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Desafios para a implementação da segurança do paciente

30 de março de 2023

Segurança do Paciente é definida pelo Ministério da Saúde como “um conjunto


de medidas para prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de saúde –
eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou que resultaram em dano
desnecessário para o paciente”. A discussão acerca desse tema teve início no final do
século XX, ou seja, é muito recente. Além disso, a segurança do paciente enfrenta
grandes desafios como o erro na administração de medicamentos e falhas na
comunicação entre o médico e o paciente.

Diante disso, é necessário discutir sobre o que leva a equipe de saúde a


cometer erros na administração de medicamentos, uma das denúncias mais comuns
quando se trata de incidentes com pacientes. Geralmente, fatores como o despreparo
teórico, a identificação errada do paciente, o não conhecimento de alergias e
peculiaridades do enfermo produzem situações de prejuízo ao mesmo. Observa-se
que esse tipo de erro poderia ser facilmente evitado com o uso de checklists antes e
depois de cada procedimento.

Também, a comunicação incompleta na relação médico-paciente – marco


deixado pelo modelo biomédico – é uma ameaça à segurança do paciente. Com isso,
a insatisfação com o atendimento aumenta, a relação se desgasta e torna-se
potencialmente perigosa, uma vez que o doente vê-se ainda mais fragilizado e tenderá
a não confiar no profissional que o atende. Além disso, incidentes causados pela de
estrutura de má qualidade também são recorrentes, como a queda do doente da
cama. Por causa disso, observa-se que investimentos tanto na qualificação dos
profissionais para o modelo biopsicossocial quanto na estrutura dos centros de saúde
são necessários para promover a segurança do paciente.

Portanto, para resolver o problema da administração incorreta de


medicamentos, o Conselho de Federal de Medicina deve promover treinamento aos
profissionais de todas as unidades de saúde do Brasil, mediante o investimento
público e privado, oferecendo, assim, embasamento teórico de qualidade aos
profissionais da saúde. Outrossim, durante a graduação e as residências, os assuntos
Relacionamento e Comunicação devem ser amplamente discutidos, a fim de prevenir
atritos desnecessários na relação médico-paciente. Ademais, os hospitais devem
realizar a revisão de sua estrutura – camas, piso, etc. –, de modo que evite ocasiões
de risco que poderiam ter sido evitadas ao paciente, como quedas e escorregões.
Assim, a segurança do paciente será aumentada e, consequentemente, o atendimento
hospitalar terá melhor qualidade.

Aluno : Samuel Antônio Ursine Queiroz

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