Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI

CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM


DISCIPLINA: SAÚDE AMBIENTAL

O documentário “Home - Nosso Planeta, Nossa Casa” retrata de maneira didática a história
do planeta Terra, os processos de desenvolvimento da humanidade e suas interferências no
meio ambiente. O documentário se firma nas exuberantes imagens apresentadas, na trilha
sonora que acompanha perfeitamente o decorrer dos acontecimentos e nos dados e
informações a respeito das catástrofes e bruscas mudanças que a espécie humana causa no
planeta. A obra de Yann Arthus- Bertrand busca educar, conscientizar e comover o espectador
sobre a fragilidade da Terra, ao demonstrar que todas as formas de vida estão conectadas. A
Terra é um imenso ecossistema sem fronteiras, em que as mudanças que acontecem em um
lado do globo afetam todo o sistema que interliga as espécies existentes.

Por meio da diversidade de paisagens apresentadas no decorrer do filme, o autor faz crítica às
diferentes realidades existentes no planeta. Retrata desde países em que seus habitantes
enfrentam dificuldades para encontrar e consumir água, até países de agricultores industriais
que utilizam uma enorme quantidade para alimentar seus campos de monocultura. Com isso, o
documentário possui o objetivo de denunciar alguns dos principais problemas ambientais
causados pelo ser humano, como desmatamento, aquecimento global e a extinção de diversas
espécies, resultados de uma sociedade movida pelo capitalismo, consumismo e lucro.

O filme "Home"

A criação da agricultura, apontada no início do documentário, representou um marco


importantíssimo para a história da humanidade, visto que transformou completamente o modo
de vida do ser humano, ainda baseado na caça de animais selvagens. Porém, o descobrimento
dos combustíveis fósseis foi o fator responsável pelas maiores mudanças no planeta. Apesar de
gerarem inúmeros avanços para a sociedade, essas substâncias são as principais causadoras
dos problemas ambientais existentes na atualidade.

A partir da energia produzida pelo petróleo, conhecido como “ouro negro”, os Estados Unidos
passaram de um país de fazendeiros para um país de agricultores industriais. A força braçal do
ser humano, utilizada até então, foi substituída por máquinas movidas a óleo, extremamente
eficientes. Todo o cenário de progresso do país, denominado “American Way of Life” foi
replicado por diversas nações ao redor do mundo. Porém, esse estilo de vida mostrou-se
totalmente insustentável para a humanidade, visto que é pautado na utilização desenfreada de
recursos naturais existentes no planeta.

Segundo dados apresentados no documentário, cerca de 80% dos recursos minerais são


consumidos por apenas 20% da população mundial. O diretor torna esses dados estatísticos
mais palpáveis ao demonstrar, de um lado, a difícil realidade de países onde milhares de
pessoas vivem com poucos recursos e, de outro, países em que milhares deles são destinados a
produção de monocultura ou a criação de gado, por exemplo. Ou seja, o filme manifesta tanto
o lado da escassez quanto o lado da fartura.

É possível dizer que desde o descobrimento das oportunidades geradas pelos combustíveis
fósseis, eles são utilizados de forma imprudente. Além de gerarem quantidades enormes de
poluentes atmosféricos, eles não são renováveis. Sabendo disso, o mais razoável a se fazer
seria utilizá-los de forma inteligente e incentivar o desenvolvimento de outras tecnologias. No
entanto, a matriz energética dos países se torna cada vez mais dependente desses recursos

No âmbito da questão ambiental na Globalização, pode-se considerar como o principal marco


histórico para a intensificação da alteração do meio natural pelas sociedades a emergência da
Revolução Industrial e suas posteriores mudanças. Com a industrialização, ampliou-se o
consumo e a pressão sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis, como o solo, as
florestas, os minérios e os recursos hídricos. Além disso, a transformação desses elementos
passou a ser acompanhada da produção de grande quantidade de poluição, tanto atmosférica
quanto hídrica e dos solos.

No contexto socioespacial, as alterações na composição da atmosfera e o esgotamento dos


recursos naturais são os impactos mais relevantes e preocupantes. Além disso, somam-se os
eventos climáticos, os quais estão ganhando contornos dramáticos, já que intensificam o efeito
estufa e afetam o aquecimento global.

O derretimento das geleiras, tratado em boa parte do documentário, é um exemplo de


consequência causada por esses fenômenos. Se não houver mais a existência de geleiras, os
oceanos vão perder ainda mais sua estabilidade climática, afetando milhares de ecossistemas.
Contudo, no centro do processo de transformação e evolução das técnicas que atuam no
processo de produção do espaço geográfico, existe uma incessante busca por alternativas que
defendam o desenvolvimento econômico das sociedades atrelado a preservação do meio
ambiente. Nesse sentido, emerge o conceito de sustentabilidade, defendido por muitos como a
saída necessária e possível para conciliar o crescimento socioeconômico com a conservação
ambiental.

Para concluir, todos os problemas ambientais abordados no documentário são extremamente


importantes e necessitam de grande atenção por parte dos seres humanos. Casos nossos
hábitos de vida não mudem, as consequências poderão ser irreversíveis, transformando
completamente o modo como vivemos. Por isso, ações relacionadas à sustentabilidade devem
se fortalecer e passar a fazer parte das nossas rotinas.

Você também pode gostar