Você está na página 1de 100

PLANO MUNICIPAL

DE
EDUCAÇÃO JORDÃO -
AC
2015 - 2025

Jordão – Ac, 2015


Prefeitura Municipal de Jordão – Acre
Secretaria Municipal de Educação

Élson de Lima Farias


Prefeito Municipal

Raimundo Nazareno Aragão


Vice-Prefeito

Meire Maria Sergio de Menezes


Secretária Municipal de Educação

COMISSÃO GERAL DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL


DEEDUCAÇÃO:
Raimundo Nonato Vieira da Silva
Secretaria Municipal de Educação

Raimunda Nonata Bezerra de Aguiar


Conselho Municipal de Educação

COMISSÃO DE ELABORAÇÃO

Ronalda Maria Alves Saraiva


Educação Infantil

Maria Marisanta Marinho Farias


Ensino Fundamental Anos Iniciais

AntonioUéliton Freire da Rocha


Ensino Fundamental Anos Finais

NeuzimarCornelio de Lima
Ensino Médio

Belineida Lima Andrade


Educação Inclusiva e Diversidade

Paulo Silva do Nascimento


Valorização do Magistério

Maria José Neri de Araújo


Formação dos Professores
EQUIPES RESPONSÁVEIS PELAS ELABORAÇÕES E
DISCUSSÕESNOS GRUPOS DAS “METAS E ESTRATÉGICAS
GT1: Educação Infantil:
Técnica: Maria Ronalda Alves Saraiva e Maria Francisca de Souza Jorge
Membros:
META:1

GT2: ENSINO FUNDAMENTAL (URBANO E CAMPO):


Técnica: Antonio Uéliton Freire da Rocha e Maria Francisca de Souza Jorge
Membros:
METAS: 2, 5, 6 e 7

GT3 DIVERSIDADE:
Técnica: Professora Belineide Lima Andrade
Membros:
META: 4, 12

GT4 EJA:
Técnica: Professora Maria Marissanta Marinho de Farias
Membros:
METAS:8, 9 e 10.

GT5 – Ensino fundamental nas terras indígenas


Técnicas: Mauro da Rocha Brito e Silvado Barbosa Sereno Kaxinawá
Membros:
METAS: 3, 11, 13 .

GT 6 – Formação e valorização dos profissionais da Educação:


Técnicos: Paulo Silva e a Professora e Maria José Neri de Araújo
Membros:
METAS: 14, 15, 16, 17

GT 7 – Gestão Escolar e Financiamento da Educação:


Técnica: Professora Neuzimar Cornélio de Lima e Nágela Maria de Figueiredo Silva
Membros:
METAS: 18, 19, 20
COMISSÃO DE REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

REPRESENTANTE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Meire Maria Sergio de Menezes

Raimundo Nonato Vieira da Silva

REPRESENTANTE DAS COORDENAÇÕES DE PROGRAMS DO FNDE.

Cristiane Marques dos Santos

Suleni da Silva Oliveira

Jose Francisco da Silva Nascimento

REPRESENTANTE DAS COORDENAÇÕES DA EDUCAÇÃO DO ESTADO.

Lucimar de Figueiredo Melo

Leila Maria de Figueiredo

Maria Jose Nery

Neuzimar Cornelio de Jesus Lima

REPRESENTANTE DAS COORDENAÇÕES DAS COORDENAÇÕES


PEDAGÓGICAS URBANAS, DO CAMPO E INDIGENA.

Silvado Barbosa Sereno Kaxinawá

José Lenilton Marinho Fontineles

Mauro da Rocha Brito

REPRESENTANTE DOS DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS

Maria Marisanta Marinho de Farias

Antonio Uéliton Freire da Rocha

REPRESENTANTE DO SINDICATO DOS PROFESSORES MUNICIPAIS

Paulo da Silva Nascimento

REPRESENTANTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Raimunda Nonata Bezerra de Aguiar

REPRESENTANTE DO PODER LEGISLATIVO

Raimundo Nonato Saraiva

REPRESENTANTE DO PODER JUDICIÁRIO


Lidiane da Silva Oliveira

REPRESENTANTE DO CMDCA

Samaria Aragão Sombra de Lima


ESTADO DO ACRE
PREFEITURA MUNICIPAL DE JORDÃO
GABINETE DO PREFEITO

AV. FRANCISCO DIAS S/Nº, CENTRO, CEP: 69.975-000, CNPJ: 84.306.497/0001-60. FONE/FAX: (68) 3464 - 1148

DECRETO/PMJ/N.º 041/2013

Dispõe sobre os membros da


Comissão de Elaboração do
Plano Municipal de Educação.

O Prefeito Municipal de Jordão – Acre, ELSON DE LIMA FARIAS, no uso de


suas atribuições legais, conferidas pela Lei orgânica do Município,
considerando a necessidade de adequação do Plano Municipal de Educação,
elaborado em 12 de novembro de 2011.

DECRETA:

Art. 1º - Nomear os membros desta Comissão, que irá reelaborar o Plano


Municipal de Educação.

Art. 2º - O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, porém


com seus efeitos a partir da aprovação da referida Lei.

Art. 3° - A Comissão fica composta dos seguintes membros representando os


segmentos abaixo relacionados:

- Raimundo Nonato Vieira da Silva – SEME

- Raimunda Nonata de Aguiar Bezerra – Conselho Municipal de Educação

- Marcos de Souza Feitoza – Representante de professores

- Cristina Sérgio de Menezes Oliveira – Representante da Secretaria de


Assistência Social
- Belineide Lima Andrade – Representante de pais de alunos

- Paulo Silva Nascimento – Representante do SINTEAC

- Mariana Martins da Silva- Representante do Programa Bolsa Família

- Lidiane da Silva Oliveira – Representante do Poder Judiciário

- Samaria Aragão Sombra de Lima – Representante do CMDCA

- Luana Casimiro Guimarães- Representante de pais de alunos

- Alexandra Farias Alves – Representante de Coordenadores Escolares

- Maria Marisanta Marinho de Farias – Representante de diretores de escolas

- Suleni da Silva Oliveira – Representante do PNAIC

- Leila de Figueiredo Silva – Representante da SEME

- NárdiaSinara de Souza Sampaio – Representante da Cultura

- Lucimar de Figueiredo Melo – Representante do Núcleo de Educação

- Nágela de Figueiredo Silva - SEME

Art. 4º - O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, porém


com seus efeitos a partir da aprovação da referida Lei.

Registre-se e Publique-se.

Gabinete do Prefeito, Jordão – Acre, 17 de setembro de 2013.


ESTADO DO ACRE
PREFEITURA MUNICIPA DE JORDÃO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ANTEPROJETO DE LEI Nº0107 DE 08 DE JUNHO DE 2015.

Aprovado o Plano Municipal de Educação


para o

Decênio 2015 – 2025 e dá outras


providências

O PREFEITO MUNICIPAL DE JORDÃO ACRE

FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Jordão Acre decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de que trata o art. 135 da lei orgânica
do Município de Jordão para o período decenal 2015-2025, nos termos do art. 8º da Lei
nº 13.005 de 25 de junho de 2014, que instituiu o Plano Nacional de Educação.

CAPITULO I
DAS DIRETRIZES

Art. 2o São diretrizes do PME:


I –Combatero analfabetismo no município;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e
na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem em todas as suas
etapas da educação sobre responsabilidade do município;
V – ampliar a formação continuada dos profissionais da Educação;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade cultural e
à sustentabilidade socioambiental.
VII – Valorização dos Profissionais da Educação
IX – Promoção dos princípios de respeito à diversidade étnico-cultural dos povos
indígenas e das populações ribeirinhas.
X – Integração da educação pública com as políticas de desenvolvimento sustentável e
tecnológico do município, estado e união.

CAPITULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 4° São objetivos do Plano Municipal de Educação:

I – Reduzir, progressivamente, a taxa de analfabetismo, com vistas a sua erradicação


definitiva, garantindo a continuidade de estudos na educação de jovens e adultos;

II – Ampliar, progressivamente, o acesso à educação infantil e aos ensinos fundamental


com vistas a sua universalização;

III – Garantir a equidade no atendimento educacional, com isonomia nas oportunidades,


nas condições para o acesso e permanência na educação básica e nos padrões mínimos
de qualidade do ensino aos alunos da zona urbana e da zona rural.

IV – Desenvolver, de acordo com a base nacional comum, currículo estadual que


possibilite a adição de práticas acadêmicas adequadas às necessidades de aprendizagem
dos alunos e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho, bem como sua auto-estima, autonomia de pensamento e preparo para uma vida
solidária e produtiva;

V – Promover a educação inclusiva garantindo às pessoas com deficiências acesso a


uma educação de qualidade.

VI – Garantir educação diferenciada e bilíngüe às populações indígenas;

VII – Reduzir os índices de evasão, repetências e distorção idade-série;

VIII – Elevar a escolaridade média da população de Jordão;


IX -Corrigir a distorção idade-série, a partir de programas especiais de aceleração de
aprendizagem;

X – Ampliar as matriculas nas escolas de tempo integral;

XI – Fortalecer a gestão do sistema pública de educação;

Art. 5º As metas previstas no anexo único desta Lei serão cumpridas no período de
vigência do PME em conformidade com as estratégias especificas.

Art. 6º A execução e o cumprimento das metas do PME serão objetos de monitoramento


e avaliação periódica realizada pelas seguintes instancia:
I – Secretaria Municipal de Educação – SEME;
II – Comissão de Educação da Câmara Municipal de Vereadores de Jordão Acre;
III – Conselho Municipal de educação – CME;
IV – Sindicados dos trabalhadores em educação – SINTEAC/Jordão;

Parágrafo Único. Compete, ainda, as instancias referidas no Art. 6º:


I – Divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações do PME nos respectivos
sítios institucionais nas redes sociais;
II – Analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias
e o cumprimento das metas do PME;
III – Analisar e propor a revisão das estratégias do PME;

Art. 7º O município de Jordão Acre promoverá a realização de pelo o menos 2 (duas)


conferencias municipais de educação durante a vigência do plano municipal de
educação, precedidas de conferencias estaduais, articuladas e coordenadas pelo o
conselho municipal de educação.

Art. 8º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Gabinete do Prefeito de Jordão Acre, 08 de Junho de 2015.
ESTADO DO ACRE
PREFEITURA MUNICIPA DE JORDÃO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

LEI Nº 090 DE 11 DE JUNHO DE 2015.

Aprovado o Plano Municipal de Educação


para o

Decênio 2015 – 2025 e dá outras


providências

O PREFEITO MUNICIPAL DE JORDÃO ACRE faz saberque o Poder Legislativo


aprovou e Eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de que trata o art. 135 da lei orgânica
do Município de Jordão para o período decenal 2015-2025, nos termos do art. 8º da Lei
nº 13.005 de 25 de junho de 2014, que instituiu o Plano Nacional de Educação.

CAPITULO I
DAS DIRETRIZES

Art. 2o São diretrizes do PME:


I - Combater oanalfabetismo no município;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e
na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem em todas as suas
etapas da educação sobre responsabilidade do município;
V – ampliar a formação continuada dos profissionais da Educação;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade cultural e
à sustentabilidade socioambiental.
VII – Valorização dos Profissionais da Educação
IX – Promoção dos princípios de respeito à diversidade étnico-cultural dos povos
indígenas e das populações ribeirinhas.
X – Integração da educação pública com as políticas de desenvolvimento sustentável e
tecnológico do município, estado e união.

CAPITULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 4° São objetivos do Plano Municipal de Educação:

I – Reduzir, progressivamente, a taxa de analfabetismo, com vistas a sua erradicação


definitiva, garantindo a continuidade de estudos na educação de jovens e adultos;

II – Ampliar, progressivamente, o acesso à educação infantil e ao ensino


fundamentalcom vistas a sua universalização;

III – Garantir a equidade no atendimento educacional, com isonomia nas oportunidades,


nas condições para o acesso e permanência na educação básica e nos padrões mínimos
de qualidade do ensino aos alunos da zona urbana e da zona rural.

IV – Desenvolver, de acordo com a base nacional comum, currículo estadual que


possibilite a adição de práticas acadêmicas adequadas às necessidades de aprendizagem
dos alunos e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho, bem como sua auto-estima, autonomia de pensamento e preparo para uma vida
solidária e produtiva;

V – Promover a educação inclusiva garantindo às pessoas com deficiências acesso a


uma educação de qualidade.

VI – Garantir educação diferenciada e bilíngüe às populações indígenas;

VII – Reduzir os índices de evasão, repetências e distorção idade-série;

VIII – Elevar a escolaridade média da população de Jordão;

IX - Corrigir a distorção idade-série, a partir de programas especiais de aceleração de


aprendizagem;

X – Ampliar as matrículas nasescolas de tempo integral;


XI – Fortalecer a gestão do sistema pública de educação;

Art. 5º As metas previstas no anexo único desta Lei serão cumpridas no período de
vigência do PME em conformidade com as estratégias especificas.

Art. 6º A execução e o cumprimento das metas do PME serão objetos de monitoramento


e avaliação periódica realizada pelas seguintes instancia:
I – Secretaria Municipal de Educação – SEME;
II – Comissão de Educação da Câmara Municipal de Vereadores de Jordão Acre;
III – Conselho Municipal de educação – CME;
IV – Sindicados dos trabalhadores em educação – SINTEAC/Jordão;

Parágrafo Único. Compete, ainda, as instancias referidas no Art. 6º:


I – Divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações do PME nos respectivos
sítios institucionais nas redes sociais;
II – Analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias
e o cumprimento das metas do PME;
III – Analisar e propor a revisão das estratégias do PME;

Art. 7º O município de Jordão Acre promoverá a realização de pelo o menos 2 (duas)


conferencias municipais de educação durante a vigência do plano municipal de
educação, precedidas de conferencias estaduais, articuladas e coordenadas pelo o
conselho municipal de educação.

Art. 8º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito de Jordão Acre, 11 de Junho de 2015.


MENSAGEM DA SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

É com grande alegria que recebemos a população de Jordão aqui representada por
vários segmentos para a realização dessachamadapública,com intuito de elaboramos
metas e estratégias, que servirão na construção do Plano Municipal de Educação –
PMEde Jordão, com vigência de 2015 a 2025. Sua trajetória se iniciou 2013, com
Conferência Municipal de Educação. Em 2014 e 2015 foram retomados o planejamento,
a organização e levantamento de dados para seu diagnóstico. No ano de 2015,
desencadeou-se discussões acerca da política educacional a ser desenvolvida no
município com a participação da equipe da SEME, Conselho Municipal de Educação
(CME). O Plano Municipal de Educação (PME) se constituiu por meio do processo
democrático e participativo com a finalidade de trazer diretrizes e metas educacionais a
serem executados no período de 10 (dez) anos. Em 2014, foi constituída uma comissão
organizadora formada porsegmentos organizados, constituídos por representantes da
SEME, pela Sociedade Civil, por Instituições de Ensino, Associações, Sindicatos,
Conselho Municipal de Educação, entre outros. Desta comissão, formou-se a equipe
técnica, para a construção do documento final. O Plano Decenal de Jordãoestá integrado
ao Plano Estadual de Educação e ao Plano Nacional de Educação e, mais integrado
ainda, à realidade, e às políticas públicas do município. Tendo como principais
objetivos: garantir às crianças, à juventude e a pessoas adultas, boas condições de
acesso e permanência nas etapas e modalidades da Educação Infantil, do Ensino
Fundamental e da Eja, melhorando assim a qualidade da educação oferecida; Melhorar a
qualidade da educação, especialmente da Rede Municipal de Ensino, investindo-se
prioritariamente na formação continuada dos educadores; Promover a atuação de uma
gestão escolar democrática e participativa. No mês de novembro de 2014 e Abril de
2015 membros dosGTs (Grupos de Trabalho) participaramde uma formação com a
equipe técnica do conselho estadual de educação e da UNDIME, a fim de se obter
estratégias em todos os níveis e modalidades de ensino da zona urbana, zona rural e
indígenas, assim, os conhecimentos adquiridos nessa formação pelos membros dos GTs
foram aplicados na construção desse PME, A Conferência Municipal de Educação
realizou-se no mês de Julho de 2013, com um propósito de apresentar os objetivos,
metas e estratégias para a comunidade local. Na plenária, houve avaliação e votação das
propostas, bem como das propostas sugeridas no momento. Portanto, o Plano Municipal
de Educação (PME) de Jordão configura-se um documento que transcende o período
governamental. É um plano – em sua essência – de discussão, que foi construído para
permanente flexibilidade, a partir de avaliações periódicas que respeitem as
necessidades prementes do sistema educacional.
LISTA DE TABELAS
TABELA Nº 01 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, POR DEPENDENCIA
ADMINISTRATIVA, SEGUNDA A ETAPA – MODALIDADE MINISTRADA,
NO ANO DE 2014.
TABELA Nº 2 – INDICADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA/2010 A 2014.
TABELA Nº 3 – ASPECTOS EDUCACIONAIS DO MUNICIPIO – CENSO
2013/ALUNOS.
TABELA Nº 4 – CENSO 2013 / ESCOLAS.
TABELA Nº 5 - POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR.
TABELA Nº 06 – TAXA DE ALUNOS QUE ESTÃO FORA DA ESCOLA (%).
TABELA Nº 07 – TAXA DE APROVAÇÃO, ABANDONO E REPROVAÇÃO.
TABELA Nº 08 – IDEBPARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICIPIO ANOS
INICIAS.
TABELA Nº 09 – IDEB PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICIPIO ANOS
FINAIS.
TABELA Nº 10 – PROVA BRASIL (DESEMPENHO MÉDIO).
TABELA Nº 11 - TAXA DE DISTORÇÃO IDADE SÉRIE.
TABELA 12 – NUMERO DE MATRICULAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, NA
REDE MUNICIPAL DE JORDÃO ACRE.
TABELA Nº 13 – NUMERO DE ALUNOS POR MODALIDADE.
TABELA Nº 14 – ESCOLAS DO MUNICIPIO QUE ATENDEM A EDUCAÇÃO
ESPECIAL E QUANTIDADE DE ALUNOS.
TABELA Nº 15 – DAS REDES.
TABELA Nº 16 – IDEB METAS PARA A EDUCAÇÃO MUNICIPAL,
MODALIDADE ENSINO FUNDAMENTAL.
TABELA Nº 17 – RELAÇÃO DE ESCOLAS QUE ATENDEM O SEGMENTO
DE EJA.
TABELA Nº18 – MATRICULA DA EJA POR MODALIDADE.
TABELA Nº 19 – POPULAÇÃO ANALFABETA DO MUNICIPIO.
TABELA Nº 20 – ATENDIMENTO DA EDUCAÇÃO INDIGENA.
TABELA Nº 21 – ORÇAMENTO ANUAL PARA OS PROXIMOS QUATRO
ANOS.
APRESENTAÇÃO

A Importância do Plano Municipal de Educação está no fato de que ele estabelece


qual educação queremos ter daqui dez anos e como podemos alcançá-la. Ele é uma
importante ferramenta contra a descontinuidade das políticas educacionais, fortalece a
ação projetada dos governos e colabora para que a sociedade desempenhe melhor o
controle social com relação ao Poder Público. Para isso o Plano aqui proposto, tem sua
origem no artigo 214 da Constituição Federal, que estabelece a obrigatoriedade da
proposição, mediante lei, de um Plano Nacional de Educação – PNE, visando à
articulação e ao desenvolvimento do ensino e à integração dos poderes públicos, no
intuito de: - Erradicar o analfabetismo; - Universalizar o atendimento escolar; -
Melhorar a qualidade do ensino; - Formação para o trabalho; - Promoção humanística.
Na Lei n.º 10.172 a disposição foi de que o PNE tivesse a duração de 10 anos (Art. 1º),
que os Estados, o DF e os Municípios elaborassem imediatamente planos decenais
correspondentes (Art. 2º); que esses planos devessem ser elaborados para dar suporte às
metas do PNE (Art. 5º) e que se instituíssem mecanismos de acompanhamento e
avaliação de suas ações (Arts. 3º e 4º), sendo atribuição dos poderes públicos–inclusive
os municipais– não somente a responsabilidade de promover a construção dos Planos
decenais correspondentes, mas a divulgação do próprio PNE. Sob a ótica acima
delineada, o PNE, bem como os PLANOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO (PEEs) e os
PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO (PMEs) representam, ou devem representar,
antes de mais nada, a consolidação de um esforço histórico desde a década de 1920, que
naufraga nos desvãos da política pós revolução de 1930 e na ditadura imposta ao Brasil
em 1964, mas que retorna vitoriosa como determinação constitucional, em 1988, graças
às lutas travadas pelas vanguardas políticas que, ao longo da história nacional, têm
defendido uma educação universal, pública, gratuita e emancipadora para todos e todas
que fazem a sociedade nacional. Nesse sentido, os planos plurianuais definidos a partir
da Constituição Federal de 1988, cujas linhas gerais encontram - se definidas na LDB e
na Lei do PNE, estabelecem um novo paradigma para os planos de educação, a partir do
momento em que, tornando obrigatória a sua promulgação, pela via dos atos
legislativos, os transforma em PLANOS DE ESTADO e não de GOVERNO, fazendo
derivar, daí, novos conceitos e novos modos de propor políticas educacionais às quais
os planos governamentais deverão se submeter. Para tanto, o desafio é estabelecer um
Plano Municipal de Educação, flexível e aberto às inovações, que proporcione uma
unidade na diversidade das concepções e práticas educacionais. Pois a educação é um
fenômeno político, já que traduz interesses e objetivos dos diferentes grupos sociais e
econômicos, os quais são partes integrantes dessas relações. Partindo dessa premissa, a
educação pode ser utilizada para reproduzir interesses de grupos que detenham o poder
econômico,

político, por outro lado também, é capaz de promover relações sociais mais igualitárias.
Assim, a escola que se almeja é uma escola que seja universal, gratuita e acolhedora,
recebendo a todos e assegurando a cada um o desenvolvimento de suas capacidades. A
escola em uma sociedade democrática é aquela que possibilita às classes populares o
acesso ao conhecimento sistematizado, através dele, a participação ativa no processo de
decisão político-cultural, o que leva diretamente à valorização da escola pública. Para
isso, a construção deste documento contou com o envolvimento dos diferentes
segmentos da sociedade, o que possibilitou a discussão do que se compreende como
fundamental para que a garantia do direito à educação de qualidade torne uma realidade
no município. Essa construção coletiva favoreceu também para que o plano expressasse
as necessidades educacionais concretas de Jordão - Acre, assinalando-o com uma
identidade própria. Sob esse prisma, este PME tudo fez para ser, por obrigação
constitucional e legal, um PLANO GERAL DE TODA A EDUCAÇÃO MUNICIPAL,
e não simplesmente um PLANO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE JORDÃO–
AC, até porque será produto de uma LEI MUNICIPAL e não desejo ou decisão de um
grupo que, circunstancialmente, ainda que com toda a legitimidade conferida pela
maioria da população jordanense, se encontra ou venha a se encontrar no Executivo
Municipal.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................01

CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO.......................................................................02

Aspectos Históricos.....................................................................................................02

Aspectos Geográficos...................................................................................................03

Aspectos Populacionais..............................................................................................04

Aspectos Sócio-Econômicos.....................................................................................04

Aspectos Culturais......................................................................................................05

Aspectos Desportivos.................................................................................................05

Aspectos Educacionais.................................................................................................05

Estabelecimentos d ensino por dependências administrativa ......................................11

Indicadores da Educação Básica .................................................................................11

Aspectos Educacionais do Município .......................................................................... 12

Avaliações Externas .....................................................................................................16

EDUCAÇÃO INFANTIL................................................................................................19

Diretrizes.......................................................................................................................20

Caracterização e Diagnóstico........................................................................................21

Objetivos e Metas..........................................................................................................22

ENSINO FUNDAMENTAL............................................................................................23

Ensino Fundamental de nove anos ............................................................................ 26

Caracterização e Diagnóstico........................................................................................27

Objetivos e Metas..........................................................................................................28

EDUCAÇÃO ESPECIAL..............................................................................................30

Caracterização e Diagnóstico........................................................................................31

Diretrizes.......................................................................................................................32

Objetivos e Metas..........................................................................................................33

EDUCAÇÃO INTREGAL ...........................................................................................35

Caracterização e Diagnóstico........................................................................................35
Diretrizes.......................................................................................................................36

Objetivos e Metas..........................................................................................................36

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS....................................................................38

Objetivos e Metas..........................................................................................................41

EDUCAÇÃO INDIGENA ..........................................................................................44

Objetivos e Metas..........................................................................................................46

FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO .............49

Caracterização e Diagnóstico........................................................................................52

Diretrizes.......................................................................................................................52

Objetivos e Metas..........................................................................................................56

FINANCIAMENTO E GESTÃO....................................................................................58

Diretrizes.......................................................................................................................62

Conselho Municipal de Educação ................................................................................64

Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Jordão....................66

Conselho de Alimentação Escolar – CAE.....................................................................69

Conselho Municipal de Acompanhamento, Controle Social, Comprovação e

Fiscalização dos Recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –


FUNDEB........................................................................................................................69

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO..................................................................... 72

PPA – PLANO PLURIANUAL...................................................................................73

Objetivos e Metas..........................................................................................................74

ACOMPANHAMENTO, CONTROLE, AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO..............76.

Referencias Bibliográficas............................................................................................ 79
1. INTRODUÇÃO

A Constituição Federal, Art. 214, determina a elaboração do Plano Nacional de


Educação, ratificada no Art. 87 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º
9.394, de 20 de dezembro de 1996:
“Art. 87 é instituída a década da Educação, a iniciar-se um ano a partir desta Lei. Lei
n.º 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que “Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras
providências”, dispõe:
“Art. 1º Fica aprovado o Plano Nacional de Educação, com duração de dez anos.
Art. “2º A partir da vigência desta Lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
deverão, com base no Plano Nacional de Educação, elaborar Planos Decenais
correspondentes”.
O presente documento foi organizado a partir de decisão da administração municipal
em construir um Plano Municipal de Educação de forma científica, estratégica e
participativa. Portanto, além do cumprimento da determinação constitucional e legislação
decorrente, há a necessidade de sistematizar a organização da educação e ensino no
município, em todos os níveis e modalidades da Educação Básica, e, em toda a rede, a fim
de concretizar a oferta de serviços de melhor qualidade, evidenciando avanços construídos
ao longo do tempo e identificando lacunas que precisam de maior atenção nos próximos 10
anos.

1
2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JORDÃO-AC
Aspectos Históricos
A partir de 1926, intensificou-se a exploração das terras no Município de Jordão, em
conseqüência das imigrações dos nordestinos, fundando o seringal “Foz de Jordão”, que
cresceu muito graça a exploração da borracha.
Foz do Jordão foi o primeiro nome dado a estas terras que tinha sede no Seringal Boa
Vista banhado pelo Rio Jordão, inclusive o nome Jordão foi dado por um membro de uma
família italiana que tinha uma propriedade as margens do Rio Jordão, o Senhor Dom Jordão,
o lado que hoje está localizada a cidade, era o seringal São João, onde cuja sede era chamada
Itália por residirem italianos que eram os donos da referida localidade com casas todas de 2
andares.
Jordão é um Município “novo” localizado na confluência do Rio Tarauacá com o rio
Jordão, tendo sido criado em 28 de abril de 1992 e oficializado no dia 1º de janeiro de 1993.
Ele é um dos municípios mais isolados do Estado, pois não possui acesso terrestre para
os Municípios vizinhos. O acesso se faz somente por via fluvial, em média cinco dias de
barco, ou por via aérea. Por isso, Tarauacá desempenha um importante papel para a economia
de Jordão, pois se destaca como fornecedor de mercadorias para o município.
O Município ocupa a vigésima primeira posição em população no estado e o décimo
primeiro lugar em área.
Vale ressaltar que o Município de Jordão passou por grandes avanços na área de
transporte, comunicação, saúde e educação.
Portanto ao se falar em Jordão ao longo de seus 18 anos de emancipação e seu processo
histórico administrativo, pode-se observar com nítida percepção a evolução deste Município e
de sua população em todos os aspectos, sendo este o aprimoramento de resultados de lutas e
pessoas compromissadas com esta população.
Terras Indígenas
O Município possui cinco Terras Indígenas, o que corresponde aproximadamente 39,8%
da aérea do Município, todas situadas ao sul da sede municipal. Os povos que habita essas
terras são da etnia Kaxinawá, da família linguística Pano e chamam sua língua de hatxa-
kuin(língua verdadeira). Com aproximadamente 1.729 habitantes em 23 aldeias, o povo
Kaxinawá, que se auto denominado HuniKuin (gente verdadeira), é o mais numeroso de todo
o Estado (cerca de 42% da população indígena) . Ele se caracteriza entre outras coisas por sua
tecelagem altamente elaborada e uma rica cultura material e espiritual que inclui o uso do chá

2
“Nixipae” (ayahuasca), a tecelagem em algodão, e a cerâmica, marcadas pelos elementos
gráficos chamados de kenê (desenho da cobra) cujo significado está relacionado á coragem,
força, poder e sabedoria.
Uma particularidade entre as Terras Indígenas do Estado é que apenas a Terra Indígena
Kaxinawá do Seringal Independência, foi adquirido por compras de Associação dos
Seringueiros Kaxinawá do Rio Jordão (ASKARJ), em 1993/94, e é classificada como “terra
dominial indígena”, ou seja,aquela terra é propriedade coletiva do povo Kaxinawá.
Posteriormente, esta terra registrada na Secretaria do Patrimônio da União, como terra
reservada, para garantir o direito semelhante ás outras terras indígenas e isentar os habitantes
de pagamento de impostos etc. O acesso a essas terras só é possível por via fluvial, pelos rios
Tarauacá e Jordão.
Unidade de conservação
Reserva Extrativista do Alto Tarauacá- a reserva de 151.547 hectares foi criada no ano
de 2000, com o objetivo de proteger a diversidade biológica da região e promover seu uso
sustentável pelas populações secularmente envolvidas no extrativismo. Os moradores em sua
maioria descendem dos soldados da borracha, que migraram do nordeste para a região no
início do século passado. A reserva também foi criada com o objetivo de amenizar a falta de
acesso a serviços básicos de saúde e educação, e de contribuir para diminuir a retirada ilegal
de madeiras nobres da região. A reserva faz limite com diversas Terras Indígenas e está
localizada em uma região de difícil acesso por rodovia com o estante do Estado.
3. ASPECTOS GEOGRÁFICOS
Os limites do Município de Jordão são ao norte, com o Município de Tarauacá; ao sul,
com a República do Peru; ao leste, com o Município de Feijó e a oeste, com o município de
Marechal Thaumaturgo.
Sua latitude é de 09° 26’ 03 Sul. E a sua longitude é de 71° 53’ 02 Oeste.
Sua distância para a capital em linha reta é de 462 km, por rodovia não há porque não tem
rodovia ligando o Município com outros do Estado, sua área é de 5.361 km².
Sua área da unidade territorial é de 6.577 km². Sua área demográfica é de 1,23 hab/km².
4. ÁREAS ESPECIAIS
Segundo a Atlas do Estado do Acre publicado em 2008 pela Fundação de Tecnologias
do Estado do Acre 39,8% das terras do Município de Jordão pertencem a Terra Indígena
distribuídas entre: Alto Tarauacá (parte), Kaxinawá Ashaninka do Rio Breu (parte), Kaxinawá
do Baixo Rio Jordão, Kaxinawá do Rio Jordão, Kaxinawá do Seringal Independência.

3
5. ASPECTOS POPULACIONAIS
População residente Total 6.577 pessoas
População residente - Cor ou raça – Branca 994 pessoas
População residente - Cor ou raça – Preta 476 pessoas
População residente - Cor ou raça – Parda 2.972 pessoas
População residente - Cor ou raça – Amarela 5 pessoas
População residente - Cor ou raça – Indígena 2.130 pessoas
População residente - Cor ou raça - Sem declaração - pessoas
População residente Urbana 2.272 pessoas
População residente - Urbana - Cor ou raça – Branca 551 pessoas
População residente - Urbana - Cor ou raça – Preta 262 pessoas
População residente - Urbana - Cor ou raça – Parda 1.313 pessoas
População residente - Urbana - Cor ou raça – Amarela 3 pessoas
População residente - Urbana - Cor ou raça – Indígena 143 pessoas
População residente - Urbana - Cor ou raça - Sem declaração - pessoas
População residente – Rural 4.305 pessoas
População residente – Rural – Cor ou raça – Branca 443 pessoas
População residente – Rural – Cor ou raça – Preta 214 pessoas
População residente – Rural – Cor ou raça – Parda 1.659 pessoas
População residente – Rural – Cor ou raça – Amarela 2 pessoas
População residente – Rural – Cor ou raça – Indígena 1.987 pessoas
População residente – Rural – Cor ou raça – Sem declaração - pessoas
Fonte: Censo Populacional IBGE/2010
6. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
As atividades econômicas do Município de Jordão estão centradas na agricultura e
pecuária, e a prefeitura mantém frentes de trabalho para manter o plano com pequenos
rendimentos para subsistência de suas famílias, conseqüentemente são essas atividades que
possibilita o maior desenvolvimento do Município nos seus diversos setores.
A agricultura é a atividade predominante, os cultivos são de milho, arroz, mandioca,
banana, feijão além do cultivo de algumas frutas em quantidades menores como: laranja,
abacaxi, abacate, tangerina, mamão, limão e melancia.
Na pecuária, predomina-se a criação de bovinos, suínos, ovinos e piscicultura.

4
7. ASPECTOS CULTURAIS
A cultura do Município de Jordão tem suas origens dos nordestinos que para cá vieram
para exploração da borracha, grande parte na cultura indígena.
As manifestações culturais acontecem com maior relevância no aniversário da cidade
que é em 28 de abril e em 07 de setembro.
Na música, destaca-se, neste momento, o Grupo Geração e os Deejays.
Nos aspectos folclóricos, de festas populares destaca-se o carnaval ao ar livre, e a festa
religiosa em homenagem o padroeiro do Município, São Sebastião, no mês de janeiro,
contando também, com as festas juninas e a dança do Marirí (cultura indígena).
8. ASPECTOS DESPORTIVOS
O Município de Jordão possui uma quadra coberta, um campo de futebol com medidas
oficiais, quadra de voleibol e futebol de areia localizadas na praça municipal às proximidades
do Rio Tarauacá.
As atividades desportivas realizadas anualmente contam com a participação de
aproximadamente 500 (quinhentos) atletas amadores do município e consistem em
campeonatos amadores de futebol de areia, salão (futsal), futebol de campo, futevôlei,
voleibol de praia e salão. Contando também com corridas ciclistas, pedestres, à cavalos e
corridas de barcos e artes marciais (capoeira, karatê e jiu-jítsu) e também destaca-se a dança
do marirí, uma dança típica da cultura indígena.
No âmbito escolar, as escolas municipais e estaduais participam de jogos como: Jogos
Escolares realizados na sede da regional Envira e Jogos Interescolares no próprio município
em todas as modalidades e categorias.
9. ASPECTOS EDUCACIONAIS
De acordo com a Lei Nº 002/2009 de 16 de março de 2009,o Poder Legislativo autoriza
o Poder Executivo a criar a estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Educação,
sendo composta pelasseguintes estruturas e funções:
Departamento de Ensino/pedagógico
-Coordenadoria de Ensino Infantil;
-Coordenadoria de Ensino Rural;
-Coordenadoria do Ensino Fundamental de nove anos;
-Coordenação/Supervisão;
-Coordenação/biblioteca pública;

5
Ao Departamento de Ensino compete à organização, coordenação, planejamento,
acompanhamento e avaliação das atividades pedagógicas desenvolvidas no Município,
fazendo análise de dados estatísticos e do conhecimento das realidades das escolas rurais e
urbanas; cabendo elaborar relatórios, controlar a movimentação do pessoal nos quadros de
pessoal de cada escola, cabe também encaminhar processos pertinentes á vida funcional de
professores e servidores; divulgar os trabalhos da Secretaria. Coordenar e orientar a ação
pedagógica desenvolvida junto ás escolas, realizando ação pedagógica com objetivo de
alcançar as metas pretendidas pelo órgão municipal. Cabe a Seção de Supervisão, planejar,
coordenar, orientar e fiscalizar o ensino de acordo com cada área de atuação, criando novas
estratégias e avaliando o desempenho dos métodos, e atividades propostas, realizando
encontros e seminários para a promoção da atualização permanente dos professores
municipais.
Departamento Administrativo
-Departamento de Compras;
-Departamento de Transporte;
-Departamento de Estatística;
-Departamento de Administração;
-Departamento de Convênios e Programas;
-Departamento de Pessoal;
-Departamento de Educação Indígena;
-Departamento de Controle de Merenda Escolar;
-Departamento Financeiro;
-Departamento de Conselhos (Conselho de Alimentação Escolar-CAE, e Conselho de
Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB.
A Função de cada departamento está designada na Lei Nº002/2009. Onde o
Departamento de Compras é responsável pela organização das licitações e controle e saída de
materiais, o Departamento de transporte é responsável pelo transporte escolar de alunos e
material, o Departamento de Estatística é responsável pelo censo escolar, movimento e
rendimento, relatórios, atas, boletins, ficha individual, transferências de alunos e
acompanhamento da freqüência escolar de alunos, o Departamento de Administração é
responsável pela Assessoria á Secretaria na fiscalização e controle do funcionamento dos
demais setores na Secretaria Municipal de Educação, o Departamento de Convênios e
Programas é responsável pelo acompanhamento de Convênios e Programas Educacionais, o

6
Departamento De Pessoal é responsável pelos serviços contratuais, Carteira de Trabalho,
arquivos de documentos e lotação de funcionários, o Departamento de Controle de Merenda
Escolar é responsável pelo recebimento, distribuição da merenda e supervisão da merenda
escolar, o Departamento Financeiro é responsável pelo controle e aplicação dos recursos do
FNDEB, folha de pagamentos e contra cheques, o Departamento de Controle de Merenda
Escolar é responsável pelo recebimento, distribuição da merenda e supervisão da merenda
escolar, o Departamento de Conselhos conforme a Lei Nº 08/07 de 16 de abril de 2007 é
responsável pela fiscalização, prestação de contas, elaboração de cardápio e distribuição da
merenda escolar, e fiscalização dos recursos do FUNDEB, o Departamento de Educação
Indígena é responsável pela Educação Indígena e compõem-se dos seguintes setores;
I-Setor de supervisão;
II- Setor de transporte;
III- Setor de informática e arquivos;
IV- Setor de Merenda Escolar.
Departamento de Ensino/zona urbana
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Bernardo Abdon da Silva
- Escola Pré-Escolar 12 de Outubro (Educação Infantil)
- Creche Municipal Criança Feliz;
Departamento de Ensino/zona rural
As escolas da zona rural têm uma estrutura física e de organização administrativa
diferente das da zona urbana. As escolas da zona rural foram na maioria fundada na década
de 90 (noventa) e na década seguinte muitas foram reformadas no de 2011 deu-se inicio a
reforma geral de todas as escolas da zona rural. A infra-estrutura das escolas rurais
constitui-se de: 04, 03, 02 e 01, salas de aula, 01 cantina, o1 banheiro.
O professor (a) é responsável por tudo na escola, respondendo na Secretaria Municipal
de Educação por tudo que venha acontecer na escola e faz o elo entre escola - comunidade
e SEME, sendo responsável pela parte pedagógica e administrativa de sua referida escola.
Cada escola tem 01 merendeiro (a) e 01 servente. E o numero de alunos nessas escolas
varia de 12 a 80 alunos.
Essas escolas ficam situadas a margem do baixo e alto Rio Tarauacá; outras no alto
Rio Jordão e algumas centrais.
Nas escolas indígenas os professores e funcionários de apoio são todos indígenas. E
funcionam nas próprias aldeias.

7
Escolas Da Rede Municipal Zona Rural:

- Escola Municipal Maria Correia;


- Escola Municipal Maria Correia Anexo
- Creche Municipal Virginia Rodrigues de Araújo
- Escola Municipal Santo Onofre;
- Escola Municipal Amélia Gonçalves de Farias;
- Escola Municipal Augusto José de Brito;
- Escola Municipal Odília Dourado;
- Escola Municipal Álbia Pinheiro do Vale;
- Escola Municipal José Marinho;
- Escola Municipal Oscar Soares de Oliveira;
- Escola Municipal Cristo Redentor;
- Escola Municipal Graziela Melo Freire;
- Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida;
- Escola Municipal São Sebastião;
- Escola Municipal Florêncio da Cunha;
- Escola Municipal Deus Seja Louvado;
- Escola Municipal Nossa Senhora da Luz;
- Escola Municipal Ernesto Nonato;
- Escola Municipal Amazílio Sampaio;
- Escola Municipal Amazilio Sampaio Anexo
- Escola municipal Ossan Gavião;
- Escola Municipal Ataliba Ximenes de Aragão;
- Escola Municipal Francisco Perez Bayma;
- Escola Municipal Francisco Fernandes de Carvalho;
- Escola Municipal Santa Luzia;
- Escola municipal José Reginaldo da Rocha;
- Escola Municipal Francisca Batista da Silva;
- Escola Municipal Santa Julia Billiart II;
- Escola Francisco Turiano de Farias;
- Escola Municipal Santa Maria II;
- Escola Municipal Santa Maria Sede;

8
Escolas Indígenas
- Escola Indígena Lua Nova;
-Escola Indígena Santa Rosa Mística;
- Escola Indígena Nossa senhora do Perpétuo Socorro;
- Escola Indígena Bom Jardim;
- Escola Indígena Santa Júlia Billiart;
- Escola Indígena Jardim da Floresta;
- Escola Indígena Santa Maria I;
- Escola Indígena Ave Maria;
- Escola Indígena Espírito da Floresta;
- Escola Indígena São Francisco;
- Escola Indígena Central da Floresta;
- Escola Indígena São Vicente;
- Escola Indígena Coração de Jesus;
- Escola Indígena Padre Humberto;
- Escola Indígena Instituto São José;
- Escola Indígena Alfredo Sueiro Sales;
- Escola Indígena Bíblia Sagrada;
- Escola Indígena Coração de Maria;
- Escola Indígena Francisco Felix;
- Escola Indígena Novo Pensamento;
- Escola Indígena Raiz;
- Escola Indígena Reino da Floresta;
- Escola Indígena Nossa Senhora da Paz;
- Escola Indígena Romão Sales
-Escola Indígena Bixi
- Escola Indígena Luiz Sereno
- Escola Indígena Seja Bem Vindo
- Escola Indígena Santo Antonio
- Escola Indígena João Sereno Banê
- Escola Indígena São José
- Escola Indígena Raiz da Terra.

9
Escolas Indígenas da Rede Estadual:
- Escola Indígena Estadual Boa Esperança
- Escola Indígena Estadual Belo Monte
- Escola Indígena Estadual Alto do Bode
- Escola Indígena Estadual Bom Futuro de Técnica
- Escola Indígena Estadual Novo Segredo
O departamento de Ensino é composto pelas escolas, de responsabilidades do
Município, com suas direções que tem a responsabilidade de administrar, controlar o
equipamento, material, merenda e transporte recebidos; planejar os trabalhos da escola;
executar os projetos e programas estabelecidos pela Secretaria; criar estratégias para melhorar
o ambiente da escola e o nível de aprendizado; e conta ainda com os seguintes colegiados que
são parceiros na gestão municipal, e tem os objetivos de: fiscalizar, mobilizar e deliberar:

Conselho Municipal de Educação Criado com Lei Municipal nº 012 de 24 de Maio de


2011.

Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Jordão - CMDCA

O CMDCA foi criado pela Lei nº 09/03 e a nomeação dos membros foram dadas pelo
decreto nº 07/2009.
Conselho de Alimentação Escolar – CAE
O Conselho de Alimentação Escolar – CAE é um órgão colegiado, de caráter
fiscalizador, permanente e deliberativo. Tem o objetivo acompanhar a aplicação dos
recursos financeiros repassados à conta do PNAE, monitorar a aquisição dos produtos
adquiridos para o PNAE, receber e analisar a prestação de contas do PNAE, enviado pela
entidade executora e remeter ao FNDE.
No município de Jordão o CAE foi criado pela portaria nº 27/2009,
Conselho Municipal de Acompanhamento, Controle Social, Comprovação e
Fiscalização dos Recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB
Criado através da Lei Municipal Nº 08 de 16 de fevereiro de 2007, que criou o
Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de manutenção e
Desenvolvimento da Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação- FUNDEB e
sua alteração da lei nº 011, de 22 de março de 2010.

10
TABELA N° 01 – ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, POR DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA, SEGUNDO A ETAPA – MODALIDADE MINISTRADA, NO
ANO DE 2014
Municipal Estadual Outras
Tipo de
Total Conveniadas Privadas Sec.
Estabelecimento Sede Campo Sede Campo
Estado
Educação Infantil-
- 1 1 - - - - -
creches
Educação Infantil-
- 1 3 - - - - -
creches
Ensino
- 1 32 2 5 - - -
Fundamental
Ensino Médio - - - 1 9 - - -
Ensino
Fundamental e - - - 1 - - -
Médio
Educação de
Jovens e Adultos - - - 1 3 - - -
Presencial
Educação de
Jovens e Adultos - - - - - - - -
Tecnológica
Educação Superior - - - - - - - -

TABELA Nº 02- INDICADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA/2010 A 2014

Dados da Educação de Jordão

Indicadores da Educação Básica

Ano Estabelecimentos Matrículas Docentes Turmas

2010 60 1.207 106 110


2011 60 1.273 106 110
2012 67 3.169 190 148
2013 68 3.274 199 162
2014 68 3.254 227 180
Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo Escolar/Preparação: Todos Pela educação

11
TABELA Nº 03- ASPECTOS EDUCACIONAIS DO MUNICIPIO-CENSO
2013/ALUNOS

Matrículas

Matrículas em creches 195 estudantes


Matrículas em pré-escolas 153 estudantes
Matrículas anos iniciais 1562 estudantes
Matrículas anos finais 1084 estudantes
Matrículas ensino médio 257 estudantes
Matrículas EJA 228 estudantes
Matrículas educação especial 07 estudantes
FonteCenso Escolar/INEP2013|Total de EscolasdeEducação Básica:30| QEdu.org.br

Matrículas no Ensino Fundamental


Matrículas 1º ano 312 estudantes
Matrículas 2º ano 379 estudantes
Matrículas 3º ano 317 estudantes
Matrículas 4º ano 291 estudantes
Matrículas 5º ano 239 estudantes
Matrículas 6º ano 248 estudantes
Matrículas 7º ano 225 estudantes
Matrículas 8º ano 342 estudantes
Matrículas 9º ano 371 estudantes
Fonte Censo Escolar/INEP2013|Total de Escolas de Educação Básica: 30

12
TABELA Nº 04 – CENSO 2013 / ESCOLAS
Tamanho da Escola – 2013
Dependência Administrativa
Tamanho da Escola
Estaduais Municipais Privadas TOTAL %
Muito Pequena- até 150 alunos 02 66 - 68 100%
Pequena – 151 a 400 Alunos - - - -
Média – 401 a 900 alunos - - - -
TOTAL 02 66 - 68 100%
Fonte:Escolas do Município, organização dos dados:SMEC Jordão-Ac

Turnos de Funcionamento –2013

Turno de Funcionamento
Estaduais Municipais TOTAL %
Manhã - 10 10 15%
Tarde - - - -
Manhã/Tarde 02 56 58 85%
Manhã/Tarde/Noite - - - -
TOTAL 02 66 68 100%
Fonte:Escolas do Município,organização dos dados:SMEC/Jordão-Ac
Níveis e Modalidades de Ensino –2013

Níveis e Modalidades de Ensino


Estaduais Municipais TOTAL %
Educação Infantil Creche - 02 02 3%
Educação Infantil Pré-escola - 02 02 3%
Ensino Fundamental Anos Iniciais
01 - 01 1%
/EJA
Ensino Fundamental Completo 01 63 64 93%
Pré-escola/Ens.Fund. Completo - - - -
Pré Esc. Ensino Fund./Ensino Med. - - - -
TOTAL 02 66 68 100%
Fonte:Escolas do Município, organização dos dados: SMEC Jordão-Ac

13
TABELA Nº 05- POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR
DIAGNÓSTICO (0 – 3 ANOS)
Indicador 1B – Percentual da população de 0 a 3 anos que freqüenta a escola.
21,2%
Meta Brasil: 50%
Brasil
1%
Meta Brasil: 50%
Acre
18%
Meta Brasil: 50%
Jordão
Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2010

DIAGNÓSTICO (4 – 5 ANOS)
Indicador 1A – Percentual da população de 4 a 5 anos que freqüenta a escola.
78,2%
Meta Brasil: 100%
Brasil
(Percentual a pesquisar)
Meta Brasil: 100%
Acre
52,7%
Meta Brasil: 100%
Jordão
Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2010
Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional – 2010

Taxa de Atendimento Vagas a serem


População Alunos Matriculados
(alunos/população) Criadas
Pré-
Esc
0a3 4e5 0a5 Pré- Ed. Creche Pré-Es Ed. Creche
Creche 100%
anos anos anos Escola Infant. (meta = 50%) (meta=100%) Infant. (50% PNE)
até
2016

931 222 1153 169 117 286 18,15% 52,7% 25% 50% 90%

Fonte: TCE-AC/2013

14
Diagnóstico da População Educacional na faixa etária de 0 – 5 anos e de 6 – 14 anos–
2010

População Universo Matriculados Censo Escolas - 2010


Total
Por faixa Populacional
Privada Estadual Municipal atendida
Etária Censo - 2010 Etapa
E A E A E A
0 a 3 anos 931 Creche x x x x 1 169 169
4 e 5 anos 222 Pré x x x x 1 117 117
0 a 5 anos 1.153 Ed.Inf. x x x x 2 286 286
Ens.
6 a 14 anos 1855 x x x x 58 1322 1322
Fund.
Fonte: SMEC/2014 – Escolas Estaduais/2010
E: número de escolas da rede que fornecem a etapa da educação infantil
A: número de alunos da etapa da educação infantil

TABELA Nº 06- TAXA DE ALUNOS QUE ESTÃO FORA DA ESCOLA (%)

CRIANÇAS/ANO 2010
0 a 3 anos 82%
4 a 5 anos 48%
6 a 14 anos 29 %
15 a 39 anos 43%

TABELA Nº 07- TAXA DE APROVAÇÃO, ABANDONO E REPROVAÇÃO

Etapa Escolas Reprovação Abandono Aprovação


Anos iniciais 5,6 % reprovação 2,2% abandonos 92,2% aprovação

Anos finais 9,8 % reprovação 2,5% abandonos 87,7% aprovação


Fonte: Censo escola – 2013-Jordão Ac.

15
10. AVALIAÇÕES EXTERNAS
Cada vez mais presente nos jornais e em outros meios de comunicação, a discussão da
avaliação educacional permite que o público brasileiro se conscientize não só da complexa
realidade da aplicação das avaliações padronizadas, estas também, denominadas de
avaliação em larga escala. Atualmente no nosso País, é uma das principais ferramentas para
a sistematização de políticas públicas dos sistemas de ensino esendo utilizada, no
redirecionamento das metas das unidades escolares. Seu foco é o desempenho da escola e o
seu resultado é uma medida de proficiência que permite aos gestores a implementação de
políticas públicas, e às unidades escolares um retrato de seu desempenho. A primeira
iniciativa brasileira de avaliação em larga escala foi o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica (Saeb) que se desenvolveu a partir de 1990 e foi aplicado inicialmente em
1995. Atualmente os Estados têm procurado desenvolver seus próprios sistemas de
avaliação estabelecendo metas e diretrizes específicas às suas realidades. As avaliações em
larga escala procuram assegurar a qualidade da Educação, fortalecendo o direito a uma
educação de qualidade a todos os alunos. Os resultados dos testes aplicados apontam para a
realidade de ensino, oferecendo um panorama do desempenho educacional. Os resultados
da avaliação em larga escala fornecem subsídios para a tomada de decisões destinadas a
melhorias no sistema de ensino e nas escolas. Eles também permitem acompanhar o
desenvolvimento das redes e sistemas de ensino, ao longo das diferentes edições dos testes
em larga escala, mediante a comparação dos resultados. Com os resultados das avaliações
em larga escala é possível construir indicadores nacionais, como, por exemplo, o IDEB
(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), bem como a distribuição do percentual
de alunos em cada nível da escala de proficiência. O Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pioneira de
reunir em um só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da
educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Ele agrega ao enfoque
pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do Inep a possibilidade de
resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade
educacional para os sistemas. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação
escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb
– para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios. Para
que o IDEB de uma escola ou rede cresça é necessário que o aluno aprenda, não reprove e
freqüente a sala de aula.

16
O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o País, a partir do alcance das
metas municipais e estaduais, alcance a nota 6.0 em 2022 – correspondente à qualidade do
ensino em Países desenvolvidos.

TABELA Nº 08 – IDEB PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICIPIO ANOS


INICIAIS

IDEB Observado Metas Projetadas

2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013

2.4 3.4 3.6 N.A 4.2 2.5 2.9 3.3 3.6

TABELA Nº 09 – IDEB PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICIPIO ANOS


FINAIS

IDEB Observado Metas Projetadas

2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013

3.0 3.4 3.3 3.9 4.1 3.1 3.2 3.5 3.9

10.2 PROVINHA BRASIL


Foi implementada pelo MEC em 2008 (Portaria nº 10 de 26/04/2007) PROVINHA
BRASIL é uma avaliação diagnóstica do nível de alfabetização das crianças matriculadas no
segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras. Essa avaliação acontece em
duas etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em períodos
distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um diagnóstico
mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em
termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado. Esta avaliação é realizada no
início do Ensino Fundamental a fim de fazer um diagnóstico da alfabetização, identificando
eventuais problemas e dificuldades que as crianças enfrentam com a leitura e a escrita. O
objetivo é sanar e ampliar as chances de um bom desenvolvimento da aprendizagem ao
longo do Ensino Fundamental. O município de Jordão vem realizando a avaliação da
Provinha Brasil deste 2008, com os alunos do 2º ano nas áreas de Língua Portuguesa e
Matemática e fazendo o uso dos diagnósticos levantados para organizar e ofertar as
intervenções pedagógicas e financeiras.
17
10.3 PROVA BRASIL
A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são
avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a
qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes
padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados na quarta e oitava séries
(quinto e nono anos) do ensino fundamental, os estudantes respondem a itens (questões) de
língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas.
No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de
contexto que podem estar associados ao desempenho. Professores e diretores das turmas e
escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos,
perfil profissional e de condições de trabalho. A partir das informações do Saeb e da Prova
Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações
voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades
existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e
direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias.
As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.
Além disso, os dados também estão disponíveis paratoda a sociedade que, a partir dos
resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de governo.
No caso da Prova Brasil, ainda pode ser observado o desempenho específico de cada rede de
ensino e do sistema como um todo das escolas públicas urbanas e rurais do país.

TABELA Nº 10 – PROVA BRASIL (DESEMPENHO MÉDIO


4º / 5º E.F. 4º / 5º E.F 6º / 9º E.F 6º / 9º E.F
Por. Mat. Por Mat.
2009 152,77 168,45 195,18 207,11
2011 150,3 155,3 220,0 225,6
Fonte: MEC/INEP 2013.

18
TABELA Nº 11 –TAXA DE DISTORÇÃO IDADE SÉRIE

Anos Iniciais do Anos Finais do Ensino


2014
Ensino Fundamental Fundamental

Estadual 19,4% 19,3%

Municipal 24,1% 24,9%

Fonte: Inep: 2014.


11. ETAPAS E MODALIDADE DA EDUCAÇÃO EM JORDÃO ACRE.

11.1 EDUCAÇÃO INFANTIL

Conforme a Constituição Federal de 1988, no seu Art. 208: O dever do Estado com a
Educação será efetivado mediante a garantia:
IV – Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
(EC nº. 14/06).
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB - Lei nº. 9.394/96, Seção II
- Da Educação Infantil:
Art. 29 – A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físicos, psicológicos, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade.
Art. 30 – A Educação Infantil será oferecida em:
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II – pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade.
Art. 31 – Na Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao
Ensino Fundamental. No ano de 1990, a Lei 8.069/90 - aprovou O Estatuto da Criança e
do Adolescente – ECA; ele regulamentou o artigo 227 da CF, inserindo as crianças no
mundo dos direitos humanos e colocando-as como sujeito de direitos: direito ao afeto,
direito de brincar, direito de querer, direito de não querer, direito de conhecer, direito de
sonhar e de opinar.
Com a aprovação da Lei n.º 11.274/2006, o acesso obrigatório ao ensino fundamental
passou a ser aos 06 anos e portanto, com duração de 09 anos e a Educação Infantil passou a
incluir a faixa etária de 0 a 5 anos. Nesse advento, novas políticas de atendimento às
crianças de zero a cinco anos foram estabelecidas no Brasil e políticas educacionais no
MEC – Ministério da Educação, o que resultou na construção do RCNEI – Referencial
19
Curricular Nacional para a Educação Infantil em 1998 e as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil em 1999 (Resolução CNE/CNE n.º 01/99) e em 2009
(Resolução CNE/CNE n.º 05/09).
No que diz respeito à legislação brasileira, muitas foram às conquistas da Educação
Infantil, considerando a criança como sujeito de direitos. Assim, o atendimento de zero a
cinco anos (0 a 5 anos) precisa ser tratado como um processo contínuo, quebrando antigos
paradigmas de que nas creches (0 a 3anos) deveriam predominar os cuidados com a
higiene, saúde e a alimentação e que na Pré-escolar(4 e 5 anos) se preparava para o Ensino
Fundamental. A Educação Infantil precisa ser encarada como um período preparatório para
a escolaridade futura; nessa perspectiva, o trabalho com a faixa etária de zero a cinco anos
envolve ações de cuidados e de educação de modo indissociável. Assim os sistemas de
ensino devem organizar seus projetos pedagógicos articulando esses dois processos de
ensino.
As Diretrizes Nacionais da Educação Infantil tem como eixos norteadores a interação
e a brincadeira, citando que a proposta pedagógica para este segmento deve respeitar as
especificidades etárias, sem a antecipação de conteúdos que serão estudados no ensino
fundamental. Apesar do brincar ser a principal forma de linguagem da criança, e a sua
principal via de acesso para interagir de diferentes papeis, criando e recriando situações
cotidianas diversas e exercitando aspectos da realidade para compreender e significar o
mundo. As referidas diretrizes constituem- se na doutrina sobre Princípios, Fundamentos e
Procedimentos da Educação Básica, definidos pela Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação, que orientará as instituições de educação infantil dos
Sistemas Brasileiros de Ensino, na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação
de suas propostas pedagógicas.
As Diretrizes da Educação Infantil do Município de Jordão estão em consonância com
a legislação vigente no país, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade, e como objetivo de proporcionar condições adequadas para promover o
bem-estar da criança, seu desenvolvimento físico, motor, emocional, intelectual, moral e
social e a ampliação de suas experiências e estímulo ao processo do conhecimento do ser
humano, da natureza e da sociedade. Dada as particularidades do desenvolvimento da
criança, cumpre duas funções indispensáveis e indissociáveis: educar e cuidar (CAP. II
ART. 5º E 6º PARAF. ÚNICO LDB)

20
São princípios das Diretrizes Nacionais da Educação Infantil:
PRINCÍPIOS ÉTICOS - Da autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do
Respeito ao Bem Comum;
PRINCÍPIOS POLÍTICOS - Dos Direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício da
Criticidade e do Respeito á Ordem Democrática;
PRINCÍPIOS ESTÉTICOS - Da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade, da
Qualidade e da Diversidade de manifestação Artística e Culturais.
Neste sentido, compreende-se que o espaço de Educação Infantil deve respeitar o
caráter lúdico e prazeroso das atividades, propiciando ações planejadas, espontâneas e
dirigidas, em evidenciar a necessidade de ações intencionais. Entretanto que não visem
uma antecipação de rotinas e procedimentos comuns às classes de Educação Fundamental.
O professor tem um importante papel como mediador desse processo, pois está posto
em suas atribuições orientar as atividades e direcionar o processo do conhecimento da
criança, não descuidando do cuidar e do educar. Esses dois eixos caminham
simultaneamente e de maneira indissociáveis; não perdendo de vista que os cuidado precisa
considerar principalmente as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e
respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do atendimento que estão
recebendo. Os procedimentos relativos ao cuidar ressaltam o desenvolvimento integral da
criança, envolvendo os aspectos afetivos, relacionais, biológicos, alimentares e
concernentes à saúde, garantindo padrões de qualidade.
11.2 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO
MUNICÍPIO
Na última década, o município revelou a existência de 1.295 (um mil duzentos e
noventa e cinco) crianças matriculadas em creches e pré-escola, com idade entre um ano e
meio e 5 anos, com a ampliação do Ensino Fundamental para 9 anos, houve a inserção das
crianças de 6 anos nesse nível de ensino. De acordo com a Lei n.º 11.274 de 2006, art. 32. O
Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9 anos, gratuito na escola publica
iniciando-se aos 6 anos de idade, terá por objetivo a formação básica de cidadão. De acordo
com o censo escolar de 2013 realizado pelo Ministério da Educação eram atendidas na
educação infantil 348 crianças, havendo 95 na rede pública municipal. Freqüentando creches
eram atendidas em regime parcial 195 crianças. Na faixa etária de 4 e 5 anos eram atendidos
153 crianças.

21
TABELA 12 – NUMERO DE MATRICULAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA
REDE MUNICIPAL DE JORDÃO ACRE.

REDE (Nº DE ALUNOS)


MODALIDADE
ESTADUAL MUNICIPAL PARTICULAR

Creche - 195 -
Pré-escolar - 153 -
Censo escolar – matricula 2013.

Meta 1: Meta 01: Ampliar em regime de colaboração a oferta de educação infantil, a


fim de atender em 5 anos 50% das crianças de 4 a 5 anos de idade e até o final deste
PME atender 50% das crianças de 0 a 3 anos e 90% das crianças de 4 a 5 anos de
idade.

Estratégias:

1.1 Manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitando as normas de acessibilidade,


programa nacional de construção e restauração de escola, bem como de aquisição de
equipamentos, visando à melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil;
1.2 Implantar, até o quarto ano de vigência deste PME, avaliação da educação infantil, a ser
realizada a cada2 (dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de
aferir à infra-estrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestor, recursos
pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes;
1.3 Garantir a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisas e cursos de formação
para profissionais da educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas
pedagógicas que incorporem os avanços de pesquisas ligadas ao processo de ensino-
aprendizagem e as teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco)
anos.
1.4 Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional
especializado complementar e suplementar aos(às) alunos (as) com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento a altas habilidades ou superdotação, assegurando a educação
bilíngüe para crianças surdas e a transversalidades da educação especial nessa etapa da
educação básica;

22
1.5 Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por
meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no
desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) ano de idades;
1.6 O Município, com a colaboração da União e dos Estados, realizará a cada ano,
levantamento das demandas manifestadas por educação infantil em creches e pré-escolas,
como forma de planejar e verificar a necessidades de vagas para ampliar o atendimento;
1.7 Ampliar o acesso à educação infantil em tempo integral, para todas as crianças de 0
(zero) a 5 (cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a
educação infantil.
1.8 Implantar formas de participação da comunidade escolar e local na melhoria do
funcionamento das instituições de Educação Infantil e no enriquecimento das oportunidades
educativas e dos recursos pedagógicos.
1.9 Preparar a criança para ingressar no ensino fundamental, respeitando-se o direito de
brincar, estabelecer vínculos afetivos, utilizar diferentes linguagens e expressarsentimentos,
desejos, pensamentos e necessidades, bem como assegurar a vivência dainfância e o
desenvolvimento das dimensões intelectual, física, emocional, espiritual,cultural e afetiva do
ser humano.
1.10 Expandir nas redes públicas a oferta da educação infantil de acordo com as
particularidades de cada comunidade de modo a atender as populações do campo e nas terras
indígenas.
1.11 Ampliar os espaços físicos, com sala de vídeo, sala de leitura, escovódromo, espaço
para recreação, jogos, garantindo acessibilidade.
1.12 Priorizar a formação continuada para profissionais do Magistério que trabalham com a
educação infantil.
1.13 Garantir, em regime de colaboração com a União e Estado, através do PAR,
aconstrução ou melhoria de creches e pré-escolas, fomentando o acesso e apermanência das
crianças de 0 a 3 e 4 a 5 anos na Educação Infantil

11.3 ENSINO FUNDAMENTAL (URBANO/ CAMPO E TERRAS INDIGENAS)


O Ensino fundamental é uma das etapas que abrangem a Educação Básica. “é
obrigatório e gratuito inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria”. - CF
de 98, Capítulo III, Seção I, Art. 208. A partir da Lei Federal n.º 11.274, de 06 de fevereiro
de 2006, passou a ter duração de nove anos, sendo obrigatório para todas as crianças com
idade entre 06 e 14 anos. A obrigatoriedade da matrícula nessa faixa etária implica na
23
responsabilidade conjunta: dos pais ou responsáveis pela matrícula dos filhos; do Estado
pela garantia de vagas nas escolas públicas; da sociedade, por fazer valer a própria
obrigatoriedade.
As diretrizes norteadoras do Ensino Fundamental estão contidas na Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988 no Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do
Desporto na Seção I - Da Educação:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta
gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.
III - Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
VI - Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - Atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental,
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, demaneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais eartísticos, nacionais e
regionais.
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos
horáriosnormais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada
às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos
próprios de aprendizagem.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em
regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 2º Os Municípios atuaram prioritariamente no Ensino Fundamental e Pré-Escolar. A
Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – LDB, no TÍTULO III – Do Direito à Educação e
do Dever de Educar na Seção III – Do Ensino Fundamental:
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito

24
naescola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica
do cidadão, mediante:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos opleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Art.10. Os Estados incumbir-se-ão de:
VI - Assegurar o Ensino Fundamental e oferecer, com prioridade, o Ensino Médio.
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
V - Oferecer a Educação Infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade oEnsino
Fundamental.
Assim, verifica-se que a Constituição Federal Brasileira institui a educação como
direito de todos e dever do Estado. Declara como princípios do ensino não só a igualdade de
condições de acesso e permanência, mas a correspondente obrigação de oferta de educação
com um padrão de qualidade. Portanto, todos têmo direito a cursar uma escola que possua
condições de funcionamento adequadas e competência educacional, em termos de equipe de
funcionários, materiais, recursos financeiros e projeto político e pedagógico. Tal projeto
deve ser pertinente àsdiretrizes nacionais, mas também integrar a realidade e necessidades
locais. Poressa razão, a gratuidade e universalidade do ensino público devem ser entendidas
não somente como a matrícula “potencial”–os números de matrículas divulgados, mas como
a tradução da garantia das condições plenas que permitam a todos os alunos a sua freqüência
regular e permanência até conclusão do período escolar.
Levando em conta estas questões a tarefa de universalizar o Ensino Fundamental não
passará somente pelas vias numéricas, mas, sobretudo, pela análise das condições em que o
sistema escolar se sustentará para alcançar com qualidade, os objetivos educacionais
idealizados na legislação vigente.
A oferta do Ensino Fundamental a toda população, inclusive àqueles que não tiveram
acesso a ele na idade própria, é dever Constitucional e uma das prioridades do Plano
Municipal de Educação, configurando-se como compromisso com oingresso, permanência,

25
reingresso e sucesso.
O Ensino Fundamental de qualidade deverá regularizar a distorção idade série,
diminuindo o atraso no percurso escolar resultante da repetência e da evasão escolar. A
criação de condições próprias para a aprendizagem, adequação de espaços, tempos e
recursos didáticos devem ser consideradas para estes jovens com mais de 14 anos que ainda
se encontram no ensino fundamental.
11.4 ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS
Os indicadores nacionais evidenciaram que das “crianças em idade escolar, 3,6 %
ainda não estão matriculadas. Entre aquelas que estão na escola, 21,7% estão repetindo a
mesma série e apenas 51% concluirão o Ensino Fundamental, fazendo- os em 10,2 anos em
média.”* (MEC/INEP/Censo 2002/ MEC – Ensino Fundamental de Nove Anos –
Orientações Gerais). Considerando estes dados ogoverno federal ampliou o Ensino
Fundamental para nove anos, com objetivo deassegurar o acesso e permanência das crianças
na escola, elaborando diretrizes que promovam com qualidade o processo de ensino dos
alunos na faixa etária dos 06 aos 14 anos.
Ao indicar esta ampliação o Ministério da Educação buscou cumprir o dispositivo
legal da lei n.º 9.394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é uma das metas
estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE), naperspectiva de assegurar às crianças
de 06 (seis) anos, que sem distinção declasse, tenham acesso à escola e sua matrícula
garantida.
No município de Jordão Acre, a reorganização do Ensino Fundamental de nove anos
(09) foi realizada de com acordo com art. 32 da Lei 9393 de 20 de Dezembro de 2006
Também com aprovação da lei n° 11.274/2006. Apartir de 2009 Ensino Fundamental com
nove anos de duração foi implantada, nas Escolas da Rede Municipal de Ensino de Jordão
Acre, com matrículas à partir de seis anos de idade considerando a data de nascimento até 31
de março do ano da matricula.
As novas concepções educacionais quanto à gestão dos Sistemas de Ensino nos
remetem a uma articulação nacional, estadual e municipal em busca do ensino público de
qualidade com foco na permanência com sucesso de todos os alunos no Ensino
Fundamental. O Governo Federal lançou o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica, consolidando o Prova Brasil e dados do Censo Escolar entre outros indicadores, a
fim de traçar metas mais ofensivas para melhoria do ensino público pactuadas no PDE –
Plano de Desenvolvimento da Educação e no Compromisso Todos pela Educação.

26
Nesse contexto, levantam-se como princípios:
 A Igualdade, como possibilidade de acesso ao conhecimento científico ecultural,
histórica e socialmente construído;
 O Reconhecimento das diferenças, o que implica a consideração dasingularidade
humana;
 A Integralidade, o que pressupõe o desenvolvimento das múltiplas dimensões
humanas e o oferecimento de um processo educativo que reconstrua os tempos e espaços
escolares;
 A Autonomia, buscando qualificar o debate e a reflexão crítica, pautados em valores
cooperativos, solidários e de respeito mútuo, dentro de uma perspectiva democrática e
coletiva;
A operacionalização desses princípios através do currículo acontece no seio de uma
organização social. Para que aconteça é preciso superar a visão ingênua deque a escola "tudo
pode", mas também superar a perspectiva determinista-fatalista a escola “nada pode”, além
de reproduzir a sociedade.
11.5 DIAGNÓSTICO
O Ensino Fundamental de Nove Anos representou um avanço no que refere-sea
inclusão das crianças de seis anos de idade. Assim elas têm maiores possibilidades de
aprendizado na idade certa, pois ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças
prossigam nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade.
O processo de universalização do acesso ao ensino fundamental, na década, de 1990,
representa inegável avanço na história educacional brasileira, principalmente em relação a
garantir o ensino público no Brasil. Como supracitado a partir de 2012, engajou no cenário
do Ensino Fundamental de Nove anos em todas as escolas públicas municipais. Na tabela
abaixo observa-se aquantidade de alunos atendidos nessa modalidade de ensino a partir de
2011, datade inserção.
TABELA Nº 13 - NÚMERO DE ALUNOS POR MODALIDADE.
REDE (Nº DE ALUNOS)
MODALIDADE
ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA
2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013
1° ao 5º Ano
163 170 199 1.367 1.423 1.339 - - -
6º ao 9º Ano 107 103 314 1.230 1.078 962 - - -
Fonte: Censo escolar – 2013.
27
Meta 2: universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população
de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 90% (noventa por cento) dos
alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste
PME.

Estratégias:

2.1 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso do aluno a escola, buscando


mecanismos para que os mesmos tenham um bom aproveitamento escolar, principalmenteos
beneficiários de programas de transferência de renda, os alunos que sofrem discriminação,
preconceito e violência na escola. Estabelecendo parcerias com as famílias, órgãos públicos
de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude.

2.2 Criar mecanismos para resgatar as crianças e adolescentes que estão fora da escola, em
parceria com os órgãos públicos (assistência social, saúde, conselho tutelar, secretaria de
educação e demais órgãos competentes).
2.3 Desenvolver tecnologias pedagógicas adequadas, de maneira organizada, que atendam
as necessidades do alunado, organizando o tempo e as atividades didáticas entre a escola e o
ambiente comunitário, considerando as características da educação especial, das escolas do
campo e das comunidades indígenas.
2.4 Ampliar atividades no contra turno aos estudantes para estimular as suas habilidades,
inclusive mediante certames e concursos nacionais.
2.5 Promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de
garantir aos jovens das escolas a oferta de atividades culturais dentro e fora da escola,
assegurando que as escolas se tornem espaços de difusão da cultura.
2.6 Disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização flexível do trabalho
pedagógico, adequando o calendário escolar à realidade local, a identidade cultural e as
condições climáticas da região.

2.7 Fortalecer, em regime de colaboração, Programas de Correção de Fluxo Escolar,


reduzindo as taxas de repetência, evasão e distorção idade série, em todas as escolas da rede
municipal.
2.8 Inserir no currículo do Ensino Fundamental conteúdos que tratem dos direitos das
crianças e dos adolescentes, conforme a Lei 11.525/07 em seu § 5º onde fala que “ O

28
currículo do Ensino Fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos
e deveres das crianças e dos adolescentes”.
2.9 Viabilizar programas e projetos municipais com datas estipuladas no calendário escolar
para fortalecer a relação família/escola proporcionando a melhoria do ensino-aprendizagem
2.10 Realizar a chamada pública de crianças e adolescentes fora da escola emparceria com
os órgãos de assistência social, saúde e de proteção à infância, adolescência e juventude.
2.11 Estruturar, até o 5º ano de vigência deste PME, uma escola do campo (escola pólo) para
atender alunos de localidades próximas, dos anos finais do Ensino Fundamental, e até o final
de vigência do PME estruturar mais 2 unidades escolares,

Meta 3: Ampliar, até 2017 o atendimento escolar para toda a população indígena com
idade de 06 (seis) a 14 (quatorze) anos e elevar, até o final do período de vigência deste
PME, a taxa líquida de matrículas do Ensino Fundamental em 100% (cem por cento).

Estratégias:

3.1 Ampliar o atendimento das comunidades indígenas a oferta do ensino do 6º ao 9º ano


(ciclos) nas próprias aldeias e ofertar a educação integral de forma a atender ás
especificidades dessas comunidades, garantindo, para o oferecimento a consulta livre, prévia
e informada.

3.2 Desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, os modos


próprios de ensino\aprendizagem, a organização social e o ambiente comunitário das
comunidades indígenas, considerando as especificidades da educação especial.

3.3 Elaborar materiais didáticos específicos em língua indígena/portuguesa para o ensino


fundamental indígenas e acompanhamento pedagógico que respeite as condições
sociolingüística de cada povo.

3.4 Estabelecer padrões de infra-estrutura para as escolas indígenas, que garantam a


adaptação às condições climáticas da região e, sempre que possível, as técnicas de
edificações próprias, de acordo com o uso social e concepções do espaço próprio de cada
povo, além das condições sanitárias e de higiene, conforme consulta livre previa e
informada.

3.5 Ofertar através do estudo de demanda das matriculas o transporte gratuito para todos os
estudantes da educação escolar indígena, considerando as condições de navegabilidade dos
29
rios e igarapés regionais, a trafegabilidade das estradas, mediantes o desenvolvimento de um
programa específicos que busquem adequar a legislação vigente à realidade.

3.6 Garantir padrão básico paraas escola em terra Indígenas no que se refere à redefísica,
manutenção e suporte para o ensino.
3.7 Realizar, em regime de colaboração, levantamento das demandas de alunos,nessa faixa
etária, para garantir o acesso e permanência destes no Ensino fundamental, com foco na
melhoria da qualidade da educação nas escolas indígenas.
3.8 Garantir formação de professores com base no currículo ampliado e articulado nas áreas
de conhecimento da educação indígena.

11.6. EDUCAÇÃO ESPECIAL


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece: “Art. 58. Entende-se por
educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades
especiais.
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular,
para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não forpossível
a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa
etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organizações específicas para
atender às suas necessidades;
II - Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - Professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
paraatendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para
aintegração desses educandos nas classes comuns;
IV - Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em
sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade deinserção

30
no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para
aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou
psicomotora;
V - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis
para o respectivo nível do ensino regular.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios
decaracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e comatuação
exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.
Parágrafo único. “O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação
do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular
de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo”.
11.7 Caracterização e Diagnóstico
A Constituição Federal estabelece o direito das pessoas com necessidades especiais
receberem educação preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208, III).
A diretriz atual é a plena integração dessas pessoas em todas as áreas dasociedade.
Trata-se, portanto, de duas questões – o direito à educação, comum a todas as pessoas, e o
direito de receber essa educação sempre que possível junto com as demais pessoas nas
escolas regulares¨.
Situações possíveis: participação nas classes comuns, classes de recursos, sala especial
e escola especial. O conhecimento da realidade é bastante precário em todo o país.
A Organização Mundial da Saúde estima que em torno de 10% da população têm
necessidades especiais: visuais, auditivas, físicas, mentais, múltiplas, distúrbios de conduta e
superdotação. No Brasil seriam 15 milhões. Em 1998, dos 5.507 Municípios brasileiros,
59,1% não ofereciam educação especial. Quanto à qualificação dos profissionais do
magistério para a educação especial: 3,2% das funções docentes possuíam apenas o ensino
fundamental; eram formados em nível médio 51%, e, em nível superior 45,7%. Em
princípio, todos os professores deveriam ter conhecimento da educação de alunos especiais.
Tendências recentes:
Integração/inclusão do aluno com necessidades especiais no sistema regularde ensino;
Ampliação do regulamento das escolas especiais;
Melhoria da qualificação dos professores;
Expansão da oferta de cursos de formação/especialização pelas universidades e escolas
normais.

31
No Município de Jordão o atendimento de Educação Especializada é feito no contra
turno de cada escola. Alguns já possuem salas de recursos multifuncionais, outras ainda não,
porém, mesmo assim atende os alunos em uma sala normal, os professores recebem
formação para o atendimento a estes alunos do AEE (Atendimento Educacional
Especializado).
11.8 Diretrizes
A Educação Especial, como modalidade de educação escolar, terá que ser promovida
sistematicamente nos diferentes níveis de ensino, com a garantia de vagas no ensino regular
para os diversos graus e tipos de deficiência dos alunos.
Várias são as fórmulas, os recursos e as respostas que refletem maneiras de enfrentar a
diversidade na educação. As ações educativas não podem apoiar-se na homogeneidade de
formas de trabalho, precisa ser uma educação interessante e desafiadora com flexibilidade
para atender as múltiplas situações.
Articulação e cooperação entre os setores de educação, saúde e assistência é
fundamental e potencializa a ação de cada um deles.
As adequações curriculares são medidas pedagógicas adotadas no nível da Proposta
Pedagógica da escola e da sala de aula, em relação aos objetivos, aos conteúdos, à
metodologia, à temporalidade e à avaliação.
A formação de recursos humanos com capacidade de oferecer o atendimento aos
educandos especiais na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, EJA, Médio e suas
modalidades é uma prioridade para o Plano Municipal de Educação. Não há como ter uma
escola regular eficaz quanto ao desenvolvimento e aprendizagem dos educandos especiais
sem que seus professores, demais técnicos, pessoal administrativo e auxiliar seja preparado
para atendê-los adequadamente com disponibilidade de material pedagógico especializado.
TABELA Nº 14 ESCOLAS DO MUNICIPIO QUE ATENDEM A EDUCAÇÃO
ESPECIAL E QUANTIDADE DE ALUNOS
Nº DE PESSOAS
DIFICIENCIA
1º ao 5º ano 6º ao 9º ano
José Reginaldo da Rocha 07 -
Santa Julia Biliart 03 -

Santa Maria 01 -

Augusto José de Brito 03 01

32
Bernardo Abdon da Silva 16 04

Manoel Rodrigues de Farias 07 -

Jairo de Figueiredo Melo - 04

Meta 4: Assegurar, para a população de 4 (quatro) a 14 (quatorze) anos com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, de forma a garantir no prazo de 5 (cinco) anos pelo menos 60% da
demanda nas escolas urbanas e 50% da necessidades nas escolas rurais nas áreas
brancas e indígenas, e até o final da vigência deste PME, atender 80% das escolas da
rede regular de ensino. Garantido o atendimento educacional especializado em sala de
recursos multifuncionais.
Estratégias.
4.1 Contabilizar, para fins do repasse do fundo de manutenção e desenvolvimento da
educação básica e de valorização dos profissionais da educação-Fundeb, as matrículas dos
(a) estudantes da educação regular da rede pública que recebem atendimento educacional
especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matriculas na
educação básica regular e as matrículas efetivadas, conforme o senso escolar mais
atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva
na modalidade, nos termos da lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.
4.2 Garantir através da matricula que os recursos do repasse do fundo de manutenção e
desenvolvimento da educação básica e de valorização dos profissionais da educação sejam
destinados a formações continuadas para profissionais indígenas e profissionais do campo,
materiais didáticos, equipamentos, recursos de tecnologia assistiva, com vista a promoção do
ensino e aprendizagem, bem, como condições de acessibilidade dos estudantes com
deficiência e transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
que requeiram medidas de atendimento especializado.

4.3 Desenvolver parcerias nas redes de ensino municipal e estadual para assegurar o
acompanhamento com os profissionais: psicólogo, fonoaudiólogo, psiquiatra,
psicopedagogo e outras ofertas dos cursos em braile, libras orientação e mobilidade,
deficiência intelectual (di) e os demais transtornos globais do desenvolvimento.

33
4.4 Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas
instituições públicas para garantir o acesso e a permanência dos alunos (a) com deficiência
por meio da adequação arquitetônica da oferta de transportes acessível e da disponibilização
de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no
contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidade de ensino, a identificação dos (as)
alunos (as) com altas habilidades ou superdotação.

4.5 Expandir a oferta da educação inclusiva para os alunos público alvo daeducação especial
conforme a contemplação oferecida pelo MEC de forma agarantir a sua universalização nas
escolas da rede regular de ensinoaté o final deste PME.

4.6 Estabelecer parcerias com outras secretarias (saúde, esporte e lazer, assistênciasocial e
câmara de Vereadores) para o desenvolvimento de políticas públicas aos jovens,adultos e
idosos, público alvo da Educação Especial.
4.7 Ampliar a equipe multifuncional para atendimento aos alunos públicoalvo do AEE,
tendo início no segundo ano de vigência do plano.

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do


Ensino Fundamental. Em língua portuguesa, matemática e ciências.

Estratégias.

5.1 Fortalecer a política de formação de professores alfabetizadores na perspectiva da


construção de práticas pedagógicas mais eficazes.

5.2 Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a


alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas
pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas e ações de formação
continuada de professores (as) para a alfabetização.

5.3 Apoiar a alfabetização de crianças do campo, indígenas, com a produção de materiais


específicos e desenvolver instrumentos de acompanhamento.

5.4 Desenvolver avaliação processual compatível com o desenvolvimento infantil


considerando a singularidade e os tempos de aprendizagem de cada um dos alunos.

34
5.5 Procurar formar parcerias junto as IES (Instituição de Ensino Superior) e as
universidades públicas para oferta de cursos de especialização em alfabetização presenciais
e adistância para professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental

12. EDUCAÇÃO INTEGRAL


A cada novo dia se intensifica o debate sobre a ampliação do tempo escolar dos
educandos brasileiros, não somente pela demanda da sociedade civil ou pelo atendimento a
textos legais, mas principalmente pela necessidade de se oferecer a oportunidade a todos de
uma educação realmente emancipadora e libertadora.
Os ideais defendidos por Darcy Ribeiro resultaram na redação final da LDB 9394/96
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação) que determina a ampliação da jornada escolar.
Dentro de um conceito de Educação Integral é preciso ressignificar espaços, conteúdos e
práticas pedagógicas que impulsionem aprendizagens expressivas, que considerem o aluno
como um ser único, sujeito de direitos e possibilidades variadas. A utilização de espaços
comunitários, clubes, teatros, etc., visam dar melhor qualidade a interação
escola/comunidade, ampliando o universo das possibilidades de aprendizagem para o
aluno. Acreditamos que a oferta de Educação Integral em Tempo Integral proporciona a
melhoria dos índices de educação do município e se concretiza como o melhor caminho
para diminuir as desigualdades sociais e de aprendizagem entre os alunos de comunidades
mais carentes. Também, cremos que as atividades oferecidas fora dos muros da escola
efetiva um sentimento de pertencimento do aluno em relação ao seu meio e abre as portas
da sociedade para este cidadão/aluno.

12.1 DIAGNOSTICO

No Jordão-Ac, a adesão ao Programa Mais Educação ocorreu no ano de 2012


comampliação, em 2014 hoje já temos 02 Escolas Estadual e 08 Escolas da rede Municipal
contempladas, sendo estas: Escola Estadual: Manoel Rodrigues de Farias e Jairo de
Figueiredo Melo, Municipais: Amazilio Sampaio, Coronel Florêncio da Cunha, Nossa
Senhora de Guadalup, Graziela Melo Freire, Santa Maria, Maria Correia, Ataliba Ximenes
de Aragão e Santa Luizia. A partir de 2014 o número de escolas contempladas com o
Programa subiu para dez, e para2015vamos chegar ao número de 18 escolas só da rede
municipal entre escolas da zona urbana e rural inclusive nas terras Indígenas. As atividades
do Programa têm uma coordenação municipal responsável por orientar todas as atividades

35
do município juntamente com os professores comunitários orientando essas atividades em
cada uma das escolas inseridas no programa. Com adesão nos seguintes macros campos:
12.2 DIRETRIZ
Criação de condições adequadas à aprendizagem das crianças e dos jovens com mais de 14
anos, com recursos didáticos, tempo e espaço apropriados para cada faixa etária.
TABELA Nº 15DAS REDES
Ordem Escolas Alunos quantidade Programa
01 Amazilio Sampaio 42 Mais Educação
02 Coronel Florêncio da Cunha 89 Mais Educação
03 Nossa Senhora de Guadalupe 44 Mais Educação
04 Graziela Melo Freire 58 Mais Educação
05 Santa Maria 31 Mais Educação
06 Maria correia 68 Mais Educação
07 Ataliba Ximenes de Aragão 87 Mais Educação
08 Santa Luzia 65 Mais Educação
484
Fonte: censo escolar-2014.

Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 10% (dez por cento) das
escolas públicas,da rede municipal de ensino de forma a atender, pelo menos, 25%
(vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.Com adesão ao
programa mais educação em parceria com FNDE. Até o final da vigência deste PME.

Estratégias.

6.1 Promover programa de formação continuada para as equipes gestoras e professores para
o desenvolvimento de propostas pedagógicas para execução da educação integral e em
tempo integral.

6.2 Estimular a oferta de atividades voltadas a ampliação da jornada escolar de alunos (as)
matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por parte das entidades
privadas de serviço social, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de
ensino.

36
6.3 Atender as escolas de campo e de comunidades indígenas na oferta de educação em
tempo integral, com base em consulta prévia e informada, considerando-se as peculiaridades
locais.

6.4 Garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos
globais, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar
ofertando em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições
especializadas.

6.5 Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionado
a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades
recreativas, esportivas e culturais.

6.6 Ampliar gradualmente a jornada escolar, com o objetivo de implantar aescola de tempo
integral que abranja um período de, pelo menos, sete horas diárias, considerando atividades
que desenvolvam as múltiplas dimensões humanas e disponibilizando infraestrutura física,
humana e de material às respectivas unidades escolares.

6.7 Conscientizar os pais a incentivarem os filhos a participarem dos programas


quecontemplem o programa mais Educação e a educação integral.
Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica do ensino infantil até o Ensino
Fundamental,com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir até o final
deste plano as seguintes médias nacionais para o Ideb: Ensino Fundamental I media 5,7 e
Ensino Fundamental II média 5,5
TABELA Nº 16 IDEB METAS PARA A EDUCAÇÃO MUNICIPAL, MODALIDADE ENSINO FUNDAMENTAL

IDEB Projetado
Ensino Fundamental
2015 2017 2019 2021

Anos iniciais 4,6 4,9 5,3 5,7

Anos finais 4,3 4,5 5,0 5.5

Estratégias.

7.1 Fortalecer as ações de acompanhamento e monitoramento interno e externo às escolas,


com foco nas metas de aprendizagem.

37
7.2 Desenvolver estratégias de formação continuada com vistas à utilização dos resultados
das avaliações internas e externas como orientadores do Planejamento e das intervenções
pedagógicas das escolas.

7.3 Realizar formação continuada para as equipes gestoras das escolas com ênfase na
utilização dos resultados das avaliações internas e externas no Planejamento e no
acompanhamento pedagógico.

7.4 Promover ações de combate à evasão, ao abandono e à reprovação elevando o índice de


aprovação para no mínimo 95% em todos os anos do ensino fundamental e médio.

7.5 Promover política de comunicação para incentivar a participação das famílias e da


sociedade nas ações de melhoria da aprendizagem e de combate ao fracasso escolar.

7.6 Realizarprocesso contínuo de auto avaliação dos sistemas de ensino municipal, por meio
da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem
fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico,a melhoria continua da
qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o
aprimoramento da gestão democrática;
7.7 Garantir em todas as modalidadese etapas de ensino o acesso, a permanência,
aaprendizagem e o atendimento às especificidades dos estudantes dos povos docampo,
visando diminuir as desigualdades educacionais e a efetivação do direitoà educação;

13. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


A Educação de Jovens e Adultos se constitui numa modalidade da Educação Básica
com estrutura, finalidades e funções específicas que deve ser pensada a partir de um modelo
pedagógico próprio, com caráter de educação permanente, tendo como objetivo criar
situações pedagógicas apropriadas para atender aos tempos, saberes, experiências e
aprendizagens dos sujeitos jovens, adultos e idosos. A Constituição Federal prevê, no artigo
208, o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - Ensino
Fundamental obrigatório e gratuito inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria. A Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, na seção V que trata da Educação de
Jovens e Adultos determina: Art. 37 - A Educação de Jovens e Adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio
na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não
38
puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas,
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e trabalho,
mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador
na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
Art. 38 - Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de
estudos em caráter regular.
1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I. No nível de conclusão do
Ensino Fundamental, para os maiores de quinze anos; II. No nível de conclusão do Ensino
Médio, para os maiores de dezoito anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelo s educandos por meios informais
serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
Constituição Federal, Art. 21 erradicação do analfabetismo... Esta tarefa exige ampla
mobilização de recursos humanos e financeiros, por parte dos governos e da sociedade. Os
déficits do atendimento no Ensino Fundamental resultaram, ao longo dos anos, num grande
número de jovens e adultos que não tiveram acesso ou não lograram terminar o ensino
obrigatório. 15 milhões de brasileiros, maiores de 15 anos, analfabetos, nos envergonham e
envergonham o País, estão concentrados nos bolsões de pobreza. Em 1991, havia 20,1% da
população analfabeta, diminuindo para 15,6%, em 1995. Não basta ensinar a ler e escrever, a
educação de jovens e adultos deve compreender, no mínimo, a oferta de uma formação
equivalente aos 09 (nove) anos do Ensino Fundamental, gratuitamente, a todos os que a ele
não tiveram acesso na idade própria (CF, art. 208, § 1º). Universidades, igrejas, sindicatos,
entidades estudantis, empresas, associações de bairros, meios de comunicação de massa e
organizações não governamentais devem ser agentes de mobilização.
Responsabilidade compartilhada entre União, Estados, Distrito Federal, Municípios e
sociedade organizada. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 - LDB
abre as portas para essa proposta, “É preciso promover uma revolução profunda nas
propostas curriculares para a EJA... (MEC, 2001, p. 90)”. As mudanças ocorridas no mundo
do trabalho, tecnologias e conhecimentos novos, exigem uma educação que valorize os
saberes dos alunos. A concretização da Educação de Jovens e Adultos deve ter uma visão
ampla do processo produtivo e do mundo do trabalho com vistas à eliminação de todas as
formas de exclusão e discriminação (...) Desenvolver a EJA segundo um enfoque

39
intercultural, de educação para o exercício da cidadania democrática, da justiça social e de
uma cultura de paz (...) Pensar num sistema educativo que seja inclusivo, centrado nos
sujeitos, que reconheça as experiências e os saberes dos diferentes culturas,
comprometendo-se com projetos de vida pessoal e coletivo. São objetivos específicos da
EJA; o fortalecimento das minorias: a educação para a cidadania e para a democracia;
Diversidade e Igualdade Cultural; A saúde como direito básico; A sustentabilidade
ambiental; A transformação na economia;
O acesso à informação; A população de idosos; Os portadores de necessidades
especiais; enfim a construção da cidadania enquanto direito humano. Observa-se que a taxa
de abandono no município é muito grande, tratando-se principalmente de jovens e/ou
adultos que largam os estudos para trabalhar e assim sustentar a família, ver tabela abaixo:
TABELA Nº 17 - RELAÇÃO DE ESCOLAS QUE ATENDEM O SEGMENTO.
ESCOLA ESTADUAL Estado Privada
Manoel Rodrigues de Farias
Eja- 2 39 -
-
Eja - Médio 167 -
-

TABELA Nº 16 - MATRICULA DA EJA POR MODALIDADE

Modalidade da Eja Municipal Estado Privada

Eja- 2 - 39 -

Eja– Médio - 167 -

Hoje atende a 206 alunos, entre zona urbana e escola do campo. De acordo com o
IBGE / 2010 apolução analfabeta da polução de Jordão totalizam 1.284 (Um mil Duzentos
oitenta e quatro). Somando-se os números de alunos atendidos hoje no município pelo o
Estado e polução de Eja que esta fora da sala de Aula temos o seguinte índice de alunos fora
da sala de aula.

40
TABELA Nº 18 DA POPULAÇÃO ANALFABETA DO MUNICÍPIO

Analfabeta segundo censo 2010. Estudando Porcentagem

1.284 206 16%


Fonte: censo – 2013/IBGE/2010.

O Município de Jordão- Acre. Fará adesão ao EJA, no primeiro ano de vigência de


plano e apresenta metas e estratégias deste PME para os próximos dez anos da Educação de
Jovens e Adultos, abrangendo os processos qualitativos e quantitativos de desenvolvimento
de suas políticas institucionais, garantindo vagas para os estudantes da zona rural,
alimentação, acompanhamento pedagógico individualizado, organização do tempo escolar
que consideradas peculiaridades deste público, currículo contextualizado, ensino com mais
qualidade com profissionais e recursos pedagógicos adequados, no intuito de ampliar as
perspectivas de aprendizagem, garantir sua permanência na escola e inserção no mundo do
trabalho.

Meta 8: aderir ao programa de educação de Jovens e adultos para atender a


população de 15 (quinze) a 45 (quarenta e cinco) anos, que não tiveram oportunidade
de estudo,de modo a alcançar, no mínimo, 08 (oito) anos de estudo no último ano de
vigência deste Plano, principalmente para as populações do campo, declarados à
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Estratégias.

8.1 Aderir programasde EJA para os segmentos populacionais considerados que estejam fora
da escola e com defasagem idade-serie associados a outras estratégicas que garantam a
continuidade da escolarização após a alfabetização inicial.

8.2 Garantir acesso gratuito exames de certificação da conclusão do ensino fundamental e


médio com realização de exames no município onde reside.

8.3 Implantar uma coordenação municipal para subsidiar a EJA com apoio tanto pedagógico
quanto e logístico.

41
8.4 Estabelecer mecanismo de incentivos as empresas que contratem os alunos concludentes
nos cursos profissionalizantes de FMT, garantindo assim o mercado de trabalho para os
mesmos.

8.5 Garantir a inclusão dos alunos da EJA nos cursos do PRONATEC nas escolas do campo
e comunidades indígenas.

8.6 Realizar busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentospopulacionais
considerados, em parceria com as áreas de assistência social,saúde e proteção à juventude.
8.7 Apoiar experiências de Educação do Campo em função das etapas emodalidade da
Educação Básica e da especificidade de seu corpo discente, adotando preferencialmente: as
Pedagogias do Exemplo, da Resistência, da Alternância, do Movimento, Ativa, e da
Resposta,
]8.9 Elaborar e executar um plano de ação integrado de alfabetização em parceria com
entidades governamentais e não governamentais do Município para atender a educação de
jovens e adultos.
8.8 Assegurar a oferta de vagas no campo ou na cidadepara a clientela da Educação de
Jovens, Adultos

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais


para 65% (sessenta e cinco por cento) até 2022 e, até o final da vigência deste PME,
Reduzir a taxa de analfabetismo absoluto da populaçãopara 90% e reduzir em 50%
(cinqüenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias.

9.1 Assegurar a oferta gratuita da EJA a todos aos que não tiveram acesso à educação básica
na idade própria na esfera municipal.

9.2 Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da


escolarização básica.

9.3 Criar beneficio adicional no programa nacional de transferência de renda para jovens e
adultos com garantia de continuidade da escolarização básica .

42
9.4 Estabelecer mecanismo de incentivos que integrem segmentos empregadores públicos e
privados, e os sistemas de ensinos, para promover a compatibilização da jornada de trabalho
dos empregados e das empregadas com a oferta das ações de alfabetização e da EJA.

9.5 Garantir e executar ações de atendimentos aos estudantes da EJA por meio de programas
suplementares de transporte, merenda e saúde, inclusive atendimento oftalmológico e
fornecimento gratuito de óculos em articulação com área da saúde.

9.6 Garantir o acompanhamento da EJA, nas escolas do campo, por meio de umprofissional
devidamente habilitado para apoio pedagógico a fim de garantir o acesso e a permanência do
aluno em idade defasada na escola.
9.7 Assegurar espaço específico para o atendimento da EJA nos turnos diurno enoturno.

Meta 10: oferecer, 100% de vagas em todas as modalidades do ensino fundamental I e


II nas escolas municipais de ensino básico, e 20% (vinte e cinco por cento) das
matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensino fundamental. Até o final da
vigência deste PME.

10.1 Expandir as matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a articular a formação


inicial e continuada de trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do
nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;

10.2 Fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional,


em cursos planejados, de acordo com as características do público da educação de jovens e
adultos e indígenas, inclusive na modalidade de educação a distancia;

10.3 Implantar programa municipal de restuturação e aquisição de equipamentos voltados à


expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e
adultos integrada à educação profissional, garantindo a acessibilidade à pessoa com
deficiência;

10.4 Institucionalizar programa municipal de assistência ao estudante, compreendendo ações


de assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para garantir o
acesso, a permanência, a aprendizagem e conclusão com êxito da educação de jovens e
adultos articulada à educação profissional;

43
10.5 Implementar mecanismos de reconhecimentos de saberes dos jovens e adultos
trabalhadores, a serem considerados na articulação curricular dos cursos de formação inicial
e continuada e dos cursos técnicos de nível médio.

14. EDUCAÇÃO INDIGENA


A resolução nº 05 do conselho nacional de Educação e da Câmara de educação Básica
de 22 de Junho de 2012, estabelece as seguintes diretrizes para a Educação Indígenas.
Art. 2º As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na
Educação Básica têm por objetivos:
I - Orientar as escolas indígenas de educação básica e os sistemas de ensino da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na elaboração, desenvolvimento e
avaliação de seus projetos educativos;
II - Orientar os processos de construção de instrumentos normativos dos sistemas de
ensino visando tornar a Educação Escolar Indígena projeto orgânico, articulado e
seqüenciado de Educação Básica entre suas diferentes etapas e modalidades, sendo
garantidas as especificidades dos processos educativos indígenas;
III - Assegurar que os princípios da especificidade, do bilingüismo e multilinguismo,
da organização comunitária e da interculturalidade fundamentem os projetos educativos das
comunidades indígenas, valorizando suas línguas e conhecimentos tradicionais; IV -
assegurar que o modelo de organização e gestão das escolas indígenas leve em consideração
as práticas socioculturais e econômicas das respectivas comunidades, bem como suas formas
de produção de conhecimento, processos próprios de ensino e de aprendizagem e projetos
societários;
VII - Zelar para que o direito à educação escolar diferenciada seja garantido às
comunidades indígenas com qualidade social e pertinência pedagógica, cultural, linguística,
ambiental e territorial, respeitando as lógicas, saberes e perspectivas dos próprios povos
indígenas
Art. 3º Constituem objetivos da Educação Escolar Indígena proporcionar aos
indígenas, suas comunidades e povos: I - a recuperação de suas memórias históricas; a
reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; II - o
acesso às informações, conhecimentos técnicos, científicos e culturais da sociedade nacional
e demais sociedades indígenas e não-indígenas.
Art. 4º Constituem elementos básicos para a organização, a estrutura e o
funcionamento da escola indígena:
44
Parágrafo único A escola indígena será criada em atendimento à reivindicação ou por
iniciativa da comunidade interessada, ou com a anuência da mesma, respeitadas suas formas
de representação.
Art. 5º Na organização da escola indígena deverá ser considerada a participação de
representantes da comunidade, na definição do modelo de organização e gestão, bem como:
I - suas estruturas sociais; II - suas práticas socioculturais, religiosas e econômicas; III - suas
formas de produção de conhecimento, processos próprios e métodos de ensino-
aprendizagem;
V - A necessidade de edificação de escolas com características e padrões construtivos
de comum acordo com as comunidades usuárias, ou da predisposição de espaços formativos
que atendam aos interesses das comunidades indígenas.
Art. 8º A Educação Infantil, etapa educativa e de cuidados, é um direito dos povos
indígenas que deve ser garantido e realizado com o compromisso de qualidade sociocultural
e de respeito aos preceitos da educação diferenciada e específica.
§ 1º A Educação Infantil pode ser também uma opção de cada comunidade indígena
que tem a prerrogativa de, ao avaliar suas funções e objetivos a partir de suas referências
culturais, decidir sobre a implantação ou não da mesma, bem como sobre a idade de
matrícula de suas crianças na escola.
§ 2º Os sistemas de ensino devem promover consulta livre, prévia e informada acerca
da oferta da Educação Infantil a todos os envolvidos com a educação das crianças indígenas,
tais como pais, mães, avós, “os mais velhos”, professores, gestores escolares e lideranças
comunitárias, visando a uma avaliação que expresse os interesses legítimos de cada
comunidade indígena.
§ 3º As escolas indígenas que ofertam a Educação Infantil devem: I - promover a
participação das famílias e dos sábios, especialistas nos conhecimentos tradicionais de cada
comunidade, em todas as fases de implantação e desenvolvimento da Educação Infantil;
Art. 12 A Educação de Jovens e Adultos caracteriza-se como uma proposta
pedagógica flexível, com finalidades e funções específicas e tempo de duração definido,
levando em consideração os conhecimentos das experiências de vida dos jovens e adultos,
ligadas às vivências cotidianas individuais e coletivas, bem como ao trabalho.
§ 1º Na Educação Escolar Indígena, a Educação de Jovens e Adultos deve atender às
realidades socioculturais e interesses das comunidades indígenas, vinculando-se aos seus

45
projetos de presente e futuro, sendo necessária a contextualização da sua proposta
pedagógica de acordo com as questões socioculturais da comunidade.
§ 2º A oferta de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental não deve
substituir a oferta regular dessa etapa da Educação Básica na Educação Escolar Indígena,
independente da idade.
§ 3º Na Educação Escolar Indígena, as propostas educativas de Educação de Jovens e
Adultos, numa perspectiva de formação ampla, devem favorecer o desenvolvimento de uma
educação profissional que possibilite aos jovens e adultos indígenas atuarem nas atividades
socioeconômicas e culturais de suas comunidades com vistas à construção do protagonismo
indígena e da sustentabilidade de seus territórios.

TABELA Nº 19 DE ATENDIMENTO DA EDUCAÇÃO INDIGENA.


REDE
MODALIDADE
MUNICIPAL ESTADUAL PRIVADA
Ensino Infantil (zona urbana) 16 - -
Eja - - -
1º ao 5º ano 594 06 -
6º ao 9ºano 318 10 -
Fonte: censo escolar-2013.

Meta 11: atenderas demandasda educação infantil das crianças com idade 3 a 5 anos
nas terras indígenas,até 2020 em 50% e fomentar com as lideranças indígenas políticas
publicas para elevar a matrícula dessa modalidade de ensino em até 80%, quando do
final deste PME..

Estratégias:

11.1 Implantar e assegurar o atendimento das comunidades indígenas a educação infantil nas
aldeias, de forma a atender ás especificidades dessas comunidades, garantindo, para o
oferecimento a consulta livre, prévia e informada.

11.2 Desenvolver tecnologias pedagógicas e elaborar materiais didáticos específicos em


língua indígena/portuguesa para alfabetização de criança indígena e acompanhamento
pedagógico que respeite as condições sociolinguística de cada povo

46
11.3 Estabelecer padrões de infra-estrutura para as escolas indígenas, que garantam a
adaptação às condições climáticas da região e, sempre que possível, as técnicas de
edificações próprias, de acordo com o uso social e concepções do espaço próprias de cada
povo, além das condições sanitárias e de higiene, conforme consulta livre, previa e
informada.

11.4 Reunir lideranças indígenas e profissionais da educação para discutir o possível


funcionamento da Educação Infantil nas comunidades indígenas até o segundo ano da
vigência deste Plano.

11.5 Implantar r formas de participação da comunidade escolar e local na melhoria do


funcionamento das instituições de Educação infantil e no enriquecimento das oportunidades
educativas e dos recursos pedagógicos.

11.6 Produzir materiais didáticos específicos em língua Indígena e portuguesa para a


alfabetização de crianças indígenas e desenvolver instrumento de acompanhamento
pedagógica que respeitem as condições sociolingüísticas de cada povo.

11.7 Dotar as escolas indígenas com infra-estrutura, com recursos humanos, materiais e
financeiros para desenvolver projetos nas áreas educativas, adequando os espaços escolares
existente para atender as crianças da educação infantil.

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula, para a população de 4 (quatro) a 14


(quatorze) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, de forma a garantir no prazo de vigência deste PME o
atendimento educacional especializado em sala de recursos multifuncionais, classes e
escola da rede municipal de ensino inclusive nas terra indígenas em até 90%.

12.1 Implantar salas de recursos multifuncionais e fomentar o atendimento educacional nas


escolas indígenas e do campo.

12.2 Conscientizar os pais dos discentes com deficiência e transtornos globais do


desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que há necessidade de inclusão dos
mesmos em sala de aula de recurso multifuncionais e classes comuns.

12.3 Implantar salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de


professores indígenas para o atendimento educacional especializado nas escolas indígenas.
47
12.4 Desenvolver parcerias nas redes de ensino para assegurar o acompanhamento
pedagógico e a oferta de cursos, seminários e palestras sobre AEE e política de inclusão para
professores indígenas e comunidade escolar.

12.5 Produzir material didático para o ensino de segunda língua, considerando as condições
sóciolingüísticas de cada povo.

12.6 Desenvolver parcerias e políticas intersetorial de busca ativa de alunos com


deficiências na faixa etária de 4 a 14 anos,

12.7 Expandir progressivamente a matricula de alunos do ensino especial nas escolas da rede
municipal. De modo que até o final deste PME o atendimento chegue no mínimo a 90%.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação básica nas terras indígenas de acordo com
art. 11 da LDB 9394/2006, inciso V, oferecendo em parcerias com órgãos municipais,
estaduais e federais curso de formação continuada para 70%dos profissionaisque
atuam na educação indígenas no município e 100% até o final da vigência deste PME.

Estratégias:

13.1 Ampliar gradativamente a oferta da Eja e Programas de alfabetização de Jovens e


adultos e correção de distorção série\idade, e programas específicos para formação de
gestores e pessoal de apoio para atender a população indígena observando as especificidades
educativas dos povos.

13.2 Implementação de salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada


de professores indígenas, considerando as especificidades da educação especial.

13.3 Desenvolver parcerias nas redes de ensino para assegurar o acompanhamento


pedagógico e a locomoção de alunos indígenas, para assim ofertar cursos, seminários e
palestras sobre AEE e políticas de inclusão para professores e comunidade escolar.

13.4 Qualificar 50% dos docentes indígenas em nível superior, até o sexto ano de vigência
do PME, em programas específicos para formação de professores atuantes na educação
básica, das redes estaduais e municipais, em parceria com instituição pública de Ensino
Superior.

48
13.5 Possibilitar o acesso dos alunos indígenas em Programa de Pós-Graduação nas
Instituições de nível superior.

13.6 Assegurar recursos financeiros para valorização dos profissionais da educação da rede
pública municipal.

15. FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A qualificação dos profissionais da Educação se apresenta como um dos maiores


desafios para os Sistemas de Ensino do país. A implementação de políticas públicas de
formação inicial e contínua dos profissionais é uma condição essencial para o avanço
científico e tecnológico do país, para a educação política e elevação cultural da população
brasileira.A formação inicial está contida na legislação nacional e compete às políticas
públicas municipais e estaduais definir- se quanto a esta questão.
A educação deve proporcionar a todas e todos os acessos e a permanência nas escolas,
de forma a ser gratuita, laica, integradora e de qualidade. Precisa ela ser de qualidade e
promover o princípio de liberdade, tanto do ensinar, quanto ao de aprender.
A mesma não pode ser individualista e que respeite as diferenças culturais, éticas,
sociais e de gênero, para assim forma cidadãos críticos e plenamente prontos para exercer a
cidadania no contexto em que vive.Diante do exposto a cidade de Jordão – AC. precisa dar o
total apoio aos profissionais da educação, dando prioritariamente a devida valorização que
sua carreira impõe, agindo assim está em consonância com a LDB, pois a própria enfatiza tal
valorização no art. 67, onde diz que:

“Os sistemas de ensino promovam a valorização dos profissionais da educação,


assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do
magistério público o ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos, aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para este fim, piso salarial profissional, progressão
funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho,
período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de
trabalho e condições adequadas de trabalho”.

Assim, pretende-se com esse PME buscar atender as condições inerentes à profissão, a
carreira, as condições de trabalho e formação, bem como se pretende fazer o devido
reconhecimento social e a dignidade profissional todos os profissionais do magistério, a
saber: os professores, orientadores, supervisores, coordenadores pedagógicos e a todos que
exercem atividades de ensino e de aprendizagem e os que atuam em atividades necessárias
49
ao funcionamento administrativo nas unidades técnicas da Secretaria Municipal de Educação
e nas unidades escolares.
Entende-se, baseado no Plano Nacional de Educação, que essa valorização só é
possível através da formação inicial e continuada, com as condições apropriadas de trabalho,
da jornada compatível, da devida remuneração compatível com demais profissionais com a
mesma escolaridade e ainda respeitar sua evolução funcional. Além do PNE apoia essa
valorização, a mesma ainda é defendida pela Constituição Federal, no art. 121, onde diz que
a União deve destinar 18% e o Distrito Federal, aos Estados e Municípios da receita líquida
resultantes de impostos para a manutenção e desenvolvimento do ensino.
Dos recursos destinados ao treinamento e capacitação de professores constante no
PPA do município, os mesmos são oriundos do Orçamento daPrefeitura. Esboça-se,
portanto, a tabela para os próximos quatro anos.
TABELA Nº 20 – ORÇAMENTO ANUAL PARA OS PRÓXIMOS QUATRO ANOS.
MODALIDADE Destino 2015 2016 2017 2018
Ens.
Correntes 11.754.000 11.800.000 12.200.000 13.000.000
Fundamental
Capital - - - -

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece:


Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos
diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do
desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I - A associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II - Aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e
outras atividades.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos
superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na
educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível
médio, na modalidade Normal.
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão:
I - Cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o curso
normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as
primeiras séries do ensino fundamental;
50
II - Programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação
superior que queiram se dedicar à educação básica;
III - Programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos
níveis.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos
de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de
ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática de
ensino de, no mínimo, trezentas horas.
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-
graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de
doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico.
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do
magistério público:
I - Ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
II - Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico
remunerado para esse fim;
III - Piso salarial profissional;
IV - Progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do
desempenho;
V - Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de
trabalho;
VI - Condições adequadas de trabalho.
§ 1° A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de quaisquer
outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino.
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 5o do art. 40 e no § 8o do art. 201 da
Constituição Federal são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e
especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em
estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além
do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e

51
assessoramento pedagógico.

15.1 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO

Um dos objetivos centrais do Plano Nacional de Educação é a melhoria da qualidade


de ensino e somente poderá ser alcançada se for promovida, ao mesmo tempo, a valorização
do magistério. Sem esta, ficam baldados quaisquer esforços para alcançar as metas
estabelecidas em cada um dos níveis e modalidades de ensino. Essa valorização só pode ser
obtida por meio de uma política global de magistério, implicando:

 A formação profissional inicial;


 As condições de trabalho, salário e carreira;
 A formação continuada.

Segundo PNE, no Brasil, as funções docentes em educação básica, em todas as


modalidades de ensino, passam de dois milhões.
TABELA N° 21 PROFESSORES EFETIVOS DA REDE MUNICIPAL E ATUAÇÕES-2010
ATUAÇÃO NÚMERO
Professores na educação Infantil 05
Professores Anos/Séries Iniciais Ensino Fundamental 82
Professores Anos/Séries Finais Ensino Fundamental 65
Direção de Escola 3
Supervisão Escolar 7
Coordenadores 9
Pedagogas 2
Secretaria de Educação 1
Total 174

Observações:

 Desses 174professores, 91 são permanentes e 81 são de contratos provisórios.


 02 pedagogo permanente

15.2 Diretrizes
A valorização do magistério implica:
Uma formação profissional que assegure o desenvolvimento da pessoa do educador

52
enquanto cidadão e profissional, o domínio dos conhecimentos objeto de trabalho com os
alunos e dos métodos pedagógicos que promovam a aprendizagem;
Sistema de educação continuada que permite ao professor um crescimento constante
de seu domínio sobre a cultura letrada, dentro de uma visão crítica e da perspectiva de um
novo humanismo;
Jornada de trabalho organizada de acordo com a jornada dos alunos, concentrada, se
possível, num único estabelecimento de ensino e que inclua o tempo necessário para as
atividades complementares ao trabalho em sala de aula;
Compromisso social e político do magistério.
Investir nos profissionais da educação pelo avanço nos programas de formação e de
qualificação dos professores, com oferta de cursos para o aperfeiçoamento de todos os
profissionais do magistério, deve ser compromisso das instituições de educação superior e
dos sistemas de ensino.
Além de ampla formação básica e continuada e remuneração condigna, o
envolvimento, a participação e o compromisso social dos profissionais da educação
desdobrar-se-á em proposta pedagógica que se constrói a cada dia na dinâmica do cotidiano
escolar, na interação entre os sujeitos, num processo contínuo e permanente de
ação/reflexão/ação.

15.3 SINDICATO DOS TRABALHADORES EM ESTABELECIMENTO DE


ENSINO DE JORDÃO– SINTEACRE
Art. 1º O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Jordão- AC
(SINTEACRE), com sede na Rua Francisco Dias s/nº,Centro, Jordão –AC., é constituído
para fins de defesa, organização, coordenação, proteção e representante legal da categoria
que representa, tendocomo base territorial o município de Jordão – AC.
Art. 2º - Constitui finalidade do SINTEACRE: Conquistar melhorias nas condições
devidas e de trabalho de seus representados, defender a independência e a autonomiada
representação sindical e atuar na manutenção e defesa das instituiçõesdemocráticas
brasileiras.
Art. 3º - Representar a categoria profissional, que abrangem todos os profissionaisda
educação da rede pública e privada independente do regime jurídico, ligado àadministração
pública direta e indireta.
Das prerrogativas e deveres.

53
Art. 5º Constitui prerrogativas e deveres do SINTEACRE:
a) Representar perante as autoridades administrativas e judiciárias, osinteresses gerais
e individuais da categoria, podendo atuar como substitutoprocessual em favor de seus
membros, nos termos do inciso XXI do art. 5º edo inciso III do art. 8º da Constituição
Federal;
b) Celebrar convenções e acordos coletivos;
c) Eleger, através de seus fóruns, os representantes da categoria;
d) Estabelecer contribuições sociais aos sindicalizados de acordo com asdecisões
tomadas em Assembléia Geral;
e) Filiar-se a organizações sindicais, inclusive no âmbito internacional, deinteresse dos
trabalhadores, mediante aprovação da Assembléia Geral;
f) Buscar e manter integração com as demais entidades de outras
categoriasprofissionais para a concretização da solidariedade social e defesa dosinteresses
dos trabalhadores e dos interesses nacionais;
g) Estimular a organização da categoria por local de trabalho;
h) Conveniar com órgãos técnicos e consecutivos para estudo dos problemasque se
relacionam com a categoria;
i) Lutar pela defesa das liberdades individuais e coletivas, pelo respeito àjustiçasocial e
pelos direitos fundamentais do homem, estabelecendo estratégias deações em função dessas
conquistas;
j) Lutar pela unificação do movimento sindical.
Seção VII – Do Conselho Fiscal
Art. 46º - Conselho Fiscal é composto por 03 (três) membros efetivos e 03
(três)membros suplentes eleitos juntamente com os membros da Diretoria Executiva,
naconformidade deste Estatuto.
Art. 47º - Ao Conselho Fiscal compete:
a) Dar parecer sobre a previsão orçamentária anual, balanço financeiro epatrimonial,
balancetes e retificações ou suplemento do orçamento;
b) Examinar e fiscalizar a gestão financeira do Sindicato para emissão decompetente
parecer;
c) Propor medidas que objetivem a melhor racionalização da situação financeirae
patrimonial do Sindicato;
d) Participar com direito a voz e voto das reuniões do Conselho de Delegados

54
Sindicais de Base;
Art. 48º - O parecer sobre o plano orçamentário anual e sobre os balançosfinanceiros e
patrimoniais do Sindicato, emitido pelo Conselho Fiscal, serásubmetido à aprovação de
Assembléia Geral.
Art. 49º - O Conselho Fiscal reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês
extraordinariamente quando necessário convocado pela maioria dos seusmembros.
Das eleições
Tratando-se das eleições para a Diretoria do Sindicato e Conselho Fiscal,
ficoudefinido no capitulo VI:
Art. 50º - As eleições para renovação da Diretoria e do Conselho Fiscal do
Sindicatoserão realizadas a cada 04 (quatro) anos pelo sufrágio universal e secreto;
Art. 51º - O processo eleitoral será definido em regimento proposto pela Plenária
dosindicato.

Meta 14: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito


Federal e os Municípios, no prazo de 3 (três) anos de vigência deste PME, política
nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III
do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos
os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de
nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Estratégias.

14.1 Garantir programas específicos para a formação de profissionais da Educação para as


escolas do campo e de comunidades indígenas e para a educação especial.

14.2 possibilitar a reforma curricular dos cursos de licenciatura estimular a renovação


pedagógica de forma assegurar o foco no aprendizado do aluno, dividindoa carga horária em
formação geral, em formação na área do saber e didática especificas e incorporando as
modernas tecnologia de informação e comunicação , em articulação com a base nacional
comum dos currículos da educação básica.

14.3 Valorizar as praticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e
superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemáticos de articulação entre
a formação acadêmica e as demandas da educação básica:

55
14.4 Implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta Lei, política nacional de formação
continuada para os profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério.

14.5 Desenvolver modelos de formação docente para a educação que valorizem a


experiência pratica, por meio da oferta, na rede municipal de educação profissional, de
cursos voltados a complementação e certificação didático – pedagógica de profissionais
experientes.

Meta 15: Elevar gradualmente o número de profissionais efetivos do quadro do


magistério da SEME com formação em pedagogia para atender até 2020 60% das
vagas no ensino fundamental I, e 80% no ensino infantil, e até o final deste plano
atender 100% das classes de ensino infantil que atendam crianças 0 a 5 anos de idade.

Estratégias.

15. 1 Garantir a oferta de cursos superior e pós-graduação para os profissionais da educação


e comunidades em geral, em nosso município com parcerias entre a união e estado.

15.2 Garantir ações para reduzir as desigualdade étnico-racial e favorecer acesso das
populações do campo e das comunidades indígenas a programa de doutorado e mestrados,
em nosso município com parcerias entre a união e estado.

15.3 Estimular a participação das mulheres nos cursos de pós-graduaçãoem Matemática,


Educação Física, Química, informática e outros no campo das ciências.

15.4 Garantir a oferta de concursos por área de sua formação.

Meta 16: Construir, parceiras com as instituições federais de ensino superior para
formar em nível de pós-graduação 50% (cinqüenta por cento) dos professores da
educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos (as) os (as)
profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação,
considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Estratégias.

16.1 Garantir programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e de


literaturas e de dicionários e programa especifico de acesso a bens culturais, incluindo obras
56
e material produzidos em libras e em Braille, em prejuízo de outros, a serem
disponibilizados para os professores e as professoras da rede publica de educação básica,
favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da investigação .
Havendo formação adequada para os professores.

16.2 Garantir a oferta de Bolsas de estudo para pós-graduação dos professores e das
professoras e demais profissionais da educação básica.

16.3 Implantar a formação dos professores e das professoras das escolas publicas de
educação básica, por meio da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e
Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso a
bens culturais pelo magistério publico.

16.4 Assegurar condições para que os professores e profissionais da educação participem de


curso de formação inicial ou continuada oferecida por instituições de ensino superior. Seja
na modalidade de educação a distancia ou presencial.

16.5 Fortalecer as parcerias com órgãos Estaduais e Federais para fortalecer a formação dos
professores e melhorar as práticas de ensino.

16.6 Realizar, em parcerias com Instituições de Ensino Superior, programas de formação de


professores nas áreas com maior carência de profissionais.

Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação
básica, garantido piso salarial igual ao piso nacional dos professores criado pela leinº
11.738 de 16 de julho de 2008.

Estratégias.

17.1 Consolidar, por iniciativa do Ministério da Educação, até o final do primeiro ano de
vigência deste PME, fórum permanente, com representação do Conselho Municipal do
Fundeb, Conselho Municipal de Educação e dos trabalhadores da Educação, para
acompanhamento da atualização progressiva do valor piso salarial nacional para os
profissionais do magistério da educação básica.

17.2 Adequar, no âmbito do município, o plano de Carreira para os profissionais do


magistério da educação básica, observando os critérios estabelecidos na Lei nº 11.738, de 16
57
de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em
único estabelecimento escolar.

17.3 Garantir as políticas de valorização dos profissionais do magistério, em particular o


piso salarial profissional com referencia ao piso nacional.
17.4 Assegurar recursos financeiros para valorização dos profissionais da educação da rede
pública municipal.
17.5 Cumprir o Plano de Carreiras, Cargos e Remuneração dos Profissionais do Magistério
da rede municipal de ensino.
16. GESTÃO DA EDUCAÇÃO
As alterações macro e micro históricas ocorridas pós-queda diretas já e constituição
democrática de 1988,, e as implicações políticas e socioeconômicas imanentes da
mundialização do capital, entre outros fatores, provocaram uma nova atuação dos Estados
Nacionais na organização das políticas públicas e da Gestão Escolar.
A Constituição Federal do Brasil de 1988 reconheceu e legitimou movimentos de
repasse de poderes e responsabilidades dos governos centrais às comunidades locais,
desencadeando o empoderamento das mesmas, o que na instância escolar gerou um efeito
conhecido por Gestão Democrática.
O comprometimento de um Plano Municipal de Educação é o de garantir eexpandir a
gestão democrática na esfera do Sistema Municipal de Ensino, tanto no que se refere aos
instrumentos como aos mecanismos formais e às vivênciacotidiana em cada instituição,
oportunizando aos atores interessados a participaçãono planejamento e no acompanhamento
das ações educacionais em cadainstituição, como reza a Constituição Federal de 1988 e a
LDB, que consagram agestão democrática no ensino público como princípio, após longos e
controversosdebates sobre o significado e abrangência desse pressuposto.
A Constituição Federal de 1988 afirma que o Brasil é um EstadoDemocrático de
Direito que tem dentre seus fundamentos a cidadania (art.1°, II). Emseu artigo 206, respalda
o princípio da gestão democrática como norteador daeducação pública. Tendo em vista esta
determinação a Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional (LDB n.º 9394/96), no seu
artigo 3º, no inciso VIII, determina: “gestão democrática do ensino público na forma desta
Lei e da legislação dossistemas de ensino”, normas que definem e norteiam a prática escolar.
Ainda no seuartigo 14, dois princípios importantes que não podem ser refutados nas
normasestaduais e municipais que tratam da gestão:
I - Participação de profissionais da educação na elaboração do projeto daescola;
58
“II - Participação da comunidade escolar e local e conselhos escolares ou
equivalentes”.
A democratização da educação é entendida, em um sentido amplo, comopleno acesso
de todos os cidadãos à educação. No caso da educação formal, évista como garantia de
acesso, permanência e sucesso, com conclusão dosestudos, em instituições de ensino. Essas
conjecturas têm como decorrência odebate sobre qual educação deve ser desenvolvida
nessas instituições, e de comogarantir os interesses educacionais da população. Portanto,
para além do acesso,torna-se premente a obrigação de garantir a participação dos atores
sociaisenvolvidos na gestão, através de espaços de discussão, deliberação e avaliação
docurrículo (entendido de forma ampla) das instituições de ensino e, também, naesfera
macro, a participação na elaboração das políticas educacionais. Esse é oconceito que
constitui a gestão democrática da educação, em âmbito de sistema eem cada instituição:
como participação social nos processos de reflexão, decisão eavaliação do conjunto das
políticas educacionais e das ações pedagógicas.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece:
“Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de:
I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
II - receita de transferências constitucionais e outras transferências;
III - receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;
IV - receita de incentivos fiscais;
V - outros recursos previstos em lei.
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas
Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultantes de impostos, compreendidas as
transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não será
considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas neste artigo
as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de impostos.
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos neste
artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando for o

59
caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, com base no eventual excesso de
arrecadação.
§ 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas,
que resultem no não atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios, serão apuradas e
corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro.
§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente aosórgãos responsáveis pela
educação, observados os seguintes prazos:
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo dia;
II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até o
trigésimo dia;
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o décimo
dia do mês subsequente.
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos à correção monetária e à
responsabilização civil e criminal das autoridades competentes.
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as
despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições
educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da
educação;
II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos
necessários ao ensino;
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao
aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;
V - realização de atividades necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;
VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;
VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto
nos incisos deste artigo;
VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte
escolar.
Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino
aquelas realizadas com:

60
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora
dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou
à sua expansão;
II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou
cultural;
III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou
civis, inclusive diplomáticos;
IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológico,
farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;
V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou
indiretamente a rede escolar;
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função
ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino serão
apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos relatórios a que se
refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritariamente, na prestação de contas
de recursos públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição Federal, no art.
60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e na legislação concernente.
Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental,
baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União ao
final de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando variações regionais
no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de
modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de
qualidade de ensino.
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público que
inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo Estado, do
Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do desenvolvimento do ensino.
§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão entre os
recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e desenvolvimento do

61
ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de qualidade.
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer a
transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o número de
alunos que efetivamente freqüentam a escola.
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do Distrito
Federal, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área de ensino de
sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, em
número inferior à sua capacidade de atendimento.
Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará
condicionada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do
disposto nesta Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais.
Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:
I - Comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam resultados, dividendos,
bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma.
II - Apliquem seus excedentes financeiros em educação;
III - Assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica
ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades;
IV - Prestem contas ao Poder Público dos recursos recebidos.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para
a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública de domicílio do educando,
ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão da sua rede local.
§ 2º “As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio
financeiro do Poder Público, inclusive mediante bolsas de estudo”.

11.1 Diretrizes
As diretrizes para financiamento da Educação encontram-se na Constituição Federal
que determina:
“Art.212 – A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino.
3º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
62
necessidades do ensino obrigatório, nos termos do Plano Nacional de Educação.
4º - “Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no
Art.208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros
recursos orçamentários”.
A Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96 especifica, nos art. 70 e 71.
“Art.70 – Considerar-se-ão como de manutenção e de desenvolvimento do ensino as
despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições
educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:
I – remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da
educação;
II – aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos
necessários ao ensino;
III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV – levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao
aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;
V – realização de atividades necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;
VI – concessão de bolsas de estudos a alunos de escolas públicas e privadas;
VII – amortização e custeio de operações de créditos destinadas a atender ao disposto
nos incisos deste artigo;
VIII – aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de
transporte.
A Lei nº. 11.494, de 20 de junho de 2007, Regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação –
FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera
a Lei nº. 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nº 9.424, de 24 de
dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004; e dá outras providências. É a Conversão
da MPV nº. 339, 2006 – mudança do FUNDEF para FUNDEB.
Esta Lei amplia a participação dos Estados e dos Municípios na contribuição ao
Fundo, em relação à Lei do FUNDEF (chegando a 20% em 3 anos) e amplia a abrangência
no atendimento à Educação Básica, incluindo a Educação Infantil e o Ensino Médio, em
suas modalidades. Entretanto, para o Rio Grande do Sul não há a participação da União,
considerando que o per capita aluno é superior ao mínimo nacional.
A aplicação de, no mínimo, 25% da receita de impostos na Manutenção e

63
Desenvolvimento do Ensino - MDE, conforme estabelecido pela Constituição, é uma das
garantias para o financiamento da educação. O Plano Nacional de Educação aponta como
diretriz básica e prioritária a qualificação do processo educacional.
A manutenção das escolas caracteriza as despesas fixas ou despesas correntes -
contratação e remuneração de profissionais da educação (limitando a aplicação máxima de
54% da receita municipal em folha de pagamento, conforme a Lei de responsabilidade
Fiscal) e despesas com energia, água, telefone, entre outras.
As despesas de capital constituem-se nos investimentos em equipamentos e obras. É
necessária a verificação periódica da eficácia das políticas educacionais com o intuito de
redirecioná-las, quando necessário. Essa verificação ocorre com o acompanhamento, a
coleta e a análise de dados sobre o desenvolvimento do ensino/educação, bem como a
avaliação, interna e externa, do desempenho dos alunos.
A gestão das escolas com a efetiva participação da comunidade escolar nas decisões e
na elaboração das metas educacionais democratiza o processo.
16.2 CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
O Conselho Municipal de Educação – CME foi criado sob a Lei Municipal n.º0123, de 24
Maio de 2011 é Órgão de natureza normativa, consultiva,deliberativa, fiscalizadora e mobilizadora
acerca dos temas referentes à educação eao ensino do município de Jordão.Nessa lei o artigo 4º
define a composição os membros representantes dediversos segmentos da comunidade que são:
I- Um representante do Poder Executivo, indicado pelo Poder Executivo;
II- Um representante da Secretaria Municipal de Educação, indicado pelaSecretaria Municipal
de Educação;
III- Um representante da Câmara de Vereadores, exceto vereador, indicado pelaCâmara de
Vereadores;
IV- Um representante da Educação Especial, indicado pela Coordenação deEducação Especial
da Secretaria Municipal de Educação;
V- Um representante dos docentes em creches pré-escolas e 1º ao 5º ano, dosistema municipal
de ensino, indicado pelos respectivos segmentos;
VI- Um representante dos docentes em creches e pré-escolas da rede privada deensino,
indicado pelas Escolas da Rede Privada;
VII- Um representante do Sindicato dos Servidores em EstabelecimentosMunicipais de Ensino
do Município de Jordão, indicado peloSindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
de Jordão;
VIII- Um representante dos gestores das escolas públicas municipais, indicadopelos gestores
escolares;

64
IX- Um representante dos pais de alunos da rede pública municipal de ensino, indicado pelos
pais de alunos;
X- Um representante dos docentes do Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano,séries finais da rede
Municipal de Ensino.
De acordo com a Lei 141/2010, no art. 5º, os órgãos ou entidades quecomporão o Conselho
Municipal de Educação terão 10 (dez) dias úteis após apublicação do Edital para fazer a indicação do
seu membro, findo o prazo, as vagasociosas serão preenchidas por indicação do Poder Executivo.
O art. 6º trata da duração do mandato, sendo este de (quatro) 4 anos, sendopermitida a
recondução. E o art. 7º estabelece que a nomeação dos conselheiros, dopresidente e do vice-
presidente deve ser através de Portaria expedida pelo PoderExecutivo.
Ao CME compete no artigo 3º terá as seguintes funções a atribuições:
I – Coordenação do processo de definição de políticas e diretrizes municipais deeducação,
promovendo a colaboração entre o sistema municipal de ensino e osSistemas Estadual e Nacional de
ensino.
II – Participação na discussão dos Planos Anual e Plurianual de Educação no âmbitodo
município;
III – Acompanhamento, controle e avaliação de planos, programas e projetos emnível
municipal;
IV – Elaboração de normas complementares para o Sistema Municipal de Ensino;
V – Participação na elaboração do Orçamento Municipal relativo à Educação;
VI – Deliberação sobre a criação, autorização e credenciamento de escolas, séries ecursos a
serem mantidos pelo município;
VII – Autorização, credenciamento e inspeção de instituições de educaçãoinfantilcriadas e
mantidas pela iniciativa privada;
VIII- Pronunciamento quanto à criação e funcionamento de estabelecimentos deensino público
de qualquer nível a serem instalados no município;
IX – Manifestação prévia sobre acordos, convênios e similares a seremcelebradospelo Poder
Público Municipal, com as demais instâncias governamentais ou do setorprivado.
X – Avaliação da realidade educacional do município e proposição de medidas aospoderes
públicos para melhoria do fluxo e do rendimento escolar;
XI – Proposição de medidas e programas para titular, capacitar, atualizar eaperfeiçoar pessoal
docente;
XII – Fiscalização do sistema municipal de ensino ou do conjunto de escolasmunicipais;
XIII – Aprovação de relatório anual da Secretaria Municipal de Educação que incluiráos dados
sobre a execução financeira;
XIV – Emissão de pareceres sobre assuntos educacionais e questões de naturezapedagógicas

65
que lhe forem submetidas pelo executivo ou legislativas municipais epor entidades de âmbito
municipal;
XV – Zelar pelo cumprimento da legislação aplicável à educação e ao ensino,representado
junto às autoridades competentes quanto for o acaso;
XVI – Aprovação de planos anual e plurianual de educação municipal;
XVII – Elaborar e reformular o seu Regimento Interno;
XVIII – Estudar e sugerir medidas que visem à expansão, consolidação eaperfeiçoamento do
ensino do município.
XIX – Promover sindicâncias, através de comissões especiais, em qualquer estabelecimento do
ensino sujeito a sua jurisdição, sempre que conveniente, adotando as medidas correcionais que
entender necessária;
XX – Manter intercâmbio com o Conselho Nacional, Conselho Estadual,
ConselhosMunicipais e Conselhos afins;
XXI – Incentivar a integração das diferentes redes de ensino;
XXII – Publicar anualmente relatórios de atividade;
XXIII – Promover fóruns que tratem de políticas educacionais do Município;
XXIV – Manifestar-se sobre fiscalizar o funcionamento de escolas de ensinofundamental e
infantil, classes especiais para deficientes mentais, educáveis, paradeficientes visuais e auditivos em
escolas municipais;
XXV – Exercer outras atribuições previstas em lei ou decorrentes de natureza desuas funções.

16.3 Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de


Jordão - CMDCA
O CMDCA foi criado pela Lei nº 09/03 e a nomeação dos membros foi dada pelo
decreto nº 07/2009.
Disposições Gerais:
I – A política municipal de proteção aos direitos da criança e do adolescente far-se-á
segundo disposto nesta Lei.
II – O atendimento á criança e a o adolescente visará especificamente a:
a) Proteção à vida e a saúde;
b) Liberdade, respeito e dignidade como pessoa humana em processo de
desenvolvimento e como sujeito de direitos civis, humanos e sociais;
c) Criação e educação no seio da família ou, excepcionalmente, em família substituta;
• O direito à vida e a saúde é assegurado mediante a efetivação de políticas sociais
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições

66
dignas de existência.
• O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
- Ir, vir e estar em logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvados as
restrições legais;
- Opinião e expressão;
- Crença e culto religioso;
- Participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
- Brincar, praticar esportes e divertir-se;
- Participar da vida política, na forma da Lei;
- Buscar refúgio, auxílio e orientação.
• O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral da criança ou do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
• O direto á convivência familiar implica em ser a Criança e o Adolescente, criados e
educados no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária em ambiente livre de pessoas de má formação ou
dependentes de bebidas alcoólicas ou entorpecentes.
Do Atendimento:
III – É criado, na forma de Artigo 88, da lei federal nº 8069, de 13.07.90, o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Jordão – CMDCA – como órgão
deliberativo e controlador e da cooperação governamental com a finalidade de auxiliar a
administração na orientação, deliberação e controle de matéria de sua competência.
PARÁGRAFO ÚNICO: o CMDCA funcionará de acordo com seu regimento interno,
funcionando em consonância com o Prefeito Municipal e os Conselhos Federais e Estaduais
com o mesmo fim.
IV – O CMDCA é o órgão encarregado do estudo e busca da solução dos problemas
relativos à criança e ao adolescente, especialmente no que se refere o planejamento e
execução de programas de proteção e sócio-educativos a eles destinados e em regime de:
• Orientação e apoio sócio-familiar;
• Apoio sócio-educativo em meio aberto;
• Colocação familiar;
• Abrigo;
• Liberdade assistida;

67
• Internação
Da competência do conselho:
V - Compete ao Conselho:
a) Política social básica municipal;
b) Política e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que
deles necessitem;
c) Serviços especiais de prevenção e atendimento médico e proporcional às vítimas de
negligência, maus tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;
d) Serviço de identificação e localização de pais, responsáveis, crianças e adolescentes
desaparecidos;
e) Proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do
adolescente.
Dos Membros do Conselho:
V – O CMDCA compor-se-á de 20 membros indicados pelos órgãos governamentais e
não governamentais representativos, firmado pelo Prefeito, sendo:
DEZ membros representantes Governamentais e DEZ membros não Governamentais:
a) 2 (dois) representantes da Prefeitura Municipal de Jordão.
b) 2 (dois) representantes da Escola Municipal Bernardo Abdon da Silva
c) 2 (dois ) representantes da Escola Estadual Manuel Rodrigues de Farias
d) 2 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Saúde;
e) 2 (dois) representantes da Câmara Municipal de Jordão;
f) 2 (dois) representantes da Sociedade Civil;
a) 2 (dois) representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais;
b) 2 (dois) representantes da Igreja Assembléia de Deus;
c) 2 (dois) representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação – SINTEAC;
d) 2 (dois) representantes do Associação dos Seringueiros Kaxinawás do Rio Jordão –
ASKARJ.
As entidades com representação no CMDCA indicarão seu representante e o
respectivo suplente que serão nomeados pelo prefeito para um período de dois anos,
admitida à recondução.

68
16.4 CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – CAE

O Conselho de Alimentação Escolar – CAE é um órgão colegiado, de


caráterfiscalizador, permanente e deliberativo. Tem o objetivo de fiscalizar a aplicação
derecursos destinados à merenda escolar no município.
É composto por membros titulares e suplentes representantes das seguintescategorias:
- Poder executivo (1 titular + 1 Suplente);
- Pais de alunos (2 titulares + 2 suplentes);
- Sociedade Civil (2 titulares + 2 suplentes);
- Professores (2 titulares + 2 suplentes);
No município de Jordão-AC, o CAE foi criado através da portaria nº 027/2009 para o
período de 2009 a 2013 O município recebe do GovernoFederal, através do PNAE
(Programa Nacional de Alimentação Escolar):
XXV- R$ 0,30 centavos para cada aluno matriculado no Ensino Fundamental e Médio;
XXVI- R$ 0,90 centavos para alunos do Programa Mais Educação;
XXVII- R$ 1,00 (um real) para alunos das creches;
XXVIII- R$ 1,00 (um real) para alunos indígenas.
Juntamente com uma contrapartida do município é realizada essa parceriaque
beneficia o rendimento escolar do aluno, contribui para os hábitos alimentaressaudáveis e
através de ações que é realizada na escola com palestras com temas:
Educação Alimentar e Nutricional.
A merenda escolar é iniciada a cada ano através de um processo licitatório.
A quantidade de alunos é feita através do censo escolar do ano anterior. É adquiridoaté
70% do gênero não perecíveis e 30% da agricultura familiar.
Hoje a Secretaria de Educação atende 05 escolas da zona urbana e 69escolas da zona
rural com um cardápio variado. São realizadas visitas técnicas pelaequipe, verificando
através de um cheque list, armazenamento, higiene do manipulador e equipamentos.
O cardápio é realizado através da per capta por alunos. É respeitado ohábito regional, a
quantidade de nutrientes necessários para a faixa etária de cadaaluno.
16.5 CONSELHO MUNICIPAL DE ACOMPANHAMENTO, CONTROLE SOCIAL,
COMPROVAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO
DEMANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE
VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO – FUNDEB.

69
Criado através da Lei Municipal n.º 08 de 16 de Fevereiro de 2017éorganizado na
forma de órgão colegiado e tem como finalidade acompanhar a repartição, transferência e
aplicação dos recursos financeiros do FUNDEB do município de Jordão-AC. De acordo com
o art. 2º compete ao Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do
FUNDEB e sua alteração da Lei nº 011, de 22 de março de 2010.
I- Acompanhar e controlar, em todos os níveis, a distribuição dos recursosfinanceiros
do FUNDEDB municipal;
II- Acompanhar e controlar, junto aos órgãos competentes do Poder Executivo e
aoBanco do Brasil, os valores creditados e utilizados à conta do FUNDEB;
III- Supervisionar a realização do censo escolar, no que se refere às atividades
decompetência do Poder Executivo Municipal, relacionadas ao preenchimento
eencaminhamento dos formulários de coleta de dados, especialmente no quetange ao
cumprimento dos prazos estabelecidos;
IV- Supervisionar a elaboração da proposta orçamentária anual do município,
especialmente no que se refere à adequada alocação dos recursos do FUNDEB,observando-
se o cumprimento dos percentuais legais de destinação dos recursos;
I- Acompanhar, mediante verificação de demonstrativos gerenciais
disponibilizados,pelo Poder Executivo, o fluxo e a utilização dos recursos do FUNDEB,
conformedisposto no art. da Lei nº 11.494, de 20/06/2007;
II- Exigir do Poder Executivo Municipal a disponibilização da prestação de contas
daaplicação dos recursos do FUNDEB, em tempo hábil à análise e manifestação doConselho
no prazo regulamentar;
III- Manifestar-se, mediante parecer gerencial, sobre as prestações de contas
doMunicípio, de forma a restituí-las ao Poder Executivo Municipal em até trinta diasantes
do vencimento do prazo para sua apresentação ao Tribunal de Contascompetente, conforme
Parágrafo Único do art. 27 da Lei 11.494, de 20/06/2007;
IV- Observar a correta aplicação do mínimo de 60% dos recursos do Fundo
deRemuneração dos Profissionais, cujo pagamento é realizado com essa parcelamínima
legal dos recursos;
V- Exigir o fiel cumprimento do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério
daRede Municipal de Ensino;
VI- Zelar pela observância dos critérios e condições estabelecidos para exercícioda
função de conselheiro, especialmente no que tange aos impedimentos paraintegrar o

70
Conselho e para o exercício da presidência e vice-presidência docolegiado, descritos nos §§
5º e 6º do art. 24 da Lei nº 11.494/2007;
VII- Requisitar, junto ao Poder Executivo Municipal, a infra-estrutura, condições e
materiais necessárias à execução plena das competências do Conselho, combaseno
dispositivo no § 10 do art. 24 da mesma lei;
VIII- Acompanhar e controlar a execução dos recursos federais transferidos àconta do
Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar – PNATE, verificandoos registros
contábeis e os demonstrativos gerenciais relativos aos recursosrepassados,
responsabilizando-se pelo recebimento, análise da Prestação de contasdesses Programas,
encaminhando ao FNDE o Demonstrativo Sintético Anual daExecução Físico-Financeira,
acompanhado de parecer conclusivo, e notificar oórgão Executor dos Programas e o FNDE
quando houver ocorrências de eventuaisirregularidades na utilização dos recursos;
IX- Exercer outras atribuições previstas na legislação Federal ou Municipal:
§ 1º - O conselho deve atuar com autonomia, sem vinculação ou
subordinaçãoinstitucional ao Poder Executivo Municipal e será renovado periodicamente ao
finalde cada mandato dos seus membros;
§ 2º - As decisões tomadas pelo Conselho deverão ser levadas ao conhecimento
doPoder Público Municipal e da Comunidade.
O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEBapresenta
a seguinte composição, de acordo com a Lei Municipal nº 011, de 22 de março de 2010, e
conforme o estabelecido no inciso IV do § 1º do art. 24 da Lei n.º11.494, de 20 de Junho de
2007:
I – 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1(um)
da Secretaria Municipal de Educação ou órgão educacional equivalente:
II – 1 (um) representante dos professores da educação básica pública;
III – 1 (um) representante dos diretores das escolas básicas públicas;
IV – 1 (um) representante dos servidores técnico-administrativos das escolasbásicas
públicas;
V – 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educação básica pública;
VI – 2 (dois) representantes dos estudantes da educação básica pública, um dosquais
deve ser indicado pela entidade de estudantes secundaristas;
Os membros do Conselho serão indicados aos pares, por seus respectivossegmentos,
sendo um titular e o outro suplente.

71
A nomeação dos membros ocorrerá a partir da indicação ou eleição porparte dos
segmentos ou entidades prevista no artigo que trata da nomeação.
DAS REUNIÕES
Art. 4º As reuniões ordinárias do Conselho serão realizadas mensalmente
conformeprogramado pelo colegiado. O conselho poderá se reunir extraordinariamente
porconvocação do seu presidente ou de um terço dos seus membros.
Art. 5º As reuniões serão realizadas com a presença da maioria dos membros
doconselho.
A gestão democrática em Jordão-AC, como no restante dopaís, é fruto de um processo
de democratização da sociedade brasileira, além da CFde 1988, pelo “Plano Decenal de
Educação Para Todos”, pela LDB, pelo Estatuto doMagistério e pela Lei Orgânica do
Município. Institucionalizada pela Secretaria Municipal de Educação a partir da implantação
e implementação dos Conselhoscomo mecanismos privilegiados da Gestão Democrática.
após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de
estudos na área de atuação do professor ou professora, com destaque para os conteúdos

16.6 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO


Com a Constituição Federal de 1988, os Municípios tiveram assegurada sua autonomia
com o estabelecimento de atribuições e competências, dentre as quais se inclui a de manter,
com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, Programas de Educação
Infantil e de Ensino Fundamental.
Como o Brasil é organizado de forma federativa, cada nível de governo possui
diferentes responsabilidades, inclusive com relação à oferta da educação escolar nas
diferentes etapas de ensino.
A Educação Infantil é função própria dos Municípios, oferecida em creches e pré-
escolas. O Ensino Fundamental é competência de Estados e Municípios, em um sistema de
responsabilidade compartilhada. Na oferta dessa etapa de ensino esses entes federados
devem estabelecer formas de colaboração em relação à divisão proporcional de encargos, no
que se refere à população.
Nos últimos anos, os Municípios investiram no crescimento de suas redes de ensino,
ficando evidente a ampliação da oferta da Educação Infantil e o esforço da municipalização
do Ensino Fundamental.

72
A matrícula em creches e pré–escolas passou por acentuada redução nas redes
estaduais e significativa ampliação nas redes municipais em todo o Brasil. O número de
alunos matriculados nessa etapa de ensino, em 1996, era de 2,5 milhões e, em razão do
aumento na oferta, em 2008,as redes municipais possuíam 4,9 milhões de alunos, um
acréscimo de 95,6%.
16.7 RECURSOS VINCULADOS PARA A EDUCAÇÃO
A Constituição, em seu artigo 212, caput, garante um gasto mínimo de recursos
financeiros que o Poder Público é obrigado a aplicar em educação: A União tem de aplicar
nunca menos de 18%, e os Estados, DF e Municípios, no mínimo, 25% de algumas de suas
receitas em despesas relativas à manutenção e desenvolvimento do ensino. Os recursos
vinculados não podem ser aplicados em educação em geral, mas somente em despesas com
manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE).
Em princípio, os recursos vinculados podem ser gastos em todas as etapas e
modalidades de educação básica escolar. Entretanto, como já vimos, segundo a LDB (art.
11, V), o Município só pode aplicar os 25% da receita de impostos no Ensino Fundamental e
na Educação Infantil, e somente recursos acima desse porcentual podem ser destinados ao
Ensino Médio e à Educação Superior, mesmo assim, se estiverem atendidas plenamente as
necessidades de sua área de competência.
Dentro desta perspectiva o Município de Jordão promulgou suaLei Orgânicade 08 de
março de 1993, e destinou a seção I do Capítulo VI, para a Educação, compostas de 20
artigos, (Art. 125 ao Art. 144. Onde no art. 125 obrigasse-a aplicar, anualmente, nunca
menos de vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino,
observados os dispositivos estabelecidos no art. 212 da Constituição Federal.
12. PPA – PLANO PLURIANUAL
O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no art. 165 da Constituição
Federal destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os
fundamentos e os objetivos da República.
De acordo com o Ministério do Planejamento é por meio dele, é declarado o conjunto
das políticas públicas do governo para um período de quatro anos e os caminhos trilhados
para viabilizar as metas previstas, construindo um Brasil melhor.

73
O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos da
República. O Plano apresenta a visão de futuro para o País, macrodesafios e valores que
guiam o comportamento para o conjunto da Administração Pública Federal.
Por meio dele o governo declara e organiza sua atuação, a fim de elaborar e executar
políticas públicas necessárias. O Plano permite também, que a sociedade tenha um maior
controle sobre as ações concluídas pelo governo. O PME deve, inicialmente acompanhar o
PPA, uma vez que é este quem financia todas as ações do município, inclusive as da
educação.
Assim os recursos que o município aplicara para a execução das metas serão os
determinados no PPA, LDO e LOA. E os recursos oriundos de convênios com órgãos
estaduais e federais.

Meta 18: assegurar, no prazo de 1 (um) anos, a existência de planos de Carreira para
os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de
ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública,
tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos
termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias:

18.1 Garantir a realização de concurso público de admissão de profissionais do magistério


da educação básica pública, considerando as especificidades sócio-culturais das escolas do
campo e das comunidades indígenas utilizando como base documentada em uma decisão
pela efetivação a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina.

18.2 Assegurar nos planos de Carreira dos profissionais em educação do Município, licenças
remuneradas e incentivo para a qualificação de profissionais, inclusive em nível de pós-
graduação stricto-sensu, mestrado e doutorado.

18.3 Assegurar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para o


município aprovando lei específica estabelecendo planos de Carreira para os profissionais da
Educação.

74
18.4 Garantir o correto funcionamento do Conselho de Acompanhamento e Controle Social
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação.
18.5 Atualizar o plano de carreira para o magistério de acordo com as diretrizes do Conselho
Nacional de Educação e legislação educacional vigente.

Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão
democrática da educação nas instituições de ensino que tem matrículas superior a 100
alunos, no âmbito das escolas públicas municipais, assegurando a aplicação de
recursos e apoio técnico da União para tanto.

Estratégias:

19.1 Ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de
acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos
conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos
de acompanhamento de políticas públicas, garantido a esses colegiados recursos financeiros,
espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com
vistas ao bom desempenho de suas funções.

19.2 Dar obrigatoriedade a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos


(as) e seus familiares na formulação dos projetos políticos pedagógicos, currículos escolares,
planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na
avaliação dos docentes e gestores escolares, bem como o favorecimento nos processos de
autonomia pedagógicas, administrativas e de gestão financeira nos estabelecimentos de
ensino.

19.3 Favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira na


rede municipal.

19.4 Garantir a participação da comunidade escolar nos Conselhos de Escola e equivalentes.

Meta 20: Assegurar a aplicação dos recursos repassados pela a união através do
FNDEB de modo a aplicar 60% no mínimo para fins de pagamento da remuneração do
magistério e 40% com manutenção e desenvolvimento do ensino, “previsto no art. 70

75
da Lei nº 9394/96 (LDB) e garantir o percentual de investimentos em educação de
acordo com o art. 69 da Lei nº 9394/2006.

Estratégias:

20.1 Ampliação dos mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social


do salário-educação.

20.2 Executar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro para o financiamento da
educação de todas as etapas da educação básica, observando o cálculo de acompanhamento
regular dos indicadores educacionais.

20.3 Assegurar a articulação do sistema nacional de educação, em regimede colaboração,


com equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das
funções redistributiva observando principalmente as regiões Norte e Nordeste e suas
peculiaridades.

20.4 Aprovar no prazo de 1(um) ano, Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando


padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo
processo de metas de qualidade por institutos oficiais de avaliação educacional.

20.5 Garantir, entre as metas dos planos plurianuais vigentes nos próximos dez anos, a
previsão do suporte financeiro às metas constantes neste Plano.

20.6 Promover a autonomia financeira das escolas mediante repasses de recursos,


diretamente aos estabelecimentos públicos de ensino, a partir de critérios e objetivos, para
pequenas despesas e cumprimento de sua proposta pedagógica
20.7 Assegurar o cumprimento do artigo 212 da Constituição Federal, com referência ao
cumprimento do dispositivo quanto à aplicação mínima de 25% na Educação.

17. ACOMPANHAMENTO, CONTROLE, AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO.

O detalhamento das ações propostas nos diversos Programas Educação Infantil,


Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Profissionais da
Educação e Financiamento e Gestão, com definição de metas anuais, como clientela a ser
atingida, escolas, período de execução, recursos humanos, materiais e financeiros
76
necessários, será possível, a partir da elaboração compartilhada da proposta orçamentária
anual, ao longo do período de execução do Plano.
Acompanhamento: consiste em verificar o andamento da execução física e financeira
dos Projetos e Atividades em termos de resultados, tempo e custos previstos.
Controle: consiste em verificar o grau de correspondência entre a programação e a
execução para propor e exercer ações corretivas sobre os desvios constatados ou, proceder a
ajustamentos, quando necessários.
Avaliação: consiste em mensurar os resultados das ações desencadeadas, segundo
critérios e padrões de quantidade e qualidade preestabelecidos, principalmente nos objetivos
e metas.
Implementação: reforço com mais recursos nas ações – Projetos e Atividades - que
demonstraram resultados positivos ou satisfatórios na redução dos desequilíbrios,
insuficiências, lacunas ou desvios; adoção de medidas corretivas em outras ações, quando
necessário.
A sistematização do processo de acompanhamento, controle e avaliação, buscando
obter dados e informações objetivas, claras e seguras, é necessária para a realimentação do
processo de planejamento e implementação de ações alternativas adequando e/ou
redirecionando metas para a consecução da proposta política pedagógica consolidando o
acesso, regresso, permanência com sucesso de todas as crianças, jovens e adultos, ainda não
suficientemente escolarizados, em escola de qualidade.
Os relatórios parciais de Projetos, Atividades ou Programas, bem como os relatórios
anuais globais, consolidarão a síntese dos resultados e fundamentarão a elaboração de novos
Planos e/ou Projetos.
A participação, o compromisso e a esperança no resgate da qualidade do Ensino
Público vão se consolidando a cada ano, com o aumento de investimentos, melhorias
salariais, mas também, com um melhor desempenho em parcerias professor/aluno,
escola/comunidade, na construção de um mundo um pouco mais humano, reconhecendo em
cada pessoa, o principal agente de sua própria história.
Periodicamente podem e devem ser usados instrumentos objetivos escritos para avaliar
Planos e/ou Programas Educacionais, envolvendo diferentes segmentos sociais,
especialmente os mais comprometidos com o processo educativo.
Esta análise conjunta reorientará decisões técnico-pedagógicas e administrativas,
fortalecendo o processo de planejamento participativo e enriquecendo a administração

77
educacional e municipal como um todo.
É necessário articular e comprometer, na avaliação contínua e sistemática, a sociedade
civil, organizada através de Conselhos ou entidades, interessadas e responsáveis pelos
direitos da criança e do adolescente no Município.
O resultado desta reflexão sobre as ações em desenvolvimento deverá intervir no
processo de gestão da Educação no Município, para que a implementação seja adequada às
reais e sempre atualizadas necessidades e possibilidades existentes a cada ano, concretizando
passo a passo o ideal sonhado, em consonância com as demais determinações legais
vigentes.

78
12. – REFERÊNCIAS

1. ACRE. Governo do Estado. Fundação de Tecnologia do Estado do Acre, Atlas do Estado


do Acre/Governo do Estado do Acre – Rio Branco: FUNTAC, 2008.

1. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo, Saraiva, 1998.

2. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. N° 9.394/96, de 20 de


dezembro de 1996. Brasília, DOU, de 23/12/96

3. BRASIL. Lei n° 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Institui o Fundo de Manutenção e


Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, Brasília,1996.

4. BRASIL. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, Aprova o Plano Nacional de Educação,


Brasília, DOU, de 10/02/2001

5. BRASIL. Lei n° 11.494, de 20 de junho de 2007 - Regulamenta o Fundo de Manutenção e


Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação -
FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001;revoga


dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004,
e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências.

6. BRASIL. Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964. Institui Normas Gerais de Direito


Financeiro para Elaboração e Controle dos Orçamentos e Balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal.

7. BRASIL. Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007 - Dispõe sobre a implementação do


Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de
colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias e da
comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a
mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica

8. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Plano Decenal de Educação para Todos.


1993-2003. Brasília, MEC, 1993.

79
9. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Estratégias de Mobilização Educação
para Todos/Todos pela Educação. Brasília, MEC/UNICEF, 1994.

10. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares


Nacionais:Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais/Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília, MEC, SEF,1997.

11. BRASIL. Conselho Nacional de Educação - CNE. Diretrizes Curriculares Nacionais: em


todos os níveis e modalidades da Educação Básica – Brasília. 1997 - 2001.

12. BRASIL. Lei nºº 13.005, de 25 de Junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação – PNE – e dá outras providencias

13. BRASIL. Constituição (1988)atualizada (2013), Constituição da Republica Federativa


do Brasil, 35ª ed. São Paulo Saraiva, 2005.

14. BRASIL. Ministério da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.


Trabalhando com educação de jovens e adultos: alunos da EJA.

15. Dados pesquisados no IBGE.

16. INEP. Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira.


Disponível em: http://portal.inep.gov.br/

17. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional. 9ª edição Atualizada em 20/5/2014.

18. RESOLUÇÃO DO CNE/CEB n° 05 Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar


Indígena de 22 de Junho de 2012.

80

Você também pode gostar