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Créditos: CD:

Capa e diagramação: Ricardo Wilson Faixa 1 - Seu Lobato


Ilustrações: José Neto Faixa 2 - Havia um Pastorzinho
Partituras: Plínio da Silva Alencar Faixa 3 - A Anta Meca
Faixa 4 - Não atire o pau no gato
Créditos do CD: Faixa 5 - Samba Lê Lê
Faixa 6 - Pai Francisco
Vocais: Maria Paccelle Faixa 7 - O Cravo e a Rosa
Arranjos: Plínio da Silva Alencar Faixa 8 - Amigos de Jó
Gonzaguinha Produções
Gravado em 2018

© Copyright 2018 Centro Cultural Maria Paccelle


Apresentação
Olá pessoal! Meu nome é Ricardo. Eu, meu e meus dois irmãos:
Samuel e Lúcio vamos levar vocês a uma grande aventura.
Trata-se de um passeio ao mundo da música.
Nossa mãe, a autora desse livro, é educadora musical. Ela nos
ensinou a importância da música na vida da humanidade.
Seu papel cultural, artístico, cerebral, psicológico, motor, cog-
nitivo, social e afetivo.
Percebemos então que a arte musical é um verdadeiro tesou-
ro e resolvemos compartilhar com vocês crianças de todo o
Brasil e quem sabe do mundo.
Dividimos esse passeio em trinta e duas lições. Vamos mostrar
para vocês os pontos mais importantes da música. Por exem-
plo para a música ser passada de geração em geração ela
precisou de uma grafia. A essa grafia damos o nome de nota-
ção musical ou partitura. A notação musical ou partitura é um
conjunto de símbolos musicais que juntos mostram a música
do jeitinho que o autor escreveu e dessa forma as composi-
ções não são perdidas. Também vamos estudar os principais
instrumentos musicais e suas famílias, assim como os estilos de
época e músicos importantes pelo mundo todo.
Você não pode ficar fora dessa aventura maravilhosa onde
vamos aprender ouvindo histórias, brincando com jogos edu-
cativos, cantando músicas divertidas e colorindo desenhos in-
críveis comigo e meus irmãos.
Vamos passar o ano todo juntos na aula de música! Apertem
os cintos... a nossa aventura começa na próxima página.

Ricardo Wilson Paccelle


Sumário
Unidade 1 - O Som ............................................................. 7

Apoio ao professosor .................................................................................. 8


• O que é o som?

Lição 1 - Os sons dos animais .................................................................. 14


Lição 2 - Os sons da natureza .................................................................. 19
Lição 3 - Os sons da nossa casa ............................................................. 22
Lição 4 - Os sons urbanos ......................................................................... 24
Lição 5 - Os sons musicais ........................................................................ 26

Unidade 2 - Notação Musical, Parte 1 ........................... 29


Apoio ao professosor ................................................................................ 30
• Histórico da Notação Musical, Parte 1

Lição 6 - Clave de Sol e Pauta Musical .................................................. 31


Lição 7 - Notas na Clave de Sol, região 4 .............................................. 34
Lição 8 - Notas na Clave de Sol, região 2 .............................................. 36
Lição 9 - Clave de Fá ................................................................................ 39

Unidade 3 - Notação Musical, Parte 2 ........................... 43


Apoio ao professosor ................................................................................ 44
• Histórico da Notação Musical, Parte 2

Lição 10 - Figura de Som 4 e Silêncio 4 .................................................. 46


Lição 11 - Figura de Som 8 e Silêncio 8 .................................................. 48
Lição 12 - Figura de Som 16 e Silêncio 16 .............................................. 50
Lição 13 - Figura de Som 2 e Silêncio 2 .................................................. 52
Lição 14 - Figura de Som 1 e Silêncio 1 .................................................. 54
Lição 15 - Compassos Simples ................................................................ 56
Unidade 4 - Propriedades do som musical .................... 59
Apoio ao professosor ................................................................................ 60
• Propriedades do som musical

Lição 16 - O que é música? ..................................................................... 62


Lição 17 - Propriedades do som - Intensidade ...................................... 64
Lição 18 - Propriedades do som - Timbre ............................................... 66
Lição 19 - Propriedades do som - Altura ................................................ 69
Lição 20 - Propriedades do som - Duração ........................................... 72
Lição 21 - Os andamentos musicais ....................................................... 74

Unidade 5 - Instrumentos Musicais ................................. 77


Apoio ao professosor ................................................................................ 78
• Classificação de instrumentos musicais

Lição 22 - Cordofones ............................................................................... 81


Lição 23 - Aerofones ................................................................................. 84
Lição 24 - Membranofones e Idiofones .................................................. 86
Lição 25 - Eletrofones ................................................................................ 88
Lição 26 - Folclore ..................................................................................... 89

Unidade 6 - História da música Universal ....................... 97


Apoio ao professosor ................................................................................ 98
• História da música Universal

Lição 27 - Música Medieval e Renascentista ....................................... 105


Lição 28 - Música Barroca e Clássica ................................................... 109
Lição 29 - Romântico e Música Impressionista .................................... 112
Lição 30 - Século XX ............................................................................... 115
Lição 31 - Os Instrumentos musicais modernos e supermodernos .... 117
Lição 32 - Principais estilos musicais no Brasil ..................................... 120

Suporte para jogos educativos ..................................... 123


O Som 1
Unidade
Apoio ao professosor
O que é o som?

Lição 1:
Os sons dos animais
Lição 2:
Os sons da natureza
Lição 3:
Os sons da nossa casa
Lição 4:
Os sons urbanos
Lição 5:
Os sons musicais

7
Apoio
ao
ofess O que é o som?
pr

or
O som é produzido pelas ondas sonoras. As ondas
sonoras, que são ondas mecânicas e que, portanto,
como as ondas do mar, necessitam de um meio para
se propagar, sendo ele o ar, a água ou um sólido, são
capazes de pressionar o tímpano humano, produzin-
do um efeito ao qual denominamos som.
As ondas sonoras são produzidas a partir de um ele-
mento vibrador, por exemplo, um instrumento musical,
ou pelas nossas cordas vocais que permitem a nossa
comunicação por meio de fala. Todos elementos ci-
tados causam pressão sobre as moléculas do meio ao
seu redor, propagando ondas de pressão. As ondas
sonoras são ondas mecânicas longitudinais, não po-
dendo, portanto, propagar-se no vácuo.

• Espectro sonoro
O ouvido humano pode perceber sons ape-
nas dentro de um intervalo de frequências, que
vai de, no mínimo, 20 Hz até o máximo de 20.000
Hz. Os sons abaixo do mínimo audível são denomi-
nados de infrassons e aqueles acima do máximo
audível pelo ser humano são denominados de ul-
trassons. O espectro sonoro mostra as regiões da
audição humana, bem como as regiões de infra
e ultrassons. O que para nós pode ser infrassom ou
ultrassom pode ser som audível para alguns ani-
mais, como os cães.

• Velocidade do som
A velocidade do som depende de caracterís-
ticas apresentadas pelo meio de propagação.
Densidade, temperatura e pressão são determi-
nantes para se obter a velocidade das ondas so-
noras.

8
Curiosidades:
1) Qual a diferença entre som de outras frequências, são pou-
e ruído? co sujeitas a perturbações ou
Fisicamente não existe qual- interferências quando se pro-
quer diferença entre o som e paga pelo ar, portanto, uma
o ruído. O som é uma percep- frequência sonora muito mais
ção sensorial e o ruído é visto poderosa. Um elefante pode
como sendo um som indeseja- produzir frequências infra sóni-
do. O ruído está normalmente cas que podem ser detectadas
presente em todas as ativida- a uma distância de até 2km.
des humanas. Dependendo do Já o rugido de um tigre possui
meio de propagação, o som uma frequência infra sónica
pode-se propagar a velocida- capaz de paralisar suas presas.
des diferentes. Uma frequência infra sónica é
tão poderosa que pode até
2) O som emitido pelos pássa- mesmo destruir construções e
ros é um som musical? estourar órgãos humanos, com
Para chegarmos a resposta este conhecimento, buscam
dessa pergunta temos que produzir armas de guerra utili-
comparar as características zando de ondas infra sónicas.
dos sons musicais as dos sons
emitidos pelos pássaros. Che- 5) O sonar, antigamente uti-
gamos à conclusão que am- lizado para localização de
bos tem as mesmas caracte- submarinos inimigos
rísticas principais: Altura, durante a guerra,
duração, intensidade e que acoplado à
timbre. um receptor, emite
ondas ultrassónicas
3) O ultrassom é até que se propaga pe-
mesmo utilizado para las águas, reflete no fun-
adestramento de cães, do do oceano e nos
ensinando-os a ter cer- objetos (submarinos
tos comportamentos ou peixes), e re-
ao ouvir o som de um torna ao recep-
apito ultrassónico. tor com infor-
Sabendo disso, o mações como
homem consegue profundidade
usar este conheci- do oceano, e
mento. a localização de
objetos.
4) Infrassons, ao contrário

9
6) A voz humana: O Primeiro 20.000hz são chamadas de ul-
instrumento musical trassom, enquanto frequências
De modo simples, podemos abaixo de 20hz, são chamadas
dizer que um instrumento mu- de infrassom.
sical é qualquer coisa capaz
de gerar diversas frequências 9) Os animais possuem uma fai-
sonoras, ou, como nós músicos xa de frequências diferentes,
conhecemos: Notas musicais. reconhecendo sons que seria
Cada pessoa possui um registro impossível a um ser humano,
vocal dependendo de sua voz, como segue a lista:
podendo ser:
Gatos: 10hz a 60.000 Hz
Baixo: 80 a 365 Hz Cães: 15hz a 50.000 Hz
Barítono: 100 a 450 Hz Morcegos: 10.000hz a 120.000 Hz
Tenor: 140 a 540 Hz Golfinhos: 10.000hz a 240.000 Hz
Contralto: 180 a 730 Hz
Soprano: 270 a 1230 Hz 10) Alguns animais são capazes
até mesmo de “prever o tem-
7) A Velocidade do som po“, isto porque, fenómenos
como a chuva, o vento, e até
O som possui uma velocidade
mesmo as ondas do mar, pro-
de 340,29 m/s ou 1224 Km/h
duzem sons que humanos não
(Podendo variar, dependendo
são capazes de escutar. Não
do material de propagação):
só capazes de escutar frequ-
Borracha: 54 m/s ências que nós humanos não
somos capazes, alguns animais
Água: 1.400 m/s
também, por possuírem uma
Ferro: 5.100 m/s
capacidade auditiva mais am-
Granito: 6.000 m/s pla, usam as frequências sono-
Aço: 5.900 m/s ras para se comunicar entre si,
se guiar, e evitar predadores.
8) O ser humano é capaz de Caso fôssemos capazes de es-
escutar frequências entre 20hz cutarmos infrassons, seríamos
e 20.000hz (ou 20khz). Porém, capazes até mesmo de escu-
existem outras frequências, que tar os músculos de nosso corpo
nós não conseguimos identi- trabalhando.
ficar. Frequências acima de

10
11
Vamos fazer uma experiência que
envolve ondas sonoras e música?
1) Aparelho de voz a laser:
Uma brincadeira muito legal para enxergarmos a nossa própria
propagação do som de nossa voz. Você vai precisar dos seguintes
elementos:
• Uma lata de leite condensado.
• Um pedaço quadrado de CD virgem.
• Uma bexiga vazia.
• Fita adesiva.
• Uma caneta laser.
• Um pedaço de cano de PVC.
• Dois metros de TNT preto.
• Cola.

Como fazer:
1. Tirar a tampa da lata com um abridor. Peça ajuda a um adul-
to.
2. Cortar uma bexiga no meio e colocar na lata como se fosse a
pele de um tambor.
3. Colar com a fita adesiva.
4. Cortar um quadradinho de CD virgem para utilizar como es-
pelho. Mais ou menos 2cm x 2cm.
5. Colar esse quadradinho em cima da bexiga, no centro.
6. Cortar o cano, encaixar a caneta laser.
7. Com a fita prender em direção ao quadrado num ângulo de
45 graus.
8. Faça uma cortina preta com o TNT preto. E mire a projeção do
laser que está sendo refletida pelo quadrado de CD.
9. Para terminar fale no outro lado da latinha e veja na corti-
na vários sons emitidos quando falamos ou cantamos alguma
música.

Muito legal!

12
13
1
li o Os sons dos animais
çã
Conhecemos um pouco sobre a propagação do
som, e agora vamos conhecer diversos tipos de som.
Vamos começar com o som dos animais.
Você já percebeu que cada animal produz um som
diferente? Tem até animais que não produzem ne-
nhum som, como a Girafa. Ela não tem cordas vocais
e por isso não pode produzir som.
Cada som emitido pelos animais tem um nome. Va-
mos conhecer alguns deles? Vai ser divertido!

Animal: Som emitido: Animal: Som emitido:


Abelha Zumbir Galinha Cacarejar
Vaca Mugir Galo Cantar
Burro Zurrar Gato Miar
Cabra Berrar Grilo Cricrilar
Cão Latir Leão Rugir
Cavalo Relinchar Lobo Uivar
Cobra Silvar Papagaio Palrar
Ovelha Balir Pato Grasnar
Coruja Piar Porco Grunhir
Elefante Bramir Sapo Coaxar

14
Vamos brincar?
1- Jogo da memória sonora (Pág 125-127).
Recorte o jogo da memória sonora. Distribua cinco cartas para
quatro participantes. Quem tiver com a carta Leão começa o
jogo. Esse jogador escolhe uma das suas cartas e mostra para o
jogdor ao seu lado cobrindo o nome do som que o animal emite.
O desafiado deve dizer o nome do som que esse animal emite. O
próximo participante faz o mesmo até o fim do jogo. Cada acerto
vale 5 pontos e a cada rodada aumentam +5 pontos (10, 15, 20,
25...). Quem errar tem que imitar o animal da carta. O jogo termina
quando todos os sons dos animais forem descobertos.

2- Teatro musical
Crie máscaras dos vinte animais apresentados nessa lição, e
com elas você e sua classe devem cantar a música do Sitio do seu
Lobato (Pág. 18). No momento certo fazer a imitação do animal
escolhido.

3- Percepção Sonora:
Dividir a turma em grupos e cada grupo desafia o outro fazendo
um som de um dos vinte animais da lista apresentada. O grupo de-
safiado tem que acertar qual é o animal.

15
4- Preencha as ilustrações abaixo (também para colorir):
Coloque o nome do som que cada animal emite.

a Vaca Cão
lh
Abe Co
ruj
a

o Cavalo Ov
Burr Cabra elh
a Ele
fan
te

Co
bra

16
5- Preencha as ilustrações abaixo (também para colorir):
Coloque o nome do animal que emite cada som abaixo.

Miar Cricrila
r Cantar r Rug
areja ir
Cac

Coaxa
r
Palrar Grunhir
r
Uiva

nar
Gras

17
Seu Lobato tinha um sitio. Ia ia ou.
E nesse sítio tinha um gatinho. Ia ia ou
Era miau miau miau pra cá
Era miau miau miau pra lá
Era miau miau miau pra todo lado Ia ia ou.

OBS: Substituir por outros animais.

18
Os sons da natureza 2
li o
çã
Você já prestou atenção nos sons da natureza?
Às vezes estamos tão distraídos que esquecemos de
apreciá-los.
Vou contar uma história sobre os sons da natureza...
e será bem diferente. Todos vamos participar.
Eu estarei contando e vocês que estão ouvindo vão
fazer a sonoplastia. Esse tipo de história chama-se his-
tória sonora. Vamos lá?

O Passeio de Luciana - Maria Paccelle


Era uma vez uma menina muito levada chamada
Luciana. Ela adorava passear pelo campo e admirar
a natureza. Numa manhã de sábado pediu a sua mãe
para dar uma voltinha sozinha pelo campo. A princí-
pio sua mãe não queria, mas acabou deixando. En-
tão Luciana colocou sua roupa esportiva e um tênis e
seguiu para seu passeio.
Passou por uma plantação ali perto e chegou ao
rio. Sentou-se à beira do rio e ficou admirando o som
das águas rápidas e limpas,
De repente o sol sumiu. O céu nublou e ao longe ou-
viu-se um trovão. O vento ficou forte e ela percebeu
que era uma chuva de verão que estava se aproxi-
mando.
Procurou um abrigo ali perto. Seu pai preocupado
foi atrás dela.
Começou então relâmpagos, trovões e uma chu-
va tão forte que o dia parecia ser noite. Luciana ficou
com medo e com muito frio.
Não demorou muito e seu pai a encontrou. Ele já
razia um casaco e guarda-chuvas. Mas a tempesta-
de era tão forte que ele acabou ficando no abrigo
com ela. Era uma casa velha de madeira com uma
lareira muito empoeirada. Acenderam uma fogueira
e ficaram juntos abraçados. Ele então vendo que ela

19
se acalmou aproveitou para contar muitas aventuras que ele teve
quando criança naquele lugar que já tinha sido a casa de um
amigo de seu pai. O avô de Luciana.
Luciana e papai nem se deram conta que a chuva havia diminu-
ído. Quando perceberam já tinha voltado o sol e o amigo arco-íris
já estava dando seu sorriso para a natureza.
Voltaram correndo para casa e Luciana contou sua aventura
para a mamãe que estava muito preocupada.
Que bom que tudo acabou bem.

Vamos brincar?
1) Sonoplastia
Vamos dividir a classe em grupos:
Vento - Chuva - Rio - Trovão - Fogo - Relâmpago.
Cada grupo pega instrumentos que imitam esses sons. O narra-
dor conta a história sonora e os grupos fazem a sonoplastia quan-
do forem mencionados.
Observem os instrumentos que podem imitar esses sons:
Vento Chuva Rio

Voz humana Pau-de-chuva Chapéu de Napoleão

Trovão Fogo Relâmpago

Thunder Tube Molho de Jatobá Pratos

20
Vamos colorir?

21
3
li o Os sons da nossa casa
çã
Vocês já se deram conta dos sons que estão a nossa
volta? Já começa quando acordarmos e vamos ao
banheiro fazer nossa higiene matinal e termina só na
hora de dormir. Já pensou em todos eles? Vamos fazer
uma lista?

Local: Sons percebidos:

Sala

Quarto

Banheiro

Cozinha

Lavanderia

Quintal

Vamos brincar?
1) Construindo uma Bandela:
Utilizando panelas velhas de diversos tamanhos pen-
dure-as com efeito cachoeira e com colheres de pau
faça sons diferentes com os toques na Bandela (Ban-
da de panelas).

22
Vamos colorir?

23
4
li o Os sons urbanos
çã
Perceberam que fora de casa existem vários outros
tipos de sons?
Carros, ônibus, motos, caminhões passando a todo
momento. Uns buzinam uns freiam, uns correm.... É
uma verdadeira sinfonia do trânsito.
Prestando mais atenção ainda percebemos os sons
de pessoas falando e caminhando. Portas se abrindo
e fechando, cachorros latindo, gatos miando no te-
lhado das casas e muitos outros sons. Tudo isso mistu-
rado chamamos de sons urbanos.

24
Vamos colorir?

25
5
li o Os sons musicais
çã
Depois de conhecer vários tipos de sons, vamos
aprender os sons musicais. Com os sons musicais pode-
mos fazer melodias e construir músicas maravilhosas.
São sete sons musicais. Chamamos de notas musi-
cais: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.
As sete notas musicais soam infinitamente, elas vão
do grave ao agudo, cada vez que passamos pelas
sete notas musicais e elas vão ficando mais agudas
mudamos de região. O ser humano só é capaz de per-
ceber determinadas regiões. Em breve estudaremos
algumas das regiões mais utilizadas na música. Para
que saibamos qual região está sendo utilizada preci-
samos anotar na pauta musical que funciona como
um tipo de mapa.
Antes de aprendermos sobre a pauta musical com
maiores detalhes vamos fazer algumas atividades di-
vertidas?

Vamos brincar?
1- Cantando:
O pastorzinho (Pág. 28)

2- Experimentando:
Utilizando o metalofone e os blocos sonoros, vamos
experimentar os sete sons musicais?

26
Vamos colorir?

S o l L á Sí
F á
M i
é
Dó R

27
Havia um pastorzinho
Que andava a pastorear
Saiu de sua casa, e pôs-se a cantar
Do Ré Mi Fá Fá Fá
Dó Ré Dó Ré Ré Ré
Dó Sol Fá Mi Mi Mi
Dó Ré Mi Fá Fá Fá

28
Notação musical
Parte 1 2
Unidade
Apoio ao professosor
Histórico da Notação Musical, Parte 1

Lição 6:
Clave de Sol e Pauta Musical
Lição 7:
Notas na Clave de Sol, região 4
Lição 8:
Notas na Clave de Sol, região 2
Lição 9:
Clave de Fá

29
Apoio
Histórico da Notação Musical
ao Parte 1
ofess
pr

or
O início do crescimento da notação musical ocorreu
através da música cantada. A forma de passar para a
nova geração era somente oral. Não era muito eficaz
esse método e muita coisa se perdia.
A religião contribuiu muito nessa época pois levou à prática de reu-
nião entre os fiéis e a adoração coletiva através de canto.
Isso exigiu que os cantores memorizassem os cantos. Era necessário
algo que contribuísse com a memória dos cantores. O canto em unís-
sono foi superado com o acréscimo de vozes secundárias.
Devido à complexidade das obras, a necessidade de notação fica-
va mais evidente. Pode-se dizer que todo o conhecimento teórico e
prático de contraponto, harmonia e rítmica andou junto com o desen-
volvimento da notação musical até chegar ao que hoje conhecemos.
Durante a Antiguidade foi desenvolvida uma notação que se base-
ava nas letras do alfabeto para simbolizar as notas, que era chamada
notação literal. Primeiramente foi utilizada em grego e posteriormente
em latim.
No século IV já havia cerca de 1600 símbolos e formas de letras usa-
das para esse tipo de representação e os gregos desenvolveram pelo
menos quatro sistemas baseados em letras. Esta notação tinha uma
finalidade didática, mas logo veio a ser substituído pela notação neu-
mática.

• Notação Neumática:
Neumas são os elementos básicos do sistema de notação musical
antes da invenção da notação de pautas de cinco linhas. Essas
marcas chamavam-se Neumas e dividiam-se em dois grupos:
• virga, quando o movimento musical era ascendente,
• tractulus, quando o movimento musical era descendente
• o raramente usado gravis quando era muito descendente,
• e o punctum, utilizado muitas vezes no meio de neumas menos
simples como o os de dois sons (podatus e clivis) e de três ou
mais sons (torculus, porrectus, scandicus e climacus).

30
Clave de Sol e Pauta Musical 6
li oçã
A linguagem musical é muito parecida com um
idioma. Tem a parte “escrita”, onde utilizamos as figuras musicais e os
símbolos musicais, tem a parte “auditiva”, onde percebemos os sons
auditivamente, e tem a parte “falada“ que seria a prática onde execu-
tamos os sons em um instrumento ou com a nossa própria voz.
Para que todas essas partes possam acontecer precisamos da Pauta
Musical.
A Pauta Musical, tem cinco linhas paralelas e quatro espaços equi-
distantes entre elas. Na pauta conseguimos anotar as notas musicais e
mostrar a região correta que ela deve soar.
Para que possamos começar vamos colocar um ponto de referência
no início da pauta. A esse ponto de referência damos o nome de Cla-
ve de Sol.
A Clave de sol começa na segunda linha da pauta (contamos de
baixo para cima). Ela dá seu nome para a nota que ficar na segunda
linha. Essa nota recebe o nome de sol. Então temos um ponto de refe-
rência. Abaixo do Sol: Fá, Mi, Ré e Dó. Acima do Sol: Lá e Si.
Dessa forma encontramos a região três da música. Podemos dizer
que é a região central da música. Nem aguda, nem grave. Seria a re-
gião média da música.
Observe abaixo como desenhamos a clave de sol e como as
notas da região três ficam posicionadas:

31
Vamos praticar?
1- Desenhe a Clave de Sol nas pautas abaixo:

2- Seguindo o exemplo da página anterior coloque os no-


mes das notas da região 3 nas pautas seguintes:

Vamos brincar?
1- Dominótas (Pág. 129-135):
Você sabe jogar dominó? O jogo Dominótas é parecido. Encai-
xamos as notas uma na outra como se fossem os números do domi-
nó. Mas existe uma regra: Antes de encaixar o nome da nota deve
ser dito em voz alta. Nas primeiras jogadas você pode consultar o
nome da nota na tabela. Combine com seus amigos a hora certa
de parar a consulta tabela. Divirta-se!

32
Vamos colorir?

33
7
li o
Notas na Clave de Sol,
região 4
çã
Conhecemos a notação musical da região 3 na cla-
ve de sol. Agora vamos conhecer a notação musical
da região 4.
Observe como são escritas as notas na região 4. As
notas escritas nas linhas acima da pauta são chama-
das de linhas imaginárias e ou suplementares superio-
res.
Abaixo a pauta com as notas da região 4:

Vamos praticar?
1- Coloque os nomes das notas da região 4:

34
Vamos colorir?

35
8
li o
Notas na Clave de Sol,
região 2
çã
Conhecemos a notação musical da região 3 na cla-
ve de sol. Agora vamos conhecer a notação musical
da região 2.
Observe como são escritas as notas na região 2. As
notas escritas nas linhas abaixo da pauta são chama-
das de linhas imaginárias e ou suplementares inferiores.
Abaixo a pauta com as notas da região 2:

Vamos brincar?
1- Jogo da Memória das notas (Pág. 137-143:
Utilizando as cartas das notas na clave de sol na al-
tura 4 e 2, brinque com o jogo da memória divirta-se
gravando as localizações das notas na pauta musical.

36
Vamos praticar?
1- Repita abaixo as notas da região 2:

37
Vamos colorir?

38
Clave de Fá 9
li o
çã
A clave musical tem a função de ser um ponto de
referência para podermos saber qual nome daremos
as notas e qual será sua altura. Anteriormente conhe-
cemos a clave de sol nas regiões três, quatro e dois.
Agora conheceremos a clave de fá na região 1 e 2.
Para mostrar o ponto de referência.
Para ter a sua função de ponto de referência, a cla-
ve de fá começa a ser escrita na quarta linha. Ali fica-
rá o fá 2. E então, a partir daí contamos normalmente
a ordem das notas. Observem:

39
Vamos praticar?
1- Repita abaixo as notas da região 1 na clave de fá:

2- Repita abaixo as notas da região 2 na clave de fá:

40
Vamos colorir?

41
Notação musical
Parte 2 3
Unidade
Apoio ao professosor
Histórico da Notação Musical, Parte 2

Lição 10:
Figura de Som 4 e Silêncio 4
Lição 11:
Figura de Som 8 e Silêncio 8
Lição 12:
Figura de Som 16 e Silêncio 16
Lição 13:
Figura de Som 2 e Silêncio 2
Lição 14:
Figura de Som 1 e Silêncio 1
Lição 15:
Compassos Simples

43
Apoio
Histórico da Notação Musical
ao Parte 2
ofess
pr

or
Existiam basicamente dois tipos de neumas: os ora-
tóricos e os diastemáticos.

Oratóricos: eram escritos sem pauta, serviam ape-


nas para lembrar os cantores o caminho da melodia,
e não davam noção de altura.
Diastemáticos: tinham a altura cuidadosamente
medida em relação a uma linha imaginária que re-
presentava um som específico.

A partir do final do século X, foi utilizada uma única


linha horizontal de cor vermelha acima dos textos re-
presentando uma nota (fá).
Depois foi acrescentada outra linha de cor amarela
ou verde que representava a nota dó.
Uma terceira linha de cor preta somou-se entre as
duas anteriores.
No século XII, Guido d’Arezzo sistematizou a quarta
linha, também de cor preta, que ficava ora acima da
linha dó, ora abaixo da linha fá, dependendo da tes-
situra da melodia.
A partir do século XI, os compositores foram desen-
volvendo uma notação para o ritmo baseado num
princípio fundamentalmente diferente do da nossa
notação.
O começo do século XIV na história da música foi
marcado pela ars nova, na qual houve grande apri-
moramento, tanto nas práticas compositivas quan-
to na notação musical. No começo deste período,
houve a modificação de vários símbolos gráficos e o
acréscimo de novos, o que resultou em um recurso ex-
tremamente flexível para os compositores.
Essencialmente duas formas de notação envolve-
ram os princípios básicos da ars nova: a italiana, mas
esta durou pouco tempo e não teve tanta importân-

44
cia no desenvolvimento da notação, e a francesa, que consistia numa
extensão dos princípios franconianos. Na notação franconiana, a bre-
ve tornou-se unidade de medida com o aparecimento da semibreve,
e na ars nova, a semibreve, com o aparecimento da mínima. Valores
de tempo foram mais precisamente empregados, e várias combina-
ções envolvendo valores temporais e padrões métricos começaram
a aparecer. Nesse período também foi alcançada a sincopa usando
um ponto após a nota, aumentando metade de seu valor, e usando
a nota vermelha, a qual diminuía o valor da nota a dois terços de sua
duração original, como no exemplo seguinte.
Finalmente chegamos, com muito esforço e trabalho duro ao que
utilizamos hoje. A notação musical é uma espécie de estudo matemá-
tico perfeito. Considero a notação musical o idioma universal. Precisa-
mos: Falar, ouvir e escreve-lo.

45
10
li o
Figura de Som 4 e Silêncio 4
çã
Agora que já conhecemos a notação na clave de
Sol que mostra a altura do som vamos aprender um
pouco sobre as figuras musicais que mostram a dura-
ção do tempo. Isso é: Quanto tempo devemos soar a
nota.
A primeira figura de som que vamos conhecer é a
Figura de som 4 e sua respectiva figura de silêncio 4.
Observe o desenho abaixo, esse é o formato dessas
duas figuras. A primeira soa um pulso de som e a se-
gunda um pulso de silêncio.

Som 4 Silêncio 4
Vamos brincar?
1- Utilizando as cartas do quadro rítmico brin-
quem com som e silêncio 4. (Pág. 145)

46
Vamos colorir?

47
11
li o
Figura de Som 8 e Silêncio 8
çã
Agora que já conhecemos a notação na clave de
Sol que mostra a altura do som vamos aprender um
pouco sobre as figuras musicais que mostram a dura-
ção do tempo. Isso é: Quanto tempo devemos soar a
nota.
A segunda figura de som que vamos conhecer é a
Figura de som 8 e sua respectiva figura de silêncio 8.
Observe o desenho abaixo, esse é o formato dessas
duas figuras. A primeira soa como duas metades de
um pulso de som e a segunda como duas metade de
silêncio de um pulso.

Som 8 Silêncio 8
Vamos brincar?
1- Utilizando as cartas do quadro rítmico brin-
quem com som e silêncio 8. (Pág. 147)

48
Vamos colorir?

49
12
li o
Figura de Som 16 e Silêncio 16
çã
Agora que já conhecemos a notação na clave de
Sol que mostra a altura do som vamos aprender um
pouco sobre as figuras musicais que mostram a dura-
ção do tempo. Isso é: Quanto tempo devemos soar a
nota.
A terceira figura de som que vamos conhecer é a
Figura de som 16 e sua respectiva figura de silêncio 16.
Observe o desenho abaixo, esse é o formato dessas
duas figuras. A primeira soa como quatro partes de um
pulso de som e a segunda como quatro partes de si-
lêncio de um pulso.

Som 16 Silêncio 16
Vamos brincar?
1- Utilizando as cartas do quadro rítmico brin-
quem com som e silêncio 16. (Pág. 149)

50
Vamos colorir?

51
13
li o
Figura de Som 2 e Silêncio 2
çã
Agora que já conhecemos a notação na clave de
Sol que mostra a altura do som vamos aprender um
pouco sobre as figuras musicais que mostram a dura-
ção do tempo. Isso é: Quanto tempo devemos soar a
nota.
A quarta figura de som que vamos conhecer é a
Figura de som 2 e sua respectiva figura de silêncio 2.
Observe o desenho abaixo, esse é o formato dessas
duas figuras. A primeira soa com dois pulsos sem inter-
rupção de som e a segunda com dois pulsos de silên-
cio sem interrupção.

Som 2 Silêncio 2
Vamos brincar?
1- Utilizando as cartas do quadro rítmico brin-
quem com som e silêncio 2. (Pág. 151)

52
Vamos colorir?

53
14
li o
Figura de Som 1 e Silêncio 1
çã
Agora que já conhecemos a notação na clave de
Sol que mostra a altura do som vamos aprender um
pouco sobre as figuras musicais que mostram a dura-
ção do tempo. Isso é: Quanto tempo devemos soar a
nota.
A quinta figura de som que vamos conhecer é a Fi-
gura de som 1 e sua respectiva figura de silêncio 1.
Observe o desenho abaixo, esse é o formato dessas
duas figuras. A primeira soa quatro pulsos de som e a
segunda quatro pulsos de silêncio sem interrupção.

Som 1 Silêncio 1
Vamos brincar?
1- Utilizando as cartas do quadro rítmico brin-
quem com som e silêncio 1. (Pág. 153)

54
Vamos colorir?

55
15
li o Compassos Simples
çã
Na notação musical, um compasso é uma forma de
dividir quantitativamente em grupos os sons de uma
composição musical, com base em batidas e pausas.
Os compassos facilitam a execução musical, ao definir
a unidade de tempo, o pulso e o ritmo da composição
ou de partes dela. Os compassos simples podem ser:
Binário representado pelo número 2, ternário represen-
tado pelo número 3 e quaternário representado pelo
número 4. A soma dos valores temporais das notas e
pausas dentro de um compasso deve ser igual à dura-
ção e definida pela fórmula de compasso.
Os números dos compassos são colocados depois
da clave de sol no início da pauta.
A soma das figuras musicais não deve ultrapassar o
valor estabelecido pelos compassos no início.

56
Vamos colorir?

57
Propriedades
do som musical 4
Unidade
Apoio ao professosor
Propriedades do som musical

Lição 16:
O que é música?
Lição 17:
Propriedades do som - Intensidade
Lição 18:
Propriedades do som - Timbre
Lição 19:
Propriedades do som - Altura
Lição 20:
Propriedades do som - Duração
Lição 21:
Os andamentos musicais

59
Apoio
ao Propriedades do som musical
ofess
pr

or
TIMBRE: Chama-se timbre à característica sonora que
nos permite distinguir se sons de mesma frequência fo-
ram produzidos por fontes sonoras conhecidas e que
nos permite diferenciá-las. Podemos reproduzir a mes-
ma nota em instrumentos ou vozes diferentes e apesar
de ser a mesma nota o resultado soará diferente. De
forma simplificada podemos considerar que o timbre
é como a impressão digital sonora de um instrumento
ou a qualidade de vibração vocal.
Embora as características físicas responsáveis pela
diferenciação sonora dos instrumentos sejam bem co-
nhecidas, a forma como ouvimos os sons também in-
fluencia na percepção do timbre. Este é um dos obje-
tos de estudo da psicoacústica.

ALTURA: Altura do som é um termo utilizado para definir


se um som é agudo ou grave. Sons altos são agudos e
sons baixos são graves. O que faz um som ficar agudo
ou grave é a frequência do som. Quanto maior a fre-
quência, mais agudo (alto) é o som; e quanto menor a
frequência, mais grave (baixo) é o som. Essa frequên-
cia corresponde aos ciclos (oscilações por segundo)
da onda sonora. É importante não confundir altura do
som com volume (ou intensidade) do som.

INTENSIDADE: Intensidade do som (ou volume do som)


é um termo usado para definir se um som é fraco ou
forte. Quando mexemos no botão de volume de um
aparelho de som, estamos alterando a intensidade da
música. É comum as pessoas dizerem que, aumentan-
do o volume, o som fica mais “alto“, mas essa definição
está incorreta, pois o volume não altera a frequência
do som (não deixa mais agudo nem mais grave). Vo-
lume somente altera a intensidade.

DURAÇÃO: A duração tem relação com a escrita mu-

60
sical. O conjunto de símbolos musicais utilizados. Cada uma destas fi-
guras musicais de som ou silêncio estão interligadas com a fórmula de
compasso que define qual das notas será tomada como unidade de
tempo (pulso) e quantas unidades existem em cada compasso. Outro
fator que influencia a duração de uma nota é o andamento, ou seja, a
frequência dos pulsos que define quanto tempo dura o pulso.

Abaixo exemplo de figuras musicais


de som e silêncio:
Som Silêncio Nome em Português

Semibreve

Mínima

Semínima

Colcheia
Semicol-
cheia

61
16
li o O que é música?
çã
Música é a arte de combinar os sons musicais e suas
propriedades. Desse modo podemos dividi-las em três
formas diferentes de combinações:

Ritmo: É a forma em que se sucedem os valores de


duração do som na música.

Harmonia: É um conjunto de sons tocado simultanea-


mente, formando os acordes.

Melodia: É a combinação de sons sucessivos de dura-


ção e altura diferente.

62
Vamos colorir?

63
17
li o
Propriedades do som
Intensidade
çã
Intensidade: É a propriedade do som ser mais forte ou
mais fraco segundo a força que empregamos na exe-
cução da música. Para definir a hora de mudar a in-
tensidade os compositores utilizam símbolos musicais
que representam as intensidades abaixo:

Fortíssimo
Forte
Meioforte
Suave
Suavíssimo
Vamos brincar?
1- O jogo da Intensidade (Pág. 155):
Divida a classe em 2 grupos. Utilizando uma músi-
ca popular conhecida, convide um dos grupos para
canta-la. O outro grupo apresenta as cartas de inten-
sidade na hora do canto. O grupo desafiado tem que
fazer os nuances de intensidade de acordo com as
cartas apresentadas durante o canto. Para ganhar a
pontuação deve acertar todos os nuances de intensi-
dade no improviso.

64
Vamos colorir?

65
18
li o
Propriedades do som
Timbre
çã
Timbre: É a qualidade do som que permite reconhecer
sua origem. é através do timbre que reconhecemos
se o som foi produzido por um piano, violão, violino,
sax e etc. Chamamos o timbre também de fisionomia
do som.

Vamos brincar?
Atividades para trabalhar a percepção auditiva, a
atenção, a sociabilização e a memória.

Atividade 1:
Explique para os alunos, de uma forma lúdica, o que
é timbre, peça que sentem em roda fechem os olhos.
Então dê o seguinte comando:
Vou andar em volta de vocês e a criança que eu
tocar vai falar: Bom dia! Todos podem abrir os olhos e
então tentam descobrir que falou.
Repita até que todos participem!

Atividade 2:
Mostre aos alunos alguns instrumentos de bandinha
como o: pandeiro, triângulo, metalofone e sino.
Uma das crianças fica no centro da roda, de olhos
vendados.
O professor deve tocar um dos instrumentos que
foram experimentados antes. A criança que está de
olhos vendados deverá dizer qual instrumento que
está sendo tocado.

Atividade 3:
Coloque os alunos em roda, em pé. Deve ser combi-
nado gestos de acordo com vários sons de instrumen-
tos.
Cada vez que aquele som for tocado os alunos de-

66
verão fazer o gesto combinado. Aquele que errar vai saindo da roda
até ficar o único vencedor.

Atividade 4:
O professor convida um aluno para sentar no meio da roda. No cen-
tro haverá 3 instrumentos diferentes. O professor também estará com os
mesmos três instrumentos. O professor cria uma ordem para tocar e o
aluno do centro da roda deverá imitar. Se o aluno errar a ordem perde
e troca para outro participante.

67
Vamos colorir?

68
Propriedades do som
Altura
19
li o çã
Altura: É a propriedade que permite diferenciar um
som grave do agudo. Basicamente temos rês altu-
ras: Grave, médio e agudo. Observe o conto abaixo:

A flautista Luciene

Era uma vez uma menina muito tímida chamada Luciene.


Ela andava cabisbaixa porque alguns coleguinhas achavam
engraçado a sua voz, porque era muito aguda. Ela gostava
muito de música e estudava flauta-doce. Um dia, quando es-
tava na aula de música sua professora percebeu que a meni-
na estava muito triste. Resolveu ajudar Luciene e perguntou o
“porquê” daquele rostinho tristonho.
Luciene então contou para sua professora o que estava ha-
vendo e a professora de música logo percebeu que poderia
ajuda-la. A professora mostrou a ela que existem várias flau-
tas- doce. A Sopranino que produz um som muito agudo, a so-
prano que produz um som agudo, a contralto que produz um
som médio e a tenor e baixo que produzem sons mais graves.
Ela apresentou para ela a “ altura “ que é uma propriedade
da música. E assim como as flautas a voz humana pode ser di-
ferenciada como aguda, média e grave e que não é nenhu-
ma vergonha falar agudo. As vozes agudas podem cantar
músicas muito difíceis e bonitas como árias de ópera e outras.
Então a menina ouviu com a professora várias cantoras que
cantavam superagudo. E percebeu como a sua voz era boni-
ta. Ficou muito feliz e satisfeita com a sua voz aguda.
Também percebeu que na natureza também tem sons com
alturas diferentes como por exemplo o rugido de um leão ou
de um urso ou o canto dos pássaros. Dessa forma Luciene saiu
da aula muito feliz e segura. E a brincadeira de mau gosto
dos seus colegas de escola não a chatearam nunca mais. Ela
resolveu estudar todos os tipos de flauta e se tornou uma mu-
sicista muito boa.
Quando Luciene cresceu tornou-se uma grande flautista e
uma ótima cantora.

69
Vamos aproveitar para conhecer
os tipos de flauta-doce?

Vamos aproveitar para conhecer as


classificações das vozes humanas?
Mulheres Homens Crianças
1º Soprano 1º Tenor Sopranino
2º Soprano 2º Tenor Contraltino
Mezzo Soprano Barítono
1º Contralto Baixo
2º Contralto Baixo profundo

Vamos brincar?
1- Sentados em roda mostre aos alunos no piano ou teclado as re-
giões graves, médias e agudas.

2- Utilizando cartões com figuras diversas peça para os alunos imi-


tarem os sons graves, médios ou agudos das figuras apresentadas.

70
Vamos colorir?

71
20
li o
Propriedades do som
Duração
çã
Duração: É o tempo em que se prolonga o som po-
dendo ser curto ou longo. Conhecemos anteriormen-
te algumas figuras de som e silêncio que fazem a dife-
rença da duração de um som na pauta.

Vamos praticar?
1- Brincando com sons longos e sons curtos: De
acordo com as palavras apresentadas emitir a
duração do som.

a) Quando o narrador do jogo fala gol.


____________________________________________________

b) Quando o cachorro late.


____________________________________________________

c) Quando a sirene da fábrica toca na hora da saída.


____________________________________________________

d) Quando a campainha da casa toca.


____________________________________________________

Vamos brincar?
1- Utilizando o quadro rítmico com figuras mu-
sicais de som e silêncio formar frases e desafiar
os grupos oponentes.

72
Vamos colorir?

73
21
li o
Os andamentos musicais
çã
Para controlarmos o pulso no trabalho em grupo é
ideal que conheçamos os andamentos musicais, são
eles: Devagar, sentido e rápido. Confira a história:

Os três corações

Era uma vez três corações: Tom Tom, Tum Tum e Tim
Tim.
Tom Tom morava no peito da vovó Pureza, Tum Tum
morava no peito do papai José e Tim Tim morava no
peito da menina Helinha.
Tom Tom batia bem devagarinho porque a vovó
Pureza andava muito devagar. Tum Tum batia normal
porque o papai José tinha muita saúde. Tim Tim batia
muito rápido porque a menina Helinha era muito leva-
da.
Na música também temos três corações: Devagar,
que se parece com o da vovó. Sentido, que se parece
com o do papai. E rápido, que se parece com o da
Helinha.

Vamos brincar?
1- Monte compassos variados com as figuras
de som e silêncio. Peça para os alunos execu-
tarem utilizando os andamentos: Devagar, sen-
tido e rápido.

74
Vamos colorir?

Tim
Tim

Tom
Tom
Tum
Tum

75
Instrumentos
Musicais 5
Unidade
Apoio ao professosor
Classificação de instrumentos musicais

Lição 22:
Cordofones
Lição 23:
Aerofones
Lição 24:
Membranofones e Idiofones
Lição 25:
Eletrofones
Lição 26:
Folclore

77
Apoio
Classificação de
ao instrumentos musicais
ofess
pr

or
Essa, consiste na divisão dos mesmos de acordo com
suas características. Podem ser classificados conforme
o material usado para sua construção, a característi-
ca de seu som ou de que forma produzem o som.
O mais antigo esquema de classificação de instru-
mentos musicais é chinês e data do século IV antes de
Cristo. Esse sistema agrupa os instrumentos de acordo
com o material com o qual são fabricados, como pe-
dra, madeira, seda, etc.
Atualmente, o sistema mais amplamente utilizado
no Ocidente é a classificação proposta por Hornbos-
tel-Sachs, embora ainda seja bastante comum o uso
da classificação tradicional da orquestra sinfônica
que divide seus instrumentos em Cordas, Sopros e Per-
cussão. No entanto existem classificações diferentes e
outras culturas utilizam outras formas de classificação.
Usualmente, os instrumentos se classificam de acordo
com a maneira em que o som é produzido, indepen-
dentemente do pós-processamento (por exemplo, um
violão elétrico é classificado como um instrumento de
corda, mesmo com os efeitos que podem ser acresci-
dos posteriormente com o uso de equipamentos ele-
trônicos).

OBS: O que é a classificação Hornbostel-Sachs?


O sistema Hornbostel-Sachs, ou classificação Hor-
nbostel-Sachs, às vezes Sachs-Hornbostel, é um siste-
ma de classificação de instrumentos musicais, conce-
bido por Erich von Hornbostel e Curt Sachs, em 1914.
Atualmente, é a classificação mais utilizada em or-
ganologia, etnomusicologia e demais disciplinas que
requerem classificação dos instrumentos.
Hoje em dia a música clássica não mantém essa
divisão (embora nas partituras haja distinção entre os
instrumentos de corda pulsada e friccionada), mas há
uma distinção entre os instrumentos de sopro de ma-

78
deira e os instrumentos de sopro de metal. Esta classificação clássica
aplica-se no contexto da orquestra sinfônica, tanto no que se refere à
orquestração e à análise musical, como também à direção. A distribui-
ção entre ambas as classificações é a seguinte:

• Instrumentos de corda da orquestra sinfônica: cordofones.


• Instrumentos de sopro: aerofones.
• Instrumentos de percussão: membranofones e idiofones.
• Instrumentos que utilizam a corrente elétrica: eletrofones.

Observações:
O único eletrofone admitido como parte da orquestra sinfônica são
as Ondas Martenot que é um instrumento musical eletrônico com te-
clado, criado em 1928 por Maurice Martenot. Trata-se de um dos instru-
mentos musicais electrónicos iniciais, e era originalmente muito seme-
lhante ao teremim. Produz um som ondulante com válvulas termiónicas
de frequência oscilatória.

79
Pensando com mais calma nos Instrumentos eléctricos:
São instrumentos musicais que contêm um mecanismo móvel, e dis-
positivos que transformam essa energia móvel para energia acústica.

1. Instrumentos electro-acústicos: São instrumentos cujo som é produzi-


do de um modo acústico, e posteriormente o som é captado atra-
vés de fonocaptadores para ser amplificado. Para explicar de um
modo mais simples, num instrumento eletroacústico ainda podemos
ouvir o som, porque ele é produzido da mesma maneira que nos
instrumentos acústicos, mas como a intensidade sonora é baixa esse
som é amplificado electricamente.
2. Instrumentos electro-magnéticos: Quando a captação do som é
feita através de fonocaptadores magnéticos (magnetic pick-ups).
Como exemplo existem os órgãos Hammond.
3. Instrumentos fotoelétricos: Quando a captação do som é feita atra-
vés de fonocaptadores sensíveis à luz.
4. Instrumentos eletrônicos: São instrumentos musicais que não contêm
nenhum mecanismo móvel produtor de som. O som é gerado ape-
nas por processos electrónicos.
5. Instrumentos analógicos: Quando o som é produzido apenas pela
variação de uma tensão eléctrica. Como exemplo existe o Teremim,
as Ondas Martenot, e os primeiros modelos de sintetizadores. Note-se
que nesta categoria também estão incluídos os sintetizadores que
produzem o som analogicamente, mas cujo controle é totalmente
digital.
6. Instrumentos digitais: Quando o som é produzido através de dados
guardados numa memória digital. Como exemplo são a maioria dos
sintetizadores atuais, assim como instrumentos relacionados como os
pianos electrónicos, os órgãos electrónicos, os samplers, as caixas de
ritmos, etc.

80
Cordofones 22
li o
çã
Instrumentos musicais cuja fonte primária de som é a
vibração de uma corda tensionada quando belisca-
da ou percutida. Na classificação Hornbostel-Sachs,
bastante utilizada atualmente, estes instrumentos re-
presentam a classe dos cordofones.

Produção do som: Para fazer a corda vibrar, três méto-


Harpa eólica
dos principais são usados: as
cordas podem ser beliscadas,
friccionadas com um arco ou
percutidas.

1- Cordas dedilhadas: Nes-


tes instrumentos, a corda
é colocada em vibração
ao ser beliscada ou tangi-
da com os dedos, unhas,
plectros ou palhetas. Os mais conhecidos são: bai-
xo, banjo, cavaquinho, charango, guitarra, ukule-
le, viola e violão.

2- Cordas friccionadas: Neste caso usa-se um arco


feito de madeira, com um feixe de filamentos
(geralmente crina de cavalo) que são fixados
às suas extremidades e tensionados. A crina ge-
ralmente é revestida por um substância cha-
mada breu, com o fim de aumentar o atrito, e
então friccionada transversalmente sobre as
cordas. Os instrumentos mais conhecidos por se-
rem friccionados são: violino, a viola, o violonce-
lo, o contrabaixo, a viola da gamba e a rabeca.

4- Cordas percutidas: As cordas podem ser percu-


tidas com baquetas, martelos ou com o próprio
arco. O som da corda percutida se inicia brusca-
mente e, quando a corda não é abafada, tem

81
longa duração. Normalmente, esse método é usado em instrumen-
tos que possuem uma corda (ou conjunto de cordas) para cada
nota e permite a execução de passagens melódicas muito rápi-
das e acordes de forma mais fácil que nos outros instrumentos por
não ser necessário usar uma das mãos para controlar o compri-
mento da corda e as duas mãos podem ser usadas para contro-
lar as baquetas ou o teclado. A intensidade das notas é contro-
lada pela força da batida. Os instrumentos mais conhecidos por
serem tocado com cordas percutidas é o piano e o berimbau.

4- Cordas sopradas: As cordas são acionadas pelo movimento do ar.


São raros, mas como exemplo pode-se citar a harpa eólica.

82
Vamos colorir?

83
23
li o Aerofones
çã
Aerofone: É qualquer instrumento musical em que o
som é produzido principalmente pela vibração do ar
sem a necessidade de membranas ou cordas e sem
que a própria vibração do corpo do instrumento in-
fluencie significativamente no som produzido. O termo
foi usado pela primeira vez na classificação de Victor
Mahillon e posteriormente foi incluído na classificação
Hornbostel-Sachs. Nesta, os aerofones formam uma
das grandes divisões.

Tipos de Aerofones:
1- AEROFONES DE ARESTA (família das flautas): instrumentos cuja em-
bocadura é uma aresta, para a qual é orientado um jacto de ar.
Esta embocadura pode ser simples (ex.: flauta transversal, flauta de
pã) ou de apito (ex.: flauta de bisel, flajolé).

2- AEROFONES DE PALHETA: as palhetas podem ser livres (ex.: acor-


deão, órgão de boca) ou batentes; por sua vez, estas últimas po-
dem ser simples (ex.: saxofone, clarinete) ou duplas (ex.: oboé,
cone inglês, fagote).

3- AEROFONES DE BOCAL: que muitos autores hoje consideram de pa-


lheta labial, já que o som é produzido não pelo bocal, mas antes
pelos lábios do instrumentista, que atuam como palhetas duplas
(ex.: serpentão, trompete, trompa, trombone, saxhornes).

4- ORGÃO: um instrumento à parte, quer pela sua complexidade,


quer pelo facto de ser um instrumento híbrido (contém tubos com
embocadura de palheta e com embocadura de bisel), quer por
ser munido de um ou mais teclados.

5- VOZ HUMANA: é também um caso isolado, por se tratar de um ins-


trumento que não é “construído” e que desempenha igualmente
funções não musicais, nomeadamente na comunicação verbal.

6- AEROFONES LIVRES: o som é produzido pelo movimento de um cor-


po sólido através do ar. O corpo vibrante não é o instrumento, mas
o ar que o rodeia (ex.: rombo, pião musical).

84
Vamos colorir?

85
24
li o
Membranofones
e Idiofones
çã
Membranofones: Nesses instrumentos, o som é pro-
duzido pela vibração de uma membrana tensa, ao
ser percutida, raspada ou friccionada. A membrana
pode ser de couro ou de plástico. Pertencem a essa
classe de instrumentos: tímpanos, tambores, bongôs,
caixas, pandeiros etc.

Idiofones: Esses instrumentos, também chamados au-


torressonadores, produzem sons por sua própria vi-
bração ao ser percutidos. São instrumentos idiofones:
claves, castanholas, pratos, triângulo, xilofone, meta-
lofone etc.

86
Vamos colorir?

87
25
li o Eletrofones
çã
A classificação eletrofones começou a surgir nas
primeiras décadas do século XX para albergar as pri-
meiras experiências com instrumentos eléctricos (por
exemplo, o teremim). A partir dessa altura, foi-se inte-
grando nesta classe qualquer instrumento onde inter-
viesse a energia eléctrica.
A primeira edição do sistema de classificação Hor-
nborstel–Sachs em 1914 não contemplava essa classe.
Tipos mais conhecidos de eletrofones: Caixas de rit-
mos, MIDI, Sintetizadores, Vocaloid, Bateria eletrônica,
Caixa de ritmos, Clavioline, E-mu SP-1200, Eigenharp,
EWI, Groovebox, Keytar, Órgão eletrónico, Omnichord,
Ondas Martenot, Piano digital, Roland MC-303, Sam-
pler Sequenciador, Stylophone, Telarmónio, Teremim,
Trautônio, UTAU, Vocaloid, Vocoder, Voder.

88
Folclore 26
li o
çã
O que é Folclore?
Folclore é o conjunto manifestações culturais de um
povo que são passados de geração em geração. No
Brasil, o Dia do Folclore é celebrado no dia 22 de agos-
to.
A palavra tem origem no inglês, em que “folklore”
significa sabedoria popular. A palavra é formada pela
junção de folk (povo) e lore (sabedoria).
O folclore simboliza a cultura popular. A identidade
de um povo é apresentada através dos seus costumes.
É uma manifestação cultural de suma importância.

Abaixo alguns exemplos das ramificações do folclore:


Cantigas de roda, festas populares, lendas, mitos,
música, dança, parlendas e comidas.

Vamos brincar?
1- Gravar as principais lendas cantando:
Aprender e cantar a música “Anta Meca”.

2- Oficina de Cantigas de Roda:


Essa oficina é uma reflexão para pensarmos um pou-
co sobre algumas letras do nosso folclore brasileiro.

Cantar as seguintes cantigas de roda:


a) Atirei o pau no gato
b) O cravo brigou com a rosa.
c) Samba lê lê está doente.
d) Pai Francisco
e) Escravos de Jó

1. Fazer desenhos das cinco cenas mencionadas nas


músicas cantadas.

89
2. Ouvir o conto: “Fernanda canta ciranda”.
3. Fazer novos desenhos baseados no conto.
4. Aprender novas versões das músicas cantadas acima.
5. Fazer um mural com os desenhos de antes e depois. Colocando o
“conto” impresso no meio.

Fernanda Canta Ciranda - Maria Paccelle

Fernanda menina bonita E Fernanda comovida


era gentil e amiga. resolveu mudar a história.
Enfeitava a cabeleira Inventou uma nova letra
com lindo laço de fita. para ciranda provisória.
Depois saia para calçada
com suas amiguinhas. Samba Lelê foi socorrido
E juntas cantavam cirandas pelo tio do amigo.
da tarde até a noitinha. E agora tá contente
foi brincar bem sorridente.
O gato meio choroso
reclamava todo manhoso: Pai Francisco da cadeia
– Toda vez que você canta chamando muita atenção.
que atiraram o pau no gato, Dizia pro delegado
eu fico no chão caído estatelado que era injusta sua prisão.
e amuado.
E Fernanda comovida
E Fernanda comovida resolveu mudar a história.
resolveu mudar a história Inventou uma nova letra
Inventou uma nova letra para ciranda provisória.
para ciranda provisória.
Pai Francisco novo astro
O gato ganhou respeito Ta tocando no bailão.
e nunca mais ganhou paulada. Toda praça reunida
Dona Chica lava louça vem curtir seu violão
e varre a casa bem calada .
. Dona Rosa e seu cravo
Samba Lelê passando mal de brigar tão enjoados.
com a cabeça quebrada Alguns até já perguntam:
Ainda levava várias lambadas – Ainda são namorados?
quando Fernanda cantava.

90
E Fernanda comovida E Fernanda comovida
resolveu mudar a história. resolveu mudar a história.
Inventou uma nova letra Inventou uma nova letra
para ciranda provisória. para ciranda provisória.

A briga lá no jardim Fernanda falou pra Jó


finalmente já acabou. que a escravidão já acabou.
Agora só reina a paz E Jó junto com Zé Pereira
e permanece o amor. os escravos liber

Zé Pereira magoado E a cada ciranda Fernanda


pedia para brincar. tomava nova decisão.
Os escravos chateados Escrevendo nova história
pra Jó iam reclamar. pensava com o coração.

Não atire pau no gato to, porque isso so so, não se faz faz faz
O gatinho nho nho é nosso amigo go go.
Não devemos maltratar os animais. Jamais!

91
Samba Lelê á doente. Tá com a cabeça quebrada.
Samba Lelê precisava de uma compressa gelada.
Samba, samba, samba Lelê.
Toma cuidado na escada o Lelê.

Pai Francisco entrou na roda tocando seu violão


Logo logo encheu a praça e Pai Francisco deu um bailão
Como ele vem todo requebrado parece um boneco desen-
gonçado!

92
O Cravo brincou com a Rosa em baixo de uma sacada.
O cravo é muito amigo, da Rosa sua namorada.
O Cravo está contente. A Rosa foi visitar.
O cravo mandou beijinhos. A Rosa pôs-se a cantar!

Amigos de Jó. Jogavam cachangá.


Tira, bota, deixa o Zé Pereira brincar.
Amigos com amigos brincam zigue zigue zá.

93
Eu sou a Ana Meca e gosto de contar,
as lendas tão bonitas da Amazônia.
Macunaíma e Monte Roraima,
O Boto, Mãe d’água, Curupira
Vitória Régia, Matinta Pereira,
a Yara, boiuna o Guaraná.

94
Vamos colorir?

95
História da
Música Universal 6
Unidade
Apoio ao professosor
História da Música Universal

Lição 27:
Música Medival e Renascentista
Lição 28:
Música Barroca e Clássica
Lição 29:
Romântico e Música Impressionista
Lição 30:
Século XX
Lição 31:
Os instrumentos musicais modernos
e supermodernos
Lição 32:
Principais estilos musicais no Brasil

97
Apoio
História da
ao Música Universal
ofess
pr

or
Medieval
Durante muito tempo, a música foi cultivada por
transmissão oral, até que se inventou um sistema de
escrita. Por volta do século IX apareceu, pela primeira
vez, a pauta musical. O monge italiano Guido d’Are-
zzo (995 -1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro
linhas. O sistema é usado até hoje no canto grego-
riano. Geralmente considera-se que esse período tem
início com a queda do Império Romano, terminando
aproximadamente em meados do século XV.
O tipo de música mais antigo que conhecemos
consiste em uma única linha melódica cantada, sem
qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado
Cantochão ou Canto Gregoriano. Com o passar do
tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão,
criando-se as primeiras composições em estilo coral.
A notação musical sofre transformações, e os Neu-
mas são substituídos pelo sistema de notação com
linhas a partir do trabalho de vários sacerdotes cris-
tãos, sobretudo, Guido D’Arezzo (992-1050); que foi o
responsável pelo estabelecimento desse sistema de
notação musical de onde se originou a atual pauta
musical.
Foi ele, que no século XI designou as notas musicais
como são conhecidas atualmente, usando o texto de
um hino a São João Batista (originalmente em latim),
onde cada estrofe inicia com uma nota musical: an-
teriormente, as notas eram designadas pelas sete pri-
meiras letras do alfabeto latino. Desse modo, as notas
musicais passaram a ser chamadas UT, RE, MI, FA, SOL,
LA e SI. Posteriormente, a sílaba UT foi substituída pela
sílaba DO, por razões de pronúncia.
O tipo de música mais antigo que conhecemos
consiste em uma única linha melódica cantada, sem
qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado
Cantochão ou Canto Gregoriano. Com o passar do

98
tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão, criando-se as pri-
meiras composições em estilo coral.
Além do Cantochão, cantado nas igrejas, produziam-se na Idade
Média muitas danças e canções. Durante os séculos XII e XIII houve
intensa produção de obras em forma de canção, composta pelos Tro-
vadores, poetas e músicos do sul da França.
As danças eram muito populares em festas e feiras e podiam ser to-
cadas por dois instrumentos, como um grupo mais numeroso. Os instru-
mentos que acompanhavam estas danças incluíam: a viela (antepas-
sado da família do violino), o alaúde, flautas doces de vários tamanhos,
gaitas de foles, o trompete reto medieval, instrumentos de percussão
(triângulos, sinos, tambores, etc).

Renascença
Música renascentista refere-se à música europeia escrita durante a
Renascença, o período que abrangeu, aproximadamente, os anos de
1400 a 1600. A maneira pelo qual a música adquiriu características
renascentistas foi gradual. Os compositores passaram a ter um interes-
se muito mais vivo pela música profana (música não religiosa), inclusi-
ve em escrever peças para instrumentos, já não usados somente para
acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais renascen-
tistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como polifonia
coral ou policoral e cantados sem acompanhamento de instrumentos.
A música renascentista é de estilo polifônico, ou seja, possui várias me-
lodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.
Os Motetos eram peças escritas para no mínimo quatro vozes, canta-
dos geralmente nas igrejas. Os Madrigais eram canções populares es-
critas para várias vozes e que se caracterizam-se por não ter refrão. De
grande sucesso nas Inglaterra do século XVI, passaram a ser cantados
nos lares de todas as famílias apaixonadas por música.
Até o começo do século XVI, os compositores usavam os instrumen-
tos apenas para acompanhar o canto. Contudo, durante o século XVI,
os compositores passaram a ter cada vez mais interesse em escrever
música somente para instrumentos.
Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um
instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, virginal ou
clavicórdio. A maioria dos compositores ingleses escreveu peças para
o virginal. No Renascimento surgiram os primeiros álbuns de música, só
para instrumentos de teclados.
Muitos instrumentos, como as charamelas, as flautas e alguns tipos
de cornetos medievais e cromornes continuavam populares. Outros,

99
como o alaúde, passaram por aperfeiçoamentos.

Barroco
A palavra Barroco é provavelmente de origem portuguesa, signifi-
cando pérola ou Jóia no formato irregular. De início era usada para
designar o estilo de arquitetura e da arte do século XVII, caracterizado
pelo excesso de ornamentos. Mais tarde, o termo passou a ser empre-
gado pelos músicos para indicar o período da história da música que
vai do aparecimento da ópera e do oratório até a morte de J. S. Bach.
A música barroca é geralmente exuberante: ritmos enérgicos, me-
lodias com muitos ornamentos, contrastes de timbres instrumentais e
sonoridades fortes com suaves.
Música barroca é toda música ocidental correlacionada com a épo-
ca cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópe-
ra por Claudio Monteverdi no século XVII, até a morte de Johann Se-
bastian Bach, em 1750.
Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda,
revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente
também a mais influente. As características mais importantes são o uso
do baixo contínuo, do desejo e da harmonia tonal, em oposição aos
modos gregorianos até então vigente. Na realidade, trata-se do apro-
veitamento de dois modos: o modo jônico (modo “maior”) e o modo
eólio (modo “menor”).
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como
os tons dissonantes por dentro das escalas diatônicas como fundação
para as modulações dentro de uma mesma peça musical; enquanto
em períodos anteriores, usava-se um único modo para uma composi-
ção inteira causando um fluir incidentalmente consonante e homogê-
neo da polifonia. Durante a música barroca, os compositores e intér-
pretes usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao máximo,
nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elabo-
rar suas ideias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical,
e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos ins-
trumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e
complexidade de performance instrumental da época, além de tam-
bém estabelecer inúmeras formas musicais novas. Inúmeros termos e
conceitos deste Período ainda são usados até hoje.

• Música Vocal:
Orfeu, do compositor Montiverdi (1567-1643) escrita no ano de
1607 é a primeira grande ópera. Ópera é uma peça teatral em que

100
os papéis são cantados ao invés de falados. A ópera de Montiverdi
possuía uma orquestra formada de 40 instrumentos variados, inclusi-
ve com violinos, que começavam a tomar lugar das violas.
Alessandro Scarlatti (1660-1725) foi o mais popular compositor ita-
liano de óperas. Na França os principais compositores de óperas fo-
ram Lully (1632-1687) e Rameau (1683-1764).
Nascido na mesma época da ópera, o Oratório é outra importan-
te forma de música vocal barroca. O oratório é um tipo de ópera
com histórias tiradas da Bíblia. Com o passar do tempo os oratórios
deixaram de ser representados e passaram a ser apenas cantados.
Os mais famosos oratórios são os do compositor alemão Haendel
(1685-1759), do início do século XVIII: Israel no Egito, Sansão e o fa-
moso Messias.
As Cantatas são oratórios em miniaturas e eram apresentados nas
missas.

• Música Instrumental
Durante o período barroco, a música instrumental passou a ter
importância igual à da música vocal. A orquestra passou a tomar
forma. No início a palavra ‘orquestra’ era usada para designar um
conjunto formado ao acaso, com os instrumentos disponíveis no mo-
mento. Mas no século XVII, o aperfeiçoamento dos instrumentos de
cordas, principalmente os violinos, fez com que a seção de cordas
se tornasse uma unidade independente. Os violinos passaram a ser o
centro da orquestra, ao qual os compositores acrescentavam outros
instrumentos: flautas, fagotes, trompas, trompetes e tímpanos.
Um traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a pre-
sença do cravo ou órgão como contínuo, fazendo o baixo e preen-
chendo a harmonia. Novas formas de composição foram criadas,
como a fuga, a sonata, a suíte e o concerto.

Clássico
O período clássico é o período da música erudita ocidental entre a
segunda metade do século XVIII e o início do século XIX, caracterizada
pela claridade, simetria e equilíbrio.
O gosto musical alterou-se profundamente como aconteceu com
as artes visuais. Tal como estas últimas que revelaram uma preferência
pelo equilíbrio e pela claridade da estrutura, também estas caracte-
rísticas se tornaram pontos fulcrais para os compositores. No início, a
composição musical passou de um estilo ornado do período Barroco
para um estilo popular de extrema simplicidade. Os compositores deste

101
período criaram obras que transpareciam claridade e acessibilidade
acima de tudo; na verdade, reagiam contra o denso estilo polifónico
do último período barroco.

Pré-Romantismo
A origem do romantismo remonta ao período clássico: “todos os com-
positores clássicos mais importantes utilizaram a ambiguidade harmóni-
ca e a técnica de se mover rapidamente entre diferentes tonalidades
sem estabelecer uma verdadeira tonalidade” (Ribeiro, 2010).
Por volta de 1810, os compositores começaram a utilizar o cromatis-
mo e as tonalidades menores com o objectivo de expandir o colorido
musical. Beethoven foi a figura central deste movimento mas desta-
cam-se, também, compositores como Clementi ou Spohr, que incorpo-
raram frequentemente notas cromáticas nas suas obras.
Foi precisamente a tensão criada pela vontade de manter a estru-
tura clássica, mas com uma textura sonora mais vasta que delineou a
transição para uma nova época.

Romantismo
A época do romantismo musical coincide com o romantismo na Li-
teratura, Filosofia e Artes Plásticas. A ideia geral do romantismo é que
a verdade não poderia ser deduzida a partir de axiomas. Certas reali-
dades só poderiam ser captadas através da emoção, do sentimento e
da intuição. Por essa razão, a música romântica é caracterizada pela
maior flexibilidade das formas musicais e procurando focar mais o sen-
timento transmitido pela música do que propriamente a estética, ao
contrário do classicismo. No entanto, os géneros musicais clássicos, tais
como a sinfonia e o concerto, continuaram sendo escritos.
Numa primeira fase, destacaram-se os seguintes compositores: Bee-
thoven, Spohr, Hoffmann, Weber e Schubert. As melodias cromáticas
de Clementi e as óperas de Rossini, Cherubini e Mehul têm, também,
lugar de destaque. Ao mesmo tempo, a composição de canções para
voz e piano sobre poemas populares para satisfazer a procura do mer-
cado de classe média – os músicos já não “serviam” a aristrocracia e
as audiências tinham crescido – levou à composição de obras como os
ciclos lieder de Schubert.

Música Moderna e Impressionismo


O período moderno se iniciou com a música impressionista, de 1910 a
1920, dominada por compositores franceses (em oposição ao domínio
existente até então dos alemães na arte e, principalmente, na música).

102
Compositores, acadêmicos e músicos desenvolveram extensões da te-
oria e da técnica musical.
O impressionismo um movimento na música erudita que se desenvol-
veu principalmente na França, a partir da segunda metade do século
XIX, prosseguindo até meados do século XX. Assim como o seu homólo-
go e precursor nas artes visuais, o impressionismo musical se caracteriza
sobretudo pela sugestão e atmosfera, em lugar da forte emoção ou
da ilustração de narrativas (como em música de programa), típicos da
música romântica.
Surgiu como uma reação aos excessos da Era Romântica, carac-
terizada pelo uso dramático do sistema das escalas maior e menor,
ao passo que a música impressionista tende a fazer mais uso de disso-
nâncias com escalas não tão comuns, tal como a escala hexafônica.
Os compositores românticos também usavam gêneros mais longos de
música, como a sinfonia e o concerto, enquanto os compositores im-
pressionistas preferiram formas mais curtas
A característica mais importante da música erudita durante o século
XX seja o uso cada vez mais frequente da dissonância. Diferentes com-
positores continuaram a trabalhar em formas derivadas do século XIX.
A música moderna tornou-se cada vez mais destacada entre os pri-
meiros modernistas estão Bartók, Stravinsky e Ives.
Os impressionistas e abandonaram as formas tradicionais e expandi-
ram a paleta erudita para incluir elemento dissonantes sem chegar ao
extremo do dodecafonismo e do serialismo.
A música do século XX trouxe um leque de novidades com novos
estilos musicais e formas que desafiaram os períodos antecessores. Os
instrumentos modernos revolucionaram a música Pop e aceleraram o
desenvolvimento de novas formas de música. Os sons de diferentes re-
giões e continentes começaram a se misturar de alguma forma.
O Nacionalismo tornou-se marcante na música espanhola. Os com-
positores soviéticos, dominados pelo governo comunista, criaram uma
perspectiva oficialmente anti-romântica, conhecida como realismo so-
cialista.
Na década de 60, o nacionalismo deixou de representar uma força
na música erudita. O mundo musical apresentava uma situação seme-
lhante ao século XVII, quando estilos internacionais dominavam o ce-
nário musical e compositores das mais diversas procedências e escolas
podiam compartilhar dos mesmos pontos de vista artísticos. Nos países
comunistas, o realismo socialista era o estilo oficial.
Alguns compositores continuaram a criar dentro dos conceitos de
harmonia diatônica ou cromática. Ampliaram os limites de sistema har-

103
mônico de tônica-dominante, sem o destruir. Embora fossem comba-
tidos por críticos e outros compositores, que os acusavam de conser-
vadores, conseguiam obter o aplauso de um grande público amante
da música. Vários compositores ocasionalmente omitiram o intérprete
em favor da música eletrônica, que aumentou muito as possibilidades
técnicas abertas ao compositor e à expressão musical.

104
Música Medieval
e Renascentista 27
li o
çã
Você gosta de história? Na música também pode-
mos estudar um pouco de história. Porque podemos
considerar e dividir a evolução da música por estilos
de época. O que chamam de música clássica na ver-
dade é música erudita. Porque clássico é apenas um
dos estilos musicais de época.
As principais divisões cronológicas da música clássi-
ca são: o período da música antiga, que inclui a:

Música Medieval (476-1400)


Música Renascentista (1400-1600)
Música Barroca (1600-1750)
Música Clássica (1730-1820)
Música Romântica (1815-1910)
Música moderno (1900-2000)
Música contemporâneo (2000-Presente)

Vamos estudar um pouco sobre esses estilos de épo-


ca e suas principais características.

Música medieval (476-1400)


O tipo de música mais antigo que conhecemos
consiste em uma única linha melódica cantada, sem
qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado
Cantochão ou Canto Gregoriano. Com o passar do
tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão,
criando-se as primeiras composições em estilo coral.

• Principais Músicos:
Leonin, Perotin, Guido d’Arezzo, Philippe de Vitry,
Guillaume de Machaut, John, Dunstable.

105
• Principais Instrumentos:
Flauta Reta, Flauta Transversal, Cornamusa, Viela de Arco, Viela de
Roda ou Symphonia, Alaúde, Harpa, Percussão, Flauta Dupla, Rabeca,
Saltério, Organetto ou Portativo.

• Guido D’Arezzo (992-1050): Principal ícone da Música Medieval


Guido D’Arezzo foi um músico italiano e um
monge beneditino nascido em Arezzo, e se tor-
nou uma das figuras mais importantes da mú-
sica de todos os tempos e um homem à frente
de sua época, pois trouxe diversas inovações
para o mundo da música. De exemplo temos:
o processo de nomeação das notas musicais,
o uso de sílabas diferentes para representar
cada grau e sua aplicação nas práticas de sol-
fejo em diferentes modos.

Música Renascentista (1400-1600)


Refere-se à música europeia escrita durante a Renascença, o pe-
ríodo que abrangeu, aproximadamente, os anos de 1400 a 1600. Os
compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música
profana (música não religiosa), inclusive em escrever peças para instru-
mentos, já não usados somente para acompanhar vozes.

• Principais Músicos:
William Byrd, Josquin des Préz, Palestrina, Giovanni Gabrieli, Cláudio
Monteverdi.

• Principais Instrumentos:
Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um
instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, virginal ou
clavicórdio. A maioria dos compositores ingleses escreveu peças para
o virginal. No Renascimento surgiram os primeiros álbuns de música, só
para instrumentos de teclados.

106
• Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594):
Principal ícone da música Renascentista
Palestrina é considerado o maior represen-
tante da música polifônica da Renascença.
Foi duas vezes mestre de coro da Capela Jú-
lia, em São Pedro do Vaticano. Conta-se que
Palestrina teria salvo a música sacra polifôni-
ca quando os bispos e prelados, reunidos no
Concílio de Tentro, pretenderam expulsá-la
das igrejas, A produção musical de Palestri-
na é considerável: 104 missas, de quatro a
oito vozes, escritas com temas gregorianos
ou populares; 375 motetos, 68 ofertórios, 65
hinos, 35 magnificats, cinco lamentações, 56
madrigais espirituais e nove ricercari, para ór-
gão. No gênero da música profana, deixou
três coletâneas de madrigais publicadas em
1555, 1581 e 1586.

Vamos brincar?
1- Pesquisa:
Pesquise sobre a vida e obra de Guido D’Arezzo.

2- Apreciação Musical:
Ouça com sua turma: Cantochão.

107
Vamos colorir?

Guido D’Arezzo
Palestrina

108
Música Barroca
e Clássica 28
li o
çã
Música Barroca (1600-1740)
A palavra Barroco é provavelmente de origem por-
tuguesa, significando pérola ou Jóia no formato irre-
gular. Trata-se de uma das épocas musicais de maior
extensão, fecunda, revolucionária e importante da
música ocidental, e provavelmente também a mais
influente. As características mais importantes são o uso
do baixo contínuo, do desejo e da harmonia tonal, em
oposição aos modos gregorianos até então vigente.

• Principais Músicos:
Alessandro Scarlatti, Antonio Vivaldi, Arcangelo Co-
relli, Domenico Scarlatti, Henry Purcell, George F. Haen-
del, George Philipp Telemann, Jean-Philippe Rameau,
Johann Sebastian Bach, José Antônio Carlos Seixas.

• Principais Instrumentos:
Alaúde, Guitarra Barroca, Violino, Viola, Viola da
Gamba, Tromba Marina, Cravo, Rabeca.

• Johan Sebastian Bach (1685-1750): Principal


ícone do Barroco
Johann Sebastian Bach
foi um músico, compositor
e organista alemão, con-
siderado um dos mais im-
portantes artistas da histó-
ria da música. Faz parte
da tríade dos maiores mú-
sicos eruditos ao lado de
Beethoven e Mozart..

109
Música Clássica (1740-1800)
Caracterizada pela complexidade da instrumentação e por ser re-
presentada sob a forma de sinfonia, ópera ou outros tipos de desenvol-
vimentos musicais.
São criadas as formas musicais modernas - sonata, sinfonia e concer-
to solo.

• Principais Músicos:
Franz Schubert, Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn, Carl
Maria von Weber.

• Principais Instrumentos:
Cordas, Palheta encapsulada, Percussão, Sopro, Teclados, Eletrô-
nicos, Mecânicos, Piano.

• Johann Chrysostom Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791):


Principal ícone do Clássico
Foi um compositor prolífico e influente
do período clássico, autor de mais de 600
obras (muitas tidas como referências da
música sinfônica, concertante, operática,
coral, pianística e de câmara) e um dos
compositores de música clássica mais po-
pulares de todos os tempos.

Vamos brincar?
1- Pesquisa:
Pesquise sobre a vida e obra de Bach.

2- Apreciação Musical:
Ouça com sua turma: Sinfonia nº 40 de Mozart.

110
Vamos colorir?

Bach
Mozart

111
29
li o
Romântico e
Música Impressionista
çã
Música Romântica (1815-1910)
A época do romantismo musical coincide com o ro-
mantismo na Literatura, Filosofia e Artes Plásticas.

• Principais Músicos:
Franz Schubert, Robert Schumann, Johannes Brahms,
Hugo Wolf, Gustav Mahler.

• Ludwig van Beethoven (1770-1827): Principal


ícone do Romantismo
Foi um compositor alemão,
do período de transição entre
o Classicismo (século XVIII) e o
Romantismo (século XIX). É con-
siderado um dos pilares da mú-
sica ocidental, pelo incontestá-
vel desenvolvimento, tanto da
linguagem como do conteúdo
musical demonstrado nas suas
obras.

Música Impressionista
Foi um movimento na música erudita que se desen-
volveu principalmente na França, a partir da segunda
metade do século XIX, prosseguindo até meados do
século XX.

• Principais Músicos:
Claude Debussy, Maurice Ravel, Heitor Villa-Lobos.

112
• Claude-Achille Debussy (1862-1918):
Principal ícone do Impressionismo
Foi um compositor alemão, do período de
transição entre o Classicismo (século XVIII) e
o Romantismo (século XIX). É considerado um
dos pilares da música ocidental, pelo incon-
testável desenvolvimento, tanto da linguagem
como do conteúdo musical demonstrado nas
suas obras.

Vamos brincar?
1- Pesquisa:
Pesquise sobre a vida e obra de Beethoven.

2- Apreciação Musical:
Ouça com sua turma: Rêverie de Debussy

113
Vamos colorir?

Beethoven
Claude Debussy

114
Século XX 30
li o
çã
O século XX presenciou o desenvolvimento de qua-
tro aspectos importantes na história da música:
1. O sempre crescente espírito nacionalista;
2. O aparecimento de importantes compositores nor-
te-americanos e latino-americanos;
3. A ascensão de estilos internacionais na música,
pela primeira vez desde o período clássico do sé-
culo XVIII;
4. A procura de novos princípios harmônicos que subs-
tituíssem a harmonia tradicional de tônica-domi-
nante.

• Principais Músicos:
Igor Stravinsky, Francisco Mignone, Cézar Guerra
Peixe, Radamés Gnatalli, Oscar Lorenzo Fernandez,
Claude Debussy, Arnold Schoenberg, Maurice Ra-
vel, Béla Bartók, Heitor Villa-Lobos.

• Principais Instrumentos:
Piano, Teclado eletrônico, Guitarra.

• Joseph Maurice Ravel (1875-1937):


Foi um compositor e pianista
francês, conhecido sobretudo
pela sutileza das suas melodias ins-
trumentais e orquestrais, entre elas,
o Bolero, que considerava trivial e
descreveu como “uma peça para
orquestra sem música”.

115
• Heitor Villa-Lobos (1887-1959):
Foi um maestro e compositor brasileiro, conside-
rado um expoente da música erudita no Brasil.
Suas peças são executadas no circuito dos mais
prestigiados teatros europeus e americanos.

Vamos brincar?
1- Pesquisa:
Pesquise sobre a vida e obra de Villa Lobos.

2- Apreciação Musical:
Ouça com sua turma: o Bolero de Ravel.

3- Bingo Musical (Pág. 157-163):


Jogue com sua turma o Bingo Musical e divirta-se conferindo tudo
que aprendeu na Unidade 6.

Como Jogar?
O Bingo Musical tem 10 cartões com 6 respostas ao invés de 6 núme-
ros.
Um participante sorteia um número de 1 a 26. Com esse número ele
verifica a pergunta correspondente. As respostas estão nos cartões.
Quem tiver a resposta pra pergunta da vez marca o cartão. Aquele
que preencher sua cartela primeiro ganha a partida.

116
Os Instrumentos musicais
modernos e supermodernos 31
li o
çã
Nos próximos anos deve-se ver a popularização de
instrumentos cada vez mais incomuns, que aprovei-
tam de tecnologias como telas de toque e se unem
ao computador para ampliar as possibilidades sono-
ras existentes. É claro, isso não significa que os tradicio-
nais violões, guitarras e baterias entrarão em extinção,
mas sim que a produção sonora mundial fique ainda
mais rica.

Modernos:

• Piano Digital:
O piano digital é um instru-
mento musical, destinado a si-
mular os sons de instrumentos
de teclas, principalmente o pia-
no. Trata-se de um instrumento
eletrônico que produz os sons
através de dados guardados
digitalmente numa memória.
Apesar de se tratar de um pia-
no eletrônico, a designação
“piano digital” é mais comum
para distinguir dos primeiros pia-
nos eletrônicos que eram ana-
lógicos, e não digitais.

• Teclado eletrônico:
O teclado é um instrumento musical de teclas
temperado, no qual se executam melodias e notas,
formando uma harmonia. É composto por um con-
junto de teclas adjacentes pretas e brancas, que
quando pressionadas produzem os sons.

117
• Violão Eletroacústico:
É aquele que apesar de ser também acústico possui um sistema
de amplificação elétrica por meio de microfones internos que serão
conectados a uma caixa de som por meio de um cabo. Com um
violão eletroacústico você pode regular o volume de acordo com
sua necessidade para apresentações ou gravações.

• Violino elétrico:
Ao tocar o violino clássico, o corpo sente todas as vibrações do ins-
trumento. Uma coisa impossível com sua versão elétrica. Além disso,
o violino elétrico, permite brincar com o som, transformando-o com
pedais de efeito ou ligando o instrumento a uma interface conecta-
da ao computador.

Supermodernos:

• Eigenharp:
À primeira vista, esta criação dos ingleses da Ei-
genlabs pode parecer uma mistura bizarra entre
teclado, bateria e saxofone. Porém, bastam algu-
mas demonstrações para ver o quanto este instru-
mento é versátil e capaz de emular perfeitamente
os mais diversos tipos de efeitos e sonoridades.

• Misa Digital Guitar:


A Misa Digital Guitar não tem
o objetivo de substituir as guitar-
ras tradicionais, mas sim ampliar
as possibilidades de efeitos que
podem ser utilizadas com o instru-
mento. Afinal, por melhor que se
emule uma guitarra, o som único
do instrumento analógico depen-
de muito do tipo de madeira e
cordas utilizadas.

118
• Reactable:
Como o nome já diz, a Reacta-
ble é uma espécie de mesa sen-
sível a diversos toques simultâne-
os nas quais os usuários colocam
objetos que são interpretados
como diferentes sinais musicais.
Dependendo da figura presente
em cada objeto, como um retân-
gulo ou um círculo, é possível ob-
ter variedades diferentes de som
e acionar efeitos como ecos ou
loops.

• Tenori-On:
O Tenori-On possui uma interface
totalmente nova se comparada aos
instrumentos normalmente utilizados
para a geração de música eletrônica.
Constituído por uma matriz 16x16 feita
por leds emissores de luz, permite que
qualquer um tenha bons resultados
sonoros, mesmo sem nenhum treina-
mento teórico.

• O Violão elétrico:
Não possui amplificação natural, ou seja, trata-se de um violão
“sem boca” que poderá ser utilizado apenas conectado em caixas
de som pelo seu sistema de amplificação elétrica que funcionará
através da conexão com um cabo.

119
32
li o
Principais estilos
musicais no Brasil
çã
• Sertanejo:
Esse estilo, que é muito parecido com o country
norte-americano, tem origem no interior de estados
como Goiás, Minas Gerais e São Paulo, onde fazen-
deiros se reuniam para tocar suas violas e cantar
em duplas, fazendo arranjos de voz característicos
do estilo.

• Música Popular Brasileira (MPB):


Um dos mais belos estilos musicais e que mais ca-
racteriza a música brasileira pelo mundo é também
uma das mais admiradas pela população local. Os
estilos musicais que são classificados como MPB são
aqueles derivados da Bossa Nova, geralmente mar-
cados por canções de cunho social e com o uso de
instrumentos tipicamente brasileiros.

• Samba (ou pagode):


O ritmo acentua-
do e bem marcado
por tambores, pan-
deiros, cavaquinho,
violão e outros instru-
mentos de percussão
e letras empolgantes
que demonstram o
estilo de vida cario-
ca. O samba foi, por
muito tempo, o esti-
lo musical brasileiro
preferido da nação.

• Forró:
Um ritmo tipica-
mente da região nordeste. Teve sua origem nas

120
festas típicas com a junina e outros
eventos dessa região do país, ca-
racterizado por canções elaboradas
com sanfona, zabumba e triângulo.

• Música eletrônica:
A música eletrônica ganhou espa-
ço no Brasil no início da década de
2000. O uso de sons e instrumentos
computadorizados, e mantêm essa
tendência ao preferir esse estilo nas
festas e eventos que frequentam. A
música eletrônica pode ser dividida
em: house, trance, groove ou Tech-
no.

• Rock:
O rock não teve sua origem no Bra-
sil, mas ganhou seu espaço no país desde a década de 80, quando
alguns movimentos locais, especialmente localizados em Brasília e
São Paulo, começaram a divulgar esse estilo de música para todas
as classes sociais do Brasil. As bandas brasileiras de rock são fortes
e bastante tradicionais e perseveram praticamente até os dias de
hoje.

Vamos brincar?
1- Pesquisa:
• Pesquise sobre os principais ícones da música Sertaneja no Brasil.
• Pesquise sobre os principais ícones da MPB.
• Pesquise sobre os principais ícones do Samba no Brasil.
• Pesquise sobre os principais ícones do Forró no Brasil.
• Pesquise sobre os principais ícones da música eletrônica no Brasil.
• Pesquise sobre os principais ícones do Rock Nacional.

Agora faça cartazes com figuras coloridas e texto informativo e promo-


va junto com seu professor(a) uma exposição sobre a música brasileira.

121
Vamos colorir?

122
Suporte
para jogos
educativos

123
Abelha Burro Cabra

Zumbir Zurrar Berrar

Cavalo Cobra

Relinchar Silvar

Coruja Cão Elefante

Piar Latir Bramir

Galinha Galo

Cacarejar Cantar

125
Gato Grilo Leão

Miar Cricrilar Rugir

Lobo Ovelha

Uivar Balir

Papagaio Pato Porco

Palrar Grasnar Grunhir

Sapo Vaca

Coaxar Mugir

127
129
131
133
135
137
139
141
143
145
147
149
151
153
155
Bingo
1. O monge italiano Guido D”Arezo sugeriu o uso de uma pauta de
quantas linhas?
2. Tipo de música mais aniga que conhecemos?
3. As notas musicais eram chamadas de: UT, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ e SI ba-
seadas em um hino ofercido a qual santo?
4. Desenvolveram a arte e cantavam na música medival.
5. Principais músicos da música medieval:
6. Estilos de época na música:
7. Principais músicos da Renascença:
8. Significado de Barroco?
9. Principais músicos do Barroco:
10. Datas do Pré-Romantismo?
11. Principais músicos do Clássico:
12. Principais músicos do Romantismo:
13. Principais músicos do Impressionismo:
14. Principais músicos do Século XX:
15. Primeiros modernistas?
16. O impressionismo se desenvolveu principalmente em qualpaís?
17. O nacionalismo se tornou marcante em qual país?
18. Principais instrumenos da música medieval?
19. Principal instrumento renascentista?
20. Famosa obra de Ravel?
21. Instrumento muito usado no Barroco?
22. Forma musical que teve destaque na época Clássica?
23. Datas de Beethoven?
24. Datas de Mozart?
25. Datas de Bach?
26. Datas de Villa Lobos?

157
Pauta de Pérola ou
Vivaldi Renascença Medieval Bach
4 linhas Jóia

Bartók
Josquin William 1780 John
Stravinsky França
de Préz Byrd 1815 Dunstable
Ives

159
Giovani
Haendel Espanha Cantochão Scarlatti Barroco
Gabrieli

São João
Clássico Mozart Schubert Palestina Debussy
Batista
Romântico Haydn Trovadores Impressionismo Weber Brahms

Claudio 1756 Flauta


Schuman Wolf Ravel
Monteverdi 1791 Reta

161
Phelippe
Século XX Perotin Alaúde Harpa Bolero
de Vitry

Villa 1887
Purcell Mahler Clavicórdio Cravo
Lobos 1959
Viela de
Beethoven Teleman
Roda

Guido 1685
Comamusa
D’Arezzo 1750

Viela de 1770
Corelli
Arco 1827

Guilaume
Sinfonia Leonin
Machaut

163

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