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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO – TRIAGEM MANCHESTER


CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
• Emergente – Imediato (cor vermelha)
ENFERMEIRO (A)
• Muito urgente – Atendimento em 10 minutos (cor
Profª. Letícia Gomes laranja)
• Urgente – Atendimento em 60 minutos (cor amarela)
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA: PRIMEIROS SOCORROS • Pouco urgente – Atendimento em 120 minutos (cor
No Brasil, ocorrem 160.000 mortes súbitas por ano (perto de verde)
438 pessoas por dia). • Não urgente – Atendimento em 240 minutos (cor azul)
A morte súbita por problemas cardiovasculares é a maior
causa de mortes no Brasil e no mundo.
Estatísticas apontam que se somarmos o número de mortes VAMOS EXERCITAR
por: câncer, AIDS, arma de fogo, afogamentos, acidentes
automobilísticos etc, elas não chegam nem a metade das 01. (IBFC/2022) Considerando a Resolução COFEN no
mortes por problemas vasculares. 423/2012, que normatiza, no âmbito do Sistema Cofen /
No Brasil, o serviço de socorro demora de 25 à 45 minutos Conselhos Regionais de Enfermagem, a participação do
para socorrer uma vítima. enfermeiro na Classificação de Riscos, pode-se afirmar que
Uma pessoa com parada cardiorrespiratória começa a sofrer a) a classificação de risco e priorização da assistência em
lesões irreversíveis em apenas 5 minutos. Serviços de Urgência é de responsabilidade da equipe de
Tomar as medidas corretas nos primeiros minutos pode enfermagem, podendo ser executada pelo técnico de
salvar a vida e a qualidade de vida futura de muitos enfermagem
pacientes. b) a classificação de risco e priorização da assistência em
Serviços de Urgência é privativa da equipe médica, sendo o
médico emergencista o principal executor
OMISSÃO DE SOCORRO
c) a classificação de risco e priorização da assistência em
Deixar de prestar socorro, ou seja, não dar nenhuma Serviços de Urgência é feita na porta de entrada do pronto-
assistência a vítima de acidente ou a pessoa em perigo socorro, sendo o paciente avaliado pela recepção do pronto-
iminente, é crime segundo o artigo 135 do Código Penal socorro ao fazer a ficha de internação
Brasileiro.
d) a classificação de risco e priorização da assistência em
A omissão ou a falta de um pronto atendimento eficiente e Serviços de Urgência é feita no decorrer do atendimento,
rápido são os principais motivos de mortes ou danos por qualquer componente da equipe
irreversíveis em vítimas de acidentes de trânsito.
e) a classificação de risco e priorização da assistência em
Serviços de Urgência é privativa do enfermeiro, observadas
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA as disposições legais da profissão

02. (CPCON/2022) Considerando o uso do Protocolo de


Urgência: Ocorrência imprevista Manchester como um método de triagem de pacientes que
de agravo à saúde com ou sem determina as escalas de urgência, é CORRETO afirmar:
risco potencial de vida, cujo a) Os pacientes com pulseira de cor vermelha são aqueles
portador necessita de que precisam ser atendidos imediatamente, pois referem os
assistência médica imediata. casos de emergência e de indivíduos que estão com risco de
morte ou em condições de extrema gravidade.
b) Os casos menos graves são identificados com pulseiras
rosa e têm um tempo aceitável de espera de até 12 horas.
c) Nos casos em que não existem riscos para o paciente, o
tempo de espera pode chegar a até 1 hora, sendo nele
colocada pulseira vermelha.
Emergência: Constatação médica d) A cor verde também identifica os pacientes urgentes, mas
de condições de agravo à saúde em um nível pouco menos elevado do que o anterior. Em
que impliquem em risco iminente média, o tempo aceitável de espera nesses casos é de até 3
de vida ou sofrimento intenso, minutos.
exigindo, portanto, tratamento e) Os pacientes com pulseira de cor branca são aqueles que
médico imediato precisam ser atendidos imediatamente, pois a cor da
pulseira se refere aos casos de emergência e de indivíduos
que estão com risco de morte ou em condições de extrema
gravidade.

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03. (IBFC/2022) O Protocolo de Manchester é um método


para classificação de risco nos atendimentos dos serviços de
saúde. Ao chegar no Pronto Atendimento ou no Hospital, o
paciente é encaminhado para a triagem clínica, a ser
realizada por um enfermeiro que está apto a classificar a
urgência médica, de acordo com o grau de risco da situação.
Após a classificação, o paciente recebe uma pulseira
colorida, que categoriza a necessidade de atendimento:
emergencial, muito urgente, urgente, pouco urgente ou não
urgente. O paciente classificado como urgente, receberá a
pulseira da cor ______.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Verde
b) Amarelo
c) Laranja
d) Vermelho

TIPOS DE AMBULÂNCIA • Ambulância Tipo C


• Ambulância Tipo A Ambulância de resgate, voltada para acidentados em locais
Esse tipo de ambulância é usada para o transporte de de difícil acesso. Estão equipadas para suporte e
pacientes sem risco de vida, remoções simples e de caráter salvamento; Aqui, temos uma mudança na tripulação
eletivo. Além disso, neste caso, a tripulação mínima é um mínima, que é composta por um motorista e dois militares
motorista e um técnico de enfermagem. Geralmente são com capacitação para salvamento e suporte básico de vida.
empregados no deslocamento de pacientes para a • Ambulância Tipo D
realização de exames, consultas de rotina ou atendimento Esse tipo de ambulância, presente em nossa frota, é
pontual em sua residência. chamada de “suporte avançado de vida (SAV)” e “UTI
• Ambulância Tipo B móvel”, dispondo de uma equipe de no mínimo três
Veículo indicado para suporte básico de vida, ou seja, profissionais. Esta ambulância oferece toda a infraestrutura
transporte de pacientes sem a necessidade de intervenção material e pessoal necessárias para casos de emergências
clínica no local. Tripulação mínima, dois profissionais, sendo médicas graves, para pacientes que estão em risco iminente
1 condutor e 1 técnico ou auxiliar de enfermagem. de morte;

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• Aeronave de transporte médico Classificação:


Esta categoria compreende o uso de helicópteros e aviões ( ) De asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-
que são adaptados para a remoção e atendimento de hospitalar de pacientes ou em situações de resgate.
pacientes em estado moderado ou grave de saúde. A ( ) Destinada ao transporte em decúbito horizontal de
aeronave de transporte médico é usada para transportar pacientes que não apresentem risco de vida.
pacientes entre hospitais e atendimento de resgate. Sendo
( ) Destinada ao transporte inter-hospitalar de pacientes
assim, devem estar presentes um piloto, um médico e um
com risco de vida e ao Atendimento Pré-hospitalar (APH) de
enfermeiro.
pacientes com risco de vida desconhecido.
• Embarcação de transporte médico
( ) Para atendimento de urgências pré-hospitalares de
Barcos a motor que servem para o deslocamento de vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso.
pacientes em transporte marítimo ou pluvial. Essas
( ) Veículo motorizado de transporte aquaviário com
embarcações possuem infraestrutura que permite
equipamentos médicos e profissionais de acordo com a
atendimento pré-hospitalar e rápido transporte,
gravidade a qual se destina.
principalmente em regiões isoladas. A tripulação deve ser
composta por um condutor, um médico/enfermeiro e um ( ) Destinada ao transporte de pacientes de alto risco em
técnico/auxiliar. emergência pré-hospitalares e/ou de transporte inter-
hospitalar de paciente de cuidados intensivos.
a) I, V, II, III, IV, VI
04. (UEPA/2022) As ambulâncias são veículos que se
destinam ao transporte de pessoas enfermas seja pelo meio b) V, I, II, III, VI, IV
terrestre, aéreo ou aquaviário. De acordo com as normas da c) V, II, III, IV, VI, I
ABNT NBR 1461, as ambulâncias são classificadas em seis d) IV, I, V, III, II, VI
tipos. Desta maneira, relacione os tipos à sua respectiva
e) VI, I, V, III, II, IV
classificação.
Tipos:
I. Tipo A - Ambulância de transporte.
II. Tipo B - Ambulância de suporte básico.
III. Tipo C - Ambulância de resgate.
IV. Tipo D - Ambulância de suporte avançado.
V. Tipo E - Aeronave de transporte médico.
VI. Tipo F - Embarcação de transporte médico.

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05. (PS CONCURSOS/2022) As Unidades Móveis para 07. (IBADE-2022) Os primeiros socorros são os
atendimento de urgência podem ser das seguintes espécies: procedimentos de emergência que visam manter as funções
I. Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre: tripulada por vitais e evitar o agravamento de uma pessoa vítima de
no mínimo 2 (dois) profissionais, sendo um condutor de acidente, ferida, inconsciente ou em perigo de vida, até que
veículo de urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem; ela receba assistência qualificada. Em acidentes com vítimas
deve-se:
II. Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre: tripulada
a) abandonar a vítima de acidente.
por no mínimo 3 (três) profissionais, sendo um condutor de
veículo de urgência, um enfermeiro e um médico; b) tentar remover a vítima presa nas ferragens, sem estar
preparado.
III. Equipe de Aeromédico: composta por no mínimo um
médico e um enfermeiro; c) fazer uma barreira com seu carro, protegendo você e a
vítima de um novo trauma.
IV. Equipe de Embarcação: composta por no mínimo 2
d) deixar de colaborar com as autoridades competentes no
(dois)ou 3 (três) profissionais, de acordo com o tipo de
atendimento a ser realizado, contando com o condutor da caso do socorro.
embarcação e um auxiliar/ técnico de enfermagem, em e) não afastar os curiosos.
casos de suporte básico de vida, e um médico e um
enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida; ABORDAGEM PRIMÁRIA DA VÍTIMA
V. Motolância: conduzida por um profissional somente de Todo paciente vítima de uma situação de
nível superior em enfermagem com treinamento para urgência/emergência deve ser inicialmente avaliado pelo
condução de motolância. socorrista. Esta avaliação consiste na realização de um
Com relação ao atendimento de urgência assinale a exame que visa a identificação e o manejo das situações de
alternativa CORRETA: ameaça à vida.
a) Apenas as afirmativas I, IV e V estão corretas. 1) Exame Primário Rápido: O Que Avaliar?
b) Apenas as afirmativas I, II, III e IV estão corretas. • Nível de consciência (consciente, orientado,
desacordado, torporoso, sonolento, etc.)
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
• Respiração (presença de movimentos respiratórios,
d) Apenas as afirmativas II e V estão corretas.
dificuldade respiratória, respiração em gasping);
e) Todas as afirmativas estão corretas. • Circulação (avaliar presença de grandes hemorragias,
perdas excessivas de sangue, coloração da pele e mucosas)
TRÊS PASSOS PARA A AVALIAÇÃO DA CENA
2) Exame Primário Completo: O Que Avaliar?
• Qual a situação? (RISCO REAL)
• X (Exsanguinação): hemorragia externa grave
• Como pode evoluir? (RISCO POTENCIAL)
• O que fazer para controlar? (AÇÕES E RECURSOS)
08. (FGV/2022) Considerando o XABCDE do trauma no
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Estes passos devem ser atendimento a um paciente politraumatizado, as ações
seguidos sempre nesta sequência para a segurança do relacionadas às duas primeiras letras do mnemônico devem
trabalho de socorro às vítimas. ser voltadas para:
a) estado neurológico e circulação;
06. (AMEOSC-2022) Primeiros socorros são as primeiras b) avaliação da circulação e da frequência respiratória;
providências tomadas no local do acidente. É o atendimento c) prevenção de hipotermia e estabilização da coluna
inicial, até a chegada de um socorro profissional. São vertebral;
algumas providências a serem tomadas, EXCETO: d) estabilização da coluna vertebral e permeabilidade das
a) Sinalizar o local do acidente. vias aéreas;
b) Uma rápida avaliação da vítima. e) contenção de hemorragia externa grave e avaliação das
c) Avaliar as condições que ameacem a vida ou que possam vias aéreas com proteção da coluna vertebral.
agravar o quadro da vítima, com a utilização de técnicas
profissionais. • A (Airways): Abertura de vias aéreas com controle da
d) Acionar corretamente um serviço de emergência local. coluna cervical;
Após a abertura das vias aéreas e na presença de obstrução,
deve ser feita a desobstrução das vias respiratórias.
a) Aspiração de sangue e/ou secreções com aspirador de
ponta rígida ou portátil;
b) Utilização da cânula de Guedel para manter
permeabilidade das vias aéreas.
c) Extração digital de corpo estranho.
d) Controle da coluna cervical.
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• B (Breathing): Avaliação da respiração e ventilação; Choque neurogênico


Avaliar a presença de movimentos respiratórios e identificar • Lesão medular espinhal, uso de drogas.
se essa respiração é normal, alterada ou ausente. Em caso • D (Disability): Avaliação do estado neurológico;
de alteração fazer a ventilação de resgate com uso do
A: ALERTA
dispositivo bolsa-válvula-máscara (ambú ou ressuscitador
manual) ou boca-máscara. V: Responde ao estímulo VERBAL
- Fazer duas insuflações lentas (duração de um segundo D: Responde ao estímulo DOLOROSO
cada); I: INCONSCIENTE
- Permitir expiração; • E (Exposure): Exposição do paciente com controle da
- Fazer uma ventilação a cada 6 segundos hipotermia.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Em caso de Parada O paciente traumatizado deve ser completamente despido
Cardiorrespiratória (PCR) a etapa B é realizada para facilitar o exame completo e a determinação de lesões
concomitantemente com a etapa C que é executada que podem comprometer a sua vida. Para se evitar
primeiramente. Após iniciar a RCP (30 compressões) deve- movimentos e eventual mobilização de fraturas ou luxações,
se aplicar as duas ventilações de resgate. as vestes devem ser cortadas antes da remoção.
A hipotermia exerce efeitos deletérios sobre o organismo do
traumatizado portanto, deve ser protegido contra o frio
• C (Circulation): Circulação e controle de hemorragias;
através de cobertores aquecidos e infusão de líquidos
Identificar a presença de pulso em artéria de grande calibre também aquecidos.
(carótida ou femoral) durante 10 segundos. Na ausência de
3) Exame Secundário Completo: O Que Avaliar?
pulso, proceder com massagem cardíaca. Nesta etapa,
devem ser controladas hemorragias e obtido acesso venoso Visa avaliar o nível de consciência do paciente.
para reposição de volume. A vítima deve ser exposta para verificação da presença de
O diagnóstico de choque é baseado em sinais clínicos: lesões. A exposição do paciente deverá ser de modo que seu
hipotensão, taquicardia, taquipneia, hipotermia, palidez e pudor e privacidade sejam preservadas.
extremidades frias. No hospital, essa exposição deverá ser completa.
Exame céfalo-caudal.
Choque hemorrágico (hipovolémico) Sinais Vitais (Pressão arterial, freqüência cardíaca,
• Grandes volumes podem estar escondidos nas cavidades freqüência respiratória, e temperatura).
abdominal e pleural. História SAMPLA.
• A fratura da diáfise do fêmur pode levar a perdas acima de Examinar todos os segmentos do corpo sempre seguindo a
2 litros de sangue seqüência: crânio, face, pescoço, tórax, abdome,
• A fratura da bacia leva a perdas muitas vezes acima de 2 quadril,MMII, MMSS, região dorsal.
litros. Inspeção: cor da pele, sudorese, simetria, deformidades,
Choque cardiogênico ferimentos.
• Contusão miocárdica Palpação: Rigidez, flacidez, temperatura da pele.
• Tamponamento cardíaco Ausculta: torácica e cardíaca.
• Pneumotórax sob tensão (impedindo a chegada do sangue GABARITO
ao coração) 01. E 03. B 05. B 07. C
• Ferida penetrante do coração 02. A 04. B 06. C 08. E
• Infarto do miocárdio

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ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA: PARADA RITMOS DA PCR


CARDIORRESPIRATÓRIA • A ASSISTOLIA caracteriza um ritmo de PCR no qual não
existe atividade elétrica. Neste caso o coração não
apresenta movimentação.
PCR: O que é Parada Cardiorrespiratória
• ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP): Neste ritmo a
• Quando falo de Parada Cardiorrespiratória (PCR), e mais atividade elétrica pode estar totalmente normal, porém por
especificamente de sua definição, Tenho que sempre algum outro motivo (hipovolemia por exemplo) o coração
perguntar? não está bombeando o sangue. Por isso, apesar de PARECER
Numa PCR, o coração está PARADO ou em MOVIMENTO? ser um ritmo com pulso...não é!
• O que define uma PCR não é o fato do coração estar • TAQUICARDIA VENTRICULAR (TV): Neste ritmo o
parado ou em movimento e sim a SUA CAPACIDADE EM coração assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de
BOMBEAR O SANGUE PARA PERFUNDIR OS ÓRGÃO origem ventricular porém ORGANIZADO. As frequências
NOBRES. Cardíaca costumam ser superiores a 250 batimentos por
• DEFINIÇÃO: Corresponde à interrupção das funções minuto. Apesar do coração estar em movimento o
cardíaca e pulmonar que resulta na não distribuição de bombeamento não ocorre.
sangue e oxigênio para as células do corpo. • Fibrilação Ventricular (FV): Neste ritmo o coração
• Clinicamente, pode ser identificada pela ausência de assume um ritmo EXTREMAMENTE ACELERADO de origem
pulso em artéria de grande calibre e movimentos ventricular porém DESORGANIZADO. As frequências
respiratórios ausentes. Cardíaca costumam ser superiores a 250 batimentos por
minuto. Apesar do coração também estar em movimento o
bombeamento não ocorre assim como na Taquicardia
RELATOS BÍBLICOS Ventricular.
A primeira menção bíblica de reanimação refere-se ao Porém, a desfibrilação está indicada em apenas dois ritmos,
momento da criação de Adão, tendo Deus “soprado em sua na TV e na FV. Enquanto a Assistolia e AESP não possuem
boca dando-lhe a vida” (Gêneses 2:7). indicação de Desfibrilação.
Isso se explica pelo fato da função do choque ser de PARAR
No livro de Reis está descrito que o profeta Eliseu, um o CORAÇÃO, ou seja, ZERAR a atividade elétrica
discípulo de Elias, reanimou um jovem filho de uma viúva anteriormente DESORGANIZADA.
sunamita, assim descrito: “...subiu à cama, deitou-se sobre Como na AESP não há desorganização de ritmo e na
o menino e, pondo a sua boca sobre a boca dele, os seus assistolia não há ritmo, consequentemente NÃO EXISTE
olhos sobre os olhos dele e suas mãos sobre as mãos dele, INDICAÇÃO de DESFIBRILAÇÃO, cuja função é de “PARAR
se estendeu sobre o menino e assoprou três vezes sua boca; COM UM RITMO DESORGANIZADO”.
este espirrou sete vezes e abriu os olhos. Então tendo
chamado a sunamita, o profeta lhe disse: Toma o teu filho”
(II Reis 4:34-35). VAMOS EXERCITAR
Desde a antiguidade diversos médicos perceberam a
importância em elaborar um tratamento para PCR, muitas 01. (VUNESP/2022) A parada cardiorrespiratória pode ser
técnicas foram criadas p.ex: causada por quatro ritmos, sendo considerados chocáveis
Colocava-se a pessoa em PCR em cima de um cavalo e o ou não. Assinale a alternativa que apresenta corretamente
deixava trotar; os ritmos chocáveis.
Colocava-se um barril em cima do peito da pessoa em PCR... a) Fibrilação ventricular e Atividade Elétrica Sem Pulso
(AESP).
Todas elas tinham como base fundamental a compressão
torácica. b) Fibrilação atrial e Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP).
2010 (Antigo): É sensato que os socorristas leigos e c) Fibrilação ventricular e Taquicardia Ventricular sem
profissionais de saúde realizem compressões torácicas a Pulso (TVSP).
uma frequência mínima de 100 compressões por minuto. d) Fibrilação atrial e Assistolia.
2015 (Atualizado): É correto que os socorristas apliquem e) Atividade Elétrica sem Pulso (AESP) e Assistolia.
compressões torácicas a uma frequência de 100 a
120/mim.

Por quê: O limite superior de compressões foi adicionada


porque, segundo registros, á medida que a frequência das
compressões aumenta e ultrapassa a 120/mim, a
profundidade das compressões diminui não tendo o efeito
desejado.

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CAUSAS PRINCIPAIS: e) Os 5T parada cardiorrespiratória são: tamponamento


• Respiratória: Afogamento, aspiração de corpo estranho; cardíaco (distúrbio que interfere na capacidade do coração
Pneumonia; Asma grave; hipóxia; OVAs; Compressão da de bombear sangue); trombose coronariana; trombose
tráqueia; edema de glote. pulmonar; toxinas e tensão no tórax (geralmente
ocasionada por traumas).
• Cardíaca: IAM; arritmias cardíacas; Choque; insuficiência
cardíaca;
• Outras: Desidratação; Choque anafilático; Intoxicação PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS
exógena; hipotermia; drogas que deprimem o SNC; edema • Ausência de movimentos respiratórios
cerebral • Ausência de pulso
• Dor torácica
Causar reversíveis • Sudorese
Os 5H da parada cardiorrespiratória são: hipóxia (falta de • Palpitações
oxigênio nos tecidos); hipovolemia (diminuição do volume
• Tontura
sanguíneo por hemorragia ou outras condições);
hipo/hipercalemia (alterações nos níveis de potássio); • Escurecimento visual
hipotermia (temperatura corporal abaixo de 35ºC), • Perda de consciência
hidrogênio (presente em disfunção metabólica); • Sinais de baixo débito
Os 5T parada cardiorrespiratória são: tamponamento • Palidez, pele fria e úmida, presença de cianose de
cardíaco (distúrbio que interfere na capacidade do coração extremidades
de bombear sangue); trombose coronariana; trombose
• Dilatação de pupilas
pulmonar; toxinas e tensão no tórax (geralmente
ocasionada por traumas).
PACIENTE COM RISCO IMINENTE DE PARADA
• Pulso filiforme;
02. (VUNESP/2022) Durante uma parada cardiorrespiratória,
um paciente pode apresentar algumas causas reversíveis, • Sofrimento respiratório;
denominadas 5 “Hs”, que são: • Rebaixamento do nível de consciência;
a) hipóxia, hipo/hipermagnesia, hipotermia, hipovolemia e • Arritmias;
hidrogênio. • Queimaduras extensas;
b) hipovolemia, hipóxia, hidrogênio, hipo/hipercalemia e • Freq. Cardíaca < 80 bpm ou >180 bpm;
hipotermia. • Traumas graves;
c) hipervolemia, hipóxia, hidrogênio, hipo/hipercalemia e • Freq. Respiratória >40 ipm
hipotermia. • Cardiopata relacionadas com doenças coronárias;
d) hipovolemia, hiperóxia, hidrogênio, hipo/hipermagnesia • Hipertensão arterial;
e hipotermia. • Diabetes;
e) hipóxia, hipo/hipercalemia, hidrogênio, hipovolemia e • OVAs;
hipertermia. • Reação anafilática;

03. (IDECAN-2022) No tocante às principais causas da parada COMO PROCEDER EM PCR


cardiorrespiratória, assinale o incorreto. Se ela estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-
a) À parada cardiorrespiratória pode ser gerada por a rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-a de costas
diversas causas como problemas cardíacos crônicos que para o chão. É muito importante contar com a ajuda de duas
evoluem para falência cardíaca. ou três pessoas.
b) A parada cardiorrespiratória pode ser gerada por Verifique se não há alguma coisa no interior da boca que
diversas causas como as externas, como uso de algumas impeça a respiração.
drogas (lícitas e ilícitas). Faça um primeiro reconhecimento do estado da vítima.
c) Existe uma técnica para auxiliar no diagnóstico precoce, Observe se a vítima ainda está consciente.
conhecida como os “ABCDE”. Não perca tempo e chame por socorro médico imediato.
d) Os 5H da parada cardiorrespiratória são: hipóxia (falta de Aproxime sua cabeça e seu ouvido da boca do paciente, ouça
oxigênio nos tecidos); hipovolemia (diminuição do volume e sinta se há respiração. Observe se há movimento no peito.
sanguíneo por hemorragia ou outras condições); Verifique se há pulso. Para isso, pressione levemente com
hipo/hipercalemia (alterações nos níveis de potássio); dois dedos o pescoço logo atrás do pomo-de-adão.
hipotermia (temperatura corporal abaixo de 35ºC),
Continue insistindo no seu pedido de socorro.
hidrogênio (presente em disfunção metabólica);
Nunca dê nada à vítima para beber, cheirar ou comer, na
intensão de reanimá-la.

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05. (UFPE/2022) O atendimento ao paciente em parada


04. (MS-2022) Analise a figura e marque a alternativa que cardiorrespiratória consiste na realização de cinco
define, corretamente, a ordem crescente dos elos da cadeia procedimentos sequenciais. Assinale a
de sobrevivência do atendimento, à possível parada alternativa correta quanto a essa sequência.
cardiorrespiratória, em ambiente intra-hospitalar. a) Verificar se há respiração e pulso, iniciar as compressões
torácicas, abrir via aérea e ofertar oxigênio e proceder à
desfibrilação se necessário.
b) Verificar nível de consciência, verificar sinais vitais,
puncionar acesso venoso, realizar as compressões torácicas
a) Reconhecimento e prevenção precoces; RCP de alta e desfibrilação.
qualidade; Desfibrilação; Acionamento do serviço médico de
c) Avaliar o pulso e a temperatura, puncionar acesso
emergência; Cuidados pós-PCR; Recuperação.
venoso, ofertar oxigênio, iniciar as compressões torácicas e
b) Acionamento do serviço médico de emergência; desfibrilação precoce.
Reconhecimento e prevenção precoces; RCP de alta
d) Verificar nível de consciência Iniciar, verificar sinais
qualidade; Desfibrilação; Cuidados pós-PCR; Recuperação.
vitais, ofertar oxigênio, iniciar as compressões torácicas e
c) Reconhecimento e prevenção precoces; Acionamento desfibrilação se necessário.
do serviço médico de emergência; RCP de alta qualidade;
e) Verificar SSVV, puncionar acesso venoso, oferecer
Desfibrilação; Cuidados pós-PCR; Recuperação.
oxigênio, iniciar compressão torácica e começar a
d) Acionamento do serviço médico de emergência; RCP de desfibrilação.
alta qualidade; Desfibrilação; Reconhecimento e prevenção
precoces; Cuidados pós-PCR; Recuperação.
SBV em PCR
O suporte Básico de Vida (BLS) em PCR consiste na aplicação
de um conjunto de técnicas e procedimentos que visam
restabelecer/ estabilizar as funções cardíaca e pulmonar.
Deve ser aplicado sistematicamente seguindo a sequência
C-A-B-D

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• ETAPA C: Avaliar o pulso em artéria de grande calibre • ETAPA A: Abertura das vias aéreas e controle da coluna
(carótida ou femoral) durante 10 segundos no máximo. Na cervical. Posicionar a vítima em decúbito dorsal; posicionar-
ausência deste iniciar as compressões torácicas externas. se ao lado da vítima.
Durante a verificação do pulso, avaliar simultaneamente o Desobstrução das vias aéreas (aspiração, cânula de Guedel,
padrão respiratório. varredura digital de corpo estranho).
Aplicar as compressões torácicas na freqüência de 100 a 120 • ETAPA B: Avaliação da respiração e aplicação da
compressões por minuto. Durante as compressões ventilação de resgate.
torácicas, o socorrista deverá informar sempre que chegar à Avaliar a presença de respirações espontâneas, alteradas ou
30ª compressão, para que sejam feitas duas insuflações com ausentes.
o ambú. Em caso de apenas um socorrista, deve-se proceder Aplicar duas ventilações com o ambú conectado;
somente com as compressões torácicas até a chegada de
reforços adicionais.
SÃO DUAS INSUFLAÇÕES PARA CADA 30 COMPRESSÕES.
OBS IMPORTANTE: É durante a etapa C que são obtidos
acessos venosos, preferencialmente aqueles calibrosos, Conectar o ambú a uma rede de oxigênio com vazão de 10-
para que sejam administradas drogas de emergência ou 15 litros/min. Cada insuflação deverá durar 1-2 segundos.
infusão de volume (soro fisiológico, glicosado, ringer etc.). • ETAPA D: Desfibrilação
Não esquecer de controlar hemorragias externas através de Em PCR de adultos, quando há um Desfibrilador Externo
curativo compressivo. Automático (DEA) disponível imediatamente, deve-se usar o
desfibrilador o mais rapidamente possível. Em adultos com
PCR sem monitoramento ou quando não houver um DEA
prontamente disponível, deve-se iniciar a RCP enquanto ele
é obtido e feita a desfibrilação assim que estiver pronto para
uso.
A desfibrilação consiste na aplicação de uma descarga
elétrica de 200 Joules (monitor bifásico) ou 360 joules
(monofásico) visando restabelecer o ritmo cardíaco do
paciente. É indicada quando o ritmo que conduziu ou
antecedeu à PCR é um ritmo chocável.
IMPORTANTE!!
As manobras de RCP devem ser contínuas e reiniciadas logo
após a desfibrilação até que o ECG do aparelho aponte uma
nova indicação de choque.
Em crianças com menos de 1 ano, utilizar o desfribilador
manual. Na ausência deste, recomenda-se o uso d DEA com
atenuador de carga pediátrica. Na ausência dos dois, utiliza-
se o DEA, mesmo sem atenuador de carga.

Complicações mais comuns produzidas por manobras


inadequadas de RCP são as seguintes:
• A vítima não está posicionada sobre uma superfície
rígida;
• A vítima não está em posição horizontal (se a cabeça está
elevada, o fluxo sanguíneo cerebral ficará deficitário);
• As vias aéreas não estão permeáveis;
• A boca ou máscara não está apropriadamente selada na
vítima e o ar escapa;
• As narinas da vítima não estão fechadas;
• As mãos foram posicionadas incorretamente ou em local
inadequado sobre o tórax;
• As compressões são muito profundas ou
demasiadamente rápidas (não impulsionam volume
sanguíneo adequado);
• A razão entre as ventilações e compressões é
inadequada;
• A RCP deixa de ser executada por mais de 5 segundos
(alto risco de lesão cerebral).
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 9
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

RCP - Reanimação Cardiopulmonar (Bebês e Crianças) • Comprima o peito até, aproximadamente, 1/3 de sua
1. Para bebês e crianças, de 0 a 8 anos de idade, algumas profundidade.
modificações devem ser efetuadas em relação à RCP em • Para bebês, use apenas 2 dedos.
adultos: • Para crianças com mais de 1 ano, use uma ou as duas
• Execute RCP por 2 minutos antes de adicionar o SME. mãos

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 10


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DROGAS UTILIZADAS NA PCR 06. (FAU UNICENTRO -2022) O uso do bicarbonato de sódio
• LINDOCAÍNA: Antiarritimico, indicada na fibrilação na parada cardiorrespiratória tem como objetivo principal:
ventricular rebelde ao choque elétrico e a epinefrina, a) Corrigir a hipoxemia.
fibrilação ventricular recidivante, profilaxia da fibrilação b) Acelerar a frequência cardíaca.
ventricular pós IAM e após RCP eficaz.
c) Aumentar o estado contrátil do miocárdio.
• BICARBONATO DE SÓDIO: Efeito alcalizante que corrige
d) Corrigir a acidose metabólica e respiratória.
acidose metabólica produzida pela isquemia, tissular. Deve-
se utilizar com controle do equilíbrio ácido-base, através de e) Estimular as contrações espontâneas.
prova analítica (gasimetria), após 10 minutos de
reanimação. Obs: Nunca misturar com epinefrina
• EPINEFRINA: É uma droga de ação estimulante beta e
alfa adrenérgica, cujo efeito aumenta a excitabilidade
miocárdia, com efeito sobre as contrações e frequências
cardíaca positiva além de seus efeitos sobre o coração,
aumenta a pressão de perfusão dos órgãos vitais
• ATROPINA: Ação principal: atua sobre o coração
acelerando o ritmo de descarga de nódulo sinusal melhora
também a condição cardiaca atrioventricular. Esta indicada
na assistolia, após epinefrina, bloqueio atrioventricular,
bradicardia grave.
• NALOXANE: É um antagonista opiáceo e a sua utilização GABARITO
se restringe a suspeita de superdosagem por estes 01. C 03.C 05. A
compostos como causa da parada, produzindo primeiro 02. B 04. C 06. D
parada respiratória. Doses: uma ampola em bolo
endovenosa a cada 5 minutos até obter resposta.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 11
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA: CORPOS ESTRANHO E • ADULTO e CRIANÇAS MAIORES DE 1 ANO:


VIAS AÉREAS SUPERIORES b) Obstrução por SÓLIDOS:
DEFINIÇÃO: Situação de emergência em que a entrada e • Fazer a varredura digital somente se o corpo estiver
saída de ar dos pulmões é obstruída, principalmente, pela visível e facilmente acessível.
presença de corpo estranho, o qual impede a oxigenação
• TÉCNICA: abertura da boca ( dedo cruzado ou
pulmonar e das demais células e tecidos do corpo.
elevação da mandíbula) inserir dedo indicador (mínimo
CLASSIFICAÇÕES QUANTO AO: em lactentes) em gancho sem aprofundar ou pinçar com
• TIPO DE OBSTRUÇÃO: indicador e dedo médio .
Parcial: Fluxo parcial de ar. • CONTRA-INDICADO SE MATERIAL NÃO FOR VISÍVEL
Total: obstrução sem passagem de nenhum fluxo de ar.
• CAUSA DE OBSTRUÇÃO: • ADULTO ENGASGADO - Consciente
Mecânica (obstrução por corpo estranho); Pergunte à vítima consciente: “Você está engasgado(a)?”.
Anatômica (obstrução por queda de língua); Isso ajuda a avaliar a situação da vítima.
Patológica (edema, tumor). Se ela não poder falar ou ventilar, continue a avaliando a
RECONHECIMENTO DE VÍTIMAS DE OVAS situação enquanto faz a Declaração de Socorrista.
Quando a vítima consentir, mesmo acenando com a cabeça,
• VÍTIMA CONSCIENTE:
acione ou peça para outra pessoa acionar o SME e os
OBSTRUÇÃO PARCIAL: Não interferir para não provocar
procedimentos para lidar com a obstrução.
agravamento do quadro com o deslocamento do corpo
estranho; Para um adulto consciente engasgado, comece com
OBSTRUÇÃO TOTAL pancadas firmes nas costas, alterando para compreensões
- Sinais de asfixia (cianose); abdominais e depois torácicas. Até liberar as vias aéreas da
- Incapacidade de falar ou tossir; vítima ou que ela perca a consciência.
- Exige intervenção imediata: MANOBRA DE HEIMLICH.
Caso a vítima esteja grávida ou seja notavelmente obesa,
• VÍTIMA INCONSCIENTE: considere iniciar com a compressões torácicas.
- Encontrada desacordada eventualmente; a) Pancadas nas Costas
- Suspeita: IAM, AVE, OVAS. Posicione-se em pé e ligeiramente atrás da vítima
- Reconhecer PCR Apoie o peito dela com uma das mãos e incline para frente.
- Aplicar Cadeia de sobrevivência; Use a base da outra mão para dar 5 pancadas firmes entre
- RCP as escápulas da vítima.
Posicionar a vítima de costas e libere as VASs, se não houver Caso as pancadas não expulsem o objeto, mude a forma de
respirando, realizar duas insuflações. Se continuar sem sinal, socorrer.
iniciar imediatamente as manobras de desobstrução Se o objeto for expulso, pare as pancadas, incentive a vítima
efetuando 5 compressões abdominais, se houver expulsão a ventilar e monitore seus sinais vitais até a chegada do SME.
do corpo estranho, pinçar com os dedos para retirá-lo.
Lembre-se: se a obstrução for grave, a vítima não conseguirá
tossir.
SBV em OVAS Se a vítima perder a consciência, comece uma RCP, pois as
• ADULTOS compressões torácicas podem ajudar a expelir o objeto que
a) Obstrução por líquidos: causa a obstrução.
- Podem ser utilizados aspiradores portáteis ou fixos à vácuo Todas as pessoas que rebem tratamento para desobstrução
com sucção efetiva de faringe através de sondas. de vias aéreas deve ser avaliada por um médico para
eliminar a possibilidade de qualquer complicação que possa
- Estes dispositivos são utilizados com uma Potência de
oferecer risco de vida.
30 l/min e vácuo de 300mmHg. Realizar movimentos
rotatórios - períodos máximos de 5 segundos cada vez.
- Evitar que fixe na mucosa pois pode causar traumatismo b) Compressões Abdominais (Manobra de Heimlich)
local. Posicione-se em pé atrás da vítima e abrace-a na cintura.
Localize o umbigo dela. O ponto de compressão localiza-se
dois dedosacima.
Feche a mão colocando o lado do polegar no ponto de
compressão.
Coloque outra mão sobre o lado externo da mão fechada.
Dobre seus braços e cotovelos para fora de modo que não
apertem a caixa torácica da vítima.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 12


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Faça compressões rápidas para dentro e para cima ao VAMOS EXERCITAR


mesmo tempo.
Se a obstrução não for liberada, considere alterar o método
de auxilio. 01. (CEPERJ-2022) Leia atentamente as etapas:
Se houver desobstrução, incentive a vítima a ventilar e 1- Posicionar-se atrás da vítima (se for uma criança,
monitore seus sinais vitais até a chegada do SME. ajoelhe-se primeiro);
2- Envolver os braços no entorno da vítima;
c) Compressões Torácicas 3- Posicionar a mão fechada com o polegar voltado para o
Posicione-se em pé atrás da vítima e abrace-a por baixo das abdome, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical;
axilas . 4- Com a outra mão por cima da primeira, comprimir o
Localize o ponto de encontro de junção das costelas. abdome para dentro e para cima, até que a vítima elimine o
Localize a extremidade inferior do esterno e coloque o dedo corpo estranho.
médio e indicador na depressão logo acima dele. Esse é o A técnica de emergência descrita é a:
ponto de compressão.
Feche a mão e coloque o lado do polegar de compressão a) Manobra de Heimlich.
Coloque a outra mão sobre a mão fechada. b) Reanimação Cardiopulmonar (RCP).
Faça compressão rápida para dentro até expelir o objeto ou c) Manobra de Valsalva.
a vítima perder a consciência. d) Reanimação de Murphy.
Se a obstrução não for liberada, considere alterar o método
de auxilio.
Se houver desobstrução, incentive a vítima a ventilar e 02. (FGV-2022) Uma situação de emergência bastante
monitore seus sinais vitais até a chegada do SME. comum é a de pessoas com sinais de obstrução das vias
aéreas superiores. Se ela não receber atendimento rápido
poderá sofrer hipóxia progressiva, lesão cerebral e até
• ADULTO ENGASGADO – Inconsciente morrer rapidamente, caso a via esteja totalmente obstruída.
Caso uma vítima esteja inconsciente ou venha a perder a Nesse caso, a manobra de Heimlich é um procedimento a ser
consciência enquanto você a está auxiliando, proceda da prontamente executado pela(o) enfermeira(o). Nesse caso,
seguinte maneira: a forma correta de se aplicar essa manobra é
• Se ela ainda não estiver no chão, deite-a a) dar-se golpes mandibulares em decúbito dorsal.
cuidadosamente de costas.
b) fazer-se pressão nas asas do nariz do paciente com os
• Se ainda não o fez, faça a Declaração do Socorrista e
dedos, ao tempo em que se pede que ele force a saída do ar.
continue a avaliando a situação.
• Se ainda não o fez, acione ou peça a outra pessoa acione c) colocar-se o paciente sentado, encostar-se seu queixo no
o SEM. peito (flexão) por 1 minuto e rapidamente fazer-se
• Inicie uma RCP imediatamente. hiperextensão do pescoço, abrindo-se as vias aéreas.
• Após 30 compressões torácica, abra a boca de vítima e d) colocar-se o paciente sentado com a coluna em ângulo
tente remover, apenas com os dedos, qualquer obstrução de 90º no meio de uma maca e girar-se a cabeça
visível. lateralmente, mantendo-se essa rotação durante toda a
• Se não observar nenhuma obstrução, tente ministrar a 2 manobra.
ventilações de socorro. Se houver obstrução, as ventilações e) dar-se golpes abdominais subdiafrágmáticos.
não entrarão nos pulmões da vítima.
Continue com a RCP e ventilações de socorro:
• Até que a obstrução seja liberada;
• Até que a vítima seja reanimada;
• Até outro socorrista tomar o seu lugar;
• Até o SME chegar;
• Até que esteja cansado demais para continuar.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 13


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

3- CRIANÇAS MENORES DE 1 ANO: 01. (UNICENTRO/2022) Hemorragias externas são visíveis,


a) Obstrução por LÍQUIDOS e SÓLIDOS: pois o sangue verte para fora do corpo através dos
ferimentos e/ou orifícios naturais do corpo. Quando as veias
• ATENÇÃO: a varredura/remoção digital NÃO É
são atingidas, o sangue é:
RECOMENDADA.
a) Vermelho vivo e sai em jatos rápidos e fortes, na mesma
• TÉCNICA RECOMENDADA: Manobra de Heimlich:
frequência dos batimentos cardíacos.
Combinação de 5 compressões torácicas (face voltada para
cima) e 5 palmadas nas costas (face voltada para baixo). b) Vermelho escuro e sai de forma lenta e contínua.
Sempre apoiar no seu antebraço, mantendo a cabeça mais c) Preto e sai de forma sólida continuamente.
baixo que tronco. d) Rosado e ralo saindo de forma densa.
• Repetir a manobra até que o corpo estranho seja e) Amarelado, saindo de forma rápida na mesma proporção
repelido. Em caso de desobstrução ineficaz prolongada, dos batimentos cardíacos.
avaliar pulsação e, na ausência deste, ativar a cadeia de
sobrevivência e manobras de RCP para crianças.
02. (AMAUV/2022) Com base na hemorragia externa,
marque V, para verdadeiro, ou F, para falso:
GABARITO
(__) Quando o sangue é vermelho vivo, claro (com bastante
01. A 02. E oxigênio) e flui em jatos rápidos e fortes, é sinal de que uma
veia foi rompida.
(__) Quando ocorre o rompimento de um capilar, há pouca
ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA: HEMORRAGIA perda de sangue. Isso porque os capilares são pequenos
vasos sanguíneos.
HEMORRAGIAS: Corresponde a saída de sangue do seu
circuito normal (espaços vascular), normalmente por rotura (__) Quando o sangue é escuro, quase roxo (com pouco
de um vaso (Artéria, Veia ou Capilar). oxigênio) e flui de forma lenta e contínua, com uma
intensidade geralmente menor, é sinal de que uma artéria
As hemorragias necessitam de um socorro rápido e
foi rompida.
imediato.
(__) Nesse tipo de hemorragia, o sangue que sai dos vasos
A perda de grande quantidade de sangue é uma situação
extravasa a pele e, assim, pode ser visto. Na maioria dos
perigosa que pode rapidamente causar a morte.
casos, deve ser interrompido em um período de 5 a 10
minutos, aplicando-se os procedimentos corretos de
primeiros socorros.
Após análise, assinale a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:
a) F, F, V, V.
b) F, V, V, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, V, F.
e) V, V, F, F.

SINAIS E SINTOMAS
• Saída evidente de sangue
• Respiração rápida, superficial e difícil
• Pulso rápido e fraco
• Hipotensão
• Pele pálida e suada
• Mal estar geral
• Sede
• Zumbidos no ouvido
• Ansiedade e agitação
• Inconsciência

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

03. (METROCAPITAL/2020) Assinale a alternativa que NÃO AVALIAÇÃO DA PERDA SANGUÍNEA


apresenta sinal ou sintoma de hemorragia:
a) Sensação de sede.
b) Sudorese fria.
c) Mucosa corada.
d) Náuseas e vômitos.
e) Pulso rápido e fino. CUIDADOS PRÉ HOSPITALARES EM HEMORRAGIA
Expor o ferimento;
04. (FUNDEP/2021) As hemorragias que acarretam a • Aplicar hemostasia local utilizando gaze ou tecido limpo
redução do volume sanguíneo circulante constituem a causa até o sangramento reduzir. Aplicar curativo compressivo
primária de choque volêmico, situação que exige do posteriormente;
enfermeiro conhecimentos para avaliar precisamente sinais
• Em hemorragia de MMSS, elevar o membro atingido
e sintomas e adotar medidas de controle. Assinale a
acima do nível do coração (desde que não haja suspeita de
alternativa que a apresenta a descrição correta dos sinais e
fratura);
sintomas de hemorragias internas.
• Se o sangramento persistir deve-se fazer a compressão
a) Pele fria e úmida, aumento da pressão arterial,
dos pontos arteriais proximais (temporal, facial, braquial e
bradicardia, retardo do enchimento capilar e volume
femoral).
urinário aumentado.
b) Pele seca e quente, pressão arterial em queda,
frequência cardíaca em elevação, enchimento capilar Hemorragias
normal e volume urinário diminuído. O que NÃO fazer:
c) Pele fria e úmida, pressão arterial em queda, frequência • Nunca use pomadas, cremes, pastas, óleos ou qualquer
cardíaca em elevação, retardo do enchimento capilar e tipo de pó em ferimentos abertos.
volume urinário diminuído. • Não use sabonetes muito abrasivos, detergentes ou
d) Pele seca e quente, pressão arterial em queda, sabão em pó para lavar o ferimento. Se possível, use sabão
frequência cardíaca em queda, retardo do enchimento neutro
capilar e volume urinário aumentado. • A água oxigenada piora a lesão, pois afeta o tecido que
está saudável, aumentando a área comprometida.
HEMORRAGIA DIGESTIVA • Sempre utiliza apenas água e sabão
• Hemorragia Digestiva Alta (HDA): O paciente apresenta • Caso exista perfuração com lâmina, prego ou outro
quadro de náuseas, nêmese com débito sanguinolento objeto, nunca tente retirá-lo, pois aumentará, pois
(hematêmese) ou débito borráceo. aumentará o sangramento. Aguarde o SME.
• Hemorragia Digestiva Baixa (HDB): Ocorre a perda de 50
a 100 ml de sangue podendo ou não se apresentar na forma 05. (UFG/2022) A campanha “Stop the Bleed”, lançada em
de melena. Conduta indicada: colonoscopia. 2017, tem como objetivo preparar as pessoas para as
emergências hemorrágicas que ameaçam a vida. Nesse
HEMORRAGIA DE CABEÇA E FACE sentido, existe oABC do sangramento que representa,
respectivamente,
• Suspeitar de TCE e imobilizar a coluna cervical.
Transportar a vítima ao Pronto-Socorro sem elevar a cabeça a) alerta; sangramento; compressão.
devido ao risco de choque. b) sangramento; respiração; compressão.
• Em caso de epistaxe e excluída a hipótese de TCE, colocar c) alerta; compressão; sangramento.
o paciente na posição sentada com a cabeça levemente d) respiração; sangramento; compressão.
inclinada para frente e fazer compressão com gaze limpa;
• Em caso de hemorragia de face, fazer a aplicação de
compressas frias no local.
• OBS: Caso a epistaxe persista após compressão,
investigar hipertensão arterial.

HEMORRAGIA GENGIVAL
Casos de hemorragia gengival deverão ser comprimidos com
gaze limpa. Em seguida, umedecer gaze com 04 (quatro)
ampolas de adrenalina/epinefrina e aplicar sobre o foco da
hemorragia para causar vasoconstrição local e reduzir o
sangramento.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 15
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONDUTA DE CONTROLE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA: TRAUMAS


1) COMPRESSÃO MANUAL DIRETA São as urgências e emergências mais frequentes e de maior
• Colocar um curativo sobre o ferimento. Utilizar o envolvimento da área da saúde. O trauma pode ser
material mais limpo disponível; intencional ou não intencional e varia de mais leve a grave e
• Pressionar o local firmemente utilizando os dedos; os mais comuns são:
• Manter a Pressão constante por 10 minutos
TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE)
2) COMPRESSÃO DIGITAL A DISTÂNCIA É toda a agressão sofrida pelo crânio ou couro cabeludo
resultando em deformidades, sangramento e edema. São
• Comprimir a artéria acima do local da hemorragia, contra
considerada lesões graves e podem ser classificada em
um músculo ou osso.
aberta ou fechada.
NOTA: Trauma com sonolência, confusão agitação ou
3) ELEVAÇÃO DO MEMBRO
inconsciência de curta ou longa duração pensar em TCE.
• Elevação do MMSS acima do nível do coração

SINAIS E SINTOMAS
4) APLICAÇÕES FRIAS
• Deformidades do crânio
• Realiza vasoconstrição
• Ferimento externo e profundo no couro cabeludo
5) GARROTE • Paralisia de membros
• Só se usa quando todos os outros métodos não são • Hematoma nas pálpebras, ou atrás da orelha (fig.3)
eficazes - amputação • Alterações visual: anisocória ou midríase bilateral
• Saída de sangue ou líquido cefalorraquidiano pelo nariz
06. (METROCAPITAL/2020) Dentre as ações do técnico de (rinorragia) ou ouvidos (otorragia)
enfermagem no tratamento imediato de ferimento corto • Confusão mental progressiva
contuso com presença de hemorragia, incluem-se: • Grau de consciência diminuído gradativamente (tontura,
I. Conter o sangramento, aplicando pressão no local da sonolência e desmaio)
hemorragia, e realizar curativo compressivo. • Alterações respiratórias
II. Providenciar material para sutura e oxigeno terapia e • Náuseas e vômitos fortes incontroláveis e em jatos
manter a vítima em DDH.
III. Encaminhar amostra de sangue para análise laboratorial
CLASSIFICAÇÃO DA FRATURA DE
e preparar material para intubação.
CRÂNIO
a) Apenas o item I é verdadeiro.
1. FRATURA LINEAR: Observa-
b) Apenas o item II é verdadeiro. se uma linha de fratura no
c) Apenas o item III é verdadeiro. crânio, são simples podem ser
d) Apenas os itens II e III são verdadeiros. detectada nas radiografias
porem não requerem
e) Todos os itens são verdadeiros.
tratamento específico.

07. (OMNI/2021) Assinale a alternativa CORRETA sobre


2. FRATURA COM DEPRESSÃO
alguns procedimentos a respeito de hemorragia externa:
ÓSSEA OU AFUNDAMENTO: Surgi
a) Aquecer a vítima com a hemorragia; Levar com urgência uma depressão óssea no local da
ao pronto socorro, se possível. fratura e podem ser observada a
b) Conter a hemorragia pressionando pano limpo ou olho nu e/ou palpada. Podem ser
atadura sobre o ferimento; Pressionar com os dedos (ponto consideradas cirúrgicas sendo que a
de pressão) a área da lesão ou na artéria superior à lesão. vitima pode apresentar convulsões
c) Manter a calma e tranquilizar a vítima com hemorragia; e agitação psicomotora.
Lavar com água e sabão ferimentos superficiais.
d) Aquecer a vítima com hemorragia, mantendo a
temperatura adequada; Manter a vítima acordada
conversando com ela

GABARITO
01. B 03. C 05. A 07. B
02. C 04. C 06. A
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 16
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

3. FRATURA EXPOSTA COM ABORDAGEM PRÉ-HOSPITALAR EM TCE


DEPRESSÃO ÓSSEA: 1. AVALIAÇÃO DA CENA E CINEMÁTICA DO TRAUMA
Rompimento da dura-máter,
2. EXAME PRIMÁRIO: SBV a vitima de trauma (XABCDE do
permitindo contato do couro
Trauma).
cabeludo e o tecido cerebral. A
massa encefálica ou líquor • X: Controle de hemorragias externas graves
podem ser visto na lesão e a • A: Abertura de vias aéreas com controle da coluna
cirurgia é inevitável, podendo a cervical
vitima ter perda de massa • B: Avaliação da respiração e padrão ventilatório
encefálica.
• C: Verificação de pulso, controle de hemorragia
• D: Avaliação neurológica – método AVDI
4. FRATURA BASILAR OU BASE DE CRÂNIO: Geralmente
• E: Expor a vitimas e controlar hipotermia
não são visualizadas em radiografia (Rx), o exame físico
imediato pode ser mais rápido e eficiente. O diagnóticos e 3. EXAME SECUNDÁRIO: Examinar (exame físico completo)
estabelecido com base nos seguintes achados: todos os segmentos do corpo com ênfase na cabeça
A vitima apresenta: ➢ INSPEÇÃO VISUAL: pesquisar presença de ferimentos
abertos em couro cabeludo, equimose, hematoma,
• Rinorréia
hemorragias e presença de líquor no nariz e/ou orelha.
• Otorréia
➢ PALPAÇÃO: Pesquisar deformidades (depressão e
• Equimose ou hematoma periorbital abaulamento), crepitação óssea, hematomas.
• Equimose na região da mastóide ➢ AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS
• Otoliquorragia ou sinal de duplo anel FR: depressão respiratória ou parada respiratória,
NOTA: É contra-indicado SNG em fraturas de base de crânio respiração rápida e superficiais podem estar presente no
pois pode ocorrer falso trajeto. TCE.
FC: Bradicardia
PA: Hipertensão (associada com bradicardia indicar lesão
cerebral grave).
➢ AVALIAÇÃO ESTADO NEUROLÓGICO
É realizado utilizando a escala de Glasgow.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 17


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOTA: Nos casos de vômitos, posicionar a vítima em ABORDAGEM PRÉ HOSPITALAR


decúbito lateral de forma a preservar a imobilização da As lesões de tórax são divididas naquelas que implicam em
coluna cervical. risco imediato à vida e que, portanto, devem ser
• Diagnóstico diferencial: Identificação e tratamento pesquisadas no exame primário e naquelas que implicam em
etiologia reversíveis risco potencial à vida e que, portanto, são observadas
- Hipotermia durante o exame secundário.
- Hipovolemia 1. AVALIAÇÃO DA CINEMÁTICA DO TRAUMA E
AVALIAÇÃO DA CENA
- Hipóxia
2. EXAME PRIMÁRIO
3. EXAME SECUNDÁRIO: Examinar todos os segmentos do
TRAUMA DE TÓRAX
corpo com ênfase na região torácica (Exame Completo).
O traumatismo torácico nos dias atuais assume grande
INSPEÇÃO VISUAL: Pesquisar presença de ferimentos
importância devido, em parte, à sua incidência e, por outro
abertos, equimose, hematoma, hemorragias, insuficiência
lado pelo aumento da gravidade e da mortalidade das
respiratória, com tiragem intercostal e batimento da asa do
lesões.
nariz simetria da expansibilidade torácica.
PALPAÇÃO: Pesquisar deformidades (depressão e
Classificação abaulamento), crepitação óssea, hematomas e enfisema
• Aberto: são os ferimentos. subcutâneo, estase jugular e perfusão tecidual.
• Fechados: são as contusões. AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS
❖ AGENTE CAUSAL: FAF, FAB, acidentes automobilísticos e FR: depressão respiratória ou oarada respiratória,
outros. respiração rápida e superficiais podem estar presente;
❖ FATORES CRÍTICOS: Hemorragias grave, distúrbio FC: taquicardia;
respiratórios e cardíacos. PA: hipotensão;
AVALIAÇÃO DO ESTADO NEUROLÓGICO: É realizado
MECANISMOS DE LESÃO utilizando a escala de Glasgow.
• TRAUMA DIRETO: Neste mecanismo, a caixa torácica é
golpeada por um objeto em movimento ou ela vai de FRATURAS
encontro a uma estrutura fixa. Nesse caso, a parede torácica
• São as lesões mais comuns do tórax e assumem
absorve o impacto e o transmite à víscera.
fundamental importância, poi a dor causada por elas
• TRAUMA POR COMPRESSÃO: Muito comum em dificulta a respiração e levam ao acúmulo de secreção e
desmoronamentos, construção civil, escavações, etc. dividem-se em três tipos principais:
Apresenta lesões mais difusas na caixa torácica, mal
CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS
delimitadas e se a compressão for prolongada, pode causar
asfixia traumática, apresentando cianose cérvico-facial. Bem • Fraturas de costelas: É a mais comum das lesões ósseas
como fratura de costelas e rupturas de aorta e contusão da parede torácica, podendo ocorrer isoladamente ou
miocárdica e pulmonar. associada a pneumotórax ou hemotórax.
• TRAUMAS PENETRANTES – É o mecanismo mais comum Diagnóstico: Dor e possível crepitação à palpação de ponto
de traumas abertos. As armas brancas provocam lesões mais localizado (fraturado).
retilíneas e previsíveis, pela baixa energia cinética. Já as ➢ CONDUTA:
armas de fogo causam lesões mais tortuosas, irregulares, Na fratura simples, não complicada, indicamos a sedação
sendo por isso mais graves e de difícil tratamento. eficaz da dor com analgésicos. Se insuficiente, faz-se
Manifestações Clínicas: Pneumotórax aberto e anestesia local no foco de fratura ou nos espaços
hipertensivo, hemotórax, tamponamento cardíaco e lesão intercostais adjacentes na porção mais posterior do tórax.
de grandes vasos (aorta, artéria pulmonar, veias cavas).
Sinais de lesões torácica: Dor na região da lesão,
impossibilidade de um ou ambos os lados do tórax se
expandirem, cianose nos lábios, pontas dos dedos ou unhas,
hemoptise, crepitação, enfisema cutâneo na região torácica
próximo ao local da lesão, agitação, dispnéia, taquicardia,
hipotensão, desvio de traquéia, estase jugular, ausência
unilateral do murmúrio vesicular.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 18


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ALTERAÇÕES DA CAVIDADE PLEURAL DECORRENTE TRAUMA ABDOMINAL


DETRAUMA TORÁCICO. São graves, devido a presença de lesões viscerais, capaz de
• Pneumotórax: É a presença de ar na cavidade pleural, produzir alterações gerais graves como peritonite e
podendo levar à compressão do parênquima e insuficiência hemorragias levando a choque e consequentemente á
respiratória. morte.
• Pneumotórax aberto: É caracterizado pelo contato do O abdome é uma cavidade que contem órgão sólidos como
espaço pleural com o meio ambiente (solução de fígado, baço, pâncreas e rins e órgãos ocos como esôfago,
continuidade entre a cavidade e o meio externo). estômago, intestino e bexiga.
• Pneumotórax simples: Tem sua etiologia baseada • FECHADO: Causam danos às vísceras sem que haja
principalmente, no trauma penetrante e na contusão penetração da cavidade abdominal (contusão abdominal)
torácica. • ABERTO: Expõe vísceras ou presença de sangramentos
DIAGNÓSTICO: externos (ferimentos penetrantes e perfurantes).
Dispneia (relacionada ao grau de compressão do Secundários a arma de fogo ou arma branca ou material
parênquima pulmonar) perfuro cortante.
Abaulamento do hemitórax afetado (mais nítido em TIPOS:
crianças), - Penetrante: afetam o peritônio e geralmente requer
Ausência ou diminuição do murmúrio vesicular; cirurgia
Radiografia de torax revela a linha de pleura visceral
- Perfurante: quando a envolvimento visceral (atinge
afastada do gradeado costal.
estrutura sólida e oca) e são considerados mais graves, pois
• PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: Condição determinada ocorre lesão de vísceras.
pela entrada contínua de ar no espaço pleural, a partir do
parênquima pulmonar ou de um defeito da parede torácica, SINAIS DE LESÃO ABDOMINAL
sem a saída do mesmo, levando ao colapso pulmonar. • Feridas cutâneas, perfuração ou escoriação na região
Principais causas: Ventilação mecânica sob pressão positiva, abdominal.
trauma fechado e das condições não traumáticas, o • Hipotensão e taquicardia
pneumotórax espontâneo.
• Respiração rápida e superficial.
QUADRO CLINICO: Agitação, dispnéia, taquicardia,
• Sinais de choque
hipotensão, desvio de traquéia e mediastino para o lado
oposto, parecem sinais de choque com pressão venosa alta • Dor
(Estase jugular), ausência lateral do murmúrio vesicular. • Náuseas e vômitos
NOTA: Julgamos importante lembrar que quando o paciente • Evisceração
estiver com sinais de pneumotórax hipertensivo e condição OBS: Suspeitar de lesão abdominal em todas as vítimas
clinica desfavorável, deve-se instituir a terapêutica sem envolvidas em acidentes automobilísticos.
exames radiológicos, apenas com os dados do exame.
ABORDAGEM PRÉ-HOSPITALAR
1. AVALIAÇÃO DA CINEMÁTICA DO TRAUMA E
CONDUTA: Seu tratamento pré hospitalar baseia-se no
AVALIAÇÃO DE CENA
tamponamento imediato da lesão através de curativo
quadrangular (vaselinada ou outro curativo pouco 2. EXAME PRIMÁRIO: SBV
permeável ao ar) de tamanho suficiente para encobrir todas 3. EXAME SECUNDÁRIO:
as bordas do ferimento, e fixado com fita adesiva ou Examinar (exame físico completo)
esparadrapo em três de seus lados (produz um efeito de
todos os segmentos do corpo com
válvula; desse modo, na expiração, tem-se a saída de ar que
é impedido de retornar na inspiração, evitando, assim, ênfase na região abdominal.
formar um pneumotórax hipertensivo. ❖ INSPEÇÃO VISUAL: Pesquisar presença de ferimentos
CONDUTA: No caso de pneumotórax hipertensivo a abertos, perfuração ou escoriações, alteração respiratória
descompressão torácica, pode ser realizada por meio da evisceração e distensão abdominal
punção no segundo espaço intercostal na linha ❖ PALPAÇÃO: Pesquisar deformidades (depressão e
hemiclavicular com cateter curto (abocath) nº 14 ou 16 , abaulamento) hematomas e perfusão tecidual
inserir no espaço pleural do lado afetado ou pode ser ❖ AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS
também por meio de drenagem torácica.
❖ FR: respiração rápida e superficiais, parada respiratória
podem estar presente
❖ FC: taquicardia
❖ PA: hipotensão
❖ AVALIAÇÃO ESTADO NEUROLÓGICO: É realizado
utilizando a escala de Glascow.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 19


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO 4) Antes de imobilizar, verificar se há circulação no local


São lesões bastante comuns, em geral de acidentes SME (sensibilidade, motricidade, enchimento capilar e pulso
automobilístico, quedas ou acidentes esportivos. Podem distal) nas extremidades;
causar danos a ossos, músculo, vasos sanguíneos e nervos. 5) Fratura fechada de ossos longos, tracionar, alinhar e
Em alguns casos, podem levar ao estado de choque. As imobilizar checando SME;
principais lesões incluem: 6) Imobilizar qualquer, luxação ou entorse na posição em
➢ Fratura: Interrupção na continuidade o osso produzido que for encontrada;
pro trauma direto ou indireto.
Classificação Quanto á exposição do foco da fratura: Tratamento pré hospitalar para casos de amputação
Abertas: Lesões sobre a pele que pode ser produzida pelo traumática
osso por objeto penetrante. • Amputação traumática é uma lesão onde ocorre a
Fechadas: A pele sobre a fratura está intacta. As fechadas separação parcial ou total de uma estrutura orgânica
são de pouca gravidade, mas em alguns casos causam geralmente ocorre nas extremidades.
choque hemorrágicos, danos vasculares e neurológicos, dor • O tratamento inicial deve ser rápido, pois a gravidade da
local e deformidades anatômica, edema, hematoma, lesão pode levar à morte, devido à hemorragia. Também
incapacidade funcional e mobilidade anormal. deve ser consideradas a possibilidade de reimplante do
➢ Luxação: deslocamento da extremidades óssea de uma membro amputado o mais rápido possível.
articulação para fora do seu lugar de origem; 1. Priorizar o transporte;
➢ Entorse: distensão brusca, violenta e exagerada dos 2. Liberar vias aereas
ligamentos de uma articulação, podendo ou não haver
3. Administrar oxigênio de 10 a 12 l/min;
rompimentos do ligamento, porém não há afastamento das
extremidades ósseas. 4. Controlar o sangramento de imediato e prevenir o
estado de choque;
• Reconhecimento de lesões músculo-esqueléticas em
extremidades. 5. Se a vitima estiver consciente, dar suporte emocional;
• Os sinais e sintomas gerais das lesões músculo- 6. Envolver o segmento amputado com plastico limpo;
esqueléticas em extremidades são: 7. Manter o segmento amputado úmido,refrigerado,
1. Dor local; preferencialmente com cubos de gelo, evitando contato
direto;
2. Deformidades do membro afetado;
8. Não permitir que o segmento amputado entre em
3. Incapacidade total ou parcial de movimentação do
contato direto com a água ou outra substâncias
membro afetado;
deteriorante.
4. Crepitação óssea (som estalos);
5. Edema (inchaço) ou hematoma;
• NOTA:
6. Fragmentos ósseos expostos;
1. Realizar dois acessos venosos com cateter curto e
7. Perfusão capilar lenta ou nula; calibroso em membros superiores, infundir soro ringer
8. Ausência de sensibilidade abaixo a lesão. lactato em bolus 2000ml, continuar de acordo com a
necessidade.
➢ Complicações das fraturas e das luxações 2. Aplicar pressão direta ou curativo compressivo ao coto
em vigência de hemorragia;
• Lesão Vascular: Algumas fraturas como as de fêmur e
pelve, podem produzir hemorragias graves levando ao 3. Cuidados com segmento amputado incluem: Remover a
choque hemorrágico. sujeira grosseira com soro fisiológico 0.95 e manter o
segmento úmido com soro fisiológico 0.9%, envolvendo com
• Lesão Nervosa: Os sintomas são: dor, perda da
compressa limpa e úmida, ou colocar dentro de um saco
sensibilidade (parestesia) e/ou do movimentos (paralisia)
plástico com soro fisiológico 0.9%, fechando-o em seguida.
que pode ser parcial ou completa.
• Infecção: O socorrista não deve tentar efetuar a limpeza
da superfície de ossos expostos.
Tratamento pré-hospitalar de lesões músculo-
esqueléticas:
1) Expor o local de lesão, cortando, removendo ou
dobrando as vestes da vitima;
2) No caso de fratura exposta, cobrir o ferimento com
curativo para controlar a hemorragia, sem exercer pressão
sobre o osso fraturado;
3) Não tentar recolocar o osso exposto para dentro do
ferimento;
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 20
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMA DE ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR. Crescimento desordenado utilização serviços PA


PORTARIA

N 2.048MS DE 2002 (Material complementar)

✓ URGÊNCIA: ocorrência imprevista de agravo à saúde,


com ou sem risco potencial de morte, cujo portador
necessita de assistência médica mediata.
EMERGÊNCIA: constatação médica de condições de agravo
à saúde que impliquem em risco eminente de morte ou
sofrimento intenso, exigindo portanto, atendimento médico
imediato.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 21


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Portaria GM 2048/2002 - Aprova o Regulamento Técnico ➢ Veículos Intervenção Rápida: ou leves – oferecer
dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência (Art. 1º) transporte avançado de vida nas ambulâncias A, B, C e F
§ 1º- Estabelece princípios e diretrizes, normas e critérios de (motolâncias e ambulânchas)
funcionamento, elementos constituintes dos Planos ➢ Cap. V – Atendimento Hospitalar;
Estaduais de Atendimento EU, atribuições e ➢ Cap. VI – Transferências e transporte inter-
responsabilidades dos componentes: pré- hospitalar (fixo e hospitalar (conceituação, diretrizes técnicas e gerenciais);
móvel), atendimento hospitalar, transporte inter- hospitalar
➢ Cap. VII – Núcleos de Educação em Urgências
e criação de Núcleos de Educação em Urgências.
(incluindo módulos de qualificação)
✓ Capítulo I – Plano Estadual de Atendimento UE;
✓ Cap. II – Regulação Médica das UE (Centrais Regulação
Políticas de Atenção às Urgências e Emergências: Estrutura
Médica)
da Rede de Atenção urgências e emergências: desde a
– atribuições e responsabilidades técnicas e Atenção Básica à Saúde até a Terapia Intensiva e a
gestora incluindo interface com sistema privado; Reabilitação
✓ Cap. III – Atendimento Pré-Hospitalar Fixo:
- APS/ESF: acolhimento quadros agudos/agudização
crônicos baixa complexidade (classificação de risco – definir
recursos assistenciais), capacitação RH, estruturação
recursos físicos, grade de referência. – Prerrogativas do
Enfermeiro;
- Unidades Não Hospitalares 24h – média complexidade
(eventos agudos/agudização crônicos) – retaguarda
intermediária APS e diminuir sobrecarga hospitais maior
densidade; estabilização paciente critico para o serviço de
atendimento pré-hospitalar móvel
✓ Cap. IV – Atendimento Pré-Hospitalar MÓVEL:
Prerrogativas:
REDES LOCO REGIONAIS NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
- Chegar precocemente à vitima –
• Pré-hospitalar Fixo
atendimento (inicial/continuidade) e transporte
adequado ao serviço de saúde; - Unidades Básicas de Saúde (UBS)
- Atendimento Primário (cidadão solicita) ou -Programas de Saúde da Família (PSF)
Secundário (serviço de saúde) – paciente já recebeu -Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)
atendimento inicial necessário à estabilização; -Unidades de Pronto Atendimento (UPA)
- Vinculado/Coordenado por Central de Regulação; -Pronto Socorros (PS)
- Equipe e frota de veículos compatíveis com as -Ambulatórios Especializados (AE)
necessidades de saúde da população de um município,
-Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapias (SADT)
região – podendo extrapolar limites municipais;
- Define competências e responsabilidades das Equipes,
de acordo com a especificidade do transporte: Veículos • Pré-hospitalar Móvel
Aéreos, Aquático e terrestre. -SAMU – 192
✓ Cap. IV – Atendimento Pré-Hospitalar MÓVEL: • Hospitalar
➢ Ambulâncias: veículo terrestre, aéreo e aquaviário para -Pronto-socorros das unidades hospitalares, Leitos de
transporte pacientes. internação (gerais, especializados, de retaguarda, de longa
Classificação: permanência, de terapia intensiva)
- A: de transporte; • Pós-hospitalar
- B: Suporte Básico; -Atenção domiciliar, Reabilitação, Unidade de Saúde mais
próxima da residência do usuário
- C: de Resgate (vítimas de acidente e locais de dificil
acesso (terrestre, aquático e alturas)
- D: Suporte Avançado (USA)
- E: Aeronave de transporte médico;
- F: Embarcação de transporte médico (via
marítima ou fluvial)

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 22


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO - ACOLHIMENTO PORTARIA Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011 - Reformula a


COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede
✓ Fundamentado na humanização - valorização dos de Atenção às Urgências/ RUE no SUS.
diferentes sujeitos implicados no processo de produção de Fundamentação:
saúde; ✓ Portaria n° 737/GM/MS, de 16 de maio de 2001 - Política
✓ Processo de distribuição ou classificação dos pacientes, Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e
de acordo com o potencial de risco; Violências;
✓ Tecnologias, dispositivos e intervenções certas; ✓ Portaria n° 344/GM/MS, de 19 de fevereiro de 2002 -
✓ Mais que TRIAGEM – postura e prática nas ações de Projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de
atenção e gestão DO CUIDADO, DO SERVIÇO E DA REDE DE Trânsito - Mobilizando a Sociedade e Promovendo a Saúde;
ATENÇÃO; ✓ Portaria n° 2048/GM/MS, de 05 de novembro de 2002 -
✓ Não espaço ou um local - é uma postura ética; não regulamenta tecnicamente as urgências e emergências;
pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, mas ✓ Portaria n° 687/GM/MS, de 30 de março de 2006 -
implica necessariamente o compartilhamento de saberes, Política Nacional de Promoção da Saúde;
angústias e invenções; ✓ Portaria n° 648/GM/MS, de 28 de março de 2006 -
✓ Modo de operar os processos de trabalho em saúde Política Nacional de Atenção Básica;
assumindo uma postura capaz de acolher, escutar e dar ✓ Portaria n° 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010 -
respostas adequadas aos usuários. organização e implementação das RAS.
✓ Envolve diretrizes relacionadas à ambiência e
organização dos RH, RH e espaços Finalidade e Requisitos:
➢ Têm por objetivos: ✓ Articular e integrar todos os equipamentos de saúde,
• Avaliar o paciente logo na sua chegada; objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e
• Priorizar o atendimento aos pacientes críticos integral aos usuários em situação de urgência e emergência
nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna.
✓ Acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a
Pré-hospitalar Fixo: principais UE na APS/ESF resolutividade na atenção constituem a base do processo e
dos fluxos assistenciais - requisitos de todos os pontos de
atenção;
✓ RUE - priorizará as linhas de cuidados cardiovascular,
cerebrovascular e traumatológica.

Componentes:
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde;
II - Atenção Básica em Saúde;
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192)
e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências;
IV - Sala de Estabilização;
V - Força Nacional de Saúde do SUS (CATASTROFES);
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o
Pré-hospitalar Fixo: principais UE na APS/ESF conjunto de serviços de urgência 24 horas;
VII - Hospitalar; e
VIII - Atenção Domiciliar.

RUE: Linha de Cuidado ao Trauma


✓ DEFINIÇÃO: processo integrado de atenção ao paciente
vítima de trauma, que articula os pontos de atenção da RUE,
com vistas à prevenção dos agravos, garantia de padrões
adequados de acessibilidade aos recursos tecnológicos, à
gravidade dos casos e à continuidade do cuidado;
✓ PREVENÇÃO: incentivo à formação de núcleos de
prevenção de violências e acidentes.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 23


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

✓ COMPONENTES: A lógica do cuidado deve voltar-se às seguintes dimensões:


- Unidades de Atenção Básica à Saúde (Sala de 1. Atentar para o envolvimento dos sujeitos na formulação
Observação); e execução de intervenções de saúde;
- Componente Móvel de Urgência (Pré-hospitalar / SAMU 2. Otimizar a interação (dinâmica da comunicação e
192); “ausculta sensível”, acolhimento e práticas humanizadas);
- Sala de Estabilização (SE); 3. Superação do modelo biomédico e do jargão sanitário:
- UPA e Pronto-Socorros de hospitais gerais (não interdisciplinaridade e intersetorialidade, protagonismo
referenciados para atendimento ao Trauma); comunitário na definição de estratégias e ações de saúde.
- Hospitais com habilitação em Centro de Trauma (CT)
Tipo I, Tipo II e Tipo III aos pacientes vítimas de trauma; VAMOS EXERCITAR
- Atenção Domiciliar;
- Serviços de Reabilitação Ambulatorial e Hospitalar; 01. (FCC/2007) O atendimento pré-hospitalar fixo descrito
- Enfermaria de longa permanência; na portaria MS/GM no 2048/2002 é responsável pelo
- Serviços de Reintegração Social; atendimento
- Centrais de Regulação; A) às urgências e emergências, pela atenção primária à
saúde e pelo programa de saúde da família.
- Atenção Especializada Hospitalar;
B) somente às urgências e emergências, quer sejam de
- Unidades de Atenção Especializada natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica.
PAPEL DA ENFERMAGEM NAS SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E C) às urgências e emergências, exceto as de alta e média
EMERGÊNCIA - ABS complexidade, e aos casos crônicos não agudizados.
Três Aspectos Fundamentais D) às urgências e emergências clínicas de adultos e crianças,
sendo as de natureza traumática de responsabilidade do
1. Aspectos imediatos nos casos de urgência e emergência: atendimento pré-hospitalar móvel.
(assistência direta ao paciente):
E) às urgências de natureza clínica, traumática ou ainda
- Oferecer atendimento imediato aos pacientes; psiquiátrica, sendo as emergências de qualquer natureza de
- Realizar acolhimento adequado utilizando a classificação responsabilidade do atendimento pré-hospitalar móvel.
de risco conforme protocolo;

2. Aspectos relacionados ao treinamento e capacitação de


recursos humanos para urgência e emergência:
- Capacitar a equipe para implantação da classificação de
risco enfocando a identificação de prioridades;
- Estabelecer programas de educação permanente;

3. Aspectos gerenciais em urgência e emergência:


- Estruturar o Serviço para o 1º Atendimento de urgência
- organização da assistência, o suprimento de equipamentos
e medicamentos mínimos (PORTARIA 2048/2002);
- Estabelecer junto à equipe da AB instrumentos que
garantam uma referência segura aos diversos níveis de
complexidade da atenção;
- Participar do planejamento dos recursos humanos e
materiais necessários para o atendimento das situações
problemas em todas as etapas do ciclo vital, valorizando a
integralidade do paciente;
- Constituir-se enquanto equipe, responsabilizando-se
pela gestão do plano de cuidado que será executado em
cada situação;

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 24


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BIOSSEGURANÇA Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional –


Norma Regulamentadora (NR 7)
• Atua na prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce
Objetivo: Prevenir, controlar, mitigar e eliminar os riscos à
dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, além da
saúde.
constatação de casos de doenças profissionais ou danos
Norma Regulamentadora que abrange a prevenção e irreversíveis à saúde dos trabalhadores;
promoção da saúde do trabalhador • Realiza obrigatóriamente os seguintes exames médicos:
Admissional; Periódico; O de retorno ao trabalho; O de
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e mudança de função; Demissional.
Medicina do Trabalho - Norma Regulamentadora (NR 4) • O exame médico admissional, deverá ser realizado antes
• Profissionais: Engenheiro de segurança do trabalho, que o trabalhador assuma suas atividades;
Médico do trabalho, Enfermeiro do trabalho, Técnico de • O exame médico periódico, deverá ser realizado de
Enfermagem do trabalho, Técnico de segurança do trabalho; acordo com os intervalos mínimos de tempo conforme a
• Engenheiro, Médico e Enfermeiro: 3 ou 6 horas por dia; situação do trabalhador;
• Técnico de Enfermagem e Técnico de segurança do
trabalho: 8 horas por dia; Segurança e Saúde no Trabalho nos Serviços de Saúde –
• Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, Casas de Saúde Norma Regulamentadora 32 (NR32)
e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais • Atua na proteção à segurança e à saúde dos
de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um trabalhadores dos serviços de saúde;
Enfermeiro do Trabalho em tempo integral;
• Elaborando e implementando medidas que informa
• Atua na prevenção de acidentes, fiscaliza a utilização e a acidente e risco de acidente: perfurocortante, descarte
necessidade de equipamentos de proteção individual (EPI), adequado, proibido reencapar agulhas, vacinação.
esclarece empregadores sobre as doenças ocupacionais,
➢ Classificação de risco dos agentes biológicos:
analisa e registra os acidentes ocorridos.
Classe de risco 1: Baixo risco individual e para a coletividade.
Probabilidade mínima de causar doença ao ser humano.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - Norma
»» Bactérias (Bacillus subtillis; B. thuringiensis; B. sphareous;
Regulamentadora (NR 5)
Lactobacillus spp) e
• Composta de representantes do empregador e dos »» Fungos (Trichoderma, Helminthosporium spp).
empregados;
Classe de risco 2: Risco individual moderado, baixa
• Vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do
probabilidade de disseminação para a coletividade. Ao
empregado eleito para cargo de direção de desde o registro
causar doenças ao ser humano, existem meios eficazes de
de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; profilaxia ou tratamento.
• Atua na prevenção, identificação e solução de problemas
»» Bactéria – Bacilo Calmette Guerin (BCG), Bactérias
de segurança, elaboração do mapa de riscos, com assessoria
enteropatogênicas, Corynebacterium, Campilobacter,
do SESMT, onde houver; Escherichia, Bordetella pertussis, Mycobacterium leprae,
• Colabora no desenvolvimento e implementação do Neisseria, Pseudomonas, Salmonella, Vibrio.
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
»»Fungo – Aspegillus spp, Cândida, Malassezia,
(PCMSO) e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Microsporum spp, Paracoccidioide.
(PPRA);
»» Parasita (protozoário) – Endotrypanum sp, Leishmania
• Analisa informações sobre questões que tenham
sp, Plasmodium sp, Trypanosoma sp.
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores e
acidentes ocorridos - Comunicação de Acidente de Trabalho »» Parasita (helminto) – Ancylostoma, Ascaris, Dirofilaria,
(CAT) emitidas; Onchocerca, Schistosoma, Trichuris, Wuchereria,
Hymeolepis.
»» Vírus – adenovírus, astrovírus, citomegalovírus, dengue,
enterovírus, hepatite A, B, C, G, Pólio.
Classe de risco 3: Risco individual elevado e probabilidade
de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças
e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre
existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.
»» Bactéria – Brucella sp, Mycobacterium tuberculosis, M.
bovis, Yersinia;
»» Fungo – Histoplasma sp, Coccidioidis immitis; rickéttsia
sp;
»» Vírus – da raiva, HIV, Arbovírus.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 25


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Classe de risco 4: Risco individual elevado e probabilidade 02. (CESUPA/2019) A biossegurança está centrada na
elevada de disseminação para a coletividade. Grande poder prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais. O
de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem acidente biológico (AB) é uma condição clínica de
causar doenças graves ao ser humano, para as quais não “emergência”. Os principais vírus pesquisados
existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. sorologicamente são os das: hepatites B e C, mais o
»» Vírus – Ebola, Junin, Mapucho. HIV/AIDS.
I. Após o acidente biológico, imediatamente pesquisam-se
os vírus da Hepatite B e C e HIV/AIDS no acidentado, sendo
VAMOS EXERCITAR
a segunda sorologia 60 dias após a primeira.
II. A pesquisa sorológica para Hepatite B e C e HIV/AIDS, é
01. (UFRN/2017) Os profissionais de enfermagem são os sempre negativa na primeira sorologia no acidentado.
trabalhadores mais expostos aos acidentes de trabalho com III. Após o AB realizam-se quatro sorologias protocolares,
material biológico ou perfurocortantes. A Norma sendo a primeira 30 dias (de duas até 72hrs) após a data do
Regulamentadora 32 - NR 32 estabelece medidas de acidente biológico.
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em
serviços de saúde. Desse modo, nessa legislação, entre IV. É protocolar pesquisar HIV na fonte imediatamente, e
outras coisas, recomenda-se ao profissional: não aguardar a janela imunológica de uma possível pré-
contaminação.
a) Realizar esquema vacinal contra hepatite B, tétano e
difteria. Na abordagem ao acidente biológico, é correto afirmar:
b) Reencapar e desconectar manualmente agulha após a) as afirmativas I e II estão corretas.
administração de medicamentos. b) as afirmativas III e IV estão corretas.
c) Descartar agulhas e lâminas de bisturi em lixeira fechada, c) a afirmativa II está correta.
com pedal. d) a afirmativa IV está correta.
d) Notificar os acidentes de trabalho, exceto o que não
constituir afastamento laboral. 1) Testar HIV durante janela imunológica:
- momento zero (ocorrência do acidente);
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO - CAT - 30 dias;
• Avaliação no momento da ocorrência do acidente - 90 dias;
• Investigar infecção pelo HIV, hepatite B e hepatite C
• Deve ser utilizado o teste rápido para HIV, sempre que 2) Testar para Hepatite C durante janela imunológica:
disponível - momento zero
• Fonte conhecida, porém sem informação do status - 90 dias;
sorológico: realização dos exames HBsAg, Anti-HBc IgM, - 180 dias
Anti-HCV e Anti-HIV.
• Quando indicada, a profilaxia pós exposição (PEP) deverá 3) Testar para Hepatite B durante janela imunológica:
ser iniciada o mais rápido possível. - momento zero;
• PEP iniciada com 12,24 ou 36 horas é mais efetiva que - 90 dias;
com 48 a 72 horas após exposição; A duração da - 180 dias
quimioprofilaxia é de 28 dias

DEFINIÇÕES DAS CLASSES DE RISCOS


• Assistenciais: inerentes ao próprio processo ou
procedimento da assistência e do atendimento direto ao
paciente. Provêm das situações que envolvem a dinâmica
dos cuidados durante a internação ou período de
permanência do paciente no hospital. Quanto à natureza,
estes riscos podem ser: biológicos, químicos, físicos e
ergonômicos. O alvo da ação é sempre o paciente
• Ocupacionais: probabilidade de agravo à saúde humana
relacionada à atividade laboral. Pode ser de natureza
biológica, química, física e ergonômica. O alvo no risco
ocupacional é o profissional da saúde
• Ambientais: é a probabilidade de ocorrência de
alteração no meio ambiente, decorrente da ação ou
processos institucionais. Podem ser causados por agentes
físicos, químicos ou biológicos. No risco ambiental, o alvo é
o meio ambiente.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 26


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

03. Em 2013, o Ministério da Saúde lançou o Programa d) os riscos classificados como ocupacionais são aqueles
Nacional de Segurança do Paciente. Dentre os protocolos inerentes ao próprio processo ou procedimento da
estabelecidos por este Programa, destaca-se o “Protocolo assistência e do atendimento direto ao paciente. Provêm
de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de das situações que envolvem a dinâmica dos cuidados
Medicamentos”. Este protocolo é discutido por Carmagnani durante a internação ou período de permanência do
et al (2017) no capítulo 23 (p.324). Segundo esses autores, paciente no hospital. Quanto à natureza, estes riscos podem
a) risco é qualquer fenômeno que tenha o potencial de ser: biológicos, químicos, físicos e ergonômicos. O alvo no
causar ruptura no processo ou danos às pessoas e ao seu risco ocupacional pode ser o paciente ou o profissional da
ambiente. saúde.
b) risco é a probabilidade de ocorrência de um evento que e) os riscos classificados como ambientais são aqueles em
afete a integridade do paciente, da equipe de saúde ou da que há a probabilidade de ocorrência do agravo à saúde
comunidade onde o serviço está inserido. humana relacionada à alteração no meio ambiente,
decorrente da ação ou processos institucionais. Podem ser
c) os riscos classificados como assistenciais são aqueles
causados por agentes físicos, químicos ou biológicos. No
decorrentes do agravo à saúde humana relacionados à
risco ambiental, o alvo é a equipe de saúde e a comunidade
atividade laboral. Podem ser de natureza biológica, química,
onde o serviço está inserido.
física e ergonômica. O alvo no risco assistencial é o
profissional da saúde.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 27


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Rotulagem
Quanta a formas
• Sinalização de Perigo
1. Triangular;
2. Pictograma negro sobre fundo amarelo;
3. Margem negra;
4. A cor amarela deve cobrir pelo menos 50% da superfície
da placa
5. Substâncias tóxicas Substâncias
inflamáveis Risco biológico
Substâncias radioativas;

• Sinalização de Obrigação
• Sinalização de Emergência 1. Circular;
1. Retangular ou Quadrada; 2. Pictograma branco sobre fundo azul;
2. Pictograma branco sobre fundo verde; 3. A cor azul deve cobrir pelo menos 50% da superfície da
3. A cor verde deve cobrir pelo menos 50% da superfície da placa;
placa;

Saída de Emergência pela


Direita SEGURANÇA DO PACIENTE
• Sinalização de Perigo Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP):
1. Retangular ou Quadrada; Contribuir para qualificação do cuidado em todos os
2. Pictograma branco sobre fundo vermelho; estabelecimentos de saúde.
3. A cor vermelha deve cobrir pelo menos 50% da superfície • Estímulo a uma prática segura;
da placa; • Envolvimento do cidadão na sua segurança;
• Inclusão do tema no ensino;
• Incremento de pesquisa sobre ele.

Conceitos Importantes
• Boas práticas de funcionamento do serviço de saúde:
Componentes da garantia da qualidade que asseguram que
• Sinalização de Proibição os serviços são ofertados com padrões de qualidade
adequados;
1. Circular;
• Cultura da segurança: Conjunto de valores, atitudes,
2. Pictograma negro sobre fundo branco;
competências e comportamentos que determinam o
3. Margem e faixa vermelhas; comprometimento com a gestão da saúde e da segurança,
4. Faixa diagonal descendente da esquerda para a direita, a substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de
45°em relação à horizontal; aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde;
5. Cor vermelha com pelo menos 35% da placa; • Garantia da qualidade: Totalidade das ações
sistemáticas necessárias para garantir que os serviços
prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos
para os fins a que se propõem;

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 28


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Gestão de risco: Aplicação sistêmica e contínua de • Plano de segurança do paciente em serviços de


políticas, procedimentos, condutas e recursos na saúde: Documento que aponta situações de risco e descreve
identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de as estratégias e ações definidas pelo serviço de saúde para a
riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde gestão de risco visando a prevenção e a mitigação dos
humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o
imagem institucional; óbito do paciente no serviço de saúde;
• Segurança do paciente: Reduzir a um mínimo aceitável, • Serviço de saúde: Estabelecimento destinado ao
o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de desenvolvimento de ações relacionadas à promoção,
saúde. proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer
• Dano: Comprometimento da estrutura ou função do que seja o seu nível de complexidade, em regime de
corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se internação ou não, incluindo a atenção realizada em
doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou consultórios, domicílios e unidades móveis;
disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico. • Tecnologias em saúde: Conjunto de equipamentos,
• Risco: Probabilidade de um incidente ocorrer. medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na
atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a
• Incidente: Evento ou circunstância que poderia ter
infraestrutura e a organização do serviço de saúde.
resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente.
• Circunstância Notificável: Incidente com potencial dano
ou lesão. 04. Durante a prestação da assistência à saúde em um
hospital público, foi instalada uma bolsa de concentrado de
• Near miss: Incidente que não atingiu o paciente.
hemácias no paciente errado, e este acabou evoluindo à
• Incidente sem lesão: Incidente que atingiu o paciente, morte por reação hemolítica. Considera-se que ocorreu um
mas não causou dano. incidente que resultou em dano ao paciente, definido,
• Evento Adverso: Incidente que resulta em dano ao segundo a Portaria n 529/2013, como
paciente a) near miss.
• Perigo. Qualquer fenômeno que tenha o potencial de b) evento adverso.
causar ruptura no processo ou danos às pessoas e ao seu
c) incidente sem dano.
ambiente.
d) circunstância notificável.
• Risco. Probabilidade de ocorrência de um evento que
afete a integridade do paciente, da equipe de saúde ou da e) infecção relacionada à assistência à saúde.
comunidade onde o serviço está inserido.
• Núcleo de segurança do paciente (NSP): Instância do
serviço de saúde criada para promover e apoiar a
implementação de ações voltadas à segurança do paciente;

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 29


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo de XIV- segurança nas terapias nutricionais enteral e
Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua composição, parenteral;
conferindo aos membros autoridade, responsabilidade e XV - comunicação efetiva entre profissionais do serviço de
poder para executar as ações do Plano de Segurança do saúde e entre serviços de saúde;
Paciente em Serviços de Saúde:
XVI - estimular a participação do paciente e dos familiares na
O NSP deve adotar os seguintes princípios e diretrizes: assistência prestada;
I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso XVII - promoção do ambiente seguro.
de tecnologias da saúde;
II - A disseminação sistemática da cultura de segurança;
05. (CESUPA/2022) O Ministério da Saúde, em 2013,
III - A articulação e a integração dos processos de gestão de instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente
risco; (PNSP). Na portaria de nº 529, de 1º de abril de 2013, são
IV - A garantia das boas práticas de funcionamento do adotados importantes definições que dizem respeito a
serviço de saúde. Segurança do Paciente. Sobre estas definições, assinale a
alternativa correta.
Estratégias e ações de gestão de risco: a) Para fins da portaria, Cultura de Segurança é definido
como redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano
I - Identificação, análise, avaliação, monitoramento e
desnecessário associado ao cuidado de saúde.
comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma
sistemática; b) Para fins da portaria, Evento Adverso consiste em um
incidente que resultou dano ao paciente.
II - Integrar os diferentes processos de gestão de risco
desenvolvidos nos serviços de saúde; c) De acordo com a portaria, Dano é um evento ou
circunstância que poderia ter resultado, ou resultou em uma
III - Implementação de protocolos estabelecidos pelo
lesão desnecessária ao paciente.
Ministério da Saúde;
d) De acordo com a portaria, Segurança do Paciente
IV - Identificação do paciente;
configura-se como característica operacionalizada pela
V - Higiene das mãos; gestão de segurança da organização.
VI - Segurança cirúrgica;
VII - segurança na prescrição, uso e administração de
medicamentos;
VIII - segurança na prescrição, uso e administração de
sangue e hemocomponentes;
IX - segurança no uso de equipamentos e materiais;
X - manter registro adequado do uso de órteses e próteses
quando este procedimento for realizado;
XI - prevenção de quedas dos pacientes;
XII - prevenção de úlceras por pressão;
XIII - prevenção e controle de eventos adversos em serviços
de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à
saúde;
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 30
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

06. Não faz parte dos conceitos de cultura de segurança do HIGIENE E PROFILAXIA
paciente elencados na Portaria MS/GM nº 529/20133:
a) Cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo
profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem Conceitos importantes!
responsabilidade pela sua própria segurança, pela Pandemia: Disseminação mundial de uma nova doença e o
segurança de seus colegas, pacientes e familiares. termo passa a ser usado quando uma epidemia, surto que
b) Cultura que prioriza a segurança acima de metas afeta uma região, se espalha por diferentes continentes
financeiras e operacionais. com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
c) Cultura como acúmulo de toda produção material e Epidemia: Epidemia é o aumento do número de casos de
imaterial da sociedade. uma doença que supera o número esperado para a época
d) Cultura que encoraja e recompensa a identificação, a em uma região.
notificação e a resolução dos problemas relacionados à Surto: É a ocorrência de dois ou mais casos
segurança. epidemiologicamente relacionados, ou seja, é a ocorrência
e) Cultura que proporciona recursos, estrutura e de uma doença ou fenômeno restrito a um espaço
responsabilização para a manutenção efetiva da segurança. extremamente delimitado. Para ser considerado surto, o
aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas
autoridades.
07. Dada a necessidade de desenvolver estratégias,
produtos e ações direcionadas aos gestores, profissionais e Endemia: Doença infecciosa que ocorre habitualmente e
usuários da saúde sobre segurança do paciente, que com incidência significativa em dada população e/ou região.
possibilitem a promoção da mitigação da ocorrência de Infestação: Ação ou efeito de infestar. Presença, num
eventos adversos na atenção à saúde, dentre outras organismo, de parasitos que provocam ou não perturbações
considerações, o Ministério da Saúde resolveu instituir o patológicas.
Programa Nacional de Segurança ao Paciente/PNSP por Colonização: É a presença permanente ou transitória de
meio do(da) qualquer micro-organismo aderido à pele ou às membranas
a) Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013, publicada no DOU mucosas do hospedeiro, dissociada de sinais ou sintomas de
de 02/04/2013. doença infecciosa.
b) Decreto M/S nº 529, de 1º de abril de 2013, publicado no Contaminação: Presença de agente infeccioso na superfície
DOU de 02/04/2013. do corpo, no vestuário e nas roupas de cama, em
c) Portaria nº 429, de 1º de abril de 2013, publicada no DOU brinquedos, instrumentos cirúrgicos, em outros objetos
de 02/04/2013. inanimados e em substâncias como água, leite e alimentos.
d) Decreto M/S nº 429, de 1º de abril de 2013, publicado no Infecção: Penetração e desenvolvimento ou multiplicação
DOU de 02/04/2013. de um agente infeccioso no organismo do homem ou de
e) Portaria nº 559, de 1º de maio de 2013, publicada no outro animal.
DOU de 02/04/2013

O PNSP tem por objetivo geral contribuir para a qualificação


do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de
saúde do território nacional.
I- promover e apoiar a implementação de iniciativas
voltadas à segurança do paciente em diferentes áreas da
atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por
meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de
Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde;
II- envolver os pacientes e familiares nas ações de
segurança do paciente;
III- ampliar o acesso da sociedade às informações relativas à
segurança do paciente;
IV- produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre
segurança do paciente; e
V- fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no
ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da
saúde.

GABARITO
01. A 03. B 05. B 07. A
02. D 04. B 06. C

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 31


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 32


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CALENDÁRIO VACINAL Tipos de imunidade: É a capacidade do organismo


reconhecer o agente causador da doença e produzir
anticorpos a partir da doença adquirida ou por meio da
Programa Nacional de Imunização: PNI
vacinação, ficando protegido temporária e
Criado em 1973 permanentemente.
Objetivo o controle de doenças imunopreveníveis através de Antígeno: Produto de um agente biológico capaz de
amplas coberturas vacinais, para que a população possa ser estimular a formação de anticorpos (ex: vírus H1N1)
provida de adequada proteção imunitária contra as doenças
Anticorpos: Proteínas especiais do organismo que protegem
abrangidas pelo programa;
contra vírus e bactérias
SI-PNI: Sistema de Informações do PNI

TIPOS DE IMUNIDADE
Sala de Vacina
• Imunidade inespecífica (também chamada
REDE DE FRIO: Sistema de conservação (armazenamento, de imunidade natural ou inata), é constituída de
transporte e manipulação) dos Imunobiológicos desde a mecanismos de defesa bioquímicos e celulares, que já estão
produção até administração. presentes em nosso organismo antes mesmo de se iniciar o
CONSERVAÇÃO: Nível Nacional, Central e Estadual: Câmaras processo infeccioso.
frias a - 20º C; nível Regional e Municipal: Freezer a – 20º C; • Imunidade específica (também chamada de
Nível Local: geladeiras entre +2º C a +8º C. imunidade adquirida ou adaptativa), inicia-se quando os
Vacinas Virais: tríplice viral, teraviral, febre amarela, VIP, agentes infecciosos são reconhecidos nos órgãos linfoides
VOP, varicela, hepatite A, Hepatite B, influenza pelos linfócitos T e B. Os linfócitos B iniciam a produção
Vacinas Bacterinas: BCG, penta, DTP, dT, dTpa, pneumo 10, de anticorpos específicos (imunidade humoral) contra o
pneumo 23, meningo C. antígeno e os linfócitos T viabilizam a produção de células
de memória (imunidade celular).
• A imunidade humoral possui dois estágios, quando o
Cuidados com a geladeira
indivíduo é exposto ao agente infeccioso pela primeira vez
• Fazer a leitura da temperatura diariamente no início da ou quando recebe uma vacina, a primeira classe de
manhã, tarde e fim da do dia após a jornada de trabalho; imunoglobulinas a serem produzidas são as
• Manter afixado, em cada porta do equipamento, imunoglobulinas IgM que em curto espaço de tempo darão
cartazes para não abrir as portas da geladeira; lugar às imunoglobulinas IgG, as quais ficarão presentes,
• Usar tomada exclusiva; na maioria das vezes, para o resto da vida.
• Instalar em ambiente climatizado +18ºC;
• Colocar suporte de rodinhas;
• Imunização passiva consiste na injeção dos anticorpos
• Não permitir armazenar outro material;
pré formados (imunoglobulinas), seja na forma purificada
• Certificar-se que a porta está fechada;
ou em soros, para fornecer tratamento ou ainda para
• Fazer o degelo a cada 15 dias.
fornecer uma proteção imediata porém temporária contra
alguma doença.
Caixa térmica
• Imunização ativa, em que a resposta imune é estimulada
▪ Conservação dos imunobiológicos entre +2ºC e +8ºC ou pelo contato prévio com um imunógeno pelo processo de
▪ Se necessário usar isopor para manter o espaço ideal adoecimento propriamente dito (imunização ativa natural)
entre os imunobiológicos. ou por meio da exposição ao microrganismos ou a seus
▪ Não utilizar sacos de gelo pois poderá comprometer os antígenos em vacinas (imunização ativa artificial).
imunobiológicos.
▪ BOBINAS DE GELO RECICLAVEL: são constituídas por um Falsas contra indicações
frasco plástico, contendo hidroxietil celulose em • Tosse e/ou coriza;
concentração comestível, conservante e água (gelo • Diarreia leve ou moderada;
reciclável de gel) ou apenas água e conservante (gelo • Doenças de pele;
reciclável de água). • Desnutrição;
• Doença neurológica estável;
• Tratamento sistêmico com corticóide em dose baixa;
• Uso de antibióticos
• Alergias (exceto aos componentes da vacina) ;
• Prematuridade ou baixo peso ao nascer (exceto BCG).

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 33


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Contra indicações gerais de vacinas VAMOS EXERCITAR


• Vacina com vírus atenuados:
1. Às pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida 01. (UNIOESTE/2022) A caderneta ou o cartão de vacinação
(ex: HIV); é um documento físico, geralmente em papel, comprovante
2. Às pessoas acometidas de neoplasia maligna; de vacinação que é entregue diretamente ao cidadão
3. As pessoas em tratamento com corticóides em dose vacinado para controle pessoal das doses de vacinas
imunossupressora, ou submetidas a outras terapêuticas recebidas e dos respectivos agendamentos de acordo com o
imunodepressoras (3 meses); Calendário Nacional de Vacinação. Nesse sentido, na
caderneta ou no cartão de vacinação devem constar, de
4. Grávidas (algumas vacinas) forma legível, no mínimo, as seguintes informações do
5. Em caso de Doença aguda febril (grave), recomenda-se vacinado: Assinale a alternativa CORRETA.
adiar a administração da vacina, para que os sintomas não a) Nome completo, endereço, data de nascimento; nome
se confundam aos possíveis efeitos adversos da vacina; da vacina; dose aplicada; nome do fabricante; identificação
6. Após transfusão sanguínea e/ou hemoderivados, do estabelecimento; identificação do vacinador; e data da
recomenda-se aguarda 6 a 8 semanas para reiniciar próxima dose, quando aplicável.
esquema de vacinação. b) Nome completo, nome da mãe, endereço; nome da
7. * Peso inferior à 2,0 kg para BCG vacina; dose aplicada; data da vacinação; número do lote da
vacina; identificação do vacinador; e data da próxima dose,
quando aplicável.
c) Nome completo, documento de identificação, data de
nascimento; nome da vacina; dose aplicada; data da
vacinação; número do lote da vacina; nome do fabricante;
identificação do estabelecimento; identificação do
vacinador; e data da próxima dose, quando aplicável.
d) Nome, documento de identidade, endereço; nome da
vacina; dose aplicada; data da vacinação; número do lote da
vacina; nome do fabricante; identificação do
estabelecimento.

• AO NASCER:
BCG dose única
Hepatite B dose única
• 02 MESES: 1º dose
Penta, VIP, Pneumo, Rota
• 03 MESES: 1º dose
Meningo C
• 04 MESES: 2º dose
Penta, VIP, Pneumo, Rota
• 05 MESES: 2º dose
Meningo C
• 06 MESES: 3º dose
Penta, VIP
• 09 MESES: 1º dose
Febre amarela
• 12 MESES:
Tríplice viral 1º dose,
Reforço Meningo C,
Reforço Pneumo

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 34


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• 15 MESES: • Gestante:
1º ref. DTP, Hepatite 3 doses (a depender da situação vacinal anterior)
1º ref. VOP, Dupla Adulto (dT) 3 doses (a depender da situação vacinal
anterior)
tetra,
dTpa* Uma dose a cada gestação a partir da 20ª semana de
hepatite A
gestação ou no puerpério (até 45 dias após o parto).
• 04 ANOS:
Influenza Uma dose (anual)
Varicela dose única, DESCRIÇÃO DAS VACINAS
2º ref. DTP, • Vacina BCG
2º ref. VOP, Protege contra as formas graves da tuberculose: meningite
Ref. Febre amarela tuberculosa e tuberculose miliar;
• 09 a 14 ANOS: Composição: bacilos vivos atenuados do Mycobacterium
2 doses HPV (seis meses de intervalo) bovis;
Idade de aplicação: ao nascer (até 4 anos 11 meses e 29
• 11 a 14 ANOS:
dias); Via de administração: ID, na inserção do deltóide
Meningo ACWY direito;
• 10 a 19 ANOS: Volume: 0,1ml
3º dose Hepatite B, Contra-indicações: imunodepressão/AIDS, gravidez e peso
1 dose Febre amarela (depende da situação vacinal), de nascimento inferior a 2000g;
dT (reforço a cada 10 anos) Esquema vacinal: dose única para a população em geral; e
dose de reforço para comunicantes de hanseníase;
2 doses Tríplice viral (de acordo com a situação vacinal
anterior) Eventos adversos: abscessos cutâneos frios ou quentes,
linfadenopatia regional não supurada, reação queloide;
Pneumocócica 23 Valente* 1 dose (a depender da situação
vacinal anterior) - (está indicada para população indígena e A revacinação de crianças que não desenvolveram cicatriz
grupos-alvo específicos) deixou de ser recomendada pelo Ministério da Saúde em
fevereiro de 2019.
• 20 a 59 ANOS:
Outras recomendações: Pessoas de qualquer idade que
Hepatite B 3 doses (depende da situação vacinal anterior) convivem com portadores de hanseníase (lepra);
Febre Amarela Dose única (depende da situação vacinal estrangeiros ainda não vacinados e que estejam de mudança
anterior) para o Brasil.
Tríplice viral Verificar a situação vacinal anterior, se nunca
vacinado: receber 2 doses (20 a 29 anos) e 1 dose (30 a 49 02. (UFPR/2022) Segundo o calendário nacional de
anos); vacinação, a vacina BCG é indicada na seguinte situação:
a) recém-nato nos primeiros dias de vida e peso maior que 2
Dupla adulto (dT): Reforço a cada 10 anos kg.
Pneumocócica 23 Valente 1 dose (Está indicada para b) recém-nato com 1 mês de vida e peso maior que 1 kg.
população indígena e grupos-alvo específicos) c) recém-nato com menos de 2 kg.
• 60 ANOS ou mais: d) aos 2 meses de idade com peso maior que 1,5 kg.
Hepatite B 3 doses (verificar situação vacinal anterior) e) aos 6 meses de vida.
Febre amarela Dose única (verificar situação vacinal
anterior) • Vacina Hepatite B
Dupla adulto (dt) Reforço a cada 10 anos Protege contra Hepatite B
Pneumocócica 23 valente Reforço (a depender da situação Composição: antígeno de superfície do vírus
vacinal anterior) - A vacina está indicada para população Idade de aplicação: ao nascer, nas primeiras 24h (12h) – até
indígena e grupos-alvo específicos, como pessoas com 60 o 30ª dia de vida
anos e mais não vacinados que vivem acamados e/ou em Via de administração: IM Volume: : 0,5 ml
instituições fechadas. (adultos: 1.0ml/lab)
Influenza * Uma dose (anual) Esquema vacinal: ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses de vida
(pentavalente).
3 doses< 7 anos: 1, 2, 3 meses.
3 doses, > 7 anos: 0, 1 e 6 meses
Eventos adversos: locais, de pouca intensidade e sistêmicos
Contra-indicações: reação anafilática à dose anterior ou a
algum componente da vacina.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 35


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

03. (CETREDE/2021) O Agente Comunitário de Saúde precisa • Vacina Inativada Poliomielite (VIP)
estar atento ao calendário de vacinação infantil, pois cabe Trivalente e injetável
também a ele o papel de orientar a família quanto às vacinas
2, 4 e 6 meses de idade (intervalo 30-60 dias);
que devem ser administradas em um recém-nascido, por
exemplo. Que vacinas devem ser administradas em um bebê Obs: até 04 anos, 11 meses e 29 dias fazer as 3 doses
ao nascer? Via: Intramuscular
a) BCG, apenas. Volume: 0,5ml
b) Hepatite B em dose única. Contraindicações: A história de reação alérgica grave
c) Uma dose da BCG e uma dose da Pentavalente.
d) Teste do pezinho e BCG. 04. (IBRASP/2022) De acordo com o Calendário Nacional de
e) BCG e uma dose de Hepatite B. Imunização vigente, assinale a alternativa correspondente
ao esquema vacinal da Vacina Poliomielite 1, 2 e 3
(inativada) – VIP:
• Vacina Pentavalente
a) Administrar o primeiro reforço aos 15 meses e o segundo
Combinação de cinco vacinas individuais em uma: difteria, aos 4 (quatro) anos de idade.
tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria
b) Administrar 3 (três) doses, aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6
Haemophilus influenza tipo b conjugada.
(seis) meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as
Esquema: três doses da vacina: 2, 4 e 6 meses de vida doses. O intervalo mínimo é de 30 dias entre as doses.
(intervalo de 30-60 dias)
c) Administrar 2 (duas) doses, aos 2 (dois) e 4 (quatro)
Os reforços e/ou complementações em crianças a partir de 1 meses de idade.
ano são realizados com a vacina adsorvida difteria, tétano e
d) Administrar 2 (duas) doses, com intervalo de 6 (seis)
pertússis (DTP).
meses entre as doses, nas meninas de 9 a 14 anos de idade
Via de aplicação: IM (14 anos, 11 meses e 29 dias) e nos meninos de 11 a 14 anos
Volume: 0,5ml de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias).
Contraindicações: Crianças com 7 anos ou mais de idade.
Não existe laboratório produtor no país. • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) –
Pneumo 10v
• Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (DTP) Previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia,
meningite, otite) em crianças, causadas por dez sorotipos de
Reforço da Pentavalente: difteria, tétano e pertussis
pneumococos.
2 reforços: 15 meses e aos 4 anos de idade: após 6 meses da
Duas doses: 2 e 4 meses de idade (intervalo 30-60 dias); 1
3ª dose de Penta. Intervalo entre os reforços de 6 meses
reforço aos 12 meses de idade;
Dose de reforço aplicada até 6 anos, 11 meses e 29 dias
Após 4 meses: completá-lo até 12 meses (intervalo 30 dias),
Via de administração: IM Volume: 0,5ml reforço com intervalo de 60 dias
Na indisponibilidade da vacina DTP, como reforço Para crianças entre 1 e 4 anos de idade e não vacinadas: dose
administrar a vacina penta. única.
O reforço deve ser administrado entre 12 meses e 4 (quatro)
• Vacina Poliomielite – VOP anos, 11 meses e 29 dias.
Oral atenuada bivalente (1, 3) Via de administração: IM
Reforço (15 meses e 04 anos) e campanhas anuais de Volume:0,5ml
vacinação Eventos adversos: locais (dor e rubor) e sistêmicos ( febre e
1ª reforço intervalo de 6 meses; 2ª reforço intervalo de 6 mialgia)
meses
Via: Oral
Volume: 2 gotas
Até 04 anos, 11 meses e 29 dias
> 5 anos: viajantes residentes do Brasil
Não repetir a dose
Contraindicações: Gestantes e todos os que convivem com
esses grupos

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 36


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

05. (IPEFAE/2022) Aos 6 meses de idade, a criança deverá • Vacina meningocócica C (conjugada) - Meningo C
receber as vacinas: Prevenção: doenças causadas por meningococco C
I. Penta (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e (meningite)
infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B) - 3ª Indicação: 02 doses da vacina: aos 3 e 5 meses, com reforço
dose. aos 12 meses (podendo ser aplicado até os 4 anos 11 meses
II. Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - (VIP) - (previne e 29 dias) – intervalo 30-60 dias.
poliomielite) - 3ª dose. Para adolescentes de 11 e 12 anos, o PNI oferece dose única
III. Pneumocócica 10 Valente (conjugada) (previne ou reforço, de acordo com a situação vacinal.
pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Inicio > 5 meses: completa as doses até 12 meses e reforço
Pneumococo) - 3ª dose. com intervalo 60 dias após a última dose.
Está correto o que se afirma em: Via de aplicação: IM Volume: 0,5ml
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas. • Vacina febre amarela (atenuada)
c) II e III, apenas. Protege contra a Febre Amarela com composição: vírus vivos
d) I, II e III. atenuados
Idade de aplicação: a partir de 9 meses
• Vacina rotavírus humano G1P [8] (atenuada) – VORH Via de administração: SC Volume: 0,5ml
Prevenção: Doença diarreica causada por rotavírus. Crianças e 9 meses a < de 5 anos de idade: duas doses, aos
Via de aplicação: Oral Volume: 1.5ml (bisnaga) 9 meses e reforço aos 4 anos.
Esquema: > 6 semanas de idade: duas doses - 2 e 4 meses de > 5 a 59 anos de idade: dose única
idade. > 5 anos e 1ª dose ok: reforço
1ª dose: a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias Contra-indicações: anafilaxia após ingestão de ovo de
2ªdose: a partir de 3 meses e 15 dias até 7 (sete) meses e 29 galinha, e as restrições para formulações com vírus vivos,
dias gestantes, em amamentação
Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, Eventos adversos: no local, ardência, dor, edema e
não repetir a dose. vermelhidão. Podem surgir febre, mialgia e cefaleia.
Contraindicação: Crianças fora da faixa etária citada acima; O viajante deverá se vacinar pelo menos, 10 dias antes da
com deficiências imunológicas por doença ou uso de viagem.
medicamentos que causam imunossupressão; com alergia
grave, histórico de invaginação intestinal ou com
malformação congênita não corrigida do trato
gastrointestinal;
Crianças com quadro agudo de gastroenterite (vômitos,
diarreia, febre), adiar a vacinação até a resolução do quadro

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 37


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

• Vacina Tríplice Viral • Vacina hepatite A (inativada)


Protege contra sarampo, rubéola e caxumba com Prevenção: hepatite A
composição: vírus vivos atenuados Composição: É composta por antígeno do vírus da hepatite
Via de administração: SC Volume: 0,5ml A
Esquema vacinal: dose única aos 12 meses, com reforço com Indicação: a partir de 15 meses de vida até 4 anos, 11 meses
15 meses (tetraviral) - (corresponde à segunda dose da e 29 dias.
vacina tríplice viral e à primeira dose da vacina varicela; Contraindicação: alergias
5 (cinco) a 29 anos: duas doses de tríplice viral; Via de aplicação: IM Volume: 0,5ml
30 a 59 anos: uma dose de tríplice viral Esquema de doses: alterou, em 2017, a faixa etária do
Trabalhadores de saúde independentemente da idade: 2 esquema de dose única da vacina para crianças entre 15
(duas) doses de tríplice viral, conforme situação vacinal meses e antes de completar 5 anos de idade.
encontrada
Contra-indicações: reação anafilática após ingestão de ovo • Vacina varicela (atenuada)
de galinha, gravidez, uso de hemoderivados nos 3 últimos Vacina isolada contra varicela
meses, imunodeprimidos 4 anos de idade: dose única (2ªdose da vacina varicela,
Em situação de risco para o sarampo – por exemplo, surto considerando a dose de tetra viral aos 15 meses de idade)
ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser aplicada Via: SC Volume: 0,5ml
de 6 a 11 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para
o esquema de rotina (dose zero). Crianças não vacinadas oportunamente aos 4 anos, poderão
ser vacinadas com até 6 anos 11 meses e 29 dias, incluindo
as crianças indígenas nessa faixa etária
• Vacina Tetra viral Indígenas > 7 anos não vacinados: 1 ou duas doses de vacina
Composição: vírus vivos atenuados varicela (atenuada)
Idade de aplicação: a partir de 12 meses até é 4 anos 11 Contraindicações: gestantes, crianças < 9 meses e indivíduos
meses e 29 dias imunodeprimidos ou que apresentaram anafilaxia à dose
Via de administração: SC Volume: 0,5ml anterior
Esquema vacinal: duas doses de varicela: na apresentação OBS: Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até 1
SCR-V — aplicada aos 15 meses nas crianças que já (um) mês após a vacinação.
receberam a primeira dose de tríplice viral — e em
formulação isolada, aos 4 anos.
Eventos adversos: dor transitória, hiperestesia ou rubor SURTOS
local, exantema variceliforme de pequena intensidade < 9 meses, gestantes, imunodeprimidos:
Contra-indicações: imunocomprometidos, gestação, reação imunoglobulina humana antivaricela até 96 horas
anafilática à dose anterior > 9 meses e 11 meses e 29 dias: dose zero da
vacina varicela, manter esquema
12 e 14 meses: antecipar a dose de tetra viral ou
06. (UNIFIL/2021) A orientação quanto ao calendário vacinal triplice + tetral
e suas especificidades é dever de todos os profissionais da > 13 anos: 1 dose varicela
atenção primária. A imunização contra o sarampo é
contraindicada nos casos
a) de crianças que tenham recebido transfusão sanguínea
nos últimos três meses que antecedem a vacinação.
b) de crianças desnutridas.
c) de crianças com infecções respiratórias leves, sem
aumento significativo e permanente da temperatura.
d) de crianças que já tenham tido a doença.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 38


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Vacina adsorvida difteria e tétano adulto – dT/ Dupla Administrar 1 (uma) dose a partir de 60 anos, não vacinados
Adulto que vivem acamados e/ou em instituições fechadas, como
Composição: toxóides tetânico e diftérico casas geriátricas, hospitais, unidades de acolhimento/asilos
e casas de repouso. Administrar 1 (uma) dose adicional, uma
Protege contra a difteria e o tétano
única vez, respeitando o intervalo mínimo de 5 (cinco) anos
Idade de aplicação: a partir de 7 anos da dose inicial.
Via de administração: IM profunda > 5 anos indígenas: uma dose
Volume: 0,5ml Eventos adversos: locais (dor e rubor) e sistêmicos (febre e
Esquema vacinal: 3 doses com penta (intervalo 60 dias); mialgia)
reforço a cada 10 anos por toda a vida (dT). Não é recomendada como rotina para crianças (< 2 anos)
Eventos adversos: dor, calor, vermelhidão, enduração local
e febre.
Vacina influenza (fracionada, inativada) – Gripe
Contra-indicação: reação anafilática à dose anterior e
Protege contra a influenza (gripe) causada por um dos 3 ou
Síndrome de Guillain-Barré.
4 sorotipos com composição de vírus fracionados
Uso exclusivo de imunização passiva (imunoglobulina), em
Para crianças de 6 meses a 6 anos de idade: duas doses na
caso de contra-indicação absoluta a alguma preparação
primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação),
contendo toxóide tetânico.
com intervalo de um mês e revacinação anual.
Na gestante a vacina pode ser administrada em qualquer
Obs: crianças indígenas acima de 6 meses
período gestacional. Completar o esquema vacinal,
preferencialmente até 20 dias antes da data provável do Para crianças maiores de 7 anos (comorbidades e condições
parto. Verificar o período da gestação e indicação da vacina clínicas especiais), adolescentes, adultos e idosos: dose
dTpa, considerando que toda gestante deve receber pelo única anual
menos 1 (uma) dose de dTpa durante a gestação Via de administração: IM ou SC
Volume: 0,25 ml (6 meses- 2 anos); > 3 anos: 0,5ml
Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo Eventos adversos: dor local, febre, mal estar e mialgia
adulto – dTpa Contra-indicações: reação anafilática à proteína do ovo ou
Via de admisnitração: IM aos componentes da vacina e doenças febris agudas
Volume: 0,5ml Gestantes: administrar esta vacina em qualquer idade
1 (uma) dose a cada gestação, a partir da vigésima semana gestacional.
de gestação; Puérperas: administrar esta vacina até 45 dias após o parto
Para aquelas que perderam a oportunidade de serem
vacinadas durante a gestação, administrar uma dose de
dTpa no puerpério, o mais precocemente possível.
Administrar uma dose de dTpa para todos os profissionais
de saúde

07. (FCC/2022) De acordo com o calendário nacional de


vacinação, a vacina dTpa adulto deve ser aplicada em
gestante
a) em dose de reforço a cada duas gestações.
b) no primeiro mês de gestação.
c) a partir da 20ª semana de gestação.
d) nas primeiras 24 horas antes do parto.
e) no primeiro trimestre de gestação.

Vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica) –


Pneumo 23v
Protege contra infecções causadas por quaisquer dos 23
sorotipos
Composição: polissacarídeos purificados
Via de administração: IM ou SC
Esquema vacinal: para menores de 60 anos, dose única e
reforço após 5 anos (mínimo 3 anos); para maiores de 60,
dose única
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 39
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Calendário Nacional de Imunização 2023 • Profissionais portuários;


• Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
Etapa 1 - a partir de fevereiro • Trabalhadoras e trabalhadores da saúde.
• Vacinação contra Covid-19 (reforço com a vacina
bivalente) Etapa 5 - a partir de maio
• (estimativa populacional: 52 milhões)
Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas
• Público-alvo: pessoas com maior risco de formas graves
de Covid-19; Estratégias e ações:
• Pessoas com mais de 60 anos; • Mobilizar a comunidade escolar, com duas semanas de
• Gestantes e puérperas; atividades de mobilização e orientação; reduzir bolsões de
• Pacientes imunocomprometidos; não vacinados; comunicar estudantes, pais e responsáveis
• Pessoas com deficiência; sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para
avaliação;
• Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência
(ILP);
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; 08. (IFMT/2022) Com base nas Recomendações da
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBlm) - 2021/2022,
• Trabalhadores e trabalhadoras da saúde
assinale a alternativa INCORRETA sobre o calendário
nacional de vacinação da criança:
Etapa 2 - a partir de março a) Hepatite B: são três doses ao longo dos seis primeiros
Intensificação da vacinação contra Covid-19 meses de vida, sendo a primeira dose, preferencialmente,
Público alvo: aplicada nas primeiras 12 horas de vida.
Toda a população com mais de 12 anos. b) Haemophilus influenzae B: dose anual, sendo duas doses
na primovacinação antes dos 9 anos de idade.
c) Febre amarela: duas doses, aos 9 meses de vida e aos 4
Etapa 3 – a partir de março
anos de idade.
Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e
d) Vacina rotavírus monovalente: duas doses, idealmente
adolescentes
aos 2 e 4 meses de idade.
Público alvo:
e) BCG: dose única ao nascer, em recém-nascidos com peso
• Crianças de 6 meses a 17 anos. maior ou igual a 2.000 g.
Estratégias e ações:
• Mobilizar a comunidade escolar, desde a Educação Infantil 09. (AMAUC/2022) Com base no calendário de vacinas,
até o Ensino Médio com duas semanas de atividades de assinale a alternativa CORRETA que corresponde a vacinas
mobilização e orientação; comunicar estudantes, pais e com duas doses iniciando aos 3 meses de idade.
responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de
a) Rotavírus e hepatite B.
Vacinação para avaliação;
b) Haemophilus influenzae b e tríplice bacteriana.
c) Pneumocócicas conjugadas e Poliomielite (vírus
Etapa 4 – a partir de abril
inativados).
Vacinação de Influenza
d) Meningocócicas conjugadas e meningocócica B.
Público-alvo:
e) BCG ID e febre amarela.
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Adolescentes em medidas socioeducativas;
• Caminhoneiros e caminhoneiras;
• Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos,
11 meses e 29 dias);
• Forças Armadas;
Forças de Segurança e Salvamento;
• Gestantes e puérperas;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas com comorbidades;
• População privada de liberdade;
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Professoras e professores;
• Profissionais de transporte coletivo;
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 40
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

10. (AOCP/2022) Uma mãe levou o adolescente de 14 anos


para vacinação na UBS. Ao abrir o cartão de vacina, o
profissional notou que faltavam as seguintes vacinas:
DOENÇAS INFECCIOSAS
hepatite B, meningocócica C e febre amarela. Nesse caso,
qual é a melhor abordagem que o profissional deve adotar, 1) ARBOVIROSE
a fim de resolver o problema? Transmissão: Vetorial (Aedes aegypti), vertical e
transfusional
a) Administrar 3 doses da hepatite B com intervalo de 30 dias
Notificação: Compulsória
cada dose. Administrar 3 doses da vacina penta com
intervalo de 60 dias entre as doses e, no mínimo, 30 dias.
Administrar 1 dose da febre amarela imediatamente e 1
dose de reforço aos 18 anos de idade.
b) Não administrar as vacinas da hepatite B e meningocócica
C. Administrar 1 dose da febre amarela imediatamente e 1
dose de reforço seis meses depois.
c) Não administrar a vacina da hepatite B, pois já passou da
idade. Administrar 1 dose da vacina meningocócica ACWY,
independentemente de ter recebido anteriormente a vacina
meningocócica C (conjugada) ou dose de reforço. Para febre
amarela, deve-se administrar 1 dose da vacina e considerar
vacinado. 01. (AOCP/2015) Além da Dengue, o Aedes aegypti é o
d) Administrar 3 doses da vacina hepatite B com intervalo de transmissor da
30 dias entre a primeira e a segunda dose e de 6 meses entre a) doença de chagas.
a primeira e a terceira dose. Não administrar a vacina da b) febre chikungunya.
meningocócica, pois já passou da idade. Já quanto à febre c) elefantíase.
amarela, deve-se administrar 1 dose da vacina e considerar d) malária.
vacinado. e) leishmaniose.
e) Administrar 3 doses da vacina hepatite B com intervalo de
30 dias entre a primeira e a segunda e de 60 dias entre a a) DENGUE
segunda e a terceira. Não administrar a vacina da Arbovirose urbana de maior relevância nas Américas
meningocócica, pois já passou da idade. Administrar a de Suspeição: Quadro Febril Agudo
febre amarela 15 dias após tomar a de hepatite B e 1 reforço Varia de Casos Assintomáticos até casos graves
em 90 dias.
Debilitante
Autolimitada
Uma parte pode evoluir para forma grave

Período de Incubação
• Incubação intrínseco (PII): 4 a 10 dias
• Incubação extrínseco (PIE): 8 a 14 dias
• Após o PIE, o mosquito permanece infectante até o final
da sua vida (6 a 8 semanas).
• Período de viremia: 1 dias antes da febre até o 5º dia

Suscetibilidade: Universal

Imunidade: Homóloga Permanente; Heteróloga/ Cruzada


Temporária; Infecção Primária

GABARITO
01 C 03 E 05 A 07 C 09 D
02 A 04 B 06 A 08 B 10 D

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 41


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

02. (IBFC/2016) A espécie A. Aegypti é a mais importante na


transmissão da Dengue. Sobre a Dengue, assinale a
alternativa correta.
a) A transmissão somente se faz pela picada dos mosquitos
A. Aegypti, no ciclo homem – A. aegypti – homem
b) A suscetibilidade ao vírus da dengue é universal. A
imunidade é permanente para um mesmo sorotipo
(homóloga). Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga)
existe temporariamente por 2 a 3 meses
c) O período de incubação varia de 6 a 14 dias, sendo em
média de 8 a 12 dias
d) O período de transmissibilidade compreende apenas o
ciclo extrínseco que ocorre no homem
e) O período de transmissibilidade compreende dois ciclos:
um intrínseco, que ocorre no vetor, e outro extrínseco, que
ocorre no homem

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 42


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

03. Sobre a Dengue, assinale a alternativa CORRETA. c) São conhecidos quatro sorotipos de vírus da dengue: 1, 2,
a) A doença é transmitida pela picada do macho do 3 e 4.
mosquito Aedes aegypti. d) A única forma de combater a dengue é com o tratamento
b) O vírus da dengue é classificado no meio científico como adequado de águas contaminadas com as larvas do
um aquavirus, os quais são transmitidos pelos mosquitos mosquito.
Aedes aegypti.

AÇÕES DE COMBATE E PREVENÇÃO AO AEDES AEGYPTI PONTOS IMPORTANTES DO TRATAMENTO


• Objetivo é que os municípios planejem as ações de • NÃO HÁ TRATAMENTO ESPECÍFICO para Dengue,
combate e controle do Aedes aegypti Levantamento era Chikungunya e Zika.
feito a partir da adesão voluntária de municípios. Municípios • Hidratar!
que não realizarem o levantamento, não receberão segunda • Repouso relativo.
parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde • Analgésicos/antitérmicos se necessário - Escolher dipirona
• Campanha nacional: toda sexta-feira é dia de eliminar ou paracetamol - Evitar AAS e AINEs!
focos do mosquito • Antieméticos se necessário.
• Sala Nacional de Coordenação e Controle ativada • Suporte em leitos de internação ou intensivos para
diariamente pacientes dos grupos C ou D.
• Envolvimento da comunidade escolar: mais de 188 mil • A classificação de risco pode variar rapidamente de um
escolas de educação básica, 63 universidades federais e 40 grupo para o outro, especialmente em casos de dengue.
Institutos Federais de Educação Superior • Medidas preventivas.
• Eliminação dos criadouros de mosquito.
• Usar roupas que minimizem a exposição. É MUITO IMPORTANTE NÃO TOMAR MEDICAMENTO POR
• Usar repelentes, inseticidas domésticos e mosquiteiros. CONTRA PRÓPRIA, PRINCIPALMENTE A.A.S. E
• Instalação de telas em portas e janelas. ANTIINFLAMATÓRIOSQUE PODEM PROVOCAR
HEMORRAGIAS.
Não existe tratamento específico. • Diagnóstico baseado nos sintomas e exames físico e
Cuidados para aliviar dos sintomas. laboratoriais.
Ingestão de líquidos A CONFIRMAÇÃO DA DENGUE É FEITA COM BASE NOS
Controle da febre e da dor SINTOMAS APRESENTADOS E NOS EXAMES FÍSICO E
LABORATORIAIS.
O HEMOGRAMA (HEMATÓCRITO E PLAQUETAS) PODE
AUXILIAR E AGILIZAR OS CUIDADOS QUE O DOENTE DEVE
TER.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 43


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

04. (REIS/2021) As doenças como Dengue, Zika, 08. (IESES/2021) Observe as assertivas relacionadas a
Chikungunya e Febre Amarela possuem algo em comum e doenças infecciosas e parasitárias e assinale a resposta
que torna suas respectivas formas de prevenção bastante correta.
parecidas. Assinale a alternativa que apresenta essa I. Os vetores hospedeiros são os mosquitos do
característica: gênero Aedes.
a) Vetor de transmissão II. No Brasil, o Culex quinquefasciatus é o principal
b) Agente etiológico transmissor dessa doença.
c) Nicho ecológico III. É transmitido por meio da picada da fêmea do
e) Estrutura proteica do vírus mosquito Anopheles, infectada pelo Plasmodium.
IV. O agente etiológico é o Trypanosoma cruzi, protozoário
que pode habitar Triatomíneos hematófagos (no Brasil,
05. Sobre a Febre Chikungunya leia os itens abaixo:
conhecidos como “barbeiros” ou “chupões”).
I. É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus
a) I - Dengue, II - Malária, III - Filariose, IV - Doença de Chagas.
Chikungunya, que pode ser transmitida pelos mosquitos
Aedes aegypti e Aedes albopictus (mesmos mosquitos que b) I - Filariose, II - Doença de Chagas, III - Malária, IV -
transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente). Dengue.
II. Como a doença é transmitida por vírus, devem ser c) I - Dengue, II - Filariose, III - Malária, IV - Doença de Chagas.
reforçadas as vacinas e reforços contra a doença, d) I - Doença de Chagas, II- Dengue, III - Filariose, IV Malária.
principalmente para a população de risco. 2) CÓLERA
III. Os sintomas mais comuns são: febre baixa (abaixo de 37.5 A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal
graus) de início repentino, e dores intensas nas articulações aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou
de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, pela ingestão de água ou alimentos contaminados.
também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas Frequentemente, a infecção é assintomática ou causa
vermelhas na pele. diarreia leve. Pode também se apresentar de forma grave,
De acordo com as sentenças, é CORRETO afirmar que: com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor
a) Apenas o item III está correto. abdominal e cãibras. Quando não tratada, pode ocorrer
desidratação intensa, levando a graves complicações e até
b) Apenas os itens I e II estão corretos.
mesmo ao óbito. A doença está ligada diretamente ao
c) Apenas os itens II e III estão corretos. saneamento básico e à higiene.
d) Apenas o item I está correto. O período de incubação da bactéria, tempo que leva para
provocar os primeiros sintomas no organismo, varia de
06. (AMEOSC/2021) Em relação a dengue e a malária, algumas horas a 5 dias da infecção. Na maioria dos casos,
marque a alternativa CORRETA: esse período é de 2 a 3 dias. O período de transmissibilidade
perdura enquanto a pessoa estiver eliminando a bactéria
a) A malária é transmitida unicamente pela ingestão de
nas fezes, o que ocorre, na maioria dos casos, até poucos
alimentos contaminados.
dias após a cura. Para fins de vigilância, o período aceito
b) A malária é uma doença causada por uma bactéria. como padrão é de 20 dias.
c) Cada pessoa pode ter os 6 sorotipos da doença, mas a Importante: Quando não tratada prontamente e da forma
infecção por um sorotipo não gera imunidade permanente correta, a cólera pode evoluir para quadros mais graves e
para ele. provocar complicações, como desidratação intensa,
d) Febre e dores musculares são alguns dos sintomas da levando, inclusive, à morte.
dengue.
09. (UNESC/2023) Período de incubação da bactéria Vibrio
07. (IBFC/2015) O Aedes Aegypti tem hábitos diurnos e sua cholerae, que causa cólera.
picada pode levar a contrair a dengue. Assinale a alternativa A) De 10 a 20 dias da infecção.
correta em relação aos sinais e sintomas mais comuns da
B) De algumas horas a 5 dias da infecção.
dengue.
C) De 8 a 20 dias da infecção.
a) Febre, infecção pulmonar e coma.
D) De 6 a 10 dias da infecção.
b) Febre, diarréia, desidratação, coriza nasal, hemoptise,
lipotímia, sudorese intensa. E) De de algumas horas a 15 dias da infecção.
c) Febre, cefaléia, dor abdominal, hemorragia vaginal,
hepistaxe, câimbras, anasarca.
d) Febre, dores no corpo, principalmente nas articulações,
dor de cabeça, manchas vermelhas pelo corpo e em alguns
casos sangramentos.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 44


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Transmissão Sintomas
A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral, ou seja, A maior parte das pessoas infectadas pela cólera não
pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pela apresenta sintomas e, em muitos casos, nem percebe que
contaminação pessoa a pessoa. Os alimentos, de forma contraiu a doença. No entanto, mesmo nesses casos, a
geral, podem ser contaminados durante a cadeia produtiva pessoa pode transmitir a bactéria e infectar outras pessoas,
e durante sua manipulação. que podem ter reações distintas.
Além disso, como o agente causador da cólera faz parte do Os sintomas mais frequentes e comuns da cólera são
ambiente aquático, pode se associar a mariscos (crustáceos diarreia e vômitos, com diferentes graus de intensidade, o
e moluscos), peixes e algas, entre outros, possibilitando a que acaba sendo confundido com sinais de outras
transmissão da cólera se esses alimentos forem consumidos doenças. Também pode ocorrer dor abdominal e, nas
crus ou mal cozidos. formas severas, cãibras, desidratação e choque. Febre não é
uma manifestação comum.
10. (AMEOSC/2023) A cólera é uma doença bacteriana Nos casos graves, mais típicos, o início é súbito, com diarreia
infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação aquosa, abundante, de difícil controle e com inúmeros
fecal-oral direta ou pela ingestão de água ou alimentos episódios diários. Nesses casos, a diarreia e os vômitos
contaminados. Frequentemente, a infecção é assintomática determinam uma extraordinária perda de líquidos, que pode
ou causa diarreia leve. Pode também se apresentar de forma ser da ordem de 1 a 2 litros por hora. Tal quadro leva
grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, rapidamente à desidratação intensa e deve ser tratado
dor abdominal e cãibras. Quando não tratada prontamente, precoce e adequadamente, para evitar a ocorrência de
pode ocorrer desidratação intensa, levando a graves complicações e até mesmo da morte.
complicações e até mesmo ao óbito. A doença está ligada
diretamente ao saneamento básico e à higiene. Os principais sinais e sintomas da cólera são:
Uma das formas de transmissão dessa doença ocorre por • Diarreia.
qual das vias abaixo? Marque a alternativa CORRETA.
• Náuseas e vômitos.
A) Fecal-oral.

B) Secreção-auditiva.
Essa perda de minerais no sangue ainda desencadeia uma
C) Trans-nasal. série de outros sintomas, como:
D) Evapo-dérmica.
• Cãibras musculares.
• Choque.
CAUSA
Importante: O choque ocorre quando o volume de sangue
A cólera é causada pela ação da toxina liberada por dois baixo provoca queda na pressão arterial e na quantidade de
sorogrupos específicos da bactéria Vibrio oxigênio, situação que pode levar a pessoa à morte em
cholerae (sorogrupos O1 e O139). A toxina se liga às paredes questão de minutos.
intestinais, alterando o fluxo normal de sódio e cloreto do
organismo. Essa alteração faz com que o corpo secrete
grandes quantidades de água, o que provoca diarreia A desidratação em decorrência da perda de líquidos pode
aquosa, desitradação e perda de fluidos e sais minerais levar a outros sintomas, como por exemplo:
importantes para o corpo. • Irritabilidade.
Observação: Vibrio cholerae de outros sorogrupos (não O1 e • Letargia.
não O139) e dos sorogrupos O1 e O139 que não produzem • Olhos encovados.
toxina não causam cólera. Podem causar diarreia, porém
menos severa que a cólera e sem potencial epidêmico. • Boca seca.
• Sede excessiva.
FATORES DE RISCO • Pele seca e enrugada.
Os principais fatores de risco para a cólera são: • Pouca ou nenhuma produção de urina.
• Condições precárias de saneamento básico; • Pressão arterial baixa.
• Consumo de água sem tratamento adequado; • Arritmia cardíaca.
• Condições precárias de higiene pessoal; • Desequilíbrio eletrolítico (perda de minerais do sangue)
• Consumo de alimentos sem higienização ou manipulação
adequadas;
• Consumo de peixes e mariscos crus ou mal cozidos.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 45


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COMPLICAÇÕES Tratamento
As complicações da cólera são decorrentes do total estado O tratamento eficiente da cólera se fundamenta na rápida
de esgotamento do corpo, causado pela diarreia e pelos reidratação dos pacientes, por meio da administração oral
vômitos. Essas complicações ocorrem mais frequentemente de líquidos e solução de sais de reidratação oral (SRO) ou
em pessoas mais vulneráveis, como idosos, diabéticos, fluidos endovenosos, dependendo da gravidade do caso.
desnutridos, portadores do vírus HIV e aquelas pessoas que Em aproximadamente 80% dos casos, os sintomas da cólera
têm patologia cardíaca prévia. A desidratação, se não são leves ou moderados e devem ser tratados somente por
tratada prontamente e da forma adequada, leva à meio da administração oral de líquidos e SRO (planos A e B),
deterioração progressiva da circulação, da função renal e do ou seja, soro.
equilíbrio de água e minerais no corpo, causando danos a
Os pacientes que apresentarem desidratação grave devem
todos os sistemas do organismo. Como consequência,
ser tratados por meio da administração de fluidos
podem ocorrer as seguintes complicações:
endovenosos (plano C), podendo ser administrados,
• choque hipovolêmico (diminuição da quantidade de adicionalmente, antibióticos apropriados para diminuir a
sangue circulante no corpo); duração da diarreia, reduzir o volume de fluidos de
• necrose renal; reidratação necessário e encurtar a duração da excreção da
• queda de potássio no sangue, levando a arritmias bactéria.
cardíacas; Antibióticos que podem ser utilizados em casos de cólera
com desidratação grave
• hipoglicemia, com convulsões e coma em crianças.
Em gestantes, o choque hipovolêmico pode induzir a
ocorrência de aborto e parto prematuro.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da cólera é realizado a partir do cultivo de
amostras de fezes ou vômito. Quando o Vibrio cholerae é
isolado, a bactéria deve ser enviada ao laboratório de
referência nacional para realização de análises mais
específicas (caracterização bioquímica, sorológica e
molecular). Além de permitir a confirmação de casos, a
análise laboratorial é importante para avaliar e monitorar as
características das bactérias circulantes e a ocorrência de
resistência a antimicrobianos. Diante da suspeita de cólera,
deve ser realizado o diagnóstico diferencial considerando-se
todos os microrganismos capazes de provocar doenças
diarreicas agudas. Recomenda-se, portanto, a coleta
simultânea de amostras de fezes para análise viral,
bacteriana e parasitológica.

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Prevenção 11. (OMNI/2021) Sobre a Cólera, é correto afirmar que:


A ocorrência da cólera é diretamente relacionada às A) Os quadros graves são mais frequentes do que as formas
condições inadequadas de saneamento e sua prevenção se leves e as infecções assintomáticas.
baseia na adoção de medidas de higiene pessoal e no B) É de transmissão predominantemente parenteral.
consumo seguro de água e alimentos:
C) A doença mantém-se através do ciclo de transmissão
• Lave sempre as mãos com sabão e água limpa homem–meio ambiente–homem.
principalmente antes de preparar ou ingerir alimentos, após
D) Pode ser prevenida através da imunização.
ir ao banheiro, após utilizar conduções públicas ou tocar
superfícies que possam estar sujas, após tocar em animais,
sempre que voltar da rua, antes e depois de amamentar e 12. (APRENDER/2019) Sobre as medidas de controle nos
trocar fraldas; casos de Cólera, considere os itens a seguir:
• Lave e desinfete as superfícies, utensílios e I. Deve-se ter cuidados com os vômitos e as fezes dos
equipamentos usados na preparação de alimentos; pacientes no domicílio. É importante informar sobre a
• Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, necessidade da lavagem rigorosa das mãos e procedimentos
animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos básicos de higiene;
em recipientes fechados); II. Deve-se adotar isolamento entérico nos casos
hospitalizados, com desinfecção concorrente de fezes,
• Trate a água para consumo (após filtrar, ferver ou colocar
vômitos, vestuário e roupa de cama dos pacientes;
duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para
cada litro de água, aguardar por 30 minutos antes de usar); III. Para vigiar e detectar precocemente a circulação do
agente preconiza-se o fortalecimento da monitorização das
• Guarde a água tratada em vasilhas limpas e com tampa,
doenças diarreicas agudas (MDDA), nos municípios do país,
sendo a “boca” estreita para evitar a recontaminação;
e a monitorização ambiental para pesquisa de V. cholerae,
• Não utilize água de riachos, rios, cacimbas ou poços no ambiente.
contaminados para banhar ou beber;
Dos itens acima:
• Evite o consumo de alimentos crus ou mal cozidos
A) Apenas os itens I e II estão corretos.
(principalmente os frutos do mar) e alimentos cujas
condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, B) Apenas os itens I e III estão corretos.
sejam precárias. C) Apenas os itens II e III estão corretos.
• Ensaque e mantenha a tampa do lixo sempre fechada; D) Todos os itens estão corretos.
quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado
em local apropriado; 3) Meningite
• Use sempre o vaso sanitário, mas se não for possível, No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica.
enterre as fezes sempre longe dos cursos de água. Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com
a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência
Importante: Existem vacinas para a cólera, mas atualmente das meningites bacterianas é mais comum no outono-
a vacinação é indicada apenas para populações de áreas com inverno e das virais na primavera-verão. O sexo masculino
cólera endêmica, populações em situação de crise também é o mais acometido pela doença.
humanitária com alto risco para cólera ou durante surtos de A meningite é uma inflamação das meninges, membranas
cólera, sempre em conjunto com outras estratégias de que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
prevenção e controle.
Ainda que a Cólera esteja atualmente controlada no País, é
necessário que os profissionais de todas as áreas continuem
vigilantes para que qualquer caso seja identificado
prontamente e as medidas de controle e prevenção possam
ser executadas oportunamente, a fim de evitar a
propagação e principalmente, a ocorrência de óbitos.
(Ministério da Saúde, 2010)

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13. (METROCAPITAL/2022) Sobre as meningites bacterianas BACTÉRIAS


é incorreto afirmar que: • Neisseria meningitidis (meningococo)
A) Processo inflamatório das meninges, membranas que • Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Haemophilus
envolvem o cérebro e a medula espinhal, causado por influenzae
bactérias.
• Mycobacterium tuberculosis
B) Pode ser causada por uma grande variedade de bactérias.
A prevalência de cada bactéria está associada a um dos • Streptococcus sp., especialmente os do grupo B
seguintes fatores, idade do paciente, porta de entrada ou • Listeria monocytogenes
foco séptico inicial; Tipo e localização da infecção no sistema • Escherichia coli
nervoso central (SNC); Estado imunitário prévio; Situação
• Treponema pallidum
epidemiológica local.
• Entre outras
C) Neisseria meningitidis (meningococo) - No Brasil, é a
principal causa de meningite bacteriana.
D) Seu modo de transmissão é geralmente, de pessoa a VÍRUS
pessoa, por meio das vias respiratórias, por gotículas e • Enterovírus não pólio (tais como o vírus Coxsackie e
secreções da nasofaringe. Echovírus)
E) Seu período de incubação em geral, de quatro a doze dias; • Herpes simplex
em média, cinco a oito dias, podendo haver alguma variação
• Varicela zoster
em função do agente etiológico responsável.
• Epstein-Barr
• Citomegalovírus
DIAGNÓSTICO
• Arbovírus (Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela,
Se o médico suspeita de meningite, ele solicita a coleta de
Febre do Nilo Ocidental)
amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano (líquor). O
laboratório então testa as amostras para detectar o agente • Sarampo
que está causando a infecção. A identificação específica do • Caxumba
agente é importante para o médico saber exatamente como
• Rubéola
deve tratar a infecção.
• Adenovírus
• Entre outros
Quais exames são feitos?
Os principais exames para o esclarecimento diagnóstico de
casos suspeitos de meningite são: exame quimiocitológico FUNGOS
do líquor; bacterioscopia direta; cultura; aglutinação pelo • Cryptococcus neoformans
látex e Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real • Cryptococcus gatti
(qPCR).
• Candida albicans
O aspecto do líquor, embora não considerado um exame,
funciona como um indicativo. O líquor normal é límpido e • Candida tropicalis
incolor, como “água de rocha”. Nos processos infecciosos, • Histoplasma capsulatum
ocorre o aumento de elementos figurados (células), • Paracoccidioides brasiliensis
causando turvação, cuja intensidade varia de acordo com a
• Aspergillus fumigatus
quantidade e o tipo desses elementos.

Importante: Todos os exames laboratoriais estão PROTOZOÁRIOS


disponíveis no SUS, e são solicitados pela equipe médica ou • Toxoplasma gondii
de vigilância epidemiológica durante o acompanhamento do • Plasmodium sp.
caso.
• Trypanosoma cruzi

Causas
HELMINTOS
Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As
meningites virais e bacterianas são as de maior importância • Infecção larvária de Taenia solium
para a saúde pública, considerando a magnitude de sua • Cysticercus cellulosae (Cisticercose)
ocorrência e o potencial de produzir surtos. • Angyostrongylus cantonesis
Apesar de ser habitualmente causada por microrganismos, a
meningite também pode ter origem em processos
inflamatórios, como câncer (metástases para meninges),
lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e
cirurgias cerebrais.
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Transmissão A doença meningocócica (DM) causada pela bactéria N.


Em geral, a transmissão é de pessoa para pessoa, através das meningitidis, caracteriza-se por uma ou mais síndromes
vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da clínicas, sendo a meningite meningocócica a mais frequente
garganta. Também ocorre a transmissão fecal-oral, através delas e a meningococcemia a forma mais grave. As crianças,
da ingestão de água e alimentos contaminados e contato os adolescentes e adultos jovens têm o risco de
com fezes. adoecimento aumentado em surtos. Os maiores
coeficientes de incidência da doença são observados em
lactentes, no primeiro ano de vida.
Diferenças nos tipos de transmissão:
Na meningite pneumocócica (causada pela bactéria S.
Meningite Bacteriana pneumoniae) idosos e indivíduos portadores de quadros
Geralmente, as bactérias que causam meningite bacteriana crônicos ou de doenças imunossupressoras também
se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias apresentam maior risco de adoecimento.
respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da
garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio
14. (UNIFASE/2023) Sobre o mecanismo de transmissão da
dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e
Meningite Meningocócica, assinale a alternativa CORRETA.
da Escherichia coli.
A) A transmissão por fômites é de extrema relevância.
É importante saber que algumas pessoas podem transportar
essas bactérias sem estarem doentes. Essas pessoas são B) Se dá pelo contato com secreção respiratória de pessoas
chamadas de “portadoras”. sintomáticas.
A maioria dessas pessoas não adoece, mas ainda assim pode C) A transmissão se dá de pessoa a pessoa, através de
espalhá-las para outras pessoas. secreções respiratórias.
D) A transmissão se dá após 14 dias de contaminação (após
período de incubação).
Meningite Viral
E) Após 72 horas de antibioticoterapia a bactéria é eliminada
As meningites virais podem ser transmitidas de diversas
da nasofaringe.
maneiras a depender do vírus causador da doença.
No caso dos Enterovírus, a contaminação é fecal-oral, e os
vírus podem ser adquiridos por contato próximo (tocar ou 15. (FUNDATEC/2022) Sobre a doença meningocócica
apertar as mãos) com uma pessoa infectada; tocar em (meningite), assinale a alternativa INCORRETA.
objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar A) A transmissão acontece através de contato direto pessoa
nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos, trocar a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas
fraldas de uma pessoa infectada, beber água ou comer infectadas sintomáticas, e principalmente através de
alimentos crus que contenham o vírus. Já os arbovírus são superfícies e objetos (fômites).
transmitidos por meio de picada de mosquitos B) A meningite meningocócica é a forma mais frequente de
contaminados. doença meningocócica invasiva e associa-se, em cerca de
60% dos casos, à presença de lesões cutâneas petequiais
Meningite causada por Fungos bastante características.
A meningite fúngica não é transmitida de pessoa para C) Em lactentes com meningite, a pesquisa de sinais
pessoa. Geralmente os fungos são adquiridos por meio da meníngeos é extremamente difícil e a rigidez de nuca nem
inalação dos esporos (pequenos pedaços de fungos) que sempre está presente, sendo que nessas circunstâncias,
entram nos pulmões e podem chegar até as meninges. deve-se realizar o exame da fontanela bregmática,
observando abaulamento e/ou aumento de tensão da
Alguns fungos encontram-se em solos ou ambientes
fontanela.
contaminados com excrementos de pássaros ou morcegos.
D) A vacinação é considerada a forma mais eficaz na
Já um outro fungo, chamado Candida, que também pode
prevenção da doença e consiste de duas doses, aos 3 e 5
causar meningite, geralmente é adquirido em ambiente
meses de idade, com uma dose de reforço aos 12 meses de
hospitalar.
idade, podendo ser administrada até os 4 anos.

Meningite causada por Parasitas


Os parasitas que causam meningite não são transmitidos de
uma pessoa para outra, e normalmente infectam animais e
não pessoas. As pessoas são infectadas pela ingestão de
produtos ou alimentos contaminados que tenha a forma ou
a fase infecciosa do parasita.

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Sintomas MENINGITE POR FUNGOS


A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o quadro Os sinais e sintomas de meningite fúngica são parecidos com
clínico é grave, por isso no momento em que achar que você os causados por outros tipos de agentes etiológicos, como
ou alguém pode estar com sintomas de meningite deve segue: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, náusea,
procurar atendimento médico o mais rápido possível. Um vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz), e status mental
médico pode determinar se você tem a doença, o tipo de alterado.
meningite e o melhor tratamento.
16. (UNIOESTE/2022) Assinale a alternativa CORRETA
MENINGITE BACTERIANA quanto aos sinais e sintomas mais específicos da meningite
A meningite bacteriana é geralmente mais grave e os bacteriana (BRASIL, 2021).
sintomas incluem febre, dor de cabeça e rigidez de nuca. A) Petequias; sinais hemorrágicos; Rigidez na nuca;
Muitas vezes há outros sintomas, como: mal-estar, náusea, Alteração no estado mental; Choque; Fotofobia; Sinal de
vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), status Kernig; Sinal de Brudzinski; Inconsciência; Estado clínico
mental alterado (confusão). Com o passar do tempo, alguns precário; tóxico; Paresia; Déficit neurológico focale;
sintomas mais graves de meningite bacteriana podem Convulsões.
aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma. B) Calafrios/tremores; Dor abdominal/distensão/diarréia;
Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos Dor/coriza no nariz, ouvido e/ou garganta.
acima podem estar ausentes ou difíceis de serem C) Febre; Vômitos/náuseas; Letargia; Irritabilidade; Recusa
percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar- alimentar; Cefaléia; Dor muscular/articular; Dificuldade
se mal ou parecer letárgico ou irresponsivo a respiratória.
estímulos. Também podem apresentar a fontanela
D) Calafrios; Dor abdominal/distensão/diarréia; Dor no
(moleira) protuberante ou reflexos anormais.
ouvido e/ou garganta.
Na septicemia meningocócica (também conhecida como
meningococcemia) que é uma infecção na corrente
sanguínea causada pela bactéria Neisseria meningitidis, PREVENÇÃO
além dos sintomas descritos acima, podem aparecer outros A meningite é uma síndrome que pode ser causada por
como: fadiga, mãos e pés frios, calafrios, dores severas ou diferentes agentes infecciosos. Para alguns destes, existem
dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen medidas de prevenção primária, tais como vacinas e
(barriga), respiração rápida, diarreia e manchas vermelhas quimioprofilaxia. As vacinas estão disponíveis para
pelo corpo. prevenção das principais causas de meningite bacteriana.
As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança
do Programa Nacional de Imunização são:
MENINGITE VIRAL
• Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a
Os sintomas iniciais da meningite viral são semelhantes aos
doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
da meningite bacteriana: febre, dor de cabeça, rigidez de
nuca, náusea, vomito, falta de apetite, irritabilidade, • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege
sonolência ou dificuldade para acordar do sono, letargia, contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus
fotofobia (aumento da sensibilidade à luz). Em recém- pneumoniae, incluindo meningite.
nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos acima • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas
podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como
bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e
parecer letárgico ou irresponsivo a estímulos. Também hepatite B.
podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou • Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença
reflexos anormais. meningocócica causada pelo sorogrupo C.
• Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a
MENINGITE POR PARASITAS doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.
Tal como acontece com a meningite causada por outras
infecções, as pessoas que desenvolvem este tipo de
meningite podem apresentar dores de cabeça, rigidez de
nuca, náuseas, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e/ou
estado mental alterado (confusão).

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17. (ADVISE/2023) A doença meningocócica é uma infecção LEPTOSPIROSE


bacteriana aguda. Quando se apresenta na forma de doença A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é
invasiva, caracteriza-se por uma ou mais síndromes clínicas, transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina
sendo a meningite meningocócica a mais frequente delas, e de animais (principalmente ratos) infectados pela
a meningococcemia a forma mais grave. São objetivos da bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele
vigilância epidemiológica da doença meningocócica: com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em
I- Detectar surtos precocemente; água contaminada ou por meio de mucosas. O período de
II- Orientar a utilização e avaliar a efetividade das medidas incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão
de prevenção e controle; da infecção até o início das manifestações dos sinais e
sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre
III- Monitorar a prevalência dos sorogrupos e sorotipos de N.
entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
meningitidis circulantes;
A doença apresenta elevada incidência em determinadas
IV- Monitorar o perfil da resistência bacteriana das cepas de
áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40%
N. meningitidis identificadas.
nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às
Está CORRETO o que se afirma em: condições precárias de infraestrutura sanitária e alta
A) I, II, III e IV. infestação de roedores infectados. As inundações propiciam
B) I, II e III, apenas. a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente,
facilitando a ocorrência de surtos.
C) II e IV, apenas.
D) I, III e IV, apenas.
19. (INSTITUTO ÂNIMA/2020) A leptospirose apresenta
E) III e IV, apenas.
elevada incidência em determinadas áreas, alto custo
hospitalar e perdas de dias de trabalho, além do risco de
18. (CONSULPLAN/2022) As meningites virais são também letalidade, que pode chegar a 40 % nos casos mais graves.
chamadas assépticas ou serosas. O sistema nervoso central (BRASIL, 2019). Sobre a leptospirose, afirma-se:
pode ser infectado por um variado conjunto de vírus, mas, I. É uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo
independente do agente viral, o quadro clínico se caracteriza espectro clínico pode variar desde um processo inaparente
por aparição súbita de cefaleia, fotofobia, rigidez de nuca, até formas graves.
náuseas, vômitos e febre.
II. O período de incubação varia de 1 a 30 dias (média entre
Considerando que no Brasil as meningites virais são mais 5 e 14 dias).
comuns na primavera e no verão, sobre essa doença
III. Os animais infectados podem eliminar a leptospira
infecciosa, marque V para as afirmativas verdadeiras
através da urina durante meses, anos ou por toda a vida,
e F para as falsas.
segundo a espécie animal e o sorovar envolvido.
( ) É uma inflamação das meninges – membranas que
IV. O principal modo de transmissão da leptospira ao
envolvem o cérebro e a medula espinhal.
homem é pela transmissão pessoa a pessoa pelo contato
( ) Para o diagnóstico de casos suspeitos de meningite são os com bubões supurados.
principais exames utilizados: exame quimiocitológico do
V. O vírus leptospira pertence à família Rhabdo-viridae e
líquor; bacterioscopia direta; cultura; aglutinação pelo látex;
gênero Lyssavirus.
e, Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR).
Está correto o que se afirma em:
( ) O tratamento das meningites virais deve ser, na maioria
dos casos, com fármacos antivirais; normalmente, as A) Somente I, II e IV.
pessoas são internadas e monitoradas e se recuperam de B) Somente II, IV e V.
maneira espontânea. C) Somente I e V.
A sequência está correta em D) Somente I, II e III.
A) V, V, F. E) Todas as afirmativas.
B) F, F, F.
C) F, F, V. 20. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/2020) O período de incubação
D) V, V, V. da Leptospirose:
A) Varia de 15 a 40 dias (média entre 20 e 34 dias).
B) Varia de 1 a 30 dias (média entre 5 e 14 dias).
C) Varia de 24 a 45 dias (média entre 25 e 32 dias).
D) Nenhuma das alternativas.

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Sintomas 22. (FUNDATEC/2020) Entre as doenças ocupacionais


As manifestações clínicas variam desde formas provocadas por agentes biológicos, a ___________ é
assintomáticas e subclínicas até quadros graves, associados conhecida como enfermidade de Weil que provoca febre,
a manifestações fulminantes. São divididas em duas fases: calafrios, mal-estar, vômitos, dores musculares, icterícia e
fase precoce e fase tardia. insuficiência renal. A transmissão se faz por contato com
água, solo, vegetais contaminados pela urina de animais
infectados, como os roedores.
Os principais da fase precoce são:
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna
• Febre do trecho acima.
• Dor de cabeça A) brucelose
• Dor muscular, principalmente nas panturrilhas B) carbunculose
• Falta de apetite C) hepatite B
• Náuseas/vômitos D) febre amarela
Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão E) leptospirose
ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais
raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado
Diagnóstico
e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.
O diagnóstico específico é feito a partir da coleta de sangue
Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose,
no qual será verificado se há presença de anticorpos para
ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que
leptospirose (exame indireto) ou a presença da bactéria
normalmente iniciam-se após a primeira semana de
(exame direto).
doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da
leptospirose é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade O método laboratorial de escolha depende da fase
de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia evolutiva em que se encontra o paciente.
rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente
pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar. Fase precoce – primeira semana Fase tardia:
de doença • Cultura
Manifestações na fase tardia: • Exame direto • ELISA-IgM
• Síndrome de Weil - tríade de icterícia, insuficiência renal • Cultura • Microaglutinação
e hemorragias • Detecção do DNA pela reação (MAT)
• Síndrome de hemorragia pulmonar - lesão pulmonar em cadeia da polimerase (PCR)
aguda e sangramento maciço
• Comprometimento pulmonar - tosse seca, dispneia, Os exames acima devem ser realizados pelos Lacens,
expectoração hemoptoica pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios de Saúde
• Síndrome da angustia respiratória aguda – SARA Pública.
• Manifestações hemorrágicas – pulmonar, pele, mucosas, Exames inespecíficos
órgãos e sistema nervoso central • Hemograma
• Bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações,
21. (AMAUC/2021) É um agravo de notificação compulsória, TGO, TGP, gama-GT, fosfatase alcalina e CPK, Na+ e K+)
relacionado à exposição a fossas e esgotos, caracterizando- • Radiografia de tórax
se por quadro febril súbito, dores musculares, náuseas e
vômitos: • Eletrocardiograma (ECG)
A) tuberculose. • Gasometria arterial
B) pediculose.
C) hanseníase.
D) leptospirose
E) tracoma.

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Considerando-se que a leptospirose tem um amplo Cuidados com a água para consumo humano Garantia da
espectro clínico, os principais diagnósticos diferenciais são: utilização de água potável, filtrada, fervida ou clorada para
Fase precoce – dengue, influenza (síndrome gripal), malária, consumo humano, haja vista serem comuns quebras na
riquetsioses, doença de Chagas aguda, toxoplasmose, febre canalização durante as enchentes.
tifóide, entre outras doenças. A lama de enchentes tem alto poder infectante e adere a
Fase tardia – hepatites virais agudas, hantavirose, febre móveis, paredes e chão. Recomenda-se retirar essa lama
amarela, malária grave, dengue hemorrágica, febre tifóide, (sempre com a proteção de luvas e botas de borracha) e
endocardite, riquetsioses, doença de Chagas aguda, lavar o local, desinfetando-o a seguir com uma solução de
pneumonias, pielonefrite aguda, apendicite aguda, sepse, hipoclorito de sódio a 2,5%, na seguinte proporção: para 20
meningites, colangite, colecistite aguda, coledocolitíase, litros de água, adicionar duas xícaras de chá (400mL) de
esteatose aguda da gravidez, síndrome hepatorrenal, hipoclorito de sódio a 2,5%. Aplicar essa solução nos locais
síndrome hemolíticourêmica, outras vasculites, contaminados com lama, deixando agir por 15 minutos.
incluindo lúpus eritematoso sistêmico, dentre outras. Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir
que crianças nadem ou brinquem nessas águas. Pessoas
que trabalham na limpeza de lama, entulhos e
23. (OBJETIVA/2022) De acordo com Caderno de Atenção
desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de
Básica nº 22, sobre a leptospirose, marcar C para as
borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e
afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a
nos pés).
alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
Para o controle dos roedores, recomenda-se
( ) A infecção humana ocorre com a picada do
acondicionamento e destino adequado do lixo,
mosquito leptospirus.
armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e
( ) Os animais infectados podem eliminar a leptospira pela vedação de caixas d´água, vedação de frestas e aberturas em
urina durante meses, anos ou por toda vida, segundo a portas e paredes, etc. O uso de raticidas (desratização) deve
espécie animal e o sorovar envolvido. ser feito por técnicos devidamente capacitados.
( ) No Brasil, não há vacina para uso humano contra a
leptospirose.
24. (IOPLAN/2021) A leptospirose é uma doença infecciosa
A) C - C - E. febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta a
B) E - C - C. urina de animais (principalmente ratos) infectados pela
C) C - E - E. bactéria Leptospira; sua penetração ocorre através da pele
com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em
D) E - C - E.
água contaminada ou através de mucosas. Sobre a
Leptospirose, responda verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale
TRATAMENTO a alternativa que traz a sequência correta:
O tratamento com o uso de antibióticos deve ser iniciado I. (__) As inundações propiciam a disseminação e a
no momento da suspeita. persistência da bactéria no ambiente, facilitando a
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos ocorrência de surtos.
casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando II. (__) No Brasil, a leptospirose é uma doença endêmica,
evitar complicações e diminuir a letalidade. A tornando-se epidêmica em períodos chuvosos,
automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a principalmente nas capitais e áreas metropolitanas, devido
recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o às enchentes associadas à aglomeração populacional de
contato com exposição de risco. A antibioticoterapia está baixa renda, às condições inadequadas de saneamento e à
indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia alta infestação de roedores infectados.
costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. Na III. (__) No Brasil, a principal medida de prevenção à
fase precoce, são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina; para Leptospirose é a vacinação, principalmente, das populações
a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, em situações de vulnerabilidade.
Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima.
A) V – V – F.
B) V – F – F.
Prevenção
C) F – V – V.
As medidas de prevenção e controle devem ser
D) F – F – V.
direcionadas aos reservatórios (roedores e outros animais),
à melhoria das condições de proteção dos trabalhadores
expostos e das condições higiênico-sanitárias da população,
e às medidas corretivas sobre o meio ambiente, diminuindo
sua capacidade de suporte para a instalação e proliferação
de roedores.

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

QUIMIOPROFILAXIA D) Infecção bacteriana sistêmica, de evolução crônica,


Em virtude da insuficiência de evidências científicas sobre causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria gram-
benefícios e riscos do uso de quimioprofilaxia para um negativa, do grupo das espiroquetas, de alta
grande contingente populacional, o uso de quimioprofilaxia patogenicidade. O homem é o único reservatório e a
não é indicado pelo Ministério da Saúde como medida de transmissão sexual é a predominante. Os sítios de
prevenção em saúde pública em casos de exposição inoculação do T. pallidum são, em geral, os órgãos genitais,
populacional em massa por ocasião de desastres naturais podendo ocorrer também manifestações extragenitais
como enchentes. A orientação para profissionais de saúde, (lábios, língua e áreas da pele com solução de continuidade).
militares e de defesa civil que se expuserem ou irão se expor A transmissão vertical pode ocorrer durante a gestação e
a situações de risco durante operações de resgate, é utilizar implicar consequências, como aborto, natimorto, parto pré-
equipamentos de proteção individual e ampliar o grau de termo, morte neonatal e manifestações congênitas precoces
alerta sobre o risco da doença entre os expostos, de forma a ou tardias. A transmissão por transfusão de sangue ou
permitir o diagnóstico e tratamento oportunos dos derivados pode ocorrer, mas tornou-se muito rara, devido
pacientes. ao controle e testagem do sangue doado, pelos bancos de
sangue.
Essa orientação caberá até que estudos nacionais sobre
quimioprofilaxia possam ser realizados, contemplando E) Animais domésticos e selvagens são reservatórios. Os
aspectos locais e características da população que servirão principais são os roedores das espécies Rattus
para validar os atuais resultados e recomendações obtidos norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato
por estudos realizados no exterior. de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou
catita). Esses animais não desenvolvem a doença quando
infectados e albergam a leptospira nos rins, eliminando-a
25. (FAU UNICENTRO/2021) Sobre a Leptospirose, assinale a viva no meio ambiente e contaminando água, solo e
alternativa correta: alimentos. Outros reservatórios são caninos, suínos,
A) Doença infecciosa, não contagiosa, causada por bovinos, equinos, ovinos e caprinos. O homem é apenas
protozoário, de transmissão vetorial, que acomete pele e hospedeiro acidental e terminal, dentro da cadeia de
mucosas. Os reservatórios são várias espécies de animais transmissão.
silvestres (roedores, masurpiais, edentados e canídeos
silvestres), roedores e animais domésticos (canídeos,
26. (UNIFIL/2021) Analise as assertivas sobre leptospirose e
felídeos e equídeos).
assinale a alternativa correta.
B) Ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito
I. A leptospirose é uma doença infecciosa febril, crônica,
Anopheles, quando infectada pelo Plasmodium spp. Ao
potencialmente grave.
picar uma pessoa infectada, os plasmódios circulantes no
sangue humano, na fase de gametócitos, são sugados pelo II. A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira
mosquito, que atua como hospedeiro principal e permite o interrogans, sendo uma zoonose encontrada
desenvolvimento do parasito, gerando esporozoítos no exclusivamente nas Américas e Ásia.
chamado ciclo esporogônico. Por sua vez, os esporozoítos III. O rato de esgoto é o principal responsável pela infecção
são transmitidos aos humanos pela saliva do mosquito no humana, a bactéria multiplica-se nos rins desses animais
momento das picadas seguintes. O risco de transmissão sem causar dano, e é eliminada na urina, às vezes por toda
depende do horário de atividade do vetor; são abundantes vida do animal.
nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer; IV. A bactéria eliminada junto com a urina de animais
todavia, são encontrados picando durante todo o período sobrevive ao solo seco ou na água, que tenham pH neutro
noturno. O horário em que há maior abundância de ou ácido, sobrevivendo também a água com alto teor salino.
mosquitos varia de acordo com cada espécie, nas diferentes
A) Apenas I e II estão corretas.
regiões e ao longo do ano.
B) Apenas I, II e III estão corretas.
C) É uma doença ocular inflamatória crônica, uma
ceratoconjuntivite recidivante que, em decorrência de C) Apenas III está correta.
infecções repetidas, produz cicatrizes na conjuntiva D) Apenas II e IV estão corretas.
palpebral superior. As lesões podem evoluir e causar E) Apenas I, II e IV estão corretas.
mudanças na posição da pálpebra superior e dos cílios, cujo
atrito com o globo ocular poderá ocasionar alterações da
córnea, provocando graus variados de opacificação, que GABARITO
podem evoluir para a redução da acuidade visual, até a 01. B 06. D 11. C 16. A 21. D 26.A
cegueira. A transmissão ocorre durante a infecção ativa, 02. B 07. D 12. D 17. A 22. B
tanto na forma direta, de pessoa a pessoa, por contato com
03. C 08. C 13. E 18. A 23. A
as secreções oculares, como na forma indireta, por meio de
contato com objetos contaminados como toalhas, lenços e 04. A 09. B 14. C 19. D 24. E
fronhas. As moscas podem contribuir para a disseminação 05. D 10. A 15. A 20. B 25.C
da doença por transmissão mecânica.

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CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 02. (UFG/2022) O Centro de Material e Esterilização (CME) é


um setor no qual são processados os Produtos Para Saúde
(PPS), utilizados na assistência à saúde dos diversos setores
Unidade funcional destinada ao processamento de produtos de uma instituição de saúde. Segundo a Resolução da
para saúde dos serviços de saúde Diretoria Colegiada (RDC) n. 15, de 15 de março de 2012, do
Processamento de produto para saúde: Conjunto de ações Ministério da Saúde, o Centro de Material e Esterilização
relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, (CME)
avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, A) classe I é aquele que realiza o processamento dos
desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição Produtos Para Saúde (PPS) não críticos, semicríticos e
para as unidades consumidoras. críticos de conformação não complexa, passíveis de
Segundo a RDC nº 50, de 2.002, as atividades que devem processamento.
ser desenvolvidas no CME, são: B) classe I, é destinado para realizar somente a desinfecção
1. Receber, desinfetar e separar os produtos para a saúde dos Produtos Para Saúde (PPS) e o CME de classe II, realiza a
esterilização dos produtos.
2. Lavar os produtos
C) classe I é aquele que realiza o processamento de Produtos
3. Receber roupas limpas vindas da lavanderia
Para Saúde (PPS) não críticos, semicríticos e críticos de
4. Realizar o empacotamento conformação complexa e não complexa, passíveis de
5. Esterilizar os produtos por meio de métodos físicos processamento.
6. Realizar o controle microbiológico e o prazo de validade D) classe II é aquele que realiza o processamento dos
de esterilização dos produtos Produtos Para Saúde (PPS) não críticos, semicríticos e
7. Acondicionar e distribuir os instrumentais e roupas críticos de conformação não complexa, passíveis de
esterilizadas processamento.
8. Zelar pela segurança e proteção dos funcionários desse
setor ESTRUTURA FÍSICA

01. (GUALIMP/2021) De acordo com a RDC nº. 50 (ANVISA,


2004, pág. 112), as condições ambientais necessárias ao
auxílio do controle da infecção de serviços de saúde
dependem de pré-requisitos de diferentes ambientes do
EAS, quanto ao risco de transmissão da mesma. Nesse
sentido, a Central de Materiais Esterilizados, pode ser 03. (UFPE/2022) Sobre a Central de Material e Esterilização
classificada como uma: (CME), considere V para as sentenças verdadeiras e F para
A) Área semicrítica. as falsas.
B) Área crítica. ( ) Na CME classe I, realiza-se o processamento de produtos
para a saúde não críticos, de conformação não complexa,
C) Área não crítica. passíveis de processamento.
D) Área limpa. ( ) Na CME classe II, realiza-se o processamento de
produtos para a saúde não críticos, semi-críticos e críticos de
CLASSIFICAÇÃO DA CME conformação complexa e não complexa, passiveis de
Classe I: Realiza o processamento de produtos para a saúde processamento.
não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não ( ) Materiais de formação complexa possuem lúmen
complexa, passíveis de processamento. Cujas superfícies inferior a cinco milímetros e/ou com fundo cego, espaços
internas e externas podem ser atingidas por escovação internos de difíceis acessos para a fricção direta,
durante o processo de limpeza e tenham diâmetros reentrâncias ou válvulas.
superiores a cinco milímetros nas estruturas tubulares. Deve ( ) Materiais de formação não complexa possuem
possuir, no mínimo, barreira técnica entre o setor sujo e os superfícies internas e externas acessíveis a escovação no
setores limpos. processo de limpeza e tem diâmetros igual a cinco
Classe II: Realiza o processamento de produtos para a saúde milímetros nas estruturas tubulares.
não-críticos, semicríticos e críticos de conformação A sequência correta de cima para baixo, é:
complexa e não complexa, passíveis de processamento. Que a) V, V, F, F.
possuam lúmem inferior a cinco milímetros ou com fundo
cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, b) V, F, V, F.
reentrâncias ou válvulas. Deve possuir, no mínimo, barreira c) F, V, V, F.
física entre o setor sujo e os setores limpos. d) F, F, F, V.
e) V, V, V, F.

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

I.Os pisos e paredes devem ser laváveis, com o mínimo de CLASSIFICAÇÃO PRODUTOS PARA SAÚDE (PPS)
juntas e em bom estado de conservação; Críticos: Utilizados em procedimentos invasivos com
II.As bancadas devem ser usadas para inspeção, secagem, penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos
preparo, embalagem, conferência e apoio. Devem ser de subepteliais, e sistema vascular, incluindo também todos os
fácil higienização e favorecer a ergonomia do funcionário; produtos para saúde que estejam diretamente conectados
III.As superfícies devem ser impermeáveis, lisas, laváveis, de com esses sistemas. São aqueles que entram em contato
cor clara e de fácil manutenção; com tecidos estéreis ou com o sistema vascular, além de
penetrar em órgãos e tecido. Por sua natureza, exigem
IV.O ambiente deve ser iluminado para favorecer a conferência
esterilização para satisfazer as recomendações necessárias.
da limpeza. Porém deve-se evitar o contato direto da luz do
São exemplos de artigos críticos: agulhas, instrumentos
sol na área de armazenagem;
cirúrgicos e soluções injetáveis.
V.As janelas do CME devem ser protegidas com telas
Semi-críticos: Produtos que entram em contato com pele
milimétricas para evitar a entrada de insetos e roedores;
não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas. São aqueles
VI. A ventilação mecânica ou natural é permitida na área suja, que entram em contato com a mucosa e pele não íntegra do
porém deve ser evitada na área limpa e estéril. paciente ou com mucosas íntegras e, devido a estas
características, exigem desinfecção de médio ou alto nível.
Artigos: instrumentos, objetos diversos, utensílios, O risco que oferecem quanto à infecção é intermediário. A
acessórios de equipamentos e instrumental odontológico; desinfecção deve ser realizada com saneantes específicos e
determinados para este fim. São exemplos
Superfícies: móveis, pisos, paredes, portas, tetos, janelas,
de artigos emicríticos: material para assistência ventilatória,
equipamentos e demais instalações.
espéculo otológico e circuitos.
Não-críticos: Produtos que entram em contato com pele
Área suja: é a área destinada ao recebimento e separação íntegra ou não entram em contato com o paciente. São
dos instrumentais sujos, que vieram dos diversos setores. É aqueles que entram em contato com pele íntegra e
também o local onde é realizado o processo de limpeza, superfícies, sendo o risco de transmissão de infecção baixo.
desinfecção e secagem dos instrumentais. Portanto, o Se eles forem contaminados com matéria orgânica, devem
acesso à área suja deve ser restrito às pessoas responsáveis receber desinfecção de nível baixo e, se não estiverem
por essa função, com o uso dos EPIs adequados. O expurgo contaminados, recebem apenas limpeza. Um exemplo é o
é considerado uma área suja. termômetro.
Área limpa: é o local destinado aos processos de separação
dos artigos, conferência da limpeza, funcionalidade e
04. (FURB/2022) Um profissional de enfermagem recebeu os
integridade dos instrumentais. Também é a área onde se
seguintes artigos hospitalares na Central de Material e
realiza o empacotamento, a selagem das embalagens e
Esterilização: Tubos de látex, Cuba rim, Endoscópio,
esterilização em si.
Espéculo nasal e Estetoscópio.
Área de guarda e distribuição de artigos esterilizados: é o
Destes artigos hospitalares, é classificado como semi-crítico:
local destinado à guarda dos instrumentais esterilizados
e dispensação destes. O fluxo de materiais entre as áreas da a) Endoscópio.
CME deve ser unidirecional e com barreira física entre as b) Espéculo nasal.
áreas, não possibilitando que o material contaminado entre c) Estetoscópio.
na área limpa.
d) Tubos de látex.
e) Cuba rim.
O fluxo dos materiais no CME deve ser unidirecional e com
barreira física entre as áreas:
05. (VUNESP/2022) Em um centro de material e
esterilização, há a divisão entre artigos críticos e
semicríticos, para que sejam destinados a diferentes tipos de
processamento de materiais. O que determina esta
classificação?
a) Presença ou não de extremidades perfuro-cortantes.
b) Utilização em centros/unidades de terapia intensiva
(UTIs).
c) Contato com o sistema vascular e com mucosa ou pele
não íntegra, respectivamente.
d) Contato com pessoas diagnosticadas com covid-19.
e) Risco de contaminação química ou radioativa.

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

06. (AOCP/2018) A Resolução – RDC nº 15, de 15 de março Descontaminação: processo de redução dos
de 2012, dispõe sobre requisitos de boas práticas para o microorganismo de artigos e superfícies, tornando-os
processamento de produtos para saúde. Para efeito desse seguros para o manuseio.
regulamento técnico, como se definem produtos Desinfecção: o processo físico ou químico de eliminação de
semicríticos? microorganismo, com exceção dos esporos. Geralmente
a) São produtos para saúde utilizados em procedimentos são usados saneantes neste processo;
invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, • Desinfecção de alto nível: processo físico ou químico
tecidos subepteliais e sistema vascular. que destrói a maioria dos microrganismos de artigos
b) São produtos que entram em contato com pele não semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um
íntegra ou mucosas íntegras colonizadas. número elevado de esporos bacterianos;
c) São produtos que entram em contato com pele íntegra • Desinfecção de nível intermediário: processo físico ou
ou não entram em contato com o paciente. químico que destrói microorganismo patogênicos na forma
d) Incluem todos os produtos para saúde que estejam vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos fungos,
diretamente conectados com o sistema vascular e urinário de objetos inanimados e superfícies;
• Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das
PROCESSAMENTO DOS MATERIAS bactérias vegetativas, exceto Mycobacterium tuberculosis,
vírus lipídicos, alguns vírus não liídicos e alguns fungos.
Limpeza: processo manual ou mecânico de remoção de
sujidades, utilizando-se de água, sabão e detergente neutro ✓ Desinfetante químico na forma líquida;
ou enzimático para reduzir a carga microbiana. É o primeiro ✓ Reprocessadoras de endoscópio;
passo e antecede a desinfecção e esterilização; ✓ Termodesinfectadoras;
Detergente enzimático e neutro; ✓ Teste monitor de concentração do desinfetante químico
Escovas específicas para limpeza de artigos médicos; padronizado; Teste monitor de processo de
Lavadoras ultrassônicas; termodesinfecção.
Lupas de aumento;
Pistolas de ar/água pressurizada; ➢ Os métodos de desinfecção podem ser:
Teste monitor de limpeza. ✓ I. Físicos: realizados por equipamentos automatizados
através que agem por ação de térmica como pasteurização
ou termo desinfecção;
TIPOS DE DETERGENTES ✓ II. Químicos: através do uso de desinfetantes químicos.
como aldeídos, ácido peracéticos, soluções cloradas e
Detergentes São recomendados para limpeza automatizada, álcool;
alcalinos pois demandam maior temperatura para atingir
✓ III. Físico-químicos: quando associam agentes químicos
níveis ótimos de ação (entre 60 e 70 °C). Auxiliam
na remoção de manchas dos instrumentos, a parâmetros físicos em processos automatizados (água
renovando seu brilho natural, característica que eletrolisada).
permite dispensar o uso de produtos
restauradores.
Esterilização: processo de destruição de todas as formas de
Detergentes São próprios para limpeza de produtos para vida microbianas, inclusive os esporos. Pode ser
neutros sem saúde, tem pH entre 6,5 e 7,5, podem ser realizada através de calor, germicidas químicos, óxido de
adição de utilizados para limpeza de materiais (não críticos etileno e radiação; Destruição de todas as formas de vida
enzimas e superfícies) com pouca quantidade de matéria microbiana, ou seja, bactérias nas formas vegetativas e
orgânica (almotolias, pias, bancadas, autoclave, esporulada, fungos e vírus, mediante a aplicação de agentes
equipamentos, etc). físicos e químicos. Os métodos disponíveis são: Físicos e
físicos–químicos gasosos. Os métodos físicos utilizam o
Detergentes São amplamente recomendados para limpeza de calor, sob a forma úmida e seca; e os físico-químico-gasosos,
neutros artigos porque possuem enzimas catalisadoras
os agentes esterilizantes, como óxido de etileno, vapor a
enzimáticos que facilitam a quebra de proteínas, lípides e
carboidratos dependendo de sua formulação,
baixa temperatura e formaldeído e vapor/plasma de
favorecendo a remoção de matéria orgânica e peróxido de hidrogênio. No Brasil, desde 2009, a
diminuição da carga microbiana. esterilização química manual por imersão de produto para
saúde está proibida, assim como também a esterilização por
Detergente Promove a remoção da matéria orgânica em calor seco.
enzimático curto período de tempo através da ação de • Esterilização a vapor
enzimas que decompõem o sangue e fluídos
corporais aderidos aos artigos, facilitando sua Autoclaves de esterilização a vapor;
remoção;

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Incubadoras para o teste biológico específica para 08. (AOCP/2015) A RDC-15, de 15/03/2012, dispõe sobre
esterilização a vapor; requisitos de boas práticas para o processamento de
Teste de bomba de vácuo BOWIE & DICK; produtos para saúde. Tais práticas devem ser adotadas pelos
Centros de Material e Esterilização – CME – dos serviços de
Teste pacote desafio com Indicador Biológico específico
saúde públicos e privados, civis e militares, e às empresas
para este tipo de esterilização;
processadoras. Nesse processo, conceitos básicos de
Teste pacote desafio com Integrador químico classe V, microbiologia e a classificação de áreas e artigos médico-
específico para este tipo de esterilização. hospitalares, relacionados à assistência à saúde devem ser
• Esterilização de baixa temperatura de domínio dos profissionais envolvidos. Considerando as
Agente esterilizante; informações, relacione os termos às respectivas
definições/descrições e assinale a alternativa com a
Ampolas de Teste de Indicador Biológico específico para este
sequência correta.
tipo de esterilização;
...a alternativa com a sequência correta.
Autoclave de baixa temperatura;
( ) É o processo aplicado a artigos, que elimina
Incubadoras para o teste biológico, específicas para
microrganismos na forma vegetativa, excetuando-se os
esterilização de baixa temperatura.
esporos bacterianos.
Indicador químico específico para este tipo de esterilização
( ) É a remoção mecânica da sujidade, com auxílio de
fricção, detergentes e/ou solução enzimática e calor.
Prazo de validade pós esterilização ( ) Processo utilizado para a desinfecção de artigos
O prazo de validade dos materiais esterilizados está semicríticos.
relacionado à: ( ) Refere-se às medidas adotadas para reduzir o número de
I.Integridade da embalagem (ausência de rasgos, microrganismos e evitar sua disseminação ou para impedir a
perfurações, fissuras); contaminação de uma área ou objeto estéril.
II.Ausência de manchas ou umidade no pacote; ( ) Processo utilizado para a destruição de todos os micro-
III.Ausência de sujidade no pacote; organismos nas formas vegetativas e esporuladas.
IV.Presença da ativação do integrador químico; ( ) medidas que visam reduzir e prevenir o crescimento de
microrganismos em tecidos vivos.
V.Local de armazenamento.
a) 2 – 4 – 3 – 6 – 1 – 5.
b) 6 – 4 – 3 – 5 – 1 – 2.
07. (UFMT/2021) A coluna da esquerda apresenta tipos de
processamento de materiais e a da direita, a definição de c) 6 – 3 – 4 – 2 – 1 – 5.
cada um. Numere a coluna da direita de acordo com a da d) 6 – 4 – 5 – 2 – 3 – 1.
esquerda.
1- Descontaminação 09. (AOCP/2014) Os desinfetantes são formulações que têm
2- Limpeza na sua composição substâncias microbicidas com efeito letal
3- Desinfecção para micro-organismos não esporulados. Os desinfetantes
que promovem a eliminação de bactérias, alguns fungos e
4- Esterilização
vírus, mas não eliminam o bacilo da tuberculose são
( ) É o processo físico ou químico de destruição de considerados:
microrganismos, exceto os esporulados.
a) de alto nível.
( ) É o processo manual ou mecânico de remoção de
b) de baixo nível.
sujidade, reduzindo a população microbiana.
c) de nível intermediário.
( ) É o processo de destruição de todos os microrganismos,
inclusive os esporulados. d) de nível básico.
( ) Processo de redução dos microrganismos de artigos e e) de nível altíssimo
superfícies, tornando-os seguros para o manuseio.
Marque a sequência correta.
a) 3, 2, 4, 1
b) 4, 1, 3, 2
c) 1, 3, 2, 4
d) 2, 4, 1, 3

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

10. (CONSULPLAN/2020) Analise as afirmativas, marque V Preparo e empacotamento


para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) Os Centros de Esta fase consiste na secagem, preparo e acondicionamento
Materiais e Esterilização (CME) são classificados em CME dos materiais, de acordo com o processamento escolhido,
classe I, CME classe II e CME classe III. em invólucro compatível com o processo e o material. Tem
( ) Os serviços de saúde, que realizam mais de 250 cirurgias como objetivo manter a esterilidade do artigo, a vida útil,
por mês (incluindo partos), devem constituir um Comitê de condição para transporte e o armazenamento até sua
Processamento de Produtos para Saúde (CPPS). utilização, favorecendo transferência asséptica, sem risco de
( ) É obrigatória a utilização de luvas de proteção térmica contaminação
impermeável pelo trabalhador do CME, para a descarga de
secadoras e termodesinfetadoras e carga e descarga de
autoclaves.
( ) Serviços de saúde que terceirizam o processamento dos
seus produtos para a saúde são totalmente isentos de
responsabilidade pela segurança do processamento desses
produtos. Tal responsabilidade recai inteiramente sobre as
empresas contratadas.
A sequência está correta em:
a) V, V, F, V. A identificação da embalagem possibilita a identificação do
b) V, F, V, F. produto, rastreabilidade e o recall em situações claramente
c) F, V, F, V. definidas pela Comissão de Controle de Infecção do
Estabelecimento de Assistência à Saúde, deve conter:
d) F, F, V, F.
• Nome do produto;
• Número do lote;
Preparo e acondicionamento
• Data da esterilização;
• Campos de algodão duplo, confeccionados conforme a
padronização ABNT para esterilização a vapor; • Data limite de uso;
• Campos de algodão fenestrado; • Método de esterilização;

• Campos operatórios de 50 x 40 cm de algodão; • Nome do responsável pelo preparo.


• Embalagem específica para processo de esterilização de
baixa temperatura;
• Etiquetas de identificação;
• Fita adesiva branca ou crepe nas dimensões de 16 mm x
50 m;
• Fita adesiva para autoclave nas dimensões de 16 mm x
50 m;
• Lupas de aumento;
• Mantas de SMS (spunbond, meltblown, spunbond) de 11. (UFRJ/2022) Segundo a RDC nº 15, de 15 de março de
tamanhos variados; 2012, é obrigatório o uso de identificação nas embalagens
• Pacotes com 2 unidades de Avental cirúrgico/OPA dos produtos para saúde submetidos à esterilização. A
(fechamento em transpasse lateral); Resolução recomenda que a identificação deve ser legível e
• Pacotes com 5 unidades de campos simples de algodão, disposta nas embalagens durante todo seu processamento.
nas medidas 1,40 x 1,40 m; São considerados itens que devem fazer parte da rotulagem
dos produtos processados, EXCETO:
• Papel Grau Cirurgico (PGC) de larguras variadas;
a) número do lote do produto processado.
• Pincel permanente;
b) nome do responsável da central de material.
• Pistolas de ar comprimido;
c) data da esterilização do material.
• Tecido de material absorvível de cor clara
d) data limite de uso do produto de saúde.
e) nome legível do produto de saúde.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 59


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

12. Sobre o centro de material esterilizado (CME) INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS


está INCORRETA a afirmativa:
a) A responsabilidade pelo processamento dos produtos no
serviço de saúde é do Representante Legal. 1) HIV/AIDS
b) O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de Modo de transmissão: Sexual, Sangue, Leite Materno
produtos para a saúde não críticos, semicríticos e críticos de Diagnóstico: Elisa, imonofluorescência indireta Western
conformação não complexa, passíveis de processamento. Blot e imunoblot, testes rápidos, testes moleculares
c) O CME só pode processar produtos compatíveis com a Vigilância Epidemiológica Notificação Compulsória Regular
sua capacidade técnica operacional e conforme a sua Prevenção combinada
classificação.
d) O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de
01. (FAFIPA/2014) Doença caracterizada por uma disfunção
produtos para a saúde não críticos, semicríticos e críticos de
grave do sistema imunológico, sendo o agente etiológico um
conformação complexa e não complexa, passíveis de
retrovírus e sua evolução é marcada por uma considerável
processamento.
destruição de linfócitos T CD4+. Estas características são:
a) Malária.
13. (MB/2021) Constitui atribuição do técnico de
b) Cancro mole.
enfermagem numa central de materiais para
esterilização, EXCETO. c) Gripe.
a) Realizar a limpeza, preparação, esterilização dos d) AIDS.
materiais.
b) Monitorar os indicadores químicos e biológicos de cada 02. (OBJETIVA/2022) O Dezembro Vermelho é a Campanha
carga após o processo de esterilização. Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções
c) Realizar a distribuição dos materiais esterilizados para os Sexualmente Transmissíveis. O contágio pelo vírus do HIV
setores que necessitam do material. ainda é cercado de mitos, o que contribui para a
desinformação e o estigma da doença. Sobre o HIV, marcar
d) Receber e conferir os materiais, realizar a limpeza e
C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após,
desinfecção dos materiais.
assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) O HIV não é transmitido no uso de piscinas, pela picada
de insetos, pelo assento do ônibus, por uso compartilhado
de sabonete, toalha, lençóis ou talheres e copos.
( ) A transmissão do HIV está associada, principalmente, ao
contato com sangue e outros fluidos contaminados.
A) C - E.
B) E - C.
C) E - E.
D) C - C.

GABARITO
01. B 04. B 07. A 10. D 13. B
02. A 05. C 08. C 11. B
03. E 06. B 09. B 12. A

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 60


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Janela diagnóstica: tempo decorrido entre a infecção e o Janela imunológica/Soroconversão: período de tempo
aparecimento ou detecção de um marcador da infecção, entre a infecção até a primeira detecção de anticorpos
seja ele RNA viral, DNA proviral, antígeno p24 ou anticorpo. contra o agente infeccioso. Considera-se adequado
A duração desse período depende do tipo do teste, da trabalhar com o período médio de janela imunológica de 30
sensibilidade do teste e do método utilizado para detectar o dias.
marcador.

ESQUEMA INICIAL b) mulheres infectadas por qualquer infecção sexualmente


LAMIVUDINA (3TC) TENOFOVIR (TDF) DOLUTEGRAVIR transmissível e para lactantes não testadas.
(DTG) c) todas as mulheres que foram testadas durante o pré-natal
O termo PEP quer dizer “profilaxia pós-exposição”, ou seja, e/ou durante o parto e que apresentaram resultados não
os medicamentos são tomados após uma provável reagentes ou indeterminados, como também para as
exposição ao HIV. No caso da PEP, primeiro é preciso fazer lactantes com risco de adquirir a doença durante a
um teste para HIV para avaliar se a pessoa que sofreu a amamentação.
exposição já estava infectada ou não. “Caso o teste tenha d) mulheres infectadas pelo HIV, e a amamentação cruzada
um resultado positivo, será iniciado o tratamento e não a é contraindicada em qualquer circunstância.
profilaxia. Caso o resultado do teste seja negativo para o 04. (BOMBINHAS/2021) A mãe com status positivo para o
HIV, deverá ser utilizado por 28 dias ininterruptos um HIV:
esquema medicamentoso de PEP”, explicou o Dr. Nilo em
A) Não pode amamentar.
entrevista ao Invivo. E, acrescentou que, após os 28 dias, é
necessário fazer um novo teste para HIV para avaliar se o B) Pode amamentar tomando a medicação indicada.
esquema funcionou. O esquema da PEP envolve dois C) Pode amamentar após o período de incubação.
comprimidos. Um deles contém os medicamentos tenofovir D) Não pode amamentar nos primeiros 30 dias, apenas após
e lamivudina, enquanto o outro comprimido contém o esse período.
medicamento dolutegravir.
Já PrEP significa “profilaxia pré-exposição”, neste caso a
05. (CEBRASPE/2010) Com relação à patogênese da
pessoa toma os remédios antes de ser exposta ao vírus. Esse
transmissão vertical do vírus HIV, assinale a opção correta.
comprimido contém dois medicamentos antirretrovirais:
tenofovir e entricitabina. Mas é possível que, futuramente, a) O diagnóstico de HIV, no início da gestação, é pouco eficaz
a forma de administração possa mudar. Isso porque, no para a redução da transmissão vertical dessa doença.
momento, está em estudo no Brasil a PrEP de forma b) O aleitamento materno não representa risco de
injetável com proteção para cada dois meses. Mas atenção: transmissão.
a PrEP leva até 20 dias para começar a fazer efeito! c) Fatores obstétricos, tais como a duração da ruptura das
03. (COMPERVE/2019) A transmissão do HIV pode ocorrer membranas amnióticas, a via do parto e a presença de
por algumas vias, entre elas, de mãe para filho durante a hemorragia intraparto, são fatores importantes na
gravidez e a amamentação. Para se prevenir a transmissão transmissão vertical desse vírus.
pela ingestão de leite humano contaminado com HIV, deve- d) Não está comprovado que o uso da terapia com
se orientar as gestantes e as puérperas que a amamentação antirretroviral combinada seja capaz de reduzir
é contraindicada para significativamente a carga viral plasmática de HIV para níveis
a) todas as mulheres sem risco de se infectar por HIV no indetectáveis.
período da lactação, mesmo com resultados não reagentes e) Fatores bacterianos, tais como infecções, genótipo e
para HIV durante o pré-natal e no momento do parto, sendo fenótipo, não interferem na evolução do processo de
também contraindicada, a amamentação cruzada em transmissão vertical de HIV.
qualquer circunstância.

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06. Dentre as orientações ao portador assintomático do


vírus da AIDS, inclui-se
a) o uso de preservativo, ainda que o parceiro também seja 08. (AMEOSC/2022) Com base na AIDS, registre V, para
portador do vírus. verdadeiro, ou F, para falso, nos itens abaixo:
b) a repetição do teste de Elisa e sorologia para HBs a cada 6 (__) A aids é uma doença que ataca somente mulheres, não
meses. depende da preferência sexual das pessoas, da raça, da
c) abstinência sexual durante a janela imunológica para idade, da cor ou da sua condição social.
detecção de anticorpos. (__) O vírus que provoca a aids é o HIV, vírus da deficiência
d) a providência da documentação para afastamento humana.
imediato do trabalho, devido a elevação dos linfócitos T (__) O HIV destrói as defesas naturais que o organismo
CD4+. humano tem contra as doenças, deixando a pessoa muito
e) a necessidade da separação de objetos pessoais como fraca.
copo, prato e talheres. (__) A aids é considerada uma DST, porque são as relações
sexuais a maneira mais comum de uma pessoa passar o HIV
07. (IBRASP/2021) Sobre a transmissibilidade do HIV, não é para outra.
correto afirmar que: A sequência CORRETA de cima para baixo é?
A) A partir do momento em que a pessoa é infectada, ela A) V, F, V, F.
tem a capacidade de transmitir o HIV. B) V, V, F, F.
B) Durante o período de infecção recente, ou durante o C) F, F, V, V.
estágio mais avançado da infecção com carga viral alta,
D) F, V, F, V.
existe um aumento da transmissibilidade do vírus.
C) Outros processos infecciosos e inflamatórios favorecem
essa transmissão, especialmente quando presente alguma 2) HEPATITES VIRAIS
infecção sexualmente transmissível (IST).
D) A replicação viral ativa e a livre circulação do vírus na 09. (AMEOSC/2021) Em relação as hepatites virais e a Aids,
corrente sanguínea causam a formação de um pico de marque a alternativa CORRETA:
viremia por volta de 31 a 48 dias após a exposição ao HIV. A) A única via de transmissão da AIDS é pelo contato sexual.
Essa viremia está associada a um declínio acentuado no
B) A Aids é causada por uma bactéria gram negativa.
número de LT-CD4+.
C) O avanço da infecção pelas hepatites virais compromete
o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose.
D) A hepatite C é a única que não possui cura.

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a) Hepatite A O vírus da hepatite Delta (HDV) também está presente


Transmissão: fecal-oral. nessa região.
A transmissão sexual desse vírus é infrequente. No entanto, O HDV é um vírus que acomete apenas pessoas infectadas
recentemente, diversos casos de transmissão sexual do vírus pelo vírus da hepatite B, podendo sua transmissão ocorrer
da hepatite A foram confirmados em países da Europa e no concomitantemente à infecção pelo HBV (coinfecção) ou
Brasil (BRASIL, 2019). posteriormente à infecção pelo HBV (superinfecção)
A magnitude da transmissão da hepatite A por via sexual é
provavelmente subestimada. 12. Mulher de 35 anos, enfermeira, tem apresentado mal-
Caso seja possível, deve-se verificar a susceptibilidade do estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga,
paciente exposto por meio da pesquisa de exame sorológico artralgia, náuseas, vômitos, colúria, hipocolia fecal,
específico (anti- HAV IgM e anti-HAV IgG). desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns
alimentos e ao cigarro. Nega patologias pregressas e/ou
Prevenção: Vacinação para crianças de 15 meses a cinco
comorbidades, refere acidente com perfurocortante prévio
anos incompletos (quatro anos, 11 meses e 29 dias).
com paciente fonte desconhecido. Após avaliação clínica e
realização de sorologias, é diagnosticada Hepatite B. Sobre
10. (FCC/2017) Em relação à Hepatite A, considere: essa patologia, assinale a alternativa correta.
I.É transmitida por contato sexual, sangue contaminado e a) O agente etiológico é o vírus da Hepatite B (HBV). Um vírus
vertical (mãe para filho). RNA, da família Hepadnaviridae.
II.A melhor maneira de evitá-la se dá pelo saneamento b) O reservatório é o homem. Experimentalmente,
básico, tratamento adequado da água, alimentos bem chimpanzés, espécies de pato e esquilo.
cozidos e pelo ato de lavar sempre as mãos antes das c) Dentre as complicações, destacam-se a cronificação da
refeições. infecção e a cirrose hepática, não havendo relação desse
III.Evolui, na maioria dos casos, para um quadro crônico, tipo de hepatite com o carcinoma hepatocelular.
cirrose hepática e câncer de fígado e de intestino. d) O período de incubação é de 60 a 360 dias.
IV.Transmissão fecal-oral, por meio de água e alimentos e) O período de transmissibilidade é de 4 a 8 semanas após
contaminados ou de uma pessoa para outra. os primeiros sintomas, mantendo-se durante a evolução
Está correto o que se afirma APENAS em clínica da doença. O portador crônico pode transmitir por
a) IV. vários anos.
b) I e III.
c) I. 13. (UFPR/2016) A infecção por HBV (vírus hepatite B) é
pouco valorizada e conhecida da população em geral. A
d) I, II e III.
maior preocupação é com a transmissão do vírus HIV.
e) II e IV. Contudo, a hepatite B é uma grave doença transmitida
também pela via sexual. Acerca disso, assinale a alternativa
11. (IDHTEC/2016) Hepatites de transmissão basicamente correta.
fecal-oral:
a) A prevenção do vírus contra a hepatite B inclui vacina
a) B, C, D disponível no SUS no calendário oficial de vacinas às crianças
b) C, D, E e população de risco.
c) A e B b) Os pacientes que fazem hemodiálise não necessitam
d) A, C, E vacinação contra hepatite B, pois estão imunes a esse tipo
de infecção.
e) A e E
c) A vacina contra o vírus da hepatite B é aplicada nos
adultos, em dose única, a partir do início da vida sexual.
b) Hepatite B
d) A primeira dose de vacina contra hepatite B deve ser
Transmissão: O HBV é transmitido por meio de contato com aplicada na criança após 2 meses de vida.
fluidos corpóreos infectados. O sangue é o veículo de
e) A vacina contra hepatite B é administrada às crianças aos
transmissão mais importante, mas outros fluidos também
10 anos de idade junto com o reforço da antitetânica.
podem transmitir o HBV, como sêmen e saliva.
Prevenção: Vacinação para todas as faixas etárias. Três
doses de vacina contra a hepatite B induzem títulos
protetores de anticorpos (anti-HBs maior ou igual a 10
UI/mL).
No Brasil, a hepatite B grande importância epidemiológica,
com altas prevalências na Região Norte, principalmente em
comunidades ribeirinhas e indígenas.
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HEPATITE D
A hepatite D, também chamada de Delta, está associada
com a presença do vírus do B da hepatite para causar a
infecção e inflamação das células do fígado. Existem duas
formas de infecção pelo HDV: coinfecção simultânea com o
HBV e superinfecção do HDV em um indivíduo com infecção
crônica pelo HBV. A hepatite D crônica é considerada a
forma mais grave de hepatite viral crônica, com progressão
mais rápida para cirrose e um risco aumentado para
descompensação, CHC e morte.
Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D
pode não apresentar sintomas ou sinais da doença. Quando
presentes, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo
e/ou vômitos, febre, dor abdominal, observação de pele e
olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

c) Hepatite C
16. Sobre hepatites virais e sua forma de transmissão,
Transmissão: Exposição percutânea repetida, ou mediante
relacione a Coluna 1 com à Coluna 2.
grandes volumes de sangue infectado.
Coluna 1
A transmissão sexual do HCV é menos frequente que a
transmissão da infecção pelo HBV, ocorrendo em pessoas 1. Hepatite A.
com múltiplas parcerias sexuais e que têm relações sem uso 2. Hepatite C.
de preservativo. 3. Hepatite D.
A testagem para HCV deve ser solicitada para todos os ( )A transmissão por relação sexual desprotegida ocorre,
indivíduos em situações de risco mas é mais rara.
A história natural do HCV é marcada pela evolução ( )Da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto
silenciosa. Muitas vezes, a doença é diagnosticada décadas ou a amamentação.
após a infecção, e os sinais e sintomas são comuns às
( )Transmissão fecal-oral.
demais doenças parenquimatosas crônicas do fígado,
manifestando-se apenas em fases mais avançadas da A ordem correta de preenchimento, de cima para baixo, é:
doença. a) 1 – 2 – 3.
Prevenção: Medidas individuais. b) 2 – 3 – 1.
c) 3 – 1 – 2.
14. (IADES/2019) O paciente deve receber sangue total ou d) 3 – 2 – 1.
hemocomponentes provenientes de bancos de sangue
qualificados, em razão do risco de contaminar-se o paciente
HEPATITE E
com doenças transmitidas pelo sangue. É exemplo de
doença transmitida pelo sangue a (o) A hepatite E é uma infecção causada pelo vírus E (HEV). O
vírus causa hepatite aguda de curta duração e auto-limitada.
a) hepatite C.
Na maioria dos casos é uma doença de caráter benigno. A
b) febre amarela. hepatite E pode ser grave na gestante e raramente causa
c) diabetes. infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de
d) meningite. imunodeficiência.
e) varicela. O vírus da hepatite E é transmitido principalmente pela via
fecal-oral pelo consumo de água contaminada e em locais
com infraestrutura sanitária frágil. Outras formas de
15. (UNESC/2020) O principal modo de transmissão das transmissão incluem: ingestão de carne mal cozida ou
Hepatites A, B e C são, respectivamente: produtos derivados de animais infectados (por exemplo,
a) Sexual, respiratória e fluídos corpóreos. fígado de porco); transfusão de produtos sanguíneos
b) Fecal-oral, sexual e parenteral. infectados; e transmissão vertical de uma mulher grávida
para seu bebê.
c) Líquido seminal, sexual e fecal-oral.
d) Fecal-oral, parenteral e fluídos corpóreos.

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17. (OBJETIVA/2022) Em conformidade com A B C D E das Com base na informação acima , complete as lacunas a
hepatites virais para Agentes Comunitários de Saúde, as seguir: Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é
hepatites virais são causadas por cinco tipos de vírus que celebrado no dia ____________ considerado
infectam as células do fígado, causando sua inflamação. ______________.
Cada um desses vírus possui formas de transmissão e de A) 15 de agosto –agosto lilás
manifestação específicas, que podem ser agudas ou
B) 10 de setembro – setembro amarelo
crônicas. Sobre esse assunto, assinalar a alternativa que
preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE: C) 25 de junho –junho dourado
As hepatites causadas pelos vírus ___________ são agudas D) 28 de julho – julho amarelo
e apresentam alguns sintomas inespecíficos. Entretanto,
nem sempre as hepatites virais exibem sintomas. As 3) HPV
hepatites __________________ geralmente se manifestam
• Papilimomavírus Humano
na forma crônica e são conhecidas como doenças silenciosas
pela ausência de sintomas, que podem demorar décadas • Transmissão via sexual; Durante o parto; Via fômites é
para aparecer. rara.
A) A e B | C, D e E • O risco geral estimado para a exposição a essa infecção é
de 15% a 20% a cada nova parceria sexual.
B) D e E | A, B e C
• A prevalência é maior em mulheres abaixo dos 30 anos.
C) B e C | A, D e E
• Infecção por um determinado tipo viral não impede a
D) A e E | B, C e D
infecção por outros tipos de HPV, podendo ocorrer infecção
múltipla.
18 (CEFETMINAS/2021) Informe se é verdadeiro (V) ou falso • Os tipos que causam verrugas genitais são sempre
(F) o que se afirma sobre hepatites virais. diferentes daqueles que causam câncer.
( ) A hepatite A é transmitida de forma fecal-oral e a hepatite • O tempo médio entre a infecção pelo HPV de alto risco e
B, de forma sexual. o desenvolvimento do câncer cervical é de
( ) As pessoas que contraírem a hepatite A estão livres de aproximadamente 20 anos
contrair outras hepatites virais. • Tipo de vírus, sua carga viral, sua capacidade de
( ) A hepatite D apenas é contraída por aquelas pessoas persistência e o estado imunológico do hospedeiro.
infectadas pelo vírus da hepatite B.
( ) A hepatite A pode ser transmitida por líquidos orgânicos, 20. (IDECAN/2021) O HPV (sigla em inglês para
como o sêmen e a secreção vaginal. papilomavírus humano) é um DNA-vírus de cadeia dupla,
( ) A transmissão da hepatite B pode ocorrer por meio do não encapsulado, membro da família Papovaviridae. Infecta
compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas, epitélios escamosos e pode induzir uma grande variedade de
colocação de piercing, procedimentos de tatuagem e lesões cutaneomucosas. O tipo de lesão característica da
manicure/pedicure com materiais não esterilizados. De infecção pelo HPV
acordo com as afirmações, a sequência correta é a) é caracterizada por uma úlcera, geralmente única e
A) V, V, F, V, F. indolor, com borda bem definida e regular, base endurecida
B) F, F, V, F, V. e fundo limpo.
C) F, V, F, V, F. b) é caracterizada pela presença de corrimentos mucoides,
discretos, com disúria leve e intermitente.
D) V, F, V, F, V.
c) é caracterizada pelo surgimento de lesões
eritematopapulosas de um a três milímetros de diâmetro,
19. (OMNI/2021) Dia Mundial de Luta contra as Hepatites que evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito
Virais alerta para importância da testagem. As hepatites B e dolorosas e de localização variável na região genital
C são as maiores causadoras de óbitos na população
d) são polimórficas, sendo as lesões pontiagudas
catarinense dentre as hepatites virais. No ano de 2020,
denominadas condiloma acuminado.
foram registradas 56 mortes pela infecção, sendo 36 pela
hepatite C e 20 pela hepatite B. No mesmo ano, também
foram notificados 1.682 casos da infecção (hepatite B –
877/hepatite C – 805). No entanto, os tipos virais são
evitáveis, podem ser tratados e, no caso, da hepatite C, o
tratamento pode levar à cura.
Adaptado:
Disponível>https://www.sc.gov.br/noticias/temas/saude/di
a-mundial-de-luta-contra-as-hepatites-virais-alerta-para-
importancia-da-testagem.

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Manifestações clínicas: As lesões da infecção pelo HPV são 21. (SSPM/2020) De acordo com o Cademo de Atenção
polimórficas, sendo as lesões pontiagudas denominadas Básica: Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama
condiloma acuminado. Costumam ser únicas ou múltiplas, (2008), qual o tipo de HPV (papiloma vírus humano) que
achatadas ou papulosas, mas sempre papilomatosas. Por possui alta correlação com as lesões intra-epiteliais (LIE) de
essa razão, a superfície apresenta-se fosca, aveludada ou alto grau e carcinomas de colo do útero?
semelhante à da couve-flor. Apresentam-se da cor da pele, a) 6
eritematosas ou hiperpigmentadas. Em geral são
b) 11
assintomáticas, mas podem ser pruriginosas, dolorosas,
friáveis ou sangrantes. As verrugas anogenitais resultam c) 16
quase exclusivamente de tipos não oncogênicos de HPV. d) 43
Na maioria das pessoas, a infecção pelo HPV não produz e) 44
qualquer manifestação. O tempo de latência pode variar de
meses a anos e, quando presentes, as manifestações podem
FATORES PREDISPONENTES: Tabagismo, deficiências
ser subclínicas. As alterações são detectadas pelo exame
imunológicas, infecção pelo HIV, Desnutrição, Cânceres,
preventivo de câncer de colo do útero, por meio de lupas,
Drogas imunossupressoras
corantes e colposcopia, acompanhada ou não de biópsia.

22. (FGV/2021) Ao ser questionado sobre o público alvo da IV.A vacina do HPV é oferecida pelo SUS gratuitamente e
vacina contra o HPV na rede pública, o profissional de ressalta-se que ela previne casos e não tem ação terapêutica
enfermagem informou que o Ministério da Saúde para lesões já existentes.
disponibiliza essa vacina para adolescentes. Quanto ao HPV, está(ão) CORRETO(s) apenas o(s) item(s):
Assinale a opção que indica, corretamente, a faixa etária a) I, II e IV.
para este procedimento.
b) III e IV.
a) Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
c) I e III.
b) Meninas de 11 a 14 anos e meninos de 9 a 14 anos.
d) III.
c) Meninas de 9 a 16 anos e meninos de 8 a 15 anos.
e) I.
d) Meninas de 11 a 15 anos e meninos de 10 a 16anos.
e) Meninas e meninos de 9 a 14 anos.

23. (CPCON/2021) Leia os itens abaixo e depois responda ao


que se pede:
I. A transmissão do HPV se faz por contato direto com a pele
ou mucosa infectada, sendo que, na maioria das vezes, é
transmitido através da relação sexual.
II. As medidas de prevenção do HPV mais importantes são:
uso do preservativo; evitar múltiplos parceiros ou parceiras
sexuais; realizar a higiene pessoal e vacinar-se contra o HPV.
III. A vacina do HPV é amplamente distribuída para diversas
faixas etárias diferentes em uma única dose para crianças,
adolescentes, adultos e idosos.

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24. No Intuito de controlar a disseminação das doenças 4) SÍFILIS


infectocontagiosas, o Ministério da Saúde incluiu nos Agente etiológico: Treponema pallidum, Espiroqueta, Alta
cadernos de Atenção Básica à Saúde orientações Patogenicidade
concernentes a esse tema (BRASIL, 2006).
Transmissão: Sexual, Vertical, Sanguíneo
Analise as seguintes afirmativas e assinale
Incubação: De 10 a 90 dias (média 21 dias)
com V as verdadeiras e com F as falsas.
Transmissibilidade: Lesões (treponema) e Vertical
( )Considera-se risco para desenvolvimento da AIDS a
(Gestação)
exposição de indivíduos ou grupo de pessoas a situações que
os tornam suscetíveis às infecções e ao adoecimento. Imunidade: Anticorpos produzidos não são protetores;
Nova exposição gera nova infecção
( ) Para evitar a transmissão vertical da sífilis, a gestante, no
pré-natal, deve ser orientada a realizar exames para Período de infecção: O tempo de evolução e
proteger sua saúde e prevenir a transmissão de doenças extremamente variável, geralmente interrompido com o
para seu bebê. tratamento.
( ) A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via 26. (MB/2022) A bactéria Gram-negativa, do grupo das
oral, parenteral e, sobretudo, pela via sexual. A transmissão espiroquetas, de alta patogenicidade causadora da Sífilis
vertical (maternoinfantil) também pode ocorrer. Congênita é:
( ) A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é doença a) Treponema pallidum.
infecciosa, de transmissão frequentemente sexual, também b) Streptococcus pyogenes.
conhecida como condiloma acuminado, verruga genital ou c) Mycobacterium tuberculosis.
crista de galo.
d) Acinetobacter baumannii.
a) V, V, F, F.
b) F, F, V, V.
Sífilis primária
c) V, F, V, F.
• Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria
d) V, V, F, V. (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros
locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o
25. (AOCP/2022) Em relação ao HPV (condiloma contágio. Essa lesão é rica em bactérias.
acuminado), informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que • Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus,
se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
correta. • Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de
( ) É uma doença sexualmente transmissível (DST) causada tratamento.
pelo Papilomavírus humano (HPV) e pode ser transmitida Sífilis secundária
também por outros fluidos como sangue, saliva e suor.
• Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis
( ) A vacina ainda não é uma estratégia possível para o meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
enfrentamento desse problema.
• Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmente não
( ) O uso da camisinha, durante a relação sexual, geralmente
coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas
impede a transmissão do vírus, que também pode ser
lesões são ricas em bactérias.
transmitido para o bebê durante o parto.
• Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo
( ) Atualmente, existem muitos tipos de HPV, alguns deles
corpo.
podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e
do ânus. Sífilis latente – fase assintomática
A) F − V − F − V. • Não aparecem sinais ou sintomas.
B) F − F − V − V. • É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos
de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de
C) V − V − F − F.
infecção).
D) V − V − V − V.
• A duração é variável, podendo ser interrompida pelo
surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou
terciária.
Sífilis terciária
• Pode surgir de 2 a 40 anos após o início da infecção.
• Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente
lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas,
podendo levar à morte.
• Não é contagiante

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27. (UNILAVRAS/2020) Sobre a sífilis, é correto afirmar que SÍFILIS EM GESTANTE


A) é uma infecção virótica sistêmica, crônica, incurável. • Sífilis congênita é passível de prevenção.
B) a maioria das pessoas com sífilis são assintomáticas; • Testagem: 1ª consulta de pré-natal, idealmente no 1º
quando apresentam sinais e sintomas, muitas vezes não os trimestre, no início do 3º trimestre (a partir da 28ª semana),
percebem ou valorizam, e podem, sem saber, transmitir a parto ou em caso de aborto (independentemente de ter sido
infecção às suas parcerias sexuais realizada no pré-natal), exposição de risco e violência sexual;
C) é uma doença recente e nova no Brasil, seu agente • Quando reagente - Notificar e investigar o caso.
etiológico, descoberto em 1905, é o Treponema pallidum. • Importante: Recomenda-se tratamento imediato após
D) sua transmissão se dá exclusivamente por via oral; apenas um teste reagente para sífilis (teste treponêmico ou
contudo, pode ser transmitida verticalmente para o feto teste não treponêmico), sem a necessidade de aguardar o
durante a gestação de uma mulher com sífilis não tratada. resultado do teste complementar, desde que a gestante não
tenha sido tratada anteriormente de forma adequada ou o
registro do tratamento não estiver disponível.
DIAGNÓSTICO
• Transmissão: Via Placentária Direta
• Período de transmissibilidade: Qualquer fase da
Gestação
• Manifestações clínicas: Tempo de exposição fetal ao
treponema/Carga treponêmica materna/Virulência do
treponema/Tratamento/Coinfeção materna
• Consequências: Aborto/natimorto/Óbito neonatal/Sífilis
congênita “sintomática”/Sífilis congênita “assintomática”
• Período de infecção: Interrompido com o tratamento

30. (UNIFIL/2021) A sífilis é uma infecção sexualmente


28. (UNIFIL/2021) O VDRL (Venereal Disease Research transmissível e em gestante se torna um caso especial que
Laboratory) é utilizado para o diagnóstico de precisa ser acompanhado devido à grande probabilidade de
a) sífilis. transmissão vertical. Analise as assertivas e assinale a
b) hepatite. alternativa correta.
c) HIV. I. As gestantes com teste rápido reagentes para sífilis
deverão realizar os testes comprovatórios para serem
d) gravidez. consideradas portadoras de sífilis.
II. O monitoramento sorológico deve ocorrer trimestral até
29. (FUNDATEC/2022) A sífilis é uma infecção bacteriana, um ano de pós-parto.
que, quando não tratada, pode evoluir para o III. É necessário implementar o pré-natal do parceiro, assim
comprometimento do sistema nervoso e cardiovascular. Em quando o teste de sífilis for reagente recomendar o
relação ao monitoramento póstratamento de sífilis, assinale tratamento adequado, visto que 1/3 das parcerias sexuais
a alternativa INCORRETA. de pessoas com sífilis recente desenvolverão sífilis dentro de
a) A pessoa tratada com sucesso pode ser liberada após um 30 dias da exposição.
ano de seguimento pós-tratamento. A) Apenas I está correta.
b) O monitoramento é fundamental para classificar a B) Apenas II está correta.
resposta ao tratamento, identificar possíveis reinfecção e C) Apenas III está correta.
definir conduta correta para cada caso. D) Todas estão corretas.
c) O monitoramento deve ser realizado com teste
treponêmico e, sempre que possível, com o mesmo método
Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve
diagnóstico.
ser iniciado o mais rápido possível, com a penicilina
d) Para seguimento dos pacientes, os testes de controle benzatina. Este é o único medicamento capaz de prevenir a
devem ser realizados mensalmente nas gestantes e, no transmissão vertical. A parceria sexual também deverá ser
restante da população, a cada três meses até o 12º mês do testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante. São
acompanhamento. critérios de tratamento adequado à gestante: Em caso de
e) A aquisição de sífilis é um fator de risco para outras alergia usa-se a ceftriaxona por 8 a 10 dias ou eritromicina
infecções sexualmente transmissíveis (IST), desse modo, durante 15 dias.
recomenda-se o rastreamento de outras IST na população • Administração de penicilina benzatina
de pessoas em tratamento e/ou curadas de sífilis. • Início do tratamento até 30 dias antes do parto
• Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da
sífilis
• Respeito ao intervalo recomendado das doses
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 68
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

31. (CETREDE/2022) A sífilis latente é uma das variantes PLANEJAMENTO FAMILIAR


clínicas da sífilis em que não se observam sinais e sintomas
clínicos. O diagnóstico é realizado exclusivamente por meio
de testes imunológicos. Para o tratamento dessa patologia, PLANEJAMENTO FAMILIAR - DIREITOS SEXUAIS, DIREITOS
utilizamos REPRODUTIVOS E MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
a) Ciprofloxacina. Direitos sexuais
b) Azitromicina. • Direito de viver e expressar livremente a sexualidade
c) Penicilina. sem violência, discriminações e imposições e com respeito
pleno pelo corpo do(a) parceiro(a).
d) Doxiciclina.
• Direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual.
e) Ceftriaxona.
• Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo,
vergonha, culpa e falsas crenças.
A cura da sífilis é alcançada quando os exames de VDRL e do
• Direito de viver a sexualidade independentemente de
líquor são considerados normais, entre 6 e 12 meses após o
estado civil, idade ou condição física.
início do tratamento. Considera-se que os exames estão
normais quando há uma diminuição de 4 titulações na • Direito de escolher se quer ou não quer ter relação
quantidade de anticorpos circulantes no sangue, por sexual.
exemplo: • Direito de expressar livremente sua orientação sexual:
heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade,
entre outras.
• VDRL cai de 1/64 para 1/16; • Direito de ter relação sexual independente da
• VDRL cai de 1/32 para 1/8; reprodução.
• VDRL cai de 1/128 para 1/32. • Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez
indesejada e de DST/HIV/AIDS.
• Direito a serviços de saúde que garantam privacidade,
sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação.
Isto significa que não é necessário que os valores de VDRL
• Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva.
sejam iguais a zero para dizer que a cura da sífilis foi
alcançada.
Direitos reprodutivos
32. (IESES/2020) Sobre a Sífilis, verifique as assertivas e • Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e
assinale a correta. responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos
desejam ter e em que momento de suas vidas.
I. É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e
exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema • Direito a informações, meios, métodos e técnicas para
pallidum. ter ou não ter filhos.
II. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes • Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de
estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). discriminação, imposição e violência.
III. Nos estágios primário e secundário da infecção, a
possibilidade de transmissão é maior. VAMOS EXERCITAR
IV. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem 01. (AMEOSC/2017) Responda verdadeiro (V) ou falso (F) e
camisinha com uma pessoa infectada, ou ser transmitida assinale a alternativa que traz a sequência correta:
para a criança durante a gestação ou parto A saúde sexual é a habilidade de mulheres e homens para
a) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. desfrutar e expressar sua sexualidade, sem riscos de
b) Apenas as assertivas I e II estão corretas. doenças sexualmente transmissíveis, gestações não
desejadas, coerção, violência e discriminação. De acordo
c) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
com o Ministério da Saúde, são direitos reprodutivos:
d) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
(__) O direito das pessoas decidirem, de forma livre e
responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos
GABARITO desejam ter e em que momento de suas vidas.
01. D 07. D 13. A 19. D 25. B 31. C (__) O direito de acesso a informações, meios, métodos e
02. B 08. D 14. A 20. D 26. A 32. A técnicas para ter ou não ter filhos.
03. D 09. C 15. B 21. C 27. B (__) O direito de expressar livremente sua orientação sexual:
heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade.
04. A 10. E 16. B 22. A 28. A
(__) O direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez e
05. C 11. E 17. D 23. A 29. A de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids.
06. A 12. B 18. D 24. D 30. C

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 69


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

a) V – F – F – V. O planejamento familiar é um direito das pessoas


b) V – V – F – F. assegurado na Constituição Federal e na Lei n° 9.263, de 12
de janeiro de 1996, que regulamenta o planejamento
c) F – V – V – F.
familiar, e deve ser garantido pelo governo.
d) F – F – V – V.
A responsabilidade dos homens em relação à saúde sexual e
à saúde reprodutiva
02. (IFRS/2016) O conceito de saúde sexual e reprodutiva Para o pleno desenvolvimento de homens e mulheres, é
vem sendo discutido pelos movimentos feministas e de importante a construção de parcerias igualitárias, baseadas
direitos humanos há várias décadas. O conceito de direitos no respeito entre os parceiros e em responsabilidades
reprodutivos e sexuais tem sua formulação inicial nas compartilhadas. Portanto, é fundamental o envolvimento
décadas de 80 e 90, no âmbito dos movimentos gay e lésbico dos homens com relação à paternidade responsável, à
europeus e norte-americanos, produzindo-se, em seguida, prevenção de gestações não desejadas ou de alto risco, à
uma sinergia com os segmentos mundiais. As alternativas prevenção das doenças sexualmente
abaixo discutem alguns conceitos apresentados no caderno transmissíveis/HIV/AIDS, dividindo também com as
de atenção básica: saúde sexual e reprodutiva. mulheres as responsabilidades com relação à criação dos
I. Entende-se que a saúde reprodutiva é um estado de filhos e à vida doméstica.
completo bem-estar físico, mental e social, em todos os Os direitos sexuais e os direitos reprodutivos de
aspectos relacionados com o sistema reprodutivo e as suas adolescentes e jovens
funções e processos, e não de mera ausência de doença ou
Os(as) adolescentes e os(as) jovens têm direito de ter acesso
enfermidade.
a informações e educação em saúde sexual e saúde
II. Relacionamentos igualitários entre homens e mulheres reprodutiva e de ter acesso a meios e métodos que os
não existem, sempre vão ocorrer diferenças entre os sexos auxiliem a evitar uma gravidez não planejada e a prevenir-se
que podem ser justificadas pela biologia e pela cultura. contra as doenças sexualmente transmissíveis/HIV/ AIDS,
III. Os direitos humanos das mulheres incluem seu direito a respeitando-se a sua liberdade de escolha.
ter controle e decidir livre e responsavelmente sobre
questões relacionadas à sua sexualidade, incluindo a saúde
03. (CESPE/2018) Com relação às recomendações nacionais
sexual e reprodutiva, livre de coação, discriminação e
para a atenção básica associada à promoção da saúde sexual
violência.
e reprodutiva, é correto afirmar que
IV. A saúde reprodutiva implica que a pessoa possa ter uma
a) qualquer recomendação sobre sexualidade a pessoas com
vida sexual segura e satisfatória, tendo autonomia para se
deficiência deve ser evitada para não haver risco de causar
reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas
um transtorno psicológico devido às necessidades especiais
vezes deve fazê-lo.
que essas pessoas apresentam.
V. Nas questões referentes às relações sexuais e à
b) o paciente idoso do sexo masculino deve ser informado
reprodução, não requerem respeito mútuo, consentimento
de que o uso de medicamentos anti-hipertensivos não está
e divisão de responsabilidades sobre o comportamento
associado ao surgimento ou ao agravamento da disfunção
sexual e suas consequências.
erétil.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão
c) os profissionais da atenção básica devem encaminhar à
CORRETAS:
atenção especializada os travestis e transexuais que façam
a) I, II, III, IV e V. uso abusivo de hormônios feminilizantes e masculinizantes.
b) Apenas III e IV. d) o uso de preservativo como dispositivo contraceptivo e
c) Apenas III e V. como preventivo de infecções pelo vírus HIV deve ser
d) Apenas I, III, IV e V. recomendado somente aos jovens solteiros, visto que casais
tendem a manter relações sexuais com parceiro fixo.
e) Apenas I, III e IV.

O que é planejamento familiar?


• É um conjunto de ações em que são oferecidos todos os
recursos, tanto para auxiliar a ter filhos, ou seja, recursos
para a concepção, quanto para prevenir uma gravidez
indesejada, ou seja, recursos para a anticoncepção.
• O planejamento familiar é um direito sexual e
reprodutivo e assegura a livre decisão da pessoa sobre ter
ou não ter filhos. Não pode haver imposição sobre o uso de
métodos anticoncepcionais ou sobre o número de filhos.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 70


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECENDO O CORPO DA MULHER E DO HOMEM • Os canais deferentes são dois tubos que partem dos
O CORPO DA MULHER testículos e sobem para o abdome que conduz os
espermatozóides desde os testículos até a vesícula seminal.
• Genitais externos da mulher
Abaixo da bexiga, os canais deferentes provenientes de cada
A vulva é a parte externa dos órgãos genitais da mulher, testículo se juntam em um único tubo, o duto ejaculador,
composta por grandes lábios, pequenos lábios, abertura da que desemboca na uretra.
vagina, abertura da uretra, clitóris e monte de Vênus.
• As vesículas seminais são duas glândulas cuja função é
A parte do clitóris visível na vulva é a glande do clitóris. produzir o líquido seminal
O monte de Vênus parece uma “almofada” coberta de pêlos • A próstata é uma glândula e sua função é produzir o
O períneo é a parte localizada entre a abertura da vagina e o líquido prostático.
ânus. • As glândulas bulbouretrais localizam-se de cada lado da
Os seios também fazem parte dos órgãos sexuais e uretra, nas proximidades da origem da uretra, e produzem
reprodutivos da mulher. uma secreção que vai fazer parte do esperma.

• Genitais internos da mulher 04. (AMAUC/2016) O sistema reprodutor masculino é


A vagina é um canal muscular elástico que vai da vulva até o composto por várias estruturas que são:
colo do útero. A vagina se contrai e relaxa conforme a I - Uretra
vontade da mulher. II - Trompa de falópio
O hímen é uma pele fina e elástica que cobre parcialmente III - Testículos
a entrada da vagina e que geralmente se rompe na primeira
relação sexual. IV - Vesícula seminal

As trompas são dois tubos que saem um de cada lado do V - Ovários


útero em direção a cada um dos ovários. Nas trompas ocorre Está correto o que se afirma em:
a fecundação. a) I, II e III
Os ovários são dois, têm forma arredondada e tamanho b) II, III e IV
aproximado ao de um ovo de codorna. Estão localizados um c) III, IV e V
de cada lado do útero.
d) I, III e IV
O útero é o local onde o feto se desenvolve durante a
gravidez. O útero tem duas camadas: a de fora é o miométrio
e a camada interna é endométrio COMO SE ENGRAVIDA?
O óvulo liberado vive, mais ou menos, 24 horas. Se não
ocorrer a fecundação nesse período de tempo, o óvulo é
O CORPO DO HOMEM
reabsorvido pelo organismo. Por sua vez, o espermatozoide,
GENITAIS EXTERNOS DO HOMEM após a ejaculação, pode viver até cinco dias nos genitais
• A bolsa escrotal tem a forma de um saco de pele e está internos da mulher. O ciclo menstrual é o tempo que vai do
localizada abaixo do pênis. A bolsa escrotal tem a função de primeiro dia de uma menstruação até o dia que antecede a
proteger os testículos e também de manter a sua menstruação seguinte. Em geral, dura 28 dias, mas sua
temperatura adequada. duração varia de mulher para mulher e, numa mesma
• O pênis tem duas partes: o corpo e a glande. A glande é mulher, ao longo da vida reprodutiva. Doenças, mudanças
a cabeça do pênis e é recoberta por uma pele chamada de de ritmo de trabalho, alterações emocionais podem alterar
prepúcio. A uretra passa por dentro do pênis. o ciclo menstrual. A cada ciclo menstrual, ocorre a ovulação.

GENITAIS INTERNOS DO HOMEM


• Os testículos são em número de dois e ficam dentro da
bolsa escrotal. São responsáveis pela produção e
armazenamento dos espermatozoides e produção da
testosterona.
• O epidídimo é um canal onde os espermatozóides ficam
armazenados e amadurecem após serem produzidos pelos
testículos.
• A uretra é o canal que sai da bexiga e passa por dentro
do pênis. Sua função é eliminar a urina que vem da bexiga e
eliminar o esperma durante a ejaculação.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 71


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA 05. (CESPE/2018) O uso de anticoncepcional injetável


• A camisinha masculina ou feminina deve ser usada em trimestral pode ser iniciado a qualquer momento no pós-
todas as relações sexuais, independentemente do uso de parto, desde que a mulher não esteja grávida e esteja
outro método anticoncepcional. amamentando de forma exclusiva ou parcialmente e que a
menstruação não tenha retornado. No caso da opção por
• Os métodos da tabela, do muco cervical e da
essa forma de contracepção, é recomendado o uso de algum
temperatura basal são pouco recomendados, porque
método contraceptivo de apoio por sete dias.
exigem do adolescente disciplina e planejamento e as
relações sexuais nessa fase, em geral, não são planejadas. ( ) Certo – ( ) Errado
• As pílulas combinadas e a injeção mensal podem ser
usadas na adolescência, desde a primeira menstruação. Camisinha Masculina
• A minipílula e a injeção trimestral não devem ser usadas • A camisinha funciona como uma barreira.
antes dos 16 anos. • O esperma ejaculado pelo homem fica retido na
• O DIU pode ser usado pelas adolescentes, entretanto as camisinha, assim os espermatozoides não entram no corpo
que nunca tiveram filhos correm mais risco de expulsá-lo, e da(o) parceira(o). A camisinha masculina é eficaz para
não é indicado para as adolescentes que têm mais de um proteger da gravidez e de DST/HIV/AIDS quando usada em
parceiro sexual. todas as relações sexuais, antes de qualquer contato do
pênis com a vagina, com o ânus ou com a boca.
• A ligadura das trompas e a vasectomia não são indicadas
para os(as) adolescentes.
Camisinha feminina
ANTICONCEPÇÃO NA PRÉ-MENOPAUSA • É um tubo feito de plástico macio, fino e resistente, que
A mulher no período de pré-menopausa pode usar qualquer já vem lubrificado e que se coloca dentro da vagina, para
um dos métodos anticoncepcionais, desde que não impedir o contato do pênis com a vagina
apresente alguma situação que contra-indique o uso do • Funciona como uma barreira, recebendo o esperma
método. ejaculado pelo homem na relação sexual, impedindo a
Como nessa fase os ciclos menstruais podem ser irregulares, entrada dos espermatozoides no corpo da mulher.
os métodos da tabela, do muco cervical e da temperatura • Pode ser colocada na vagina imediatamente antes da
basal não são os mais indicados. penetração ou até oito horas antes da relação sexual.
O hábito de fumar aumenta os riscos de desenvolver 06. (UNILAVRAS/2018) Sobre a saúde sexual e saúde
doenças do coração. Por isso, mulheres fumantes com mais reprodutiva no cuidado ao adolescente na Atenção Básica,
de 35 anos não devem usar pílula combinada. todas as alternativas estão corretas, exceto:
a) Deve-se proporcionar na Unidade Básica de Saúde,
FALANDO SOBRE ANTICONCEPCIONAIS consulta informada e esclarecida, com médico/enfermeiro,
para a escolha do método contraceptivo pela adolescente e
1) Pílulas anticoncepcionais
seu parceiro aproveitando todas as oportunidades que
• Agem impedindo a ovulação. surgem quando estão nas unidades.
• Também atuam dificultando a passagem dos b) Nas ações de educação sexual considerar as diferentes
espermatozóides para o interior do útero. formas de vivência da sexualidade, incluindo as
• As pílulas combinadas podem ser usadas por mulheres experimentações iniciais eróticas e autoeróticas como
de qualquer idade, a partir da primeira menstruação, desde fatores relevantes na atenção à saúde sexual e à saúde
que não apresentem nenhuma contra-indicação para o seu reprodutiva de adolescentes.
uso. c) Dispensar os preservativos nos espaços da Unidade Básica
• As minipílulas são os únicos tipos de pílulas que podem de Saúde apenas com a apresentação de documentação,
ser usadas durante a amamentação. local de residência ou qualquer outra forma que identifique
o adolescente.
2) Injeções anticoncepcionais d) No acolhimento aos e às adolescentes, os profissionais
devem focar: a dimensão humana, individual e ética do
• Agem impedindo a ovulação.
atendimento, os direitos e a identificação das
• Também atuam dificultando a passagem dos especificidades de desenvolvimento daquele(a) adolescente
espermatozóides para o interior do útero. que está sendo atendido(a).
• Existem dois tipos de injeção anticoncepcional: a injeção
mensal, e a injeção trimestral
• A injeção trimestral pode ser usada durante a
amamentação. Nesse caso, seu uso deve ser iniciado seis
semanas após o parto. Com o uso da injeção trimestral, é
muito frequente a mulher ficar sem menstruar.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 72


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Diafragma Muco cervical


• É uma capa flexível de borracha ou de silicone, com uma • O muco cervical é uma secreção produzida no colo do
borda em forma de anel, que é colocada na vagina para útero pela ação dos hormônios femininos que umedece a
cobrir o colo do útero. vagina e às vezes, aparece na calcinha.
• Evita a gravidez impedindo a entrada dos • Este método baseia-se na determinação do período fértil
espermatozóides dentro do útero. pela auto-observação das mudanças do muco cervical e da
• Existem diafragmas de diversos tamanhos, sendo sensação de umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual.
necessária a medição por profissional de saúde para • Após a menstruação, algumas mulheres têm um período
determinar o tamanho adequado para cada mulher. seco, que não tem muco. Depois, surge um muco
• O diafragma só deve ser retirado de seis a oito horas após esbranquiçado e pegajoso, que se quebra quando esticado.
a última relação sexual, que é o tempo suficiente para que À medida que se aproxima o dia da ovulação, o muco cervical
os espermatozóides que ficaram na vagina morram. vai ficando parecido com a clara de ovo, elástico,
transparente e escorregadio e a vagina vai ficando mais
• Não deve ser usado durante a menstruação.
úmida, facilitando a entrada dos espermatozóides no útero.
• Imediatamente depois de retirar o diafragma, deve-se
lavá-lo com água e sabão neutro, secá-lo bem com um pano
macio e guardá-lo em um estojo. 08. (CPCON/2016) Método que indica o período fértil por
meio das características do muco cervical e da sensação de
umidade por ele provocada na vulva é denominado:
Espermicida a) Método Billings.
• É uma substância química que recobre a vagina e o colo b) Método de Ogino-Knaus.
do útero, impedindo a penetração dos espermatozóides no
c) Método da temperatura basal corporal.
útero, imobilizando-os ou destruindo-os.
d) Coito interrompido.
• Pode ser usado sozinho ou combinado com o diafragma.
e) Método de barreira.
• O espermicida é eficaz por um período de uma hora após
a sua aplicação
Temperatura basal
Dispositivo intra-uterino – DIU • A eficácia do método da temperatura basal depende de
seu uso correto e da cooperação de ambos os parceiros.
• É um pequeno objeto de plástico, que pode ser
recoberto de cobre ou conter horminio, colocado no interior • Antes da ovulação, a temperatura basal é um pouco mais
do útero para evitar a gravidez. baixa e permanece assim até a ovulação. Quando acontece
a ovulação, a temperatura sobe alguns décimos de grau e
• O DIU não provoca aborto, porque atua antes da
permanece assim até a chegada da próxima menstruação.
fecundação.
Para usar este método, a partir do primeiro dia da
• O DIU recoberto com cobre age inativando ou matando menstruação, a mulher deve medir a temperatura do corpo
os espermatozóides, impedindo o encontro dos pela manhã, antes de se levantar, e depois de dormir no
espermatozóides com o ovulo. mínimo cinco horas. Deve anotar as temperaturas num
07. (CESPE/2018) O DIU de cobre pode ser inserido até 48 h gráfico.
após o parto ou após a quarta semana pós-parto. Segundo o
disposto nas resoluções do Conselho Federal de
Sintotérmico
Enfermagem, o enfermeiro, após treinamento específico,
estará apto a realizar a consulta clínica, prescrever e inserir • Está baseado na combinação dos métodos da tabela, do
o DIU. muco cervical, da temperatura basal e na observação de
sinais e sintomas que indicam o período fértil da mulher.
( ) Certo – ( ) Errado
• Os sinais e sintomas que indicam o período fértil são: dor
ou aumento no abdome, sensação de peso ou de inchaço
Tabela nas mamas, mudanças no humor e no desejo sexual,
• É um método que se baseia na observação de vários aumento de peso e do apetite.
ciclos menstruais, para determinar o período fértil do ciclo
menstrual da mulher.
Coito interrompido
• A eficácia será maior se o casal não tiver relação sexual
• No coito interrompido, o homem retira o pênis da vagina
com penetração vaginal no período fértil.
um pouco antes da ejaculação.
• A tabela requer disciplina, conhecimento do
funcionamento do corpo e observação atenta.
Relação sexual sem penetração vaginal
• A tabela é individual, cada mulher tem que fazer a sua.
• As relações sexuais sem penetração vaginal envolvem
todas as práticas sexuais sem a penetração do pênis na
vagina.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 73
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Método da amamentação – LAM 09. (IF/2019) De acordo com a atuação do enfermeiro, em


• É um método anticoncepcional temporário que consiste conjunto com a equipe multiprofissional, na atenção à saúde
no uso da amamentação para evitar a gravidez. sexual e saúde reprodutiva da mulher, assinale a
alternativa INCORRETA:
• A eficácia deste método depende de três condições:
a) Na escolha do método anticoncepcional, deve-se orientar
• 1ª a amamentação deve ser exclusiva ao seio, na hora em que não há contraindicações, independentemente de
que o bebê quiser, durante o dia e durante a noite, sem chás, antecedentes clínicos e/ou ginecológicos.
sucos ou água;
b) É necessário orientar sobre o uso e formas de inserção dos
• 2ª a mulher não deve estar menstruando; preservativos masculinos e femininos.
• 3ª o bebê deve ter até seis meses de idade. c) Deve-se orientar sobre os métodos anticoncepcionais
existentes e disponíveis na Atenção Básica.
Ligadura de trompas d) É necessário orientar acerca de temas importantes como
• Nessa cirurgia, as duas trompas podem ser cortadas e direitos sexuais e direitos reprodutivos, sexo seguro,
amarradas, cauterizadas, ou fechadas com grampos ou métodos anticoncepcionais, riscos implicados em certas
anéis. práticas sexuais.
• A ligadura de trompas age impedindo que os e) Deve-se informar a eficácia de cada método, sua forma de
espermatozóides se encontrem com o óvulo. uso e possíveis efeitos adversos.

Vasectomia 10. (FAFIPA/2017) Assinale a alternativa errada, no que diz


respeito às habilidades que o profissional de saúde deve
• Nessa cirurgia, os canais deferentes são cortados e
desenvolver nas práticas em saúde sexual e reprodutiva:
amarrados, cauterizados, ou fechados com grampos. É uma
cirurgia simples, que pode ser feita em ambulatório, com a) Exercer boa capacidade de comunicação.
anestesia local e o homem não precisa ficar internado. b) Favorecer o vínculo em relação de confiança.
• A vasectomia age impedindo que os espermatozóides se c) Ao falar sobre sexualidade e sentimentos sentir-se
encontrem com o óvulo. confortável.
d) Priorizar suas próprias crenças e princípios, sem
LEI Nº 14.443, DE 2 DE SETEMBRO DE 2022 desenvolver tolerância com outros hábitos.
Altera a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, para
determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas
contraceptivas e disciplinar condições para esterilização no
âmbito do planejamento familiar. Estão valendo as novas
regras para cirurgias de laqueadura e vasectomia. A partir de
agora, a idade mínima para realizar os procedimentos - que
era de 25 anos - passa a ser de 21 anos para esterilização
voluntária em pessoas com capacidade civil plena. Também
não é mais necessária a autorização do(a) cônjuge,
consentimento que era obrigatório até então.

Pílula anticoncepcional de emergência


• É um método utilizado para evitar uma gravidez
indesejada após uma relação sexual desprotegida.
• A pílula anticoncepcional de emergência age impedindo
ou retardando a ovulação e diminuindo a capacidade dos
espermatozóides de fecundarem o óvulo. A pílula
anticoncepcional de emergência não é abortiva, porque ela
não interrompe uma gravidez já estabelecida.

O que é dupla proteção?


GABARITO
Usar duas camisinhas ao mesmo tempo não é dupla
01. B 03. C 05. CERTO 07. CERTO 09. A
proteção. O uso de duas camisinhas ao mesmo tempo
aumenta o risco de rompimento da camisinha. 02. E 04. D 06. C 08. B 10. D

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 74


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS: CRÔNICAS D) A palavra que completa de forma correta a frase acima é:
Artrite.
E) A palavra que completa de forma correta a frase acima é:
1) HANSENÍASE
Artrose.
• Doença crônica infectocontagiosa. Alto poder
incapacitante
03. (OBJETIVA/2021) A hanseníase é uma doença
• Causa por uma bactéria (bacilo Mycobacterium leprae). transmissível, à qual a maioria das pessoas é resistente.
• Acomete principalmente pele, nervos periféricos (células Porém, o ACS deve tomar muito cuidado para identificar os
de Schann) grupos de risco, pois a doença se desenvolve lentamente. O
• Transmissão por gotículas; tempo entre o contato com a pessoa doente e o
• Ambientes Fechados, pouca iluminação e pouco aparecimento dos primeiros sintomas pode levar, em média,
ventilado. = contato íntimo e prolongado de:
• Alta infectividade, porém baixa patogenicidade A) Dois a cinco meses.
• Paucibacilar (PB): até cinco lesões B) Um a dois meses.
• Forma Indeterminada e Forma Tuberculoide C) Um a dois anos.
• Multibacilar (MB): mais de cinco lesões D) Dois a cinco anos.
• Dimorfa e Virchowiana E) Dois a cinco dias.
• Período de Incubação 2-7 anos (progressão lenta)
• Sintomas Dermatológicos: manchas hipocrômicas, Um caso de hanseníase é uma pessoa que se apresenta uma
pápulas, infiltrações ou mais de uma das seguintes características e quer requer
quimioterapia:
• Alteração de sensibilidade
• Lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade;
• Diminuição de pelos e sudorose no local
• Acometimento de nervo(s) com espessamento neural;
• Baciloscopia positiva.
01 (FAU UNICENTRO/2019) A definição a seguir diz respeito
a qual conceito de patologia importante no trabalho do
Agente Comunitário de Saúde: “É causada pelo agente 04. (COSEAC/2021) Pessoas que apresentam manchas
etiológico Mycobacterium leprae, um bacilo que acomete esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas e
principalmente a pele e os nervos periféricos. Locais com alterações de sensibilidade (como formigamentos, choques
pouca aeração e pouca luminosidade são favoráveis à e câimbras que evoluem para dormência) devem ser
transmissão da doença. As principais características da encaminhadas para a Unidade Básica de Saúde para
doença são manchas na pele de cor clara, acastanhadas ou investigação, por se tratar de caso suspeito de:
avermelhadas, em sua maioria, com alteração da A) Câncer de pele.
sensibilidade”.
B) Verminose.
A) Patologia Gastrite.
C) Micose de praia.
B) Patologia Artrose.
D) Dermatite atópica.
C) Patologia Infarto Agudo do Miocárdio.
E) Hanseníase.
D) Patologia Hanseníase.
E) Patologia Doença de Chagas.
• O ser humano é considerado como a única fonte de
infecção;
02. (FAU UNICENTRO/2022) Assinale a alternativa que
• A transmissão se dá pela via respiratória, com a
completa a frase a seguir de forma correta: “A
eliminação de bacilos por um indivíduo doente (com a forma
____________ é doença transmissível que atinge multibacilar), por intermédio das secreções respiratórias.
principalmente as pessoas na faixa etária economicamente
ativa. Afeta principalmente a pele e os nervos periféricos,
mas também compromete articulações, olhos, testículos,
gânglios e outros órgãos”.
A) A palavra que completa de forma correta a frase acima é:
Tuberculose.
B) A palavra que completa de forma correta a frase acima é:
Hanseníase.
C) A palavra que completa de forma correta a frase acima é:
Miocardite.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 75


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Classificação da Hanseníase 06. (IBRASP/2022) Para melhor compreensão e facilidade de


• PAUCIBACILAR: Presença de até cinco lesões de pele com definição de caso da hanseníase, recomenda-se a utilização
baciloscopia de raspado intradérmico negativo, quando da classificação de Madri (1953) em hanseníase
disponível; Hanseníase Tuberculóide ou Indeterminada indeterminada, tuberculoide, dimorfa e virchowiana. As
(doença localizada em uma região anatômica e/ou um manifestações clínicas da doença estão diretamente
tronco nervoso comprometido). relacionadas ao tipo de resposta imune ao M. leprae. Sobre
a hanseníase dimorfa (ou borderline), assinale a alternativa
Indeterminada: Manchas brancas lisas, mal delimitada, que
correta:
não coçam, não ardem, não queimam, não doem, não
desaparecem, “não pegam poeira” por não suar na área, e A) Em sua forma inicial, pode evoluir espontaneamente para
tem diminuição de sensibilidade. Não há comprometimento a cura ou para as formas polarizadas em aproximadamente
de troncos nervosos nem grau de incapacidade. 25% dos casos, o que costuma ocorrer no prazo de três a
cinco anos.
B) Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais
Tuberculóide: Criança com lesão anular bem delimitada e
clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, ou
totalmente anestésica. Adulto com necrose inflamatória
áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com
(abscesso) de parte do nervo mediano, causando
distúrbio de sensibilidade, podendo ser acompanhadas de
hipoestesia e atrofia de musculo da mão.
alopecia e/ou anidrose.
C) Forma clínica que aparece em pessoas com maior
• MULTIBACILAR: Presença de seis ou mais lesões de pele resistência imune, com limitação de lesões e formação de
OU baciloscopia de raspado intradérmico positiva; granuloma bem definido.
Hanseníase Dimorfa ou Virchowiana (doença disseminada
D) As lesões mais características dessa forma clínica são
em várias regiões anatômicas e/ou mais de um tronco
denominadas lesões pré-foveolares ou foveolares,
nervoso comprometido).
sobrelevadas ou não, com áreas centrais deprimidas e
Dimorfa: Lesão avermelhada elevada, mal definida , com aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e
centro irregular e “esburacado, anestésica (perda total da externos difusos.
sensibilidade) ou hipoestésica (perda parcial de
sensibilidade). Presença de espaçamento do nervo fibular
superficial na região arterolateral da perna, no terço inferior. 07. (FCC/2010) A hanseníase é uma doença causada pelo
Várias lesões elevadas bem delimitadas, avermelhadas nas Mycobacterium leprae e
bordas e com centro branco, com perda total da a) é transmitida de pessoa doente sem tratamento para
sensibilidade. Múltiplas manchas hipocrônicas, com bordas outra através das vias respiratórias e contaminação orofecal.
imprecisas, sensibilidade e sudorese diminuídas e/ou b) acomete homens, mulheres e crianças a partir dos 12
ausentes. anos, com prevalência para a raça branca.
Virchowiana: Face infiltrada, presença de múltiplos c) tem como característica a presença de incapacidades e/ou
hansebomas (pálpulas), assimetria de sobrancelhas (lesão deformidades, quando não tratada ou com tratamento
parcial do nervo facial esquerdo) e rarefação dos pelos da tardio.
lateral das sobrancelhas (madarose parcial). Falta de
d) a manifestação dos primeiros sintomas ocorre entre 1 a 2
sobrancelhas e cílios, ossos do nariz alargado e achatado,
anos após o primeiro contato.
obstrução nasal. Pele lisa, sem pelos, seca, quase totalmente
avermelhada e inchada (menos no meio da coluna lombar), e) o comprometimento dermatológico e neuropsiquiátrico
com vasinhos visíveis; não há manchas. Caroços, duros nas decorre da lesão dos pares de nervos cranianos.
coxas, que não doem e não coçam, alguns ulcerados, de
vários meses de duração; note que ainda há pelos.

05. (CONTEMAX/2021) É a forma mais benigna e localizada


da hanseníase, aparece em pessoas com alta resistência ao
bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem
definidos e pouco elevados, e com ausência de sensibilidade
(dormência). Ocorre comprometimento simétrico de
troncos nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia
muscular:
A) Hanseníase indeterminada.
B) Hanseníase tuberculoide.
C) Hanseníase virchowiana.
D) Hanseníase lepromatosa.
E) Hanseníase dimorfa (ou borderline).

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 76


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DIAGNOSTICO: Essencialmente clinico e A) I e III, apenas


epidemiológico B) II e III, apenas
C) I, II e III, apenas
OBS: O resultado positivo de uma baciloscopia classifica o D) I, II, III e IV
caso como MB, porém o resultado negativo não exclui o
diagnóstico clínico da hanseníase, e nem classifica o doente
obrigatoriamente como PB.
TRATAMENTO

Reação tipo 1 ou Aparecimento de novas lesões


reação adversa dermatológicas (manchas ou placas),
infiltrações, alterações de cor e edema
nas lesões antigas, com ou sem
espessamento e dor de nervos periféricos
(neurite)
Reação tipo 2 manifestação clínica mais frequente é o
(eritema nodoso eritema nodoso hansênico (ENH),
hansênica) aparecimento de nódulos subcutâneos
dolorosos, com ou sem manifestações
sistêmicas como: febre, dor articular, mal-
estar generalizado, orquite, iridociclites,
com ou sem espessamento e dor de
nervos periféricos (neurite)
▪ Na suspeita de reação hansênica, recomenda-se: PAUCI: Tratamento concluído com 6 doses supervisionadas
✓ Confirmar diagnóstico e sua classificação operacional em até 9 meses.
✓ Diferenciar o tipo de reação hansênica MULTI: Tratamento concluído com 12 doses supervisionadas
✓ Investigar fatores predisponentes (infecções, em até 18 meses.
infestações, distúrbios hormonais, fatores DIAGNÓSTICO DAS REAÇÕES HANSÊNICAS
emocionais e outros)
✓ Avaliar a função neural
AVALIAÇÃO DE INCAPACIDADE FÍSICA
Incapacidade e função neural
08. (GANZAROLI/2021) A hanseníase, conhecida
antigamente como Lepra, é uma doença crônica, Teste de sensibilidade: olhos, mãos e pés
transmissível, de notificação compulsória e investigação
obrigatória em todo território nacional. Possui como agente
etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a
capacidade de infectar grande número de indivíduos, e
atinge principalmente a pele e os nervos periféricos com
capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à
doença um alto poder incapacitante, principal responsável
pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela
doença. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas
de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é
necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo
que apenas uma pequena parcela da população infectada
realmente adoece. O Agente Comunitário de Saúde pode Conjunto monofilamentos: 0,5g; 0,2g; 2g; 4g; 10g; 300g
contribuir ajudando a divulgar informações sobre a ▪ AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA INCLUI:
transmissão da hanseníase na sua área de trabalho,
✓ História
afirmando que:
✓ Ocupação e atividades diárias
I- Os doentes (da forma contagiosa) param de transmitir a
hanseníase, logo que começam o tratamento. ✓ Queixas do paciente
II- Somente a pessoa doente (da forma contagiosa) que ✓ Inspeção
ainda não iniciou o tratamento transmite a hanseníase. ✓ Palpação dos nervos
III- Não se pega hanseníase bebendo no copo ou utilizando ✓ Testes de força muscular
o mesmo talher da pessoa com a doença. ✓ Teste de sensibilidade
IV- A maioria das pessoas tem resistência natural contra o
bacilo e não adoece.
Está correto o que se afirma em:
▪ GRAUS DE INCAPACIDADE DA HANSENÍASE
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 77
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido 10. (CEBRASPE/2013) Assinale a opção correta a respeito da
0 hanseníase.
à hanseníase
Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos; a) As principais vias de eliminação dos bacilos causadores da
1 Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos hanseníase são a urina e a pele, por meio do processo de
e/ou pés (não sente 2g ou toque da caneta) transpiração.
Olhos: Logoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; b) A hanseníase apresenta curto período de incubação, de
opacidade corneada central; acuidade visual menor duas a quatro semanas em média, podendo ser menor.
que 0,1 ou não conta dedos a 6 metros; mãos: c) Para tratamento da hanseníase, é sempre necessária a
2 lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; internação em leprosário, a fim de administrar uma
reabsorção; mão caída. Pés: lesões tróficas e/ou associação de medicamentos, também conhecida como
traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; poliquimioterapia.
contratura do tornozelo. d) A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças
Fonte: (BRASIL, 2016) que acometem o homem, com referências que datam de
600 a.C. na Ásia e na África.
e) O agente etiológico dessa doença é o Mycobacterium
VACINAÇÃO
leprae, um parasita intracelular obrigatório que apresenta
afinidade com células ósseas e com células do sistema
nervoso central.

GABARITO
01 D 03 D 05 A 07 C 09 B
02 B 04 E 06 D 08 D 10 D

09. (FEPESE/2023) A investigação de contatos, domiciliar ou


social, é uma importante medida para diagnóstico inicial, 2) TUBERCULOSE
quebra da cadeia de transmissão e prevenção de sequelas • Doença infectocontagiosa
da Hanseníase. • Causa por uma bactéria (bacilo Mycobacterium
De modo geral, qual vacina é recomendada para os contatos tuberculosis - Koch).
como proteção, relativa, para hanseníase. • Transmissão por aerossóis por bacilíferos (pulmonar e
A) Vacina dT. laringea);
B) Vacina BCG. • Tossir, falar ou espirrar;
C) Vacina DTP. • Ambientes Fechados, pouca iluminação e pouco
D) Vacina SCR. ventilado.
E) Vacina VOP. • Duração da exposição e suscetibilidade genética
• Condições de vida da população: grande concentração
humana, baixa infraestrutura
• Indígenas, Idoso, Institucionalizados, Prisioneiro,
Profissionais de saúde, Moradores de rua; imunodeficientes
• Tosse produtiva ou não > 2 semana (prisões) e > 3
semanas
• Emagrecimento, febre vespertina
• Sudorese noturna
• Primária: primeiro contato do indivíduo bacilífero -
crianças
• Pós-primária ou secundária: adultos e jovens
Miliar: forma grave da doença

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 78


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

OBS: Aqueles com baciloscopia de escarro negativa, mesmo com TRM-TB ou cultura positivos no escarro, têm infectividade
menor.
Obs: Cultura de escarro negativa e as com TB extrapulmonar exclusivamente são desprovidas de infectividade.

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

01. (GANZAROLI/2021) O principal sintoma da tuberculose BACILOSCOPIA


é: A baciloscopia de escarro é indicada nas seguintes
A) A tosse na forma seca ou produtiva. condições:
B) Febre alta por 2 semanas. 1. No sintomático respiratório, durante estratégia de busca
C) Tosse produtiva e febre por 2 a 3 semanas. ativa;
D) Tosse produtiva e seca acompanhada por febre e diarréia. 2. Em caso de suspeita clínica e/ou radiológica de TB
pulmonar, independentemente do tempo de tosse;
3. Para acompanhamento e controle de cura em casos
02. (GANZAROLI/2021) Há outros sinais e sintomas que
pulmonares com confirmação laboratorial.
podem estar presentes, como:
A) Febre noturna, sudorese noturna, emagrecimento,
cansaço e fadiga. 05. (IBADE/2022) A tuberculose é uma doença de
transmissão aérea e se instala a partir da inalação de
B) Febre matutina, sudorese noturna, emagrecimento,
aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou
cansaço e fadiga.
tosse das pessoas com tuberculose ativam relação à
C) Febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento, tuberculose, é de suma importância a pesquisa
cansaço e fadiga. bacteriológica. Com relação a isso, é correto afirmar que o
D) Febre vespertina, sudorese matutina, emagrecimento, método mais usado é denominado:
cansaço e fadiga. a) imunofluorescência.
b) baciloscopia de escarro.
03. (UNIOESTE/2022) Considerando que a tuberculose é c) ressonância magnética.
uma doença muito antiga e bastante comum ainda, assinale
d) raio X de tórax.
a alternativa INCORRETA no que se refere à tuberculose:
e) prova tuberculínica.
A) É favorecida por fatores como precárias condições de
vida, desnutrição, enfraquecimento por desgaste físico,
alcoolismo ou doenças como Aids, diabetes e câncer. FASE INICIAL DO EXAME: coleta, conservação e transporte
B) É causada pelo Mycobacterium tuberculosis (bacilo de do escarro – (Unidade de saúde). Deve seguir as seguintes
Koch). orientações:
C) Observar se há permanentemente a sensação de areia Qualidade e quantidade de amostra: Uma boa amostra
nos olhos, visão embaraçada ou ressecada de repente, ou se provém da árvore brônquica, depois de esforço para tossir,
tem piscado mais do que o normal. e não da faringe ou aspiração das secreções nasais, ou saliva.
O volume ideal é de 5 a 10 ml.
D) É transmitido por meio das gotas eliminadas no ar pela
tosse, fala e espirro de uma pessoa com tuberculose Recipiente: Potes plásticos descartáveis, com boca larga (50
pulmonar. mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, altura
de 40 mm, capacidade de 35 a 50ml. A identificação (nome
E) O contato direto e permanente com o paciente com
do paciente e data da coleta) no corpo do pote, nunca na
tuberculose em ambiente fechado, com pouca ventilação e
tampa com esparadrapo, fita crepe ou caneta com tinta
ausência de luz solar representa maior chance de outra
indelével.
pessoa ser infectada com o bacilo.
Local da coleta: local aberto, ar livre em condições
adequadas de biossegurança
04. (UNIFIL/2021) A tuberculose é transmitida pelo
Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, e tem como
principais sintomas tosse por mais de duas semanas, Momento da coleta e número de amostras: Duas amostras.
produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no A primeira, quase sempre, na consulta; e a segunda, no dia
peito. De acordo com a ANVISA, assinale a alternativa que seguinte,
corresponde ao tipo de precaução que deve ser utilizada na preferencialmente ao despertar (geralmente abundante,
presença de pacientes com tuberculose. pois são secreções acumuladas na árvore brônquica durante
a) De contato. a noite).
b) Para gotícula. Orientação ao paciente: pessoal da Unidade de saúde
capacitado informações claras e simples ao paciente sobre a
c) Para aerossóis.
coleta do escarro, que deve ser feita da seguinte forma:
d) Padrão.
✓ Entregar o recipiente ao paciente, verificar tampa, se
fecha bem e sua identificação (nome do paciente, data da
coleta no corpo do pote)

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 80


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

✓ Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ▪ Utilizar caixas de isopor com gelo reciclável ou cubos de
ao despertar pela manhã, lavar bem a boca, inspirar gelo dentro de um saco plástico para o transporte.
profundamente, prender a respiração por um instante e Requisições dos exames enviadas com o material e fora do
escarar depois de forçar a tosse, repetir essa operação até recipiente de transporte.
obter 3 eliminações de escarro e evitar que ele escorra pela ▪ Quanto maior o número de unidades básicas de saúde
parede externa do pote. (UBS) e profissionais capacitados em ações de controle da
✓ Informar tampar pote e colocar em saco plástico com a tuberculose, mais abrangente será a busca, detecção de
tampa para cima e mantê-lo nessa posição casos e mais rápido o início do tratamento e mais eficiente a
✓ Orientar o paciente a lavar as mãos supervisão do tratamento quebrando a cadeia de
transmissão.
✓ Se não for possível enviar imediatamente a amostra
para laboratório ou unidade pode ser conservada em
geladeira comum por no máximo 7 dias 06. (UNIFIL/2021) A tuberculose é um problema de saúde
pública. A infecção causada pela Mycobacterium
tuberculosis é ainda mais preocupante quando o número de
Conservação e Transporte: Enviadas e processadas no
casos cresce entre as pessoas infectadas com o HIV. Seria
laboratório imediatamente depois da coleta.
medida de prevenção secundária
▪ As unidades deverão receber, em qualquer hora do
A) baciloscopia precoce.
período em que funcionam, as amostras coletadas no
domicílio e conservá-las em refrigeração até serem B) educação em saúde.
processadas. C) vacina com BCG.
▪ Para o transporte, considerar 3 condições importantes: D) distribuição de medicamentos para comunicantes.
(1) Refrigeração, (2) Proteção contra luz solar, (3)
Acondicionamento adequado para não haver risco de
derramamento.

Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) • Triagem de resistência à rifampicina nos casos de
• Detecção de DNA dos bacilos do complexo M. tuberculosis retratamento;
e triagem de cepas resistentes à rifampicina pela técnica de • Triagem de resistência à rifampicina nos casos com
reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real; suspeita de falência.

O TRM-TB está indicado nas seguintes situações: ▪ Duas baciloscopias diretas positivas, ou;
• Diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e laríngea em ▪ Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva, ou;
adultos e adolescentes ▪ Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica
• Diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e laríngea em sugestiva de tuberculose, ou;
adultos e adolescentes de populações de maior ▪ Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura
vulnerabilidade; positiva.
• Diagnóstico de TB extrapulmonar nos materiais biológicos
já validados;

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SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Esquema terapêutico para ILTB: É um novo esquema de TRATAMENTO PARA TUBERCULOSE


tratamento da ILTB de curta duração. Consiste na tomada 1x ▪ Fase intensiva (2 primeiros meses): 1 (um) comprimido de
por semana dos medicamentos isoniazida (H) e rifapentina dose fixa contendo os quatro medicamentos (R: Rifampicina
(P), durante três meses, podendo se prolongado para 15 (150mg); H Izoniazida (75mg); Z Pirazinamida (400mg); E
semanas. Etambutol (275mg)

✓ Crianças (2 a 14 anos) ▪ Fase de manutenção (4 meses): Comprimidos de doses


Isoniazida: fixas de Rifampicina (300mg ou 150mg)) e Izoniazida (200mg
10 a 15kg: 300mg/semana ou 100mg).
16 a 23kg: 500mg/semana ▪ Medicamentos deverão ser administrados
preferencialmente em jejum (uma hora antes ou duas horas
24 a 30kg: 600mg/semana
depois do café da manhã), em única tomada. Em caso de
>30kg: 700mg/semana intolerância digestiva, tomar com refeição.
Rifapentina:
10 a 15kg: 300mg/semana
16 a 23 kg: 450mg/semana
24 a 30kg: 600mg/semana
>30kg: 750mg/semana

✓ Adultos (>14 anos, ≥30kg)


900mg de isoniazida/semana
900mg de rifapentina/semana

07. (UFPEL/2021) O agente etiológico mais importante é


o Micobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) e a
transmissão ocorre de pessoa para pessoa, sobretudo,
através do ar. A doença é tratável, sendo as drogas utilizadas
nos esquemas padronizados: Isoniazida, Rifampicina,
Pirazinamida e Etambutol.
Sobre esta doença, considere as afirmativas.
I.A tuberculose é uma doença de notificação compulsória à
vigilância epidemiológica, sendo sua investigação
obrigatória.
II.A tuberculose apresenta-se mais prevalente nos meses de
temperatura mais baixa, como no inverno, sendo pouco
frequente no verão.
III.A vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) previne formas
graves da tuberculose, sendo indicada, prioritariamente,
para crianças de 0 a 4 anos.
IV.A transmissão da tuberculose persiste enquanto forem
eliminados bacilos no escarro do paciente, diminuindo,
gradativamente, 15 dias após o início do tratamento.
V.O tratamento inicial da tuberculose deve ser realizado, de
forma geral, em regime hospitalar, visando prevenir a
disseminação comunitária da doença.
Estão corretas,
a) II, III e V, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) II, III, IV e V, apenas.
e) I, IV e V, apenas.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 82


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ESQUEMA BÁSICO PARA CRIANÇAS (<10 ANOS) – 2RHZ/4RH

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 83


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

▪ Mudanças no tratamento da tuberculose: 09. (ASCONPREV/2022) A respeito da Doença Tuberculose,


✓ Extinção do esquema I reforçado e do esquema III. julgue os itens:
✓ Todos os casos de retratamento, serão solicitados I- É transmitido por via aérea de uma pessoa contaminada
cultura, identificação e teste de sensibilidade. que elimina bacilos no ambiente através da tosse, fala ou
espirro.
✓ Tratamento deve ser iniciado com o esquema básico,
até o resultado desses exames. II- A tuberculose pode acometer uma série de órgãos e/ou
sistemas.
✓ Casos que evoluem para falência do tratamento devem
ser criteriosamente avaliados quanto ao histórico III- O esquema de tratamento da tuberculose é padronizado,
terapêutico, à adesão aos tratamentos anteriores e à deve ser realizado de acordo com as recomendações do
comprovação de resistência aos medicamentos. Receberão Ministério da Saúde e compreende duas fases: a intensiva e
esquema padronizado para multirresistênica ou esquemas a de manutenção.
especiais individualizados, segundo a combinação de IV- No Brasil, o esquema básico para tratamento da
resistências apresentadas pelo teste de sensibilidade tuberculose em adultos e adolescentes é composto por três
fármacos na fase intensiva e dois na fase de manutenção.
Tratamento Diretamente Observado (TDO) Assinale a alternativa correta:
• Idealmente, em todos os dias úteis da semana; A) Todas as alternativas estão corretas.
• A observação da tomada deve ocorrer no mínimo três B) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
vezes por semana durante todo tratamento (24 doses na C) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.
fase intensiva e 48 doses na fase de manutenção em casos D) Todas as alternativas estão incorretas.
de tratamento padronizado por seis meses);
E) Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
• Nos finais de semana e feriados os medicamentos são
autoadministrados.

08. (UFPEL/2022) Conforme o que foi exposto, marque V


(verdadeira) ou F (falso):
( ) A hanseníase é uma doença transmissível infecciosa
crônica, com alto índice de mortalidade e um grande GABARITO
potencial incapacitante.
( ) A tuberculose pode ser causada por sete espécies que 01. A 04. C 07. B
integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. 02. C 05. B 08. E
tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, 03. C 06. A 09. B
M. pinnipedi e M. caprae.
( ) A transmissão da tuberculose se faz por via
respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela
tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa
pulmonar ou laríngea. Também pode se depositar em
lençóis e copos, sendo outra forma de transmissão ativa.
( ) O microorganismo responsável pela transmissão da
hanseníase e da tuberculose é um bacilo, sendo o de Koch o
causador da tuberculose e o de Hansen, o da hanseníase.
A sequência correta é:

a) V, F, F, V
b) F, V, F, V
c) V, F, V, F
d) F, F, V, F
e) V, V, F, V

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 84


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA


ADULTO
• Grave Problema de saúde pública • Maior prevalência na população negra
• Condição clínica multifatorial • HAB ou HM = MAPA Ótima/Normal < 120x80 mmHg
• Elevação da pressão arterial
• Níveis pressóricos IDOSOS
• ≥ 140 e/ou 90 mmHg • HAB é mais comum, assim como HAS.
FATORES DE RISCO • Hipotensão ortostática = retorno venoso, DC, PA, PAS <
20/ PAD < 10
• Bebida alcoólica
• Hiato Ascultatório= Fase Ie II – MAPA e manobra de
• Obesidade
Osler
• Alto nível de colesterol Estresse Sedentarismo
CAUSAS GESTANTE
• Arteriosclerose
• PA em 3 ocasiões>140X90mmHg
• Aterosclerose
• Posição Sentada Ou DLE
• Formação de trombo

01. (PUC-PR – 2017) Com relação à técnica de aferição da


HAS primária ou essencial: Não é identificada a causa; Mais Pressão Arterial, analise as afirmações a seguir (7ª Diretriz
comum em adultos e idosos; Relacionada a estilo de vida, Brasileira de Hipertensão Arterial publicada em 2016).
genética e fatores ambientais.
I. Na aferição da Pressão Arterial ambulatorial, recomenda-
HAS secundaria: Consequência de uma causa identificável, se que o cliente repouse por um período de 3 a 5 minutos
as doenças renais são a causa mais comum, Mais comum em antesda verificação.
crianças
II. Para se ter certeza dos valores, recomenda-se pelo menos
OBSERVAÇÕES GERAIS duas medições, com intervalo em torno de um minuto.
• Tamanho da bolsa Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas
• Largura 40% braço; Comp. 80% primeiras forem muito diferentes.
• Aferição nos 2 membros e 2x IV. Para indivíduos obesos, recomenda-se manguitos mais
longos e largos para não haver superestimação da Pressão
• Repouso (5min) , bexiga vazia, sem álcool e tabaco
Arterial.
(30min)
V. Na aferição da Pressão Arterial, recomenda-se que a
• Método Palpatório e Auscultório = 5 fases de Korotkoff
insuflação seja realizada de forma lenta e gradativa e a
deflação rápida para se prevenir o desconforto durante a
CRIANÇAS aferição.
• Após os 3 anos de idade - anualmente É CORRETO apenas o que se afirma em:
• < 3 anos: apenas se tiver fatores de risco a) II, IV e V.
• Sexo, Idade e estatura = percentil b) III, IV e V.
• Pressão igual ou maior ao percentil 95 de distribuição da c) I, III e V.
pressão arterial d) I, II e IV.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial - 2020. Arq Bras Cardiol. 116(3):516-658,
2021

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02. (UERR - 2017) Durante a rotina de aferir pressão arterial, a) Hipotensão.


um cliente adulto, maior de 18 anos, informa que possui b) Pressão arterial normal.
diagnóstico médico de hipertensão arterial de estágio 2. De
c) Pré-hipertensão.
acordo com a tabela 3 de classificação da pressão arterial
do caderno 37 de atenção básica do Ministério da Saúde de d) Hipertensão estágio I.
2013. Marque a alternativa que corresponde aos níveis e) Hipertensão estágio II.
pressóricos compatíveis com o diagnóstico médico de
hipertensão arterial estágio 2.
a) Pressão sistólica 160 – 179 mmHg e pressão diastólica 100
– 109 mmHg.
b) Pressão sistólica 130 – 139 mmHg e pressão diastólica 85
– 89 mmHg.
c) Pressão sistólica 140 – 159 mmHg e pressão diastólica 90
– 99 mmHg
d) Pressão sistólica maior que 180 mmHg e pressão
diastólica menor que 110 mmHg.
e) Pressão sistólica menor que 130 mmHg e pressão
diastólica menor que 85 mmHg.

03. (CONSULPLAN - 2015) O critério atual de diagnóstico da


hipertensão arterial é estabelecido considerando os valores
pressóricos acima de 140/90 mmHg para indivíduos acima
de 18 anos. A partir desses valores, a hipertensão recebe
classificações de acordo com os níveis pressóricos
apresentados. Uma pressão arterial cujos níveis pressóricos
estejam em 160/100 mmHg é classificada como
hipertensão:
a) Estágio 1.
b) Estágio 2.
c) Estágio 3.
d) Sistólica isolada

04. (AMEOSC/2022) O diagnóstico de Hipertensão Arterial 06. (AV MOREIRA/2020) Sobre a Hipertensão Arterial,
deve ser realizado com muita cautela, pois se trata de uma assinale a alternativa CORRETA:
doença crônica que acompanhará a pessoa por toda a vida. a) A monitorização ambulatorial da pressão arterial consiste
Assinale a alternativa CORRETA que corresponde a uma no registro direto da pressão arterial durante doze horas,
pressão arterial normal. enquanto o paciente realiza suas atividades habituais
a) ≥ 180/110 mmHg. durante os períodos de vigília.
b) 140-179/90-109 mmHg. b) A primeira verificação da PA deve ser realizada em ambos
c) 120-129/80-84 mmHg. os braços. Caso haja diferença entre os valores, deve ser
considerada a medida de menor valor. O braço com o menor
d) 130-139/85-89 mmHg.
valor aferido, deve ser utilizado como referência nas
próximas medidas.
05. (COPESE - UFPI - 2014) A Hipertensão Arterial Sistêmica c) O tratamento não-farmacológico é uma medida ineficaz
(HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares. É para controle da hipertensão arterial, sendo, portanto,
também o principal fator de risco para as complicações mais pouco recomendado.
comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do
d) Recomenda-se que a medida da pressão arterial em
miocárdio, além da doença renal crônica terminal. Assim,
gestante seja feita na posição supina. A determinação da
torna-se relevante a aferição segura da pressão arterial (PA)
pressão diastólica deve ser realizada na fase IV de Korotkoff.
para a identificação desses riscos. Em uma situação
hipotética, Antônia, técnica de enfermagem, ao aferir a PA e) A gestante que apresenta pressão sistólica igual ou
de R. M. S., sexo feminino, 56 anos, identificou uma PA de superior a 140mmHg e pressão diastólica igual ou superior a
170/100 mmHg. De acordo com o Ministério da Saúde, 90mmHg é considerada hipertensa.
constata-se:

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07. (INAZ do Pará - 2019) O Ministério da Saúde define a 08. (COVEST-COPSET - 2019) Acerca da Hipertensão Arterial
hipertensão arterial sistêmica (HAS) como é uma doença Sistêmica (HAS), analise as afirmativas a seguir.
crônica não transmissível, caracterizada pelos níveis 1) São os principais fatores de risco: idade acima de 65 anos,
elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA ≥140 x sexo feminino, sobrepeso e obesidade e fatores
90mmHg) (2013). No âmbito do SUS, a assistência à saúde sociodemográficos; na raça negra, é mais precoce e grave)
da pessoa com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) segue
2) Nos idosos, a pressão arterial não deve ser medida nas
protocolos e linhas de cuidado que envolvem a terapia
posições ortostática e supina.
medicamentosa específica e o tratamento não
medicamentoso. Sobre a assistência à pessoa com 3) A hipertensão do jaleco branco tem uma prevalência
hipertensão arterial sistêmica, assinale a assertiva correta: global estimada em 13%; acredita-se que esta forma de
hipertensão apresenta um risco intermediário entre
a) O procedimento verificação dos níveis pressóricos da PA
normotensão e hipertensão.
deve ser executado somente pelo médico e pelo enfermeiro.
4) O MAPA é um exame que não está indicado nas seguintes
b) O rastreamento da hipertensão na Atenção Básica pode
situações: confirmação de hipertensão resistente, pressão
ser executado pelo técnico em Enfermagem e Enfermeiro.
arterialelevada de consultório, suspeita de pré-eclâmpsia
c) O acolhimento da pessoa com HAS na unidade de saúde é em mulheres grávidas.
de competência exclusiva dos profissionais da área da
Estão corretas, apenas:
saúde.
a) 1 e 2.
d) A pressão arterial (PA) com valores de referência entre
140/95 a 145/99mmHg é classificada como PA límitrofe. b) 2 e 3.
c) 3 e 4.
d) 2 e 4
e) 1 e 3.

09. (IBRASP/2022) Analise as afirmativas a seguir sobre a


hipertensão arterial (HA), coloque V para verdadeiro e F para
falso. Posteriormente assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta:
(__) É uma doença crônica não transmissível (DCNT) definida
por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento
(não medicamentoso e/ ou medicamentoso) superam os
riscos.
(__) Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de
fatores genéticos/ epigenéticos, ambientais e sociais,
• Baixo Risco: < 10%; anual caracterizada por elevação persistente da pressão arterial
(PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg
• Risco Intermediário: 10-20% Rastreamento
e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida
semestralmente
com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões
• Alto Risco: > 20% Rastreamento trimensal diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva.
(__) É aconselhável, quando possível, a validação de tais
“Média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg, medidas por meio de avaliação da PA fora do consultório por
verificada em pelo menos três dias diferentes com meio da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
intervalo mínimo de uma semana entre as medidas” (MAPA), da Monitorização Residencial da Pressão Arterial
• AMPA: Realizada por pacientes ou familiares fora do (MRPA) ou da Automedida da Pressão Arterial (AMPA).
consultório, geralmente, em domicílio. a) V – F – V. b) F – V – V. c) V – F – F. d) V – V – V.
• MAPA: Registro indireto e intermitente da pressão por TRATAMENTO DA HAS
aparelhos Validados 24 horas - período do sono Não Farmacológico
• MRPA: Manômetros digitais pela própria pessoa ou • Mudanças no estilo de vida (MEV);
familiares, Três medidas pela manhã, antes do desjejum e da
• Redução no uso de bebidas alcoólicas;
tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar.
Durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão • Redução do tabagismo;
durante sete dias. • Prática de atividade física e controle do peso

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Farmacológico 11. (INAZ/2021) Reportagem do dia 26/04/2020 no WebSite


• Diuréticos; da UOL sobre hipertensão:
• Inibidores da enzima conversora de angiotensina; “A hipertensão é um dos principais fatores de risco para as
doenças do coração”. Segundo a entidade (Sociedade de
• Antagonistas de receptores de angiotensina II e com
Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP), 36 milhões de
bloqueadores de canais de Betabloqueadores;
adultos brasileiros têm pressão alta. Entre os idosos, a
hipertensão atinge 60%. A doença é responsável, direta ou
Emergência Hipertensiva: Elevação crítica da pressão indiretamente, por metade das mortes por doenças
arterial com quadro clínico grave, progressiva lesão de cardiovasculares, cerca de 200 mil todos os anos, informa a
órgãos-alvo e risco de morte; Redução da pressão arterial SOCESP. A hipertensão não tratada está associada a eventos
com agentes aplicados por via parenteral como morte súbita, acidente vascular cerebral (derrame),
Urgência Hipertensiva: Elevação crítica da pressão arterial, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença
em geral pressão arterial diastólica ≥ 120mmHg, porém com arterial periférica e doença renal crônica. "Nos casos de
estabilidade clínica, sem omprometimento de órgãos-alvo; COVID-19, o hipertenso não controlado tem mais
Deverá ser tratada com medicamentos por via oral, complicações e maior mortalidade, conforme relatos e
buscando-se sua redução em até 24 horas; Captopril 25 mg estudos internacionais", explica o presidente da SOCESP, o
via oral cardiologista João Fernando Monteiro Ferreira.Fonte:
www.uol.com.br/vivabem/noticias
Diante da magnitude dessa doença crônica, marque a
10. (UPENET/IAUPE - 2017) A hipertensão arterial sistêmica
alternativa que NÃO se enquadra na atuação de um ACS no
(HAS) é conhecida como pressão alta, tendo sido motivo de
contexto da hipertensão:
grande procura nos atendimentos de urgência e emergência
das unidades de pronto atendimento. Sobre emergência a) O ACS pode atuar junto às pessoas que não têm o
hipertensiva, leia as afirmações abaixo e coloque V nas diagnóstico de hipertensão, mas possuem os fatores de
Verdadeiras e F nas Falsas. risco; e também pode atuar em relação às pessoas, com
diagnóstico de hipertensão.
( ) Na maioria das vezes, quando o paciente chega à
emergência, a crise hipertensiva vem associada a queixas de b) Verificar regularmente a pressão arterial de pessoas não
cefaleia, vertigem, dispneia progressiva, alteração visual ou hipertensas, porém que tenham fatores de risco para a
algia pulmonar. hipertensão e orientar para o agendamento de consulta na
UBS.
( ) Todos os pacientes com crise hipertensiva apresentam
apenas sintomatológica simples enquanto que outros c) Perguntar sempre à pessoa com hipertensão e que tenha
podem registrar sinais e sintomas, como rebaixamento de medicamentos prescritos se está os tomando com
nível de consciência, convulsão, insuficiência respiratória regularidade. Se houver dificuldades nesse processo,
aguda, sangramento cerebral e ocular e disfunção renal. informar à equipe quais são e planejar ações de
enfrentamento
( ) Ao aferir a pressão arterial do paciente na emergência,
o Enfermeiro identifica 180 x 120 mmHg e classifica esse d) Identificar os hipertensos de sua área de atuação e
nível tensional de hipertensão estágio 1. solicitar ao enfermeiro que preencha a ficha B-HA do SIAB
(Sistema de Informação de Atenção Básica).
( ) São orientações de enfermagem para prevenção de uma
crise hipertensiva: reduzir o peso corporal, reduzir o sal,
reduzir o consumo de álcool, abandonar o tabagismo,
controlar o estresse, alimentação hipocalórica e
hipossódica.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
a) V – V – F – V
b) V – F – F – V
c) F – F – F – V
d) V – V – V – V
e) F – F – V – F

GABARITO
01 D 03 B 05 E 07 B 09 D 11. D
02 A 04 C 06 E 08 E 10 A

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DIABETES MELLITUS 01. (Crescer Consultorias - 2019) O Diabetes Mellitus


Transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-
caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o
metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, mundo. Sobre o Diabetes Mellitus, é incorreto afirmar que:
resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina a) Diabetes gestacional é a hiperglicemia diagnosticada na
CLASSIFICAÇÃO gravidez, de intensidade variada, geralmente se resolvendo
no período pós-parto, mas retornando anos depois em
• Diabetes autoimune grave: DM1, IMC baixo, anti-GAD +
grande parte dos casos.
• Diabetes insulino-deficiente grave: DM1, anti-GAD -
b) Na maioria dos casos de pré-diabetes, a “doença” é
• Diabetes insulino-resistente grave: resistência à insulina, assintomática e o diagnóstico deve ser feito com base em
IMC elevado exames laboratoriais.
• Diabetes leve relacionada à obesidade: obesidade, idade c) A distribuição da adiposidade corporal mais comumente
baixa, não-insulino-dependente associada ao risco de Diabetes Mellitus tipo 1 é a central,
• Diabetes leve relacionada à idade: idade alta, alteração indicativa de acumulo de gordura visceral.
metabólicas d) O desenvolvimento do Diabetes Mellitus tipo 1 pode
• Monogênicos (MODY); ocorrer de forma rapidamente progressiva, principalmente,
• Diabetes neonatal; em crianças e adolescentes ou de forma lentamente
progressiva, geralmente em adultos.
• Secundário a endocrinopatias;
• Secundário a doenças do pâncreas exócrino;
02. (Crescer Consultorias - 2019) O Diabetes mellitus (DM) é
• Secundário a infecções; E secundário a medicamentos
um importante e crescente problema de saúde para todos
os países, independentemente do seu grau de
DM 1 desenvolvimento. (Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-
• Doença autoimune, poligênica, insulino-dependente, 2018); Sobre o diabetes mellitus tipo 1 (DM1), é incorreto
inicio mais rápido; afirmar que:
• 5 a 10% de todos os casos de DM - frequentemente a) O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e uma doença
diagnosticado em crianças, adolescentes, sem excesso de autoimune, poligênica, decorrente de destruição das células
peso; β pancreáticas, ocasionando deficiência completa na
produção de insulina.
A: deficiência de insulina por destruição autoimune das
células β comprovada por exames laboratoriais; b) Na fase clinicamente manifesta do DM1, o inicio é, em
geral, abrupto, podendo ser a cetoacidose diabética a
B: deficiência de insulina de natureza idiopática;
primeira manifestação da doença.
• Tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose.
c) O DM1 é bem mais frequente em adultos, mas pode ser
diagnosticado na infância e na adolescência, que podem
DM 2 desenvolver uma forma lentamente progressiva da doença,
• Perda progressiva de secreção insulínica combinada com denominada “latent autoimmune diabetes in adults”
resistência à insulina - etiologia complexa e multifatorial,; (LADA).
• Início insidioso (lento) e sintomas mais brandos - d) Embora a maioria dos pacientes com DM1 tenha peso
hiperglicemia desenvolve-se lentamente; normal, a presença de sobrepeso e obesidade não exclui o
diagnóstico da doença.
• Adultos com longa história de excesso de peso e com
história familiar de DM tipo 2 ;
• Insulino não dependente - 90 a 95% de todos os casos de 03. (IPEFAE - 2016) Considerando-se os distúrbios
DM. glicêmicos, assinale a alternativa correta.
a) Diabetes Mellitus tipo I está associado a Síndrome
Plurimetabólica.
b) Resistência a insulina é um estado no qual ocorre maior
captação de glicose por tecidos periféricos em resposta à
ação da insulina.
c) Diabetes Mellitus tipo I resulta primariamente da
destruição de células beta pancreáticas e tem uma
tendência a cetoacidose.
d) Diabetes Melitus tipo II está relacionado com a doença
autoimune.

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04. (UFCE/2017) Sobre diabetes gestacional, marque a Sinais e Sintomas Clássicos: 4P’s
opção CORRETA segundo as diretrizes 2015-2016 da
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
a) O teste de tolerância à glicose oral está indicado para
todas as gestantes no pré-natal.
b) As pacientes classificadas com DMG são as que
apresentam glicemia de jejum de 92 a 125mg/dl.
c) Durante o trabalho de parto, deve-se manter a glicemia
em níveis entre 90 e 140mg/dl, com manutenção das
insulinas de ação rápida e intermediária.
d) É recomendado reavaliar a tolerância à glicose a partir de
quinze dias de puerpério para as pacientes com diagnóstico
de DMG.

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05. (IBADE - 2020) A maioria, próximo a 90%, dos portadores e) Glicemia de jejum e HbA1C; Colesterol total (CT), HDLe
de diabetes é do tipo 2. Por ser pouco sintomática, pode triglicerídeos (TG); Creatinina sérica; Exame de urina tipo 1
passar despercebida e retardar, portanto, o diagnostico do e PSA.
tratamento favorecendo a ocorrência de complicações. Os
sinais e sintomas característicos que levantam a suspeita de
Não Farmacológico
diabetes, segundo o Manual do MS são os “quatro P’s” que
significam: • MEV: mudança no estilo de vida
a) Poliúria, polinemia, perda inexplicada de peso e poligrafia. • Dieta
b) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e • Exercício Físico
polissemia. • Não consumir bebida alcoólica e tabagismo
c) Polimialgia, polidipsia, polissemia e polifagia.
d) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia. Controle Glicemico: Glicemia em jejum, Pré-prandial, Pós-
e) Poliploidia, polidipsia, perda inexplicada de peso e prandial
polifagia. Farmacológico: DM1: insulina basal e insulina prandial;
TRATAMENTO DM2: antidiabético oral, insulina
INSULINOTERAPIA: Tratamento de manutenção para o
controle glicêmico basal

Principais complicações agudas do diabetes são:


cetoacidose diabética (CAD) e estado hiperosmolar
hiperglicêmico (EHH)

06. (CPCON - 2019) Na atenção à pessoa portadora de


Diabetes Melitus (DM), a consulta de enfermagem para o A cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperosmolar
acompanhamento da pessoa com diagnóstico de DM pode hiperglicêmico (EHH) representam 4 a 9% das internações
ser realizada por meio da aplicação da Sistematização da hospitalares em pacientes com Diabetes Mellitus. No EHH
Assistência de Enfermagem (SAE). Um dos pontos ocorre hiperglicemia com desidratação e aumento da
importantes no planejamento da assistência é a solicitação osmolaridade, já na CAD, além da alteração da glicemia
e avaliação dos exames previstos no protocolo assistencial temos também alteração do metabolismo lipídico com
local. O Ministério da Saúde adota como elenco de rotina produção de cetoácidos e consumo de bicarbonato.
mínima para o atendimento inicial e acompanhamento da A CAD é mais comum em crianças e jovens, sendo, muitas
pessoa com DM os seguintes exames: vezes, a primeira manifestação do DM tipo 1. Já o EHH, é
mais comum em pacientes maiores de 40 anos.
07. (FGV/2022) A pessoa com diabetes insipidus é incapaz de
reabsorver a água no tubo coletor (ducto coletor),
produzindo assim um grande volume de urina diluída.
a) Glicemia de jejum e HbA1C; Colesterol total (CT), HDL e Isso ocorre porque:
triglicerídeos (TG); Creatinina sérica; Exame de urina tipo 1 a) a água sai da célula para o interstício;
e Fundoscopia. b) a aldosterona promove a reabsorção dos íons Na+;
b) Glicemia de jejum e HbA1C; Colesterol total (CT), HDL e c) as células justaglomerulares produzem renina;
triglicerídeos (TG); Creatinina sérica; Raio X do tórax em
d) não há secreção do hormônio antidiurético (ADH);
posição anterior e perfil.
e) o angiotensinogênio é convertido em angiotensina I.
c) Hemograma completo, Colesterol total (CT), HDLe
triglicerídeos (TG); Creatinina sérica; Exame de urina tipo 1
e TSH e T4 Livre.
d) Glicemia de jejum e HbA1; Proteína C reativa, ácido úrico
e Fundoscopia.

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PÉ DIABÉTICO
• Exame dos pés anualmente;
• Presença de infecção, ulceração e/ou destruição de
tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas
e a vários graus de doença vascular periférica em pessoas
com DM;
• 1. Exame físico: geral e especifico dos pés
• 2. Testes: sensibilidade tátil com monofilamento e
vibratória

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08. (FADESP - 2019) Quanto à periodicidade recomendada EXERCÍCIO E ÉTICA PROFISSIONAL


para avaliação dos pés da pessoa com DM, o Sistema de
Código de ética dos profissionais de enfermagem
Classificação de Risco do Pé Diabético do Manual do
Ministério da Saúde considera
a) Risco 0 – neuropatia leve, avaliação anual, 01. (CEFET-BA 2020 – Nível Médio) A Bioética tem como
preferencialmente com médico ou enfermeiro da Atenção objetivo fundamental ofertar subsídios para que as pessoas
Básica. possam refletir e saber como se comportar em relação às
b) Risco 1 – neuropatia presente com ou sem deformidades, diversas situações da vida profissional em que surgem
avaliação anual, com médico ou enfermeiro da Atenção conflitos éticos. Enquanto ciência, dialoga de forma
Básica. intrínseca com a interdisciplinaridade, possuindo
fundamentos e princípios que devem nortear a tomada de
c) Risco 2 – neuropatia presente, sinais de doença vascular
decisão, sobretudo quando tratamos de profissionais da
periférica e/ou deformações nos pés, avaliar a cada 2 a 3
saúde (BRASIL, 2011).
meses, com médico e/ou enfermeiro da Atenção Básica,
avaliar, também, se há necessidade de encaminhamento Em relação aos fundamentos e princípios da Bioética, analise
para outro ponto de atenção. as assertivas e identifique com V as verdadeiras e com F as
falsas.
d) Risco 3 – Amputação/Ulceração prévia, avaliar a cada 2 a
3 meses, com médico e/ou enfermeiro da Atenção Básica ou ( ) A pessoa humana deve ser entendida sempre como um
equipe especializada. ser único, se constituindo em uma totalidade e dotado de
dignidade.
( ) Para uma correta tomada de decisão, o profissional de
saúde deve considerar que o princípio da “autonomia”
precede o princípio da “beneficência”.
( ) A chamada “objeção de consciência” representa o direito
de um profissional de realizar um procedimento ou
tratamento, desde que seja autorizado pelo paciente.
( ) A “autonomia” se refere à capacidade de
autodeterminação de uma pessoa e tem como
condicionantes a liberdade para decidir e a informação
GABARITO sobre o que está sendo decidido.
01. C 03. C 05. D 07. D A alternativa que contém a sequência correta, de cima para
02. C 04. B 06. A 08. C baixo, é
A) V F F V
B) V F V F
C) V V F F
D) F V F V

2. (IFMT/2022) Sobre o Código de Ética dos Profissionais de


0Enfermagem (Resolução 564/2017), do Conselho Federal
de Enfermagem (COFEN), é CORRETO afirmar que:
A) Impede que os profissionais de enfermagem se
abstenham de revelar informações confidenciais em função
do seu exercício profissional.
B) Proíbe a equipe de enfermagem de negar assistência em
situações de urgência, emergência, epidemia, desastre e
catástrofe, em qualquer situação.
C) É optativo ao profissional da equipe de enfermagem
seguir o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
D) As penalidades que são impostas pelo Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem são apenas de
multa e censura.
E) Normatiza os direitos, deveres, proibições, infrações e
penalidades e aplicação das penalidades aos profissionais da
equipe de enfermagem.

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03. (AOCP – Prefeitura de Belém – 2018 – Nível Fácil) O 05. (ESP-PR 2020 – Nível difícil) Com base no Código de Ética
Código de ética dos profissionais de enfermagem aponta dos Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução
que se recusar a executar atividades que não sejam de sua no 564/2017, considere as seguintes afirmativas:
competência técnica, científica, ética e legal, ou que não 1. É dever do profissional de enfermagem fundamentar suas
ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e relações no direito, na prudência, no respeito, na
coletividade, é solidariedade e na diversidade de opinião e de posição
A) responsabilidade do profissional. ideológica.
B) um direito do profissional. 2. É dever do profissional de enfermagem manter sigilo
C) um dever do profissional. sobre fato de que tenha conhecimento em razão da
atividade profissional, exceto nos casos previstos na
D) proibido ao profissional.
legislação ou por determinação judicial, ou com
E) facultativo ao profissional. consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu
representante legal.
04. (UFSC/2022) A Resolução n° 564/2017 do Conselho 3. É direito do profissional de enfermagem prestar
Federal de Enfermagem estabelece o novo Código de Ética assistência de enfermagem sem discriminação de qualquer
dos profissionais de enfermagem. Analise as afirmativas natureza.
abaixo e assinale a alternativa que apresenta corretamente 4. É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de
os deveres dos profissionais de enfermagem. responsabilização criminal, independentemente de
I. Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e autorização, de casos de violência contra: crianças e
transdisciplinar com responsabilidade, autonomia e adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem
liberdade, observando os preceitos éticos e legais da condições de firmar consentimento.
profissão. Assinale a alternativa correta.
II. Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, A) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade,
B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
honestidade e lealdade.
C) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
III. Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações
da Categoria e Órgãos de Fiscalização do Exercício D) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
Profissional, atendidos os requisitos legais. E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
IV. Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, ético-
políticos, socioeducativos, históricos e culturais que dão 06. (ESP-PR 2020 – Nível Fácil) Sobre o Código de Ética dos
sustentação à prática profissional. Profissionais de Enfermagem, aprovado pela Resolução
V. Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e 564/2017, é correto afirmar:
Médica na qual não constem assinatura e número de A) O profissional de enfermagem atua na promoção,
registro do profissional prescritor, exceto em situação de prevenção e reabilitação da saúde, dependendo da
urgência e emergência. orientação médica e de preceitos legais.
A) Somente as afirmativas I, III, IV e V estão corretas. B) É direito do profissional de enfermagem negar assistência
B) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. de enfermagem em qualquer situação que se caracterize
C) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. como urgência e emergência.
D) Somente as afirmativas II e V estão corretas. C) É direito do profissional de enfermagem participar da
prática multiprofissional e interdisciplinar com
E) Todas as afirmativas estão corretas.
responsabilidade autonomia e liberdade.
D) É direito do profissional de enfermagem aceitar cargo,
função ou emprego vago em decorrência de fatos que
envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego
motivado pela necessidade do profissional em cumprir o
presente código e a legislação do exercício profissional.
E) É responsabilidade do profissional exercer a enfermagem
com liberdade, autonomia e ser tratado segundo os
pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos
humanos.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 94


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

07. (UFPA 2022 – questão 31) Considera-se infração ética e 10. (UNESC/2016): Com base no decreto 94.406 que
disciplinar a ação, omissão ou conivência que implique regulamenta a lei 7498 de junho/86 e dispõe sobre o
desobediência e/ou inobservância às disposições do Código exercício da enfermagem e dá outras providências. São
de Ética dos Profissionais de Enfermagem (COFEN. atribuições privativas do enfermeiro:
Resolução no 564/2017). Entre as penalidades a serem I. Direção do órgão de enfermagem
impostas pelo Sistema COFEN/Conselhos Regionais de
II. Coordenação da equipe de ABS na ESF
Enfermagem, encontra-se a censura, que representa:
III. Ministrar curso de Suporte Básico de vida
A) a perda do direito ao exercício da enfermagem por um
período de até 30 anos com divulgação nas publicações do IV. Consulta de enfermagem
Sistema COFEN/Conselhos Regionais de Enfermagem e em V. Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com
jornais de grande circulação. risco de vida
B) a repreensão, que será divulgada nas publicações oficiais São CORRETAS
do Sistema COFEN/Conselhos Regionais de Enfermagem e a) I, II e III
em jornais de grande circulação.
b) II, III e V
C) a admoestação ao infrator, de forma reservada, que será
c) III, IV e V
registrada no prontuário deste, na presença de duas
testemunhas. d) II, III e IV
D) o pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da e) I, IV e V
anuidade da categoria profissional à qual pertence o
infrator, em vigor no ato do pagamento. 11. (UFRN/2020): O Código de Ética dos Profissionais de
E) a proibição do exercício profissional da enfermagem por Enfermagem (CEPE) – Resolução COFEN 564/2017 – é um
um período de até 90 (noventa) dias a ser divulgada nas dispositivo legal comprometido com a garantia da produção
publicações oficiais do Sistema COFEN/Conselhos Regionais e da gestão dos cuidados prestados pelos enfermeiros. De
de Enfermagem e jornais de grande circulação e comunicada acordo com o CEPE, é considerado um direito profissional
aos órgãos empregadores. A) recusar-se a executar prescrição médica em que não
constem a assinatura e o número de registro do profissional
08. (ESP-PR 2020 – Nível fácil) De acordo com o Código de prescritor.
Ética dos Profissionais de Enfermagem, além de multa e B) colaborar com o processo de fiscalização do exercício
censura, são infrações e penalidades aplicadas pelo Sistema profissional e permitir o acesso a documentos institucionais
COFEN/Conselhos Regionais de Enfermagem: C) negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias
A) advertência escrita, sindicância e cassação. sociais durante o desempenho de suas atividades
B) advertência verbal, sindicância e demissão. profissionais.
C) advertência escrita, suspensão e cassação. D) fundamentar suas relações no direito, na prudência, no
respeito, na solidariedade e nas diversidades ideológicas
D) advertência escrita, suspensão e demissão.
E) advertência verbal, suspensão e cassação.
12. (IBFC/2016): Sobre o Código de Ética de Enfermagem,
leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
09. (AOCP – Prefeitura de Belém 2018 – Nível Fácil) Uma
I. Para graduar a penalidade e respectiva imposição
técnica em enfermagem, durante seu plantão, administrou
consideram-se a maior ou menor gravidade da infração.
uma medicação preparada por outro colega. Após a
administração, ela observou que a medicação era de outro II. Para graduar a penalidade e respectiva imposição
paciente e, imediatamente, comunicou o fato ao Enfermeiro consideram-se as circunstâncias agravantes e atenuantes da
responsável, que tomou as medidas cabíveis e o paciente infração.
não sofreu danos. Assim, após a apuração dos fatos, essa III. São consideradas circunstâncias atenuantes quando o
técnica recebeu do conselho regional de enfermagem infrator realiza atos sob coação e/ou intimidação.
(COREN) como penalidade, prevista no Código de Ética dos IV. São consideradas circunstâncias agravantes quando o
Profissionais de enfermagem, infrator tem bons antecedentes criminais. ATENUANTE
A) demissão. Estão corretas as afirmativas:
B) cassação do direito ao exercício profissional. A) I, III e IV, apenas.
C) carta de negligência. B) I e II, apenas.
D) advertência verbal. C) I, II e III, apenas.
E) submissão de culpa. D) II, III e IV, apenas.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 95


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13. (UNIRIO/2020): Em relação às penalidades a serem Estão corretas


impostas aos profissionais de enfermagem que cometerem A) I, II e III, apenas.
infrações éticas e disciplinares, de acordo com a Resolução
B) I e IV, apenas.
COFEN 564/2017, é CORRETO afirmar que
C) I, II, III e IV.
a) a multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01
(um) a 20 (vinte) vezes o valor da anuidade da categoria D) I, III e IV, apenas.
profissional à qual pertence o infrator. E) I, II e IV, apenas.
b) a censura consiste em repreensão e sua divulgação
deverá ficar restrita a jornais de grande circulação. 17. (FUNDATEC 2017 – Nível fácil) Dentre os componentes
c) a advertência verbal consiste na admoestação ao da
infrator, de forma pública. definição de Bioética, segundo Van Rensselaer Potter, estão:
d) a cassação consiste na perda do direito ao exercício da ética, humildade, competência interdisciplinar, e senso de
Enfermagem por um período de até 10 anos. humanidade. Com base nos componentes citados, relacione
e) a suspensão consiste na proibição do exercício a Coluna 1 à Coluna 2.
profissional da Enfermagem por um período de até 90 Coluna 1
(noventa) dias. 1. Bioética e a Ética.
2. Bioética e a Humildade.
14. (COPEVE-UFAL/2016): Em uma situação assistencial 3. Bioética e a competência interdisciplinar.
onde o auxiliar de enfermagem, no exercício laboral,
4. Bioética e o senso de humanidade.
abandona o paciente, deixa de executar os cuidados de
enfermagem prescritos naquele turno, deixa de realizar a
visita de enfermagem para o levantamento de necessidades Coluna 2
do paciente e não faz nenhum tipo de registro, responderá ( ) Deveres do ser humano para com outro ser humano, e
por qual ocorrência ética? de todos para com a humanidade.
A) Dolo ( ) Consequência apropriada que segue a afirmação “posso
B) Imperícia estar errado” e exige responsabilidade de aprender com as
C) Negligência experiências e conhecimentos disponíveis.
D) Imprudência ( ) As condições necessárias para que ocorra são: a
existência de uma linguagem comum; objetivos comuns;
E) Beneficência
reconhecimento da necessidade de considerar diferenças
existentes; domínio dos conteúdos específicos de cada um
15. O profissional de enfermagem que tem conhecimento dos participantes; e elaboração de uma síntese
científico, mas não tem habilidade ou destreza na profissão complementar.
que exerce, poderá cometer o seguinte crime profissional: ( ) Muitas vezes, é utilizada como adjetivo, com a finalidade
a) Imprudência de qualificar uma pessoa ou uma instituição como sendo
b) Imperícia boa, adequada ou correta, mas o ideal é sempre utilizá-la na
forma adverbial, ou seja, ela própria merecendo ser
c) Negligência
qualificada em adequada ou inadequada, mas não
d) Homicídio pressupondo no seu sentido substantivo, sempre se associe
e) Curandeirismo ao bom, ao adequado e ao correto.
A ordem correta do preenchimento dos parênteses, de cima
16. (UFPA 2019 – Nível Fácil) Sobre os direitos do profissional para baixo, é:
de enfermagem no exercício de sua função, analise as A) 1 – 4 – 3 – 2.
afirmativas abaixo. B) 4 – 2 – 3 – 1.
I - Negar-se a ser filmado, fotografado ou exposto em mídias C) 2 – 1 – 4 – 3.
durante o desempenho de suas atividades profissionais.
D) 4 – 3 – 2 – 1.
II - A por nome completo, legível, número e categoria de
E) 2 – 4 – 3 – 1.
inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, assinatura
ou rubrica nos documentos, quando no exercício
profissional. GABARITO
III - Documentar formalmente as etapas do processo de 1A 4D 7B 10E 13E 16B
enfermagem, em consonância com sua competência legal. 2E 5D 8E 11C 14C 17B
IV - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua 3B 6C 9D 12C 15B
competência técnica, científica, ética e legal ou que não
ofereçam segurança profissional à pessoa, à família e à
coletividade.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 96
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE DE 1986 Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:


I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem
conferido por instituição de ensino, nos termos da lei e
Dispõe sobre a regulamentação do exercício da registrado no órgão competente;
enfermagem, e dá outras providências.
II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14
de junho de 1956;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de setembro de1955,
Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de
território nacional, observadas as disposições desta lei. dezembro de 1961;
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático
podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de
inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde,
jurisdição na área onde ocorre o exercício. ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº
pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº8.778, de
de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro
graus de habilitação. de 1959;
Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos
serviços de saúde incluem planejamento e programação de termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de1967;
enfermagem. VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola
Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em
assistência de enfermagem. virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
Art. 5º (VETADO).
Art. 9º São Parteiras:
§ 1º (VETADO).
I - a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei
§ 2º (VETADO).
nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na
Art. 6º São enfermeiros: Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou
instituição de ensino, nos termos da lei; equivalente, conferido por escola ou curso estrangeiro,
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de segundo as leis do país, registrado em virtude de
Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos da lei; intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois)
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a anos após a publicação desta lei, como certificado de
titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica Parteira.
ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola Art. 10. (VETADO).
estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de
acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como enfermagem, cabendo-lhe:
diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de
I - privativamente:
Obstetriz;
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores,
básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de
obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto na
serviço e de unidade de enfermagem;
alínea d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de
1961. b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de
suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:
prestadoras desses serviços;
I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de
c) planejamento, organização, coordenação, execução e
Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e
avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
registrado pelo órgão competente;
d) (VETADO);
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente
conferido por escola ou curso estrangeiro, registrado em e) (VETADO);
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no f) (VETADO);
Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem. g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria
de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 97


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com Art. 14. (VETADO).


risco de vida; Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei,
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica quando exercidas em instituições de saúde, públicas e
e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade privadas, e em programas de saúde, somente podem ser
de tomar decisões imediatas; desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.
II - como integrante da equipe de saúde: Art. 15-A. O piso salarial nacional dos Enfermeiros
a) participação no planejamento, execução e avaliação da contratados sob o regime da Consolidação das Leis do
programação de saúde; Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, será de R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos
cinquenta reais) mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de
planos assistenciais de saúde;
2022)
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas
Parágrafo único. O piso salarial dos profissionais celetistas
de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de
de que tratam os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base
saúde;
no piso estabelecido no caput deste artigo, para o
d) participação em projetos de construção ou reforma de Enfermeiro, na razão de: (Incluído pela Lei nº 14.434,
unidades de internação; de2022)
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;
de doenças transmissíveis em geral; (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de Enfermagem
ser causados à clientela durante a assistência de e para a Parteira. (Incluído pela Lei nº 14.434, de2022)
enfermagem;
Art. 15-B. O piso salarial nacional dos Enfermeiros
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e contratados sob o regime dos servidores públicos civis da
puérpera; União, das autarquias e das fundações públicas federais, nos
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, será de
i) execução do parto sem distocia; R$ 4.750,00 (quatro mil setecentos e cinquenta reais)
mensais. (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que tratam
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art.
os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no piso
6º desta lei incumbe, ainda:
estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na
a) assistência à parturiente e ao parto normal; razão de: (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;
providências até a chegada do médico; (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de Enfermagem
anestesia local, quando necessária. e para a Parteira. (Incluído pela Lei nº 14.434, de2022)
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível Art. 15-C. O piso salarial nacional dos Enfermeiros servidores
médio, envolvendo orientação e acompanhamento do dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de suas
trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no autarquias e fundações será de R$ 4.750,00 (quatro mil
planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe setecentos e cinquenta reais) mensais. (Incluído pela Lei nº
especialmente: 14.434, de 2022)
a) participar da programação da assistência de enfermagem; Parágrafo único. O piso salarial dos servidores de que tratam
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as os arts. 7º, 8º e 9º desta Lei é fixado com base no piso
privativas do Enfermeiro, observado o disposto no parágrafo estabelecido no caput deste artigo, para o Enfermeiro, na
único do art. 11 desta lei; razão de: (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de I - 70% (setenta por cento) para o Técnico de Enfermagem;
enfermagem em grau auxiliar; (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
d) participar da equipe de saúde. II - 50% (cinquenta por cento) para o Auxiliar de Enfermagem
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível e para a Parteira. (Incluído pela Lei nº 14.434, de2022)
médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços Art. 15-D. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.434, de 2022)
auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a Art. 16. (VETADO).
participação em nível de execução simples, em processos de
Art. 17. (VETADO).
tratamento, cabendo-lhe especialmente:
Art. 18. (VETADO).
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
Parágrafo único. (VETADO).
b) executar ações de tratamento simples;
Art. 19. (VETADO).
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 98


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública direta RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017
e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e
dos Territórios observarão, no provimento de cargos e
funções e na contratação de pessoal de enfermagem, de O Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, no uso das
todos os graus, os preceitos desta lei. atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 5.905, de 12
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado
promoverão as medidas necessárias à harmonização das pela Resolução Cofen nº 421, de 15 de fevereiro de 2012, e
situações já existentes com as disposições desta lei, CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo 8º da
respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e Lei 5.905, de 12 de julho de1973, compete ao Cofen elaborar
salários. o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando
Art. 21. (VETADO). necessário, ouvidos os Conselhos Regionais;
Art. 22. (VETADO). CONSIDERANDO que o Código de Deontologia de
Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos
Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de
constitucionais vigentes;
enfermagem, em virtude de carência de recursos humanos
de nível médio nessa área, sem possuir formação específica CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos
regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de Humanos, promulgada pela Assembleia Geral das Nações
Enfermagem, a exercer atividades elementares de Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra (1949),
enfermagem, observado o disposto no art. 15 desta lei. cujos postulados estão contidos no Código de Ética do
Conselho Internacional de Enfermeiras (1953, revisado
Parágrafo único. A autorização referida neste artigo, que
em2012);
obedecerá aos critérios baixados pelo Conselho Federal de
Enfermagem, somente poderá ser concedida durante o CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre Bioética e
prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação desta lei. Direitos Humanos (2005);
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de CONSIDERANDO o Código de Deontologia de Enfermagem
enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei, o do Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de
exercício das atividades elementares da enfermagem, Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993, reformulado
observado o disposto em seu artigo 15. (Redação dada pela em 2000 e2007), as normas nacionais de pesquisa
Lei nº8.967, de 1986) (Resolução do Conselho Nacional de Saúde – CNS
nº196/1996), revisadas pela Resolução nº 466/2012, e as
Art. 24. (VETADO).
normas internacionais sobre pesquisa envolvendo seres
Parágrafo único. (VETADO). humanos;
Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do Código de
de 120 (cento e vinte) dias a contar da data da sua Ética dos Profissionais de Enfermagem, consolidada na 1ª
publicação. Conferência Nacional de Ética na Enfermagem – 1ª
Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. CONEENF, ocorrida no período de 07 a 09 de junho de 2017,
Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em em Brasília – DF, realizada pelo Conselho Federal de
contrário. Enfermagem e Coordenada pela Comissão Nacional de
Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de
Brasília, 25 de junho de 1986; 165º da Independência e 98º
Enfermagem, instituída pela Portaria Cofen nº 1.351/2016;
da República.
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006
JOSÉ SARNEY
(Lei Maria da Penha) que cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
do § 8º do art. 226 da Constituição Federal e a Lei nº 10.778,
de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificação
compulsória, no território nacional, nos casos de violência
contra a mulher que for atendida em serviços de saúde
públicos e privados;
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que
dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de 2003,
que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de 2001, que
dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras
de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial
em saúde mental;

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 99


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017


que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e PREÂMBULO
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código de
serviços correspondentes;
Ética dos Profissionais de Enfermagem – CEPE, norteou-se
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na Assembleia por princípios fundamentais, que representam imperativos
Extraordinária de Presidentes dos Conselhos Regionais de para a conduta profissional e consideram que a Enfermagem
Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em Brasília, é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à
Distrito Federal, no dia 18 de julho de 2017, e organização e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho como responsabilidades a promoção e a restauração da
Federal de Enfermagem em sua 491ªReunião Ordinária, saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio do
RESOLVE: sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à família e à
coletividade; organiza suas ações e intervenções de modo
Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais de
autônomo, ou em colaboração com outros profissionais da
Enfermagem, conforme o anexo desta Resolução, para
área; tem direito a remuneração justa e a condições
observância e respeito dos profissionais de Enfermagem,
adequadas de trabalho, que possibilitem um cuidado
que poderá ser consultado através do sítio de internet do
profissional seguro e livre de danos. Sobretudo, esses
Cofen (www.cofen.gov.br).
princípios fundamentais reafirmam que o respeito aos
Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de direitos humanos é inerente ao exercício da profissão, o que
Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Obstetrizes e inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à
Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem. igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, à dignidade
Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho e a ser tratada sem distinção de classe social, geração, etnia,
Federal de Enfermagem. cor, crença religiosa, cultura, incapacidade, deficiência,
Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho doença, identidade de gênero, orientação sexual,
Federal de Enfermagem, por proposta de2/3 dos nacionalidade, convicção política, raça ou condição social.
Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho
proposta de 2/3 dos Conselhos Regionais. Federal de Enfermagem, no uso das atribuições que lhe são
Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida de conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de
ampla discussão com a categoria, coordenada pelos julho de1973, aprova e edita esta nova revisão do CEPE,
Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho exortando os profissionais de Enfermagem à sua fiel
Federal de Enfermagem, em formato de Conferência observância e cumprimento.
Nacional, precedida de Conferências Regionais.
Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
vinte) dias a partir da data de sua publicação no Diário Oficial A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do
da União, revogando-se as disposições em contrário, em cuidado prestado nos diferentes contextos socioambientais
especial a Resolução Cofen nº 311/2007, de 08 de fevereiro e culturais em resposta às necessidades da pessoa, família e
de 2007. coletividade.
Brasília, 6 de novembro de 2017. O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em
MANOEL CARLOS N. DA SILVACOREN-RO Nº consonância com os preceitos éticos e legais, técnico-
63592Presidente científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com
MARIA R. F. B. SAMPAIOCOREN-PI Nº 19084Primeira- competência para promoção do ser humano na sua
Secretária integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e da
Bioética, e participa como integrante da equipe de
Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas,
com ênfase nas políticas de saúde que garantam a
universalidade de acesso, integralidade da assistência,
resolutividade, preservação da autonomia das pessoas,
participação da comunidade, hierarquização e
descentralização político-administrativa dos serviços de
saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento
próprio da profissão e nas ciências humanas, sociais e
aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social
e cotidiana de assistir, gerenciar, ensinar, educar e
pesquisar.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 100


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAPÍTULO I Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no


DOS DIREITOS âmbito da saúde ou de qualquer área direta ou
indiretamente relacionada ao exercício profissional da
Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança
Enfermagem.
técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem
discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e
pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos. extensão que envolvam pessoas e/ou local de trabalho sob
sua responsabilidade profissional.
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de
riscos e danos e violências física e psicológica à saúde do Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino,
trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção pesquisa e extensão, respeitando a legislação vigente.
dos direitos dos profissionais de enfermagem. Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em
Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da pesquisa, extensão e produção técnico-científica.
dignidade profissional, do exercício da cidadania e das Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais
reivindicações por melhores condições de assistência, e meios eletrônicos para conceder entrevistas, ministrar
trabalho e remuneração, observados os parâmetros e cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de sua
limites da legislação vigente. competência e/ou divulgar eventos com finalidade
Art. 4º Participar da prática multiprofissional, educativa e de interesse social.
interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade, Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais
autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e detenha habilidades e competências técnico-científicas e
legais da profissão. legais.
Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em
Organizações da Categoria e Órgãos de Fiscalização do mídias sociais durante o desempenho de suas atividades
Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais. profissionais.
Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de
ético-políticos, sócio educativos, históricos e culturais que sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não
dão sustentação à prática profissional. ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa, coletividade.
família e coletividade, necessárias ao exercício profissional. Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da
Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de relação profissional/usuários quando houver risco à sua
forma fundamentada, medidas cabíveis para obtenção de integridade física e moral, comunicando ao Coren e
desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no assegurando a continuidade da assistência de Enfermagem.
exercício profissional ou que atinja a profissão.
Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de CAPÍTULO II
forma fundamentada, quando impedido de cumprir o DOS DEVERES
presente Código, a Legislação do Exercício Profissional e as
Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso,
Resoluções, Decisões e Pareceres Normativos emanados
equidade, resolutividade, dignidade, competência,
pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
responsabilidade, honestidade e lealdade.
Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis,
Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência,
às diretrizes políticas, normativas e protocolos
no respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e
institucionais, bem como participar de sua elaboração.
posição ideológica.
Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de
Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética
Enfermagem, bem como de comissões interdisciplinares da
dos Profissionais de Enfermagem e demais normativos do
instituição em que trabalha.
Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de
Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais
que tenha conhecimento em razão de seu exercício
de Enfermagem no desempenho de atividades em
profissional.
organizações da categoria.
Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas,
Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de
quando o local de trabalho não oferecer condições seguras
Enfermagem e aos órgãos competentes fatos que infrinjam
para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação
dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o
vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência,
exercício profissional e a segurança à saúde da pessoa,
devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito
família e coletividade.
e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao
Conselho Regional de Enfermagem. Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de
Enfermagem, fatos que envolvam recusa e/ou demissão de
Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como
cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do
instrumento metodológico para planejar, implementar,
profissional em cumprir o presente Código e a legislação do
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e
exercício profissional.
coletividade.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 101


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições
notificações, citações, convocações e intimações do Sistema que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão das
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. atividades profissionais decorrentes de movimentos
Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do exercício reivindicatórios da categoria.
profissional e prestar informações fidedignas, permitindo o Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos
acesso a documentos e a área física institucional. casos de movimentos reivindicatórios da categoria, deverão
Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma
Enfermagem, com jurisdição na área onde ocorrer o assistência segura, conforme a complexidade do paciente.
exercício profissional. Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos
Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.
Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e
Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto Médica na qual não constem assinatura e número de
ao Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. registro do profissional prescrito, exceto em situação de
urgência e emergência.
Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos
legíveis, número e categoria de inscrição no Conselho § 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a
Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos executar prescrição de Enfermagem e Médica em caso de
documentos, quando no exercício profissional. identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo
esclarecer com o prescritor ou outro profissional,
§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo,
registrando no prontuário.
número e categoria de inscrição no Coren, devendo constar
a assinatura ou rubrica do profissional. § 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o
cumprimento de prescrição à distância, exceto em casos de
§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura
urgência e emergência e regulação, conforme Resolução
deverá ser certificada, conforme legislação vigente.
vigente.
Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as
Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos
informações inerentes e indispensáveis ao processo de
competentes, ações e procedimentos de membros da
cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível,
equipe de saúde, quando houver risco de danos decorrentes
completa e sem rasuras.
de imperícia, negligência e imprudência ao paciente, visando
Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de a proteção da pessoa, família e coletividade.
Enfermagem, em consonância com sua competência legal.
Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a
Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas qualidade de vida à pessoa e família no processo do nascer,
e fidedignas, necessárias à continuidade da assistência e viver, morrer e luto.
segurança do paciente.
Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis e
Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito terminais com risco iminente de morte, em consonância
dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da com a equipe multiprofissional, oferecer todos os cuidados
assistência de Enfermagem. paliativos disponíveis para assegurar o conforto físico,
Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, psíquico, social e espiritual, respeitada a vontade da pessoa
riscos e consequências decorrentes de exames e de outros ou de seu representante legal.
procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à
ou de seu representante legal. coletividade em casos de emergência, epidemia, catástrofe
Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem e desastre, sem pleitear vantagens pessoais, quando
discriminação de qualquer natureza. convocado.
Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante
pessoa ou de seu representante legal na tomada de decisão, consentimento prévio do paciente, representante ou
livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança, tratamento, responsável legal, ou decisão judicial.
conforto, bem-estar, realizando ações necessárias, de Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não
acordo com os princípios éticos e legais. haja capacidade de decisão por parte da pessoa, ou na
Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas da ausência do representante ou responsável legal.
pessoa no que concerne às decisões sobre cuidados e Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas
tratamentos que deseja ou não receber no momento em atividades profissionais, independentemente de ter sido
que estiver incapacitado de expressar, livre e praticada individual ou em equipe, por imperícia,
autonomamente, suas vontades. imprudência ou negligência, desde que tenha participação
Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da e/ou conhecimento prévio do fato.
pessoa, em todo seu ciclo vital e nas situações de morte e Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a
pós-morte. responsabilidade será atribuída na medida do(s) ato(s)
praticado(s) individualmente.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 102


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento CAPÍTULO III
em razão da atividade profissional, exceto nos casos DAS PROIBIÇÕES
previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com
Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código
o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu
de Ética e à legislação que disciplina o exercício da
representante ou responsável legal.
Enfermagem.
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua
conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa
competência técnica, científica, ética e legal ou que não
envolvida.
ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à
§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de coletividade.
ameaça à vida e à dignidade, na defesa própria ou em
Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou
atividade multiprofissional, quando necessário à prestação
jurídicas que desrespeitem a legislação e princípios que
da assistência.
disciplinam o exercício profissional de Enfermagem.
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como
Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante
testemunha deverá comparecer perante a autoridade e, se
de qualquer forma ou tipo de violência contra a pessoa,
for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do
família e coletividade, quando no exercício da profissão.
sigilo profissional.
Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de
decorrência de fatos que envolvam recusa ou demissão
responsabilização criminal, independentemente de
motivada pela necessidade do profissional em cumprir o
autorização, de casos de violência contra: crianças e
presente código e a legislação do exercício profissional; bem
adolescentes; idosos; e pessoas incapacitadas ou sem
como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por
condições de firmar consentimento.
colega, utilizando-se de concorrência desleal.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de
Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal
responsabilização criminal em casos de violência doméstica
de qualquer instituição ou estabelecimento congênere,
e familiar contra mulher adulta e capaz será devida,
quando, nestas, não exercer funções de enfermagem
independentemente de autorização, em caso de risco à
estabelecidas na legislação.
comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com
conhecimento prévio da vítima ou do seu responsável. Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa,
família e coletividade, além do que lhe é devido, como forma
Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão
de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou
quanto ao conteúdo e imagem veiculados nos diferentes
benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem.
meios de comunicação e publicidade.
Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão, de
Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o
mecanismos de coação, omissão ou suborno, com pessoas
aperfeiçoamento técnico-científico, ético-político,
físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo de
socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem
vantagem.
sob sua supervisão e coordenação.
Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo,
Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos,
para impor ou induzir ordens, opiniões, ideologias políticas
ético-políticos, socioeducativos e culturais, em benefício da
ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que atentem
pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da
contra a dignidade da pessoa humana, bem como dificultar
profissão.
o exercício profissional.
Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o
Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para
desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e
praticar atos tipificados como crime ou contravenção penal,
extensão, devidamente aprovados nas instâncias
tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto
deliberativas.
naqueles em que não a exerça, ou qualquer ato que infrinja
Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa os postulados éticos e legais.
envolvendo seres humanos.
Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e
Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais difamação de pessoa e família, membros das equipes de
no processo de pesquisa, em todas as etapas. Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem,
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se trabalhadores de outras áreas e instituições em que exerce
julgar técnica, científica e legalmente apto para o sua atividade profissional.
desempenho seguro para si e para outrem. Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção
Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação penal ou qualquer outro ato que infrinja postulados éticos e
vigente relativa à preservação do meio ambiente no legais, no exercício profissional.
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 103


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou
interromper a gestação, exceto nos casos permitidos pela inverídicas sobre a assistência de Enfermagem prestada à
legislação vigente. pessoa, família ou coletividade.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não
profissional deverá decidir de acordo com a sua consciência executou, bem como permitir que suas ações sejam
sobre sua participação, desde que seja garantida a assinadas por outro profissional.
continuidade da assistência. Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos
Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a a terceiros que não estão diretamente envolvidos na
antecipar a morte da pessoa. prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto
Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de quando autorizado pelo paciente, representante legal ou
emergência ou naquelas expressamente autorizadas na responsável legal, por determinação judicial.
legislação, desde que possua competência técnica-científica Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas
necessária. declarações sobre o exercício profissional quando solicitado
Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de
urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe, Ética de Enfermagem.
desde que não ofereça risco a integridade física do Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a
profissional. outro membro da equipe de Enfermagem, exceto nos casos
Art. 77 Executar procedimentos ou participar da assistência de emergência.
à saúde sem o consentimento formal da pessoa ou de seu Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas
representante ou responsável legal, exceto em iminente a outros membros da equipe de saúde.
risco de morte. Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de
Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, enfermagem, previstas na legislação, para acompanhantes
ação da droga, via de administração e potenciais riscos, e/ou responsáveis pelo paciente.
respeitados os graus de formação do profissional. Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos
Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam casos da atenção domiciliar para o autocuidado apoiado.
estabelecidos em programas de saúde pública e/ou em Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência
rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em prestada aos pacientes sob seus cuidados realizados por
situações de emergência. alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou orientação.
Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou
natureza que comprometam a segurança da pessoa. imóvel, público ou particular, que esteja sob sua
Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a responsabilidade em razão do cargo ou do exercício
outro profissional, exceto em caso de emergência, ou que profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio ou de
estiverem expressamente autorizados na legislação vigente. outrem.
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino,
profissionais de saúde ou áreas vinculadas, no pesquisa e extensão, em que os direitos inalienáveis da
descumprimento da legislação referente aos transplantes de pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou
órgãos, tecidos, esterilização humana, reprodução assistida ofereçam quaisquer tipos de riscos ou danos previsíveis aos
ou manipulação genética. envolvidos.
Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e
exercício profissional, assédio moral, sexual ou de qualquer segurança da pessoa, família e coletividade.
natureza, contra pessoa, família, coletividade ou qualquer Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem
membro da equipe de saúde, seja por meio de atos ou como usá-los para fins diferentes dos objetivos previamente
expressões que tenham por consequência atingir a estabelecidos.
dignidade ou criar condições humilhantes e
Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o
constrangedoras.
participante do estudo e/ou instituição envolvida, sem a
Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título autorização prévia.
que não possa comprovar.
Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção
Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao técnico-científica ou instrumento de organização formal do
patrimônio das organizações da categoria. qual não tenha participado ou omitir nomes de coautores e
Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou colaboradores.
de conteúdo duvidoso sobre assunto de sua área Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não
profissional. publicadas, sem referência do autor ou sem a sua
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou autorização.
fatos, e inserir imagens que possam identificar pessoas ou Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico-
instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de científicas, das quais tenha ou não participado como autor,
comunicação. sem concordância ou concessão dos demais partícipes.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 104
SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer § 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício da
constar seu nome como autor ou coautor em obra técnico- Enfermagem por um período de até30 anos e será divulgada
científica. nas publicações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
Enfermagem e em jornais de grande circulação.
CAPÍTULO IV § 6º As penalidades aplicadas deverão ser registradas no
prontuário do infrator.
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
§ 7º Nas penalidades de suspensão e cassação, o profissional
Art. 103 A caracterização das infrações éticas e disciplinares,
terá sua carteira retida no ato da notificação, em todas as
bem como a aplicação das respectivas penalidades regem-
categorias em que for inscrito, sendo devolvida após o
se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em
cumprimento da pena e, no caso da cassação, após o
outros dispositivos legais.
processo de reabilitação.
Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação,
Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal,
omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou
multa, censura e suspensão do exercício profissional, são da
inobservância às disposições do Código de Ética dos
responsabilidade do Conselho Regional de Enfermagem,
Profissionais de Enfermagem, bem como a inobservância
serão registradas no prontuário do profissional de
das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de
Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício
Enfermagem.
profissional é de competência do Conselho Federal de
Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo
infração ética e/ou disciplinar, que cometer ou contribuir primeiro, da Lei n° 5.905/73.
para sua prática, e, quando cometida(s) por outrem, dela(s)
Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver
obtiver benefício.
origem no Conselho Federal de Enfermagem e nos casos de
Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio da cassação do exercício profissional, terá como instância
análise do(s) fato(s), do(s) ato(s)praticado(s) ou ato(s) superior a Assembleia de Presidentes dos Conselhos de
omissivo(s), e do(s) resultado(s). Enfermagem.
Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e Art. 110 Para a graduação da penalidade e respectiva
conduzido nos termos do Código de Processo Ético- imposição consideram-se:
Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de
I – A gravidade da infração;
Enfermagem.
II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, conforme o III – O dano causado e o resultado;
que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de IV – Os antecedentes do infrator.
1973, são as seguintes: Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas,
I – Advertência verbal; graves ou gravíssimas, segundo a natureza do ato e a
II – Multa; circunstância de cada caso.
III – Censura; § 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a
integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem
IV – Suspensão do Exercício Profissional;
causar debilidade ou aquelas que venham a difamar
V – Cassação do direito ao Exercício Profissional. organizações da categoria ou instituições ou ainda que
§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao causem danos patrimoniais ou financeiros.
infrator, de forma reservada, que será registrada no § 2º São consideradas infrações moderadas as que
prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas. provoquem debilidade temporária de membro, sentido ou
§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais,
01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria morais, patrimoniais ou financeiros.
profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do § 3º São consideradas infrações graves as que provoquem
pagamento. perigo de morte, debilidade permanente de membro,
§ 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa ou
nas publicações oficiais do Sistema Cofen/Conselhos ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou
Regionais de Enfermagem e em jornais de grande circulação. financeiros.
§ 4º A suspensão consiste na proibição do exercício § 4º São consideradas infrações gravíssimas as que
profissional da Enfermagem por um período de até 90 provoquem a morte, debilidade permanente de membro,
(noventa) dias e será divulgada nas publicações oficiais do sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa.
Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, jornais
de grande circulação e comunicada aos órgãos
empregadores.

CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 105


SESPA – ENFERMEIRO (A) – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Art. 112 São consideradas circunstâncias atenuantes: Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício
I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está
espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83,
consequências do seu ato; 94, 96 e 97.
II – Ter bons antecedentes profissionais;
III – Realizar atos sob coação e/ou intimidação ou grave
ameaça;
IV – Realizar atos sob emprego real de força física;
V – Ter confessado espontaneamente a autoria da infração;
VI – Ter colaborado espontaneamente com a elucidação dos
fatos.
Art. 113 São consideradas circunstâncias agravantes:
I – Ser reincidente;
II – Causar danos irreparáveis;
III – Cometer infração dolosamente;
IV – Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V – Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou a vantagem de outra infração;
VI – Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
VII – Cometer a infração com abuso de autoridade ou
violação do dever inerente ao cargo ou função ou exercício
profissional;
VIII – Ter maus antecedentes profissionais;
IX – Alterar ou falsificar prova, ou concorrer para a
desconstrução de fato que se relacione com o apurado na
denúncia durante a condução do processo ético.

CAPÍTULO V
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente
poderão ser aplicadas, cumulativamente, quando houver
infração a mais de um artigo.
Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos
de infrações ao que está estabelecido nos artigos:, 26, 28,
29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 48,47,
49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, 66,
67, 69, 76, 77, 78, 79, 81,82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90,
91, 92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações
ao que está estabelecido nos artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 35,
36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62,63,
64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79,
80, 81, 82, 83, 84, 85, 86,87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95,
96, 97, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de
infrações ao que está estabelecido nos artigos: 31, 41, 42,
43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67,68,
69, 70,71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85,
86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99,100, 101 e 102.
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é
aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63,
64, 68,69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82, 83,
85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
CURSO EXEMPLO - IMBATÍVEL EM CONCURSOS - 106

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