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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
TERESINA
2022
GUILHERME RODRIGO DE SOUSA SANTIAGO
TERESINA
2022
FICHA CATALOGRÁFICA
Universidade Federal do Piauí
Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castello Branco
Divisão de Representação da Informação
CDD 621.3
Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA
Ao Prof. Dr. Bartolomeu Ferreira dos Santos Júnior pela disponibilidade do tempo
para me orientar no meu estudo.
Ao Prof. Aryfrance Rocha Almeida, pelas oportunidades dadas para conclusão do
trabalho
Agradeço encarecidamente a Amanda Thayla que aceitou a participar da banca.
Em especial minha mãe, que permitiu que eu estudasse enquanto ela trabalha para
me manter na universidade e a nossa casa. A minha família: meu irmão Rafael, minha avó Maria
José e meus tios e primos. Obrigado por todo amor e compreensão. E aos meus amigos que
sempre me deram força sem me julgar e ou me criticar pelas decisões tomadas. Ao meu melhor
amigo Allyson que está sempre ao meu lado nos momentos bons e ruins.
Obrigado a todos e todas.
“Que o amor seja eterno enquanto dure.”
(Vinicius de Moraes)
RESUMO
Com o crescimento de cargas não lineares conectadas a rede elétrica aumentou a preocupação dos
impactos no sistema elétrico, principalmente na relação da qualidade de energia elétrica entregue
ao consumidor. A Geração Distribuída surge nesse contexto como uma forma de amenizar
esses impactos, porém a mesma altera toda a configuração de funcionamento da rede. Este
trabalho viabilizou o estudo sobre o afundamento de tensão em uma rede de distribuição análoga
da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Utilizando o software Atp/AtpDraw foi possível
modelar a rede de média tensão, como: linha, transformador e carga, bem como a modelagem da
geração distribuída. Em seguida foi simulado falta monofásica na fase A, por meio de um curto-
circuito nas barras do sistema onde pode-se analisar o impacto do afundamento de tensão em
um barramento de referência, de acordo com a distância do ponto de falta, que ia sendo alterado
durante a rede. O mesmo procedimento foi realizando na presença de uma GD em dois casos
que foi conectada na barra de estudo, uma com a potência injetada no limiar da microgeração,
75 kW, e o outro caso classificado como minigeração distribuída, com uma potência de geração
de 1 MW. Em seguida foi analisada a amplitude do afundamento de tensão para as três situações,
obtendo uma área de vulnerabilidade e analisando a contribuição da geração distribuída no
valor remanescente da tensão. Notou-se que a severidade do afundamento de tensão na fase A
aumentou de acordo que o ponto de falta se aproximava da barra de referência, porém a Fase B
teve uma elevação de tensão enquanto a fase C se manteve estável durante o processo.
With the growth of nonlinear loads connected to the electricity grid, the concern of the impacts
on the electrical system increased, especially related to the quality of electricity delivered to
the consumed. Distributed generation is a way to mitigate these impacts, but changes the
entire configuration of operation of the network. This work provided a study on the sinking of
voltage in an analog distribution network of the Universidade Federal do Piauí - UFPI. Using
the Atp/AtpDraw software it was possible to model the medium voltage network, such as: line,
transformer and load, as well as the modeling of distributed generation. A single-phase fault
was simulated in phase A, by means of a short circuit, in the system bars where the impact
of the voltage sinking can be analyzed, according to the distance from the point of absence
that was changing during the network. The same procedure was carried out in the presence
of a GD in two cases that was connected in the study bar, one with the power injected at the
microgeneration threshold, 75 kW, and the other case classified as distributed minigeneration,
with a generation power of 1MW. The amplitude of the stress sinking for the three situations
was analyzed, obtaining an area of vulnerability and analyzing the contribution of distributed
generation in the remaining value of the tension. It was noticed that the severity of the voltage
sinking in phase A increased according to the point of absence approaching the reference bar,
but Phase B had a voltage increase while phase C remained stable during the process.
CA Corrente Alternada
CC corrente Contínua
GD Geração Distribuída
Ω Ohm
nº número
≤ menor ou igual
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.1 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.2.1 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3 Organização do estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2 QUALIDADE DE ENERGIA ELÉTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2 Categoria de distúbios elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.3 Varaições de Tensão de Curta Duração - VTDC . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3.1 Afundamento de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3 GERAÇÃO DISTRIBUIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.1 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.2 Tipo tecnologias da GD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.3 Tipos de tecnologias de geração distribuida . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3.1 Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3.2 Termelétrica a biomassa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.3.3 Energia eólica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.3.4 Energia solar fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.4 Impactos na inserção da geração distribuida . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.1 Atp/AtpDraw . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.2 Características da rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.3 Modelagem do sistema de distribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.3.1 Fonte de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.3.2 Linha de distribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.3.3 Transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.3.4 Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.3.5 Modelagem da geração distribuída . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.4 Simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.1 Caso 1 - Sem presença de GD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.2 Caso 2 - Na presença da GD de 75kW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5.3 Caso 3 - Na presença da GD de 1MW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
5.4 Comparação da propagação do afundamento de tensão . . . . . . . . . . 51
6 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . 55
6.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
6.2 Trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
APÊNDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
APÊNDICE A – REDE DE DISTRIBUIÇÃO DA UFPI . . . . . . . . . . 61
APÊNDICE B – DADOS DOS TRANSFORMADORES . . . . . . . . . 64
APÊNDICE C – Dados da linha de distribuição . . . . . . . . . . . . . . 65
APÊNDICE D – Graficos do afundamento sem GD . . . . . . . . . . . . 66
APÊNDICE E – Graficos do afundamento com GD 75 kW . . . . . . . . 72
APÊNDICE F – Graficos do afundamento com GD 1MW . . . . . . . . . 78
ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
17
1 INTRODUÇÃO
A matriz elétrica, que são fontes utilizadas para gerar energia elétrica, é formada por
83% de fontes renováveis, ou seja, mais renovável do que energética. Esse fato se deve pelas
usinas hidrelétricas serem responsável pela grande parte de geração da energia elétrica no país.
A Figura 2 mostra a valores participativos das fontes na matriz elétrica nacional.
Em 16 de dezembro de 2020, o Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou
o Plano Nacional de Energia 2050 (PNE) que consiste em um conjunto de recomendações
diretrizes para a expansão do setor de energia no qual o Brasil poderia ter sua matriz energetica
100% renovável até em 2050.
Para tal feito seria necessário investimentos em fontes renováveis centralizando na
geração distribuída, em específico na energia solar e eólica, chegando a 50% da matriz elétrica
no final período sendo em sua maioria de geração de energia solar fotovoltaico (MME, 2020).
1.1 Justificativa
1.2 Objetivo
2.1 Definição
A alteração na forma de onda da tensão e corrente ou até mesmo nas outras caracte-
rísticas elétricas que afetam a QEE são denominadas como distúrbios(DANTON, 2010), que
consistem em dois tipos: por variações e por eventos. As variações são desvios de amplitude na
tensão e corrente do regime permanente dentre eles: distorção harmônica, variações de frequên-
cias entre outros. Os eventos são perturbações que ocorrem de em curta duração e eventualmente
classificados como: transitórios, interrupções, elevação e afundamentos de tensão (BOLLEN et
al., 2009).
22
As variações de tensão de curta duração são eventos que se caracterizam pela elevação
ou redução da amplitude de tensão por um curto período (DANTON, 2010). Para PRODIST
(2018) “são desvios significativo na amplitude do valor eficaz da tensão durante um intervalor de
tempo inferior a três minutos".
A amplitude em questão seria a relação do valor mais extremo do valor eficaz da
tensão (rms) com a tensão nominal do sistema no ponto considerado enquanto o evento durar, já a
duração da VTCD é definida como intervalo de tempo em que amplitude ultrapassa determinado
limite até o momento que ela retorna ao valor anterior desse evento (ONS, 2017)
Assim, as variações podem ser classificadas em: interrupção de tensão, afundamento
de tensão e elevação de tensão. Elas podem ser momentâneas, temporárias ou instantâneas.
Podemos diferenciar um mesmo distúrbio em momentâneo ou temporário baseado na duração
do evento já que a amplitude permanece nas mesmas classificações (SOUSA, 2019).
Os limites de amplitude e duração do evento serão mostrados nas tabelas a seguir de
acordo com as normas submódulo 2.8 do (ONS, 2017), (PRODIST, 2018) e a norma IEEE std
1159-2009. Estas variações são, normalmente, causadas por energização de grandes cargas que
necessitam de altas correntes de partida, por faltas, curto-circuito ou por falhas nas conexões dos
cabos no decorrer do sistema elétrico (DANTON, 2010)
A frequência de ocorrência também é considerado um parâmetro para ONS para a
análise da severidade da VTCD, que consiste na quantidade de vezes, por um espaço de tempo,
23
Tabela 2 – Classificação das VTCD pela Procedimento de rede submódulo 2.8 - ONS
Não se tem definição única para se conceituar esse evento, havendo algumas diver-
25
AMT 1 ciclo ≤ t ≤ 3s
ANEEL
ATT 3 s < t < 3 min
AMT 1 ciclo ≤ t ≤ 3s
ONS
ATT 3s ≤ t ≤ 1min
0,1 < |V| < 0,9
3 GERAÇÃO DISTRIBUIDA
3.1 Definição
Geração Distribuída (GD) é o termo usado para designar a geração de energia elétrica
que se encontra junto ou próximas dos consumidores podendo ser de diversas fontes de energia
renováveis. O artigo 14 do Decreto-Lei nº 5.163 de 2004 define a GD como:
Art. 14. Para os fins deste Decreto, considera-se geração distribuída a produção
de energia elétrica proveniente de empreendimentos de agentes concessionários,
permissionários ou autorizados, incluindo aqueles tratados pelo art. 8o da Lei
no 9.074, de 1995, conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição
do comprador, exceto aquela proveniente de empreendimento.
valor tarifa de energia e a expansão de linhas de créditos para esse setor (BORGES, 2021).
Tema Como era com a REN 482/2012 Como fica com a Lei 14.300/2022
Usinas híbridas/
Regulação menciona sobre o A lei traz previsão de regulamentação
com
tema pela ANEEL
armazenamento
O uso dessas fontes é importante para diversificação da matriz energética do país pois,
além de proporcionar desenvolvimentos técnicos, socioeconômicos e ambientais garante maior
confiabilidade e segurança no aspecto de geração, sobretudo em situações de crise energética
como do ano 2001 (LUIZ, 2012).
As PCHs são centrais que utilizam o fluxo da água para a geração de energia, as
diferindo das hidrelétricas tradicionais, localizam-se nas próximidades das unidades de consumo
não necessitando o alargamento de grandes áreas naturais visto que aproveitam o desnível dos
rios para funcionamento.
A Resolução Normativa nº 673 / 2015 (ANEEL, 2015) estabelece os requisitos para
a autorização do funcionamento das pequenas centrais hidrelétricas. São consideradas empreen-
dimentos de PCHs aquelas instalações destinadas a autoprodução ou produção independente de
32
energia elétrica com a potência superior a 3.000 kW e inferior a 30.000 kW e com uma área de
reservatório até 13 km², excluindo a calha do leito do rio.
A Lei nº 13.097, sancionada em janeiro de 2015, alterou a legislação das PCHs. O
principal ponto de modificação foi o limite de potência na qual a capacidade mínima passou de 1
MW para 3 MW, assim, para os empreendimentos com potência instalada menor que 3 MW, não
necessita de concessão, permissão ou autorização, apenas a comunicação ao órgão concedente
(ABRAGEL, 2022). Além disso, houve o aumento do limite máximo da capacidade instalada
para os empreendimentos de produção independente ou autoprodução passando de 30MW para
50MW, não considerando as caraterísticas das PCHs.
Para o presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs – ABRAPCH, existe
a necessidade de investimento para novas pequenas centrais hidrelétricas e, principalmente,
para novos reservatórios que abasteçam a população e que venha a gerar energia limpa, em
decorrência da crise hídrica ocorrida em 2020 e 2021 (ABRAPCH, 2022).
A geração solar fotovoltaica possui como fonte de energia a luminosidade do sol que
é convertido em energia elétrica através das células fotovoltaicas. A sua eficiência de conversão
é proporcional ao índice de radiação solar que incide sobre as células. Devido sua localização,
próximo aos trópicos, o Brasil possui grande potencial para esse tipo de geração de energia,
ou seja, a produção de energia elétrica fotovoltaica está condicionada tanto ao posicionamento
geográfico quanto a condições atmosférica (BOLLEN; HASSAN, 2011).
A radiação solar incide sobre as células provocando a excitação dos elétrons e assim
surgindo uma corrente elétrica no material semicondutor, conhecido como efeito fotovoltaico.
34
Esse material normalmente é constituído de silício, estando no seu estado puro ou dopado com
outros materiais semicondutor.
As células são associadas em série e paralelo com objetivo de tornar adequadas as
condições elétricas. Esse agrupamento é chamado de painéis fotovoltaicos. Quando os painéis
fotovoltaicos são constituídos de silício puro são chamado de monocristalino possuindo eficiência
mais altas em comparação aos outros materiais, em torno de 15% a 21%. Os painéis constituídos
de outros cristais além do silício são chamados de policristalino que possui uma eficiência um
pouco mais baixa que as monocristalino.
Outros tipos de tecnologias já existem mercado tais como painéis de filme fino, de
silício amorfo, de telureto, de cádmio e outros. Porém, são tecnologias pouco encontradas no
mercado devido o seu preço ainda não ser tão competitivo com os painéis tradicionais.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE em parceria com Associ-
ação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR divulgaram um panorama do setor
fotovoltaico no ano de 2022 no Brasil e no mundo. A Figura 7 mostra a evolução nos preços da
energia solar fotovoltaica nos leilões de energia no mercado regulado.
4 METODOLOGIA
4.1 Atp/AtpDraw
cabos do alimentador e das derivações são de 4/0 CAA, 2/0 CAA e 1/0 CAA respectivamente.
Devido a sua extensão, apenas um trecho de uma das ramificações da rede foi
selecionado para aplicação de falta. O trecho referido se inicia do alimentador até o Setor
de Esporte, como mostra de forma geral a área destacada na Figura 29, sendo levado em
consideração a extensão da rede para análise da propagação do afundamento de tensão. No
Anexo A mostra com mais detalhes o trecho escolhido para o estudo.
Os dados da configuração e características da rede foram obtidos por meio da
Coordenadoria de Manutenção e de Infraestrutura – PREUNI, conferindo maior fidelidade com
a realidade.
Como uma das causas do afundamento de tensão são pelas faltas, a forma de pro-
mover esse afundamento de tensão no sistema de distribuição análoga da UFPI foi por meio de
curto-circuito no software ATP por meio da interface gráfica ATPDraw. O diagrama unifilar
modelado no Atp/AtpDraw pode ser vista na Figura 9.
Para um melhor entendimento, o circuito será divido em ramos de acordo com cada
nó no sistema. O curto-circuito será aplicado no nó de cada ramo. A distância e os valores de
impedância de linha se encontram no Anexo A.
A barra de refência é a fonta de tensão, assim, a partir dela se conta cada ramo.A
seguir serão apresentados os componentes com suas características para o sistema.
Os parâmetros utilizados para a resistência e indutância para cada tipo de cabo podem
ser consultados na Tabela 8 .
4.3.3 Transformador
Parâmentro% 45 kVA 75 kVA 112,5 kVA 150 kVA 225 kVA 300 kVA
45 kVA 75 kVA 112,5 kVA 150 kVA 225 kVA 300 kVA
4.3.4 Carga
4.4 Simulação
Como dito anteriormente, este estudo utilizou-se da falta no sistema elétrico para
gerar o afundamento de tensão por meio da simulação de curto-circuito para o cálculo da
44
amplitude do afundamento e sua propagação por meio do ATP via interface ATPDraw.
Uma das formas de analisar o impacto do afundamento de tensão na rede é verificando
como a falta em uma determinada barra “k” influencia nas outras barras que estão conectadas a
ela delimitando a área afetada pelo distúrbio simulado (CARPINELLI et al., 2008).
Para GOSWAMI A. K.; GUPTA (2008) uma outra maneira de realiza a análise
é escolher uma barra específica e verificar a área de vulnerabilidade desta diante das faltas
ocorridas nas outras barras do sistema elétrico.
A Figura 14 mostra as etapas desenvolvidas no estudo resumido no fluxograma.
Ressaltamos que esse processo serve para curto-circuito em cada fase.
5 RESULTADOS
Nos três casos mencionados abaixo, será analisado o afundamento de tensão na rede
de distribuição em média tensão da UFPI, com objetivo de diferenciar o modo de propagação em
torno da geração distribuída.
Dessa forma, é possível delimitar a área de vulnerabilidade, entre a barra de análise
e os pontos de faltas, de acordo com as diferentes intensidades do afundamento de tensão.
Em todo o escopo desse estudo a fase A será representada pela cor vermelha, a fase B
pela cor verde e a fase C pela cor azul. A Figura 15 mostra as tensões antes da falta. Observa-se
que a fase A e C estão um pouco abaixo da tensão de referência de 1 p.u., porém dentro dos
parâmentos de qualidade.
Para a simulação da geração solar fotovoltáica foi utilizada uma fonte de corrente
com os parâmentos necessário para injetar uma potência de 75kW na rede. Essa GD foi conectada
na rede de baixa tensão, pois ainda se trata de uma microgeração distribuída, como mencionamos.
Foi analisada novamente a tensão antes dos curto-circuito e como mostra a Figura 17
houve uma pequena variação no nível de tensão na fase A e na fase C, porém, dentro do nível
aceitável pela QEE.
Por estarem situadas em baixa tensão e a potência de geração ser de pequeno porte,
a GD não causou grandes impactos durante a falta no sitema.
Para se obter o valor de potência desejada foi utilizado um probe de corrente mos-
trando a injeção de potência na rede, como visualizado na Figura 19, diretamente na rede de
média tensão analisada.
49
Quando a falta ocorreu no próprio ramo de análise, no ramo 7, houve uma elevação
da curva referente a conexão da geração distribuída de 75 kW e de 1MW, caso 2 e caso 3
respectivamente.
Observou-se relevância na análise das fases B e C pelas mudanças no perfil da tensão
ao logo das faltas no sistema. Para uma melhor visualização as Figuras 23 , Figura 24 e Figura
25 mostram a evolução da tensão em relação aos pontos de faltas nos casos estudados.
Percebe-se que, no momento da falta, na fase B, houve um aumento no nível de
tensão. Apenas na falta no ramo 1 que o índice de elevação se manteve dentro dos índices
aceitáveis segundo a Tabela 1, Tabela 2 e 3. Porém, do ponto de falta no ramo 2 até o fim da
linha, tanto na ausência como na presença da GD, houve um aumento de tensão que pode ser
classificado como elevação de tensão e assim afetando QEE.
52
A fase C se mantém com índices adequados entre as faltas no ramo 1 até ramo 5 e
nas variações, entre os casos 1, 2 e 3, houve uma tendência de aumento para a valor nominal
53
de 1 p.u.. Entre as faltas no ramo 6 até o ponto do final da linha houve um aumento no nível de
tensão. Na ausência da geração, houve um maior crescimento, ao passo que, na presença da GD,
esse aumento começa a partir da falta no ramo 8. Porém, não é classificado como uma elevação
de tensão, não afetando a QEE.
6.1 Conclusão
REFERÊNCIAS
CARPINELLI, G. et al. Methods for assessing the robustness of electrical power systems against
voltage dips. IEEE Transactions on Power Delivery, IEEE, v. 24, n. 1, p. 43–51, 2008.
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risks. the transition to a green economy: Benefits, challenges and risks from a sustainable
development perspective. 2011.
FREITAS G.C.; DATHEIN, R. As energias renováveis no brasil: uma avaliação acerca das
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Revista Nexos Econômicos, v. 7, 2013.
LUIZ, C. M. Avaliação dos impactos da geração distribuída para proteção do sistema elétrico.
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MME. Plano Nacional de Energia - 2050. 2020. Plano Nacional de Energia. Disponível
em:<https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/Plano-Nacional-de-
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MOTOKI E.M.; KAGAN, N. K. Voltage Sag Analysis Case Studies. Dissertação (Mestrado) —
IEEE Transactions on Industry Applications, 1994.
NIMPITIWAN, N. et al. Fault current contribution from synchronous machine and inverter
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SOLAR, P. Tudo sobre a matriz energética e a matriz elétrica do Brasil. 2022. Matriz
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matriz-energetica-e-eletrica-brasileira>. Acesso em: 27 set. 2022.
1 Entrada
4 Aérea 112,5 24,63457 24,34828
151 P derivação
155 Aérea 150 32,8461 45,79771
157 Aérea 45 9,853829 13,73931
158 P derivação
SE 02 abrigada 2x300 131,3844 57,75697
161 P derivação
SE 03 abrigada 2x300 131,3844 57,75697
166 P derivação
168 P derivação
SE 04 abrigada 2X300 +225 180,6535 15,8832
169 Aérea 150 32,8461 45,79771
170 Aérea 150 32,8461 45,79771
171 Aérea 112,5 24,63457 34,34828
175 P derivação
180 P derivação
181 Aérea 225 49,26915 68,69656
182 Aérea 225 49,26915 68,69656
186 P derivação
187 Aérea 15 3,28461 4,579771
196 Aérea 15 3,28461 4,579771
198 P derivação
199 aerea 150 32,8461 45,79771
200 P derivação
201 Aérea 300 65,69219 91,59542
204 P derivação
207 Aérea 45 9,853829 13,73931
210 P final