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AULA 5

GESTÃO DO PROGRAMA
DE CONTROLE DE
INFECÇÕES RELACIONADAS
À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Profª Ivana Maria Saes Busato


INTRODUÇÃO

As medidas de prevenção relacionadas à assistência à saúde têm


intrínseca relação com a segurança do paciente e a qualidade em serviços de
saúde. Pode-se afirmar que a “qualidade em serviços de saúde representa
satisfazer as necessidades de assistência à saúde da população receptora do
serviço” (Gama; Saturno, 2017, p. 31).
Medidas de prevenção são objeto de estudo da epidemiologia e das ações
de vigilância epidemiológicas (estudadas em aulas antereiores) e dão o suporte
necessário para a tomada de decisões na escolha das melhores medidas a serem
implantadas. Vale lembrar que o conceito de qualidade de serviços de saúde tem
relação com a missão da instituição, alinhada com seus valores e com a sua visão
estabelecida, estudadas anteriormente.
Sabe-se que as IRAS elevam consideravelmente os custos no cuidado do
paciente, além de aumentar o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade
nos serviços de saúde (Brasil, 2017b).
A Anvisa publicou, em 2017, o Caderno 4 com as Medidas de prevenção de
infecção relacionada à assistência à saúde como ferramenta de grande importância
na melhoria da segurança do paciente e na qualidade dos serviços de saúde,
trazendo as orientações básicas para a prevenção e o controle das infecções, com
embasamento técnico-científico atualizado (Brasil, 2017b).
O processo de planejamento, de gestão e os processos administrativos
apontarão caminhos para propor medidas de prevenção específicas de cada
realidade institucional. Nesta aula, vamos discutir a segurança do paciente, o
conceito de eventos adversos e as orientações da Anvisa para as medidas de
prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde para pneumonia, trato
urinário, infecção da corrente sanguínea a infecção cirúrgica como suporte para
gestão.

TEMA 1 – SEGURANÇA DO PACIENTE

Na história da qualidade da atenção, vários autores destacam o documento


publicado pelo Instituto de Medicina em 1999, com o título em inglês To err is
Human: building a safer health system (tradução livre: “Errar é humano:
construindo um sistema de saúde mais seguro”). Essa publicação alertava para
as preocupações com a segurança do paciente como uma das dimensões da

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qualidade (Brasil, 2017a, p. 13). Com esse alerta mundial, muitas instituições e
organismos internacionais se voltaram para as discussões sobre segurança do
paciente.
A publicação da Anvisa (Brasil, 2017a, p. 13) aponta que, na 55ª
Assembleia Mundial da Saúde, foi adotada a Resolução 55/2018, “Qualidade da
atenção: segurança do paciente”, que solicitava urgência aos Estados Membros
em dispor maior atenção ao problema da segurança do paciente. Assim, em
resposta à Resolução n. 55.18, em outubro de 2004, a Organização Mundial da
Saúde realizou o lançamento da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente,
visando dar mais operacionalidade as ações de segurança do paciente à
Organização Mundial da Saúde e seus estados membros, na 57ª Assembleia
Mundial da Saúde.
A Organização Pan-Americana de Saúde, em conjunto com a Organização
Mundial da Saúde, desenvolveu ações conjuntas para enfrentar os desafios
globais da segurança do paciente, o Quadro 1 apresenta um resumo dessas
ações.

Quadro 1 – Ações de Segurança do Paciente OPAS/OMS

Período – data Ação Objetivo


2005-2006 Uma assistência limpa é uma Foco nas infecções relacionadas à
assistência mais segura assistência à saúde e higienização das
mãos
2007 a 2008 Cirurgias seguras salvam Promoção da segurança dos pacientes
vidas na cirurgia para diminuir a
morbimortalidade causada pelas
intervenções cirúrgicas
2009 Dia 5 de maio – Campanha Fortalecer a temática de higiene das
Mundial de higiene das mãos tanto aos profissionais de saúde
mãos. como aos cidadãos
Fonte: Brasil, 2017a, p. 15.

Segurança do paciente corresponde à redução ao mínimo aceitável do


risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde é o conceito de
segurança do paciente segundo a OMS. A segurança é uma dimensão da
qualidade, em seu conceito mais abrangente. Um dos autores mais citados na
definição de qualidade em saúde é Donabedian. Portela (2000) explica os pilares
da qualidade para Donabedian são: eficácia, efetividade, eficiência, otimização,
aceitabilidade, legitimidade e equidade.
A Portaria n. 529, de 1º de abril de 2013, que institui o Programa Nacional
de Segurança do Paciente (PNSP), nos arts 2º e 3º, traz os objetivos do programa

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nacional: o objetivo geral é contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em
todos os estabelecimentos de saúde do território nacional (Brasil, 2013). Os
objetivos específicos do PNSP, de acordo com o art. 3º da Portaria n. 529/2013,
são os seguintes:

I - promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à


segurança do paciente em diferentes áreas da atenção, organização e
gestão de serviços de saúde, por meio da implantação da gestão de risco
e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde;
II - envolver os pacientes e familiares nas ações de segurança do
paciente; III - ampliar o acesso da sociedade às informações relativas à
segurança do paciente; IV - produzir, sistematizar e difundir
conhecimentos sobre segurança do paciente; e V - fomentar a inclusão
do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e pós-
graduação na área da saúde. (Brasil, 2013b)

A RDC n. 36/2013 define a segurança do paciente como a redução, a um


mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde
(Brasil, 2013a). Na art. 6º da Portaria n. 529/2013, é instituído, no âmbito do
Ministério da Saúde, o Comitê de Implementação do Programa Nacional de
Segurança do Paciente (CIPNSP), instância colegiada, de caráter consultivo,
coordenada pela Anvisa, com a finalidade de promover ações que visem à
melhoria da segurança do cuidado em saúde de forma coletiva entre seus
participantes (Brasil, 2013).

1.1 Eventos adversos

Todas as infecções relacionadas à assistência à saúde consistem em


eventos adversos, que acontecem de forma persistente nos serviços de saúde. O
conceito de evento adverso na RDC n. 36/2013 é o de incidente que resulta em
dano à saúde (Brasil, 2013a):

dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer


efeito dele oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte,
incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou
psicológico; [...] incidente: evento ou circunstância que poderia ter
resultado, ou resultou, em dano desnecessário à saúde. (Brasil, 2013a,
art. 3º)

Entre 2007 e 2009, realizou-se o estudo Ibero-Americano de Eventos


Adversos na Atenção (Ibeas) em cinco países da América Latina, resultando em
constatação de 10,5 % dos pacientes hospitalizados sofrem algum tipo de evento
adverso, e destes, 58,9% poderiam ter sido evitados. Esse estudo foi fundamental
para o avanço das discussões em prol da segurança do paciente e a melhoria da
atenção (Brasil, 2017b, p. 15).
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Outro ponto que é importante entender refere-se ao near miss, que é um
incidente que, por algum motivo, planejado ou pelo acaso, foi interceptado antes
de atingir o paciente e poderia ou não causar danos, segundo a Organização
Mundial de Saúde. Capucho (2011), analisando as diversas definições de near
miss, indica que o near miss deve ser entendido como “potencial evento adverso”
e não como quase erro.

1.2 Notificação de eventos adversos

Em 2014 foi implementado o Sistema Nacional de Notificação de Eventos


Adversos e Queixas Técnicas (Notivisa). Trata-se de um sistema eletrônico
desenvolvido pela Anvisa para receber notificações de incidentes, eventos
adversos e queixas técnicas relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob
vigilância sanitária. A partir de 2007, foi possível aos profissionais de saúde
(pessoas físicas) a notificação de eventos adversos e queixas técnicas
diretamente à Anvisa.
A Notivisa é responsável por comunicar eventos adversos e queixas
técnicas relacionados a produtos e equipamentos de saúde; notificar surtos
relacionados ao consumo de todos os tipos de alimentos e agrotóxicos; notificar
eventos adversos e queixas técnicas relacionados com os produtos sob vigilância
sanitária, tais como sangue e componentes; comunicar eventos adversos e
queixas técnicas em relação ao consumo de medicamentos; e notificar eventos
relacionados a viajantes, meios de transporte e produtos, bem como intoxicações
e envenenamentos.
A notificação dos eventos adversos, para fins da RDC n 36/2013, deve ser
realizada mensalmente pelo Núcleo de Segurança do Paciente, até o 15º (décimo
quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, e os eventos adversos
que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72 (setenta e duas) horas
a partir da data de ocorrência (Brasil, 2013a).
Quem pode notificar?

• Profissionais de serviços de saúde (Núcleos de Segurança do Paciente,


hospitais, clínicas, hemocentros, laboratórios, CIATs, dentre outros);
• Profissionais/técnicos da Anvisa, das Vigilâncias Sanitárias Estaduais e
Municipais, das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde;

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• Profissionais de Laboratórios de Saúde Pública, Universidades/Centros de
pesquisa;
• Profissionais que atuam em drogarias e farmácias;
• Profissionais das empresas detentoras de registro de produtos sob
vigilância sanitária (fabricantes, importadores e distribuidores);
• Profissionais de saúde liberais;
• Cidadãos – pacientes, familiares, acompanhantes, cuidadores e outros.

É importante diferenciarmos o Notivisa sobre o VigiMed, que é um sistema


criado pela Anvisa em 2018 para cidadãos e profissionais de saúde relatarem
eventos adversos a medicamentos e vacinas. Não há necessidade de cadastro
prévio, podendo ser realizado por cidadãos e profissionais de saúde, contribuindo
para a avaliação de segurança dos medicamentos, para a farmacovigilância e
geração facilitada de informações para tomada de decisão e para divulgação ao
público externo.

TEMA 2 – MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO DAS IRAS

As medidas gerais de prevenção da infecção relacionada à assistência à


saúde (IRAS) devem constar na garantia da qualidade, que a RDC n. 36/2013
define como a “totalidade das ações sistemáticas necessárias para garantir que
os serviços prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos para os
fins a que se propõem” (Brasil, 2013a). Esse é o foco de atuação do Núcleo de
segurança do paciente, conforme estudamos anteriormente, lembrando que é
uma instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a
implementação de ações voltadas à segurança do paciente.
A RDC n. 36/2013 aponta que na gestão de risco é realizada a aplicação
sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na
identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos
adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o
meio ambiente e a imagem institucional (Brasil, 2013a). Esse conceito também
deve ser aplicado na gestão do programa de controle de infecções relacionadas
à assistência à saúde em especial quando se deve fazer o planejamento das
ações de prevenção na instituição.
Na abordagem de ações de segurança do paciente, o Institute of Healthcare
Improvement apresenta um novo conceito, o bundle, que, na tradução simples,

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quer dizer pacote, que é uma nova forma de perceber e de planejar as
intervenções para o alcance da segurança do paciente. A utilização da ferramenta
do bundle se popularizou, porém deve-se entender essa proposta. O primeiro
ponto do conceito não é apenas uma lista de atividades que representam uma
lista de boas práticas ou condutas.
A principal estratégia para gestão é promover a estruturação e melhoria dos
processos e os resultados dos cuidados para o paciente, para ajudar os
profissionais de saúde a realizarem o melhor cuidado possível, e da maneira mais
confiável, para pacientes submetidos a alguns tratamentos específicos com riscos
inerentes, com práticas baseadas em evidências científicas. Essas medidas
devem ser aplicadas em conjunto a todos os pacientes que estão sob o risco de
IRAS e que devem ser supervisionados de forma sistemática por toda a equipe
de saúde, por meio de vigilância de processo e intensas ações educativas.
Os gestores devem promover a implantação de bundles nos seus serviços
com o desenvolvimento de protocolos clínicos, com treinamento da equipe, com
vigilância epidemiológica (estruturação de coleta de dados, processamento,
definição de indicadores) e monitoramento de indicadores.
Para o desenvolvimento de ações de prevenção e controle das IRAS,
vamos lembrar as possibilidades de gestão e planejamento estratégico estudadas
nas primeiras aulas. Várias medidas de prevenção são propostas e possuem
evidência científica, então como devemos estabelecer prioridades? Utilizando as
ferramentas de gestão, a vigilância epidemiológica, o planejamento estratégico,
com estabelecimento de indicadores para monitoramento e acompanhamento
contínuo, rodar o PDCA.
A Anvisa destaca a importância do plano de segurança do paciente em
serviços de saúde que visam a prevenção e a mitigação dos incidentes, desde a
admissão até a transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de saúde,
estabelecido num documento que aponta situações de risco e descreve as
estratégias e ações definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco (Brasil,
2017b), devendo estar alinhadas com os Procedimentos Operacionais Padrão e
com os protocolos.
Os profissionais que atuam no controle das IRAS bem como na
implantação de medidas de prevenção devem desenvolver estratégias
educacionais de acordo com práticas baseadas em evidências e que se adaptem

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às necessidades de aprendizagem de seu público e de suas instituições (Brasil,
2017b, p. 21).
Uma das principais medidas de prevenção gerais para IRAS é a
higienização das mãos. Vamos entender por que ela é tão importante. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que essa medida básica de
higienização das mãos, embora simples, continua sendo um problema em todo o
mundo pelo descaso que ainda acontece nos serviços de saúde. Para combater
essa problemática, a OMS lançou o Desafio Global para a Segurança do Paciente
2005-2006: “Uma Assistência Limpa é uma Assistência mais Segura”,
concentrando as ações na melhoria dos padrões e práticas de higienização das
mãos na assistência à saúde (OMS, 2005).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu as Diretrizes da
OMS sobre Higiene das Mãos em Serviços de Saúde baseadas em evidências
para auxiliar os serviços de saúde a melhorarem a higiene das mãos e assim
reduzirem as IRAS (OMS, 2009, p. 6). Para a divulgação e efetiva execução das
diretrizes, a OMS lançou um Guia de Implementação e um kit de ferramentas de
implementação relacionado que auxiliarão na elaboração de planos de ação locais
e na abordagem da melhoria e manutenção da higiene das mãos.

Saiba mais
Quer saber mais? Acesse o link a seguir:
OMS – Organização Mundial da Saúde. Guia para implementação: um
guia para a implantação da estratégia multimodal da OMS para a melhoria da
higienização das mãos a observadores: estratégia multimodal da OMS para a
melhoria da higienização das mãos. Brasília: Organização Pan-Americana da
Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2008. Disponível em:
<https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_oms/guia_de_im
plement.pdf>. Acesso em: 12 maio 2021.

No Brasil, há vasta regulamentação de higienização das mãos, e todas


seguem as Diretrizes e o Guia da Organização Mundial da Saúde. Veja no Quadro
2:

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Quadro 2 – Regulamentação brasileira

Normativa Objetivo
RDC n. 42 de 25 de Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de
outubro de 2010 preparação alcoólica para a higienização das mãos, nos
pontos de assistência, em serviços de saúde (Brasil,
2010)
RDC n. 36, de 25 de julho Institui ações para a segurança do paciente em serviços
de 2013 de saúde e a instituição dos Protocolos Básicos Nacionais
de Segurança do Paciente, incluindo o Protocolo de
Prática de HM (Brasil, 2013a)
Portaria n. 529 de 1 de Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente
abril de 2013. (Brasil, 2013b)
Portaria n. 1.377 de 9 de Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente (Brasil,
julho de 2013. 2013c)
Nota técnica n. 1/2018 Orienta na implementação da estratégia multimodal da
Organização Mundial de Saúde como estratégia de
melhoria da higienização das mãos (Brasil, 2018)
Fonte: Brasil, 2018.

O termo higienização das mãos engloba a higiene simples, a higiene


antisséptica e a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos
(Higienização..., 2007). A higiene das mãos deve fazer parte de todas as
campanhas educativas, tanto fortalecendo os conceitos da periodicidade quanto
da técnica (Brasil, 2017b, p. 20). A Anvisa editou em 2018 a Nota Técnica n.
1/2018 dando orientações gerais para higiene das mãos em serviços de saúde.
Essa Nota Técnica aponta para a implementação da estratégia multimodal da
Organização Mundial de Saúde como estratégia de melhoria da higienização das
mãos (Brasil, 2018).

2.1 Esterilização de materiais de uso para saúde e eventos relacionados

A esterilização de materiais médico-hospitalares é o processo de


destruição de todas as formas de vida microbiana, sejam bactérias, vírus e fungos,
mediante a aplicação de agentes físicos, químicos e físico-químicos. Em meados
da década de 50, surgiram os Centros de Materiais Parcialmente Centralizados e
a Central de Material e Esterilização responsáveis pelo preparo e esterilização de
forma centralizada num único local (Formiga, 2014).

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A RDC n. 15, de 15 de março de 2012, dispõe sobre requisitos de boas
práticas para o processamento de produtos para saúde, que regulamenta os
Centros de Material e Esterilização – CME dos serviços de saúde públicos e
privados, civis e militares, e às empresas processadoras envolvidas no
processamento de produtos para saúde (Brasil, 2012).
A Central de Material e Esterilização é um grande fornecedor de todas as
áreas da instituição, disponibilizando materiais utilizados em variados
procedimentos realizados pela instituição, e sua missão é entregar todos os
materiais com segurança, por meio do processamento de qualidade para
atendimento eficaz aos clientes.
A totalidade dos processos são devidamente controlados e seguros. Os
produtos ofertados pelo setor são estéreis ou desinfectados, conforme sua
especificidade, garantindo a qualidade e contribuindo para a prevenção e o
controle da infecção hospitalar.
A CCIH colabora com a elaboração dos POPs – Procedimento Operacional
Padronizado junto com o setor CMA para melhoria de seus processos. Um dos
grandes fatores-chave é o controle da validade ou prazo de validade que define a
validade da esterilização, processo importante do setor. A manutenção do prazo
de validade de esterilização está relacionada a eventos, dependendo dos
seguintes fatores: qualidade da embalagem utilizada na esterilização; condições
de transporte dos pacotes e práticas de manuseio para produtos esterilizados.
A gestão do programa de controle de infecções relacionadas à assistência
à saúde deve monitorar esses processos contribuindo para manter a qualidade e
a segurança da assistência.

TEMA 3 – PNEUMONIA

Os cuidados preventivos para evitar pneumonia estão relacionados


principalmente com a ventilação mecânica. A pneumonia associada à ventilação
mecânica (PAV) é definida como uma infecção pulmonar que surge após 48 horas
de intubação em pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva
(Chicayban et al., 2017, p. 27).

A pneumonia relacionada a assistência à saúde pode trazer grave


repercussão para o paciente, é uma grave infecção que apresenta
múltiplas causas e tem grande impacto nas taxas de morbimortalidade,
tempo de internação hospitalar e aumento dos custos assistenciais.
(Brasil, 2017b, p. 32)

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Diversos estudos indicam que a pneumonia associada à ventilação
mecânica deve ter vigilância com padrões bem definidos nas práticas da Unidade
de Terapia Intensiva, monitoramento de indicadores, como as taxas de PAV,
definição de medidas de prevenção, bem como treinamento da equipe (Brasil,
2017b, p. 21).

3.1 Fatores de risco para pneumonia relacionada à assistência à saúde

A Anvisa agrupa em quatro categorias os fatores de risco para pneumonia


relacionada à assistência à saúde (2017b, p. 20). Apresentamos esses grupos
para seu conhecimento, contudo há necessidade de outros aprendizados
subsequentes para aprofundamento dos parâmetros. Os três primeiros fatores
são considerados modificáveis, portanto são o ponto alvo para implementação de
medidas de prevenção. Os fatores agrupados são os seguintes:

1. Fatores que aumentam a colonização da orofaringe e estômago por


microrganismos (administração de agentes antimicrobianos, admissão em
UTI ou presença de doença pulmonar crônica de base);
2. Condições que favorecem aspiração do trato respiratório ou refluxo do trato
gastrintestinal (intubação endotraqueal ou intubações subsequentes;
utilização de sonda nasogástrica; posição supina; coma; procedimentos
cirúrgicos envolvendo cabeça, pescoço, tórax e abdome superior;
imobilização devido a trauma ou outra doença);
3. Condições que requerem uso prolongado de ventilação mecânica com
exposição potencial a dispositivos respiratórios e contato com mãos
contaminadas ou colonizadas, principalmente de profissionais da área da
saúde;
4. Fatores do hospedeiro como: extremos de idade, desnutrição, condições
de base graves, incluindo imunossupressão.

3.2 Medidas para prevenção de pneumonia

As medidas preventivas para reduzir a incidência de PAV geralmente


consistem em intervenções baseadas em diretrizes, havendo necessidade da
participação de toda instituição em fornecer infraestrutura necessária. As medidas
de prevenção devem ter estratégias de controle centrando suas ações na
padronização e no treinamento de condutas para assistência aos pacientes de

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risco, exigindo o envolvimento de toda equipe de atendimento (Chicayban et al.,
2017).
Silva et al. (2011) reportam que algumas medidas de prevenção analisadas
no estudo são atividades realizadas rotineiramente da equipe, e mesmo com
normas instituídas, nem sempre foram incorporadas à prática clínica, indicando a
necessidade de avaliação sistemática, processo educativo, supervisão e
gerenciamento do cuidado. Outro ponto descartado nesse estudo refere-se à
incorporação de indicadores como medida útil para avaliação da qualidade dos
serviços prestados, devido à facilidade de aplicação e de reprodução.
O Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas
à Assistência à Saúde (2016-2020) indica como protocolo básico as seguintes
medidas de prevenção de PAV: manter os pacientes com a cabeceira elevada
entre 30 e 45º; avaliar diariamente a sedação e diminuir sempre que possível; e
higiene oral com antissépticos (Brasil, 2016).
Chicayban et al. (2017, p. 33) concluem que a segurança do paciente
emerge da interação de componentes como conhecimento, habilidades, atitudes
e responsabilidade no cuidar, em que todos que compõem a equipe
multidisciplinar devem priorizar um tratamento benéfico à recuperação do paciente
e participar da prevenção de forma conjunta e simultânea. Os mesmo autores
ainda indicam que

bundles têm sido recomendados para substituir as medidas isoladas de


prevenção, visto que, a utilização de protocolo melhora a segurança e a
qualidade do atendimento na UTI, mas requer adesão e treinamento
periódico da equipe multidisciplinar para que possam ser considerados
indicadores de qualidade. (Chicayban et al., 2017, p. 33)

Algumas estratégias são recomendadas e aplicadas na pratica clínica para


prevenir esta infecção, por exemplo, o uso de protocolos de sedação mais
adequados com pacientes mais interativos, a interrupção diária da sedação, a
manutenção de posição semirrecumbente (30 a 45 graus) e a higiene bucal (Silva,
et al., 2014, p. 146). Cabe à gestão organizar e planejar as medidas de prevenção
à pneumonia porque refletem na qualidade do cuidado e na redução dos casos de
pneumonia associada à ventilação mecânica e na segurança do paciente,
demandando ações educativas multidisciplinares e auditorias periódicas (Almeida
et al., 2015).

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Saiba mais
Recomendamos que você acesse o link a seguir e leia o Caderno 4
produzido pela Anvisa da Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços
de Saúde – Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
nas páginas 22 a 32 referentes às medidas e prevenção de pneumonias:
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção
de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível
em:
<http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=pCiWUy84%2
BR0%3D>. Acesso em: 12 maio 2021.

TEMA 4 – TRATO URINÁRIO

A infecção do trato urinário é uma das causas prevalentes de IRAS,


contudo tem possibilidades de estabelecer medidas preventivas eficazes, em
especial as relacionadas com a cateterização vesical. A literatura aponta que o
principal fator de risco relacionado à infecção do trato urinário é a realização do
cateterismo vesical de demora – CVD, causando muito desconforto ao paciente e
prolongando o tempo de internação, com consequente aumento dos custos
hospitalares e aumento da mortalidade.
O diagnóstico clínico precoce, associado aos exames complementares
(qualitativo e quantitativo de urina e urocultura), fornece evidência para uma
adequada terapêutica (Brasil, 2017b, p.37).
Os agentes etiológicos responsáveis por essas ITU costumam,
inicialmente, pertencer à microbiota do paciente. E, posteriormente, devido ao uso
de antimicrobianos, seleção bacteriana, colonização local, fungos e aos cuidados
do cateter, pode ocorrer a modificação da microbiota (Brasil, 2017b, p.38).

4.1 Medidas de prevenção das infecções do trato urinário

O Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas


à Assistência à Saúde (2016-2020) indica como protocolo básico as seguintes
medidas de prevenção de ITU associada à sonda vesical de demora que deve
constar nos protocolos institucionais constantes em protocolos: higiene das mãos
antes e após a inserção do cateter e qualquer manuseio do sistema ou do sítio;

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definição de critérios para indicações do uso de cateteres urinários; e orientações
para a inserção, cuidados e manutenção do cateter urinário (Brasil, 2016).
A Anvisa indica como medidas de prevenção as infecções do trato urinário
relacionada às IRAS: evitar inserção de sonda vesical de demora; fazer a remoção
oportuna do cateter vesical; lembrar-se das alternativas à cateterização; usar a
técnica asséptica para inserção do cateter urinário; treinar a equipe de saúde na
inserção, cuidados e manutenção do cateter urinário com relação à prevenção das
infecções do trato urinário; assegurar equipe treinada e recursos que garantam a
vigilância do uso do cateter e de suas complicações (Brasil, 2017b, p. 44).
Um bom exemplo é o estudado por Campos et al. (2016, p. 6) de técnica
de limpeza periuretral anterior à antissepsia no cateterismo vesical de demora. Os
autores concluem que a taxa de incidência de ITU no hospital, quando utilizados
água e sabão na limpeza periuretral, foi aproximadamente 4,6 vezes maior do que
no hospital que utilizou PVPI degermante e soro fisiológico.

Saiba mais
Recomendamos que você acesse o link a seguir e leia o Caderno 4
produzido pela Anvisa da Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços
de Saúde – Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
nas páginas 37 a 46 referentes às medidas e prevenção de infecção do trato
urinário:
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção
de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível
em:
<http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=pCiWUy84%2
BR0%3D>. Acesso em: 12 maio 2021.

TEMA 5 – INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA E INFECÇÃO CIRÚRGICA

As infecções da corrente sanguínea (ICS) relacionadas a cateteres centrais


trazem importantes desfechos desfavoráveis em saúde, com mortalidade, alta
taxa de ocupação de leitos e custos elevados. A despeito do impacto enorme das
infecções da corrente sanguínea, esta é a infecção associada a cuidados em
saúde de maior potencial preventivo que existe. Nas últimas décadas tem-se
observado um declínio importante nas taxas de ICS nos países desenvolvidos,

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atribuída principalmente ao uso disseminado dos bundles de inserção (Brasil,
2017b, p. 49).
As infecções do sítio cirúrgico (ISC) são as complicações mais comuns
decorrentes do ato cirúrgico, que ocorrem no pós-operatório em cerca de 3 a 20%
dos procedimentos realizados, e há um crescente número de intervenções
cirúrgicas na assistência à saúde resultado do aumento das doenças
cardiovasculares, neoplasias e traumas, decorrentes da elevação da expectativa
de vida e da violência. As infecções do sítio cirúrgico são eventos adversos
frequentes, tendo um impacto significativo na morbidade e mortalidade do
paciente, resultando em dano físico, social e/ou psicológico do indivíduo, sendo
uma ameaça à segurança do paciente (Brasil, 2017b, p. 85).

5.1 Medidas de prevenção das infecções da corrente sanguínea

As medidas de prevenção das infecções da corrente sanguínea, conforme


orientação da Anvisa, seguem as recomendações da Canadian Task Force on
Preventive Health Care15, classificadas em alta, moderada e baixa evidência
científica. É importante que clínicos, controladores de infecção e administradores
possam definir uma agenda de prioridades para as instituições (Brasil, 2017b, p.
53).
O Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas
à Assistência à Saúde (2016-2020) indica como protocolo básico as seguintes
medidas de prevenção na inserção segura de cateter venoso central: higiene das
mãos; precauções de barreira máxima para a inserção do cateter: uso gorro,
máscara, avental e luvas estéreis e campos estéreis grandes que cubram toda
área a ser puncionada; preparo da pele com solução alcoólica de clorexidina a
0,5% ou PVPI; e seleção do sítio de inserção de Cateter Venoso Central (CVC):
utilização da veia subclávia como sítio preferencial para CVC não tunelizado
(Brasil, 2016, Anexo II).
Costa et al. (2016, p.167), estudando fatores de risco em neonatos, indicam
que há evidências sobre os benefícios de equipes com número limitado de
profissionais altamente treinados para o cuidado do cateter central de inserção
periférica, além de prevenção de complicações em recém-nascidos. Esses
autores concluem

que a menor idade gestacional corrigida do neonato, os diagnósticos


clínicos de transtorno transitório do metabolismo e apneia, e o uso do

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cateter de duas vias foram identificados como fatores de risco para
infecção de corrente sanguínea associada ao cateter central de inserção
periférica em neonatos. (Costa et al., 2016, p.167)

Saiba mais
Recomendamos que você acesse o link a seguir e leia o Caderno 4
produzido pela Anvisa da Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços
de Saúde – Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
nas páginas 49 a 76 referentes às medidas de prevenção das infecções da corrente
sanguínea:
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção
de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível
em:
<http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=pCiWUy84%2
BR0%3D>. Acesso em: 12 maio 2021.

As medidas de prevenção para infecções do sítio cirúrgico são divididas em


três fases cirúrgicas: a fase pré-operatória, a fase intraoperatória e fase pós-
operatória. Destaca-se a importância de adoção das medidas de prevenção nas
três fases cirúrgicas, em qualquer tamanho de instituição. A Organização Mundial
da Saúde (OMS) aponta a preocupação com a incidência de infecção do sítio
cirúrgico, relacionado com IRAS mais frequentes em países de baixa e média
renda.
Todo o caminho percorrido pelo paciente, nas três fases cirúrgicas (fase
pré-operatória, fase intraoperatória e fase pós-operatória), deve ser mapeado para
estabelecer os protocolos para os profissionais de saúde. Também se ressalta a
importância da infraestrutura necessária para a prevenção das infecções do sítio
cirúrgico.
Oliveira e Gama (2015), estudando a adesão às medidas para a prevenção
de infecções do sítio cirúrgico por equipes cirúrgicas do centro cirúrgico, referente
às cirurgias do aparelho digestivo, pediátrica, e cardiovascular, num hospital
universitário público de Belo Horizonte, Minas Gerais, constataram adesão parcial
às medidas recomendadas, reafirmando uma necessidade de maior atenção a
essas etapas críticas com o objetivo de prevenir a infecção do sítio cirúrgico.

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Saiba mais
Recomendamos que você acesse o link a seguir e leia o Caderno 4
produzido pela Anvisa da Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços
de Saúde – Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
nas páginas 85 a 98 referentes às medidas de prevenção das infecções do sítio
cirúrgico:
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção
de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível
em:
<http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=pCiWUy84%2
BR0%3D>. Acesso em: 12 maio 2021.

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_____. RDC n. 42 de 25 de outubro de 2010. Diário Oficial da União, Poder


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