde ouvir a voz de Deus (1 Sm 3.8-10), e o ―Se¬nhor era
com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou de cair em terra‖ (1 Sm 3.19).
Foi um dos maiores juizes que Israel já teve, e consta da relação dos heróis da fé
(Hb 11.32,33). Donde veio a força que o impulsionou durante toda a sua vida?
Certamente muita influência ele recebeu quando ainda era pequeno.

3. Timóteo.

Desde a sua meninice ele já sabia ―as sagradas letras‖ (2Tm 3.15), que havia
aprendido de sua mãe Eunice e esta, por sua vez, de sua mãe, Lóide (2Tm 1.5).
Tinha bom testemunho (At 16.1,2). Teve uma atuação muito grande nas viagens
missionárias do apóstolo Paulo (At 16.1,2; 17.15; 19.22), bem como em diversas
igrejas (Rm 16.21; 1Co 4.17; Fp 2.19; 1Ts 3.2).

Foi um dos grandes instrumentos de Deus nos dias da Igreja Primitiva. Certamente o
que ouvira quando criança dava-lhe uma sólida coragem para enfrentar a dura
peleja da propagação das Boas Novas de salvação.

IV. COMO PREPARAR UMA MENSAGEM PARA EVANGELIZAR


CRIANÇAS
1. Lembre-se que você está falando com crianças!
Use um vocabulário apropriado.
Todas as ideias devem ser bem concretas, evitando simbolismo absoluto. As
crianças precisam ouvir o evangelho também. Elas precisam de uma mensagem
clara, breve, concreta e viva! Não fale muito. O ideal é falar de 5 a 7 minutos. Você
terá que planejar bem cada palavra.

2. Evite o uso de lendas, contos de fada e até o uso constante de histórias


morais.
É melhor usar mensagens bíblicas. Como você se sentiria se o pastor somente
pregasse usando ilustrações e nunca a Bíblia?

3. Planeje bem como pode iniciar a mensagem, porque assim vai conseguir (ou
não) a atenção das crianças.

A criança precisa de ajuda para ligar a ideia central da história com sua vida. Para
iniciar a mensagem, você pode usar um objeto, um recurso visual, uma pergunta,
uma experiência, etc. Se usar um recurso visual, deve ser visível para todos.
Não adianta nada usar algo tão pequenino que ninguém pode enxergá-lo. Se usar
um objeto, deve ser algo concreto (como uma Bíblia, quando está falando sobre a
importância da leitura dela). Nunca use um objeto para simbolizar um conceito (por
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exemplo, usar um espelho para mostrar que refletimos o amor de Deus). Evite usar
71
coisas extravagantes que vão desviar a atenção da criança pelo resto da mensagem
(por exemplo, um cachorrinho que permanece na sala).

4. Leve a criança a pensar.

Faça a criança pensar sobre o assunto em relação à vida dela. Cuidado para não
moralizar ou falar com um ar superior! Há uma grande diferença entre esta atitude e
a ideia de entrar no mundo da criança!
5. A mensagem deve ter um tema central.
Não é certo escolher uma história para contar e depois tentar achar ―a moral‖ da
história. Deve determinar seu tema e escolher um texto que ilustre o conceito! Nem
sempre é necessário contar uma história.

6. Use gestos, linguagem viva, pausas, diálogo, uma voz variada, expressões
faciais, para fazer a mensagem viver

7. Use uma variedade de métodos: Pantomima, monólogo, drama, fantoches,


entrevistas, ilustrações etc. Mas evite simplesmente alegrar as crianças.

V. MODELOS DE MENSAGENS PARA AS CRIANÇAS


1. Quem fez o mundo? Gn 1.1-2.3.
2. A canção que abriu as portas da cadeia: At 16.16-28.
3. A viagem do grande barco: Gn 6.14-22; 7.1-24.
4. O garoto que vendeu sua herança e seu futuro por um prato de comida: Gn 25.29-
34.
5. O garoto escravo que se tornou primeiro ministro: Gn 37.13-36; 39.20-23; 41.1-44.
6. O choro de um bebê que lhe proporcionou morar no palácio: Êx 2.1-10.
7. O ataque de raiva de Moisés: Nm 20.10-12; Dt 3.23-26.
8. A banda que tomou uma cidade marchando ao redor dela 13 vezes: Js 6.1-20.
9. A busca de Gideão pela vontade de Deus: Jz 6.36-40.
10. O garoto que podia ouvir a voz de Deus: 1 Sm 3.1-21.
11. Davi, o gigante matador: 1 Sm 17.
12. O profeta alimentado pelos pássaros: 1 Rs 17.1-6.
13. A carruagem de fogo: 2 Rs 2.9-11.
14. A corrida pela vida do pequeno garoto: 2 Rs 4.18-36.
15. O machado que flutuou: 2 Rs 6.1-7.
16. A controvérsia sobre comer e beber vencida por quatro jovens que não bebiam:
Dn 1.3-15.
17. Três garotos que não se comprometeram: Dn 3.1-30.
18. Três histórias sobre "peixe": Jn 1-2; Lc 5.4-8; Jo 21.4-11.
19. A estrela que levou ao berço do bebê: Mt 2.1-11.
20. Cinco garotas deixadas para fora: Mt 25.1-13.
21. O garoto que fugiu de casa: Lc 15.11-24.
22. O garoto cujo lanche alimentou cinco mil homens: Jo 6.5-13
23. A mentira fatal: At 5.1-10.

VI JESUS E AS CRIANÇAS
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1. Jesus abençoa as crianças (Mc 9.33-37;10.13-16; Lc 9.46-48;18.15-17; Mt


72
19.13-15).
Então, trouxeram-lhe algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse
por elas. Os discípulos, contudo, os repreendiam. Mas Jesus lhes ordenou: ―Deixai
vir a mim as crianças, não as impeçais, pois o Reino dos céus pertence aos que se
tornam semelhantes a elas‖. E, depois de ter-lhes imposto as mãos, partiu dali (Mt
19.13-15 – KJA).

Era costume dos judeus levar as crianças para serem abençoadas por um rabino
que fosse mestre comprovado da Lei. Ao ouvirem o ensino de Jesus, as pessoas
não tiveram dúvidas em enviar seus filhos para receberem a dádiva real (Gn 27).
Entretanto, Jesus aproveitou o evento para pregar sobre a chegada e a
disponibilidade do Reino de Deus para todos que o recebessem com a humildade,
sinceridade, fé e alegria das crianças (Mt 6.9; Rm 8.14).

2. Jesus diz que o Reino dos Céus é das crianças.

―...Deixai vir a mim os pequeninos. Não os impeçais, pois deles é o Reino de Deus.
Com toda a certeza vos asseguro: aquele que não receber o Reino de Deus como
uma criança, jamais terá acesso a ele‖ (Mc 10.14,15 – KJA).
Só aquele que aceitar o Reino de Deus com o coração receptivo e puro de uma
criança, como um dom gracioso do Senhor, poderá desfrutar plenamente de todos
os seus privilégios (Ef 2.8,9).

3. Jesus usa a ilustração das crianças para explicar quem herdará o Reino de
Deus.

Jesus usa uma outra ilustração (Lc 18.15-17) para explicar, particularmente aos
discípulos, que tipo de pessoa herdará o Reino de Deus. A recepção calorosa e
protetora do Senhor às crianças – no original grego transliterado brephe, ―infantes‖ –
denota que as principais virtudes desejadas por Deus no ser humano não são a
instrução, compreensão e obediência irrefletida às leis; mas sim, a relação de amor
puro, confiante e sincero para com o Senhor (Mt 18.3; 19.14; Mc 10.15 de acordo
com 1Pe 2.2).

Qualquer tentativa de obstruir ou impedir que crianças e pessoas simples do povo


tenham essa relação verdadeira com Deus será duramente castigada (17.1,2; Mt
18.1).

CONCLUSÃO
―O que nós ensinarmos as crianças na infância será de grande utilidade no futuro.
Serão os futuros presidentes, governadores, deputados, senadores, etc., a conduzir
o destino da nação. Serão pastores, presbíteros, diáconos, etc., que no futuro
estarão liderando o rebanho do Senhor (Valdir Bícego)‖.
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Capítulo 10 73

O PODER DA EVANGELIZAÇÃO NA
FAMÍLIA
Veremos o conceito de família na bíblia, apresentaremos dicas para se evangelizar o
cônjuge, além de abordarmos sobre a comunicação em família.

Veremos os passos que os pais devem dar para levar os filhos a uma vida devotada
a Cristo. Por fim, discorreremos sobre como evangelizar os filhos e parentes.

I. O CONCEITO DE FAMÍLIA NA BÍBLIA


1. Família no Antigo Testamento.

Várias palavras expressando a ideia de família aparecem na Bíblia, No Antigo


Testamento, o heb. bayith (lit., ―casa‖) pode significar a família que vive na mesma
casa (por exemplo, 1 Cr 13.14) e é frequentemente traduzido como ―casa‖ (por
exemplo, Gn 18.19; Êx 1,1; Js 7.18, lembre-se do caso de Acã, encontrado é o
termo heb. Mishpaha com o significado de ―parentesco‖ (por exemplo, Gn 24.38-41),
―família‖ ou ―clã", usualmente com uma conotação mais ampla do que a do termo
"família‖ que usamos (por exemplo, Gn 10.31,32).
a) A abrangência do termo família.

A família ou casa judaica incluía não somente membros imediatos intimamente


ligados por laços de sangue ou de casamento, mas abrangia também escravos,
servos contratados, concubinas e até mesmo estrangeiros.

Abraão circuncidou cada homem de sua casa, de Ismael até os escravos nascidos
em sua casa e aqueles que foram comprados de estrangeiros (Gn 17.23,27).

Note como era extensa a família de Jacó, sendo 66 o número de todos os seus
filhos e netos, sem contar as esposas de seus filhos (Gn 46.5-7,26). Os filhos eram
grandemente desejados e eram muito importantes na administração familiar,
especialmente os meninos (SI 127.3-5; 128.3; Rt 4.11).

b) Posição social e papel.

Na família do AT, o pai exercia autoridade praticamente absoluta; daí a necessidade


de, no NT, adverti-lo a não provocar a ira dos filhos (Ef 6,4; Cl 3.21). Ele simbolizava
a tradição, a linhagem da família e sua esperança para o futuro.

O seu dever era liderar a família em adoração.


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Quando ele o fazia, a sua integridade e devoção a Deus tomavam-se um exemplo


74
para os seus descendentes (por exemplo, Jó 1.5); quando o pai falhava, ele era
amargamente acusado (SI 78.8; Am 2.6,7).

A mãe também tinha grande influência nos bastidores, como no caso do conselho de
Rebeca a Jacó (Gn 27.11-17). Ela confortava seus filhos (Is 49.15; 66.13) e era
amada e respeitada por eles.

O filho mais velho, ou primogénito, normalmente era preparado e treinado para o


futuro papel de chefe da família.

Talvez por causa das obrigações e responsabilidades extras como líder do clã, este
recebia uma porção dobrada da herança.

c) Provérbios relação às questões familiares.

O livro de Provérbios está especialmente repleto destes ensinos. O efeito da criança


sobre o estado de espírito da família (10.1; 15.20; 17.25; 23.24,25); o valor da
disciplina rígida (13.24; 19.18; 22.15; 23.13,14; 29, 15,17; Hb 12.5-11); as
advertências contra a desobediência aos pais (19.26; 20.20); e o agravo da mulher
rixosa (19.13; 27.15) - estes são alguns dos sábios provérbios com relação às
questões familiares.

2. Família no Novo Testamento.

O Novo Testamento usa o gr. oikia (―casa‖, ―lar‖, ―os da casa‖, por exemplo, Lc 19.9;
At 10.2; 16.31; 18.8; 1 Co 1.16) e olkiakos (―membros do grupo familiar de alguém‖,
Mateus 10.25,36).

a) A família e os escritores do Novo Testamento.

Os escritores do Novo Testamento construíram sobre os princípios e ideais para a


vida familiar estabelecidos no Antigo Testamento. Referindo-se ao relato de
Genesis, Jesus esclareceu e confirmou o conceito original de permanência na terra
do relacionamento matrimonial (Mt 19.3-6).

Embora o termo ―apegar-se-á‖ (Gn 2.24) sugira fortemente que esta união deveria
ser para toda a vida, Jesus não deixou dúvidas ao dizer; ―Portanto, o que Deus
ajuntou não o separe o homem‖ (Mt 19.6).

b) A comparação que Paulo fez em entre a família e Cristo.

Paulo elevou o casamento ao seu nível mais alto ao comparar o marido a Cristo, e a
mulher, à igreja (Ef 5.22,23). O marido, diz o apóstolo, deve amar a sua ―mulher,
como também Cristo amou a igreja‖, e a mulher deve sujeitar-se ao seu marido
como a igreja deve sujeitar-se a Cristo (Ef 5.25,22-24).

O homem como um marido amável refletindo as atitudes generosas e sacrificiais do


próprio Cristo, deve ser o ―cabeça da mulher‘, dando-lhe segurança e proteção.
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c) Jesus e as crianças.
75
Jesus também elevou as crianças a uma posição proeminente em seu plano divino
quando ensinou que elas não deveriam ser ofendidas (Mt 18.6), desprezadas
(18.10) e tampouco proibidas de irem a ele (19.14).

Paulo reitera um princípio do Antigo Testamento ao colocar a responsabilidade


primária de treinar as crianças sobre os ombros dos pais (Ef 6.4).

d) A formação da família.

O casamento com incrédulos é proibido para o povo de Deus, a fim de evitar que se
desviem para adorar outros deuses (Dt 7.3,4; 2 Co 6.14).

O texto em 1 Coríntios 7 dá instruções práticas com relação ao problema do


egoísmo no casamento (vv. 1-5), diz o que fazer quando um cônjuge não é
convertido (vv. 12-16) e adverte contra o problema da lealdade dividida (vv. 32-35).

Jesus trata da questão do divórcio Mt 19.3-11), e Paulo dá instruções relacionadas


ao casar-se de novo (1 Co 7.39,40; Rm 7.1-31.

Conselhos práticos para esposas e mães podem ser encontrados em Tito 2.3-5 e 1
Pedro 3.1-6.

3. Princípios e bases bíblicas da vida familiar.

O padrão básico de Deus para o casamento está registrado em Génesis 2.18-25.


Como planejado originalmente, este relacionamento envolvia um homem e uma
mulher, uma união física (Gn 1,28) e uma nova unidade social (Gn 2.24).
A família era construída sobre estes princípios básicos, e, por todo o AT, a família
era considerada no tratamento de Deus para com o homem. Os filhos eram
considerados dádivas e bênçãos de Deus (Gn 4.1; 33.5; SI 113.9; 127.3; 68.6).

O pai e a mãe eram responsáveis por treiná-los (Dt 6.6-9; Pv 22.6), e o pai era
particularmente responsável por fornecer um exemplo consistente de uma vida de
temor e obediência ao Senhor. O fracasso neste aspecto traria resultados
devastadores (Êx 20.4,5; Nm 14.18), bem ilustrados na apostasia de Israel (2 Rs
17.14; 2 Cr 33.22-25; At 7.51-53).

Não há dúvida de que os ensinos da Bíblia elevam a família e sua função a um nível
não alcançado em nenhuma outra literatura ou sociedade. Embora esta unidade
social divinamente instituída tenha falhado em muitos casos, não funcionando em
um nível correto dentro da comunidade cristã, o padrão santo de Deus para a vida
da família não está invalidado.

II. COMO AGIR PARA GANHAR O CÔNJUGE PARA CRISTO

1. Atitudes da Esposa Crente.


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Pedro 3, ensina como uma esposa deve agir a fim de ganhar para Cristo o seu
76
marido não salvo.

1) Ela deve ser submissa ao marido e reconhecer a sua liderança na família (Ef
5.22).
2) Ela deve conduzir-se de modo santo e respeitoso, com espírito manso e quieto
(vv. 2-4).
3) Ela deve esforçar-se para ganhar o marido para Cristo, mais pelo comportamento,
do que por suas palavras.

A esposa tem a tarefa, dada por Deus, de ajudar o marido e de submeter-se a ele
(Ef 5. 22-24). Seu dever para com o marido inclui o amor (Tt 2.4), o respeito (Ef 5.
33; 1 Pe 3.1,2), a ajuda (Gn 2.18), a pureza (Tt 2.5; 1 Pe 3.2), a submissão (Ef 5. 22;
1 Pe 3.5), um espírito manso e quieto (1 Pe 3.4) e o ser uma boa mãe (Tt 2.4) e
dona de casa (1 Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5). A submissão da mulher ao marido é vista por
Deus como parte integrante da sua obediência a Jesus, "como ao Senhor" (Ef 5. 22;
1 Tm 2.13,15).

2. Atitudes do esposo Crente.

Deus atribuiu ao marido à responsabilidade de ser cabeça da esposa e família (Ef 5.


23-33; 6.4). Sua chefia deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela
esposa e família (Ef 5. 25-30; 6.4).
A responsabilidade do marido, que Deus lhe deu, de ser "cabeça da mulher" (Ef 5.
23) inclui:

a) provisão para as necessidades espirituais e domésticas da família (Ef 5. 23,24;


Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8);

b) o amor, a proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma


maneira que Cristo ama a Igreja (Ef 5. 25-33);
72
c) honra, compreensão, apreço e consideração pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7);

d) lealdade e fidelidade totais na vivência conjugal Ef 5. 31; Mt 5.27,28).

e) Coabite com sua esposa com entendimento, seja lábio em suas palavras e
atitudes.

f) Suas ações devem ser coerentes com suas palavras. Viva aquilo que você prega.

III. A COMUNICAÇÃO EM FAMÍLIA

A comunicação familiar é a chave para a criação de uma família bem-sucedida. Dois


tipos de comunicação são vitais:

1. Comunicação entre os pais.


Este é um fator chave nas famílias de sucesso! Qualquer conflito de ideias entre os
pais deve ser solucionado em particular ou executado com os filhos em unidade.
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2. Comunicação com os filhos.


77
A melhor forma de conhecer a mente de seu filho, ou seja, como ele ou ela se sente,
sua aprendizagem na escola e os tipos de crenças e atitudes que está
desenvolvendo é manter abertos os canais da comunicação. Você desejará fazer
isto com seu filho individualmente, bem como com toda a família.

Três elementos principais encorajam a qualidade da comunicação:


• Tempo disponível
• ouvir com atenção
• Conversar francamente
O ajuste e o clima podem afetar o sucesso da comunicação. Reserve tempo
suficiente para uma discussão espontânea, onde a comunicação seja natural e
fluente.

Quando eu era jovem, minha família sempre tomava café da manhã e jantava em
conjunto. Algumas lembranças mais Alegres estão relacionadas com estes
momentos. Algumas não são específicas, porém estão repletas de risadas, assuntos
que fluíam e histórias. Meu pai é um contador de histórias nato, e eu sempre
adorava ouvir as coisas excitantes que havia feito em sua vida, as histórias sobre a
Segunda Guerra Mundial e suas aventuras enquanto levava de avião os
suprimentos missionários até ao México. Aprendi muito com suas conversas sobre
política, comunidade, história de nossa família e propósitos de viagens, uma vez que
minha mãe não possuía a habilidade de contar histórias.

E não se esqueça das lembranças familiares! Aqueles momentos especiais são


mantidos vivos por gerações quando lembrados por toda família. Os momentos de
refeição são ótimos para este tipo de entrosamento. Atualmente, as famílias
possuem agendas ocupadas, mas se puderem reservar tempo ao menos para uma
refeição diária em conjunto, vocês provarão alguns momentos fabulosos de
comunicação aberta!

Se você é como a maioria dos pais, provavelmente passa grande parte do tempo no
carro com seus filhos, levando-os de uma atividade a outra. Estes momentos de
descontração (especialmente, se o rádio estiver desligado) proporcionam diálogos
especiais. E, quando um grupo de amigos de seus filhos está presente no carro, 73
é-
lhe dada a chance de observar suas companhias, suas preocupações (os assuntos
sobre os quais conversam) e como seu filho interage socialmente.

Como cristãos, estamos sempre muito ocupados com trabalho da igreja e ajudando
aos outros. Cristo nos chama para tal serviço, e esta deve ser uma importante tarefa
d nossas vidas. Entretanto, precisamos ser cuidadosos para que isto não tome o
lugar de nossos momentos familiares Deus nos confiou o cuidado e custódia de
nossos filhos, mas é nossa prioridade educá-los e treiná-los nos caminhos do
Senhor.

Ouvir é uma das partes mais importantes da comunicação, ainda que pouco
praticada. Podemos melhorar nossa maneira de ouvir, prestando cuidadosa atenção
na outra pessoa, em silêncio e sem pressa. Se ouvimos nossos filhos sem
interrompê-los, sem pensar no que vamos responder a seguir, e sem nos
precipitarmos em oferecer conselhos ou julgá-los, estamos realmente dizendo-lhes,
através de nossos atos, que eles são importantes.
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78
Além de ouvir as palavras de seu filho, observe a linguagem do seu corpo. Ele se
sente confortável compartilhando seus assuntos com você, ou precisa de um
encorajamento extra? Ele aparenta mais ansiedade e temor do que declara? Seu
filho, naturalmente, estará observando a sua linguagem corporal para certificar-se de
seu interesse no que ele ou ela tem a dizer. Se você ficar olhando para o relógio ou
batendo o pé demonstrará desinteresse, e seu filho provavelmente não desejará
compartilhar seus sentimentos da próxima vez.

Ao responder-lhe, deixe que realmente perceba seu interesse por ele. Escolha suas
palavras cuidadosamente para que soem mais ponderadas que falaciosas. Você
pode preferir iniciar uma frase como: "Estou muito-preocupada com..." ou "Eu
entendo que algumas vezes seja difícil..." ao invés de "Você deveria..." Se você não
estiver certo do que seu filho está tentando dizer, faça perguntas ou repita o que
entendeu e peça confirmações.

IV. EVANGELIZANDO OS FILHOS E OS PARANTES


1. Como evangelizar os filhos.
a) Sendo um crente verdadeiro para servir de exemplo para os filhos.
b) Por meio do culto doméstico.
c) Levar os filhos para a Escola Dominical e para os cultos semanais.

2. Como evangelizar os parentes.

a) Mostrando de forma clara e concisa quem é Jesus e o que Ele fez para nos
salvar.
b) Mostre a necessidade da salvação. Fale que todos pecaram, conte a história da
queda. Leia Romanos 3.23.
c) Diga que Jesus morreu na cruz pelos nossos pecados. A morte e ressurreição de
Jesus é a solução para o homem pecador.
d) Mostre que a salvação é pela fé, mediante a graça de Deus.
e) Faça o apelo. O apelo deve ser claro e conciso. 74
f) Use o testemunho de uma benção recebida para falar do amor de Jesus para seus
parentes.

V. PASSOS QUE OS PAIS DEVEM DAR PARA LEVAR OS FILHOS A


UMA VIDA DEVOTADA A CRISTO
É obrigação solene dos pais (gr. pateres) darem aos filhos a instrução e a disciplina
condizente com a formação cristã. Os pais devem ser exemplos de vida e conduta
cristãs, e se importar mais com a salvação dos filhos do que com seu emprego,
profissão, trabalho na igreja ou posição social (cf. Sl 127.3).

Seguem-se quinze passos que os pais devem dar para levar os filhos a uma vida
devotada a Cristo:

(a) Dediquem seus filhos a Deus no começo da vida deles (1Sm 1.28; Lc 2.22).
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(b) Ensinem seus filhos a temer o Senhor e desviar-se do mal, a amar a justiça e a
79
odiar a iniquidade. Incutam neles a consciência da atitude de Deus para com o
pecado e do seu julgamento contra ele (ver Hb 1.9).

(c) Ensinem seus filhos a obedecer aos pais, mediante a disciplina bíblica com amor
(Dt 8.5; Pv 3.11,12; 13.24; 23.13,14; 29.15, 17; Hb 12.7).

(d) Protejam seus filhos da influência pecaminosa, sabendo que Satanás procurará
destruí-los espiritualmente mediante a atração ao mundo ou através de
companheiros imorais (Pv 13.20; 28.7; 2.15-17).

(e) Façam saber a seus filhos que Deus está sempre observando e avaliando aquilo
que fazem, pensam e dizem (Sl 139.1-12).

(f) Levem seus filhos bem cedo na vida à fé pessoal em Cristo, ao arrependimento e
ao batismo em água (Mt 19.14).

(g) Habituem seus filhos numa igreja espiritual, onde se fala a Palavra de Deus, se
mantém os padrões de retidão e o Espírito Santo se manifesta. Ensinem seus filhos
a observar o princípio: ―Companheiro sou de todos os que te temem‖ (Sl 119.63; ver
At 12.5).

(h) Motivem seus filhos a permanecerem separados do mundo, a testemunhar e


trabalhar para Deus (2Co 6.14—7.1; Tg 4.4).

Ensinem-lhes que são forasteiros e peregrinos neste mundo (Hb 11.13-16), que seu
verdadeiro lar e cidadania estão no céu com Cristo (Fp 3.20; Cl 3.1-3).

(i) Instruam-nos sobre a importância do batismo no Espírito Santo (At 1.4,5, 8; 2.4,
39).
75
(j) Ensinem a seus filhos que Deus os ama e tem um propósito específico para suas
vidas (Lc 1.13-17; Rm 8.29,30; 1Pe 1.3-9).

(l) Instruam seus filhos diariamente nas Sagradas Escrituras, na conversação e no


culto doméstico (Dt 4.9; 6.5, 7; 1Tm 4.6; 2Tm 3.15).

(m) Mediante o exemplo e conselhos, encorajem seus filhos a uma vida de oração
(At 6.4; Rm 12.12; Ef 6.18; Tg 5.16).

(n) Previnam seus filhos sobre suportar perseguições por amor à justiça (Mt 5.10-
12). Eles devem saber que ―todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus
padecerão perseguições‖ (2Tm 3.12).

(o) Levem seus filhos diante de Deus em intercessão constante e fervorosa (Ef 6.18;
Tg 5.16-18).

(p) Tenham tanto amor e desvelo pelos filhos, que estejam dispostos a consumir
suas vidas como sacrifício ao Senhor, para que se aprofundem na fé e se cumpra
nas suas vidas a vontade do Senhor.
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Pais cristãos não devem permitir que seus filhos sejam influenciados por colegas
80
ímpios. Os pais devem tomar muito cuidado com os passatempos que eles permitem
em casa e fora de casa, para seus filhos, e também não descuidar-se do que se
passa com os filhos quanto à educação na escola pública. Dependendo do tipo, os
meios de entretenimento semeiam o mundanismo na mente e no coração dos filhos
(Sl 101.3; Ef 6.4; Cl 3.21).

CONCLUSÃO

A família além de ser uma instituição divina, ela também deve ser o nosso primeiro
campo de evangelização. É certo que não temos o poder de salvar os membros de
nossa família, mas temos o dever de apresentar o nosso Salvador aos membros de
nossa família. Levando sempre em consideração o fato de que o bom testemunho
fala, em muitos casos, mais do que a nossas palavras aos ouvidos de nossa família
e parentes.
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Capítulo 11 81

A EVANGELIZAÇÃO DAS PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA

Nesta oportunidade veremos a forma que Jesus evangelizava os deficientes.


Discorreremos acerca dos deficientes de nossos dias e como evangelizar de forma
completa.

I. JESUS E OS DEFICIENTES

O evangelho pregado por Jesus dava muita importância à cura dos doentes. Está
registrado que ―percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando
o evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e males entre o povo. E sua
fama correu por toda a Síria; e trouxeram-lhe, então, todos aqueles que sofriam,
acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e
os paralíticos. E Jesus os curava (Mt 4.23,24 – KJA)‖.

1. Evangelizando com poder (Is 61.1-3; Lc 4.18,19).

Encontramos no ministério de Jesus paralíticos, cegos, surdo-mudo tantas e muitas


outras pessoas sendo curadas das mais variadas enfermidades. E isto demostra que
Jesus tinha a intenção de curar a alma e o corpo de seus ouvintes.

O ministério ungido de Jesus incluía:


1) pregar o evangelho aos pobres, aos humildes e aos aflitos;
2) curar os espiritual e fisicamente doentes e quebrantados;
3) romper os grilhões do mal e proclamar a libertação do pecado e do domínio
satânico; e
4) abrir os olhos espirituais dos perdidos para verem a luz do evangelho e serem
salvos. Este quádruplo propósito caracterizava o ministério de Jesus Cristo, e
continuará a ser cumprido pela igreja enquanto esta estiver na terra.

2. Exemplos do que Jesus fazia como os deficientes.

a) Jesus cura um paralítico que tinha quatro amigos (Marcos 2.1-12).


b) Jesus cura certo homem, enfermo havia trinta e oito anos (Jo 5.1-18).
c) Jesus cura um cego de nascença (Jo 9.1-7).
d) Jesus cura um surdo-gago (Mc 7.31-37).
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A eficácia da importância que Jesus dava para a cura dos doentes ficou comprovada
82
na afirmação das multidões. Elas ―ficavam sobremodo maravilhadas e proclamavam:
Ele faz tudo de forma esplêndida! Faz tanto os surdos ouvirem como os mudos
falarem‖ (Mc 7.37 – KJA).

É bastante significativo que sejam em sua maioria enfermas as pessoas a quem os


evangelhos se referem. Uma regra básica em evangelismo é estar presente quando
alguém necessita de socorro.

É verdade que nem todos os enfermos foram restaurados nos dias de Jesus. Mas
dos que foram trazidos a Ele, nenhum foi mandado em bora sem sua benção.

II. OS DEFICIENTES DE NOSSOS DIAS

As pessoas com deficiência são as que se acham privadas quer de seus sentidos,
quer de seus movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais. Nessa
definição acham-se os cegos, mudos, surdos, paraplégicos e tetraplégicos, os
autistas, os que têm a Síndrome de Down, etc.

1. Como se comunicar com os surdos.

(1). Ao se comunicar com o surdo, procure ficar de frente para ele. O surdo ouve
com os olhos, portanto só haverá comunicação se houver visualização.
(2) Fale pausadamente;
(3) Utilize a expressão facial e corporal;
(4) Utilize vocabulário simples;
(5) Procure manter uma curta distância entre você e a pessoa surda;
(6) Utilize gestos, mesmo que o surdo seja bem oralizado;
(7) Mantenha a boca e mãos livres para fazer os gestos necessários. Não esqueça
que o corpo todo 'fala';
(8) Procure dominar a língua de sinais e o alfabeto manual, principalmente nomes
próprios;
(9) O surdo precisa ser exposto à cultura surda para desenvolver realmente sua
língua e compor sua identidade;
(10) A Libras (Língua Brasileira de Sinais) para o surdo é a língua materna"
(CHIQUINE, Siléia. Ensinando Deficientes Auditivos, 25ª Conferência de Escola
Dominical, Rio de Janeiro: CPAD, 2016).

2. Os dois tipos de surdos para a medicina.

a) Os oralizados.
Existem surdos oralizados, ou seja, conseguem se expressar por meio da fala e
compreender o que é transmitido por meio da leitura labial.
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Mesmo oralizado, o surdo continua dificuldade de comunicação porque continua


83
sem ouvir, Muitos desses alunos oralizados usam aparelho auditivo, mas é preciso
lembrar que o aparelho não exclui a sua limitação, apenas ajuda.

b) Os não oralizados.
O surdo não oralizados, que é aquele que não consegue se comunicar por
intermédio da fala.

3. Os cegos.

a) O que é deficiência visual?


A deficiência visual é caracterizada pela perda total ou parcial, congénita ou
adquirida, da visão. Há pelo menos dois grupos de deficiência visual:
Cegueira - há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que
leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.
Baixa visão ou visão subnormal - caracteriza-se pelo comprometimento do
funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas
com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos
óticos especiais (fonte: Fundação Dorina).

b) Como evangelizar os cegos.


Temos de oferecer-lhes a Bíblia e livros em Braille, para que venham a contemplar,
pelo tato, a beleza da Palavra de Deus (Is 29.18). Também podem ser usados os
audiolivros.

III. EVANGELIZANDO DE MANEIRA COMPLETA

Tanto Jesus como os seus apóstolos, pregavam um evangelho vivo. O qual curava e
libertava os oprimidos. Era um evangelho diferente do que estamos vendo hoje em
muitas denominações cristãs. Hoje, neste século XXI, muitos têm pregado um
evangelho sem poder. Por esse motivo fica, para muitos, mais fácil usarem meios e
artifício para se pregar o evangelho aos deficientes, do que dizer aos doentes:
―Levanta e anda em nome de Jesus Cristo, o Nazareno (At 3.1- 10)‖.

Devemos usar estratégias para levar o evangelho aos deficientes com toda certeza.
Entretanto, não podemos se esquecer de que a pregação do evangelho é seguida
pelos sinais, nos quais estão presentes curas divina (Mc 16.15-18).

1. Evangelismo completo têm sinais divinos.

Quando vamos evangelizar, costumamos nos lembrar de apenas parte da ordem de


Jesus, que diz: ―Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura‖ (Mc
16.15). O problema é que muitos não dão a mínima importância para a continuação
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do texto de Lucas 16, onde nos versículos 16,17 e 18, vemos os sinais seguindo os
84
que vão cumprindo o ide de Jesus.

2. Evangelismo completo não é somente pregar.


Ensinamos aos crentes de nossas igrejas que eles devem evangelizar; cumprir o ide
de Jesus. E nos esquecemos de que Jesus não nos deu apenas a ordem de
evangelizar. Ele deu ao menos cinco ordens. São elas (Mt 10.7,8):
a) Pregar.
b) Curar os enfermos.
c) Limpar os leprosos.
d) Ressuscitar os mortos.
e) Expulsar os demônios.
Por que será que só temos, na maioria das vezes, obedecido e ensinado os crentes
a obedecerem à primeira ordem? Por que será que na no máximo, conseguimos
apenas obedecer à quinta ordem (expulsar demônios).

Ou seja, com frequência procuramos obedecer à primeira ordem. Raramente


obedecemos à quinta ordem e quase nunca as ordens ‗b‘, ‗c‘ e ‗d‘.

Tanto os ensinamentos de Marcos 16.15-18, bem como os ensinamentos de Mateus


10. 7,8 foram dadas pelo próprio Jesus, aos seus primeiros discípulos. E hoje nós (a
igreja de Cristo) somos os discípulos de Jesus (Jo 8.31; 13.35; 15.8).

Os ensinamentos de Jesus são válidos para os seus primeiros discípulos, os quais


formaram o seu colégio apostólicos (Mt 10.5), e também para aqueles que se
tornariam os novos discípulos de Jesus (Mt 28.19,20). Ou seja, devemos guardar
todas as coisas que os primeiros discípulos de Jesus forram ordenados a guardarem
(Mt 28.20a). Portanto, não podemos ignorar as demais ordens de Jesus ao
evangelizar os deficientes.

É bom que fique claro para nós, que a operação de milagres não ficou limitada
apenas os primeiros apóstolos de Jesus. Pois, anos depois, os milagres aconteciam
através de homens como o diácono Estevão (At 6.3,5, 8), o diácono Felipe (At 8.5-7)
e o apóstolo Paulo (At 19.11,12; 20.9-12).

CONCLUSÃO
Acura física não implica necessariamente na cura espiritual. Apesar disso o
Evangelho tem tudo a ver com a saúde. A saúde do corpo e da mente se enfraquece
quando o pecado se apodera da consciência. Esta é, sem dúvida, a razão de muito
sofrimento. Removida a causa, os efeitos também o são. No entanto, deve ficar bem
claro que a doença nem sempre é motivada pelo pecado. Muitos outros fatores
podem contribuir, inclusive hereditariedade, poluição ambiental, acidentes,
desnutrição, idade, para mencionar apenas algumas causas.
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Capítulo 12 85

A EVANGELIZAÇÃO REAL NA ERA


DIGITAL

Quem deseja evangelizar nesta era digital utilizando as ferramentas virtuais


existentes na internet, terá que conhecer essas ferramentas. E saber de antemão
que, embora, seja possível se anunciar o evangelho pela internet, esta é uma área
que tem causado embaraços na vida muitas pessoas. Caseais têm se separados,
evangélicos têm se envolvido e perdido tempo com as muitas distrações existentes
no mundo virtual.

Nesta era digital, têm muitas pessoas, até cristãos, envolvidas com pornografias,
adultérios, além de muitas outras que, sentindo-se desprezadas, refugiam-se nesse
universo irreal e fantasioso. Porém, elas também são alvo da mensagem evangélica.

I. FERRAMENTAS PARA O EVANGELISMO REAL NO MUNDO


VIRTUAL

Uma pesquisa recente do Ibope Nielsen mostrou que o total de pessoas com acesso
à internet no país atingiu 77,8 milhões em agosto de 2011. Dessas, 87% utilizam
redes sociais e outras páginas de relacionamento. Só o Facebook tem 30,9 milhões
de usuários únicos no país, ou cerca de 14% da população nacional.

Quem deseja de fato evangelizar pela internet, terá a sua disposição numerosas
ferramentas grátis para tal finalidade. Entre essas ferramentas podemos citar: Fan
Pag no facebook, Twitter, blog, WhatsAp, E-mails e YouTube.

1. O que é uma Fan Page.

Fanpage ou Página de fãs é uma página específica dentro do Facebook direcionada


para qualquer organização com ou sem fins lucrativos que desejem interagir com os
seus clientes no Facebook.
A Fan Page é uma página do Facebook que pode ser seguida pelos usuários e
interessados em determinada marca ou empresa, oferecendo uma estratégia de
marketing digital eficiente.
81
É através da Fan Page que muitas igrejas e pastores têm divulgado semanalmente
muitas de suas atividades cristãs.

Por exemplo, existem Fan Page específicas para escolas bíblicas, cursos bíblicos,
escola dominical, entre tantas outras.
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a) Objetivos de uma Fan Page.


86
Divulgar uma marca, negócio ou causa no Facebook e conecte-se com pessoas.
Através desta ferramenta é possível publicar textos, fotos e vídeos.

b) A fan Page em relação ao perfil no fecebook.


Os perfis possuem um limite máximo de 5 mil amigos. Sabemos que 5 mil não é um
número baixo, mas também não é nada impossível alcançá-lo. Já uma Fan Page
não possuem nenhuma restrição no número de fãs. Existem pessoas que tem
milhares de seguidores através de suas Fan Pages.

c) Benefícios de uma Pan Page.


Na Fan Page é possível inserir imagens, vídeos, logo, links, eventos, discussões e
promoções, informações básicas (horário, site, endereço, celular, contato, etc.),
status (atualização, mural), conexão junto ao Twitter, etc. Dessa forma, você pode
compartilhar imagens, eventos, promoções, mensagens, entre outros, com os
usuários que seguem a sua Fan Page.

d) Exemplos de Fan Page.


- Página da Revista Pregador Cristão: www.facebook.com/pregadorCristao
- Estudos para professores e subsídios para a Escola Dominical:
www.facebook.com/ebdportal

2. O Twitter.

Twitter é uma rede social e um servidor para microblogging, que permite aos
usuários enviar e receber atualizações pessoais de outros contatos (em textos de
até 140 caracteres, conhecidos como "tweets"), por meio do website do serviço, por
SMS e por softwares específicos de gerenciamento. A exemplo de uma Fan Pege,
através do Twitter é possível publicar textos, fotos e vídeos.

3. Blog.

(contração do termo inglês Web log, diário da Web) é um site cuja estrutura permite
a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou posts.
Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a
temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de
pessoas, de acordo com a política do blog.
82
Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular;
outros funcionam mais como diários online.

Um blog típico combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da Web e
mídias relacionadas a seu tema. A capacidade de leitores deixarem comentários de
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forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante de muitos
87
blogs.

A maioria dos blogs é primariamente textual, embora uma parte seja focada em
temas exclusivos como arte, fotografia, vídeos, música ou áudio, formando uma
ampla rede de mídias sociais.

Podemos citar neste espaço dois exemplos de bons blogs cristãos. São eles:

sub-ebd.blogspot.com e escolabiblicaecb.blogspot.com

4. WhatsApp.
WhatsApp Messenger é um aplicativo de mensagens multiplataforma que permite
trocar mensagens pelo celular sem pagar por SMS. Está disponível para iPhone,
BlackBerry, Android, Windows Phone, e Nokia e sim, esses telefones podem trocar
mensagens entre si! Como o WhatsApp Messenger usa o mesmo plano de dados de
internet que você usa para e-mails e navegação, não há custo para enviar
mensagens e ficar em contato com seus amigos.
Além das mensagens básicas, os usuários do WhatsApp podem criar grupos, enviar
mensagens ilimitadas com imagens, vídeos e áudio.

5. E-mail.

É um correio eletrônico antigo é muito usado no mundo. É um método que permite


compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de
comunicação.
O usuário pode criar grátis e-mails em provedores como Hotmail, Gemail, Yahoo e
tantos outros.
As cinco ferramentas citadas à cima, são apenas alguns exemplos das muitas
ferramentas disponíveis no mercado Brasileiro e que podem ser usadas para envio
de mensagens evangelísticas para milhares de pessoas no mundo virtual. São
ferramentas do mudo virtual que podem se usadas com sabedoria para alcançar o
mundo real.

6. YouTube.

YouTube é um site que permite que os seus usuários carreguem e compartilhem


vídeos em formato digital. Foi fundado em fevereiro de 2005. A revista norte-
americana Time (edição de 13 de novembro de 2006) elegeu o YouTube a melhor
invenção do ano por, entre outros motivos, "criar uma nova forma para milhões de
pessoas se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca
foi vista". 83
Através desta ferramenta muitos pregadores postam seus sermões em vídeos e
muitas igrejas transmitem seus cultos ao vivo. E de graça.
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II. OS DEZ MANDAMENTOS PARA O MUNDO VIRTUAL E AS MÍDIAS 88


SOCIAIS
1. Não viverás no mundo virtual, apenas farás incursões.
Não substituirás o mundo real pelo mundo virtual.

2. Não venderás a alma para ganhar seguidores.


Evitarás factóides e fugirás das polêmicas pelas polêmicas.

3. Não construirás de ti mesmo uma imagem fake no mundo virtual.


Não manipularás as pessoas para que pensem de ti mais do que convém.
Conscientemente construirás tua identidade no mundo virtual.

4. Não te confundirás com o teu avatar.


Não permitirás que tua identidade seja determinada pelo que dizem a teu respeito
nos comentários das tuas postagens.

5. Não serás displicente, negligente e descuidado a respeito das fronteiras da tua


intimidade.
Cuidarás das dimensões pública (o que qualquer um pode saber), privada (o que
apenas as pessoas com quem você se relaciona sabem), e íntima (o que apenas as
pessoas para quem você revela sabem). Isso vale também para a vida dos outros.

6. Saberás claramente as razões porque estás presente no mundo virtual e utilizas


as redes sociais.
Não te tornarás o assunto das tuas mídias. Não falarás apenas de ti mesmo. Aliás,
quase nunca falarás de ti mesmo. Oferecerás conteúdo.

7. Não protagonizarás barracos no mundo virtual.


Não agredirás pessoas com fofocas, calúnias e difamações. Debaterás ideias, não
pessoas. Não serás melindroso: lembre-se que quem fala o que quer, ouve o que
não quer, inclusive bobagens. Não serás covarde, dizendo no mundo virtual o que
não dizes olhos nos olhos.

8. Não plagiarás. Respeitarás os direitos autorais.

9. Não usarás as mídias sociais para destruir, mas para construir.


Não serás apenas contra, mas dirás do que és a favor e farás propostas.

10. Não cairás na armadilha embutida na expressão ―rede de relacionamentos‖.


Relacionamento virtual é uma contradição de termos.

III. QUALIDADES EXIGIDAS PARA QUEM DESEJA EVANGELIZAR


PELA INTERNET
Vejamos uma lista de qualidades, as quis evitarão que quem evangeliza pela
internet seja embaraçado e até cai em pecado através das facilidades da internet.
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89
1. Ter autocontrole.
Isto evitará ser viciado em rede social como é o caso e muitos Brasileiros que são
viciados no WhatsApp e no facebook.

2. Ter uma vida santa, de oração e vigilância (1 Pe 1.15,16; 5.8; Mt 26.41).


Isto evitará ser enganado pelos agentes de Satanás e evitará também desagradar a
Deus.

3. Ter uma mensagem bem definida.

Quem evangeliza pela internet, tem que saber o que vai escrever, e ser muito claro
em sua mensagem. Deve conhecer a bíblia e dominar o assunto que vai discorrer
para o internauta.

4. Ser um verdadeiro discípulo de Jesus (Jo 13.35).

Quem deseja que as pessoas recebam a Jesus como Salvador, e não é um servo de
Cristo, está pregado o que não vive, e isto é uma hipocrisia.

5. Ter uma rede social e conexão com a internet.

Sem essas duas coisas básicas não se faz evangelismo pela internet.

6. Não ficar de papo-furado com uma pessoa do sexo oposto.

Isto evitará traições, destruição de lares, adultérios e suas consequências no mundo


real. Lembre-se seu objetivo e anunciar a cristo. É levar a mensagem de salvação
aos pecadores sem Jesus.

7. Ter uma mensagem bíblica e objetiva.

A mensagem deve tem por objetivo anunciar Jesus para seus leitores. E por isso é
necessário que a mensagem seja bíblica e objetiva.

8. Ser educado.

Uma pessoal que é mal educado ao escrever para alguém em uma rede social, é
mais um aventureiro do quer um ganhador de almas para Cristo.

10. Tem bom testemunho (1Tm 3.7).

Para que não caia em afronta, e no laço do diabo.

9. Não se acomodar na evangelização pela internet.

Sabemos que hoje em dia, a evangelização pela internet, é possível ser feita e
alcança um grande número de pessoas. Entretanto, não podemos se acomodar
atrás de um computador, smartphone ou tablete, e deixar de praticarmos a melhor
forma de evangelismo – o evangelismo pessoal. Pois este tipo de evangelismo foi
testado e aprovado por Jesus, seus discípulos e a igreja primitiva.
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90
IV. COMO NOS COMPORTARMOS EM RELAÇÃO À TECNOLOGIA
Segue uma lista de conselhos relativos à tecnologia, os quais podemos segui-los a
fim de não desvalorizarmos os avanços tecnológicos, ao ponto de deixarmos de
desfrutarmos de seus beneficieis. Nem valorizarmos excessivamente ao ponto de
nos embaraçarmos com as suas facilidades.

1) Precisamos fazer uso das novas tecnologias e em especial da mídia com


sabedoria e discernimento.

2) Não devemos jamais demonizar os avanços tecnológicos, pois foi Deus que deu
capacidade e poder criativo ao homem. O que estamos vivendo atualmente é
cumprimento da Palavra de Deus.

3) Devemos aceitar o fato de que os avanços tecnológicos, quando usados


sabiamente, trazem aos seus usuários grandes vantagens. Vejamos alguns
exemplos.

a) Internet. Esta representa Rapidez na informação.

b) E-mail, MSN, WhatsApp. Estes representam Maior rapidez de comunicação.

c) Digital 3D e com comando de voz. Representa Nitidez na imagem e efeitos


especiais.

d) Pen drive. Representa Maior espaço de armazenamento de dados em um espaço


menor.

e) Notebook, Laptops, palmtops, ipads e smartphones. Estes representam Maior


agilidade e eficiência; aparelhos menores e mais leves.

4) Reconhecer que o excesso de informação é um perigo não significa rejeitar o


saber e apoiar o obscurantismo. Se o Criador dotou-nos de condições físicas e
mentais para que conheçamos e produzamos conhecimento, obviamente que não
iria condenar-nos por isso (Gn 1.26-28; 2.15,19, 20; Dn 1.17). Contudo, é preciso
preocupar-se com a qualidade da informação que recebemos, pois, a partir dela,
acabamos formando nossa opinião acerca de praticamente tudo à nossa volta (Fp
4.8).

5) As modernas invenções tecnológicas deste novo século denotam que chegamos


a um período sem precedente (Dn 12.4).

6) Evitemos o consumismo eletrônico.


Em um ritmo cada vez mais frenético, se não tivermos cuidado, tornamo-nos reféns
de um consumismo eletrônico que não se justifica.
86
7) Não deixemos as tecnologias roubarem o nosso tempo, o qual deve ser usado
com a família, igreja, trabalho e o nosso próprio bem estar.
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O tempo passa a ser completa e totalmente roubado com o excesso de


91
envolvimento com as tecnologias, trazendo até mesmo problemas profissionais e
familiares. É preciso redobrar a vigilância com o uso da tecnologia.

8) Redobremos a vigilância em relação as redes sociais.


As redes sociais ―aproximam" os distantes e ―distanciam‖ os próximos! Eis um dos
grandes desafios da Igreja nesse século 21.

9) O excesso de informação ameaça mudar a nossa forma de pensar, porém


devemos levar ―cativo todo pensamento à obediência de Cristo‘ (2 Co 10.5).

10) Utilizar a mídia para anunciar a Palavra de Deus não é errado, desde que o
objetivo seja glorificar o nome do Senhor.

11) Muitos, erroneamente, acreditam que o crescimento de uma igreja ou


denominação se dá apenas pela utilização da mídia, em especial a TV, mas quem
sustenta a Igreja é faz com que ela cresça de modo saudável é o Senhor Jesus
Cristo.

12) É impossível ignorar o valor da mídia no que diz respeito à comunicação.

13) Podemos utilizar os meios de comunicação para anunciar o Evangelho.


Contudo, que o façamos de maneira sábia e relevante, pois não podemos lidar com
vidas como se estivéssemos negociando, atitude esta que, inclusive, é condenada
na Bíblia (1 Tm 6.1-21; 2 Pe 2.3).

14) A divulgação da Palavra de Deus tem de ser feita através de todos os meios de
comunicação possíveis que estiverem ao nosso alcance, e esses meios estão em
nossos dias, e cada vez mais sofisticados e penetrantes, Hoje é possível alcançar
um executivo no seu local de trabalho com a Palavra de Deus sem deixar, no
entanto, de alcançar um trabalhador rural.

15) É necessário que o trabalho de divulgação da Palavra de Deus através da mídia


seja feito com muita responsabilidade, e aqui eu abordo o segundo aspecto,
lembrando o que Jesus disse no Sermão da Montanha: 'Vós sois o sal da Terra' (Mt
5.13)".

16) Se as redes sociais fossem utilizadas de forma inteligente, não afastaria a igreja,
antes a aproximaria ainda mais entre si, e com a sociedade toda.

CONCLUSÃO
A era digital é era da informação (também conhecida como era digital ou era
tecnológica) é o nome dado ao período que vem após a era industrial, mais
especificamente após a década de 1980; embora suas bases tenham começado no
princípio do século XX e, particularmente, na década de 1970, com invenções tais
como o microprocessador, a rede de computadores, a fibra óptica e o computador
pessoal.
Como a nossa missão é falar de Cristo para todas as pessoas em todo tempo (2Tm
4.2), então podemos ir através da evangelização via mundo virtual, aonde não
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podemos ir fisicamente. Mas lembre-se o foco deve ser anunciar o evangelho de


92
Cristo e, não se envolver com as distrações e as muitas formas de pecado existente
na era digital.
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Capítulo 13 93

A EVANGELIZAÇÃO NESTA ÚLTIMA HORA


A evangelização integral só acontecerá se a igreja anunciar o evangelho de forma
simultânea nos âmbitos local, nacional e transcultural. Este é um método desafiador,
mas bíblico, conforme vemos em Atos 1.8.
―Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra (At 1.8)‖.
Observe que Jesus não disse para primeiro pregar em Jerusalém, depois na Judéia,
depois em Samaria e só então ser testemunha até os confins da terra, mas mandou
pregar tanto em Jerusalém como em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra.
Isto fala de ―simultaneidade‖, do contrário o evangelho estaria ainda em Israel,
confinado entre os judeus, pois Jesus mesmo disse: "porque em verdade vos digo
que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do
Homem" (Mt 10.23).

I. A EVANGELIZAÇÃO LOCAL

Os textos de Atos 2.42-47; 4.32-53 juntos se completam e mostram o começo da


igreja de Jerusalém. Era uma igreja que se caracterizava pela comunhão, sinais
sobrenaturais, solidariedade de seus membros, testemunho da ressurreição de
Cristo, e pelo poder atuante do Espírito Santo na vida dos discípulos.

1. Características do evangelismo local da Igreja de Jerusalém.


a) Intenso e dinâmico (At 2.46,47; 5.42)
b) Ousado (At 4.19,20; 23-31)
c) Dava ênfase ao ensino (At 2.42)
d) Seguido pelos sinais (At 2.43)
e) impulsionado e dirigido pelo Espírito Santo (At 4.8,31; 5.17-41; 7.55)

II. A EVANGELIZAÇÃO NACIONAL

A ordem dada por Jesus aos discípulos momentos antes de sua ascensão - que
fossem suas testemunhas até aos confins da terra - não estava sendo cumprida
pelos crentes em Jerusalém. Apesar de contar com milhares de crentes, os quais
continuavam vivendo em Jerusalém tendo tudo em comum, a Igreja primitiva ainda
não havia tomado consciência de sua missão.
Foi então que Deus permitiu abater sobre os discípulos a perseguição que os
dispersou para várias regiões. Filipe, por exemplo, foi para Samaria. Outros
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discípulos testemunharam em outras cidades e muitos se converteram, tendo-se


94
iniciado a formação do poderoso núcleo do evangelho que foi a igreja em Antioquia.

III. A EVANGELIZAÇÃO TRANSCULTURAL (Mt 28.19)

1. Termos envolvendo a evangelização

a) Evangelização transcultural.
Quando falamos de evangelização transcultural, estamos falando do esforço da
Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo.
Observe que o termo ―nação‖ de Mateus 28.19, vem do grego ―ethnos‖, cujo
significado é povos na sua essência étnica, envolvendo cultura, tradições.

b) Transculturação.

A ―transculturação‖ significa encontrar em cada cultura os instrumentos adequados


para proclamar de forma clara, aceitável e consciente a mensagem do evangelho.
O apóstolo Paulo é um grande exemplo de alguém que praticou a transculturação. A
vida de Paulo caracterizou-se pela transculturação. Ele era judeu para com os
judeus e gentio para com os gentios: 'E fiz-me como judeu para os judeus, para
ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei,
para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se
estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo),
para ganhar os que estão sem lei' (l Co 9.20,21).
Ele mesmo diz: 'Fiz-me como fraco para com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-
me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns' (l Co 9.22).

c) Evangelização e Evangelismo.

Evangelização é o anúncio da mensagem. Já a palavra Evangelismo refere-se à


técnica de comunicação da mensagem.

d) O que é Missões Transculturais

O prefixo trans deriva-se do latim e significa "movimento para além de", "através
de". Portanto, em linhas gerais, missão transcultural é transpor uma cultura para
levar a mensagem universal do Evangelho. A mensagem do Evangelho não pode se
restringir a uma só cultura, mas ter alcance abrangente, em todos os quadrantes da
terra, onde quer que haja uma etnia que ainda não a tenha ouvido.

Comunicar o Evangelho através das barreiras culturais é muito mais complicado e


difícil que evangelizar o povo de nossa própria terra. Para que o missionário
intercultural tenha êxito, precisa conhecer a dinâmica fundamental da comunicação
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intercultural. S e ele aprender a superar as barreiras da comunicação,


95
fundamentadas nas diferenças culturais, seu trabalho será muito mais frutífero.

Os antropólogos definem a cultura como herança total do homem não transmitida


biologicamente. É um sistema de normas de conduta aprendidas, comuns aos
membros de uma sociedade em particular, ou o modo de vida de determinado grupo
étnico.

Os valores que tem em comum e a forma de conduta são aceitas como normais em
seu meio. Esse conhecimento nos é transmitido desde a infância até o momento em
que morremos. Essa cultura não é estática, mas está em constante processo de
mudanças que acontecem lentamente.

Às vezes essa cultura muda quando um missionário leva o Evangelho e o povo


assimila conhecimentos novos mudando, muitas vezes, sua maneira de vida. Com o
tempo, um número cada vez maior de pessoas adota essa nova conduta cristã,
tornando-a normal entre o povo.

2. As perseguições motivaram o início da evangelização transcultural.

As perseguições iniciadas em Jerusalém, depois do martírio de Estêvão, tornaram


insuportável a situação dos cristãos naquela cidade. Muitos foram dispersos, não só
pela Judéia e Samaria, mas para além da terra de Israel, indo para a Fenícia,
Chipre, Antioquia da Síria e Cirene (v.19; 8.1-4). De todas essas regiões, Antioquia
sobressaiu-se, tornando-se mais importante centro missionário do primeiro século.
Durante os primeiros séculos do Cristianismo ela esteve entre os cinco maiores
centros cristãos da história: Antioquia, Jerusalém, Alexandria, Constantinopla e
Roma.

3. Depois das perseguições nasce a primeira igreja gentia.

Quando os apóstolos souberam da existência de discípulos em Antioquia, enviaram


para lá Barnabé, incumbido de sondar a legitimidade das conversões. Tendo
chegado e visto que de fato Deus concedera sua graça aos gentios, exortou os
discípulos a permanecerem no Senhor e partiu em busca de Saulo, que estava, por
aquele tempo, em Tarso, para engajá-lo na tarefa de estruturar a nova igreja. Então,
os dois juntos se aplicaram intensamente ao ensino.

Em Antioquia da Síria estava à primeira igreja gentia e a maior igreja missionária


depois de Jerusalém. Além dessas duas características, gentia e missionária,
Antioquia também teve o privilégio de ter o apóstolo Paulo como seu pastor (At
11.26), tornando-se a base missionária deste apóstolo.

4. A igreja de Jerusalém deu inicio a evangelização transcultural.

Barnabé foi enviado pela igreja de Jerusalém para ensinar aos gentios de Antioquia
(At 11.26). Entendeu muito cedo o caráter universal do evangelho de Jesus. Ele e
Saulo foram os primeiros pastores de Antioquia, e no exercício de seu ministério
ultrapassaram as barreiras culturais.
O Cristianismo é transcultural; a igreja de Jerusalém enviou o homem certo para
Antioquia. Por ser cipriota, talvez tivesse mais jeito de lidar com os gentios (At
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11.22). Esse é um exemplo de missionário enviado para ensinar numa igreja já


96
constituída.

IV. OS CAMPOS PARA A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL

Disse Jesus: ... ―ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a


Judéia e Samaria e até aos confins da terra‖ (At 1.8).

Com base nesse texto bíblico, podemos identificar e situar o campo do ganhador de
almas nos seguintes lugares:

1. “JERUSALÉM” PARA O CRENTE EM PARTICULAR


- A casa onde reside — evangelização de familiares.
- A rua onde mora - evangelização de vizinhos.
- O transporte que utiliza — evangelização de passageiros.
- O local onde trabalha — evangelização de companheiros.
- A escola onde estuda - evangelização de colegas.
- O local onde faz suas compras — evangelização de conhecidos.
- O templo onde congrega — evangelização de visitantes.
- As visitas que faz — evangelização de parentes, colegas.

2. “JERUSALÉM, JUDÉIA E SAMARIA” PARA A IGREJA LOCAL


- O bairro onde se localiza — evangelização por todas as ruas e casas.
- A cidade onde se situa - evangelização visando a atingir todos os bairros e
vilas.
- Os locais circunvizinhos - evangelização de bairros, vilas, povoados, etc.
- Os locais de aglomeração — evangelização nas feiras- livres, cemitérios,
praças de esportes, teatros, exposições, filas de ônibus, metrô, praças públicas, etc.
- Os estabelecimentos de ensino — evangelização nas universidades, escolas,
etc.
- As casas de saúde - evangelização em hospitais, asilos, casas de
recuperação, sanatórios, etc.
- Os locais de diversão — evangelização em clubes, cinemas, teatros,
estádios, restaurantes, etc.
- Presídios e casas de detenção — evangelização dos encarcerados.
- Religiões e seitas — evangelização de espíritas, adeptos de seitas orientais,
mórmons, testemunhas-de-jeová, etc.
- Grupos étnicos diversos — evangelização de japoneses, coreanos, judeus,
indígenas, etc.
- Os desviados — evangelização para trazê-los de volta à casa paterna.
- Os grupos abastados - evangelização dessa classe de pessoas tão carentes
espiritualmente quanto os menos favorecidos.
- Áreas carentes de nossa pátria — evangelização de regiões carentes como:
Nordeste (sertão da Bahia, Ceará, Piauí, etc.), Norte (Amazonas, Rondônia, etc.),
Sudeste (grande parte de Minas Gerais e Espírito Santo), etc.
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3. ―CONFINS DA TERRA” PARA A IGREJA UNIVERSAL
-Todo o mundo (Mc 16.15)
-Todas as nações (Mt 28.19)
-Toda criatura (Mc 16.15)
-Todas as gentes e raças (Mc 13.10)
-Todas as aldeias (Mt 9.35)
-Em todo lugar (At 17.30)
-Confins da terra (At 1.8)

V. O ESPÍRITO SANTO NA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL NESTA


ÚLTIMA HORA

Em Atos 13, vemos como a assistência do Espírito Santo é imprescindível à obra de


evangelização.

1. Escolha.
Em Antioquia havia cinco profetas e doutores, e o Espírito de Deus escolheu o
primeiro e o último da lista: Barnabé e Saulo (vv. 1,2). Por que não o primeiro e o
segundo? Porque a chamada é um ato soberano dEle (Hb 5.4).

2. Envio.
Eles foram também enviados pelo Espírito (vv. 3,4). A igreja apenas os despediu,
pois é Ele quem escolhe e envia (Mc 3.13,14).

3. Capacitação.
Paulo e Barnabé manejavam bem a Palavra de Deus (vv. 16-44), eram cheios do
Espírito, de ousadia (v.46) e tinham autoridade divina para repreender os que se
lhes opunham (vv. 5-12; At 4.31).

4. Direção.
Guiados pelo Consolador, eles faziam discípulos numa cidade e partiam para outra
(vv. 46-51). Graças à direção e providência do Espírito, o Evangelho, tendo
alcançado a Europa (At 16.6-10), chegou também a América do Norte, de onde
vieram os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, pioneiros do
Movimento Pentecostal no Brasil!

CONCLUSÃO
O Senhor Jesus já deixou ao despor de sua igreja as ferramentas adequadas para
sua igreja evangelizar de forma integral. Por exemplo. Já recebemos a ordem de
evangelizar e discipular (Mc 16.15; Mt 28.19,20). Temos todas as peças da
armadura de Deus (Ef 6.11-18). Já temos o poder (Mc 16.16-18; Lc 10.19). Já temos
tecnologia. O que nós falta? Coragem? Desejo de obedecermos mais a vontade do
Senhor?

Outas perguntas oportunas: Temos atuado na evangelização local (em nossa


cidade)? Temos levado o evangelho e para outros estados de nossa federação
(evangelismo nacional)? Essas são perguntas que os pastores líderes de Setores,
campos e convenções devem responder.
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Capítulo 14 98

TEXTOS BÍBLICOS PARA SE FAZER


EVANGELISMO
Supondo que estejas andando sozinho na estrada, longe de qualquer casa; passa
um carro que se perde numa curva, e tomba pesadamente no abismo. Corres até lá,
e encontras um homem, ainda vivo, mas sabendo que tem de morrer lá mesmo.
Suplica-te que lhe mostres como pode achar salvação para a sua alma. Não podes
chamar o pastor, nem alguém da tua igreja. Que lhe dirias? Podes demorar em
preparar-te para tais emergências?
É indispensável se queres obter maior resultado, que te prepares para tratar com o
perdido, que te prepares para tratar com o perdido, conforme classe à qual
pertence: se deseja a salvação, se está demorando porque receia cair, se a vida de
algum crente lhe serve de tropeço, se espera tempo mais oportuno, etc.
Em cada caso, é de suma importância conhecer bem a passagem, e fazer claro o
sentido, com a maior simplicidade. Geralmente é melhor ficar com uma só passagem
da Escritura, quando se está tratando com o perdido, para não confundi-lo com
muitas palavras.
1. Os que desejam a salvação.
Muitos crentes querem ganhar almas para Cristo, mas não sabem manejar bem a
Palavra, mesmo quando encontram o perdido já desejando a salvação.
Isaías 53.5-6. Esta passagem é uma das mais úteis para mostrar, primeiro, que o
homem está perdido, segundo, que Cristo é nosso Substituto, que morreu em lugar
do perdido.
Deixa a pessoa ler a passagem na Bíblia. Leva-o a ler, trocando ―nós‖ e ―seu‖, por
―eu‖ e ―meu‖: ―Eu tenho andado desgarrado‖, etc. pergunta-lhe: ―O senhor tem
andado desgarrado; no seu próprio caminho, recusando a Deus?‖. Leva-o a sentir
que está perdido.
Então pede-lhe que leia o resto assim: ―Jeová fez cair sobre Cristo à minha
iniquidade‖. É bom que repita até que aceite de coração.
Uma ilustração, muito usada, é a de levantar um livro, ou outro objeto, sobre a mão
direita, explicando que esta representa o ouvinte e que o objeto representa o seu
pecado. Leva-o a compreender bem e a sentir que assim é com ele e seu fardo de
pecado. Então, coloca o objeto sobre a mão esquerda, explicando que esta
representa Jesus. Depois pergunta-lhe, levantando a mão direita, que representa o
pecador: ―Onde está agora o seu pecado?‖ certifique-se de que ele está vendo que,
como a mão direita está livre, e a esquerda carregada co o objeto, da mesma
maneira Cristo carregou com os seus pecados e, portanto, o ouvinte fica livre
quando crê.
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João 1.12. Este versículo mostra o que quer dizer ―receber a Cristo‖ e também o
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resultado de recebê-Lo e ―tornar-se filho de Deus‖.
A palavra ―receber‖, quer dizer ―aceitar‖, ―hospedar‖, ―acolher‖. Se um amigo bate,
abrimos-lhe a porta e o convidamos a entrar e ficar conosco, em casa. Cristo bate e
quer entrar em nosso coração e em nossa vida. Ele está batendo agora. Queremos
abrir-lhe a porta e deixá-lo entrar.
Mas que quer dizer: ―A todos os que O receberam?‖, neste versículo? Ele é nosso
Salvador, porque morreu por nós e, agora, quer que o recebamos como nosso
próprio Salvador. Ele quer entrar em nossa vida e fazer o Seu sangue limpar o
nosso coração, e deixar Sua vontade dirigir a nossa vida.
Cristo quer a nossa permissão para entrar, é só aceitá-Lo. E quando O aceitamos,
Ele nos aceita na Sua própria família! Tornamo-nos filhos de Deus. Por causa do
pecado éramos filhos do diabo (João 8.44), mas, agora, pela regeneração nos
tornamos ―filhos de Deus‖.
João 3.7. Há muitos religiosos e, até ―crentes‖ que nunca tiveram uma experiência
definida de contato com Deus; pessoas acerca das quais não podemos ter a certeza
de salvação. Podemos perguntar-lhes: ―Já nasceu de novo?‖ se não sabem o que é
o novo nascimento, é porque não o têm.
Podemos citar João 1.12, mostrando a necessidade de nascer da família de Deus. É
bom, também mostrar que o pecado não mais tem domínio sobre nós; que Deus se
esquece de nossa vida passada; que não temos os mesmos desejos, nem o mesmo
alvo como antes; que estamos seguindo outro Capitão, que é Jesus Cristo. ―Se
alguém está em Cristo, é uma nova criação; passou o que era velho, eis que se fez
novo‖ (2 Co 5.17).
Atos 16.31. Já vimos no exemplo de João Harper, no Titanic, um exemplo prático de
usar as Escrituras. Acerca das palavras: ―Crê no Senhor Jesus‖, é bom mostrar que
não quer dizer só concordar com a mente. É uma crença do coração, tão real e tão
definida, que leva a pessoa a agir. Veja Tiago 2.20. Vê-se no cão do homem salvo
do naufrágio do Titanic, que não só creu com a mente, mas ali mesmo aceitou
Cristo, em seu coração. A prova é que clamou a Deus e apareceu o resultado
depois, na sua vida.
Romanos 10.9-10. Estes versículos são muito úteis para mostrar a necessidade do
ato exterior, o de confessar perante os homens, que Cristo é nosso Salvador e
Mestre, e do ato interior, o de crer no coração. É dever imperativo levar o crente
recém-nascido a fazê-lo imediata e frequentemente.
2. Os que receiam cair.
Salmo 37.28; João 10.28-29; Rm 14.4; Fl 1.6; 2 Tm 1.12; Jd 24. Dá ênfase a que o
Salvador nos guarde de tropeçar; que Ele nos firma, nos segura com Sua mão, e
nos preserva para sempre.
2 Co 12.9. Mostra que a nossa fraqueza deve nos animar e nunca desanimar,
porque nos leva a confiar no Salvador, que é a única maneira para ficar firme
sempre.
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Lucas 15.11-24. Quando estamos tratando com uma pessoa que já caiu, e receia
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cair de novo, mostremos-lhe que o amor do Pai para com o pródigo não diminui. É
bom citar Hb 7.25, mostrando que Cristo está sempre intercedendo por ele, e 1 João
1.9, revela a provisão para aqueles que, depois de serem salvos, pecaram.
3. O pecador sem esperança, aquele que julga que seu coração é tão negro e
duro que a salvação de Deus nunca pode alcançá-lo.
Isaías 1.18. Como a neve esconde todo o lixo e imundície da terra, fazendo que tudo
brilhe com pureza, assim o sangue de Cristo apaga todos os pecados e deixa o
pecador sem mancha.
Mateus 9.13. Se tivéssemos sido justos, Cristo não teria vindo. Lucas 19.10.
João 6.37. Quando se está tratando com os que pensam que seu pecado não tem
perdão, não os deixes afastar-se deste versículo. Acrescenta e dá ênfase à palavra:
―Todo o que nele crê‖ de João 3.16.
4. Os que tropeçam sobre a vida dos crentes.
1 Samuel 16.7. O homem não pode julgar o coração do próximo. Quantas vezes
erramos, quando julgamos a causa dos outros. Só Deus pode compreender, porque
só Ele conhece o coração onde o ato tem sua origem.
Jeremias 17.10. Deus, não só compreende a todos os corações, mas recompensará
conforme o que vê no íntimo de cada pessoa. A obra e dEle a não nossa.
Lucas 6.41. Com amor podemos mostrar ao que se queixa que também ele mesmo
tem pecado na sua vida. Enquanto a trave fica em nosso olho, a visão é imperfeita.
Só depois de tirarmos a trave, podemos julgar a outrem; e uma vez livre da trave,
desaparece o desejo de julgar ao próximo.
Romanos 2.1-3. É porque temos o mesmo defeito, que queremos condenar o outro.
5. Os que esperam ocasião oportuna.
Provérbios 27.1 e 2 Co 6.2. Todos os dias há desastres e mortes que servem para
ilustração. Citar exemplos vivos juntamente com estes versículos para despertar a
alma a perceber o grande perigo de adiar a decisão.
Provérbios 29.1. Deus tem falado repetidamente à alma por meio dos cultos, por
meio de amigos que falaram da salvação, por meio de desastres e agora está
falando mais uma vez. Se continuar recusando, o coração ficará ainda mais
endurecido e será destruído ―de repente‖ e ―sem remédio‖.
Isaías 55.6. Mostrar duas coisas: (1) o fato de alguém estar procurando levar o
perdido à salvação, é prova para ele de que é tempo em pode ―pode achar‖ ao
Senhor, e que o Senhor ―está pero‖. Porque, realmente é Deus, e não nós, quem
está procurando salvar a alma do perdido. (2) se a alma está buscando a Deus, e
Deus está buscando a alma (Lucas 19.10), certamente encontrar-se-ão.
Mateus 24.44 e 25.1-13. Explicar como a vinda de Cristo está para acontecer, mas
será triste para os que não estiverem preparados. Muitos ficam comovidos em
meditar sobre a vinda de Cristo, apesar de não sentirem qualquer outra advertência.
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Hebreus 2.3. Como é grave descuidar de nossa salvação quando Cristo tem feito
101
tanto por nós, comprando a nossa salvação por tão grande preço!
6. Os que confiam nas boas obras.
Muitos, até mesmo alguns que freqüentam nossos cultos, procuram deixar os vícios
e praticar boas obras, sem saber que estas coisas são o fruto dos salvos e não o
que lhes vai salvar.
Isaías 12.2. Deus mesmo é a nossa salvação. Não são os nossos esforços que nos
salvam, mas Deus em nós. É Ele quem produz as boas obras nos renascidos.
Romanos 4.3-5. Não se ganha salvação por trabalhar ou por merecimento. É um
dom de Deus e não o pagamento por um serviço que fizemos.
Efésios 2.8-9. Até a fé pela qual somos salvos é de Deus. A salvação, portanto, é
inteiramente dom de Deus.
7. Os que confiam na sua própria justiça.
Enquanto alguns sentem-se sem esperança por causa de negros pecados, outros
acham-se tão bons que dizem não precisar do Salvador.
Isaías 64.6. O melhor que podemos fazer é como ―trapo de imundície‖, em contraste
com a santidade de Deus.
Marcos 16.16. Quando cremos em Cristo como nosso Salvador e confessamos isto
abertamente (batismo), somos salvos. Não depende de nossas boas obras, nem
ausência de vícios. Deu preparou só um caminho para a salvação; esse caminho é
Cristo.
João 3.3. Todo homem nasceu na família de Adão e precisa nascer da família de
Deus, para tornar-se ―filho de Deus‖ e ser participante da Sua justiça. Não há outro
meio.
João 3.18. Não é só o pecado que leva a alma para o inferno; o que não crê em
Cristo como seu Salvador, já está condenado. Os que dizem: ―Não queremos que
este homem nos governe‖ (Lc 19.14), já estão perdidos.
Romanos 3.23. Deus novamente afirma que o pecado é universal: ―Todos pecaram‖.
Não há alma que possa dizer que nunca pecou. Nem devemos pensar que se pode
anular um pecado por meio de boas obras. As boas obras não são mais do que boas
obras. E tais devemos fazer. Não há merecimento de sobra em qualquer boa obra,
para apagar o pecado. Só o sangue de Cristo pode limpar o pecado.
Tiago 2.10. A pessoa que pensa que pode ganhar a salvação por guardar a lei
engana-se, porque um só erro faz cair sobre ele a condenação. O que trabalhar para
ganhar a salvação perdê-la-á se cometer alguma ofensa. O homem não pode
cumprir a lei; só Jesus o fez.
8. Os que não compreendem.
Lucas 24.45. Para os filhos de Deus que acham dificuldade em compreender a
Palavra, podemos citar este versículo e animá-los a confiar em Cristo que quer
iluminar seus entendimentos.
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João 7.17. Muitos perdidos já acharam compreensão, certeza e salvação confiando


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nesta promessa. Mostra que só tem que seguir o pouco de luz que Deus dá, para,
receber mais; e sempre que obedecerem concede mais até chegarem à plena luz.
Romanos 11.33. O homem, como ser finito, não pode esperar alcançar as
profundezas do Deus infinito. Muitas coisas nos são reveladas agora, mas outras
serão compreendidas só na glória. Há coisas que convém saber só depois desta
vida.
1 Coríntios 2.14. O homem em si mesmo, e sem o Espírito Santo, não deve esperar
compreender as coisas espirituais.
9. Os que não querem deixar os prazeres.
Salmos 16.11. Testifica da ―plenitude de alegria‖ que sentes na comunhão com o
Senhor, e como os prazeres do mundo se tornam sem interesse e mesquinhos, em
comparação à paz de Deus.
Marcos 8.36-37. Como são passageiras todas as coisas do mundo em comparação
à alma! Que valor tem o dinheiro, e tudo aqui, em comparação à eternidade? A vida
atual pode durar trinta, sessenta, noventa anos, mas isto é só o começo de nossa
existência.
1 Coríntios 2.9. Já experimentamos muitos prazeres, concedidos por Deus, e Sua
Palavra fala de muitos outros, mas este versículo revela coisas além do que
podemos ver, ouvir ou pensar, aqui.
10. Os que receiam a perseguição.
Marcos 8.38. Envergonhamo-nos dAquele que fez tanto por nós? Se o ―Filho do
Homem‖ se envergonhar de nós ―quando vier Sua glória‖ como será grande a nossa
vergonha naquela ocasião!
Lucas 5.22-23. É motivo de grande gozo quando nos perseguem, e não motivo de
receio. Mas cuidemos que a perseguição seja por causa do Senhor e não por causa
de nossa falta de prudência. Muitos falham em distinguir entre estes dois pontos (Mt
5.10-12. Note a palavra ―mentindo‖).
Romanos 8.18. Se Paulo, depois de sofrer açoites, prisão, ser apedrejado, etc.,
podia considerar a perseguição como coisa insignificante, quanto mais nós?
Receamos algumas palavras? Receamos perder alguns amigos? ―Lembremo-nos da
glória que há de ser revelado em nós‖.
Hebreus 12.2. Com um olhar para os sofrimentos, desprezo e afronta de Jesus,
ficamos esquecidos de todas as nossas dificuldades.
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Capítulo 15 103

EVANGELIZANDO ENQUANTO PREGA


Além de termos a presença de Jesus conosco (Mt 28.19), nos foi outorgado
poder (Lc 19.10), dons espirituais (1Co 12.1-10) e os sinais divinos nos
seguirão (Mc 16.16-18).
Entretanto, lembre-se, que os sinais não seguem quem está de braços
encruzados e presos em justificativas típicas de covardes e preguiçosos em
relação à obra de Deus.

Sigamos o exemplo de nosso Salvador e Mestre:


―E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas
deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e
moléstias entre o povo (Mateus 9.35)‖.

I. O QUE É A PREGAÇÃO
1. Definição .

Para Philips Brooks, pregador norte-americano famoso no século 19, a


"pregação é a comunicação da verdade aos homens pelos homens. Contém
em si dois elementos essenciais: a verdade e a personalidade.

2. Alvo da pregação.

John Piper acrescenta um detalhe relevante acerca da pregação: o alvo da


pregação: a glória de Deus; a base da pregação: a cruz de Cristo; o dom da
pregação: o poder do Espírito Santo!

Lutero era muito enfático em afirmar que, onde se prega a palavra de Deus e
são ministrados o batismo e a ceia, é ali que se encontra a verdadeira igreja.

II. A IMPORTÂNCIA DA PREGAÇÃO


1. Pregar é a tarefa principal da Igreja.

A pregação bíblica tem ocupado lugar de destaque na igreja evangélica, uma


vez que a igreja foi organizada como instituição especial, tendo a pregação
como missão especial. Por esta razão é impossível o cumprimento de tão
elevada missão sem o devido preparo.

2. Através da pregação Deus tem falado.

Antes de Jesus, grandes pregadores são encontrados no Antigo Testamento;


entre eles: Moisés, Elias, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e Amós. A era da
Graça colocou a pregação em especial relevo. João, o Batista, preparou o
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caminho para o advento do Mestre, através da pregação: "Apareceu João no


104
deserto, pregando..." (Mc 1.4).

3. A pregação foi a principal atividade de Jesus.

Ele começou pregando a boa nova da chegada do Reino de Deus (Mc


1.14,15). Ele fez da proclamação da Palavra o centro da sua missão: Ele
pregou durante toda a vida, pregou até na cruz, e depois de ressurreto,
continuou a pregar. Jesus foi o maior pregador que o mundo já conheceu (Jo
7.46). Durante todo seu ministério, Ele não apenas pregou, mas mandou que
os seus discípulos pregassem.

4. A pregação comunica a Graça de Deus.

Paulo teve uma visão da importância da proclamação da Palavra, ao afirmar:


"Aprouve a Deus salvar o mundo pela loucura da pregação" (1 Co 1.21b).
Desde os tempos bíblicos, a boa nova do amor de Deus tem se tornado
conhecida pela pregação. O pregador é um arauto, um proclamador de boas
novas.

5. Pregar é prioridade no ministério pastoral.

Pregar não é responsabilidade apenas do pastor, é missão da igreja;


entretanto a igreja espera que o pastor pregue. No ministério pastoral há
múltiplas atividades a serem desenvolvidas; nenhuma delas, porém, é tão
importante, exigente e intransferível quanto a pregação. Do púlpito a
mensagem de Cristo é proclamada, vidas são salvas e os salvos são
doutrinados, edificados e equipados.

Muito do que o pastor realiza pode ser compartilhado com o rebanho. Basta
haver uma compreensão, por parte de cada crente, de que há um ministério a
ser desempenhado e que o Senhor tem capacitado a todos os crentes para a
realização do trabalho (Ef 4.11-16).
O pastor deve ser sábio em delegar atribuições ao rebanho e assim ter mais
tempo para se preparar adequadamente para a sua principal tarefa. 111
Sigamos o exemplos dos apostolos: “Mas nós perseveraremos na oração e
no ministério da palavra (Atos 6.4)‖.

III. O EVANGELISMO PESSOAL


Só há uma maneira de combatermos ou pelo menos restringirmos o
crescimento das seitas. Esta maneira é a preventiva, ou seja: ―CHEGUE
ANTES DELAS‖ através do evangelismo pessoal, o que muitos chamam de
corpo a corpo, de casa em casa e termos semelhantes...

A igreja primitiva usava o evangelismo pessoal como método natural de


crescimento. Naquela época, não havia aviões, televisão, radio, Internet ou
quaisquer meios modernos e rápidos de comunicação, mas o escritor
apostólico registrava que: “...a multidão dos que criam no Senhor, tanto
homens como mulheres, crescia cada vez mais.‖(Atos 5:14).
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Precisamos continuar evangelizando. E quem parou, deve entender que


105
precisa continuar cumprindo o IDE de Cristo. ―E disse-lhes: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Mc 16.15)‖.
1. Termos relacionado ao evangelismo.
Evangelizar: Este termo se usa para o processo de fazer o trabalho de
evangelização.

Evangelizado: Podemos dizer que indivíduos, famílias, tribos, ou nações têm


sido evangelizados quando eles têm estado tempo suficiente em contato com o
evangelho para haver tido uma oportunidade de responder a ele pela fé.
O processo completo da evangelização inclui integrar a um convertido numa
igreja local ou plantar uma igreja entre um grupo de novos crentes.

Evangelista: O significado da palavra "evangelista" é "aquele que traz as boas


notícias". Aquele que evangeliza.

Ainda que todos os crentes não tenham o dom especial de liderança de ser um
evangelista (Ef 411), todos devem fazer o trabalho do evangelista (Mc16.15).

Testificar: Um crente que diz a uma pessoa não-salva sobre sua experiência
pessoal com Jesus Cristo.

Evangelismo pessoal: Evangelismo pessoal é uma crente individual que


comunica o evangelho a uma pessoa não salva.

Evangelismo em Massa: Evangelismo em massa também se chama


―evangelização de grupo‖.
É comunicar o evangelho a um grupo de pessoas. Inclui atividades tais como
cruzadas de massa, reuniões evangélicas, e concertos de música evangélica.

Evangelização Leiga: Este termo se refere a qualquer obra evangélica feita por
homens comuns (pessoas que não estão em posição de liderança de tempo
integral na igreja).

Evangelismo de Saturação: Evangelismo de Saturação se refere a ―saturar‖


certa área geográfica para que cada pessoa seja alcançada com o evangelho.

Convertido: Um convertido é uma pessoa que tem aceitado a Jesus Cristo como
Salvador. Ele tem sido convertido de sua velha vida de pecado à nova vida em
Jesus.

Discípulo: Um discípulo é um convertido que é estabelecido nos elementos


essenciais da fé cristã e é capaz de ganhar e discipular a novos convertidos. A
palavra ―discípulo‖ quer dizer a aprendiz, um aluno, alguém que aprende
seguindo.

Acompanhamento: Acompanhamento é o processo de treinar os novos


convertidos e levar-os os à maturidade em Cristo, produzindo estabilidade
espiritual, crescimento, e reprodução.
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Isto também se chama ―discipulado" porque envolve tomar um novo convertido e


106
fazê-lo um discípulo do Senhor Jesus Cristo.

IV. DESAFIOS DO EVANGELISMO PESSOAL


Há pelo menos cinco perguntas relacionadas ao evangelismo, cujas respostas
teoricamente falando são fáceis, porém na prática constituem em desafios para
quem leva a sério o evangelismo pessoal.

1. As Cinco perguntas
a) Por que evangelizarmos (Marcos 16.15)?
b) Quando evangelizarmos ( II Timóteo 4.2)?
c) Onde evangelizarmos ( Atos 20.20)?
d) Para que evangelizarmos (Ezequiel 3.18)?
e) O que evangelizarmos ( Romanos 1.16)?

As dificuldades muitas vezes são grandes e constituem um desafio para nós


(At 13.8-12; 17.32-34), mas vale a pena enfrentá-las para achar a ovelha
desgarrada do rebanho (Mt 18.12,13). Os vencedores desse desafio sentirão
grande gozo por ver as almas salvas (Lc 15.5,6; Fp 4.1).
―Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a
preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria,
trazendo consigo os seus molhos‖ (SI 126.5,6).
Mateus e João registram a autoridade para a tarefa de evangelização.
Mateus, Marcos, e Lucas explicam a magnitude da missão.
Marcos, Lucas, João, e Atos revelam o Espírito Santo como o poder para
lograr a tarefa.

2. Referências que revelam o mandato de evangelização.

Estas referências revelam que o mandato de evangelização inclui o fazer


discípulos, pregar o Evangelho a cada criatura, pregar arrependimento e a
remissão de pecados a todo o mundo, e dando testemunho sobre Jesus:
1- Mateus 28.19-20
2- Marcos 16.15-18
3- Lucas 24.46-48
4- João 20.21-23
5- Atos 1.8

3. Grandes desafios do evangelismo pessoal em nossos dias.

O evangelismo pessoal se depara com desafios internos e externos


A) Os desafios internos.
São formados por coisas na vida de muitos crentes:
1- Mornidão espiritual (Apocalipse 3.15,16)
2- Apostasia moral (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).
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Ou seja, aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo e volta a ser
107
escravo do pecado e da imoralidade. É cortar o relacionamento salvífico com
Cristo.

3- Apostasia teológica (1Tm 4.1; 2Tm 4.3).


Isto, é, a rejeição de todos os ensinos originais de Cristo e dos apóstolos ou
dalguns deles.
4- Rejeições da sã doutrina pelos infiéis (2Tm 4.3,4).
B) Os desafios externos
1- Perseguições (2Tm 3.12; Jo 16.33; Mt 5.10-12).
2- Proliferações de doutrinas de homens e de demônios (I Tm 4.1,2)
3- Aumento dos falsos obreiros (Mt 7.15; 24.24; II Pedro 2.1,2).
4- Constante Batalha Espiritual (Ef 6.12; 1Pe 5.8).

V. O GALARDÃO DO GANHADOR DE ALMAS


1- O ganhador de Almas tem a promessa de que seu trabalho não é vão.
―Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre
abundantes na obra do Senhor, pois o vosso trabalho não é vão no Senhor‖
(1Co 15.58).

2- O ganhador de Almas terá seu galardão.


Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6), principalmente dos que
intercedem pelas almas (Rm 10.1).
3- O ganhador de Almas trabalha para o Deus justo.
Ele não é injusto para se esquecer das nossas obras (Hb 6.10) 114
Deus contempla todos os moradores da terra e todas as suas obras (SI 33.13-
15), e tudo é registrado nos céus (Ap 20.12).

4- O ganhador de Almas usufruirá do cumprimento das promessas


divinas.
Ele prometeu recompensar (SI 62.12). Deus infalivelmente cumprirá sua
promessa, pois é fiel (Hb 10.23) e ―não é homem, para que minta; nem filho
de homem, para que se arrependa‖ (Nm 23.19). Graças a Deus, pois Ele vela
pelas suas palavras para as cumprir (Jr 1.12).

CONCLUSÃO
Independentes dos desafios que poderemos encontrar em nosso dever de
anunciar o evangelho de Cristo, não devemos nos acovardarmos e jamais
ficarmos inertes; em quanto Jesus ainda não tirou a sua igreja desta terra,
significa que ainda é tempo de falarmos de Jesus para as pessoas.
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Referências Bibliográficas 108

- Bíblia de Estudos Mac Artuh


- Eclesiologia e Missiologia – IBADEP
- Lições Bíblicas de Jovens e Adultos -3° trimestre de 2000, CPAD
- Assim uma Igreja conquista almas - Gene Edwards.
- Bícego, Valdir; Manual de Evangelismo Pessoal; Rio de Janeiro: CPAD, 11° Edição, 2000
- Gilberto, Antônio; A prática do Evangelismo Pessoal; Rio de Janeiro: CPAD, 8° Edição,
1997
- Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
- ESFORÇA-TE PARA GANHAR ALMAS - Orlando Boyer, ano 1975, Ed. Vida
- O conquistador de Almas - Charles Haddon Spurgeon
- Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, CPAD, p. 159
- Comentário Pentecostal: Novo Testamento, CPAD
COLEMAN. Robert E. Plano Mestre de Evangelismo Pessoal, CPAD
- Bíblia King James Atualizada
- FIGUEIREDO, Helena. A Importância do Evangelismo Infanto-juvenil. 2.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2012
- www.materialgospel.com
- GILBERTO, Antônio, Manual da Escola Dominical, CPAD
- Peggy Smith Fonseca. Pregando sem pregos.
- COLEMAN. Robert. Plano Mestre de Evangelismo Pessoal, CPAD
- Criando os Filhos no Caminho de Deus/Kathi Hudson -Rio de Janeiro: Casa Publicadora
das Assembleias de Deus, 1997.
- Wikipédia
- www.whatsapp.com
- COSTA, JR, José Wellington. O Papel da Mídia Evangélica. Mensageiro da Paz, ano 74, n.
1.434. Rio de Janeiro: CPAD. 2004
- Lições Bíblicas de Jovens, 3° trimestre de 2015, CPAD
- Lição 6 – Da Escola de Missões das Assembleias de Deus
- Lições Bíblicas de Jovens e Adultos, 4° trimestre de 1998, CPAD
- Lições Bíblicas de Jovens e Adultos, 3° trimestre de 2006, CPAD
- O antigo testamento interpretado Versículo por versículo-Russell Norman Champlin, Ph. D.
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