Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: Este texto é resultado das discussões levantadas durante a realização de minha dissertação de
mestrado e da participação em pesquisa realizada pelo GEFIN, pesquisas que tem como objeto de
estudo a municipalização do ensino fundamental no Estado do Pará3. É traçada uma contextualização
das discussões sobre municipalização do ensino no Brasil, revisão de literatura a cerca da
municipalização e descentralização e discussão dos resultados da pesquisa de campo em dois
municípios paraenses que tiveram o ensino fundamental municipalizado focando a análise nas
implicações para a descentralização da gestão.
Palavras-chave: municipalização; descentralização; gestão da educação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
NOTAS
1
Este texto é resultado das discussões levantadas durante a realização de minha dissertação de mestrado, cujo
objeto de estudo é a municipalização do ensino fundamental no Estado do Pará sob a ótica da descentralização e
da pesquisa “Financiamento da Educação – Atendimento às Matrículas da Educação Básica e Capacidade de
Financiamento dos Municípios do Estado do Pará” realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Gestão e
Financiamento da Educação-GEFIN e coordenada pela Professora Doutora Rosana Maria Oliveira Gemaque.
2
A autora é Professora da Universidade do Estado do Pará e aluna do Mestrado Acadêmico em Educação do
Centro de Educação da Universidade Federal do Pará, vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Gestão e
Financiamento da Educação-GEFIN
3
A pesquisa citada tem o título de “Financiamento da Educação – Atendimento às Matrículas da Educação
Básica e Capacidade de Financiamento dos Municípios do Estado do Pará” realizada pelo Grupo de Estudos e
Pesquisa em Gestão e Financiamento da Educação-GEFIN e coordenada pela Professora Doutora Rosana Maria
Oliveira Gemaque.
4
A ABE é uma associação formada por educadores anônimos e, também, educadores famosos por terem estado
à frente das reformas educacionais dos Estados como na Bahia, Ceará, Distrito Federal e Minas Gerais nos anos
da década de 1920. Desta instituição participavam não só os signatários do Manifesto dos Pioneiros da Escola
Nova possuíam ampla participação de educadores católicos se constituindo, portanto, em um espaço de disputa
das idéias educacionais.
5
A Escola Nova era um ideário educacional de âmbito internacional, pois se inspirava na Educação Científica
considerando principalmente as bases da Psicologia e da Biologia, defendida por educadores do mundo todo,
destacando-se John Dewey nos Estado Unidos, Maria Montessori na Itália e Lubienska na França.
6
Esta expressão foi cunhada por John Williamson pesquisador norte-americano e engloba um conjunto de ações
e discursos, principalmente no campo da economia, adotados por governantes e intelectuais de diferentes países
como alternativas à crise do capitalismo mundial. Tendo como suporte institucional organismos multilaterais
como o FMI e o Banco Mundial.
7
Temos como patrocinadores desta Agenda Organismos Internacionais como o Banco Mundial, a Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, o Fundo das Nações Unidas para a
Infância - UNICEF e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD
8
GEMAQUE (2004), já aponta em suas conclusões sobre o FUNDEF no Estado do Pará que a sua edição foi
um grande indutor do programa de municipalização do ensino, pois ele passa a ser usado como justificativa
legal, além do discurso que o aumento das matrículas iria trazer mais recursos para o município por meio do
novo Fundo.
9
Estes são dados levantados junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/IBGE, Secretaria Executiva
de Estado de Educação/ SEDUC e Tribunal de Contas dos Municípios/ TCM.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRETCHE,Martha. Relações federativas nas políticas sociais. Revista Educação & Sociedade.
Campinas, v. 23, n° 80, 2002 – número especial.
AZEVEDO, Janete M. Lins de. A educação como política pública. Campinas, SP: Autores
Associados, 1997. (Coleção polêmicas do nosso tempo; v. 56).
BARRETO, Elba Siqueira de Sá & ARELARO, Lisete Regina Gomes. A municipalização do ensino
de 1º grau: tese controvertida. Em Aberto, Brasília, ano 5, n° 29, jan./mar. 1986.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. 40ª ed. São Paulo: Saraiva 2007. -
(Coleção Saraiva de legislação).
GHIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. História da educação. São Paulo: Cortez, 1990. (coleção Magistério
– 2° grau. Série formação do professor).
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. A reforma do Estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle.
Brasília: Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, 1997. (Cadernos MARE da
reforma do estado; v. 1).
PERONI, Vera Maria Vidal. Política educacional e papel do Estado: no Brasil dos anos 1990. São
Paulo: Xamã, 2003.
SALLUM JR. Brasílio. Metamoforses do Estado Brasileiro no final do século XX. Revista Brasileira
de Ciências Sociais, v. 18; nº 52; junho/2003.
SILVA, Ilse Gomes. Democracia e participação na “reforma” do estado. São Paulo: Cortez, 2003.
(Coleção Questões da Nossa Época; 103.
SILVA JÚNIOR, João dos Reis. Reforma do Estado e da educação no Brasil de FHC. São Paulo:
Xamã, 2002.
SHIROMA, Eneida Oto et all. Política educacional: o que voce precisa saber sobre. – 2ª ed. Rio de
Janeiro: DP & A, 2002.
SOUSA, Celina. Federalismo, desenho constitucional e instituições federativas no Brasil pós-1988.
Revista de Sociologia Política. Curitiba, nº 24, p. 29-40, jun. 2005.
SOUZA, Donaldo Bello de & FARIA, Lia Ciomar Macedo de. Reforma do Estado, descentralização e
municipalização do ensino no Brasil: a gestão política dos sistemas públicos de ensino pós-LDB
9.394/96. Revista Ensaio – avaliação de políticas públicas educacionais. Rio de Janeiro, v. 12, n° 45,
out./dez. 2004.
TEIXEIRA, Anísio. Educação não é privilégio. 6ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
(comentada por Marisa Cassim).
_______. Educação é um direito. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996. (apresentação de Clarice
Nunes e posfácio de Marlos B. Mendes da Rocha).