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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Educar é semear com sabedoria

Plano Municipal de Educação


2015-2025

Capixaba-Acre

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Educar é semear com sabedoria

Estado do Acre
Prefeitura de Capixaba
Secretaria Municipal de Educação
Plano Municipal de Educação de Capixaba

Texto
Equipe SEME

Revisão de Texto
Equipe SEME

“Planejamento a longo prazo não lida com decisões futuras,


mas com o futuro de decisões presentes”

CAPIXABA - ACRE / 2015

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Educar é semear com sabedoria

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CAPIXABA


“Educar é semear com sabedoria”

OTÁVIO GUIMARÃES VARÊDA


Prefeito

RÔMULO BARROS SOARES


Vice-Prefeito

ROZANGELA VITTORAZZI TESSINARI


Secretária Municipal de Educação

MIGUEL JUNIOR SILVA DO NASCIMENTO


Coordenador para Elaboração do PME

JOSÉ MARIA DE SOUZA SILVA


Co-Coordenador para Elaboração do PME

EDINA SIQUEIRA DE ALMEIDA


Co-Coordenadora para Elaboração do PME

MARIA FERREIRA DA SILVA


Co-Coordenadora para Elaboração do PME

ELID DE OLIVEIRA ALMEIDA


Co-Coordenadora para Elaboração do PME

ROSEANE MARIA FARIAS DE LIMA


Secretária Executiva para Elaboração do PME

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COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO


PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CAPIXABA
COLABORADORES

Secretaria Municipal de Educação


Edina Siqueira de Almeida
Elid de Oliveira Almeida
Francisca Emília Almeida de Oliveira
José Maria de Souza Silva
Lizandra de Andrade Silva Vieira
Maria Ferreira da Silva
Miguel Junior Silva do Nascimento
Neila Alves de Souza Bibiano
Roseane Maria Farias de Lima
Rozangela Vittorazzi Tessinari
Sidneia Cardozo Tessinari

Representantes do Poder Executivo


Richard Lima de Oliveira

Representantes do Poder Legislativo


Francisco Gomes de Oliveira Neto
George Eduardo Carneiro Macedo
Jorge Antonio Alves

Representantes do Poder Judiciário


Leilson Ferreira Gomes

Conselho Tutelar
Adrielle Barbosa de Carvalho
Bárbara Cabanelas Costa

Representante do Conselho Municipal de Educação


Afonso Moura Barros

Representantes do Núcleo da SEE


Ocimar Pereira Xavier
Rosangela da Silva Costa

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Representantes dos Gestores


Fabiana Maria de França Freitas
Francisca de Assis Carneiro Macêdo

Representantes dos Professores


Paulo Guedes Pereira
Maria José Nascimento da Silva

Representante de Cultura
Antonio Rodrigues Vidal

Representante de Assistência Social


Fabiana do Nascimento Coelho de Araújo

Representantes de Instituições Civis e Organizadas


Luan Ojopi da Costa
Maria Soares de Oliveira

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1- INTRODUÇÃO

Capixaba visando uma educação de qualidade planejou a próxima década de forma democrática e
participativa o Plano Municipal de Educação – PME, levando em consideração as grandes
mudanças ocorridas no processo educacional municipal e estadual.
O PME trata do conjunto da educação, no âmbito Municipal, expressando uma política educacional
para todos os níveis, bem como as etapas e modalidades de educação e de ensino. Sua elaboração
está assegurada no Plano Nacional de Educação - PNE, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, que em
seu art. 8º declara:
“Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus
correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados
em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas
neste PNE, no prazo de 1(um) ano contado da publicação desta Lei”.

De acordo com o princípio constitucional de gestão democrática do ensino público, preconizada na


Constituição Federal Art. 206, Inciso VII, observando a gestão democrática de ensino e da
educação, se faz necessário o planejamento para melhor desempenho educacional.
A elaboração do PME requereu de toda a Equipe, contínua participação, clareza e objetividade a
respeito de qual educação almejamos alcançar.
Este processo de construção coletiva, com a demonstração de um forte espírito democrático, nos
enche de esperança e nos aponta para um caminho em que a educação é alicerce para o
desenvolvimento de uma sociedade plena.
O PME garante o que está posto no PNE de forma abrangente, os principais aspectos norteadores
abordados são: a universalização, a qualidade do ensino, a formação e valorização dos profissionais,
a democratização da gestão e o financiamento da educação. Esperamos que o Plano Municipal de
Educação de Capixaba indique uma Educação Plena, que contribua para a formação de cidadãos,
com uma nova visão de mundo, em condições para interagir na contemporaneidade de forma
construtiva, solidária, participativa e sustentável.

Equipe
Secretaria Municipal de Educação

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MENSAGEM

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CAPIXABA

Acredito que para muitos, pode parecer um desafio muito alem de ser alcançado,
construir um Plano Municipal de Educação com seriedade e compromisso envolvendo
uma comissão heterogênea dentro da realidade de nosso Município. Já nos dizia Paulo
Freire que:
É possível e necessário encurtar a distancia entre o que se diz e o
que se faz...

Dentro da necessidade de se aproximar e articular o que temos e aquilo que desejamos.


Nessa circunstância tratando-se especificamente de gestão pública educacional digo que
é preciso acima de tudo planejamento.
Este é um Plano que além do documento escrito é feito com rigorosidade metódica
necessária e capaz de se mover para uma Capixaba cada vez melhor. Com esta
compreensão convidamos a todos para comprometer-se com uma educação de qualidade
para o bem do Município de Capixaba.

ROZANGELA VITTORAZZI TESSINARI


Secretária Municipal de Educação

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HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


DE CAPIXABA

O Poder Executivo Municipal, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, envolvida com
as discussões sobre o novo Plano Nacional de Educação, através das Conferências Municipais,
Regionais, Estaduais (CONAE), com a árdua tarefa de reorganização institucional da Secretaria a
partir da construção dos seus principais instrumentos de gestão, cria por Decreto nº 02/2014 de 28
de janeiro de 2014 a Comissão de elaboração do Plano Municipal de Educação do Município de
Capixaba.
Para construir este Plano, a Secretaria Municipal de Educação adotou uma metodologia
participativa e democrática, envolvendo a Sociedade Civil Organizada, Assistência Social, Poder
Judiciário, Conselho tutelar, Instituições de Ensino, Administração Pública, Câmara Legislativa,
Coordenação de Cultura e Desporto. A elaboração deste Plano Municipal de Educação constitui-se
de instâncias de reflexões e decisões, dentre elas: a Comissão Municipal de Elaboração e
Conferência Municipal.
Foram realizadas várias reuniões com os membros da Comissão para elaboração do documento base
deste PME que posteriormente foi apresentado em uma Conferência Municipal, para avaliação,
sugestão e aprovação das estratégias pré-estabelecidas que compõem o referido Plano.
Este Plano é definido em um conjunto de Diretrizes e Metas, distribuído nos diversos Níveis e
Modalidades de Ensino. Constitui-se em um instrumento de resposta às demandas, na área da
Educação Pública do Município de Capixaba, por articular Diretrizes, Metas, Aspirações
compartilhadas com legitimidade.

Equipe
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2 - CAPIXABA - ASPECTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS


2.1 - ORIGEM E FORMAÇÃO

Antes Hoje

A história de Capixaba se entrelaça com a história do Acre. Segundo registros históricos a região
era habitada por índios Palmary e Canamary até a chegada dos Nordestinos que transformaram toda
região em extensos seringais como São Luiz do Remanso e Gavião.

Distante 77 km da capital Rio Branco, com população estimada em 8.791 (oito mil setecentos e
noventa e um) habitantes, sendo que 55,4% residem em zona rural e 44,6% em zona urbana.
Compõem uma área territorial de 1.702,581 (km²), densidade demográfica de 5,17 (hab/km²),
portando o código 1200179.

Um dos primeiros a chegar à região foi o nordestino Liberalino Alves de Souza, no ano de 1897 se
estabelecendo como seringalista, proprietário do seringal Gavião (hoje Capixaba) que tinha esse
nome pelo fato de o Gavião Real ser uma ave importantíssima para os povos indígenas que
habitavam esta região.

Durante a Revolução Acriana o seringal Capatará foi comprado por José Plácido de Castro e
transformado em um dos “Quartéis-generais”, fazendo limites com o Seringal Gavião e com uma
região ocupada pelas tropas boliviana. Liberalino, amigo e compadre do Coronel Plácido de
Castro, foi um dos apoiadores do movimento “revolucionário” fornecendo armas, munições,
animais e homens, incluindo o próprio seringal Gavião, para organização e planejamento de ataques
contra as tropas bolivianas aquarteladas às margens do Rio Abunã. Após o fim da guerra contra os

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bolivianos, Liberalino foi condecorado Capitão do exército acriano pelo importante papel
desempenhado durante a Revolução, sendo, desta forma eternizado como Capitão Liberalino
Alves de Souza. Depois de sua morte, as colocações do seringal Gavião, foram divididas entre seus
filhos, ficando para o senhor Davi Alves de Souza a parte correspondente a Capixaba.

Com o final do Segundo Ciclo da Borracha veio o declínio definitivo dos seringais. Com o slogan
“Integrar para não entregar” inicia-se uma nova fase em todo o Estado, especialmente nas áreas de
exploração da seringueira (nome científico), chegava ao território acriano a pecuária trazida pelos
sulistas com o apoio do governo federal e estadual. Sem perspectiva de lucro com a extração do
látex os seringalistas que tinha capital investiam na pecuária, os que não possuíam recursos
monetários suficientes vendiam suas terras.

Em 1961, o seringal Gavião foi dividido em duas grandes partes com o processo de pavimentação
da BR 317 (Estrada do Pacífico).

Em 1972 chega ao Acre o senhor Hélio Tessinari grande responsável pelo crescimento do atual
Município de Capixaba com sua esposa Maria Lubiana (dona Mariquinha) que sempre o apoiou
e não deixou desistir dos sonhos. Hélio implanta a primeira indústria madeireira da região, a
Serraria Pica-pau. Aos poucos, mais integrantes da família Tessinari chegaram aquela que já era
chamada Vila Santo Antônio, que passou a ser chamada de Vila Santo Antônio dos Capixabas, pelo
fato da família Tessinari ser originária do Estado do Espírito Santo. Porém, a população não
aceitava esse nome, queriam que fosse apenas Vila Capixaba, desta maneira houve a necessidade de
se fazer uma eleição para decidir o nome da vila que crescia.
Como os recursos existentes na época eram escassos e por essas bandas algumas coisas chegavam a
ser luxo, o povo improvisou, mostrando umas das principais características do povo capixabense: a
capacidade de improviso nas horas mais difíceis e a forma bem-humorada de lidar com as
mais diversas situações. A eleição deu-se da seguinte maneira, para permanecer com o nome de
Vila Santo Antônio colocava-se na urna um grão de milho e para Vila Capixaba depositava-se um
grão de feijão. Com o término da votação a urna foi aberta e quando os votos foram contados a
quantidade de grãos de feijão era maior que os grãos de milho, portanto, oficialmente tornava-se
Vila Capixaba, condição esta que durou até 1992, ano que foi promulgada em 28 de abril pelo

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então Governador do Estado Edmundo Pinto de Almeida Neto sob a Lei 1.027 que tornava oficial
a emancipação de Capixaba.
A primeira eleição direta foi realizada em 03 de outubro de 1992, foi disputada pelas seguintes
chapas: Ronaldo Tessinari e Romulo Barros, de outro lado Liberato Ribeiro da Silva e Hélio
Tessinari. Com o fim da votação a chapa eleita foi Liberato Ribeiro da Silva e Hélio Tessinari, que
tomaram posse em 1° de janeiro de 1993.

Com a emancipação, Capixaba desenvolveu-se a passos largos, por encontrar-se localizada de


forma geograficamente estratégica, distante apenas 77 km da Capital Rio Branco e cortada pela
Estrada do Pacifico, o que colabora para seu desenvolvimento socioeconômico.

Equipe
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METAS E ESTRATÉGIAS

META 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças


de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em
creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças até
3 (três) anos até o final da vigência deste PME.

O grande desafio da universalização do ensino infantil na pré-escola deve ser acrescido à


necessidade de definir um padrão de qualidade, que torne o atendimento a todas as
crianças de forma igualitária.
Os dados disponíveis sobre a qualidade das escolas que atendem a educação infantil
mostram que temos ainda um longo caminho a percorrer. Não basta ter um padrão de
qualidade definido e nem construir escolas infantis se não existirem recursos para mantê-
las.
A obrigatoriedade da frequência na escola para todas as crianças de 4 e 5 anos exigirá
uma ação integrada por parte dos órgãos públicos. Haverá a necessidade de uma
parceria com as áreas da Educação, Assistência Social e da Saúde, apoiadas pelo
Sistema de Justiça, na busca das crianças dessa faixa etária que não estiverem
matriculadas nas pré-escolas em 2016.
O quadro abaixo demonstra que o município de Capixaba precisará da colaboração dos
entes federados para alcançar as metas para a Educação Infantil estabelecidas no PME,
em consonância com as metas do PNE, especialmente no que se refere ao atendimento
educacional às crianças de 0 a 3 anos, uma vez que apenas 5% das crianças de até 3
anos frequentam alguma instituição educativa.

EDUCAÇÃO INFANTIL – 2013

Faixa etária População Matrícula %


0 a 3 anos 697 13 5,0
4 e 5 anos 426 285 53,4
Fonte: TCE-AC/2013

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Vale ressaltar que os 5% de crianças de até 3 anos de idade que frequentam a escola,
correspondem ao percentual de crianças matriculadas na pré-escola que completaram 4
anos após 31 de março, data de corte para ingresso na educação infantil (pré-escola),
uma vez que o Município não oferece atendimento educacional às crianças de 0 a 3 anos
em creche, conforme dados do Censo Escolar:

Matrícula Educação Infantil

Pré-escola
Ano Creche
Rural Urbana
2005 - 85 216
2010 - 57 202
2014 - 140 179
Fonte: Censo Escolar/2014

A análise dos dados do Censo Escolar mostra um aumento significativo da matrícula pré-
escolar na zona rural, no período. Porém, quando se compara o número de crianças de 4
e 5 anos que frequentavam a escola em 2010, na zona rural, verifica-se que o Município
precisará empenhar-se com a colaboração do Estado e da União, para cumprir a
obrigatoriedade de matricular todas as crianças dessa faixa etária em 2016. O aumento
da matrícula na zona rural se deve, sobretudo, à implementação do Programa Asas da
Florestania Infantil que atende as comunidades residentes em áreas de difícil acesso.

População de 0 a 5 anos – Censo/2010

Localidade Ano 0 a 3 anos 4 a 5 anos


Urbana 2010 324 195
Rural 2010 373 231
Total 2010 697 426
Fonte: Censo Escolar/2010

Por outro lado, a matrícula pré-escolar na zona urbana em 2010 era superior à população
de 4 e 5 anos. Significa que alunos da zona rural próximos a zona urbana frequentaram a
escola de educação infantil na cidade.

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A ampliação da matrícula pré-escolar no Município, embora significativa, ainda está


abaixo do percentual de atendimento do Estado e do País.

BRASIL ACRE CAPIXABA


87,9% 69,6% 53,6%
Fonte: Censo Escolar/2010

Para cumprir a meta estabelecida pelo Município de Capixaba se faz necessário a criação
de 349(trezentos e quarenta e nove) vagas para crianças de 0 a 3 anos e 139(cento e
trinta e nove) vagas para crianças de 4 e 5 anos de idade.
É importante reafirmar que toda a oferta de Educação Básica no Município é feita pela
rede pública estadual e municipal.

Estratégias:

1.1. Matricular 100% das crianças com 4 e 5 anos em 2016;

1.2. Buscar, permanentemente, junto ao programa nacional de construção e


reestruturação de escolas, previsto no Plano Nacional de Educação – PNE (Lei Federal nº
13.005, de 25 de junho de 2014), recursos para construção de novas unidades, bem
como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede física de
escolas públicas de educação infantil e creches;

1.3 Implementar programa de formação inicial e continuada para os profissionais que


atuam na educação infantil, garantindo que até 2020, todos os docentes tenham nível
superior e formação específica;

1.4. Garantir atendimento educacional especializado, complementar e suplementar às


crianças de 0 a 5 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a
transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica;

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1.5. Desenvolver programa de busca ativa de crianças em idade correspondente à


educação infantil através da Secretaria Municipal de Educação de Capixaba e dos órgãos
públicos de assistência social, saúde e proteção à infância;

1.6. Ampliar os investimentos em recursos didáticos e pedagógicos de qualidade em


conformidade com os projetos político-pedagógico das unidades de ensino;

1.7. Estabelecer, no primeiro ano de vigência do PME, normas, procedimentos e prazos


para definição de mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creches;

1.8. Articulação junto às instituições especializadas de modo a garantir a elaboração de


currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao
processo de ensino-aprendizagem e as teorias educacionais no atendimento da
população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos;

1.9. Fomentar o atendimento das populações do campo na educação infantil nas


respectivas comunidades, por meio do redimensionamento da distribuição territorial da
oferta, limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma a
atender às especificidades dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada;

1.10. Estimular o acesso à educação infantil em tempo integral, para todas as crianças de
0(zero) a 5(cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil;

META 2: Universalizar o ensino fundamental de 9(nove) anos para toda a população


de 6(seis) a 14(quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%(noventa e cinco por
cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de
vigência deste PME.

Em 2005, dos 191 países sobre os quais a Unesco tinha informação, 131 já contavam
com Ensino Fundamental obrigatório de 9 anos ou mais e 147 deles colocavam como
idade inicial 6 anos ou menos.

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Em 2006 o Brasil se incorporou a esse grupo de países com a publicação da Lei que
modificou as Diretrizes e Bases da Educação para ampliar a duração do Ensino
Fundamental de 8 para 9 anos, tornando obrigatório o ingresso nessa etapa de ensino
para todas as crianças com 6 anos de idade e colocando como prazo o ano de 2010 para
a adoção do novo sistema.
Cabe agora garantir o acesso universal e o fluxo escolar adequado, ou seja, que as
crianças iniciem a etapa escolar com 6 anos e completem com 14 anos, e que lhes seja
garantida a aprendizagem adequada para seguir à próxima etapa de ensino com domínio
dos conhecimentos necessários.
A proposta do Ministério da Educação com a implantação do ensino fundamental de 9
anos é assegurar a todas as crianças mais tempo no convívio escolar, proporcionando
novas oportunidades de aprender adquirindo um ensino de maior qualidade. A intenção é
fazer com que aos 6 anos de idade a criança esteja no primeiro ano do ensino
fundamental e termine esta etapa de escolarização aos 14 anos.
No ano de 2013, 88,2% da população do Município de Capixaba, na faixa etária entre 6 a
14 anos estava matriculada no ensino fundamental. Destes, 62% encontravam-se nos
anos iniciais, 22% nos anos finais, 3% em correção de fluxo e 13% em salas
multisseriadas, conforme o demonstrativo abaixo.

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013
Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional – 2010

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Analisando os dados acima constatamos que 11,8% da população na faixa etária de 6 a


14 anos ainda encontram-se fora da escola. Essa clientela dar-se principalmente nas
áreas de difícil acesso da zona rural do Município, onde para se reduzir esse índice vem
se implantando Programas voltados ao atendimento dessa clientela, observando as suas
peculiaridades. No entanto, para atingirmos esta meta, é indispensável, parceria entre
todos os entes federados. Uma vez que, alem da necessidade da criação de novas vagas
ainda se faz necessário o fortalecimento dos Programas de correção de fluxo. Onde uma
das principais consequências da distorção idade-série é a evasão escolar, principalmente
na zona rural do Município.
Segundo análise do IBGE, no Município de Capixaba somente 24,0% dos alunos
concluem o ensino fundamental na idade certa.

Taxa de distorção idade-série nos anos iniciais do ensino fundamental

Localidade 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 23 22,6 17,6 18,6 18,5 17,8 16,6 15,4 14,1
Acre 35,2 34,7 24 26,9 28,7 28,9 27,8 26,9 25,5
Capixaba 56,9 44 39 35,5 35,9 35,4 34,4 34,3 37,5

Taxa de distorção idade-série nos anos finais do ensino fundamental

Localidade 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 35,4 34 27,4 28,9 29,6 28,8 28,2 27,5 27,3
Acre 39,5 35,2 25,7 26,4 29,8 30,4 30,8 29,8 30
Capixaba 49,8 50,3 41,1 42,4 45 46,4 49,2 42,6 32,9

Atualmente o Município de Capixaba, conta com 18(dezoito) escolas, distribuídas


conforme tabela abaixo:

Municipal Estadual Total


Rural Urbana Rural Urbana
Anos Iniciais 11 2 - - 13
Anos Finais 1 1 2 1 5
Dados de 2015

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Rendimento dos anos iniciais do Município de Capixaba

Anos 2010 2011 2012 2013


Aprovação 80,8% 86,3% 82,5% 85,3%
Reprovação 14,4% 10,1% 14,6% 12,2%
Abandono 4,8% 3,6% 2,9% 2,5%

Rendimento dos anos finais do Município de Capixaba

Anos 2010 2011 2012 2013


Aprovação 87,2% 94,4% 90,6% 94,6%
Reprovação 10,2% 3,5% 6,4% 4,4%
Abandono 2,6% 2,1% 3,0% 1,0%

Estratégias:

2.1. Desenvolver em regime de colaboração com o Estado e a União, o acompanhamento


e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar, visando o
estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar;

2.2. Promover em regime de colaboração com o Estado a busca ativa de crianças e


adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social,
saúde e proteção à infância, adolescência e juventude;

2.3. Definir política de acompanhamento da frequência e do rendimento escolar para


assegurar a permanência e o sucesso dos alunos até o final do primeiro ano de vigência
do PME;

2.4. Desenvolver política de melhoria do relacionamento escolar para favorecer a


construção de um ambiente emocionalmente saudável para o desenvolvimento dos
alunos e dos profissionais da educação;

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2.5. Articular as instituições de defesa dos direitos da criança do município de Capixaba


com a escola e a família, visando o combate à violência e ao preconceito étnico-racial, de
gênero, de religião, de classe social;

2.6. Desenvolver uma política para incorporar o uso das tecnologias educacionais na
construção de ambientes de aprendizagem de professores e alunos, para potencializar
seu desenvolvimento profissional e acadêmico;

2.7. Criar meios para fortalecer a política de formação continuada para professores e
equipe gestora das escolas incorporando o uso das tecnologias educacionais na
construção da aprendizagem utilizando ambientes virtuais;

2.8. Adequar as unidades de ensino com os equipamentos e a infraestrutura necessários


para utilização das tecnologias da informação no desenvolvimento das atividades
acadêmicas;

2.9. Assegurar, em regime de colaboração com o Governo Federal, o atendimento com


internet para todas as unidades de ensino que dispõe de rede elétrica até o quarto ano de
vigência do PME;

2.10. Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais do


município de Capixaba, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a
livre fruição dos (as) alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda
que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural;

2.11. Desenvolver política de incentivo ao desporto escolar e programas voltados para a


prática de atividades físicas com foco na formação de habilidades e atitudes para a
promoção da cidadania e da saúde;

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META 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de


15(quinze) a 17(dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste
PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%(oitenta e cinco por
cento).

Não é de hoje que o ensino médio preocupa. De todas as etapas da educação básica, é o
que apresenta os piores resultados, somente metade dos jovens consegue terminá-lo até
os 19 anos e dos alunos que chegam a concluí-lo apenas 9% aprendem o que seria o
adequado em Matemática.
Para garantir qualidade, excelência e equidade temos alguns desafios simultâneos. Não
podemos mais permitir que os jovens concluam o ensino médio sem o domínio básico da
Matemática, da língua portuguesa e de ciências, ao mesmo tempo é preciso dar mais
sentido à aprendizagem, engajando os alunos num modelo que esteja conectado ao
século XXI.
O ensino médio brasileiro é absurdamente obsoleto. Mesmo quando uma escola funciona
bem, ela não ensina o que os alunos precisam para a vida de hoje, reforçando um modelo
ultrapassado e incapaz de gerar os resultados na qualidade e na escala necessária. Não
é por outra razão que cada vez mais os jovens estão desmotivados para estudar e
almejam o diploma mais do que a aprendizagem, no máximo, querem a nota no Enem e
não podemos culpá-los.
Enquanto estão numa aula, entre as tantas espremidas na sua grade curricular, o
conhecimento produzido pela humanidade está disponível a todos os que tiverem acesso
à internet, as possibilidades de colaboração e troca de informação são cada vez mais
acessíveis e constantes, aumentam as demandas por habilidades que estão fora do
alcance das escolas, como comunicação, debate de ideias, produção de novos
conhecimentos e soluções de problemas reais. A necessidade de compreender e agir
num mundo complexo, diverso e conflituoso é amplificada e é crescente a velocidade das
mudanças, do fluxo de novas informações e produções, principalmente em áreas de
interesse dos jovens.

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O nosso ensino médio tem um desenho uniformemente ruim. Do ponto de vista


macroeconômico, o potencial de crescimento de uma nação tem relação direta com a
diversidade e complexidade de conhecimentos presentes e consolidados na sua
população. A raiz dessa diversidade está no sistema educacional do país. Na contramão
do mundo, o nosso ensino médio tem as mesmas disciplinas para todos os alunos, cuja
homogeneidade é reforçada por um Enem que é o mesmo para todos e não podemos
confundir, entretanto, a necessidade de diversificação com a ausência de uma Base
Nacional Comum. Pois é a partir dessa base curricular que a diversificação de trajetórias
no ensino médio faz sentido e pode ser ampliada.
O ensino médio no Município de Capixaba é ofertado exclusivamente pela rede pública
estadual, em 3(três) escolas, sendo 1(uma) na zona urbana e 2(duas) na zona rural.
De acordo com dados do Censo Demográfico/2010, a população de 15 a 17 anos era de
576 jovens, dos quais 327 residiam na zona rural e 249 na zona urbana. A porcentagem
de jovens de 15 a 17 anos que frequentavam a escola, segundo o IBGE, era de 76,7%,
percentual abaixo da média Nacional e muito próximo à média do Estado. No entanto,
apenas 22,48% dos jovens dessa faixa etária estavam no ensino médio.

BRASIL ACRE CAPIXABA


83,3% 77,8% 76,7%

Fonte:www.observatoriodopne.org.br

No quadro abaixo, observa-se que a matrícula do ensino médio teve um crescimento significativo
de 83,77% de 2008 a 2014.
Ensino Médio
Ano Matrícula
2008 228
2009 250
2010 290
2011 368
2012 337
2013 353
2014 419
Fonte: INEP/MEC

21
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Educar é semear com sabedoria

A taxa de distorção idade-série no ensino médio é muito elevada e acima da média


nacional e estadual.

BRASIL ACRE CAPIXABA


28,2% EM 2014 32,8% EM 2014 38% EM 2014

Porém, quando se considera a série histórica, a taxa de distorção idade-série no ensino


médio no Município caiu de 61,3% em 2006 para 38% em 2014: uma redução de 23,6%
pontos percentuais.

Taxa de Distorção idade-série – Ensino Médio (%)

Anos 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 44,9 42,5 33,7 34,4 34,5 32,8 31,3 29,5 28,2
Acre 47,9 41,8 31,3 33 36,3 35,3 34,6 34,2 32,8
Capixaba 61,3 53,3 54,8 54 51 46,9 36,7 35,1 38

É oportuno observar que a taxa de distorção idade-série volta a crescer entre 2013 e
2014.
Quando se considera as taxas de rendimento escolar, verifica-se que dos alunos que
estavam matriculados no ensino médio do Município, 8,8% abandonaram a escola em
2014. É um índice preocupante, especialmente quando se considera que apenas 22,48%
dos jovens de 15 a 17 anos estão no ensino médio.
A taxa de aprovação em 2014 foi de 89,3% e de reprovação de 2,1%.

Estratégias:

3.1. Garantir com as instituições Administração Pública, assistência social, saúde e


proteção à adolescência e à juventude ações para apoiar a permanência, o acesso e
ainda à busca ativa aos alunos de 15 a 17 anos que estão fora da escola;

22
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Educar é semear com sabedoria

3.2. Reordenar, em parceria com o Estado, a oferta da educação básica no Município de


Capixaba, em especial na zona rural para priorizar o atendimento dos alunos em unidades
de ensino próximas à suas residências;

3.3. Solicitar, junto ao governo estadual e federal, programa de construção de escolas de


acordo com as demandas surgidas no processo de reordenamento da rede de ensino no
Município;

3.4. Fomentar programas de cultura e esporte para a população de jovens na faixa etária
de 15 a 17 anos, articulando a utilização dos equipamentos públicos com as escolas da
rede municipal;

3.5. Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino fundamental, por
meio do acompanhamento individualizado do aluno com rendimento escolar defasado;

3.6. Garantir vagas em creches para filhos de mães estudantes do ensino básico;

3.7. Garantir em regime de colaboração com o Estado e União o acesso às escolas da


zona rural e/ou urbana por meio da qualidade dos ramais;

3.8. Garantir em regime de colaboração com o Estado e União a construção de espaços


culturais e poliesportivos para execução de programas de cultura e esporte;

3.9. Oferecer em regime de colaboração com o Estado e União, formação continuada


para professores do ensino médio;

3.10. O Poder Executivo apoiará a ampliação da jornada do ensino médio, efetivando


assim a realização do ensino médio inovador;

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Educar é semear com sabedoria

META 4: Universalizar, para a população de 4(quatro) a 17(dezessete) anos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotados, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes,
escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Vale ressaltar que a educação nos últimos tempos tem buscado acompanhar as
transformações que a atualidade exige. Diante dessa perspectiva o respeito e
atendimento à diversidade constituem-se em premissas básicas. Nesse contexto, a
inclusão apresenta-se como necessária para que se faça cumprir a legislação vigente,
que, de acordo com a Constituição Federal em seu artigo 208 - inciso III estabelece o
direito das pessoas com necessidades especiais de receberem educação
preferencialmente na rede regular de ensino.

No Município de Capixaba no ano de 2010, 79,1% da população com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotados, encontravam-
se matriculada e frequentando algum tipo de estabelecimento de ensino, porém, ainda se
faz necessário a inclusão de 20,9% dessa clientela na educação básica pública municipal,
como podemos observar nos dados abaixo.

Percentual da população de 4 a 17 anos com deficiência que frequenta a escola.

BRASIL ACRE CAPIXABA


85,8% 81,0% 79,1%

Fonte: IBGE/Censo Populacional – 2010

Estratégias:

4.1. Contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da


Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as

24
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Educar é semear com sabedoria

matrículas dos estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento
educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas
matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo
escolar, nos termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007;

4.2. Assegurar matrícula aos alunos com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.3. Aderir programas federais visando a adequação das escolas municipais de Capixaba
para assegurar atendimento adequado às necessidades de aprendizagem de cada um
dos tipos de deficiência e a acessibilidade da instituição;

4.4. Desenvolver programa de formação continuada, no primeiro ano de vigência do PME,


para os professores que atuarão nas salas de recursos multifuncionais, coordenadores
pedagógicos e professores da rede;

4.5. Desenvolver, em parceria com o Governo do Estado, programa de formação para os


profissionais de educação da rede municipal de Capixaba em libras, braile, comunicação
aumentativa e alternativa, habilidades de orientação e mobilidade e autismo;

4.6. Fortalecer, no âmbito do Município de Capixaba os programas suplementares que


assegurem o acesso e a permanência dos alunos com deficiência;

4.7. Garantir, em parceria com o Governo do Estado a oferta de educação bilíngue, em


Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da
Língua Portuguesa como segunda língua, aos alunos surdos e com deficiência auditiva de
0 a 17 anos, em escolas e classes bilíngues, nos termos do art. 24 e 30 da Convenção
Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;

4.8. Estabelecer parceria com o Estado para a produção de material em sistema Braille de
leitura para cegos e surdo-cegos;

25
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Educar é semear com sabedoria

4.9. Desenvolver programa de formação continuada para os professores da rede


municipal de ensino de Capixaba assegurando a articulação e a integração do
atendimento educacional especializado com as salas de aula do ensino regular;

4.10. Promover políticas de continuação da escolarização dos alunos com deficiência na


educação de jovens e adultos, de forma a assegurar a educação ao longo da vida,
observadas suas necessidades e especificidades;

4.11. Criar cargos específicos para interpretes bilíngues com proficiência em libras, provê-
los por meio de concurso público para atuação em escolas e classes bilíngues em escolas
inclusivas;

4.12. Ampliar na rede municipal de ensino de Capixaba as equipes de profissionais da


educação para atender à demanda do processo de escolarização de estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
garantindo a oferta de professores do atendimento educacional especializado,
profissionais de apoio ou auxiliares quando necessário;

4.13. Criar cargos específicos para mediador e assistente educacional, provê-los por meio
de concursos públicos para atuação em escolas;

4.14. Buscar parcerias com profissionais na área da saúde, fonoaudiólogo, psicólogo e


fisioterapeuta;

META 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º(terceiro) ano do


ensino fundamental.

A alfabetização é entendida como um processo que tem início aos 6 anos e finaliza aos 8
anos. No entanto, é preciso entender que o processo de alfabetização se inicia antes.
Crianças que frequentam a Educação Infantil já se interessam pela escrita desde muito
cedo, assim como por brincar, movimentar-se, expressar-se plasticamente e

26
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Educar é semear com sabedoria

musicalmente, investigar, acessar recursos tecnológicos, além de uma série de outras


atividades que as ajudam a compreender o mundo em que vivem. Em outras palavras, as
crianças começam a construir conhecimentos na presença de objetos e situações
socioculturais a que têm acesso.
Sendo assim, seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, as
práticas pedagógicas e os variados estímulos devem ser planejados de forma que
“possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a
linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e
escritos”. Portanto, a prática pedagógica, já na Educação Infantil, deve prever o acesso à
cultura escrita.
Saber como a criança aprende e como ela constrói conhecimentos na Educação Infantil e
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e entender a escrita como um objeto íntegro,
não passível de simplificações artificiais, são condições para a tão almejada alfabetização
plena, que não se encerra em uma idade definida, mas que deve ser perseguida ao longo
da vida.
A alfabetização é, sem dúvida, uma das prioridades nacionais no contexto atual e uma
das mais importantes estratégias para a melhoria da qualidade da educação. Garantir o
direito à alfabetização plena de todas as crianças matriculadas na rede pública de ensino
até o final do 3º ano do ensino fundamental é o desafio colocado tanto pelo PNE como
pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), acordo implementado em
2012 entre Governo Federal, Estado, Municípios e Instituições Pública de Ensino. Porém,
para alcançar esse objetivo será necessário o comprometimento de todos na execução do
Programa, tendo em vista que 29,4% das crianças que concluíram o 3º ano do ensino
fundamental em 2013, no Município de Capixaba, não estavam plenamente alfabetizadas,
ou seja, em três anos a escola não tem sido capaz de garantir as condições necessárias e
favoráveis à apropriação dos conhecimentos necessários ao processo de alfabetização na
língua materna e em matemática.

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Educar é semear com sabedoria

Taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental.

BRASIL ACRE CAPIXABA


97,6% 98,5% 71,6%

Fonte: Estado, Região e Brasil – IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013
Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Estratégias:

5.1. Fortalecer a política de formação de professores alfabetizadores na perspectiva da


construção de práticas pedagógicas mais eficazes;

5.2. Desenvolver processos pedagógicos na perspectiva do letramento e da alfabetização


que articule o trabalho na pré-escola com os anos iniciais do ensino fundamental
considerando e respeitando as características e peculiaridades do desenvolvimento
infantil;

5.3. Desenvolver política de avaliação diagnóstica da aprendizagem dos alunos como


ferramenta para a definição de atividades pedagógicas adequadas às necessidades de
aprendizagem das crianças;

5.4. Desenvolver programa para o uso das tecnologias nos processos de letramento e
alfabetização;

5.5. Fomentar ações para a efetiva participação das famílias nos processos de
aprendizagem das crianças;

5.6. Assegurar o quadro permanente de professores alfabetizadores nas escolas


municipais do primeiro ciclo do ensino fundamental;

28
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Educar é semear com sabedoria

META 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%(cinquenta por


cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25%(vinte e cinco por
cento) dos alunos da educação básica.

A Educação integral ganhou espaço na agenda brasileira, no contexto de um projeto


democrático de sociedade, voltado à melhoria da qualidade do ensino público e à
superação das desigualdades. Surgiram iniciativas diversas, impulsionadas por governos
e organizações da sociedade civil, que objetivam propiciar a crianças e adolescentes
múltiplas oportunidades de aprendizagem por meio da ampliação do acesso à cultura, à
arte, ao esporte, à ciência e à tecnologia.
O lançamento do Programa Mais Educação, em 2007, pelo MEC, representou um marco
importante para o fortalecimento da educação integral na história do país.
Na prática, fazer educação integral é algo novo, que o Brasil todo está aprendendo. A
ampliação da oferta desse ensino com melhoria de qualidade pela rede pública prevê uma
compreensão mais avançada de gestão participativa.
A educação integral diz respeito à integralidade do sujeito, ou seja, ela propõe trabalhar
com o ser humano de forma mais ampla. O conceito de educação integral vai além dos
aspectos da racionalidade ou cognição. Ele dá importância à multidisciplinaridade,
significa desenvolver as dimensões de abrangência humana. O foco principal envolvente
tem a ver com uma outra lógica de aprendizagem, uma vez que, a gente não aprende só
na escola, adquirimos cada vez mais conhecimento durante toda a vida. A relação que a
educação integral tem com o espaço e o tempo é diferente da forma tradicional de
educação. Estamos diante de um cenário de quebra de paradigmas da forma de
conceber e trabalhar com a educação integral, haja vista a superação de barreiras
culturais, que perpassam as relações interpessoais e de poder no caráter organizacional
da escola. Torna-se um desafio trabalhar a ressignificação das ações pedagógicas.

Até o ano de 2013 a rede municipal de ensino de Capixaba não dispunha nenhuma
escola que atendesse em tempo integral, como mostra os dados abaixo:

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Educar é semear com sabedoria

BRASIL ACRE CAPIXABA


34,7 % 19,1% 0,0%

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica-2013

Dessa forma, não atendíamos nenhuma criança em tempo integral. Conforme demonstrativo:

BRASIL ACRE CAPIXABA


13,2 % 11,3% 0,0%

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica-2013

Os dados até então demonstravam que para alcançarmos a meta seria necessário à
criação de 917(novecentos e dezessete) matriculas na educação básica de Capixaba em
09 escolas. Porém, a partir do ano de 2015 o Município de Capixaba passou a atender
683(seiscentos e oitenta e três) alunos em tempo integral que corresponde a 18,62%, em
06 unidades de ensino da rede pública de educação básica.
Com isso podemos afirmar que até o final de vigência desse plano será necessário
elevarmos em 6,38% o número de novas vagas em pelo menos 50% das instituições
públicas da educação básica.

Estratégias:

6.1. Aderir, até o final do segundo ano de vigência do PME, programa de construção de
escolas de educação integral contendo proposta pedagógica, padrão arquitetônico e de
mobiliário, preferencialmente em áreas de maior vulnerabilidade social;

6.2. Adequar, até o final do terceiro ano de vigência do PME, as escolas municipais de
Capixaba para o atendimento de educação integral;

30
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Educar é semear com sabedoria

6.3. Promover, em parceria com o Estado, programa de formação continuada para as


equipes gestoras e professores da rede municipal de Capixaba para o desenvolvimento
de propostas pedagógicas para execução da educação integral;

6.4. Desenvolver política que priorize a lotação de profissionais para trabalhar em tempo
integral em uma única escola;

6.5. Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e


esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças,
parques, museus, teatros, cinemas e planetários;

6.6. Adotar medidas para otimizar o tempo dos alunos na escola, direcionando a
expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar com atividades recreativas,
esportivas e culturais;

META 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas em


modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir
as seguintes médias nacionais para o IDEB:

Olhar para indicadores de aprendizagem é essencial para um país que quer se


desenvolver e atender aos direitos de sua população. É importante notar que o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) possui algumas limitações. Por isso, é
fundamental que toda leitura seja feita de forma bem atenta. Primeiramente, é necessário
levar em conta que o IDEB é composto por dois indicadores com características bem
diferentes (resultado na Prova Brasil e taxas de aprovação). Avanços nos indicadores de
aprovação não são possíveis sem uma melhora da qualidade. Portanto, a leitura do IDEB
deve sempre ser feita olhando-se também para os resultados desses dois componentes
em separado.
Com a instituição da Prova Brasil e a criação do IDEB, passamos a ter indicadores para
todas as escolas sobre avanços de aprendizagem, um marco importante para o País.
Desde então, os Anos Iniciais do Ensino Fundamental são a etapa que apresenta maior

31
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Educar é semear com sabedoria

progresso. Os Anos Finais do Ensino Fundamental evoluíram pouco, enquanto o Ensino


Médio se mostra praticamente estagnado.
O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é o indicador objetivo para a
verificação do cumprimento das metas fixadas no Termo de Adesão ao Compromisso
"Todos pela Educação", eixo do Plano de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da
Educação, que trata da educação básica. É nesse âmbito que se enquadra a ideia das
metas intermediárias para o IDEB. A lógica é a de que, para que o Brasil chegue à média
6,0 em 2021, período estipulado tendo como base a simbologia do bicentenário da
Independência em 2022, cada sistema deve evoluir segundo pontos de partida distintos, e
com esforço maior daqueles que partem em pior situação, com um objetivo implícito de
redução da desigualdade educacional.
Como podemos observar no demonstrativo abaixo, o Município de Capixaba, a partir do
ano de 2007, encontra-se acima das metas projetadas.

IDEB REDE DE ENSINO PÚBLICO DE CAPIXABA


4ª série / 5º ano
Ideb Observado Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Capixaba 2.8 3.4 4.1 3.9 4.3 2.9 3.2 3.7 3.9 4.2 4.5 4.8 5.1

8ª série / 9º ano
Ideb Observado Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Capixaba 3.4 3.3 3.8 - 4.4 3.4 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4

Estratégias:

7.1. Assegurar que:


a) Ao final do segundo ano de vigência do PME, 55% dos alunos do terceiro ano do
ensino fundamental alcancem o padrão adequado ou avançado e que no final do quarto

32
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Educar é semear com sabedoria

ano, 70% alcancem o padrão adequado ou avançado na disciplina de língua portuguesa,


na avaliação do SEAPE;

b) Ao final do segundo ano de vigência do PME, 15% dos alunos do terceiro ano do
ensino fundamental alcancem o padrão adequado ou avançado e que no final do quarto
ano, 30% alcancem o padrão adequado ou avançado na disciplina de matemática na
avaliação do SEAPE;

c) Ao final do segundo ano de vigência do PME, 60% dos alunos do quinto ano do ensino
fundamental alcancem o padrão adequado ou avançado e que no final do quarto ano,
85% alcancem o padrão adequado ou avançado na disciplina de língua portuguesa;

d) Ao final do segundo ano de vigência do PME, 52% dos alunos do quinto ano do ensino
fundamental alcancem o padrão adequado ou avançado e que no final do quarto ano,
80% alcancem o padrão adequado ou avançado na disciplina de matemática;

e) Ao final do segundo ano de vigência do PME, 45% dos alunos do nono ano do ensino
fundamental alcancem o padrão adequado ou avançado e que no final do quarto ano,
60% alcancem o padrão adequado ou avançado na disciplina de língua portuguesa;

f) Ao final do segundo ano de vigência do PME, 25% dos alunos do nono ano do ensino
fundamental alcancem o padrão adequado ou avançado e que no final do quarto ano,
50% alcancem o padrão adequado ou avançado na disciplina de matemática;

7.2. Oferecer oficina aos professores e equipe gestora para apropriação das avaliações e
do resultado do SEAPE até o final do mês de agosto do primeiro ano de vigência do PME
e nos demais anos até o final do mês de abril;

7.3. Fortalecer o planejamento pedagógico das escolas com a participação da


comunidade, definindo metas de aprendizagem para cada componente curricular e ano de
estudo;

33
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Educar é semear com sabedoria

7.4. Desenvolver programas de formação continuada para professores e coordenadores


com foco na implementação de ações que efetivem os direitos e os objetivos de
aprendizagem para cada ano da educação básica, por componente curricular;

7.5. Desenvolver estratégias de formação continuada com vistas à utilização dos


resultados das avaliações internas e externas como orientadores do planejamento e das
intervenções pedagógicas das escolas e da SEME;

7.6. Desenvolver programas de assistência pedagógica para apoiar as escolas da rede


municipal de Capixaba com baixo desempenho nas avaliações internas e externas;

7.7. Promover ações de combate à evasão, ao abandono e à reprovação elevando o


índice de aprovação para no mínimo 95% em todos os anos da educação básica;

7.8. Promover política de comunicação para incentivar a participação das famílias e da


sociedade nas ações de melhoria da aprendizagem e de combate ao fracasso escolar;

7.9. Desenvolver indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação


especial, bem como da qualidade da educação bilíngue para surdos;

7.10. Incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias


educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar
práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a
aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com
preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o
acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas;

7.11. Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do
campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e
padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo

34
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Educar é semear com sabedoria

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, O DETRAN e


CONATRAN, e financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às
necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio
de deslocamento a partir de cada situação local;

7.12. Desenvolver pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a


população do campo que considerem as especificidades locais;

7.13. Aderir programas e aprofundar ações de atendimento ao aluno, em todas as etapas


da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde;

7.14. Aderir programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para


escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades educacionais;

7.15. Prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica


no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive,
mecanismos para implementação das condições necessárias para a universalização das
bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de computadores,
inclusive a internet;

7.16. Informatizar integralmente a gestão das escolas públicas e da Secretaria Municipal


de Educação, bem como manter programa nacional de formação inicial e continuada para
o pessoal técnico da secretaria de educação de Capixaba;

7.17. Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento


de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas
causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências
adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado
de segurança para a comunidade;

35
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Educar é semear com sabedoria

7.18. Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal


com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação
seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o
cumprimento das políticas públicas educacionais;

7.19. Estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no


IDEB de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade
escolar.

META 8: Elevar a escolaridade média da população de 18(dezoito) a 29(vinte e nove)


anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12(doze) anos de estudo no último ano de
vigência deste Plano.

Um indicador é sempre uma imagem aproximada de uma situação que se deseja avaliar;
ele informa onde se posiciona o estado atual de um fenômeno em relação a um estado
desejado ou idealizado. Por isso, é avaliativo: declara a distância de um valor de
referência a que está situado, no presente, a um dado fenômeno social.
Nesse caso, desde logo, expressa a preocupação com o estado educativo, num dado
momento, de um contingente de cidadãos que vem saindo da adolescência e vai entrando
na vida adulta. E tenta chamar atenção para o quão próximo ou longínquo se está de um
estado almejado: o número acumulado de anos de escolaridade que a sociedade supõe
ser desejável que uma pessoa tenha para bem participar da vida social.
O próprio desenho do sistema educativo escolar, os níveis, graus, etapas dos processos
de ensino a cargo das instituições escolares regulares é concebido para, aos 17 anos de
idade, estar culminando o que se tem denominado de “Educação Básica” e obrigatória
segundo o Artigo 4, I e II da Lei de Diretrizes e Bases.
Em termos de preparação para a vida, corresponderia a um processo de aquisições de
competências cognitivas e sociais básicas e essenciais para o exercício do papel social.
Historicamente, partes da sociedade foram menosprezadas e tiveram o acesso à
educação dificultado ou negado. Foi apenas em 1988, com a promulgação da

36
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Educar é semear com sabedoria

Constituição Federal, que a educação passou a ser vista como um direito de todos, sem
distinção, e como um dever do Estado, que deve ofertá-la gratuitamente.
É verdade que as desigualdades tenderam a se reduzir, relativamente, nos últimos dez
anos, seja pelo aumento da oferta escolar, ainda mais como efeito da redução da pobreza
e da ascensão econômica e social de um grande contingente da população.
Não restam dúvidas de que várias políticas foram bem sucedidas em aumentar a oferta
escolar, em reduzir suas disparidades geográficas e em franquear o acesso a
oportunidades educativas aos grupos sociais mais pobres. Todavia, ainda resta um
obstáculo de monta à elevação da escolaridade média e que não parece ceder a meros
incrementos de meios físicos ou financeiros em seu enfrentamento. Trata-se da questão
da efetividade do Ensino Fundamental e Médio e de sua qualidade e relevância social.
É notório o elevado nível de deserção, que reflete principalmente o não reconhecimento
pelos jovens da pertinência de seu currículo, justamente para o alcance dos resultados
daquele processo de aquisição de competências para a vida. Expandiu-se na realidade a
oferta de uma estrutura de ensino médio que pode ter servido às gerações dos anos
cinquenta ou sessenta para um país que ainda estava iniciando suas mudanças
econômicas e sociais. Mas que tem pouco a ver, na forma e principalmente nos métodos
e padrões de ensino e de aprendizagem com o necessário para um país que está
enfrentando novas e importantes mudanças e para jovens que são muito diferentes
daqueles.
No Município de Capixaba apenas 5,9% da população na faixa etária entre 18 a 29 anos
possuem 12 anos ou mais de escolaridade. Portanto, se faz necessário a implantação de
programas e projetos que vise à elevação desse índice.

Estratégias:

8.1. Aderir e fortalecer programas já existentes que promovam política de escolarização


para todos que não concluíram a educação básica, com uma organização pedagógica
diferenciada e adequada ao seu tempo;

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Educar é semear com sabedoria

8.2. Realizar busca ativa em todos os espaços urbanos e rurais no âmbito do município
de Capixaba, em parceria com a rede de entidades do Município, para identificar a
população maior de 18 anos que não concluiu a educação básica e assegurar
organização de atendimento adequado às suas especificidades;

8.3. Implementar políticas públicas que promovem a integração de EJA com os setores
da saúde, trabalho, meio ambiente, cultura e lazer na perspectiva da formação integral
dos cidadãos;

8.4. Assegurar, em parceria com o Estado, programa de atendimento à população maior


de 18 anos de idade, que não concluiu o ensino fundamental e médio no tempo
adequado;

8.5. Implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos


populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-série,
associados a outras estratégias que garantam a continuidade da escolarização, após a
alfabetização inicial;

8.6. Expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades
privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de
forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública, para os segmentos
populacionais considerados.

META 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15(quinze) anos ou mais


para 93,5%(noventa e três vírgula cinco por cento) até 2015 e, até o final da vigência
deste PME, diminuindo o índice de analfabetismo absoluto e reduzir em
50%(cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

No Censo 2010, 13,9 milhões de brasileiros acima dos 15 anos declararam-se


analfabetos, o que corresponde a 10% da população nessa faixa etária. Se bem é
verdade que 39% destes têm acima de 60 anos e outros 36% estão entre os 40 e os 59

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anos, ainda temos quase 3,5 milhões de analfabetos com menos de 40 anos, ou seja, no
período mais produtivo de seu ciclo de vida. E diferentemente do que costumamos ter em
nosso imaginário, 2,0 milhões vivem na zona urbana.
Mais preocupantes, no entanto, são os mais de 27 milhões de brasileiros entre os 15 e os
64 anos classificados, segundo o INAF – Indicador de Alfabetismo Funcional, como
alfabetizados em nível rudimentar, em função de suas limitações no uso da leitura, da
escrita e dos conceitos básicos da matemática. Considerando os dois grupos –
analfabetos absolutos e alfabetizados em nível rudimentar – o INAF estima um
contingente de 35 milhões de analfabetos funcionais no país.
Os dados do INAF 2011-2012 permitem perceber a complexidade do desafio das políticas
educacionais e das redes de ensino responsáveis por implementá-las no que tange a
educação de jovens e adultos e seu papel na estrutura do sistema público de ensino
brasileiro:
• Mais de 20 milhões de brasileiros entre os 15 e os 64 anos, praticamente 2 em cada 3
(65%) analfabetos funcionais, têm até no máximo 4 anos de estudo, incluídos aqueles que
nunca frequentaram a escola e requerem uma oferta educacional compatível com suas
habilidades de letramento e numeramento mas que, ao mesmo tempo, levem em conta
seus saberes construídos ao longo da vida e que estimulem e viabilizem a continuidade
dos estudos, após a alfabetização inicial;
• Pouco menos de 10 milhões de analfabetos funcionais acima dos 15 anos chegaram a
frequentar ou até mesmo concluíram o ensino fundamental. Para estes indivíduos, as
demandas de aprendizagem são outras e estão muitas vezes associadas à expectativa de
processos de avaliação e certificação que abra maiores perspectivas de inserção no
mundo do trabalho e na continuidade dos estudos;
• Pelos dados do INAF pode-se ainda projetar um contingente de pouco menos de 4
milhões de jovens e adultos que frequentam ou frequentaram o ensino médio ou até
mesmo ensino superior que podem ser considerados funcionalmente analfabetos. Muitos
destes indivíduos ainda estão inseridos, mesmo que de forma não contínua, no sistema
educacional tanto na modalidade regular quanto na EJA. Com efeito, os dados

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preliminares do Censo Escolar 2013 apontam que 31% das mais de 3,1 milhões de
matrículas de EJA são destinadas a alunos do ensino médio;
• A realidade demanda, portanto, propostas pedagógicas distintas e complementares,
inclusive integradas à educação profissional ou que tornem possível a retomada e
conclusão com êxito da trajetória educacional destes sujeitos.
Dessa forma, é importante que o PME se converta em uma oportunidade de fortalecer a
educação de jovens e adultos nas redes públicas de ensino, ampliando as condições de
atendimento e assegurando as especificidades desta modalidade, com currículos
diferenciados, professores com formação específica para atendimento aos jovens e
adultos, materiais apropriados e flexibilidade nos tempos e organização dos cursos.
É também a oportunidade para criar ou fortalecer instâncias e mecanismos de articulação
intersetorial e entre os entes federativos, condição essencial para concretizar as
estratégias propostas no PME. Adicionalmente, caberá debater de maneira aberta com
toda a sociedade o papel das instituições vinculadas ao Sistema no desenho e
implementação das estratégias deste Plano.
Os dados abaixo demonstram que 78,2% da população de Capixaba com 15 anos ou mais
foi declarada alfabetizada, comparando ao índice do Estado e do Brasil ainda estão bem
abaixo do adequado, ou seja, para atingirmos os indicadores estabelecidos como meta
será necessário elevarmos esse índice em 15,3%.

População com 15 anos ou mais alfabetizada.

BRASIL ACRE CAPIXABA


91,5 % 85,4 % 78,2 %

Fonte: Estado, Região e Brasil – IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013
Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/CENSO Populacional – 2010

Com relação ao analfabetismo funcional identificamos que o Município de Capixaba deverá


reduzir em no mínimo, 1% o índice de pessoas nessa situação até o final de vigência do
PME.

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Taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos ou mais de idade.

BRASIL ACRE CAPIXABA


29,4% 34,2% 51%

Fonte: Estado, Região e Brasil – IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013
Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/CENSO Populacional – 2010

Estratégias:

9.1. Ampliar a oferta da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso
à educação básica na idade própria;

9.2. Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos,
com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a
tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação
de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos
idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas;

9.3. Firmar parceria com a comunidade e o governo estadual pela elevação da


escolaridade da população jovem, adulta e idosa do Município, redefinindo compromissos
e regime de colaboração;

9.4. Realizar busca ativa no Município de Capixaba para identificar a demanda dos jovens
e adultos com ensino fundamental e médio incompleto e assegurar matrícula na EJA;

9.5. Assegurar a continuidade de estudos aos dos programas de alfabetização de jovens


e adultos no 1º Segmento da EJA em diferentes espaços, independente do seu tempo de
conclusão;

9.6. Ampliar os programas suplementares para os alunos de alfabetização de jovens e


adultos que, comprovadamente, necessitem de atendimento;

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9.7. Implantar turmas de EJA no período diurno visando à inclusão e o atendimento das
necessidades dos diferentes jovens, adultos e idosos que desejam retomar os estudos.

META 10: Oferecer, no mínimo, 25%(vinte e cinco) das matrículas de educação de


jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação
profissional.

De acordo com o Censo Escolar de 2014, o Brasil conta com cerca de 3,5 milhões de
pessoas matriculadas na Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade da Educação
Básica direcionada a alunos que não puderam completar os estudos durante o período
regular, ao longo da infância e da adolescência. Porém, cerca de 1 milhão desses
estudantes ainda estão em idade escolar, 30% das matrículas de EJA do Brasil são de
jovens com idades entre 15 e 19 anos. Em 2007, eles somavam 26% dos estudantes da
rede.
Para a maioria desses alunos, a EJA é a via rápida, alternativa à escola regular, como
forma de recuperar o tempo perdido decorrente da evasão ou da defasagem idade-série.
A estratégia de recuperação via EJA não parte necessariamente dos jovens. Há
incentivos velados, em redes municipais e estaduais, para que alunos com defasagem
atribuída a uma suposta dificuldade de aprendizagem e também aqueles considerados
indisciplinados recorram à EJA.
A elevada matrícula de jovens na EJA têm representado desafios para professores e
gestores da modalidade, que buscam conciliar a heterogeneidade de faixas etárias em
uma mesma sala de aula, dando conta das expectativas, necessidades e ritmos de cada
uma delas. Planejada em sua origem para um público adulto, a EJA têm precisado se
reinventar ao oferecer também propostas mais ligadas ao universo juvenil.
A problemática esbarra nas deficiências da Educação Básica regular, que tem relegado a
responsabilidade de educar esses jovens a um sistema que não está totalmente
preparado para eles.
Devido à entrada de muitos jovens e adolescentes na EJA, a heterogeneidade das turmas
tem se transformado em um dos maiores desafios dos gestores e professores da

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Educar é semear com sabedoria

modalidade. Alinhar a base curricular com as expectativas e necessidades de todos os


grupos é um esforço diário de todos os agentes.
Considerados muitas vezes intrusos numa escola feita para adultos, esses jovens
também sofrem exclusão na rede. Falta identificação com a escola, há inadequação dos
conteúdos, muitas vezes pouco relacionados à vida cotidiana deles, e há diferença de
postura e de ritmos de aprendizagem em relação aos colegas mais velhos. Por outro lado,
a diversidade em sala pode apresentar ganhos tanto para alunos quanto para
professores, gerando afinidades e maior reconhecimento entre ambos os grupos.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, determinou no artigo 38 que a idade mínima
para realizar os exames supletivos é de 15 anos para o Ensino Fundamental e de 18 anos
para o Ensino Médio. A partir dessa decisão, presumia-se que podendo prestar os
exames de conclusão, o aluno também poderia frequentar a EJA.
Dez anos depois, essa medida seria reforçada pela Resolução nº 3 do Conselho Nacional
de Educação (CNE), que manteve a decisão da LDB e reforçou que a oferta da EJA
deveria ser variada, visando atender plenamente os jovens com mais de 15 anos.
De acordo com o artigo 37 da LDB, a “Educação de Jovens e Adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e
Médio na idade própria”. A lei ainda diz, no artigo 38, que os “sistemas de ensino
assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos oportunidades educacionais
apropriadas”. Antes disso, porém, a Constituição de 1988, no artigo 208, já dizia que era
dever do Estado garantir “o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para
aqueles que não tiveram acesso na idade própria”.
A EJA é oferecida tanto pelas redes municipais como as estaduais de ensino, na maioria
das vezes no período noturno, para atender a demanda do aluno já inserido no mercado
de trabalho. As turmas são oferecidas nas escolas públicas onde há o ensino regular
durante a manhã e tarde, os jovens estudam nas mesmas salas onde crianças e
adolescentes têm aulas.
Os cursos de Ensino Fundamental são oferecidos em quatro anos e geralmente contam
com, I Segmento, composto por três módulos e II Segmento, composto por cinco
módulos. Os referentes ao Ensino Médio têm duração de dois anos. Ao se matricular, os

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Educar é semear com sabedoria

alunos passam por uma avaliação para identificar qual turma será mais apropriada. Nessa
etapa, a idade ou o nível de escolarização não são os fatores mais importantes: os
conhecimentos prévios do estudante e as habilidades já adquiridas são mais
determinantes.
No demonstrativo abaixo podemos observar que o numero das matrículas de educação de
jovens e adultos, entre os anos de 2007 a 2013, no Município de Capixaba, sofria
constante oscilação, porém podemos afirmar que para alcançarmos a meta prevista, será
necessário grande empenho dos seguimentos e entes federados. Uma vez que, teremos
que ofertar 19,6% das matriculas de EJA do ensino fundamental e médio integrada à
educação profissional.

Percentual de matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação


profissional.

BRASIL ACRE CAPIXABA


1,7% 1,1% 5,4%

Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar - 2013.

Porcentagem de matriculas de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental,


integrada à Educação profissional.
Local 2007 (%) 2008 (%) 2009 (%) 2010 (%) 2011 (%) 2012 (%) 2013 (%)
Brasil 0,0 0,1 0,1 0,5 0,9 0,7 0,8
Acre 0,0 0,0 0,5 0,0 0,1 0,7 0,5
Capixaba 0,0 0,0 15,3 0,0 0,0 0,0 6,6

Porcentagem de matriculas de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Médio,


integrada à Educação profissional.
Local 2007 (%) 2008 (%) 2009 (%) 2010 (%) 2011 (%) 2012 (%) 2013 (%)
Brasil 0,6 0,9 1,2 2,7 3,1 2,7 3,1
Acre 1,7 0,0 0,0 0,4 0,5 3,1 2,6
Capixaba 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

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Estratégias:

10.1. Manter programa de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino


fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da
educação básica;

10.2. Expandir as matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a articular a


formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação profissional, objetivando
a elevação do nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;

10.3. Fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação


profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público da
educação de jovens e adultos e considerando as especificidades das populações do
campo;

10.4. Ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo
nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à
educação profissional;

10.5. Aderir programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à


expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de
jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo acessibilidade à pessoa
com deficiência;

10.6. Estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos, articulando a


formação básica e a preparação para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relações
entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e
cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às
características do aluno;

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Educar é semear com sabedoria

10.7. Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e


metodologias específicas, os instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e
laboratórios e a formação continuada de docentes das redes públicas que atuam na
educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.8. Implementar mecanismos de reconhecimento de saberes dos jovens e adultos


trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular dos cursos de formação
inicial e continuada e dos cursos técnicos de nível médio;

META 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,


assegurando a qualidade da oferta em pelo menos 50%(cinquenta por cento) da
expansão no segmento público.

De acordo com o estudo, na Grécia, Espanha e África do Sul, mais da metade dos jovens
estão desempregados. O desemprego médio entre os jovens, na Europa, no Oriente
Médio e no norte da África, beira a casa dos 25%. A Organização Internacional do
Trabalho (OIT) estima que, em todo o mundo, 75 milhões de jovens estejam
desempregados. Esse número praticamente triplica quando se incluem os jovens
subempregados. Isso não representa apenas um gigantesco quadro de talentos não
aproveitados, é também uma fonte de inquietação social e desespero individual.
Paradoxalmente, há uma profunda escassez de jovens com habilidades necessárias para
ocupar as novas demandas do atual mundo do trabalho. Estima-se que em 2020 haverá
um déficit mundial de 85 milhões de trabalhadores de alta e média qualificação.
A solução para essa crise passa não só pela criação de novos empregos, mas também
pelo desenvolvimento de competências para o mundo do trabalho. Fica evidente que as
empresas precisam trabalhar em conjunto com as instituições de ensino, de forma que os
alunos possam assim adquirir as competências demandadas pelo mundo do trabalho.
Mas ainda existe pouca clareza sobre que práticas e intervenções funcionam para que a
formação dos jovens inclua esses atributos.
Observamos que empresários, professores e alunos vivem universos paralelos e têm
entendimentos absolutamente diferentes de uma mesma situação. Por exemplo, 72% das

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instituições formadoras acreditam que os formandos, recém contratados, estão


adequadamente preparados para exercer suas atividades. Do ponto de vista dos
empregadores, esse percentual cai para 42%.
Estudos mostram que 39% dos empregadores dizem que a escassez de competências é
a principal razão de as vagas para iniciantes não serem preenchidas. No Brasil, esse
percentual sobe para 48%.
Um quarto dos jovens não passa por uma transição fácil para o trabalho, seus primeiros
empregos não estão relacionados à sua área de estudos, o que os faz querer mudar
rapidamente de posição. Nos mercados emergentes, esse percentual cresce para quase
40%. Entre os jovens pesquisados, 43% responderam que o fator financeiro é o grande
entrave para cursar uma faculdade.
Criar um sistema de Educação para o trabalho requer novos incentivos e estruturas. O
País precisa de um sistema integrador responsável por uma visão abrangente da
educação com vista ao trabalho, envolvendo as instituições formadoras e os
empregadores para desenvolver soluções relativas às competências, levantando dados e
disseminando exemplos positivos.
O Município de Capixaba até o ano de 2013 não possuía nenhuma matricula na educação
profissional, o que se pode concluir que estamos muito aquém da Meta Nacional. Por tanto,
para que possamos alcançar a meta estabelecida acima, se faz necessário à parceria entre
entes federados e empresários.
Porcentagem de matrículas na educação profissional de nível médio em relação ao total
de matriculas do ensino médio.

Local 2007 (%) 2008 (%) 2009 (%) 2010 (%) 2011 (%) 2012 (%) 2013 (%)
Brasil 1,0 1,6 2,1 2,6 3,1 3,6 4,1
Acre 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,9 1,1
Capixaba 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2013.

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Estratégias:

11.1. Garantir a articulação com as entidades credenciadas à expansão da oferta de


educação profissional técnica de nível médio na modalidade de educação a distância,
com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o acesso à educação profissional
pública e gratuita, assegurado padrão de qualidade;

11.2. Estimular a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível médio e


do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário
formativo do aluno, visando à formação de qualificações próprias da atividade profissional,
à contextualização curricular e ao desenvolvimento da juventude;

11.3. Expandir o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação profissional


para as populações do campo, de acordo com os seus interesses e necessidades;

11.4. Expandir a oferta de educação profissional técnica de nível médio para as pessoas
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%(cinquenta
por cento) e a taxa líquida para 33%(trinta e três por cento) da população de
18(dezoito) a 24(vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
para, pelo menos, 40%(quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento
público.

O último Censo da Educação Superior revelou que, de 2009 para 2010, o número de
matrículas nos cursos de graduação no Ensino Superior brasileiro cresceu 7,1%,
contabilizando um crescimento de 110,1% na última década. Esse crescimento se deu
majoritariamente no setor particular do ensino superior. Hoje, 74% das matrículas neste
nível de ensino são de responsabilidade do setor privado. Nesse contexto, há de se
destacar o crescimento na modalidade de ensino a distância, como resultado da

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necessidade de alinhar trabalho e flexibilidade de horário para estudar. Hoje, essa


modalidade já é responsável por 15% de todas as matrículas nos cursos de graduação.
Outro aspecto interessante, extraído deste censo, foi a diversificação da oferta, mediante
a expansão das matrículas nos cursos tecnológicos. Em 2001, esses cursos respondiam
por 69.797 das matrículas no ensino superior; em 2010, esse número pulou para 781.609
matrículas, ou seja, um crescimento superior a mais de dez vezes em uma década.
Apesar deste crescimento significativo, o país ainda apresenta um percentual
relativamente baixo de jovens, na faixa etária de 18 a 24 anos, cursando o ensino
superior, são apenas 14,6%. Para se ter uma ideia, em alguns países da comunidade
europeia este percentual chega a ser de mais de 50%.
O maior desafio para a tão necessária expansão do ensino superior não está no
financiamento, mas no enfrentamento da qualidade da Educação Básica. Mesmo nos
atuais 14,6% de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior, há uma boa parcela que
ingressa no ensino superior com uma formação muito aquém da desejável. Isso se traduz
principalmente nos cursos que exigem um certo nível de aprendizado anterior em
disciplinas como matemática, por exemplo. As reprovações, e os consequentes
abandonos, nos ciclos básicos das engenharias e das ciências exatas são elevadíssimos.
Os dois primeiros anos têm sido fatais para uma grande parcela de jovens que ingressam
nesses cursos, e logo no momento no qual o Brasil mais precisa de profissionais como
engenheiros, químicos, físicos e matemáticos. Hoje, por exemplo, o País forma um pouco
mais de 30 mil engenheiros por ano, quando se estima que a demanda seja de mais de
60 mil.
Para melhor compreender a atual crise da falta destes profissionais no Brasil, para
responder ao atual crescimento econômico, é preciso olhar o percentual de alunos com
aprendizagem esperada em matemática ao final do ensino médio. Dos que terminam,
89% não aprenderam o que seria esperado nessa disciplina, especialmente alunos da
rede pública de ensino. Isto tem efeito direto na aprendizagem de outras disciplinas, como
física e química.
O desafio da expansão do ensino superior, especialmente nas áreas das engenharias e
exatas, passa, portanto, necessariamente pela oferta de uma escola de boa qualidade

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para nossa juventude. Sem resolver os problemas de aprendizagem já na Educação


Básica, dificilmente teremos uma formação no ensino superior de qualidade.
A expansão do acesso ao ensino superior pela população busca o aumento dos anos de
estudos e a produção de conhecimento. Atualmente, o mundo se transforma de tal
maneira que a necessidade por curso superior se torna cada vez mais enfática. Dessa
forma há uma demanda crescente por educação superior. Sem dúvidas, a educação
superior vem dando amplas demonstrações de sua importância para promover
transformações na sociedade, por isso passou a fazer parte do rol de temas considerados
prioritários e estratégicos para o futuro da nação.
Atualmente em Capixaba não existe instituição pública de nível superior, apenas privada,
que atende uma pequena parcela da população. Portanto, para atingirmos a meta
proposta, se faz necessário à parceira entre a União, Governo do Estado e Instituições de
nível superior.

Estratégias:

12.1. Firmar parcerias com a União, Governo do Estado e Instituições de nível superior,
visando à ampliação da oferta de vagas, por meio da expansão e interiorização da rede
federal de educação superior, da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica e do sistema Universidade Aberta do Brasil;

12.2. Definir, parceria com a União, Governo do Estado e Instituições de nível superior,
política de apoio aos estudantes para assegurar com transporte a conclusão de
graduação;

12.3. Conveniar em parceria com a União, Governo do estado, Instituições de nível


superior e comunidade, transporte para os estudantes, assegurando a conclusão de
graduação em nível superior, até o término do segundo ano de vigência do PME.

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META 13: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto


sensu (mestres e doutores).

A continuação dos estudos, após o encerramento do curso superior, é necessidade que


se impõe a todo e qualquer profissional, pois a evolução dos saberes, que acompanha às
alterações da realidade, exige contínua atualização.
Vivemos em uma era volátil, em que a velocidade de adaptação ao mercado e a
flexibilidade para acompanhar novos processos são demandas cada vez mais frequentes.
A exigência das grandes empresas por profissionais cada vez mais qualificados é um
fator que provoca a busca pelo constante aprimoramento das ferramentas profissionais.
Hoje, a pós-graduação é um dos diferenciais que deixa os candidatos à frente de seus
concorrentes diretos na busca por oportunidades em grandes empresas ou até mesmo no
setor público.
A experiência e o aprendizado obtidos nos bancos das universidades já estão longe de
ser suficientes para garantir o posicionamento dos profissionais no mercado de trabalho.
As instituições públicas de ensino por vezes voltam os seus programas para o
desenvolvimento acadêmico e produção de conhecimento científico, sem calejar os
alunos para a carreira na iniciativa privada.
Com isso, um curso de pós-graduação pode ser uma alternativa essencial. Nos últimos
anos, têm surgido no Brasil não apenas novas e credenciadas escolas de MBA e
especialização, mas também novas alternativas e modalidades de cursos. O objetivo é
atender a uma demanda de profissionais que já atuam no mercado, e não têm tempo nem
tanta disposição para enfrentar as fileiras da sala de aula. Uma vez que, estamos na era
do conhecimento, não existe mais data para encerrar os estudos.
A pós-graduação stricto sensu no Brasil é fruto de políticas públicas inseridas num plano
de crescimento econômico que se desenvolveu no regime militar, a partir dos anos de
1970. É tida historicamente, como formadora de recursos humanos de alto nível e é, uma
das molas propulsora do desenvolvimento do País.

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Educar é semear com sabedoria

Estratégias:

13.1. Definir, em parceria com a União, Governo do Estado e Instituições de pós-


graduação, a expansão da oferta de cursos de pós-graduação em mestrado e doutorado,
utilizando inclusive metodologias, recursos e tecnologias de educação à distância;

13.2. Estimular a pesquisa científica e de inovação e promover a formação de recursos


humanos que valorize a diversidade regional e a biodiversidade da região, bem como a
gestão de recursos hídricos.

META 14: Garantir, em regime de colaboração com a União e os Estados, política de


formação dos profissionais da educação, assegurando que todos os professores da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

O cenário da formação docente no País começou a mudar com a Lei de Diretrizes e


Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, que estabeleceu a formação superior como
condição para lecionar. Antes disso, a situação era precária, sobretudo dos educadores
das séries iniciais das redes públicas, alguns deles não haviam sequer concluído o Ensino
Fundamental. Principalmente na zona rural a proporção de professores sem formação era
maior do que a de diplomados. Com objetivo de cumprir a lei, as redes de ensino
estaduais e municipais organizaram uma série de programas de formação continuada,
cursos semipresenciais ou até mesmo de férias.
A LDB de 1996, determina que a formação de docentes para atuar na educação básica
seja em nível superior em curso de licenciatura, admitindo-se a formação mínima de
nível médio, na modalidade Normal, para o exercício do magistério na educação infantil e
no primeiro segmento do ensino fundamental. Para a docência no ensino médio,
somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por
treinamento em serviço.
A consecução dessa determinação e a conseqüente erradicação da categoria de
professores leigos têm sido tratadas como questões prioritárias mediante a junção de

52
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esforços entre o poder público e as universidades, no sentido de repensar a qualificação


docente, definir uma política global de formação do professor e oportunizar a qualificação
dos professores que atuam nos diversos níveis e modalidades de ensino.
O número de docente com nível superior no Município de Capixaba aumentou
consideravelmente a partir do ano de 2011, como pode ser observado no demonstrativo
abaixo:
Percentual de Professores da Educação Básica Pública no Município de Capixaba com
formação em nível superior.

2010 2011 2012 2013


53,5% 95,3% 96,3% 96,7%

Fonte:EscolasdoMunicípio,organizaçãodosdados:SMEC/Capixaba/2013

Estratégias:

14.1. Desenvolver, em parceria com a União, Governo do Estado e Instituições de Ensino


Superior, programas de formação para professores em nível superior nas áreas de
atuação;

14.2. Fomentar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados


em cursos de licenciatura, a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no
magistério da educação básica;

14.3. Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio
e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação
entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica;

14.4. Fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior
destinados à formação, nas respectivas áreas de atuação, dos profissionais da educação
de outros segmentos que não os do magistério;

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Educar é semear com sabedoria

14.5. Destinar programa de concessão de bolsas de estudos para formação de


profissionais para atuação na educação, em conformidade com a legislação municipal.

META 15: Formar, em nível de pós-graduação, 85%(oitenta e cinco por cento) dos
professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir
a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de
atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos
sistemas de ensino.

O professor desempenha papel central no processo de ensino e aprendizagem. Nesse


sentido, sua formação e constante aperfeiçoamento profissional para o exercício da
atividade docente são condições que contribuem para a garantia do direito à
aprendizagem. A pós-graduação constitui parte importante do processo de formação do
docente, nesses cursos, os professores são expostos a metodologias científicas,
aprofundam seus conhecimentos, ampliam seu olhar em relação à sala de aula e,
consequentemente, tem maior propensão a estimular o raciocínio científico em seus
alunos.
Não tem como falar em educação de qualidade sem mencionar uma formação continuada
para professores e profissionais da educação; que já vem sendo considerada, juntamente
com a formação inicial, uma questão fundamental nas políticas publicas para a educação.
Nas ultimas décadas temos assistido a educação como caminho certo para o
desenvolvimento do País, e dentro dela a formação de professores e profissionais da
educação como fator relevante para a preparação de cidadãos conscientes. Muitos
estudos veem sendo realizados sobre o desenvolvimento do profissional.
Nesta perspectiva, a formação continuada possibilita a aquisição de conhecimentos
específicos da profissão tornando assim seres mais capacitados a atender as exigências
impostas pela sociedade.
Hoje, o quadro de professores efetivos no Município de Capixaba chega a 68,5% de
profissionais com especialização lato sensu, o que podemos afirmar que já estamos acima
da meta prevista no PNE que é de 50%.

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Estratégias:

15.1. Realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para


dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva oferta
por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada
às políticas de formação do Governo Federal e dos Estados;

15.2. Desenvolver, em parceria com a União, Governo do Estado e Instituições de Ensino


Superior, programas de formação continuada para professores e profissionais da
educação em nível de pós-graduação nas áreas de atuação.

META 16: Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação


básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com
escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME.

Um dos maiores desafios da Educação está, sem dúvida, relacionado à formação de


professores e, em especial, à valorização da carreira do magistério.
Hoje, apenas 2% dos jovens querem seguir a carreira docente, e sobram razões para
isso: salários injustos, ausência de planos de carreira, o descaso ou a pouca prioridade
dada aos cursos de licenciatura pelas universidades, e as difíceis condições de trabalho
nas escolas. Assim, não surpreende o desinteresse dos jovens brasileiros em seguir essa
carreira tão importante para qualquer país que deseja ter um futuro sólido e saudável.
É ilustrativo olhar separadamente cada um desses aspectos que desmotivam os jovens a
serem docentes.
A primeira razão é a baixa remuneração, sob quaisquer critérios de comparação.
Atualmente não se leva em consideração a importância social do professor, mas tão
somente o equipara com outras profissões que requerem a mesma escolaridade. Pois
bem: um professor no Brasil ganha 40% a menos do que a média de outros profissionais
para os quais se exigem o mesmo nível de formação. Faltam também bons planos de
carreira.

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Educar é semear com sabedoria

Como consequência, podemos observar um déficit considerável de professores na


Educação Básica. Em algumas áreas, como química, física e matemática, estamos
vivendo um “apagão” de mão de obra qualificada. E o pior, a formação inicial, dada pelas
nossas universidades, deixa muito a desejar, em relação às necessidades atuais da
escola pública.
Esse estudo mostrou que tanto a formação inicial como a continuada dos nossos
professores não dialogam com a escola pública. A formação é muito teórica. Vê-se que a
Licenciatura não tem identidade, é um híbrido mal estruturado entre o bacharelado e
algumas disciplinas do campo pedagógico, entre outros resultados, verifica-se que a
evasão chega a 50%.
A contribuição que a universidade brasileira vem dando ao desenvolvimento científico e
tecnológico de nosso País, tanto na formação de recursos humanos, como na produção
de novos conhecimentos, é incontestável.
É preciso, enfim, recuperar a atratividade do magistério. Países como Coreia do Sul,
Finlândia, Cingapura, Canadá e Japão têm uma coisa em comum: ser professor nesses
países é objeto de desejo. Essencialmente por quatro razões: salário inicial atraente,
plano de carreira motivador, pautado no desempenho em sala de aula e na formação
continuada, formação inicial sólida com foco na prática docente e escolas bem
estruturadas e organizadas. Não há saída estrutural para o problema da formação de
professores no Brasil sem o enfrentamento desses fatores.
No ano de 2015 o salário dos professores de educação básica do Município de
Capixaba estava 29,3% abaixo do piso nacional da educação. No entanto, o salário dos
docentes deverá atingir até o segundo ano de vigência desse plano, no mínimo, 85%
do piso nacional proporcional ao inicio de carreira, elevando para 95% ao final do quarto
ano e 100% ao final do sexto ano do PME.

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Estratégias:
16.1. Constituir fórum permanente com representação da SEME e dos trabalhadores em
educação para discussão e acompanhamento da política de valorização dos profissionais
da educação;

16.2. Reestruturar o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos profissionais da


educação da rede municipal de Capixaba até o final do terceiro ano de vigência do PME,
observando os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com
implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único
estabelecimento escolar;

16.3. Definir até o final do primeiro ano de vigência do PME, um plano de gestão
estratégica que considere o fluxo dos alunos na rede, a expansão das unidades de ensino
e as aposentadorias funcionais para assegurar o adequado funcionamento do sistema de
ensino.

META 17: Assegurar no prazo de 02(dois) anos, a atualização do Plano de Carreira


para os profissionais de educação básica e superior pública de todos os sistemas
de ensino e, para o Plano de Carreira dos profissionais da educação básica pública,
tomar como referência o piso nacional profissional, definido em lei federal, nos
termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Muito se fala sobre a valorização dos profissionais de Educação, um dos pilares da


qualidade de ensino socialmente referenciada, ao lado do financiamento e da gestão
democrática. Falar de valorização implica aprimorar a formação inicial, a formação
continuada, a definição de um piso salarial e, também, da carreira do professor.
Uma carreira bem estruturada tem uma virtude principal: permite que o profissional de
Educação projete o seu futuro, tenha perspectiva de trabalho e de vida. Contudo, há ainda
muito a avançar na construção de uma carreira.

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A carreira pressupõe que o ingresso se dê por concurso, que o trabalho seja valorizado e
que seja levado em conta o que o professor produz. Precisamos lembrar que as escolas
públicas se caracterizam por uma grande diversidade de contextos e as boas práticas
educativas não vêm prontas, precisam ser criadas pelos professores. Isso também deve
ser reconhecido para que o professor se sinta valorizado dando aula.
Há outro ponto essencial a ser enfrentado quando a questão é a carreira. Hoje, na maior
parte dos planos existentes, para que os professores avancem na carreira, cheguem a
postos mais altos e ganhem mais, eles necessariamente têm de sair da sala de aula,
tornando-se coordenadores ou diretores. Muitas vezes, um ótimo professor alfabetizador
deixa a sala de aula para ser um diretor mediano. Seria muito melhor que tivesse
continuado como docente. Por isso, um plano de carreira precisa ser aberto, permitindo
que todos possam alcançar as referências superiores.
O professor tem de ser incentivado a progredir, a criar maneiras de trabalhar que
permitam aos alunos melhor aprendizagem, tanto no que se refere ao domínio dos
conteúdos curriculares como nos aspectos formativos mais amplos da cidadania. Nesse
contexto, a titulação deve, sim, ser valorizada.
Outro ponto importante a ser considerado na proposição de um bom plano de carreira é a
visão sobre todos os profissionais da Educação. Na escola, não é apenas o professor que
educa. Cada profissional que atua ali atua possui um papel educativo, não podendo ser
equiparado ao de profissionais que exercem funções semelhantes, em outros contextos,
como nas empresas. É preciso lembrar, inclusive, que a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação já traz embasamento legal para que haja uma carreira única na Educação na
qual todos os profissionais possam evoluir, na medida de sua qualificação.
O plano de carreira deve ainda levar em conta outro aspecto fundamental para a
qualidade de ensino e para a perspectiva profissional do educador: a jornada. Contudo,
uma vez que existe a perspectiva de ampliação do tempo escolar para um número
crescente de redes, é preciso ressaltar o quanto é importante que se possa fixar o
docente na escola, criando vínculos com o aluno e com a comunidade.
O professor não pode mais ficar sujeito, aos sobressaltos de uma escolha de aula, sem
saber para onde vai, ano a ano. Há unidades da federação que permitem que o mesmo

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professor dê até 64 aulas semanais, o que obviamente é inviável, desgastante e impede


um trabalho mais individualizado com os alunos e a longo prazo. Na realidade de hoje, há
uma grande rotatividade de professores e muita instabilidade gerada por isso. Com muita
frequência, o professor participa da construção de um projeto político pedagógico em um
ano e no outro está longe, em outra escola.
Em torno de todas essas questões que envolvem o plano de carreira, há um tema de
fundo: hoje, os professores não têm perspectivas de futuro e vivem aos sobressaltos.
Precisamos de tranquilidade, o que não é para nós sinônimo de acomodação. Precisamos
ter condições de nos aprimorarmos sempre, e carreira precisa refletir isso. Não há
nenhum problema com a avaliação, mas é preciso que se leve em conta todo o contexto
em que o ensino é oferecido: as condições materiais de trabalho, a situação social, o
papel de todos os gestores da rede e do sistema. Não há mérito nenhum em dizer que o
culpado é sempre o professor.
Evidentemente, a discussão da valorização do professor se entrecruza com outras,
contempladas no Plano Nacional de Educação, entre elas, principalmente, a do
financiamento público.
O Município de Capixaba atualmente possui plano de cargo, carreira e remuneração dos
profissionais da educação, atendendo 98,5% dos servidores da educação básica. No
entanto, a ultima revisão desse plano aconteceu no ano de 2007, portanto, se faz
necessário que seja atualizado conforme a meta acima estabelecida no PME.

Estratégias:

17.1. Estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do
terceiro ano de vigência deste PNE, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos
respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, dos
respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de
provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem
vinculados;

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17.2. Implantar, na rede pública municipal de educação, acompanhamento dos


profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de
fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o
estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos
na área de atuação do professor, com destaque para os conteúdos a serem ensinados e
as metodologias de ensino de cada disciplina;

17.3. Considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no provimento


de cargos efetivos para essas escolas;

17.4. Assegurar a existência da comissão permanente de profissionais da educação de


todos os sistemas de ensino, para subsidiar na reestruturação do plano de carreira dos
profissionais da educação;

17.5. Assegurar a efetividade do acúmulo de dois contratos de professor, nos termos do


artigo 37, inciso XVI, da Constituição brasileira, com no mínimo vinte e cinco horas
semanais de trabalho para cada contrato;

17.6. Assegurar ao profissional de educação a efetividade de seus direitos trabalhistas,


menor rotatividade de unidade de ensino, bem como tratamento digno para o exercício do
magistério. Fica ressalvado os casos específicos, onde em prol do interesse público e do
entendimento da rede municipal com a estadual, e somente nesses casos, poderá
acontecer remoção, rotatividade e permutas;

17.7. Reduzir gradativamente a contratação provisória e dobra funcional mediante


realização de concursos públicos efetivos para profissionais de educação.

META 18: Assegurar condições, no prazo de 2(dois) anos, para a efetivação da


gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e
desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas
públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

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A gestão democrática da Educação está amparada na legislação educacional. O art. 206


da Constituição Federal, reiterado no art. 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei Nº 9.394/96), menciona a “gestão democrática do ensino público, na forma
desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino" (inciso VIII do art. 3° da LDBEN). O art.
14 da LDBEN trata especificamente da questão, determinando que “os sistemas de
ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica
de acordo com as suas peculiaridades, conforme os seguintes princípios: I – participação
dos profissionais da Educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II –
participação das comunidades escolares e local em conselhos escolares ou equivalentes”.
O art. 17 da LDBEN prevê a autonomia da escola para promover uma gestão
participativa: “os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro
público”.
Estudos e pesquisas apontam a gestão democrática como um dos elementos recorrentes
entre as redes que vêm apresentando bons resultados nas avaliações finais.
A segunda edição do estudo "Aprova Brasil o direito de aprender", de 2007, destaca a
gestão democrática como um dos cinco fatores mais importantes para garantia da
aprendizagem de crianças e adolescentes. A publicação, iniciativa conjunta do Ministério
da Educação (MEC) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), traz os
achados de um estudo realizado com base nos resultados da Prova Brasil em 33 escolas
com notas acima da média nacional na avaliação.
Dentre os fatores apontados como responsáveis pelo bom desempenho na rede
municipal, está a gestão com consciência e práticas de rede, que se concretiza por meio
de aspectos como a existência de espaços de planejamento e a definição de metas
coletivas, consolidadas em documentos que norteiam a atuação de cada uma das
unidades, o estímulo à autonomia das escolas e a constante presença e apoio da
Secretaria Municipal de Educação. Para além do seu impacto na garantia da
aprendizagem, a gestão democrática da educação tem como fundamento a compreensão

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da escola como instituição e bem público, portanto, pertencente à população e por ela
gerida, e da educação emancipadora, isto é, que possibilita o exercício da cidadania.
Até meados do ano de 2013 o Município de Capixaba não possuía Conselho Municipal
de Educação, os conselhos escolares existentes encontravam-se com validação dos
mandatos expirados, a lei de gestão democrática desatualizada, Conselho do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação (FUNDEB) e Conselho da Alimentação Escolar-CAE não atuavam como
previsto em Lei. No inicio do ano de 2014 não havia Sistema Municipal de Ensino,
éramos rede de ensino vinculada ao Sistema Estadual de Ensino.
No final do ano de 2013 foi criado através da Secretaria Municipal de Educação o
Conselho Municipal de Educação com duas câmaras especificas (Educação Básica e
FUNDEB), também foi iniciado um trabalho de regularização dos Conselhos Escolares,
bem como, atualização da lei de gestão democrática e reformulação do Conselho da
Alimentação Escolar-CAE. Em meados de 2014 foi criado o Sistema Municipal de Ensino
de Capixaba.

Estratégias:

18.1. Avaliar bienalmente a Lei Municipal de Gestão Democrática do Município de


Capixaba, visando o fortalecimento da gestão da aprendizagem, estratégica e elevação
da participação da comunidade nos processos decisórios da unidade de ensino. A
Comissão avaliadora será formada por um colegiado presidida pela SEME e composta
por diretores, coordenadores, Conselho Municipal de Educação e representação de
classe;

18.2. Desenvolver parceria para implementar programa permanente de formação para


gestores escolares na rede municipal de Capixaba;

18.3. Desenvolver parceria para implementar programa permanente de formação para


conselheiros escolares na rede municipal de Capixaba;

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18.4. Assegurar o funcionamento do Conselho Municipal de Educação de Capixaba;

18.5. Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos e seus


familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos
de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na
avaliação de docentes e gestores escolares.

META 19: assegurar através do regime de colaboração com a União e o Estado,


Projetos e Programas de ampliação do investimento público em educação.

A temática do financiamento da educação tem assumido importante papel na


compreensão da organização e da gestão da educação, particularmente a partir de
estudos e análises que exploram a relação entre: o financiamento, às políticas
educacionais e o Estado, ganhando densidade também no subcampo da economia da
educação. Essa discussão constitui-se em tarefa complexa, em vista das condições
materiais em que o financiamento se efetiva no País, envolvendo os diferentes entes
federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e a esfera privada. Apesar da
complexidade da temática, a compreensão da estrutura e das bases do financiamento da
educação coloca-se como uma necessidade para toda a sociedade, devendo envolver,
especialmente, os gestores educacionais, os profissionais da educação, os pais, os
estudantes e a comunidade local. A organização do sistema educacional brasileiro,
segundo a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN), se caracteriza pela divisão de competências e responsabilidades entre
a União, os Estados e Municípios, o que se aplica também ao financiamento e à
manutenção dos diferentes níveis, etapas e modalidades da educação e do ensino.
Todavia, essa forma de organização não indica, necessariamente, um sistema
plenamente descentralizado. A efetiva descentralização vem-se constituindo em um
grande desafio, visando à consolidação da dinâmica federativa do Estado brasileiro e à
democratização do poder e dos processos decisórios nas suas diferentes estruturas
organizacionais.

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Fazendo uma breve retrospectiva histórica da legislação pertinente à educação no Brasil,


podemos ver como o financiamento público da educação interfere na garantia do acesso
e da gratuidade da educação como um direito à cidadania.
A garantia da educação como um direito está intimamente ligada ao financiamento por
parte do poder público. Na história da educação brasileira, a vinculação de recursos
acontece somente em períodos ditos democráticos: 1934-1937, 1946-1964, 1983, 1988, e
a desvinculação de recursos acontecem em períodos autoritários: 1937-1945, 1964-1985,
o que, sem dúvida, comprometeu a garantia do direito e da gratuidade da educação.
Nesse sentido, compreender o financiamento da educação básica no Brasil implica
conhecer o processo orçamentário e sua execução, analisar a responsabilidade dos entes
federados, a importância do regime de colaboração entre esses e o papel desempenhado
pelos fundos destinados à educação básica, assim como as fontes adicionais de recursos.

VALOR ALUNO / 2014 - FUNDEB

NÍVEL / MODALIDADE DE ENSINO NACIONAL AC


1 – Creches Públicas / Parcial 2.285,57 2.985,30

2 – Creches Públicas / Integral 2.971,24 3.880,89

3 – Pré-Escola / Parcial 2.285,57 2.985,30

4 – Pré-Escola / Integral 2.971,24 3.880,89

5 – Ensino Fundamental Anos Iniciais / Urbano 2.285,57 2.985,30

6 – Ensino Fundamental Anos Iniciais / Rural 2.628,40 3.433,09

7 – Ensino Fundamental Anos Finais / Urbano 2.514,13 3.283,83

8 – Ensino Fundamental Anos Finais / Rural 2.742,68 3.582,36

9 – Ensino Fundamental / Integral 2.971,24 3.880,89

10 – Ensino Médio / Urbano 2.856,96 3.731,62

11 – Ensino Médio / Rural 2.971,24 3.880,89

12 – Ensino Médio / Tempo Integral 2.971,24 3.880,89

13 – Ensino Médio/ Integrado à Educação Profissional 2.971,24 3.880,89

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14 – Educação Especial 2.742,68 3.582,36

15 – Educação de Jovens e Adultos / EJA 1.828,45 2.388,24

16 – Educação de Jovens e Adultos / EJA – Profissionalizante 2.742,68 3.582,36

RECURSOS QUE COMPÕEM O FUNDEB

Estratégias:

19.1. Garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis,


etapas e modalidades da Educação Básica, observando-se as políticas de colaboração
entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias e do § 1º do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente
federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de
qualidade nacional;

19.2. Assegurar que a gestão dos recursos financeiros esteja condicionada ao


planejamento do alcance das metas do PME;

19.3. Ampliar e assegurar o acompanhamento trimestral da aplicação dos recursos da


educação e fortalecer o controle social das políticas educacionais na rede municipal de
Capixaba;

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19.4. Definir, até o final do segundo ano de vigência do PME, o planejamento plurianual
assegurando os recursos para o desenvolvimento das políticas e metas estabelecidas
neste plano;

19.5. Criar uma política de descentralização de recursos financeiros municipais para as


unidades de ensino da rede municipal de Capixaba, até o final do segundo ano de
vigência do PME.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no Plano Nacional de Educação-PNE, foi realizado o Plano Municipal de


Educação-PME do Município de Capixaba com o objetivo de contemplar de forma
homogênea uma educação de qualidade para a comunidade capixabense. Foram
realizados diversos encontros com a Equipe comprometida para maiores elucidações,
visando abranger a rede educacional de forma igualitária, recorrendo a dados e fontes
que comprovam com eficácia a situação e carência da Comunidade Escolar.
Esperamos que ao longo dessa década, de 2015 a 2025, sejam alcançados os objetivos
almejados, levando em consideração as parcerias entre os entes federados e instituições.
Vale ressaltar que, durante dois dias, profissionais da educação, sociedade e entidades
trabalharam na conclusão do Plano Municipal de Educação - PME do Município Capixaba
em Conferencia Pública realizada no auditório do Centro Cultural Severino Jorge Matos.

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BIBLIOGRAFIA

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Básica e de Valorização dos profissionais da Educação – FUNDEB [...]. Disponível em:<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/Lei/L11494.htm.

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sobre conceituação, relação público-privado e financiamento. Rev. Bras. Estud.
Pedagog. vol.93 no.235 Brasília Sept./Dec. 2012

------------Lei 2139 de 23 de julho de 2009. Autoriza a constituição de Conselhos Escolares.

------------Lei Complementar Nº 274 de 9 de janeiro de 2014. Altera dispositivos da Lei complementar N º 67 de


29 de junho de 1999.

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Sites consultados:

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http://wwwtodospelaeducação.org.br

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