COLÉGIO PEDRO II – CAMPUS REALENGO

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA - 6º ANO

ATIVIDADE 16

Terra: Por que chegamos até aqui?

Nesta atividade semanal, assistiremos a um filme intitulado: Por que chegamos até aqui? O questionamento
contido no título remete à história da humanidade com ênfase para a relação Homem-Natureza. Entretanto, poderia
ser também uma referência ao que estudamos até o momento ao longo de nossas atividades. Neste sentido, o filme
apresenta uma espécie de breve resumo do que vimos em geografia – a relação Homem-Meio Ambiente mediada pelo
nosso trabalho humano, o desenvolvimento das técnicas e a modificação do espaço geográfico, a formação do
planeta, a relação entre os elementos naturais (clima, relevo, vegetação, solo etc.).
Exatamente pelo que descrevemos acima, acreditamos ser oportuno assistirmos o referido filme. Porém, traço
aqui uma espécie de roteiro para os elementos da obra em apreciação que vocês devem se atentar.

1. Formação do planeta Terra

O documentário inicia sua apresentação mostrando caracterìsticas iniciais da formação de nosso planeta,
como a formação das rochas, quando do resfriamento da Terra, o processo de vulcanismo, a formação de nossa
atmosfera, o surgimento da água no estado líquido, dos rios e do próprio ciclo da água.

2. Meio ambiente
O filme vai nos revelando a interação e interdependência entre a hidrosfera, a atmosfera e a litosfera que
formam a esfera da vida, a biosfera. O tempo todo a busca e pela compreensão da ligação existente entre os seres
vivos (inclusive o ser humano) e toda a matéria existente (ar, solos, minerais etc.). Também nos evidencia os
processos naturais referentes aos agentes modeladores de relevo (intemperismo e erosão) e à formação de solos. O
resultado desta relação entre todos estes elementos naturais (clima, relevo e vegetação) e os elementos humanizados
são mostrados de forma maravilhosa através de paisagens fantásticas da Antártica ao Ártico, passando por áreas
tropicais e desérticas.

3. O ser humano, o espaço geográfico e seus desafios

Por volta do minuto 16 do filme, surge a história do Homo Sapiens e junto dele a produção do espaço
geográfico. Inicialmente havia uma relação íntima do ser humano com a natureza, como a necessidade de estar
próximo à água, por exemplo. Isso influenciava de forma mais direta do que hoje a organização das diferentes
sociedades e suas culturas conforme as diferentes condições naturais do espaço que ocupavam, gerando diferentes
paisagens. Isso acabou por influenciar também o desenvolvimento de diferentes técnicas, como a agricultura,
fundamentais para a fixação do ser humano na terra e, posteriormente para o surgimento de cidades.
Prestem atenção às diferentes técnicas e formas de ocupação do solo elaboradas para adaptar o espaço às
necessidades humanas de acordo com os elementos naturais (clima, relevo, vegetação, solo) presentes em cada
paisagem.
O filme nos mostra a importância da produção de energia (carvão, petróleo) na elaboração de técnicas
(máquinas, por exemplo) usadas, inicialmente, para facilitar o trabalho humano, o aumento da produção que isso
provoca e o impacto que tem no crescimento populacional e na modificação do espaço (como o surgimento das
grandes cidades e indústrias). Por sua vez, todo esse desenvolvimento e a mercantiliação dos produtos obtidos com
as técnicas modernas gera um grande desequilíbrio ambiental.
Fiquem atentos! Mesmo produzindo sobras de alimentos, a fome continua a existir. Segundo a ONU, quase
690 milhões de pessoas passavam fome no mundo em 2019, o que pode ser agravado pela pandemia com a estimativa
de 132 milhões de pessoas entrando nessa situação (https://news.un.org/pt/tags/fome). No Brasil, 43,1 milhões de
habitantes se encontram em situação de insegurança alimentar.
A padronização de uma forma de vida, padronização cultural que nos faz querer consumir cada vez mais e
traz consequências destrutivas para a natureza, modificando o ciclo natural da vida e para o próprio ser humano. A
mineração em larga escala, seus impactos erosivos e a contaminação da água e do solo, como no caso da extração de
petróleo betuminoso é um dos exemplos demonstrados no filme. Essa padronização da maneira de viver também
levou a uma necessidade de trocas comerciais entre os diferentes lugares do planeta. Sobre isto, além de prestarem
atenção ao filme, reparem nos produtos que vocês possuem em casa e procurem saber onde eles foram produzidos.
Gostaríamos de destacar também a abordagem que o filme faz sobre a utilização da água, o que se relaciona
com nossa última atividade. Seria o desperdício de água e desigualdade no acesso a esse elemento natural uma
questão natural? Além de prestarem atenção ao filme para responder esta questão, observem que os mapas 1 e 2,
nos indicam que o acesso à água e o seu consumo nem sempre estão relacionados à distribuição espacial deste
elemento. Em boa medida, o acesso à água está relacionado a questões econômicas. Pessoas ricas terão acesso,
mesmo em áreas desérticas, enquanto os pobres poderão ter dificuldade, mesmo habitando áreas com presença
abundante deste recurso natural.
Ainda sobre os impactos ambientais que tem se agravado com o aumento da produção de nossa sociedade, o
filme destaca os grandes desmatamentos que dão lugar a áreas de cultivo e criação de animais, a modificação do
clima, provocado pelo aumento da poluição atmosférica e sua consequências, como o derretimento das geleiras e
aumento do nível dos oceanos. Isto, inclusive, é uma ameça à boa parte da população mundial que vive em grandes
cidades em áreas litorâneas.

Desigualdade/concentração de riquezas e do consumo e migrações

Mapa 1 – Distribuição de água no mundo

Fonte:< https://www.ecodebate.com.br/2011/03/23/agua-vital-para-a-reproducao-da-vida-no-planeta-
entrevista-com-wagner-costa-ribeiro/> acesso em 19 ago 2020.
Mapa 2 – Tipos de escassez de água

Fonte: <http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/agua-uso-e-problemas.html> acesso

em 19 ago 2020.
4. Última etapa, antes de assistir ao filme: leia a resenha.

Resenha - Terra: Por que chegamos

até aqui?
posted by Unknown on fevereiro 01, 2019 No Comments

A história de distanciamento entre o homem e

o meio ambiente

A capa do filme traz as mãos de uma espécie de macaco que encontra uma plantação de chá no lugar de seu habitat natural
(Foto: Divulgação)

A relação do ser humano com o meio ambiente é cada vez mais distante. Os humanos dominaram ao longo dos anos o
espaço e a vida dos animais, aproveitando tudo ao seu favor. Uma das mensagens que o documentário francês Terra
quer passar é bem clara: os animais são refugiados.
Com o auxílio de bons aparelhos tecnológicos, Yann Arthus-Bertrand capta momentos únicos da vida animal e vegetal,
sem interferir na paisagem ou na relação entre eles e o resultado é incrível.
O documentário está disponível na plataforma Netflix e foi lançado no ano de 2015. Yann Bertrand é jornalista,
fotógrafo e ambientalista. Ele dirigiu outros importantes documentários como o Human (2015), Home (2009) e Planeta
Água (2012).
Nos trabalhos, ele busca fotografar de cima algumas das mais belas paisagens e insere em seus documentários,
contribuindo para uma visão mais ampla do que acontece nas diferentes regiões ao redor do mundo.

Homem x Meio Ambiente

A narração realizada no filme personifica todos os seres humanos em apenas uma voz, a voz que conversa com a
natureza e que diz sobre nossas ações com o meio em que vivemos. As imagens são contemplativas e mostram o dia a
dia de muitos animais e seres humanos.

A proposta de Terra é mostrar a ligação que perdemos. As antigas religiões xamanistas entendiam que tudo na
natureza possuía uma energia, que podia ser boa ou ruim. Para caçar e colher, as pessoas faziam orações e cerimônias
que autorizassem a morte de algum animal para que todos se alimentassem.
Hoje em dia, a carne é meramente reduzida a produto. Nem mesmo quem trabalha em indústrias da carne entende o
tamanho da crueldade que é pois o operário faz apenas um corte e não tem noção do todo que é feito com o animal. Não
há respeito pela vida, é uma vida que existe somente para alimentar os humanos.

O real valor de um padrão de vida

Você já parou para pensar sobre quanto custa o seu consumo sobre algum produto? Não é somente o valor que se paga
em uma loja ou mercado, é o valor que envolve o impacto na vida de quem está em toda a cadeia produtiva dele.
Esse aspecto também é ressaltado em Terra, com imagens incríveis de trabalhadores em Bangladesh. Eles são
responsáveis por produzirem grande parte dos produtos que consumimos e também por desfazerem lixos
extraordinários, como os navios cargueiros que estão em desuso.
Ninguém pensa sobre o destino de alguns produtos que não são mais úteis, mas, de alguma forma, eles impactam a vida
de outras pessoas, que às vezes colocam suas vidas em risco, a troco de baixos salários para sobreviverem.
De forma geral, o filme busca religar o ser humano com o meio ambiente. A proposta é abrir os olhos dos
espectadores para o despertar de uma consciência, capaz de refletir sobre o consumo diário e pensar sobre propostas na
sociedade que podem ajudar a solucionar as dezenas de problemas ambientais que existem atualmente.
Edição: Giovanna Romagnoli

Fonte:< http://www.impactounesp.com.br/2019/02/resenha-terra-por-que-chegamos-ate-aqui.html> acesso em 19

ago 2020.

5. Agora, atentos ao que destacamos, é só apreciar esta obra com belas imagens das mais variadas paisagens
terrestres. Bom filme!

Link para o filme: https://www.youtube.com/watch?v=I4G1iyySoMc

Saúde e paz para todos nós!

Paulo.