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CINCO ESTÁGIOS EMOCIONAIS DO LUTO- UM ESTUDO DE

CASO

Emanoella Mayumi Pereira Sato


SerLab\01645216
Curso: Terapia Ocupacional

A vida e a morte são temas complexos e delicados, especialmente na área da


saúde. Iremos analisar os cinco estágios emocionais do luto do paciente João e
sua família. Segundo Elizabeth Kluber-Ross (2017), os cinco estágios fazem
parte do processo do luto são: negação e isolamento, raiva, barganha,
depressão e aceitação.
O paciente entrou em estado paliativo depois de um tratamento contra o câncer
de pulmão. De acordo Instituto Nacional do Câncer- INCA (2023), os cuidados
paliativos “são cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com
doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida” e
oferecer aos seus familiares um apoio a um momento tão difícil. É difícil falar
sobre a morte e o luto, mas necessitam serem abordados para que todos
estejam cientes e preparados.
Observamos que João recusava aceitar a gravidade da doença e não discutia o
assunto com a família. Já a esposa, ajudava a buscar tratamentos alternativos
e não discutia o assunto com ele. Esta fase negação e isolamento é comum
acontecer devido a gravidade e de não saber de como encarar esta fase. Vão
surgindo falsas esperanças, crenças etc. Podendo até piorar o estado de saúde
do paciente.
A raiva fica evidente quando João sente que foi injustiçado pela situação. E os
filhos que ficaram confusos e angustiados pela falta de comunicação e a sua
esposa sente impotente diante a situação. Vemos que a raiva faz parte de não
reversão do processo, para o paciente tudo incomoda. E temos que ter
parcimônia e saber agir perante a situação.
João fez promessas para mudar de estilo de vida e, juntamente com a família,
apegar as crenças religiosas para encontrar conforto neste momento. Talvez
seja para justificar a sua raiva e adiar do inevitável, que é muito comum na fase
da barganha.
Joao entrou em depressão e sua família está vivendo esta tristeza profunda e
mesmo assim fazendo o possível para dar o apoio emocional ao paciente. A
depressão acontece quando não tem mais como esconder da doença. É um
momento que entra em um processo de tristeza reflexiva, comum em pacientes
em estágio terminal. Ross (2017), cita dois tipos de depressão neste período
que são a depressão reativa, que é a perda e prejuízos no âmbito familiar, para
chegar à depressão preparatória, que começa o processo da aceitação.
Durante o processo da aceitação João buscou aceitar aos poucos a condição
terminal, passando mais tempo com sua família, garantindo que seus assuntos
estejam em ordem, ficando mais sereno e tranquilo. Já a sua família, cientes e
de acordo com a situação, procurando aproveitar ficar mais tempo com o
paciente. Nesta fase não é que o paciente desistiu de viver, ele apenas aceitou
o processo e cabe a família também aceitar o inevitável.
Portanto, o luto é um processo necessário para quem vivencia este período
sofrido, porém é cheio de aprendizados. Lembrando que nem todos vão passar
nas cinco fases luto nesta ordem. Depende muito do meio social e cultural e da
formação psíquica de cada indivíduo que vivencia suas experiências pessoais
anteriores.

Referências:

FELIX, F. G.; NOGUEIRA, J. M. Psicologia em Saúde. Recife: Grupo Ser


Educacional, 2019. Pdf.

INCA, Instituto Nacional de Câncer. Cuidados Paliativos. Gov.br, 2023.


Disponível em:<
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/cuidados-
paliativos#:~:text=Defini%C3%A7%C3%A3o-,S%C3%A3o%20os%20cuidados
%20de%20sa%C3%BAde%20ativos%20e%20integrais%20prestados
%20%C3%A0,a%20continuidade%20de%20sua%20vida.> Acesso em: 02 de
novembro de 2023.

KUBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a Morte e o Morrer. 10. ed. São Paulo:


Martins Fonte, 2017. Pdf.

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