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A importância da prevenção e notificação de acidentes

com material biológico e perfurocortante em estudantes


e trabalhadores de um hospital universitário”

A prevenção e notificação de acidentes com materiais biológicos e perfurocortantes


em estudantes e trabalhadores de hospitais universitários no Brasil não acontecem de
maneira correta. Em 1988, o Center for Disease Control (CDC) implementou uma série
de recomendações com o propósito de reduzir o risco de profissionais de saúde serem
contaminados por patógenos como o HIV e as Hepatites B e C. No Brasil, essas
recomendações são chamadas de precauções-padrões e visam prevenir o contato com
sangue ou fluidos corporais por parte dos pacientes e dos profissionais de saúde.
Contudo, diversos estudos demonstram que a adesão dos trabalhadores da área da
saúde às precações-padrões é baixa. Quando isso ocorre, as chances de acontecerem
acidentes envolvendo materiais contaminados é grande, já que os profissionais ficam
expostos. A baixa adesão ocorre devido à formação deficitária dos profissionais de
saúde, às más condições de trabalho e à infraestrutura hospitalar inadequada. Além
disso, outro problema é a subnotificação desses acidentes.

A formação deficitária dos profissionais de saúde é uma das causas da baixa adesão as
precauções-padrões. Isso acontece porque os estudos sobre essa temática ocorrem de
maneira deficitária e faz com que, na prática, esses profissionais não atuem de
maneira adequada. Outros fatores que estão relacionados à essa baixa adesão e,
consequentemente, aos acidentes são as más condições de trabalho e a inadequação
da infraestrutura hospitalar. Constantemente, os profissionais de saúde se submetem
a más condições de trabalho como jornadas exaustivas. Ademais, muitos hospitais
possuem problemas relacionados à infraestrutura como a carência de equipamentos
adequados. De acordo Shimizu e Ribeiro (2002, p. 367-75), os auxiliares de
enfermagem estão envolvidos em um número alto de acidentes. Isso ocorre devido a
prática de reencape de agulhas, a carência de materiais e equipamentos adequados e
também porque esses profissionais de enfermagem necessitam realizar tarefas com
rapidez devido ao baixo número profissionais com essa função nos hospitais.

Outra questão problemática é a subnotificam de acidentes. Uma das razões da


subnotificação é a falta de conhecimento em relação aos perigos envolvendo a
exposição ocupacional. Quando ocorre esse tipo de acidente, o profissional de saúde
deve imediatamente realizar a quimioprofilaxia contra o HIV e a Hepatite B. De acordo
com Ciorlia e Zanetta (2007, p. 229-35), não existe nenhuma medida eficaz na redução
do risco de transmissão do vírus da hepatite C após exposição ocupacional.

Segundo Fillis MMA et al (2020, p.106-113), a preservação da saúde de todos os


profissionais, é fundamental para controlar a disseminação de doenças. Portanto, é
muito necessário prevenir os acidentes com material biológico e perfurocortantes.
Para que isso ocorra, é preciso que ocorra a realização de treinamentos abrangentes e
contínuos sobre a prevenção desses acidentes para estudantes e trabalhadores, a
serem ministrados nas escolas de formação e também nos hospitais. Aliado a isso,
essas instituições devem buscar estratégias que melhorem as condições de trabalho
desses profissionais. Ademais, os hospitais devem adequar a sua infraestrutura de
modo que seja proporcionado um ambiente de trabalho seguro. Por fim, é preciso que
a notificação desses acidentes seja incentivada no intuito de preservar a saúde dos
profissionais acometidos e também para esses dados possam nortear medidas de
prevenção e controle.

A prevenção e notificação de acidentes com materiais biológicos e perfurocortantes


em estudantes e trabalhadores de hospitais universitários no Brasil não acontecem de
maneira correta. Em 1988, o Center for Disease Control (CDC) implementou uma série
de recomendações com o propósito de reduzir o risco de profissionais de saúde serem
contaminados por patógenos como o HIV e as Hepatites B e C. No Brasil, atualmente,
essas recomendações são chamadas de precauções-padrões e visam prevenir, por
meio de barreiras físicas, o contato com sangue ou fluidos corporais por parte dos
pacientes e dos profissionais de saúde. Contudo, diversos estudos demonstram que a
adesão dos trabalhadores e dos estudantes da área da saúde às precações-padrões é
baixa. Quando isso ocorre, as chances de acontecerem acidentes envolvendo materiais
contaminados é grande, já que os profissionais ficam expostos. A baixa adesão ocorre
devido à formação deficitária dos profissionais de saúde, às más condições de trabalho
e à infraestrutura hospitalar inadequada. Além disso, outro problema é a
subnotificação desses acidentes que ocorrem porque o profissional tem medo de
demissão ou porque falta informação sobre o assunto.

A formação deficitária dos profissionais de saúde é uma das causas da baixa adesão as
precauções-padrões. Segundo o estudo de Lopes et al (1999, p.83-89), mesmo após a
realização de treinamentos em precauções-padrões, os profissionais de saúde
continuam tendo atitudes inadequadas. Exemplo disso, o reencape de agulhas
utilizadas e a ausência da lavagem das mãos antes e após a execução de
procedimentos. Isso acontece porque os estudos sobre essa temática ocorrem de
maneira deficitária e faz com que, na prática, esses profissionais não atuem de
maneira adequada. De acordo com Shimizu e Ribeiro (2002, p. 367-75), o maior
número de acidentes de trabalho ocorre entre os estudantes de medicina. Os autores
afirmam que isso se deve ao fato desses estudantes realizarem uma grande
quantidade de coletas de sangue de urgência e também à falta de treinamento
adequado durante a graduação. Os autores também mencionam os estudantes de
enfermagem e odontologia. Os acidentes envolvendo esses alunos ocorrem devido a
falta de habilidades e a insegurança durante a realização de procedimentos.

Outro fator que está relacionado à baixa adesão às precauções-padrões e,


consequentemente, aos acidentes são as más condições de trabalho. Constantemente,
os profissionais de saúde se submetem a condições de trabalho inadequadas como,
por exemplo, jornadas muito longas, sobrecarga de trabalho e necessidade de realizar
atividades com rapidez. Ademais, o próprio ambiente pode ser estressante e
desfavorável aos profissionais e aumentar as chances de acidentes acontecerem.
Ainda segundo Shimizu e Ribeiro (2002, p. 367-75), os auxiliares de enfermagem
também estão envolvidos em um número alto de acidentes. Isso ocorre porque esses
profissionais atuam na assistência direta aos pacientes e realizam procedimentos de
alto risco que envolvem a manipulação de sangue, fluídos corporais e objetos
perfurocortantes. Além disso, outros fatores que agravam a situação dos auxiliares de
enfermagem é a necessidade de realizar tarefas com rapidez devido ao baixo número
profissionais com essa função nos hospitais, e a carência de materiais e equipamentos
adequados. Outro grupo citado são os médicos. Esses profissionais realizam coleta de
sangue em emergências e para procedimentos de alta complexidade. O fato de essas
situações ocorrerem em momentos em que o paciente corre risco de morrer faz com
que os médicos se sintam mais pressionados e, por essa razão, correm mais risco de se
envolverem em acidentes.

Outro grupo destacado pelos autores foi os prestadores de serviço de limpeza. Na


maioria das vezes, esses trabalhadores se acidentam devido ao descarte incorreto de
materiais perfurocortantes nas lixeiras hospitalares.

Segundo Fillis MMA et al (2020, p.106-113), todo profissional de saúde precisa ser bem
orientado e preparado para proteger a si mesmo e também para preservar a saúde da
população em geral. Contudo, essa não é realidade

Segundo Fillis MMA et al (2020, p.106-113), a preservação da saúde de todos os


profissionais que se mantêm trabalhando, é fundamental para controlar a
disseminação da doenças.

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