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CAPITULO II
DOS OBJETIVOS
GA LEITE
cio
PME
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Prefeito Municipal de Feijó
Apoio e Colaboração
Apresentação .................................................................................................................. 6
Objetivo .......................................................................................................................... 7
Meta 1 ................................................................................................................... 13
Meta 2 ................................................................................................................... 22
Meta 3 ................................................................................................................... 32
Meta 4 ................................................................................................................... 46
Meta 5 ................................................................................................................... 52
Meta 6 ................................................................................................................... 62
Meta 7 ................................................................................................................... 70
Meta 8 ................................................................................................................... 86
Meta 9 ................................................................................................................... 92
Meta 10 ................................................................................................................. 97
Meta 11 ................................................................................................................. 99
Meta 12 ............................................................................................................... 104
Meta 13 ............................................................................................................... 116
Meta 14 ............................................................................................................... 129
Meta 15 ............................................................................................................... 137
Meta 16 ............................................................................................................... 140
Meta 17 ............................................................................................................... 148
Meta 18 ............................................................................................................... 153
6
Objetivo
7
I – Identificação do Município
8
II - Dados do Município
2.2 – Localização: Quanto a sua localização o município de Feijó limita-se ao norte com o
Amazonas, ao sul com o Peru, a leste com os municípios de Santa Rosa do Purus e Manoel
Urbano e a oeste com os municípios de Tarauacá e Jordão. A cidade está localizada na
margem direita do Rio Envira. Sua distância em relação à capital é de 360 km.
2.7 – Clima: O município apresenta um clima equatorial, mas também está sob a influência
do clima tropical chuvoso quente e úmido.
2.8 – Temperatura média anual: A temperatura media anual situa-se em torno de 25º a 26º
C com pequenas variações diárias.
2.9 – Hidrografia: Rio principal: Envira. Principais afluentes: Rio Paraná do Ouro, Rio
Jurupari, Riozinho, Jaminauá e Igarapés: Diabinho, Cardoso, Aristides, Recreio, Novo Japão,
Preto, Massipira entre outros.
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III – Indicadores Educacionais
Modalidade
Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino EJA Ensino
Ano Creche Pré Anos Anos Médio Especial
Escola Inicias Finais
2010 0 1.167 5.608 2.096 1.088 1.737 102
2011 0 1.311 5.447 2.509 1.101 1.543 110
2012 0 1.188 5.139 2.688 1.093 1.796 126
2013 0 1.164 5.094 2.569 1.312 1.501 229
2014 0 1.191 5.084 2.690 1.408 1.483 192
Fonte: Inep/Censo Escolar
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IV – Apresentação das Metas do Plano Municipal de Educação
Meta 1: Ampliar a oferta de educação infantil na pré-escola para as crianças de quatro a cinco
anos de idade, de modo a atender 90% da população nessa faixa etária até 2016 e garantir a
oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 30% das crianças de
até três anos ao final da vigência deste PME.
Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de 9(nove) anos para toda a população de 6(seis)
a 14(catorze) anos e garantir que pelo menos 80% (oitenta por cento) dos alunos concluam
essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze)
a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de
matrículas no Ensino Médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
Meta 4: Universalizar, para a população de quatro a dezessete anos, o atendimento escolar
aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino, garantindo o atendimento
educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou comunitários, nas formas complementar e suplementar, em
escolas ou serviços.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º( terceiro) ano do ensino
fundamental.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de
forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.
Meta 7: Meta 7 : Fomentar a qualidade da educação básica em todas etapas e modalidades,
com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias para
o Ideb no município de Feijó.
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de (18) dezoito a (29) vinte e nove anos,
de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste Plano.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população maior de 15 (quinze) anos para 80,0%
(oitenta por cento) até 2018 e, até o final da vigência deste PME, elevar a taxa para 90% e
reduzir o índice de analfabetismo funcional em 50% (cinquenta por cento).
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de
jovens e adultos, nos níveis fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.
Meta 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,
assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público.
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Meta 12: Envidar parceria com o Estado e a União para Universalizar a Educação Básica para
todas as terras indígenas feijoenses, até o final da vigência dos Planos Municipal e Estadual
de Educação.
Meta 13: Garantir, em regime de colaboração com União e Estado, formação dos
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores e as professoras da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam e que 90% dos servidores não docentes
tenham cursos técnicos, até o final da vigência deste plano.
Meta 14: Envidar esforços junto a União no sentido de ampliar a oferta e assegurar a
regularidade de cursos universitários, levando-se em conta as necessidades de qualificação
dos profissionais que atuam nos serviços públicos, incentivo à pesquisa e vocação econômica
do município.
Meta 15: Apoiar a formação, em nível de pós-graduação de 50% dos professores da
Educação Básica por meio de programas com instituições da Educação Superior até o último
ano da vigência desse plano e garantir a todos os profissionais e garantir a todos os
profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação considerando
as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
Meta 16: Valorizar os (as) profissionais do magistério da rede pública municipal de Educação
Básica com a elaboração de um novo plano de carreira municipal tendo como parâmetros o
Plano de Cargo Carreira e Salário Estadual - PCCR, o Piso Salarial Nacional
Profissional/Constituição Federal inciso VIII e art. 206 e a equiparação de rendimento médio
dos professores ao de profissionais com a formação equivalente, até o final do 3º ano de
vigência deste PME.
Meta 17: Assegurar até o final do 3º (terceiro) ano de vigência do PME, a construção dos
instrumentos jurídicos e processos para a efetivação da gestão democrática da educação
pública do município de Feijó, associado a critérios técnicos de mérito e desempenho e à
consulta pública à comunidade escolar no âmbito das escolas públicas prevendo recursos e
apoio técnico da União para tanto.
Meta 18: Assegurar, através do regime de colaboração com Estado e União, a ampliação do
investimento público municipal para a manutenção e o desenvolvimento da educação básica
pública do município, contribuindo para o alcance da meta nacional de atingir no mínimo o
patamar de 7% (sete por cento) do produto interno bruto (PIB) do país no 5º ano de vigência
do PME e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.
12
Meta 1: Ampliar a oferta de educação infantil na pré-escola para as crianças de quatro a
cinco anos de idade, de modo a atender 90% da população nessa faixa etária até 2016 e
garantir a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 30%
das crianças de até três anos ao final da vigência deste PME.
Diagnóstico
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Tabela 1.2 - Quadro Demonstrativo de Unidades Educativas ofertando Educação
Infantil por Dependência Administrativa
Município Estado
Ano Percentual Total Urbana Rural Rural
As escolas infantis urbanas trabalham em média com turmas formadas por 20 (vinte)
a 25 (vinte e cinco) alunos, sejam estas de 04 (quatro) ou 5 (cinco) anos, já na zona rural o
número de crianças oscila entre 20 (vinte) a 8 (oito) crianças por professor, já que nas escolas
de Ensino Fundamental com turmas de Educação Infantil temos salas com 20 (vinte) alunos.
Nas escolas indígenas temos turmas formadas a partir de 15(quinze) alunos e as turmas do
Programa Asas da Florestania Infantil são formadas de 8 (oito) a 12 (doze) crianças.
14
Em relação ao atendimento de crianças de 0 (zero) a 3(três) anos de idade, os dados
apresentados pelo MEC no indicador 1B tabela 1.1, acima, referem-se às crianças de 3(três)
anos atendidas pela pré-escola nas escolas urbanas e Programa Asas da Florestania Infantil
nas áreas rurais, essas crianças completaram 4 anos após a data de corte vigente que é 31 de
março, portanto foram computadas pelo INEP como atendimento de creche. O município não
conta com nenhuma instituição de ensino que faça o atendimento dessa faixa etária, muito
embora tenha sido aprovado no Plano de Ações Articuladas-PAR (2010-2011) a construção
das duas primeiras creches do município, mas estas ainda não existem de fato.
15
indígenas as crianças utilizam até o mesmo mobiliário do aluno do ensino fundamental,
inadequado para sua idade.
Nas escolas urbanas, a estrutura também está longe dos padrões mínimos de
qualidade desejáveis. Das 4 escolas infantis, 3 possuem salas de aula pequenas até mesmo em
relação ao mobiliário escolar dos alunos, dificultando a movimentação das crianças e
professoras, assim como a composição dos cantinhos de interesse das crianças. Essa situação
é ainda mais grave na escola Casulo, localizada no centro da cidade, onde não existe nem
mesmo espaço para atividade ao ar livre com as crianças, os vasos sanitários são inadequados
ao tamanho das crianças e o espaço para escovação dos dentes é precário.
O quadro fica mais grave ainda quando somado à rede estadual que realiza esse
atendimento na zona rural, em especial em comunidades indígenas. Apresentando uma
perspectiva histórica de 2007 a 2013, a tabela abaixo, evidencia que o desafio da formação
docente para esta etapa da educação básica é ainda maior, pois no cômputo total dos docentes
que atuam com crianças pequenas no município, apenas 37% possuem habilitação em nível
superior.
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Tabela 1.4 - Formação dos Docentes da Educação Infantil que atuam na Educação
Infantil / Todas as redes
Ensino Médio -
Ensino Normal / Ensino
Fundamental Magistério Ensino Médio Superior
Em Percentual
Ano números %
2007 4 10 25 62,5% 1 2,5% 10 25%
2008 3 6,8% 31 70,5% 1 2,3% 9 20,5%
2009 6 8,6% 27 38,6% 27 38,6% 10 14,3%
2010 8 11,3% 19 26,8% 32 45,1% 12 16,9%
2011 9 11,5% 15 19,2% 37 47,4% 17 21,8%
2012 5 6,3% 5 6,3% 39 49,4% 30 38%
2013 6 7,3% 2 2,4% 43 52,4% 31 37,8%
Fonte: www.observatoriodopne.org.br
Nota-se ainda que as escolas infantis vêm funcionando sem uma proposta pedagógica
e regimento escolar próprio, mesmo que algumas urbanas já tenham iniciado seu processo de
registro de seus Projetos Politico Pedagógico, o município não conta com um Conselho
Municipal de Educação atuante, que oriente, normatize e aprove seus regulamentos e
orientações pedagógicas assim como lhes credencie junto ao Sistema Municipal de Educação.
Diante do exposto pode-se dizer que dentre os muitos desafios a superar para o
alcance dessa meta, o município de Feijó precisa: Fortalecer os caminhos encontrados para
levar educação infantil às comunidades rurais, ribeirinhos e indígenas, superando as
dificuldades de acesso a essas comunidades muitas vezes isoladas; Assegurar formação aos
professores que atuam na educação infantil rural e consolidar um quadro de professores com
formação específica, permanente; Reorganizar a matrícula urbana por zoneamento evitando
assim a superlotação de uma escola e esvaziamento de outras; Romper com a falta de
comunicação entre as instituições que acompanham os beneficiários dos programas de
transferência de renda e complementares que visam o desenvolvimento das famílias; Realizar
a necessária ampliação de prédios escolares e adequação aos padrões nacionais de qualidade
estabelecidos para a Educação Infantil e inclusão de alunos com necessidades educacionais
especiais; Oferecer condições de funcionamento ao Conselho Municipal de Educação e
garantir formação continuada a todos os profissionais que atuam com crianças pequenas
dentre outros.
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Diretrizes
Tais preceitos legais reafirmam a concepção de criança no mundo moderno, uma vez
que a criança hoje é reconhecida desde o seu nascimento, como cidadão de direitos; indivíduo
único e singular; ser social, histórico e biológico; ser competente e produtor de cultura que
dadas as suas peculiaridades precisam ser cuidadas e educadas, o que implica serem
auxiliadas em atividades que não podem realizar sozinhas; serem atendidas suas necessidades
básicas e ainda terem respeitados seus direitos à participação, construção da autonomia,
convivência social com pessoas de diferentes faixas etárias e igualdade de oportunidades à
educação. (FERNANDES, 2007)
Estratégias
1.1 . Envidar esforços para assegurar a matrícula de 70% das crianças de 4 e 5 anos de idade
na educação infantil ainda no segundo ano de vigência deste Plano Municipal de
Educação (PME);
1.2 . Ampliar gradativamente a oferta de vagas para pré-escola de modo a elevar de 59%
(2013) a 90% a matrícula de crianças de 04 (quatro) e 5 (cinco) anos até o ano final de
vigência deste PME;
1.3. Atender até o final da vigência deste PME, 30 % das crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos
em creches;
1.5. Realizar estudo a fim de apurar o real custo aluno (Caq) da Educação Infantil Rural e
Urbano no município de Feijó até o final do primeiro ano de vigência deste PME;
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1.8. Descentralizar os recursos municipais para Educação Infantil, a fim de fomentar a
autonomia financeira das unidades educativas com Unidade Executora/Conselho Escolar e
equipe gestora, até o final do 2º ano de vigência deste PME;
1.9. Garantir a correta e totalidade da aplicação dos recursos advindos do FUNDEB e repasses
municipais para a Educação Infantil;
1.11. Estabelecer critérios mínimos para a formação das turmas de Educação Infantil,
proporção professor/aluno, com base nas referências nacionais e estaduais para a Educação
Infantil;
1.12. Firmar parceria com as secretarias de saúde e ação social a fim de, assessorar a escola na
inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais com qualidade de atendimento;
1.13. Contratar professores (as) efetivos de creche e pré-escola com a formação inicial
mínima em pedagogia, a partir do primeiro ano de vigência deste PME, garantindo que ao
último ano de vigência deste plano todos os professores, coordenadores e gestores de
educação infantil tenham formação mínima em pedagogia;
1.14. Contratar profissionais não docentes para atuar na educação infantil que possuam no
mínimo formação em nível médio;
1.15. Estabelecer parceria com Secretaria Estadual e instituições federais de ensino superior a
fim de ofertar especialização latu sensu a professores, coordenadores pedagógicos e de ensino
e gestores escolares nos temas educação inclusiva, diversidade e educação infantil de modo a
garantir a efetivação de currículos escolares articulados às experiências e saberes das crianças
com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e
tecnológico;
1.16. Aderir a programas de avaliação da educação infantil desenvolvidos pelo MEC com
base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de
pessoal, às condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade dentre
outros indicadores relevantes;
20
1.18. Assegurar o atendimento educacional especializado às crianças de 0 a 5 anos, com
deficiência, transtornos globais altas habilidades ou superdotação, na própria escola e/ou em
instituições parceiras;
1.21. Fomentar a parceria entre escolas e Secretaria de Assistência Social, Conselho Tutelar e
Ministério Público, com o objetivo de monitorar e garantir a frequência das crianças
matriculadas em creches e pré-escolas;
1.23. Elaborar, implementar e firmar parceria com o a Secretaria Estadual de Educação, até o
final do segundo ano de vigência deste PME, uma política de formação continuada que
contemple os agentes do Programa Asas da Florestania Infantil da rede municipal e
professores indígenas da educação infantil;
1.24. Ampliar o atendimento às crianças de 4 e 5 anos das áreas rurais de difícil acesso por
meio do Programa Asas da Florestania Infantil e/ou outros que venham a ser credenciados
pelos Conselhos Estadual e/ou Municipal de Ensino com esse objetivo, assegurando às
crianças dessa faixa etária atendimento escolar na própria localidade/comunidade;
1.26. Pactuar com órgãos de proteção da criança e adolescente ações educativas voltadas para
a prevenção de todo tipo de violência contra crianças pequenas, destacando-se a sexual e
21
doméstica, inclusive capacitando equipes escolares para identificar, orientar quanto a
prevenção e denunciar tais atos.
Diagnóstico
Outro avanço significativo foi à aprovação da Lei nº 11. 274/2006 que altera a LDB
9394/96 e institui o Ensino Fundamental de nove anos de duração com inclusão das crianças
de seis anos de idade, assegurando-lhes um tempo mais longo de convívio escolar com
maiores oportunidades de aprendizagem. Consequentemente a essa medida mais crianças são
incluídas no sistema educacional brasileiro, especialmente aquelas das camadas populares,
uma vez que as crianças oriundas das classes média e alta já se encontravam nas pré - escolas
ou classes de alfabetização.
22
Para que essas expectativas não sejam frustradas, é preciso preparar a escola para
incluir as crianças de seis anos no Ensino Fundamental, assegurando que a transição da
Educação Infantil para o Ensino Fundamental ocorra o mais natural possível.
23
Tabela 2.2 - Unidades Educativas por dependência administrativa realizando
atendimento (6º ao 9º ANO)
24
Tabela 2.4 - Matrícula por dependência administrativa (6º ao 9º Ano)
25
Já as taxas de aprovação e repetência do segundo segmento do Ensino Fundamental
embora menos elevadas que as do primeiro segmento, requerem atenção especial no que se
refere ao abandono, todas as séries apresentam índices elevados, mas os mais elevados estão
nas turmas de 7º ano.
26
Ainda que os dados educacionais do ano de 2013, apresentados abaixo, revelem uma
pequena redução nos índices de distorção idade série, ainda estamos longe de uma situação
desejável. Com uma média geral de 42%, ou seja, a cada 100 alunos matriculados 42 estavam
com defasagem de 02 (dois) em relação à idade recomendada para a série frequentada,
conforme expressa detalhadamente os índices de distorção idade- série no município.
Total 41,6 42,7 39,5 16,5 43,5 51,2 53,5 45,4 43,7 44,1 36,1 31
Estadual 35,9 35,8 35,9 8,9 35,3 42,7 42,5 43,9 42,4 41,8 25,5 30,1
Municipal 49,4 47,8 65,2 21,1 48,5 57,4 61,2 47,4 54,3 61 73,3 72,7
Publico 41,6 42,7 39,5 16,5 43,5 51,2 53,5 45,4 43,7 44,1 36,1 31
Total 61,6 58,8 70,7 25 54,8 65,8 74,3 73,6 70,1 68,8 74,7 68,9
Estadual 65,2 60,4 73,6 18,1 50,4 62,6 75,2 80,7 74,6 72,5 76,6 68
Municipal 59 58 65,2 27,2 56,9 67,8 73,8 64,7 54,3 61 73,3 72,7
Publico 61,6 58,8 70,7 25 54,8 65,8 74,3 73,6 70,1 68,8 74,7 68,9
Total 21,6 20,8 22,6 7,2 22,5 29,1 23,4 21,1 19,8 28,8 12,9 26,1
Estadual 18,7 12,9 22,6 4,3 17 18,6 11,3 13,4 19,8 28,8 12,9 26,1
Municipal 29,2 29,2 -- 10,5 27,8 38,8 36,4 31,6 -- -- -- --
Publico 21,6 20,8 22,6 7,2 22,5 29,1 23,4 21,1 19,8 28,8 12,9 26,1
Fonte: MEC/Inep/Censo Escola
27
A formação inicial e continuada e a composição de um quadro permanente de
professores para a zona rural é outra dificuldade que precisa ser superada para que possamos
garantir a qualidade da oferta de Ensino Fundamental na zona rural.
Diretrizes
O Ensino Fundamental para estudantes entre 6 (seis) e 14 (catorze) anos além de ser
constitucionalmente obrigatório, configura-se na formação mínima que deve ser garantida a
todos os brasileiros de qualquer idade. Tem ainda como objetivos básicos, o domínio da
leitura, escrita e cálculo, o desenvolvimento de capacidade de compreensão do ambiente
28
social e natural, o sistema político, as tecnologias, as artes e os valores básicos da sociedade e
família, habilitando o cidadão a atuar plenamente no meio em que vive, conforme orienta a
Lei de diretrizes e bases 9394/96 em seu art. 32.
O município não pode esperar que as escolas superem esse desafio sozinhas, a
capacitação em serviço é fundamental para o conhecimento das novas metodologias e
socialização de experiências exitosas entre professores das redes estadual e municipal de
ensino assim como o estabelecimento de políticas públicas complementares se farão
necessárias para o alcance da meta de universalização e alfabetização de todas as crianças até
o terceiro ano do Ensino Fundamental e a conclusão na idade certa dos anos finais.
Estratégias
2.1. Definir estratégias de acompanhamento e avaliação dos resultados dos anos iniciais, no
âmbito da rede municipal, afim de assegurar que todas as crianças matriculadas nos anos
iniciais do ensino fundamental na idade certa, estejam alfabetizadas até o final do terceiro ano
do Ensino Fundamental;
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2.2. Assegurar às crianças da rede municipal de ensino, em distorção idade-série matrícula
em programas educacionais de correção dessa distorção, que viabilizem avanços nos estudos
e conclusão do Ensino Fundamental com a menor defasagem idade/série possível;
2.3. Estabelecer metas de redução das taxas de abandono e repetência por Unidade Educativa
da rede municipal través da regularização do fluxo escolar, de recuperação paralela ao longo
do ano/série, garantindo a efetiva aprendizagem de todos os alunos.
2.5. Assegurar com a parceria do Estado, o reordenamento de matrículas nas escolas da rede
estadual e municipal de modo a garantir que os alunos tenham atendimento escolar próximo
de suas residências, ao final do segundo ano de vigência deste PME;
2.6. Ampliar em parceria com União e Estado, a rede de escolas urbanas do município, de
acordo com a densidade demográfica e necessidade de atendimento de cada regional,
de modo a garantir o atendimento escolar o mais próximo possível da residência dos alunos;
2.8. Definir plano de reformas, construção e/ou ampliação de escolas para o decênio de
vigência deste PME até o final do segundo ano de sua aprovação;
2.9. Garantir em articulação e cooperação com União e Estado, no prazo de 05(cinco) anos a
partir da implantação deste plano, padrões necessários de infraestrutura e de funcionamento
para todas as escolas de Ensino Fundamental, compatíveis com a realidade do Município.
Levando em conta as necessidades de :
§ Salas de aula com espaço adequado à acomodação da quantidade de alunos indicada pelo
que dispõe o Parecer nº 02/97 e Resoluções CEE nº 06/98 e 08/98, assim como instrução
30
normativa nº04, de abril de 2004 da Secretaria Estadual de educação em seu art. 42º e
instrução normativa nº 001/2005 da Secretaria Municipal de Educação em seu art. 43. ou seus
respectivas substitutivos legais;
2.10. Estabelecer parcerias com Conselho Tutelar, responsáveis pela Infância e Juventude na
Comarca de Feijó, Conselho Municipal da Juventude, Sindicato de Trabalhadores Rurais e
demais órgãos de proteção à criança e adolescente, visando o combate ao trabalho infantil,
violência sexual e doméstica assim como a infrequência e evasão escolar;
2.13. Garantir ao final do segundo ano de vigência deste PME a descentralização dos recursos
financeiros, possibilitando assim autonomia financeira das unidades escolares municipais;
2.16. Estabelecer o segundo ano de vigência deste PME como referência para que as escolas
tenham seus Projetos Políticos Pedagógicos em forma de documento escrito e aprovado pelos
conselhos estadual e municipal respectivamente;
2.17. Garantir concurso público na rede municipal de ensino, para provimento de vagas na
zona rural, reduzindo assim a rotatividade de professores desta rede;
2.19. Garantir no PDE e/ou Propostas Pedagógicas das Unidades Escolares os temas de
combate à violência, homofobia, preconceito de gênero e cor da pele;
31
2.20. Definir critérios de lotação de professores nos anos iniciais do ensino fundamental que
levem em conta a formação continuada dos professores em alfabetização e letramento, a
participação nos grupos de estudo na própria escola e os resultados;
2.21. Certificar professores lotado na rede municipal que participam das formações em
serviço oferecidas pela escola e secretaria, incentivando a formação de grupos de estudo na
própria unidade educativa;
2.23. Pactuar com o Estado a unificação da matrícula nas turmas de alfabetização, definindo
um número máximo de alunos por professor alfabetizador de acordo com as referências
nacionais de qualidade para o ensino fundamental já no segundo ano de vigência deste PME;
2.24. Definir em regime de colaboração com o Estado, estabelecendo regras claras em relação
a permuta de professores(as) das duas redes, de modo a garantir a permanência de professores
vinculados às duas redes numa mesma escola;
Diagnóstico
A Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na seção IV, que trata do Ensino Médio
estabelece as finalidades e orienta um currículo para o Ensino Médio. Assim:
32
Art. 35 - O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração
mínima de três anos, terá como finalidade:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Ainda o Art. 36 da LDB orienta o currículo para o Ensino Médio a partir das
seguintes diretrizes:
I – destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado
da ciência, das letras e das artes, o processo histórico de transformação da
sociedade e da cultura, a língua portuguesa como instrumento de
comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
II – adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a
iniciativa dos estudantes;
III – será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina
obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter
optativo, dentro das disponibilidades da instituição;
§ 1º - Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão
organizados de tal forma que no final do Ensino Médio o educando
demonstre:
I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao
exercício da cidadania.
§ 2º O Ensino Médio, atendida a formação geral do educando, poderá
prepará-lo para o exercício de profissões técnicas.
§ 3º Os cursos do Ensino Médio terão equivalência legal e habilitarão ao
prosseguimento de estudos.
§ 4º A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação
profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de
Ensino Médio ou em cooperação com instituições especializadas em
educação profissional.
33
Tecnologias; e Ciências Humanas e suas Tecnologias. (Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica 2013).
Ensino Médio
2007 1 0 1
2008 1 0 1
2009 1 0 1
2010 1 0 1
2011 1 1 2
2012 1 5 6
2013 1 13 14
http://ideb.inep.gov.br/resultado
O município de Feijó conta com apenas uma unidade educativa que oferta ensino
médio, na zona urbana e não há nenhuma unidade educativa de ensino médio técnico. Porém,
na zona rural o atendimento desta etapa da educação básica se dá em 13 escolas de Ensino
Fundamental e médio, no formato Asas da Florestania Médio, específico para o atendimento
aos jovens do campo, com início de atendimento, segundo a tabela acima em 2011. Essa
oferta vem sendo garantida exclusivamente na rede estadual de ensino. A tabela de matrícula
indica um crescimento significativo no número de matrículas no Ensino Médio. Contudo, vale
34
a ressalva feita pelo Plano Estadual de Educação que afirma com base nos dados estaduais
que:
... não é de hoje que o Ensino Médio preocupa. De todas as etapas da Educação
Básica é o que apresenta os piores resultados em nível nacional, regional e estadual. No
Brasil, somente metade dos jovens consegue terminá-lo até os 19 anos e dos alunos que
chegam a concluí-lo apenas 9% aprendem o adequado em Matemática. No Acre, em 2013,
51,4% dos jovens com até 19 anos conseguiram concluir essa etapa da Educação Básica e
dos alunos que concluíram apenas 21% aprenderam o adequado em Língua Portuguesa e
3,4% em Matemática.
(PEE p 49)
2006 56,6
2007 54,4
2008 37,9
2009 34,6
2010 34,6
2011 35,9
2012 42,8
2013 47,1
2014 42,2
Fonte: www.observatório do pne.gov.br
35
Gráfico 3.1 - Evolução das taxas de distorção idade-série no Ensino Médio
36
Os déficits de aprendizagem são claramente perceptíveis ao se acompanhar os
índices de proficiência em Língua Portuguesa e Matemáticos aferidos pela avaliação externa
do SEAPE referente ao último ano/série do ensino fundamental. Nota-se que até o ano de
2013, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, a maioria dos alunos estava
concluindo a última série/ano do Ensino Fundamental nos níveis básico e abaixo do básico.
Com um agravante em relação aos conhecimentos matemáticos que estão sempre
apresentando índices muito elevados no nível abaixo do básico e permanece assim em 2014.
Rede Estadual
Rede estadual
37
fica abaixo do esperado, na maioria das vezes, tanto no que diz respeito à compreensão do
que é abordado, quanto na execução de tarefas e avaliações. Por isso, é necessária uma
intervenção focada para que possa progredir em seu processo de aprendizagem.
Por sua vez dizer que um aluno encontra-se no nível básico, segundo o mesmo
instrumento de avaliação externa mencionada, significa que os alunos apresentam
aprendizado mínimo do que é proposto para o seu ano escolar. Neste nível ele já iniciou um
processo de sistematização e domínio das habilidades consideradas básicas e essenciais ao
período de escolarização em que se encontra.
As tabelas de resultados do SEAPE apresentadas abaixo evidenciam que ao concluir
o 3º ano do Ensino Médio em relação aos conhecimentos de Língua Portuguesa, os alunos não
apresentam as aprendizagens adequadas ao ano/série, que conforme a escala do SEAPE seria
de 275 a 325 em proficiência leitora. Pelo contrário, saem no nível básico no padrão de
desempenho, o que corresponde de 225 a 275 na escala. Por exemplo, 82,2% dos alunos
matriculados no último ano do Ensino Médio foram aprovados, contudo saíram da educação
básica com aprendizagens mínimas do que é proposto para seu ano escolar.
Tabela 3.6 - Evolução dos Resultados do SEAPE / 3º ano do Ensino Médio – Língua
Portuguesa
Rede estadual
38
demonstram carência de aprendizagem do que é previsto para sua etapa de escolaridade.
Pois, ficaram abaixo do esperado, na maioria das vezes, tanto no que diz respeito à
compreensão do que é abordado, quanto na execução das tarefas e avaliações. Fica
evidente pelos resultados finais do Ensino Médio que nossa Educação Básica precisa focar na
qualidade das aprendizagens dos jovens feijoenses, pois não tem cumprido seu papel de
escola com qualidade social, visto que não vem assegurando padrões básicos de
aprendizagens a todos os usuários da escola pública.
Tabela 3.7 - Evolução dos Resultados do SEAPE / 3º ano do Ensino Médio – Matemática
Rede estadual
Sabendo que a distorção idade - série além de outros fatores é gerada pelas taxas de
reprovação e abandono. Outrossim, que o município conta com um programa de correção de
fluxo específico para os alunos que ingressam tardiamente no Ensino Médio, Programa
Especial de ensino Médio-PEEM, desde o ano de 2008. Achou-se por bem destacar que
mesmo já recebendo alunos com essa distorção o Ensino Médio em Feijó contribui para o
acirramento do problema. A tabela, abaixo, evidencia que entre os anos de 2008 a 2014 os
mais elevados índices de reprovação não acontecem no 1º ano/série, mas no 2º ano/série, com
exceção do ano de 2014 que o 2º ano reprovou 24.9 % dos seus estudantes e o 2º ano 21,6%,
uma diferença mínima e os percentuais muito elevados. Os dados requerem maior atenção
ainda porque as taxas de abandono no Ensino Médio rural estão se elevando anualmente, em
especial no 1º e 2º ano/série.
39
Tabela 3.8. – Taxas de Rendimento Ensino Médio – Feijó
Sobre o currículo escolar e metodologias pouco atrativas à faixa etária dos jovens,
mencionadas acima. Vale frisar que esse fenômeno não ocorre apenas em Feijó ou
simplesmente por falta de orientação legal. Mesmo que a identidade do Ensino Médio esteja
bem definida na LDBEN/9394/96, nas suas posteriores alterações e decorrentes Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - 1998 materializando uma base curricular
comum ao Ensino Médio brasileiro. Foi observado em estudo promovido pela UNESCO,
40
2009 apud Diretrizes Curriculares da Educação Básica 2013 que os ditames legais e
normativos e as concepções teóricas, mesmo quando assumidas por órgãos centrais de uma
Secretaria Estadual de Educação, têm fraca ressonância nas escolas e, até, pouca ou
nenhuma, na atuação dos professores. Em Feijó, sem dúvida essa é uma clara evidência de
problemas como ausência de um Projeto Político Pedagógico nas escolas que ofertam Ensino
Médio e formação continuada insuficiente aos professores do ensino médio dentre outros que
elencaremos abaixo.
Por exemplo, não se deve desconsiderar a necessidade de formação de um quadro
permanente de professores do Ensino Médio. Tomamos como referência a escola de Ensino
Médio urbana do município, José Gurgel Rabello. Segundo informações do censo escolar
2013 a escola contava com um quadro de 33 docentes sendo que destes 29 tinham formação
em nível superior e 04(quatro) ainda tinham formação em nível médio. Também o censo desta
unidade escolar de Ensino Médio registra que desses 33 docentes que atuavam nessa etapa da
educação básica, 05 eram do quadro permanente e 28 de contratação provisória. Logo se pode
inferir que a rotatividade de docentes compromete a melhoria dos índices qualitativos e
quantitativos da escola.
41
Registre-se ainda a situação da formação inicial desses docentes em relação à
área/disciplina que atuam. Como se pode notar na tabela abaixo que apresenta a porcentagem
de professores do Ensino Médio que tem licenciatura na área que atuam, apesar dos avanços e
retrocessos no percentual dos anos apresentados, em 2013, último ano em análise por este
PME, apenas 15% dos docentes estavam atuando em sua área de formação.
Ainda tomando como referência a unidade escolar urbana de Ensino Médio pode-se
ainda nota-se a precariedade da infraestrutura e acesso às tecnologias pelo Ensino Médio de
Feijó. Registre-se que aquele prédio escolar não recebeu nenhuma reforma significativas
desde o ano de sua construção, 2003. Suas salas de aula são superlotadas, levando-se em
conta o número de alunos da matrícula inicial a cada ano e o tamanho das salas em m². Some-
se a isso a precariedade dos equipamentos, a exemplo nenhuma das doze salas de aula possui
ao menos um ventilador, são extremamente quentes, e desconfortáveis. Suas janelas de vidro
permitem a incidência total dos raios solares em professores e alunos. O laboratório de
informática existe de fato, mas não funciona, já está em desuso há anos por falta de
manutenção dos computadores e problemas com a rede elétrica, assim como os ventiladores
que deveriam estar instalados nas salas de aula.
42
A rede de internet colocada à disposição da escola não atende nem mesmo às
atividades administrativas quanto mais necessidades pedagógicas. Suas senhas precisam ser
alteradas constantemente, pois, quando em uso pelos alunos, fica tão lenta que se inviabiliza
seu uso em atividades pedagógicas.
Diante dessa breve explanação da realidade vivenciada por nosso Ensino Médio
compete-nos questionar: Qual o ensino médio que queremos? O que pode ser feito
internamente para reverter o quadro apresentado, tornando essa etapa da educação básica mais
atrativa aos jovens? Que medidas precisam ser tomadas pelo poder público municipal,
estadual e federal no sentido de resolver os problemas apresentados e universalizar o ensino
médio aos jovens de 15 a 17 assegurando-lhes educação com a qualidade que a Constituição
Nacional assevera?
Estratégias
3.1. Acompanhar o processo de construção da nova matriz curricular estadual para o ensino
médio e todas as demais estratégias traçadas no Plano Estadual de Educação. Colaborando
para o alcance daquelas que envolverem o apoio das secretárias e órgão da esfera municipal.
3.2. Incentivar as escolas que ofertam Ensino Médio no município a experimentar, até o final
do primeiro ano de vigência do PEE, a proposta de organização didático-pedagógica que
contemple os conteúdos obrigatórios e eletivos no Ensino Médio;
43
3.3. Estimular a participação dos docentes deste município no programa de formação para
coordenadores pedagógicos e professores com foco na construção e implementação de
inovações didático-metodológicas, que assegurem os direitos de aprendizagem dos alunos,
ofertada pela SEE;
3.7. Assegurar o diálogo das secretarias municipais diretamente envolvidas com a promoção
do esporte, cultura e lazer e unidades escolares da educação básica públicas. Visando assim
cooperar com as ações destas que visem garantir a fruição de bens e espaços culturais, de
forma regular, bem como a ampliação da prática desportiva aos estudantes da educação básica
em todas as suas modalidades, rompendo assim com as ações fragmentadas e dispersas
presentes nos sistemas de gestão das políticas públicas de esporte e lazer no município.
3.8. Apoiar as ações das escolas públicas deste município voltadas para a promoção
de programas de educação e cultura, articulados com as comunidades, com vista à ampliação
dos espaços de convivência e aprendizado para além dos espaços internos da escola;
3.9. Apoiar-se nos modelos de políticas de correção de fluxo da rede estadual, ou regionais
exitosas, com vistas a fortalecer nas escolas da rede municipal a implementação de políticas
de correção de fluxo em seus Projetos Político Pedagógicos capazes de reduzir o índice de
distorção idade-série progressivamente de modo que nenhuma Unidade Educativa do Ensino
Fundamental da rede municipal de Ensino ultrapasse o índice de 10% de distorção idade-
série ao final do último ano de vigência deste PME;
3.10. Induzir as escolas da rede municipal de ensino a estabelecer em seus Projetos Político
Pedagógico ações sistemáticas de acompanhamento pedagógico individual aos alunos do
Ensino Fundamental com padrões de desempenho abaixo do adequado, garantindo assim que
44
estes concluam essa etapa da educação básica com qualidade de aprendizagem e na
idade recomendada;
3.13. Demandar do Estado e União a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio
integrado à educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo,
das comunidades indígenas e das pessoas com deficiência;
3.14. Apoiar a política estadual de combate a infrequência no Ensino Médio , quando estas
envolverem ações articuladas com as famílias, Secretaria Municipal de Ação Social, Saúde
e Conselhos Municipais voltados para a proteção à adolescência e juventude;
3.15. Apoiar as ações do Estado voltadas para a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17
(dezessete) anos fora da escola, por meio do trabalho articulado com os serviços de
Assistência Social, Saúde e Proteção à Adolescência e à Juventude, em especial àquelas que
moram na zona rural e bairros menos favorecidos do município;
45
Meta 4: Universalizar, para a população de quatro a dezessete anos, o atendimento
escolar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede regular de ensino, garantindo o
atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes,
escolas ou serviços especializados, públicos ou comunitários, nas formas complementar e
suplementar, em escolas ou serviços.
Diagnóstico
46
Tabela 4.2 - Percentual de matrículas incluídas em classes comuns no ano de 2014
Fonte: http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/4-educacao-especial-inclusiva/indicadores
Tabela 4.3 – Número de alunos com deficiência inclusos por ano nas etapas e
modalidades da educação básica
Municipal Estadual
Ano Total
Pré 1º ao 6º ao Eja 1º ao 6º ao Ens. Eja
Escola 5º ano 9º ano Fund. 5º ano 9º ano Médio
2009 71 03 00 00 00 44 15 04 05
2010 124 02 20 00 00 66 20 12 04
2011 129 04 33 00 01 41 33 13 04
2012 152 03 34 01 01 39 45 11 18
2013 230 04 39 02 01 70 60 32 22
Apesar dos indicadores acima serem animadores, o município deve considerar outros
desafios que comprometem a inclusão com qualidade social e de aprendizagem garantida a
todas as crianças. Por exemplo, o Censo Escolar/INEP 2013 aponta que do total de 145
escolas de educação básica em funcionamento no município apenas 15(quinze) delas
possuíam sala para Atendimento Educacional Especializado - AEE (salas de recursos
multifuncionais), esse número equivale a apenas 10% de toda a rede pública, conforme se
pode perceber nas tabelas abaixo. Pergunta-se: Como as demais escolas públicas de Feijó
asseguram o atendimento em classes multifuncionais no contra turno, já que esse é um direito
basilar que assegura a qualidade da inclusão em classes comuns?
47
Tabela 4.4 - Unidades Escolares com Salas de Recursos Multifuncionais
Estadual Municipal
Ano Total
Geral Urbana Rural Urbana Rural
2009 1 1 0 0 0
2010 3 2 0 1 0
2011 6 3 0 3 0
2012 10 4 0 4 2
2013 15 5 0 4 6
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar/ Preparação: Todos Pela Educação
Total do indicador
Ano Total de alunos Percentual
2009 29 36,3%
2010 57 56,4%
2011 66 60%
2012 73 57,9%
2013 98 44,7%
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar/ Preparação: Todos Pela Educação
Diretrizes
O currículo existente nas escolas regulares ainda não está flexibilizado para
trabalhar com essa demanda a escola tem uma prática à aquisição de
conhecimentos e conteúdos, isto é, as valorizações das pessoas têm relação
com os processos cognitivos para compreender o que à escola deve
“passar” e a pedagogia a estas pessoas, com necessidades educacionais
especiais, deve favorecer todos os aspectos de desenvolvimento para
contemplar as diferenças, ou seja, fazer com que a escola supra suas
deficiências em prol ao desenvolvimento de processos ensino e
aprendizagem única e heterogênea.
50
Com este objetivo este PME alinhado ao Plano Nacional e Estadual de Educação estabelece
as diretrizes a seguir.
Estratégias
4.1. Compor uma equipe multidisciplinar nas redes estaduais e municipais de educação a fim
de oferecer suporte técnico-pedagógico aos professores das turmas de alunos incluídos;
4.2. Envidar esforços para criar na Secretaria Municipal de Educação um quadro de pessoal
composto de cuidadores ou atendente pessoal, intérpretes e mediadores para subsidiar o
trabalho de inclusão nas escolas públicas municipais, fazendo o acompanhamento das
atividades diárias do aluno com deficiência na escola em que estiver matriculado;
4.3. Estabelecer parceria com instituições públicas de nível superior a fim de garantir na
formação continuada aos professores do ensino regular o tema inclusão e necessidades
educacionais especiais;
4.4. Garantir a adaptação de todos os prédios escolares da rede municipal de modo a torná-los
acessíveis aos alunos com deficiência até o final do segundo ano de vigência deste PME;
4.7. Assegurar que ao final do quinto ano de vigência deste PME, todos os professores
lotados nas salas de recursos multifuncionais sejam habilitados em libras, braile,
comunicação aumentativa e alternativa, habilidades de orientação e mobilidade;
4.8. Monitorar e avaliar o atendimento dos alunos com deficiências e altas habilidades
no contra turno nas salas de recursos multifuncionais, a fim de propor mudanças necessárias;
4.9. Estabelecer parceria com as secretarias de saúde e assistência social a fim de garantir
uma equipe de saúde especializada a atender e realizar o acompanhamento aos alunos com
deficiência matriculados nas escolas públicas de ensino;
4.11. Assegurar em parceria com União e Estado, na educação básica pública, transporte
escolar gratuito aos alunos com deficiência que comprometa sua mobilidade até a escola;
51
4.12. Assegurar por meio da Secretaria de Obras e Programas Federais complementares a
construção de calçadas e rampas de acesso às escolas urbanas e rurais das redes municipal e
estadual, no padrão de acessibilidade;
4.13. Estabelecer parceria com secretarias de saúde estadual e municipal a fim de garantir até
o final do quinto ano de vigência deste PME, a generalização da aplicação de testes de
acuidade visual e auditiva em todas as instituições de educação infantil e do ensino
fundamental, de forma a detectar problemas e oferecer apoio adequado às crianças com
deficiência;
4.16. Estabelecer cooperação com as áreas de saúde, previdência e assistência social para, no
prazo de dez anos, tornar disponíveis órteses e próteses para todos os educandos com
deficiências, assim como atendimento especializado de saúde, quando for o caso;
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º( terceiro) ano do
ensino fundamental.
Diagnóstico
Fonte: pne.mec.gov.br
Meta mais do que justa visto que a leitura e a escrita são fundamentais ao avanço no
processo escolar. Menosprezar a urgência em se alcançar essa meta é comprometer o sucesso
escolar dos estudantes, e por sua vez o alcance das demais metas voltadas à educação básica,
em especial as correspondentes ao fluxo escolar e aprendizagem, escolaridade média e
alfabetização.
Como bem explicita o Plano Estadual de Educação 2015- 2024 o não domínio da
leitura e escrita assim como da alfabetização em sentido amplo, agrava problemas como
distorção idade/série, reforçam as taxas de evasão e repetência, o abandono escolar e o
elevado índice de analfabetismo funcional, comprometendo a qualidade das experiências de
vida dos usuários da escola pública. Vale ainda ressaltar o destaque dado pelo Plano Estadual
de Educação quando diz que “a idade de 8 anos deve, portanto ser realmente um limite
máximo para a conclusão da alfabetização e não ser tomada como um momento ideal para
que isso aconteça”.
53
Indicadores resultantes da Prova ABC realizada em 2012 explicitam melhor como
anda a aprendizagem das crianças de 6 a 8 anos em leitura, escrita e matemática no Brasil,
região norte e no Acre.
Fonte: www.observatoriodopne.org.br
54
Mesmo que o município não tenha participado da avaliação mencionada acima os indicadores resultantes da avaliação SEAPE/CAED
2014 das redes estadual e municipal de Feijó, nos últimos 05 (cinco) anos (tabelas abaixo) explicitam melhor como está a aprendizagem de
leitura e matemática dos meninos e meninas nesta unidade territorial.
PROFICIÊNCIA MÉDIA % POR PADRÃO DE DESEMPENHO PROFICIÊNCIA MÉDIA % POR PADRÃO DE DESEMPENHO
REDE ABAIXO DO REDE ABAIXO DO
EDIÇÃO ACRE BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO EDIÇÃO ACRE BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO
ESTADUAL BÁSICO MUNICIPAL BÁSICO
2010 477,8 455.2 27,2 18,5 24,1 30,2 2010 464,7 444,6 30,0 20,8 23,9 25,4
2011 488,3 507,7 11,0 12,4 25,7 50,9 2011 471.0 463,8 24,8 20,4 24,2 30,6
2012 499,7 506,6 11,7 13,7 22,3 52,3 2012 480,0 466,5 25,0 16,9 25,0 33,1
2013 505.9 513,0 10,2 12,1 21,4 56,3 2013 486.1 487,6 14,9 17,6 23,7 43,7
2014 513,4 522,0 10,2 16,7 18,6 54,4 2014 496.2 479,7 20,6 15,4 20,6 43,4
Fonte dos dados: www.seape.caedufjf.
PROFICIÊNCIA MÉDIA % POR PADRÃO DE DESEMPENHO PROFICIÊNCIA MÉDIA % POR PADRÃO DE DESEMPENHO
ABAIXO ABAIXO
REDE REDE
EDIÇÃO ACRE DO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO EDIÇÃO ACRE DO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO
ESTADUAL MUNICIPAL
BÁSICO BÁSICO
2010 738,1 721,0 58,0 34,0 7,4 0,6 2010 732,5 721,9 55,8 36,0 8,2 0,0
2011 743,3 750,9 37,6 41,3 18,4 2,8 2011 735,0 728,4 50,3 39,5 8,9 1,3
2012 756,7 764,2 22,8 50,8 26,4 0,0 2012 747,2 740,3 41,9 41,2 16,9 0,0
2013 758,4 754,9 26,0 54,4 16,7 2,8 2013 750,4 751,5 28,8 56,3 13,6 1,4
2014 761,6 771,8 19,5 48,4 25,6 6,5 2014 753,4 750,2 33,5 49,8 13,7 3,0
Fonte dos dados: www.seape.caedufjf.
55
Considerando que a alfabetização com qualidade de aprendizagem a todas as
crianças pressupõe que alcancem níveis de proficiência avançado ou minimamente adequado.
Levando-se em conta ainda que no município de Feijó os alunos do terceiro ano do ensino
fundamental já alcançaram o nível adequado em relação a leitura desde 2011 e ainda que os
alunos da rede estadual já estejam no nível avançado desde o ano de 2010, pode-se inferir
provisoriamente que as estratégias adotadas pelas duas redes, sobretudo pela rede estadual de
educação estão se mostrando eficientes. São notórias as mudanças no quadro de proficiência
de leitura.
Diante do exposto não se pode defender esse quadro como desejável, uma vez que
ainda temos crianças chegando ao final do 3º ano do ensino fundamental com desempenho
abaixo do esperado para esta etapa da escolaridade, ou seja, situam-se na faixa de 0 a 400 na
escala de proficiência do SAEB para esta série/ano e em conhecimentos matemáticos os
alunos do 3º ano ainda encontram-se na faixa de 725 a 800 na escala do SEAPE, nível básico
em matemática. Assim sendo, o esforço das redes estadual e municipal deve convergir para
reduzir a zero os perversos índices de exclusão a aprendizagem com qualidade a todos os
alunos do município, em especial nessa faixa etária.
Por reconhecer a formação dos professores como essencial ao alcance dessa meta o
Plano Nacional de Educação- PNE estabelece em sua estratégia 5.6
56
Tabela 5.5 – Grau de Escolaridade dos professores
2008 29,2% 0%
2009 25% 0%
2011 33,3% 0%
2012 84,1% 0%
2013 66% 0%
Fonte: www.observatoriodopne.org.br
Diretrizes
Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa - PNAIC aderido pelo município no
ano de 2013, assegurando a formação continuada em serviço com foco nos conteúdos
de alfabetização e letramento e com formação em matemática a partir de 2014;
Prática de acompanhamento em sala de aula junto aos professores e alunos pelos
coordenadores pedagógicos e formadores com foco nas atividades propostas aos
alunos, nas escolas urbanas do município tanto na rede estadual quanto na municipal;
Formação continuada na própria escola acontecendo por meio de grupos de estudos e
planejamentos sistemáticos com interação, socialização e trocas de experiências entre
os professores alfabetizadores, também em andamento em escolas urbanas do
município;
57
Realização de avaliações externas no município abrangendo a alfabetização, em
especial SEAPE 2009 e ANA 2013.
LEI Nº 11.274, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2006. Que altera a redação dos arts. 29,
30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes
e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o
Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade,
como forma de garantir às crianças das camadas populares mais tempo na escola e
mais equidade de acesso ao processo formal de alfabetização;
Plano Estadual de Educação- PEE e este Plano Municipal de Educação- PME que
alinhados ao PNE estabelecem estratégias para o alcance da meta.
Estratégias
5.2. Fomentar o uso dos instrumentos de avaliação e monitoramento nacional e estadual, nas
escolas da rede municipal a fim de implementar intervenções e medidas pedagógicas
necessárias a alfabetização de todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino
fundamental;
60
5.5. Firmar parceria com instituições de Ensino Superior Públicas a fim de assegurar a
formação inicial e continuada de professores para a alfabetização de crianças, com o
conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras,
estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de
formação continuada de professores para a alfabetização ;
5.7. Apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades,
inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade
temporal.
5.8. Estimular a prática de avaliações diagnósticas da aprendizagem dos alunos nos anos
iniciais, como ferramenta para a definição de atividades pedagógicas ajustadas às reais
necessidades de aprendizagem das crianças;
5.9. Definir critérios de lotação de professores nos anos iniciais do ensino fundamental que
levem em conta a formação continuada dos professores em alfabetização e letramento, a
participação nos grupos de estudo na própria escola e os resultados de aprendizagem
apresentados nas avaliações externas;
5.10. Certificar professores lotados na rede municipal que participam das formações em
serviço oferecidas pela escola e secretaria, incentivando a formação de grupos de estudo na
própria unidade educativa;
5.12. Incentivar a prática de fóruns municipais de caráter bienal a fim de divulgar as práticas
exitosas das escolas da rede municipal de educação;
5.13. Realizar estudo dos custos com viagens de formação e acompanhamento às escolas
rurais, a fim de assegurar os recursos necessários para a sua ampliação ao longo do período de
vigência deste PME;
61
5.15. Estimular o planejamento das ações anuais a serem realizadas pela Secretaria Municipal
de Educação, garantido a correta aplicação dos recursos gastos com educação e a viabilidade
das ações de formação continuada e acompanhamento das unidades escolares da rede
municipal.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas,
de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.
Diagnóstico
62
As tabelas 6.1 e 6.2 apresentadas acima revelam que a rede estadual de ensino aderiu
ao Programa Mais Educação no ano de 2011 com o atendimento de 124 (cento e vinte e
quatro) alunos. Por conseguinte a rede municipal fez sua adesão no ano de 2012 com 9 (nove)
escolas e 632 alunos fazendo parte do programa.
As tabelas acima ainda demonstram que a matrícula em tempo integral tem sido mais
significativa na rede municipal, de 632 alunos matriculados em 2012 para 1.065 alunos em
2013, praticamente duplicando a matrícula inicial, em percentual isso quer dizer que o
município neste ano foi responsável por 66% da matrícula em tempo integral e a rede estadual
33%.
Comparados os índices do Município, Estado, Região Norte e Brasil, percebe-se que
ainda há muito que se fazer para o alcance da meta, também que o maior desafio não será a
ampliação do número de escolas em tempo integral, mas assegurar que um número maior de
alunos da educação básica estejam incluídos/matriculados em tempo integral. Se em relação
ao número de escolas já estamos com 17% ofertando educação em tempo integral, o número
de alunos matriculados nesta etapa ainda é de 14%, conforme indicadores abaixo (tabelas 6.3
e 6.4).
63
Tabela 6.4 - Percentual de alunos que permanecem pelo menos 7h em atividades
escolares
(35 escolas) (98 escolas) (6 escolas) (29 escolas) (6 escolas) (92 escolas)
Laboratório de 2% 0% 17% 0% 0% 0%
ciências
(1 escola) (0 nenhuma) (1 escola) (0 nenhuma) (0 nenhuma) (0 nenhuma)
65
Tabela 6.6 - Equipamentos que dispões as escolas da Educação Básica do município
As duas tabelas evidenciam também que o desafio do município é ainda maior por
sua rede escolar constituir-se primordialmente em escolas rurais de pequeno porte, visando
atender às comunidades de menor densidade populacional em áreas de difícil acesso, o que
com certeza demandará um maior aporte de recursos e modelo de educação integral específico
que respeite o modo de ser e viver das comunidades rurais deste município, no entanto sem
negar-lhes uma educação integral em seu sentido lato assentada em base nacional comum a
todos os cidadãos brasileiros.
66
Diretrizes
Nessa década terá sua atenção voltada para a ampliação do Programa Mais Educação
nas escolas de Ensino Fundamental.
Estratégias
6.2. Investir na melhoria da estrutura física das escolas inseridas no Programa Mais Educação,
para criação de salas e/ou espaços adequados na própria escola para o funcionamento dos
macro campos;
6.3. Garantir assessoria às escolas da rede municipal, afim de que registrem em seus Projetos
Políticos Pedagógicos suas propostas de educação em tempo integral, de acordo com as
necessidades de sua clientela;
68
6.4. Realizar estudo dos resultados alcançados pelos alunos e escolas inseridos no Programa
Mais Educação no município em relação ao rendimento escolar e resultados nas avaliações
externas até o final do segundo ano de vigência deste PME;
6.6. Firmar parceria com Rede Estadual/SEE com o objetivo de assegurar às escolas com mais
de 150 (cento e cinquenta) alunos matriculados no Programa Mais Educação um coordenador
pedagógico exclusivo ao planejamento e acompanhamento pedagógico com os monitores do
Programa na própria escola, tanto na rede estadual quanto municipal;
6.7. Garantir em parceria com Estado/SEE, a cada início de ano letivo, formação inicial dos
monitores para o desenvolvimento das atividades com os macro campos do Programa Mais
Educação;
6.8. Envidar esforços para ampliar quantitativo- qualitativamente da merenda escolar de modo
a atender os alunos das unidades rurais que estejam funcionando em tempo integral com 03
(três) refeições distribuídas em lanche, almoço e lanche, a partir do segundo ano de vigência
deste PME;
6.9. Considerar o número de alunos matriculados no Programa Mais Educação para efeito de
fornecimento de merenda escolar e lotação de merendeiras na escola;
6.10. Promover a realização de encontros anuais das equipes escolares das escolas que
participam do Programa Mais Educação e outros modelos de educação em tempo integral
para troca de experiências entre escolas .
6.12. Equipar prioritariamente as escolas que funcionam em tempo integral com laboratórios
de informática e acesso à internet, quadra de esporte coberta e espaço adequado para
realização de atividades como dança e teatro;
69
Meta 7: Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas etapas e modalidades, com
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias para
o Ideb no município de Feijó.
Diagnóstico
O referido parecer reconhece essa complexidade à medida que o apresenta como uma
construção histórica que assume diferentes significados em tempos e espaços diversos e tem a
ver com os lugares de onde falam os sujeitos, os grupos sociais a que pertencem, os
interesses e os valores envolvidos, os projetos de sociedade em jogo. Contudo, apresenta o
que é consenso nacional e internacional hoje, inclusive defendido por organismos como a
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Indica ainda o PARECER CNE/CEB Nº: 11/2010 que a qualidade da educação hodierna
requer que se ofereçam mais recursos e melhores condições às escolas menos providas e aos alunos
que deles mais necessitem. Ao lado das políticas universais, dirigidas a todos sem requisito de
seleção, é preciso também sustentar políticas reparadoras que assegurem maior apoio aos diferentes
grupos sociais em desvantagem. Igualmente no compromisso com o sucesso e valorização dos
profissionais da educação, recursos e melhores condições às escolas. Dentre outros
componentes já mencionados em outras metas deste Plano Municipal de Educação.
71
Diante do exposto é preciso reconhecer que o alcance desta meta não vai depender
exclusivamente da escola e seus educadores, estes lograrão êxito em maior ou menor grau a
depender do apoio que tiverem.
Ainda que limitado. Este indicador foi criado em 2007, pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), formulado para medir a qualidade
do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino.
Funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da
Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se
mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o Ideb é calculado a partir de dois
componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) e as médias
de desempenho nos exames aplicados pelo Inep.
As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e municípios, e
do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os estados e o País, realizados
a cada dois anos. É importante saber que as metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas
para cada escola e rede de ensino, contudo todas as redes devem alcançar a média de 6 pontos
até 2022, média de sistemas educacionais dos países desenvolvidos que fazem parte da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, composto
atualmente por 65 países.
Vejamos como tem sido a evolução dos indicadores da meta no município por etapa da
educação básica. A tabela abaixo mostra que o IDEB dos anos iniciais do Ensino
Fundamental de Feijó, tem alcançado e superado as metas estabelecidas pelo Ministério da
Educação, Tabela 7.1. No entanto, torna-se fundamental atentar para as médias alcançadas por
cada estabelecimento de ensino, visto que há escolas cujas médias encontram-se abaixo da
projeção.
72
Tabela 7.1 - Evolução IDEB / Ensino Fundamental - Anos Iniciais
2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
2,7 3,2 3,5 4,1 4,7 2,8 3,2 3,7 4,0 4,2 4,5 4,9 5,2
Fonte: Dados do Ideb/Inep (2013)
Vejamos ainda outro indicador muito importante. A taxa de distorção idade – série
(ver tabelas 7.3 e 7.4, a seguir) é “um importante indicador de fluxo e representa a
porcentagem dos alunos de determinada localidade que não estão matriculados em uma
etapa compatível com sua idade escolar”. Como podemos observar a taxa de distorção idade
– série na rede total (pública e privada) no Brasil (para os Anos Iniciais do Ensino
Fundamental) passou de 23% em 2006 para 15,4% em 2013; na região Norte passou de
37,1% em 2006 para 25,3% em 2013; no Acre passou de 35,2% em 2006 para 26,9% em
2013 e no município de Feijó os percentuais que eram de 50,9% decresceram para 42,7%.
Contudo, ainda são muito elevados.
Tabela 7.3 - Evolução da Distorção Idade - Série / Anos Iniciais- Contexto Geral
Ensino Fundamental
Ano
Anos Iniciais
Brasil Norte Acre Feijó
2006 23,0 37,1 35,2 50,9
2007 22,6 36,7 34,7 50,3
2008 17,6 26,1 24,0 30,7
2009 18,6 29,8 26,9 38,8
2010 18,5 30,7 28,7 47,8
2011 17,8 29,5 28,9 45,6
2012 16,6 27,4 27,8 45,5
2013 15,4 25,3 26,9 42,7
Fonte: Inep /Censo Escolar
Tabela 7.4 - Evolução da Distorção Idade /Série - Anos Iniciais - Contexto Local
Ensino Fundamental
Ano Anos Iniciais
Rede Estadual Rede Municipal
2006 43,2 56,1
2007 43,8 56,0
2008 27,2 33,6
2009 35,2 41,5
2010 41,1 53,1
2011 36,5 51,9
2012 38,2 50,9
2013 35,8 47,8
Fonte: Inep /Censo Escolar
74
Visto que a distorção idade-série pode ser desencadeada por entrada tardia na escola,
mas também pela repetência e abandono escolar. Consultemos ainda como andam o
movimento e rendimento escolar de nossos estudantes dessa etapa da educação básica entre os
anos de 2007 a 2013, verificando a evolução das taxas de aprovação, reprovação e abandono
escolar no Brasil, região Norte, Acre e Feijó.
2007 84,87 76,1 81,95 68,6 15,13 17,3 12,60 23,8 2,5 6,6 5,45 7,6
2008 82,67 78,0 85,35 68,5 17,33 16,0 10,54 22,2 2,9 6,0 4,10 9,3
2009 87,60 81,0 87,63 70,5 12,40 14,1 8,61 17,3 2,3 4,9 3,76 12,2
2010 94,12 84,5 87,98 80,2 5,88 11,4 8,72 11,5 1,8 4,1 3,29 8,3
2011 94,12 87,0 89,01 79,3 5,88 9,7 8,35 16,6 1,6 3,3 2,64 4,1
2012 87,60 87,2 89,32 75,4 12,40 9,8 8,33 17,3 1,4 3,0 2,35 7,3
2013 88,06 88,6 90,76 81,4 11,94 8,8 7,28 14,1 1,2 2,6 1,96 4,5
Nota-se que no contexto geral apesar das oscilações dos números apresentados em
nível de Brasil e Município, o crescimento da taxa de aprovação tem sido significativa, em
especial quando falamos do Acre como um todo. Contudo, o percentual de
aprovação/reprovação em Feijó evidencia que 14,1%, dos alunos, no último ano considerado
2013, não aprendem o mínimo necessário para progredir nos estudos.
Também a taxa de abandono escolar em Feijó sempre é das maiores, mas vem sendo
reduzida gradualmente de modo que no ano de 2007 cerca de 7,6 % dos estudantes
75
matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental abandonaram a escola, já em 2013 esse
número decresceu para 4,5%, o que não deixa de ser ainda muito elevado.
76
Tabela 7.7 – Evolução do IDEB / Ensino Fundamental - Anos Finais
2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
3,5 3,8 4,5 4,3 4,4 3,6 3,7 4,0 4,4 4,8 5,0 5,3 5,5
Fonte: Dados do Ideb/Inep (2013)
Vejamos ainda outro indicador muito importante. A taxa de distorção idade- série
nos anos finais do Ensino Fundamental. Nos 8 anos analisados, se tomarmos como base o ano
inicial 2006 e o final 2013, Feijó reduziu apenas 10,03% seu alto índice de distorção idade-
série nessa etapa da educação básica, mas indica que no decênio, aplicadas as políticas
77
adequadas, pode ser reduzido a níveis aceitáveis. Percebe-se que em 2010, 2011, 2012 e 2013
os percentuais estavam mais elevados que em 2008 e 2009. Em parte isso se deve ao fato de
que na zona rural de Feijó a etapa final do Ensino Fundamental só tenha chegado em 2010
com o Programa Asas da Florestania do 5º ao 9º ano, ofertado pela rede Estadual e Municipal.
Tabela 7.9 - Evolução da Distorção Idade / Série – Anos Finais - Contexto Geral
Ensino Fundamental
Ano
Anos Finais
Brasil Norte Acre Feijó
2006 35,4 48,4 39,5 49,8
2007 34 47,5 35,2 46,7
2008 27,4 34 25,7 35,1
2009 28,9 38,1 26,4 35,1
2010 29,6 40,7 29,8 38,8
2011 28,8 40,8 30,4 42,6
2012 28,2 40,5 30,8 41,7
2013 27,5 39,6 29,8 39,5
Fonte: Inep /Censo Escolar
Vejamos como evoluiu a distorção apenas em âmbito local. Nota-se pela tabela
abaixo que as maiores taxas de distorção ocorrem na rede municipal. Lembrando que esta
rede oferta anos finais do Ensino Fundamental desde 2010 apenas nas áreas rurais do
município. Diante do exposto pode-se afirmar que os maiores índices de distorção idade-série
ainda ocorrem nas áreas rurais. Passemos a verificar as taxas de evolução do rendimento
escolar.
Tabela 7.10 - Evolução da Distorção Idade - Série / Anos Finais - Contexto Local
Ensino Fundamental
Ano Anos Finais
Rede Estadual Rede Municipal
2006 47,8 63,6
2007 44,4 60,3
2008 35,1 -
2009 35,1 -
2010 35,1 62,3
78
2011 35,6 77,9
2012 36,2 72,4
2013 35,9 65,2
Fonte: Inep /Censo Escolar
No Contexto geral, conforme expresso na tabela abaixo fica evidente que Feijó não
conseguiu manter a crescente taxa de aprovação apresentada nos anos de 2009 e 2010, onde
superava as médias nacionais da região Norte e do Acre, mas esse é um bom indício de que é
possível assegurar melhores índices de aprovação escolar nas séries finais do ensino
fundamental feijoense, que está abaixo da média do Estado em 2013.
Interessante notar que as menores taxas de reprovação estão em Feijó, que reprova
menos que o Acre, a região Norte e o Brasil num contexto geral. Por outro lado as taxas de
abandono escolar em Feijó são superiores à média nacional e estadual, sendo inferior apenas à
média da região norte. Conclui-se então que em Feijó o abandono escolar é um problema
grave nos anos finais do ensino Fundamental.
Brasil Norte Acre Feijó Brasil Norte Acre Feijó Brasil Norte Acre Feijó
2008 71,63 77,4 86,24 86,9 13,18 13,5 7,45 5,7 6,2 9,1 6,31 6,3
2009 87,79 79,2 88,70 90,9 28,37 13,5 7,45 6,8 5,3 8,0 5,13 4,8
2010 84,53 80,6 89,51 90,5 12,21 12,8 6,17 4,3 4,7 7,1 4,84 6,6
2011 85,33 81,7 90,43 89,8 15,47 12,3 5,64 2,9 4,2 6,4 4,17 5,6
2012 83,68 81,2 91,21 89,2 14,67 11,9 5,41 4,6 4,1 6,4 3,60 6,9
2013 87,10 81,7 91,26 89,3 16,32 12,4 5,19 3,9 3,6 5,9 3,25 5,3
Vejamos no contexto local como está ocorrendo o rendimento escolar nas redes
estadual e municipal. A tabela abaixo indica mais uma vez que os maiores índices de
abandono escolar ocorrem na rede municipal de Feijó e a reprovação na rede estadual. Tanto
que a diferença entre os índices de aprovação das duas redes é ínfima. Se os índices de
aprovação da rede estadual são comprometidos majoritariamente pela reprovação, os
municipais são pelo abandono escolar.
79
Tabela 7.12 - de Rendimento / Aprovação –reprovação- abandono- Anos Finais -
Contexto Local
2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
3,,0 3,3 3,5 3,3 3,3 3,0 3,1 3,3 3,5 3,9 4,3 4,6 4,8
Fonte: QEdu.org.br. Dados do Ideb/Inep (2013).
80
Tabela 7.14 - Evolução da Distorção Idade /Série – Ensino Médio - Contexto Geral
Já o abandono escolar vem sendo reduzido em todo o Brasil nessa etapa da Educação
Básica. Feijó apresenta os menores índices de abandono nos últimos 3 (três anos) em relação
ao Brasil, região Norte e Acre.
Ensino Médio
Ano
Aprovação Reprovação Abandono
Brasil Norte Acre Feijó Brasil Norte Acre Feijó Brasil Norte Acre Feijó
2007 85,59 91,0 74,46 83,1 14,41 13,7 9,53 4,3 14,9 16,4 16,02 12,6
80,71 81,2 76,63 87,2 19,29 10,3 7,96 1,0 12,8 15,7 15,42 11,8
2008
2009 90,00 85,0 77,97 84,9 10,00 10,6 8,20 7,3 11,5 11,7 13,83 7,8
2010 74,79 87,4 77,82 78,6 25,21 10,6 8,82 8,2 10,3 10,3 13,36 13,2
2011 91,18 75,4 78,54 76,1 8,82 10,7 8,83 16,7 10,6 13,9 12,63 7,2
87,84 74,9 76,92 69,3 12,16 11,3 12,17 22,8 10,1 13,8 10,90 7,9
2012
2013 92,93 75,4 77,90 80,4 7,07 11,2 11,38 15,0 8,1 13,4 10,72 4,6
81
Sobre a proficiência em Língua Portuguesa e Matemática dos estudantes que
concluem o Ensino Médio no município, consultar a meta 3 que apresenta relatório completo
com base nas avaliações externas estaduais SEAPE, assim como taxas de rendimento escolar
no ensino médio rural e urbano.
Estratégias
7.1. Aderir e implantar as diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional
comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos
alunos para cada ano do Ensino Fundamental, pactuadas nacionalmente, respeitada a
diversidade local;
7.2. Assegurar que no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento)
dos alunos do Ensino Fundamental tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em
relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e
50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável.
7.3. Assegurar que no último ano de vigência deste PME, todos os estudantes do Ensino
Fundamental tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por
cento), pelo menos, o nível desejável.
7.4. Aderir aos indicadores nacionais de avaliação institucional pactuados entre os entes
federados com base no perfil do alunado e dos docentes, nas condições de infraestrutura das
escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras
dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino.
7.12. Estabelecer processos de certificação das escolas de Educação Infantil norteados por
indicadores de qualidade nacionais para essa etapa da educação básica, apoiando a divulgação
de projetos exitosos e incentivando as boas práticas pedagógicas;
7.13. Estabelecer até o final do primeiro ano de vigência do PME bônus para os profissionais
das escolas municipais que alcancem as metas do IDEA e do IDEB, no caso do Ensino
Fundamental e também bonificação específica aos profissionais das escolas de educação
infantil certificadas de acordo com indicadores de qualidade específicos para etapa da
educação básica;
83
7.15. Instituir programa e ações de combate a infrequência e abandono escolar nas escolas de
Educação Infantil;
7.16. Garantir em regime de colaboração com Estado e União transporte escolar gratuito
para todos (as) os estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar
obrigatória, visando reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento dos
estudantes;
7.18. Envidar esforços para que com o apoio da União, até o quinto ano de vigência deste
PME todas as escolas da rede municipal tenham acesso a computadores em banda larga de
alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/aluno (a) nas escolas da
rede pública municipal, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e
da comunicação;
7.19. Assegurar em regime de colaboração com Estado e União que todas as escolas de
educação básica do município tenham acesso à energia elétrica, abastecimento de água
tratada, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos, garantir o acesso dos alunos a
espaços para práticas esportivas, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios
de ciências. Garantindo em especial a acessibilidade às pessoas com deficiência em cada
edifício escolar e universalização das bibliotecas nas escolas municipais;
7.20. Envidar esforços junto à União para implementar no município os parâmetros mínimos
de qualidade dos serviços da educação básica, pactuados entre União e demais entes
federados. Haja vista estes serem elaborados com a finalidade definir os padrões de
infraestrutura escolar, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, bem como
instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino;
7.21. Informatizar integralmente a gestão das escolas públicas da rede municipal estimulando
a participação das equipes técnicas da rede municipal e estadual de educação a participar da
formação inicial e continuada ofertadas pelo governo federal por meio do Programa Nacional
de formação específico para este fim;
7.24. Garantir nos currículos escolares da rede municipal conteúdos sobre a história e as
culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos da leis nº
10.639 de 09 de janeiro de 2003 e lei nº 11. 645 de 10 de março de étnico-racial, conselhos
escolares, 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares
nacionais, por meio das ações colaborativas com fóruns municipais de educação para a
diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;
7.27. Incentivar e orientar as famílias e setores da sociedade civil, a participar dos processos
de tomadas de decisões escolares e governamentais, assim como no acompanhamento da vida
escolar de seus filhos, com o propósito de que a educação seja assumida como
responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas
públicas educacionais;
85
cultura, possibilitando a criação de uma rede de apoio integral às famílias, como condição
para a melhoria da qualidade educacional;
7.30. Orientar todas as escolas e creches (que ainda serão construídas) da rede municipal de
educação a desenvolver projetos e /ou programas de leitura específicos para a etapa de
desenvolvimento e aprendizagem de seus estudantes, assegurando as condições materiais, em
especial àquelas com maiores necessidades, para a ampliação de seus acervos bibliotecários;
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de (18) dezoito a (29) vinte e nove
anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste
Plano.
Diagnóstico
Para referendar a relevância dessa meta achamos por bem citar um fragmento da
apresentação desta meta pelo Plano Estadual de Educação - PEE onde diz com base em suas
análises de relatórios e pesquisas nacionais como Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios – PNAD que:
... a população urbana metropolitana em média 3,9 anos de estudo a mais que
a população rural; os negros terem menos 1,7 ano de estudo, em média, que
os brancos; o quinto mais rico da população ter, em média, 10,7 anos de
estudo, contra os 5,5 anos de estudo do quinto mais pobre e o grande o hiato
educacional para algumas faixas etárias da população...É fato que a
escolaridade média avançou no período 2009-2013, mas sabe-se que o
número médio de anos de estudo ainda se encontra em um patamar bastante
86
insatisfatório, especialmente quando se considera as diferenças
socioeconômicas, de etnia, de localização e dos diferentes padrões de
qualidade educativa. Oferecer o mesmo e adequado padrão de qualidade
educacional para todos é a estratégia mais poderosa para que a educação
brasileira atinja um patamar compatível com a grandeza do País.
Percebe-se que segundo o censo demográfico/IBGE de 2010, Feijó contava com uma
população de 32.412 (trinta e dois mil e quatrocentos e doze) habitantes e destes, 6.961(seis
mil novecentos e sessenta e um) estavam na faixa etária de 18 a 29 anos. Portanto
representavam 21,47% da população feijoense total. Indagados pelo IBGE sobre sua
escolaridade, verificou-se ainda que 83,12% dessa população na faixa etária em análise
frequentaram a escola e 16,88% nunca estudou, ou seja, são analfabetos, tabela acima.
No Acre a Educação de Jovens e Adultos- EJA vem fazendo parte de uma estratégia
para assegurar o direito à educação básica àqueles que não concluíram na idade certa e
ampliar cada vez mais a escolaridade de suas populações. Para tanto, suas diretrizes
curriculares estão fundamentadas na formação para o exercício da cidadania e a articulação da
educação ao mundo do trabalho.
Note na tabela a seguir o grau dessa diferença de matrícula entre o EJA fundamental
e EJA Ensino Médio em percentuais. Ficam, portanto as seguintes indagações: O que
acontece com esses alunos que ingressam na EJA Ensino Fundamental que não ingressam na
88
EJA Ensino Médio? Será que concluíram a primeira etapa da educação básica? Ingressaram
no Ensino Médio regular e/ou Programa de Especial de Ensino Médio – PEEM / PORONGA?
Ou deixaram de estudar?
89
Tabela 8.6 - Matrículas na Educação de Jovens e Adultos de 18 a 29 anos – Por
Cor/Raça
Ano Total
2007 0
2008 0
2009 0
2010 0
2011 6
2012 0
2013 0
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar/Preparação: Todos Pela Educação
90
Tabela 8.9 – Porcentagem de matrículas da EJA por período
Estratégias
8.1. Apoiar a iniciativa estadual em ofertar neste município EJA articulada à Educação
Profissional voltada para o mundo do trabalho para os segmentos populacionais que estão fora
escola de modo a ampliar as oportunidades de escolarização e a conclusão da Educação
Básica, com foco na população de 18 a 45 anos, assumindo cada vez mais a responsabilidade
pela oferta de EJA anos iniciais nas áreas rurais e urbanas.
8.2. Estabelecer parceria com Estado e União a fim de assegurar a oferta neste município,
além de cursos presenciais, formatos de atendimento à distância na Educação de Jovens e
Adultos para a população trabalhadora, de modo a favorecer o acesso e a conclusão da
Educação Básica para este segmento.
8.4. Garantir estrutura para a oferta da Educação Básica para jovens e adultos no município
seja extensiva àqueles que se encontram privados de liberdade, tendo o trabalho como
princípio educativo e de formação para a cidadania, a partir do reconhecimento das
especificidades de seus sujeitos;
8.5. Articular por meio da Secretaria de Assistência Social e Estado/SEE a expansão da oferta
de EJA aos beneficiários dos programas de transferência de renda, de modo a assegurar a uma
cobertura de, no mínimo, 50% da população que não concluiu a Educação Básica;
8.6. Realizar busca ativa em todos os espaços urbanos e rurais no âmbito do Município, em
parceria com áreas da assistência social, saúde e juventude, para identificar a população maior
91
de 18 anos que não concluiu a Educação Básica e assegurar atendimento adequado às suas
especificidades, em parceria com Estado.
8.7. Promover anualmente ampla campanha em rádios e/ou outros meios de comunicação
disponíveis visando sensibilizar a população jovem, adulta e idosa para a matrícula na EJA,
ampliando o atendimento e qualificando a população economicamente ativa para suprir as
demandas do mundo do trabalho.
8.8. Implementar políticas públicas no âmbito municipal que promovam a integração de EJA
com os setores da saúde, trabalho, meio ambiente, cultura e lazer na perspectiva da formação
integral dos cidadãos.
Diagnóstico
Para enfatizar a relevância desta meta para o Brasil, Região Norte, Acre e o
município de Feijó, pedimos licença à comissão estadual para fazer uso na íntegra de sua
análise da situação. Onde, com base em pesquisas de dados oficiais informa que:
Alfabetismo Nível Pleno: localiza mais de um item de informação em textos mais longos,
compara informação contida em diferentes textos, estabelece relações entre as
informações (causa/efeito, regra geral/caso, opinião/fato), reconhece a informação textual
mesmo que ela contradiga o senso comum.
É preocupante verificar que 38% de pessoas no nível superior tenham atingido apenas os níveis
rudimentar e básico da escolaridade e que 8% dos que têm o Ensino Fundamental I sejam
analfabetos absolutos, ou seja, não conseguiram ler um texto curto e simples; que 84% dos que
cursaram até o nono ano tenham conseguido apenas identificar uma informação explicita em
texto muito curto o que os situou nos níveis rudimentar e básico de alfabetismo; que 65% dos
alunos que concluíram o ensino médio não alcançaram o nível pleno de alfabetismo. Como se
pode observar na tabela acima, apenas 5% da população de 15 a 64 anos com o Ensino
Fundamental I tem um nível de alfabetização plena, com o Ensino Fundamental II esse
percentual sobe para 15%, com o nível Médio atinge 35% e com o Ensino Superior, 62%. Esses
números comprovam o desafio que é o analfabetismo funcional no País, haja vista que 38% das
pessoas de 15 a 64 anos com nível superior não têm um nível pleno de alfabetização.
Mesmo com a taxa de analfabetismo caindo, é importante observar (ver gráfico abaixo) que
crescem apenas os níveis intermediários (rudimentar e básico), quando o desejável seria um
aumento em cascata, resultando em taxas cada vez mais altas de alfabetismo pleno.
93
Sabendo que no ano de 2010 o Censo demográfico realizado pelo IBGE informou
que a taxa de analfabetismo referente à população de 15 anos ou mais neste município era de
34,7 %. Apresentamos a partir de agora a situação do município em relação ao Brasil, região
Norte, Acre e Vale do Juruá.
Disponível: http://simec.mec.gov.br
94
Tabela 9.4 – Taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos ou mais de idade
Disponível: http://simec.mec.gov.br
Estratégias
9.1. Assegurar em regime de colaboração com Estado e União a expansão da oferta, na rede
pública, da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à Educação Básica
na idade própria.
9.2. Universalizar a oferta da Educação Básica nas unidades prisionais e centros de medidas
socioeducativas assegurando a elevação da escolaridade da população privada de liberdade.
9.4. Aderir ao Pacto Estadual de Educação pela elevação da escolaridade da população jovem,
adulta e idosa deste município, redefinindo compromissos e regime de colaboração.
95
9.5. Realizar chamadas públicas no município, anualmente, para a população que se encontra
fora da escola e/ou que esteja na condição de analfabeta para matrícula na Educação de
Jovens e Adultos.
9.6. Fazer uso dos estudos produzidos pelo Comitê Estadual de Combate ao Analfabetismo
criado para acompanhar e avaliar as ações definidas no Plano Estadual de Alfabetização e
Elevação da Escolarização de Jovens e Adultos, qualificando e ampliando cada vez mais as
ações desenvolvidas no município;
9.9. Envidar esforços para instituir no âmbito da rede municipal de educação, prêmio de
valorização ao professor alfabetizador, de crianças e/ou jovens e adultos, que ao final de cada
etapa conseguir alfabetizar 100% de seus alunos.
9.10. Articular com setores da saúde, a inclusão dos estudantes da EJA no atendimento
realizado através do Programa Olhar Brasil, com fornecimento gratuito de óculos, Brasil
Sorridente e Saúde na Escola.
9.15. Realizar programa de busca ativa para atendimento da população com mais de 15 anos
de idade não alfabetizada ou que não tenha concluído a Educação Básica.
96
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de Educação
de Jovens e Adultos, nos níveis fundamental e médio, na forma integrada à educação
profissional.
Diagnóstico
97
Tabela 10.1 - Porcentagem de Matrículas de Educação de Jovens e Adultos no Ensino
Fundamental, Integradas à Educação Profissional.
Estratégias
10.1. Articular com a rede Estadual de Educação Profissional, a rede Federal e o Sistema S a
oferta de educação profissional técnico de nível médio no município até o final do terceiro ano
de vigência do PME;
10.4. Oferecer em parceria com a rede Estadual de Educação, colaboração com a rede Federal e
o Sistema S o atendimento do Ensino Médio gratuito integrado à formação profissional para as
populações do campo de acordo com a vocação econômica deste município.
98
10.5. Estimular a oferta de matrículas gratuitas da Educação Profissional técnica de nível médio
pelas entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e entidades
sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na
modalidade.
Diagnóstico
Os dados acima dão conta de que a “oferta nessa modalidade é incipiente e muito
aquém da demanda”, conforme reconhece o Plano Estadual de Educação 2015-2024. Tanto que
nessa mesma fonte os percentuais apresentados em relação ao município de Feijó
99
correspondem a 0,0%. Mesmo que os dados para o ano de 2014 ainda não estivessem
disponíveis para maior precisão dos indicadores acima, os dados do município elencados
abaixo confirmam que a oferta nessa modalidade é incipiente e muito aquém da demanda no
Brasil, na região norte e em especial no município de Feijó.
No município o IDM atua desde o ano de 2011 com a oferta do curso de técnico em
Secretaria Escolar - PROFUNCIONÁRIO, que atendeu a um público específico das redes
escolares municipal e estadual. É importante salientar que os cursos profissionalizantes
vinculados ao Instituto Dom Moacir (IDM) são demandados ao Ministério da Educação e
Cultura – MEC e viabilizados ao Instituto por meio do Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) criado no ano de 2011 no governo da presidente
Dilma Rousseff que visa atender tanto os jovens que estão cursando ou que já concluíram o
Ensino Médio, são portanto subsequentes e concomitantes respectivamente. Como mostra
quadro abaixo
100
Técnico em Enfermagem:
Vagas: 22 alunos, Carga Horária de 1.800 horas, em andamento com início em
2013, vinculado ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego -
PRONATEC.
Técnico em Saúde Bucal:
Vagas: 30 alunos, Carga Horária de 1.560 horas, início em 2014 e está em
andamento, vinculado ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
- PRONATEC.
Matrícula total: 190 (cento e noventa) alunos
Dados obtidos no Núcleo da Secretaria Estadual de Educação em Feijó (atualizados em 21 de maio de 2014).
101
Diretrizes
A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96 incluída pela Lei nº
11.741, de 2008) atendendo ao mandato constitucional do art. 22 em seu inciso XXIV que
“estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional”, consagra a Educação Profissional e
Tecnológica entre os níveis e as modalidades de educação e ensino, situando-a na junção de
dois direitos fundamentais do cidadão: o direito à educação e o direito ao trabalho (no art. 227
da Constituição, como direito à profissionalização) garante esses direitos com absoluta
prioridade
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
102
Art. 33. A organização curricular da Educação Profissional e Tecnológica por
eixo tecnológico fundamenta-se na identificação das tecnologias que se encontram na
base de uma dada formação profissional e dos arranjos lógicos por elas constituídos.
Art. 34. Os conhecimentos e as habilidades adquiridos tanto nos cursos de Educação
Profissional e Tecnológica, como os adquiridos na prática laboral pelos trabalhadores,
podem ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou
conclusão de estudos.
Estratégias
11.1 Fomentar a oferta de Educação Profissional Técnica de nível médio nas redes públicas
estaduais de ensino;
11.2. Apoiar a iniciativa da rede estadual de educação profissional articulada à rede federal e o
sistema S para ampliar o atendimento de educação profissional técnico de nível médio
no município.
11.3. Articular junto a União apoio à iniciativa do Estado em desenvolver programa para a
oferta de Ensino Médio integrado à educação profissional nas escolas estaduais do município
até o final do quarto ano de vigência do PEE.
11.6. Estimular a oferta de matrículas gratuitas da Educação Profissional técnica de nível médio
pelas entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e entidades
sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na
modalidade.
Meta 12: Envidar parceria com o Estado e a União para Universalizar a Educação Básica
para todas as terras indígenas feijoenses, até o final da vigência dos Planos Municipal e
Estadual de Educação.
Diagnóstico
Para fundamentar a relevância desta meta e estratégias propostas pelo Plano Estadual
de Educação para o alcance desta, achamos importante reiterar o que diz o relatório do
PARECER CNE/CEB Nº. 13/2012 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Escolar Indígena, onde historiando a trajetória das lutas indígenas por
reconhecimento e regulamentação de suas causas dentre elas a educação indígena diferenciada
e bilíngue, como estratégia fundamental para preservação de suas culturas em nosso país
informa que...
A segunda escola em terras indígenas Kaxinawá, remonta ao ano de 1986, onde por
meio do professor indígena Júlio Barbosa, formou-se a primeira turma multisseriadas de 1ª a 4ª
série, a fim de atender aos indígenas da aldeia Pupunha, aproximadamente a 10 km da escola
Kaxinauá. Passados 28 anos de espera e precariedade do espaço escolar, foi construída uma
sala de aula no ano de 2013/2014, atendendo atualmente duas aldeias, Pupunha e São
Francisco.
A terceira escola indígena nesta terra foi a HUNI KUI SIÃ BELO MONTE iniciada
pelo professor HUNI KUI Carlos Nunes Kaxinauá, que vivenciando as dificuldades de acesso à
escola existente, em especial pelas crianças e adultos da aldeia Belo Monte, formou no ano de
1992 a primeira turma de Ensino Fundamental multisseriada (1ª a 4ª série na época) atendendo
uma clientela de 30 indígenas na faixa etária de 7 a 20 anos de idade. No ano de 2000 o
governo estadual, atendendo as reivindicações dessa comunidade indígena, construiu o prédio
escolar inicialmente com uma sala de aula. Atualmente essa escola conta com uma clientela de
76 alunos indígenas, das quatro etapas da educação básica e suas modalidades de EJA primeiro
e segundo segmento e EJA Médio e o Programa de Alfabetização de adultos Alfa 100.
A quarta escola nesta terra indígena foi iniciada no ano de 2013 como uma sala anexo
da escola indígena KAXINAUÁ, ainda que funcionando provisoriamente em um kupixawa
(casa de reunião da comunidade), é uma importante estratégia indígena no sentido de evitar o
abandono de suas terras pelos jovens e adultos que desejam concluir a última etapa da educação
básica. Segundo as lideranças indígenas locais, além de evitar a saída dos indígenas de suas
terras fortalece a cultura e o povo indígena, distanciando-os de problemas urbanos como:
prostituição, favelização e alcoolismo. Problemas esses comuns a partir do contato
desorganizado com outras culturas. Vejamos como estão organizadas as aldeias indígenas
feijoenses em suas respectivas comunidades e terras indígenas.
107
Terras Indígenas demarcadas em Feijó:
2. Kaxinawá de Nova Olinda- extensão territorial 27.533 hectares. Localização Alto Rio
Envira (aproximadamente 5 dias de barco a partir do porto de Feijó);
3. Kulina do Envira- extensão territorial: 84.364 hectares; Localização alto Rio Envira
(aproximadamente 7 dias a de barco a partir do porto de Feijó);
4. Jaminawa do Envira: extensão territorial 82.000 hectares, localização alto rio Envira
(aproximadamente 9 dias de barco a partir do porto de Feijó);
5. Kampa Isolado- extensão territorial 247.200 hectares localização- alto rio Envira
108
Registre-se ainda que as línguas indígenas dessas comunidades indígenas supracitadas,
originam-se dos troncos panos e aruak e arawá. São línguas indígenas originárias do tronco
PANO: as línguas Kaxinawá e Shanenawá. Do tronco ARUAK originam-se as línguas:
Ashaninka e do tronco ARAWÁ, origina-se o Madija.
Observe abaixo como estão distribuídas essas matrículas entre as terras indígenas e
suas respectivas escolas.
109
Pupunha Katukina Kaxinawá 15 43 35 0 0 93
Teyu Shanenawa Aldeia Cardoso 9 13 10 0 0 32
Aldeia
Simpatia/Kampa
Simpatia Isolado 0 29 0 0 0 29
Kulina do Igarapé
Igarapé Do Anjo do Anjo 0 32 0 0 0 32
Aldeia Maronawa/
Maronawa Igarapé do Pau 0 19 0 0 17 36
Aldeia Boca do
Nova Esperanca Grota/Kaxinawá 0 21 15 0 13 49
Alto Bonito II Aldeia Alto Bonito
Ashanika 0 33 0 0 23 56
Terra Nova Aldeia Alto Bonito 0 18 0 0 0 18
Tabela 12.3 - Escolaridade dos professores que atuam nas Escolas Indígenas de Feijó
2009 11 17 24 10 0
2010 12 28 33 8 0
2011 11 23 43 4 7
2012 11 24 54 4 7
2013 10 33 86 8 4
110
ORDEM ALDEIAS DO POLO BASE DE Nº DE POPULAÇÃO LOCAL/RIO ETNIA TERRA INDÍGENA DISTÂNCIA/POLO/ TRANSPORTE COORDENADAS
FEIJÓ FAMÍLIA ALDEIA GEOGRÁFICAS
1 Igarapé do Anjo 35 119 Alto Envira Madija Kulina do Igarapé do Anjo 86 h e 45 min. Barco 9°29’42,6”S 71°20’46,2”W
2 Boa Vista 8 59 Alto Envira Kaxinawá Nova Olinda 48h e 50min. Barco 9°05’39,2”S 70°41’81,2”W
Boca da Grota 35 108 Alto Envira Kaxinawá Kaxinawá do Sering. 8h 8°23’65,5”S 70°29’03,5”W
3 Barco
Curralinho
4 Coco Açu 27 120 Alto Envira Ashaninka Kampas Isolados 92h e 40 min. Barco 9°36’36,00”S 71°24’40,00”W
5 Nova Bananeira (Nova Floresta) 30 96 Alto Envira Ashaninka Kampas Isolados 77h 45 min. Barco 9°28’45,6”S 71°18’18,00”W
6 Califórnia 29 138 Alto Envira Madija Igarapé do Pau 2 dias + 13 h Barco 9°16’30,0”S 70°56’13,8”W
7 Formoso 68 202 Alto Envira Kaxinawá Kaxinawá de Nova Olinda 2 dias + 03 h Barco 9°07’30,6”S 70°45’43,2”W
8 Nova Olinda 67 169 Alto Envira Kaxinawá Kaxinawá de Nova Olinda 2 dias + 01 h Barco 9°06’21,5”S 70°43’00,4”W
9 Nova Olinda/Novo Segredo 8 50 Alto Envira Kaxinawá Kaxinawá de Nova Olinda 48h e 40 min. Barco 9°04’82,5”S 70°41’67,7”W
10 Nova Esperança 5 45 Alto Envira Kaxinawá Kaxinawá de Nova Olinda 8h e 40 min. Barco 8°24’02,7”S 70°30’00,3”W
11 Coqueiro 10 50 Alto Envira Madija Igarapé do Pau 2 dias + 08 h Barco
12 Limoeiro 12 52 Alto Envira Madija Igarapé do Pau 2 dias + 13 h Barco
13 Alto Bonito 25 126 Alto Envira Ashaninka Jaminawá 2 dias + 17 h Barco
14 Jaminawa 32 123 Alto Envira Madija Igarapé do Pau 2 dias + 17 h e 15 min. Barco
15 Salão 80 Alto Envira Madija Kulina do Igarapé do Anjo 2 dias + 18 h e 15 min. Barco
16 Maronawa 9 44 Alto Envira Madija Igarapé do Pau 3 dias + 05 h e 15 min. Barco
17 Terra Nova 24 87 Alto Envira Madija Kulina do Envira 3 dias + 15 min. Barco
18 Santarém 6 33 Alto Envira Ashaninka Kampas Isolados 3 dias + 09 h e 45 min. Barco
19 Riozinho 15 76 Alto Envira Ashaninka Kampas Isolados 3 dias + 18 h e 45 min. Barco
20 Simpatia 15 86 Alto Envira Ashaninka Kampas Isolados 4 dias + 06 h e 45 min. Barco
21 Sete Voltas 11 33 Alto Envira Ashaninka Kampas Isolados 4 dias + 18 h e 40 min. Barco
22 Paroá/Novo Lugar 22 74 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 2h e 35 min. Barco 8°09’07,3”S 70°23’18,8”W
23 Paredão 33 93 Baixo Envira Shanenawá Katukina Kaxinawá 35 min. Barco 8°09’07,60”S 70°23’18,1”W
24 Pupunha/ São Francisco 30 89 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 50 min. Barco 8°09’08,2”S 70°23’18,4”W
25 Paroá/ Nova Aliança 13 87 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 1h e 30 min Barco 8°09’08,7”S 70°23’17,5”W
26 Nova Ida 35 144 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 20 min Barco
27 Belo Monte 38 196 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 1h Barco 8°05’51,30”S 70°20’12,50”W
28 Paroá 114 507 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 1h e 35 min. Barco 8°04’59,60”S 70°19’11,20”W
29 Morada Nova 98 364 Baixo Envira Shanenawá Katukina Kaxinawá 15 min Barco 8°09’33,20”S 70°22’15,30”W
30 Natal 84 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 1h e 30 min. Barco 8°05’27,30”S 70°19’40,20”W
31 Boa União 78 Bixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 1h e 25 min. Barco 8°05’29,60”S 70°19’42,00”W
32 Shanenawa 12 71 BR 364 Shanenawá Katukina Kaxinawá 30 min. Carro 8°09’18,4”S 70°23’53,6”W
33 Cardoso 37 94 BR 364 Shanenawá Katukina Kaxinawá 40 min. Carro 8°09’26,1”S 70°25’08,3”W
34 Cardoso/ Quarenta 4 30 BR 364 Shanenawá Katukina Kaxinawá 45 min. Carro 8°08’35,2”S 70°23’55,8”W
35 Morada Nova/ Vitória 13 57 BR 364 Shanenawá Katukina Kaxinawá 50 min. Carro 8°08’40,1”S 70°26’32,5”W
36 Pupunha 22 108 Baixo Envira Kaxinawá Katukina Kaxinawá 40 min. Barco
111
Por reconhecermos o valor da luta das comunidades indígenas de nosso País, Estado
e Município em construir projetos de educação diferenciada em contraposição à tradição
assimilacionista e integracionista a qual estiveram sujeitos desde a colonização às décadas
finais do século XX é que este Plano Municipal de Educação estabelece como estratégia
fundamental para a implementação dos direitos educacionais das comunidades indígenas do
município de Feijó que sejam envidados esforços no âmbito municipal a fim de acompanhar,
apoiar quando se fizer necessário e o orçamento municipal tiver capacidade para tal,
respeitado ainda o que estabelece a legislação e regime de colaboração entre União, Estado e
Município, para que se potencialize as ações voltadas para o alcance da meta de
Universalizar a Educação Básica para todas as terras indígenas feijoenses, até o final da
vigência dos Planos Estadual e Municipal de Educação.
Estratégias
12.1. Realizar a chamada pública da população indígena da Educação Infantil até 2016 e
universalizar a oferta, nas próprias aldeias, de forma a atender às especificidades dessas
comunidades, garantindo, para o oferecimento a consulta livre, prévia e informada.
12.3. Propor consulta pública nas comunidades indígenas para identificar a demanda do
ensino fundamental para assegurar a oferta adequada.
112
12.7. Elaborar materiais didáticos específicos em Língua Materna e portuguesa para a
alfabetização de crianças indígenas e desenvolver instrumentos de acompanhamento
pedagógico que respeitem as condições sociolinguísticas de cada povo.
12.10. Elaborar materiais didáticos específicos para educação escolar indígena e desenvolver
instrumentos de acompanhamento pedagógico que respeitem as condições sociolinguística de
cada povo.
12.11. Oferecer em parceria com o Estado programas de educação de Jovens e Adultos e EJA
nas terras indígenas para grupos que não foram contemplados com o Ensino Fundamental e
Médio na idade certa, observando as especificidades educativas dos povos, a partir de
consulta prévia, livre e informada.
12.14. Desenvolver estudos para adaptar ou instituir o PDDE estadual para atender às
especificidades da educação escolar indígena.
12.15. Propor junto ao Estado e a União até o quinto ano de vigência do PME, a regularização
das escolas localizadas em terras indígenas e em áreas habitadas tradicionalmente por povos
indígenas.
12.16. Implementar programas específicos para formação de gestores e pessoal de apoio para
atender as escolas de comunidades indígenas, diretamente ou por meio de convênio com
instituição de ensino superior.
113
12.17. Elaborar materiais didáticos específicos para atender o Ensino Fundamental I e II e
Ensino Médio da educação escolar indígena contemplando as áreas de conhecimentos,
considerando as condições sociolinguística de cada povo.
12.18. Produzir material didático para ensino de segunda língua, considerando as condições
sociolinguística de cada povo.
12.19. Implementar programa de educação escolar indígena para adultos, articulado com a
educação profissional, de acordo com a demanda, desenvolvendo tecnologias e
acompanhamento pedagógico necessários, que considerem a territorialidade e as condições
socioculturais das comunidades indígenas, garantindo consulta livre, prévia e informada.
12.20. Atender, de acordo com a demanda, a oferta da educação de adultos, articulada com a
educação profissional, respeitando a territorialidade e as condições socioculturais das
comunidades indígenas voltada para sustentabilidade local, garantindo consulta livre, prévia e
informada.
12.21. Assegurar a oferta do Ensino Médio integrado à educação profissional, de acordo com
a demanda, reconhecendo experiências existentes, respeitando a territorialidade e as
condições socioculturais das comunidades indígenas, garantindo consulta livre, prévia e
informada.
12.23. Realizar, até o final do primeiro ano de vigência do PME, em parceria com instituições
públicas de ensino superior, estratégias que assegurem o acesso e a permanência ao ensino
superior de alunos indígenas egressos das escolas indígenas.
12.25. Buscar parcerias junto ao Estado e a União para qualificar 25% dos docentes indígenas
em nível superior, até o sexto ano de vigência do PME, em programas específicos para
formação de professores atuantes na educação básica, das redes estadual e municipais, em
parceria com instituição pública de ensino superior.
114
12.26. Envidar esforços junto ao Estado e a União para qualificar 50% dos docentes
indígenas, até o oitavo ano de vigência do PME, em nível médio, em programas específicos
para formação de professores atuantes na educação básica, das redes estadual e municipais.
12.29. Propor a criação até o final do primeiro ano de vigência do PEE, a categoria de escola
indígena no âmbito do sistema de educação do estado, para assegurar especificidade e o
aprimoramento da oferta da educação escolar indígena.
12.35. Assegurar as condições para a criação e manutenção de um grupo formado pela SEE,
IFES, FUNAI, organizações indígenas e indigenistas e organizações não governamentais,
com o objetivo de assessorar tecnicamente a formulação de políticas para educação escolar
indígena.
115
Apontamos ainda a necessidade de se assegurar aos estudantes indígenas transporte
escolar àquelas comunidades onde se fizer necessário. Para tanto propomos que essa
indicação de necessidade seja encaminhada à Secretaria Estadual de Educação, para que
sejam tomadas as devidas providências.
Meta 13: Garantir, em regime de colaboração com União e Estado, formação dos
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurando que todos os professores e as professoras
da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam e que 90% dos servidores não
docentes tenham cursos técnicos, até o final da vigência deste plano.
Diagnóstico
116
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o
conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de
trabalho; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
II – a associação entre teorias e práticas, mediante
estágios supervisionados e capacitação em serviço; (Incluído pela Lei nº 12.014, de
2009)
III – o aproveitamento da formação e experiências
anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades. (Incluído pela Lei nº
12.014, de 2009)
Disponível: http://www.planalto.gov.br
Visto que a LDBEN citada remonta ao ano de 1996. Achamos procurarmos saber
como tem se efetivado no território nacional. Para isso transcrevermos o que diz o sítio
Observatório do PNE, onde comentando os dados nacionais afirma que:
Dos 2.101.408 dos docentes que atuam na Educação Básica do país, 22% não
possuem formação adequada (Censo Escolar de 2012). Nesse número se incluem
professores sem nível superior ou formados em outras áreas, como engenharia ou
saúde. Após 2006, prazo dado às redes públicas e privadas para cumprir a
obrigatoriedade do diploma de nível superior para os docentes (LDB/1996), somente
os já formados puderam participar de concursos, mas os indicadores só refletem o
117
fato a partir de 2010. Daquele ano até 2012, o número de diplomados cresceu quase
10 pontos percentuais (68,9%, em 2010, a 78,1%, em 2012). Apesar disso, mesmo
com projeções otimistas, não será possível atingir 100% em 2014, como previsto na
meta. Vale ressaltar que os dados por região mostram grande disparidade entre o
Norte e o Nordeste, onde há menos docentes com formação adequada, e as outras
regiões do Brasil. E boa parte dos professores da Educação Infantil ainda não tem
magistério nem curso superior (em 2009, eram 11%, segundo o INEP).
Para que aconteça um ganho de qualidade na formação do professor – seja ela
inicial ou continuada – é preciso que a Educação Básica entre na agenda de
prioridade das universidades. Os currículos das licenciaturas pouco tratam das
práticas de ensino e são distantes da realidade da escola pública. De modo geral, a
formação continuada se propõe a tampar os buracos deixados pela inicial.
Sabendo que apenas 41,5% dos professores da Educação Básica possuíam nível
superior no ano de 2013. Apresentamos abaixo a escolaridade dos demais professores. Nota-
se que em 2013 7,2% dos professores da Educação Básica no município possuíam formação
inicial em Ensino Fundamental, 6,9% em magistério e ainda 44,5% Ensino Médio.
118
Ensino Ensino Médio - Ensino Ensino
Ano Fundamental Normal/Magistério Médio Superior
2010 8% 41 37,2% 191 34,9% 179 19,9% 102
2011 6,6% 35 18,2% 97 36,6% 195 38,6% 206
2012 6,1% 35 8% 46 37,4% 214 48,4% 277
2013 7,2% 43 6,9% 41 44,5% 266 41,5% 248
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Disponível: http://www.observatoriodopne.org.br.
Vejamos agora em que etapa da Educação Básica estavam atuando esses professores.
Perceba na tabela abaixo que na Educação Infantil, primeira etapa deste nível escolar, em
2013 apenas 37,8% estavam habilitados com nível superior, note ainda que 52,4% tinham
concluído apenas o Ensino Médio e 7,3% ainda tinham apenas o Ensino Fundamental.
No Ensino Fundamental registra-se uma variação ora para mais ora para menos em
relação ao percentual de professores atuando com Ensino Superior. Note que em 2012
chegou-se ao percentual de 50,1 % dos professores atuando no Ensino Fundamental estavam
habilitados em nível superior. Contudo, esse percentual decresceu para 39,5% no ano
seguinte. Sabe-se que esse fenômeno ocorre em decorrência do alto índice de contratação
provisória de professores para a zona rural. Muito chama à atenção nesta tabela que o
percentual de professores atuando no Ensino Fundamental apenas com sua própria formação
inicial não tem decrescido, pelo contrário elevou-se a cada ano. Observe que no ano de 2007
representavam 4,9 %, já em 2013 atingiu o percentual de 9,4 %.
119
Tabela 13.4 – Grau de Escolaridade dos Professores atuantes no Ensino Fundamental
Tabela 13.5 – Grau de Escolaridade dos Professores que atuam no Ensino Médio
Sabendo que Feijó foi contemplado com programas específicos para a formação de
professores da Educação Básica em Nível Superior, como indicam as duas tabelas abaixo. O
esperado seria que o número de professores habilitados fosse crescente e não o contrário,
como ocorreu.
120
Tabela 13.6 - Cursos ofertados pela UFAC / Feijó
Vejamos agora a situação desses professores com licenciatura na área em que atuam.
Registra-se na tabela abaixo que no Ensino Fundamental apenas 3,9 % dos professores que
atuam nessa etapa da Educação Básica na área de sua licenciatura no ano de 2013.
Tabela 13.8 - Porcentagem de professores dos anos finais do Ensino Fundamental que
tem licenciatura na área em que atuam
122
Tabela 13.9.3 - Disciplina / História
Com licenciatura
Ano Total Com superior Com licenciatura em história
2009 100% 200 8% 16 3% 6 1% 2
2010 100% 232 4,7% 11 2,6% 6 0,9% 2
2011 100% 240 35,4% 85 35% 84 1,7% 4
2012 100% 249 42,2% 105 39,8% 99 1,6% 4
2013 100% 229 30,1% 69 28,8% 66 1,7% 4
Fonte: Mec/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
123
Tabela 13.9.7 - Disciplina / Artes
Com licenciatura
Ano Total Com curso superior Com licenciatura em artes
2011 100% 239 35,1% 84 34,7% 83 0% 0
2012 100% 246 42,3% 104 40,2% 99 0,8% 2
2013 100% 226 29,2% 66 28,3% 64 0,9% 2
Fonte: Mec/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
124
Apresentamos as tabelas abaixo a fim de identificar as maiores necessidades de
formação no Ensino Médio. Os números mais críticos como se pode ver abaixo estão nas
disciplinas de Física, Artes, língua Portuguesa, Língua Estrangeira, História e Química.
Contudo, não esqueçamos que Matemática assim como Língua Portuguesa são disciplinas
basilares do currículo da educação básica, portanto é preocupante saber que essas disciplinas
chaves do currículo estão sendo ministradas por professores sem formação específica para tal
até o ano de 2013.
125
Tabela 13.11.4 - Disciplina / Geografia
Ano Total Com superior Com licenciatura Com licenciatura em geografia
2009 100% 5 80% 4 20% 1 0% 0
126
Tabela 13.11.8 - Disciplina / Filosofia
Com Com licenciatura em
Ano Total Com superior licenciatura filosofia
2009 100% 7 71,4% 5 28,6% 2 0% 0
2010 100% 4 100% 4 25% 1 0% 0
2011 100% 7 100% 7 85,7% 6 14,3% 1
2012 100% 6 83,3% 5 66,7% 4 16,7% 1
2013 100% 21 81% 17 76,2% 16 4,8% 1
Fonte: Mec/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
127
Estratégias
13.3. Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e
superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a
formação acadêmica e as demandas da Educação Básica.
13.4. Envidar esforços junto ao Estado e União afim de implementar cursos e programas
especiais para assegurar formação específica na Educação Superior, nas respectivas áreas de
atuação, aos docentes com formação de nível médio, não licenciados ou licenciados em área
diversa da de atuação, em efetivo exercício da docência nas unidades escolares de Educação
Básica de Feijó.
13.6 Pactuar com Governo Estadual e Federal aos professores, em efetivo exercício na
disciplina de língua estrangeira, acesso ao programa de concessão de bolsas de estudos para
que os professores de idiomas das escolas públicas de Educação Básica realizem estudos de
imersão e aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo as línguas que
lecionem, a ser instituído pelo Governo Federal.
13.7 Assegurar em regime de colaboração com Estado e União a oferta de cursos técnicos de
nível médio e tecnológicos de nível superior destinado à formação, nas respectivas áreas de
atuação, dos (as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério.
128
Meta 14: Envidar esforços junto a União no sentido de ampliar a oferta e assegurar a
regularidade de cursos universitários, levando-se em conta as necessidades de
qualificação dos profissionais que atuam nos serviços públicos, incentivo à pesquisa e
vocação econômica do município.
Diagnóstico
Informa-nos o Plano Estadual de Educação que estabeleceu como sua 15ª meta “envidar
esforços junto a união no sentido de expandir a oferta de nível superior de modo a regular
nos 22 municípios do Acre... que o País está a meio caminho da meta estabelecida pelo
PNE”. Então vejamos qual e a situação do Acre e do município diante do contexto nacional e
também que a taxa de matrícula líquida do ano de 2013 da população de 18 a 24 anos no
Ensino Superior acreana é de 16%.
Importante registrar ainda que os sítios oficiais não apresentam os indicadores dos
municípios brasileiros, uma vez que para a elaboração desses dados são realizadas pesquisas
nacionais por amostragem por meio do Pnad, no caso dos dois primeiros indicadores e ainda
observação do número de matrículas criadas entre um ano e outro (entre 2012 e 2013) na
Educação Superior e que são da Rede Pública. Além de quanto este valor representa
percentualmente em relação ao total de matrículas criadas, porém igualmente limitado aos
dados regionais, estaduais e das regiões metropolitanas.
Ainda assim apresentamos os indicadores que compõe essa meta, no sítio Observatório
do PNE. São eles:
130
Tabela 14.3 - Pessoas com Ensino Superior por Cor/Raça
Tabela 14.4 - Pessoas com Ensino Médio completo e Superior incompleto por Cor/Raça
Ainda no ano de 2014 houve oferta por este polo de 50 vagas, posteriormente
ampliada para atender o número de classificados, para a especialização latu sensu em
132
Tecnologias da Informação e Comunicação em parceria com a Universidade federal do Acre,
Secretaria de Estado de Educação e Esporte e CEDUP, onde foram classificados 53
candidatos e destes 23 concluíram.
Necessário faz-se ainda oficializar neste PME que até o ano de 2012 o polo
Universidade Aberta do Brasil-UAB em Feijó era exclusivo da Universidade Aberta do
Brasil. Porém de acordo com o Decreto nº 3.146 de 16 de janeiro de 2012, este polo
institucionalizou-se como Centro Estadual de Educação Permanente- CEDUP, ampliando sua
rede de atendimento aos cursos técnicos, os cursos de qualificação para o trabalho,
capacitação de professores da rede pública deste município e demais necessidades municipais
de formação.
Ressaltamos ainda que segundo informações obtidas neste pólo, junto à coordenação
local, estão previstos, em aguardo de edital específico, os cursos de Bacharelado em
Administração e Licenciatura em Ciências Agrárias na parceria com a Universidade Federal
do Amazonas-UFAM.
O quadro de cursos ofertados pela UFAC no município de Feijó elucida que esta
Instituição de Ensino Superior no período de 2001 a 2015 voltou sua oferta de cursos
universitários exclusivamente para a formação de professores da Educação Básica, uma
necessidade urgente de formação dos professores feijoenses, demandadas pela Lei de
Diretrizes e Bases e da Educação Nacional 9394/96.
134
Tabela 14.10 – Cursos de Graduação ofertados pela UNOPAR - Feijó
Pedagogia 86 Andamento
Geografia 30 Andamento
Administração 30 Andamento
Superior Gestão Hospitalar 30 Andamento
2013 Pedagogia 30 Andamento
Sociologia 20 Andamento
135
Achamos importante ainda destacar que esta instituição de ensino superior privada
tem interesse em ampliar as instalações da Unidade Feijó, a fim de qualificar e ampliar seu
atendimento neste. Para tanto necessitará de apoio no sentido de assegurar parceria com rede
estadual e municipal de educação básica visando o estágio supervisionado dos cursos de
licenciatura, também o uso das quadras de esporte destas comunidades escolares e ginásios do
município para a realização de atividades práticas do curso de Educação Física.
Estratégias
14.1 Envidar esforços junto à União com o objetivo de ampliar a oferta de vagas, por meio da
expansão e interiorização da rede Federal de Educação Superior, da Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica e do Sistema Universidade Aberta do Brasil;
136
Meta 15: Apoiar a formação, em nível de pós-graduação de 50% dos professores da
Educação Básica por meio de programas com instituições da Educação Superior até o
último ano da vigência desse plano e garantir a todos os profissionais e garantir a todos
os profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de atuação
considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
Diagnóstico
Mas como podemos observar em nosso município ainda há uma grande carência
nesta área, pois apenas 10,5 % dos professores da Educação Básica cursaram Pós- Graduação,
como mostra o a tabela abaixo. O que demostra a necessidade de ampliar a oferta aos demais
profissionais da educação a referida formação.
137
Tabela 15.2 – Porcentagem de professores da Educação Básica com Pós-Graduação
Observando os cursos e as vagas ofertadas nos ano de 2009 e 2014 é possível notar
que a UAB ofertou 150 vagas nos cursos de especialização em Educação Ambiental em
Escolas Sustentáveis e COMVIDA; Planejamento, Implementação e Gestão EAD e
Tecnologias da Informação e Comunicação, mas o número de candidatos classificados é
muito baixo, e menor ainda a quantidade que concluíram tais cursos.
Nesse contexto, é preciso repensar e fazer um trabalho de valorização profissional,
para que não haja tanta evasão nos poucos cursos oferecidos.
138
Tabela 15.4 – Indicadores de Especialização de Nível Superior
Estratégias
15.3. Buscar parceria com o Estado e a União para subsidiar a atuação dos profissionais
docentes da Educação Básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e
pedagógicos suplementares em formato acessível.
139
Meta 16: Valorizar os (as) profissionais do magistério da rede pública municipal de
Educação Básica com a elaboração de um novo plano de carreira municipal tendo como
parâmetros o Plano de Cargo Carreira e Salário Estadual - PCCR, o Piso Salarial
Nacional Profissional/Constituição Federal inciso VIII e art. 206 e a equiparação de
rendimento médio dos professores ao de profissionais com a formação equivalente, até o
final do 3º ano de vigência deste PME.
Diagnóstico
Sendo ainda indicado por esta referência estadual que a formação, remuneração,
melhoria das condições de trabalho e carreira são os quatro pilares capazes de reverter o
quadro citado. Apresentemos como andam tais pilares no município.
O município de Feijó tem um plano de carreira instituído pela lei municipal nº 216 de
16 de maio de 2001. Esse sem dúvida foi um avanço positivo à época na valorização da
carreira dos profissionais da Educação Básica no município, contudo, já não atende as
necessidades atuais da rede municipal de ensino e, sobretudo a legislação vigente conforme se
pode perceber pelo exposto acima e a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
deverão elaborar ou adequar seus Planos de Carreira e Remuneração do Magistério até 31
de dezembro de 2009 e o expresso na tabela salarial do magistério, abaixo, o município já tem
06 (seis) anos de atraso em relação ao cumprimento desta legislação.
141
X = Piso Nacional x 30h = Piso do Magistério de Feijó
40 h
142
Tabela 16.2 – Indicador Salarial do Quadro Técnico da Administração Municipal
143
Tabela 16.3 - Rendimento médio dos professores da Educação Básica e de profissionais
de outras áreas com curso superior do município de Feijó/Acre - Ano 2009-2014.
Contudo, em separado os dados das duas redes, saltam aos olhos que tanto a rede
estadual com 15 % quanto a municipal 18,7 % atuando em mais de uma escola no último ano
144
apresentado, em especial a rede municipal supera o percentual do Acre que é de 15,6 %
docentes da educação básica trabalhando em dois estabelecimentos /escolas.
Fonte: www.observatoriodopne.org.br
Tabela 16. 5 – Docentes que trabalham nas escolas – Rede Pública Estadual
Fonte: www.observatoriodopne.org.br
Tabela 16. 6 – Docentes que trabalham nas escolas – Rede Pública Municipal
Fonte: www.observatoriodopne.org.br
145
Outro aspecto da valorização profissional e qualidade das condições de trabalho
refere-se a forma de contratação. A tabela abaixo apresenta em percentuais os professores da
Rede Pública de Feijó em situação de contrato de trabalho efetivo nos anos de 2011 a 2013.
Sem dúvida esse é mais um dos grandes desafios da qualidade da Educação Básica do
município, sendo que as duas redes de ensino apresentam ínfimos percentuais de professores
em regime de contratação permanente/efetivo.
Fonte: www.observatoriodopne.org.br
146
A rede municipal conta com servidores em regime de trabalho celetista e estatutário,
que precisam ter as especificidades de seus regimes de trabalho comtempladas num
plano unificado, respeitadas as especificidades de cada um.
Os cargos e funções previstos no plano já não contemplam as necessidades do quadro
de pessoal da rede municipal de educação, em especial aos profissionais do magistério
- técnicos em infraestrutura (no PCCR vigente) e profissionais docentes exercendo
funções em órgão central/SEME.
De acordo com o plano vigente a progressão de carreira está vinculada a tempo de
serviço e qualificação profissional, mas a tabela salarial não acompanhou esses
avanços.
Estratégias
16.1. Constituir fórum municipal permanente com representação dos órgãos gestores da
educação e dos trabalhadores para discussão e acompanhamento da política de valorização
dos profissionais da educação básica no município, até o final do primeiro ano de vigência
deste plano;
16.5. Assegurar que até o final do quarto ano de vigência deste PME, 90 % dos profissionais
da educação básica da Rede Municipal sejam efetivos e 50 % dos demais profissionais do
magistério sejam do quadro permanente/contrato efetivo da escola em que esteja vinculado.
147
16.6. Realizar concursos públicos periódicos para provimento dos cargos de professor e
profissionais não docentes;
16.8. Definir até o final do primeiro ano de vigência do PME, um plano de gestão estratégica
que considere o fluxo dos alunos na rede, expansão das unidades de ensino e as
aposentadorias funcionais para assegurar o adequado funcionamento do sistema de ensino.
Meta 17: Assegurar até o final do 3º (terceiro) ano de vigência do PME, a construção dos
instrumentos jurídicos e processos para a efetivação da gestão democrática da educação
pública do município de Feijó, associado a critérios técnicos de mérito e desempenho e à
consulta pública à comunidade escolar no âmbito das escolas públicas prevendo
recursos e apoio técnico da União para tanto.
Diagnóstico
Apresentando o contexto dessa meta o sítio Observatório do PNE diz que esta talvez
seja a meta mais difícil de ser acompanhada por dados estatísticos, para além de uma meta
quantitativa , essa é uma meta onde a presença numérica por vezes não assegura
qualitativamente sua efetivação.
Tão difícil de dimensionar que neste caso o referido sítio de pesquisa de dados
educacionais oficial afirma que não há a um indicador que permita acompanhar o
148
cumprimento desta meta. No entanto, existem indicadores auxiliares que apontam para a
existência de práticas de gestão democrática.
A tabela abaixo indica que no município de Feijó essa meta não se constituirá em tão
grande desafio como será em outros municípios brasileiros. Como se pode perceber além dos
Conselhos Escolares, a administração pública municipal já assegura a gestão democrática na
administração por meio do Conselho do FUNDEB e Conselho de Alimentação Escolar .
149
As tabelas abaixo indicam como se efetiva a participação por meio do Conselho
Municipal de Educação existente em Feijó desde o ano de 2006. Mesmo tendo sido
legalmente instituído em 2006, o Conselho carece de registro de sua atuação à época. A tabela
ainda expressa a pouca ou nenhuma atuação deste no período pesquisado uma vez que nos
anos de 2009 onde se pergunta se realizou reunião de seus conselheiros nos últimos 12 meses
e a resposta é negativa.
Nota-se ainda pela leitura da tabela 18.3 que o Conselho Municipal de Educação de
Feijó é um Conselho do tipo deliberativo, fiscalizador, normativo e consultivo. Convém
elucidar que mesmo que a institucionalização de Conselhos Municipais dependa ainda de
vontade política dos governos municipais, portanto, a ausência de Lei Federal específica deixa
os municípios a vontade quanto a definição do caráter/natureza de seus Conselhos. Pelo seu
caráter deliberativo e função normativa, o legislador municipal empoderou este Conselho da
competência de regulamentar o funcionamento do Sistema Municipal de Ensino
estabelecendo normas e ações por meio de resoluções e pareceres. Ou não, pois, como se sabe
não existe um Sistema Municipal de Ensino. Porém o município faz parte do Sistema
150
Estadual de Ensino, criado pela lei complementar nº 162, de 20 de junho de 2006. Portanto,
seu caráter é mais consultivo e de assessoramento.
Fique claro que a situação acima não é extraordinária, mas uma prerrogativa legal
instituída pela LDB 9394/96 em seu art. 8 onde diz que “os sistemas de ensino terão liberdade
de organização nos termos da lei”, permitindo ainda que o município que não quiser constituir
sistema próprio pode optar por integrar-se ao sistema estadual de ensino ou compor com ele
um sistema único de educação básica (art. 11, LDB 9394/96).
Quanto a este o município de Feijó precisa atualizar-se, pois, conta com sua Lei da
Gestão Democrática do Sistema de Ensino Público do Município de Feijó nº 371 de 19 de
julho de 2005. Embora assegure e em todos os critérios em seu arts. 4 e 5 a direção das
unidades de ensino será exercida por um gestor aprovado em exame de certificação e eleição
direta pela comunidade escolar. Não vincula /condiciona a permanência deste ao cargo
segundo os resultados das aprendizagens e permanência dos alunos sob sua responsabilidade
na escola.
151
efetivação da gestão democrática. Não há gestão democrática sem o acesso, a permanência e a
aprendizagem de todos.”.
Estratégias
17.1 Fortalecer a gestão democrática nas unidades de ensino, alterando a Lei Municipal de
Gestão Democrática, com definição critérios para o exercício do cargo de diretor com base no
artigo 64 da LDB e aprimorando a qualidade da gestão da aprendizagem, da gestão estratégica
e elevação dos índices da aprendizagem de ensino.
17.2. Ampliar os programas de apoio e formação aos conselheiros dos Conselhos de:
Educação, Escolare, de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, de Alimentação
Escolar, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado,
equipamentos e meios de transporte com vista ao bom desempenho de suas funções.
17.5 Assegurar o suporte financeiro para que o Conselho Municipal de Educação cumpra suas
funções.
152
17.9. Garantir as bases legais e materiais necessários ao funcionamento do Sistema Municipal
de Educação Básica de Feijó;
Meta 18: Assegurar, através do regime de colaboração com Estado e União, a ampliação
do investimento público municipal para a manutenção e o desenvolvimento da educação
básica pública do município, contribuindo para o alcance da meta nacional de atingir no
mínimo o patamar de 7% (sete por cento) do produto interno bruto (PIB) do país no 5º
ano de vigência do PME e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao
final do decênio.
Diagnóstico
153
uma maior equidade, elas são freqüentemente associadas a um maior grau de
ineficiência.”
(PEE p132)
Consoante à Carta Magna a LDBEN define em seu artigo 74, que a União, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, “estabelecerá padrão mínimo
de oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no cálculo do custo
mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade. O custo mínimo de que trata este
artigo será calculado pela União ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente,
considerando variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino”
e, em seu artigo 75, que “a ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será
exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão
mínimo de qualidade de ensino”.
154
recursos ao ensino fundamental. Posteriormente, houve a ampliação do financiamento para a
educação básica pelo FUNDEB, em 2007.
Notas:
2 - Estão computados nos cálculos os recursos para bolsa de estudo, financiamento estudantil
e a modalidade de aplicação: Transferências Correntes e de Capital ao Setor Privado;
3 - Não se incluem nestas informações as seguintes despesas: aposentadorias e reformas,
pensões, juros e encargos da dívida, e amortizações da dívida da área educacional;
4 - Os investimentos em Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos e Educação
Indígena foram distribuídos na Educação Infantil, no Ensino Fundamental anos iniciais e anos
finais e no Ensino Médio, dependendo do nível de ensino ao qual fazem referência. No
Ensino Médio estão computados os valores da Educação Profissional (concomitante,
subsequente e integrado);
156
(OCDE) nos anos anteriores a 2004, não estão alocados os valores do complemento para a
aposentadoria futura do pessoal ativo;
9 - Entre os anos de 2000 e 2005: para os dados estaduais, foi utilizada como fonte de
informações, um trabalho técnico realizado pelo Inep diretamente dos balanços financeiros de
cada estado; para os dados municipais do mesmo período, utilizou-se uma metodologia
baseada no percentual mínimo de aplicação de cada município, definido pela legislação
vigente;
157
Tabela 18.2 - Valor Anual por Aluno Estimado – FUNDEB / Feijó - Acre
VALOR ANUAL POR ALUNO ESTIMADO – FUNDEB – ESTADO DO ACRE/FEIJÓ
Portaria Interministerial Nº 19/2013 2011 FUNDEB 2012 FUNDEB 2013 FUNDEB 2014
Portaria Portaria Interministerial nº 1360-A, Portaria Interministerial nº 16, Portaria Interministerial nº 19,
VALOR ANUAL (P/ 2014) MÍNIMO NACIONAL Interministerial 19/11/2012 17/12/2013 27/12/2013
POR ALUNO (R$2.285,57) nº 1721,
ATUALIZAÇÃO DO VALOR ATUALIZAÇÃO DO VALOR ATUALIZAÇÃO DO VALOR
07/11/2011
ALUNO 2011 P/ 2012 ALUNO 2012 P/ 2013 ALUNO 2013 P/ 2014
MODALIDADES/NÍVEL DE ENSINO V. ALUNO V. ALUNO R$ % V. ALUNO R$ % V. ALUNO R$ %
CRECHE INTEGRAL 2.596,86 3.412,72 815,86 23,91 3.024,56 -388,16 -12,83 3.622,85 598,29 16,51
PRÉ-ESCOLA INTEGRAL 2.813,27 3.412,72 599,45 17,57 3.024,56 -388,16 -12,83 3.622,85 598,29 16,51
ED. INFANTIL
CRECHE PARCIAL 1.731,24 2.100,13 368,89 17,57 1.861,27 -238,86 -12,83 2.786,81 925,54 33,21
PRÉ-ESCOLA PARCIAL 2.164,05 2.625,17 461,12 17,57 2.326,59 -298,58 -12,83 2.786,81 460,22 16,51
SÉRIES INICIAIS URBANA 2.164,05 2.625,17 461,12 17,57 2.326,59 -298,58 -12,83 2.786,81 460,22 16,51
SÉRIES INICIAIS RURAL 2.488,66 3.018,94 530,28 17,57 2.675,57 -343,37 -12,83 3.204,83 529,26 16,51
ENSINO
SÉRIES FINAIS URBANA 2.380,46 2.887,68 507,22 17,56 2.559,24 -328,44 -12,83 3.065,49 506,25 16,51
FUNDAMENTAL
SÉRIES FINAIS RURAL 2.596,86 3.150,20 553,34 17,57 2.791,90 -358,30 -12,83 3.344,17 552,27 16,51
TEMPO INTEGRAL 2.813,27 3.412,72 599,45 17,57 3.024,56 -388,16 -12,83 3.622,85 598,29 16,51
URBANO 2.596,86 3.150,20 553,34 17,57 2.791,90 -358,30 -12,83 3.483,51 691,61 19,85
RURAL 2.705,07 3.412,72 707,65 20,74 3.024,56 -388,16 -12,83 3.622,85 598,29 16,51
MÉDIO
TEMPO INTEGRAL 2.813,27 3.412,72 599,45 17,57 3.024,56 -388,16 -12,83 3.622,85 598,29 16,51
INT. ED. PROFISSIONAL 2.813,27 3.412,72 599,45 17,57 3.024,56 -388,16 -12,83 3.622,85 598,29 16,51
AEE – ATENDIMENTO EDUC ESPECIAL 2.596,86 3150,20 553,34 17,57 2.791,90 -358,30 -12,83 3.334,17 542,27 16,26
EDUCAÇÃO ESPECIAL 2.596,86 3.150,20 553,34 17,57 2.791,90 -358,30 -12,83 3.344,17 552,27 16,51
EDUCAÇÃO INDÍGENA E QUILOMBOLA 2.596,86 3.150,20 553,34 17,57 2.791,90 -358,30 -12,83 3.344,17 552,27 16,51
AVALIAÇÃO NO 1.731,24 2.100,13 368,89 17,57 1.861,27 -238,86 -12,83 2.229,45 368,18 16,51
EJA PROCESSO
INT. ED. PROFISSIONAL 2.596,86 3.150,20 553,34 17,57 2.791,90 -358,30 -12,83 3.344,17 552,27 16,51
CRECHE INTEGRAL 2.380,46 2.887,68 507,22 17,56 2.559,24 -328,44 -12,83 3.065,49 506,25 16,51
INSTITUIÇÕES CRECHE PARCIAL 1.731,24 2.100,13 368,89 17,57 1.861,27 -238,86 -12,83 2.229,45 368,18 16,51
CONVENIADAS PRÉ-ESCOLA INTEGRAL 2.813,27 3.412,72 599,45 17,57 3.024,56 -388,16 -12,83 3.622,85 598,29 16,51
PRÉ-ESCOLA PARCIAL 2.164,05 2.625,17 461,12 17,57 2.326,59 -298,58 -12,83 2.786,81 460,22 16,51
158
A avaliação dos indicadores de Feijó apresentados nas tabelas abaixo revelam que o
município tem mantido investimentos superiores aos índices constitucionais atingindo nos
últimos 3 anos, nunca menos que 27,30% das receitas de impostos e transferências vinculadas
à Educação em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino. Apesar desse percentual mais
elevado as receitas municipais têm decrescido nos últimos 04 anos. Contudo, suas prestações
de conta não explicitam claramente quanto se investe em cada etapa e /ou modalidade da
educação básica de responsabilidade do executivo municipal.
ANO DE 2010
NATUREZA DA DESPESA FUNDEB PRÓPRIAS VINCULADAS
ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA) 10.940.978,20 4.150.526,55 385.091,14
EDUCAÇÃO ESPECIAL
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO
EDUCAÇÃO 197.786.98
ANO DE 2011
NATUREZA DA DESPESA FUNDEB PRÓPRIAS VINCULADAS
ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA) 12.987.253,10 4.435.662,37 695.700,79
EDUCAÇÃO ESPECIAL
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO
EDUCAÇÃO 182.917,46
159
ANO DE 2012
NATUREZA DA DESPESA FUNDEB PRÓPRIAS VINCULADAS
ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA) 14.323.781,80 4.674.285,92 786.881,33
EDUCAÇÃO ESPECIAL
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO
EDUCAÇÃO 269.685,00
ANO DE 2013
NATUREZA DA DESPESA FUNDEB PRÓPRIAS VINCULADAS
ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA) 13.563.286,16 5.030.844,60 759.537,91
EDUCAÇÃO ESPECIAL
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO
EDUCAÇÃO 243.571,36
ANO DE 2014
NATUREZA DA DESPESA FUNDEB PRÓPRIAS VINCULADAS
ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA) 14.175.391,86 5.383.876,27 694.586,54
EDUCAÇÃO ESPECIAL
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DO SALÁRIO
EDUCAÇÃO 297.023,05
160
VALORES APLICADOS PELO MDE/FNDE EXERCÍCIOS 2009/2014
ANO VALOR R$
2009 64.872,60
2010 16.986,00
2011 16.805,70
2012 6.001,50
2013 7.440,00
2014 4.080,00
Total Geral do período 116.185,80
ANO VALOR R$
2009 185.900,00
2010 325.260,00
2011 325.800,00
2012 400.080,00
2013 398.996,00
2014 476.904,00
Total Geral do período 2.112.940,00
Tabela 18.8 - PNATE / Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - período 2009/2014
ANO VALOR R$
2009 19.387,65
2010 27.298,54
2011 279.417,29
2012 380.704,57
2013 350.131,12
2014 280.365,09
Total Geral do período 1.337.304,26
ANO VALOR R$
2009 119.402,38
2010 192.661,36
2011 240.682,26
2012 269.685,00
2013 263.985,84
2014 276.608,57
Total Geral do período 1.363.025,41
161
Concluímos essa breve apresentação da meta enfatizando o que o Plano Estadual de
Educação 2015-2024 já disse sobre o desafio do financiamento da educação pública por meio
do doutor em Educação e professor da Universidade de Brasília Luiz Araújo,
“desafios previstos nas metas e estratégias recaem de forma violenta sobre os municípios, mas
também são desigualmente distribuídos (...). A esfera municipal, que dispõe de menos recursos do
fundo público, é justamente a que possui as tarefas mais espinhosas no PNE. E mais, que o PNE
oportunize uma revisão do pacto federativo na educação, colocando a União em novo patamar de
contribuição para a escolarização em nosso país.” (PEE p.133)
Estratégias
18.2. Implantar no município o Custo aluno Qualidade Inicial (CAQI), nos dois primeiros
anos, e posteriormente o Custo qualidade aluno CAQ, definido pela União para a vigência do
Plano nacional e deste PME;
162
18.3. Assegurar no orçamento municipal a definição de recursos necessários à construção de
bibliotecas na rede municipal de ensino, e ampliação do espaço e do acervo bibliográfico da
biblioteca pública municipal, ou na zona urbana em tal escola pólo, até o final de ano de
vigência deste PME;
18.5. Promover a realização de estudos do orçamento municipal anual, a partir dos últimos
(10) dez anos, a fim de apresentar à população por meio do fórum municipal de educação, ao
final do 2º ano de vigência deste PME, a possibilidade de uma elevação ou não do percentual
a ser gasto com educação manutenção e desenvolvimento da educação municipal;
18.7. Assegurar que as prestações de contas do município e escolas de sua rede sejam
apresentadas em sítios oficiais e de transparência municipal;
18.11. Envidar esforços para efetivar no município os instrumentos oficiais que estruturam o
Regime de Colaboração pactuando recursos e responsabilidades entre os entes federados, na
organização dos seus sistemas e desenvolvimento da Educação Básica.
163
V – Acompanhamento e Avaliação do Plano Municipal de Educação
Este documento base parcialmente apresentado nesta audiência pública por meio de
suas 18 metas e respectivas estratégias, apresentou-se para receber as devidas críticas e
necessários ajustes reivindicados pela sociedade feijoense, representados pelos presentes
àquele momento histórico para a educação de Feijó.
165
Representação dos Povos Indígenas;
Câmara de Vereadores;
Secretaria Estadual de Educação/Núcleo Feijó;
Secretaria de Ação Social;
Conselho Municipal de Educação;
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre- SINTEAC;
Secretaria de Finanças Municipal;
Associação das Mulheres de Feijó;
Secretaria Municipal de Educação- SEME;
Ministério Público;
Conselho Tutelar;
Secretaria Municipal de Saúde;
Sindicatos Rurais e Associações de Pescadores;
Maçonaria;
Secretaria de Segurança;
Pastoral da Criança;
Secretaria Municipal de Esporte;
União Vegetal CEB;
Instituições Filantrópicas e Religiosas;
Instituições de Ensino Superior Públicas e Privadas;
Centro Estadual de Educação Permanente- CEDUP e outras;
Para tanto, reforçamos e pedimos ao poder legislativo que após terem aprovado este
Plano Municipal de Educação também acompanhem e apoiem o trabalho desta Comissão de
Acompanhamento e Avaliação, representada pelos diversos segmentos da sociedade civil
das instituições públicas e. Outrossim, que apoiem e fiscalizem as ações do executivo para
que a cada 2 anos após a aprovação deste Plano possamos estar novamente aqui ou em outro
espaço deste município para uma audiência pública de prestação de conta onde possamos sair
igualmente inebriados de alegria pelos bons resultados educacionais alcançados, decorrentes
de um Planejamento Estratégico e eficaz que potencialize os recursos investidos na educação
e das parcerias necessárias com as instituições do município e em regime de colaboração com
o Estado e União.
166
VI – Referências Bibliografia
______GUIA_DE_ELABORACAO_-PORTUGUES_90527.pdf . Disponível:
http://www.seape.caedufjf.net/wp-content/uploads/2012/05/GUIA_DE_ELABORACAO_-
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167
história e cultura afro-brasileira e africana./ Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Brasília: MEC,
SECADI, 2013. 104 p.
______Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação
Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional de Educação. Câmara Nacional de
Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da Educação.
Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília:
MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p.
_____. MEC. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. 1998.
_____. MEC, Referencial Curricular Nacional para o Ensino Fundamental. 1997.
_____. MEC, Referencial Curricular Nacional para o Ensino Médio. 2013.
______MEC, Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998.
_____. MEC/ Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE). Planejando a
Próxima Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação, 2014.
_____. MEC/ Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE). Alinhando os
Planos, 2014.
_____. MEC/ Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE), Caderno de
Orientações, 2014.
BORDIGNON, Genuíno. Gestão da educação no Município: sistema, conselho, e
plano/Genuíno Bordignon. -São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009.-
(Educação Cidadã;3).
FERNANDES, Cláudia de Oliveira. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação/
Cláudia de Oliveira Fernandes, Luiz Carlos de Freitas; organização do documento
Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. –
Brasília: Ministério da Educação , Secretaria de Educação Básica, 2007
168
PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais/ Vitor Henrique Paro. –
3. Reimpr. – São Paulo : Xamã, 2007. 128 p.; 21 cm.
______1945 – Por dentro da escola pública / Vítor Henrique Paro – São Paulo: Xamã, 1995.
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VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico- Pedgógico da Escola: Uma
Construção Possível/ Ilma Passos Alencastro Veiga(org.).- Campinas, SP: Papirus,
1995. – (Coleção Magistério: formação e Trabalho Pedagógico)
OLIVEIRA, Maria Nirce Soriano de. Projeto Político Pedagógico: da realidade documental à
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Escola de Gestores/ Curso de Especialização em Gestão Escolar. artigo científico,
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Documento_Referencia CONAE.pdf
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/conae/documento_referencia.pdf
Percentual_investimento_publico_total_educacao_PIB_nivel_ensino_2000-
2013.xlsx
http://download.inep.gov.br/informacoes_estatisticas/investimentos_publicos_em_ed
ucacao/indicadores_financeiros_educacionais/percentual_investimento_publico_total
_educacao_PIB_nivel_ensino_2000-2013.xlsx.
169
Politica_nacional_saude_pessoa_deficiencia.pdf Disponível:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_pessoa_deficienci
a.pdf.
Situacao-educacional-do-jovem-brasileiro.pdf. Disponível:
http://download1632.mediafire.com/qx46xme9zvog/y2at8ndtnd25npt/situacao-
educacional.
Taxas-rendimento-2013-feijo-AC-ensino-medio-todas-as-redes-rural-e-urbana
(2).xls
Disponível: http://s3.amazonaws.com/qedu-downloads/88/taxas-rendimento-2013-
feijo-AC-ensino-medio-todas-as-redes-rural-e-urbana.xls
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12992:diretrizes-para-a-
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http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=120030&idtema=90&searc
h=acre|feijo|censo-demografico-2010:-resultados-da-amostra-caracteristicas-da-
populacao-
http://www.observatoriodopne.org.br/.
http://www.ufac.br/portal/editais-concursos/prograd/edital-prograd-no-46-2014-processo-
seletivo-especifico-para-ingresso-nos-letras-portugues-e-respectivas-literaturas-
licenciatura-no-municipio-de-feijo-e-historia-licenciatura-e-geografia-licenciatura-no-
municipio-de-sena-madureira/inscricoes-do-vestibular-para-os-municipios-de-feijo-e-
sena-madureira-seguem-ate-o-dia-16-de-janeiro/EditalPrograd46.pdf.
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http://pacto.mec.gov.br/documentos-importantes.
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171