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Olá, caro leitor!


Última edição de 2022 e a oitava edição da nossa revista
digital.

Faltam poucos dias para entrarmos em 2023 que será um


ano fantástico para a nossa revista!

Muitas coisas boas virão: artigos novos e de qualidade,


entrevistas com grandes mestres, muitas publicações nas
redes sociais, vídeos novos no canal do YouTube, novos
artigos no site...

Teremos muitas novidades no próximo ano, aguardem!

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Em 2023, completaremos um ano de revista digital e
contamos com o seu apoio para que a edição comemorativa
seja muito especial.

Nesses oito primeiros meses, trabalhamos bastante,


aprendemos muito, conversamos com muitas pessoas
envolvidas no Kung Fu Wushu, recebemos bons feedbacks,
ganhamos o apoio e o respeito de muitos professores, sifus,
mestres e praticantes da arte marcial chinesa.

Nós estamos muito orgulhosos do trabalho que estamos


fazendo e esperamos que você também esteja gostando do
nosso conteúdo.

O seu feedback nos ajuda a prepararmos conteúdos cada


vez melhores, por isso, gostamos muito quando um leitor
nos envia uma mensagem, seja por e-mail ou pelas redes
sociais.

Então, por favor, converse com a gente, mande a sua


critica, sugestão, elogio, opinião, etc.

Pedirei mais um favor, compartilhe a nossa revista digital


com pessoas que ainda não conhecem o nosso trabalho,
ajude a divulgar o Kung Fu Wushu.

Vamos fazer de 2023 um ano espetacular para a arte


marcial chinesa no Brasil.

A edição de Janeiro da Revista KF já está quase pronta e


iremos lançá-la no começo do ano, realmente, queremos
começar o ano de 2023 com tudo.

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Espero que, assim como nós, você não deixe os seus
objetivos virarem promessas de ano novo, comece agora,
comece hoje, corra atrás das suas metas.

“As oportunidades multiplicam-se à medida que são


agarradas.” – A Arte da Guerra, Sun Tzu.

Agarre qualquer oportunidade que aparecer na sua frente,


seja minúscula ou gigantesca, e lute pelos seus objetivos.

Não espere o momento perfeito para começar algo, pois


este momento não existe.

Enfim, me despeço lhe desejando um feliz Natal, um


próspero ano novo e que 2023 seja repleto de grandes
realizações para todos nós.

Aproveite ao máximo esta edição, boa leitura e até a


próxima!

Erik Souza KF

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próximas edições: CLIQUE AQUI.

Elogios, críticas, sugestões, parcerias, publicidade, entre


outros assuntos, entre em contato pelo e-mail
contato@eriksouzakf.com.

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A Bandeira da China: o vermelho no fundo representa a revolução comunista.
O amarelo representa o solo chinês iluminado pelo sol, sobre a terra vermelha.
As estrelas menores representam o povo chinês: o proletariado, a burguesia
urbana, o camponês e a burguesia rural. Já a estrela maior representa o
Partido Comunista Chinês (PCC). Há detalhes mais profundos sobre a bandeira
chinesa, mas precisaríamos escrever um artigo completo para explicar tudo,
talvez numa próxima edição.

Revista Digital Erik Souza KF


Edição 008 – Dezembro 2022

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Índice
Natal na China?............................................................... 7

Bate Papo com o Mestre Ye Xin..................................... 10

A Importância do Protetor Bucal...................................... 17

Bate Papo com o Sifu Daniel Hirata................................ 22

Armas do Choy Lay Fut (Parte 2).................................... 31

Quer divulgar a sua academia,


as suas aulas ou o seu evento?
Nós vamos lhe ajudar!

E, o melhor de tudo, é de graça!

Para saber mais entre em contato pelo e-mail abaixo


perguntando sobre divulgação e nós entraremos em contato o
mais breve possível.

Não perca esta oportunidade, entre em contato agora mesmo


pelo e-mail: contato@eriksouzakf.com.

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Natal na China?
Será que existe Natal na
China?

Se você não sabe a resposta


para a pergunta acima, então,
leia este artigo e descubra.

Os chineses são
religiosamente ligados ao
confucionismo, ao taoísmo e
ao budismo.

Na China, aproximadamente
1% da população segue a
religião católica.

O Natal é uma comemoração


cristã, logo, poderíamos dizer
que não existe Natal na
China, mas não é bem assim
que as coisas acontecem.

Na teoria, o Natal não é


comemorado pelos chineses,
assim como, o dia 25 de
Dezembro não é feriado no
país asiático.

7
Na prática, por causa da globalização e da interação entre
China e outros povos, o Natal foi inserido nas grandes
cidades, como por exemplo: Shanghai, Beijing e Shenzhen.

O Natal é amplamente festejado no ocidente, o que


impulsiona muito o comércio, por tal motivo, as grandes
cidades da China são enfeitadas e as lojas são
reabastecidas com presentes, comidas e decorações
natalinas.

Os estrangeiros e os chineses católicos acabam


movimentando o comércio nesta época do ano, logo, o
Natal na China é um evento mais voltado à economia do
que uma festividade religiosa.

Já as cidades menores e não turísticas não são impactadas


pelo Natal, ou seja, não há nenhum tipo de vestígio natalino
no comércio e na população destas cidades.

Mesmo não fazendo parte da cultura do país, a China


aproveita a data para fabricar e exportar muitos enfeites,
acessórios e presentes típicos da festa cristã.

Provavelmente, você já deve ter comprado ou visto algum


pisca-pisca, bonecos do Papai Noel ou outros tipos de
enfeites natalinos com a famosa frase: Made in China.

Respondendo a pergunta do inicio desde artigo, sim,


podemos dizer que há Natal na China, porém, não com a
mesma proporção e intenção que ocorre nos países
ocidentais e católicos.

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Então, se você gosta do Natal e for para a China nesta
época do ano, não se esqueça de visitar as grandes cidades
para aproveitar um pouco do espírito natalino.

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Bate Papo com o Mestre Ye Xin
Mestre em Shaolin do Norte, discípulo do grão mestre Chan
Kowk Wai, nasceu na China e veio para o Brasil ainda muito
jovem, seus vídeos descontraídos fazem sucesso no
Instagram, vamos conversar um pouco com o Mestre Ye
Xin.

Mestre, muito obrigado por aceitar o nosso convite, é


uma honra contar com a sua participação na nossa
revista digital. Gostaria de começar lhe perguntando
quando e por que o Kung Fu Wushu entrou na sua
vida?

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“Meu pai é amigo do mestre Chan e eles sempre
tiveram muito contato nas atividades da associação
chinesa. Quando cheguei ao Brasil meu pai logo me
colocou na academia dele porque ele sabia que o
mestre Chan era muito bom de Kung Fu. Foi algo muito
inesperado pra mim porque não fazia ideia de como ia
ser, mas com certeza mudou minha vida pra sempre.”

Foi difícil se adaptar ao Brasil? Como foi esta mudança,


este choque cultural, a língua, a comida, a cultura?

“Nasci numa cidade pequena na China, chamada Wen


Zhou, desde criança não saía muito de casa pra viajar,
por isso quando cheguei ao Brasil tudo era muito
diferente pra mim. Tanto as pessoas, como a língua, os
costumes, mas logo me adaptei, achei o povo brasileiro
muito receptivo e a cultura muito alegre, leve e divertida.
A parte da comida também é muito boa, mas o que mais
me faz falta hoje em dia é a comida chinesa porque na
China existem muitas variedades de comida chinesa e
depende da região tem comida típica, eu sinto muita
falta disso.”

Você veio para o Brasil ainda muito jovem, você


praticava artes marciais na China? Como é o ensinado o
Kung Fu Wushu na China?

“Eu cheguei ao Brasil com 13 anos de idade e não


praticava nada de arte marcial e nem esporte na China.
Eu era muito fraco e ficava doente com frequência,
quando comecei a treinar kung fu tudo isso mudou fiquei
muito mais forte e saudável. E, Kung Fu na China não é
tão comum quanto os brasileiros pensam que é, existem

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muitas academias famosas sim, mas a minha cidade
como era pequena não tinha Kung Fu. Mas com as
histórias que meu pai conta para mim, percebi que
antigamente na China tinha muito Kung Fu sim, mesmo
nas pequenas cidades, porque as pessoas eram
obrigadas a treinar pra se defender, assim como, meus
antepassados que eram donos de terra, mas com as
guerras e a revolução todo mudou.”

É muito diferente a forma que o Kung Fu Wushu é visto


e praticado na China em comparação ao Brasil?

“Em geral, é muito parecido Kung Fu na China e no


Brasil, a diferença é que na China tem escolas de
formação superior, focado no Kung Fu, com
metodologia de treino científica através de pesquisas.
Mas também têm escolas particulares como as
academias que temos aqui no Brasil. Além das escolas
que se localizam nos focos históricos de Kung Fu, como
no Templo Shaolin ou Templo Wu Dang.”

Além do Shaolin do Norte, você também ensina Qi


Gong. Por favor, explique um pouco sobre estas duas
modalidades.

“O Kung Fu Shaolin que ensino é tradicional como os


outros estilos e Louva-a-Deus, Garra de Águia, etc, são
artes marciais chinesas focadas em luta, defesa pessoal
e saúde. Agora Qi Gong é uma modalidade de prática
focado em saúde bem estar e fluxos de energia. Existe
Qi Gong marcial que é pra se defender, se fortalecer
para receber impactos durante a luta e também existe
Qi Gong focado na saúde.”

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Você também ensina outras modalidades na sua
escola? Por favor, explique um pouco sobre essas
modalidades.

“Na minha academia ensino também Tai Chi e Boxe


Chinês (Sanda). Tai Chi é parecido com Qi Gong, tem
origem marcial mas hoje em dia é mais focado na
saúde. Enquanto Boxe Chines é uma modalidade
recente de combate de ringue focado na disputa
esportiva.”

Caligrafia chinesa, cerimônia do chá, história do Kung


Fu Wushu, qual é a importância da cultura chinesa para
os praticantes de Kung Fu Wushu?

“Acredito que, além da arte marcial o lutador deve


estudar cultura por trás da arte. Isso o torna um lutador
completo e ajuda no desenvolvimento cultural e mental
do praticante. Enriquece uma arte e introduz novas
possibilidades, forma de pensar e amplia a visão do
atleta.“

Além da arte marcial, há algum elemento da cultura


chinesa que todo praticante de Kung Fu Wushu deveria
aprender?

“Além da arte marcial, acredito que é importante estudar


a filosofia chinesa, pois a arte marcial trabalhar o corpo
e a energia, enquanto a filosofia alimentar a mente e o
espírito.”

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Mestre, você era discípulo do grão mestre Chan Kowk
Wai, que era muito respeitado e reconhecido aqui no
Brasil. Como era conviver e treinar com o grão mestre?

“Conviver com o mestre Chan é muito interessante, era


uma pessoa muito carinhosa, com muito amor, porém
não muito verbal. Ele demonstrava toda a sua
dedicação, amor pela arte e pelas pessoas através de
atitudes e exemplo. É uma convivência rica e de muito
ensinamento para os que tem olhos para ver e coração
pra sentir.”

Hoje, você treina com outro mestre?

“Posso dizer que hoje em dia ainda aprendo com o


mestre Chan através do exemplo que ele deu pra mim e
pra todos.”

Mestre, você posta muitos vídeos divertidos no


Instagram, como surgiu a ideia de mostrar a sua escola,
mostrar o Kung Fu Wushu de uma forma mais
descontraída?

“Gosto muito de Kung Fu e treino rigorosamente com


frequência. Mas essa forma divertida e descontraída é a
minha característica, faz parte de mim. Acredito que a
parte técnica do Kung Fu não é importante pra quem
não conhece, mas mostrando de uma forma divertida
ajuda a pessoa se interessar pela arte e atrair mais
pessoas. Assim como o Jackie Chan através da sua
forma única de humor ajudou as pessoas a quererem
treinar Kung Fu, me inspiro muito nele.”

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Aparentemente, os seus seguidores gostam muito dos
seus vídeos e nós, certamente, gostamos bastante.
Como os seus seguidores reagem às suas postagens?
Isso ajuda a trazer mais alunos?

“Meus seguidores se divertem muito com o nosso


conteúdo, e fazendo esses conteúdos ajuda muito na
divulgação do Kung fu no Brasil, surpreendentemente
não trouxe muitos alunos pra minha academia, mas se
está divulgando Kung Fu já estou satisfeito e muito.”

Como você enxerga o futuro do Kung Fu Wushu no


Brasil e na China?

“O Kung Fu como arte marcial e estilo de vida vai ser


muito importante daqui em diante, com a melhoria da
qualidade de vida as pessoas tendem buscar esporte,
artes e culturas pra complementar a vida e ter uma
qualidade de vida melhor. Por isso, acredito que daqui
em diante muitas pessoas vão procurar Kung Fu e
outras artes marciais, porque eles vão sentir
necessidade disso e os que estiverem preparados vão
se beneficiar com essa tendência no futuro.”

Para finalizar, aos leitores que quiserem conhecer mais


o seu trabalho, aonde fica a sua escola?

“A escola fica na Rua Muniz de Sousa 635, Aclimação,


São Paulo, SP.” - CLIQUE AQUI e acesse a página da
escola no Instagram.

Mestre Ye Xin, muito obrigado pela sua participação, foi


uma honra ter esse bate papo com você! Por favor, qual

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mensagem você gostaria de deixar para os nossos
leitores?

“A mensagem que eu quero deixar é: a vida é melhor


com esporte em movimento e cultura. Exercite-se,
busque novas culturas, conhecimentos, amplie sua
mente e assim vocês vão viver melhor.”

Está procurando um livro


sobre Kung Fu Wushu?

Clique abaixo e confira!

O guia definitivo para Shaolin Kung Fu

O Sanda da China

Wing Chun – Muk Yan Jong

Relatos Históricos sobre a Origem e a


Evolução do Choy Lay Fut

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A Importância do
Protetor Bucal
Quem luta sabe que é
importante usar equipamentos
de proteção para evitar lesões
ou lesionar o parceiro de
treino.

O protetor bucal é um dos


equipamentos mais
importantes de um lutador.

Este pequeno equipamento é


tão importante que os maiores
eventos de combate do
mundo obrigam o seu uso
durante as lutas.

No Kung Fu Wushu também


há estilos que trabalham o
combate corpo a corpo nos
treinamentos, logo, é
fundamental que você use o
protetor bucal neste tipo de
treino.

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Os praticantes de Sanda já estão acostumados com este
equipamento, mas quem utiliza pela primeira vez pode
sentir certo desconforto e pode demorar alguns treinos para
se habituar.

Mas, por que é tão importante o uso do protetor bucal nos


treinos e competições de luta?

De forma simples e objetiva, podemos dizer que este


equipamento protege os dentes, as gengivas, a língua e, até
mesmo, alguns ossos da face.

O protetor bucal diminui o risco de lesões e traumas na


região da boca, evitando assim, cortes na parte interna dos
lábios e na língua, fraturas e perdas de dentes, impacto
excessivo nas articulações (ATM), fraturas nos ossos da
mandíbula e maxila.

Estes tipos de lesões e traumas podem fazer com que o


lutador não consiga terminar a luta ou o treino e,
dependendo da gravidade, pode acontecer dele precisar se
afastar das artes marciais por algumas semanas ou meses.

Segundo a Dra. Beatriz Velloso, cirurgiã bucomaxilofacial:

“O uso de protetores bucais bem adaptados à mordida


do lutador é excelente e imprescindível auxílio à
prevenção de:

- Fraturas, luxação e avulsões dentárias e de trabalhos


restauradores e protéticos;

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- Ferimentos nas mucosas orais, lábios e língua por
mordedura acidental, além da impacção de fragmentos
dentários fraturados nas mucosas;

- Compressão excessiva dos tecidos articulares durante


o esforço e tensão da luta ou de treinos, já que o
protetor mantém um espaço interoclusal que protege os
discos articulares;

- Eventualmente, fratura dos ossos da face,


especialmente maxila e mandíbula, pois com o uso do
protetor bucal o lutador tende a manter a boca em
oclusão mantendo os ossos em posição estável e a
musculatura mastigatória contraída durante o impacto
reduzindo o risco de fraturas por deslocamento da
mandíbula contra o esqueleto fixo da face.

Após uma lesão ou trauma, o lutador deverá ser


avaliado e a conduta pode variar muito de acordo com a
natureza e gravidade do caso.

O lutador poderá ser submetido, desde um tratamento


dentário ou uma sutura nos casos mais simples, até a
uma cirurgia ou tratamento para uma lesão crônica,
como disfunção articular, por exemplo.”

Com a explicação da especialista em traumas de face,


podemos concluir que após ler este artigo você não terá
mais dúvidas sobre a importância do uso do protetor bucal.

Mas, antes de você comprar um equipamento qualquer para


proteger os seus dentes, saiba que há mais de um tipo de

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protetor bucal e vamos falar um pouco sobre eles nas
próximas linhas.

Há três tipos de protetores bucais: o pré-fabricado, o


termoplástico e o personalizado.

O modelo pré-fabricado é o mais simples dos três, possui


vários tamanhos e não se encaixa perfeitamente na arcada
dentária.

Por ser um protetor genérico, o risco de ele escapar e cair


da boca durante os exercícios é grande, logo, o lutador
precisaria ficar o tempo todo com os dentes serrados,
dificultando assim a comunicação, a respiração e levando a
exaustão os músculos responsáveis por manter a boca
fechada.

Já o protetor bucal termoplástico, também é um modelo pré-


fabricado, porém, pode ser moldado para melhor adaptação
aos dentes, evitando as complicações do modelo anterior.

Por outro lado, o processo de moldar é feito pelo próprio


usuário, logo, este tipo de protetor bucal pode ficar bom,
médio ou ruim de acordo com a habilidade e a experiência
da pessoa que o manipular.

Normalmente, as instruções para moldar este protetor bucal


se encontram na própria embalagem do produto.

E, para quem busca um trabalho mais profissional e com o


máximo de proteção e conforto o ideal é adquirir um protetor
bucal personalizado.

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Este protetor é fabricado por um dentista e é feito sob
medida, ou seja, o equipamento de proteção se encaixará
perfeitamente nos seus dentes e na sua arcada dentária.

Assim, as irregularidades do modelo termoplástico não


serão encontradas no protetor bucal personalizado, o que
faz dele o modelo mais eficaz e seguro em relação aos
anteriores. Como desvantagem, há o valor mais elevado
para sua confecção.

Além do encaixe perfeito, o usuário poderá escolher a cor,


escolher o que será escrito ou desenhado, deixando o
protetor bucal totalmente exclusivo.

Se você ficou interessado em adquirir um protetor bucal


personalizado, procure um cirurgião dentista que trabalhe
com este tipo de equipamento.

Se você é lutador ou pratica algum esporte em que há


contato físico e impacto, utilize o protetor bucal, proteja os
seus dentes e evite lesões e traumas.

Quer aprender mais sobre a luta desportiva do Kung Fu


Wushu? Clique nos links abaixo e veja os conteúdos
exclusivos sobre Sanda!

Projeções de Queda - Módulo 1


Projeções de Queda - Módulo 2
O Sanda da China (E-book)

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Bate Papo com o
Sifu Daniel Hirata
Um dos melhores atletas da Seleção Brasileira de Kung Fu
Wushu Tradicional, pratica artes marciais chinesas há
quase 30 anos, especialista no estilo Choy Lay Fut e
fundador da Academia Wushu na cidade de Campinas-SP,
Sifu Daniel Hirata é o nosso convidado para um bate papo.

Sifu, muito obrigado por aceitar o nosso convite, é uma


honra contar com a sua participação na nossa revista
digital. Gostaria de começar lhe perguntando o que é

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ser Sifu? De onde vem este termo tão utilizado nas
escolas de Kung Fu Wushu?

“É um prazer participar dessa revista digital, é uma


honra poder falar um pouquinho sobre o Kung Fu e
tentar expandir um pouquinho mais a nossa querida arte
marcial. Com relação ao termo sifu, é um termo em
cantonês para mestre. Falando em hierarquia marcial,
sifu significa pai ou mestre, seria um pai marcial. Para
você receber esse título de sifu na nossa organização, a
ITKFA, você precisa de 20 anos dando aula de Kung
Fu, então, é o título muito difícil de ser conseguido e que
vem realmente de muito trabalho árduo. Na nossa
organização não basta você, por exemplo, aprender
formas, aprender katis, você precisa realmente dar
aulas, então, o aluno pode se tornar faixa preta décimo
grau, terminar o estilo e mesmo assim não será sifu, é o
processo de dar aulas que faz você ter esse
merecimento.”

São quase 30 anos de dedicados à arte marcial chinesa.


Quando, como e por que você começou a treinar Kung
Fu Wushu?

“Na verdade, eu completei 30 anos agora no mês de


Abril. Comecei em Abril de 1992 a treinar com um
convite de um amigo. Um mês antes de me chamar, ele
começou a treinar Kung Fu, falou que era legal e eu,
como era muito amigo dele, fui na onda e realmente
acabei gostando. Pedi dinheiro para o meu pai, nem fiz
aula experimental, fiz a matrícula, já peguei o uniforme e
comecei a treinar. Aí, depois de um ano esse meu

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amigo parou de treinar, eu não parei e continuei até
hoje.”

Durante toda a sua trajetória, houve algum momento em


que você pensou em desistir do Kung Fu Wushu?

“Sempre temos alguns percalços durante o caminho que


fazem a gente repensar se vale à pena, se eu vou
continuar. Um dos períodos foi quando eu comecei a
morar em São Paulo, comecei a fazer um curso técnico
nada a ver com o Kung Fu, técnico de mecânica. E,
nesse período, a academia do meu mestre de São
Paulo era muito longe de onde eu morava. Eu tinha que
pegar dois ônibus e eu demorava duas horas e meia
para chegar na academia. Eu saia às quatro e meia
correndo do colégio para ir para a academia treinar,
chegava às sete horas lá, treinava das sete às oito da
noite e voltava mais duas horas e pouco de viagem.
Então, foi um período bem sacrificante para um garoto
de dezessete, dezoito anos. Eu fiquei repensando,
muita gente ficava na escola após o período para jogar
futebol, jogar vôlei e eu fiquei realmente bem balançado
nesse período aí. Foi um período de quatro anos assim,
mas consegui resistir bravamente. Outro período
complicado foi o período em que eu morei em Campinas
mesmo, mas minha academia mudou de lugar. Era em
um bairro nobre de Campinas, o Cambuí, e depois foi
para outro bairro nobre, mas longe de casa, o Taquaral.
Eu também tinha que pegar um ônibus e ele parava
muito longe, eu tinha que andar mais meia hora para
poder chegar. Era uma época em que eu trabalhava e
estudava, eu só treinava aos sábados. Foi um período
bem difícil da minha vida também e quase que eu paro

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de treinar. Mas, graças a Deus, graças a tudo, ao
universo, não desisti, continuei treinando e, novamente,
aqui estou.”

Sifu, como surgiu a ideia de dar aulas de Kung Fu


Wushu? Como foi tomar a decisão de dar aulas?

“Sobre dar aulas, foi um processo natural. Comecei a


treinar, comecei a gostar, comecei a participar de
competições e fui me graduando. E, quando você vai se
graduando, vai se destacando, você é chamado para
começar a dar aula, fazer cursos e foi aí que eu
comecei. Comecei a ajudar nas aulas, aí você começa
cada vez mais a se interessar, se empenhar no assunto.
Mas mesmo assim, realmente não foi fácil porque, como
eu falei, eu fazia um curso de técnico de mecânica, meu
pai querendo que eu seguisse os passos do meu irmão
e virasse engenheiro mecânico. E, o Kung Fu, minha
paixão, começou a tomar conta de mim e eu comecei
realmente a me afastar cada vez mais da mecânica
para me dedicar ao Kung Fu. Esse processo finalizou
quando eu decidi fazer faculdade de educação física. A
partir do momento que eu passei na Unicamp, o meu
pai realmente viu que era aquilo que eu queria, aí
resolveu começar a me apoiar. A partir daí ficou mais
fácil, com o apoio da família tudo ficou mais fácil.”

Depois de um tempo dando aulas em uma academia que


não era sua, você abriu a sua própria escola. Como é ter
a sua própria academia? É a maior conquista da carreira
de um professor de Kung Fu Wushu?

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“Abrir realmente a sua própria escola é um sonho. Por
mais que a gente goste de dar aulas, nós queremos ter
os nossos próprios alunos. Cada professor tem a sua
própria metodologia, sua própria didática, algumas
coisas que você gostaria de fazer diferente quando você
trabalha, digamos assim, empregado. Então, realmente
é um sonho, mas não é fácil. Assim como é um sonho, é
legal ter seus próprios alunos, tem a parte complicada,
você é o faxineiro, você é o recepcionista, você é a
parte financeira, você é o professor, você é tudo. Então,
no começo é bem difícil e, na verdade, depois a gente
fala que acha que fica mais fácil, aí você precisa
gerenciar também os outros instrutores, que é outro
processo complicado. Mas quando a gente faz o que
gosta e faz com amor, tudo vai dando certo.”

Hoje, você compete em formas, é um dos principais


atletas do Brasil na modalidade, mas o senhor também
já competiu muito no Sanda. Como foi esse período de
competições em luta e o que lhe fez mudar de
modalidade nas competições?

“Bom, quando eu comecei nas competições, eu gostava


muito da parte de combate, Já lutei combate de Kuoshu,
combate de Sanda também. Comecei com o Kuoshu,
pra quem não conhece o Kuoshu é aquela que utiliza as
luvas abertas, a gente fala que é até um pouquinho
mais violento que o Sanda porque tem joelhadas e
cotoveladas. Depois eu parti para o Sanda e lutei até o
ano de 2005. Era uma época que eu era mais novo,
tinha mais tempo para me dedicar. No Sanda, na luta na
verdade, a dedicação é muito maior do que nas formas.
Nas formas se você se dedicar pouco, simplesmente

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você não ganha, na luta se você se dedica pouco você
pode inclusive se machucar bastante. Então, eu sabia
dessa necessidade e a partir do momento que eu
comecei a organizar minha vida para abrir minha escola,
eu optei por parar de fazer as lutas. É isso, só depois de
2 anos com a minha escola aberta que eu voltei nas
competições de formas.”

É muita responsabilidade ser Sifu e atleta de alto


rendimento ao mesmo tempo? É difícil ter que
administrar o seu rendimento em competições com a
expectativa dos seus alunos?

“Não, realmente não é fácil lidar com tudo, você tem ser
o sifu, aí todo mundo acha que o sifu nasceu pronto,
“ah, o senhor faz bem porque o senhor é sifu”, e não é
bem assim. É um esforço, você precisa ter uma rotina
para realmente conseguir continuar em alto nível. É
claro que com o passar do tempo a experiência ajuda
bastante, por exemplo, você continuar fazendo as
mesmas formas nos campeonatos fica mais fácil, você
precisa treinar menos do que se você estivesse
começando competir com aquela forma. Fica realmente
um pouco mais fácil nesse ponto, a experiência ajuda
muito. Mas realmente é difícil, tem que conciliar a vida
de dono de academia, de professor, de pai de três
filhos, na verdade eu acho que esse é o maior desafio.
A partir do momento que eu tive os meus filhos
realmente começou a ficar mais difícil, o tempo ficou
cada vez mais escasso, porém, nunca deixei de cumprir
os meus objetivos com os treinos, com as competições.
Isso me fez ficar cada vez mais centrado e regrado com

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o meu tempo. O meu tempo que está cada vez mais
escasso, aprendi a administrá-lo cada vez melhor.”

Sifu, o senhor pratica há muitos anos o estilo Choy Lay


Fut, mas o senhor também pratica o Tai Chi Chuan.
Quando e por que você começou a praticar uma nova
modalidade de Kung Fu Wushu?

“Já faz uns seis, sete anos que eu comecei a praticar o


Tai Chi também. O Kung Fu é dividido em parte externa
e interna, o Choy Lay Fut é um estilo externo e o Tai Chi
um estilo interno. E, é claro que todo estilo externo tem
uma parte menor de estilo interno e todo estilo interno
tem uma prática de externo também, porém, uma busca
que a gente possui na arte marcial é o equilíbrio. Se
você treinar muito a parte externa você acaba no futuro
se desgastando muito, perdendo muita energia e o Tai
Chi, com essa prática interna, ajuda a revigorar. Então,
eu comecei a cada vez mais equilibrar esse tipo de
trabalho, tanto trabalho externo quanto interno. Com os
estudos, com as práticas, a gente vai vendo a
importância desse ponto de trabalhar a parte interna,
que é o Tai Chi Chuan. Então, quanto mais velho você
vai ficando, mais você vai sentindo essa necessidade de
praticar o Tai Chi. Infelizmente, hoje as pessoas
pensam que o Tai Chi é só para pessoas mais velhas,
na verdade as pessoas mais velhas, geralmente, são as
que mais precisam porque já estão com a energia um
pouco debilitada e o Tai Chi ajuda a revigorar. Essa é a
ideia principal, no meu caso é o equilíbrio.”

Você acredita que todos os praticantes de Kung Fu


Wushu deveriam treinar estilos internos e externos?

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“Exatamente como eu falei, é importante essa prática
dos dois estilos, internos e externos. Obviamente, tem
períodos que você deve treinar mais internos e períodos
que você deve treinar mais estilos externos, mas o ideal
é que realmente você pratique os dois. Se você procurar
na medicina oriental, na forma de trabalho com relação
às estações do ano, que é um dos fortes da nossa
escola, também temos esse trabalho, não simplesmente
fazer o treino sempre o ano inteiro da mesma forma, é
saber direcionar de uma forma correta os treinamentos.
Saber que período você deve treinar mais a parte
externa e que períodos você deve treinar mais a parte
interna. Na nossa organização tem esse diferencial, a
gente procura trabalhar dentro desses critérios
também.”

Quais são os próximos passos do Sifu Daniel Hirata? O


que podemos esperar para o futuro? Novas academias,
novos projetos, mais competições...

“Meus próximos passos seriam expandir cada vez mais


o Kung Fu para as pessoas. Tudo vai depender do
desenvolvimento dos nossos instrutores, dos nossos
alunos, da busca deles. A minha ideia é ajudar eles a
crescerem, por exemplo, meus instrutores, um quer
abrir academia, uma escola, a gente vai lá ajudar a
projetar, a seguir esse objetivo. “Eu quero trabalhar
numa escola dando aula de Kung Fu”, a minha ideia é,
com a minha experiência, passar esse conhecimento
para os instrutores também. E, competições, enquanto
tiver saúde, a gente vai competindo, não garanto todo
ano porque muitas vezes tem algum outro projeto para

29
fazer e a gente não consegue competir. Mas sempre
que possível continuarei competindo porque eu acho
importante não perder essa chama de treinar sempre
forte. Quando a gente vira mestre, vira sifu, a gente não
precisa mais fazer exame para mudar de faixa e muitas
vezes isso acaba acomodando algumas pessoas. Não é
o meu caso. Eu quero continuar treinando forte sempre
que possível e sempre competindo.”

Sifu, muito obrigado por este bate papo, foi uma honra
contar com a sua participação na nossa revista digital.
Por favor, deixe uma mensagem final para os nossos
leitores.

“Foi um prazer estar participando dessa entrevista, a


ideia realmente é tentar inspirar as pessoas a praticar
atividade física e exercício físico, principalmente se
tratando de arte marcial. A ideia principal agora é que as
pessoas que só praticam fitness pensem um pouquinho
mais e procurem algo, digamos assim, um pouco mais
completo, que é o caso da arte marcial, o Kung Fu. A
gente fala que o Kung Fu é corpo, mente e espírito, é
isso que a gente deve buscar realmente para a nossa
vida e não simplesmente só termos corpos bonitos. É
importante a gente procurar ser uma pessoa completa.
Essa é a mensagem, procure realmente uma arte
marcial de qualidade, com professores bem formados
para te dar uma boa orientação. Grande abraço.”

Conheça o e-book mais vendido no Brasil sobre o estilo


Choy Lay Fut de Kung Fu Wushu! Clique aqui e confira.

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Armas do Choy Lay Fut (Parte 2)
O Choy Lay Fut é um estilo de Kung Fu Wushu que trabalha
com várias armas tradicionais chinesas e falamos sobre
algumas delas na sétima edição da Revista KF.

CLIQUE AQUI e baixe as edições anteriores.

Neste artigo, vamos falar um pouco sobre o bastão de três


seções e o leque, mas saiba que a intenção aqui não é
ensinar técnicas e, sim, trazer informações e curiosidades
sobre estas armas.

Caso você pratique o estilo Choy Lay Fut, o conteúdo das


próximas páginas poderá lhe ser útil para entender o
funcionamento de alguns movimentos.

31
Mas se você não conhece este estilo de Kung Fu Wushu ou
ainda não aprendeu a manusear estas armas, talvez este
artigo não faça muito sentido para você no quesito técnico.

Enfim, espero que você consiga fazer bom proveito da


leitura.

- Sahm Jeet Gum, Bastão de Três Seções:

O sahm jeet gum (você também poderá encontrar outras


formas de escrever o nome desta arma que variam de
acordo com a tradução) nada mais é do que um bastão
dividido em três partes ligadas por correntes.

Há quem diga que um monge em uma batalha acabou


quebrando seu bastão ao atacar seu oponente.

O pedaço quebrado não se separou do resto do bastão e


serviu como ataque surpresa ajudando o monge a vencer a
batalha.

O monge comprovou a força da nova arma e, ao colocar


correntes entre as partes do bastão, desenvolveu o sahm
jeet gum.

Não sei se essa história é verdadeira ou mais um conto


chinês, mas é uma das hipóteses para a criação do sahm
jeet gum.

Podemos usar o sahm jeet gum a curta, média e longa


distância.

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A variedade de golpes com esta arma é grande, podendo
ser usada para atacar, defender e, até mesmo, agarrar.

Podemos utilizar a corrente entre duas seções para agarrar


outras armas ou até mesmo as pernas e braços do
adversário e, desta forma, desarmá-lo ou atacá-lo.

Os bloqueios podem ser feitos com qualquer parte desta


arma e, geralmente, são mais fortes quando feitos com a
seção do meio, pois utilizamos as duas mãos para executar
o movimento.

Os bloqueios feitos com as pontas podem ser circulares,


quando uma das seções esta solta e a giramos, ou mais
curtos, quando seguramos a seção que está sendo utilizada
para bloquear.

Podemos bloquear com muita eficiência os ataques de


diversas alturas e lados, além de contragolpear logo após
um bloqueio.

Ataques de longo alcance são, na maioria das vezes, feitos


com movimentos circulares e amplos.

Estes ataques, quando feitos no tornozelo do adversário,


servem como rasteira podendo derrubá-lo ou desequilibrá-
lo.

Os ataques longos são difíceis de bloquear, pois as seções


se dobram e acabam atingindo o oponente.

Já os ataques curtos com as seções das pontas, ou seja,


quando estamos segurando tais seções, são mais rápidos e

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precisos, mas não possuem a mesma potência dos ataques
longos.

Estocadas e golpes laterais, que podem ser feitos de lados


variados, são as formas de atacar quando estamos
segurando as pontas.

A combinação de ataques e defesas é rápida, dinâmica e


muito eficiente.

Podemos defender com uma ponta enquanto atacamos com


a outra a curta e média distância.

Há, também, a possibilidade de bloquear a curta distância e


contragolpear a longa distância.

O sahm jeet gum exige muito domínio técnico do artista


marcial e, por isso, é uma arma de nível bem avançado
dentro do estilo Choy Lay Fut.

Somente o treino frequente lhe fará ganhar confiança com


esta arma que pode ser traiçoeira com aqueles que a
manuseiam com medo.

O sahm jeet gum, assim como qualquer outra arma, é sua


aliada e você não precisa ter medo ou receio.

Imagine-a como se fosse parte do seu corpo, uma extensão


dos seus braços.

Treine muito, domine o seu corpo e a sua mente e,


rapidamente, você dominará o sahm jeet gum.

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- Leque:

Um inofensivo leque pode se transformar em uma arma letal


nas mãos de um experiente lutador de Kung Fu Wushu.

Pequeno e discreto, quando fechado, o leque era facilmente


escondido, possibilitando que os lutadores entrassem
armados em qualquer lugar.

As mulheres eram as principais usuárias desta arma, pois


usavam o leque como acessório.

Mas como o leque poderia ser uma arma tão letal?

Simples, suas hastes eram de metal e as pontas das hastes


eram afiadas como uma ponta de lança.

Delicado por ser de tecido, mas fatal com lâminas


escondidas.

Quando está fechado podemos atacar com ambas as


pontas do leque, mas apenas uma das pontas possuía a
função de furar o alvo.

Podemos também atacar com a parte lateral do leque


usando-o como um pequeno cassetete.

Já com o leque aberto, temos praticamente um facão na


mão.

Suas hastes afiadas possibilitam cortar o alvo, assim como


fazemos com o facão.

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Os ataques variam entre cortes na diagonal, cortes na
horizontal e, até mesmo, estocadas com o leque aberto.

O fator distração também é uma das características desta


arma, pois você pode esconder um ataque ao encobrir a
visão do adversário com o leque aberto.

Abrir o leque no meio da batalha pode, igualmente, distrair o


adversário, possibilitando uma brecha para o ataque.

Os alvos do leque são os pontos mais vulneráveis do corpo


humano.

Rosto, pescoço, têmpora, costelas e tronco são os


principais focos de ataque, cortando, estocando ou batendo
com a lateral da arma.

Os ataques com o leque fechado são idênticos aos golpes


de mãos livres do Choy Lay Fut.

Podemos comparar as estocadas de leque com os punhos


da pantera, os ataques com a lateral da arma com o Pak
Choi, o Gwa Choi e o Biu Jong.

O leque não é a arma mais resistente para um combate,


logo os seus bloqueios são mais suaves, com a intenção de
desviar o ataque.

A outra mão também é utilizada para bloquear ou atacar,


sempre em conjunto com o leque.

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Há, também, bloqueios com o leque e a mão livre em
conjunto, cruzando-as na frente do rosto, movimento
conhecido como Fun Sau.

Habilidade, agilidade e precisão são as palavras que


definem o uso do leque como arma do Kung Fu Wushu.

Esta arma nos faz pensar que nem tudo se resolve com
força bruta.

O equilíbrio entre força e técnica é muito importante para


qualquer artista marcial.

Se você não sabe a hora certa de utilizar a força ou a


técnica ou ambas, você precisará praticar mais o seu Kung
Fu Wushu.

Encontre a sua arma aqui!


Clique e confira.
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