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Isso acontece porque este som está distante daquele que foi gerado em
nossa mente. Mas é a partir daqui, desta diferença, através de
nossas orientações e abordagens durante os ensaios que se dará o
direcionamento do “som bruto” do coro.
Ou seja, se você não pedir, não trabalhar, não ensaiar, não orientar nada em
termos de sonoridade, o resultado sonoro na apresentação será aquele, do
primeiro ensaio: “o som bruto”.
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A chave para uma boa sonoridade é sensibilizar e conquistar seus
coralistas para se tornarem seus aliados na busca por um som de
qualidade.
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que o coro ainda não tem capacidade de reproduzir! Negocie um meio
termo!
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> Não faça qualquer gesto, nem cante – apenas siga a partitura com os olhos
como se estivesse regendo.
> Cante mentalmente, buscando a sonoridade que você quer ouvir do coro
nesta peça.
> Trabalhe em sua cabeça cada aspecto do som: timbre, cor, textura,
equilíbrio entre as vozes, dinâmica, fraseado, etc. Faça mudanças e
experiências até chegar a um resultado que você considere satisfatório.
> Repita quantas vezes for necessário até que esta concepção
sonora esteja definida internamente em você – não vá para a frente do coro
antes de definir o som que você espera da peça.
O termo “blend” (do inglês: mistura) é utilizado para produtos que são o
resultado da combinação de vários ingredientes diferentes que, se
combinados de maneira correta e harmoniosa, resultam num produto de
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destacada qualidade. Por exemplo: blends de chás, cafés, carnes, vinhos, e
outros.
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Talvez por isso a palavra “blended” em inglês, dê melhor a ideia da mistura
resultante que um bom coro deve ter, soando com simplicidade e
uniformidade.
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inclusão do diferente no aspecto social, permeiem as mentes dos regentes,
mas esse pensamento, no contexto do som do coro que precisa ter qualidade,
é uma cilada!
Encare a voz de cada cantor como uma cor de tinta. Sua tarefa é harmonizar
todas as cores e fazer uma obra de arte sonora!
Vamos admitir aqui que existam 2 tipos de coros: o que soa heterogêneo e o
que soa homogêneo.
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▪ Soa desafinado. O ajuste interno das vozes não acontece, pois a
emissão não é combinada, padronizada e orientada. Uma terça
afinada passa a ser uma vaga lembrança ou um sonho quase
inatingível!
por que não gostou, mas de fato, se sente cansada no meio da terceira
peça do concerto. Familiares e amigos serão mais amistosos nas análises,
mas um público seleto terá incômodo para permanecer no ambiente. Pode
acreditar!
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projeção vocal e frequentemente encobre o naipe ou até mesmo o
coro todo!
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Um modo muito interessante de criar um exercício vocal, que já utilizei em meu
trabalho com coros iniciantes, é usar um trecho de melodia do próprio
repertório como matéria prima. É incrível o que apenas algumas notas
distribuídas em 3 ou 4 compassos podem resultar!
A repetição sistemática dos vocalizes, apesar de toda fundamentação técnica,
pode parecer mecânica, um pouco vaga ou sem sentido para seus coralistas
iniciantes, mas você pode usar um pequeno trecho da melodia de uma das
peças que irá trabalhar no ensaio, na forma de vocalize para direcionar a
resolução do problema que está travando o desenvolvimento do coro naquele
repertório.
Um bom critério para escolher qual trecho utilizar é: pense no vocalize que
você utilizaria para alcançar os objetivos técnicos, e busque no repertório
trechos com as mesmas características.
Se não encontrar um trecho adequado nas músicas que estão programadas
para este ensaio, não tem problema! Procure em outras peças do repertório.
6 Vantagens
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Recruta a criatividade do regente pois você terá que imaginar soluções que
possam ser aplicadas na resolução de problemas musicais. O trecho
separado, que vai se transformar em vocalize, deve ser cuidadosamente
preparado para isto.
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esta memória sonora, lembrando aos cantores que o som deve ser como há
25 minutos atrás, por exemplo, durante a preparação vocal. Temos de persistir
na busca da melhor sonoridade para nossos coros!
Alguns colegas regentes estão por encerrar suas atividades do semestre para
iniciar as férias de inverno. Neste ano o mundial de futebol ainda proporcionará
alguns bons momentos de euforia durante as férias.
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1 – Escalação Correta Do Time
Da mesma forma, uma soprano não pode ser escalada pra cantar
contralto só porque o naipe está pequeno. Nem sempre o seu tenor de voz
mais potente vai dar conta daquele solo num repertório barroco. E o seu
pianista não pode se sentar num órgão e tocar o acompanhamento como se
fosse piano. Percebe que se escalar mal seu time, pode perder de goleada?
2 – Posicionamento Em Campo
3 – Planejamento Estratégico
Uma seleção que pretenda disputar uma Copa e alcançar um bom resultado
precisa de um planejamento de curto, médio e longo prazo. O caminho até
seu objetivo final deve ser trilhado com uma estratégia definida.
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Por exemplo: se você tem um compromisso importante com seu coro, a estreia
de um novo repertório, uma cantata, uma competição ou algo parecido,
agende “jogos amistosos”!
Intercale entre cada compromisso pelo menos um ensaio. Desta forma você
pode cantar – gravar – analisar – corrigir no ensaio – cantar de novo – analisar
e avaliar – corrigir de novo… e assim por diante até seu objetivo ser alcançado!
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4-Preparação Física
Sem desculpas!
. “O ensaio começou atrasado“ – use parte do tempo do repertório ou
termine o ensaio uns minutos mais tarde, mas nunca deixe de aquecer!
. “Eu não entendo de técnica vocal!” – meu colega… se você chegou até
aqui sem nunca ter estudado canto, vai levar um puxão de orelha! Você
precisa “pra ontem” procurar capacitação para liderar um grupo que usa
a voz como matéria prima! Estude, pesquise e leia. Mas nada substitui
estudar com um bom professor de canto. Convide alguém da área para ser
preparador vocal do coro. Busque orientação e assessoria.
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os benefícios para a saúde vocal. Também é bom rever e analisar sua
dinâmica para a preparação vocal! Este momento define a qualidade da
apresentação ou ensaio. Busque novas maneiras de tornar este
momento eficiente e ao mesmo tempo interessante e prazeroso.
Ao menor sinal de problemas nas vozes de seus “jogadores” não pense duas
vezes: mande para o “departamento médico”! Oriente sempre o coralista a
procurar uma avaliação de um otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo,
conforme a necessidade. Tenha em mãos contatos de bons profissionais para
indicar. Encaminhe para o médico a sua impressão sobre como está o som e o
desempenho da voz do seu coralista. Esteja atento aos sinais de rouquidão,
pigarro, mudanças de timbre, volume, irritações e falta de ar durante o
canto.
Por fim, não esqueça que seu cantor não é apenas uma voz! A condição física
e emocional geral é fundamental para o bom desempenho no coro. Problemas
de coluna, musculares, pressão, audição, stress, memória e visão trazem
grandes prejuízos ao rendimento do coralista. Acompanhe, observe e converse
sempre com seu cantor para que estes problemas sejam devidamente
acompanhados e tratados.
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5 – Invista Nas Categorias De Base
6 – Comissão Técnica
Certa vez detectamos que um dos nossos grupos estava com algumas
dificuldades no palco. Chamamos um professor e diretor de teatro para um
trabalho visando aumentar a confiança no
palco, postura, atitude e expressão facial.
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A canção de Tom Jobim já dava uma pista de um dos problemas possíveis
para a desafinação:
Porém, ter ouvido pouco sensível ou destreinado para a música não é a única
causa da desafinação do seu coro!
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Há uma incrível demanda por qualidade em todas as áreas do conhecimento
humano em nossos dias. No caso do Brasil, recrutadores e caçadores de
talentos se desdobram em busca dos especialistas mais qualificados, que
saibam equilibrar a eficácia com a eficiência. E esses profissionais são muito
raros por aqui!
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<https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/58785/1/000145319.pdf>
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