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Resumo: O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, discute a crise ambiental em sua exposição
de longa duração. A proposta científica de uma nova era geológica, o Antropoceno, fundamenta
os conteúdos nela apresentados. O intuito declarado da exposição é fazer “o visitante refletir
sobre suas próprias ações e a relação com o mundo”, implicitamente, porém, defende o
desenvolvimento sustentável e o consumo consciente. A partir da observação e análise da
exposição identificamos limites na narrativa expográfica, no que se refere à dimensão
antropológica e política constitutiva do Antropoceno e da crise ambiental. Refletimos sobre a
exposição a partir do diálogo entre Museologia, Antropologia e Geologia, acessando um
repertório de autores que pensam criticamente a proposta conceitual da “era dos humanos” e
atentam para a aderência dos museus à agenda liberal-capitalista, que ao mesmo tempo fomenta
iniciativas museais e controla a crítica social e os processos emancipatórios.
Palavras-chave: Exposições; Antropoceno; Museu do Amanhã; crise ambiental.
Abstract: Museu do Amanhã in Rio de Janeiro discusses the environmental crisis in its long-term
exhibition. The scientific proposal of a new geological age, the Anthropocene, bases the contents
presented therein. The stated intention of the exhibition is to "make the visitor reflect upon his/
her own actions and the relationship with the world", implicitly, defends the sustainable
development and the conscious consumption. From the observation of the exhibition, we
identified boundaries in the narrative in what refers to the anthropological dimension and the
characteristic policy of the Anthropocene and the environmental crisis. We reflect on the exhibition
starting from the dialogue between Museology, Anthropology and Geology accessing a vast
group of authors that think critically the conceptual proposal of “human age” and focus on the
union of the museums and the liberal-capitalist agenda, that at the same time foment
museological initiatives and control the social criticism and the emancipatory processes.
Key-words: Exibitions; Anthropocene; Museu do Amanhã; environmental crisis.
1. Introdução
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realizado em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, tendo o Banco
Santander como Patrocinador Master e a Shell como mantenedora. Conta ainda com a Engie, IBM e IRB
Brasil Resseguros como Patrocinadores, Grupo Globo como parceiro estratégico e o apoio do Governo do
Estado, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente, e do Governo Federal, por intermédio da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A instituição faz parte
da rede de museus da Secretaria Municipal de Cultura. O Instituto de Desenvolvimento de Gestão (IDG) é
responsável pela gestão do Museu”. Fonte: https://museudoamanha.org.br/pt-br. Acesso em: 19 jun. 2017.
3 Este artigo é a primeira parte de um projeto de pesquisa em desenvolvimento, de caráter interdisciplinar
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A exposição do Museu do Amanhã, por sua vez, não expõe as divergências entre
os geólogos. O visitante é levado a entender que o Antropoceno é um fato científico
consolidado, especialmente relacionado à cultura do consumo. Trata-se de uma falha
na narrativa, pois não deixar claro que o debate acerca do seu conceito, e nomenclatura,
ainda é intenso, alcançando, inclusive, diferentes campos da ciência, variando da
Geologia às Ciências Sociais.
4 Para alguns geólogos, o Antropoceno se inicia no século XVI, com a empresa colonial europeia que
redimensiona as relações humanas e explora intensamente o que o capitalismo ascendente já entendia
como recursos naturais. Outros, como Jan Zalasiewicz, credita o início do Antropoceno ao primeiro teste
de bombas atômicas da história, em 1945.
5 Apesar dos debates, até o ano de 2018, a ICS não incluiu o Antropoceno na escala do tempo geológico.
6 Quaisquer modificações nessas demarcações só seriam possíveis quando da ocorrência de eventos de
grande impacto no planeta, registrados no solo pelo lento processo de sedimentação. Por exemplo, o marco
da instauração do Holoceno foi a última glaciação, com a extinção de muitas espécies e mudanças
ambientais drásticas registradas no solo há mais de 11,5 milhões de anos. Os defensores do Antropoceno
acham que já é possível perceber impactos na sedimentação do Planeta considerando as construções das
cidades, modificações na química atmosférica, como por exemplo, aumento de CO2 e a abertura da camada
de ozônio, ou mesmo a química dos oceanos com a acelerada acidificação dos mesmos.
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Com isso, podemos dizer que vivemos no Éon Fanerozóico, demarcado pelo
surgimento da vida “visível”, e na Era Cenozóica ou Era dos Mamíferos, marcada pela
extinção de parte dos dinossauros, e no Período Quaternário, caracterizado pelo
surgimento dos primeiros ancestrais humanos, e na Época do Holoceno ou Recente,
idade da última grande glaciação. Logo, caso o Antropoceno seja de fato inserido na
tabela geológica, nós passaríamos a viver em um novo intervalo de tempo geológico,
tendo o surgimento das sociedades/culturas capitalistas como um marcador possível de
ser detectado, no futuro, dentro da escala de tempo profundo (CARVALHO, 2009).
Por outro lado, a discussão acerca da perspectiva dos humanos como seres
especiais, que alteram (e controlam) a vida na Terra, é defendida também por
intelectuais de outras ciências em constante diálogo com a geologia como, por exemplo
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pelo historiador Yuval Noah Harari (2016, p. 59). Para ele, os humanos são um
“fenômeno sem precedentes”, impactam o ecossistema há dezenas de milhares de
anos. De acordo com ele, nossos antepassados, já da Idade da Pedra, modificaram a
flora e a fauna, e levaram à extinção todas as outras espécies humanas do mundo, além
de animais de grande porte. Por isso, melhor seria chamar a era que cobre os últimos
70 mil anos de Antropoceno: a era da humanidade. O homo sapiens seria o mais
importante fator individual na mudança da ecologia global:
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espécie e do nosso tempo. Essa seria uma grande ilusão nos termos geológicos e
biológicos da evolução das espécies, que tem na mudança contínua, quase sempre
invisível aos olhos humanos, uma premissa7.
7 Numa outra perspectiva, o historiador Jason Moore defende que o Antropoceno deveria ser chamado de
“Capitaloceno”, pois os problemas ambientais foram criados exclusivamente pelo capital. Viveríamos, desse
modo, num período que começa com a industrialização radical do mundo e a transformação do meio
ambiente em fonte e força de produção. Embora seja uma perspectiva a apontar um caminho diretamente
crítico à cultura capitalista-ocidental, a complexidade e a diversidade da experiência humana na Terra
estariam enclausuradas no tempo recente, nos últimos 200 anos, muito pouco para uma redefinição
geológica; antropologicamente reduz tal experiência aos povos igualmente capitalistas. Ainda seria
necessário encontrar o lugar das ideias de agência dos indivíduos, de alienação e de resistência dentro das
discussões do Capitaloceno. Jason Moore fala sobre ecologia política em entrevista concedida à Jonah
Wedekind y Felipe Milanez (2017).
8 Que “No sería absurdo ponerle una fecha de comienzo a la par de la Revolución industrial, hacia 1800, a
esta transformación, cuyas consecuencias serán visibles durante muchos siglos” (DESCOLA, 2017, p.20).
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Para Bruno Latour (2014, p. 12), Antropoceno é um termo híbrido que mistura
geologia, filosofia, teologia e ciência social. É, sobretudo, um sonoro “toque de
despertar” ou “grito de alerta”, para reexaminarmos o tempo e o espaço no qual vivemos
e para a “guerra” a ser enfrentada. A gravidade da catástrofe vivida no presente e a falta
de perspectiva de melhora para um futuro próximo deveriam engendrar mudanças
drásticas na forma de viver e de compartilhar o Planeta com outros seres.
9 Antropólogos que amparam nossas reflexões nesse artigo - como Bruno Latour, Tim Ingold, Eduardo
Viveiros de Castro e Philipe Descola - têm trabalhado com a desarticulação da dicotomia natureza e cultura
na chave da chamada “virada ontológica”. Suas contribuições nesse campo burilam epistemologicamente
a disciplina. Gostaríamos de destacar os esforços de Strathern (2014, p. 33), com os quais nos alinhamos,
para explorar a dicotomia natureza e cultura, com ênfase na dominação da própria natureza, como dado
reconhecido da metafísica ocidental a falar sobre “nós”. Para ela “Uma vez que as sociedades totêmicas
podem usar a natureza como fonte de símbolos para falar de si próprias, “nós” usamos um contraste
hierárquico entre a natureza e a própria cultura para falar sobre as relações internas à sociedade, que se
baseiam em noções de transformação e processo que veem a sociedade como “produzida” a partir do
ambiente natural/ dos indivíduos.”.
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emancipatórios dos sujeitos sociais, e sem refletir sobre a nossa experiência social.
Esses debates apontam para a urgência em “desocidentalizar” os museus latino-
americanos, que em sua maioria se apresentam como reforço positivo do êxito da
empresa colonial e antítese das reivindicações populares de autonomia cultural
(MIGNOLO, 2014). Como efeito advertido, a Museologia praticada em equipamentos de
alta projeção e visibilidade, públicos inclusive, como o Museu do Amanhã, deveriam
avançar para a desconstrução de discursos e estratégias conservadoras e
despolitizantes, para a desarticulação da “turistificação” dos museus (SOARES, 2017)
que se instalam na compreensão da cultura como recurso agenciado pelo campo de
forças do capitalismo neoliberal (YÚDICE, 2010, 2013).
10Atuando em 70 países, difundindo que concentra esforços “em tecnologia e inovação para atender à
demanda global por energia de maneira responsável”. Retirado do site da Shell -
<http://www.shell.com.br/sobre-a-shell/quem-somos.html>. Acesso em: 12 ago. 2017.
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11Weber (2001, p. 42), influenciado por Nietzsche, criticava a supervalorização da ciência e alertava sobre
esse tema: Ainda que um otimismo ingênuo haja podido celebrar a ciência – ou seja, a técnica do domínio
da vida pela ciência como via a que levará a felicidade, creio ser possível deixar inteiramente de lado essa
questão (...) com exceção de certas crianças grandes que se encontram nas cátedras e faculdades, ou nas
salas de redação, quem ainda acredita nisso?”.
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13 "se apropió del planeta Tierra y lo devastó para asegurarlo que considera su bienestar, en detrimento de
una multitud de otros seres humanos y no humanos, que pagan día tras día las consecuencias de esta
codicia” (DESCOLA, 2017, p. 17/18).
14 "si bien estamos todos em el mismo barco, no es lo mismo estar hacinados en los pañoles, primeiros en
ahogarse, a estar en el puente de primera clase, cerquita de las lanchas de salvamento” (DESCOLA, 2017,
p. 23).
15 Vale a ressalva de Danowski e Viveiros de Castro (2017, p. 113): “Não devemos perder de vista as
mudanças em curso no cenário geopolítico, com a emergência da China, Índia e Brasil enquanto potências
econômicas com um promissor futuro ecotóxico (...). Tudo se passa como se certas vítimas quisessem
compartilhar também da hoje invejável condição de futuros culpados, dentro da catástrofe compartilhada.”
16 Difícil enxergarmo-nos todos como terráqueos ou terranos, nos termos do Bruno Latour (2014), quando
não somos, de fato, iguais. A ideia de terráqueos ou terranos,em alguma medida, apaga os marcadores
sociais, como gênero, raça e classe.
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termos mais duros, espistemicídio) entre as formas científicas - a que tem o poder de
legitimação e oficialidade - e as não-científicas, tradicionais. Assim, como já indicava
Boaventura de Souza Santos (2009), os conhecimentos populares (leigos, plebeus,
camponeses, indígenas) desaparecem como conhecimento relevante.
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Quando os brancos falam de meio ambiente, diz Kopenawa (2015, p.482), trata-
se do “que resta da terra e da floresta ferida por suas máquinas”, querem proteger áreas
pequenas, restritas e previamente escolhidas. Para os Yanomami, ao contrário, a atitude
deve ser radical e revolucionária, é preciso defender “toda a floresta”, o que os brancos
chamam de “mundo inteiro”. Não querem viver em restos de terra, sobras do que foi
devastado, em perigo iminente da invasão dos inimigos (garimpeiros, latifundiários,
grandes mineradoras e até o estado), isso já é a morte, é o fim do mundo como ele
deveria ser. Esse processo é, para eles, o de se tornar “resto de seres humanos” - para
nós, a “museografia do vivo”, nos termos de Henri-Pierre Jeudy (2005)19 -, povos
musealizados numa reserva para representar a conservação das etnias e das raças em
extinção. As terras retalhadas e cercadas são abandonadas pelos espíritos (xapiri), não
têm vida e “logo não vai haver caça nem peixe, nem vento, nem frescor”.
18 Acionamos a imagem da malha proposta por Tim Ingold (2012) para pensar “ambiente” como um
emaranhado de linhas-fios, como uma teia de aranha, que colocam as “condições de possibilidade” para
as interações entre humanos e não humanos.
19 Jeudy (2005, p. 40) faz uma instigante relação entre etnicidade e maquinaria patrimonial, entre o desejo
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