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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Data: 10/05/2023
Aluna: Talita dos Santos Galois.
Disciplina: Criança e cultura.
Professora: Anelise.
Atividade 3

Questão: Ser criança não significa ter infância?

Para entendermos melhor essa pergunta, é essencial definirmos o que


entendemos por infância. Segundo o dicionário, infância é o período que vai do
nascimento até o início da adolescência, enquanto o sociólogo Neil Postman
afirma que a infância é uma construção social e cultural que muda ao longo do
tempo, refletindo as crenças e valores da sociedade e o contexto histórico.

Além disso, Sônia Kramer e Flávia Motta, em seu verbete, definem criança
como uma pessoa de pouca idade que produz e é produzida pela cultura,
brinca, aprende, sente, cria, cresce e se modifica ao longo da vida. As crianças
são moldadas por fatores como classe social, etnia, gênero e diferenças físicas,
psicológicas e culturais.

Embora a concepção de infância idealize essa fase como um período de


pureza, inocência e ausência de conflitos, a infância está intimamente ligada à
cultura, classe social, ambiente familiar e questões de gênero, entre outros
fatores. O documentário "A invenção da infância" reforça a ideia de que a
infância é uma construção social e cultural que muda de acordo com o
contexto histórico e as particularidades de cada família.
Assim, ser criança implica em ter uma infância, embora nem sempre essa fase
da vida corresponda à idealização que temos dela. É importante compreender
que a infância se manifesta de diversas formas na vida das crianças, permeada
pela imaginação e pela capacidade de transformar a realidade ao seu redor. Um
pedaço de madeira pode se tornar um cavalinho, um papel pode virar um avião
ou um barco - a infância existe de muitas maneiras.

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