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834-04
38º EXAME
INCLUI:
• Quadros de ATENÇÃO
• Tabelas Comparativas
• Esquemas Didáticos
• Referências a temas
cobrados em provas anteriores
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SUMÁRIO
1. SEGURIDADE SOCIAL
1.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS
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6. APOSENTADORIA
6.1. APOSENTADORIA PROGRAMADA
6.2. APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
6.3. APOSENTADORIA ESPECIAL
6.4. APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
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Alteração Legislativa Atenção Exemplo
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De acordo com o artigo 194 da CF/88, é possível dizer que a seguridade social tem como
objetivo estabelecer um sistema de proteção social aos indivíduos contra contingências que os
impeçam de prover as suas necessidades pessoais básicas e de suas famílias, sendo constituída
por um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas
a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
1 - Saúde
2 - Assistência Social
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3 - Previdência Social
O parágrafo único do art. 194 da CF/88, por sua vez, estabelece que compete ao Poder Público
organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
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Segundo esse princípio, quem “pode mais” deve contribuir com mais, enquanto
quem “pode menos” deve contribuir com menos.
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Além dos objetivos explícitos previstos no art. 194 da CF/88, que são verdadeiros princípios,
há também outros princípios que decorrem da análise da Constituição Federal, e, portanto, são
considerados implícitos, dos quais destacamos os seguintes:
1. Princípio da contrapartida (ou preexistência): significa que nenhum benefício poderá ser
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
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4. Princípio da vedação do retrocesso social: significa que não é possível a redução das
implementações de direitos fundamentais já realizadas, ou seja, o rol de direitos sociais não
poder ser reduzido, de modo a preservar o mínimo existencial.
Para garantir os pilares da saúde, assistência e previdência social, a seguridade social acarreta
uma série de custos para o Estado. Em razão disso, o custeio da seguridade social, nos termos do
art. 195 da CF/88, deve ser garantido por toda sociedade de forma direta e indireta, nos termos da
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, e de contribuições sociais.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
Previdência Social
10.865/04).
Fontes Indiretas: são formadas por meio da contribuição da União, do DF, dos estados e dos
municípios a partir dos recursos orçamentários arrecadados por estes.
Nos termos do artigo 165, § 5, inciso III, da CF/88, o Poder Executivo estabelecerá a lei
orçamentária anual, que compreenderá o orçamento da Seguridade Social, o qual deverá abranger
todas as entidades e órgãos vinculados a ela, bem como os fundos e fundações mantidas pelo
Poder Público.
Além disso, de acordo com o § 1º do art. 195 da CF/88, as receitas dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos,
não integrando o orçamento da União.
O § 2º do art. 195 da CF/88, por sua vez, estabelece que a proposta de orçamento da seguridade
social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência
social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
Vale destacar, ainda, que o § 3º do art. 195 da CF/88 estabelece que a pessoa jurídica em débito
com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder
Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
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2- Equilíbrio atuarial e financeiro: significa que as receitas devem ser suficientes para
realizar os pagamentos dos benefícios. Nesse sentido, destaca-se o princípio constitucional da
preexistência de custeio, ou seja, nenhum benefício será criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total.
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria
profissional ou ocupação (Redação da EC 103/19).
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3. BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
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Beneficiário é toda pessoa que tem a proteção do sistema previdenciário, ou seja, são todas as
pessoas físicas que recebem ou podem receber benefício da previdência social.
3.1. SEGURADOS
São todas as pessoas que contribuem com a previdência social e, sempre que constada a
ocorrência do risco/contingência social protegida, têm direito ao benefício previdenciário, desde
que preenchidos os requisitos legais.
Segurados facultativos: são todos aqueles que não são segurados obrigatórios. Os facultativos
não exercem atividade remunerada e contribuem voluntariamente para a Previdência Social, para,
no futuro, ter acesso aos benefícios previdenciários. São exemplos de segurados facultativos: dona
de casa, estudante, síndico de condômino (quando não remunerado), estrangeiro que acompanha
marido a trabalho; desempregado; estagiário ou bolsista, etc.
Importante registrar que o aprendiz é considerado um segurado obrigatório, porque exerce uma
atividade remunerada, mas o estagiário não é segurado obrigatório e, sim, segurado facultativo.
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Segurados obrigatórios: são aqueles, com mais de 16 anos, ou mais de 14 anos no caso dos
aprendizes, que exercem qualquer tipo de atividade remunerada, de natureza urbana ou rural,
abrangida pelo Regime Geral, de forma efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício.
a) Empregado Urbano ou Rural: aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à
empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como
diretor empregado.
d) O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros
ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado,
salvo de segurado na forma da legislação vigente no país do domicílio.
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g) O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado
a regime próprio de previdência social.
2 – EMPREGADO DOMÉSTICO
De acordo com a Lei Complementar nº 150/2015, empregado doméstico é aquele que presta
serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa
ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana.
3 – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
São as pessoas que trabalham sem vínculo empregatício, apesar de prestarem serviços para
empresas, conforme previsto no art. 9º, V, do Decreto 3.048/1999.
4 – TRABALHADORES AVULSOS
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Também tratamos dos trabalhadores avulsos com mais detalhe na apostila de Direito do
Trabalho, mas, de forma resumida, considera-se trabalhador avulso aquele que presta serviços
de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, com intermediação
obrigatória do sindicato da categoria, ou, quando se tratar da atividade portuária, do Órgão Gestor
de Mão de Obra (OGMO).
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5 – SEGURADOS ESPECIAIS
É o trabalhador rural (sempre pessoa física) que exerce atividades de forma individual ou em
regime de economia familiar, tirando o sustento próprio e de sua família a partir de sua atividade.
O art. 11, VII, da Lei n. 8.213/91 elenca quem são os segurados especiais:
(...)
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
(...)
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3.2. DEPENDENTES
Dependentes são aqueles que não contribuem com a previdência social, mas recebem o
benefício previdenciário, por serem dependentes do segurado.
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Os benefícios pagos aos dependentes são pensão por morte e auxílio reclusão.
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
Os dependentes são divididos em três classes, sendo muito importante lembrar que cada classe
irá excluir as classes seguintes. Desse modo, os que se encaixam na primeira classe excluem-se da
segunda classe, e assim por diante.
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Importante destacar que a existência de uma classe exclui a outra e a concorrência dentro da
mesma classe se dá em condição de igualdade.
Até a Reforma da Previdência Social, havia o direito de acrescer, ou seja, se extinguisse uma
cota dentro da classe, o valor voltava à classe e era divido entre os demais segurados.
A título de exemplo, se houvesse uma pensão de R$ 3.000,00 dividida por três dependentes
da primeira classe, e um dos beneficiados perdesse o direito (filho que completou 21 anos, por
exemplo), o valor voltava e era dividido entre os demais da mesma classe.
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Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Geral de
Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a uma cota familiar
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§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão
reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento)
da pensão por morte quando o número de dependentes remanescente for igual ou
superior a 5 (cinco).
Importante registrar que o cálculo da pensão por morte também foi alterado substancialmente,
já que, com a Reforma da Previdência Social, o valor da pensão por morte passou a ser “cotizado”.
Passou-se a ter uma cota familiar de 50% + 10% para cada dependente, chegando no máximo a
100%.
Desse modo, se o falecido tiver seis dependentes, o valor da pensão por morte será de 100%
da aposentadoria (50% + 6 cotas de 10%, atingindo o máximo de 100%), mas se a cota de um deles
for encerrada, continuará com o valor de 100% (50% + 5 cotas de 10%, totalizando ainda 100%). A
partir do momento em que as cotas forem sendo encerradas, o valor vai sendo excluído da relação
previdenciária, ou seja, se houver mais uma cota encerrada, o valor passa a ser 90% (50% + 4 cotas
de 10%), não havendo mais o direito de acrescer.
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Entende-se por qualidade de segurado a condição atribuída a todo cidadão filiado ao INSS que
possua uma inscrição e faça pagamentos mensais a título de Previdência Social, ou seja, todos
os filiados ao INSS (empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico, contribuinte individual,
segurado especial e facultativo) enquanto estiverem efetuando recolhimentos mensais a título de
previdência, automaticamente estarão mantendo esta qualidade, ou seja, continuam na condição
de “segurado” do INSS.
No entanto, a legislação permite que, mesmo em algumas situações sem recolhimento, esses
filiados ainda irão manter a qualidade de segurado, o que é denominado de “período de graça”,
vejamos:
1. Sem limite de prazo enquanto o cidadão estiver recebendo benefício previdenciário, exceto
auxílio acidente (Lei n. 13.846/2019);
2. Até 12 meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou que estiver suspenso ou licenciado
sem remuneração (ou deixar de receber benefício por incapacidade);
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de segurado.
3. Até 12 (doze) meses após terminar a segregação, para os cidadãos acometidos de doença
de segregação compulsória;
Segregação compulsória é o caso daquela doença que determina que a pessoa seja
afastada do convívio social, como no caso da doença de parkinson, tuberculose
ativa, hanseníase (lepra), e neoplasia maligna (câncer). Se a pessoa é segregada,
ela mantem a qualidade de segurado pelo perídio de 1 após o final da segregação
(independentemente do prazo da duração da segregação).
4. Até 12 (doze) meses após a soltura do cidadão que havia sido detido ou preso;
5. Até 03 (três) meses após o licenciamento para o cidadão incorporado às forças armadas
para prestar serviço militar;
6. Até 06 (seis) meses do último recolhimento realizado para o INSS no caso dos cidadãos
que pagam na condição de “facultativo”
Os prazos que foram listados acima começam a ser contados no mês seguinte à data do último
recolhimento efetuado ou do término do benefício conforme o caso.
1. Mais 12 (doze) meses caso o cidadão citado no item 2 (12 meses após a cessação da
contribuição) tiver mais de 120 contribuições consecutivas ou intercaladas, mas sem a perda da
qualidade de segurado. Caso haja a perda da qualidade, o cidadão deverá novamente contar com
120 contribuições para ter direito a esta prorrogação;
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2. Mais 12 (doze) meses caso tenha registro no Sistema Nacional de Emprego – SINE ou
tenha recebido seguro-desemprego, ambos dentro do período que mantenha a sua qualidade de
segurado;
De acordo com o art. 24 da Lei 8213/91, considera-se período de carência o número mínimo de
contribuições indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do
transcurso do primeiro dia dos meses de sua competência.
Vejamos, de acordo com o art. 25 da Lei n. 8.213/91, os períodos de carência mais importantes:
Se for segurada especial, deve comprovar 10 meses contínuos antes do parto, antes
do fato gerador, de exercício de atividade especial, exposta a agentes nocivos. Caso
haja parto antecipado, a carência vai ser reduzida na medida da antecipação. São
fatos geradores do salário maternidade: o parto, a adoção, a guarda para fins de
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adoção, mulher que falece no parto e o aborto não criminoso (também pode abarcar
os homens).
O artigo 26 da Lei n. 8.213/91, por sua vez, prevê quais benefícios NÃO DEPENDEM de carência:
Art. 151 da Lei 8.213/91 -. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada
no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de
aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido
das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose
múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível
e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação
por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
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IV – serviço social;
V – reabilitação profissional;
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Para entendermos como é o cálculo dos benefícios previdenciários, primeiro precisamos saber
a diferença entre salário de contribuição, salário-de-benefício e período básico de cálculo.
Período básico de cálculo (PBC) - definição de quais são os salários de contribuição que vão
interferir no cálculo do salário de benefício.
Após a definição do PBC, aplica-se ainda um coeficiente que incidirá sobre o salário de benefício,
definindo-se, então, o valor do benefício, que será a renda mensal do benefício.
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De acordo com os artigos 19 a 21 da Lei dos Planos de Benefício da Previdência Social (Lei n.
8.213/91), podemos considerar a palavra “acidente de trabalho” gênero, que possui três espécies,
a saber: a) Acidente Típico, b) Doença Profissional e c) Doença do Trabalho.
De acordo com o art. 19 da Lei n. 8.213/91, acidente típico é o que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço do empregador, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause
a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Importante destacar, ainda o art. 21 da Lei n. 8.213/91 elenca algumas situações que são
equiparadas a acidente de trabalho, vejamos:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
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IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
(...)
A doença do trabalho, ou mesopatia, não está relacionada diretamente com a profissão em si,
mas sim com as condições especiais em que o trabalho é realizado, conforme previsto no inciso II
do art. 20, in verbis:
(...)
(...)
De acordo com o §1º do art. 20 da Lei nº 8.213/391, não são consideradas acidente de trabalho:
a) doenças degenerativas,
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d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza
do trabalho.
De acordo com o art. 21-A da Lei 8.213/91, a perícia médica do INSS considerará caracterizada a
natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico
entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade
mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças – CID, em
conformidade com o que dispuser o regulamento.
Se a perícia do INSS concluir pelo NTEP, a empresa poderá requerer a sua não aplicação,
comprovando que, no caso específico, a doença do trabalhador não ocorreu em razão da atividade
empresarial. Da decisão do INSS que julgar a impugnação da empresa, caberá recurso com efeito
suspensivo ao Conselho de Recursos da Previdência Social (§ 2º do artigo 21-A da Lei 8.213/91)
O auxílio doença, que passou a ser chamado de auxílio por incapacidade temporária, pode
ter natureza previdenciária comum (B31), ou seja, é concedido ao trabalhador que se afasta da
empresa por motivo de saúde não ligado à sua atividade laboral, ou pode ter natureza acidentária
(B91), ou seja, concedido ao trabalhador que sofra um acidente ou tenha sido acometido de uma
doença considerada como ocupacional.
No caso do benefício comum (B31), exige-se carência de 12 contribuições mensais. Por outro
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Além disso, apenas o benefício de natureza acidentária é que garante o empregado o direito à
estabilidade provisória de emprego, conforme estudado na apostila de direito do trabalho.
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O trabalhador que sofrer acidente de trabalho ou contrair alguma doença do trabalho e tiver
que se afastar de suas atividades terá a seguinte situação: a) nos primeiros 15 dias do afastamento,
quem paga sua remuneração é o empregador (interrupção do contrato de trabalho), b) a partir
do 16º dia, o pagamento será feito pelo INSS, mediante auxílio-doença, que será concedido após
avaliação médica que comprove a persistência da impossibilidade de trabalho.
Sobre o auxílio por incapacidade temporária, importante ainda conhecer o art. 59 da Lei nº
8.213/91, que dispõe:
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o
caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou
para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
§ 7º O disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º deste artigo aplica-se somente aos benefícios
dos segurados que forem recolhidos à prisão a partir da data de publicação desta Lei.
Por fim, é importante destacar que a base de cálculo do auxílio-doença será 91% do salário de
benefício e o empregado deverá recebe-lo até que esteja plenamente capaz para retornar às suas
funções.
5.6.2. Auxílio-Acidente
Caso o trabalhador que sofreu o acidente de trabalho tenha ficado com alguma sequela
permanente, que não impossibilita mas dificulta sua atividade, terá direito a receber auxílio-
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Trata-se, portanto,
sofreu de benefício
dede caráter em
indenizatório, queem
pode sermáquina
recebidoda
inclusive quando
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(...)
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6. APOSENTADORIA
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Após a reforma da Previdência Social (EC 103/2019) houve a unificação das aposentadorias por
idade e por tempo de contribuição, criando-se uma nova modalidade de aposentadoria, que passou
a ser conhecida como aposentadoria programada.
HOMEM MULHER
Regra Geral: 65 anos de idade + 20 anos de Regra geral: 62 anos de idade + 15 anos de
contribuição contribuição
Importante destacar que, em razão das alterações promovidas pela reforma da previdência,
estabeleceu-se um conjunto de regras de transição do regime de aposentadoria anterior para o
regime atual.
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diferenciados para concessão de benefícios, salvo, nos termos de lei complementar, a possibilidade
de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de
aposentadoria para pessoas com deficiência e de aposentadoria especial (a aposentadoria especial
vamos analisar no próximo item)
Um dos critérios para concessão da aposentadoria para pessoa com deficiência é exclusivamente
o tempo de contribuição, que varia de acordo com o grau de deficiência, conforme sintetizamos no
quadro abaixo:
Além disso, mesmo não cumprindo os requisitos acima, a pessoa com deficiência poderá se
aposentar por idade, 60 anos homem ou 55 anos mulher, desde que tenha contribuído ao menos
15 anos com a previdência social (180 contribuições) na condição de pessoa com deficiência.
No que diz respeito à renda mensal do benefício, ela varia de acordo com o tipo de aposentadoria.
Já para a aposentadoria por idade, a renda mensal do benefício equivale à seguinte fórmula:
70% do salário de benefício + 1% a cada 12 meses de contribuição, limitando-se a 30%.
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Conforme visto acima, a Constituição Federal de 1988 estabelece que é vedada a adoção
de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, salvo, nos termos de lei
complementar, para a concessão de aposentadoria para pessoas com deficiência e de aposentadoria
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especial.
É importante consignar que, para contar como tempo de contribuição para fins de aposentadoria
especial, a exposição ao agente nocivo deve ser permanente, nos termos do artigo 65 do Decreto
nº 3.048/99.
Como visto, como regra geral, para a concessão da aposentadoria por invalidez exige-se carência
de 12 contribuições mensais, no entanto, essa carência será dispensada, nos termos dos artigos
26 e 151 da Lei n° 8.213/91, quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquer natureza,
mesmo sem ter nenhuma relação com o seu trabalho ou doença profissional, ou se o segurado
for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; esclerose
múltipla; hepatopatia grave; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante;
cardiopatia grave; doença de parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado
avançado da doença paget (osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida
(aids); contaminação por radiação; esclerose múltipla.
É a perícia médica do INSS que vai definir se o segurado de fato está incapacitado para o
trabalho. Além disso, de acordo com o § 4º do art. 43 da Lei nº 8.213/91, o segurado aposentado
por incapacidade poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que
ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, submetendo-se, se necessário, a exame médico
a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional e tratamento dispensado
gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
Nesse mesmo sentido, o artigo 46 do Decreto 3.048/99 dispõe que o aposentado por invalidez
fica obrigado, sob pena de sustação do pagamento do benefício, a submeter-se a exames médico-
periciais a cada dois anos, exceto os segurados aposentados em razão do HIV ou os maiores de
60 anos de idade.
Além disso, nos termos do art. 45 da Lei nº 8.213/91, o valor da aposentadoria por invalidez do
segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte
e cinco por cento).
Nesse caso, o acréscimo: a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite
máximo legal; b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; c) cessará
com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.
É importante destacar, ainda, que a aposentadoria por incapacidade cessará: a) com a morte
do segurado, gerando pensão por morte se o segurado tiver dependentes que preencham os
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requisitos do art. 16 da Lei n. 8.213/91; b) pelo retorno voluntário ao trabalho e c) com a recuperação
da capacidade, observados os seguintes critérios: no seu valor integral durante 6 meses; com
redução de 50% nos próximos 6 meses; com redução de 75% por mais 6 meses, após o qual
cessará definitivamente.
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Conforme previsto no art. 475 da CLT, o empregado que for aposentado por invalidez
terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de
previdência social para a efetivação do benefício. Desse modo, a aposentadoria por
invalidez não caracteriza a extinção do contrato de trabalho, e sim a sua suspensão,
de modo que, havendo recuperação da capacidade laborativa, e cessação da
aposentadoria, o empregado deve reassumir seu posto de trabalho.
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O tempo de duração do benefício dependerá do fato gerador, sendo que a sua percepção está
condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, conforme
sintetizado na tabela abaixo:
Surge então a possibilidade legal da impugnação a esse registro de candidatura por causa de
inelegibilidade, por parte dos partidos concorrentes, candidatos concorrentes ou até o MP eleitoral.
Essa impugnação é feita pela Ação de impugnação de registro de candidatura (AIRC), no prazo de 5
(cinco) dias contados da publicação pela Justiça Eleitoral da lista dos que requereram o registro
de candidatura.
Parto 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e
oito) dias antes do parto. Entretanto, não se trata de regra rígida,
já que, na prática, muitas mulheres optam por gozar os 120 dias
de licença após o parto.
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Importante destacar que, nos termos do art. 71-B da Lei nº 8.213/91, no caso de falecimento
da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será
pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro
sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu
abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.
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O valor do benefício varia de acordo com o tipo de segurado, conforme explicamos na tabela
abaixo:
De acordo com o §1º do art. 72 da Lei nº 8.213/91, como regra geral, cabe à empresa pagar o
salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação com
o INSS, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.
Não se exige período de carência para a concessão do benefício, desde que a pessoa que veio
a falecer esteja na qualidade de segurado no momento do óbito.
A pensão por morte é paga aos dependentes do segurado falecido, observando-se a divisão em
três classes de dependentes, conforme quadro abaixo:
CLASSE 1 Cônjuge;
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Além disso, a existência de dependentes de qualquer das classes exclui do direito da pensão
por morte dos da classe seguinte. Desse modo, se o falecido deixar qualquer dependente na classe
1, as classes 2 e 3 já serão automaticamente excluídas.
Importante destacar que a lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é
aquela vigente na data do óbito do segurado (Súmula 340 do STJ). Além disso, a mulher que
renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do
ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente (Súmula 336 do STJ).
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BIBLIOGRAFIA
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• BALERA, Wagner. Sistema de Seguridade Social. 5. ed. São Paulo: LTr, 2009.
• MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de direito previdenciário. 3.ed. São Paulo : LTr,
2010. 1488
• MARTINS, Sérgio Pinto. Reforma previdenciária. 2. ed. São Paulo : Atlas, 2006. 184
p. : il. Resumo: Estudo comparado sobre o tratamento dado à previdência privada no
Direito do Chile, Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Brasil.
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