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ESTADO DO ACRE
PREFEITURA MUNICIPAL DE ASSIS BRASIL
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ASSIS BRASIL/AC
20152025
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ASSIS BRASIL/AC
Janeiro/2015
HUMBERTO GONÇALVES FILHO
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Prefeito Municipal
JOSÉ FERREIRA FILHO
VicePrefeito Municipal
IVELINA MARQUES DE ARAÚJO SOUZA
Presidente da Câmara de Vereadores
NEUDO LOPES DA SILVA
GILDA ALMEIDA DA SILVA DAMASCENO
MANOEL DE OLIVEIRA SOUZA
MANOEL AROLDO BATISTA DOS SANTOS
GENILSON BEZERRA
ANTÔNIA ALVES PEREIRA CAVALCANTE
IZAIAS FLORESLOPES
JERRY CORREIA MARINHO
VEREADORES
FRANCIMAR MARQUES DO NASCIMENTO
Secretária Municipal de Educação
COORDENAÇÃO GERAL
NAZARÉ GONZAGA RODRIGUES
COMISSÃO EXECUTIVA DO PME
FRANCIMAR MARQUES DO NASCIMENTO
NAZARÉ GONZAGA RODRIGUESO
QUELISON RODRIGUES DE SOUZA
IZMARIA PEREIRA ANTERO
JERRY CORREIA MARINHO
IVANIR OLIVEIRA DE LIMA
GLEICIANY AMORIM GOMES
SÔNIA MARIA ARAÚJO BESSA
ORGANIZAÇÃO, REDAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
NAZARÉ GONZAGA RODRIGUES
JERRY CORREIA MARINHO
EQUIPE TÉCNICA DE APOIO
ELISANDRA LOPES LIMA
MARINETE LIMA DE OLIVEIRA
MARANILDE SABÓIA DOS SANTOS
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SIMÔNICA NASCIMENTO DE MORAES
MARTA MENDONÇA SABÓIA
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Plano Municipal de Educação
Assis Brasil/AC
I
APRESENTAÇÃO
O PME é um documento que define metas educacionais para o município por um
período de 10 anos. Tratase de uma exigência prevista na Lei Federal nº 13.005, de 25 de
junho de 2014, que instituiu o Plano Nacional de Educação (PNE)
. O PME abrange não
somente a educação na rede municipal de ensino, mas estabelece diretrizes e metas para
o ensino médio e para a educação superior no município, dialogando com os responsáveis
por esses níveis de escolarização. O PME foi elaborado em consonância com o Plano
Estadual de Educação e o Plano Nacional de Educação e, ao mesmo tempo, garante a
identidade e autonomia do município.
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Siglas e Abreviaturas:
PNE....................................................................Plano Nacional de Educação
PME...................................................................Plano Municipal de Educação
PEE...................................................................Plano Estadual de Educação
SEE...................................................................Secretaria Estadual de Educação
MEC..................................................................Ministério de Educação e Cultura
LDB....................................................................Lei de Diretrizes e Bases
EE......................................................................Escola Estadual
EM.....................................................................Escola Municipal
IES.....................................................................Instituições de Educação Superior
IBGE..................................................................Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
SINTEAC...........................................................Sindicato dos Trabalhadores em Educação
SEMEC..............................................................Secretaria Municipal de Educação
AC.......................................................................Acre
PMAB..................................................................Prefeitura Municipal de Assis Brasil
MPE.....................................................................Ministério Público Estadual
CMAB..................................................................Câmara Municipal de Assis Brasil
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1. Mensagem da Secretária Municipal de Educação
Às educadoras e educadores responsáveis direta ou indiretamente pela Educação
do Município de ASSIS BRASIL, em sua plenitude, com extensão a toda comunidade
assisbrasiliense, apresentamos o Plano Municipal de Educação – PME.
O Plano Municipal de Educação identificase pela sua pluralidade nas diretrizes,
prioridades, metas e objetivos, incorporando assim, os anseios da comunidade
educacional, construindose um Plano Municipal para a cidade de Assis Brasil.
Confiamos, portanto, à comunidade o Plano Municipal de Educação para 10 anos
(dez) anos, convicta do empenho de todas as instituições e pessoas envolvidas na
relevante missão de promover educação de qualidade, formadora de cidadãos que
possam contribuir, positivamente, na construção de uma sociedade melhor e mais humana.
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FRANCIMAR MARQUES DO NASCIMENTO
Secretária Municipal de Educação
ASSIS BRASIL
2015
2. O Plano Municipal de Educação do Município de Assis Brasil
O Plano Municipal de Educação (PME) é um planejamento da educação do
município de Assis Brasil elaborado com a participação do governo e da sociedade civil. É
um documento que contém objetivos, metas e ações propostas a curto, médio e longo
prazo, para a educação do município num período de 10 (dez) anos. O plano engloba todo
o sistema de ensino do município de Assis Brasil, tanto as escolas estaduais e municipais,
direcionado aos campos da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio, Educação
Superior, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação
Profissionalizante. Além disso, a formação de professores e valorização do magistério, o
financiamento e gestão da educação.
A Constituição Federal de 1988 previu que “a lei estabelecerá o plano nacional de
educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino
em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público” (art. 214), que
conduzam à:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V – promoção humanística, científica e tecnológica do País.
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Mas somente com o advento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), em cumprimento ao art. 22, inciso XXIV da
Constituição Federal, é que se estabeleceu que à União incumbiria “elaborar o Plano
Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.” (art. 9º , inciso I). A propósito, conforme previsto no art. 87, o Plano Nacional
de Educação seria o documento inaugurador da “Década da Educação”.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
Art. 87.
É instituída a Década da Educação, a iniciarse
um ano a partir da publicação desta Lei.
§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação
desta Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o
Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas
para os dez anos seguintes, em sintonia com a
Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
A partir de então, no ano de 2001 – depois de tramitar quase três anos no
Congresso Nacional – instituiuse o Plano Nacional de Educação (PNE) pela Lei Federal
nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, em cumprimento ao art. 214 da Constituição Federal,
no qual se definiu objetivos gerais para um período de 10 anos. No documento, a partir de
um diagnóstico da realidade da educação do país, foram traçadas diretrizes de ação,
objetivos e metas quantificadas sobre 11 temas:
Educação infantil;
Ensino fundamental;
Ensino médio;
Educação superior;
Educação de jovens e adultos;
Educação à distância e tecnologias educacionais;
Educação tecnológica e formação profissional;
Educação especial;
Educação indígena;
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Magistério da educação básica e financiamento e gestão.
E foi nessa importante peça de planejamento plurianual da educação do país, que
se definiu iniciar, de imediato, “a elaboração dos planos estaduais em consonância com
este Plano Nacional e, em seguida, dos planos municipais, também coerentes com o plano
do respectivo Estado”.
Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 – Aprova o
Plano Nacional de Educação e dá outras
providências.
Art. 5º Os planos plurianuais da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios serão elaborados de
modo a dar suporte às metas constantes do Plano
Nacional de Educação e dos respectivos planos
decenais.
Nessa ótica, o Plano Municipal de Educação de Assis Brasil tem como objetivo
responder as necessidades educacionais do município, tendo em vista a melhoria na
qualidade da educação em todo o sistema de ensino de forma participativa.
Juntos, governo e sociedade civil, pais, alunos, professores e demais profissionais
da educação analisaram, propuseram e definiram políticas públicas para educação, com o
propósito de reduzir as desigualdades sociais e regionais, e superar a descontinuidade do
trabalho na educação do município de Assis Brasil.
3. Objetivos do Plano Municipal de Educação PME
I. Garantir às crianças, à juventude e a pessoas adultas e idosas, boas condições de
acesso e permanência nas etapas e modalidades da Educação Infantil, do Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
II. Melhorar a qualidade da Educação Básica, em especial, da Rede Municipal de Ensino,
investindose prioritariamente na formação continuada dos educadores e educadoras.
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IV. Promover a atuação de uma gestão escolar democrática e participativa.
V. Implantar uma proposta curricular unificada para toda a rede de ensino, adequando o
currículo escolar às especificidades locais, contemplando novos paradigmas e saberes da
sociedade atual.
VI. Implementar ações continuadas em prol do desenvolvimento equilibrado para uma
sociedade sustentável e saudável.
IX. Valorizar a educação do campo com incentivos de melhoria do acesso e permanência
na escola, favorecendo oportunidades de ascensão social no próprio meio.
XI. Assegurar o atendimento escolar aos/às estudantes públicoalvo da Educação Especial
desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, inclusive a Educação de Jovens Adultos/as,
respeitando as suas necessidades e especificidades, considerando a responsabilidade
de cada ente federado.
XII. Consolidar o regime de colaboração entre Município, Estado e União.
LEI MUNICIPAL Nº xxxx/2015
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Aprova o Plano Municipal de
Educação e dá outras
providências.
O prefeito do Município de Assis Brasil/Ac, Humberto Gonçalves Filho.
Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores de Assis Brasil/Ac, aprovou e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação, constante do documento
anexo, com duração de 10 (dez) anos.
§ 1º O Plano Municipal de Educação, apresentado conforme o inciso 1 do artigo 9º
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, regerseá pelos princípios da
democracia e da autonomia, buscando atingir o que preconiza a Constituição da República
e a Constituição do Estado do Acre ,como também as Leis municipais existentes no
município.
§ 2º O Plano Municipal de Educação contém os objetivos e prioridades para a
educação do município, assim como as diretrizes, objetivo e metas para os níveis de
ensino conforme documento anexo.
§ 3º As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta das
verbas orçamentárias próprias, suplementadas se necessárias, de outros recursos
captados no decorrer da execução do Plano.
Art. 2º A execução do Plano Municipal de Educação se pautará pelo regime de
colaboração entre a União, Estado, Município e a Sociedade Civil.
§ 1º O Poder Público Municipal exercerá papel indutor na implementação dos
objetivos e metas estabelecidos neste Plano.
§ 2º A partir da vigência desta Lei, as instituições de Educação Infantil e de Ensino
Fundamental, inclusive nas modalidades de Educação para Jovens e Adultos e Educação
Especial, integrantes da rede municipal de ensino, em articulação com a rede estadual e
privada, que compõem o Sistema Estadual de Ensino, deverão organizar seus
planejamentos e desenvolver suas ações educativas, com base no Plano Municipal de
Educação.
§ 3º O Poder Legislativo, por intermédio de seus integrantes, acompanhará a
execução do Plano Municipal de Educação.
Art. 3º O Município, em articulação com a União, Estado e a Sociedade Civil,
procederá as avaliações periódicas de implementação do Plano Municipal de Educação,
que serão realizadas a partir do segundo ano de vigência desta Lei e as posteriores, a
cada 2 (dois anos).
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Parágrafo único – A Conferência Municipal será organizada pela Secretaria Municipal
de Educação e grupo de acompanhamento e Avaliação da Implementação do Plano
municipal de Educação.
Art. 4º O Grupo de Acompanhamento e Avaliação da Implementação do Plano
Municipal de Educação, será composto por representantes dos poderes Executivo e
Legislativo, Conselho Municipal de Educação e Colegiados Escolares, Sociedade Civil
Organizada, Conselho de Acompanhamento do FUNDEB e todos os demais Conselhos
Municipais.
§ 1º A Secretaria Municipal de Educação deverá providenciar e disponibilizar a
Comissão de Avaliação e Acompanhamento do PME, dados estatísticos para a realização
de aferição quantitativa, de acompanhamento e monitoramento do processo educacional.
§ 2º A Secretaria Municipal de Educação deverá regulamentar as atividades da
Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Plano.
Art. 5º Os Planos Plurianuais do Município serão elaborados de modo a dar suporte
às metas constantes do Plano Municipal de Educação.
Art. 6º O Poder Público Municipal se empenhará na divulgação deste Plano e da
progressiva realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o conheça
amplamente e acompanhe sua implementação.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogandose as
disposições em contrário.
Gabinete do Prefeito Municipal de Assis Brasil/Ac, em 22 de Abril de 2015.
HUMBERTO GONÇALVES FILHO
PREFEITO MUNICIPAL
II
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
1. Os Símbolos do Município
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Bandeira do município de Assis Brasil
Brasão do município de Assis Brasil
2. O Hino
Letra:
Lisangela Maria Lanes Rodrigues
Música: Cristiano Paulo Hoffmam
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A vida que chega das águas
Através de embarcação
Trazem nossos pioneiros
Vindos lá do Maranhão
Aqui fincaram a bandeira
Trabalho, força e união.
Bela cidade, altaneira,
Guardando a fronteira da nossa nação.
Assis Brasil – Assis Brasil
É a joia do estado a brilhar
Seu amor se espalhando no ar
Engrandece seu povo gentil.
A história de tempos passados
Orgulho e tradição.
Muitos aqui aportaram
Desbravando a imensidão
Terra de homens valentes
Chão de mulheres gentis
Formam um povo contente
Crianças e jovens, cidade feliz.
Assis Brasil – Assis Brasil
É a joia do estado a brilhar
Seu amor se espalhando no ar
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Engrandece seu povo gentil
O leite que emana das matas
Seiva a nos alimentar
Riqueza das seringueiras
Fez nossas vidas mudar
Foi leite da esperança
Luta de cada guerreiro
Foi um sinal de aliança
Orgulho e glória de ser seringueiro.
Assis Brasil – Assis Brasil
É a joia do estado a brilhar
Seu amor se espalhando no ar
Engrandece seu povo gentil.
Nós somos aqui da fronteira
Peru, Bolívia e Brasil.
Terra de gente ordeira
Floresta de encantos mil
Nesse pedaço de chão
Solo de um povo gentil
Sinto alegria no meu coração
Pelas cores de Assis Brasil
Assis Brasil – Assis Brasil
É a joia do estado a brilhar
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Seu amor se espalhando no ar
Engrandece seu povo gentil.
Aspectos Históricos
Pelas ruas de Assis Brasil, desfilam muitas culturas. São pessoas dos países
vizinhos Peru e Bolívia, que formam com o Brasil uma tríplice fronteira nas cabeceiras do
Rio Acre. Um bonito monumento celebra a integração de cem anos de integração. De um
lado do rio, fica Assis Brasil, com sua natureza deslumbrante. E, do outro, as pequenas
cidades de Iñapari e Bolpebra.
O município tem duas terras indígenas, a Cabeceiras do Rio Acre e uma parte da
Mamoadate, onde moram comunidades Jaminawa e Manchineri. A presença dos índios na
região garante a proteção das nascentes dos Rios Acre e Iaco.
Sua população estimada em 2014 era de 6. 610 habitantes e sua área é de
4.974,19 km . A cidade é servida pela rodovia
² BR317 (
Rodovia Transoceânica
), que é a
única rodovia que liga o Brasil ao
Peru.
O município recebeu seu nome em homenagem a Joaquim Francisco de Assis
Brasil
, embaixador que teve papel de destaque, junto com o Barão do Rio Branco e
Plácido de Castro , na
Questão do Acre , que culminou com a assinatura do Tratado de
Petrópolis, entre
Brasil e
Bolívia
; tratado que garantiu a posse das terras do território do
Acre e o direito da exploração da borracha nesta região.
1. Localização e Coordenadas Geográficas
Assis Brasil situase a uma altitude de 239 metros sobre o nível do mar, sua
extensão territorial é de 4.974,19 km e está localizado no estado do Acre, entre os rios
²
Acre e Iaco, junto à margem esquerda do Rio Acre. Ao sul de Assis Brasil, do outro lado do
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rio Acre, está a cidade de São Pedro de Bolpebra, pertencente ao departamento de
Pando, território boliviano. A aproximadamente um quilômetro a oeste da sede municipal,
também ao sul do território do município, encontrase o pequeno rio Yaverija que
desemboca na margem direita do rio Acre. Nesse local está situada a cidade peruana de
Iñapari. Este local constituise no ponto tripartite BrasilBolíviaPeru, junção de três
fronteiras. Assis Brasil tem laços comerciais crescentes com a região de Iñapari e com
Bolpebra.
2. Aspectos populacionais
Evolução populacional:
2010
Total Urbano Rural (% ) taxa de urbanização
6.075 3.700 2.373 60,94
Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010.
População residente por sexo:
2010
Total Homens Mulheres (% ) homens (% ) mulheres
6.075 3.094 3.981 50,91 49,09
Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010.
População indígena:
2010
Etnia Aldeia População
Jaminawá 05 315
Manchineri 13 996
Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010.
Fluxo migratório:
2010 2011
Nacionalidade
Entrada Saída Entrada Saída
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Peruanos 7.285 5.725 1.551 921
Bolivianos 1.149 62 149 88
Brasileiros 819 2.178 753 717
Outros 87 56 15 16
Fonte: IBGE/Censo Demográfico 2010.
3. Aspectos educacionais
Estabelecimentos de ensino:
2 0 1 0
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População Instituições Crianças Crianças não
infantil do atendidas atendidas
Faixa etária Município Privad Pública
a
Atualmente o município de Assis Brasil não possui nenhuma creche. Por isso, a
escola Simon Bolívar mantém três turmas com crianças de 2 e 3 anos de idade. A tabela
abaixo mostra o atendimento de crianças de 0 a 3 anos e 4 a 5 anos de acordo com o
senso demográfico.
Ano crianças de 4 a 5 anos que frequentam a escola
2010
63,3%
Fonte: IBGE/Censo Demográfico / Preparação: Todos Pela Educação
Ano crianças de 0 a 3 anos que frequentaram a escola
2010 12,9%
Fonte: IBGE/Censo Demográfico / Preparação: Todos Pela Educação
Para atender os alunos na faixa etária de 4 e 5 anos que vivem na zona rural, o
município, em parceria com o governo do estado mantem o Programa Asas da Florestania
Infantil, carinhosamente batizado de “Asinhas”. O programa traz no próprio nome a razão e
dimensão da sua existência, ou seja, construir a cidadania das pessoas que vivem na
floresta, enquanto direito do ser humano, que precisa ser garantido desde a infância.
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A grande maioria dos profissionais que atuam na educação infantil do município
possui graduação na área da educação, estando de acordo com a legislação que
determina a formação para atuação nessa área de ensino.
1.2 Diretrizes:
Estratégias
1.3
1. Garantir a partir da aprovação deste Plano, em até cinco anos, a oferta de
atendimento à Educação Infantil de forma a atender 100% das crianças da
préescola, na faixa etária de 4 a 5 cinco anos.
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2. Garantir atendimento especializado às crianças com necessidades educacionais
especiais, nas instituições municipais de Educação Infantil, prevendo infraestrutura
necessária e atendimento às especificidades com profissionais especializados,
respeitando o direito a atendimento adequado em seus diferentes aspectos, bem
como em instituições especializadas, conforme legislação específica.
3. Estabelecer que todas as instituições de educação infantil do município atendam à
legislação educacional vigente, no que diz respeito à organização dos grupos de
atendimento (número de crianças por turma e faixa etária).
a) espaço para recepção;
b) sala de professores, de serviços administrativos, pedagógicos e de apoio;
c) salas para atividades das crianças com boa ventilação, iluminação e visão para o
ambiente externo, com mobiliário e equipamentos adequados, respeitando área
mínima de 1,5 metros quadrados por criança atendida;
e) instalações sanitárias completas, suficientes e próprias para o uso das crianças;
f) instalações sanitárias para o uso exclusivo dos adultos;
g) berçário se for o caso, com área livre para movimentação das crianças;
h) locais para amamentação e higienização, com balcão e pia;
i) solário respeitada a indicação da vigilância sanitária de 2,20m quadrados por
criança;
j) área coberta para atividades externas, compatível com a capacidade de
atendimento por turno;
k) parque infantil;
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l) brinquedoteca.
5. Construir a partir da aprovação deste Plano, em cinco anos, novas instituições
públicas municipais de Educação Infantil, bem como ampliar e adequar nos padrões
MEC as já existentes, para atender a oferta de vagas priorizando os bairros com
alto índice de população infantil e com baixo poder aquisitivo.
6. Cumprir a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, que para assumir a
direção das instituições municipais de educação infantil, o profissional que se
enquadre nas exigências que observa a Lei Municipal nº 273 de 30 junho de 2010
em seu Artigo 19.
7. Determinar que as instituições de Educação Infantil construam suas propostas
pedagógicas contando sempre com a participação efetiva dos profissionais da
educação nelas envolvidos.
8. Fortalecer a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, os mecanismos de
colaboração entre os setores da educação, saúde e assistência social, para o
atendimento das instituições de educação infantil de acordo com as suas
necessidades.
9. Melhorar sempre, a partir da vigência deste Plano, a alimentação escolar de
qualidade para as crianças atendidas na educação infantil da rede municipal,
através de recursos próprios, somados aos do Estado e União.
10.Promover, a partir da vigência deste Plano, formas de participação da comunidade
escolar local, para apoiar a melhoria do funcionamento das instituições municipais
de Educação Infantil, ampliando a gestão democrática proposta pela Secretaria
Municipal de Educação.
11.Assegurar, a partir da vigência deste Plano, a oferta periódica de palestras aos pais
dos alunos atendidos nas instituições municipais de educação infantil, como forma
de integrálos ao processo educacional.
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12.Promover, a partir da vigência deste Plano, estudos e discussões sobre as
propostas pedagógicas dos estabelecimentos de ensino, a fim de que haja maior
compreensão e efetivação de sua prática pelos profissionais de cada instituição.
13.Atender até o final da vigência deste plano, 40% das crianças da zona urbana de 0
a 3 anos de idade em creches.
14.Garantir formação de quadro de profissionais para atendimento de crianças de 0 a
3 anos, por meio de processo seletivo ou concurso público específico para área, de
acordo com a demanda existente.
Meta 02: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a
população de seis a quatorze anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos
concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste
PME.
2.1 Diagnóstico:
O município de Assis Brasil possui 39 escolas de ensino fundamental dos anos
iniciais (1º a 5º) que compõem a rede municipal de ensino. A clientela dos anos finais do
ensino fundamental (6ºao 9º) é atendida pela rede estadual de ensino que possui uma
única escola na zona urbana do município.
Escolas de ensino fundamental em Assis Brasil:
Escolas localizadas na zona urbana:
❖ Escola de Ensino Fundamental e Médio Íris Célia Cabanellas Zannini
❖ Escola de Ensino Fundamental Maria Ferreira da Silva
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❖ Escola de Ensino Fundamental Edilsa Maria Batista
Escolas localizadas na zona rural:
❖ Escola de Ensino Fundamental Aládia Aquino
❖ Escola de Ensino Fundamental Alôncio Gomes
❖ Escola de Ensino Fundamental Altamira
❖ Escola de Ensino Fundamental Antônio Rodrigues dos Anjos
❖ Escola de Ensino Fundamental Avelino Chaves
❖ Escola de Ensino Fundamental Benedito Batista de Araújo
❖ Escola de Ensino Fundamental Cariolando
❖ Escola de Ensino Fundamental Chico Mendes
❖ Escola de Ensino Fundamental Dr. Alberto Martan
❖ Escola de Ensino Fundamental Eliodório Gomes
❖ Escola de Ensino Fundamental Francisco das Chagas
❖ Escola de Ensino Fundamental Francisco Mendes
❖ Escola de Ensino Fundamental Gezilda de Freitas
❖ Escola de Ensino Fundamental Henrique Pascoal
❖ Escola de Ensino Fundamental Isabel Pires
❖ Escola de Ensino Fundamental José Hipólito de Souza
❖ Escola de Ensino Fundamental Leda Batista
❖ Escola de Ensino Fundamental Manoel Sabóia
❖ Escola de Ensino Fundamental Marcionília Almira
❖ Escola de Ensino Fundamental Maria Ferreira de Medeiros
❖ Escola de Ensino Fundamental Maria Nilda de Araújo
❖ Escola de Ensino Fundamental Morumbi
❖ Escola de Ensino Fundamental Napoleão Pardo
❖ Escola de Ensino Fundamental Siqui
❖ Escola de Ensino Fundamental Petronio Felinto
❖ Escola de Ensino Fundamental Porto da Balsa
❖ Escola de Ensino Fundamental Recife
❖ Escola de Ensino Fundamental Santa Rita
❖ Escola de Ensino Fundamental São Sebastião
❖ Escola de Ensino Fundamental Sara Lopes Pereira
❖ Escola de Ensino Fundamental Sara Nonato
❖ Escola de Ensino Fundamental Tancredo de Almeida Neves
❖ Escola de Ensino Fundamental Vicente Bessa
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❖ Escola de Ensino Fundamental XV de Novembro
❖ Escola de Ensino Fundamental XVII de Novembro
❖ Escola de Ensino Fundamental Baixa Verde
❖ Escola de Ensino Fundamental Humaitá
O indicador mostra a evolução da distorção idadesérie para Assis Brasil. Tratase
de um importante indicador de fluxo e representa a porcentagem dos alunos que não estão
matriculados em uma etapa compatível com sua idade escolar.
Veja no gráfico a seguir a comparação com a taxa de distorção idade/série do
Brasil:
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Distorção idade/série dos anos finais do Ensino Fundamental:
Os dados demonstram que apesar da redução da taxa de distorção idadesérie
tanto nos anos iniciais como os anos finais do ensino fundamental, ainda é muito grande o
número de alunos nessa situação. O desafio é garantir que um maior número de crianças
ingresse na escola na idade adequada e melhorar a aprendizagem para que os alunos
concluam cada ano da escolaridade no tempo devido.
Dentre os direitos fundamentais presentes na Constituição Federal de 1988,
destacase o direito à educação, a liberdade de aprender e a igualdade material ao
acesso e à permanência no processo educacional, finalmente erigido à categoria de
direito público subjetivo, que conta com garantias constitucionais à sua efetivação. O poder
público deve oferecer Educação Básica para todos, obrigatória e gratuita dos 4 aos 17
anos de idade, assegurada inclusive a oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria. Caso não ofereça ou ofereça de forma irregular, a lei assegura
que qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical,
entidade de classe ou outra legalmente constituída e ainda o Ministério Público possa
acionar o poder público para exigilo.
Garantida como direito social fundamental, a educação funciona como instrumento
de realização da dignidade do ser humano, assim como da democracia social e política.
Diferentemente dos demais direitos sociais, o direito à educação é ao mesmo tempo um
direito e um dever, ou seja, existe uma relação indissociável entre o direito à educação e a
obrigatoriedade escolar, caracterizada como um dever de mão dupla: o dever do Estado
em garantir escola gratuita e de qualidade a todas as crianças e adolescentes – como
preconiza a Constituição Federal e o dever dos pais em garantir a matrícula do filho
menor, como dispõe o Art. 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
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O Ensino Fundamental composto pelos anos iniciais (faixa etária de 6 a 10 anos) e
pelos anos finais (faixa etária de 11 a 14 anos) é incumbência prioritária dos municípios
(LDB, 1996, Artigo 11, inciso V), em colaboração com os Estados e a União, respeitadas
as distribuições proporcionais das responsabilidades e dos recursos financeiros em cada
uma das esferas do Poder Público (LDB, 1996, Artigo 10, Inciso II).
Em 2005, a Lei nº 11.114 altera o art. 32 da LDBN, tornando obrigatória a inclusão
das crianças de seis anos no Ensino Fundamental e, posteriormente, em 2006, a Lei nº
11.274, amplia a duração do Ensino Fundamental para 9 anos. A ampliação do Ensino
Fundamental para nove anos no Brasil cumpre o objetivo de aumentar a escolaridade
obrigatória e assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar com
maiores oportunidades de aprendizagem.
É preciso considerar que em números absolutos é enorme o contingente de
crianças e jovens fora da escola, significado pelo fato de pertencerem às populações em
situação de maior vulnerabilidade social, o que aumenta a responsabilidade do poder
público. Além do significativo número de crianças e adolescentes ainda fora da escola, os
fatores relacionados à qualidade do ensino repetência, abandono e aprendizagem não
adequada, no tempo devido, à gestão das escolas e sistemas de ensino, às condições de
acesso e permanência e às desigualdades sociais e econômicas dos próprios alunos e de
seus familiares, são os grandes desafios da educação brasileira para a próxima década.
A tabela abaixo mostra a porcentagem de crianças de 6 a 14 anos de idade que
frequentaram a escola. Os dados são do último senso demográfico do IBGE.
Ano crianças de 6 a 14 anos que frequentaram a escola
2010 85%
Fonte: IBGE/Censo Demográfico / Preparação: Todos Pela Educação
Evolução da população de 6 a 14 anos:
Ano População de 6 a 14 anos
2000 858
2007 1.186
2010 1.271
Fonte: IBGE/Censo Demográfico / Preparação: Todos Pela Educação
2.2 Diretrizes
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As diretrizes norteadoras do Ensino Fundamental do município baseiamse na
Constituição Federal na LDB, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e no Plano Nacional de
Educação, e dizem respeito a:
Assegurar a universalização do atendimento a toda clientela do Ensino Fundamental,
garantindo o acesso e permanência, com sucesso, de todas as crianças na escola.
Garantir a ampliação do atendimento do ensino fundamental de nove anos, adequando às
escolas de acordo com as orientações das normas vigentes do Conselho Estadual de
Educação do Acre, ofertando capacitação aos profissionais municipais da educação para
a aplicação desta proposta.
Implantar um sistema de avaliação para diagnosticar o nível de desempenho dos alunos
da rede municipal de ensino e desenvolver ações direcionadas à superação das
dificuldades apresentadas com objetivo de melhorar a qualidade do ensino.
Assegurar o atendimento na rede municipal de ensino aos alunos com defasagem no
processo de aprendizagem por meio de programas e/ou medidas de acompanhamento
psicopedagógico e pedagógico, orientados pela Secretaria Municipal de Educação e
Cultura.
Assegurar e criar um núcleo de atendimento para todas as necessidades especiais na
rede municipal de ensino em parceria com o Estado, com profissional especializado,
respeitando o direito ao atendimento adequado em seus diferentes aspectos, conforme
legislação específica.
Garantir a inclusão do atendimento aos alunos com necessidades educacionais
especiais, na Proposta Pedagógica das unidades escolares.
Promover programas de integração entre escola e pais (criando amigos da escola,
realização das datas comemorativas e feiras educacionais), visando efetivar o seu
acompanhamento no rendimento escolar de seus filhos.
Assegurar um programa de capacitação continuada aos profissionais da educação da
rede municipal de ensino e comunidade escolar, através de cursos, seminários, oficinas,
grupos de estudo e palestras.
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Promover a participação da comunidade na gestão das escolas da rede municipal,
instituindo conselhos escolares nas unidades escolares municipais, onde não existe
colegiado.
Promover a participação dos membros dos Conselhos Escolares da rede municipal de
ensino em cursos de capacitação, seminários e palestras (no mínimo duas vezes ao ano)
com temas que tratem sobre o papel da comunidade na gestão democrática, cidadania,
entre outros, de interesse específico dos colegiados.
Garantir a participação dos profissionais da educação e da comunidade escolar, na
revisão permanente da Proposta Pedagógica e do regimento escolar das instituições de
ensino da Rede Municipal pelo menos a cada dois anos após a aprovação deste plano,
com observância das Diretrizes Curriculares Nacionais e da proposta curricular em
vigência para o Ensino Fundamental.
Assegurar o percentual destinado à horaatividade dos profissionais da educação da
rede municipal de ensino, de acordo com o estabelecido na legislação educacional
nacional.
Desenvolver projetos de literatura nas escolas da rede municipal de ensino, com os
profissionais da própria instituição buscando parcerias com diversas instituições.
Assegurar o pleno funcionamento do Ensino Fundamental da rede municipal na zona rural,
com professores capacitados para atender a especificidade da educação no campo.
Assegurar e expandir o atendimento da educação, nas escolas dos bairros periféricos, e
implantar o contra turno social, visando complementação da educação do ensino regular.
Garantir a ampliação e adequação do espaço físico das bibliotecas das escolas da rede
municipal de ensino.
Garantir a readequação da estrutura física interna e externa das escolas na rede
municipal de ensino nos dois primeiros anos de aprovação desse plano, principalmente a
superação das barreiras arquitetônicas, permitindo aos alunos com necessidades
educacionais especiais a acessibilidade.
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Assegurar que as aulas de educação física sejam ministradas por um profissional com
formação específica na área, para atuar nas escolas da rede municipal de ensino.
Assegurar a oferta de aulas de xadrez e o ensino da língua estrangeira a partir dos
primeiros anos de escolaridade para os alunos do ensino fundamental da rede pública
municipal, com professores capacitados nesta área (criando uma equipe de profissionais
dando suporte pedagógico para as escolas).
Assegurar o provimento da merenda escolar de qualidade aos alunos do Ensino
Fundamental, garantindo o acompanhamento de um profissional de nutrição.
Assegurar o transporte escolar na zona urbana, rural e localidades distantes, quando
necessário, conforme critérios definidos pela Secretaria Municipal de Educação.
2.3 Estratégias
1. Assegurar durante a vigência deste Plano, a universalização do atendimento a toda
clientela do Ensino Fundamental, garantindo acesso e permanência com sucesso
de todas as crianças na escola.
2. Garantir a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, a ampliação do
atendimento do Ensino Fundamental de nove anos, adequando as escolas de
acordo com as orientações das normas vigentes do Conselho Estadual de
Educação do Estado do Acre.
4. Assegurar durante a vigência deste Plano, em regime de colaboração com o
Estado, o atendimento aos alunos com defasagem no processo de aprendizagem,
por meio de programas e/ou medidas de acompanhamento psicopedagógico e
pedagógico.
7. Promover durante a vigência deste Plano, Programa de integração entre escola e
pais, visando efetivar o acompanhamento destes no rendimento escolar de seus
filhos.
12.Desenvolver a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, projetos de literatura
nas escolas, disponibilizando profissionais capacitados para este trabalho.
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13.Assegurar durante a vigência deste Plano o pleno funcionamento do ensino
fundamental da rede municipal na zona rural, com professores capacitados para
atender as especificidades da educação no campo.
15.Garantir a partir da aprovação deste Plano a ampliação e adequação do espaço
físico das bibliotecas das escolas.
16.Garantir a partir da aprovação deste Plano a continuidade da readequação da
estrutura física interna e externa das escolas na rede municipal de ensino visando
principalmente a superação das barreiras arquitetônicas, permitindo um
atendimento digno aos alunos com necessidades educacionais especiais.
17.Realizar a partir do primeiro ano de vigência deste PME, estudos sobre a
viabilidade para a oferta do ensino da língua estrangeira (espanhol) a partir das
séries iniciais (4º e 5º) para os alunos do Ensino Fundamental da rede pública
municipal, observando as orientações e normas do Conselho Estadual de
Educação.
18.Assegurar o provimento da merenda escolar de qualidade aos alunos do Ensino
Fundamental, garantindo o acompanhamento de um profissional da área de
nutrição.
19.Garantir o transporte escolar na zona urbana, zona rural e localidades distantes,
quando necessário, conforme critérios definidos pelo Órgão Municipal de
Educação, com colaboração financeira da União e do Estado, de forma a garantir a
escolarização de todos os alunos.
20.Criar normas específicas a partir do primeiro ano de vigência deste plano, para o
atendimento de alunos indígenas pela Rede Municipal de Ensino, observando a
legislação vigente.
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21.Estabelecer a partir do primeiro ano de vigência deste plano, critérios para
efetivação das matrículas de estrangeiros na Rede Municipal de Ensino,
observando a legislação vigente.
22. Garantir durante da vigência deste PME, a prática de educação física do 1º ao
5ºano, de acordo com orientação e normas do Conselho Estadual de Educação.
Meta 3: Cooperar com o Estado para, até 2016, o mesmo garanta o atendimento
escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e eleve, até o
final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no Ensino
Médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
3.1 Diagnóstico
O Ensino Médio no munícipio de Assis Brasil é ofertado por uma única instituição de
ensino da rede estadual, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Íris Célia Cabanellas
Zannini. A instituição atende 955 alunos nas etapas: fundamental (6º ao 9º), Ensino Médio e
a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Hoje o transporte escolar do município é ofertado pelo Governo do Estado, por meio
da Secretaria Estadual de Educação e pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de
Educação e Cultura. Mesmo diante dos esforços dos dois governos, o transporte escolar
ainda é um dos principais desafios da educação em Assis Brasil.
O transporte diário de alunos é feito com ônibus e camionetes alugadas que
buscam os estudantes em suas comunidades. São oito ônibus e nove camionetes que
trabalham diariamente para garantir o direito à educação de centenas de alunos.
Uma das grandes dificuldades para garantir a qualidade do transporte escolar é a
precariedade dos ramais. São pelo menos 500 km de estradas vicinais que ligam as
comunidades rurais à sede do município. Muitos desses ramais passam longos períodos
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sem receber nenhum tipo de manutenção o que acaba os tornando intrafegáveis. Com
isso, a garantia do transporte escolar tornase, muita das vezes, impraticável.
O quadro abaixo mostra a distribuição dos alunos do Ensino Médio na escola Íris
Célia Cabanellas Zannini.
Ensino Médio
Regular EJA
244 81
Fonte: Secretaria da Escola ICCZ/2015.
Construída em 1981, a Escola Íris Célia Cabanellas Zannini chegou a sua
capacidade máxima de atendimento aos alunos do Ensino Fundamental e Médio. São
quase 1.000 (um mil) estudantes que, em alguns casos, dividem espaço com até 40
(quarenta) alunos por turma.
A superlotação dessa instituição tem sido uma problemática enfrentada pela gestão
escolar nos últimos anos. O crescimento populacional do município e, consequentemente,
o aumento da clientela de alunos, não foram acompanhados pela estruturação física da
escola que chega ao seu limite máximo. Por isso mesmo, a única instituição de Ensino
Médio do município de Assis Brasil opera acima de sua capacidade. O que indica a
necessidade de ampliar a capacidade de atendimento, com vista à universalização do
ensino médio, conforme determinação legal.
Taxa de distorção idade/série do Ensino Médio no município:
Ano Distorção idade/série
2006 55
2007 51,5
2008 38,3
2009 46,7
2010 52,7
2011 44,2
2012 38,5
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2013 45
2014 39,1
Fonte: Mec/Inep/DEED/CSI
Matrículas do Ensino Médio em 2014.
o.
De acordo com a tabela acima, nas turmas que serão trabalhados com o 6 Tempo
(2o. e 3o. Ano), se tirar os alunos da zona rural, por não ter o transporte escolar, teremos
o.
um número muito reduzido de alunos nas oficinas, especialmente nos 3 Anos. Ressaltando
ainda que, todos os dias, os 116 alunos da zona rural do Ensino Médio, perdem 50 minutos
de aula porque o transporte escolar não consegue fazer todo o percurso de forma a chegar
no horário das 12h: 30min. Salientamos ainda que, pelo fato de muitos alunos chegarem
tarde da noite em casa, enfrentando perigo na floresta, o horário de entrada foi adaptado
para que os mesmos pudessem sair mais cedo. Entrada: 12h: 30min. Saída: 17h. A
o.
escola oferece o Ensino Médio apenas no 2 Turno, pois há na comunidade uma rejeição
muito grande dos alunos em estudar a noite, especialmente a faixa etária em questão. No
mesmo turno, também funciona 4 (quatro) turmas do Ensino Fundamental II para atender a
demanda da zona rural, onde estes vêm para escola acompanhados dos irmãos do Ensino
Médio, além disso a demanda de alunos do fundamental é maior que o Ensino Médio. Uma
das maiores dificuldades enfrentadas pela escola que atua com essas duas modalidades
de ensino em um mesmo turno, é o fato dos professores terem sua lotação nas duas
modalidades de ensino, sobrecarregando esse profissional e consequentemente,
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inviabilizando um trabalho pedagógico eficiente. Nosso maior desafio é lidar com fatores
externos que ameaçam constantemente nosso trabalho pedagógico, como: falhas no
transporte escolar, ocasionando um grande número de faltas dos alunos e
consequentemente perca de conteúdo, desistência; rotatividade de professor;
envolvimento dos alunos em atividades ilícitas além da baixa estima tanto dos alunos
quanto dos professores.
Evolução da matrícula do Ensino Médio nos últimos três anos:
ANO/SERIE MATRÍCULA INICIAL
2012 257
2013 286
2014 242
Fonte: Secretaria da Escola ICCZ.
Nota do IDEB da Escola Íris Célia Cabanellas Zannini:
Porcentagem de jovens de 15 a 17 anos que frequentam a escola Taxa de atendimento
(Censo Demográfico).
Ano crianças de 15 a 17 anos que frequentaram a escola
2010 66%
Fonte: Mec/Inep/DEED/CSI
3.2 Diretrizes
No município o Ensino Médio é ofertado pela rede estadual. As metas e objetivos
propostos neste Plano buscam, no âmbito municipal a articulação e a reflexão dos
administradores públicos, dos gestores, dos profissionais da educação e das instituições
formadoras, visando atingir uma melhor qualidade de ensino, um compromisso com a
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expansão da oferta e a ampliação das condições de acesso a esta etapa de ensino aos
cidadãos.
Assim sendo, as ações a serem desenvolvidas pelo município em relação ao
Ensino Médio, serão norteadas pelas seguintes diretrizes:
Apoio aos projetos extracurriculares que visam melhoria da qualidade de ensino;
#
Incentivo às capacitações dos profissionais da educação;
#
Apoio aos projetos de integração social dos alunos com a comunidade;
#
#
Incentivo às atividades de troca de experiência entre instituições estaduais e municipais;
# Articulação junto ao Estado para readequação da infraestrutura das escolas para o
atendimento de pessoas com necessidades educacionais especiais, assegurando o
direito à acessibilidade como laboratórios, bibliotecas e outros;
# Articulação junto ao Estado para a oferta do Ensino Médio no campo, utilizando uma
escola núcleo (Estrada do Pacífico), contribuindo para o ensino de qualidade, pois os
alunos residentes na Zona Rural ficariam mais próximos de suas casas, contribuindo para
minimizar os elevados gastos com manutenção do transporte escolar;
#
Apoio aos projetos de implantação do Ensino Médio profissionalizante;
# Incentivo aos profissionais da educação da rede estadual a fim de que participem de
cursos de capacitação, oferecidos pela rede municipal de ensino;
3.3 Estratégias
1. Apoiar durante a vigência deste Plano o contato permanente entre o Ensino
Médio e instituições de ensino superior, com o objetivo de troca de experiências e
atualização, integrando o aluno do Ensino Médio com o mundo acadêmico;
2. Articular junto aos órgãos competentes durante a vigência deste Plano, que
somente seja permitida a criação de ensino médio, em instituições de ensino que
apresentem as condições necessárias de estrutura física, técnica e pedagógica;
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3 Articular junto aos órgãos competentes durante a vigência deste Plano, que as
.
instituições que ofertam o ensino médio atendam aos padrões mínimos de infraestrutura
estabelecidos na legislação vigente;
4.
Incentivar durante a vigência deste Plano, a inclusão e a permanência dos
educandos com necessidades especiais em classes comuns, cabendo a cada entidade
mantenedora, garantir condições para que possa receber este estudante e oferecerlhe um
ensino de qualidade, conforme legislação vigente;
5. Estimular e apoiar durante a vigência deste Plano, a ampliação de cursos
profissionalizantes integrados e subsequentes ao Ensino Médio no município;
6. Assegurar durante a vigência deste Plano, em regime de colaboração com o
Estado e União, o transporte escolar adequado e exclusivo para alunos do município,
conforme suas necessidades (físicomotoras) e distâncias;
7. Apoiar durante a vigência deste Plano, os projetos de construção reforma e
adequação dos espaços nas instituições que ofertam o ensino médio;
8. Viabilizar durante a vigência deste Plano, mecanismo de apoio (espaço físico e
material de expediente) para a criação e manutenção de grêmios estudantis;
10. Assegurar durante a vigência deste plano, em regime de colaboração com o
Estado, acesso permanente aos ramais que são rotas do transporte escolar;
11. Articular as instituições de defesa dos direitos da criança e do adolescente, com
a escola e a família, o combate à violência e ao preconceito étnicoracial, de gênero, de
religião de classe social e de gravidez na adolescência;
12. Viabilizar junto as instituições responsáveis pelos jovens na faixa etária de 15 a
17 anos o acompanhamento da matrícula efetiva nas escolas promovendo campanhas de
ingresso e permanência nas unidades de ensino;
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à
Educação Básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente
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na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de
salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados,
públicos ou conveniados.
4.1 Diagnóstico
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde estimase que, em torno de 10%
da população têm necessidades especiais. Se esta estimativa se aplicar ao município,
que de acordo com o IBGE, em seu censo de 2010, conta com uma população de 6.072
habitantes, seriam cerca de 600 pessoas aproximadamente com algum tipo de
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
Atualmente as quatro escolas urbanas do município de Assis Brasil atendem cerca
de 40 alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação. As unidades educativas contam com estrutura mínima e poucos
profissionais para garantir o bom funcionamento da educação inclusiva. Mesmo assim, o
município avançou no atendimento especial com a capacitação de professores e
estruturação de salas equipadas para o atendimento de alunos com necessidades
educacionais especiais.
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Ressaltamos aqui o avanço no número de matrículas de alunos com algum tipo de
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
entre os anos de 2007 a 2013.
Porcentagem de escolas com salas de recursos multifuncionais em uso:
Ano Escolas com salas de Escolas com salas de Escolas com salas de
recursos multifuncionais recursos multifuncionais recursos multifuncionais
em uso. sem uso
2009 0% 0% 0%
2010 0% 0% 0%
2011 3,2% (2) 3,2% (2) 0%
2012 5,1% (3) 5,1% (3) 0%
2013 6,6% (4) 6,6% (4) 0%
Fonte: Mec/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Embora venha aumentando o número de escolas com salas de recursos
multifuncionais, ainda é insuficiente para atender, com qualidade, todos os alunos incluídos.
Apenas 64,6% recebiam, em 2013, atendimento em turmas de AEE.
2.2 Diretrizes
O caminho histórico para o rompimento com a prática da exclusão, tem sido muito
longo, embora esteja acontecendo com formas e intensidade diversas nas diferentes
regiões do mundo.
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portadoras de deficiências, cujo atendimento educacional especializado deve ser,
preferencialmente, na rede regular de ensino (art. 208, III),
Nesta parcela da população escolar, entendida como "pessoas com necessidades
educacionais especiais", estão os alunos com deficiências (físicas, sensoriais e mentais) e
alunos com condutas típicas e superdotados, que necessitam de acompanhamento
especializado após passarem pela avaliação diagnóstica, realizada por profissionais
qualificados, que orientam o processo de ensino, o atendimento interdisciplinar e as
adaptações curriculares necessárias à escolarização desses alunos, criando, na sala de
aula e na escola, um espaço de possibilidades diante da diversidade.
O Poder Público e as organizações da sociedade civil são elos importantíssimos
para a efetivação do acesso e permanência da pessoa com necessidades educacionais
especiais no ensino, conforme preconizam os documentos oficiais e os princípios
filosóficos da Educação para Todos. Deste preceito é que são definidas as diretrizes para
esta modalidade de ensino que estão voltadas a:
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Garantir transporte escolar com as adaptações necessárias aos alunos que apresentem
dificuldades de locomoção, baixa mobilidade e dependência de autocuidados, garantindo
a companhia de responsável, quando necessário.
Realizar estudos para implantar as diretrizes e normas para a terminalidade específica
aos alunos com necessidades educacionais especiais.
Articular as ações de educação especial com a política de educação para o trabalho em
parceria com organizações governamentais e não governamentais.
Criar um banco de dados que mantenha atualizado o censo sobre a população do
município a ser atendida pela educação especial.
Assegurar que na Proposta Pedagógica de todas as instituições de ensino, definase,
claramente, o processo de inclusão escolar nas etapas e modalidades de ensino de
competência do município, com oferta de formação continuada específica e suporte
técnico.
Assegurar e garantir a aplicação dos testes de acuidade visual e auditiva, aos alunos da
educação infantil e ensino fundamental.
Dar continuidade aos projetos de capacitação do CAP (Centro de Apoio ao Professor)
para professores e monitores que atuam na educação especial ou no ensino regular com
alunos inclusos.
Criar a função de Instrutor de LIBRAS, para atuação nas instituições municipais de
ensino.
Valorizar o professor que possui formação específica em educação especial, para
atender alunos com necessidades especiais.
2.3 Estratégias
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1. Implementar a partir do primeiro ano de vigência deste PME em conjunto com as
escolas projetos de estudo e aprofundamento das questões pertinentes à
educação especial, envolvendo os especialistas que atuam na educação de
pessoas com necessidades especiais, a fim de que seus conhecimentos e
experiências possam ser utilizadas pelos professores de classes comuns,
ampliando, desta forma, a inclusão dos educando que apresentam necessidades
educacionais especiais. As capacitações devem acontecer no início de cada ano
letivo com a participação de especialistas para todos os profissionais da educação.
2. Assegurar a partir do primeiro ano de vigência deste PME, meios através de
recursos governamentais para ampliar o transporte escolar exclusivo da SEMEC
com as adaptações necessárias aos alunos que apresentem dificuldades de
locomoção, baixa mobilidade e dependência de auto cuidado, atendidos na rede
regular de ensino, garantindo a companhia de responsável, quando necessário.
3. Assegurar a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, estudo para
implantar as diretrizes e normas para a terminalidade específica do Ensino
Fundamental aos alunos com necessidades educacionais especiais. Melhorar
redação).
4. Garantir a partir do primeiro ano de vigência deste Plano as ações de Educação
Especial com a política de educação para o trabalho, estabelecendo parcerias com
organizações governamentais e não governamentais, para o desenvolvimento de
programas de qualificação profissional, assegurando as adaptações curriculares
necessárias para promover a inserção das pessoas com necessidades especiais
no mercado de trabalho.
5. Criar a partir da aprovação deste Plano em até dois anos, um banco de dados
que mantenha atualizado o censo sobre a população do município a ser atendida
pela educação especial de modo a realizar o encaminhamento destes à instituições
responsáveis, quando for o caso da necessidade da inclusão do mesmo em escola
especial e escola comum garantindo a inclusão.
6. Garantir a partir do primeiro ano de vigência deste Plano que na Proposta
Pedagógica das instituições de ensino se defina claramente o processo de inclusão
escolar nas etapas e modalidades de ensino com oferta de formação continuada
específica e suporte técnico a profissionais de carreira do magistério que possam
vir a atender educandos com necessidades especiais.
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7. Assegurar e garantir durante a vigência deste Plano a aplicação anual dos
testes de acuidade visual e auditiva, aos alunos da educação infantil e Ensino
Fundamental, em parceria com a Secretaria de Saúde de forma a detectar
problemas e oferecer encaminhamentos adequados.
8. Manter durante a vigência deste Plano os projetos de capacitação para todos os
servidores das instituições de ensino preparandoos para atender alunos com
necessidades educacionais especiais.
10. Procurar a partir da vigência deste Plano em até um ano, implantar a função de
Instrutor de LIBRAS, para atuação nas instituições municipais de ensino.
11. Assegurar durante a vigência deste Plano através do Plano de Carreira do
Magistério Público, a valorização do professor que possua formação específica em
Educação Especial para atender os alunos que apresentam necessidades
educacionais especiais.
12. Assegurar até o final da vigência deste PME, o atendimento da equipe
multiprofissional (fonoaudiólogo, psicólogo, Fisioterapeuta, assistente social e
psicopedagogo), para a realização de avaliações e acompanhamento
psicopedagógico, por meio de parcerias estabelecidas com as áreas da saúde e
assistência social.
13. Assegurar a partir do primeiro ano de vigência deste PME, em regime de
colaboração com o Estado e União, a construção e/ou adequação do espaço físico
das salas de recursos nas instituições de ensino no município.
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Meta 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do Ensino
Fundamental.
5.1 Diagnóstico
A alfabetização precária de crianças é apontada por vários especialistas como uma
das questões cruciais a serem enfrentadas para melhorar a qualidade da educação. Em
especial, porque deficiências graves em leitura, escrita e operações matemáticas básicas
tendem a se agravar ao longo da vida escolar, em que esses conhecimentos são
indispensáveis para seguir aprendendo e avançando. As dificuldades tendem a se tornar
cada vez maiores e a alimentar as taxas futuras de repetência e evasão. Essa é uma
enorme perda social, sobretudo para as crianças oriundas de lares com menor
desenvolvimento socioeconômico.
O parágrafo abaixo de Maribeth Schmitt no artigo “The impact of an early literacy
intervention: Where are the children now?
faz um bom resumo de achados sobre o tema :
“É de grande relevância para todos os especialistas em alfabetização, pais e
formuladores de políticas públicas que as crianças aprendam a ler e a escrever no início
de sua escolaridade; quando as crianças experimentam dificuldades no início do
processo de aprendizagem, o objetivo tornase assustador. Há evidências sugerindo que
crianças que se deparam com essa dificuldade ficam mais atrás de seus pares ao longo
do tempo (Stanovich, 1986) ou, no mínimo, permanecem entre os alunos de mais baixo
desempenho (por exemplo, Juel, 1988). McGillFranzen e Allington (1991) sugeriram que a
alfabetização das crianças no final da primeira série prevê com precisão alarmante seu
sucesso ou fracasso não apenas nas tarefas escolares, mas em suas experiências de
vida.”
A premissa de que o direito à educação não se efetiva sem aprendizagem e, que
sem alfabetização não é possível avançar no processo escolar, não nos permite mais
aceitar com naturalidade o fato de crianças que frequentam a escola, não se alfabetizarem.
Sem a garantia da alfabetização, as crianças oriundas de lares com menor nível
socioeconômico serão aquelas a pagar mais caro pela inoperância dos gestores, pela
pouca efetividade do trabalho pedagógico nas escolas e pelo desperdício de recursos
financeiros.
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Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os 8 anos de idade durante os cinco
primeiros anos do Plano Nacional de Educação é uma meta importante porque estabelece
um denominador comum e gera um compromisso para toda a sociedade brasileira.
Parece que, finalmente, há um desejo genuíno de cumprir uma obrigação elementar da
Educação, que é alfabetizar realmente as crianças nos primeiros anos de escolaridade.
Seguindo o texto da meta, a idade limite de 8 anos está posta apenas para os primeiros
cinco anos de vigência do plano. Do sexto ao nono ano, as crianças deverão estar
alfabetizadas aos 7 anos. E, no décimo ano do plano, todas as crianças de 6 anos deverão
estar alfabetizadas.
É preciso
promover e estimular a formação inicial e continuada de professores para
a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e
práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de
pósgraduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores para a
alfabetização.
A tabela abaixo mostra a porcentagem de professores dos três primeiros anos do
Ensino Fundamental com Superior completo e com Pósgraduação no município de Assis
Brasil, evidenciando o grande salto na formação dos professores.
Ano Com superior completo Pósgraduação
2007 2% 0%
2008 16,7% 0%
2009 11,8% 0%
2011 29,4% 0%
2012 78,3% 0%
2013 70,6% 0%
1.2 Estratégias
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1. Alfabetizar todas as crianças em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências até, no
máximo, o final do 3º ano do Ensino Fundamental e em Matemática e Ciências até o
final do terceiro ano do Ensino Fundamental;
2. Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do Ensino
Fundamental articulados com estratégias desenvolvidas na préescola, com
qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e apoio pedagógico
específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;
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7. Desenvolver política de avaliação diagnóstica da aprendizagem dos alunos como
ferramenta para a definição de atividades pedagógicas adequadas às
necessidades de aprendizagem das crianças;
8. Desenvolver programa para o uso das tecnologias nos processos de letramento e
alfabetização;
9. Fomentar ações para a efetiva participação das famílias nos processos de
aprendizagem das crianças.
Meta 6: Ampliar gradativamente o tempo de permanência do aluno de Educação
Básica na escola, com vistas a implantar até o final da vigência do Plano a
educação de ensino integral.
6.1 Diagnóstico
A implementação da escola pública de período integral decorre da concepção de
formação integral dos alunos, através da ampliação de oportunidades e de novas
possibilidades de aprendizagem, através do acesso à cultura, às artes, à estética, à
música, ao esporte, à ciência e à tecnologia, como práticas educativas, constitutivas da
proposta pedagógica da escola, além de se constituir importante ferramenta de equidade
e melhoria da qualidade do ensino ao garantir o acesso e a permanência dos alunos no
contexto escolar, especialmente daqueles em situação de maior vulnerabilidade social.
A organização da escola pública de tempo integral ainda é um desafio para a
sociedade brasileira, uma vez que sua implantação exige a reestruturação das
concepções de tempo e espaço e, também, dos saberes, mantidos desde sua
organização seriada. O conceito de educação integral vai além dos aspectos da
racionalidade ou cognição, ou seja, significa voltar o olhar, no contexto escolar, para o
desenvolvimento mais efetivo das dimensões afetivas, artísticas, espirituais e dos valores
inerentes à pessoa humana, o que exige outra lógica de aprendizagem, posto que a
educação integral diz respeito à integralidade do sujeito, pressupondo o trabalho mais
amplo e abrangente, no sentido de considerar e enxergar o ser humano em suas múltiplas
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facetas e dimensões. Uma lógica capaz de superar o desafio simbólico de desnaturalizar
a “escola de turno” de 4 horas pontificada no Brasil ao longo do século XX, em função da
ampliação do atendimento e dos baixos investimentos. Como afirma a pesquisadora da
Universidade Federal de Pernambuco, Ana Emília Castro, “ estamos diante de um cenário
de quebra de paradigmas da forma de conceber e trabalhar com a educação integral,
haja vista a superação de barreiras culturais, que perpassam as relações interpessoais e
de poder no caráter organizacional da escola, impregnado de heranças burocráticas,
tecnicistas e formalistas. Tornase um desafio trabalhar a ressignificação das ações
pedagógicas. ”.
No Brasil, avança o consenso sobre a importância da escola de tempo integral,
presente em debates de diferentes atores institucionais da vida pública brasileira, com o
intuito de encontrar caminhos para enfrentar os desafios que não são poucos, nem menos
complexos para a ampliação do tempo de permanência na escola que vão desde a
infraestrutura, alimentação, multimeios pedagógicos, articulação com a comunidade,
adequação física e pedagógica dos espaços escolares, ampliação ou construção de
bibliotecas, quadras esportivas, cozinhas, refeitórios, banheiros, necessidade de ampliar o
tempo dos professores na escola, até os desafios postos para os professores formados na
tradição cartesiana de um mundo fracionado e distante de contextos reais e específicos.
Convergem para o esforço de implantação da escola de tempo integral a legislação
educacional brasileira, o contexto político e social favorável ao debate da ampliação do
tempo na escola, o FUNDEB que estipula um percentual diferenciado para alunos que
permaneçam na escola pelo menos 7 horas diárias nos cinco dias da semana, o Programa
de Alimentação Escolar que prevê financiamento diferenciado para a ampliação da
jornada escolar e, sobretudo, as diversas experiências em curso em instituições escolares
municipais e estaduais, por meio de iniciativas próprias ou pela indução do Programa
Mais Educação, implementado em 2008, como estratégia indutora da organização do
tempo e do currículo na perspectiva de uma educação que amplie significativamente os
tempos, os espaços e as oportunidades formativas.
Podemos extrair da experiência dos países que hoje são modelo em
educação como Finlândia, Coréia do Sul, Irlanda e Chile, onde os estudantes passam o
dia todo na escola em média, nove horas, enquanto por aqui, a maioria dos alunos não
fica mais de cinco horas por dia em aula lições que ajudem o País a construir e
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implementar uma política de educação em tempo integral consoante às necessidade e
diversidade que caracterizam o Brasil e sua população.
6.1 Estratégias
1. Definir até o final do primeiro ano de vigência do PME, planejamento para a
constituição da política de educação integral e em tempo integral contendo proposta
pedagógica, padrão arquitetônico e de mobiliário, bem como de locais de
construção preferencialmente em áreas de maior vulnerabilidade social.
2. Definir até o final do primeiro ano de vigência do PME, programa de adequação
das escolas da rede pública para assegurar os espaços e equipamentos
necessários para o desenvolvimento das atividades de educação integral e em
tempo integral.
3. Ampliar gradativamente a jornada do Ensino Fundamental para no mínimo, 5 horas
diárias até o final do quinto ano de vigência do PME.
5. Reestruturar o currículo da escola na perspectiva de tempo integral de maneira que
as ações formativas e de natureza multidisciplinar estejam contemplados nas
propostas pedagógicas e nos planos de ensino.
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A garantia do padrão de qualidade é um dos pilares dos sistemas de ensino do
País, conforme determina a Carta Magna de 1988, em seu Art.206. O imperativo do
padrão de qualidade, determinado pela Constituição encontrase presente no conjunto de
normativas infraconstitucionais que regem a educação nacional, de tal modo que o termo
“qualidade” é recorrente na LDBN e utilizado para definir todos os aspectos e insumos
indispensáveis ao desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem. No
entanto, “
o grande nó crítico do país é a qualidade da educação, especialmente em
relação ao aprendizado. O aluno está na sala de aula, mas não aprende. É uma
exclusão intraescolar: 22% dos alunos saem da escola sem capacidades elementares
de leitura e 39% não têm conhecimentos básicos de matemática ”, afirma Maria Rebeca
Otero, coordenadora de educação da UNESCO no Brasil.
Definir qualidade não é simples como indica o Documento Final da CONAE 2010
ao afirmar que a qualidade da educação é um fenômeno complexo e abrangente, de
múltiplas dimensões. Porém, “ um sistema educacional somente pode ser tão bom quanto
seus educadores. Desenvolver o seu potencial é fundamental para elevar a qualidade da
aprendizagem. Dados mostram que a qualidade da educação melhora quando os
professores são apoiados – e pioram quando eles não o são, o que contribui para os
níveis alarmantes de analfabetismo juvenil”, afirma o 11º Relatório de Monitoramento
Global de EPT da UNESCO.
Se uma parcela significativa dos alunos que estão na escola não aprende, como
demonstram os dados educacionais do Brasil, a melhora da aprendizagem deve ser o
ponto central do PNE e deste PEE, sob pena de o Brasil e o Estado não alcançarem as
metas de qualidade propostas para a década vindoura, haja vista que, ao grande
contingente de crianças e adolescentes que não aprendem mesmo estando na escola,
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somamse os milhões que estão deixando de aprender, simplesmente por não estarem na
escola.
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) Anos Iniciais do Ensino
Fundamental em Assis Brasil:
Ano Municipal Estadual Pública
2005 2,4 2,5 2,6
2007 2,7 0 2,7
2009 3,5 0 3,2
2011 4,4 0 4,2
2013 4,5 0 4,2
Fonte: MEC / Inep
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) Anos finais do Ensino
Fundamental em Assis Brasil:
Estratégias
1. Qualificar o ensino de forma a alcançar as metas do IDEB, garantindo a equidade
da aprendizagem nas escolas do Município;
2. Considerar os resultados pedagógicos dos Indicadores do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica e do IDEB, relativos às escolas da rede pública de
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Educação Básica do Município, assegurando a contextualização desses resultados,
com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível socioeconômico
das famílias dos alunos na realização de ações para qualificação da aprendizagem;
3. Ampliar ações de atendimento aos alunos em todas as etapas da Educação
Básica, por meio de programas suplementares de material didático, transporte,
alimentação e assistência à saúde, em regime de colaboração com o Estado e
União;
4. Assegurar aos alunos da rede municipal de ensino, a partir do segundo ano de
vigência deste PME, o acesso a espaços para a prática esportiva, a bens culturais
e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências, adequando os espaços
escolares para garantir a acessibilidade;
6. Prover a partir do terceiro ano de vigência deste PME, equipamentos e recursos
tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as
escolas da rede municipal e rede estadual de ensino, criando, inclusive,
mecanismos para implementação das condições necessárias para a
universalização das bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso as redes
digitais de computadores, inclusive a internet, respeitadas as competências
financeiras de cada ente federativo;
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8. Garantir a partir do primeiro ano de vigência deste PME, políticas de combate à
violência na escola, inclusive através do desenvolvimento de ações destinadas à
capacitação de educadores para detecção das causas e sinais, tais como a
violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas
para promover a construção da cultura de paz, e um ambiente escolar dotado de
segurança para a comunidade;
12.Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal
com experiências de educação popular e cidadã, com o propósito de que a
educação seja assumida como responsabilidade de todos e ampliar o controle
social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais;
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Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de dezoito a vinte e nove anos,
de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste
Plano.
A média de anos de estudo ou escolarização da população de 15 anos ou mais é
um dos indicadores utilizados internacionalmente para verificar a situação educacional de
uma determinada localidade. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA) faltava muito, em 2009, para o Brasil atingir a média de 8 anos de escolaridade
prevista na Constituição Federal. A elevada proporção de analfabetos entre adultos e
idosos, a baixa escolarização da população com 40 anos ou mais, as desigualdades
regionais e o lento crescimento dos anos de estudo no período 19922009 são fatores
decisivos para a baixa escolaridade da população brasileira.
Outros diferenciais bastante expressivos quando se observa a escolaridade média
da população considerando algumas características como, por exemplo, o fato de a
população urbana metropolitana ter, na média, 3,9 anos de estudo a mais que a população
rural; os negros terem menos 1,7 ano de estudo, em média, que os brancos; o quinto mais
rico da população ter, em média, 10,7 anos de estudo, contra os 5,5 anos de estudo do
quinto mais pobre e o grande o hiato educacional para algumas faixas etárias da
população. Portanto, é urgente reduzir as desigualdades entre ricos e pobres, brancos e
negros, cidade e campo e entre as regiões, sob pena de o Brasil não alcançar a meta de,
no mínimo, 12 anos de estudo para toda a população, findo o PNE 20142024.
É fato que a escolaridade média avançou no período 20092013, mas sabese que
o número médio de anos de estudo ainda se encontra em um patamar bastante
insatisfatório, especialmente quando se considera as diferenças socioeconômicas, de
etnia, de localização e dos diferentes padrões de qualidade educativa. Oferecer o mesmo
e adequado padrão de qualidade educacional para todos é a estratégia mais poderosa
para que a educação brasileira atinja um patamar compatível com a grandeza do País.
É primordial que o município em regime de colaboração com Estado e União
continue a implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos
populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idadesérie,
associada a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a
alfabetização inicial.
Matrículas na Educação de Jovens e Adultos de alunos de 18 a 29 anos:
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Ano EJA – 18 a 29 anos
2007 227
2008 185
2009 225
2010 177
2011 163
2012 169
2013 190
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Por cor e raça:
Ano Não Branca Preta Parda Amarela Indígena
declarada
2007 185 4 2 35 0 1
2008 154 2 3 23 0 3
2009 184 3 2 33 0 3
2010 136 2 1 37 0 1
2011 127 1 1 33 0 1
2012 136 2 2 28 0 1
2013 149 2 2 35 0 2
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Por localidade:
Ano Urbano Rural
2007 173 54
2008 185 0
2009 223 2
2010 172 5
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2011 159 4
2012 163 6
2013 185 5
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Estratégias
3. Implementar políticas públicas que promovam a integração de EJA com os setores
da saúde, trabalho, meio ambiente, cultura e lazer na perspectiva da formação
integral dos cidadãos.
4. Participar de programas de educação de jovens e adultos para os segmentos
populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem
idadesérie, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da
escolarização, após a alfabetização inicial;
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oficiais. Porém, quando se considera os que têm menos de quatro anos de estudos
completos, o percentual de analfabetos funcionais era de 18,3%, em 2012, segundo dados
do IBGE.
O
Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional é obtido através de pesquisa
aplicada a cada dois anos, com amostragem de 2 mil pessoas na população de 15 a 64
anos. Na área de língua materna, os questionários levam em conta o histórico educacional
e as habilidades de leitura e escrita, entre outros fatores.
O Inaf
leva em conta o analfabetismo e outros três níveis de alfabetismo:
•
Analfabetismo : não domina as habilidades medidas.
•
Alfabetismo Nível Rudimentar : localiza uma informação simples em enunciados de
uma só frase, um anúncio ou chamada de capa de revista, por exemplo.
•
Alfabetismo Nível Básico : localiza uma informação em textos curtos ou médios, mesmo
que seja necessário realizar inferências simples.
•
Alfabetismo Nível Pleno : localiza mais de um item de informação em textos mais
longos, compara informação contida em diferentes textos, estabelece relações entre as
informações (causa/efeito, regra geral/caso, opinião/fato), reconhece a informação textual
mesmo que ela contradiga o senso comum.
Nível de alfabetismo funcional da população de 15 a 64 anos
Por escolaridade da população – 20112012 (Em %)
Níve is Escolaridade
Ne nhum Fundame ntal I Fundame ntal II Mé dio Supe rior
a
Analfabeto 54 8 1 0 0
É preocupante verificar que 38% de pessoas no nível superior tenham atingido
apenas os níveis rudimentar e básico da escolaridade e que 8% dos que têm o Ensino
Fundamental I sejam analfabetos absolutos, ou seja, não conseguiram ler um texto curto
e simples; que 84% dos que cursaram até o nono ano tenham conseguido apenas
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identificar uma informação explicita em texto muito curto o que os situou nos níveis
rudimentar e básico de alfabetismo; que 65% dos alunos que concluíram o ensino médio
não alcançaram o nível pleno de alfabetismo. Como se pode observar na tabela acima,
apenas 5% da população de 15 a 64 anos com o Ensino Fundamental I tem um nível de
alfabetização plena, com o Ensino Fundamental II esse percentual sobe para 15%, com o
nível Médio atinge 35% e com o Ensino Superior, 62%. Esses números comprovam o
desafio que é o analfabetismo funcional no País, haja vista que 38% das pessoas de 15 a
64 anos com nível superior não têm um nível pleno de alfabetização.
Mesmo com a taxa de analfabetismo caindo, é importante observar ( ver gráfico
abaixo ) que crescem apenas os níveis intermediários (rudimentar e básico), quando o
desejável seria um aumento em cascata, resultando em taxas cada vez mais altas de
alfabetismo pleno.
Em Assis Brasil, a taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais avança
lentamente, como demonstram os dados a seguir:
Taxa de analfabetismo:
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Ano Taxa do município Taxa nacional
1991 30,19% 19,33%
2000 27,79% 12,84
2010 20,42% 9,37%
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Taxa de analfabetismo por sexo:
Ano Masculino Feminino
1991 29,68% 30,75%
2000 28,38% 27,19%
2010 21,17% 19,62%
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Taxa de analfabetismo urbano e rural:
Ano Urbano Rural
1991 13,90% 50,36%
2000 46,40% 17,69%
2010 12,82% 33,47%
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar / Preparação: Todos Pela Educação
Estratégias
1. Oferecer/ampliar a oferta da educação de jovens e adultos a todos os que não
tiveram acesso à Educação Básica na idade própria, priorizando a população na
faixa etária de 15 a 45 anos.
2. Desenvolver, em regime de colaboração com o Estado, programa de atendimento
às pessoas maiores de 60 anos, integrado com políticas intersetoriais de atenção à
pessoa idosa.
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3. Implantar programa de atendimento aos alunos e egressos dos cursos de Educação
de Jovens e Adultos vinculado a uma política de inserção no mundo do trabalho, em
parceria com instituições que atuam no campo de estágio e da educação
profissional.
4. Articular com instituições de Ensino Superior o desenvolvimento de programas de
extensão para a capacitação tecnológica da população jovem e adulta, inclusive
para os que apresentam deficiência e/ou dificuldades de aprendizagem, com
tecnologias assistidas que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa
população.
5. Propiciar programas específicos de formação de professores de EJA em regime de
colaboração com o governo estadual, federal e universidades.
6. Realizar programa de busca ativa para atendimento da população com mais de 15
anos de idade não alfabetizada ou que não tenha concluído a Educação Básica.
Meta 10: Oferecer, em regime de colaboração com o Estado, no mínimo, 25% (vinte
e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos níveis
fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.
Diagnóstico
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A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de educação destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos em idade escolar. A
Constituição de 1988, ao relacionar os direitos sociais, determina, em seu Art.227,
prioridade absoluta aos direitos à educação e à profissionalização. Segundo dados do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) de 2007 a 2012 a maioria
dos estudantes matriculados no Ensino de Jovens e Adultos no Brasil está em duas faixas
etárias: pessoas que têm entre 20 e 24 anos ou mais de 39 anos de idade, o que explica a
importância que a Educação de Jovens e Adultos, assume na perspectiva da educação
continuada.
A educação de jovens e adultos assume na atualidade uma relevância antes nunca
vista no cenário educativo, em função da tarefa colocada ao indivíduo de superar por
meios próprios os condicionantes políticos e econômicos do novo mundo do trabalho,
advindo da globalização de novas tecnologias da informação. Dessa forma, são muitos os
desafios impostos à EJA, como aponta o Professor Sérgio Haddad, da PUCSP:
“
Diferentemente das primeiras ofertas de ensino aos adultos, quando apenas se
reproduziam os conteúdos e as metodologias utilizadas com as crianças, atualmente seu
planejamento deve considerar as características, as necessidades e disponibilidades
dos sujeitos envolvidos. Procurar promover articulações com a sociedade onde estão
inseridos, garantindo ao jovem e ao adulto o direito ao acesso, à permanência e ao
sucesso na escola. O respeito às diferenças, à convivência, à solidariedade, à
criatividade, à participação e ao incentivo à cooperação são os valores que devem
nortear a prática educativa da EJA, na busca de superar a fragmentação do saber e da
realidade, reorganizando seus espaços e tempos para melhor compreender e
transformar a realidade”.
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Quando o assunto é EJA se pensa imediatamente em alfabetização, que, sem
dúvida, é função fundamental dessa modalidade de ensino, mas não a única. Embora no
Brasil, a EJA foi por muito tempo sinônimo de escolaridade compensatória para pessoas
que não conseguiram ir à escola quando criança, esse conceito vem mudando entre nós,
acompanhando as mudanças que vêm ocorrendo no mundo. A EJA, como enfatiza a
UNESCO, abarca o desafio da aprendizagem contínua ao longo da vida, incluindo também
a preparação para o mercado de trabalho, que ganha relevância em tempos de crise. E,
nesse contexto, a Educação de Jovens e Adultos finca suas raízes sobre os quatro pilares
apresentados por um mundo em rápida transformação: aprender a ser, a viver juntos, a
fazer e a conhecer, na perspectiva do desafio da participação, da inclusão e da equidade,
envolvendo as dimensões individual, profissional e social.
Não há como negar que a EJA tem demandas próprias. É impossível desenvolver
programas de qualidade sem que os recursos estejam garantidos, portanto, implementar
políticas de forma mais efetiva, transparente, eficaz e responsável, envolvendo na decisão
representantes dos segmentos que participam da EJA é essencial para a
profissionalização do corpo docente e o enriquecimento dos ambientes de aprendizagem,
fundamentais para a consecução dos objetivos dessa modalidade de ensino.
“Tratados e leis de todo o mundo reconhecem a educação como um direito humano
fundamental. Além disso, a educação transmite conhecimentos e habilidades que
permitem às pessoas desenvolverem ao máximo seu potencial e, por isso, tornase um
catalisador para a realização de outros objetivos de desenvolvimento. A educação reduz
a pobreza, aumenta as oportunidades de trabalho e impulsiona a prosperidade
econômica. Ela também melhora a probabilidade de as pessoas terem uma vida
saudável, aprofunda as bases da democracia e transforma atitudes para proteger o meio
ambiente e empoderar as mulheres .” (Relatório de Monitoramento da Educação para
Todos/2015).
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Mesmo com o advento do FUNDEB, que ampliou as possibilidades de
financiamento de programas de Educação de Jovens e Adultos, as matrículas nessa
modalidade de ensino vêm caindo nos últimos anos em todo o País, com pequenas
exceções. Segundo o IBGE, o número de brasileiros com mais de 25 anos que não têm
instrução ou não completaram o Ensino Fundamental, saltou de 51,2 milhões em 2010
para 54, 4 milhões em 2010. Em 2006, com o Decreto 5.840 é instituído, no âmbito federal,
o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação de Jovens
e Adultos – PROEJA com o Ensino Fundamental, médio e educação indígena.
Estratégias
4. Viabilizar a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, a garantia de oferta da
EJA – Ensino Fundamental e Médio, enquanto houver demanda, incentivar os
concluintes da EJA a prosseguirem os seus estudos;
6. Viabilizar a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, o acesso à informática
educacional aos alunos de Educação de Jovens e Adultos da rede pública municipal
de ensino;
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7. Prosseguir com curso de formação continuada aos professores e equipe técnica
pedagógica da rede municipal de ensino atuante na educação de jovens e adultos,
respeitando as peculiaridades desta modalidade de ensino e assegurando
metodologia apropriada;
8 Garantir durante a vigência deste Plano a oferta de merenda escolar aos alunos
.
que fazem parte da Educação de Jovens e Adultos a fim de possibilitar sua
frequência e permanência, enquanto houver demanda;
12. Acompanhar durante a vigência deste Plano anualmente a oferta da EJA, por
meio de avaliações e diagnósticos com vistas ao desenvolvimento das ações
propostas e efetiva socialização dos seus resultados, buscando a superação dos
fatores que dificultam a oferta, o acesso, o rendimento e a permanência dos
educandos desta modalidade de ensino na escola;
11.1 Diagnóstico
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A educação no campo é uma realidade no município de Assis Brasil, pois
reconhecemos o modo próprio de vida social e o de utilização do espaço do campo como
fundamentais para garantir as comunidades rurais à preservação da sua diversidade, e
também respeitando a constituição de sua identidade de população rural e de sua
inserção cidadã na definição dos rumos da sociedade brasileira, tendo em vista o disposto
na Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 LDB, na Lei nº. 9.424, de 24 de dezembro
de 1996, e na Lei nº. 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que aprova o Plano Nacional de
Educação, e no Parecer CNE/CEB 36/2001, que constituem um conjunto de princípios e
de procedimentos que visam adequar o projeto institucional das escolas do campo.
A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões
inerentes à sua realidade, ancorandose na temporalidade e saberes próprios dos
estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia
disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associem
as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida coletiva no país,
considerando a magnitude da importância da educação escolar para o exercício da
cidadania plena e para o desenvolvimento de um país, cujo paradigma tenha como
referências a justiça social, a solidariedade e o diálogo entre todos, independente de sua
inserção em áreas urbanas ou rurais, deverá garantir a universalização do acesso da
população do campo direcionados para o mundo do trabalho, bem como para o
desenvolvimento social, economicamente justo e ecologicamente sustentável.
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Atualmente o município de Assis Brasil conta com 38 escolas rurais que atendem
alunos de Educação Fundamental do 1º ao 5º ano. Juntas, as escolas rurais do município
registraram matrículas de 380 alunos em 2015.
Estratégias
1. Assegurar a partir do primeiro ano de vigência deste Plano a permanência e
melhoria de qualidade do transporte escolar e de profissionais que trabalham na
zona rural.
2. Promover a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, programas de
integração entre escola e pais, visando efetivar o acompanhamento destes no
rendimento escolar de seus filhos.
3. Possibilitar condições de recreação e prática de Educação Física, oferecendo
espaço adequado e com segurança nas escolas do campo.
4. Garantir a partir do primeiro ano de vigência do plano, ampliação e conservação
das escolas rurais conforme demanda.
5. Assegurara a partir do primeiro ano de vigência deste Plano um programa de
capacitação continuada aos profissionais da educação da rede municipal de
ensino, através de cursos, seminários, oficinas, grupos de estudo e palestras que
atuam na área rural oferecendo também oficinas diferenciadas conforme
necessidade local.
6. Promover durante a vigência deste Plano a participação da comunidade na
gestão das escolas da rede municipal de ensino, instituindo em até dois anos, a
partir da aprovação do mesmo, conselhos escolares nas unidades onde não existe
este colegiado.
7. Promover durante a vigência deste Plano a participação dos membros dos
conselhos escolares da rede municipal de ensino em curso de capacitação,
seminários e palestras com temas que tratem sobre o papel da comunidade na
gestão democrática, cidadania e outros temas de interesse específico dos
colegiados.
8. Garantir durante a vigência deste Plano a participação dos profissionais da
educação e da comunidade escolar, na revisão permanente da Proposta
Pedagógica e do regimento escolar das instituições de ensino da rede municipal,
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com observância das Diretrizes Curriculares Nacionais e da proposta curricular em
vigência para o ensino fundamental.
10. Desenvolver a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, projetos de
literatura nas escolas da rede municipal de ensino, disponibilizando profissionais
capacitados para este trabalho.
11. Assegurar durante a vigência deste Plano o pleno funcionamento de Educação
Infantil e do Ensino Fundamental com professores capacitados para atender as
especificidades da educação no campo.
13. Garantir a partir da aprovação deste Plano a ampliação e adequação do espaço
físico das bibliotecas das escolas da rede municipal de ensino.
14. Garantir a partir da aprovação deste Plano a continuidade da readequação da
estrutura física interna e externa das escolas na rede municipal de ensino, visando
principalmente a superação das barreiras arquitetônicas, permitindo acessibilidade
aos alunos com necessidades educacionais especiais.
16. Assegurar durante a vigência deste Plano a oferta de aulas de xadrez para os
alunos do ensino fundamental da Rede Municipal de Ensino, com professores
capacitados para a prática matemática e pedagógica.
17. Assegurar durante a vigência deste Plano com a colaboração da União e do
Estado, o provimento da merenda escolar de qualidade aos alunos da Educação
Infantil e do Ensino Fundamental, garantindo o acompanhamento de um profissional
da área de nutrição.
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Meta 12 : Colaborar com o Estado para universalizar a Educação Básica para as
terras indígenas Mamoadate e Cabeceira do Rio Acre, até o final da vigência do
PME.
Diagnóstico
A Educação Escolar Indígena está em funcionamento desde 2000 no Acre. A
Proposta Pedagógica privilegia o diálogo de saberes, executado pela equipe de
consultores e técnicos da Coordenação de Educação Indígena (CEI) com formação e
experiência nas áreas de linguística, antropologia, educação, saúde e meio ambiente.
Em 1999, apenas com dados cedidos pela Comissão PróIndio do Acre/CPIAcre a
SEE iniciou o mapeamento das aldeias indígenas e respectivamente das escolas
presentes nas aldeias. Com a missão de oferecer inicialmente a formação para os
professores indígenas, que na época participavam da formação não diferenciada, foi
criado o Setor de Educação Escolar Indígena, modificado em 2003 para Gerência de
Educação Escolar Indígena e, em 2007, modificado novamente para o atual CEI.
A CEI tem como atribuição o gerenciamento do Programa de Formação dos
Professores Indígenas e equipe técnica, que engloba cursos anuais de Magistério
Indígena, acompanhamento pedagógico junto às escolas nas aldeias e a produção e
publicação de material didático diferenciado. Além disso, realiza os encaminhamentos
administrativos em parceria com as instituições das esferas municipal, estadual e federal,
incluindo a elaboração de projetos para captação de recursos voltados à execução de
todas as ações previstas nos programas e projetos da Coordenação.
A equipe da CEI está distribuída nos 11 municípios onde estão localizadas as 36
Terras Indígenas habitadas por povos de 15 diferentes etnias. É composta por 12 técnicos
na sede de Rio Branco e 18 técnicos indígenas e não indígenas nos demais municípios.
Como orienta a legislação vigente, a educação escolar indígena deve ter todos os
segmentos de ensino atendidos pela rede pública estadual. Segundo os números do
Censo de 2011, estão matriculados na rede estadual de ensino 4.568 alunos, distribuídos
em 120 escolas, atendidos por 326 professores. Com anuência das comunidades, três
municípios atendem a 2.624 alunos, em 62 escolas, envolvendo nesse trabalho 117
professores.
Estratégias
1. Garantir no primeiro ano de vigência deste plano, apoio aos professores indígenas
com estadia e alimentação, durante permanência na cidade para cursos de
formação;
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2. Articular junto ao Governo Estadual a partir do segundo ano de vigência deste plano,
melhorias na infraestrutura das escolas indígenas, garantindo o acesso e
atendimento adequado às pessoas com necessidades educacionais especiais;
3. Apoiar o Governo Estadual durante a vigência deste plano, com vistas a garantir o
transporte escolar fluvial às comunidades indígenas do município;
4. Articular com o Estado a partir do segundo ano de vigência deste plano, a
ampliação do número de escolas indígenas, bem como garantir reforma e
manutenção das que estão em funcionamento;
5. Articular com os órgãos competentes a partir do primeiro ano de vigência deste
plano, a permanência dos alunos indígenas em suas comunidades, diminuindo o
abandono e a evasão escolar;
Meta 13: Triplicar a matrícula da educação profissional técnica de nível médio do
município, em regime de colaboração com o Estado e a União.
Diagnóstico
Tanto a Constituição Federal de 1988 quanto a LDB 9394/96 situam a educação
profissional na confluência dos direitos do cidadão à educação e ao trabalho. A
Constituição Federal, em seu artigo 227, destaca o dever da família, da sociedade e do
Estado em “assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. O parágrafo
único do artigo 39 da LDB define que “o aluno matriculado ou egresso do Ensino
Fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, contará com a
possibilidade de acesso à educação profissional”. A educação profissional, na LDB
9394/96, não substitui a Educação Básica e nem com ela concorre. A valorização de uma
não representa a negação da importância da outra. A melhoria da qualidade da educação
profissional, de acordo com o Parecer n° 16/99, pressupõe uma Educação Básica de
qualidade e constitui condição indispensável para o êxito num mundo pautado pela
competição, inovação tecnológica e crescentes exigências de qualidade, produtividade e
conhecimento.
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O Brasil vem investido muito na ampliação da oferta da educação profissional,
especialmente após a implementação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia. São mais de 250 campus construídos nesses últimos 6 anos. Além disso, as
vagas da educação profissional estão sendo ampliadas através do Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) que tem os Institutos Federais e o
Sistema S como principais atores. Comparando com outros países o Brasil ainda
apresenta percentual muito pequeno de jovens no ensino profissionalizante. Vale ressaltar
que os países com boas escolas técnicas de nível superior são aqueles onde a população
alcança os melhores índices de escolaridade, sinalizando a relação e a articulação entre a
qualidade da educação e o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Veja o
exemplo de alguns países que têm escolaridade média elevada e um alto índice de alunos
na educação profissional.
1º
Finlândia
• porcentual de jovens no ensino técnico – 82%
• média de anos de estudo da população – 12,4
2º
Alemanha
• porcentual de jovens no ensino técnico – 72%
• média de anos de estudo da população – 13,4
3º
Coréia
• porcentual de jovens no ensino técnico – 65%
• média de anos de estudo da população – 11,7
4º
Suiça
• porcentual de jovens no ensino técnico – 65%
• média de anos de estudo da população – 11,5
5º
Estados unidos
• porcentual de jovens no ensino técnico – 60%
• média de anos de estudo da população – 12,7
34º
Brasil
• porcentual de jovens no ensino técnico – 9%
• média de anos de estudo da população – 6,1
Fonte: OCDE
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Atualmente o município de Assis Brasil conta com a representação do Instituto de
Educação Profissional Dom Moacyr (IDM) e do Instituto Federal do Acre (IFAC). Estas
duas instituições são responsáveis pela oferta de diversos cursos profissionalizantes,
realizados por meio de convênios com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico
(PRONATEC). Outras instituições como o SEBRAE, SESC, SENAI, SENASA oferecem
parceria com a Prefeitura para manter cursos de formação profissionalizante na cidade.
Estratégias
1. Prever um sistema de informação em parceria com o Estado, União e
Instituições privadas, que orientem e viabilize a política de formação profissional
nas mais diversas áreas com o governo do estado, sistemas (SEBRAE, SENAR,
SENAC, SENAI), implantação do IFAC no município e uma escola
técnicoagrícola;
3. No primeiro ano de vigência do PME, buscar parcerias com sistemas estaduais,
federal e iniciativa privada, para incentivar e ampliar a oferta de educação
profissionalizante;
4. Intensificar ações conjuntas com as empresas privadas e demais secretarias
municipais, no sentido de oferecer cursos de atualização profissional aos
servidores municipais e profissionais liberais;
5. Estabelecer uma política de gestão democrática e transparente dos recursos
públicos destinados á educação profissional e tecnológica, com prestação de
contas anual pelo órgão competente publicado no portal de transparência do
município;
6. Favorecer a implantação de cursos de aperfeiçoamento profissional de curta
duração, nas diferentes áreas, inclusive na agricultura, através do órgão
responsável em parceria com o governo estadual e federal e sistema “S”
(SEBRAE, SENAR, SENAC, SENAI);
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7. Mobilizar e articular junto ao governo do estado e/ou federal para a oferta de
cursos médio profissionalizante destinados a atender a população excluída do
mercado de trabalho, sempre associados à Educação Básica;
8. Estabelecer a permanente revisão e adequação as exigências de uma Política
de Desenvolvimento regional dos cursos básicos, técnicos e superiores da
Educação Profissional, observando as ofertas do mercado de trabalho em
cooperação e integração com a comunidade;
9. Ofertar curso profissionalizante, através de programa que permitam aos alunos
que não concluíram o Ensino Fundamental obter formação equivalente;
11. Estabelecer junto às escolas rurais (Assentamento), em colaboração com o
Ministério da Agricultura, Seaprof, Secretaria municipal de agricultura, secretaria
de meio Ambiente e ICMBIO a oferta de curso básico para alunos do ensino
fundamental, voltados para as práticas agrícolas e preservação ambiental;
12. Parceria entre município e Sistema “S” (SEBRAE, SENAR, SENAC e SENAI)
para a viabilização de cursos profissionais, subsidiados para a população ou com
baixo custo facilitando o acesso aos mesmos;
13. Mobilizar e articular a oferta de formação de nível técnico aos alunos
matriculados na rede municipal de ensino para que ao concluírem o Ensino Médio
tenham uma profissão e possam ingressar no mercado de trabalho, mais
preparados facilitando a conquista do primeiro emprego.
Diagnóstico
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Formação de Professores para Educação Básica e a Universidade Federal do Acre
formaram 94 professores nas áreas de Matemática, Ciências Biologia e Letras/Vernáculo.
Diante desse cenário tornase urgente a implantação de uma instituição de ensino
superior na cidade de Assis Brasil. Só assim, estaríamos oportunizando novas
perspectivas aos nossos jovens e permitindo a retomada dos estudos àqueles que até
então não tiveram oportunidade.
Estratégias
1. Assegurar no primeiro ano de vigência deste plano, doação de área pública
para instalação de IES (Instituição de Ensino Superior) no município;
3. Articular no prazo de quatro anos de vigência deste plano, a implantação de um
núcleo do Instituto Federal do Acre em Assis Brasil;
4. Firmar parceria com o Governo Federal, através da Universidade Aberta do
Brasil (UAB);
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5. Estabelecer no primeiro ano de vigência deste plano, parceria com outras
instituições, a fim de oferecer bolsas de estudo para jovens concludentes do
Ensino Médio;
6. Articular no primeiro ano de vigência deste plano, melhorias na qualidade do
sinal de internet, com o propósito de permitir acesso permanente às plataformas
de instituições de ensino superior especializadas na educação à distância;
Meta 15: Apoiar a formação, em nível de pósgraduação de 50% dos professores
da rede municipal de ensino por meio de programas com instituições da Educação
Superior até o último ano da vigência desse plano e garantir a todos os
profissionais da educação municipal formação continuada em sua área de atuação
considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de
ensino.
Diagnóstico
Apoiar a formação em nível de pósgraduação dos professores da Educação
Básica é uma importante estratégia para possibilitar ao professor o desenvolvimento e a
ampliação de competências profissionais relacionadas à área em que atua. Segundo
dados do MEC/INEP, em 2013, apenas 10,1% dos professores dos anos finais do Ensino
Fundamental atuavam na área na qual têm licenciatura. Esse percentual no Ensino Médio
atingiu 30,7%.
É fato que o Brasil carece de professores em determinadas áreas como física,
química e biologia, por exemplo, o que reforça a necessidade de investimento substancial
tanto na formação em nível de pósgraduação como na formação continuada para que os
professores possam aprender cada vez mais para ensinar mais e melhor.
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Vale ressaltar que a formação em nível de pósgraduação fazse necessária
também na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental em virtude da
velocidade com que os conhecimentos se transmutam na atualidade e da importância
estratégica da infância no desenvolvimento e na aprendizagem humana, bem como do
papel fundamental da alfabetização na sociedade do conhecimento.
Estratégias
3. Articular a instalação de instituições que ofertem cursos de pósgraduação no
município;
Meta 16: Desenvolver até o final do segundo ano de vigência do PME novo plano
de carreira para a rede municipal que assegure a valorização dos profissionais da
Educação; e que tenha como parâmetro a equiparação do rendimento médio dos
professores ao de profissionais com formação equivalente.
“
Um dos maiores desafios da Educação brasileira — no curto, médio e longo
prazos — está, sem dúvida, relacionado à formação de professores e, em especial, à
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valorização da carreira do magistério. Hoje, apenas 2% dos jovens querem seguir a
carreira docente, e sobram razões para isso: salários injustos, ausência de planos de
carreira, o descaso ou a pouca prioridade dada aos cursos de licenciatura pelas
universidades — normalmente, tratadas como os “primos pobres” dos bacharelados — e
as difíceis condições de trabalho nas escolas e, muitas vezes, no entorno delas. Assim,
não surpreende o desinteresse dos jovens brasileiros em seguir essa carreira tão
importante para qualquer país que deseja ter um futuro sólido e saudável .” (
M ozart
Neves Ramos, 2013)
Pesquisas nacionais e internacionais e as experiências bemsucedidas de
sistemas educacionais ao redor do mundo e no Brasil mostram que a qualidade da
educação é, em grande medida, resultado da valorização social do professor. Embora, a
carreira do magistério, no Brasil, tenha conquistado avanços importantes na última década,
ainda está muito longe de atingir o nível necessário, uma vez que a discrepância do salário
pago aos professores em todo o país mostra a complexidade e a urgência de enfrentar a
questão da remuneração docente, apontada há décadas como um dos pilares para a
melhoria da qualidade da educação no país.
Se a remuneração salarial for considerada um fator relevante na escolha da carreira,
é previsível que o magistério não seja a opção preferencial dos jovens, pois quando
comparada à remuneração de outros profissionais de mesma escolaridade, os dados
mostram que a remuneração média do professor da Educação Básica brasileira é 50% da
média salarial dos trabalhadores com formação superior, situada na faixa de R$ 3,6 mil
mensais.
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Segundo Paula Louzano, pesquisadora da Faculdade de Educação da USP e
doutora em educação em Havard, no Brasil “há o problema da atratividade da carreira e da
formação dos professores – e ambos estão interligados. Ao contrário de países com
ensino considerado de alta qualidade como Cingapura, Finlândia e Canadá, no Brasil o
trabalho docente é visto como algo que qualquer um pode fazer. A maioria não escolhe ser
professor, é escolhido (por falta de outras oportunidades)”.
Formação, remuneração, melhoria das condições de trabalho e carreira são os quatro
pilares que poderiam mudar essa situação.
Alguns importantes avanços na valorização do magistério são apresentados nos
dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais do IBGE, que mostram o número
de municípios que possuem ações de regulamentação e de valorização da carreira do
magistério. Embora os dados não sejam recentes, sinalizam uma evolução positiva: em
todo o País, metade dos municípios adota medidas nesse sentido, e esse percentual não
varia significativamente nas diversas regiões.
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Estratégias
1. Garantir o pagamento do valor do piso salarial nacional para os profissionais do
magistério;
2. Constitui e apoiar o fórum permanente com representação dos órgãos gestores da
educação e dos trabalhadores para discussão e acompanhamento da política de
valorização dos profissionais da educação;
3. Assegurar que, no mínimo, 60% dos recursos da educação sejam destinados ao
pagamento de pessoal;
4. Limitar, em no mínimo 15% do total de professores em sala de aula, o número de
profissionais em função de direção, coordenação e assessoria pedagógica, lotados
nas unidades de ensino e nos órgãos centrais do sistema, excluídos laudos
médicos e licenças;
5. Assegurar que até o final do terceiro ano da vigência do PME, 100% dos
profissionais da educação da rede municipal sejam efetivos e 95% dos demais
profissionais técnicos sejam do quadro permanente da educação.
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6. Realizar durante a vigência deste PME, concursos públicos efetivos para
provimento dos cargos de professor e profissionais não docentes, de acordo com a
demanda existente.
7. Reestruturar o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos profissionais da
educação até o final do primeiro ano de vigência do PME.
Meta 17: Valorizar os profissionais do magistério da rede municipal de educação, a
fim de garantir formação e equiparar o rendimento médio dos demais profissionais
com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano da vigência deste PME.
Diagnóstico
No planejamento estratégico da educação no município, a questão da valorização
dos trabalhadores da educação deve receber atenção especial. O “fazer pedagógico” não
é uma ação isolada, mas uma interação constante entre necessidades e possibilidades
das crianças em construírem seus conhecimentos e, para isso, a intervenção do professor
e de outros funcionários são decisivas.
A aprendizagem dos alunos será facilitada pela ação do professor:
Ao organizar a proposta pedagógica;
Ao questionar;
Ao adequar os interesses;
Ao lançar desafios;
Ao propor metodologias diferenciadas e inovadoras;
Ao respeitar a diversidade.
O profissional deve ser, acima de tudo, comprometido com o desenvolvimento da
pessoa humana e, por isso, “toda qualificação deverá ser oportunizada”.
A caracterização da situação existente é imprescindível para propor ações que
favoreçam um melhor desempenho dos docentes e dos demais profissionais em
educação, que atendam as questões de salário, carreira, qualificação, etc.
O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério Público Municipal foi
revisado através da Lei Municipal nº 274/2010.
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O ingresso na Carreira do Magistério Público Municipal acontece por concurso
público de provas de conhecimentos específicos e gerais. O concurso público para
ingresso na carreira exige:
Formação em Nível Superior, em curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, para
atuação na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental;
Formação em Curso Superior de Licenciatura Plena ou outra graduação (Educação
Física) correspondente às áreas de conhecimento específicas do currículo, com formação
pedagógica nos termos da legislação vigente, para atuação nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
O ingresso na carreira se dá na referência inicial da classe correspondente à
habilitação do candidato aprovado. As referências, que são as linhas de promoção da
carreira do titular de cargo de professor.
A jornada de trabalho do profissional em educação pode ser parcial ou integral,
correspondendo respectivamente a 25, 30 ou 36 horas semanais. A jornada de trabalho do
professor em função docente inclui uma parte de horas de aula e uma parte de horas
atividades a serem desenvolvidas na escola, de acordo com a Proposta Pedagógica da
escola, à preparação e avaliação do trabalho didático, à colaboração com a administração
da escola, as reuniões pedagógicas, à articulação com a comunidade e ao
aperfeiçoamento profissional. A jornada de 25 horas semanais do professor em função
docente inclui 20 horas de aula e 5 horas de planejamento e a jornada de 30 ou 36 horas
semanais na função administrativa em que atua.
Os profissionais em educação que estejam em disfunção deveram permanecer
exercendo funções pedagógicas ou administrativas designadas pela Secretaria Municipal
de Educação.
No Plano de Carreira, há o incentivo para a progressão na Carreira através da
Promoção pelo avanço horizontal. Este avanço é concedido aos profissionais da
educação, através da progressão de uma para outra referência, dentro da mesma Classe,
mediante o que determina a Lei 274/2010, desde que cumprido um interstício de 36
meses, de efetivo exercício, mediante o critério tempo de serviço.
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A remuneração do professor é de acordo com a titulação, independente da área de
atuação e corresponde ao vencimento relativo à referência em que o professor se encontra
acrescido de vantagens pecuniárias.
Há também a gratificação para os profissionais que prestam seus serviços em
escolas localizadas na zona rural, bem como cita Lei 274/2010.
O profissional com jornada de 25 horas que não esteja em acúmulo de cargo,
emprego ou função pública, poderá prestar serviço em regime suplementar, até o máximo
de 25 horas semanais para substituição temporária de professores ou apoio em função
docente e não docente em seus impedimentos legais, recebendo gratificação prevista na
lei 274/2010. E nos casos de funções administrativa em regime de 30 ou 36 horas
semanais, por necessidade do ensino, e enquanto persistir esta necessidade seus
vencimentos serão acrescido de horas extra conforme previsão legal.
Estratégias
a) Cargo único de professor com funções de magistério;
b) Funções de magistério: docência e suporte pedagógico direto à docência;
c) Ingresso de acordo com a habilitação;
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d) Promoções através de avaliação de desempenho, qualificação e conhecimento;
e) Hora atividade para os profissionais no exercício da docência, com um mínimo de
20 horas;
f) Regime suplementar aos professores que não estejam em acúmulo de cargo ou
função pública, até o máximo de 25 horas semanais;
g) Gratificações pelo exercício de suporte pedagógico.
3. Incentivar e apoiar durante a vigência deste Plano, os profissionais do
magistério da rede municipal, a realizar cursos de especialização na área de
educação em instituições credenciadas pelo MEC.
4. Incentivar e garantir durante a vigência deste Plano, os profissionais do
magistério da rede municipal e privada de ensino, para que, por meio de parcerias
promovidas pelas entidades mantenedoras com as instituições de educação
superior, frequentem cursos de educação especial, a fim de que possam atender
com qualidade, os alunos com necessidades educacionais especiais, inclusos nas
salas regulares.
5. Assegurar durante a vigência deste Plano, o mínimo de 40 horas anual de
capacitação continuada aos profissionais da rede municipal de ensino e demais
envolvidos no processo educacional, através de seminários, palestras, cursos,
conferências e grupos de estudo, garantindo uma constante discussão sobre a
prática educativa.
7. Elaborar a partir da aprovação deste Plano, em até cinco anos, programa de
incentivo à pesquisa para os professores da rede pública municipal em trabalho,
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cujos resultados contribuam com a educação municipal, buscando parcerias para
que estes possam apresentar e divulgar seus projetos e publicar, artigos e/ou livros.
9. Criar a partir do segundo ano da vigência deste Plano, programa de qualidade de
vida para os professores da rede pública municipal, como forma de prevenir
problemas de saúde, ocasionados pela rotina do trabalho em sala de aula.
10. Realizar durante a vigência deste Plano, seminários, fórum e/ou conferências
municipais de educação para tratar de assuntos educacionais relevantes,
envolvendo os profissionais da educação e a comunidade.
11. Incentivar e garantir durante a vigência deste Plano, os professores do
magistério da Rede Municipal de Ensino a buscarem o conhecimento e a
incorporação de novas tecnologias, possibilitando a sua utilização na
implementação do planejamento e execução das suas atividades profissionais,
através de formação e instrumentos tecnológicos.
Meta 18: Assegurar condições para efetivação da gestão democrática da
educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e a consulta
pública à comunidade escolar.
Diagnóstico
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decisivos neste processo democrático e de gerenciamento de suas condições. Assim, os
direitos ao conhecimento sobre as diferentes instituições, equipamentos e serviços
públicos presentes na sociedade, ao lado dos direitos em aceder a tais serviços e
contribuições que isso traz, fornecem substrato para os processos de gestão democrática.
Sem saber que serviços públicos existem, do que podemos dispor e se temos direito a
isso, como funcionam, que atribuições e competências têm, que benefícios trazem, não
estaremos tendo o direito a este tipo de conhecimento.
Esta é, então, uma parte importante que contribui para que – ao conhecer e adquirir
o máximo de informações sobre os serviços públicos que são oferecidos – possamos ter o
direito ao acesso democrático a esses serviços e, também, o direito a discutir e participar
dos rumos e gestão das instituições e serviços públicos envolvidos.
No campo educacional, falandose em particular da sua função social é importante
assinalar que a escola deveria criar e fortalecer uma cultura democrática que servisse de
base para construir através das ações de seus cidadãos que também foram formados
por ela uma sociedade efetivamente democrática e defensora dos direitos humanos
básicos.
Estratégias
1. Garantir no primeiro ano de vigência deste plano, o funcionamento efetivo dos
Conselhos Escolares, garantindo sua construção e participação de maneira
democrática;
2. Garantir no primeiro ano de vigência deste plano, a implantação do Conselho
Municipal de Educação;
3. Criar condições físicas e materiais para que o Conselho Municipal de Educação
possa exercer suas funções de maneira autônoma;
4. Proporcionar ao Conselho Municipal de Educação condições de analisar,
diagnosticar e emitir pareceres técnicos a respeito da realidade educacional da
cidade;
5. Garantir que o processo de escolha dos Conselheiros do Conselho Municipal de
Educação seja feito seguindo os princípios da participação democrática;
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6. Divulgar e ensejar discussões a respeito do Conselho Municipal de Educação e
suas funções junto à comunidade e educadores para que tomem conhecimento a
respeito de seu papel e responsabilidades;
Meta 19: Assegurar, através do regime de colaboração, a ampliação do
investimento público para a manutenção e desenvolvimento da educação pública.
Diagnóstico
O município, atento ao enorme compromisso de honrar o cumprimento das metas
fiscais e atender a demanda educacional, desenvolve continuamente atividades que
privilegiem a arrecadação dos tributos a ela atrelados tais como:
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Lançamento e distribuição de carnês de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano),
Alvarás e ISS (Imposto sobre Serviços) nos primeiros meses do ano com incentivos para
pagamento à vista;
Ampla divulgação das datas de vencimento e facilidade de pagamento pela rede
bancária ou lotérica;
Entrega em domicílio e ou divulgação dos carnês remanescentes;
Monitoramento da cobrança da Dívida Ativa através de notificações, parcelamentos e
cobrança judicial;
Especial atenção é dispensada à avaliação dos imóveis, visando arrecadação de ITBI
(Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis);
Levantamentos Fiscais nas empresas de prestação de serviços, visando regularização
da cobrança.
Acompanhamento do índice populacional, através do IBGE, com vistas à mudança de
faixa, otimizando o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios);
Retenção do correspondente IR (Imposto de Renda) e ISS sobre as Notas Fiscais de
Fornecedores no ramo de prestação de serviços;
Incentivo ao emplacamento de veículos na cidade para aumento do IPVA (Imposto sobre
Propriedades de Veículos Auto Motores).
Os recursos com os quais o município conta para manutenção e desenvolvimento da
educação infantil e ensino fundamental são aqueles previstos no orçamento e são
representadas pela vinculação das receitas institucionais, estas, tidas como um mínimo a
ser investido. Porém, o município, para não prejudicar as metas educacionais, não
raramente, lança mão de recursos complementares, representados por outras receitas que
compõem a totalidade dos recursos orçamentários.
A receita total do FUNDEB, no município, é formada pelos recursos transferidos a
título de participação e, para equiparar o custo por aluno, com as demais regiões do país,
complementa com mais uma parcela equivalente a 25% do total de participação. Por
orientação do Tribunal de Contas do Estado, a partir do exercício de 2006, a
movimentação das contas bancárias do FUNDEB passou a ser feita pela Prefeitura
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Municipal, em conjunto com a Secretaria de Finanças, porém, a gestão é feita em total
consonância com o Conselho próprio do FUNDEB.
Os recursos do SalárioEducação são, basicamente, para manutenção do ensino.
Os recursos do FUNDEB, para pagamento de salários dos professores do ensino
fundamental, correspondente aos 60%.
A merenda escolar tem recebido, por parte da administração, especial deferência
quanto à manutenção dos níveis de qualidade e quantidade, não restringindo verbas
suplementares para o bom desempenho do programa.
Estratégias
1. Alocar até o quinto ano da aprovação deste Plano, recursos para a aquisição de
terrenos com o objetivo de construir novas unidades escolares municipais como forma
de atender a demanda escolar.
2. Alocar a partir do terceiro ano da vigência deste plano, recursos para reformar e
embelezar, continuamente as unidades escolares da rede municipal de ensino, como
forma de melhorar o ambiente escolar e promover atividades voltadas à recreação,
prática de educação física e cultura.
3. Adquirir a partir da aprovação deste Plano, em até dois anos, materiais e
equipamentos didáticopedagógicos, literaturas infantojuvenis e bibliografias para as
escolas municipais, Órgão Municipal de Educação e bibliotecas escolares, visando
atualizar e ampliar o acervo das bibliotecas.
4. Adquirir a partir da aprovação deste Plano, em até dois anos, um veículo para
atender exclusivamente o deslocamento dos funcionários da Secretaria Municipal de
Educação em seus trabalhos externos e no acompanhamento junto às unidades
escolares da sede e zona rural.
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6. Adquirir a partir da aprovação deste Plano, em até dois anos, através de convênios
e parcerias com o governo estadual e federal, equipamentos tecnológicos para as
unidades escolares municipais.
8. Instituir gradativamente após a aprovação deste Plano, conselhos escolares ou
órgãos equivalentes nas instituições de ensino da rede municipal.
9. Garantir durante a vigência deste Plano, um programa de capacitação continuada
aos profissionais da rede municipal de ensino, através de cursos, seminários, oficinas
e palestras interativas, a fim de obter uma integração entre os membros, para troca de
experiências inovadoras e bem sucedidas.
12. Garantir a partir do quinto ano da vigência deste plano, a implantação de uma
biblioteca pública no município, através de recursos próprios ou convênios com os
governos Estadual e Federal, Emendas Parlamentares ou programas específicos do
MEC;
13. Garantir a partir do terceiro ano da vigência deste plano, o funcionamento das
bibliotecas nas unidades escolares do município, ampliando o acervo bibliográfico e
melhorando gradativamente o espaço físico e instalações adequadas, com o objetivo
de incentivar a prática da leitura;
14. Oferecer a partir do segundo ano da vigência deste plano, capacitação para os
servidores do quadro efetivo que trabalham nas bibliotecas escolares;
15. Cumprir, a partir da vigência deste plano, a Lei Municipal do Programa Dinheiro
Direto na Escola (PMDDE);
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16. Assegurar, através do regime de colaboração com o Estado e a União a
ampliação do investimento público para a manutenção e o desenvolvimento da
educação no município.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO
A implantação com sucesso do Plano Municipal de Educação PME no município
de Assis Brasil depende, não somente da mobilização e vontade política das forças
sociais e institucionais, mas também de mecanismos e instrumentos de acompanhamento
e avaliação nas diversas ações a serem desenvolvidas no ensino durante os dez anos de
sua vigência.
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, na figura do Dirigente Municipal de
Educação, e o Conselho Municipal de Educação são responsáveis pela coordenação do
processo de implantação e consolidação do Plano, formando em conjunto, o "Grupo de
Avaliação e Acompanhamento do PME".
Os objetivos e as metas deste Plano, somente poderão ser alcançados se ele for
concebido e acolhido como Plano do Município, mais do que Plano de Governo e, por isso,
assumido como um compromisso da sociedade para consigo mesma. Sua aprovação
pela Câmara Municipal, o acompanhamento e a avaliação pelas instituições
governamentais e da sociedade civil são fatores decisivos para que a educação produza a
grande mudança no panorama do desenvolvimento educacional da inclusão social e da
cidadania plena.
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Para isto, deverão ser instituídos os seguintes mecanismos de avaliação e
acompanhamentos necessários para monitorar continuamente durante os dez anos a
execução do PME:
De aferição quantitativa: que controlem estatisticamente o avanço do atendimento das
metas, observandose os prazos estabelecidos ano a ano;
De aferição qualitativa: que controlem o cumprimento das metas, observando além dos
prazos, as estratégias de execução das ações para medir o sucesso da implementação
do PME.
Os instrumentos de avaliação, instituídos como o SAEB (Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica), o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), o Censo
Escolar e os dados do IBGE, são subsídios e informações necessárias ao
acompanhamento e à avaliação do PME, os quais devem ser analisados e utilizados como
meio de verificar se as prioridades, metas e objetivos propostos no PME estão sendo
atingidos, bem como se as mudanças necessárias estão sendo implementadas.
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