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APERFEIÇOAR SAÚDE – PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS


DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO!

Olá, CONCURSEIRO(A) DE PLANTÃO!!

Sou Érica Oliveira, Professora, Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela


Universidade Federal do Ceará e Especialista em Concursos e Residências na
área da Saúde.
Gostaria de desejar bons estudos com a leitura do material e afirmar com
toda certeza que você terá acesso a um material diferenciado, de qualidade
e direcionado para o objetivo da sua APROVAÇÃO!
Todos sabemos que o caminho para o sucesso é árduo, porém, todo o
esforço e dedicação valem muito a pena.
Conte comigo para auxiliá-lo na trilha do caminho de seu SUCESSO!!!
Minha missão é DIRECIONAR você para conquistar a sua APROVAÇÃO!!
E lembre-se: Agora, o seu sonho não é mais seu, ele é NOSSO!!
Estamos juntos nessa caminhada rumo à aprovação!
VAMOS COM FOCO TOTAL!!
DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO!!

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MATERIAL ELABORADO PELA PROFESSORA ÉRICA OLIVEIRA
Este curso é protegido por direitos autorais, nos termos da Lei n.º 9.610/1998.
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SEGURANÇA DO PACIENTE
“A vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer!”

A Segurança do Paciente é um dos pilares de atuação para prevenir, eliminar e/ou minimizar os riscos de
falhas na assistência entre os principais objetivos em uma instituição de saúde.

Não se pode organizar os serviços de saúde sem considerar que os profissionais vão
errar. Errar é humano. Cabe ao sistema criar mecanismos para evitar que o erro
atinja o paciente (BRASIL, 2014).

Ao longo da história, diversas personalidades tiveram a preocupação com a segurança do paciente.


No quarto século antes de Cristo, Hipócrates, já falava de não causar dano ao paciente “Nunca causarei dano
a ninguém” que após um tempo é traduzido como “Primum non nocere” ou “primeiro não causar dano”.

Através deste legado é possível notar que mesmo num contexto assistencial elementar, Hipócrates admitiu
que os atos assistenciais são passíveis de equívoco e a segurança do paciente já era vista como prioridade.
Em 1847, Ignaz Phillip Semmelweis chamava atenção para a importância da higienização das mãos na
prevenção da mortalidade materna.
Com o passar dos anos, em 1863, Florence Nightingale foi a primeira líder em segurança do paciente a fazer
a análise estatística para mensurar o resultado da assistência e reduzir óbitos preveníveis na guerra da
Criméia de 42% para 2%. Em seu livro Notes on Hospitals, diz: “Pode parecer estranho enunciar que a
principal exigência em um hospital seja não causar dano aos doentes”. Nightingale, que possuía uma mente
avançada para sua época, dotava um vasto conhecimento em ciências, matemática, literatura, artes,
filosofia, história, política e economia, constatou que existiam falhas nas condutas profissionais as quais
eram um sério problema e alerta para a realidade. Ela classificava como primordial a segurança dos doentes
devido às consequências observadas.
Em 1999, a partir da publicação do relatório “To Err is Human: Buidilng a Safer Health Care System (Errar é
Humano: Construindo um Sistema de Saúde mais Seguro), pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos,
surgiu o Movimento Internacional para a Segurança do Paciente que vem ocupando um espaço cada vez
mais amplo no debate sobre a qualidade e segurança da assistência à saúde ao redor do Mundo e Brasil.
Este relatório chamou atenção e veio à público ao revelar a alta taxa de mortalidade nos hospitais dos EUA
decorrentes de erros na assistência a saúde que estavam entre 44.000 e 98.000 mortes/ano. Se for realizada
uma estimativa ao redor do mundo, certamente, esses dados iriam crescer exponencialmente. É de fato um

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problema de saúde pública com discussão inadiável, pois possuem uma elevada magnitude e
transcendência.
O relatório foi fruto de pesquisadas desenvolvidas por James Reason, psicólogo britânico, publica Human
Error, o primeiro da série de relatos sobre a segurança do paciente, onde mostra que a abordagem
individualizada do problema é obsoleta e propõe a quebra deste paradigma. Ele mostrou que um erro é fruto
da falha de sistema e por isso deve ser abordado de forma holística (WACHTER, 2010).
Define-se erro como: “as the failure of a planned action to be completed as intended (i.e., error of execution)
or the use of a wrong plan to achieve an aim (i.e., error of planning)”. Ou seja, “é a incapacidade de uma
ação planejada para ser concluída ou entendida (erro de execução) ou o uso de um plano errado para atingir
um objetivo (erro de planejamento)”, Reason (1990, tradução nossa).
Através de inúmeras observações de acidentes, Reason, propôs o Modelo do Queijo Suíço, onde um erro
ativo (na ponta) é o resultado de uma sequência alinhada de erros latentes (no processo) – são os orifícios
do queijo. Ele trouxe a premência de tentar obstruir esses buracos e criar camadas sobrepostas a fim de
impedir o realinhamento e assim ratifica que é preciso não ceder ao desejo veemente de concentrar a
atenção na ponta e convergir às causasraiz, Wachter (2010).

Em 2004, a OMS lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, com o propósito de melhorar a
qualidade dos serviços assistenciais e a segurança do paciente, a qual, por sua vez, periodicamente passou
a apresentar os desafios globais para a Segurança do Paciente, previstos na Aliança Mundial para a Segurança
do Paciente, orientam a identificação de ações que ajudem a evitar riscos para os pacientes e ao mesmo
tempo, norteiam os países que tenham interesse em implantá-los (COSTA et al., 2020).
Os desafios globais são importantes à medida em que identificam áreas de risco prioritárias para a criação
de estratégias que irão reduzir a ocorrência de eventos adversos relacionados ao processo assistencial, tais
como o estabelecimento de protocolos e a implantação de barreiras para a ocorrência dos erros (ISMP,
2018).

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Desafios Globais de Segurança do Paciente
1º “Uma assistência limpa é uma Objetivo: reduzir as infecções associadas aos cuidados de saúde,
assistência mais segura” (2005) concentrando-se na melhoria da higiene das mãos.
2 º “Cirurgia segura salva vidas” Objetivo: reduzir os riscos associados à cirurgia.
(2008)
3º “Medicação sem danos” (2017) Objetivo: redução de 50% dos danos associados à medicação nos
próximos 5 anos.

No Brasil, pesquisas nesta área surgiram no início da década de 2000, influenciados pelo panorama mundial
cuja temática já vinha e continua sendo amplamente discutida, vide as certificações das instituições de saúde
com métodos de avaliação de caráter não-obrigatório e renovável sob a forma de acreditação,
demonstraram que os processos hospitalares não se encontravam organizados e adequados para garantir
uma assistência segura e associado a essa complexidade, a limitação humana que, inevitavelmente, tem
como efeito os erros.
Em 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente – PNSP foi lançado em 1º de abril pelo Ministério
da Saúde e ANVISA e propõe um conjunto de medidas para prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos
serviços de saúde – eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou que resultaram em dano
desnecessário para o paciente.
O PNSP foi instituído pela Portaria nº 529, de 1ºde abril de 2013, que definiu os conceitos relevantes na
área da Segurança do Paciente e as principais estratégias para implementação do Programa: suporte à
implementação de práticas seguras nos hospitais, criação de um sistema de notificação de incidentes,
elaboração de protocolos e promoção de processos de capacitação.

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PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013


Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).

Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).

Art. 2º O PNSP tem por objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os
estabelecimentos de saúde do território nacional.

Art. 3º Constituem-se objetivos específicos do PNSP:

I - promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadasà segurança do paciente em


diferentes áreas da atenção, organização e gestão de serviços de saúde, por meio da implantação
da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde;

II - envolver os pacientes e familiares nas ações de segurança do paciente;

III - ampliar o acesso da sociedade às informações relativas à segurança do paciente;

IV - produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre segurança do paciente; e

V - fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e pós-


graduação na área da saúde.

Art. 4º Para fins desta Portaria, são adotadas as seguintes definições:

I - Segurança do redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao


Paciente: cuidado de saúde;
II - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele
oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou
disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;
III - incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano
desnecessário ao paciente;
IV - Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente;

V - Cultura de Segurança: configura-se a partir de cinco características operacionalizadas pela gestão de


segurança da organização:
a) cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos
no cuidado e gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança,
pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares;
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b) cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais;
c) cultura que encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a
resolução dos problemas relacionados à segurança;
d) cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado
organizacional; e
e) cultura que proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a
manutenção efetiva da segurança; e
VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e
recursos na avaliação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a
segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a
imagem institucional.

Art. 5º Constituem-se estratégias de implementação do PNSP:


I - elaboração e apoio à implementação de protocolos, guias e manuais de segurança do paciente;
II - promoção de processos de capacitação de gerentes, profissionais e equipes de saúde em segurança do
paciente;
III - inclusão, nos processos de contratualização e avaliação de serviços, de metas, indicadores e padrões de
conformidade relativos à segurança do paciente;
IV - implementação de campanha de comunicação social sobre segurança do paciente, voltada aos
profissionais, gestores e usuários de saúde e sociedade;
V - implementação de sistemática de vigilância e monitoramento de incidentes na assistência à saúde, com
garantia de retorno às unidades notificantes;
VI – promoção da cultura de segurança com ênfase no aprendizado e aprimoramento organizacional,
engajamento dos profissionais e dos pacientes na prevenção de incidentes, com ênfase em sistemas seguros,
evitando-se os processos de responsabilização individual; e
VII – articulação, com o Ministério da Educação e com o Conselho Nacional de Educação, para inclusão do
tema segurança do paciente nos currículos dos cursos de formação em saúde de nível técnico, superior e de
pós-graduação.

Art. 6º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Saúde, Comitê de Implementação do Programa Nacional
de Segurança do Paciente (CIPNSP), instância colegiada, de caráter consultivo, com a finalidade de promover
ações que visem à melhoria da segurança do cuidado em saúde através de processo de construção
consensual entre os diversos atores que dele participam.

Art. 7º Compete ao CIPNSP:


I – propor e validar protocolos, guias e manuais voltados à segurança do paciente em diferentes áreas, tais
como:
a) infecções relacionadas à assistência à saúde;
b) procedimentos cirúrgicos e de anestesiologia;
c) prescrição, transcrição, dispensação e administração de medicamentos, sangue e hemoderivados;
d) processos de identificação de pacientes;
e) comunicação no ambiente dos serviços de saúde;
f) prevenção de quedas;
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g) úlceras por pressão;
h) transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e
i) uso seguro de equipamentos e materiais;
II – aprovar o Documento de Referência do PNSP;
III – incentivar e difundir inovações técnicas e operacionais que visem à segurança do paciente;
IV – propor e validar projetos de capacitação em Segurança do Paciente;
V – analisar quadrimestralmente os dados do Sistema de Monitoramento incidentes no cuidado de saúde e
propor ações de melhoria;
VI – recomendar estudos e pesquisas relacionados à segurança do paciente;
VII – avaliar periodicamente o desempenho do PNSP; e
VIII elaborar seu regimento interno e submetê-lo à aprovação do Ministro de Estado da Saúde.

Art. 8º O CIPNSP instituições é composto por representantes, titular e suplentes, dos seguintes órgãos e
entidades:
I – do Ministério da Saúde:
a) um da Secretaria-Executiva (SE/MS);
b) um da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS);
c) um da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS);
d) um da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS); e
e) um da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE/MS);
II – um da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ);
III – um da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
IV – um da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
V – um do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS);
VI – um do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS);
VII – um do Conselho Federal de Medicina (CFM);
VIII – um do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN);
IX – um do Conselho Federal de Odontologia (CFO);
X – um do Conselho Federal de Farmácia (CFF);
XI – um da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS); e
XII – três de Instituições Superiores de Ensino e Pesquisa com notório saber no tema Segurança do Paciente.

§ 1º A coordenação do CIPNSP será realizada pela ANVISA, que fornecerá em conjunto com a SAS/MS e a
FIOCRUZ os apoios técnico e administrativo necessários para o seu funcionamento.

§ 2º A participação das entidades de que tratam os incisos V a XII do “caput” será formalizada após resposta
a convite a eles encaminhado pela Coordenação do CIPNSP, com indicação dos seus respectivos
representantes.

§ 3° Os representantes titulares e os respectivos suplentes serão indicados pelos dirigentes dos respectivos
órgãos e entidades à Coordenação do CIPNSP no prazo de 10 (dez) dias a contar da data da data de
publicação desta Portaria.

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§ 4º O CIPNSP poderá convocar representantes de órgãos e entidades, públicas e privadas, além de
especialistas nos assuntos relacionados às suas atividades, quando entender necessário para o cumprimento
dos objetivos previstos nesta Portaria.

§ 5º O CIPNSP poderá instituir grupos de trabalho para a execução de atividades específicas que entender
necessárias para o cumprimento do disposto nesta Portaria.

Art. 9º As funções dos membros do CIPNSP não serão remuneradas e seu exercício será considerado de
relevante interesse público.
Art. 10. O Ministério da Saúde instituirá incentivos financeiros para a execução de ações e atividades no
âmbito do PNSP, conforme normatização específica, mediante prévia pactuação na Comissão Intergestores
Tripartite (CIT).
Art. 11. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

O PNSP TEM QUATRO EIXOS

1. o estímulo a uma prática assistencial segura;

2. o envolvimento do cidadão na sua segurança;

3. a inclusão do tema no ensino;

4. e o incremento de pesquisa sobre ele.

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#PROVA!
CONCEITOS IMPORTANTES PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
TERMO DEFINIÇÃO
Segurança do paciente Redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário
associado ao cuidado de saúde.
Incidente Evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano
desnecessário ao paciente.
Dano Comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito
dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte,
incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou
psicológico.
Evento adverso Incidente que resulta em dano ao paciente.
Erro Falha na finalização de uma ação planejada ou aplicação de um plano
incorreto.
Risco Probabilidade de ocorrência de um incidente.
Perigo Circunstância, agente ou ação com potencial de causar danos.
Near miss Incidente que não atingiu o paciente.

GRAU DO DANO
Nenhum Nenhum sintoma, ou nenhum sintoma detectado e não foi necessário nenhum
tratamento.
Leve Sintomas leves, perda de função ou danos mínimos ou moderados, mas com
duração rápida, e apenas intervenções mínimas sendo necessárias (ex: observação
extra, investigação, revisão de tratamento, tratamento leve).
Moderado Paciente sintomático, com necessidade de intervenção (ex. procedimento
terapêutico adicional, tratamento adicional), com aumento do tempo de
internação, com dano ou perda de função permanente ou de longo prazo.
Grave Paciente sintomático, necessidade de intervenção para suporte de vida, ou
intervenção clínica/cirúrgica de grande porte, causando diminuição da expectativa
de vida, com grande dano ou perda de função permanente ou de longo prazo.
Óbito Dentro das probabilidades, em curto prazo o evento causou ou acelerou a morte.

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Incidentes relacionados ao cuidado de saúde

Os never events, eventos que nunca deveriam ocorrer em serviços de saúde

São considerados never events no sistema NOTIVISA:


• Óbito ou lesão grave de paciente associados a choque elétrico durante a assistência dentro do
serviço de saúde.
• Procedimento cirúrgico realizado em local errado
• Procedimento cirúrgico realizado no lado errado do corpo
• Procedimento cirúrgico realizado no paciente errado
• Realização de cirurgia errada em um paciente
• Retenção não intencional de corpo estranho em um paciente após a cirurgia
• Óbito intra-operatório ou imediatamente pós-operatório / pós-procedimento em paciente ASA
Classe 1
• Óbito ou lesão grave de paciente resultante de perda irrecuperável de amostra biológica
insubstituível
• Gás errado na administração de O2 ou gases medicinais
• Contaminação na administração de O2 ou gases medicinais
• Alta ou liberação de paciente de qualquer idade que seja incapaz de tomar decisões, para outra
pessoa não autorizada
• Óbito ou lesão grave de paciente associado à fuga do paciente
• Suicídio de paciente, tentativa de suicídio ou dano autoinfligido que resulte em lesão séria durante
a assistência dentro do serviço de saúde
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• Óbito ou lesão grave de paciente associados ao uso de contenção física ou grades da cama durante
a assistência dentro do serviço de saúde
• Inseminação artificial com o esperma do doador errado ou com o óvulo errado
• Óbito ou lesão grave materna associado ao trabalho de parto ou parto em gestação de baixo risco
• Óbito ou lesão grave de paciente resultante de falha no seguimento ou na comunicação de
resultados de exame de radiologia
• Óbito ou lesão grave de paciente ou colaborador associado à introdução de objeto metálico em
área de Ressonância Magnética
• Óbito ou lesão grave de paciente associados à queimadura decorrente de qualquer fonte durante
a assistência dentro do serviço de saúde
• Úlcera por pressão estágio III (perda total de espessura tecidual – tecido adiposo subcutâneo pode
ser visível, sem exposição dos ossos, tendões ou músculos)
• Úlcera por pressão estágio IV (perda total de espessura dos tecidos com exposição dos ossos,
tendões ou músculos)
Fonte: ANVISA (NOTIVISA 2.0)

ATENÇÃO! Leitura obrigatória dos protocolos!

Identificação do Paciente Cirurgia Segura


Protocolos Básicos de Prevenção de úlcera por Prática de higiene das mãos em
Segurança do Paciente pressão serviços de saúde
Segurança na prescrição, uso e Prevenção de quedas
administração de
medicamentos

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Protocolo de Cirurgia
Segura
Portaria
GM/MS No Protocolo Prática de
1.377, de 9 de Higiene das mãos
julho de 2013
Protocolo Úlcera
por Pressão
PROTOCOLOS
DE SEGURANÇA
DO PACIENTE Protocolo de
Prevenção de Quedas

Portaria nº Protocolo de
2.095, de 24 de Identificação do
setembro de Paciente
2013
Protocolo de
Segurança na
Prescrição e de Uso e
Administração de
Medicamentos
Em 2010, a OMS lançou os International Patient Safety Goals (IPSG) ou Metas Internacionais para a
Segurança do Paciente:
1. identificar os pacientes corretamente;
2. melhorar a comunicação efetiva;
3. melhorar a segurança de medicamentos de alta-vigilância;
4. assegurar cirurgias com local de intervenção, procedimento e paciente corretos;
5. reduzir o Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde;
6. reduzir o Risco de Lesões ao Paciente, decorrentes de Quedas.

O COREN-SP e a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente − REBRAENSP elaboraram uma


cartilha contendo os “10 passos para a segurança do paciente” (COREN-SP, 2010).
10 PASSOS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
PASSO 1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
PASSO 2 CUIDADO LIMPO E CUIDADO SEGURO - Higienização das mãos
PASSO 3 CATETERES E SONDAS - Conexões corretas
PASSO 4 CIRURGIA SEGURA
PASSO 5 SANGUE E HEMOCOMPONENTES - Administração Segura
PASSO 6 PACIENTE ENVOLVIDO COM SUA SEGURANÇA
PASSO 7 COMUNICAÇÃO EFETIVA
PASSO 8 PREVENÇÃO DE QUEDA
PASSO 9 PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO
PASSO 10 SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA

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RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013

Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do
art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto
de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto nos
incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião
realizada em 23 de julho de 2013, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-
Presidente, determino a sua publicação:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I-Objetivo
Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a
melhoria da qualidade nos serviços de saúde.

Seção II-Abrangência
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos serviços de saúde, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou
militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.
Parágrafo único. Excluem-se do escopo desta Resolução os consultórios individualizados, laboratórios
clínicos e os serviços móveis e de atenção domiciliar.

Seção III-Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

I - boas práticas de componentes da garantia da qualidade que asseguram que os serviços são
funcionamento do ofertados com padrões de qualidade adequados;
serviço de saúde:
II - cultura da conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que
segurança: determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da segurança,
substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as falhas
e melhorar a atenção à saúde;
III - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele
oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou
disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico;
IV - evento adverso: incidente que resulta em dano à saúde;
V - garantia da totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que os serviços
qualidade: prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para os fins a que
se propõem;
VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos
na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos
adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional,
o meio ambiente e a imagem institucional;
VII - incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano
desnecessário à saúde;
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VIII - núcleo de instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação
segurança do paciente de ações voltadas à segurança do paciente;
(NSP):
IX - plano de segurança documento que aponta situações de risco e descreve as estratégias e ações
do paciente em definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco visando a prevenção e a
serviços de saúde: mitigação dos incidentes, desde a admissão até a transferência, a alta ou o óbito
do paciente no serviço de saúde;
X - segurança do redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à
paciente: atenção à saúde;
XI - serviço de saúde: estabelecimento destinado ao desenvolvimento de ações relacionadas à
promoção, proteção, manutenção e recuperação da saúde, qualquer que seja o
seu nível de complexidade, em regime de internação ou não, incluindo a
atenção realizada em consultórios, domicílios e unidades móveis;
XII - tecnologias em conjunto de equipamentos, medicamentos, insumos e procedimentos
saúde: utilizados na atenção à saúde, bem como os processos de trabalho, a
infraestrutura e a organização do serviço de saúde.

CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS
Seção I
Da criação do Núcleo de Segurança do Paciente
Art. 4º A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e nomear a
sua composição, conferindo aos membros autoridade, responsabilidade e poder para executar as ações do
Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde.
§ 1º A direção do serviço de saúde pode utilizar a estrutura de comitês, comissões, gerências, coordenações
ou núcleos já existentes para o desempenho das atribuições do NSP.
§ 2º No caso de serviços públicos ambulatoriais pode ser constituído um NSP para cada serviço de saúde ou
um NSP para o conjunto desses, conforme decisão do gestor local do SUS.

Art. 5º Para o funcionamento sistemático e contínuo do NSP a direção do serviço de saúde deve
disponibilizar:
I - recursos humanos, financeiros, equipamentos, insumos e materiais;
II - um profissional responsável pelo NSP com participação nas instâncias deliberativas do serviço de saúde.

Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e diretrizes:


I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde;
II - A disseminação sistemática da cultura de segurança;
III - A articulação e a integração dos processos de gestão de risco;
IV - A garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde.

Art.7º Compete ao NSP:


I - promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde;
II - desenvolver ações para a integração e a articulação multiprofissional no serviço de saúde;
III - promover mecanismos para identificar e avaliar a existência de não conformidades nos processos e
procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, medicamentos e insumos propondo ações
preventivas e corretivas;
IV - elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente em Serviços de
Saúde;
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V - acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;


VI - implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o monitoramento dos seus indicadores;
VII - estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de saúde;
VIII - desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em segurança do paciente e qualidade
em serviços de saúde;
IX - analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de
saúde;
X - compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do serviço de saúde os resultados da análise e
avaliação dos dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
XI - notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos decorrentes da prestação do
serviço de saúde;
XII- manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade sanitária, quando requisitado, as notificações de
eventos adversos;
XIII - acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco divulgadas pelas autoridades
sanitárias.

Seção II
Do Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde

Art. 8º O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde (PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer
estratégias e ações de gestão de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo serviço de saúde para:
I - identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma
sistemática;
II - integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos serviços de saúde;
III - implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saude;
IV - identificação do paciente;
V - higiene das mãos;
VI - segurança cirúrgica;
VII - segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
VIII - segurança na prescrição, uso e administração de sangue e hemocomponentes;
IX - segurança no uso de equipamentos e materiais;
X - manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este procedimento for realizado;
XI - prevenção de quedas dos pacientes;
XII - prevenção de úlceras por pressão;
XIII - prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à
assistência à saúde;
XIV- segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral;
XV - comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre serviços de saúde;
XVI - estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada.
XVII - promoção do ambiente seguro.

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CAPÍTULO III
DA VIGILÂNCIA, DO MONITORAMENTO E DA NOTIFICAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS

Art. 9º O monitoramento dos incidentes e eventos adversos será realizado pelo Núcleo de Segurança do
Paciente - NSP.

Art. 10 A notificação dos eventos adversos, para fins desta Resolução, deve ser realizada mensalmente pelo
NSP, até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por meio das ferramentas
eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa.

Parágrafo único - Os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72 (setenta
e duas) horas a partir do ocorrido.

Art. 11 Compete à ANVISA, em articulação com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária:

I - monitorar os dados sobre eventos adversos notificados pelos serviços de saúde;

II - divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a análise das notificações realizadas
pelos serviços de saúde;

III - acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital, estadual e municipal as investigações sobre
os eventos adversos que evoluíram para óbito.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 12 Os serviços de saúde abrangidos por esta Resolução terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para a
estruturação dos NSP e elaboração do PSP e o prazo de 150 (cento e cinquenta) dias para iniciar a notificação
mensal dos eventos adversos, contados a partir da data da publicação desta Resolução.
Art. 13 O descumprimento das disposições contidas nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
da Lei n. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal
cabíveis.
Art. 14 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

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PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

A finalidade deste protocolo é garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de
incidentes. O processo de identificação do paciente deve assegurar que o cuidado seja prestado à pessoa
para a qual se destina.

A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado
determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o
possam lesar.

Erros de identificação do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases
do diagnóstico e do tratamento. Alguns fatores podem potencializar os riscos na identificação do paciente
como: estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor ou profissional dentro da instituição e
outras circunstâncias no ambiente.
O protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde (por exemplo,
unidades de internação, ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico) em que sejam realizados
procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos.
Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificados, é necessário usar pelo menos dois
identificadores em pulseira branca padronizada, colocada num membro do paciente para que seja conferido
antes do cuidado.
O serviço de saúde escolhe o membro em função do paciente. Em geral, o local escolhido para o adulto é o
punho, mas, para recém-nascidos, a pulseira deve ser colocada preferencialmente no tornozelo. Nos casos
em que não haverá possibilidade do uso em adultos em membros superiores, indicar o uso em membros
inferiores.

Utilizar no mínimo dois identificadores como:


nome completo do paciente,
nome completo da mãe do paciente,
data de nascimento do paciente
número de prontuário do paciente.
A identificação do recém-nascido requer cuidados adicionais. A pulseira de identificação deve conter
minimamente a informação do nome da mãe e o número do prontuário do recém-nascido, bem como outras
informações padronizadas pelo serviço de saúde.

Confirmar a identificação do paciente antes do cuidado


A confirmação da identificação do paciente será realizada antes de qualquer cuidado que inclui:
A administração de medicamentos,
A administração do sangue,
A administração de hemoderivados,
A coleta de material para exame,
A entrega da dieta e;
A realização de procedimentos invasivos.
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ATENÇÃO!
O profissional responsável pelo cuidado deverá perguntar o nome ao paciente/familiar/acompanhante e
conferir as informações contidas na pulseira do paciente com o cuidado prescrito, ou com a rotulagem do
material que será utilizado.
A identificação do hemocomponente e dos hemoderivados deve seguir a legislação específica.
A confirmação da informação contida na pulseira do recém-nascido e na pulseira da mãe deve ocorrer em
todo o momento que o recém-nascido for entregue à mãe ou responsável legal (em caso de impossibilidade
da mãe).
Caso a mãe não esteja internada, deverá ser solicitado documento que comprove o nome da mãe e deverá
ser realizada a confirmação com os dados existentes na pulseira do recém-nascido.
Mesmo que o profissional de saúde conheça o paciente, deverá verificar os detalhes de sua identificação
para garantir que o paciente correto receba o cuidado correto.
A verificação da identidade do paciente não deve ocorrer apenas no início de um episódio de cuidado, mas
deve continuar a cada intervenção realizada no paciente ao longo de sua permanência no hospital, a fim de
manter a sua segurança.
PEÇA ao paciente que declare (e, quando possível, soletre) seu nome completo e data de nascimento.
SEMPRE verifique essas informações na pulseira de identificação do paciente, que deve dizer exatamente o
mesmo. Checar se a impressão ou registro encontra-se legível.
Lembrar que deve constar o nome completo do paciente, sem abreviaturas.
NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o paciente pode não compreender e concordar
por engano.
NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que a etiqueta com o nome acima do leito está
correta.

ESPECIFICAÇÕES DA PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE


Cor
• A pulseira usada para a identificação do paciente deve ser de cor branca.
• Pulseiras coloridas de alerta ou etiquetas não devem ser utilizadas como identificadoras do
paciente, devido ao aumento dos riscos de erros de identificação.

PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de saúde do país com o intuito de prevenir e controlar
as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de
saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.

Este protocolo deverá ser aplicado em todas os serviços de saúde, públicos ou privados, que prestam
cuidados à saúde, seja qual for o nível de complexidade, no ponto de assistência.
Entende-se por Ponto de Assistência, o local onde três elementos estejam presentes: o paciente, o
profissional de saúde e a assistência ou tratamento envolvendo o contato com o paciente ou suas imediações
(ambiente do paciente).
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O Produto de higienização das mãos deverá estar tão próximo quanto possível do profissional, ou seja, ao
alcance das mãos no ponto de atenção ou local de tratamento, sem a necessidade do profissional se deslocar
do ambiente no qual se encontra o paciente.
O produto mais comumente disponível é a preparação alcóolica para as mãos, que deve estar em
dispensadores fixados na parede, frascos fixados na cama / na mesa de cabeceira do paciente, nos carrinhos
de curativos / medicamentos levados para o ponto de assistência, podendo também ser portado pelos
profissionais em frascos individuais de bolso.
“Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a
transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde
adquiram IRAS. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, o termo engloba a higiene
simples, a higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica e a antissepsia
cirúrgica das mãos.

Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida.
Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico.
Fricção antisséptica das mãos aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de
com preparação alcoólica: microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel
toalha ou outros equipamentos.
Preparação alcoólica para preparação contendo álcool, na concentração final entre 60% a 80% destinadas
higiene das mãos sob a forma à aplicação nas mãos para reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-
líquida: se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da
pele.
Preparação alcoólica para preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com
higiene das mãos sob as formas atividade antibacteriana comprovada por testes de laboratório in vitro (teste de
gel, espuma e outras: suspensão) ou in vivo, destinadas a reduzir o número de micro-organismos.
Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o
ressecamento da pele.

As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com o fluxo de cuidados
assistenciais para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos: “Meus cinco momentos
para a higiene das mãos”.
1.Antes de tocar o paciente
2.Antes de realizar procedimento limpo/asséptico
-Antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não de luvas.
-Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente.
3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções
-Após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo.
-Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente.
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas
4. Após tocar o paciente
-Antes e depois do contato com o paciente
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas
5.Após tocar superfícies próximas ao paciente
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-Após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo equipamentos para a saúde) nas
proximidades do paciente
-Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas

Cuidado com o uso de luvas


O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das mãos, seu uso por profissionais de saúde não deve
ser adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às indicações a seguir:
• Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais e contato com
mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes;
• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro-organismos das mãos do profissional contaminarem o
campo operatório (luvas cirúrgicas);
• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de micro-organismos de um paciente para outro nas
situações de precaução de contato;
• Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente;
• Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para
outro, limpo;
• Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas;
• Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas) quando
estiver com luvas;
• Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas;

PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA

A finalidade deste protocolo é determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de
incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na
realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de
Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde – OMS.
O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em todos os locais dos estabelecimentos de saúde em
que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos, que impliquem em incisão no
corpo humano ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por
qualquer profissional de saúde.

Definições
Lista de Verificação: lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um grupo de
itens/procedimentos.
Demarcação de Lateralidade: demarcação de local ou locais a ser operados. Esta demarcação é
particularmente importante em casos de lateralidade (distinção entre direita e esquerda), estruturas
múltiplas (p.ex. dedos das mãos e dos pés, costelas) e níveis múltiplos (p.ex. coluna vertebral).
Condutor da Lista de Verificação: profissional de saúde (médico ou profissional da enfermagem), que
esteja participando da cirurgia e seja o responsável por conduzir a aplicação da lista de verificação, de
acordo com diretrizes da instituição de saúde.

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Segurança Anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa à redução da
insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento anestésico, da checagem dos
medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da realização de cada cirurgia. Este procedimento
deve seguir as orientações contidas no Manual para Cirurgia Segura da OMS, traduzido pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões, anestesiologistas, profissionais de enfermagem,
técnicos e todos os profissionais envolvidos na cirurgia.

A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases:


I - Antes da indução anestésica;
II - Antes da incisão cirúrgica; e
III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia.

Cada uma dessas fases corresponde a um momento específico do fluxo normal de um procedimento
cirúrgico. Para a utilização da Lista de Verificação, uma única pessoa deverá ser responsável por conduzir a
checagem dos itens. Em cada fase, o condutor da Lista de Verificação deverá confirmar se a equipe
completou suas tarefas antes de prosseguir para a próxima etapa. Caso algum item checado não esteja em
conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o paciente mantido na sala de cirurgia até a sua
solução.

Antes da indução anestésica


O condutor da Lista de Verificação deverá:
1. Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua identificação tenha sido
confirmada.
2. Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos.
3. Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia.
4. Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação.
5. Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento.
6. Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias
aéreas, histórico de reação alérgica e se a verificação completa de segurança anestésica foi concluída.

Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)


Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão cirúrgica para realizar os
seguintes passos:
1.A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função.
2.A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico correto.
3.A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia, usando as
questões da Lista de Verificação como guia.
4.A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão
cirúrgica.
5.A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários.

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Antes do paciente sair da sala de cirurgia


A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por meio dos seguintes passos:
1. A conclusão da contagem de compressas e instrumentais.
2. A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida.
3. A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser
solucionadas.
4. A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pós-operatória e da recuperação
pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia.

PROTOCOLO PREVENÇÃO DE QUEDAS

Finalidade do protocolo: Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano
dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a avaliação de risco
do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a educação do
paciente, familiares e profissionais.
As recomendações deste protocolo aplicam-se aos hospitais e incluem todos os pacientes que recebem
cuidado nestes estabelecimentos, abrangendo o período total de permanência do paciente.

Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, provocado por
circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano. Considera-se queda quando o paciente é
encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao
chão. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas, poltronas,
cadeiras, cadeira higiênica, banheira, trocador de fraldas, bebê conforto, berço etc.), incluindo vaso
sanitário.

Avaliação do risco de queda


A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente com o emprego de uma
escala adequada ao perfil de pacientes da instituição. Esta avaliação deve ser repetida diariamente até a alta
do paciente.
Na admissão deve-se também avaliar a presença de fatores que podem contribuir para o agravamento do
dano em caso de queda, especialmente risco aumentado de fratura e sangramento. Osteoporose, fraturas
anteriores, uso de anticoagulante e discrasias sanguíneas são algumas das condições que podem agravar o
dano decorrente de queda.

Fatores de risco para queda


a) Demográfico: crianças < 5anos e idosos > 65 anos.
b) Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade.
c) Condições de saúde e presença de doenças crônicas: acidente vascular cerebral prévio; hipotensão
postural; tontura; convulsão; síncope; dor intensa; baixo índice de massa corpórea; anemia; insônia;
incontinência ou urgência miccional; incontinência ou urgência para evacuação; artrite; osteoporose;
alterações metabólicas (como, por exemplo, hipoglicemia).

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d) Funcionalidade: dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária, necessidade de
dispositivo de auxílio à marcha; fraqueza muscular e articulares; amputação de membros inferiores; e
deformidades nos membros inferiores.
e) Comprometimento sensorial: visão; audição; ou tato.
f) Equilíbrio corporal: marcha alterada.
g) Uso de medicamentos: Benzodiazepínicos; Antiarrítmicos; anti-histamínicos; antipsicóticos;
antidepressivos; digoxina; diuréticos; laxativos; relaxantes musculares; vasodilatadores; hipoglicemiantes
orais; insulina; e Polifarmácia (uso de 4 ou mais medicamentos).
h) Obesidade severa.
i) História prévia de queda.

Paciente com alto risco de queda


a) Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de terceiros, mas possui pelo
menos um fator de risco.
b) Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a presença de algum
fator de risco. Anda com auxílio (de pessoa ou de dispositivo) ou se locomove em cadeira de rodas.
c) Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou transferência, com
ou sem a presença de fatores risco.

Paciente com baixo risco de queda


a) Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros, com ou sem
fatores de risco.
b) Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco.

As escalas de avaliação de risco de queda não são universais, sendo cada uma delas específicas para
determinado tipo de paciente, por exemplo adulto e pediátrico. Todas as escalas apresentam vantagens,
mas também limitações operacionais e metodológicas. As utilizadas com maior frequência no Brasil e
internacionalmente são: Morse e St Thomas Risk Assessment Tool in the Falling Elderly (STRATIFY). Essas
duas escalas possuem semelhanças quanto à gradação dos fatores que predispõem à queda e permitem,
portanto, classificar o grau de risco que o paciente apresenta para cair, possibilitando orientar as
intervenções necessárias para evitar a ocorrência de queda.

Ações preventivas
Medidas Gerais
A unidade de saúde, orientada pelo seu Núcleo de Segurança do Paciente, deverá adotar medidas gerais
para a prevenção de quedas de todos os pacientes, independente do risco. Essas medidas incluem a
criação de um ambiente de cuidado seguro conforme legislação vigente, tais como: pisos antiderrapantes,
mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de obstáculos (por exemplo, equipamentos,
materiais e entulhos), o uso de vestuário e calçados adequados e a movimentação segura dos pacientes.
Para os pacientes pediátricos, deve-se observar a adequação das acomodações e do mobiliário à faixa
etária.
A utilização de estratégias de educação dos pacientes e familiares deve incluir orientações sobre o risco
de queda e de dano por queda, e também sobre como prevenir sua ocorrência. Essas ações devem ocorrer
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na admissão e durante a permanência do paciente no hospital. A elaboração e a distribuição de material
educativo devem ser estimuladas.
Medidas Específicas
A unidade de saúde, orientada pelo Núcleo de Segurança do Paciente, devem definir o(s) profissional(ais)
responsável(eis) por avaliar o risco de queda e definir as ações de caráter preventivo para pacientes que
apresentem tal risco. Medidas individualizadas para prevenção de queda para cada paciente devem ser
prescritas e implementadas.
Além disso, políticas e procedimentos devem ser estabelecidos e implementados pela unidade para
assegurar a comunicação efetiva entre profissionais e serviços sobre o risco de queda e risco de dano da
queda nas passagens de plantão, bem como sobre as medidas de prevenção implantadas.
Deve-se fazer a reavaliação do risco dos pacientes em caso de transferência de setor, mudança do quadro
clínico, episódio de queda durante a internação ou na identificação de outro fator de risco. Na presença
ou no surgimento de risco de queda, este deve ser comunicado aos pacientes e familiares e a toda equipe
de cuidado. Por exemplo, pacientes que começam a receber sedativos têm seu risco de queda aumentado.
No caso da ocorrência de queda, esta deve ser notificada e o paciente avaliado e atendido imediatamente
para mitigação/atenuação dos possíveis danos. A avaliação dos casos de queda no setor em que ocorreu,
permite a identificação dos fatores contribuintes e serve como fonte de aprendizado para o redesenho de
um processo de cuidado mais seguro.

O quadro a seguir contém medidas específicas que devem ser utilizadas para prevenção de queda conforme
o fator de risco apresentado pelo paciente.

Fatores de risco para queda e medidas relacionadas (Pacientes adultos hospitalizados)


Fator de risco Medidas
Idade Medidas para reduzir o risco de queda de pacientes idosos estão contempladas
nos itens abaixo.
Histórico de Queda Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Avaliar nível de confiança do paciente para deambulação.
Avaliar a independência e a autonomia para deambulação e a necessidade de
utilização de dispositivo de marcha do paciente (por exemplo, andador, muleta e
bengala).
Necessidades Supervisão periódica para avaliação do conforto e segurança do paciente.
fisiológicas e higiene Verificar o uso de diuréticos, laxantes e/ou se o paciente está em preparo de
pessoal cólon para exames ou procedimento cirúrgico.
Manter o paciente confortável no que tange às eliminações, realizando a troca
frequente em caso de uso de fraldas ou programando horários regulares para
levá-lo ao banheiro.
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado
por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante.
Medicamentos Realizar periodicamente revisão e ajuste da prescrição de medicamentos que
aumentam o risco de queda.

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DIRECIONAMENTO FAZ DIFERENÇA PARA A SUA APROVAÇÃO!
Solicitar avaliação de farmacêutico quando houver dúvidas quanto ao risco
aumentado devido ao uso de medicamentos (doses, interações, possíveis efeitos
colaterais e quadro clínico do paciente).
Orientar o paciente e acompanhante sobre os efeitos colaterais e as interações
medicamentosas que podem apresentar ou potencializar sintomas (por exemplo:
vertigens, tonturas, sonolência, sudorese excessiva, palidez cutânea, mal estar
geral, alterações visuais, alteração dos reflexos), que aumentam o risco de queda.
Uso de Orientar quanto ao dispositivo/equipamento e a sua necessidade de uso.
Equipamentos/ Avaliar o nível de dependência e autonomia após a instalação de equipamentos,
Dispositivos para planejamento da assistência relacionado à mobilização deste paciente.
Alocar os equipamentos/dispositivos de maneira a facilitar a movimentação do
paciente no leito ou a sua saída
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado
por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante.
Mobilidade/Equilíbrio Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado
por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante.
Orientar o paciente e acompanhante para garantir a utilização de seus óculos
e/ou aparelho auditivo sempre que for sair da cama
Avaliar a independência e a autonomia para deambulação e a necessidade de
utilização de dispositivo de marcha do paciente (por exemplo, andador, muleta e
bengala).
Cognitivo Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado
por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante.
Condições Especiais Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
(hipoglicemia, Em caso de hipotensão postural – Orientar o paciente a levantar-se
hipotensão postural, progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados
cardiopatias no chão por 5 minutos), antes de sair da cama com ajuda de profissional da
descompensadas, equipe de cuidado.
entre outras Considerar na avaliação clínica as condições em que o paciente estiver em jejum
condições clínicas)
por longo período (por exemplo, logo ao acordar ou em pré e pós-operatório).

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Fatores de risco para queda e medidas relacionadas (Pacientes pediátricos hospitalizados)
Fator de Risco Medidas
Idade Acomodação (adequar o leito para acomodação, conforme a idade e o estado clínico)
• ≤ 36 meses (3 anos): devem ser acomodadas em berços, com grades elevadas
na altura máxima. Se os pais recusarem, estes devem assinar o “Termo de
recusa de tratamento”. A exceção seriam crianças sem mobilidade. Estas
poderão ser acomodadas em cama de acordo com a avaliação do profissional
responsável.
• > 36 meses: devem ser acomodadas em cama com as grades elevadas.
Transporte (adequar o dispositivo de transporte, conforme a idade e o estado clínico)
• ≤ 6 meses: devem ser transportadas no colo do responsável (ou
acompanhante e na ausência destes pelo profissional de enfermagem) e este
em cadeira de rodas.
• > 6 meses ≤ 36 meses:
Em maca acompanhada do responsável (ou acompanhante e na ausência destes pelo
profissional de enfermagem) quando for submetida a procedimentos com
anestesia/sedação.
Em cadeira de rodas no colo do responsável (ou acompanhante e na ausência destes
pelo profissional de enfermagem).
• > 36 meses: em maca ou em cadeira de rodas no colo do responsável (na
ausência deste pelo profissional de enfermagem), dependendo da avaliação
do profissional responsável.
Manter uma das grades elevadas do berço durante a troca (roupa/fralda) da criança
(não deixar a criança sozinha neste momento com uma das grades abaixadas).
Diagnóstico • Orientar o responsável sobre a influência do diagnóstico no aumento do risco
de queda.
• Avaliar periodicamente pacientes com diagnósticos associados ao aumento do
risco de queda.
• Orientar responsável para que a criança somente levante do leito
acompanhada por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de
acompanhante, de acordo com a idade e com as condições clínicas.
• Avaliar se há condição de deambulação do paciente diariamente; registrar e
informar para o responsável se o mesmo está liberado ou não para deambular.
• A criança deve estar sempre acompanhada na deambulação (no quarto, no
banheiro e no corredor) pelo responsável (na ausência deste pelo profissional
de enfermagem).
• Avaliar a necessidade de utilizar protetor de grades para fechar as aberturas
entre elas.
• Orientar o responsável a levantar a criança do leito progressivamente (elevar
a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 a 10
minutos, antes de sair da cama), de acordo com a idade da criança e/ou
condições clínicas, avaliadas pelo profissional responsável.
• Avaliar risco psicológico ou psiquiátrico sempre que necessário.

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Fatores • Orientar responsável sobre o risco de queda relacionado ao “comportamento
Cognitivos de risco” de acordo com a faixa etária da criança.
História • Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível.
Pregressa/ • Não levantar do leito sozinho quando há história de queda pregressa com
Atividade dano grave.
Cirurgia/ • Informar o paciente e/ou familiar/responsável sobre o risco de queda
Sedação/ relacionado ao efeito do sedativo e/ou anestésico.
Anestesia • Orientar o paciente e/ou familiar/responsável a levantar progressivamente
(elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5
a 10 minutos, antes de sair da cama.
• Sair do leito acompanhado pela enfermagem.
• Se o paciente estiver em cama, permanecer com as grades elevadas e rodas
travadas (pré-cirúrgico e pós operatório imediato).
• O jejum por longo período deve ser levado em consideração, por exemplo,
logo ao acordar ou em pré e pós-operatório;
Medicações • Atentar para as classes medicamentosas que alterem a mobilidade e equilíbrio
(de acordo com a avaliação clínica da enfermagem).
• Realizar reconciliação medicamentosa, cuidadosa, na admissão.
• Orientar paciente e/ou familiar/acompanhante quando houver mudança na
prescrição de medicamentos associados ao risco de queda.
• Não levantar do leito sozinho.
• Orientar, na hora da medicação, o paciente e/ou familiar/acompanhante
quanto aos efeitos colaterais e interações medicamentosas, que podem
potencializar sintomas, tais como: vertigens, tonturas, sonolência,
hipotensão, hipoglicemia, alteração dos reflexos.
• O profissional responsável pode solicitar a avaliação do farmacêutico clínico
quanto ao uso dos medicamentos e ao risco de queda.

PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO

Finalidade do protocolo: Promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras lesões
da pele.
As recomendações para a prevenção devem ser aplicadas a todos os indivíduos vulneráveis em todos os
grupos etários. As intervenções devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde envolvidos no
cuidado de pacientes e de pessoas vulneráveis, que estejam em risco de desenvolver úlceras por pressão e
que se encontrem em ambiente hospitalar, em cuidados continuados, em lares, independentemente de seu
diagnóstico ou das necessidades de cuidados de saúde.

Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma
proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento, causado pela
fricção. Outros fatores estão associados à UPP, mas seu papel ainda não foi completamente esclarecido.

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Cisalhamento: deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes.

Estadiamento de UPP: classificação da UPP, que auxilia na descrição clínica da profundidade observável de
destruição tecidual.

Estadiamento de Úlceras Por Pressão – UPP


Estágio I: eritema não branqueável
Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área localizada, normalmente sobre uma proeminência
óssea. O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros, visto que nestes o
branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente da pele ao redor. A área pode
estar dolorida, endurecida, mole, mais quente ou mais fria comparativamente ao tecido adjacente. Este
estágio pode ser indicativo de pessoas “em risco”.

Estágio II: perda parcial da espessura da pele


Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito
vermelho – rosa sem esfacelo. Pode também se apresentar como flictena fechada ou aberta, preenchida por
líquido seroso ou sero-hemático. Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou
equimose (um indicador de lesão profunda). As características deste estágio não devem ser confundidas com
fissuras de pele, queimaduras por abrasão, dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriações.

Estágio III: Perda total da espessura da pele


Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão
expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida),
mas este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode incluir lesão cavitária e encapsulamento. A
profundidade de uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização anatômica. A asa do nariz,
orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma úlcera de estágio III pode
ser superficial.
Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante podem desenvolver-se úlceras por pressão de
estágio III extremamente profundas. O osso e o tendão não são visíveis ou diretamente palpáveis.

Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos


Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido
desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem estar presentes. A profundidade de uma úlcera
por pressão de estágio IV varia com a localização anatômica. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A
asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem
ser superficiais. Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte (i.e. fáscia,
tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer. Existe osso ou
músculo visível ou diretamente palpável.

Outros estágios:
Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da pele ou de tecidos – profundidade
indeterminada Perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da úlcera está bloqueada
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pela presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) e/ou escara (tecido
necrótico amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida. Até que seja removido tecido necrótico
suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira profundidade não pode ser determinada; é no entanto
uma úlcera de estágio III ou IV. Obs. Uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação)
nos calcâneos, serve como penso biológico natural e não deve ser removida.

Suspeita de lesão nos tecidos profundos:


Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descorada ou flictena preenchida com sangue,
provocadas por danos no tecido mole subjacente pela pressão e/ou forças de torção. A área pode estar
rodeada por tecido mais doloroso, firme, mole, úmido, quente ou frio comparativamente ao tecido
adjacente. A lesão dos tecidos profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele
escuros. A evolução pode incluir uma flictena de espessura fina sobre o leito de uma ferida escura. A ferida
pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma fina camada de tecido necrótico (escara). A sua
evolução pode ser rápida expondo outras camadas de tecido adicionais mesmo com o tratamento adequado.

A maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio da identificação dos pacientes em risco e da
implantação de estratégias de prevenção confiáveis para todos os pacientes identificados como de risco. As
seis etapas essenciais de uma estratégia de prevenção de UPP são:

ETAPA 1: Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes.


ETAPA 2: Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados.
ETAPA 3: Inspeção diária da pele.
ETAPA 4: Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada.
ETAPA 5: Otimização da nutrição e da hidratação.
ETAPA 6: Minimizar a pressão.

Medidas preventivas para úlcera por pressão conforme classificação de risco


Os fatores de risco identificados na fase de avaliação fornecem informações para o desenvolvimento do
plano de cuidados. Segue as recomendações das medidas preventivas conforme a classificação do risco:
Risco baixo (15 a 18 pontos na escala de Braden)
• Cronograma de mudança de decúbito;
• Otimização da mobilização;
• Proteção do calcanhar;
• Manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso de superfícies de
redistribuição de pressão.
Risco moderado (13 a 14 pontos na escala de Braden)
• Continuar as intervenções do risco baixo;
• Mudança de decúbito com posicionamento a 30°.
Risco alto (10 a 12 pontos na escala de Braden)
• Continuar as intervenções do risco moderado;
• Mudança de decúbito frequente;

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• Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º
Risco muito alto (≤ 9 pontos na escala de Braden)
• Continuar as intervenções do risco alto;
• Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar, se possível;
• Manejo da dor.

PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Finalidade: Promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde.

Abrangência (âmbito, ponto de cuidado, local de aplicação): O protocolo de segurança na prescrição, uso
e administração de medicamentos deverá ser aplicado em todos os estabelecimentos que prestam
cuidados à saúde, em todos os níveis de complexidade, em que medicamentos sejam utilizados para
profilaxia, exames diagnósticos, tratamento e medidas paliativas.

Para fins desse protocolo serão adotadas as seguintes definições:


Erro de medicação: é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, possa levar ao uso inadequado
de medicamento quando o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de
saúde, de paciente ou do consumidor, podendo ou não provocar dano ao paciente. Os erros
de medicação podem ser relacionados à prática profissional, produtos usados na área de
saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos,
embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação,
monitoramento e uso de medicamentos.
Erro de prescrição: erro de medicação que ocorre durante a prescrição de um medicamento, em decorrência
tanto de redação da prescrição, como do processo de decisão terapêutica. O erro decisão
terapêutica pode surgir de um desvio não intencional de padrões de referência, como:
conhecimento científico atual, práticas normalmente reconhecidas, especificações técnicas
dos medicamentos e legislação sanitária. Um erro de prescrição pode estar relacionado à
seleção do medicamento (considerando-se as indicações, as contraindicações, as alergias, as
características do paciente, as interações medicamentosas e outros fatores), a dose, a
concentração, o esquema terapêutico, a forma farmacêutica, a via de administração, a
duração do tratamento e orientações de utilização, assim como pela ausência de prescrição
de um medicamento necessário para tratar uma doença já diagnosticada ou para impedir os
incidentes com outros medicamentos.
Erros de pode ser definido como um desvio na interpretação da prescrição, cometido pela equipe da
dispensação: farmácia quando da realização da dispensação de medicamentos para as unidades de
internação ou na farmácia ambulatorial. Incluem também erros relacionados às normas e à
legislação. Podem ser classificados em: erros de conteúdo, erros de rotulagem e erros de
documentação.
Erros de erro decorrente de qualquer desvio no preparo e administração de medicamentos de acordo
administração: com a prescrição médica, da não observância das recomendações ou guias do hospital ou das
instruções técnicas do fabricante do produto. Considera-se, ainda, que não há erro se o
medicamento for administrado de forma correta, mesmo que a técnica utilizada contrarie a
prescrição médica ou os procedimentos do hospital.
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Práticas seguras para prescrição de medicamentos


As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como:
• Urgência/emergência: quando indica a necessidade do início imediato de tratamento.
Geralmente possui dose única;
• Pro re nata ou caso necessário: quando o tratamento prescrito deve ser administrado de
acordo com uma necessidade específica do paciente, considerando-se o tempo mínimo entre as
administrações e a dose máxima;
• Baseada em protocolos: quando são preestabelecidas com critérios de início do uso,
decurso e conclusão, sendo muito comum em quimioterapia antineoplásica;
• Padrão: aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa;
• Padrão com data de fechamento: quando indica o início e fim do tratamento, sendo
amplamente usada para prescrição de antimicrobianos em meio ambulatorial; e
• Verbal: utilizada em situações de emergência, sendo escrita posteriormente, em
decorrência, possui elevado risco de erros e deverá ser restrita às situações para as quais é
prevista.

A identificação do paciente na prescrição deverá utilizar exclusivamente o nome completo do paciente. A


utilização do nome incompleto e do nome abreviado deve ser excluída da prática cotidiana dos
estabelecimentos de saúde.
A identificação do prescritor deverá ser realizada contendo o nome completo e número de registro do
conselho profissional e assinatura. Esse registro poderá ser manuscrito ou com a utilização de carimbo
contendo os elementos de identificação. A identificação do prescritor deverá ser legível para conferir
autenticidade à prescrição.
Problemas na legibilidade da prescrição podem comprometer a comunicação entre prescritor e paciente e
entre prescritor e demais profissionais de saúde, sendo geradora importante de erros de medicação,
sobretudo, a troca de medicamentos com nomes parecidos.

Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem o uso de abreviaturas, pois seu uso aumenta a
chance de erro de medicação.
As abreviaturas “U” e “UI” significando “unidades” e “unidades internacionais”, respectivamente, são
consideradas as mais perigosas de todas, pois podem levar à administração de doses 10 ou 100 vezes maior
do que a prescrita. Desta maneira, deve-se abolir o uso de abreviaturas “U” e “UI”, escrevendo a palavra
“unidade” por extenso no lugar de “U” ou “unidade internacional” no lugar de “UI”. Caso exista padronização
de abreviatura para via de administração, preferir o uso de “EV” (para endovenosa) em vez de IV
(intravenosa), em função do risco de erro de interpretação do “IV” como “IM”, sobretudo quando associado
a pouca legibilidade da prescrição.

Deve-se registrar com destaque na prescrição as alergias relatadas pelo paciente, familiares e/ou cuidadores.
O registro do relato de alergia na prescrição subsidia adequada análise farmacêutica das prescrições e os

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cuidados de enfermagem, reduzindo, assim, a chance da dispensação e administração de medicamento ao
qual o paciente é alérgico.

Expressões vagas como “usar como de costume”, “usar como habitual”, “a critério médico”,“se
necessário” (sem indicação de dose máxima, posologia e condição de uso), “uso contínuo” e “não parar”
devem ser abolidas das prescrições.

Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário”, deve-se obrigatoriamente definir:
Dose;
posologia;
dose máxima diária deve estar claramente descrita; e
condição que determina o uso ou interrupção do uso do medicamento.

ATENÇÃO! As prescrições verbais devem ser restritas às situações de urgência/emergência, devendo ser
imediatamente escritas no formulário da prescrição após a administração do medicamento. A prescrição
verbal deve ser validada pelo prescritor assim que possível. Quando a ordem verbal for absolutamente
necessária, o prescritor deve falar o nome, a dose e a via de administração do medicamento de forma clara.
Quem recebeu a ordem verbal deve repetir de volta o que foi dito e ser confirmado pelo prescritor antes de
administrar o medicamento.

As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância deverão ser conferidas com
dupla checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise farmacêutica da prescrição para dispensação.

ATENÇÃO! Erro de Medicação é definido como qualquer evento evitável que pode causar ou levar ao uso
inadequado de medicamentos ou dano ao paciente enquanto a medicação está sob o controle do
profissional de saúde, paciente ou consumidor.

Tais eventos podem estar relacionados à prática profissional, produtos de saúde, procedimentos e sistemas,
incluindo prescrição; comunicação; monitoramento; rotulagem dos produtos, embalagem e nomenclatura;
composição; dispensação; distribuição; administração; educação e uso.

Práticas seguras para distribuição de medicamentos


Os sistemas de distribuição de medicamentos em hospitais podem ser classificados em:

Sistema
Coletivo Individualizado Misto Dose unitária
automatizado

O tipo de sistema de distribuição adotado tem relação direta com a frequência de erros.

O sistema coletivo é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por unidade de internação ou
serviço, mediante solicitação da enfermagem para todos os pacientes da unidade. Implica a formação de
subestoques de medicamentos nas unidades, os quais ficam sob responsabilidade da equipe de

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enfermagem. A reposição é feita periodicamente, em nome da unidade, por meio de requisições enviadas à
farmácia.
IMPORTANTE: Esse sistema de distribuição de medicamentos é considerado inseguro e DEVE ser abolido dos
estabelecimentos de saúde.

O sistema individualizado é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por paciente, de acordo com
a prescrição médica, geralmente para um período de 24 horas de tratamento. Esse sistema se mostra mais
seguro que o sistema coletivo, entretanto, menos seguro que o sistema por dose unitária.

O Sistema misto é caracterizado pela combinação dos sistemas coletivo e individualizado coexistindo:
Sistema Individualizado – é utilizado nas unidades de internação, ocorrendo de forma parcial ou integral,
mediante prescrição,
Sistema Coletivo: é utilizado nos serviços de radiologia, endoscopia, urgência, ambulatórios, entre outros,
mediante requisição.
Importante: O Sistema misto mantém riscos elevados associados à distribuição coletiva.
Recomenda-se aos estabelecimentos de saúde o sistema de dose unitária.

O sistema de distribuição por dose unitária consiste na distribuição dos medicamentos com doses prontas
para a administração de acordo com a prescrição médica do paciente. A dose do medicamento é embalada,
identificada e dispensada pronta para ser administrada, sem necessidade de transferências, cálculos e
manipulação prévia por parte da enfermagem antes da administração ao paciente.

Nas unidades de internação são estocados apenas os medicamentos para atendimento de emergências e as
doses necessárias para suprir as 24 horas de tratamento dos pacientes. Nesse sistema, os medicamentos
também poderão ser dispensados por horário de administração, reduzindo a quantidade e variedade de
medicamentos nas unidades de internação.

O sistema automatizado pode ser caracterizado por unidades de dispensação eletrônica capazes de realizar
o atendimento de 100% das prescrições médicas ou conforme rotina da instituição como suporte ao sistema
de dose unitária, substituindo o estoque da unidade de internação para a dispensação das primeiras doses,
além dos medicamentos controlados, de urgência e itens prescritos no regime se necessário.

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PRÁTICAS SEGURAS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Medicamento
Paciente certo Via certa Hora certa Dose certa
certo

Registro certo da Orientação


Forma certa Resposta certa
administração correta

Paciente certo
Deve-se perguntar ao paciente seu nome completo antes de administrar o medicamento e utilizar no
mínimo dois identificadores para confirmar o paciente correto.
Nessa etapa, é importante que o profissional faça perguntas abertas e que necessitam de mais interação
paciente-profissional, tal como:
“Por favor, diga-me o seu nome completo?”
Além disso, é importante verificar se esse paciente corresponde ao:
Nome identificado na pulseira;
Nome identificado no leito;
Nome identificado no prontuário.
Importante: caso o paciente apresente baixo nível de consciência, impossibilitando-o de confirmar o nome
completo, a equipe assistencial deverá conferir o nome do paciente descrito na prescrição com a pulseira
de identificação, devendo, ainda, associar pelo menos mais dois identificadores diferentes.
Outra estratégia que auxilia a evitar a administração de medicamentos ao paciente errado, é existir norma
interna do estabelecimento de saúde que evite, dentro do possível, que dois pacientes com o mesmo
nome fiquem internados simultaneamente no mesmo quarto ou enfermaria.
Medicamento certo
Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o que está prescrito. O nome do medicamento
deve ser confirmado com a prescrição antes de ser administrado.
Conhecer o paciente e suas alergias. Conferir se ele não é alérgico ao medicamento prescrito.
Identificar os pacientes alérgicos de forma diferenciada, com pulseira e aviso em prontuário, alertando
toda a equipe.
Todos os fatos descritos pelo paciente/cuidador ou observado pela equipe, sejam eles reações adversas,
efeitos colaterais ou erros de medicação, devem ser registrados em prontuário e, notificados.
Importante: alguns medicamentos são associações. Nesses casos, é necessário conhecer a composição
dos medicamentos para identificar se o paciente não é alérgico a algum dos componentes do
medicamento.
Via certa
Identificar a via de administração prescrita.

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Verificar se a via de administração prescrita é a via tecnicamente recomendada para administrar
determinado medicamento.
Lavar as mãos antes do preparo e administração do medicamento.
Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito e se a velocidade de infusão foi estabelecida, analisando
sua compatibilidade com a via de administração e com o medicamento em caso de administração de por
via endovenosa.
Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos para a saúde utilizados para sua
administração (seringas, cateteres, sondas, equipos, e outros).
Identificar no paciente qual a conexão correta para a via de administração prescrita em caso de
administração por sonda nasogástrica, nasoentérica ou via parenteral.
Realizar a antissepsia do local da aplicação para administração de medicamentos por via parenteral.
Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem, prescritor ou farmacêutico previamente à
administração do medicamento.
Esclarecer as dúvidas de legibilidade da prescrição diretamente com o prescritor.
Importante: Informações sobre compatibilidade de medicamentos e produtos para a saúde utilizados na
administração de medicamentos, deverão estar disponíveis em manual ou em base de dados para consulta
no local do preparo ou pode-se consultar o farmacêutico.
Hora certa
Preparar o medicamento de modo a garantir que a sua administração seja feita sempre no horário correto,
para garantir adequada resposta terapêutica.
Preparar o medicamento no horário oportuno e de acordo com as recomendações do fabricante,
assegurando-lhe estabilidade.
A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário predefinido somente poderá ser feito
com o consentimento do enfermeiro e do prescritor.
Dose certa
Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento.
Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada, conferindo as dúvidas
com o prescritor sobre a dose desejada, pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes superiores à
desejada.
Certificar-se de que a infusão programada é a prescrita para aquele paciente.
Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso de dúvida ou medidas imprecisas (colher
de chá, colher de sopa, ampola), consultar o prescritor e solicitar a prescrição de uma unidade de medida
do sistema métrico.
Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o funcionamento das bombas de infusão contínua
em caso de medicamentos de infusão contínua.
Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e programação de bomba para administração de
medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.
Medicações de uso “se necessário” deverão, quando prescritas, ser acompanhadas da dose, posologia e
condição de uso.
Solicitar complementação do prescritor em caso de orientações vagas, tais como “fazer se necessário”,
“conforme ordem médica” ou “a critério médico”, para possibilitar a administração.
Importante: Não deverão ser administrados medicamentos em casos de prescrições vagas como: “fazer
se necessário”, “conforme ordem médica” ou “a critério médico”.
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Registro certo da administração
Registrar na prescrição o horário da administração do medicamento.
Checar o horário da administração do medicamento a cada dose.
Registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais como adiamentos, cancelamentos,
desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos.
Orientação correta
Esclarecer dúvidas sobre a razão da indicação do medicamento, sua posologia ou outra informação antes
de administrá-lo ao paciente junto ao prescritor.
Orientar e instruir o paciente sobre qual medicamento está sendo administrado (nome), justificativa da
indicação, efeitos esperados e aqueles que necessitam de acompanhamento e monitorização.
Garantir ao paciente o direito de conhecer o aspecto (cor e formato) dos medicamentos que está
recebendo, a frequência com que será ministrado, bem como sua indicação, sendo esse conhecimento
útil na prevenção de erro de medicação.
Forma certa
Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma farmacêutica e via administração prescrita.
Checar se forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão apropriadas à condição clínica do
paciente.
Sanar as dúvidas relativas à forma farmacêutica e a via de administração prescrita junto ao enfermeiro,
farmacêutico ou prescritor.
A farmácia deve disponibilizar o medicamento em dose unitária ou manual de diluição, preparo e
administração de medicamentos, caso seja necessário realizar a trituração e suspensão do medicamento
para administração por sonda nasogástrica ou nasoentérica.
Resposta certa
Observar cuidadosamente o paciente, para identificar, quando possível, se o medicamento teve o efeito
desejado.
Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os efeitos diferentes (em intensidade e forma) do
esperado para o medicamento.
Deve-se manter clara a comunicação com o paciente e/ou cuidador.
Considerar a observação e relato do paciente e/ou cuidador sobre os efeitos dos medicamentos
administrado, incluindo respostas diferentes do padrão usual,
Registrar todos os parâmetros de monitorização adequados (sinais vitais, glicemia capilar.).

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ATENÇÃO! Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. Uso seguro de medicamentos: guia para
preparo, administração e monitoramento / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. – São Paulo:
COREN-SP, 2017.

Os medicamentos potencialmente perigosos, também conhecidos como medicamentos de alta vigilância,


são aqueles que possuem risco aumentado de provocar danos significativos ao paciente em decorrência de
uma falha no processo de utilização. Os erros associados a esses medicamentos podem não ocorrer em
maior frequência, contudo, suas consequências tendem a ser mais graves, podendo ocasionar danos
permanentes ou a morte.

LISTA DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS DE USO HOSPITALAR


• Agonistas adrenérgicos endovenosos (ex.: EPINEFrina, FENILEFrina, NOREPinefrina)
• Água estéril para injeção, inalação e irrigação em embalagens de 100 mL ou volume superior
• Analgésicos opioides endovenosos, transdérmicos e de uso oral (incluindo líquidos concentrados
e formulações de liberação imediata ou prolongada)
• Anestésicos gerais, inalatórios e endovenosos (ex.: propofol, cetamina)
• Antagonistas adrenérgicos endovenosos (ex.: propranolol, metroprolol)
• Antiarrítmicos endovenosos (ex.: lidocaína, amioDARONA)
• Antineoplásicos de uso oral e parenteral
• Antitrombóticos
• Anticoagulantes (ex.: varfarina, heparina não fracionadas e heparinas de baixo peso molecular)
• Anticoagulantes orais diretos e inibidores do fator Xa (ex.: dabigatrana, rivaroxabana, apixabana,
edoxabana, fondaparinux)
• Inibidores diretos da trombina (ex.: bivalirrudina, dabigatrana)
• Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (ex.: abciximabe, tirofibana)
• Trombolíticos (ex.: alteplase, tenecteplase, estreptoquinase)
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• Bloqueadores neuromusculares (ex.: suxametônio, rocurônio, pancurônio, vecurônio)
• Cloreto de sódio hipertônico injetável com concentração maior que 0,9%
• Glicose hipertônica com concentração maior ou igual a 20%
• Inotrópicos endovenosos (ex.: milrinona, deslanosideo, levosimendana)
• Insulina subcutânea e endovenosa (em todas formas de apresentação e vias de administração)
• Medicamentos administrados por via epidural ou intratecal
• Medicamentos na forma lipossomal (ex.: anfotericina B lipossomal, doxorrubicina lipossomal) e
seus correspondentes medicamentos na forma convencional (ex.: anfotericina B desoxicolato,
cloridrato de doxorrubicina)
• Sedativos de uso oral de ação mínima ou moderada, para crianças (ex.: hidrato de cloral,
midazolam, cetamina - forma parenteral)
• Sedativos endovenosos de ação moderada (ex.: dexmedetomidina, midazolam, lorazepam)
• Soluções cardioplégicas
• Soluções para diálise peritoneal e hemodiálise
• Soluções de nutrição parenteral
• Sulfonilureias de uso oral (ex.: clorproPAMIDA, gliMEPIRida, glibenclamida, glipizida)
• Cloreto de potássio concentrado injetável
• EPINEFrina subcutânea Fosfato de potássio injetá
• Metotrexato de uso oral (uso não oncológico)
• NitroPRUSSIATO de sódio injetável
• Ocitocina endovenosa
• Prometazina injetável**
• Sulfato de magnésio injetável
• VASopressina endovenosa e intraóssea

* Todas as formulações de insulina (frasco ampola ou caneta), administradas por via subcutânea ou via
endovenosa, são consideradas medicamentos potencialmente perigosos. ** O ISMP EUA recomenda a
retirada da prometazina das instituições hospitalares como uma das 14 melhores práticas para o uso seguro
de medicamentos.

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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO

01. O PNSP apresenta quatro eixos, questão o estímulo a uma prática assistencial segura, o envolvimento
do cidadão na sua segurança, a inclusão do tema na comunidade e na população, e o incremento de
pesquisa a respeito do tema.
A) Certo
B) Errado

02. Entre os conceitos de cultura de segurança do paciente, descritos na Portaria n° 529/2013 — MS/GM
tem-se a cultura que prioriza metas financeiras e operacionais acima da segurança do paciente.
A) Certo
B) Errado

03. Os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância, são aqueles que apresentam grande
risco de provocar danos significativos ao paciente quando administrados de maneira incorreta.
Entre esses medicamentos estão
A) a insulina e o diclofenaco de potássio.
B) o sulfato de magnésio e o ciprofloxacino.
C) a dipirona monoidratada e o sulfato de magnésio.
D) o cloreto de sódio 20% e a glicose hipertônica 25%.
E) o ibuprofeno e o cloreto de potássio 19,1%.

04. “Segundo a RDC 36/2013, o núcleo de segurança do paciente (NSP) é a instância do serviço de saúde
criada para promover e apoiara implementação de ações voltadas à segurança do paciente” Disponível
em: ANVISA,GVMS, GGTES. Implantação do núcleo de segurança do paciente em serviços de saúde, p. 13,
2016.
O NSP (núcleo de segurança do paciente) deve-se adotar princípios e diretrizes, dentre eles estão:
A) Implementar protocolos do ministério da saúde.
B) A disseminação sistemática da cultura de segurança.
C) A garantia de boas práticas de fabricação.
D) A melhoria continua dos processos medicamentosos.
E) A monitorização dos processos de gestão de risco.

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05. Em relação à Resolução RDC nº 36/2013 do Ministério da Saúde, que institui ações para a segurança
do paciente em serviços de saúde, é correto afirmar que
A) risco é definido como o comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele
oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção de caráter físico,
exclusivamente
B) acidente é definido como o comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele
oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico,
social ou psicológico
C) os incidentes que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 24 (vinte e quatro) horas a partir do
ocorrido
D) os incidentes que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 96 (noventa e seis) horas a partir
do ocorrido
E) a notificação dos eventos adversos deve ser realizada mensalmente pelo núcleo de segurança do paciente,
até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por meio das ferramentas
eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa

06. De acordo com a RDC nº 36, de 2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de
saúde e dá outras providências, assinale a alternativa correta.
A) Essa Resolução se aplica aos consultórios individualizados, laboratórios clínicos e serviços de saúde, sejam
eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e
pesquisa.
B) Cada serviço público de saúde ambulatorial deverá, obrigatoriamente, constituir um Núcleo de Segurança
do Paciente (NSP) e nomear a sua composição.
C) O NSP deverá notificar os eventos adversos que evoluírem para óbito em até 48 horas a partir do ocorrido,
por meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela ANVISA.
D) Entre os princípios e diretrizes do NSP, estão: a melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de
tecnologias da saúde; a disseminação sistemática da cultura de segurança; a articulação e a integração dos
processos de gestão de risco; e a garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde.
E) É competência do NSP divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a análise das notificações
realizadas pelos serviços de saúde.

07. Sobre a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36, de 25 de julho de 2013, que institui ações para
a segurança do paciente em serviços de saúde, assinale a alternativa correta.
A) Incidente é o evento que atingiu o paciente e produziu prejuízo (lesão ou dano) associado ao cuidado de
saúde.
B) A segurança do paciente é compreendida como a redução, a um mínimo aceitável, do risco de um dano
desnecessário associado ao cuidado de saúde.
C) A resolução deve ser aplicada aos serviços de saúde, sejam eles públicos, privados, flantrópicos, civis ou
militares, incluindo laboratórios clínicos.
D) A notificação dos eventos adversos deve ser realizada trimestralmente pelo Núcleo de Segurança do
Paciente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária por meio eletrônico.
E) Os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser notificados em até sete dias a partir do ocorrido.

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08. O Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), publicou a
Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2013, através da qual instituiu ações voltadas para a
promoção da segurança do paciente e para a melhoria da qualidade nos serviços de saúde. O chamado
Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) se constitui num dos objetos abordados nesta RDC (BRASIL, 2013).
Em relação ao NSP, é correto afirmar que
A) a direção do serviço de saúde deve constituir o NSP, embora não tenha autoridade para nomear a sua
composição.
B) no caso de serviços públicos ambulatoriais, é recomendado que seja constituído um NSP para cada serviço
de saúde.
C) é atribuição do NSP elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente
em Serviços de Saúde.
D) é proibido ao NSP notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos decorrentes
da prestação do serviço de saúde.
E) é proibido à direção do serviço de saúde utilizar a estrutura de comitês, comissões ou núcleos já existentes
para o desempenho das atribuições do NSP.

09. A Resolução de Diretoria Colegiada RDC n° 36, de julho de 2013, afirma que o monitoramento dos
incidentes e eventos adversos deverá ser realizado pelo Núcleo de Segurança do Paciente – NSP – que é
responsável por notificar os eventos adversos
A) mensalmente, até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância.
B) semanalmente, de acordo com os critérios de vigilância epidemiológica
C) bimestralmente, até o 1º (primeiro) dia útil do mês de vigilância em saúde.
D) semestralmente, via fax, por meio dos critérios de vigilância em saúde
E) anualmente, para planejamento das atividades de monitoramento do ano subsequente

10. De acordo com a RDC nº 36, de julho de 2013, todos os serviços de saúde, sejam eles públicos, privados,
filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa, devem
constituir instância para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente,
que terá a denominação de:
A) gerência de risco e segurança.
B) vigilância em saúde.
C) serviço de acreditação.
D) núcleo de segurança do paciente.
E) setor de educação permanente.

11. A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 63, de 25 de novembro de 2011, possui como objetivo o
estabelecimento de boas práticas para funcionamento de serviços de saúde, fundamentados na
qualificação, na humanização da atenção e gestão, e na redução e controle de riscos aos usuários e meio
ambiente. Sobre o prontuário do paciente, é correto afirmar que:
A) O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuários no que se refere à confidencialidade e
integridade
B) O serviço de saúde não deve garantir que o prontuário contenha registros relativos à identificação e a
todos os procedimentos prestados ao paciente
C) A responsabilidade pelo registro em prontuário não cabe aos profissionais de saúde que prestam o
atendimento

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D) Aguarda do prontuário é de responsabilidade do paciente e/ou de sua família devendo obedecer às
normas vigentes

12. A RDC 63 de 25 de novembro de 2011 dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento
para os Serviços de Saúde. De acordo com esta Resolução é possível que as organizações de saúde
identifiquem os requisitos de Boas Práticas para funcionamento de serviços de saúde, fundamentadas na
humanização da atenção, qualificação, gestão e redução e controle de riscos aos usuários, além do meio
ambiente. Considerando esta Resolução, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O serviço de saúde deve manter disponíveis registros de formação e qualificação dos profissionais
compatíveis com as funções desempenhadas.
PORQUE
II. O serviço de saúde deve possuir equipe multiprofissional dimensionada de acordo com a estratégia
adotada pela organização.
Assinale a alternativa que representa a resposta correta.
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.

13. De acordo com o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído pela portaria nº 529,
de 1º de abril de 2013, ________________ é definido(a) como a “[...] aplicação sistêmica e contínua de
iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle de riscos e eventos adversos que
afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem
institucional” (BRASIL, 2013, p.2).
A alternativa que preenche, corretamente, a lacuna do trecho acima é
A) gestão de risco
B) cultura de segurança
C) gestão da segurança
D) núcleo de segurança do paciente
E) comissão interna de prevenção de acidentes

14. Com relação ao terceiro Desafio Global de Segurança do Paciente, denominado “Medicação sem
Danos”, assinale a alternativa incorreta.
A) Um dos objetivos do desafio é empoderar pacientes, familiares e cuidadores para participar mais
ativamente em conselhos de saúde para avaliar os cuidados em saúde e sua segurança.
B) Sistemas e práticas de medicação foram definidos como foco para ações do desafio, uma vez que
processos bem projetados podem diminuir o risco relacionado ao uso de medicamentos.
C) Alguns medicamentos, como os antimicrobianos, foram definidos como prioritários no desafio, por
apresentarem maior potencial de causar danos quando ocorrem falhas na sua utilização.
D) Ações voltadas à transição do cuidado foram definidas como prioritárias no desafio, por aumentarem a
possibilidade de erros de comunicação, o que pode levar a graves erros de medicação.

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15. Conforme o Ministério da Saúde, foram criados protocolos que visam instituir ações para a segurança
do paciente em serviços de saúde e a melhoria da qualidade em caráter nacional. Devem ser utilizados em
todas as unidades de saúde do Brasil, podendo ser ajustados a cada realidade. Assinale a alternativa que
NÃO corresponde a um desses protocolos.
A) Prevenção de quedas.
B) Identificação do paciente.
C) Segurança na prescrição e de uso e administração de medicamentos.
D) Prevenção de flebite.
E) Higiene das mãos.

16. Os protocolos básicos de segurança do paciente são instrumentos para a implantação de medidas
voltadas para a segurança do paciente. A Portaria GM/MS nº 1.377/2013, e a Portaria nº 2.095/2013
aprovam os protocolos básicos de segurança do paciente, sendo eles, EXCETO:
A) Prática de higiene das mãos em serviços de Saúde.
B) Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.
C) Uso seguro de equipamentos e materiais.
D) Cirurgia segura.
E) Prevenção de úlceras por pressão.

17. O Enfermeiro instalou a medicação de quimioterapia para paciente CRT, sexo masculino, 65 anos. Ao
instalar o medicamento não verificou se o acesso venoso estava pérvio e administrou o medicamento.
Entretanto, ao retornar ao quarto do paciente, observou a presença de extravasamento do quimioterápico
em membro superior direito, o que resultou em necrose do membro afetado. Considerando os conceitos
de segurança do paciente, no caso apresentado, assinale a alternativa correta.
A) Ocorreu um evento adverso
B) Desenvolveu um quase erro
C) Ocorreu um Incidente sem dano
D) Trata-se de uma circunstância não notificável

18. Há um modelo de distribuição que tem como principal característica os estoques nos setores
assistenciais, em que a farmácia hospitalar fornece medicamentos e produtos de saúde em suas
embalagens originais — atendendo ao solicitado pela equipe de enfermagem — em nome da unidade, e
não de pacientes. É um sistema mais caracterizado como distribuição do que como dispensação, pois a
farmácia hospitalar apenas transfere os produtos para unidades, as quais formam subestoques. De acordo
com essa descrição, assinale a alternativa que apresenta esse modelo.
A) coletivo
B) individualizado
C) unitário
D) misto (individualizado e unitário)
E) misto (coletivo e individualizado)

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19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu a Classificação Internacional de Segurança do


Paciente (International Classification for Patient Safety – ICPS). O Centro Colaborador para a Qualidade do
Cuidado e a Segurança do Paciente traduziu os conceitos chave do ICPS.

Considerando a importância dos conceitos clássicos, é INCORRETO afirmar:


A) Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-
se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou
psicológico.
B) Near miss: incidente que atingiu o paciente.
C) Risco: probabilidade de um incidente ocorrer.
D) Segurança do paciente: reduzir a um mínimo aceitável o risco de dano desnecessário associado ao cuidado
de saúde.

20. Em 2013, foi instituído, pelo Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Segurança do Paciente
(PNSP) por meio da Portaria nº 529. Este Programa foi instituído considerando, além de outros fatores, a
prioridade dada à segurança do paciente em serviços de saúde na agenda política dos estados-membros
da Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Resolução aprovada durante a 57ª Assembleia Mundial da
Saúde, que recomendou aos países atenção ao tema “segurança do paciente”. A notificação de eventos
adversos, como parte integrante da cultura de segurança, deve ocorrer por meio das ferramentas
eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa; conforme determina a Resolução RDC nº 36/2013, ela deve ser
realizada pelo núcleo de segurança do paciente
A) semanalmente.
B) quinzenalmente.
C) mensalmente.
D) semestralmente.
E) anualmente.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B D B E D B C A D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A C A A D C A A B C

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