Nas últimas décadas, a segurança do paciente tornou-se mundialmente um assunto
prioritário na saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu conteúdos nas matrizes curriculares dos cursos da saúde, em 2011 foi lançado o guia curricular de segurança do paciente. A inclusão desse tema envolve a cultura de segurança, direcionada a redução de erros, instrumentalizando os futuros profissionais a lidar com riscos e desenvolver competência para o fortalecimento do sistema de saúde.
Os profissionais de nível técnico em enfermagem desempenham quase a totalidade
das atividades em contato direto com o paciente. Por esse motivo, a formação desses precisa ser sólida, com habilidades técnicas e humanas necessárias para o desenvolvimento adequado da prática profissional. O contato direto e constante com o paciente os tornam mais suscetíveis à ocorrência de eventos associados a erros na prática de cuidados em saúde.
No Brasil, a formação técnica de enfermagem tem apresentado fragilidade, os cursos
técnicos de enfermagem apresentam formação extremamente rápida e com pouca qualidade, contribuindo para mais profissionais desqualificados. Uma formação na contra- mão da necessidade de que o profissional técnico de enfermagem, além de habilidades técnicas necessita do referencial técnico científico em benefício das boas práticas assistenciais, visando redução dos eventos adversos. 2. SEGURANÇA DO PACIENTE
Conforme a OMS, Segurança do Paciente é a redução do risco de danos
desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável, ou seja, é a redução de atos inseguros nos processos assistenciais e o uso das melhores práticas descritas de forma a alcançar os melhores resultados possíveis para o paciente. Para facilitar a compreensão e a divulgação, foram criadas seis metas internacionais de segurança do paciente.
1. Identificar corretamente o paciente.
2. Melhorar a comunicação entre profissionais da saúde. 3. Melhorar a segurança na prescrição no uso e na administração de medicamentos. 4. Assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos. 5. Higienizar as mãos para evitar infecções. 6. Reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão 3. CONCLUSÃO
Com respectivo artigo, verificou-se que a formação técnica de enfermagem
compreende aproximações insuficientes e desarticuladas com a segurança do paciente.
A equipe de enfermagem pode utilizar a conferência do paciente através da sua
identificação e do leito, utilizar os certos da enfermagem, checar suas medicações, ter auxílio dos outros profissionais de saúde, como o farmacêutico, auxiliando no aprazamento de uma prescrição e esclarecendo dúvidas sobre drogas. O papel do técnico de enfermagem na segurança do paciente compete à equipe multiprofissional atuar na promoção da segurança do paciente, sendo o enfermeiro o profissional apto a identificar e comunicar riscos iminentes, prevenindo a ocorrência de danos e promovendo saúde na sua integralidade, devido à assistência de enfermagem ocorrer ao longo das 24 horas do dia. Adotar o protocolo de segurança do paciente promove a qualificação do cuidado em saúde. Mais do que padrões para a assistência, os protocolos oferecem soluções práticas para diminuir eventos danosos ao paciente, que poderiam ser evitados.