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Contabilidade
de Seguros
Rio de Janeiro
UVA
2016
Marcos Vinícius Kucera
Julio Cezar de Mello Cidade
Atuária e
Contabilidade
de Seguros
Rio de Janeiro
UVA
2016
Copyright © UVA 2015
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer
meio sem a prévia autorização desta instituição.
ISBN: 978-85-69287-14-8
Autoria do Conteúdo
Marcos Vinícius Kucera
Julio Cezar de Mello Cidade
Design Instrucional
Daianá Lucília S. A. de Almeida Melo
Projeto Gráfico
UVA
Diagramação
Isabelle Martins
Revisão
Janaína Senna
Lydianna Lima
CDD – 368.01
Apresentação...............................................................................................................7
Sobre o autor................................................................................................................9
Considerações finais.....................................................182
7
APRESENTAÇÃO
SOBRE O AUTOR
Marcos Vinícius Kucera possui graduação em Ciências Contábeis pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj (1998), graduação em
Ciências Navais pela Escola Naval (1978) e mestrado em Ciências Con-
tábeis também pela Uerj (1998). Exerce as funções de professor (gra-
duação e pós-graduação) e de coordenador desde 1998 em diversas
instituições de ensino superior, tais como a Universo, a Universidade
Severino Sombra, as Faculdades Integradas de Jacarepaguá, a Univer-
sidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e a Universidade Estácio de Sá
- Unesa. Nesta última, atualmente acumula as funções de docente, con-
teudista, tutor on-line, professor e coordenador do curso de Ciências
Contábeis na modalidade EAD, tendo exercido, também, as funções
de diretor do citado curso e de coordenador-geral nacional presencial,
além de ter elaborado e coordenado cursos de pós-graduação, em espe-
cial Gestão Fiscal e Tributária da citada universidade. Tem larga experi-
ência na área de gestão em diversos segmentos de atividades públicas
e privadas, sempre em posição de direção/gerência, com ênfase nas
áreas de Gestão da Produção, de Operações e de Finanças, Contabilida-
de Financeira, Gerencial e Tributária.
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História do seguro 11
CAPÍTULO 1
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
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12 Perspectivas históricas
HISTÓRIA DO SEGURO
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História do seguro 13
O Código de Hamurábi
No século XXIII a.C., os povos da Mesopotâmia, incluindo
os sumérios, acádios, assírios e babilônios, formavam so-
ciedades altamente organizadas, com base em culturas di-
versas, que eram regidas pelo Código de Hamurábi.
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14 Perspectivas históricas
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História do seguro 15
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16 Perspectivas históricas
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História do seguro 17
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18 Perspectivas históricas
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História do seguro 19
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20 Perspectivas históricas
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A história do seguro no Brasil 21
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22 Perspectivas históricas
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A história do seguro no Brasil 23
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24 Perspectivas históricas
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A história do seguro no Brasil 25
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26 Perspectivas históricas
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A estrutura do mercado de seguros no Brasil 27
Componentes do SNSP
A intervenção do Estado nas atividades de seguro não é
recente e ocorre há vários anos. Em 1934, por meio do De-
creto nº 24.782, foi criado o DNSPC, em substituição à Ins-
petoria de Seguros, que o decreto extinguiu. O Decreto-Lei
nº 73, de 21 de novembro de 1966, extinguiu esse departa-
mento e foi criada, em sua substituição, a Susep, instituído
o SNSP e criado o CNSP.
1. CNSP.
2. IRB.
3. Susep.
5. Seguradoras.
6. Resseguradoras.
7. Segurados.
8. Corretores habilitados.
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28 Perspectivas históricas
1. CNSP
O sítio do Ministério da Fazenda apresenta a seguinte de-
finição:
Composição
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A estrutura do mercado de seguros no Brasil 29
Atribuições
2. IRB
De acordo com o sítio do IRB (Instituto de Resseguros do
Brasil), para que se entenda a trajetória do IRB é neces-
sário, antes, compreender as mudanças dos caminhos es-
colhidos pelo Brasil a partir da década de 1930. Naquela
ocasião, o Brasil vivia uma grande onda nacionalista, que
refletiu também no mercado de seguros. Isso resultou na
aprovação do “Princípio de Nacionalização do Seguro”,
previsto na Constituição de 1934 e incluído na Carta Mag-
na sancionada em 1937.
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30 Perspectivas históricas
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A estrutura do mercado de seguros no Brasil 31
3. Susep
Segundo o sítio da Susep, em 1966, no Decreto-Lei nº 73,
de 21 de novembro de 1966,
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32 Perspectivas históricas
4. EAPC
Entidades abertas de previdência complementar são enti-
dades constituídas unicamente sob a forma de sociedades
anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de
benefícios de caráter previdenciário concedidos em for-
ma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a
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A estrutura do mercado de seguros no Brasil 33
Tipos de planos/benefícios
Os planos previdenciários podem ser contratados de for-
ma individual ou coletiva (averbados ou instituídos); e po-
dem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos
básicos de benefício:
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34 Perspectivas históricas
5. Sociedades seguradoras
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades
anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio
do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (se-
gurado), ou a quem ele designar, uma indenização, no caso
em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para
isso, o prêmio estabelecido.
6. Resseguradoras
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades
anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de
operações de resseguro e retrocessão.
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A estrutura do mercado de seguros no Brasil 35
7. Segurados
São as pessoas físicas ou jurídicas que, tendo interesse se-
gurável, contratam um seguro em seu benefício pessoal ou
de terceiros. São as pessoas em relação às quais a segura-
dora assume a responsabilidade de determinados riscos.
8. Corretores habilitados
Segundo o sítio Tudo Sobre Seguros, os corretores são pes-
soas físicas ou jurídicas legalmente autorizadas a interme-
diar contratos de seguros entre as sociedades seguradoras
e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, sendo
remunerados por meio de um percentual de comissão so-
bre o valor do prêmio pago pelo segurado.
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36 Perspectivas históricas
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A estrutura do mercado de seguros no Brasil 37
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38 Perspectivas históricas
REFERÊNCIAS
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40
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Principais conceitos de seguros 41
CAPÍTULO 2
CONCEITOS DE SEGUROS E
LEGISLAÇÃO
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42 Conceitos de seguros e legislação
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Principais conceitos de seguros 43
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44 Conceitos de seguros e legislação
Mutualismo
Freire (1969) define mutualismo da seguinte maneira:
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Principais conceitos de seguros 45
Cálculo atuarial
Silva (2009) mostra que a ocorrência de riscos ou certos
fenômenos em determinados grupos é calculada por atu-
ários que se utilizam de recursos matemáticos e estatís-
ticos.
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46 Conceitos de seguros e legislação
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Principais conceitos de seguros 47
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48 Conceitos de seguros e legislação
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Principais conceitos de seguros 49
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50 Conceitos de seguros e legislação
Limite de Retenção – LR
LR MÍNIMO (0,3% do PLA) 26.852
4
LR MÁXIMO (3,0% do PLA) 268.521
Fonte: Silva, 2009, p. 25.
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Seguro público x Seguro privado 51
Seguros sociais
Segundo Costa (2005, p. 22), os seguros sociais buscam
prestar a garantia, ao indivíduo que vive do seu salário, de
bem-estar social em razão de danos físicos ou orgânicos
ocorridos em sua pessoa que sejam capazes de inutilizá-
-lo para o trabalho remunerado. Nesse modelo de seguro,
tem-se o Estado como segurador, e, como contribuintes, o
empregador e o empregado. Nesse caso, a contribuição é
compulsória.
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52 Conceitos de seguros e legislação
Seguros privados
A atividade relativa aos seguros privados é explorada pela
iniciativa privada por meio de seguradoras e ressegurado-
ras. Trata-se de proteção econômica que as noções de pre-
vidência recomendam aos indivíduos contra a ocorrência
de danos aleatórios.
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Seguro público x Seguro privado 53
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54 Conceitos de seguros e legislação
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Seguro público x Seguro privado 55
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56 Conceitos de seguros e legislação
CONTRATOS DE SEGUROS
Contrato de seguro
Toda operação de seguro é norteada pelas cláusulas ex-
pressas nas condições gerais, especiais e particulares de-
finidas pelos órgãos que regulam o mercado de seguros.
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Contratos de seguros 57
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58 Conceitos de seguros e legislação
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Contratos de seguros 59
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60 Conceitos de seguros e legislação
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Contratos de seguros 61
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62 Conceitos de seguros e legislação
REFERÊNCIAS
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 65
CAPÍTULO 3
TIPOS DE SEGUROS, PROVISÕES
TÉCNICAS E INDICADORES DO
SETOR
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66 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 67
RAMOS DE SEGUROS
Grupos Característica gerais
Seguros contra incêndio, roubo
de imóveis, bem como os segu-
1 Patrimonial
ros compreensivos residenciais,
condominiais e empresariais.
Seguros contra riscos de petró-
2 Riscos especiais
leo, nucleares e satélites.
Seguros contra indenizações por danos
3 Responsabilidades materiais ou lesões corporais a terceiros
por culpa involuntária do segurado.
Seguros contra riscos marítimos,
4 Cascos (em run off )
aeronáuticos e de hangar.
Seguros contra roubos e aciden-
5 Automóvel tes de carros, de responsabilidade
civil contra terceiros e DPVAT.
Seguros de transporte nacional e inter-
6 Transporte nacional e de responsabilidade civil de
cargas, do transportador e do operador.
Seguros diversos de garantia de
7 Riscos financeiros
contratos e de fiança locatícia.
Seguros de crédito a exportação e
8 Crédito (em run off )
contra riscos comerciais e políticos.
Seguros coletivos de vida e aci-
dentes pessoais, vida com cober-
9 Pessoas (coletivo)
tura para risco de sobrevivência,
prestamista e educacional.
Seguros contra riscos de morte
10 Habitacional e invalidez do devedor e de da-
nos ao imóvel financiado.
Seguros agrícola, pecuário, de
11 Rural
florestas e penhor rural.
Seguros no exterior e de sucur-
12 Outros
sais de seguradoras no exterior.
Seguros individuais de vida e aci-
dentes pessoais, vida com cober-
13 Pessoas individual
tura para risco de sobrevivência,
prestamista e educacional.
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68 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Seguros de pessoas
O ramo de seguros de pessoas tem como meta a garantia
de indenização ao segurado e seus beneficiários dentro
das condições e de acordo com as garantias estabelecidas
no contrato. Citamos, como exemplo desse segmento, os
seguros de acidentes pessoais, de vida, viagem, educação,
desemprego (perda e renda), internação hospitalar, inca-
pacidade temporária, funeral, entre outras ramificações.
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 69
• Seguro de vida.
• Seguro de vida em grupo ou coletivo.
• Seguro de acidentes pessoais.
• Seguro-saúde.
• Seguro educacional.
• Seguro-viagem.
• Seguro de diária por internação hospitalar.
• Seguro-desemprego (perda de renda).
• Seguro de diária por incapacidade temporária.
Seguro de vida
Modalidade de seguro que cobre a morte ou a sobre-
vivência de um “único” segurado. O único está entre
aspas, pois ele pode representar mais de uma pes-
soa, como no caso de um casal (marido e mulher) ou
de sócios de uma firma. Esses casos são conhecidos
como seguro em conjunto ou de duas ou mais cabe-
ças, e não devem ser confundidos com o seguro de
vida em grupo.
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70 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 71
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72 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Seguro-saúde
Garante o pagamento em dinheiro ou reembolso de
despesas com cirurgias, estadas em hospitais, tra-
tamentos e consultas médicas feitas pelo segurado
e previstas no contrato. O reembolso pode ser feito
para a prestadora dos serviços ou para o próprio
segurado. A composição do seguro-saúde é extre-
mamente complexa e regulada.
Seguro educacional
Na ausência do segurado, busca garantir a educação
às pessoas indicadas por ele. A indenização pode
ser paga de diversas formas: o valor segurado pode
ser depositado em uma caderneta de poupança, de
onde vai sendo sacado para pagar as mensalidades
da escola; o beneficiário pode apresentar a com-
provação dos pagamentos das mensalidades e ta-
xas escolares ou material escolar para a seguradora
reembolsá-lo ou esta pode efetuar os pagamentos
devidos diretamente à instituição de ensino na qual
o beneficiário estuda.
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 73
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74 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
• Incêndio.
• Queda de raio na área do imóvel.
• Explosão.
• Vendaval, furacão, ciclone, tornado, queda de
árvore ou quaisquer engenhos aéreos, impacto de
veículo.
• Dias de paralização.
• Perda ou pagamento de aluguel.
• Roubo ou furto coberto de bens.
• Despesas com recomposição de registros e do-
cumentos.
Seguro de automóveis
Um dos mais populares no Brasil e responsável por
mais de um terço do volume de prêmios arreca-
dados, o seguro de automóveis tem como função
cobrir perdas ou danos dos veículos terrestres de
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 75
Seguro de aeronaves
Abrange os riscos a que estão expostas as pesso-
as e as coisas quando transportadas por via aérea.
Assim, no caso de um acidente, além da reposição
do avião, o seguro de aeronaves cobre as despesas
médicas dos passageiros acidentados e, em caso de
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76 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Seguro de embarcações
Com esse seguro, o proprietário de uma embarca-
ção — de carga ou de lazer, em águas marítimas,
fluviais ou lacustres — fica garantido contra inde-
nizações por perdas ou danos às embarcações, seus
acessórios e mercadorias nelas embarcadas, frete,
lucro esperado ou quaisquer outros interesses que
possam ser monetariamente mensurados.
Seguro de cargas
Conhecido como seguro-transporte, garante ao se-
gurado uma indenização pelos prejuízos causados
ao objeto segurado durante seu transporte.
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 77
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78 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Seguro de renda
Funciona como uma garantia do pagamento do con-
trato firmado, por exemplo, do aluguel do segurado,
dispensando os tradicionais fiadores e avalistas ou
depósito (cheque-caução). Com o seguro de fian-
ça locatícia, locatário e locador saem ganhando: o
primeiro por não ter de passar o constrangimento
de pedir a outros que se responsabilizem por ele,
o segundo por poder contar com um modo fácil de
garantir seu contrato de locação de imóvel.
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Tipos, modalidades ou ramos de seguros 79
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80 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
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Coberturas técnicas no setor de seguros 81
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82 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Indenização e prêmio
A indenização corresponde ao que a seguradora deve pa-
gar ao segurado em função de prejuízos ou perdas decor-
rentes de um sinistro. A indenização nunca é superior à
importância segurada.
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Coberturas técnicas no setor de seguros 83
Corretor
cadastrado Cliente
na seguradora
Cobrança
Proposta
Seguradora Apólice
Contabilidade
Enquadramento
Contas a pagar
Cálculos atuariais
Provisões técnicas
Para falarmos de atuária, não podemos nos esquecer dos
princípios que regem esse segmento sob o foco do negó-
cio: o conservadorismo, que é um princípio que justapõe a
própria atividade de correr riscos, como se fosse um con-
trabalanço; as chances de antever o futuro não aumentam
nem diminuem pela atividade de gestão atuarial, apenas
o seu conhecimento e as inferências que variam; a subor-
dinação às incertezas futuras e a necessidade de ajuste
contínuo das percepções, além do alto custo envolvido.
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84 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
PROVISÕES TÉCNICAS
Provisão de riscos decorridos
1. Provisões técnicas Provisão de prêmios não ganhos
não comprometidas Provisão matemática
Fundo de garantia de retrocessões
Provisão de sinistros a liquidar
2. Provisões técnicas Provisão de seguros vencidos
comprometidas Provisão para sinistros
ocorridos e não avisados
3. Fundo de garantia
—
operacional
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Coberturas técnicas no setor de seguros 85
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86 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
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Coberturas técnicas no setor de seguros 87
Exemplo:
Considere os seguintes saldos em um determinado mês:
Saldo da provisão de sinistros a liquidar: R$ 260.000.
Sinistros avisados no mês: R$ 80.000.
% de resseguros cedidos dos sinistros avisados: 30.
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88 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
a. Provisão matemática.
b. Fundo de garantia de retrocessões.
c. Provisão de sinistros a liquidar.
d. Provisão de seguros vencidos.
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Coberturas técnicas no setor de seguros 89
Limites operacionais
O mercado tem desenvolvido sofisticados modelos de
mensuração e aplicação personalizada por ramo para tra-
tamento do risco. Como consequência dessa segregação,
esse mercado vem criando perfis para cada tipo de segu-
rado, calcado em modelos matemáticos, estatísticos e de
probabilidades, que influenciam o risco e, consequente-
mente, o respectivo prêmio. Nesse formato de operação, as
seguradoras estão se especializando em oferecer produtos
de acordo com os diferentes graus de exposição ao risco
de cada perfil de cliente pessoa física ou jurídica.
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90 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Cosseguro
De acordo com o Cosif, é a operação que consiste na re-
partição de um mesmo risco, de um mesmo segurado,
entre duas ou mais seguradoras, podendo ser emitidas
tantas apólices quantas forem as seguradoras envolvidas
ou uma única apólice, por uma das seguradoras, denomi-
nada seguradora líder, não se verificando, ainda assim,
quebra do vínculo do segurado com cada uma das segura-
doras que respondem, isoladamente, perante o segurado,
pela parcela de responsabilidade que assumiram. Caso
haja sinistro, o percentual do prejuízo que cabe a uma
seguradora deverá ser o mesmo referente ao prêmio. Por
exemplo, se uma seguradora ficou com 10% do prêmio,
assumirá 10% do sinistro, caso este ocorra.
Exemplo:
Suponha que um grande empreendimento é cossegurado
por quatro seguradoras. O valor indenizatório do seguro é
ajustado em R$ 500.000.000,00. As responsabilidades fo-
ram distribuídas conforme a tabela abaixo:
A 15
B 30
C 35
D 20
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Coberturas técnicas no setor de seguros 91
Solução:
Responsa-
Seguradoras Percentuais Prêmio Indenização
bilidade
A 15 75.000.000,00 45.000,00 15.000.000,00
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92 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Resseguro
Em uma definição mais ampla, pode-se dizer que o ressegu-
ro é o seguro das seguradoras, tratando-se de uma operação
em que o ressegurador assume o compromisso de indenizar
a companhia seguradora direta do segurado pelos danos
que possam vir a ocorrer em decorrência de sinistros vin-
culados às apólices de seguro emitidas. Para garantir com
prudência a aceitação de um determinado risco ou pulve-
rizar um risco que possa comprometer sua capacidade fi-
nanceira, o segurador direto repassa parte de seu risco para
uma operadora de resseguro, que a indenizará por even-
tuais sinistros, em função da apólice de seguro vendida. O
contrato de indenização de resseguro pode cobrir um de-
terminado risco isoladamente ou todos os riscos assumidos
por uma seguradora em relação a uma carteira ou ramo de
seguros, inclusive aqueles de maior vulto e complexidade,
em contrapartida ao pagamento de um prêmio de ressegu-
ro, comprometendo-se a fornecer informações necessárias
para análise, fixação do preço e gestão dos riscos cobertos
pelo contrato.
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Coberturas técnicas no setor de seguros 93
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94 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Retrocessão
Da mesma forma que o segurador direto transfere parte
de determinado risco ou de uma carteira de riscos a um
agente de resseguro, pulverizando parcela da responsa-
bilidade que assumiu mediante contratos de seguros, o
ressegurador também dispõe do mecanismo da “retroces-
são”, ou seja, “cessão de resseguro”, que consiste no re-
passe de parte das responsabilidades assumidas para ou-
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Coberturas técnicas no setor de seguros 95
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96 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Contextualização
Conforme já observado anteriormente, o mercado de se-
guros se modificou e vem se modificando bastante, espe-
cialmente nas últimas décadas. Os governos concederam
às seguradoras maior liberdade para a fixação de preços e
demais condições de apólices, muito em função da aber-
tura de mercado para as companhias internacionais, que
passaram a operar no Brasil, ofertando produtos, que se
diversificaram, trazendo mais concorrência e vantagens
aos consumidores. O segmento passou a manter maior
grau de competitividade. Nessa competição, para definir
estratégias de produtos adequados, atrativos e acessíveis
era preciso ter informações gerenciais mais precisas para
as decisões de viabilidade operacional e de sobrevivência.
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Indicadores do setor de seguros 97
Limite de retenção
De acordo com a Resolução CNSP nº 40/2000, o limite de
retenção corresponde ao valor máximo de responsabilidade
que uma sociedade seguradora poderá reter em cada risco
isolado, também denominado “limite técnico”, sendo deter-
minados com base nos valores dos respectivos ativos líqui-
dos, representado pelo patrimônio líquido contábil ou pa-
trimônio social líquido contábil, com os seguintes ajustes:
Adições
a) Lucros não realizados da carteira de ações.
b) Receitas de exercícios futuros, efetivamente rece-
bidas (esse grupo foi extinto nos balanços por for-
ça das modificações trazidas pela Lei nº 11.638/07,
embora ainda conste do plano e das contas sugeri-
dos pela Susep).
Exclusões
a) As participações, diretas ou indiretas, em socie-
dades congêneres, entidades abertas de previdência
privada de fins lucrativos e/ou resseguradoras, atu-
alizadas pela efetiva equivalência patrimonial.
b) Despesas de exercícios futuros efetivamente rea-
lizadas.
c) Despesas antecipadas.
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98 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
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Indicadores do setor de seguros 99
Margem de solvência
A margem de solvência ou grau de liquidez geral é repre-
sentada por um indicador que demonstra a capacidade
que uma entidade possui de saldar seus compromissos,
ou seja, a saúde financeira para manter a qualidade ou
condição de solvente, ou ainda, no caso das seguradoras,
a condição de uma companhia de seguros de saldar as
responsabilidades assumidas.
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100 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Índice de cancelamento
Esse índice é obtido pelo quociente entre o somatório dos
prêmios cancelados e o dos prêmios emitidos em um perí-
odo. Essa forma de apresentação é a unitária, e, se uma
seguradora apresenta um índice de cancelamento de 0,05
em um determinado ano, significa que, de cada R$ 1.000
prêmios emitidos, R$ 50 foram cancelados, ou seja, 5%
dos prêmios emitidos.
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Indicadores do setor de seguros 101
Prêmios cancelados
Índice de cancelamento =
Prêmios emitidos
Índice de restituição
Esse índice é obtido pelo quociente entre o somatório dos
prêmios restituídos e os prêmios emitidos em um deter-
minado período. Essa forma de apresentação é a unitária,
e, se uma seguradora apresenta um índice de restituição
de 0,08 em um determinado trimestre, significa que, de
cada R$ 1.000 de prêmios emitidos, R$ 80 foram restituí-
dos, ou seja, 8% dos prêmios emitidos.
Prêmios restituídos
Índice de restituição =
Prêmios emitidos
Cosseguros cedidos
Índice de cosseguros cedidos =
Prêmios emitidos –
(cancelados + restituídos)
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102 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Resseguros cedidos
Índice de resseguros cedidos =
Prêmios emitidos –
(cancelados + restituídos)
Sinistros retidos
Representa o montante líquido dos sinistros pagos, dedu-
zidas as recuperações de cosseguro, resseguros, salvados
e ressarcimentos. Esse índice é dado em R$. Assim, su-
pondo-se que uma seguradora no segmento de automoti-
vo pagou R$ 500.000 de sinistros, dos quais 30% foram re-
cuperados em operações de resseguros e cosseguros, além
de R$ 120.000 de ressarcimentos e salvados, obterá um
montante de sinistros retidos de R$ 130.000 no segmento.
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Indicadores do setor de seguros 103
Sinistros recuperados
Índice de recuperação de sinistros =
Sinistros pagos
Índice de ressarcimentos
É obtido pelo quociente entre o montante de ressarcimen-
tos pelo de sinistros pagos.
Ressarcimentos
Índice de ressarcimentos =
Sinistros pagos
Sinistros retidos
ISR=
Prêmios ganhos
..........................................................................................................
104 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
Despesas de
comercialização
IDC =
Prêmio
total emitido
Despesas administrativas
+ despesas com tributos
IDA =
Prêmio total emitido
.........................................................................................................
Indicadores do setor de seguros 105
Índice combinado
Indicador usado na análise do resultado operacional das
seguradoras, que é calculado como sendo a soma do índi-
ce de sinistralidade com o índice de despesas administra-
tivas. Sempre que esse índice combinado for inferior a 100
ou 1, significa que a seguradora auferiu lucro operacional.
IC = ISR + IDA
Resultado da previdência
4.950 5.214 5,3%
(C + TG - VP - CA - RR)**
Geral
Despesas administrativas -11.040 -12.386 12,2%
Resultado financeiro 5.766 9.804 70,0%
Resultado patrimonial 6.122 6.858 12,0%
..........................................................................................................
106 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
.........................................................................................................
Indicadores do setor de seguros 107
..........................................................................................................
108 Tipos de seguros, provisões técnicas e indicadores do setor
REFERÊNCIAS
.........................................................................................................
109
CAPÍTULO 4
ESQUEMA CONTÁBIL DAS
SOCIEDADES SEGURADORAS
..........................................................................................................
110 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 111
..........................................................................................................
112 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 113
a) Grupo 11 – CIRCULANTE:
1. Subgrupo 111 – Disponível.
2. Subgrupo 112 – Aplicações.
3. Subgrupo 113 – Crédito das operações.
4. Subgrupo 114 – Títulos e créditos a receber.
5. Subgrupo 115 – Outros valores e bens.
..........................................................................................................
114 Esquema contábil das sociedades seguradoras
c) Grupo 19 – COMPENSAÇÃO:
1. Subgrupo 191 – Compensação.
a) Grupo 21 – CIRCULANTE:
1. Subgrupo 211 – Contas a pagar.
2. Subgrupo 212 – Débitos de operações com
seguros e resseguros.
3. Subgrupo 213 – Débitos de operações com
previdência.
4. Subgrupo 214 – Débitos de operações de
capitalização.
5. Subgrupo 215 – Depósito de terceiros.
6. Subgrupo 216 – Provisões técnicas – Segu-
ros e resseguros.
7. Subgrupo 217 – Provisões técnicas – Previ-
dência complementar.
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 115
..........................................................................................................
116 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 117
..........................................................................................................
118 Esquema contábil das sociedades seguradoras
Esquema contábil
A escrituração das operações deve obedecer às normas
estabelecidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
– CPC, compondo as Normas Brasileiras de Contabilidade,
desde que não contrariem a disposição da circular men-
cionada.
Escrituração
Todas as receitas e despesas devem ser reconhecidas no
período em que ocorrem, observando o regime de compe-
tência. Não obstante, o fato gerador da receita é a vigên-
cia do risco previsto na apólice. Dessa forma, as receitas
decorrente de prêmios devem ser reconhecidas pelo seu
valor total no momento da emissão da apólice ou fatura
e apropriadas ao resultado pro rata mensal, ou seja, pro-
porcionalmente ao prazo da vigência do risco (contrato).
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 119
..........................................................................................................
120 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 121
..........................................................................................................
122 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 123
..........................................................................................................
124 Esquema contábil das sociedades seguradoras
3. Recebimento do prêmio
a) Recebimento em banco:
3.1. Prêmio total:
Débito: Bancos conta depósito – Movimento – País.
Crédito: Prêmios e emolumentos recebidos – Seguros.
b) Baixa da parcela:
3.2. Prêmio de seguro + Custo de apólice + Juros +
IOF:
Débito: Prêmios e emolumentos recebidos – Seguros.
Crédito: Prêmios a receber – Seguros – Prêmios.
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 125
..........................................................................................................
126 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 127
4. Restituição de prêmio
a) Apropriação:
4.1. Prêmio de seguro:
Débito: Prêmios restituídos – Seguros.
Crédito: Prêmios a restituir – Seguros – Prêmios.
..........................................................................................................
128 Esquema contábil das sociedades seguradoras
5. Pagamento de comissão
a) Pagamento da comissão:
5.1. Comissão total paga:
Débito: Comissões a pagar – Seguros.
Crédito: Bancos conta depósitos – Movimento – País.
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 129
..........................................................................................................
130 Esquema contábil das sociedades seguradoras
7. Salvados e ressarcimentos
a) Salvados:
7.1. Apropriação de receita com salvados:
Débito: Bens à venda – Salvados à venda.
Crédito: Salvados – Seguros.
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 131
c) Ressarcimentos:
7.5. Apropriação de receita com ressarcimento:
Débito: Títulos a receber – Notas promissórias.
Crédito: Ressarcimentos – Seguros.
..........................................................................................................
132 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 133
..........................................................................................................
134 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 135
a) Recebimento em banco:
10.1. Prêmio líquido de comissão:
Débito: Bancos conta depósitos – Movimento – País.
Crédito: Prêmios e emolumentos recebidos – Cos-
seguro aceito.
b) Baixa da parcela:
10.2. Prêmio de cosseguro aceito:
Débito: Prêmios e emolumentos recebidos - Cosse-
guro aceito.
Crédito: Seguradoras – País – Cosseguro aceito –
Prêmios.
..........................................................................................................
136 Esquema contábil das sociedades seguradoras
a) Apropriação:
11.1. Prêmio de cosseguro aceito:
Débito: Prêmios restituídos – Cosseguro aceito.
Crédito: Seguradoras – Cosseguro aceito – Prêmios.
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 137
b) Pagamento da restituição:
11.6. Prêmio Líquido de Comissão:
Débito: Seguradoras – Cosseguro aceito – Prêmios.
Crédito: Seguradoras – Cosseguro aceito – Descontos.
Crédito: Comissões s/ prêmios emitidos – Cosseguro
aceito – Comissões.
Crédito: Bancos conta depósitos – Movimento – País.
..........................................................................................................
138 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 139
..........................................................................................................
140 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias seguradoras 141
..........................................................................................................
142 Esquema contábil das sociedades seguradoras
a) Ativos.
b) Passivos.
c) Patrimônio líquido.
d) Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas.
e) Alterações no capital próprio mediante integrali-
zações dos proprietários e distribuições a eles.
f) Fluxos de caixa da entidade.
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Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 143
panhias seguradoras
a) O relatório da administração.
b) O balanço patrimonial – BP.
c) A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.
d) A demonstração do resultado abrangente – DRA.
e) A demonstração das mutações do patrimônio lí-
quido.
f) A demonstração dos fluxos de caixa.
g) As notas explicativas.
h) O relatório dos auditores independentes.
..........................................................................................................
144 Esquema contábil das sociedades seguradoras
Demonstrações intermediárias
As sociedades supervisionadas pela Susep devem encami-
nhar para ela, até 31 de agosto de cada ano, as demonstra-
ções financeiras intermediárias, abrangendo:
a) O relatório da administração.
b) O BP.
c) A DRE.
d) A DRA.
e) A demonstração das mutações do patrimônio lí-
quido.
f) A demonstração dos fluxos de caixa.
g) As notas explicativas.
h) O relatório dos auditores independentes.
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 145
panhias seguradoras
Demonstrações consolidadas
As sociedades supervisionadas deverão encaminhar à Su-
sep, para divulgação em seu sítio eletrônico, até 15 de mar-
ço de cada ano, as demonstrações financeiras consolidadas
elaboradas de acordo com os pronunciamentos emitidos
pelo CPC 36 – Demonstrações Consolidadas e demais Pro-
nunciamentos do CPC relacionados, de forma convergente
com o IASB. Essa divulgação deve se basear nos critérios
da comparabilidade com os valores relativos ao final do
exercício social precedente.
Relatório da administração
As sociedades supervisionadas deverão divulgar, no relató-
rio da administração, no mínimo, as seguintes informações:
..........................................................................................................
146 Esquema contábil das sociedades seguradoras
Balanço patrimonial
O BP é uma demonstração contábil que tem por objetivo
mostrar a situação econômico-financeira de uma organiza-
ção em determinado momento, dentro do regime de com-
petência, cujas composição e divulgação devem acompa-
nhar as especificidades vistas no primeiro tópico (plano
contábil padronizado).
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 147
panhias seguradoras
ATIVO
..........................................................................................................
148 Esquema contábil das sociedades seguradoras
PASSIVO
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 149
panhias seguradoras
Reserva especial de
2.03.02.02 25.995 25.995
ágio na incorporação
Ágio ou deságio em
2.03.02.07 1.072 -6.923
trans. de capital
Dividendo adicio-
2.03.04.08 26.141 22.821
nal proposto
Ajustes de avalia-
2.03.06 -57.464 -67.626
ção patrimonial
..........................................................................................................
150 Esquema contábil das sociedades seguradoras
Demonstração do resultado
(+) Prêmios emitidos
(-) Prêmios restituídos
(-) Resseguro cedido
(-) Cosseguro cedido
(-) Descontos
= Prêmios retidos
(+/-) Variação de prêmios não ganhos
(+/-) Variação de prêmio de riscos decorridos
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 151
panhias seguradoras
..........................................................................................................
152 Esquema contábil das sociedades seguradoras
Ganhos/(perdas) de variação
-1.903 -692 0
de participação acionária
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 153
panhias seguradoras
..........................................................................................................
154 Esquema contábil das sociedades seguradoras
Reservas
Lucros ou Outros re-
de capital Patri-
Capital Reservas prejuízos sultados
Descrição e ações mônio
social de lucro acumu- abran-
em líquido
lados gentes
tesouraria
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 155
panhias seguradoras
Ajustes de
instrumentos 0 0 0 0 325 325
financeiros
Tributos
s/ ajustes
0 0 0 0 -110 -110
instrumentos
financeiros
Equiv.
patrim. s/
result. abrang. 0 0 0 0 11.850 11.850
controladas
e coligadas
Ganhos/
perdas de
variação de 0 0 0 0 -1.903 -1.903
participação
acionária
Outros
0 0 0 1.662 0 1.662
ajustes
Mutações
internas do
0 0 411.103 -550.336 0 -139.233
patrimônio
líquido
Constituição
0 0 384.962 -384.962 0 0
de reservas
Dividendos
interme- 0 0 0 -36.146 0 -36.146
diários
Dividendos
adicionais 0 0 26.141 -26.141 0 0
propostos
Dividendos
0 0 0 -36.187 0 -36.187
obrigatórios
Juros
sobre capital 0 0 0 -66.900 0 -66.900
próprio
Saldos finais 2.319.882 302.157 1.415.396 0 -57.464 3.979.971
..........................................................................................................
156 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 157
panhias seguradoras
..........................................................................................................
158 Esquema contábil das sociedades seguradoras
Notas explicativas
Segundo o Anexo I da Circular nº 430/2012, serão divulga-
das em notas explicativas às demonstrações contábeis, no
mínimo e desde que relevantes, as informações a seguir rela-
cionadas, além de outras, eventualmente necessárias à ade-
quada interpretação dessas demonstrações. A omissão de
informações que, por sua importância, a critério da Susep,
causarem distorções significativas na leitura e interpretação
das demonstrações contábeis divulgadas, sujeitará seus ad-
ministradores às penalidades previstas na regulamentação
específica. As notas explicativas deverão indicar:
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 159
panhias seguradoras
..........................................................................................................
160 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 161
panhias seguradoras
..........................................................................................................
162 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 163
panhias seguradoras
..........................................................................................................
164 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 165
panhias seguradoras
..........................................................................................................
166 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações adicionais das com- 167
panhias seguradoras
..........................................................................................................
168 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Aspectos técnicos específicos a serem observados pela legislação e normas setoriais 169
Contextualização
O setor de seguros mantém um alto grau de regulação pelo
CNSP, órgão colegiado, normativo do setor, presidido pelo
Ministro da Fazenda, operado pela Susep, que é responsá-
vel pelo controle e a fiscalização desses mercados, exceto
seguro-saúde, que é controlado e fiscalizado pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar – ANS. Essa franca regula-
ção busca o funcionamento ordenado e eficiente do merca-
do, estabelecendo regras de solvência, requisitos de capital
mínimo e aspectos técnicos específicos que as seguradoras
devem cumprir.
..........................................................................................................
170 Esquema contábil das sociedades seguradoras
a) Renda fixa.
b) Renda variável.
c) Imóveis.
.........................................................................................................
Aspectos técnicos específicos a serem observados pela legislação e normas setoriais 171
..........................................................................................................
172 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Aspectos técnicos específicos a serem observados pela legislação e normas setoriais 173
..........................................................................................................
174 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Aspectos técnicos específicos a serem observados pela legislação e normas setoriais 175
..........................................................................................................
176 Esquema contábil das sociedades seguradoras
a) Proposta de seguro.
b) Nota de seguro (no caso da obrigatoriedade de os
prêmios de seguros serem pagos via cobrança ban-
cária).
c) Ficha de compensação.
d) Borderô de cobrança.
e) FIP.
.........................................................................................................
Aspectos técnicos específicos a serem observados pela legislação e normas setoriais 177
• Informações Cadastrais.
• Cálculo do LR e da MS.
• Volume de prêmios retidos e de prêmios ganhos.
• Produção de prêmios por regiões geográficas.
• Volume de sinistros líquidos.
• Comissões líquidas diferidas.
• Despesas de angariação diferidas.
• Resumo das provisões técnicas.
• Cobertura vinculada das provisões técnicas.
• Provisão para desvalorização da carteira de ações.
• Balancetes mensais e balanço patrimonial.
• Demonstração do resultado do exercício.
• Demonstração das mutações do patrimônio líquido.
• Outros demonstrativos, quando exigidos pela
Susep.
..........................................................................................................
178 Esquema contábil das sociedades seguradoras
.........................................................................................................
Aspectos técnicos específicos a serem observados pela legislação e normas setoriais 179
..........................................................................................................
180 Esquema contábil das sociedades seguradoras
REFERÊNCIAS
.........................................................................................................
181
..........................................................................................................
182
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sucesso!