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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL-UFFS

CAMPUS PASSO FUNDO


CURSO DE MEDICINA
CCR: MEIO AMBIENTE, ECONOMIA E SOCIEDADE
DISCENTE: FABRITI RIVELTO SOKOLOWSKI
DOCENTE: JAIME GIOLO

O colapso ambiental do Planeta

Desde os primórdios da existência humana as pessoas e o mundo sofreram


transformações que influenciaram em muitos os aspectos que determinam a nossa
sociedade atual. Destaca-se a evolução nas trocas comerciais entre os povos e,
futuramente, países o que levou à necessidade de um maior desenvolvimento nos
mecanismos de produção de bens e, com isso, um aumento da pressão sobre os
ecossistemas ao redor do planeta. Esse cenário proporcionou e proporciona as bases para o
que hoje é chamado de colapso ambiental do planeta, com impactos ambientais
irreversíveis. O que nos traz a seguinte questão: é possível reverter os impactos ambientais
causados por anos de exploração indiscriminada? Se sim, como fazê-lo?
O nosso ancestral em comum “Australopithecus” já agia ativamente na natureza, seja com
as atividades coletoras quanto a caça, causando um alteração local do espaço onde viviam.
Após ele, vieram novas espécies de seres humanos, que deram origem ao gênero “Homo” ,
e com eles foram evoluindo as formas de captação de recursos, principalmente pelo
processo de sedentarização, o qual permitiu com que a espécie humana fosse capaz de
manipular sementes e controlar de uma melhor forma o meio que habitavam. Com isso, o
ser humano adquiriu novas habilidades de usar os recursos naturais da maneira que
quisessem, porém, com um impacto ambiental maior do que seus antecessores, mas ainda
de forma local. Em seguida, vieram os grandes impérios e as grandes civilizações, com um
aumento do número de pessoas, o que provocou uma necessidade de novas tecnologias e
habilidades para a transformação da matéria-prima , levando assim, novamente um aumento
no impacto ambiental. Com isso, entramos na Idade Média, que, segundo alguns autores,
deu início ao processo de Globalização, tão característico nos dias de hoje; o intercâmbio
cultural e comercial entre as diversas nações do mundo deu-se principalmente pelas novas
rotas criadas (tanto marítimas quanto terrestres) e, ao mesmo tempo em que o comércio e
as trocas foram ocorrendo houve um aumento na retirada e manipulação de recursos
advindos da natureza, provocando.
Após passado esse momento, chegamos a Idade Moderna, a qual representou um
aumento significativo na pressão sob o meio ambiente. Isso se deu por meio de um
processo conhecido como Revolução Industrial, caracterizada pela mudança nos meios de
produção, em que havia um aumento na capacidade produtiva, ou seja, conseguiam
produzir mais, o que necessitava de um acompanhamento na extração de materiais para as
indústrias, proporcionando um desgaste ainda maior das reservas de matérias-prima. Não
há um consenso se estamos ou não vivendo uma terceira revolução industrial, mas, é
possível observar que ao passar do tempo, à medida que o ser humano evolui ele acaba
necessitando e exigindo mais da natureza, e isso é evidenciado hoje em dia com exemplos
de aumento do nível e da temperatura da água do mar, derretimento das calotas polares,
aquecimento global, entre outros.
Alguns exemplos práticos das agressões que o ser humano causa no meio ambiente são:
contaminação das águas dos rios por metais pesados utilizados para garimpo de metais
preciosos, levando a um fenômeno conhecido como bioacumulação; desmatamento de
florestas para a agropecuária, o que provoca uma destruição de habitat de diversas
espécies, além de influenciar o regime de chuvas; extração de petróleo, podendo causar
acidentes e assim, a contaminação de oceanos e lençois freáticos; emissão de gases
poluentes pela queima de combustíveis fósseis potencializadores do efeito estufa.
Essas alterações provocadas pelo homem na natureza provocam efeitos tanto para o
ambiente, quanto para os seres humanos e outros seres vivos. Isso se dá na forma de
contaminação, já que as águas contaminadas dos rios podem ser utilizadas para a irrigação
de plantações de alimentos e, como esses alimentos chegam a mesa da população ocorre a
acumulação de metais pesados que podem, futuramente, trazer efeitos maléficos ao
organismo; crises hídricas, devido ao desbalanço de chuvas e, portanto, diminuição da
qualidade de vida das pessoas, além de aumento no preço dos alimentos já que muitas
plantações podem morrer; deslizamentos de terra, provocados pelo desmatamento de áreas
de encosta, já que a mata da região atua como um estabilizador do terreno; enchentes e
inundações, causada pela diminuição de áreas verdes dentro da cidades, pois tem o papel
de absorver a água das chuvas; furacões, por causa do aquecimento das águas devido ao
aquecimento geral do planeta; ondas de calor, que afetam estruturas e provocam inclusive
mortes em pessoas sem condições de enfrentarem aumentos exorbitantes de temperatura,
causados pelo aquecimento global; e também maior incidência de câncer de pele, já que
ocorre uma rarefação da camada de ozônio, responsável por essa proteção contra os raios
ultravioleta.
Analisando a situação na qual nos encontramos ficamos recessesos com o futuro. O
histórico mostra que a probabilidade é de que o impacto ambiental devido a intervenções
antrópicas seja cada vez mais invasisvo e, dessa forma, as consequências para todos sejam
cada vez mais intensas e maléficas, colocando em risco a vida de milhões ou até mesmo
bilhões de pessoas. Porém, a partir do século XX já se intensificou o número de pesquisas,
projetos e iniciativas que buscam combater as ações destrutivas dos seres humanos no
planeta e reverter o paradigma socioambiental vigente, para que, dessa forma, seja possível
garantir um desenvolvimento sustentável, “salvando o planeta” e proporcionando um planeta
mais próximo do ideal possível, para as futuras gerações,
Considerando o cenário atual e as perspectivas futuras é possível concluir que se não
tomarmos medidas para mudar nossos hábitos e compartamentos chegaremos a estados
catastróficos para a vida na terra. Tendo isso em vista, vê-se necessário ações que visam
melhorar as condições ambientais do planeta para que seja possível atingirmos níveis
aceitáveis de vitalidade do planeta. As mudanças possuem alguns agentes: indivíduo,
Estado e mundo são os principais, e atuam de forma conjunta para atingir o memso objetivo.
Na questão individual algumas medidas simples, mas que podem gerar impactos muito
maiores se feitas por todos são: tomar banhos mais curtos para evitar o desperdício de água
potável e não serem necessárias medidas de racionamento e seja disponibilizada água a
todos; separar o lixo corretamente para facilitar o processo de reciclagem; evitar o descarte
incorreto de lixo para evitar qualquer tipo de contaminação do solo e de lençois freáticos;
aproveitar a luz natural e diminuir o uso de energia elétrica, para reduzir o consumo de
eletricidade e, portanto diminuir o trabalho em usinas e, consequentemente diminuir o
impacto das inundações para construção de hidrelétricas; utilização de fontes de energia
limpas como carro elétrico e paineis solares nas casas; utilizar meios de transporte público
ou meios de transporte que não utilizam combustíveis fósseis como bicicletas, patinetes e
skates para reduzir a emissão de gases do efeito estufa; diminuir o consumo de eletrônicos
e eletrodomésticos, trocando-os somente em caso de necessidade para diminuir a produção
de lixo, já que o descarte normalmente é feito de maneira incorreta.
Fica responsável aos municípios o incentivo e o apoio à população para que sejam
realizadas essas medidas mais sustentáveis. Dentre eles estão: campanhas de
conscientização para a utilização da água de forma mais sustentável ou até mesmo,
dependendento da situação um aumento dos impostos nesse produto (claro, em cenários
mais extremos); serviços de coleta de lixo para evitar o descarte incorreto do lixo,
principalmente em locais próximos a rios e córregos; substituição de lixões por outras formas
de descarte de lixo como aterros sanitários; saneamento básico com água encanada e
instalação de esgoto em todas as casas para evitar contaminação; desenvolver formas de
produção de energia renováveis e com menor impacto ambiental como hidrelétricas, energia
eólica, solar, nuclear e a que está sendo considerada a energia do futuro, H2(g) (gás
hidrogênio); incentivar as pessoas ao uso de bicicletas, patinetes e outras formas de
locomoção que não utilizem combustíveis poluentes, por meio de construção de vias
destinadas a esses transportes, menores taxas na compra dos mesmo.
Em um aspecto mais geral e abrangente cabe a atuação estatal. Cabe aos países
incentivarem os estados e municípios, além de atuar como regulador em atividades que são
supraestaduais, exemplo disso seria um controle maior em atividades de garimpeiros, os
quais são os maiores responsáveis para a contaminação por metais pesados; atuando na
redução de emissão de gases do efeito estufa por meio de incentivos fiscais para empresas
que utilizem energia limpa em seus produtos; regulamentar a atividade das madeireiras que
realizam o tráfico de madeira ilegal por meio de uma maior fiscalização por parte do exército
e impostos mais altos; punições mais severas em casos de acidentes ambientais na retirada
de petróleo; entre outras intervenções.
Com as ações conjuntas entre os indivíduos, os municípios e os países como
controladores gerais é possível reduzir e reverter o colapso ambiental em que o planeta se
encontra hoje. Para isso, as medidas devem ser aderidas por todos, países, cidades e
indivíduos, pois é o local de moradia de todos e, portanto é papel de todos tomar conta do
nosso planeta.

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